Vol 25 PDF
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TUTO HISTORICO
E GEOGRAPHICO
DE SÃO PAULO
FUNDADO A 1.0.DE NOVEMBRO DE 1894
VOLUME XXV
1927
POR
AFFONSO A. DE FREITAS
(SOCIO BENEMERITO DO INSTITUTO)
O PRIMEIRO CENTENARIO
" o que conheceu pela falla. Não admira que o monstro a quem o inferno
"siiggefiu estes crimes lançasse mão de tal gente, fezes da sociedade, donde
"sahiram. que repelle de si esses rlemeiitos de corrupção; colhe-os o nosso
"governo, a titulo de colonos, são-lhes precisas almas venaes, para substitiiir
' ' 0 5 braços africanos na agricultura, temos os braqos de assassinos.
"Aquelles que nos deviam defender parecem revoltados contra 116s: frr
'.ram conhecidos os assassinos, entretanto as autoridades dominam até qiie o
"povo paulistano amigo d a justiça e zeloso de seus direitos perseguiu os ho-
"micidas, occultos em casa do infame Japi-Assu', e os conduziu a prisxo.
"Deviam immediatamente as autoridades competentes p8r todos os meios para
"que aquelles homens não se evadissem; entretanto passaram-se 12 horas
<'sem que se procurassem os meios de conseguir os facinorosos, então o povo
"já maguado de que se esquecessem da lei, pediu, instou, r por si mesmo
-'offereceu-se para a execução da justiça.
"A voz publico, e as provas at6 aqui colhidas accusam o infame C. L.
gal-o ao bem merecido desprezo de que se faz
credor, porém, como o Telegrapho diz que este
heróe t e m 121.12 seu favor a opinião dos homens
scnsatos da Provincia de São Paulo, e do Impe-
rio: bom he, que digamos duas palavras Acerca
d'elle para que se persuada o servil Telegrapho
(Analysta de Minas) qual a opinião que gosa
n'esta Provincia o inco~nparavel Chichorro. Na
qualidade de Secretario do Governo (logar que
occupou á annos) respondão as raspadellas dos
livros, e o aviso pelo qual foi reprehendido infru-
ctiferamente, pois vergonha querer-nos persuadir
que he qualidade que S. S. não tem: no tempo
que exerceu o logar de Juiz de Fóra de Taubaté,
quiz-nos mimosear proclamando o absolutismo,
para o que convocou a Camara ; e foi tão feliz este
heróe, que sahio absolvido e o mais é, logo des-
pachado ouvidor para esta Cidade.
Quando he preciso indicar em São Paulo o
pessimo dos Magistrados, he o Chichorro, quando
se qiier indicar o homem sem vergonha, he Chi-
cl-iorro, quando se quer indicar o homem desmo-
ralisado he Chichorro, hum sevandija he Chichor-
ro, se se deseja hum'homem sem nenhuma som-
bra de virtudes he Chichorro; em huma palavra
"Japi-Assu', desse horrendo attentado. O coração desse monstro formado
"pela m ã o ' d a s furias, dominado por uma loucura sombria e furiosa, por
"uma ambicão de mercês sedenta era muito capaz de tal crime. No nume-
"ro seguinte daremos de tudo o que houver a tal respeito uma ampla noticia.
"O punhal dos assassinos tem dignamente ornado a mão desses mons-
"tros, que pretendem arrancar-nos a nossa liberdade, cevar sua ambição e
"orgulho nas mercês e honras, que um governo traidor tem prodigalisado
"aos inimigos das instituições juradas, e da reforma da administração pu-
"blica. Marcados pela opinião com a ferrete da infa~nia, fingem despre-
"zal-a; incensando unicamente as aras do poder e d a venalidade. O descre-
"dito geral tem para com o governo achado credito, e titulo de louvores. Pois
"nada valem e podem contra o clarão com que o facho da liberdade da im-
"prensa allumia seus vicios, as suas prevaricações; lancam mão de punhal
"homicida. Pensam assim os miseros suffocar as vozes da liberdade co-
" rajosa.
podemos afiançar ao servil Telegrapho, susten-
tado, protegido e redigido pelo J. J. Lopes, que
se alguma opinião tem o Chichorro nesta Pro-
vincia, he para com os Muleques, e não podia
deixar de assim ser, pois que, similis, similem
querit.
Prova-se tanto a opinião deste Chichorrão,
que nas ultimas nomeações populares que a pouco
acabamos, S. S. apenas contou hum magro voto,
bem duvida por mangação. Será isto força de
opinião? Responda Sr. servil Telegrapho. Quem
gosq da opinião dos homens sensatos não póde
obter nem o logar de bliguin? Venha Sr. Tele-
grapho; feiche os olhos e agarre no primeiro que
encontrar na rua e pergunte-lhe; quem he o chi-
chorro? Certamente hade ouvir huma bellissima
Ladainha, de tal freguez. Sr. Telegrapho se quer
fazer alguma fortuna, se quer grangiar alguma
opinião para 0 seu confrade, tome o nosso Con-
celho, vá para a Turquia, que de certo será alli
muito estimado de todos, porém no Brasil meu
rico Sr. absolutista. não faz colheitas, pois é bem
conhecidinho.
Que parelha bella de tres, piidia sahir da Pro-
H Y M N O DA BAHIAKADA
Bahia é cidade
Patllicéa é grota,
Viva Montalegre
Morra ,Patriota ! !
Rahia é cidade
Paulicéa é grota,
Viva Montalegre
Morra Patriota."
E "O Tebyreçá" não foi parar á cadeia porque a reiro-
lução, estalando dias depois em Sorocaha, iiiterrompeu a mar-
cha do processo e a propria publicação do jornal.
FUNDAÇÃO DE ITO
O sincero acolhimento
Do fiel povo ituano
Gravado fica no peito
De seu grato soberano.
Nós abaixo assignados confirmamos que a
quadra supra foi composta por S. M. O Impe-
rador D. Pedro 2.0, nesta fidelissima Cidade de
Itú, na noite do dia 25 de Março de mil oito
centos e quarenta e seis.
MATRIZ
O SEMINARIO DO P. CAMPOS
COLLEGIO DE N. S. DO PATROCINIO
SANTA RITA
CONVENTO DE S. LUIZ
ORAÇAO F U N E B R E
Disse.
HOMENAGEM
AO MAXIMO BEMFEITOR DE ITÚ
qões, nós outros que aqui nos achamos reunidos somos guia- I
CAPRICHOS DA SORTE
AMIGOS E PROTECTORES
O MAXIMO PROTECTOR
ALGUNS DADOS
FUNDAÇÃO D E ITU'
EFFEITOS DA AFINIDADE
ALGUNS APONTAMENTOS
UM AMIGO PATRAO
UM PEQUENO EMIGRANTE
O MAXIMO BEMFEITOR
INSPECTORIA AGRICOLIZ
SECÇÕES FABRIS
SOCIO EFFECTIVO
"Tr.O do Arruamento
T A T U H Y DISTRICTO
TATUHY MUNICIPIO
258$326
Receita
TATUHY COMAKCA
TATUHY REPUBLICANO
8
Por occasião da proclamação da Republica, nada houve de
extraordinario, nem digno de especial menção.
A indole do nosso povo e o espirito inclinado para o pro-
gresso e melhoramento de tudo, fizeram com que nenhuma per-
turbação da ordem se désse; ao contrario, tudo era esperado.
Confiante na propaganda promettedora e levado de seducção
agradabilissima, Tatuhy, si não acceitou de braços abertos a
nova fórma de governo, tolerou docemente que os republicanos
de então entrassem em exercicio.
Eramos ainda estudante e estavamos em São Paulo; não
presenceámos os factos que aqui fizeram as impressões do
acontecimento.
Na Secretaria da nossa Camara, nada consta a respeito;
alguem, por interesse ou descuido, não restituiu o livro das
actas desse tempo, que dali tirou.
Por tradição, sabemos que, ao receber a nova, reuniu-se 9
"Club Republicano" e aguardou a chegada de Antonio Morei-
ra da Silva, que se achava em Pereiras.
Este Club se compunha de: - Moreira da Silva, Joaquim
Olintho de Oliveira e Silva, José Pinto Moreira Drumond,
José Maria Pinto, José Samna, Francisco Carlos Baillot, João
Guedes Pinto de Mel10 e Manoel Augusto Galvão.
Estando presente, foi convidada a Camara para reunir-se
em sessão solemne, afim de entregar o governo municipal aos
republicanos.
Compunha-se ella dos vereadores abaixo :
Presidente, cap. Deolindo José da Rocha ; vice, Antonio Ri-
beiro de Almeida; Francisco Xavier de Almeida, Galdino An-
tonio da Silva, Raphael Caetano da Silva, Manoel Alves de
Araujo, Antonio iíe Cerqueira Cezar, Joaquim de Campos e
Candido Pinheiro de Camargo.
Effectuada a reunião, abriu-se a sessão, estando presentes
os Drs. Antonio Candido de Almeida e Silva, Juiz de Direito,
João Nogueira Jaguaribe, Juiz substituto, Antonio Moreira
Dias Junior, Promotor, os quaes se manifestaram em discur-
sos, após a allocuçáo de Moreira da Silva.
Depois do discurso final de Manoel Augusto Galvão, en-
cerrou-se a sessão, sahiGdo os republicanos e o povo em passea-
ta e estrepitosas festas pelas ruas.
Foi ás 7 112 horas que tudo se passou do que se lavrou
acta que desappareceu.
Ficou o municipio sem administração, até que, por decreta
do governo provisorio de São Paulo, em data de 28 de Janeiro
de 1890, foi nomeada uma intendencia constituida de Antonio
Moreira da Silva, Francisco Carlos Baillot, Nicoláo Magaldi,
José Pinto Moreira Drumond e Manoel Augusto Galvão que
não acceitou o logar.
Esta intendencia tomou posse, que lhe foi conferida pelo
vice - presidente da Carnara dissolvida, Antonio Ribeiro de
Almeida. a 1 . O de Fevereiro, ás 9 horas da manhan, estando pre-
sente o ex-vereador Antonio de Cerqueira Cezar sómente.
Dispensaram-se os empregados e nomearam-se outros.
Tal intendencia foi se reduzindo, pela retirada dos seus
membros, até que, por muito tempo, só Baillot administrava o
municipio.
Morre : Joaquim Manoel Fiuza (Nhò Quim Castanho) em
31 de Maio, aos 56 annos, tendo sido procurador da Camara e
agente do correio ; Firmino Xavier de Barros (Firmino Mimim)
aos 55 annos, em 22 de Setembro, tendo sido autoridade.
Benze-se a igreja do Rosario, em 10 de Novembro.
O anno de 1891, talvez effeito de nova phase governa-
mental, nada de novo produziu.
Em 1892, perdemos, em 10 de Janeiro, com 66 annos, An-
tonio Vieira de Moura e, a 7 de Fevereiro, aos 44 annos, o ca-
pitão Deolindo José da Rocha, depois de muitos serviços pres-
tarem a Tatuhy.
Foi em 21 deste mez que se reuniram José Sinisgalli, Fran
cisco de Almeida Tavares, Joaquim Jaauario Ribeiro, Pedro
Samuel Strambeck e Manoel Alves de Araujo, na casa deste,
para o fim de se tratar de. erigir uma capella de S. Roque, tendo
deixado de comparecer Luiz Antonio Coelho e Henriqiie
Jurgens.
A acta desta reunião foi lavrada pelo professor Antonio
Alves cle Camargo Caixeiro e assignada pelos membros pre-
sentes.
Tal emprehendimento, como todos aquelles que se come-
çam modestamente, não ficou em projecto.
Continuam os prejuizos com os obitos de: ~ a m i l l bFerreira
das Chagas, aso 76 annos, em 28 de Março, no seu posto de of-
ficial de justiça, desde 11 de Março de 1852.
Do mesmo modo, o anno de 1893 foi infeliz para esta
cidade.
Perdeu mais os esforços de tão distinctos trabalhadores
que succumhiram: Antonio Rodrigues Pacheco Gato, que exer-
ceu o cargo de fiscal, por longos annos, deixando seu nome na
igreja do Rosario, com 73 annos, em 14 de Janeiro; aos 6 de
Agosto, com 85 annos, Antonio Manoel Pedroso, o velho re-
volucionario de 1842; em 28 de Agosto, com 65 annos, Joaquim
Antonio Pereira Cotrim, que sempre foi homem de confianqa
para todos os cargos que desempenhou; em 16 de Novembro,
Antonio Alves de Camargo Caixeiro, com 39 annos, um dos
mais nobres ornamentos da nossa sociedade e fundador da es-
tação meterologica.
Por occasião da revolução de 1893, Tatuhy prestou opti-
rnos serviços á Republica. Foi aqui o ponto de desembarqu-
das tropas e munições, vindo estas, directamente, do Rio, pela
Central do Brasil, que, então, era de bitola egual. Foi comman-
dante da praça o dr. Carlos Garcia.
Aqui se preparavam as conducções, para que tudo fosse,
sem perda de tempo, ao Itararé. Organisou-se um batalhão pa-
triotico que não teve necessidade de prestar serviços. O cel.
Cornelio Vieira de Camargo salientou-se pelos esforços em-
pregados pela causa .publica, tudo providenciando, ao lado do
Dr. Carlos Garcia, pelo que recebeu o posto de major honora-
rio do exercito.
Em sessão da Camara Municipal de 3 de Junho, 1895, o
Intendente Joaquim de Paula Arruda propoz que se applicas-
sem sómente em concertos do theatro os 5 :000$000 fornecidos
pelo governo do Estado, para reparos dos predios damnificados
pelas forças que aqui se demoraram com destino para o Sul, o
que foi approvado.
Sabendo desta resolução o Grupo Dra~nlaatico Tata~hyense,
por intermedio do vereador Antonio Apollinario da Costa Ne-
ves, em sessão de 27 de Junho, levou á camara a idéa de se fun-
dar um novo theatro, em vez de concertar-se o antigo.
A Camara approvou por unanimidade de votos a indica-
ção do vereador Neves e nomeou as commissóes abaixo, para
Angariar donativos: - Cap. Antonio de Oliveira Leite Se-
tubal, Campos & Irmão, José Vieira, Rocha Leão & Comp,.
Mamede de Paula Pereira.
Promover leilões: Manoel 1,uiz da Silva Sá, Dr. Emilio Ri -
has, que foi depois substituido por José hlagaldi, Joquim Mi-
guel da Fonseca, Manoel Guedes Pinto de Mello.
Comr&ssão de obras: Joaquim de Paula Arruda, Dr. Salles
Gomes, Pharmaceutico Antonio F. Castro Pereira, Francisco
Xavier de Almeida, depois modificada assim;
Dr. Salles Gomes, Manoel Sá, Neves, Xavier de Almeida
e Carlos Frederico dos Santos.
