Apostila Motor Beta
Apostila Motor Beta
Apostila Motor Beta
Nome:__________________________________________________________________
Revendedor:_______________________________Função: _______________________
Data: ____/____/_______
Objetivo do treinamento
Objetivo do treinamento
Contamos com o empenho de todos para que seu trabalho apresente elevado nível de
qualidade, capaz de transmitir a superioridade de nossos produtos e serviços, alavancando
a força da marca que representamos.
É de suma importância seguir todas as instruções contidas nesta apostila para garantir a
qualidade dos produtos aos nossos clientes.
home page
http://www.hyundai-motor.com.br
Qualidade é uma marca forte. Estas são as duas prioridades da Hyundai Motor
Company para se preparar para o futuro. Não satisfeita em seguir e aprender, a
Hyundai busca, agora, liderar a indústria automobilística e moldar a evolução dos
veículos motorizados.
Assim, todos os veículos Hyundai atendem com uma excelente margem as mais
severas normas antipoluição internacionais atualmente vigentes, como também as
normas nacionais do Conama (Resolução Nº 18/86 Proconve) – Programa de controle
de poluição do ar para veículos automotores.
Deseja que seja um técnico profissional, e não um amador. Ao ser comparado com
amadores ou técnicos de outras companhias, você como um profissional Hyundai difere em
pelo menos dois aspectos:
Você deve compreender o papel do técnico Hyundai. Seu trabalho é oferecer um serviço de
pós-venda que irá manter o veículo em perfeitas condições. Você deve orgulhar-se de seu
trabalho. Você deve fazer o melhor em cada trabalho.
3) Limpeza e arrumação:
• Manter a oficina limpa e asseada;
• Manter as ferramentas limpas e em ordem;
• Trabalhar com o veículo estacionado apropriadamente no Box de serviço.
4) Segurança do trabalho:
• Utilizar ferramentas e equipamentos, corretamente;
• Realizar seu trabalho com segurança e responsabilidade.
7) Executar o trabalho:
• Trabalhe de acordo com os padrões da Hyundai;
• Fornecer ao líder ou consultor técnico informações adicionais que não foram
registradas na OS;
• Notificar ao líder ou consultor técnico sobre irregularidades que você percebeu
enquanto realizava o serviço.
Introdução
Para satisfazer os clientes de hoje, um Revendedor Hyundai moderno deve possuir não só
um grande estoque de peças originais, mas também funcionários com grande habilidade
técnica, capazes de seguir com rapidez e eficácia as diretrizes recomendadas pela
montadora. Na falta disso, pouco a pouco, o mecânico e o eletricista vão perdendo, ou não
adquirem mais, as qualidades profissionais e a iniciativa pessoal para solucionar problemas
ou reparos em quaisquer modelos dos nossos veículos.
Contudo, há um setor que ainda tem sido o apanágio do mecânico: o diagnóstico das
anomalias. Com efeito, além dos defeitos catalogados pela montadora que representamos,
surgem freqüentemente perturbações de funcionamento cuja causa quase sempre é a
forma de utilização do veículo.
O diagnóstico deve não somente localizar a falha, mas também determinar sua origem
(real causa) para evitar que se repita.
Técnico Hyundai
Já faz parte de um passado bem distante o tempo em que o mecânico era um indivíduo
grosseiro, de roupas e mãos sujas, trabalhando em uma oficina desorganizada, sem
limpeza, proteção, qualidade ou garantia do serviço que executa.
A Hyundai Motor Company vem evoluindo com a incorporação de tecnologia cada vez mais
avançada. Fazem-se mais do que necessário que o profissional mecânico automotivo
embarque nesse caminho, afinal, os nossos clientes também já são mais os mesmos de
anos atrás.
O TÉCNICO HYUNDAI deve estar sempre bem vestido, com uniforme em ordem e mãos
limpas, além disso, fazer uso dos equipamentos de segurança.
A oficina do Revendedor deve ser organizada e tão limpa quanto uma sala de cirurgia, e
até o lixo é limpo e reciclado, tudo em nome do meio ambiente. Computadores e
equipamentos de alta tecnologia são essenciais para a sobrevivência do negócio, mas
acima de tudo, o TÉCNICO HYUNDAI deve saber como funcionam e como operá-los com
eficiência, o que é ainda mais importante.
