Estatuto Da Metropole e Planejamento Estadual

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Estatuto da
1 Metrópole e
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. Planejamento
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Estadual

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Lucas Jereissati | Elisabeth Araújo

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

| Deborah Fernandes | Mayara Caldas | Pérsida Souza | Rafaela Guadalupe |


Trabalho desenvolvido para a disciplina de Legislação Urbana e Ambiental ministrada pelos
professores Lucas Jereissati e Elisabeth Araújo aos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo
no semestre letivo de 2018.2 com o objetivo de obter uma melhor apreensão acerca do Estatuto
da metrópole e também sobre a organização do planejamento estadual.

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


CONTEXTO

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Contexto histórico
ESTATUTO DA METRÓPOLE

_A formação das grandes concentrações urbanas do _Na década de 70, foram criadas as nove primeiras RMs
País na década de 60, colocando a urgência pela brasileiras, definidas pelas leis complementares n.
formulação de uma política urbana de caráter nacional 14/1973 e n. 20/1974. Sua delimitação esteve vinculada a
que incluísse, em seu escopo, a nascente problemática critérios de natureza política, motivada, sobretudo, por
metropolitana. razões de prestígio regional

_Na Constituição Federal de 1967 o conceito de Região _Entre os anos de 1975 e 1979, vigorou a primeira Política
Metropolitana (RM) passa a ser objeto de uma definição Nacional de Desenvolvimento Urbano – PNDU. A PNDU
legal. O texto da lei define as RMs como áreas incluía preocupações com o desenvolvimento regional
“constituídas por municípios que, independentemente de desigual e com a concentração da urbanização em
sua vinculação administrativa, integrem a mesma pontos específicos do território. Em seu conteúdo
comunidade socioeconômica, visando à realização de estavam previstos mecanismos que viabilizavam a
serviços de interesse comum” implantação das RMs recém-criadas.

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Contexto histórico
ESTATUTO DA METRÓPOLE

_Em 1980, foi promulgada uma nova PNDU, e dava maior _Aglomerações Urbanas: resultante de um processo de
ênfase à redução dos desequilíbrios intraurbanos, por conurbação. É a unificação da mancha urbana de duas
meio do aperfeiçoamento da legislação de uso e ou mais cidades, em consequência de seu crescimento
ocupação do solo urbano e da criação do Sistema geográfico. Geralmente esse processo dá origem à
Nacional de Fundos de Desenvolvimento Urbano. formação de regiões metropolitanas.

_Na Constituição Federal de 1988, houve a inclusão do _Microrregiões: de acordo com a constituição brasileira
capítulo sobre a questão urbana. A instituição das RMs de 1988 (art. 25, §3°), são regiões compostas de
ficou remetida à competência dos estados. A municípios limítrofes. Foram extintas pelo IBGE em 2017,
Constituição ainda previu outras duas figuras territoriais, com a criação de um novo recorte territorial brasileiro,
as Aglomerações Urbanas e as Microrregiões. chamado de regiões geográficas imediatas.

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Contexto histórico
ESTATUTO DA METRÓPOLE

_Após mais de dez anos de tramitação, o Estatuto da _De acordo com Rodrigues (2015), o Brasil
Metrópole (lei n. 13.089/2015) foi sancionado em 13 de possui,atualmente, 71 Regiões Metropolitanas – RMs, 3
janeiro de 2015. Surgiu como uma tentativa de sanar as Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômico –
lacunas deixadas pelo Estatuto da Cidade (lei n. Rides e 4 Aglomerações Urbanas – AUs. As 71 RMs são
10.257/2001), que não abarcava a dimensão do compostas por 1.308 municípios, as Rides abrangem 45 e
desenvolvimento metropolitano, e, ainda, como um as AUs 54.
esforço para dar celeridade à execução de ações de
cunho urbano-regional, já previstas na Constituição
Federal de 1988 (Valery e Braga Jr., 2015).

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CONCEITOS

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Estatuto da metrópole

Lei federal, sancionada no dia 12 de janeiro, que tem o objetivo de criar regras para a governança
compartilhada de grandes aglomerados urbanos que envolvam mais de um município, como já acontece
nas principais capitais do Brasil. Ela fixa diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução de
políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas instituídas pelos estados.

