NR 26 - GHS - Prof. Roque Puiatti

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Gestão de Produtos Químicos no

Ambiente de Trabalho para o eSocial-


NR 26/GHS (FISPQ e Rotulagem)

Eng. Seg. Roque Puiatti


InovarSST – Consultoria e Capacitação
Conteúdo Programático :

1. GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de


Produtos Químicos, da Organização das Nações Unidas: histórico, aplicação e o
Livro Púrpura;
2. Norma Regulamentadora 26 – Classificação, Rotulagem Preventiva e Fichas
com Dados de Segurança de Produtos Químicos: obrigações e penalidades;
3. Elaboração de Rótulos e de Fichas com Dados de Segurança de Produtos
Químicos (FDS/FISPQ) em conformidade com as NBR 14.725 – parte 3 (Rótulos) e
a NBR 14.725 – parte 4 (FISPQ);
4. Rotulagem de pequenas embalagens;
5. Exemplos de listas internacionais harmonizadas para classificação de substâncias
e bancos de dados/guias com informações para auxílio na elaboração de Fichas e
Rótulos;
6. Organização e estruturação da empresa para implementar a NR 26-GHS e a NBR
14.725 e preenchimento do eSocial.
7. Exercícios: Análise critica de Rótulos e Fichas com Dados de Segurança de
Produtos Químicos.
GHS, ABNT NBR 14725 e NR 26
31/01/2012
Vazamento de gás em curtume deixa
4 mortos e 19 intoxicados em Bataguassu-MS
Caminhão descarregava ácido dicloro-propiônico em um tanque. Houve
reação entre o produto que era descarregado e o que havia no recipiente,
causando vazamento de um gás tóxico (H2S). As quatro vítimas estavam neste
ambiente
Segundo informações houve mistura dos produtos Koramim e Kromium.
Levantamentos da Auditoria Fiscal do Trabalho apontaram que houve ainda
uma confusão devida à similaridade dos nomes que fez com que alguém
inadvertidamente indicasse a descarga do Koramim no tanque de Kromium.
Portanto, problemas de identificação e rotulagem, tanto do produto como
dos tanques.
GHS, ABNT NBR 14725 e NR 26

INCOMPATIBILIDADE
QUÍMICA

+ =
GHS, ABNT NBR 14725 e NR 26
Porque a Classificação, Rotulagem e Fichas de Informações de
Segurança dos Produtos Químicos são tão importantes ?

Fundamentais para elaboração e implementação de Programas de


Prevenção: PPRA, PCMSO, PPR,... e para o eSocial

Relevantes para a Gestão Segura dos Produtos Químicos no Ambiente


de Trabalho (Ocupacional, Ambiental): armazenamento adequado,
utilização correta, proteção coletiva e individual dos trabalhadores, descarte
apropriado,...

Imprescindíveis para capacitação sobre a comunicação dos


perigos/riscos aos trabalhadores
PRODUTOS QUÍMICOS:
Cadeia de produção/uso e atores

Distribuidor Distribuidor

Fabricante ou Usuário Usuário final


importador industrial - Indústria
(ind. química) SUBSTÂNCIAS -formulações MISTURAS -
- profissional
-manufatura ARTIGOS
- doméstico
A implementação da NR 26-GHS e ABNT NBR 14725 possui necessidades
e impactos diferentes na cadeira de produção/uso
Gestão de Produtos Químicos no Ambiente de Trabalho

S a fe U s e o f
C h e m ic a ls

R is k
M anagem ent
S y s te m s
( r is k c o m m u n ic a tio n ,
e x p o s u r e m o n ito r in g /c o n tr o l)

H a z a r d C o m m u n ic a tio n
(G H S L a b e ls a n d S D S )

G H S C la s s ific a tio n
A – África do Sul A – Tóxico
B – Canadá B – Nocivo
C – Austrália C – Carcinogênico
Exemplo de Classificações para Toxicidade Aguda
toxicidade oral LD50 = 257 mg/kg
Transporte (TDG) liquid: slightly toxic; solid: not classified
União Europeia Harmful (símbolo: St Andrew’s Cross)
EUA Toxic
Canadá Toxic
Austrália Harmful
Índia Non-toxic
Japão Toxic
Malásia Harmful
Tailândia Harmful
Nova Zelândia Hazardous
China Not Dangerous
Coréia do Sul Toxic
11
Target - One chemical = One Label
Breve Histórico
• Transporte de Produtos Perigosos (TDG)
1st Recommendations em 1956 (em 1996: Regulation e Manual Tests and Criteria)
• União Européia – Diretiva 67/548 (DSD e DPD)
• Programa Internacional de Segurança Química (IPCS) -1980
www.inchem.org
• Agrotóxicos – Código de Conduta - 1985
• Convenção 170 da OIT – 1990
• Legislações Nacionais (Austrália, Japão,...)
• Rio 92 – Agenda 21
• GHS – 2003
• UE CLP – 2008
• OSHA GHS - 2012
Marco do GHS: Rio 92 – Agenda 21
Em 1992 no Brasil foi realizada a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
(UNCED – RIO 92)

Os Acordos da RIO 92 foram endossados pela Assembleia


Geral das Nações Unidas.

No Capítulo 19 da Agenda 21 – RIO 92 – foram criadas


seis áreas programáticas para fortalecer os esforços
nacionais e internacionais relacionados a gestão racional
dos produtos químicos.
Rio 92 – Agenda 21
Área Programática “B”:

”Um sistema globalmente harmonizado para


classificação e rotulagem, incluindo fichas de dados
de segurança de produtos químicos e símbolos
facilmente compreensíveis deveria estar disponível,
se possível, até o ano 2000”
O Processo de Harmonização
(2a metade década 90)

Sob o “guarda chuva” do Programa de Interorganizações


para a Gestão Segura
de Produtos Químicos (IOMC).
O Grupo Coordenador para Harmonização dos Sistemas de
Classificação de Produtos Químicos (CG/HCCS) gerenciou
o processo.

