Balanço Térmico Calderias PDF
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RESUMO
INTRODUÇÃO
O rendimento térmico é sempre inferior a 100%, e maior quanto menores forem as perdas
(1)
Trabalho apresentado no XVII Seminário de Balanços Energéticos Globais e Utilidades,
Volta Redonda, RJ, 26 a 28/09/1995.
(2)
Engenheiro Mecânico, Doutor em Engenharia de Processos Industriais (UTC-França),
Professor Adjunto, Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG.
(3)
Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica (UFMG), Professor Assistente da
FUNREI.
térmicas. O rendimento bruto varia entre 88-94% nas caldeiras de alta capacidade, e 60-70% nas
pequenas. Ele varia com a carga, sendo que o máximo se situa normalmente à capacidade nominal.
Assim, tanto no desenvolvimento de uma nova instalação de caldeiras, quanto durante sua
operação, é essencial minimizar as perdas de energia, o que só poderá ser realizado
satisfatoriamente se forem conhecidas as fontes e as causas das perdas de energia.
Q aex = β a V a Cp a ( T a’ T atm )
Qv = Dv ( H v H f " )
onde Dv é consumo de vapor para a sopragem de fuligem (Dv = 0,7-0,8 kg/kg combustível) e para
a atomização (kg/kg combustível) (Dv = 0,3-0,4 kg/kg comb para a atomização a vapor e 0,02-0,03
para atomização mista mecânica-vapor), Hv é a sua entalpia, e H" a entalpia do vapor levado pelos
produtos da combustão à temperatura Twg (kJ/kg vapor).
Assim, a energia disponível para combustão dos vários tipos de combustível pode ser
determinada pelas seguintes fórmulas:
- Para antracitos, carvões minerais e hulhas com baixo teor de umidade e de enxofre, carvões
vegetais: Qd = PCI
- Para carvões úmidos (W (%) > 0,0016 PCI) e para carvões e óleos com alto teor de enxofre:
Qd = PCI + Qcomb + Qaex
- Para óleo combustível atomizado com vapor: Qd = PCI + Qcomb + Qaex + Qv
- Para gás natural: Qd = PCI
- Para combustão de xistos: Qd = PCI - Qcd
O calor absorvido pelo fluido de trabalho (água ou vapor) na caldeira por kg (ou m3) de
combustível, pode ser calculado pela seguinte fórmula:
Qu = D sp ( H sp H fw ) + D st ( H st H fw ) + ∑[Drh ( H rh " H rh’ )]+ Dbw (H’ H fw ) + Qh
Q1 = Q u / B
onde Qu é a energia útil (kW), Dsp e Dst são respectivamente as vazões do vapor superaquecido e
saturado supridos separadamente aos consumidores (kg/s); Drh a vazão do vapor reaquecido (kg/s);
Dbw a vazão água de purga (blow-off) (kg/s). Hsp, Hst, Hfw e H' são respectivamente as entalpias
do vapor superaquecido, vapor saturado, água de alimentação e da água à temperatura de saturação
na pressão do tambor (kJ/kg). H'rh e H"rh são respectivamente as entalpias do vapor antes após
o reaquecedor (kJ/kg); Qh a entalpia da água ou ar, aquecidos na caldeira e supridos a consumo
externo (kJ/s) e B é o consumo de combustível (kg/s ou m3/s).
C fw
Dbw = ( D sh + D ss )
C bw C fw
Como pode ser perdida uma considerável quantidade de energia com a água de purga, a
quantidade de água retirada deve ser cuidadosamente controlada. Nas caldeiras com purga contínua
normalmente Dp < 2%, o que resulta numa retirada de calor útil inferior a 0,5%. Nas centrais
termoelétricas de condensação esta perda se situa na faixa de 0,5-2,0%, podendo atingir 3% nas
caldeiras com co-geração.
O calor utilizado na caldeira também pode ser expresso em função do calor absorvido em
cada superfície de aquecimento:
Q1 = Q f + Q sp + Qrh + Qec
onde Qf é o calor absorvido pelo fluido de trabalho nas paredes de água (fornalha) (kJ/kgcomb),
Qsp o calor absorvido nas superfícies convectivas do superaquecedor (kJ/kg comb), Qrh o calor
absorvido no superaquecedor secundário (kJ/kg comb) e Qec o calor absorvido no economizador
(kJ/kg comb).
