Cinetica Quimica Pratica PDF
Cinetica Quimica Pratica PDF
Cinetica Quimica Pratica PDF
1
SUMMARY: In this Article Scientific seek educational alternatives to the many questions
surrounding the teaching of chemistry, especially the theoretical and practical aspect,
approaching the content of chemistry with the student's daily life and well experienced new
situations of teaching and learning. Develop the student's creativity, sensitivity, the critical
capacity to respond to new rhythms and processes, in addition to actively and effectively
build analysis and synthesis for improvements in the social context. Disciplinary research
were reported in several respects alternative acquired by the students from their inclusion in
the common culture that interfere with the learning of scientific ideas. Through an
alternative model is to analyze strategies to understand the importance of speed in the
course of chemical reactions in laboratory practices of prioritizing and checking what are
the factors that accelerate, reduce or they provide the necessary conditions so that the
reactions can occur, thus providing the food preservation, maintenance of tools providing
greater durability and increase industrial production by lowering costs.
KEY WORDS: theoretical and practical, kinetic, teaching-learning, daily life, teaching of
chemistry.
2
INTRODUÇÃO
O ensino de química tem sido objeto de crítica em relação a sua eficácia
porque está muito distante das pessoas da sociedade e quando chega, a maioria
das vezes, as informações veiculadas são superficiais, errôneas ou
exageradamente técnicas dificultando sua compreensão. Pois para a grande
maioria dos educandos, aprender química passa a ser uma ação de decorar
conjunto de fórmulas, enunciados de leis ou regras químicas, totalmente
desvinculado da realidade e de outras disciplinas do curso. Essa delimitação das
aulas de química é fator primordial para que o ensino se torne irrelevante, estático
e mecânico, pois não leva em consideração o vivenciar do processo da
investigação científica e criativa dos educandos.
A cinética química é uma ciência que estuda a velocidade das reações
químicas e dos fatores que nela influem. A formação de uma substância pode
ocorrer de forma rápida ou lenta dependendo das condições em que a reação é
efetuada. Sua importância é muito ampla, na industria, na produção de remédios,
em nosso corpo humano,etc.
As velocidades das reações em nossa vida diária são encontradas de
várias maneiras: lentas, rápidas, moderadas e às vezes instantâneas como as
explosões. As velocidades nas reações se tornam importantes no processo
industrial em geral e nos produtos farmacêuticos porque estão relacionados a uma
produção viável economicamente ou para obter menores custos na produção. Ela
engloba vários fatores a serem considerados na produção, e em sala de aula,
nesse caso relacionado com o meio social portanto o professor deve através do
conteúdo teórico conseguir o entrosamento com o dia a dia do aluno. Os principais
fatores na velocidade das reações são: temperatura, superfície de contato,
presença ou não de catalisadores, concentração dos reagentes e a pressão.
Quando variamos a temperatura dos reagentes a reação se processa com
maior velocidade porque ocorre um aumento na vibração das moléculas
provocando maior número de colisões, como exemplo prático temos em nossas
3
residências as geladeiras que diminuem a temperatura dos alimentos retardando a
decomposição dos mesmos.
Outra variável é a superfície de contato, o aumento desta provoca um
aumento da velocidade da reação, partículas com tamanho reduzido possuem
uma velocidade de reação maior que partículas maiores pois sua área de contato
com outras espécies químicas é aumentada (Costa, 2005) com a redução de seu
volume.
A velocidade também é afetada pela concentração dos reagentes, assim, o
aumento deste aumenta o número de colisões, portanto, aumenta a velocidade
das reações, já os catalisadores são substâncias que provocam aumento da
velocidade de reações químicas e não participam da formação dos produtos,
sendo completamente regenerados no final da reação. Os catalisadores fornecem
um mecanismo alternativo de reação que envolve uma energia de ativação menor
que a reação sem catalisador, portanto, há um aumento considerável na reação
devido à redução da energia necessária para o processo ocorrer (Rinaldi, 2007).
Para o ensino de cinética o professor é de total importância, pois ele terá a
tarefa de fazer com que seus alunos passem a ver as concepções científicas
como mais proveitosas e mais coerentes em relação às previas. Assim, o aluno
ficará insatisfeito com os seus conhecimentos atuais mudando-os para os novos
conhecimentos adquiridos.