Qualquer falha pode comprometer a volta do cliente na oficina, além de prejudicar na hora
da propaganda boca - a - boca, um recurso que ainda não caiu de moda. Nossos clientes
querem ter um mecânico de confiança, um amigo em quem confiar para reparar o seu
veículo e um bom Consultor Técnico, que pode até ajudar na compra de outro. Mas
conquistar essa confiança e mantê-la não é das tarefas mais fáceis, principalmente, num
mercado tão competitivo com tantos profissionais de qualidade, no qual a reparação pode
contar nos dias de hoje.
O TÉCNICO HYUNDAI preza pela qualidade dos serviços que oferece, e o Consultor
Técnico se torna conselheiro do cliente quando o assunto é carro, reparos e manutenções.
E para alcançar um padrão de excelência em qualidade não existe outra maneira senão
investir em equipamentos, tecnologias e treinamentos dos funcionários da concessionária.
Essa é a fórmula utilizada nas oficinas dos Revendedores das grandes marcas há tempos,
que seguem o molde exigido pelas montadoras, modelos que acabaram se estendendo
para um grande grupo de oficinas independentes que querem obter sucesso nos negócios.
Por esse motivo, é muito importante que os TÉCNICOS HYUNDAI tenham uma
compreensão da eletricidade e eletrônica, na teoria e na aplicação prática.
O diagnóstico de falhas deve ser consistente e rápido, para que o desperdício de tempo e a
substituição equivocada e desnecessária de peças sejam evitados. Existem itens nos
sistemas eletro-eletrônicos cujas anomalias apresentam sintomas característicos e
definidos, o que torna fácil o seu diagnóstico. Por outro lado, muitas vezes a identificação
da origem das falhas não é feita de maneira direta, mas sim pelo método da eliminação.
Normalmente o motor de combustão interna exige uma série de órgãos anexos, tais como,
os pertencentes aos seguintes sistemas:
a) Sistema de alimentação;
b) Sistema de ignição;
c) Sistema de admissão de ar;
d) Sistema de escapamento;
e) Sistema de lubrificação;
f) Sistema de arrefecimento;
g) Sistema de injeção eletrônica de combustível.
Definição do motor
Motores elétricos;
Motores nucleares;
Motores térmicos.
O motor é chamado térmico quando a energia mecânica que fornece, provém de uma fonte
calorífica. Esse tipo de motor transforma em energia mecânica o calor desenvolvido pela
combustão de corpos ditos combustíveis:
Gasolina;
Óleo diesel;
Carvão;
Gás;
Álcool, etc.
a. Motores a vapor;
b. Motores de combustão interna.
Combustão
Comburente;
Combustível;
Calor.
Calor
Reação em
cadeia
Combustível Comburente
Motor a caldeira
Um dos primeiros estudos bem sucedidos do motor a caldeira foi realizado por um cientista
italiano, Giovanni Battista Dela Porta, que, em 1589, inventou uma caldeira capaz de
levantar a água através da pressão do vapor.
Nesse tipo de motor, a combustão ocorre fora do motor, ou seja, na fornalha, o combustível
é o carvão ou a lenha, o calor produzido é utilizado para aquecer água em uma caldeira,
transformando-a em vapor. O vapor se expande e, com sua pressão, vai impulsionar o(s)
êmbolo(s), que acionam a roda motriz.
Logo em seguida a sua invenção, foi instalado em veículos já existentes, consta que o
primeiro desses veículos, um triciclo a vapor foi construído na França em 1771.
Cugnot era um capitão da artilharia francesa, que pensava em utilizar seu veículo para
carregar peças de artilharia pesadas, obtendo com isso a permissão do Ministério de
guerra para dar continuidade ao seu projeto.
Percussor do automóvel, este modelo, foi criado pelo militar francês Nicolas Joseph Cugnot
em 1771. Era movido a vapor, com dois cilindros verticais, 62.000 cm3 de cilindrada e
chegava aos 4 km/h. Consta que sofreu o primeiro acidente da história do automóvel, ao se
chocar com o muro do quartel onde Cugnot servia como engenheiro militar. Este modelo
(original) pertence ao Museé National des Techniques, de Paris.
(Locomotiva a vapor)
Tratava-se
se de motores atmosféricos de três tempos:
Indução;
Explosão;
Escapamento.
O motor á explosão só veio a ser patenteado em 1859 por Jean Joseph Etienne Lenoir.
O francês conseguiu finalizar e colocar em prática seu projeto em 1860, entrando para
história como pai do motor á explosão.
(Primeiro motor de explosão um atmosférico de três tempos Jean Joseph Etienne Lenoir “1860”)
O grande passo em direção á evolução dos motores foi dado por um francês Alphonse
Eugène Beau de Rochas e dois alemães, Nikolaus August Otto e Eugen Langen.