2
v )+ + + + + +
Q d = m.h.g + m.∆( Q1 Q 2 Q 3 Q 4 Q 5 Q6
2
Desprezando-se a variação da energia potencial (m.h.g) e da energia cinética (m.Δ(v5/2)),
que são insignificantes em relação às outras grandezas, tem-se:
Q d = Q1 + Q 2 + Q3 + Q4 + Q5 + Q6
100 = q1 + q 2 + q3 + q4 + q5 + q6
Perdas Térmicas %
Com os gases efluentes q2 4 -7
Com a combustão incompleta q3 0 - 0,5
Com o combustível não queimado q4 0,5 - 5
Pelo costado q5 0,2 - 1
Com a entalpia das escórias etc q6 0 -3
Total Σq1 6 - 12
O Método do Balanço Inverso, ie, determinar o rendimento bruto da caldeira pela soma
das perdas de energia, produz um resultado mais preciso que o balanço direto, uma vez que a soma
das perdas de energia constituem aproximadamente 10% de Qd e todos estes itens podem ser
medidos de maneira confiável. Este é o único método disponível para estimar o rendimento
térmico de caldeiras novas durante o estágio de projeto. As perdas q3, q4, q5 e q6 são supostas,
calcula-se então a perda q2 e determina-se o rendimento:
Q1
η b = 100 = 100( q 2 + q3 + q4 + q 5 + q6 )
Qd
Se são conhecidas as perdas de energia, e conseqüentemente o rendimento bruto da
caldeira, pode-se utilizar as fórmulas (1) e (9) para encontrar o consumo de combustível na caldeira
(kg/s):
B r = B (10,01 q4 )
O rendimento bruto caracteriza a perfeição de operação do sistema térmico da caldeira.
Entretanto, em operação normal, a caldeira depende de um grande número de máquinas e
dispositivos auxiliares, que consomem uma parcela da energia. O rendimento líquido de uma
instalação termoelétrica ηnet caracteriza o rendimento de operação da caldeira em termos da energia
elétrica entregue aos consumidores:
100 N
Qele =
B η ele
De acordo com a tabela 2, a perda de energia pelos gases efluentes é o item mais
importante do balanço térmico, atingindo 4-7 % nas caldeiras de grande capacidade, e 10-20% nas
caldearas de pequena capacidade. Esta perda de energia ocorre devido o fato dos produtos da
combustão deixarem a caldeira a alta temperatura (115-150(C nas caldeiras de grande capacidade
ou mais nas de pequena capacidade).
onde Vg é o volume total dos produtos da combustão (m3, CNTP), Cpg o calor específico médio
destes produtos, Twg a temperatura de saída da caldeiras dos produtos ((C) e Tpci a temperatura na
qual o poder calorífico do combustível foi avaliado (normalmente 25(C).
Q 2 = V g Cp g ( T wg T atm )
Q 2 = V g Cp g T wg V a Cp a T atm
Q 2 = ( H wg H atm )(10,01 q4 )
q 2 = 100 Q 2 / Q d
onde Hwg é a entalpia dos gases efluentes (kJ/kg comb), e Hatm a entalpia do ar de combustão à
temperatura atmosférica (kJ/kg comb). Assim, a perda de energia Q2 depende da temperatura Twg
e do volume dos gases efluentes, ie, é função do coeficiente de excesso de ar na saída da caldeira
αwg = α + Δα (α é o coeficiente de excesso de ar na fornalha e Δα o fator de infiltração de ar através
dos diversos elementos da caldeira). A caldeira deve ser operada com o menor excesso de ar, que
assegure a queima completa do combustível, e com o mínimo de infiltrações de ar. O termo (1-
0,01q4) na equação (22) é a correção para a combustão incompleta do combustível.
