Problema Dos Juízos Morais

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O Problema dos

Juízos morais
Trabalho realizado por:
Bruno Lopes nº4
 Carlos Martins nº5
Laura Fernandes nº9
Letícia Afonso nº11
Mariana Ribeiro nº16
Índice

1.Introdução
2.O Problema da Natureza dos Juízos Morais
3.Subjetivismo
4.Relativismo
5.Objetivismo
6.Discussão
7.Conclusão crítica
Introdução

O que é um valor?
   Um valor é um princípio ou ideal que inspira
aquilo que as pessoas pensam, querem e
fazem.
Que tipo de valores existem?
• Éticos ou morais  - 
• Estéticos
• Religiosos
• Políticos
• …
Características dos valores

1 2 3 4
Polaridade: Oposição de Hierarquização: Ordenam-se Historicidade: carácter Absolutividade/relatividade:
contrários é inseparável da de acordo com o grau da sua temporal e relativo de alguns carácter perene de alguns e a
natureza do valor importância e poder valores; padrões valorativos dependência histórica e
impositivo, constituindo uma próprios de um época cultural de outros
escala (tábuas de valores)
Funções dos valores

Introduzem Atuam como Desencadeiam fortes


Configuram esquemas
diferenciações dispositivos de controlo dinâmicas relacionais e
ou tipos de condutas
qualitativas na realidade e de pressão social sociais

São reconhecidos como


Funcionam como Suportam a avaliação fonte permanente de
bússulas morais para os das condutas individuais aperfeiçoamento moral
indivíduos e sociais  de indivíduos e
sociedades
  Juízo: operação mental através da qual atribuímos uma
certa propriedade, P, a um certo sujeito, S (este sujeito
O Problema da pode ser qualquer coisa- uma pessoa, uma criatura, um
objeto, um lugar, uma situação/acontecimento,…)
natureza dos
juízos morais Exemplos de Juízos:
1. Beethoven compôs mais de oito sinfonias.
2. A Nona Sinfonia de Beethoven é sublime.
3. Alguns estados norte-americanos aboliram a pena de morte.
4. A pena de morte devia ser abolida.
• Os juízos (1) e (3) 
O Problema
da natureza    Juízos de facto: descritivos, o seu valor de verdade é
inteiramente independente das crenças, dos hábitos, da
dos juízos sociedade e da cultura, dos gostos/preferências de quem
morais os formula, e a direção da adequação parte da realidade
para o juízo.
O Problema • Os juízos (2) e (4)
da natureza
    Juízos de valor: normativos/prescritivos (pelo menos em
dos juízos parte), expressam uma determinada avaliação das coisas,
morais e a direção da adequação parte do juízo para a realidade. 
O Problema     Juízos  morais: juízos de valor que dizem respeito áquilo que
da natureza devemos ou não devemos fazer, ou seja, são juízos que envolvem as
noções de certo e errado, justo e injusto, louvável e censurável, etc.
dos juízos
morais
Subjetivismo
   O que é? 
O subjetivismo é uma das formas
mais comuns de encarar os juízos
morais. De acordo com o
subjetivismo, os juízos morais são
crenças acerca das nossas
preferências pessoas e subjetivas.

Neste sentido podemos dizer que


eles têm um valor de verdade. São
verdadeiros quando descrevem
adequadamente as nossas
preferências e são falsos quando
isso não acontece.
Subjetivismo

   No subjetivismo, não existe o certo ou o


errado. Fazer um julgamento moral é
apenas expressar sentimento de aprovação
ou desaprovação.

      Quando alguém afirma "x é


errado" está simplesmente a dizer
"eu reprovo x", e quando alguém
afirma que X é correto" está
simplesmente a dizer "eu aprovo x".
Subjetivismo
Para o subjetivismo, em situações de opiniões divergentes sobre um
determinado assunto nenhuma opinião é melhor do que outras, o
juízo de uma pessoa não tem mais valor do que o juízo de outra.