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Aglomeração urbana Gestão plena
Unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento Condição de região metropolitana ou de aglomeração
de 2 (dois) ou mais Municípios limítrofes, caracterizada por urbana que possui formalização e delimitação mediante lei
complementaridade funcional e integração das dinâmicas complementar estadual, estrutura de governança
geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas interfederativa própria, nos termos do art. 8o desta Lei e
plano de desenvolvimento urbano integrado aprovado
Função pública de interesse comum mediante lei estadual;

Política pública ou ação nela inserida cuja realização por


parte de um Município, isoladamente, seja inviável ou
Metrópole
cause impacto em Municípios limítrofes
Espaço urbano com continuidade territorial que, em razão
Governança interfederativa de sua população e relevância política e socioeconômica,
tem influência nacional ou sobre uma região que
Compartilhamento de responsabilidades e ações entre
configure, no mínimo, a área de influência de uma capital
entes da Federação em termos de organização,
regional, conforme os critérios adotados pela Fundação
planejamento e execução de funções públicas de
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
interesse comum

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Plano de desenvolvimento urbano integrado Área metropolitana
Instrumento que estabelece, com base em processo Representação da expansão contínua da malha urbana da
permanente de planejamento, viabilização metrópole, conurbada pela integração dos sistemas
econômico-financeira e gestão, as diretrizes para o viários, abrangendo, especialmente, áreas habitacionais,
desenvolvimento territorial estratégico e os projetos de serviços e industriais com a presença de
estruturantes da região metropolitana e aglomeração urbana deslocamentos pendulares no território

Governança interfederativa das funções públicas de Região metropolitana


interesse comum
Compartilhamento de responsabilidades e ações entre entes Unidade regional instituída pelos Estados, mediante lei
da Federação em termos de organização, planejamento e complementar, constituída por agrupamento de
execução de funções públicas de interesse comum, Municípios limítrofes para integrar a organização, o
mediante a execução de um sistema integrado e articulado planejamento e a execução de funções públicas de
de planejamento, de projetos, de estruturação financeira, de interesse comum
implantação, de operação e de gestão.

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Como se institui oficialmente uma região
metropolitana?

Os Estados poderão instituir regiões metropolitanas de forma a integrar a organização, o planejamento e a


execução de funções públicas de interesse comum. O Estado e os municípios inclusos em região metropolitana
deverão promover a governança interfederativa, sendo que a instituição de região metropolitana que envolva
Municípios pertencentes a mais de um Estado será formalizada mediante a aprovação de leis complementares
pelas assembleias legislativa do Estados envolvidos. As mencionada leis complementares definirão os Municípios
integrantes da unidade territorial urbana, as funções públicas de interesse comum que justificam a instituição da
unidade territorial, a conformação da estrutura de governança interfederativa e os meios de controle social da
organização, planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum.

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Regiões
metropolitanas do
Brasil

_Mapa do Brasil com as divisões municipais e as


regiões metropolitanas em destaque (em
vermelho o núcleo da RM e em amarelo os outros
membros da RM). Situação em 2015.

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Regiões
metropolitanas do
Ceará

Região Metropolitana de Fortaleza


Região Metropolitana de Sobral
Região Metropolitana do Cariri

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Região
Metropolitana de
Sobral
Senador

Santana do
Moraújo Massapê Acaraú

_A disparidade entre os municípios da RMS é Meruoca


Alcântaras
enorme. A “metrópole” Sobral concentra 2.122,98 Coreaú

km² de área, 41.3% da população, 70,4% do PIB da Frecherinha Sobral


RMS. Apesar da população de Sobral ser alta, a Forquilha
densidade populacional é baixa 88,367 hab/km², Groaíras
Mucambo
Cariré
Pacujá
_O sistema de transporte é precário, ficando a Graça
população muito dependente do transporte Reriutaba
Varjota
alternativo ou individual,
Pires Ferreira

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Região
Metropolitana do
Cariri Farias
Brito
Caririaçu
Nova
Lei: LCE 78/2009 Olinda
Juazeiro
Número de municípios: 9 do Norte
Santana do Crato
Cidade Sede: Juazeiro do Norte Cariri
Missão
Velha
Barbalha
Área: 5.460km²
População: 601.817 hab
Densidade: 110,22 hab/km²
Jardim

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Região Metropolitana do Cariri
_Em termos econômicos, pode-se dizer que Juazeiro do _O Metrô do Cariri foi construído para interligar as
Norte, Barbalha e Crato são as principais cidades da cidades do núcleo da RMC e servir como principal meio
RMC, haja vista que as mesmas agregam economias de de transporte do interior cearense, contempla os
polo industrial, comercial e de serviços. municípios do Crato e Juazeiro do Norte.

_A importância socioeconômica dos demais municípios é _Ao se tratar de projetos da RMC, destaca-se, o
muito reduzida, o que configura um quadro de grande Programa Secretaria das Cidades, o qual busca o
disparidade em sua conformação desenvolvimento de polos regionais, proporcionando o
desenvolvimento socioeconômico da região.