O trabalho técnico foi dividido entre vários


pontos focais internacionais (secretariados)
Divisão das Tarefas - TDG
PERIGOS FÍSICO-QUÍMICOS: O Comitê de
Especialistas das Nações Unidas para o Transporte de
Produtos Perigosos (TDG) foi indicado como
coordenador para o trabalho sobre Perigos Físico-
Químicos, em cooperação com a OIT.
Com base nas exigências hoje existentes nas
Recomendações da Nações Unidas para o
Transporte de Produtos Perigosos, foram feitas
mudanças para tratar das necessidades de outros
setores.
http://www.unece.org/trans/welcome.html
Divisão das Tarefas - OECD
PERIGOS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE:
A OECD foi reconhecida com base em sua experiência
no estabelecimento de diretrizes para Testes sobre
produtos químicos (OECD GUIDELINES), dentre outros
aspectos
www.oecd-ilibrary.org/environment/oecd-guidelines-for-the-testing-of-chemicals_chem_guide_pkg-en

Este trabalho foi posteriormente expandido para incluir


critérios de classificação para misturas.
www.echemportal.org/echemportal/index.action
Divisão das Tarefas - OIT
COMUNICAÇÃO DE PERIGOS: Inclui os
elementos nos Rótulos e as informações das Fichas
com Dados de Segurança de produtos químicos
(FDS/FISPQ).
A OIT com longo histórico nesta área, pela
Convenção 170, foi escolhida para ser
coordenadora deste trabalho.
www.ilo.org/safework/lang--en/index.htmk
Sistemas Principais Existentes
Recomendações da Nações Unidas para
Transporte de Produtos Perigosos
Diretrizes da União Européia sobre Substâncias e
Preparados Químicos
Normativas do Canadá sobre produtos químicos no
Ambiente de Trabalho, Consumidores e Pesticidas
Normativas dos Estados Unidos sobre produtos
químicos no Ambientes de Trabalho, Consumidores
e Pesticidas
Resultado, em 2002: The Purple Book
www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_welcome_e.html

www.unece.org/index.php?id=46260
C h a r t T it le
Estrutura GHS & TDG
UN ECOSOC

P A R E N T C O M M IT T E E

S U B -C O M M IT T E E S U B -C O M M IT T E E
ON GHS ON TDG
O Subcomitê do GHS (SCEGHS)
• O Sub-Comitê de Especialistas para a Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos (UN SCE GHS) é responsável pelo Sistema
Harmonizado.
• A adoção formal, implementação e manutenção do GHS se enquadram
no escopo de suas responsabilidades (“guardião do sistema”)
• 1a Sessão: Julho 2001 (reúne-se 2 vezes ao ano – julho e dezembro, em
Genebra, nas Nações Unidas)
• Composto por: Países membros (c/direito a voto), Países observadores,
Organismos das Nações Unidas (OIT, OMS, UNITAR, FAO,...),
Organizações Intergovernamentais (OECD,...), e Organizações não-
governamentais(CEFIC, ICCA, CropLife,...)
Purple Book (Livro Púrpura): Revisão a cada 2 anos

- Dez 2002 1a edição


- Dez 2004 1a rev
- Dez 2006 2a rev
- Dez 2008 3ª rev
-Dez 2010 4ª rev
-Dez 2012 5ª rev
-Dez 2014 6ª rev
-Dez 2016 7ª rev
PURPLE BOOK (Livro Púrpura)

Part 1. INTRODUCTION
Chapter 1.1 Purpose, scope and application of the GHS ................................................. 3
Chapter 1.2 Definitions and abbreviations....................................................................... 11
Chapter 1.3 Classification of hazardous substances and mixtures................................... 17
Chapter 1.4 Hazard communication: Labelling ............................................................... .23
Chapter 1.5 Hazard communication: Safety Data Sheets (SDS)...................................... 35

Part 2. PHYSICAL HAZARDS


Chapter 2.1 Explosives..................................................................................................... 43
Chapter 2.2 Flammable gases (including chemically unstable gases) ............................. 51
Chapter 2.3 Aerosols ............................................................................................... ........55
Chapter 2.4 Oxidizing gases ............................................................................................ 59
Chapter 2.5 Gases under pressure ...................................................................................63
Chapter 2.6 Flammable liquids ........................................................................................ .67
Chapter 2.7 Flammable solids.......................................................................................... 71
Chapter 2.8 Self-reactive substances and mixtures.......................................................... 73
Chapter 2.9 Pyrophoric liquids ........................................................................................ ..79
Chapter 2.10 Pyrophoric solids.......................................................................................... 81
Chapter 2.11 Self-heating substances and mixtures........................................................... 83
Chapter 2.12 Substances and mixtures which, in contact with water, emit flammable gases ... 87
Chapter 2.13 Oxidizing liquids .......................................................................................... ..91
Chapter 2.14 Oxidizing solids.............................................................................................. 95
Chapter 2.15 Organic peroxides......................................................................................... 99
Chapter 2.16 Corrosive to metals....................................................................................... 105
Part 3. HEALTH HAZARDS
Chapter 3.1 Acute toxicity ............................................................................................... 109
Chapter 3.2 Skin corrosion/irritation................................................................................ 121
Chapter 3.3 Serious eye damage/eye irritation................................................................. 133
Chapter 3.4 Respiratory or skin sensitization................................................................... 145
Chapter 3.5 Germ cell mutagenicity ................................................................................ 155
Chapter 3.6 Carcinogenicity............................................................................................. 163
Chapter 3.7 Reproductive toxicity ................................................................................... 173
Chapter 3.8 Specific target organ toxicity – Single exposure.......................................... 185
Chapter 3.9 Specific target organ toxicity – Repeated exposure ..................................... 197
Chapter 3.10 Aspiration hazard.......................................................................................... 207