Nesse mesmo dia (27 de Junho) a Camara teve conheci-
mento de que o Rev. Conego Climaco offerecia um terreno, no
largo Municipal, para a edificação do theatro, ao qual faz doa-
ção, como fez, e José Magaldi, compromettia-se a dar dois
lampeões para a frente do predio.
Assim se deu principio aos preparativos do novo theatro,
partindo a idéa do Grupo Dra?natico que então se compunha
de: - José Thornaz Corrêa Guimarães, José Marcellino Cava-
lheiro, Antonio Apollinario da Costa Neves, Laudelino Corrêa
de Moraes, Antonio Magaldi, Domingos Magaldi, Simeão Au-
gusto Sobral, Arthur Elesbão de Carvalho e Silva, Mario de
Azevedo, Augusto Hoffmann, Eugenio Frederico dos Santos
e Epaminondas de Campos.
Deve ficar patente que, em todos os serviços em beneficio
do theatro, Martiniano Rodrigues de Azevedo e Heleodoro
Kuntz estão á testa, agindo fortemente.
Foi encarregado da planta do edificio o agrimensor Au-
gusto Millet que a levantou gratuitamente.
Estas commissões não viram em obra sua o theatro que,
mais tarde, foi edificado sob a administração da Camara que
ali empregou dinheiro seu, tornando-se o actual theatro munici-
pal, tendo sido a planta de autoria do Dr. Samuel das Neves.
Em 12 de Julho, fallece, com 63 annos, Joaquim da Silva
Teixeira que exerceu a advocacia e muitos cargos publicos, além
do magisterio.
O Coronel Affonso de Camargo Penteado entendeu que
Tatuhy deveria ter uma casa de caridade e communicou ao Dr.
Salles Gomes a sua idéa e plano.
Puzeram mãos á obra e, aos 8 de Julho, ás 7 horas da tar-
de, no salão nobre do edificio do Gabinete de Leitura, sob a pre-
sidencia do Cap. Antonio de Oliveira Leite Setubal, secretarios
Eugenio Frederico dos Santos e José Thomaz Corrêa Guima-
rães; cento e seis pessoas assignararn a acta desta reunião, em
que se tratou da installação da Beneficencia Tatuhyense.
Elegeu-se tarnbem o primeiro Conselho Administrativo que
foi composto de Affonso de Camargo Penteado, Manoel Gue-
des Pinto de Mello, Manoel Luiz da Silva Sá, Antonio Apolli-
nario da Costa Neves e Eugenio Frederico dos Santos.
Suas enfermarias começaram a fuqccionar nos salões de
um edificio doado por Manoel Guedes e sua mulher, depois da
bençam do mesmo, no dia 1.O de Janeiro de 1896, ás 5 horas da
tarde, sendo officiante o Conego Climaco, na presença do Con-
selho Administrativo, e a acta lavrada pelo primeiro secretario e
assignada por oitenta e duas pessoas presentes.
Seus estatutos foram organisados pelos Drs. Salles Gomes.
Pedro Tavares, Pharmaceutico Antonio Francisco de Castro
Pereira e pelo autor destas linhas.
Concluem-se as obras de tijolos de Santa Cruz (paredes
lateraes, frontespicio è torre) de que foram empreiteiros Ger-
vasio Mugnaini e Justo de1 Santaro.
A commissão que angariou donativos e recursos para tal
serviço constava de: João Antonio da Costa, Francisco de Al-
meida Tavares e Januario Sitrangulo.
Era reconstrucção necessaria e urgente, pois que a parte
superior do edificio, trabalho mandado executar pelo Conego
Demetrio, em 1873, ameaçava ruinas.
Deve-se ponderar que soalho, escada e coro são melhora-
mentos feitos com esforços de Francisco Carlos Baillot e Car-
10s Stein e os sinos se devem á subscripção promovida por
Francisco Paschoal Bailão.
Deixam tambem os vivos: - o Capitão Joaquim Antonio
da Silva, devotado politico de quem se lançou mão tantas ve-
zes para cargos publicos, aos 70 annos, em 1 . O de Março de
1896; - Felisberto Pereira Peixoto, com 50 annos, deixando
um filho illustre para esta cidade, em 17 de Dezembro.
O armo de 1897, foi de maleficos resultados, ceifando vi-
das preciosas entre n ó s : - Joaquim Rodrigues de Oliveira TU-
pa, lhano, bondoso e prestante escrivão de paz, com 50 annas;
em 20 de Fevereiro, Antonio Albano de Oliveira Rosa, legalis-
ta influente, aos 87 annos, em 13 de abril; o capitão Leopoldino
Rodrigties da Costa, austero e cumpridor dos seus deveres, foi
ultimamente collector, com 61 annos, em 13 de Setembro. Era
neto de Antonio Rodrigues da Costa; o Capitão Antonio de
Oliveira Leite setubal,.com 57 annos, aos 27 de Dezembro, ten-
do sido autoridade policial, Juiz ikTunicipal e forte batalhador
no adeantamento iesta cidade.
Faziam parte da Camara Municipal, no triennio de 1896
a 1898, tendo-se retirado J. M. Fonseca Rosa, os seguintes se-
nhores: Dr. Francisco de Salles Gomes, Laudelino Corrêa de
Moraes, José Dionisio Ribeiro, Eugenio Pereira, Manuel Luiz
da Silva Sá, Mamede de Paula Pereira, Simeão Augusto So-
bral, Silverio Martins de Souza que foram autores do projecto
da canalização de agua potavel para a cidade e poseram em
pratica os trabalhos.
Era uma das mais urgentes providencias a darem-se, para
o complemento dos recursos naturaes da vitalidade do nosso po-
vo, pois que as aguas dos poços eram pessimas.
E', portanto, de razão que a cidade de Tatuhy não deixe ca-
hir no esiluecimento, os nomes daquelles senhores que souberani
vencer todas as difficuldades, para nos dar o que todas as nos-
sas Camaras não puderam conseguir.
E' nosso dever consignar, como testemunho de reconheci-
mento, que, para a execução destes trabalhos, muito concorreu
o Dr. Francisco de A. Peixoto Gomide' então vice presidente do
Estado, que se mostrára sempre proinpto, para agir em pró1 do
nosso bem estar.
O seu retrato a oleo occupa logar saliente na sala das ses-
sões da nossa municipalidade, que assim recorda aos posteros o
seu nome benemerito.
Morreu em 1898, Manuel Alves de Araujo, com 45 annos
aos 16 de Julho, um dos fundadores da igreja de S. Roque, e
Antonio Ribeiro de Almeida, com 58 annos, em 20 do mesmo
mez, antiquissimo guarda-livros e que desempenhou cargos pu-
blico~.
Como toda a cidade do interior não conta sinão
recursos, que não podem ser empregados em meios de diversões
populares, embora com fim indirecto de instrucção, Tatuhy não
tinha uma sociedade propriamente dessa especie.
Lembrou-se, então, Affonso Porto, um dos redactores dn
"Cidade de Tatuhy", nesse tempo, "O Trovão", de organisar
uma sociedade dansante e a sua resolução foi logo appoiada.
fundando-se o "Club Democrata Tatuhyense, com auxilio' de
um numero consideravel de socios.
A sua primeira directoria ficou assim constituida, em 16
de OiituLro de 1898, dia de sua fundação: - Capitão José Mar-
cellino Cavalheiro, Majr. Cornelio de Camargo, Alcibiades de
Campos, Antonio Apollinario da Costa Xeves, e Siineão Augus-
to Sobi-al.
A sua primeira partida deu-se a 7 de Janeiro do corrente
anno (1899).
Os seus estatutos foram elaborados pelo seu Orador Offi-
cial eleito que subscreve estes apontamentos historicos.
Aos 28 de Abril, fallece, em Sorocaba, com 78 annos, Joa-
quim Antonio Silverio, que aqui foi autoridade policial por
mais de 20 annos e que prestou á nossa população serviços inol-
vidaveis, quando flagellada pela variola.
i\
Aos 29 de Maio, com 54 annos, morre Cezario Lange A-
drien, Director do Grupo Escolar, homem de subido valor social.
Em 2 de Dezembro falleceram: Manuel Paulino da Silva
.Santos, alferes, por merecimentos nos campos do Paraguay c
tenente honorario do exercito, por Dec. do Gov. de 1894; Justo
Francisco Alves que, desde 24 de Setembro de 1884, servia de
I
of ficial de justiça.
ACTUALIDADE
A IGREJA MATRIZ
SANTA CRUZ
IGREJA DO ROSARIO
CAPELLA D E S. ROQUE
HISTORICO DO C. R. 11 DE AGOSTO
MATADOURO MUNICIPAL
CEMITERIO MUNICIPAL
ABASTECIMENTO D'AGUA
segundo.
Esta agua é elevada a 3 metros de altura do poço e recalca-
da a mais 300 metros, num prolongamento de 900 metros de
tubo de ferro de 3 pollegadas.
Nesta extremidade está uma caixa, onde as aguas recebeni
o ar, depositam as areias e partem com quéda natural de m.
0,0003, por manilhas de barro, na distancia de 2337 metros, con-
tinuando a fornecer 7 litros por segundo e passando por 7 cai-
xinhas intermediarias.
Da oitava caixa parte o encanamento forçado, de ferro e 7
pollegadas em syphão invertido, prolongando-se por mais 1206
metros, até a caixa ou reservatorio collocado no ponto culminan-
te, donde a ramificação pela cidade.
Este reservatorio tem a capacidade para fornecer a cidade ;
é bem acondicionado, de maneira a estar. fóra do accesso de
periliciosos visitantes e da poeira.
O serviço está funccionando ha annos, sem o menor in-
cidente.
As obras foram examinadas pelo engenheiro dr. Antonio
Francisco de Paula Souza, convidado pela Camara Municipal, o
qual prestou-se gratuitamente fornecendo um bem elaborado
parecer que muito honra ao engenheiro executor dr. José Anto-
nio Barbosa.
Os trabalho foram executados sob as vistas do dr. Sai- '
les Gomes.
Sendo insufficiente a agua, por causa do augmento do seu
consumo, a Camara tem estudado e feito o projecto da tirada do
Rio Sorocaba, unico local que se encontra aquelle liquido, com
abundancia, para supportar os gastos do presente e pelo futuro
em fóra.
MUNICIPIO
FORÇAS PRODUCTORAS
PRODUCÇAO E CONSUMO
VIAS DE COMMUNICAÇAO
INDUSTRIA
OUTRAS INDUSTRIAS
COMMERCIO
POVOAÇOES DO MUNICIPIO
Immoveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Machinismos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Abastecimento de agua . . . . . . . . . . . . . .
Semoventes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vehiculos e accessorios . . . . . . . . . . . . . .
Moveis e utensilios . . . . . . . . . . . . . . . .
Bens de estimativa . . . . . . . . . . . . . . . .
Porangaha c/- de porqo . . . . . . . . . . . . . .
Cesario Lange. idem . . . . . . . . . . . . . . . .
Auxilio ás estradas de rodagem e dividas
activas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Passivo
ADMINISTRAÇKO MUNICIPAL
COLLECTORIA ESTADOAL
INSTRUCÇAO PUBLICA
ESTAÇAO METEOROLOGICA
THEATRO MUNICIPAL
GRUPO ESCOLAR
CADEIA E FORUM
MERCADO MUNICIPAL
POR
PREFACIANDO..
O CENTENARIO DE TATUHY
Hoje, onze de Agosto de 1926, festeja-se a grata passa-
gem dos cem primeiros annos da fundação da nossa cidade.
Entre tantas e tão justas solemnidades ccamemorativas
não se póde deixar de incluir aquella que o dever da gratidão
ordena que se faça: lembrar os homens que se tornaram merece-
dores da attenção dos seus posteros, pelo seu valor de qualquer
modo posto á prova e vencedor ; trazer a publico, para que sejam
venerados, na medida dos seus meritos, aquelles nossos antepas-
sados que se fizeram dignos da nossa attenção e da nossa me-
moria.
E' tempo de se fazer Historia.
Entre esses valorosos, a par de Moreira Cabral, forçosa-
mente deve figurar o Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão. Ver-
se-á o motivo desta nossa asserção no correr deste ensaio.
Passemos aos factos.
SUA FUNDAÇAO
Varias versões tentaram fazer luz sobre o intrincado obs-
curo da nossa edade prehistorica.
Essas versões, umas còntradictorias, outras mais claras, bem
estudadas á luz ainda baça dos poucos documentos existentes.
se destroem, deixando intacta, uma só, que, pela commodidade,
pela maior clareza das suas explicações, tem maior acceitaçáo
e se tem de pé. ,.
Expomol-a, em poucas linhas, poique não nos cabe estu-
dal-a neste ensaio e porque ella vem descripta com todas as mi-
nucias possiveis, no historico tatuhyano, neste mesmo volume.
Paschoal Moreira Cabral, notavel paulista, fez diversas
explorações pelo interior do estado em descoberta de metaes.
Em 1680, com seu irmão o alcaide mór Jacintho Moreira Ca-
bral acompanhou frei Pedro de Souza na exploração do morro
Araçoyaba, sendo elle e o seu irmão autorisados por carta re-
gia de 5 de Maio de 1682 a levantar uma "fabrica de ferro"
em Araçoyaba. A este paulista se deve a fundação da capel-
ia da "Senhora de1 Populo", que existiu no districto de Soro-
caba e que, segundo a tradição, deu origem á hoje cidade de
Tatuhy. (1)
Em que sitio teria levantado Moreira Cabral a sua "Se-
nhora de1 Populo"?
MILLIET de Saint Adolphe solucciona a questão:
"Um sitio agreste chamado Tatuhú, achava-se ermo de gen-
"te e de casas, no principio do seculo em que estamos. Tendo-
"se fundado a fabrica de ferro de S. João do Hipanema, alguns
"individuos se determinaram a ir residir para aquelle sitio, re-
"solutos a se entregar a agricultura. Passados sete annos, uma
"ordem regia prohibio toda a especie de agriculturação nas ter-
"ras da fabrica de ferro, e pelo etc. Todos aquelles que não
"eram empregados della foram obrigados a deixar aquelle si-
"tio e a maior parte delles se agregarão aos primeiros povoado
"res de Tatuhú". Informado o bispo de tal disposição regi%
"assentou que deveria despojar do titulo de parochia a igreja
"de um estabelecimento particular e transferil-o á uma capella
"que o povo havia erigido á sua custa no sitio e povoação de Ta-
I<
tuhú: em consequencia desta determinação, foi a sobredita
"igreja condecorada em 1818, com o titulo de parochia, com o
"nome de "São João do Bemfica".