No sentido exposto, a aprendizagem da química ocorre na medida em que
aprender não é copiar ou reproduzir a realidade. Aprende-se quando acontece a
capacidade de elaborar uma representação pessoal sobre o objetivo da realidade
ou conteúdo que se pretende aprender. Nesse processo, não só se modificam os
significados que já estão providos, mas, também, interpreta-se o novo de forma
particular, para poder integrá-lo. Quando esse processo se efetiva ocorre uma
aprendizagem significativa, que conduz a integração, modificação,
estabelecimento de relação e coordenação entre esquemas de conhecimento que
já possuíamos, dotados de uma certa estrutura e organização que varia, em
vinculo e relação, a cada aprendizagem que realizamos.
4
Sabe-se que a química é uma disciplina que possui um caráter
experimental relativamente grande e importante, no sentido de promover o
entendimento do conteúdo. Tendo em vista estes atributos cabe ao professor
escolher adequadamente seus experimentos, não esquecendo que por trás de
toda a prática há uma teoria envolvida, e que apenas uma relação efetiva entre as
duas é que pode proporcionar entendimento, resultando em uma construção de
conhecimento.
A realização de atividades experimentais é um passo muito importante que
o professor orienta o entendimento de determinado assunto por parte dos alunos,
mas para que isso ocorra é necessário considerar no planejamento de atividades
experimentais a participação do aluno de forma efetiva, não apenas como
executor de procedimentos estabelecidos.
As aulas experimentais trazem o despertar de certas curiosidades que
talvez não fossem percebidas numa aula teórica. Portanto as aulas experimentais
devem ser motivadoras, pois desperta o interesse, onde o aluno vem a descobrir
por si só o conhecimento produzido pela comunidade científica e esquece a
complexidade que envolve a produção do conhecimento cientifico e as diferenças
entre ser cientista e ser aprendiz.
As atividades experimentais se justificam pois motivam o aluno, devido ao
dinamismo em relação às aulas tradicionais, mostram as curiosidades da ciência
através da realidade a teoria, estimulam o aluno na disciplina, proporcionando a
aprendizagem de conceitos. Relacionando as atividades realizadas com a teoria,
essas possibilitam ao aluno construir conceitos, chegar ao conhecimento cientifico,
comprovar teorias, onde as atividades experimentais precisam estar associadas á
teoria para a sua melhor compreensão, utilizando o questionamento como
principio de construção do conhecimento do aluno.
METODOLOGIA
O trabalho proposto tem como encaminhamento fundamental o
conhecimento organizado com práticas, através de atividades coletivas e
5
individuais, explorando experimentos ligados a conteúdos teóricos relacionados a
contextualizações e aplicadas a situações reais e a novas descobertas e assim
entender os fenômenos que ocorrem.
PROPONDO ATIVIDADES
Como a velocidade das reações é de grande importância na produção
industrial aumentando a produção e diminuindo os custos, nossa vida através de
enzimas altamente especializadas e no meio ambiente através do equilíbrio da
camada de ozônio propõe como atividade a utilização de catalisadores para alterar
a velocidade das reações sem alterar o produto final.
As atividades sobre o conteúdo da cinética química estão fundamentadas
tanto na teoria como na prática, que reflete a necessidade de buscar novos rumos
para a construção de novos conhecimentos através de materiais de fácil
aquisição. Antes das atividades foi feito um amplo questionamento sobre o
assunto e a relação com o cotidiano e a própria vida pessoal, encerando o
trabalho com um relatório dos alunos das atividades desenvolvidas. As aulas
práticas foram desenvolvidas com os alunos das segundas séries do período
matutino, em equipes de seis alunos, devido à limitação laboratorial.
O exemplo prático abordado foi a decomposição da água oxigenada (Arroio,
2006) que é lenta sem catalisador e rápida com a presença do mesmo.
Primeira etapa, verificação das diferentes velocidades das reações com
diferentes catalisadores e sem catalisador.
MATERIAL UTILIZADO
- suporte de tubos de ensaios;
- três tubos de ensaios;
- água oxigenada volume 10;
- detergente;
- batatinha.
- solução de iodeto de potássio 0,1 molar.
6
Preparação da solução de iodeto de potássio 0,1 mol/l. Coloque 1,65 g de
(KI) em 100 ml de água e diluir.
PROCEDIMENTO
Coloque 5ml de água oxigenada nos três tubos de ensaios em seguida
adicione 0,2 ml de detergente nos três tubos e umedeça as paredes dos tubos
para a espuma deslizar facilmente, o detergente é para manter o gás oxigênio em
forma de bolhas mantendo a espuma nos tubos.
Coloque os tubos um ao lado dos outros, num adicione 5 gotas da solução
de iodeto de potássio 0,1 mol/l, no segundo adicione alguns pedacinhos de
batatinha no terceiro não adicione nada.
H2O2 + KI → KI + H2O + ½ O 2
QUESTIONAMENTO
Em qual dos tubos a reação ocorreu mais rápida ?
