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ALINE DE BRITO PINTO

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PORTADORES DE DOENÇA


PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

TAGUATINGA
2020
ALINE DE BRITO PINTO

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PORTADORES DE DOENÇA


PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

Projeto apresentado ao Curso de Fisioterapia


da Faculdade Anhanguera.

Orientador: Rayssa Araujo

Taguatinga
2020
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

1.1 O PROBLEMA 5

2 OBJETIVOS 5

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO 5

3 JUSTIFICATIVA 5

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6

5 METODOLOGIA 10

6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO 11

REFERÊNCIAS 11
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1 INTRODUÇÃO

A Fisioterapia Respiratória é uma série de procedimentos realizados através


de intervenções mecânicas, baseadas na fisiologia das vias aéreas. Seu principal
papel consiste na prevenção ou a diminuição dos danos gerados pela obstrução por
secreção, tais como: hiperinsuflação pulmonar, insuficiência respiratória e aumento
trabalho respiratório. Secundariamente, a remoção de secreções infectadas, de
mediadores inflamatórios e a consequente redução da ação proteolítica e estresse
oxidativo das vias aéreas, pode diminuir as lesões teciduais provocadas pelas
infecções pulmonares.
A atuação dos fisioterapeutas vem aumentando gradativamente desde o
surgimento da profissão em meados dos anos 40 a 50 e exponencialmente em 2020
dentro do contexto de pandemia trazido pela COVID 19. No estudo de NOZAWA et
al.(2008) investigou-se o perfil dos fisioterapeutas que atuam em unidades de
terapia intensiva (UTIs) no Brasil, mas pensando em entender qual seria o grau de
autonomia desses profissionais em relação ao uso de ventilação mecânica invasiva
e não-invasiva. Dos 1.192 hospitais registrados em 88% deles a UTI é chefiada por
fisioterapeutas e em 78% existem equipes de até oito fisioterapeutas.
No Brasil apesar da proporção de fisioterapeutas estarem aumentando nos
hospitais muitas vezes seu papel é reduzido necessitando, por exemplo, da
permissão de um médico responsável para poder atuar além de disso muitas vezes
ele recebe remuneração muito abaixo de outras especialidades menos presentes.
A fisioterapia respiratória combina exercícios com sessões educativas,
visando reduzir a dispnéia, melhorar o estado de saúde e reduzir os custos com
medicamentos e hospitalizações. Apesar das recomendações, apenas uma pequena
fração dos pacientes portadores de DPOC tem acesso a programas de reabilitação
em todo o mundo. Na recepção multiprofissional dada aos pacientes em UTIs, o
fisioterapeuta se faz evidente pelo seu papel em cuidados críticos necessários
dentro do tratamento intensivo, isso tanto em pacientes que não precisam de
suporte ventilatório quanto em pacientes com complicações respiratórias graves que
necessitam de suporte ventilatório. Além de atender pacientes que necessitam de
fisioterapia motora.
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1.1 O PROBLEMA
Quais as características da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e como a
fisioterapia pode estabilizar o quadro cliníco?

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

● Verificar a necessidade do atendimento fisioterapêutico em pacientes


com doença pulmonar obstrutiva crônica.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

● Identificar o que é a doença pulmonar obstrutiva crônica;


● Entender o tratamento fisioterápico dado a pacientes com DPOC;
● Relacionar fisioterapia respiratória a prevenção e tratamento de
pacientes graves e não graves.