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Região Trairi

Metropolitana de
Paraipaba

Paracuru

Fortaleza
São Gonçalo do
São Luis
Amarante
Curu

Caucaia Fortaleza
Lei: Lei Complementar do Brasil nº 14 de 1973
Maracanaú
Número de municípios: 19 Eusébio
Cidade Sede: Fortaleza Pacatuba
Aquiraz
Maranguape Itaitinga
Pindoretama
Área: 7.440.053 km² Horizonte
Guaiúba
População: 4.051.053 hab Pacajús Cascavel

Densidade: 544,59 hab/km² Missão


Chorozinho Velha

Jardim

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Região
Metropolitana de
Fortaleza

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Região Metropolitana de Fortaleza
ECONOMIA

_Nas últimas duas décadas, o processo de _A RMF é integrada por um corredor industrial de
reestruturação econômica tem implicado a formação recente localizado ao sul, ao longo da BR-116,
redistribuição do setor industrial de Fortaleza para os entre os municípios de Horizonte e Pacajus, além de um
espaços periféricos da RM. aglomerado industrial concentrado no município de
Maracanaú, município este que já se apresenta unificado
_No ponto oeste, seguindo a linha do litoral, encontra-se à Fortaleza.
o Complexo Portuário do Pecém entre os municípios de
Caucaia e São Gonçalo do Amarante, promovendo fortes _O turismo e a expansão imobiliária são os principais
transformações espaciais, atraindo indústrias de maior mercados dos municípios com litoral (São Gonçalo,
porte. Caucaia, Aquiraz e Cascavel). Existem projetos de
"resorts" e complexos turísticos nestes litorais, os quais,
ao se concretizarem, poderão melhorar o equilíbrio
destas cidades com relação a Fortaleza.

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Região Metropolitana de Fortaleza
TRANSPORTE

_As rodovias integram os municípios da RMF _As principais estradas estaduais são: CE-040 e CE-025
constituindo o sistema rodoviário, principal transporte passando por Eusébio, Aquiraz e seu litoral; CE-060
utilizado pelas populações dos municípios, com especial passando por Maracanaú e Pacatuba; CE-065 até
atenção para o transporte "alternativo". Maranguape; a CE-090 com acesso ao litoral de Caucaia;
a CE-085 até o município de São Gonçalo do Amarante; a
_As rodovias federais são: BR-116, que está sendo estrada CE-350 liga Pacatuba a Itaitinga; a CE-422 que dá
duplicada do Anel Viário de Fortaleza até o município de acesso ao Porto do Pecém.
Horizonte; BR-222 que dá acesso a Caucaia; Anel Viário
ou BR-020 que faz a interligação da CE-040 com a _O Metrofor interligará Fortaleza às duas principais
BR-116, a CE-060, a CE-065, a BR-020 e a BR-222. cidades da RMF (Caucaia e Maracanaú), além de
Pacatuba e Maranguape. São também as duas mais
populosas, depois de Fortaleza.

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Quais serão os instrumentos para
implementar o Estatuto?

São previstos dez instrumentos para a gestão compartilhada, constando dentre eles consórcios públicos,
convênios de cooperação, contratos de gestão, parcerias público-privadas interfederativas e a possibilidade de
compensação por serviços ambientais.

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INSTRUMENTOS

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
I – plano de desenvolvimento urbano integrado; VI – consórcios públicos, observada a Lei no 11.107, de 6 de
abril de 2005;
II – planos setoriais interfederativos;
VII – convênios de cooperação;
III – fundos públicos;
VIII – contratos de gestão;
IV – operações urbanas consorciadas
interfederativas; IX – compensação por serviços ambientais ou outros
serviços prestados pelo Município à unidade territorial urbana,
V – zonas para aplicação compartilhada dos conforme o inciso VII do caput do art. 7o desta Lei;
instrumentos urbanísticos previstos na Lei no 10.257,
de 10 de julho de 2001; X – parcerias público-privadas interfederativas.

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Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
ESTATUTO DA METRÓPOLE

I – plano de desenvolvimento urbano integrado II – planos setoriais interfederativos;

estabelece diretrizes, projetos e ações para - Instrumentos do PDUIS;


orientar o desenvolvimento urbano e regional, - Caráter de especialidade técnica a determinado setor;
buscando reduzir as desigualdades e melhorar as - São exemplos: os planos de saneamento básico
condições de vida da população metropolitana. Também elaborados para a prestação regionalizada, os planos
fixa as bases de atuação conjunta entre estados e regionais de habitação que instituiu o Sistema Nacional
municípios. de Habitação de Interesse Social – SNHIS); e os planos
microrregionais ou intermunicipais de resíduos sólidos,
O Plano deverá contribuir para o ordenamento instituidora da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
territorial das regiões metropolitanas e aglomerações
urbanas.

