Os Valores

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OS VALORES

Juízos de facto e de valor


Os juízos de facto são descritivos. Uma proposição é descritiva quando
visa descrever o modo como as coisas são , mesmo que as descreva
erradamente. Os juízos de valor não visam descrever o que as pessoas fazem,
mas antes o que gostaríamos que fizessem. Trata-se de um juízo normativo ou
prescritivo. Um juízo normativo não visa descrever as coisas como elas são,
mas antes exprimir o que pensamos que elas devem ser.
Num juízo descritivo queremos adequar o nosso pensamento à realidade; em
contraste, num juízo normativo queremos que a realidade se adeque ao nosso
pensamento.
A diferença entre os juízos de facto e de valor normativos não resulta de os
primeiros serem consensuais e os segundos não o serem. Pois há juízos de facto
que não são consensuais e juízos de valor que são consensuais.

Subjetivismo
O que é a tese do Subjetivismo?
A tese central da teoria subjetivista é que os juízos de valor são meras
expressões das preferências dos sujeitos. Quando uma pessoa exprime um
dado juízo de valor, não pode estar enganada. Isto contrasta com os juízos de
facto. Quando alguém afirma um juízo de facto, estará enganada se os factos
não forem como ela pensa.
O subjetivista pensa que os juízos de valor são apenas preferências pessoais. É
por isso que se diz que gostos não se discutem: os valores são subjetivos.

Quais os argumentos a favor desta teoria?


A teoria do subjetivismo usufrui de dois argumentos. O argumento da
discordância a favor do subjetivismo baseia-se na ideia de que, no que respeita
aos juízos de valor, só há discordâncias: o que uma pessoa considera bom ou
aceitável, outra considera mau ou inaceitável. É por isso que são subjetivos . Se
fossem sem objetivos , essas discordâncias não existiriam. Contraste-se com os
juízos de facto: neste caso, pensa o subjetivista, não encontramos o mesmo tipo
de discordâncias.
E o argumento do conflito de valores que afirma que talvez o argumento da
discordância capte mal uma ideia parecida, mas diferente. Essa ideia é de que,
quando há conflitos no que respeita a juízos de facto, há maneiras objetivas de
decidir quem tem razão: é só uma questão de observar as coisas
cuidadosamente. Contudo, o que acontece quando há conflitos de valores?
Neste caso, não parece haver uma maneira objetiva de decidir quem tem razão,
e é por isso que os valores são subjetivos.

Beatriz Silva Leão Santos | FILOSOFIA N.º1 10.ºEC


A minha opinião sobre o Subjetivismo.
Concordo com a teoria do subjetivismo pois concordo que os gostos não
se discutem e que os valores são subjetivos. E acredito que existam
discordâncias nos pensamentos, e o que alguém considera aceitável ou bom
outra pode discordar e não estar enganada.

Relativismo
O que é a tese do Relativismo?
A tese central da teoria relativista é que os juízos de valor são relativos ás
sociedades. O relativista pensa que os juízos de valor não passam de
preferências pessoais.
Sociedades com culturas diferentes têm uma moralidade diferente e nenhuma
está mais certa ou errada do que as outras. Para o relativista o certo e o errado,
o bem e o mal moral, são convenções estabelecidas em cada sociedade.

Quais os argumentos a favor desta teoria?


Existem dois argumentos a favor da teoria do relativismo: o argumento da
diversidade cultural e o argumento da tolerância. No argumento da diversidade
cultural o relativista cultural justifica a sua teoria partindo da ideia de que, como
se pode observar, sociedades com culturas diferentes têm códigos morais
diferentes. Isto é, os juízos de valor são relativos às sociedades porque
diferentes comunidades aceitam diferentes juízos de valor. Se não fossem
relativos à sociedade, não encontraríamos esta diversidade cultural. E o
argumento da tolerância onde se não aceitarmos o relativismo dos valores,
seremos intolerantes. Seremos intolerantes porque iremos impor os valores da
nossa sociedade a sociedades diferentes da nossa que pensamos estarem
erradas, ou por não sermos capazes de compreender diferentes tradições.
Sendo assim, o argumento diz que se não aceitarmos o relativismo dos valores,
seremos intolerantes; mas, como não o devemos ser, devemos aceitar o
relativismo.

A minha opinião sobre o Relativismo.


Eu concordo com a teoria relativista pois concordo que cada sociedade
tem a sua cultura, tradições e costumes. Concordo que só porque é diferente
não tem de estar certo ou errado, bem ou mal, e por isso são acordos
estabelecidos em cada sociedade e os juízos de valor são relativos.
Devemos ser capazes de compreender os ideais de outras sociedades . é graças
a esta diferença de juízos de valor que existe tão vasta diversidade cultural.

Objetivismo
O que é a tese do Objetivismo?
A tese da teoria objetivista é que alguns juízos de valor são objetivo, o
objetivista não defende que todos os juízos de valor são objetivos. Isto significa
que quando uma pessoa ou uma sociedade condena ou aceita um dado juízo de
valor, pode estar enganado, tal como acontece com os juízos de facto. Mesmo

Beatriz Silva Leão Santos | FILOSOFIA N.º1 10.ºEC


que nos juízos de valor não se trate de representar factos, como acontece nos
juízos de facto, isso não significa que todos os juízos de valor sejam relativos.

Quais os argumentos a favor desta teoria?


Um dos argumentos a favor é o argumento da tolerância que se baseia na
ideia que a tolerância não é um valor meramente relativo às sociedades. Se o
juízo de que devemos ser tolerantes fosse apenas relativo à nossa sociedade,
então seria aceitável . Logo, o juízo de valor de que devemos ser tolerantes não
é apenas relativo à nossa sociedade. Outro argumento é o argumento da
imparcialidade que abrange a ideia de que de que, se não existissem juízos de
valor objetivos, não haveria juízos de valor imparciais. Uma vez que temos vários
exemplos de juízos de valor imparciais, concluímos que há juízos de valor
objetivos.

A minha opinião sobre o objetivismo.


Não concordo com a teoria objetivista pois o juízo de valor é um
julgamento feito a partir de perceções individuais , tendo em base fatores
culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais, e está normalmente
ligado aos valores morais. Sendo assim, sabemos também que a tolerância é
relativa às sociedades como o certo e o errado.
Não acredito que existam juízos de valor objetivos, o juízo de valor está
relacionado com a avaliação obtida de algo a partir de valores, ideias ou
conceitos individuais. E, sendo que, os valores e as ideias variam de pessoa
para pessoa é improvável que existam juízos de valor objetivos.

Beatriz Silva Leão Santos | FILOSOFIA N.º1 10.ºEC

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