3 JUSTIFICATIVA

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das doenças mais


subjugadas e pouco conhecidas no mundo, além de sua letalidade ela compromete
excessivamente a qualidade de vida de seus portadores. A DPOC caracteriza-se
pela restrição do fluxo de gases no período expiratório, podendo acontecer fases
intensas de insuficiência respiratória aguda associadas a hiperinsuflação e cansaço
da musculatura torácica. Os principais motivos que favorecem o surgimento e
desenvolvimento da doença já são bastante conhecidos e pesquisados, contudo
ainda é difícil esclarecer os motivos que causam esse desequilibro do quadro de
saúde do paciente (KOBAYASHI; KUBO; YANAI, 2007; KUNIHIKO, 2010).
Conhecer os procedimentos que podem prevenir ou facilitar o tratamento
desses pacientes é vital para proteger sua saúde. O profissional que trabalha com a
fisioterapia respiratória usa desde o ventilador mecânico até manobras respiratórias
para promover assim a dilatação dos brônquios do paciente, liberar secreções e
reaumentar áreas pulmonares. Sendo assim a presente pesquisa busca entender
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qual é a importância da atuação de um fisioterapeuta capacitado no atendimento de


pacientes com DPOC.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRONICA (DPOC)

Existem diversas definições da patologia DPOC, uma é dada pela


Organização Mundial da Saúde (OMS) (2004) e diz que ela é uma doença
prevenível e tratável com alguns efeitos extrapulmonares significantes que podem
contribuir para a gravidade individualmente. Em momento nenhum a OMS fala do
termo cura ou expectativa de cura, apenas em tratamento. Já a Sociedade Brasileira
de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) publicou em 2004 só que em outras palavras
que é uma entidade clinica que se caracteriza pela presença de obstrução ou
limitação crônica do fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível, ou
seja, não se pode prometer ao paciente recuperação total de seu quadro.

Antes da assistência fisioterapêutica contínua na UTI, muitos


pacientes retornavam ao seu cotidiano com sérios
comprometimentos motores e dependentes para realizar suas
atividades de vida diária. Atualmente, podemos prevenir esses
agravos, que são muito prejudiciais aos pacientes, sobretudo após
internação prolongada. (FU, 2018)

O fisioterapeuta tem a obrigação profissional de dar o diagnóstico funcional,


para que ele seja traçado, nós temos que caracterizar a doença quanto a sua perda
funcional, a primeira perda funcional característica dessa doença é a hiperinsuflação
pulmonar; esse paciente é considerado um retentor crônico, ou seja, ele mantém o
seu tórax cheio o tempo inteiro retendo muito ar em cada ciclo; a segunda é a
limitação crônica do fluxo aéreo (diminuição da entrada de ar), e por ultimo, como a
própria definição diz, apresenta alguns efeitos sistêmicos: inflamação sistêmica pois
há uma maior sujeição do paciente a infecções, uma reação orgânica mais deficitária
e uma série de alterações músculo-esqueléticas com uma diminuição de massa
muscular bastante acentuada.
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. O quadro clínico do paciente não obedece a um padrão e está estreitamente


ligado com a doença predominante: bronquite ou enfisema (COIMBRA;
GUIMARÃES, 2000). Dentro do quadro clinico em decorrência das perdas funcionais
o mais comum é a dispneia, a tosse, a sibilância, a produção de secreção
aumentada, infecções respiratórias de repetição, descondicionamento físico.
Neste contexto entra o papel da ventilação mecânica que se trata do suporte
dado através de um aparelho ao paciente com dificuldade para respirar por conta
própria pelas vias normais devido a fatores como anomalias congênitas.

4.2 VENTILAÇÃO MECANICA

A ventilação mecânica (VM) é feita pelo uso de aparelhos que,


intermitentemente de forma continua diminuírem e depois expandem as vias
respiratórias com volumes de vento. O deslocamento do gás para dentro dos
pulmões pode ser conseguido por um equipamento que aumente a pressão da via
aérea proximal (ventilação por pressão positiva).