Esta capella de São João do Bemfica não póde ser senão
uma rotulação da "Senhora de1 Populo", pois que a imagem de
INTERFERENCIA DE JORDÃO
gues Jordão,
2 *.
Antonia Fausta Rodrigues Jordão, casada com o tenente Elias Antonio Pacheco da Silva. i.d!
casado com i
Houva filhos.
Anna Eu- IZ 4
...
I
Maria da Penha Z-
phrusina do ' Manoel Rodrigues z
o
Jordão . . . . . . . . . .
Amara1 Aderaldo Jordão n
r 3
Leonor
Amador Rodrigues Lacerda Jordão. Sem geração.
I
Brigadeiro Francisco Rodrigues Jordão T! i
A
a
E! -1
Frei Fer-
nando
Maria da Cu-
nha, casada,
2 filhos
, Anna Euphrosina .... 1I Raphael de Araujo Ribeiro
Maria de Assumpção
Anna
Amaro
Miguel - Jos6 Antonio - Lucrecia
$' 1
4
4
,,
0
Dentre os filhos de D. Gertrudes Angelica Rodrigues Jor-
dão, irmã do Brigadeiro destaca-se José\ Manoel da Fonseca, se-
nador do Imperio, deputado geral por São Paulo, casado em se-
gundas nupcias com a segunda Baroneza de Jundiahy.
O segundo filho do Brigadeiro, Amador Rodrigues La-
cerda Jordão, era o primeiro Barão de Rio Claro.
Frei Fernando, tio do Brigadeiro, pertencia á Ordem de
São Bento.
O Brigadeiro foi casado com Gertrudes Galvão de Moura
Lacerda; e seus filhos, o primeiro com D. Maria da Gloria Pra-
do; o segundo com Maria Hypolita, filha do Barão de Itapeti-
ninga; o terceiro com hlaria Guimarães; o quarto com Raphael
de Araujo Ribeiro.
SUA RIQUEZA
S E U GRAO D E INSTRUCÇAO
(7) "O Senador Vergueiro", Djalma Forjaz, pag. 487. A 1.0 pessoa a
publicar esta carta, até então inedita, foi o incansavel Affonso Taunay, que
o fez pelo "Correio Pauiistaw".
(8) Dr. Affonso de Freitas, Presidente do Instituto Historico e Geogra-
phico de Sáo Paulo.
19) Actas do Governo Provisorio, sessão de 22-7-1821.
SUA IMPORTANCIA
Diz o dr. Antonio de Toledo Piza que Jordão, uma vez de-
mittido, retirou-se para Santos, "onde havia socego e seguran-
ça", emquanto Martim Francisco se deixava ficar em São Pau-
,lo até ser deportado para o Rio, a 30 de Maio, 7 dias depois de
apeado do Governo Provisorio.
Ignoramos, por emquanto, os motivos da ida de Jordão a
Santos, mas temos fortes razões para não acreditar que elle fu-
gisse, como o dá a entender, nas entrelinhas, o citado e illustre
autor, em busca de "socego e segurança".
Baseamo-nos para tal na innegavel coragem do Brigadeiro,
que já se achava em' São Paulo a 23 de Julho, sinão antes,
quando era agitadissima a situação politica.
Em testemunho dessa agitação perigosa invocamos algumas
provas, que passamos a expor.
O povo estava habilmente explorado contra Jordão; Pedro
Taques, "o desordeiro", sahiu á rua, a 23 de Maio, de trabuco
na mão, intimidando cidadãos liberaes e a excitar a população
contra Jordão; movimentavam-se tropas inconscientes, indigna-
das contra os chefes liheraes, como o Brigadeiro; casas eram va-
rejadas como a do Capitão Antonio Xavier Ferreira; Arouche
era ameaçado de morte, no caso de assumir a chefia da tropa ; na
sua ultima carta intima, conta o insuspeitissimo Coronel Fran-
cisco Ignacio que o Marechal Xavier de Almeida e Souza, ao
entrar na cidade, como emissario dos Andradas, teria sido insul-
tado pela populaça, si elle, Coronel, não o tivesse impedido. Este
ultimo facto é muito provavel "porque a cidade estava entre-
gue aos reacionarios (inimigos de Jordão) e corriam perigo real
i todos aqiielles que não commungavam com as ideias e os planos
dos retrogados. Pedro Taques e José Rodrigues andavam pela
* máangariando proselytos. Em Itú, centro armado do liberalis-
mo paulista, tambem foi insultado o Coronel Macedo, emissario
de João Carlos e Francisco Ignacio, e teria sido massacrado pe-
las mulheres, si não tivesse sido promptamente ,soccorrido por
Pedro de Brito de Caminha, commandante da força armads
local". (22)
(23) Nota: "com esse nome existiam em S. Paulo, em 1822, dois mem-
bros da familia Prado; o Capitão M6r Eleuterio, de 56 annos de edade, tio
do Barão de Iguape, e Eleuterio, alferes da 2.8 Companhia de Ordenanças,
de 22 annos de edade". (Dr. Affonso de Freitas, op. cit. pag. 31).
<i
sileiro, e nelle creava nova dynastia, que eu não tivesse receio
"de ser apunhalado, porque primeiro seriam elles."
Tão profunda foi a injustiça dessa prisão que arrancou dc,
Coronel Anastacio Trancoso (24) o dito "de que a cidade esti-
va em completa anarchia e que ninguem já tin'a segurança pes.
soal." (25)
O 7 D E SETEMBRO
A CARRETA
' O FORD
PORTEIRAS
BICAS
OLHO D E BOI
Dão esse nome aos atoleiros que depois das chuvas ficam
seccos, só por cima, illudindo o chauffeur que não é vaqueano,
e que dirigindo o seu carro por ali, afunda até o eixo, e só con-
'
segue sahir, com o auxilio de muito esforço e estratagema ou
'com a sorte de ter perto, alguma junta de bois ou de ser puxado
por algum cavalleiro, que para isso ata o laço no eixo deanteiro
do carro, e amarrando a ponta na chincha dos arreios, dá de
esporas no animal, para que arraste o auto fóra do lamaçal.
Em Matto Grosso, ou melhor, no sul desse Estado, na zona
de campo, existem baixadas e tambem chapadões alagadiços. Em
geral o chão nesse lugares é de uma terra argillosa, amarella,
que em época de chuvas, torna-se um castigo para o viajante.
De Campo Grande á Ponta Poran, nos campos do Turvo e da
Jurema, como tambem perto de Bella Vista, ha lugares em que
um automovel tem que sahir fóra da estrada e passar por sobre
o campo, não podendo parar um instante, porque si o fizer, ato-
lará de tal fórma que só á boi poderá safar-se dali.
Qiiasi todas as cabeceiras são muito molhadas, e, quando se
as tem que despontar porque não se poude atravessar algum rio
cheio, tem-se que o fazer com muito cuidado.
O vaqueano conhece bem a vegetação e sabe onde o chão
é duro e firme.
O CHAUFFEUR
F I O PARA LIGAÇÓES
FORJA N O CAMPO
TRAVESSIA DE RIOS
POUSO NA VIAGEM
Mata-burro . . . . .
Grande recta . . . . .
Ponte Axihanduhy . . . corre para esquerda
Começa nova recta. . .
Termina . . . . . . serrado ambos lados
Mata-burro . . . . .
Nova recta até . . . .
De 29.600 até . . . . serrado á direita
Lagoinha, Clemente Pereira atravessa corrego
casa fazenda d direita
. . .
Varios capões de matto . filete d'agua
Porteira . . . . . . . . .
. . . .
Linha Teleg. Porteira . mata burro
. . . . . .
Atravessa L. T. . que segue rumo S. E.
para Rio Vaccaria
. .
Boliche Olhos dagua. Porteira Caminho Capão Bonito
Capáo de matto . . . . . . .
. .
Lagoa do Rego. capáo, porteira
Cabeceira da Onça . . . . . . Encruzilhada p. Vacc.
Porteira . . . . . .
. . .
Serrado, Cruz dos Bugres . . .
Agua d o Brejão . . .
. . . .
Rrejáo, Porteira, Cel. Porphyrio '. mata burro
Sidronio, mata burro . .. . .
Lagoa Valerio . . . .
. . .
Porteira e mata burro . .. . .
Encruzilhada S. Bento. . . . . porteira e mata burro
Agua da pedra . . . . . . .
Corrego S. Bento, bica . . . . atrav. Anhand. c. esq.
Fazenda S. Bento . . . . . .
Lagoa a esquerda . . . . . .
. .
Mata burro, capão a direita .
Porteira . . . . . .
. . . Acaba fazenda S. Bento
Lagoa 16 BC á esq.
Lagoa á direita . . . . . . .
Brilhante, bica . . . . . . . corre para a esquerda
Porteira, capões á esq. . . . .
Porteira, comefa cerca longa . .
.
Taquarussii, corre direita . . aff. Aquidauana
. .
Esperança, corre direita . .
. . .
Porteira e mata burro . .
A direita . . . . . . . . . Desvio para Dr. Ma-
chado
Cabeceira do Engenho . . . . .
Porteira e mata burro . . . .
Jurema, porteira e mataburro . .
Turvo, corre para direita . . . Porteira, mata burro
séde 4 direita
Olho dagua, porteira e m. b. . .
Começa cerca comp. Porteira . . mata burro
Porteira . . . . . . . . .
Porteira, continua cerca . . . .
Porteira. termina cerca . . . .
Capáo da Cab. S. Antonio, esq. . . tem .agua no capáo de
matto B direita
Porteira, cab. do Bugre . . . . .
Porteira . . . . . . . . .
Cabeceira do Chaleira . . . . . corre para direita
Porteira e mata burro . . . .
Lagoas do Passa 5. . . . . .
Corrego Passa 5 . . . . . . corre para esq. Port.
casa e pharm. A direita
Lagoa Feia á esquerda . . . 222.000
Porteira da Lagoinha . , . . 231.200 Tumulo alvenaria ti dir,
Começam areiões e serrado
Terminam areices e serrado
. .. 235.000
237.600
Cacimbinha, porteira . , . . 238.600 Vassorócas á esquerda
Cab. do Roncador, Rio Miranda 242.700 Vassorócas á direita
Encruz. para Bella Vista . . 255.500 Canto de cerca A esq.
A. Campos. Correio
Casa da Cab. do Apa . . . . 258.300
Porteira . . . . . . . . 262.400
Porteira . . . . . . . . 264.500
Cab. do Desbarrancado. . . 266.000
Porteira do Chiquilim . , . 268.300 a esq. corrego Dourados
Cagáo da cab. Donrados . . 276.500 i esquerda
Porteira do João Nunes . . . \
282.000
Casa i esquerda . . . . . 285.600
Agiia i esquerda . . . . . 288.700
Porteira da Estrella, Fronteira . 289.300
Porteira do Jango Trindade . 303.000 cerca á esq.
Cab. do Aquidabarn . . . . 309.500 á direita
Porteira do Ortiz . . . . . 316.700
Ponta Poran . . . . . . . 326.000
RELLA VISTA-NIOAC-AQUIDAUANA
BELLA VISTA-MIRANDA
O CACHORRO
MEIA AGUA
MORDEU NO F R E I O
NAVEGAR
BOLICHO
ATACA
A HOSPITALIDADE
CASA DE MATERIAL
EGREJAS
GENEROS NO COMMERCIO
CONFRATERNISAÇAO
(7 DE SETEMBRO DE 1926)
b
nosa carreira, vae "chispando" pela estrada a fóra. As pay-
sagens desfilam aos olhos do excursionista como em téla
cinematographica - rapidamente.
P. Ladeando a estrada, estirada nas elevaçóes do planalto,
dilatam-se campos akarellentos, cobertos de cupins e entou-
I
cerados de barbas de bode e indaiás. Descortinam-se, do es-
[ pigão, planicies verdes extensissimas e as mais longinquas
t raias do horizonte recortado pela linha sinuosa de montanhas
I violaceas.
I - A rgdovia sempre plana convida a corridas desenfrea-
i das. Não ha impecilhos. Rarissimas são as porteiras. Substi-
tuem-nas os mataburros de grade.
X
i Galgando distancias, em furiosa disparada, o auto abre
k caminho, fonfoneando, por entre povoados. Passa o primeiro.
, Piragibú de cima. (*) Rancharia de barro e sapé. Meia duzia
I
i
h
de bibocas de lado a lado da estrada. Uma capellinha branca,
Um coreto enfeitado de bandeirolas de papel multicor. Uma
paineiro velha sorrindo em flores cor de rosa.. . Um carro
de bois, de roda quebrada, com um caboclo meio sentado,
meio de cócoras, picando o rolete de fumo. Caipirada de ar
aparvalhado espia da porta, espia da janella, espia atraz um
.
do outro. . Caipira não olha.. . espia ! Creanças matutas,
magricellas e atarantadas, agarram-se ás saias de chita das
mães. As mães fingem que não vêem.. . mas espiam "de
banda". A cachorrada ladrando dispara em corrida atraz di,
auto. Gallinhas voam em torvelinho esvoaçando pennas brancas
pelo ar. Porcos e leitões grunindo fogem do caminho. Cabras
espirrando e cabritos aos pinotes, trepam pelos barrancos ver-
melhos. Um gato magro, secco, arrepiado, gato de caboclo,
com o rabo espetado para o ar, atravessa a estrada como um
corisco.. . excomrnungando a sorte, maldizendo da vida!
E o auto roncando sempre. Roncando e ,"chispando".
Corre pelos campos. Passa o segundo povoado. Cajuru'. E'
como o primeiro. Ranchos caipiras, cachorros escanzelados,
gatos esfomeados, leitóesinhos chorões.. .
Numa volta de estrada surge inopinadamente um phan-
tasma.. . Um phantasma não. Um espantalho de tico-tico.. .
Tambem não. Um maturrango de barbicha esfarripada caval-
gando seu matungo! Alto como um arganaz, magro como
um arenque. Arqueia valentemente as compridas pernas pela
pança do cavallicoque. Não vá o lazarento passarinhá á pas-
sagem da bicha que vem "trovejando"!. . . Passa o auto
como uma bala levantando o poeirão da estrada. E somme o
Jéca "apurado7' com o tordio na nuvem de pó.
Do alto duma collina divisa-se o casario duma cidade.
E' Itú, Itú, a bandeirante. Itú, a fidelissima, Itú, a republi-
cana. Bem lhe assentam o gibão d'armas e o barrete phrygio.
Bem lhe condiz a divisa "Amplior et liberior per me Brasilia".
O auto atravessa a cidade que plange sonoramente pelos car-
rilhões das igrejas. Na placidez, na quietude, na tranquillidade
das ruas, dos casarões antigos de antigas rotulas, sente-se
a nostalgia revocativa de um passado longinquo.. . passado
envolto em nevoas de sonho, com bandeiras partindo para
o "Eldorado" e sinhús moças de mantilhas em preces genu-
flectidas deante de Nossa Senhora da Candelaria.. . Linda
e evocativa cidade ! Reliquia de tradições bandeirantes ! Velho
coração paulista palpitante e sonhador!