Qual é a causa da maior velocidades na reação?
Qual é a função do detergente?
Porque a água oxigenada forma as bolhas durante a reação?
O que é um catalisador?
7
MATERIAL UTILIZADO
-2 tubos de ensaios;
-água oxigenada volume 10 e volume 20;
-solução de iodeto de potássio 0,1 molar;
-detergente.
PROCEDIMENTO
Coloque 5ml de água oxigenada volume 10 em um tubo de ensaio e 5ml de
água oxigenada de volume 20 no outro tubo, previamente umedecido com
detergente (0,2 mL). Adicione 5 gotas de solução de iodeto de potássio nos dois
tubos.
QUESTIONAMENTO
Em qual dos tubos a reação ocorreu com maior velocidade?
O que ocasionou a maior velocidade?
MATERIAL UTILIZADO
-2 tubos de ensaios;
-água oxigenada volume 10;
-solução de iodeto de potássio 0,1molar;
-detergente.
PROCEDIMENTO
Coloque 5ml de água oxigenada nos dois tubos de ensaios, adicione 0,2 ml
de detergente e umedeça a interna dos tubos. Coloque 5 gotas de solução iodeto
de potássio em um dos tubos e no outro coloque apenas 10 gotas.
8
QUESTIONAMENTO
Em qual dos tubos a reação ocorreu mais rápida?
O que ocasionou esta maior velocidade?
Pesquise sobre a maneira correta de comer e comente sobre a quantidade
de saliva necessária para uma boa digestão?
PROCEDIMENTO
Coloque 5 ml de água oxigenada nos três tubos, adicione a mesma
quantidade de batatinha nos tubos de ensaios, no primeiro coloque um pedaço, no
segundo tubo coloque a batatinha em forma de tiras e no terceiro coloque a
batatinha ralada e observe.
MATERIAL UTILIZADO
3 tubos de ensaios;
água oxigenada volume 10;
solução de iodeto de potássio;
detergente.
9
PROCEDIMENTO
Coloque 5ml de água oxigenada nos três tubos, um deve ser esfriado à
20ºC, outro aquecido à 40ºC e o terceiro aquecido à 60ºC. Colocar 5 gotas de
iodeto de potássio no três tubos e observar.
QUESTIONAMENTO
Em qual dos tubos a reação ocorreu com maior velocidade?
O ocasionou esta maior velocidade:
Pesquise de que maneira a temperatura pode ser útil ou não nas industrias
e na manutenção dos alimentos.
A Corrosão
A corrosão (a reação com o oxigênio ou oxidação ) é um grande problema
na industria principalmente dos metais, nas residências as janelas, portas e
grades se não protegidas com material ante corrosivo ( tintas que envolvem os
metais ou a madeira ) ocorre o desgaste portanto o prejuízo é imediato.
MATERIAL UTILIZADO
- alumínio;
- ácido muriático ( ácido clorídrico a 6% )
- 4 tubos de ensaios;
- suporte de tubos de ensaios.
10
PROCEDIMENTO
QUESTIONAMENTO
Observar em qual dos tubos a reação é mais rápida?
Explique porque as velocidades foram diferença.
O que devemos fazer para prevenir os prejuízos causados pela corrosão?
PROCEDIMENTO.
Diluir uma parte do ácido clorídrico a 3%, para isso basta acrescentar 50% de
água.
Coloque 10 ml de ácido clorídrico a 3% num dos tubos e no outro ácido a 6% e
acrescente pedaços de papel alumínio idênticos nos dois tubos, observe.
QUESTIONAMENTO
Em qual dos tubos a reação foi mais rápida?
Qual é a causa da diferença de velocidade? Explique.
Na natureza qual é a substância que causa maior prejuízo através da
corrosão dos metais? Explique.
PROCEDIMENTO
11
Num tubo de ensaio colocar 10 ml de ácido muriático a 20ºC, no segundo tubo
colocar 10 ml do mesmo ácido a 50ºC e no terceiro tubo colocar 10 ml a 80ºC.
Adicionar nos três tubos a mesma quantidade de fio de alumínio e observar.
QUESTIONAMENTO
RESULTADOS
Os resultados obtidos durante as práticas realizadas pelos alunos foram os
seguintes: No primeiro experimento, com diferentes catalisadores e sem
catalisador, verificou-se que a maior velocidade ocorreu no tubo que foi
acrescentado a solução de iodeto de potássio, apesar de que o tubo em que foi
acrescentado a batatinha, inicialmente, a reação parecia mais rápida, enquanto no
tubo que não foi adicionado catalisador a reação foi muito lenta e de difícil
verificação (Figura 1).