4.2.1 VENTILAÇÃO MECANICA INVASIVA

A definição de ventilação mecânica invasiva (VMI) é de que ela consiste em


um método de suporte ventilatório para o paciente em insuficiência respiratória
aguda ou crônico agudizada. Então ela tem como objetivo a manutenção das trocas
gasosas fazendo com que diminua o trabalho da musculatura respiratória pelo
auxilio que ela vai dar durante a respiração evitando uma fadiga da musculatura
respiratória ou dando um período de descanso no caso de pacientes que já
fadigaram essa musculatura. Consequentemente o paciente vai reduzir o consumo
de O² e também vai auxiliar em algumas terapias especificas.
As indicações para VMI são as mais diversas, desde paciente pós parada
cardíaca, insuficiência respiratória aguda, falência mecânica do aparelho respiratório
(seja por fraqueza da musculatura respiratória, doença neuromuscular ou então
paralisia), ausência de proteção das vias aéreas (podendo correlacionar esta ultima
ao paciente com rebaixamento do nível de consciência) até a apneia e a
hipoventilação.
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A ventilação mecânica fora ser um procedimento considerado muitas vezes


agressivo ao delicado sistema respiratório, está associada a complicações que
podem agravar significativamente a evolução clínica em pacientes graves. A
introdução do tubo endotraqueal pode lesionar a mucosa da via aérea causando
ulcerações, inflamação, edema e hemorragia submucosa, nos casos extremos,
estenose da via aérea. Além disso, a via aérea artificial por alterar os mecanismos
naturais de defesa pode dificultar a respiração espontânea, predispondo a infecções
nosocomiais graves tal qual a pneumonia, sinusite e otite. Inclusive, promove dor e
desconforto, impede a alimentação por via oral e a fala. Estes agravantes tornam
obrigatória a sedação e são responsáveis por sérios transtornos psicológicos.

4.2.2 VENTILAÇÃO MECANICA NÃO INVASIVA

A ventilação não-invasiva (VNI) tem sido considerada uma alternativa viável à


ventilação mecânica tradicional em pacientes com insuficiência respiratória aguda o
que evitaria complicações associadas a VMI.

A sofisticação dos equipamentos e máscaras tornaram os benefícios


da ventilação não-invasiva inquestionáveis, inclusive em populações
específicas. Em pacientes submetidos a cirurgia abdominal eletiva de grande
porte que desenvolveram hipoxemia, a VNI versus oxigenioterapia isolada
diminuiu a necessidade de entubação orotraqueal, pneumonia nosocomial e
o tempo de UTI, resultados também confirmados em pacientes submetidos a
transplante de órgãos sólidos (fígado, rim e pulmão). (RHAAL; GARRIDO;
CRUZ. 2005)

Esta espécie ventilatória pode suceder diferentes fases da insuficiência


respiratória aguda, evitando, por exemplo, a intubação orotraqueal; ajuda no
desmame da ventilação mecânica, abreviando a duração desta; evita uma nova
intubação após ter sido desentubado. Contudo, algumas condições clínicas como
rebaixamento do nível de consciência, hipotensão, mudança no reflexo da
deglutição, dentre outras pode limitar seu uso. As complicações mais comuns são
distensão abdominal, broncoaspiração, eritema facial e mal estar relacionado a
vômitos, congestão nasal e dor de cabeça.
Segundo Borghi-Silva et al. (2005), através de estudo de caso foi possível
identificar que o uso do suporte ventilatório não-invasivo por meio do BiPAP,
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aplicado durante o exercício físico aos pacientes com DPOC, possibilita aumentar a
tolerância física, mantendo os níveis de oxigenação e reduzindo a dispneia. Essa
seria uma estratégia para contribuir na reabilitação fisioterapêutica de pacientes com
DPOC de moderado a grave grau de obstrução.

