Garantias Constitucionais
Garantias Constitucionais
Garantias Constitucionais
1. Introdução...........................................................................................................................1
2. Objectivos...........................................................................................................................2
2.1. Geral................................................................................................................................2
2.2. Específicos......................................................................................................................2
3. Metodologia........................................................................................................................2
4. Quadro teórico....................................................................................................................3
4.1. Garantias constitucionais................................................................................................3
4.1.1. Constituições 1975, 1990 e 2004.................................................................................3
4.1.1.1. Constituição de 1975...............................................................................................3
4.1.1.2. Constituição de 1990...............................................................................................4
4.1.1.3. Constituição de 2004...............................................................................................5
4.1.1.4. Comparação das três constituições..........................................................................7
5. Conclusão............................................................................................................................9
6. Bibliografia.......................................................................................................................10
1. Introdução
1
2. Objectivos
2.1. Geral
2.2. Específicos
3. Metodologia
2
4. Quadro teórico
Ano de 1975 – período em que o país alcança sua independência e ratifica sua
primeira Constituição. Esta Constituição vigorou nos anos de 1975 à 1990 e alinhava
a democracia popular baseada no modelo partido único-socialista centralizador do
poder.
Ano de 1990 – regista-se progressivos avanços na história do jovem processo
constitucional moçambicano. Este período vai desde 1990 à 2004 e caracteriza-se
pela revogação da Constituição de 1975 e ratificação de uma nova Constituição
que preconizava o abandono da concepção socialista do Estado, a formação de
uma ordem económica submetida às forças do mercado, a proclamação de um
Estado democrático, a consagração do multipartidarismo e o aumento do
catálogo do direitos, deveres e liberdades fundamentais dos cidadãos; (GDI,
2009:34).
Ano de 2004 – promulga-se a terceira Constituição da República de Moçambique que
vigora até então. Ao nosso ver, esta Constituição não traz muita novidade, vem
mesmo para clarificar alguns aspectos que estavam omissos na Lei anterior.
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economia marcadamente intervencionista, onde o Estado procurava evitar a acumulação do
poderio económico e garantir uma melhor redistribuição da riqueza.
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(previsão de mecanismos da economia de mercado e pluralismo de sectores de
propriedade);
Os direitos e garantias individuais são reforçados, aumentando o seu âmbito e
mecanismos de responsabilização;
Várias mudanças ocorreram nos órgãos do Estado, passam a estar melhor definidas as
funções e competências de cada órgão, a forma como são eleitos ou nomeados;
Preocupação com a garantia da constitucionalidade e da legalidade e consequente
criação do Conselho Constitucional; entre outras.
A CRM de 1990 sofreu três alterações pontuais, designadamente: duas em 1992 e uma em
1996. Destas merece especial realce a alteração de 1996 que surge da necessidade de se
introduzir princípios e disposições sobre o Poder Local no texto da Constituição, verificando-
se desse modo a descentralização do poder através da criação de órgãos locais com
competências e poderes de decisão próprios, entre outras (superação do princípio da unidade
do poder).
Fora aprovada no dia 16 de Novembro de 2004. Não se verifica com esta nova Constituição
uma ruptura com o regime da CRM de 1990, mas sim, disposições que procuram reforçar e
solidificar o regime de Estado de Direito e democrático trazido em 1990, através de melhores
especificações e aprofundamentos em disposições já existentes e também pela criação de
novas figuras, princípios e direitos e elevação de alguns institutos e princípios já existentes na
legislação ordinária à categoria constitucional.
A nova constituição começa por inovar positivamente logo no aspecto formal, dando nova
ordem de sequência aos assuntos tratados e tratando em cada artigo um assunto concreto e
antecedido de um título que facilita a sua localização (o que não acontecia nas Constituições
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anteriores). Apresenta o seu texto dividido em 12 títulos, totalizando 306 artigos (a
constituição de 1990 tinha 7 títulos e 212 artigos no total).