O trabalho pioneiro de Lenoir ficaria praticamente inútil para o automóvel se não fosse um
caixeiro-viajante.
Otto era alemão. Viajava muito. Um dia foi a Paris e acabou vendo o motor de Lenoir. Era
um apaixonado pelos novos veículos. E no trabalho de Lenoir sentiu que ali havia um
princípio. Mas o princípio de alguma coisa muito importante.
Aquilo lhe despertou tal interesse, que é assunto nas próximas cartas que escreve à noiva.
Otto instala uma pequena oficina. Depois, absorvido pelo seu trabalho, deixa o emprego de
caixeiro-viajante: “... hoje é um grande dia para mim" - escreve à noiva comunicando a
resolução.
Um dia, quando estava em sua banca de trabalho fazendo novas experiências com seu
motor, ia admitir gás e ar no cilindro de sua máquina - quando se lembrou de empurrar o
pistão novamente até onde e quando pudesse. O pistão funcionou como um compressor,
calcando o combustível no cilindro. Feito isso, ligou a ignição: houve uma detonação
seguida de rápidas e fortes rotações do volante da máquina.
Isso fez Otto pensar maduramente. Chegou à conclusão que seria melhor comprimir a
mistura do combustível no cilindro, através do pistão, para depois incendiar a mistura.
Incendiando-a assim comprimida haveria uma forte pancada do pistão e essa pancada
produziria força.
Otto, que em janeiro de 1862 virou o primeiro motor a quatro tempos do mundo, ainda não
estava satisfeito com sua criação: o motor era muito barulhento e as pancadas das
combustões martelavam com tal violência que não havia mancais ou articulações que
agüentassem por muito tempo.
Mais tarde associou-se ao engenheiro Eugen Langen e fundou a N.A. Otto & Cia., a
primeira fábrica de motores à combustão do mundo (1864).
A partir de 1876 começa, em ritmo industrial, a construção do novo motor de Otto, pai de
todos os motores à combustão modernos. Sua patente de número DRP 532 torna-se a
patente-base do motor moderno e a patente mais combatida do mundo!
O primeiro motor de quatro tempos a queimar gasolina e realmente utilizável foi concebido
e projetado em 1885 por Gottlieb Daimler, sócio de Otto e Langen. No mesmo ano, Karl
Benz, alemão, também desenvolveu um bem sucedido motor à combustão. Os atuais
motores conservam-se basicamente semelhantes a esses.
Ciclo mecânico;
Ciclo térmico.
Ciclos mecânicos
É um ciclo dividido em quatro tempos onde, cada tempo equivale à meia volta da árvore de
manivelas (180° de giro).
Nos ciclos mecânicos são estudados os movimentos mecânicos das peças móveis do
motor e seu posicionamento como: árvore de manivelas, êmbolos, bielas, válvulas de
admissão e escape.
Ciclo térmico
O ciclo teórico é formado por quatro tempos: admissão, compressão, combustão/ expansão
e escapamento.
Num ciclo de quatro tempos significa que o êmbolo de cada cilindro, deve percorrer a
extensão do mesmo “curso” quatro vezes, sendo dois cursos descendentes e dois
ascendentes. Independentemente do número de cilindros, eles estarão movimentando-se
em fases diferentes. Portanto, são necessárias duas voltas completas para inteirar um ciclo
de quatro tempos em cada cilindro (720° de rotação na árvore de manivelas).
Os quatro tempos
2° tempo
Compressão
4° tempo
Escapamento
1º tempo: Admissão
2° Tempo: Compressão
4° Tempo: Escapamento
Faltando ainda alguns graus para que o êmbolo atinja o PMI a válvula
de escape inicia a sua abertura e a pressão dentro do cilindro faz com
que os gases saiam rapidamente através do sistema de escapamento.
Como pôde ser observado no ciclo mecânico, cada tempo representa ½ volta na árvore de
manivelas.
PMS
1
PMS PMS
PMI
4 2
PMS
PMI PMI
3
PMI
O ciclo térmico é formado por uma sucessão de fases que caracteriza o modo como se
efetua a preparação da combustão e depois o desenvolvimento desta que permite obter a
energia mecânica necessária desejada. Nesse ciclo, não importa em que posição as peças
móveis se encontram, apenas, como é desenvolvido a preparação, queima e eliminação
dos gases de combustão.
Esse ciclo é dividido em seis fases consecutivas de forma ordenada como segue:
2° fase: Compressão da mistura a uma pressão limitada, a fim de evitar a sua auto-
ignição. (a pressão depende do projeto do motor e do índice de octanas do carburante – 8
a 11 bar para motores a gasolina)
Vapor de água;
Gás Carbônico;
Traços de gases tóxicos Óxido de Carbono, Hidrocarbonetos e Óxido Nítrico.