Part 4. ENVIRONMENTAL HAZARDS


Chapter 4.1 Hazardous to the aquatic environment ......................................................... 215
Chapter 4.2 Hazardous to the ozone layer........................................................................ 241

ANNEXES
Annex 1 Allocation of label elements......................................................................... 247
Annex 2 Classification and labelling summary tables ................................................ 269 (DELETADO)
Annex 3 Codification of hazard statements, codification and use of precautionary statements and examples of precautionary
pictograms........301
Annex 4 Guidance on the preparation of Safety Data Sheets (SDS) ......................... 409
Annex 5 Consumer product labelling based on the likelihood of injury..................... 429
Annex 6 Comprehensibility testing methodology....................................................... 435
Annex 7 Examples of arrangements of the GHS label elements ................................ 451
Annex 8 An example of classification in the Globally Harmonized System.............. 461
Annex 9 Guidance on hazards to the aquatic environment......................................... 469
Annex 10 Guidance on transformation/dissolution of metals and metal compounds in aqueous media.....551
O que é o GHS:
Uma abordagem sistematizada e de fácil
compreensão para Classificação de perigos dos
produtos químicos e para Comunicação, através
de Rótulos e Fichas com Dados de Segurança
(FDS).
Objetivo:
O objetivo principal do sistema de classificação e
comunicação dos perigos (hazards) é fornecer
informações para proteção da saúde humana e do
meio ambiente.
GHS
Globally Harmonized System for Classification and
Labeling of Chemicals

Globally‐ Geral ou Global (Globalmente) ou ambos?

Harmonized = Harmonizado (e não padronizado)

Chemicals = Produtos Químicos

Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e


Rotulagem de Produtos Químicos
Escopo
(a)critérios harmonizados para a classificação de
substâncias e misturas de acordo com os perigos físico-
químicos, à saúde e ao meio ambiente;
(b) os elementos harmonizados para comunicação dos
perigos, incluindo os requisitos de rotulagem e as fichas
com dados de segurança.

Os públicos-alvo abrangem, especialmente:


(a)trabalhadores nos locais de trabalho,
(b)consumidores,
(c)trabalhadores do transporte e
(d)pessoal de serviços que atuam em emergências
Benefícios da Harmonização
Países, organismos internacionais, fabricantes de produtos químicos
e usuários se beneficiarão deste sistema harmonizado

•Aumento da proteção para os seres humanos e ao meio


ambiente (PPRA, PCMSO, PPR,...) e eSocial
•Facilitação para o comércio internacional de produtos
químicos.
•Redução da necessidade de testes e avaliações.
•Serve de plataforma aos países e organismos
internacionais na implementação da gestão segura de
produtos químicos.
Princípios da Harmonização
As proteções não serão reduzidas;

A “compreensibilidade” (comprehensibility) será uma questão essencial;

Todos os tipos de produtos químicos serão abrangidos e será baseado


nas propriedades intrínsecas (hazards) dos produtos químicos.

Todos os sistemas terão que sofrer alterações.

O GHS não é instrumento vinculante.

Building Block Approach (BBA)- (abordagem por módulos)


Permite flexibilidade na escolha, por exemplo, de Classes de Perigos e Categorias.
Ex: Não adotar Classe V para Toxicidade Aguda
UNIÃO EUROPEIA
GHS não se aplica:
• Produtos destinadas ao utilizador final (exposição intencional)
–Medicamentos
–Medicamentos veterinários
–Produtos cosméticos
–Dispositivos médicos
–Gêneros alimentícios
–Aditivos/resíduos alimentares

• Materiais radioativos
• ...........

OBS: não foi “desenhado” para Resíduos


37

Audiências: necessidades
• Necessidades:
– Local de trabalho: rótulos, FDS/FISPQ, formação
específica;

– Consumidores: rótulos;

– Serviços de emergência: rótulos, formação específica;

– Transporte: rótulos, ficha de emergência, formação


específica.
IMPLEMENTAÇÃO NO MUNDO
• UNIÃO EUROPÉIA
Substâncias – DEZEMBRO 2010 - Misturas – JUNHO 2015

• CORÉIA DO SUL
Substâncias – JUNHO 2010 - Misturas – JUNHO 2013

• BRASIL – ABNT NBR 14725 – revisão da NR 26 (maio 2011)


Substâncias – FEVEREIRO 2011 - Misturas – JUNHO 2015

• AUSTRÁLIA –início em 2012 com prazo de 5 anos

• NOVA ZELÂNDIA – adotado

• ESTADOS UNIDOS – JUNHO 2015 para Substâncias e Misturas

• URUGUAI – DEZEMBRO 2012 para substâncias e DEZEMBRO 2017 para misturas

• ARGENTINA – OUTUBRO 2015 para Substâncias e Misturas

www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/implementation_e.html
BRASIL: ABNT NBR 14.725 – partes 1 (Terminologia – 1ª ed.), 2
(Classificação – 1ª ed.), 3 (Rotulagem – 4 ed.) e 4 (FISPQ – 4 ed.)
SUBSTÂNCIAS:
As fichas de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ)
podem estar de acordo com a edição anterior desta Norma (ABNT NBR
14725:2009) ou devem ser elaboradas de acordo com esta edição antes de
03.02.2013 (180 dias após a data de publicação desta edição).
A partir de 03.02.2013 as FISPQ devem estar de acordo com esta edição (ABNT NBR
14725:2014).