Aceleradamente segue o auto. Salto de Itú. Ann~incia-o
o estrondejar das aguas espumosas, branquejantes, turbilho-
cantes, precipitadas em avalanche na formidavel quéda. De-
pois, Indaiatuba. Depois, campos, novamente. Campos vas-
tissimos de jaraguá e catingueiro onde pascem nédias vaccas
com terneiros marnujantes. Voam anús pretos que assentam
balanceando nos chifres do gado deitado á sombra das canel-
leiras. Voam bandos de pintasilgos dos ingazeiros debruçados
á beira dos rios. Voam curiós buscando os brejaes. Extensos
renques de eucalyptos cortinam a estrada. Surgem as fazen-
das. Tapetes verdes de cafesaes marchetam-se de pontos bran-
cos das casas dos colonos. E' o ouro verde paulista.
Finalmente, Campinas.
Explendida cidade moderna! Tem aspectos de uma ca-
pital. Calçada, arborisada, com largas avenidas e um infinda-
vel numero de palacetes, bangalôs, edificios publicos, religio-
sos e de diversões, cada qual mais bello, mais amplo e mais
rico. Praças, parques e jardins, todos floridos. Estatuas de
bronze. Trafego intenso de bondes electricos, automoveis e
autos-viação como os de S. Paulo. Confeitarias e cafés dis-
tinctos. Movimento urbano tambem intenso. O do centro da
cidade assemelha-se algo ao de Santos. Transito continuo-
de familias, a pé, de auto, de bonde. E sempre elegantemente
trajadas. Trajadas ao rigor da moda. Moças. Muitas moças,
Louras umas, morenas outras. Todas bonitas. Seductoras,
Ah ! as moças de Campinas. . .
Precisamente ha dezeseis annos que não reviamos esta
cidade. Quanta transformação ! Seus bondinhos puxados a
burro, suas ruas desertas, suas casas antigas, seu a r provin-
.
ciano.. tudo são memorias do passado, aliás tão breve.
Hoje.. . é o que se vê. Uma cidade explendorosa!
Descia a tarde quando regressavamos da excursão. En-
cantadora excursão. Agradabil;ssimo passeio. Agradabilissimo,
tambem, porque não fez o auto nenhuma "barberagem" pelo
caminho. . .
SEGUNDA EXCURSÃO
I-
I
-
I~UMEROSOSi á se contam os estudiosos de ca-
rimbos, e marcas postaes, nos sellos ou nas so-
brecartas; e, na Europa, numerosas são as pu-
blicações e monographias a este respeito, tendo-
- -
Fig. N. 12-a
Fig. N. 13
Fig. N. 13-a
Fig. N. 13-b
<<
. . .agora mesmo tive eu noticia da intro-
"dução no Correio de Londres de uma machina
"para carimbar a correspondencia, e já pedi a V.
"Ex."que se dignasse mandar vir o desenho, afim
"de ver se póde sêr aproveitada."
Fig. N. 14
Fig. N. 15
Fig. N. 16
Fig. h'. 17
Fig. N. 18
Fig. N. 19
Fig. N. 20
Fig. S. 23
Fig. N. 24
'Fig. N. 25
Fig. N. 28
Fig. N. 29 ~ i g 30
.
---i-
c t *a''~ r
-- -- -
Fig. 32
v - -
Fig. 33
- --
m*e -
ã b d ~ * t h h ~ i r i m b ~ m s e a ~
E&.&
Fig. 34
f#4t
Fig. 35
,986f
Fig. 36 Fig. 37
Fig. 38
PONTA GROSSA (fig. N. 38) do qual além da reconstrucçãs
nos nossos exemplares, temos visto o carimbo integro sobre
retalho de carta na preciosa collecçáo do Dr. Campos da Paz ;
e outro é do Correio de REZENDE. Mais um, com coroa.
imperial, é da Directoria Geral dos Correios. Em nenhum;
delles ha vestígio de data.
Fig. 40
Fig. 41
Fig. N. 42:
Fig. N. 44:
Fig. N. 46
i' ao que foi usado depois da emissão dos "olhos de boi" Di-
zeres: "CORREIO GERAL DA CORTE", em letras do mes-
P
mo typo c/ 3 mm. de alt.; e a palavra "BRAZIL". Data, em
algarismos, na área do circulo menor, em 3 alinhamentos ;
o primeiro corresponde ao dia; o do centro, ao anno, sepa-
rado por uma linha; e o debaixo ao mez. Algarismos, 3 112
mm. de alt.
2) "Pindaminhangaba", já descripto, juntamente com
um carimbo da CORTE, circular, com os dizeres "CORREIO
GERAL DA CORTE", e 2 arcos separando as palavras
CORTE e CORREIO. Data, na área central, em 3 alinha-
mentos. Diam.: 28 mm.; alt. das letras 3 112 mm.
3) "C. do Serro". Circulo com 22 mm. de diametro,
na cuja área central encontram-se os dizeres "C. do SERRO"
em 3 alinhamentos. A letra "C" apontada no 1.O; "DO" no
2 . O ; e "SERRO", em arco, no 3.O. A legenda, a nosso vêr, é
"CORREIO DO SERRO", tendo porém nos contehta,
opinando ser : "CONCEIÇAO DO SERRO".
Fig. N. 48:
--
Fig. 49
Fig. N. 50:
Fig.
Fig. N. 53:
- 2)1 . CORREIO
carimbo a circulo duplo da "CORTE", já descripto.
DE SANTOS. Carimbo de circulo duplo,
já descripto.
Fig. N. 54:
Y
L 1, 2 e 3) Carimbos já descriptos.
4) DIAMANTINA, prov. de Minas Geraes. Ellypse
i
P
alongado, formado de 2 traços parallelos, sendo o exterior
mais forte. Dizeres DIAMANTINA rectilineo em letras
€3
DESCONHECIDO
SELLO
ARRANCADO
GERAÇÃO PORTUGUEZA
P R I M E I R A GERAÇÃO P A U L I S T A
S E G U N D A GERAÇÃO
T E R C E I R A GERAÇAO
QUARTA GERAÇÃO
b Q 7íINTA G E R A Ç Ã O
r
S E X T A GERAÇÃO
SETIMA GERAÇÁO
OITAVA GERAÇÃO
1
10- 6 -Alice
10 - 7 -Helena menores
10 - 8 - Ottilia
9 - 5 - Anna de Paula Leite de Barros: nasceu a 25 de
Agosto de 1868. Casou-se em Porto Feliz, a 15 de
Janeiro de 1895 com seu parente José Rodrigues de
Arruda, filho de Evaristo Rodrigues Leite e de Anna
Honorata de Arruda, neto paterno de José Rodri-
gues Leite - o Zuza -, notavel politico de seu tem-
po em Porto Feliz, primo de minha avó Leonor, e de
sua mulher Gertrudes de Almeida Leite, neto mater-
no de José Manoel de Arruda Abreu e de sua pri-
meira mulher Honorata de Campos Mello, todos
porto-f elisenses ; lavrador de café, residiu José Ro-
drigues alguns annos em Bocaina, comarca de Jahú,
mudando-se mais tarde para Piracicaba onde foi co-
lhido pela morte em 1918.
Intelligente, possuidor de boa cultura literaria e
de decidida vocação para advocacia, de caracter sisu-
do e honrado, foi exemplar chefe de familia: Dei-
xou os seguintes filhos :
10 - 1 -José Rodrigues Leite; nasceu em Port.2
Feliz, diplomado pela Escola de Piraci-
caba, actualmente professor em grupo es-
colar de Itú.
10 -2 - Maria da Conceição Rodrigues nasceu em
Porto Feliz, é diplomada pela Escola
Normal de Piracicaba e casada com
Leopoldo Rodrigues de Anuda : lecciona
em grupo escolar de Itú.
10- 3 -Cyro Rodrigues de Arruda.
10 -4 -Paulo Rodrigues de Arruda.
10- 5 -Maria Luiza de Arruda, diplomada peh
Escola de Piracicaba: lecciona em Itú.
-
10 6 -Benedicto
-menores
10 -7 -Zuleide
9 -6 -Maria Luiza de Paula Leite de Barros, ultima filha
do casal; nasceu em o sobrado do largo da Matriz,
em Itú, a 18 de Setembro de 1872. Educada no anti-
go collegio do Patrocinio de Itú, não se casou e foi,
at6 o momento de sua morte, occorrida a 3 de Outii-
bro de 1902, em Itú, na mesma casa onde nascera,
companheira dedicada do nosso velho pae. A exem-
plo de nossa saudosa mãe, nas horas que lhe permit-
tiam os affazeres dornesticos, o culto á musica e ás
boas amisades, dedicava-se aos actos piedosos e de
religião.
SAMPAIO BOTELHO
6
André de Sampaio Arruda, o segundo dos tres
irmãos supra, casou-se em 1665 em Parnahyba com
Anna de Quadros, filha de Bartholomeu de Quadros
e de Isabel Bicudo. Falleceu André de Sampaio em
1719 em Itú, com testamento, em que declarava ser
filho de Gonçalo Vaz Botelho e de Anna de Arruda.
Deixou, nascidos em Parnahyba, oito filhos que
cresceram, a saber :
2 - 1 -José de Sampaio Arruda.
2 - 2 - Antonio de Arruda Sampaio.
2 - 3 - André de Arruda.
E' o que segue.
2 -4 -Francisco de Sampaio Botelho.
2 - 5 - Maria de Arruda.
2 -6 - Rosa de Arruda.
2 -7 - Isabel de Arruda.
2 - 8 -Anna de Arruda.
SEGUNDA GERAÇÃO P A U L I S T A
,
3 - 9 - José de Sampaio Góes. Casou segunda vez em 1756
em Itú com Anna Ferraz de Campos, filha de Pedro
Dias Ferraz e de Maria Paes de Campos, neta pa-
terna de Manuel Ferraz de Araujo e de Veronica
Dias Leite, e neta materna de João Paes Rodrigues
e de Margarida Antunes Bicudo. Residiram em Itú
e tiveram os filhos sqguintes:
4 - 1 - Capitão Vicente de Sanapaio Góes.
E' o que segue :
4- 2 -Antonio de Sampaio Góes. Casou em 1795 em Itíl
com Anna Bueno de Barros.
4 - 3 -José de Sampaio Góes.
1-4 -Francis'-o de Sanzpaio Góes. Casou em 1806 na villa
de São Carlos. (Campinas) com Francisca da Silva
Ferraz.
TERCEIRA GERAÇÁO
, com geração.
- 9 -Isabel Soares. Casou-se com seu primo irmão José.
de Sarnpaio Bueno.
5 - 10 -Domingos Dias Leme de Sampaio. Casou-se com
Isabel de Almeida Leite, com grande geração.
5 - 11 -Anna Ferraz de Campos. Casou com Francisco de
Sampaio Penteado, com geração.
Q U A R T A GERAÇÃO
Q U I N T A GERAÇÃO
6 - 1 - Capitão JoZa d e Almelda Snnzpaio. Lavrador clr
café ein fazenda annexa á do Barreiro. Foi çasaclo
em Campinas com Anna Maria Ferraz, filha de
Manuel Leite de Barros e de Candida da Rocha
Ferraz, teve oito filhos:
1 - Malzuel Leite de Barros Salapaio, bacharel
em direito. Casou-se com Hortencia de Medei-
ros ,e falleceu sem filhos.
2 - Candida de Barros Sampaio. Enviuvando de
Francisco Pereira Bueno, casou segunda vez
com o Dr. William John Sheldon, distincto e
notavel engenheiro da São Paulo Railway
Company, com um casal de filhos vivos do se-
gundo marido.
3 - Albertina de Almeida Sampaio. Foi casada c o n
meu irmão Antonio.
4 - Lourenço de Alulzeida Sawzpaio. Casado com
Vitalina Fonseca, natural de Campinas.
5 - Ubaldina de A111~eidaSawzpaio. Foi casada com
Jorge Vaz Guimarães, diplomado na escola
normal da capital, e honesto e intelligente tabel-
lião publico de Itú, com dois filhos.
6 - Isabel de Alnzeida Sa~qzpaio. Casada com Luiz
Henrique Levy, conceituado negociante err,
São Paulo.
7 - João de Alf+zeida Sanzpaio, solteiro.
8 - Antonio de Alwteida Salqzpaio. Fallecido em
solteiro.
6 -2 -Maria de Almeida Sampaio, já atraz referida. Foi
casada cam meu tio Francisco de Paula Leite de
Barros.
6 -3 - Anna, minha adorada mãe.
6 -4 -José de Alwzeida Salapaio ( o tio Jeca) . Intelligente e
reconhecidamente bom lavrador de café, dirigiu a fa-
zenda Ribeirão - de sua propriedade, no municipio
de Jundiahy; exemplar chefe de familia, amigo da
instrucção, apesar de ter fallecido ainda bastante
moço, soube encaminhar os filhos na cultura da boli
sciencia. Foi casado com sua parenta Antonia d?
Campos Mesquita, filha de José Manuel de Mesquita
e de Gertrudes de Almeida Campos, com nove filhos.
1 - Rita de Mesquita Sampaio, solteira.
2 - Isabel de Almeida Sampaio. Casada com o Dr.
Francisco de Almeida Prado, com selecta gera-
ção.
3 - José Henrique de Sa.mpaio. Bacharel em direi-
to pela academia de São Paulo, espirito ponde-
rado, estudioso, possuidor de bella cultura
scientifica: é lavrador de café na fazenda Bar-
reiro, antiga herdade da familia. E' casado com
sua prima Leandrina da Fonseca, filha do fi-
nado ex-senador do Estado, Dr. Francisco
Emygdio da Fonseca Pacheco e de Anna de
Vasconcellos Almeida Prado.
4 - Geraldo de Mesquita Sampaio. Foi lavrador
de café, casou-se com Ismenia de Souza Quei-
roz, com geração.
5 - João Baptista de Mesquita Sampaio. Lavrador
de café. Casou-se com Anna Candida Leite,
filha de João Baptista Correa de Sampaio e de
Guiomar Correa Pacheco, com uma filha,
Toty, casada com o Dr. Aureliano Fonseca,
medico.
6 - Alfredo de Mesquita Sampaio. Solteiro.
7 - Maria do Carmo de Mesquita Sampaio. Viuv:i
do Dr. Octavio Paes de Barros, casada em
segundas nupcias com Maytre.
8 - Dr. Roberto de Mesquita Sampaio. Engenhei-
ro, formado na America do Norte e adiantado
lavrador de café: casado com Noemia de Sal-
les Romeiro, com grande geração.