As fases do ciclo térmico são representadas no gráfico termodinâmico abaixo. Nesse ciclo,
não importa em que posição as peças móveis se encontram, apenas, como é desenvolvido
a preparação, queima e eliminação dos gases de combustão.
(Gráfico termodinâmico)
Legenda:
De B até C: 2° fase;
C: 3° fase;
De C até D: 4° fase;
De D até E: 5° fase;
De E até F: 6° fase.
Processo de combustão
2º - Rompimento/ Expansão
3º - Propagação
Tipos de motores
Os motores são classificados pelo número e disposição dos cilindros. Os cilindros são
numerados a partir do mecanismo da distribuição ou da embreagem.
Os tipos mais comuns são motores em linha,, no qual os cilindros estão dispostos em uma
só fila formando um bloco de 3, 4, 5, 6... cilindros.
Em V,, em que os cilindros se dispõem em dois grupos iguais e formam dois blocos (V) ( de
2, 4, 6, 8, 10... cilindros. O ângulo formado pelos dois
dois blocos é geralmente de 60° podendo,
no entanto ser menor ou maior, conforme o objetivo em vista do fabricante (tamanho,
equilíbrio, alimentação e disposição de montagem no veículo).
(Motor de 6 cilindros em V)
(Motor em W)
Motores radiais,, nos quais os cilindros estão dispostos radialmente em torno do eixo de
rotação; podem ter 5, 8, 10... cilindros.
sses tipos de motores foram muito utilizados em aeronaves. O de 5 cilindros era muito
Esses
conhecido como: motor estrela.
(Motor estrela)
Motores de cilindros opostos (boxer). Esses motores são formados por dois grupos de
cilindros colocados em ambos os lados da árvore de manivelas, formando um ângulo de
180° entre os cilindros. Esta disposição permite um a fabricação mais baixa do motor.
Esses motores podem ter 2, 4, 6 e 8 cilindros.
Cilindrada;
Taxa de compressão;
Potência
Torque.
Cilindrada
A cilindrada é o volume interno dos cilindros do motor compreendido entre o PMS e o PMI
(∅) dos cilindros, o
de todos os cilindros, é obtida por fórmula que considera o diâmetro (∅
curso dos êmbolos e o número de cilindros. Pode ser expressa em centímetros cúbicos,
litros ou em polegadas cúbicas.
Cabe observar que a cilindrada é uma medida e não uma unidade de medida.
∅ raio
h
Fórmulas:
Referências:
Taxa de compressão
Fórmula:
TX= V2 + V1 V1
V1
V2
Fórmula:
V1= V2
TX-1
Potência do motor
Unidades de potência:
CV (Cavalo Vapor) = 75kgf.1m
1s
HP (Horse Power) = 76kgf.1m:
76kgf.1m “550 ft·lbf. 1pé/s”
1s
PS (Pferdestarke) = 75kgf.1m
1s
W (Watt) = 1N.1m
1s
1 segundo
Potência específica
A potência efetiva é obtida através da divisão da potência (em cv) pela cilindrada (em
litros). O exemplo do i30: 145 cv de 2.0 l.
Torque do motor
A palavra torque quer dizer torção. O torque depende não só da força (F) que é aplicada,
mas tambem da distância (D) que funciona como braço de alavanca de força.
T = 716,2 x N
n
Se o motor desenvolve, por exemplo, 145 cv a 6.000 rpm, o torque nesse momento será de
716,2 x 145 dividido por 6.000, que é igual a 17,3 kgf.m. Como o torque máximo é cerca de
12% superior ao torque na potência máxima (você pode observar, no gráfico abaixo do i30
2.0, que a curva de torque cai depois do ponto máximo), então 17,3 + 12% = 19,37 kgf.m.
Além disso, o sistema de distribuição conta com um Tensionador automático que garante
um perfeito ajuste da correia em qualquer regime de funcionamento do motor, e também
um Rolamento guia com a finalidade de diminuir as vibrações
vibrações da correia eliminando assim
possíveis ruídos.
Cabeçote
Tensionador
Correia
Guia
Corrente
Cabeçote
O cabeçote constitui a parte superior do motor. Tem como funções principais: controlar
através das válvulas a entrada e a saída dos gases e formar as câmaras de combustão.