Assim de acordo com o subjetivismo , os únicos factos morais que


existem são factos relativos às nossas preferências pessoais e
subjetivas.
Subjetivismo

Para o subjetivista ninguém impor aos
outros os seus juízos morais:
• favorece a liberdade individual;
• promove a tolerância entre pessoas com
convicções morais diferentes.
E assim o subjetivismo é uma resposta
adequada aos desafios
do multiculturalismo.
Argumento Subjetivista
(1) Mesmo dentro de cada sociedade ou cultura existem amplos e
profundos desacordos no que diz respeito ao valor de verdade dos
juízos morais.
(2) Se, além das nossas preferências pessoais e subjetivas, houvesse um
domínio de factos morais ao qual pudéssemos apelar , então tais
desacordos não teriam lugar.
(3) :. Não há um domínio de factos morais das nossas preferências
pessoais e subjetivas. (De 1 e 2, por Modus Tollens)
Argumentos a favor
do subjetivismo:
   Argumento do fomento da liberdade.
(1) Se o valor de verdade dos juízos morais
não depende da perspetiva de cada sujeito,
então teremos limites na nossa liberdade de
ação (pois o valor de verdade desses juízos
será imposto por algo exterior ao sujeito)
(2) Mas, não queremos ter limites na nossa
liberdade de ação.
(3) .:O valor de verdade dos juízos morais
depende da perspetiva de casa sujeito. (De 1
e 2, por Modus Tollens)
Argumentos a favor do subjetivismo:

  Argumento do fomento da tolerância:


(1) Se o valor de verdade dos juízos morais
depende da perspetiva de cada sujeito, então
cada um tem as suas preferências.
(2) Ora, se cada um tem as suas preferência,
então tornamo-nos mais tolerantes a respeito
das pessoas com preferências diferentes.
(3) :. Se o valor de verdade dos juízos morais
depende da perspetiva de cada sujeito, então
tornamo-nos mais tolerantes
Objetivismo
O que é?
  Caracteriza-se pela ideia de
que um juízo moral é correto
quando, independentemente
de gostos, preferências ou
convenções sociais, tem as
melhores razões do seu lado. 
O que defende?
     Defende que os juízos morais
têm um valor de
verdade independentemente
de qualquer perspetiva.
Objetivismo

 Os factos morais não dependem da perspetiva de qualquer sujeito, sociedade ou


cultura, mas sim de um certo padrão neutro de avaliação. - baseiam-se em critérios
transobjetivos.  

As avaliações morais têm de ser justificadas de uma forma que seja aceitável para
qualquer indivíduo racional, seja qual for a sua sociedade. (debates)

Os juízos morais são:


• (ou) Objetivamente verdadeiros;
• (ou) Objetivamente falsos.
Será que existem
coisas objetivamente
erradas ou certas?
Argumento objetivista

 (1) Há juízos morais que não são justificáveis de um


ponto de vista imparcial.
 (2) Se há juízos morais que não são justificáveis de
um ponto de vista imparcial, então há juízos morais
objetivamente falsos.
 (3) Logo, há juízos morais objetivamente falsos.
Argumento contra a
intolerância
 (1) Se o juízo moral de que a intolerância é errada
fosse apenas relativo à nossa sociedade, então seria
aceitável que outras sociedades fossem intolerantes. 
 (2) Mas não é aceitável que as outras sociedades
sejam intolerantes.
 (3) :. O juízo moral de que a intolerância é errada não
é relativo à nossa sociedade.

Será este um bom argumento?


(Relativista contrapõem) 
Críticas ao
objetivismo

Argumento dos Argumento da


desacordos estranheza
Relativismo

O relativismo cultural defende que os juízos morais são crenças acerca do


código moral vigente na sociedade ou cultura.

O relativismo em vez de se referir às nossas preferências individuais, os


nossos juízos morais referem-se às nossas preferências coletivas ou ao
conjunto de normas criadas pelos membros da sociedade.