12
No segundo experimento, com diferentes concentrações, o tubo com a água
oxigenada volume 20 a reação ocorreu com aproximadamente o dobro da
velocidade do outro tubo, com água oxigenada volume 10, o que é possível
observar pela Figura 2.
13
Figura 3 Imagem com o efeito da concentração de catalisador na velocidade de
reação, tubo da esquerda 5 gotas de catalisador e da direita 10 gotas de
catalisador.
14
Figura 4 Imagem com o efeito de área superficial no aumento da velocidade de
reação, tubo a esquerda batatinha triturada, do meio cortado em
pequenos cubos e o da direita um único pedaço de batatinha.
15
Figura 6 Imagem com alumínio em solução de ácido muriático em pó (primeiro
tubo), em folha (segundo tubo) e em fio (terceiro tubo), respectivamente
tubos da esquerda para a direita.
16
No experimento com diferentes temperaturas, no tubo que a temperatura
era de 80ºC a velocidade da reação é foi muito superior que a do tubo a
temperatura de 50ºC e essa superior que a velocidade do tubo a 20ºC como
podemos verificar na imagem.
Nesta última prática deve-se tomar cuidado para que não haja acidentes
com o ácido que esta numa concentração média, mas o suficiente para causar
cegueira e queimaduras de pequeno porte.
CONCLUSÃO
17
dos conceitos de química. Pois, pode-se notar que há uma enorme influência do
cotidiano na aprendizagem dos conceitos científicos.
O professor não pode ministrar as suas aulas dentro de uma visão de
química, como uma coleção de verdades prontas e acabadas, que devem ser
memorizadas. Ele deve acima de tudo proporcionar condições para que o aluno
consiga adquirir sólidos conhecimentos químicos relacionados ao conteúdo teórico
dentro de um contexto social, desenvolvendo métodos e recursos adequados ao
processo de ensino-aprendizagem.
As práticas no laboratório tiveram uma boa repercussão entre os alunos, as
quais foram realizadas com grande sucesso e satisfação na comparação com o
conteúdo teórico, mostrando como podemos interferir na velocidade da reação em
prol de nossos benefícios . Os resultados nas diferentes reações causaram grande
interesse e curiosidades as quais foram sendo sanadas no decorrer dos
experimentos, proporcionando relação das formas mais complexas do
pensamento e as concepções do cotidiano dos alunos.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arroio, A.; Honório, K. M., Weber, K. C.; Mello, P. H.; Paredo, M. T.; Gambardella,
P.; Silva, A. B. F. Quimica. Nova, Vol. 29, No. 1, 173-178, 2006
Costa, Thiago Santangelo; Ornelas, Danielle Lanchares; Guimarães, Pedro Ivo
Canesso e Merçon, Fábio “A Corrosão na Abordagem da Cinética Química”,
Química Nova na Escola, São Paulo, nº 22, p. 31-34, Novembro, 2005.
18
DRIVER, R. ASOKS; LEACH, J; MORTIMER, E; SCOTT, P. C. Constituição
Conhecimento Cientifico na Sala de Aula. Química Nova na Escola, São Paulo, nº
9, p.31-40 maio 1999.
GIESBRECHT, Erneto. Experiências de Química.Moderna, São Paulo, 1982.
Honório, Kátia M. Weber, Karen C. Homem-de-Mello. Gambardella, Maria Teresa
do Prado. Da Silva, Albérico. O Show da Química: Motivando o Interesse
Científico. Química Nova, São Carlos, Vol. 29, p 173-178, 2006.
LOPES, A. R. C. Conhecimento escolar: Inter-Relações com Conhecimento
Cientifico e Cotidiano. Contexto & Educação, Ijuí, ano 11, nº 45, p. 40-59,
janeiro/março,1997.
Machado, Andréa Horta; Aragão, Rosália Maria Ribeiro. Estado de Equilíbrio
Químico. Química Nova na Escola, São Paulo, nº 4, p.18-20 novembro, 1996.
PIAGET, Jean. O Desenvolvimento do Pensamento: Equilibração de Estrutura
Cognitiva. Dom Quixote, Lisboa, 1977.
Rinaldi, Roberto ; Garcia, Camila; Marciniuk, Letícia Ledo; Rossi Adriana Vitorino e
Schuchardt, Ulf “SÍNTESE DE BIODIESEL: UMA PROPOSTA
CONTEXTUALIZADA DE EXPERIMENTO PARA LABORATÓRIO DE QUÍMICA
GERAL” Quimica Nova, Vol. 30, 1374-1380, 2007
19