Durante muito tempo o material utilizado na fundição do cabeçote foi o ferro fundido,
fundido
material resistente, econômico e fácil de trabalhar na produção em série. Hoje se emprega
o alumínio, já esse material é mais leve, diminuindo as vibrações
ões do motor e oferece uma
maior dissipação de calor.
(Cabeçote de 16 válvulas)
Corpo;
Face de assentamento;
Dutos para o líquido de arrefecimento;
Dutos para o óleo lubrificante;
Local onde serão formadas as câmaras de combustão após ser montado no motor;
Alojamentos para as sedes de válvulas;
Perfurações para os guias de válvulas;
Dutos de admissão e escapamentos.
Obs. Toda vez que o cabeçote for removido, devemos substituir a junta do cabeçote, pois a
junta sofre deformação na hora da montagem e se a mesma for reinstalada não assentará
perfeitamente entre as superfícies.
Ao instalar uma nova junta de cabeçote faça uma limpeza completa na face do bloco e do
cabeçote. Não use ferramentas cortantes, como a rasquete, elas danificam a rugosidade
das peças. Após tudo limpo, verifique a rugosidade do bloco, cabeçote e também a
planicidade.
Qualquer sinal de problema mande as peças para a retífica. Com as peças prontas, instale
a junta nova sem aplicar qualquer tipo de produto entre o bloco e o cabeçote. É comum
falarem que para se vedar bem é preciso passar graxa, óleo, tinta, verniz entre muitos
outros produtos.
O último cuidado é apertar o cabeçote de forma alternada, com uso de torquímetro (sempre
aferido) e seguindo a tabela de aperto do fabricante do motor.
Tipos de cabeçote
Guias de válvulas
As guias de válvulas são fabricadas em latão, ferro fundido ou aço. Têm forma cilíndrica e
são colocadas sob interferência em perfurações existentes no cabeçote, na maioria recebe
em sua extremidade superior um vedador (retentor) para evitar que o óleo lubrificante
passe para a câmara de combustão.
Vedador
Guia
Sede de válvulas
As sedes de válvulas são colocadas sob interferência em seus alojamentos ou fazem parte
do próprio cabeçote. São buchas fabricadas em aço com uma de suas extremidades com
formato cônico.
(Sede de Válvulas)
Comando de Válvulas
Engrenagem
Came
Munhão
Comando de Válvulas
Legenda
Porém, dependendo da rotação do motor a válvula não seguirá exatamente o perfil imposto
pelo came do comando, conforme a figura a seguir.
A diferença ocorre porque vários dos elementos de acionamento tem uma pequena
elasticidade, influenciando desta forma na abertura, aceleração, levante e aceleração
negativa da válvula.
Regulagem de válvulas
Se a válvula estiver com menor ou maior folga do que o especificado, irá interferir
diretamente no diagrama de válvula.
A medida exata é obtida depois de longos estudos e ensaios, você verá que a folga entre a
circunferência base do ressalto do comando e o tucho da válvula deve permitir a dilatação
da haste da válvula e dos componentes envolvidos no mecanismo de seu acionamento e a
formação de uma camada suficiente de lubrificante entre o tucho e a circunferência base do
ressalto, o que garante uma lubrificação ideal entre ambas as partes.
A folga excessiva entre as peças produz ruído e deformação na área sede do anel ou
assento, diminuindo a vida útil desses componentes. Do contrário, produz um
funcionamento irregular do motor e a destruição dos componentes, tucho e comando por
falta de lubrificação.
Diagrama de válvulas
Nos primeiros motores de Otto e Langem, a válvula de admissão abria sempre em 0° PMS
e fechava 0° PMI , a válvula de escapamento abria sempre em 0° PMI e fechava em 0°
PMS.
Porém, os motores eram grandes e de muito baixo rendimento, pelo motivo dos cilindros
não encherem de ar-combustível, por serem motores atmosféricos, ou seja, a válvula de
admissão abria em PMS (0°) a pressão atmosférica empurrava a mistura par a dentro do
cilindro, mas quando o êmbolo atingia o PMI (0°) a válvula fechava, com isso não dava
tempo para a pressão atmosférica empurrar a mistura para o interior do cilindro na
quantidade necessária para enchê-lo.
Veja no diagrama abaixo como era o funcionamento das válvulas.
PMS 0°
Válvula de Válvula de
escapamento admissão
PMI 0°
PMS 0°
Avanço da abertura
da válvula
PMI 0°
Em 1886 surgiu outro engenheiro chamado Alphonse Beau de Rochas que mudou todo o
comportamento de funcionamento das válvulas, ou seja, mudou totalmente o comando de
válvulas.
