As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto

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As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto

O processo de suburbanização, no nosso País, ocorreu sobretudo no Litoral, tendo sido


particularmente importante nas áreas de Lisboa e do Porto (bipolarização). A expansão destas áreas
urbanas envolveu algumas cidades próximas e um grande número de aglomerados populacionais. A
instalação de actividades económicas gerou emprego, diminuindo a dependência face à grande
cidade e intensificando relações de interdependência e complementaridade, que passaram a ser
cada vez mais complexas, estabelecendo-se também entre as diferentes áreas suburbanas.

Surgem, assim, extensas áreas urbanizadas com problemas e potencialidades comuns que é
necessário gerir em conjunto, pelos municípios que nelas se localizam. Por isso, em 1991, foram
criadas as Áreas Metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP), que incluem várias cidades, a
maioria com mais de 25 mil habitantes, pela lei n.º 44/91, de 2 de Agosto.

Porém, a regulamentação das competências das áreas metropolitanas só foi efectuada em 2003,
com a Lei Quadro das Áreas Metropolitanas, complementada, em 2008, com a Lei de 27 de Agosto
que estabelece o Regime Jurídico das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e que integra mais
dois concelhos na Área Metropolitana do Porto - Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra (Fig. 1 e Doc.
1).

Nesta Lei Quadro das Áreas Metropolitanas admitia-se ainda a constituição de Grandes Áreas
Metropolitanas (GAM) e de comunidades urbanas (ComUrb), tendo com requisitos a continuidade
territorial dos concelhos integrantes e a
obrigatoriedade de serem constituídas, no mínimo,
por nove municípios com pelo menos 350 mil
habitantes para as GAM e três municípios com pelo
menos 150 mil habitantes para as ComUrb (Doc. 2).

Esta lei veio incentivar a criação


de novas estruturas de
cooperação intermunicipal.
Levou também à recomposição,
ainda não totalmente definida,
das áreas metropolitanas de
Lisboa e do Porto, reflectindo
as alterações na organização
funcional e nas relações que se
estabelecem no seu seio (Fig.
2).

Em cada uma das áreas metropolitanas, desenvolvem-se relações de complementaridade entre os


diversos concelhos e cidades que as constituem, aumentando o seu dinamismo e a sua
competitividade. Forma-se, assim, uma estrutura policêntrica em que os diferentes centros
urbanos se complementam.
Rodrigues Arinda et tal, Geografia A 11ºAno, Texto Editores (adaptado)
Rodrigues Arinda, Preparar o Exame Nacional – Geografia A, Texto Editores (adaptado)

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