A a vol Cp ash
H wg = V dg Cp dg + V v Cp v + T wg
100
onde Vdg e Vv são os volume dos gases secos e vapor de água, incluindo a vazão de vapor para
atomização e sopragem de fuligem Dv (eq.7) (m3/kg comb), Cpdg e Cpv o calor específico dos
gases secos e do vapor de água, calculados em função de Twg (kJ/m3.K), A.avol.Cpash/100 é a perda
de energia com as cinzas volantes (a ser considerada quando A.avol/PCI > 1430); A o teor de cinzas
do combustível (%), avol é a fração de cinzas arrastadas com os gases para fora da fornalha (a ser
determinada experimentalmente); Cpash o calor específico das cinzas (kJ/kg.K).
o
H atm = ( Cp a T atm + 0,0016 d a H v )Va α wg
onde Cpa é o calor específico do ar frio (kJ/m3(C); Tatm é a temperatura do ar frio na casa da
caldeira ((C) (Cpa.Tatm 39,5 kJ/m3); da a umidade absoluta do ar (8-12 g/kg); Hv a entalpia do
vapor-d'água no ar (kJ/kg) (Hv = 1,97.Tatm); Va a vazão de ar estequiométrcio (m3/kg comb).
Gás Vmol Calor Específico médio à pressão constante 1 atm (kJ/kmol.K) Erro
%
CH4 22,36 Cp=-672,87+439,74θ0,25-24,875θ0,75+323,88θ-0,5 0,15
CO 22,40 Cp=69,145-0,70463θ0,75-200,77θ-0,5+176,76θ-0,75 0,42
CO2 22,26 Cp=-3,7357+30,529θ0,5-4,1034θ+0,024198θ2 0,19
H2 22,40 Cp=56,505-702,74θ-0,75+1165,0θ-1-560,70θ-1,5 0,60
H20 22,40 Cp=143,05-183,54θ0,25+82,751θ0,5-3,6989θ 0,43
N2 22,40 Cp=39,060-512,79θ-1,5+1072,7θ-2-820,40θ-3 0,43
O2 22,39 Cp=37,432+0,020102θ1,5-178,57θ-1,5+236,88-2 0,30
θ = T (Kelvin)/100 Vmol = M3/kmol (1 atm, 0(C)
Curvas típicas da temperatura ótima de saída dos gases em função dos fatores econômicos
são mostrados na figura 2. A temperatura ótima de saída dos gases depende do preço e qualidade
do combustível e, principalmente, do seu teor de umidade. Quando o preço do combustível é alto,
a economia no consumo de combustível justifica a ampliação das superfícies de aquecimento e,
assim, obter uma temperatura de saída dos gases mais baixa (figura 2a). Um alto teor de umidade
no combustível aumenta o volume dos produtos da combustão e seu calor específico, uma vez que
o vapor de água possui um calor específico muito maior do que os gases secos. Assim, para se
resfriar os gases efluentes de maior teor de umidade o mesmo ΔTwg, é necessário absorver uma
maior quantidade de calor, o que requer uma adição de superfícies de aquecimento. Para um
combustível úmido, mais barato ou do mesmo preço, aumentar a área das superfícies de
aquecimento pode não ser economicamente viável. Assim, a temperatura ótima de saída dos gases
sobe quanto maior o teor de umidade do combustível (figura 2b).
Na escolha do valor ótimo da temperatura de saída dos gases, deve ser levado em
consideração também a corrosão das superfícies de aquecimento a baixas temperaturas,
especialmente da superfície do preaquecedor de ar, pelo H2SO4 formado. Para evitar isto, caldeiras
que queimam combustíveis com alto teor de enxofre (S > 2%) são projetadas para uma alta
temperatura de saída dos gases (140-160(C) e com um preaquecimento preliminar do ar de
combustão (60-801C) antes do preaquecedor de ar.
onde C e Svol são respectivamente os teores de carbono e enxofre volátil do combustível (%),
CO2... os teores de CO2... medidos nos produtos da combustão secos (%).