Quanto ao aspecto substancial, verificamos o reforço das directrizes já fixadas para o Estado
moçambicano, como acima se mencionou. De forma meramente exemplificada, pode-se citar
algumas garantias que ajudam a entender tal afirmação, como sejam:
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também passam a gozar de tratamento constitucional, assim como a Polícia de
Moçambique e o Ministério Público;
O tratamento dado às disposições relativas aos tribunais no título IX da CRM é mais
pormenorizado. Merece destaque o tratamento mais aprofundado que é dispensado às
disposições relativas ao Tribunal Administrativo (na CRM de 1990 ocupava apenas 2
artigos);
No título XV é tratado com cuidado as garantias constitucionais em caso de estado de
sítio e estado de emergência. A revisão constitucional encontra agora limites tanto
matérias quanto temporais, procurando-se com as primeiras salvaguardar as linhas
bases que definem o Estado moçambicano, como por exemplo: a forma republicana
do Estado, o sistema eleitoral e o tipo de sufrágio eleitoral, o pluralismo político, os
direitos, liberdades e garantias fundamentais. A restrição temporal é de 5 anos após a
última revisão (salvo deliberação extraordinária de ¾ da Assembleia da República),
procurando-se com isto os aspectos positivos trazidos com a estabilidade e
solidificação dos princípios e instituições criadas.
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de poderes prevista no (art.134)
Organização Economia centralizada Capitalismo (art. 41,no Capitalismo (art.97
económica 1e2 alínea a até g)
Poder legislativo Cabia ao Comité A Assembleia da A Assembleia da
Central da Frelimo República é o mais alto República e o mais alto
(artg.70) órgão legislativo (art. órgão legislativo (art.
133 no1) 169)
Conselho Não previa um Previa um Conselho Prevê no (art.241)
Constitucional Conselho Constitucional (art.180)
Constitucional
Composição do Não previa a sua Não previa a sua Prevê a sua
Conselho composição composição composição (art.242)
Constitucional
Competências do Não previa as Previa as competências Prevê as competências
Conselho competências em partes. e actualizou as
Constitucional anteriores (art.244 no2
alíneas b, f, g, h)
Nacionalidade Não previa Apenas para a mulher Prevê para ambos
adquirida (art.21) (art.26
Direitos e Deveres Previa numa Previa no Titulo II Prevê no Titulo III,
perspectiva holística de capítulos II e III desde capitulo I e II desde o
grupo o (art.66 até o art.95) (art.35 até art.55)
Pluralismo Jurídico Não previa Não previa Prevê no (art.4)
Sistema Financeiro Não previa Não previa Prevê no Titulo IV
capitulo I e II nos
(art.96 até 125)
P. Administração Não previa Previa de modo não Prevê nos (art.249 até
claro (art.112)
Pública art.253)
Policia Não previa Não previa Prevê no (art.254 no
1,2,3)
Provedor de Justiça Previa no (art.172 Prevê no (art.220)
Autarquias Locais Centralismo (art.56) Não previa Prevê no (art.272, no
1,2)
Garantia dos direitos Visa a colectividade Previa nos (art.96, 97) Prevê nos (art.35, 60)
indivíduos
5. Conclusão
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No presente trabalho pode-se concluir que a Luta Armada de Libertação Nacional,
respondendo aos anseios seculares do nosso Povo, aglutinou todas as camadas patrióticas da
sociedade moçambicana num mesmo ideal de liberdade, unidade, justiça e progresso, cujo
escopo era libertar a terra e o Homem. Conquistada a Independência Nacional em 25 de
Junho de 1975, devolveram-se ao povo moçambicano os direitos e as liberdades
fundamentais aprovando-se assim a constituição de 1975.
6. Bibliografia
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MUIANE, Armando Pedro. Datas e Documentos da História da Frelimo. 3ª ed. CIEDIMA,
SARL: Maputo, 2006.
Legislação
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