Estatuto Da Metropole e Planejamento Estadual
Estatuto Da Metropole e Planejamento Estadual
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_A formação das grandes concentrações urbanas do _Na década de 70, foram criadas as nove primeiras RMs
País na década de 60, colocando a urgência pela brasileiras, definidas pelas leis complementares n.
formulação de uma política urbana de caráter nacional 14/1973 e n. 20/1974. Sua delimitação esteve vinculada a
que incluísse, em seu escopo, a nascente problemática critérios de natureza política, motivada, sobretudo, por
metropolitana. razões de prestígio regional
_Na Constituição Federal de 1967 o conceito de Região _Entre os anos de 1975 e 1979, vigorou a primeira Política
Metropolitana (RM) passa a ser objeto de uma definição Nacional de Desenvolvimento Urbano – PNDU. A PNDU
legal. O texto da lei define as RMs como áreas incluía preocupações com o desenvolvimento regional
“constituídas por municípios que, independentemente de desigual e com a concentração da urbanização em
sua vinculação administrativa, integrem a mesma pontos específicos do território. Em seu conteúdo
comunidade socioeconômica, visando à realização de estavam previstos mecanismos que viabilizavam a
serviços de interesse comum” implantação das RMs recém-criadas.
_Em 1980, foi promulgada uma nova PNDU, e dava maior _Aglomerações Urbanas: resultante de um processo de
ênfase à redução dos desequilíbrios intraurbanos, por conurbação. É a unificação da mancha urbana de duas
meio do aperfeiçoamento da legislação de uso e ou mais cidades, em consequência de seu crescimento
ocupação do solo urbano e da criação do Sistema geográfico. Geralmente esse processo dá origem à
Nacional de Fundos de Desenvolvimento Urbano. formação de regiões metropolitanas.
_Na Constituição Federal de 1988, houve a inclusão do _Microrregiões: de acordo com a constituição brasileira
capítulo sobre a questão urbana. A instituição das RMs de 1988 (art. 25, §3°), são regiões compostas de
ficou remetida à competência dos estados. A municípios limítrofes. Foram extintas pelo IBGE em 2017,
Constituição ainda previu outras duas figuras territoriais, com a criação de um novo recorte territorial brasileiro,
as Aglomerações Urbanas e as Microrregiões. chamado de regiões geográficas imediatas.
_Após mais de dez anos de tramitação, o Estatuto da _De acordo com Rodrigues (2015), o Brasil
Metrópole (lei n. 13.089/2015) foi sancionado em 13 de possui,atualmente, 71 Regiões Metropolitanas – RMs, 3
janeiro de 2015. Surgiu como uma tentativa de sanar as Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômico –
lacunas deixadas pelo Estatuto da Cidade (lei n. Rides e 4 Aglomerações Urbanas – AUs. As 71 RMs são
10.257/2001), que não abarcava a dimensão do compostas por 1.308 municípios, as Rides abrangem 45 e
desenvolvimento metropolitano, e, ainda, como um as AUs 54.
esforço para dar celeridade à execução de ações de
cunho urbano-regional, já previstas na Constituição
Federal de 1988 (Valery e Braga Jr., 2015).
Lei federal, sancionada no dia 12 de janeiro, que tem o objetivo de criar regras para a governança
compartilhada de grandes aglomerados urbanos que envolvam mais de um município, como já acontece
nas principais capitais do Brasil. Ela fixa diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução de
políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas instituídas pelos estados.
_A importância socioeconômica dos demais municípios é _Ao se tratar de projetos da RMC, destaca-se, o
muito reduzida, o que configura um quadro de grande Programa Secretaria das Cidades, o qual busca o
disparidade em sua conformação desenvolvimento de polos regionais, proporcionando o
desenvolvimento socioeconômico da região.
Metropolitana de
Paraipaba
Paracuru
Fortaleza
São Gonçalo do
São Luis
Amarante
Curu
Caucaia Fortaleza
Lei: Lei Complementar do Brasil nº 14 de 1973
Maracanaú
Número de municípios: 19 Eusébio
Cidade Sede: Fortaleza Pacatuba
Aquiraz
Maranguape Itaitinga
Pindoretama
Área: 7.440.053 km² Horizonte
Guaiúba
População: 4.051.053 hab Pacajús Cascavel
Jardim
_Nas últimas duas décadas, o processo de _A RMF é integrada por um corredor industrial de
reestruturação econômica tem implicado a formação recente localizado ao sul, ao longo da BR-116,
redistribuição do setor industrial de Fortaleza para os entre os municípios de Horizonte e Pacajus, além de um
espaços periféricos da RM. aglomerado industrial concentrado no município de
Maracanaú, município este que já se apresenta unificado
_No ponto oeste, seguindo a linha do litoral, encontra-se à Fortaleza.