MISTURAS:
As fichas de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) podem
estar de acordo com as edições anteriores desta Norma (ABNT NBR
14725:2005 ou ABNT NBR 14725:2009) ou devem ser elaboradas de acordo
com esta edição até 31.05.2015. A partir de 01.06.2015, as FISPQ devem ser
elaboradas apenas de acordo com esta edição (ABNT NBR 14725-4:2014).

OBS: Rotulagem (14725-3) prorrogada para 1º Dezembro 2015


Substância: Os elementos químicos e seus compostos em estado natural
ou obtidos por qualquer processo de produção, incluindo qualquer aditivo
necessário para preservar a estabilidade do produto e quaisquer impurezas
que derivem do processo utilizado, mas excluindo qualquer “solvente” que
possa ser separado sem afetar a estabilidade da substância ou modificar
sua composição.

Mistura: Misturas ou soluções compostas de duas ou mais substâncias


que não reagem entre si.

Liga: Material metálico, homogêneo em escala macroscópica, constituído


de dois ou mais elementos de tal modo combinados que não podem ser
facilmente separados por meios mecânicos. As ligas são consideradas
como misturas para a finalidade de classificação de acordo com o GHS.
1a etapa – CLASSIFICAÇÃO

SUBSTÂNCIAS (basicamente efetua-se busca em “Listas Internacionais


Harmonizadas” EU-Japão-OECD,...)

MISTURAS (busca em listas internacionais harmonizadas informações sobre as


substâncias da mistura, pesquisa em banco de dados públicos e privados, aplicar
bridging principles, julgamento de especialista(s),...)

2ª etapa - ROTULAGEM

3ª etapa – FICHA COM DADOS DE SEGURANÇA


(FDS/FISPQ)
O QUE É PRODUTO QUÍMICO PERIGOSO?

Produto químico quem tem o potencial de causar


danos e que tenha sido classificado como tal a partir
de critérios previamente definidos e dados obtidos em
ensaios específicos.

Não é adequado dizer “produto não perigoso” mas produto


não classificado como perigoso.
A princípio, qualquer material ou produto químico pode dar origem
a um determinado risco.
Relação entre Perigo e Risco
Cada sistema de Classificação e Comunicação de Perigos (em relação ao local
de trabalho, os consumidores ou o transporte) começa com uma avaliação dos
perigos intrínsecos do produto químico.

O básico na avaliação de riscos é descrito com a simples fórmula:


Perigo x exposição = risco
S a fe U s e o f
Perigo (hazard) C h e m ic a ls

fonte potencial de efeitos adversos


e característica intrínseca de um produto;

Risco (risk) R is k
M a n a g e m e n t
S y s te m s
( r is k c o m m u n ic a tio n ,
probabilidade e potencial de ocorrência e x p o s u r e m o n ito r in g /c o n tr o l)

de perigos que causem efeitos adversos. H a z a r d C o m m u n ic a tio n


(G H S L a b e ls a n d S D S )

G H S C la s s ific a tio n
Classificação das substâncias e misturas
• Classificação baseada nas propriedades intrínsecas (hazards).

• Dados disponíveis aplicados a classificação de substâncias e misturas.

• Um dos objetivos do GHS é permitir “auto-classificação”


Princípios da Harmonização (misturas)
Bridging Principles
“princípio-ponte (tradução para português/Portugal)” ou “princípio
de analogia (NBR 14.725)”
Exemplo de Classificação de mistura
Classe de perigo (Hazard class)

natureza do perigo físico, à saúde ou ao meio ambiente


EXEMPLO: Carcinogênico, inflamável, toxicidade oral aguda.

Categoria de perigo (Hazard Category)

subdivisão de uma classe de perigo


EXEMPLO: a classe "tóxico agudo oral" tem cinco categorias
de perigo (I, II, III, IV e V)
GHS: Perigos físicos-químicos
CLASSES CATEGORIAS

Líquidos pirofóricos 1

Sólidos pirofóricos 1 2

Substâncias e misturas que auto-aquecem 1 2

Substâncias e misturas, em contato com a 1 2 3


água, emitem gases inflamáveis

Líquidos oxidantes 1 2 3

Sólidos oxidantes 1 2 3 4

Peróxidos orgânicos A B CD EF G

Corrosivos para metais 1


GHS: Perigos físicos-químicos
CLASSES CATEGORIAS

Explosivos Div 1.1 Div. 1.2 Div 1.3 Div 1.4 Div 1.5 Div 1.6

Gases inflamáveis 1 2

Aerossóis inflamáveis 1 2 3

Gases oxidantes 1

Gases sob pressão Comprs Liquid Refrig Dissolv


gas gas Liquif gas gas

Líquidos inflamáveis 1 2 3 4

Sólidos inflamáveis 1 2

Substâncias e misturas auto-reativas A B CeD EeF G


GHS - Perigos à saúde humana
CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda 1 2 3 4 5

Corrosão / Irritação à pele 1 2 3

Lesões oculares graves / Irritação 1 2/2A 2B


ocular
Sensibilização respiratória 1 1A 1B

Sensibilização à pele 1 1A 1B

Mutagenicidade em células 1A 1B 2
germinativas
Carcinogenicidade 1A 1B 2

Toxicidade à reprodução 1A 1B 2 Lactação


GHS - Perigos à saúde humana
CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- 1 2 3


Exposição única
Toxicidade para órgãos-alvo específicos – 1 2 2B
Exposição repetida
Perigo por aspiração 1 2
GHS: Perigos ao meio ambiente
CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda – amb. aq. 1 2 3

Toxicidade crônica – amb. aq. 1 2 3 4

1
Classificação
Listas internacionais harmonizadas para
classificação de substâncias
União Europeia:
www.echa.europa.eu/information-on-chemicals/registered-substances