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Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
Plano de desenvolvimento urbano integrado

Art. 12. O plano de desenvolvimento urbano integrado de região metropolitana ou de aglomeração urbana deverá
considerar o conjunto de Municípios que compõem a unidade territorial urbana e abranger áreas urbanas e rurais.

§ 1o O plano previsto no caput deste artigo deverá contemplar, no mínimo:

I – as diretrizes para as funções públicas de interesse comum, incluindo projetos estratégicos e ações prioritárias para
investimentos;

II – o macrozoneamento da unidade territorial urbana;

III – as diretrizes quanto à articulação dos Municípios no parcelamento, uso e ocupação no solo urbano;

IV – as diretrizes quanto à articulação intersetorial das políticas públicas afetas à unidade territorial urbana;

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Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
ESTATUTO DA METRÓPOLE

III – fundos públicos; IV – operações urbanas consorciadas


interfederativas;
- Os fundos públicos são reservas de receitas
públicas para aplicação especificamente prevista - A participação da população;
em lei. - Orgãos colegiados de política urbana; debates,
- Os fundos, em geral, são inoperantes – ou não audiências e consultas públicas;
recebem recursos - conferências sobre assuntos de interesse urbano
- decorre dos problemas de gestão e de e iniciativa popular de projeto de lei e de planos,
governança. programas e projetos de desenvolvimento
urbano.

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Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
ESTATUTO DA METRÓPOLE

V – zonas para aplicação compartilhada dos VI – consórcios públicos, observada a Lei no


instrumentos urbanísticos previstos na Lei no 10.257, de 11.107, de 6 de abril de 2005;
10 de julho de 2001;
- São instrumentos fundamentais de cooperação
- Macrozoneamento; interfederativa;
- são instrumentos capazes de articular os demais; - Os consórcios públicos são arranjos institucionais
- Nessas áreas, podem ser estabelecidos voluntários, formados pela associação de mais de
parâmetros urbanísticos diferenciados de um ente da Federação, com vistas à realização de
parcelamento, ocupação e uso do solo, ações de interesse comum.
considerando-se, por exemplo, a criação de - Exemplo: tratar de aspectos da gestão
centralidades em rede, o controle da expansão metropolitana que não englobem todos os
municípios da unidade regional, ou, ainda, para a
urbana e o equilíbrio e a distribuição de
estruturação de sistema de alocação de recursos
densidades e de atividades no território.
para a RM.

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Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
VIII – contratos de gestão;
ESTATUTO DA METRÓPOLE
- São ajustes celebrados pelo poder público com
outros órgãos da administração direta e indireta
VII – convênios de cooperação;
e com entidades privadas sem fins lucrativos
qualificadas como organizações sociais.
- São pactos firmados pelos entes da Federação
- Sua finalidade institucional é ampliar a autonomia
com o objetivo de autorizar a gestão associada
gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos
de serviços públicos, desde que ratificados ou
e entidades da administração direta e indireta e
previamente disciplinados por lei editada por
deve ter por objeto a fixação de metas de
cada um dos entes;
desempenho.
-
- Exemplo: para promover parcerias entre
diferentes órgãos da administração; a realização
de estudos; a gestão de assuntos de determinado
setor;

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Instrumentos de desenvolvimento urbano
integrado
ESTATUTO DA METRÓPOLE
IX – compensação por serviços ambientais ou
outros serviços prestados pelo Município à unidade X – parcerias público-privadas interfederativas.
territorial urbana, conforme o inciso VII do caput do art.
7o desta Lei; - Pode estimular o seu uso no âmbito das unidades
territoriais.
- Instrumento poderoso para a redução das
assimetrias entre os municípios e para o
estabelecimento de equilíbrio entre os entes.
- Sua finalidade é equilibrar os impactos
ambientais previstos ou já ocorridos na
implantação de um empreendimento ou no uso e
ocupação do solo, funcionando como uma
espécie de indenização pela degradação

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PLANEJAMENTO

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O que é o Plano Diretor?

É um instrumento da política urbana instituído pela Constituição Federal de 1988, que o define como “instrumento básico
da política de desenvolvimento e de expansão urbana.”, e é regulamentado pela Lei Federal n.º10.257/01, mais conhecida
como Estatuto da Cidade, pelo Código Florestal (Lei n.º4.771/65) e pela Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei n.º
6.766/79).