o Complexo Portuário do Pecém entre os municípios de
Caucaia e São Gonçalo do Amarante, promovendo fortes _O turismo e a expansão imobiliária são os principais
transformações espaciais, atraindo indústrias de maior mercados dos municípios com litoral (São Gonçalo,
porte. Caucaia, Aquiraz e Cascavel). Existem projetos de
"resorts" e complexos turísticos nestes litorais, os quais,
ao se concretizarem, poderão melhorar o equilíbrio
destas cidades com relação a Fortaleza.
_As rodovias integram os municípios da RMF _As principais estradas estaduais são: CE-040 e CE-025
constituindo o sistema rodoviário, principal transporte passando por Eusébio, Aquiraz e seu litoral; CE-060
utilizado pelas populações dos municípios, com especial passando por Maracanaú e Pacatuba; CE-065 até
atenção para o transporte "alternativo". Maranguape; a CE-090 com acesso ao litoral de Caucaia;
a CE-085 até o município de São Gonçalo do Amarante; a
_As rodovias federais são: BR-116, que está sendo estrada CE-350 liga Pacatuba a Itaitinga; a CE-422 que dá
duplicada do Anel Viário de Fortaleza até o município de acesso ao Porto do Pecém.
Horizonte; BR-222 que dá acesso a Caucaia; Anel Viário
ou BR-020 que faz a interligação da CE-040 com a _O Metrofor interligará Fortaleza às duas principais
BR-116, a CE-060, a CE-065, a BR-020 e a BR-222. cidades da RMF (Caucaia e Maracanaú), além de
Pacatuba e Maranguape. São também as duas mais
populosas, depois de Fortaleza.
São previstos dez instrumentos para a gestão compartilhada, constando dentre eles consórcios públicos,
convênios de cooperação, contratos de gestão, parcerias público-privadas interfederativas e a possibilidade de
compensação por serviços ambientais.
Art. 12. O plano de desenvolvimento urbano integrado de região metropolitana ou de aglomeração urbana deverá
considerar o conjunto de Municípios que compõem a unidade territorial urbana e abranger áreas urbanas e rurais.
I – as diretrizes para as funções públicas de interesse comum, incluindo projetos estratégicos e ações prioritárias para
investimentos;
III – as diretrizes quanto à articulação dos Municípios no parcelamento, uso e ocupação no solo urbano;
IV – as diretrizes quanto à articulação intersetorial das políticas públicas afetas à unidade territorial urbana;
É um instrumento da política urbana instituído pela Constituição Federal de 1988, que o define como “instrumento básico
da política de desenvolvimento e de expansão urbana.”, e é regulamentado pela Lei Federal n.º10.257/01, mais conhecida
como Estatuto da Cidade, pelo Código Florestal (Lei n.º4.771/65) e pela Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei n.º
6.766/79).
No Código Florestal (que limita os direitos de propriedade sobre as florestas e vegetações em território nacional,
reconhecidas por ele como um bem de interesse comum) a existência de um plano diretor aparece como condição
fundamental para a possível autorização da supressão de vegetação em área de preservação permanente (Art. 4º, §2º)
que, também, devem ser definidas no plano diretor (Art. 2º, Parágrafo único).
Já a Lei de Parcelamento do Solo Urbano define como objetos do plano diretor a definição de índices urbanísticos
relativos a dimensões de lotes, a definição das zonas urbanas de expansão e de urbanização específica e a previsão da
densidade de ocupação admitida em cada zona.
https://jaqueernandes.jusbrasil.com.br/artigos/150699973/estatuto-da-cidade-plano-diretor-e-instrumentos-urbanisticos
http://www.scielo.br/pdf/cm/v20n41/2236-9996-cm-20-41-0267.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13089.htm
http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3264&catid=29&Itemid=34
PINHEIRO,S.T; LIMA, L.F; COSTA, M.C.L. O sonho da metrópole: A criação da Região Metropolitana de Sobral, CE. In: ENCONTRO
NACIONAL DA REDE OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES, 2017.
MORAIS, J.M.L; MACEDO, F.C. Regiões Metropolitanas do Ceará: Dispersão produtiva e concentração de serviços. Revista eletrônica
do Programa de Mestrado em desenvolvimento regional.