TR Descaracterização Final
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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
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*As etapas de descaracterização propostas no fluxograma abaixo tem caráter orientativo, devendo
ser adaptado, com as devidas justificativas, as peculiaridades da estrutura a ser descaracterizada.
Diagnóstico da estrutura,
avaliação da segurança atual
da barragem.
Projeto de Projeto de
Projeto de
descaracterização das descaracterização das
descaracterização das
BARRAGENS EM NÍVEL BARRAGENS EM NÍVEIS 2
BARRAGENS COM DCE
1 DE ALERTA OU 3 DE ALERTA
Intervenções Preliminares
para segurança das obras
de descaracterização
Drenagem e Retirada de
Água
Obras de
Descaracterização e
Recuperação da área
Monitoramento
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3. ETAPAS DA DESCARACTERIZAÇÃO
Deverá ser realizado um diagnóstico da estrutura de modo a validar ou convalidar o nível de segurança. O
projetista deverá revisitar os laudos de segurança da estrutura, bem como outros dados que achar
necessário, e concluir sobre a situação de segurança atual da barragem, realizando o procedimento
denominado de Revisão por pares (Peer review), por equipe externa e independente da equipe do projeto
de descaracterização.
Este diagnóstico deve conter, no mínimo, mas não se limitando aos seguintes itens:
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Ressalta-se que especificamente para barragens definidas como nível de risco 3, qualquer atividade
de projeto, de construção ou de trabalho de campo, deverá ser precedida da evacuação da área a
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jusante sujeita a risco e de implantação de ações que reduzam o nível de risco, visando atingir os
fatores de segurança especificados no primeiro parágrafo do item 3.3 deste termo de referência.
O inicio da intervenção deverá ser planejado de modo a garantir que todos os trabalhadores
envolvidos nas obras de descaracterização tenham conhecimento dos riscos atrelados as intervenções
propostas. Neste sentido, ressalta-se que o Protocolo para garantir a segurança dos trabalhadores da
obra, obrigatório para a intervenção em barragens em nível de alerta, deverá contemplar um programa
de comunicação eficiente e treinamentos periódicos de segurança para as equipes envolvidas.
O referido protocolo, a ser preenchido diariamente no sitio das obras, assinado por todos os
responsáveis, deve conter a indicação de níveis de alerta associados à necessidade de paralização da
obra ou evacuação, bem com procedimentos para retomada das obras.
Ressalta-se que do início ao fim das obras de descaracterização a equipe que faz a gestão da barragem
no empreendimento, bem como os engenheiros contratados para executar o projeto, devem
acompanhar e monitorar as obras a fim de evitar erros de execução.
Naqueles casos onde o projetista recomendou a construção de uma estrutura provisória de proteção à
jusante (back-up dam), a estrutura provisória deverá ser construída antes das intervenções de reforço e
descaracterização.
Neste sentido, a proposta de drenagem deve apresentar de forma clara os procedimentos que serão
adotados para reduzir a saturação do material armazenado na barragem, estabelecendo, dentre outras
coisas, os parâmetros técnicos que serão utilizados, o prazo para finalização dos trabalhos de drenagem,
o tratamento da agua e o local de desaguamento, quando pertinente.
Ressalta-se que a proposta de drenagem deve ser fundamentada de modo a garantir a manutenção da
estabilidade da barragem.
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Nesta fase, a atenção a instrumentação e o acompanhamento das ações em campo devem ser
intensificados. Sugere-se atenção ao desempenho das estruturas, atentando-se para vibrações, variações
de níveis de água internos e deslocamentos da estrutura.
As medidas de recuperação da área deverão ser descritas no Projeto final. A proposta deverá objetivar
a reintrodução da área ao contexto da paisagem local.
As práticas de recuperação deverão ser estabelecidas com vistas a propiciar o manejo e a proteção do
solo, dos recursos hídricos, a estabilidade geotécnica e a recomposição da cobertura vegetal. Neste
contexto, deve se detalhar todos os métodos e técnicas de recuperação que serão utilizados com as
devidas justificativas embasadas no diagnóstico da área pós-descaraterização e em conhecimento
técnico.