Japão:
www.safe.nite.go.jp/english/ghs/ghs_index.html

Coréia do Sul
http://english.kosha.or.kr/english/main.do

OECD
www.echemportal.org/echemportal/index.action
58
http://www.echa.europa.eu/information-on-chemicals/registered-substances
Inventário ECHA União Europeia
http://echa.europa.eu/web/guest/information-on-chemicals/cl-inventory-database
JAPÃO

www.safe.nite.go.jp/english/ghs/ghs_index.html
ABNT NBR 14725-1:2015 - Introdução e Terminologia (em discussão)
nome comercial
nome que identifica um produto sem que seja necessário associá-lo ao seu
nome químico comum ou técnico;

nome químico (comum)


nome que descreve a estrutura atômica ou molecular da substância e é o nome
oficial que segue as regras de estrutura e nomenclatura da International of Pure
and Applied Chemistry (IUPAC) - Chemical Abstract Service (CAS);
nome técnico
nome geralmente empregado nos regulamentos, nos códigos e mercado para
identificar uma substância ou mistura, além do nome IUPAC ou CAS, e que é
reconhecido pela comunidade científica. Exemplos de nomes técnicos incluem:
nomes utilizados para misturas complexas (ex.: frações de petróleo ou produtos
naturais), praguicidas (ex.: sistema ISO ou ANSI); corantes (Color Index-CI) e
minerais;
Transporte de Produtos Perigosos
(pictogramas utilizados no GHS)
Transporte de Produtos Perigos
HARMÔNICO com GHS –
Livro Laranja 20ª edição harmônico
com Livro Púrpura 7ª edição

Atualmente vigente
Resolução nº 5.232/2016
COMUNICAÇÃO DE PERIGO: ROTULAGEM
A rotulagem do produto químico prevista na ABNT NBR 14725 não
contempla todas as situações que possam ocorrer na utilização do
produto.
A rotulagem do produto químico não pode conter imagens ou
informações que possam induzir o público-alvo a erro.
Os textos da rotulagem de produto químico devem ser breves,
precisos, redigidos em termos simples e de fácil compreensão, de
modo a minimizar ou evitar riscos resultantes das condições normais de
uso e armazenagem do produto.
Todas as informações de segurança constantes no rótulo de produto
químico comercializado no mercado nacional devem estar redigidas no
idioma nacional.
COMUNICAÇÃO DE PERIGO: ROTULAGEM
O tamanho mínimo do(s) pictograma(s) de perigo deve ser de 1 cm x 1 cm, exceto no
caso de embalagens com dimensões que só comportem rótulos menores.
embalagem externa
embalagem destinada a acondicionar embalagens internas;
embalagem interna
embalagem que contém diretamente o produto e está contida dentro de uma
embalagem externa;
embalagem final
embalagem de comercialização do produto;
embalagem simples
embalagem constituída de um único recipiente contentor e que não necessita de uma
embalagem externa para ser transportada;
sobreembalagem
meio utilizado para agrupar embalagens simples ou externas de produtos químicos
perigosos compatíveis, para facilitar o seu manuseio e transporte;
Eng. José
Augusto
Azanha –
2011
71

Rótulo segundo o GHS (1)


Informação exigida no rótulo do GHS :
• Identificação do produto e fornecedor *
• Pictograma de perigo
• Palavra de advertência (Perigo - “Atenção” ou “Cuidado” )
• Frases de perigo (H – de hazard)
• Frases de precaução (P – de prevention) e pictogramas de
precaução (opcional)
*parte responsável (fabricante, importador ou distribuidor) por tornar
um produto químico perigoso disponível para o público.
72
Rótulo segundo o GHS (2)
Pictogramas (I)
Definição:
• Composição gráfica que contém um símbolo, assim como outros elementos
gráficos, tais como uma borda, um motivo ou uma cor de fundo, e que serve
para comunicar informações específicas;
Informação específica:
• Forma: diamante.
• Cores:
– Símbolo: preto;
– Fundo: branco;
– Borda: vermelha*.
(* Em certos casos, a autoridade competente pode autorizar a utilização de uma borda preta)
Rótulo segundo o GHS (3) 74

Pictogramas (II)
Embalagens cobertas pela Regulamento ONU para o
transporte de produtos perigosos :
-Transporte: deverão utilizar os pictogramas (rótulos)
prescritos no Regulamento ONU;
- Quando apareça no rótulo um pictograma do transporte,
não deverá constar um pictograma do GHS
correspondente ao mesmo perigo.
- Pictograma do Transporte deve ter destaque (tamanho
maior) do que os do GHS
Rótulo segundo o GHS (4): 75

Palavras de advertência
Definição
Um vocábulo que indica a advertência para o grau
relativo de perigo que consta na figura do rótulo para
assinalar ao leitor a existência de um perigo/risco
potencial.

Palavras de advertência utilizadas no GHS:


-“Perigo” (categorias de perigo mais graves);
-“Atenção” ou “Cuidado” (categorias de perigo menos graves).
Rótulo segundo o GHS (5): 76

Frases de perigo
Definição:
uma frase que, atribuída a uma categoria de perigo,
descreve a natureza do perigo apresentada por um produto
e, eventualmente, o grau de perigo;
Exemplos de indicações de perigo:
-“Líquido e vapores extremadamente inflamáveis”;
-“Tóxico em contato com a pele”;
-“Nocivo para os organismos aquáticos”.
77
Rótulo segundo o GHS (6):
Frases de precaução (I)
Definição:
Uma frase (ou um pictograma ou as duas coisas ao mesmo
tempo) que descreve as medidas recomendadas que
convém ser adotadas para reduzir ao mínimo ou prevenir os
efeitos nocivos da exposição a um produto perigoso, em
função do manuseio ou armazenamento incorreto desse
produto;
O rótulo deve conter no máximo seis frases de precaução,
exceto se for necessário para descrever a natureza e
gravidade dos perigos.
78
Rótulo segundo o GHS (7):
Frases de precaução (II)
5 tipos que compreendem:
– Geral;
– Prevenção;
– Resposta a emergência (em caso de derramamento ou exposição
acidentais);
– Armazenamento;
– Disposição.
81
Rótulo segundo o GHS (8):
Pictogramas de precaução
Podem ser empregados quando indicados pela
autoridade competente.