A perda de energia com o combustível não queimado (kJ/kg comb) é determinada pela
presença de matéria combustível não queimada nas escórias ou cinzas retiradas da fornalha e as
cinzas volantes arrastadas pelos gases. Na queima de combustíveis sólidos esta perda é devido
essencialmente às partículas de coque retiradas da zona de combustão com escórias, cinzas ou
cinzas volantes. Durante o período de permanência dessas partículas na zona de combustão, elas
liberam os voláteis, mas não são totalmente consumidas. Na queima de óleo combustível e gás
natural, essa perda de energia apresenta-se sob a forma de partículas sólidas (remanescentes após
a evaporação das gotas do óleo: cenosferas) ou de partículas de fuligem, que podem ser formadas
nas zonas de combustão a alta temperatura, com deficiência de oxigênio (α < 0,6).
C esc+cin C vol
Q4 = 3,21 A aesc+cin + avol
100 C esc+cin 100 C vol
onde aesc+cin e avol são respectivamente as frações de cinza do combustível, presente nas
escórias+cinzas e cinzas volantes (%); Cesc+cin e Cvol são o teor de matéria combustível presente
nas escórias+cinzas e nas cinzas volantes (%), determinadas em laboratório; A o teor de cinzas do
combustível (%). Nos casos onde a quantidade de cinzas é pequena, aesc+cine avol podem ser
calculadas pelos dados operacionais.
S bw ( + )(
Q5 = hc hr T bw T ex )
Br
onde Sbw é a área da superfície do costado e demais elementos da caldeira (m5), hc e hr são os
coeficientes de transmissão de calor por convecção e radiação (kW/m5.K), e Tbw e Tex são
respectivamente as temperaturas médias do costado e meio ambiente na sala da caldeira ((C).
A dissipação térmica pelo costado é praticamente constante a qualquer carga da caldeira
(média 200-300 kW/m5), e é proporcional à temperatura do revestimento e do isolamento térmico.
As superfícies externas das caldeiras e seus elementos devem estar bem isoladas termicamente, de
modo que Tbw seja inferior a 55(C. Com o aumento da carga da caldeira, Q5 (kJ/kg comb) e q5 (%)
tornam-se menores, porque a energia liberada e o volume dos produtos da combustão aumentam
mais rapidamente que a perda pela superfície exposta da caldeira. Para a carga nominal, q5 é
normalmente obtido por gráficos (figura 5), para caldeiras até 700 ton/h, e considerado constante
(q5 = 0,2%) para potências maiores. Para caldeiras operando com carga diferente da nominal, a
perda de energia absoluta através do costado permanece virtualmente constante. Assim, a perda
relativa aumenta com a carga térmica:
q5 = q5n ( D n /D)
onde Dn é a carga nominal e q5n a perda na carga nominal. A perda q5 para D < Dn é mostrada na
figura 5 pelas linhas pontilhadas.
Como pode-se ver na figura 5, a perda q5, em caldeiras de alta capacidade não é alta.
Geralmente pode-se assumir que esta perda é distribuída pelos diversos elementos da caldeira,
proporcionalmente ao calor absorvido por cada um, e representado pelo coeficiente de retenção de
calor φ:
q5
φ =1
η b + q5
Perda de Energia Devido à Entalpia das Escórias etc (Q6)
onde 100-avol é a fração total das cinzas que são removidas com as escórias da fornalha, Hesc é a
entalpia da escória (kJ/kg) e A é o teor de cinzas do combustível (%), como queimado.
q 2 + q 3 + q4 + qele = f( α )
α op = α cr + (0,04 a 0,22)
O valor ótimo econômico do excesso de ar pode ser inviabilizado pelos níveis de emissão
de NOx e CO. Pequenos excessos de ar geram altas temperaturas de chama, e baixos teores de O2
e N2. A emissão do NOx atinge o máximo a um excesso de ar entre 1,05 e 1,3. Diminuindo o
excesso de ar, a formação do NOx diminui rapidamente, porque os teores de O2 e N2, potenciais
formadores de NOx, diminuem. Com o aumento do excesso de ar o teor de NOx também diminui,
devido à diminuição da temperatura da chama. Abaixo de 1500(C a formação de NOx diminui
drásticamente. Assim, o valor do excesso de ar deve ser escolhido de modo a respeitar as normas
ambientais e o balanço econômico.
t n n
∫ B Qd ∑ B Qd(t)
1
∑Q
1
d(t)
0
onde Qu(t), Qd(t) e ηb(t) são respectivamente a energia útil, a energia disponível e o rendimento
bruto, instantâneos, e n o número de medições.