No Código Florestal (que limita os direitos de propriedade sobre as florestas e vegetações em território nacional,
reconhecidas por ele como um bem de interesse comum) a existência de um plano diretor aparece como condição
fundamental para a possível autorização da supressão de vegetação em área de preservação permanente (Art. 4º, §2º)
que, também, devem ser definidas no plano diretor (Art. 2º, Parágrafo único).

Já a Lei de Parcelamento do Solo Urbano define como objetos do plano diretor a definição de índices urbanísticos
relativos a dimensões de lotes, a definição das zonas urbanas de expansão e de urbanização específica e a previsão da
densidade de ocupação admitida em cada zona.

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O que é o Plano Diretor?
O Estatuto da Cidade dá uma importância maior à criação do plano diretor. Tanto, que traz um capítulo à parte apenas
para tratar deste instrumento da política urbana. No Estatuto da Cidade o plano diretor deve ser revisto a cada dez anos
assim como a lei municipal referente a ele. E deve ainda, englobar o território do município como um todo, constituindo-se
na ferramenta básica da política de desenvolvimento urbano, através da qual deve-se definir as exigências a serem
cumpridas para que se tenha assegurada a função social da propriedade no local onde está inserido.
O Estatuto da Cidade traz ainda os casos em que é obrigatória a criação de plano diretor: para cidades com mais de vinte
mil habitantes, para cidades integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas (de acordo com o disposto
também no Art. 182 da Constituição), para cidades em áreas de especial interesse turístico ou inseridas na área de
influência de empreendimentos com significativo impacto ambiental.

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Plano Diretor
O planejamento urbanístico antes não apresentava
caráter jurídico, ou seja, não estava normatizado e nem
era exigível. Porém, para o crescimento das cidades, a
edição de um plano diretor nunca seria demais e, na
verdade, só ajudaria no controle das desigualdades, na
justiça e dignidade da sociedade. Por conta disso,
muitos municípios editavam planos diretores, que só
ganhavam características jurídicas se fossem
incorporados na legislação dos municípios.

Com a normatização do planejamento urbano pela


Constituição Federal, com o objetivo de garantir e
operacionalizar a política pública do desenvolvimento
urbano, foi definido o Plano Diretor “como principal
instrumento de implementação de uma política de
desenvolvimento e expansão urbana”.

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Planejamento Urbanístico Estadual
Os Planos Urbanísticos Estaduais são subdivididos em
● Estabelecimento de regiões de uso industrial;
Gerais e Setoriais:
● Delimitação de áreas supramunicipais que se
considere necessário submeter a determinadas
Gerais: de ordenação do território estadual,
limitações e adequada proteção do meio
respeitadas as diretrizes federais.
ambiente natural e cultural.
● Indicação e localização de infraestrutura básicas
Setoriais: defesa do meio ambiente,plano de viação
supramunicipais, linhas de comunicação terrestre,
estadual, respeitados diretrizes e princípios do plano
marítma e aérea,saneamento básico,
de viação nacional
fornecimento de energia e outra análogas.
● O estado legislar suplementarmente sobre o
direito urbanístico , respeitando as normas da
união e não devendo invadir as competências
do município.
● O estado também pode estabelecer diretrizes
gerais de ordenação do seu território.Inclusive
por vias de planos estaduais e regionais de
urbanismo sobre:

CONTEXTO | CONCEITOS | INSTRUMENTOS | PLANEJAMENTO


Planejamento Estadual
● Competência concorrente com a união para legislar sobre o direito urbano
● Os estados tem possibilidade de estabelecer normas de coordenação dos planos urbanísticos no nível de suas
regiões, além de sua expressa competência para estabelecer as regiões metropolitanas
● Define ainda um campo supramunicipal de ordenação territorial, que aos municípios cabe observar como normas
gerais de atuação e coordenação no nível geral e microrregional (ou regional intra-estadual)

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Bibliografia

https://jaqueernandes.jusbrasil.com.br/artigos/150699973/estatuto-da-cidade-plano-diretor-e-instrumentos-urbanisticos
http://www.scielo.br/pdf/cm/v20n41/2236-9996-cm-20-41-0267.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13089.htm
http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3264&catid=29&Itemid=34
PINHEIRO,S.T; LIMA, L.F; COSTA, M.C.L. O sonho da metrópole: A criação da Região Metropolitana de Sobral, CE. In: ENCONTRO
NACIONAL DA REDE OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES, 2017.
MORAIS, J.M.L; MACEDO, F.C. Regiões Metropolitanas do Ceará: Dispersão produtiva e concentração de serviços. Revista eletrônica
do Programa de Mestrado em desenvolvimento regional.

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