Exemplos:

(Outros exemplos constam do Anexo 3 do GHS)


82
Rótulo segundo o GHS (9):
Identificação do produto (I)
Rótulo segundo o GHS (10): 84

Identificação do produto (II)


• Designação oficial de transporte (para as sustâncias o
misturas contempladas no Regulamento de Transporte de
Produtos Perigosos);

• Para as substâncias ou misturas destinadas a serem


utilizadas exclusivamente no local de trabalho:
• a autoridade competente pode dar fornecedores a opção de
incluir as identidades químicas dos ingredientes somente na
FDS/FISPQ;
85
Rótulo segundo o GHS (11):
Identificação do fornecedor (III)

Nome, endereço e número do telefone do fabricante


ou fornecedor do produto químico.

O rótulo do produto químico perigoso deve conter o


nome comercial e o nome técnico do produto
conforme utilizado na FISPQ.
Bomba explodindo Chama Chama sobre círculo Cilindro de gás

Corrosão Crânio e ossos cruzados Ponto de exclamação Perigoso à saúde

Meio ambiente

Pictogramas do GHS
http://live.unece.org/trans/danger/publi/ghs/pictograms.html
Rótulo (de Portugal)
Rótulo segundo o GHS (13): 97

Ordem de prioridade a informação


Símbolos:
- Dos perigos físico-químicos:
- Sustâncias ou misturas abrangidas pelo regulamento de transporte de
produtos perigosos: tal como consta no regulamento;
- Local de trabalho : tal como estabelece a autoridade competente;

- Dos perigos para a saúde:


O sinal de exclamação não deve constar do rótulo:
• Quando consta o símbolo da caveira com as tíbias cruzadas
cruzadas;
• Quando se utiliza para indicar os perigos de irritação cutânea
ou ocular :
• Se aparece o símbolo de corrosão;
• Se o símbolo de perigo para a saúde aparece para indicar perigo de
Perigos Físico-Químicos

Perigos à Saúde Corrosividade

..............................
Rótulo segundo o GHS(14): 99

Ordem de prioridade da informação


• Palavras de advertência:
Se a palavra «Perigo» é utilizada, não deverá aparecer a
palavra «Atenção/Cuidado».

• Indicação de perigo:
No rótulo devem constar todas as indicações de perigo
pertinentes.
A autoridade competente pode especificar a ordem em que
devem aparecer.
Rotulagem GHS
CLOREX
Rua X no. xxx
30.000 Belo Horizonte
Brasil
(31)3 203 97 50

HIPOCLORITO DE SÓDIO 12%


CAS 7681-52-9
Provoca queimaduras severas na pele e lesões
oculares graves.
Em contato com ácidos libera gases tóxicos.
Muito tóxico para organismos aquáticos. PERIG0
Prevençao
Não inale os vapores/aerossóis.
Use luvas de proteção e proteção ocular
Resposta a emergëncia
EM CASO DE INGESTÃO: Enxague a boca. NÃO provoque vômito.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Retire imediatamente toda a roupa contaminada. Enxágue a pele com água/tome uma
ducha.
EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em repouso numa posição que não dificulte a
respiração.
EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxague cuidadosamente com água durante vários minutos. No caso de uso de
lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue enxaguando.
Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.
Armazenamento
Armazene em local fechado à chave.
Rotulagem GHS
CLOREX
Rua X no. xxx
30.000 Belo Horizonte
Brasil (31)3 203 97 50

HIPOCLORITO DE SÓDIO 2 %
CAS 7681-52-9

Provoca irritação à pele.


Provoca irritação ocular grave.
ATENÇÃO

Prevençao
Lave as mãos cuidadosamente após manuseio.
Use luvas de proteção e proteção ocular.

Resposta a emergëncia
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lave com água e sabão em abundância.
Em caso de irritação cutânea: Consulte um médico.
Retire a roupa contaminada e lave-a antes de usá-la novamente.
Rotulagem de Pequenas Embalagens
Labelling of small packagings (7ª edição do Livro Purpura)
General principles
(a) All applicable GHS label elements should appear on the immediate container of a hazardous
substance or mixture where possible
(b) Where it is impossible to put all the applicable label elements on the immediate container itself, other
methods of providing the full hazard information should be used in accordance with the definition of
“Label” in the GHS. Factors influencing this include inter alia:
(i) the shape, form or size of the immediate container
(ii) the number of label elements to be included, particularly where the substance or mixture meets the
classification criteria for multiple hazard classes
(iii) the need for label elements to appear in more than one official language
(c) Where the volume of a hazardous substance or mixture is so low and the supplier has data
demonstrating, and the competent authority has determined, that there is no likelihood of harm to human
health and/or the environment, then the label elements may be omitted from the immediate container
(d) Competent authorities may allow certain label elements to be omitted from the immediate
container for certain hazard classes/categories where the volume of the substance or mixture is
below a certain amount
(e) Some labelling elements on the immediate container may need to be accessible throughout the life of the
product, e.g. for continuous use by workers or consumers
Polythene sleeve

30 mm BLAHZENIC ACID
CAS No. xxx-xx-x
Company XYZ
Phone + 353 1 0000000

15 mm
Ficha com dados de segurança (FDS/FISPQ)

Ordem que a informação deverá ser apresentada :