9 - Mathilde de Mesquita Sampaio. Casou-se com
seu primo Jorge de Campos Mesquita, com ge-
ração.
6-5 -Francisco de Paula Ferraz de Sampaio (o tio
nhônhô). Era um moço bastante intelligente, de eslpi-
rito elevado e folgasão : foi lavrador de canna, fez
proveitosa viagem por diversos paizes da Europa e
falleceu solteiro e ainda muito moço.
h -6 - Mariana de Almeida Sampaio. Falleceu muito moça,
em Itú, victimada por febres: foi casada com o ma-
jor Salvador de Queiroz Telles, filho dos barões de
Jundiahy, havendo desse matrimonio dois filhos.
1 - Antonio de Almeida Queiroz Telles, moço
honesto e trabalhador, solteiro.
2 - Jesuina de Queiroz, viuva do Dr. José Evaris-
to Monteiro, residente em São Paulo, grande
protectora da infancia desvalida.
6-7 -Antonio de Almeida Sampaio, ultimo filho. Foi
casado com Maria Vaz Guimarães, filha de Antonio
Vaz Guimarães, natural de Portugal: residiu em Ca-
breuva, onde possuia lavoura de café. Teve os se-
guintes filhos :
1 - Francisco de Paula Ferraz de Sampaio. Com-
merciante em Itú, tendo sido antes lavrador
em Cabreuva, casado duas vezes.
2 - Laura de Sampaio. Casada com Alonso Rodri-
gues de Vasconcellos.
3 - Isabel de Aimeida Sampaio. Casada com seu
tio materno Francisco Vaz Guimarães.
4 - Auta de Sampaio. Casou-se tres vezes;
5 - Pacifico de Almeida Sampaio, pharrnaceuticc
diplomado e negociante em Itú.
6 - Hortencia de Almeida Sampaio, já fallecida,
deixando dois filhos. Foi casada com o enge-
nheiro electricista Scovell Escobar.
7 - Antonio de Almeida Sampaio, casado.
ALMEIDA PRADO
P R I M E I R A GERAÇAO P A ULISTA
SEGUNDA GERAÇÃO
3 - 3 -Isabel da Cunha.
3 -4 -João da Cunha Lobo.
E' o que segue.
? - 5 - Manuel da Cunha Gago.
3 -6 - Mecia da Cunha Gago.
3 -7 -Anna da Cunha.
3 -8 -Salvador da Cunha Lobo.
Da segunda mulher :
3 -9 - Antonio da Cunha Cardoso.
3 - 10 - Manuel da Cunha Cardoso.
3 - 11-Marianna da Cunha.
3 - 12 -Anna Maria da Cunha.
3 - 13 - Francisca Cardoso.
C - 14 - Isabel Fernandes.
T E R C E I R A GERAÇÁO
Q U I N T A GERAÇAO
SEXTA GERAÇÃO
S E T I M A GERAÇÃO
T I T U L O I1
ALVARES CARDOSO
1- 1 - Ignez Camacho.
1 -2 - Leonor Domingues.
1 -3 - Domingas Luiz.
1 -4 - Bernarda Luiz.
1 -5 - Domingos Luiz.
1 -6 -Antonio Lourenço.
E' o que segue.
1 - 7 -Miguel Luiz.
SEGUNDA GERAÇÃO
T E R C E I R A GERAÇÃO
QUARTA GERAÇÁO
S E X T A GEKAÇÃO
S E T I M A GERAÇÃO
OITAVA GERAÇÃO
N O N A GERAÇÃO
FRANCO DE CAICTARGO
PRIMEIRA GERAÇÃO P A U L I S T A
SEGUNDA GERAÇÃO
TERCEIRA GERAÇÃO
QUARTA G E R A ~ Ã O
Q UIiVTA GERAÇÃO
S E X T A GERAÇÃO
SETIMA GERAÇÁO
O I T A V A GERAÇAO
Henrique da Cunha
Filippa Gago
I I
Anna de Almeida Sampaio
NOTAS Á MARGEM
DO ESTUDO
AFFONSO A. DE FREITAS
(SOCIO BEKEhlERITO)
(1) Dr. Joaquim José Pacheco: foi por muitos anuos chefe ostensivo do,
partido conservador da Provincia de São Paulo mercê do prestigio que lhe
emprestava o apoio de Carneiro de Campos, Barão de Iguape, Barão de Tie-
tê e Silveira d a Mota, até que em 1851, com a presideucia Nabuco e retrahi-
mento do apoio daquelles iiifluentes representantes das verdadeiras for-
ças eleitoraes conservadoras de São Paulo, cahiu para não mais se levantar,
àesapparecendo definitivamente do scenario politico.
respirava ; debalde tentárão os regentistas ver se pro-
movião algum rompimento ; a opposiçáo conhecia seti
plano, e seu intento: emfim não houve r k e d i o se
não mandarem á mesa o decreto do addiamento, por
motivo de perturbações, no meio da mais serena
sessão; aqui principia a crise, e o drama a tender ao
seu desfexo.
No momento em que o secretario lia o titulo do
ministro Bernardo Pereira de Vasconcellos, Anto-
nio Carlos bradou do seu assento - Ladrão m ó r d o
imperio; - quando o secretario chegou ao ponto do
decreto em que se dava por motivo do addiamento
a perturbação e desordem em que se achava a cania-
ra, voses geraes dos deputados, e espectadores prc-
nunciavão - calunznia, calumnia, traição, traiçiicr.
vamos para o campo da honra - enfio A. Machado
pediu a palavra, fez uma pequena fdla, que acabou
com um protesto, e appello ao campo; no momento
em que elle tinha o braço na acção de quem presta o
juramento, o povo todo das galerias, e os deputados
do seu lado estenderão os braços da mesmo maneira ;
quando elle interpoz o protesto, um brado geral dos
legisladores, e o do povo respondeu - protestamos,
protestamos; - quando elle pronunciou - vamos
para o campo! está feixada a tribuna, vamos para o
campo! - e principiarão a sair.
Fallarão mais outros deputados, porém Antonio
Carlos acabou de electrisar tudo, levantando-se para
sair, e gritando - quem é brasileiro siga comigo
parn o campo da honra! -A este tempo o senador
José Bento entrou gritando pelo salão que estavão
traidos, e que fossemos para o campo, onde muitos
senadores nos esperavão no paço do senado.
Não tendo mais tribuna, vendo em perigo a Pes-
soa do Monarcha, a monarchia, a integridade do ini-
perio, e tudo, não exitamos, jogamos nossa vida na
praça publica, e arrojamos na mais audaciosa em-
presa contra um governo armado, e apercebido ; sai-
mos pela rua da cadêa dando vivas a maioridade, e
abaixo o governo illegal, intruso, e usuypador, e câ-
minhamos, com o povo para o campo; erão 11 horas
e meia da manhã.
Pela rua se nos forão agregando alguns grupos,
e alguns militares; as patrulhas nos deixarão passar.
nos acompanharão, e fraternisarão com nosco. Sai-
mos no largo da Carioca, rua do Piolho, largo do
theatro, rua dos Siganos, e desembarcamos no cam-
po no meio de vivas ao imperador, e abaixo a cama-
rilha. Quando iamos pelas ruas parecia que eramos
um povo immenso; mas saindo no campo de San-
t'Anna, e então vendo bem o nosso grupo, conhece
mos que eramos apenas 800 ou mil pessoas, todas
desarmadas; então comparando com as forças que
o governo tinha á sua disposição pudemos avaliar a
altura do perigo, mas já não era tempo; e então re-
dobramos de energia, certo que só uma audaciosa
magnanimidade é que póde fazer milagres nestas
horas supremas.
Era meio dia, e já o governo postava suas for-
ças em posição que cortava nossa communicação cor2
a quinta da Boa-vista, e dirigia um destacamento
de cavallaria para dissipar a reunião; o povo, os es-
tudantes de medicina farão encontral-as, e as forças
fraternisarão, e ficarão á nossa disposição; mas era-
mos poucos, e o governo podia mandar um forte
destacamento; felizmente Vasconcellos não esperou
tanta audacia de nossa parte; é homem egoista não
póde comprehender, que profundas, fortes, e gene-
rosas convicçóes fanatisão os homens.
Declararão-se as camaras em seisão permanen-
te, mandou-se uma representação ao imperador, le-
vada por nove membros, em que ião os dois Andra-
das e Vergueiro: partio a commissão, e nós ficamos
substituindo com coragem a falta da força. Pela umn
hora da tarde a passo dobrado, e musica veio para
o campo o corpo completo da academia militar tra-
zer-nos seu apoio; erão dois bellos canhões e 100
tiros de metralha, uma boa infanteria de rapazes,
mas muito destros e dispostos a morrer pela maio-
ridade, a chegada foi brilhante; d'ahi a pouco apon-
tou o batalhão de guardas nacionaes de Santa An-
na, com o seu juiz de paz; os alzimnos da escola mi-
litar assistirão a artilheria, a infanteria se poz em
linha estendida de atiradores, e mandarão siber com
que vistas vinha o batalhão, e o commandante res-
pondeu - que erão brasileiros ; - chegarão em mar-
cha grave, collocarão-se a direita dos escolares, abri-
rão fileiras, tirarão as barretinas, e proclamarão a
maioridade ; d'ahi a pouco foi chamado o governador
das armas, que compareceu e intimou-se-lhe em no-
me do monarcha, e do paiz adherisse a causa, elle
adherio.
O Lazaro, commandante geral da guarda nacio-
nal, os chefes dos corpos, tudo veio apresentar-se, 5
de tal sorte que as 4 horas da tarde o governo não
tinha mais uma bayoneta em pé a seu favor; as mes-
mas guardas do ex-regente permanecerão por orderri
da assembléa, para livral-o de algum insulto.
O campo está coberto de soldados, e de povo, e
no meio de tudo isto reinava a ordem mais completa,
nem um empurrão, nem uma descompostura; então
o governo, em sessão permanente na casa do regen-
te, teve que fugir; Vasconcellos foi para o quarteI
dos permanentes; mas achando-os promptos par2
vir para o campo, foi esconder-se em casa de um
medico; Pedro de Araujo Lima, e Rodrigues Tor-
res forão atirar-se aos pés do imperador, ainda acha--
rão a commissão na quinta; o imperador disse 3
commissão - que para obviar o derramamento de
sangue de seus patricios acceitaria o governo, - e
ordenou a Pedro de Araujo Lima que revogasse o
decreto do adiamento d'assembléa e que a convo-
casse para o dia seguinte. A commissão chegou com
esta resposta no meio dos vivas á maioridade, e já
acharão-nos senhores da força publica; então resol-
veu-se que se mandasse exigir de Pedro de Araujo
Lima o decreto da convocação para ficar em poder
dos presidentes das duas camaras, e estes executa-
rem no dia seguinte; veio o decreto. Resolveu-se
mais que fosse uma grande guarda pernoitar na
quinta, para guardal-a; mas o Sr. D. Pedro I1 dei-
xou d'ella só 12 officiaes; abraçou aos outros, e
disse - que não era preciso guardas no meio de seus
patricios.
Resolvemos passar a noite no campo, e não dis-
solvermos-nos se não depois de estar o monarcha no
throno; erão 10 horas da noite quando o Sr. D. Pe-
dro 11, sabendo desta ultima resolução, mandou 0
Almirante Taylor dizer á reunião, que estava penho-
rado por tantas demonstrações do amor de seus pa-
tricios.
Temiamos ainda um assalto de forças, que se
podessem desembarcar de nossa marinha militar, e
fortalezas, e tudo havia de receiar de Vasconcellos;
todavia pelas 2 horas da noite o mesmo Taylor nos
veio assegurar que nem um brasileiro da marinha mi-
litar deixaria de apoiar a entrega do governo a S. M.
I.. então dormimos debaixo do céo em uma das mais
bellas noites, em que o mesmo céo ostentava todo r,
luxo de suas brilhantes estrellas.
A aurora do dia 23 veio illuminar o mais bello
panorama; era um povo immenso, um exercito de
mais de sete mil homens que se levantava da relva
em que se tinha bivacado para exigir de seus tyran-
nos a entrega do seu monarcha legitimo, e desejadc.
Tudo o mais. e nomeação do ministerio consta dos
jornaes.
A's 10 horas reunio-se de novo todos os depu-
tados, e senadores no senado; a acclamação da
maioria, e o juramento do imperador foi feita pelas
3 e meia horas da tarde; distinguirão-se bem os de-
putados e senadores que chegavão, d'aquelles que
operavão a revolução; aquelles vinhão limpos, e co-
rados, estes estavão pallidos, tresnoitados, barbas
grandes, e roupa coberta de suor, de pó, e até de
lama das ruas; mas todos estavamos alegres; os Pa-
checos e outros que taes não comparecerão, e ainda
remungão contra o acto, mas lá comsigo, e entre
seus consocios.
Eu fico em pé, mas estragado de saude, tendo
passado mais de 60 horas sem comer e sem dormir.
e com o coração servindo de campo onde luctavão ao
mesmo tempo todas as paixões, e as emoções as mais
prófundas. Depois de feita a revolução, e depois de
passado o perigo é que eu me lembrei que era casa-
do, que tinha filhos, e netos, e hoje mesmo me ad-
miro de que eu fosse capaz de tanto atrevimento,
mas o facto é que a politica como a religião fana-
tisa aos homens.
Aconteceu com o nosso partido genuino o que
acontece a todo o partido moral, e composto de ho-
mens reunidos pela força de profundas convicções ;
na hora do extremo perigo ninguem faltou, não tive-
mos um covarde, um judas, um desertor. Os tres VP-
lhos (Andradas e Vergueiro) que honrão nossa ter-
ra, a terra dos paulistas cobrirão-se de gloria, e assim
como o A. Machado que é hoje o ido10 do povo flu-
minense, mas a José Bento Leite Ferreira de Mello
toca o maior quinhão de honra.
Agora meu amigo, o que nos resta é reunirmos
todos os nossos exforços para sustentar ao nosso jo-
vem monarcha, e fazermos todos os sacrificios para
promover a paz publica, e sustentar a integridade do
imperio; e vamos a ver o que fazem esses bandos de
especuladores, nossos inimigos que nos calumniavão
com o epitheto de republicanos; vamos a ver quem
trabalha mais pela monarchia, paz, e ordem publica.
Rio de Janeiro 1.O de Agosto de 1840.
Motte
D'Apparecida o patrão
Conhecido por pinorio,
Para chamar-se barão
Sumio o preto Gregorio.
Redacção Geral
Dr. Manoel Antonio Duarte de Azevedo.
Dr. José Maria Correia de Sá e Benevides.
''A IMPRENSA PERIODICA"
Commissão de Direifo
O Pagé
A A M E R I C A I L L U S T R A D A era a propria
A T A R D E I L L U S T R A D A , por nós registrada sob o n."