A válvula de admissão além de começar a abrir antes do tempo previsto passou a fechar
depois do tempo previsto (Depois do PMI). A válvula de escapamento passou a abrir antes
do PMI e fechar depois do PMS.
PMS
AAA RFE
AAE
RFA
PMI 0°
Legenda:
Definições gerais
Pelo contrário, se o ângulo de atraso for grande, o enchimento do cilindro será incompleto
se houver um número pequeno de rotações, mas com o aumento de rotações há um ótimo
enchimento do cilindro. Daí resulta um aumento de potência. A potência máxima por litro de
cilindrada é nitidamente mais elevada neste caso do que no precedente.
Resumo
Quanto menor for o ângulo de atraso do fechamento da válvula de admissão, maior será o
torque do motor, e quanto maior for o ângulo de atraso maior será a potência.
Do momento da abertura da válvula até o PMI mais da metade dos gases de escapamento
saem sozinhos do interior do cilindro, pelo motivo da pressão interna ser maior do que a
externa.
Ordem de combustão
Ex: um motor de quatro cilindros executa uma combustão em todos os cilindros a cada
720° (duas voltas) de rotação da arvore de manivela s. Isso significa que em cada um dos
cilindros haverá uma combustão a cada 180° (1/2 vol ta) da árvore de manivelas. A figura
abaixo mostra a seqüência das combustões em um motor de quatro cilindros, cuja ordem é:
1-3-4-2.
Na maioria dos motores de automóveis, o bloco dos cilindros do motor forma uma única
unidade. Em sua maior parte, os blocos dos cilindros são de ferro fundido ou de alumínio.
Cilindros
Os cilindros podem ser usinados diretamente no bloco nos quais podem deslizar os
êmbolos para cima e para baixo no seu interior. Os cilindros, na maioria dos motores de
automóvel, são parte integrante do bloco. Em alguns motores os cilindros são removíveis
rem
do bloco, chamam camisa úmida se têm contato com o liquido de arrefecimento, ou seca
quando não têm contato com o liquido.
(Camisa seca)
seca (Camisa úmida)
Árvore de manivelas
Êmbolos
Tem a forma de um copo cilíndrico invertida sendo sua superfície direcionada para a
câmara de combustão denominada fundo ou cabeça do êmbolo. êmbolo. A parte média é
normalmente chamada de corpo onde existem dois orifícios
orifícios circulares para alojar o eixo do
pistão que o une à biela. A parte mais afastada da cabeça é denominada saia do pistão.
Anéis de Segmento
Durante seu deslocamento no interior dos cilindros, o êmbolo deveria formar uma vedação
perfeita com as paredes dos cilindros para que não houvesse fuga dos gases que poderiam
diminuir a força da compressão e ou da explosão da mistura. Como isso não é possível
devido ao forte atrito que isso provocaria a solução foi deixar uma pequena folga entre o
êmbolo e o cilíndro e colocar Anéis em volta dos êmbolos para fazer essa vedação.
Essa folga ainda garante espaço suficiente para o êmbolo dilatar com o calor gerado na
combustão sem que o mesmo venha a aderir à parade dos cilindros.
Os anéis são fabricados com materiais menos duros que o material dos cilindros de forma
que estes se desgastem mais rápido que os cilindros.
Dois ou três anéis situados mais próximo da cabeça do êmbolo são chamados de anéis de
compressão e tem por finalidade que não haja fuga da mistura no momento em que ocorre
a compressão dos gases.
O anel que se encontra mais perto da cabeça do embolo é chamado de Anel de Fogo pois
é o que recebe toda a força e o calor liberado no momento da explosão da mistura vedando
a passagem dos gases.
Geralmente os anéis de fogo são revestidos de Cromo o que lhes garante maior resistência
às condições extremas de funcionamento a que são sujeitos, permitindo simultaneamente
uma melhor lubrificação, pois retêm o óleo na sua superfície diminuindo assim o atrito. O
uso desse revestimento permitiu duplicar a durabilidade dos segmentos e reduzir em mais
de 50% o desgaste dos cilindros.
Na posição mais afastada da cabeça do embolo situa-se o chamado anel raspador de óleo
que possui um conjunto de orifícios em contato com o interior do pistão e seu objetivo é
retirar o óleo lubrificante que cobre a superfície do cilindro de forma que este não se
misture com o ar que entrará na fase de admissão.
1° tempo
2° tempo
3° Tempo 4° Tempo
Biela
Geralmente é feita de ferro fundido ou ligas de alumínio podendo ser forjada ou não.