1. Identificação do produto 9. Propriedades físico-químicas
2. Identificação do(s) perigo(s) 10. Estabilidade e reatividade
3. Composição / informação sobre os 11. Informação toxicológica
componentes 12. Informação ecotoxicológica
4. Primeiros socorros 13. Informação relativa à eliminação
5.Medidas de combate a incêndios dos produtos
6.Medidas que devem ser tomadas em 14. Informação relativa ao transporte
caso derramamentos ou vazamentos
15. Informação sobre regulamentação
7. Manuseio e armazenamento
16. Outras informações
8. Controles da exposição / proteção
individual
www.inchem.org/pages/icsc.html
Fontes de informação para FDS/FISP
ECHA (European Chemical Agency)
http://echa.europa.eu/en/
ECHA Inventory
http://www.echa.europa.eu/web/guest/information-on-chemicals/cl-inventory-database
ECHA (Guia de orientação sobre a elaboração de fichas de segurança)
https://echa.europa.eu/documents/10162/23036412/sds_pt.pdf/250f6086-5ba0-4778-b087-
bccc004d1adc
GESTIS (Database on Hazardous Substances)
http://gestis-
en.itrust.de/nxt/gateway.dll/gestis_en/000000.xml?f=templates$fn=default.htm$vid=gestiseng:s
dbeng$3.0
International Chemical Safety Cards (ICSC)
https://www.cdc.gov/niosh/ipcs/ipcscard.html
eChemPortal (OECD)
• www.echemportal.org/echemportal/index.action
Aspectos Legais – Lei 6514/77 (CLT)

Artigo 197 (CLT) -


Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou
transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos
à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações
de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a
padronização internacional.

Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades


previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos,
avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e
substâncias perigosas ou nocivas à saúde.
Aspectos Legais – Portaria 3214/78
Norma Regulamentadora 26 – Sinalização de Segurança
26.6 Rotulagem preventiva.
26.6.1 A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as normas
constantes deste item.
26.6.2 Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fácil
compreensão.
26.6.3 A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a um produto,
mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto.
26.6.4 Onde possa ocorrer misturas de 2 (duas) ou mais substâncias químicas, com propriedades que
variem em tipo ou grau daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo deverá destacar as
propriedades perigosas do produto final.
26.6.5 Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos:
nome técnico do produto;
palavra de advertência, designando o grau de risco;
indicações de risco;
medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
primeiros socorros;
informações para médicos, em casos de acidentes;
e instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso.
................................................................................................................. .......................................
Aspectos Legais – Convenção 170 OIT
DECRETO LEGISLATIVO Nº 67, DE 1995
Aprova o texto da Convenção nº 170, da Organização Internacional do Trabalho, relativa
à segurança na utilização de produtos químicos no trabalho, adotada pela 77ª Reunião
da Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, em 1990.

DECRETO Nº 2.657, DE 3 DE JULHO DE 1998


Promulga a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos
Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990.
Art. 1º A Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos
no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990, apensa por cópia ao
Presente Decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Artigo 6 - SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
Artigo 7 - ROTULAÇÃO E MARCAÇÃO
Artigo 8 - FICHAS COM DADOS DE SEGURANÇA
Artigo 15 - INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO
PORTARIA N.º 229, DE 24 DE MAIO DE 2011
Altera a Norma Regulamentadora n.º 26
(implementação da Convenção 170 da OIT e artigo 197 da CLT)

26.2 Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com Dados


de Segurança de Produto Químico

26.2.1 O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser


classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde
dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo
Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem
de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações
Unidas.
26.2.1.2 A classificação de substâncias perigosas deve ser
baseada em lista de classificação harmonizada ou com a
realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.

26.2.1.2.1 Na ausência de lista nacional de classificação


harmonizada de substâncias perigosas pode ser utilizada lista
internacional.

26.2.1.3 Os aspectos relativos à classificação devem atender


ao disposto em norma técnica oficial vigente (ABNT NBR
14725-2)
26.2.2 A rotulagem preventiva do produto químico classificado
como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores deve
utilizar procedimentos definidos pelo Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.

26.2.2.1 A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com


informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um
produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à
embalagem que contém o produto.
26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a)identificação e composição do produto químico;
b)pictograma(s) de perigo;
c)palavra de advertência;
d)frase(s) de perigo;
e)frase(s) de precaução;
f)informações suplementares.

26.2.2.3 Os aspectos relativos à rotulagem preventiva devem


atender ao disposto em norma técnica oficial vigente (ABNT NBR
14725-3)
26.2.2.4 O produto químico não classificado como perigoso a
segurança e saúde dos trabalhadores conforme o GHS deve dispor
de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a
indicação do nome, a informação de que se trata de produto não
classificado como perigoso e recomendações de precaução.

26.2.2.5 Os produtos notificados ou registrados como


Saneantes na ANVISA estão dispensados do cumprimento das
obrigações de rotulagem preventiva estabelecidas pelos itens
26.2.2, 26.2.2.1, 26.2.2.2 e 26.2.2.3 da NR 26.

26.2.3 O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado


nacional deve elaborar e tornar disponível ficha com dados de
segurança do produto químico para todo produto químico
classificado como perigoso.
26.2.3.1 O formato e conteúdo da ficha com dados de segurança do
produto químico devem seguir o estabelecido pelo Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas

26.2.3.1.1 No caso de mistura deve ser explicitado na ficha com


dados de segurança o nome e a concentração, ou faixa de
concentração, das substâncias que:

a)representam perigo para a saúde dos trabalhadores, se estiverem


presentes em concentração igual ou superior aos valores de
corte/limites de concentração estabelecidos pelo GHS para cada
classe/ categoria de perigo; e
b)possuam limite de exposição ocupacional estabelecidos.
26.2.3.2 Os aspectos relativos à ficha com dados de
segurança devem atender ao disposto em norma técnica
oficial vigente (ABNT NBR 14.725-4)

26.2.3.3 O disposto no item 26.2.3 se aplica também a produto


químico não classificado como perigoso, mas cujos usos
previstos ou recomendados derem origem a riscos a
segurança e saúde dos trabalhadores.
26.2.3.4 O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores
às fichas com dados de segurança dos produtos químicos que
utilizam no local de trabalho.