655 que mudou de titulo em Agosto de 1897, conforme o
"Expediente" seguinte, estampado n' "A Tarde Illustrada" de
. de Julho de 1897, anno 3 . O numero 7.
1O
"A Tarde Illustrada" é delicada revista do talentos0 Ra-
Qhael Gondry, vae do proximo numero em diante, passar por
uma importante reforma cujo plano não desenvolvemos aqui
para não deixar em curiosidade o espirito dos nossos distinctos
leitores.
E' sabido - e nunca fizemos segredo disso - que a "Tar-
de" tem assignantes em todo o Brasil, e por isso mesmo sua
redacção resolveu publical-a duas vezes por mez mudando-lhe
o nome para: America Illustrada, titulo mais vasto e mais com-
pativel com a circulação de nosso periodico.
Para que os leitores não fiquem por demais curiosos e
mesmo, para evitar que perguntas chovam interminaveis na
nossa redacção, suspendemos um pouco o veusinho que encobre
a surpresa preparada aos olhos dos nossos leitores, revelamos-
lhe, que, entre as modificações porque vae passar a "Tarde"
sobresae o augrnento de suas paginas que serão em numero de
16. A collaboração da "America" será a mesma da "Tarde" fi-
cando, porem, sua direcçáo confiada ao criterio de uma das mais
elegantes pennas da nova geração das letras patrias, o conheci-
do jornalista Arthur Guaraná.
A "America" continua como propriedade do antigo doi10
da "Tarde" unico responsavel pela parte financeira da folha,
que, digamos de passagem, é a mais lisongeira possivel. A parte
technica da "America" continúa a cargo do conhecido gravador
sr. Kruger sendo a imprensa confiada ás magnificas officinas
typographicas dos laboriosos profissionaes srs. Gerke & Cia.
A N N O S D E 1559 A 1820
PELO
LAPA
>>
Parnahyba
Santo Amaro (Medição)
Parnahyba
PARNAHYBA (Confirm.)
PARNAHYBA
>>
>>
JUQUERY
SÃO BERNARDO
>> >>
Guarulhos
GUARULHOS
¶>
Santo Amaro
SANTO AMARO
Sto. Amaro (Ibiambura Rio)
PENHA
SANTO AMARO
São Bernardo
SÃO BERNADO
PARNAHYBA
>>
SANTO AMARO
SANTO AMARO
C96 RELAÇÃOD 4 S SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
NOME LUGAR
Macedo . . . . . . . . Carapocuhiba . . . . .
ANTONIO MADUREIRA . IBITIRATIN . . .
ANTONIO NASCIMENTO (ILHEO) Sta. ANNA FAZENDA
Nunes Pinto .
I>
Iibaguassutyha Rio . .
>> >> 99
, . . . Ihaguassutemirim . .
BRAÇAS Na0 ANNO LUGAR ACTUAL
PARNAHYBA
Parnahyba
COTIA
Penha
SANTO AMARO
PARNAHYBA
SANTO AMARO
Juquery (Cantareira)
Parnahyba
GUARULHOS
>>
>> >>
Ribeiro . . . . Rio Juquery . .
I .A>*
2
.
BRAÇAS Na0 ANNO LUGAR ACTUAL
S. PAULO
7 > 1>
Santo Amaro
S. BERNARDO (Orig.) 1.
>> >>
PENHA
>>
P E N H A (ORIGINAL)
N. S. do O
N. S . DO O
97 Y j >> 9,
Parnahyba
Camara
NOME LUGAR
Parnahyba
>9
Sant'Anna
Juquery
Parnahyba
GUARULHOS
SANTO AMARO
Parnahyba' '
SÃO BERNARDO
>? >>
PENHA
PARNAHYBA
99
PARNAHYBA
COTIA
COTIA (Confirmação)
PARNAHYBA
SÃO BERNARDO
SAO BERNARDO
>f >>
SANT'ANNA
SANT'ANNA
Cotia
SANTO AMARO
BRAÇAS Na0 ANNO LUGAR ACTUAL
COTIA
Parnahyba
PARNAHYBA
Capital
Penha
Parnahyba
Cotia
COTIA
Cotia
São Caetano
Santo Amaro
>> >>
Juquery
JASAGUA'
14. S. DO O'
Santo Amaro
>J
>' .
Parnahyba
Capit a1
PARNAHYBA
Cotia
Capital
304 RELAÇÃO
D A S . SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
NOME LUGAR
F R A N C I S C O FERNANDES OLI-
VEIRA . . . . . . . . O L H O D'AGUA . .
F R A N C I S C O FERNANDES OLI-
VEIRA . . . . . . . . Jaribatubucú Rio . .
Francisco Ferreira Sá (Mestre Campo) Hiapuhá . . . . .
Francisco Figueiredo . . . . . . Ajuá Serra do . . .
> 1
Figueiró . . . . . . Juquery Rio . . . . .
BRAÇAS Na0 ANNO LUGAR ACTUAL.
44 1639
68 1769 Santo Amaro
73
137 1819 "
N. S. CONCEIÇÃO AL-
FRANCISCO RODRIGUES . . . DEIA . . . . .
Yl >> (Sapateiro) Juquery Campos do .
11 77
Velho . Guarulhos . . . .
>> >> >7
. . Jarapebica. . , . .
FRANCISCO RODRIGUES VELfIO J U Q U E R Y RIO . .
S E P E T I B A (GUARU-
FRANCISCO RODRIGUES VEL,HO LHOS) . . . .
S E P E T I B A (GUARU-
>7 1> 11
LHOS) . . . .
7,
Rondon (Don) . . . J U Q U E R Y RIO. . .
J U Q U E R Y CAMPOS
FRANCISCO SIQUEIRA . . . . DO . . . . .
>> 9 >
. . . . . Tu'. S. Concenção Aldeia
7)
Velho de Moraes . . Aricanduva Campos do .
RELAÇÃO DAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL 507
JUQUERY
PARNAHYBA
Jucluery
GUARULHOS
>>
Santo Amaro
>> 9,
SANTO A M A R 0
Penha
Capital
GUARULHOS
Juquery Rio
GUARULHOS
99
Parnahyba
Penha
Guarulhos
NOME LUGAR
64 1642 Guarulhos
64 1642 Moóca
JUQUERY
>>
São Bernardo
Parnahyba
Jurubatuba
Santo Arnaro
>> >>
Santo Amaro
SANTO A M A R 0
N. S. DO O'
SÁO BERNARDO'
12 >>
77 12-12-1707 JURUBATUBA
Guarulhos
Guarulhos
GUARULHOS
Capital
Gtiarulhos
JURUBATUBA
Juquery
GUARULHOS
510 RELAÇÃO DAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
NOME LUGAR
50 7- 8-1639 PARNAHYBA
1500 1500 52 24- 9-1639
7 1598 Capital
Cotia
Sant'Anna
>> >I
Parnahyba
>>
Cotia
Capital
PINHEIROS
SÃO BERNARDO
Santo Amaro
Parnahyba
SÃO BERNARDO
Itapecerica
ITAPECERICA
Parnahyba
Penha
PENHA
>>
Cotia
S Ã O BERNARDO
Penha
Guarulhos
Suo Bernardo
SÃO BERNARDO
Parnahyba
SÃO BERNARDO
JUQUERY (A MESMA
N . O 26
Cotia
Parnahy ba
NOME LUGAR
PARNAHYBA
GUARULHOS
SÃO BERNARDO
>> >>
Capital
Parnahyba
São Bernardo
CAPITAL
44
Parnahyba
Santo Amaro
Capital
137 7- 1-1819
125 1782 Ipiranga
>>
125 1782
,>
126 20- 2-1782
200 200 95 1- 9=1727 COTIA
Sant'Anna
Guarulhos
>>
GUARULHOS
JUQUERY
Penha
Ypiranga
>>
Juquery
YPIRANGA
Parnahyba
>>
>>
PARNAHYBA (A MES-
MA N. 132)
Parnahyba
Parnahyba
Parnahyba
PARNAHYBA
Santo Amaro
Guarulhos
I 8 RELAÇÃO DAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
. m
NOME LUGAR
84 1721 Capital
SÃO BERNARDO
Parnahyba
SANT'ANNA
Parnahyba
Tatuapé
>>
Cotia
SANTO AMARO
Cotia
7 1598 Capital
SÃO BERNARDO
SANTO AMARO
SANTO AMARO
" . >>
Cotia
29
Itapecerica
PARNAHYBA
NOME LUGAR
92 1726
34 1638 Jurubatuba
25 15-11-1625 GUARULHOS
138 1820 Itapecerica
ANHANGABAHU'
São Bernardo
>> >>
Lúz
GUARULHOS
PARNAHYBA
Y >
Juquery
Parnahyba
Santo Amaro
ARICANDUVA CABE-
MANOEL GOES e outros . . . . CEIRAS . . . .
MANOEL GOMES D E SA' . - . CAUCAIA . , . .
MANOEL GOMES D E SA' . . . CAUCAIA . . . .
>> Jacome Vieira (Herança) . Mandaqui . . . . .
>>
Tosé da Encarnação . . Tremembé . . . .
77
Lourenço de Andrade . . Ibiambura Rio . . .
>>
Luiz (Herdeiros) . . . Lúz Capella da . . .
>
Mendes de Almeida . .
9 Apotratiaia Morro do .
MANOEL MENDES D E ALMEIDA CAUCAIA . . . .
MANOEL MENDES D E ALMEIDA CAUCAIA . . . .
>> >> >7 79
Sorocamirim . . . .
17
Pinto . . . . . . . Capão . . . . . .
>>
Preto . . . . . . . Jucuri Rio . . r .
MANOEL P R E T O . . . . . . TAMANDUATE-
HY RIO . . .
7J
Rego Cabra1 . . . . . Bom Successo (Capella)
7>
Ribeiro . . . . . . Caucaia . . . . .
>>
Rodrigues de Goes . . . Pequeno Rio . . . .
>>
Siqueira (Indio) . . . . Chiqueiro . . . . .
MANOEL SIQUEIRA (INDIO) . . SÁO LOURENÇO . .
>>
Souza Dias . . Mandaqui . .
Nuno Váz (Herdeiros) . . . . . Caucaia . . . . .
.
Paschoal Fernandes de Sampaio . Crystaes . . . . .
PASCHOAL FERNANDES D E SAM.
PAIO . . . . . . . . . JUQUERY MIRIM. .
Paula da Costa . . . . . . . Caraguatatuba . . .
PAULA JOSEPHA . . . . . . GRANDE RIO . . .
Paula Gonçalves ........... Olho D'Agua . . . .
PAULA GONÇALVES . . . . . SANTO AMAR0 . .
>>
Pereira . . . . . . . Juquery Rio . . . .
Pedro Alves . . . . . . . . Rocio Camara . . .
" Dias . . . . . . . . Manaquy Ribeirão . .
PEDRO DIAS . . . . . . . CARAPOCUHIBA . .
BRAÇAS N. ANNO LUGAR ACTUAL
PENHA
COTIA
COTIA
Sant'Anna
Sant'Anna
Santo Amaro
Cotia
COTIA
COTIA
79
Capital
CAPITAL
Parnahyba
Santo Amaro
São Bernardo
Itapecerica
ITAPECERICA (Original)
Sant'Anna
Santo Amaro
Parnahyba
PARNAHYBA (CONFIR-
MAÇÃO)
Cotia
SÃO BERNARDO
Santo Amaro
Capital
Sant'Anna
COTIA
NOME LUGAR
SANTO AMARO
Santo Amaro
SANTO AMARO
SANTO A M A R 0
JUQUERY
São Bernardo
#
RIO JUQUERY
COTIA
Santa Fé Minas de
84 1721 "
133 1788 Parnahyba
7 28- 2-1598
84 25-3-1721
7 1598
112 1745 Parnahyba
85 1721 Cotia
13-11-1721 COTIA
1802 Parnahyba
1717
1642
1639
1640
1640
28- 871640 GUARULHOS
1639
1621 Juquery
1640
6- 8-1639
17- 1-1728 COTIA (JUQUERY)
>>
1728
FIM
FIM
MESMA N.o 24
MESMA N.o 26
JUQUERY
>>
SÃO BERNARDO
N. S. DO O'
N. S. DO O'
>> >> >> >>
Capital
SESMARJA CAMARA
Cotia
Penha
LUGAR
9,
. . . Martin Rodrigues . . .
BUTUAPORA . . . MANOEL ARZÃO . . .
19
. . . Tristáo de Oliveira . . .
Cabussú Rio . . . . André Gonçalves . . . .
>> 79
. e . .
>7 >>
. . . .
CABUSSU' RIO . . . ANTONIO CAMACHO . .
CABUSSU' . . . . BENTO D E BARROS . .
Cabussú Rio . . . . Francisco Rodrigues . . .
>> >>
. . . . >> >9
. . .
>> 9t
. . . . Gonçalo Madeira . . . .
CACHOEIRA GRANDE Luiz Soares Ferreira . . .
Cahi Rio . . . . . Calixto Motra . . . . .
Caminho Cubatão a S.
Paulo . . . . . . GASPAR GOMES . . . . . .
Caminho de Goyaz . . Agostinho Pereira da Silva . . . .
CAMINHO D E ITU' . JOSE' JACOME D E AZEVEDO . .
CAMINiiO D E SANTOS JOSE' ALVARES P I M E N T E L . .
9, >> >>
Matheus Pereira de Souza . . . .
Mosteiro de São Bento . . . . .
Cap.. .. r y Ribeirão . . Francisco de Paiva . . . . . . .
Cap.. . . r y Rio . . . Calixto Motta . . . . . . . .
CAPÃO . . . . . ANTONIO P I N T O (Tab. em Santos)
Capão . . . . . . >> 99
. . . . . .
>I
. . . . . . Clara Parente . . . . . . . .
BRAÇAS N. ANNO LUGAR ACTUAL
PARNAHYBA
>>
>r
DIVISA MOGY
Divisa Mogy
Jaraguá N. S. do O'
Santo Amaro
SÃO BERNARDO
Parnahyba
COTIA
SÁO BERNARDO
>> 99
>> >>
Santo Amaro
9 > ¶>
LUGAR NOME
COTIA
>>
Lapa
Cotia
>>
COTIA
Santo Amaro
COTIA
COTIA
>>
>>
19
COTIA
SÃO BERNARDO
S. BERNARDO (Original)
Juquery
1'
- . . . .
. e . .
Cotia
19
>>
COTIA
COTIA
COTIA
COTIA
COTIA (ORIGINAL)
GUARULHOS
>>
SANTO AMARO
SANTO AMARO
2, >>
SANTO AMARO
3, >>
SANTO AMARO
>> 9,
Itapecerica
>>
CONCEIÇÃO ALDEIA
N.S. . . . . . MIQUEL D E ALMEIDA . . . .