Tecnologias
No Brasil, o motor Beta é usado nos veículos Tucson 2.0 e i30 e está
está em sua 3° geração.
Cárter de alumínio
Tensionador
Junta do Cabeçote
Êmbolos
Camada de Grafite
Camada de Grafite
Coletor de Admissão
Ressonador
Ressonador
Coletor de Escapamento
Coletor de Escapamento
PCM / ECM
PCM
Sensor de Fluxo de ar
Sensor de Fluxo de ar
- Mudou do tipo direto para o tipo indireto. (sensor MAF → sensor MAP)
CVVT
Objetivo
Condutores de óleo
O óleo é fornecido pela Válvula de Controle de Óleo (OCV) ao Atuador Hidráulico através
de dois condutores localizados no interior no cabeçote do motor e no comando de válvulas.
Atuador Hidráulico
Funcionamento
A ECM controla a relação de trabalho do sinal e acionamento da OCV, a qual irá variar a
pressão de óleo aplicada às câmaras de avanço e as câmaras de retardo no atuador
hidráulico, que por sua vez possibilita três condições de operação: avanço, manutenção e
retardo.
(D)
(B)
O rotor gira de acordo com o equilíbrio da pressão de óleo entre as câmaras de avanço e
de retardo.
Uma mudança na pressão de óleo de controle da OCV altera o equilíbrio da pressão de
óleo nas câmaras de avanço e retardo, fazendo com que a árvore de comando (conectada
ao rotor) gire seja na direção de avanço ou de retardo em relação a polia (conectada ao
cubo).
Operação de avanço
Sinal da Unidade de
Entrada Controle (ECM)
Saída
OCV
Operação de avanço
Operação de retardo
Sinal da Unidade de
Entrada Controle (ECM)
Saída
OCV
Operação de retardo
O cruzamento das válvulas é controlado para promover o efeito recirculação dos gases de
escape (EGR motor). Isso minimiza as perdas de admissão e melhora o consumo de
combustível.
O ângulo de abertura das válvulas é controlado de tal forma que se obtenha o máximo
retardo. Isso melhora a estabilidade da marcha lenta do motor.
Nessa condição
o o cruzamento das válvulas de admissão e das válvulas de escape é
pequeno; a marcha lenta do motor é estabilizada ao reduzir o efeito EGR.
Nessa condição o atuador hidráulico não está sendo acionado, portanto o cruzamento das
válvulas de admissão e escape é mínimo.
Tempo de
PMI abertura da
válvula de Pequeno cruzamento de válvulas
admissão melhora a estabilidade de marcha lenta
Nessa condição o atuador hidráulico começa a ser acionado, portanto o cruzamento das
válvulas de admissão e escape é médio.
Nessa condição o atuador hidráulico está totalmente acionado, portanto o cruzamento das
válvulas de admissão e escape é máximo.
Efeito da inércia,
PMI Tempo de Maior cruzamento sobre alimentação
abertura da produz a limpeza produzida pelo
válvula de do cilindro devido avanço no
admissão a pulsação de fechamento da
escape válvula de admissão
Controle Dimensional de Motores
Este guia foi elaborado para auxiliar o técnico reparador no diagnóstico e reparo do sistema
mecânico do motor, no dia a dia de trabalho na oficina.
Aqui o reparador irá encontrar tabelas de especificações, conversões de medidas e de
localização de falhas, sintomas, causas prováveis, soluções e também procedimento para p
inspeções, controles dimensionais de peças e componentes como: medidas lineares
externas e internas, espessuras, diâmetros internos e externos, folgas axiais e radiais.
Discriminação da Biela
Identificação
dos
Moentes
MARCA DE CLASSIFICAÇÃO DE
MARCA DE IDENTIFICAÇÃO DA
IDENTIFICAÇÃO DA MONTAGEM DOS
ÁRVORE DE MANIVELAS
BIELA CASQUILHOS
a (Branca) D (Amarelo)
a (Branca) C (Verde)
II (Sem Cor) b (Sem Cor) B (Sem Cor)
c (Amarela) A (Preto)
a (Branca) B (Sem Cor)
c (Amarela) AA (Azul)
Existem letras estampadas no lado externo do bloco dos cilindros com a marca do tamanho
de cada um dos cinco mancais de apoio da Árvore de manivelas.