26.2.4 Os trabalhadores devem receber treinamento:

a)para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de


segurança do produto químico;

b)sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e


procedimentos para atuação em situações de emergência com o
produto químico.
Penalidades – NR 28
Autos de Infração
Penalidades – NR 28
Autos de Infração - Reincidência

Interdição
28.2.1 Quando o agente da inspeção do trabalho (auditor fiscal do
trabalho) constatar situação de grave e iminente risco à saúde
e/ou integridade física do trabalhador, com base em critérios
técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional
competente a interdição do estabelecimento, setor de serviço,
máquina ou equipamento,
Autos de Infração
Autos de Infração
Interdição
Código de Defesa do Consumidor
Competências técnicas requeridas na implementação
Formação exigida da equipe
Conhecimentos básicos sobre (depende em que parte atuará no processo)
•o GHS, NBR 14.725, Listas Internacionais, Legislações
internacionais (EU CLP,....), dossiês ECHA,..
•composição química e propriedades físico-químicas
• segurança química, toxicologia, higiene ocupacional,
ecotoxicologia, etc.
• Para misturas, profundo conhecimento sobre Classificação,
Bridging Principles, acesso a banco de dados,...
Isso, às vezes, só é possível ser alcançado em equipe
multiprofissional
Obrigações usuário (organizações)

• Manter inventário de produtos químicos usados, com


classificação dos produtos químicos segundo o GHS
• Assegurar a rotulagem preventiva (produtos recebidos e
intermediários)
• Obter Fichas com Dados de Segurança (FDS/FISPQ) e
analisar criticamente
• Disponibilizar as FDS/FISPQ internamente (ou equivalente)
• Adoção de medidas gerais de prevenção.
• Identificar, avaliar controlar e comunicar riscos específicos
• Capacitar os trabalhadores na interpretação dos rótulos e fichas
Obrigações usuário (organizações)

Capacitação de equipe técnica (Saúde, Segurança e Meio


Ambiente) para as seguintes competências:
–Analisar criticamente as informações recebidas do fornecedor
(classificação, rotulagem e FDS)
–No caso de informações precárias, providenciar alternativas
para suprir deficiências.
–Classificar e rotular produtos intermediários.
–Identificar, avaliar, controlar e comunicar riscos específicos.
–Habilidades de comunicar riscos
Estratégias para capacitação

EQUIPES TÉCNICAS

•Requisito: boa formação básica / inglês instrumental


(leitura).
•Cursos de extensão específicos sobre o GHS (educação
continuada)
•Estudo independente e compartilhamento de experiências
Estratégias para capacitação

TRABALHADORES
Cursos que incluam noções sobre
- O que são rótulos e FDS/FISPQ
– Interpretação de rótulos e FDS/FISPQ (8 primeiros itens)
– Medidas gerais de prevenção e controle no uso de produtos
químicos
– Riscos específicos e medidas preventivas e de emergências de sua
função.
Formação continuada no local de trabalho (encontros curtos, focando
pontos específicos)
Ver NAPO
Gestão de Produtos Químicos no Ambiente de Trabalho

1º passo – Elaborar o Inventário dos Produtos


Químicos (substâncias e misturas)
Utilizar planilha onde conste:
• nome do produto químico*,
• identificação do fabricante,
• Composição dos ingredientes (caso mistura),
• setor/local de armazenamento e utilização,
• quantidade armazenada e utilizada,
• funções dos trabalhadores que armazenam e manipulam,
• frequência de manipulação,
• dentre outras informações.
Recomenda-se inclusão de misturas intermediárias geradas no processo.
(*) de acordo com a FISPQ
Gestão de Produtos Químicos no Ambiente de Trabalho

2º passo – Compilar todas as FISPQ


• Organizar e arquivar todas as FISPQ e, conforme o caso, realizar
uma análise crítica sobre a adequação à NR 26 e a ABNT NBR
14725-4 para verificar lacunas ou inconsistências.

• A FISPQ deve possuir 16 seções e ser assegurado o acesso para


consulta dos trabalhadores.

• O produto químico não classificado como perigoso, mas cujos


usos previstos ou recomendados derem origem a riscos a
segurança e saúde dos trabalhadores, deve possuir FISPQ.
Gestão de Produtos Químicos no Ambiente de Trabalho

3º passo – Verificar a Rotulagem Preventiva


• Todos os produtos químicos, independente do tamanho da embalagem,
devem possuir rotulagem preventiva e em idioma nacional, contendo
a) identificação e composição do produto químico*;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares.
Os aspectos relativos à rotulagem preventiva devem atender ao disposto na ABNT NBR
14725-3.
O produto químico não classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores
conforme a NR 26 deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no
mínimo, a indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado
como perigoso e recomendações de precaução. (*) de acordo com a FISPQ
Gestão de Produtos Químicos no Ambiente de Trabalho

4º passo – Treinar os Trabalhadores


• Os trabalhadores que manuseiem e manipulem produtos
químicos devem receber treinamento para compreender a
rotulagem preventiva e a FISPQ e também sobre os perigos,
riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos
para atuação em situações de emergência.

• O treinamento deve ter comprovação de participação do


trabalhador por meio de lista de presenças e/ou certificado e ser
coordenado/ministrado por profissional (is) com conhecimentos
da NR 26, do GHS e da ABNT NBR 14725, dentre outros.
EXEMPLO

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