Conceição Villa Caminho Calixto da Motta . . . . . . .
9> >> >>
Francisco de Paiva . . . . . .
CONCEIÇÃO N. SE=
NHORA . . . . LUIZ F U R T A D O . . . . . . .
Cotia Indios São João . . . . . . .
COTIA JOSE' LADEIRA SALVADORES .
COTIA E BARUERY
RIBEIRA0 . . . CARLOS MORAES PEDROSO (Cap.)
Cotia e Baruery Ribeirão Diogo Tavares (Cap.) (Herd.) . . .
Cotia e Capivary . . João Moreira . . . . . . . .
ROQUE SOARES D E M E D E L L A
COTIA E CAPIVARY . (SARGENTO MÓR) . . . .
COUROS RIO DOS . ANTONIO P I N H E I R O DA COSTA .
>> >> >>
Antonio Pires de Avilla . . . . .
Curahapucú Poço . . Luiz Soares Ferreira . . . . . .
Cururú Bairro . . . José Maria Tavares . . . . . .
9, >7
. . . Rosa Dias Ferreira . . . . . .
D. ANTONIO MINAS
D E . . . . . . INNOCENCIO FERNANDES . . .
Ei Siricasam Ribeiráo . Antonio Pires de Avilla . . . . .
EMBYSABA . . . . ANTONIO P R E T O . . . . . .
Geraldo Minas do. . . Alvaro da Costa . . . . . . .
GERALDO MINAS DO BALTHAZAR CORREA . . . .
>> ,> >>
Geraldo Corrêa . . . . . . .
". ,, >> >> >>
. . . . . . .
GERALDO MINAS DO GONÇALO M E N D E S P E R E S . .
>7
João da Costa . . . . . . . .
GERALDO MINAS DO JOÃO NOGUEIRA D E P A Z E S . .
>> >> >>
Simão da Costa . . . . . . .
Grande Rio . . . . Antonio de Oliveira . . . . . .
,, >>
. . . . " Pinheiro da Costa . , . .
!7 >>
. . . . " Pires de Avilla . . . . .
RELAÇÃODAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL 541
GUARULHOS
Itanhaem
" (Alem S. Amaro)
SANTO A M A R 0
Cotia
S Ã O BERNARDO
>> >>
Tietê Rio
Parnahyba
>>
PARNAHYBA
São Bernardo
N. S. DO O'
Guarulhos
GUARULHOS
>>
GUARULHOS
>>
GUARULHOS
>>
São Bernardo
>> >>
LUGAR* NOME
LUGAR NOME
LUZ
91
a>
Parnahyba
>>
PARNAHYBA
>,
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Yf
>>
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79
PARNAHYBA
77
11
>>
19
Y?
>>
>9
SÃO BERNARDO
SÃO BERNARDO
Santo Amaro
SANTO A M A R 0
I> >>
GUARULHOS
PARNAHYBA
Santo Amaro
São Bernardo
Cotia
COTIA
>>
COTIA
>>
COTIA
Penha
Parnahyba-
PARNAHYBA
São Bernardo
Santo Amaro
1) 7,
PENHA
>>
Guarulhos
Parnahyba
N. S. DO O'
N. S. DO O'
79 1710 Tatuapé
79 1710 Belemzinho
132 1786 Parnahyba
117 1769 1>
>>
135 1802
54 1639
49 1639
1500 1500 54 14-12-1639
61 1640
LUGAR NOME
JUQUERY R I O . . . >?
Rodrigues Ribeiro . . .
>> >>
. . . Bartliolomeu Bueno (Velho) . . .
JUQUERY R I O . . . BRAZ CARDOSO . . .
JUQUERY R I O . . . DIOGO MASTINS . . . . . .
JUQUERY R I O . . . DOMINGOS DA SILVA . . . .
>> >>
. . . Francisco Figu&r,ó . . . . . .
FRANCISCO FONSECA FALCÃO
JUQUERY RIO . (CAP.) . .
JUQUERY RIO . FRANCISCO RODRIGUES VELHO,
JUQUERY RIO . LiARCIA RODRIGUES VELHO . .
JUQUERY RIO . GASPAR SARDINHA DA SILVA .
JUQUERY RIO . GREGORIO FAGUNDES . . . .
JUQUERY RIO . IGNEZ MONTEIRO . . . . .
JUQUERY RIO. IGNEZ MONTEIRO . . . . .
>7 >> Jacques Felix (Herdeiro) . . . .
JUQUERY RIO . JOSE' ORTIZ D E CAMARGO . .
JUQUERY RIO MANOEL DA COSTA . . . . .
JUQUERY RIO PAULO PEREIRA . . . . . .
>> >> Pedro Fernandes Aragonez . . . .
3> >> " Moraes . . . . . . .
>, >> Salvador de Paiva . . . . . .
>> >> >>
Pires . . . . . . .
91 1,
>>
" Herdeiros de . . .
>, 29
>>
" de Medeiros . . .
99 9,
Sebastião de Freitas . . . . . .
JUQUERY RIO SEBASTIÃO PEDROZO . . . .
FRANCISCO DA FONSECA FAL-
JUQUERY CAMPO DO CÃO . . . . . . . . .
I7 >> >I
Francisco Rodrigues (Sapateiro) . .
JUQUERY CAMPO DO FRANCISCO D E SIQUEIRA . . .
>> >> ¶ > >>
Xavier Pedrozo . . .
Juquery Caminho Velho Custodio de Paiva . . . . . .
JUQUERY RIO . . BEATRIZ DINIZ . . . . . .
>> >>
. . Francisco Rondon . . . . . .
BRAÇAS NP ANNO LUGAR
LUGAR NOME
Parnahyba
>>
>>
PARNAHYBA
PARNAHYBA (bnfirm.)
PARNAHYBA
11
>>
>>
>>
(Confirm.)
17-11-1640
3-11-1617. LAPA
19- 2-1617
1619
1725
1638
164b
1619
19- 2-1617
554 RELAÇÃO DAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
LUGAR NOME
34 1638 Jurubatuba
>>
100 1728
84 1721
SANT'ANNA
>> >>
SANT'ANNA
>> >f
Guarulhos
GUARULHOS
>>
SÃO BERNARDO
BELEMZINHO
SANTO AMARO
19 >>
SANTO AMARO
SANTO AMARO
SANTO AMARO
SANTO AMARO
SANTO AMARO
LUGAR NOME
>>
94 1727 "
LUGAR NOME
SÃO BERNARDO
>> >>
Tatuapé
Mooca
Cotia
Capital
Parnahyba
Capital
Lúz
Santo Amaro
Santo Amaro
SANTO A M A R 0 (MEDI.
ÇÃ0)
Capital
>>
>>
>>
>>
São Bernardo
ITAPECERICA (Original)
ITAPECERICA (Original)
ITAPECERICA (Original)
PENHA
PENHA
PENHA
Penha ,
Juquery
>>
99
97
JUQUERY
GUARULHOS
GUARULHOS
>>
GUARULHOS
Parnahyba
São Bernardo
Cotia
COTIA
LUGAR NOME
SOROCAMIRIM RIO . .
BELCHIOR D E BORBA P A E S .
>> 7>
Martim Paes Linhares . . .
. .
,> >> 79
, . . ,
97 ,7
.
SOROCAMIRIM . . MANOEL D E CAMPOS (CAP.) . .
>>
Mendes de Almeida . . .
RAPHAEL ANTONIO DE BARROS
SOROCAMIRIM RIO . (PADRE) . . . . . . .
SUINANDY . . . . AMAR0 L E I T E MOREIRA . . .
>>
. . . . Jorge Garcia . . . . . . . .
Taiquatira Ribeirão . . Domingos Silva Leme . . . . .
TAMANDATIBA RIO . AMADOR D E MEDEIROS . . .
Tamandaty Rio . . . . Antonio Preto . . . . . . .
>> >7
. . . Convento de São Bento . . . . .
>> >>
. . . João Rodrigues de Oliveira . . . .
77 >>
. . . José Ignacio Ribeiro Ferreira (Dr.) .
TAMANDATY RIO . MANOEL P R E T O . . . . . .
>> >t
I. Rocio da Camara . . . . . . . . .
TAPERA GRANDE . JOSE' MORAES CUNHA . . . .
Taquaratipi . . . . Alvaro Rodrigues do Prado . . .
TAQUIQUESSETUBA. CUSTODIO D E PAIVA . . . .
TAQUATAQUISSETY-
B A . . . . . . FRANCISCO D E PAIVA . . . .
Tmatiayra Tapera . . . Antonio Preto . . . . . . .
Tatuapé Ribeirão . . João Leite . . . . . . . . .
TATUAPE' . , . . MARIA L E I T E . . . . . . .
7 9
Ribeirão . Matheus Nunes de Siqueira (Padre) .
TATUAPE' . . . . THOME' RODRIGUES DA SILVA .
Teipigica . . . . . Antonio Raposo Silveira (T. General)
Tietê Rio . . . . . " Prado da Cunha . . . .
79 1,
. . e . . Claudio Furquim . . . . . . .
19 >f
. . . . . Ignacio Azevedo Silva (Padre) . .
>> 79
. . . . . Izabel Rodrigues . . . . . . .
>> >>
. . . . . João de Chaves Leme . . . . .
>, 97
. . . . . Manoel Fernandes Velho . . . .
BRAÇAS ANNO LUGAR ACTUAL
PARNAHYBA
Cotia
COTIA
PARNAHYBA
>>
Penha
SÃO BERNARDO
N. S. do 10'
São Caetano
Capital
Ypiranga
CAPITAL
GUARULHOS
Ibiambura Rio
JARAGUA'
SANTO A M A R 0
N. S. do O'
Penha
Penha
Penha
31
Belenzinho
Penha
19
564 RELACÃODAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
LUGAR NOME
80 5- 8-1710
118 1770 Belemzinho
125 1782 São Caetano
¶> >>
SANT'ANNA
>> 9 >
?> >>
>> >>
Guarulhoç
Parnahyba
P E N H A (ORIGINAL)
Cotia
Pinheiros
PIN-HEIROS
Penha
>>
566 RELAÇÃODAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL
LUGAR NOME
YPIRANGA CABECEI=
RAS . . . . . Mauricio de Castilho . . . . .
Ypiranga Campo do. . Bartholomeu Fernandes de Faria . .
>> >f 19
. . .
Ignacio Xavier Almeida Lara (Tte.)
17 >> 19
. . José da Silva (Padre) . . . . .
YPIRANGA (Campo do) JOSE' VAZ D E CARVALHO (DR.)
YPIRANGA (Campo do) Pedro Nunes . . . . . . . .$
>>
Corrego . José da Silva Brito . . . . . .
97
Estrada do Antonio Rodrigues Medeiros . . .
YPIRANGA RIO . . ROCIO DA CAMARA . . . . .
RELAÇÃO DAS SESMARIAS
CONCEDIDAS NA CAPITAL 567
POR
AMADEU DE QUEIROZ
BRASILEIRO, DE MINAS GERAES, MEMBRO EFFECTIVO
DO INSTITUTO, BELLETRISTA E HISTORIADOR
DISCURSO DE POSSE
A. D E QUEIROZ.
BENEDICTO CALIXTO
TRAÇOS BIOGRAPHICOS
POR
JULIO CONCEIÇÁO
MEMBRO BENEMERITO DO INSTITUTO
BENEDICTO CALIXTO
-
zaga Leme, Vol. 11, titulo "Lemes", pragrapho
6." em diante, e "CHRONOLOGIA PAULIS-
TA", de Jacyntho Ribeiro, vol. 11, pagina 268 e
seguintes). Casou-se em 14 de Maio de 1877, na mesma Villa
de Conceiç50 de Itanhaem, com D. Antmia Leapoldina de
Araujo, havendo desse consorcio 3 filhos: Fantina, Sizenando
c Pedrina; deixa os irmãos Capitão João Pedro de Jesús, con-
siderado publicista, sob o pseudonymo de JORGE DE MEL-
L O ; Joaquim P d r o de Jesús ; D. Maria Izabel dos Santos,
viúva, e D. Amelia de Jesús.
Ainda crança, em Itanhaem, demonstrau gosto accentuado
para o desenho e para a pintura, Especialisando-se, mais tarde,
na arte da pintura, tornou-se. conhecido em São Paulo e em
Santos, onde então residiu. Um dos trabalhos de maior desta-
que na primeira phase de sua vida artistica, foi a pintura do
tecto do Theatro Guarany, de Santos, construido em 1881, pelo
engenheiro Dr. GarCia Redondo. Até então, os seus trabalhos
eram simplesmente de curioso, fructo espontaneo de uma na-
tural vocação.
O Dr. Garcia Redondo, satisfeito com a pintura executada
no theatro, communicou ao Visconde de Vergueiro, que se
achava em Paris, as aptidões do jovem artista. O Visconde de
Vergueiro, brasileiro de linhagem digna, illustre e magnanimo,
convidou, ás expensas suas, Benedicto Calixto para estudar de-
senho e pintura na grande Capital. Sendo acceito o convite,
sua partimda deu-se no mesmo anno, 1881. Lá, em Paris, estu-
dou na Acade9nie Julicn, tendo como professores Goustave
Iioulanger, membro do Instituto ,de França, Lefèvre e Robert
Fleury. Estudou paisagem com o professor Sansgerock e fre-
q~~entou, durante um anno, an*es de ser matriculado na Aca-
íiemia, o atelier do professor Jean François Raffaelli.
Na Academia, foi logo para o curso de modelo vivo e com-
posição; no segundo anno obteve o 2." lugar em um concurso
de pintura historica; um dos seus quadros, "LOIN DU
FOYER", exposto na Academia, conquistou muitos elogios,
em aula, dos professores Boulanger e Lefèvre, que eram dos
mais severos julgadores.