Classificação do Diâmetro
Interno dos Munhões.
a (A) D (Amarela)
I (Amarela) b (B) C (Verde)
Tamanho
Classe Diâmetro interno do cilindro
código
A 82,00 ~ 82,01 mm A
B 82,01 ~ 82,02 mm B
C 82,02 ~ 82,03 mm C
Tamanho
Classe Diâmetro do Êmbolo
código
A 81,97 ~ 81,98 mm A
0,25 + 0,25mm
0,50 + 0,50mm
Metodologia de medição
Solução
B-
C-
D-
E-
F-
G-
Inspeção da Folga entre Êmbolo e Cilindro.
Especificação Limite
Folga “mm”
Medida encontrada
1º Cil.:
2º Cil.:
3º Cil.:
4º Cil.:
∅”
Inspeção dos Êmbolos “∅
Especificação Limite
∅ Da saia
Medida encontrada
1º Cil.:
Centro de Treinamento - Hyundai 65
CTCMV
2º Cil.:
3º Cil.:
4º Cil.:
1º
2º
1º
2º
3º
Inspeção da Árvore de manivelas “Munhões”
Medida encontrada
Especificação Limite 2°munhã 4°munhã
1°munhão o 3°munhão o 5°munhão
∅ Do munhão
Ovalização
Conicidade
Solução
Folga
Biela
Munhão Folga
Moente
Solução
Desvio
Solução
Regulagem de válvulas
A regulagem incorreta das válvulas prejudica o correto funcionamento do motor,
diminuindo o seu rendimento e aumentando os níveis de poluentes.
Se a válvula estiver com menor ou maior folga do que o especificado, irá interferir diretamente no diagrama de
válvula.
Resultado da
Cilindro Adm/Esc Especificação Decisão
verificação
#1 :
Admissão
#2 :
Cilindro#1
#1 :
Escape
#2 :
#1 :
Admissão
#2 :
Cilindro#2
#1 :
Escape
#2 :
#1 :
Admissão
#2 :
Cilindro#3
#1 :
Escape
#2 :
#1 :
Admissão
#2 :
Cilindro#4
#1 :
Escape
#2 :
MONTAGEM DO MOTOR
Munhão ou moente
ente
ASPECTO: Uma faixa de desgaste bem definida pode ser observada no conjunto de
bronzinas central superiores ou no conjunto de inferiores.
O grau de desgaste varia de bronzina para bronzina, mas geralmente na do meio ele é
mais acentuado.
CAUSAS: A árvore de manivelas pode deformar devido ao manuseio inadequado,
armazenagem incorreta ou condições operacionais extremas.
CORREÇÃO:
Verificar se a árvore está deformada através de um processo adequado.
Desempenhar a árvore ou substituí-la.
substituí
LOCALIZAÇÃO DE FALHAS
TABELA DE TORQUE
Essa tabela foi elaborada de forma genérica, aplicável na maioria dos componentes, exceto
àqueles que necessitam de torques especiais e ou angulares.
Você certamente já deve ter reparado, principalmente na cabeça (sextavado) do parafuso
que existe uma numeração gravada, normalmente com um ponto decimal. Muitos
erroneamente acham que está relacionado com a medida ou até mesmo do torque a ser
aplicado.
No primeiro caso isso não tem nada a haver. Já no segundo, é próximo disso, não que seja
o valor do torque a ser aplicado e sim da resistência do material. Não entrarei em detalhes
aprofundados mesmo porque não há necessidade para aquilo que pretendo mostra
Você ainda poderá encontrar, além do valor 8.8 que é o mais comum no setor automotivo
vários outros valores como: 4.6, 5.6, 6.9, 10.9 e 12.9.
Ø do Medida do
Torques a serem aplicados em Nm (mkgf divide por 10)
corpo sextavado
M4 1,0 1,3 2,6 3,0 4,3 5,1 7 mm
M5 2,0 2,5 5,1 6,0 8,5 10,2 8 mm
M6 3,4 4,5 8,7 10,3 14,7 17,6 10 mm
M7 5,6 7,4 14,2 17,1 24,5 28,4 11 mm
M8 8,2 10,8 21,6 25,5 35,3 42,2 13 mm
M 10 16,7 21,6 42,2 50,0 70,6 85,3 15 mm
M 12 28,4 38,2 73,5 87,3 122 147 18 mm
M 14 45,1 60,8 116 138 194 235 22 mm
M 16 69,6 93,2 178 211 299 358 24 mm
M 18 95,1 127 245 289 412 490 27 mm
M 20 135 180 384 412 579 696 30 mm
M 22 182 245 471 559 784 941 32 mm
M 24 230 309 598 711 1000 1196 36 mm
M 27 343 461 887 1049 1481 1775 41 mm
M 30 466 623 1206 1422 2010 2403 46 mm
Contamos
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produtos e serviços, alavancando a força da marca que representamos.