O Projeto final deverá apresentar uma análise das restrições de uso e ocupação da área, observando o
potencial de aproveitamento futuro de substâncias minerais, os aspectos de segurança e geotécnicos da
área, as leis municipais, estaduais e federais pertinentes.
3.7 – MONITORAMENTO;
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Confiabilidade das
Deformações e Deterioração dos
Estruturas Percolação
Recalques Taludes / Paramentos
Extravasoras (g)
(h) (i)
(f)
Umidade ou surgência
Estruturas com Existência de trincas e Falhas na proteção dos
nas áreas de jusante,
problemas identificados abatimentos com taludes e paramentos,
paramentos, taludes e
e medidas corretivas em medidas corretivas em presença de vegetação
ombreiras estáveis e
implantação implantação Arbustiva
monitorados
(3) (2) (2)
(3)
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As informações deverão ser apresentadas em formato de relatório digital, gravado em mídia tipo compact
disc (CD) ou digital versatile disc (DVD), ou outro tipo de mídia eletrônica. As informações também
deverão ser geoespacializadas e entregues de acordo com os requisitos técnicos dispostos na
Resolução Conjunta SEMAD/IEF/FEAM/IGAM n° 2.684, de 03 de setembro de 2018. A não adequação
a um ou mais itens presentes neste documento deverá ser devidamente justificada.
Identificação da empresa responsável pela elaboração do estudo, com respectiva razão social, CNPJ,
endereço, nome e telefone do representante legal para contato.
Identificação da equipe técnica responsável pelo estudo (nome completo, formação acadêmica, áreas
sob sua responsabilidade no estudo, no do registro em conselho de classe válido).
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iii. Delimitação da Área Diretamente Afetada (ADA), em arquivo digital geoespacial vetorial, das
obras de descaraterização da barragem, incluindo infraestrutura de apoio (canteiro de obras,
escritório de apoio, alojamentos, pátio de estacionamento de máquinas e veículos, área de
armazenamento de materiais, dentre outros);
iv. Memorial descritivo e layout das soluções geotécnicas a serem empregadas, das obras a
serem realizadas, incluindo a necessidade de esgotamento da água acumulada no interior da
barragem e, caso haja, da infraestrutura de apoio das frentes de obras;
v. Indicar a necessidade ou não de perfuração de poços tubulares para os casos em que se fizer
necessário o bombeamento / esgotamento da água armazenada no interior do barramento;
vi. Descrição das estruturas e layout dos sistemas de controle ambiental dos efluentes líquidos,
emissões atmosféricas e resíduos sólidos gerados no canteiro de obras e infraestrutura de
apoio;
vii. Descrição das ações de movimentação de terra, localização e caracterização das áreas de
empréstimo e bota-fora;
viii. Volume, rota e local de deposição de materiais que poderão ser retirados na
descaracterização;
ix. Estimativa da mão-de-obra a ser demandada, classificada por categorias de especialidades
técnicas em histograma alinhado ao cronograma de obras;
x. Origem esperada da mão-de-obra (indicação dos municípios que fornecerão a mão-de-obra
necessária);
xi. Estimativa de volumes de concreto, blocos, britas, areia, argila, dentre outros materiais de
construção, de fontes externas a serem utilizados, indicando os volumes ao longo do tempo
das obras, conforme cronograma;
xii. Indicação das potenciais fontes de fornecimento dos materiais supracitados e suas
localizações geográficas (a exemplo de áreas de empréstimo, produção na própria unidade,
fontes externas de terceiros, dentre outros);
xiii. Rotas que pretendem ser utilizadas para o fornecimento e o transporte dos materiais
supracitados, para a realização das obras de descaracterização, informando a capacidade das
vias;
xiv. Histograma de equipamentos de transporte e máquinas, alinhado ao cronograma;
xv. Estimativa de custos das obras de descaracterização da barragem;
xvi. Cronograma físico-financeiro proposto pelo empreendedor responsável pela barragem a ser
descaracterizada.
3. CARACTERIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL
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4. RECOMENDAÇÕES
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