Desde 1885, após a sua volta da Europa, produziu muitos
quadros. de variados generos, que são, aliás, bem conhecidos
no Paiz e no extrangeiro. Tendo nascido e vivi'do sempre no
littoral, foi o "pintor c10 mar"; é consideravel o numero incom-
paravel de marinhas por elle deixado. Foi um estudioso da
nossa historia e amanbe das nossas tradições, dedicando-se á
pintura antiga, de costumes regionaes, e, ultimamente, á pinltu-
ra sacra. As suas principaes producções são :
QUADROS HISTORICOS
"Fundação de S . Vicente" - Museu Paulista ; "Naufra-
gio do Syrio c ultiwtos momentos de D. /osé de Camarg.o Bar-
ros" - Palacio da Curia - São Paulo; " A Caminho de Pira-
tininga" - Palacio da Conceição, Rio de Janeiro; " A Frota
de Martinz Affonso no porto das Náus" - Museu Naval, Rio
de Janeiro; "Anchieta escrevendo sobre a areia o seu poema á
Virgem Santissima" - Collegio de I t ú ; "Pedro Corrêa e o seu
ca~ninhode Dainasco" - Igreja de Santa Cecilia, São Paulo;
"Martyrio e morte de Pedro Corrêa e seu covnpanheiro" -
Igreja de Santa Cecilia, São Paulo; " A fundação da Villa de
Santos" - Palacio da Bolsa, Santos; " A visão dos Hollande-
ues" - Convento 'da Penha, Victoria, Estado do Esp. Santo;
" O milagre da secca" - Convento da Penha, Victoria;
" A chegada de Frei Palacios" - Convento da Penha, Victoria;
" A Gruta de Frei Palacios" - Convento da Penha, Victoria;
" O Padre Bartholomeu de Gus~não, o Voador" - Camara
Municipal $de Santos ; "Do~izingosJorge Velho", "Anchieta".
"Pedro Prinzeiro" e "José Bonifacio" - Museu Paulista;
" B r a z Cubas" - Camara Municipal de Santos ; "Martinz A f -
fonso de Souza" - Camara Municipal de São Vicente; " N a
cabana de Pindabussú", esboceto - Familia B. Calixto; " A n -
clzieta e Cunhanzbeba", esboceto - Familia B. Calixto; " A n -
tiga Casa do Conselho" - São Sebastião; "Porta Monumen-
tal"; "Velho Solar dos Regos Baldayas; "Velho Convento de
São Francisco, em São Sebartião"; "Ruinas do Fórte do Ara-
~ á "- São Sebastião ; "Marechal Olyntho", ultimo governa-
dor da praça de Santos - x x x ; " O Poço de Anchieta", eun
Itanhaem - Familia B. Calixto; "Ruinas da Igreja de Anchie-
ta", em Itanhaem - x x x ; "Itaguira - Fonte dos frades", em
Itanhaem - Familia B. Calixto; "Rzcinas do Convento de N .
4
S. da Conceição", em Itúmhaem - x x x ; "Ruinas do Fórte de
Cabedello", Parahyba do Norte - Instituto Historico e Geo-
graphico de S. Paulo; "Epopeia dos Bandeirantes", Compsi-
ção para um grande vitral do Palacio da Bolsa, em Santos;
"Naufragio" - C. Escobar; "VC11zo solar de Frei Gaspar" e
"Ritinas da capella Frei Gnspnr" - Instituto Historico e Geo-
graphico de S. Paulo.
QUADROS D E GENERO
S E S S Ã O M A G N A
DE
1." DE NOVEMBRO
PELO
D R . DOAIINGOS JOSE' N O G U E I R A J A G U A R I B E
Era cearense. Nascera em Fortaleza a 2 de Novembro de
1848, fallecendo em S. Paulo, a 14 de Novembro de 1926, aos
78 annos de edade. Era filho dos viscondes de Jaguaribe, an-
tiga e distincta familia dos primeiros tempos do Imperio. Foi
casado em primeiras nupcias com D. Marcolina Ferraz de
Campos, deixando descendencia, e em segundas nupcias com D.
Maria Martins, não t'mdo havido prole deste consorcio. For-
mou-se com distincção pela Faouldade de Medici'na do Rio de
Janeiro. Foi medico; exerceu a clinica, a principio, em Limeira
c Rio Claro e depois em S. Paulo. Foi politico; eleito deputado
. geral pelo Ceará, cujo mandato renunciou, foi ainlda depois,
deputado á assembléa legislativa da então Provincia de S. Pau-
lo. Foi escriptor; e escreveu sobre assumptos medicos, histori-
cos. geographicos, de lavoura e pecuaria. A elle, juntamente
com Antmio Piza e Eçtevam Leão Bourroul, deve-se a inicia-
tiva da fundação deste Ilnstituto. Presidiu o 3 . O Congresso
Brasileiro de Geographia reunido nesta capital em 1910.
Foi o dr. Domingos Jqguaribe um espirito ávido de todas
as boas innovaçóes politicas e scientificas concebidas pela in-
telligencia humana. Por occasião da propaganda republicana foi
ardoroso propagandista. O problema da dirigibilidade dos ba-
lóes tambem o empolgou fazendo-o publicar interessantes es-
tudos technicos. Poréni, o que maior notoriedade lhe valeu, a
par de grande sympathia papular pebs beneficios trazidos, foi
o seu trabalho clinico baseado em estudos de hypnotismo e sug-
gestão, operado no Instituto Psycho-Physiologico de S. Paulo,
fundado em Maio de 1901.
Estavam, nessa época, muito em voga esse estu'dos no
mundo scientifico europeu. No Congresso Internacional de
Hypnotismo, realisado em Paris em 1900, o nosso extincto'
confrade presi'diu a sexta sessão, na qualidade de president
d'honneur, idado p a n d e relevo á sua adtuaqão ao M o dos mais
nataveis vultos hypnologistas. taes como Voisin, Bérillon, Lieu-
geois, Bernheim, Azam, Raymond, Binet, Paul Richer, Beau-
~ i s ,Maguin, Robin, Colas, Durand de Gros, Charles Richet,
Legrain, Jules Soury, Jof f roy, Crookes, Sphel, Herrero, Lom-
hroso, hiorselli e Tamburini. Degladiavam-se então as duas
grandes escolas hypnoticas: a de Paris, chefiada pelo immortal
Charcot, doutrinando que o hypnotismo era uma neurose ex-
perimental, uma forma de hysteria, e a de Nancy, de que era
adepto Jagmribe, e chefiada por Bernheim, tendo como l e m a
- a suggestáo é a chave do hypnotismo.
Conseguiu o dr. Domingos Jaguaribe por meio destes pro-
cessos clinicos effectuar numerosas curas, especialmente dos
dipsomaiios, cujos tratamentos gratuitos, visando a classe dos
c:esherdados da fortuna, 'encheu-lhes a vida de novas alegrias
e os corações de preces pela alma de seu inesq~~wivel bemfeitor.
D R . AUGUSTO OLYIIIPIO V I V E I R O S DE C A S T R O
D R . M A R T I M F R A N C I S C O R I B E I R O DE
A N D R A D A FILHO
D R . C'ARLOS D E C A M P O S
Nascido em Campinas a 6 de Agosto d e 1866, do consor-
cio do eminente estadista Bernardino de Campos e de D. Fran-
ciçca Duarte de Campos, falleceu em São Paulo a 27 de Abril
de 1927 aos 60 annos. Foi casado com a virtuosa Sra. D. Maria
Lydia de Souza Campos 'deixando descendencia. Fez seus cur-
sos primario e secundario em Amparo, no Collegio Internacio-
nal de Campinas e no Collegio Morton desta Capital. Bachare-
lou-se em sciencias juridicas e çociaes em 1887 pela Faculdade
de Direito de S. Paulo. Em 1891 iniciou sua carreira publica
como intendente da cigdade de Amparo. Nesse mesmo anno foi
eleito deputado estadual, e em 1896 foi secretario da Justiça no
governo de Campos Salles. Voltando novamente á Camara dos
Deputados, em 1907, foi presidente da mesma até 1915, quando
foi eleito senador estadual e tambem chamado a occupar o pm-
to de membro da Commissão Directora do Partido Republicano
Paulista. Em 1918 foi eleito deputado federal sendo "leader"
da maioria no ,governo Epitacio Pessoa, e, finalmente, a 1." de
Maio de 1924 empossado na presidencia do Estado de S. Paulo
em cujo posto falleceu.
Teve o dr. Carlos de Campos uma personalidade complexa.
Foi advogado, orador parlamentar, politico, musico e jornalis-
ta. E .em qualquer dessas modalidades era sempre uma figura
ditstincta. Como advogado tutelou causas de grande importan-
cia e realce no foro; como orador a sua palavra era sempre
acatada, não só pelos primores de que s e revestiam como, tam-
lm, pelo criterio com que sabia dirigir as questões mais diffi-
ceis em debates; como politico e, principalmente como admi-
nistrador, as grandes iniciativas do seu governo foram paten-
teadas em obras de vulto, taes corno a remodelaçáo da Soroca-
bana, a defesa do café, a campanha contra a broca, as questões
attinentes á ímmigração e colonisação; como musico deixou
composiçóes de finissimo lavor, reveladoras da sua formosa or-
ganisação artilstica e, como jornalista, foi por dilatados annos
o elegante, o terso, o castiço manejador do idioma patrio nas
columnas do "Correio Paulis~tano".
Distinguiam ainda o dr. Carlos de Campos uma extrema
sympathia dimanada cla sua bondade pessoal, do seu genio na-
turalmente delicado, affavel, gentil e acolhedor.
EENEDZCTO CíZLIXTO DE JESUS
Nascido e m Itanhaem a 14 de Outubro de 1853, do con-
sorcio de João Pedro de Jesus e de D. Anna Gertrudes de
Jesus, falleceu em S. Paulo a 31 de Maio de 1927, aos 73 an-
nos. Foi casado com a sra. D. Antonia de Araujo Jesus dei-
xando ldescendencia.
Desde menino revelou decidida vocação para a *pintura,
aprendendo-a com os recursos de seus proprios dotes naturaes,
por lhe faltarem por completo meios pecuniarios para cursar
escolas profissionaes adeqaadas a esses estudos. Não obsitante,
apresentou-se em publico pela primeira vez, em 1881, com uma
exposição de quadros, ralhada em uma sala do "Correio Pau-
listano", merecendo francos encomios e expressivas demonstra-
~ õ e sde animação pelas qualidades artisticas reveladas. Foi en-
tão contractado pelo dr. Garcia Redondo, engenheiro cmstru-
ctor do Theatro Guarany, de Santos, para decorar o tecto desse
theatro. Querendo o visconde de Vergueiro amparar essa vaca-
ção que desabrochava tão auspiciosarnente, convidou Benedicto
Calixto a seguir os estudos de pintura sob suas expensas, em
Paris, para onde partiu Calixto e m Janeiro de 1883, aos 29
annos de idade. Matriculou-se o jovem artista na Academia
Julien, tendo como professores Robert Fleury, Boulanger, Le-
fèvre e Bouguereau, conl os quaes obteve rapidos progressos,
tanto que conseguiu o segundo premio com sua tela "Unla sce-
na do diluvio" no concurso de esquisses de themas hisitoricos.
Mas, Calixto não pode aturar Paris. Era impassdvel viver lon-
ge d a familia. Torturava-lhe o coração a saudade da patria. E
Calixto voltou depois de uma anno apenas crie estadia na cidade
luz, bem a contragosto de seus amigos e protectores. Apezar
de tão breves estudos em um curso regular de pintura, Calixto
continuou a fazer progressos em sua arte, tornando-se depois
c grande pintor marinhista de inconfundivel destaque entre a
constellação de notaveis artistas brasileiros. Cultivou todos os
generos de pintura, mas, aquelle em que primou foi a marinha.
Pintou-a com primorosa ~echtiim,finissima ductibilidade colo-
ristica e expressão flagrante da paysagem. Dava-lhe alma, vicla
e sentimento. Imprilmia seu estylo personalissimo na maneira
por que pintava. Ninguem o sobreexcedeu nesse genero no
Brasil. Foi um grande artista. Não ha recanto do littoral pau-
lista que não merecesse o carinho do seu pincel. E como ers
um apaixonado estudioso da historia, reviveu em suas telas as
paginas gloriosas do nosso passado, povoando as praias san-
tistas e as regiões serranas de vultos heroicm das primeiros
dias de nossa nacionalidade. Dahi a factura dos lindos e sug-
gestivos quadros "Partida da frota de Estacio de Sá", "Em
caminho de Piratininga", "Fundação de S. Vicente", "Funda-
ção da villia de Santos". Dedica-se tambem á pintura. sacra.
Seus paineis embellezam ais igrejas de Santa Cecilia, Conso-
lação, Santa Ephigenia e cathedral de Ribeirão Preto. São in-
numeros as seus quadros esparsos por varios Estados do Bra-
sii. A Pinacotheca e o Museu paulistas possuem em suas gale-
rias magnificas telas de Calixto. Foi, tambem, Benedicto Ca-
lixto um esforçado historiador. A Revista deste Instituto guar-
da interessantissimos trabalhos seus sobre a capitania de
Itanhaem.
Calixto foi um artista originalmente brasileiro. Desde sua
obra pidorica até seu ffeitúo physico e moral e m camcteris.ti-
camente paulistas. Tinha aspectos typicos do nosso caboclo.
Porisso foi elle uma figura. de irradiante sympathia. E' impos-
sivel recordarmos-lhe o vulto sem uma funda emoção de sau-
dade. Amou a familia e a patria coin todas as véras de sua
alma. Si não pôde viver no extmngeiro foi por soffrer-lheç
a ausencia. Da sua Itanham podia !dizer com Holrãcio, quando
se referia ás campinas de Tarento, Milzi praeter omnes ángulzts
ridet. Este canto de terra me sorri mais do que qualquer outro.
D R . A N T O N I O DE Q U E I R O Z T E L L E S
CAPISTRANO DE ABREU
Pags.
O Primeiro centenario da Fundação da Imiprensa Paulista,
par Affonso A. de Freitas. . . . . , . . . .
Notas historicas de Itú, por Joaquim Leme de Oliveira Cezar
Homenagem ao maximo bem feito^ de Itú, pelo dr. José de
Paula Leite de Barros. . . . . . . . . . .
Visita ás fundações da Sociedade A. I. de Seda Nacional d e
Campinas, par Affonso A. de Freitas . . . . . .
Tatuhy atravez da Historia, pelo senador Laurindo Dias
Minhoto. . . . . . . . . . . . . . . . .
O Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão pelo dr. Laurindo
Minhoto Junior. . . . . . . . . . . . . .
No Sul de Matto Grosso, pelo dr. Armando de Airruda Pereira
.
Excursionando.. p e b dr. Affonso de Freitas Junior . . .
Carimbos e marcas postaes no Brasil pelo dr. Maria de Sanctis
Algumas notas geneaLogicas da familia Paula Leite, pelo dr,
José de Paula Leite .de Barros . . . . . . . .
Notas á margem do estudo "A Imprensa Periodica" por Af-
fonso A. de Freitas. . . . . . . . . . . .
Relação das sas~mmariasconcedidas na comarca da Capital entre
os annos de 1559 a 1820, pelo sr. João Baptista de
Campos Aguirra . . . . . . . . . . . . .
Discurso de Posse proferido na sessão de 5 de Julho de 1928
pelo Sr. Amadeu d e Queiroz . . . . . . . . .
Benedicto Calixto, traços biographicos por Julio Conceição .
Discurso proferido na sessão magna de 1." de Novembro de
1927, pelo orador official dr. Affonso de Freitas Junior