A incerteza da perda de calor com os gases efluentes é determinada pela incerteza de cada
componente da equação de cálculo (21-23), ie, o volume e temperatura dos gases efluentes e ar frio
e PCI. A incerteza na determinação do volume do vapor-d'água é pequena e normalmente
desprezada. Assim a incerteza da perda q2 (%) pode ser calculado por:
2 2
σ q 2 = σ Vdg + σ Twg + σ 2PCI
onde C e S sãos os teores de carbono e enxofre do combustível (%) e RO2 os teores de CO2 e SO2
nos produtos da combustão e k = (C + 0,37 S). A incerteza na determinação do volume dos gases
secos (%) pode ser calculado com suficiente precisão por:
2 2
100 1,854 1,854 k
σ Vdg = ( 2) σ C2 + ( 2) σ RO 22
V dg RO RO
Uma fórmula similar é utilizada para determinar a perda de energia devido à combustão
incompleta (%), sob as mesmas considerações:
2
σ q 3 = σ Vdg + σ 2PCg + σ 2PCIg
onde σPCIg é a incerteza na determinação do poder calorífico dos gases combustíveis presentes no
gases efluentes (kJ/m3 gases). A incerteza máxima σq3 é estimada em 12-15%, dependendo do tipo
de analisador de gas utilizado.
A incerteza devido a perda de calor devido ao carbono não queimado q4, depende da
precisão da determinação do balanço das cinzas, levantando a amostra média das escórias, cinzas
e sua análise, e o erro na determinação do PCI do combustível. Deve ser notado queo balanço de
cinzas podem tanto ser determinado diretamente (por pesagem) quanto avaliado a partir de dados
da literatura. Baseado num grande número de testes, a incerteza da determinação direta do balanço
de cinzas é estimada em 8-15%, que corresponde a σq4=20-25%.
Como já foi indicado anteriormente, as perdas térmicas pelo costado são avaliadas por
gráficos. A incerteza na avaliação destas perdas varia na faixa de 12 a 45%.
A incerteza na determinação da perda térmica devido a entalpia das escórias q6, depende
da representatividade das amostras de cinzas e combustível; e da incerteza na determinação do PCI
do combustível e do teor de cinzas no combustível e escórias. Estas incertezas, levando em conta
a média das amostras de escórias, podem ser estimada entre 2-5%, e a incerteza provável na perda
térmica q6 = 3,5-7%.
Deve ser notado que a incerteza na determinação do rendimento térmico, pelo método de
balanço indireto, diminui com o aumento do rendimento (ie, com a diminuição das perdas térmicas
Σqi). A incerteza normalmente encontrada no balanço indireto é inferior a 1%.
Uma vez que a quantidade de vapor saturado retirado da caldeira é somente uma pequena
fração da capacidade total de geração (<3%), que a energia perdida pela água de purga não excede
0,5-1% da energia disponível, na análise de incerteza a equação do balanço térmico direto pode
ser simplificada:
D sp ( H sp H fw ) + D rh ( H rh " H rh’ )
η b = 100
B Qd
ηb
ση = σ 2Dsp + σ 2HspHfw + σ 2Drh + σ 2Hrh" Hrh’ + σ 2PCI
100
CONCLUSÕES
Acreditamos que este trabalho possa servir como subsídio para um melhor entendimento
dos processos que ocorrem nas caldeiras, e sirva como modelo para o cálculo do balanço térmico.
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ABSTRACT
This work presents a revision and a discussion of a method to evaluate the thermal
balance in boilers aiming at a correct analysis from the thermodynamical point of view. The
equations involving all energy terms is presented, together with the analysis of the influence of
each energy item in the thermal balance. Operational recomendations are also indicated, aiming
at the optimization of the thermal efficiency.