4.3 FISIOTERAPIA RESPITARORIA EM DPOC

Dos diversos sintomas que acompanham a DPOC, estão a dispnéia, tosse,


secreções e infecções respiratórias. Por causa disso, pessoas com DPOC
corriqueiramente sofrem com o descondicionamento físico, fraqueza muscular,
perda de peso e desnutrição. Consequências da DPOC que acabam reduzindo a
capacidade de praticar atividades físicas.
Os exercícios físicos são normalmente prescritos para esse tipo de paciente
apesar de um provável sedentarismo e da fraqueza muscular. Contudo ainda não
existe um protocolo fixo estabelecido para a reabilitação do paciente com DPOC.
A prescrição de exercícios é bem diversificada e pode incluir caminhadas
curtas, exercícios respiratórios, natação, alongamentos até mesmo musculação. O
oxigênio aumenta a capacidade para o exercício, reduzindo o desconforto
respiratório, através de vários mecanismos, incluindo redução do drive ventilatório
hipóxico, retardo da acidose metabólica e redução direta da hiperinsuflação
dinâmica, provavelmente por reduzir o drive ventilatório e a frequência respiratória
(Langer,2009). Por conta disso além dos exercícios citados inclui-se a prescrição da
Fisioterapia respiratória, em especial do uso da ventilação mecânica pois ela tira a
sobrecarga dos músculos respiratórios ajudando na melhor performance durante os
exercícios físicos.

5 METODOLOGIA

Metodologicamente, a pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica


realizada através da analise extensa de diversos conteúdos publicados nos últimos
16 anos retirados prioritariamente do Google Acadêmico, do Scientific Eletronic
Library On Line (SCIELO), de periódicos especializados em fisioterapia como os
extraídos da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e artigos de
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autores consagrados, leituras consideradas de suma relevância para o assunto em


questão, pautado na sempre na abordagem qualitativa.
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6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do


Trabalho de Conclusão de Curso.

2020
ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema. Definição do X X X
problema de pesquisa
Definição dos objetivos, X X X
justificativa.
Definição da metodologia. X X
Pesquisa bibliográfica e
elaboração da fundamentação X X
teórica.
Entrega da primeira versão do
projeto. X
Entrega da versão final do
projeto. X X
Revisão das referências para
elaboração do TCC. x x
Elaboração do Capítulo 1. x x
Revisão e reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração do
Capítulo 2. x x
Elaboração do Capitulo 3.
x x
Elaboração das considerações
finais. Revisão da Introdução. x
Reestruturação e revisão de todo
o texto. Verificação das
referências utilizadas. x
Elaboração de todos os
elementos pré e pós-textuais. x x
Entrega da monografia. x
Defesa da monografia.
?
REFERÊNCIAS

BORGHI-SILVA, A. et al. Efeitos agudos da aplicação do BIPAP sobre a


tolerância ao exercício físico em pacientes com doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC). Rev. bras. fisioter., v. 9, n. 3 p. 273-280, 2005. Disponível em:
http://ucbweb.castelobranco.br/webcaf/arquivos/12803/1256/dpoc_bipap.pdf.

COIMBRA, Isabela; GUIMARÃES, Murilo. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.


In: PESSOA, F.P. Pneumologia Clínica e Cirúrgica. Ed. Atheneu, São Paulo, 2000. P
309-320.

Fernandes ABS . Reabilitação respiratória em DPOC, Rio de Janeiro -


Atualizações Temáticas 2009;1(1):71-78 77

FU, CAROLINA. Editorial: Terapia intensiva: avanços e atualizações na atuação


do fisioterapeuta. São Paulo. 2018.

KOBAYASHI, Seiichi; KUBO, Hiroshi; YANAI, Masaru.Impairment of the


swallowing reflex in exacerbations of COPD.Thorax; 62(11): 1017, 2007.
12

LANGERr, D; et al. Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com


Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Rev Bras Fisioter. 2009.
[Disponível em: 
http://www.redalyc.org/html/2350/235016469011/]

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. CIF: Classificação Internacional


de Funcionalidade. Lisboa: OMS, 2004. Disponível em:.Acesso em: 10 mai. 2020.

RAHAAL L, GARRIDO AG, CRUZ RJ. Ventilação não invasiva: quando utilizar?.
Rev da Assoc Med Bras. 2005; 51 (5): 245-246

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA (SBPT).


Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada (ODP). J. Pneumologia [online]. vol.26, n.6,
pp. 341-350.ISSN 0102- 3586. 2000.

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