Para os relativistas os juízos morais ou são sempre verdadeiros ou sempre


falsos.
Relativismo 

Assim, podemos considerar que, para um relativista:


        - Quando alguém afirma que "x é errado" está a dizer "a
minha sociedade reprova algo". 
        - Quando alguém afirma que "x é correto" está a dizer "a
minha sociedade aprova x". 

  Para estes, os únicos factos morais que existem são os códigos morais
adotados pelas diferentes sociedades.   
Argumentos relativistas 
          Argumento da diversidade cultural:

(1) Culturas diferentes têm códigos morais


diferentes.
(2) Se culturas diferentes têm códigos morais
diferentes, então não há uma verdade moral
objetiva
(3) :. Logo, não há uma verdade moral
objetiva

      
Argumentos
relativistas 
           Argumento da tolerância e
coesão social:

(1) O relativismo cultural promove a


tolerância entre sociedades diferentes
(2) O relativismo cultural promove a
coesão social fundamental para a
sobrevivência da sociedade
(3) Se o relativismo cultural promove a
tolerância e a coesão social, então essa é
uma teoria plausível.
(4) :. O relativismo cultural é uma teoria
plausível 
Críticas ao
relativismo 
• O argumento da diversidade
cultural não é sólido;
• A maioria pode estar errada;
• Impossibilita o progresso
moral das sociedades;
• Conduz ao conformismo.
O João atacou o Guilherme, porque estava a fazer bullying com o seu amigo.

O João fez uma boa ação?


O que diria um relativista?

Um relativista diria que isso Se outra sociedade reprovar a ação


depende de cada sociedade, pois de João, então, para esta
os juízos de valor são meras outra sociedade, o juízo “João fez
expressões das preferências sociais. uma boa ação” é falso. E
Se uma sociedade aprovar a ação nenhuma sociedade tem mais
de João, então, para razão do que a outra, pois cada
esta sociedade, o juízo “João fez uma delas está apenas a manifestar
uma boa ação” é verdadeiro.  a sua preferência. 
O que diria um subjetivista?

Um subjetivista diria que isso


Se outra pessoa desaprovar a ação
depende de cada sujeito, pois os
de João, então, para esta outra
juízos de valor são meras
pessoa, o juízo “João fez uma boa
expressões das preferências das
ação” é falso. E nenhuma tem mais
pessoas. Se uma pessoa aprovar a
razão do que a outra, pois cada
ação de João, então, para esta
uma delas está apenas a manifestar
pessoa, o juízo “João fez uma boa
a sua preferência.
ação” é verdadeiro.
O que diria Um objetivista diria que
um a verdade do juízo “João
fez uma boa ação” não depende
objetivista? das pessoas nem das
sociedades, pois há maneiras
objetivas de determinar se o
juízo é verdadeiro.
Conclusão crítica

 A defesa dos direitos


humanos universais e do
relativismo cultural serão
compatíveis? 

R.: Se a cultura não é universal,


então os direitos também não o
poderão ser. 
Conclusão crítica
Como devemos entender a tolerância?

– O relativismo cultural apela à tolerância para com o outro


culturalmente diferente.
– Ser tolerante significa, neste sentido, conviver pacificamente com os
outros, respeitando as suas diferenças.
– A tolerância defendida pelo relativismo é classificada como
passividade face ao outro, ou mera simpatia.
– A tolerância só pode existir segundo condições próprias: as da
disponibilidade para o diálogo e para o raciocínio honesto.
Conclusão
crítica
  
Quais os seus limites?

  Os seus limites residem na rejeição


à intolerância, na não convivência
com o intolerável. (Por exemplo, a
democracia com a ditadura) Nem
com o relativismo.
Bibliografia:

• Livro: Como pensar nisto tudo 10ºano


• PowerPoint: Valores_21_22
FIM

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