Jose Fernandes E - Book
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Governador
Belivaldo Chagas Silva
Diretor-Presidente
Ricardo José Roriz Silva Cruz
Diretor Administrativo-Financeiro
Filadelfo Alexandre Silva Costa
Diretor Industrial
Mílton Alves
Gerente Editorial
Jeferson Pinto Melo
Conselho Editorial
Antônio Amaral Cavalcante
Cristiano de Jesus Ferronato
Ezio Christian Déda Araújo
Irineu Silva Fontes
João Augusto Gama da Silva
Jorge Carvalho do Nascimento
José Anselmo de Oliveira
Ricardo Oliveira Lacerda de Melo
MARCELO RIBEIRO
JOSÉ FERNANDES
Aracaju
2018
Copyright©2018 by Marcelo Ribeiro
CAPA
Carlos Augusto Dantas Arcieri
Quadro: ''Sergipanidade'', de José Fernandes
(Acervo da Embaixada do Brasil na Argentina)
DIAGRAMAÇÃO
Carlos Augusto Dantas Arcieri
Cícero Guimarães Neto
REVISÃO
Yuri Gagarin Andrade Nascimento
PRÉ-IMPRESSÃO
Marcos Nascimento / Dalmo Macedo
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Elaborado por Neide Maria J. Zaninelli - CRB-9/ 884
Bibliotecária Neide Maria J. Zaninelli - CRB-9/ 884
Editora filiada
Prefácio....................................................................................................................................... 9
Capítulo I................................................................................................................................11
O Boêmio operário
Capítulo II..............................................................................................................................43
Fragmentos do percurso
Capítulo III...........................................................................................................................65
O Pintor
Capítulo IV............................................................................................................................77
The Northeast ou Os Zés nossos de cada dia
Exposições e Prêmios...............................................................................................91
Capítulo V..............................................................................................................................99
Anexos
PREFÁCIO
Marcelo Ribeiro
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CAPÍTULO I
O BOÊMIO OPERÁRIO
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mundo; não há dinheiro que pague. Meus amigos são meu tesouro”.
Tem razão. Se, à tardinha, lamenta não ter conseguido, horas antes,
estacionar o carro ao tentar apanhar os exames da esposa, Peruca,
amizade antiga, saca o celular e toma providências. Tranquiliza-
-o: um motoboy já está a caminho trazendo os exames. Quando a
esposa de Bigode capricha na cozinha, recebe Zé, numa caçarola,
um suculento bife de panela, ainda quentinho. Outro lhe traz um
bom charuto cubano, que Zé fuma babando-o – e babando-se todo.
Cospe pra todo lado. Muito já vi cajarana, trazida por Góes, servir
de tira-gosto da branquinha. “Mas eu gosto mesmo é de cerveja. E
prefiro Skol”. Assim vai Zé, cercado de gente e de mimos, levando a
vida. Ou se deixando, tanto faz, por ela levar.
Confessa admiração por valores contemporâneos: Tintiliano
(“Tem mostrado um talento fantástico”), Caã (“Trabalha muito em
prol da cultura sergipana”), Edidelson (“Excelente; além de cartu-
nista, artista plástico”) e outros. Reconhece a valorização, no mer-
cado externo, de Véio, Zeus, Adauto Machado, Hortência, Leonardo
Alencar. Empolga-se com o talento do jovem Rodrigo de Freitas, da
Teaser Propaganda (“Esse menino tem feito um trabalho fabuloso
com a minha obra”). Esporadicamente, pisa na bola ao tecer autoe-
logios, minimizar o valor de colegas, arrotar vantagens. É de 1984
a afirmação de que sua pintura era “A mais importante do Nordeste
e a mais atual”. Gabola, quer sempre ser o melhor, a estrela. Verbor-
rágico, mente um bocado. Dê-se bom desconto ao que proclama.
Defeitos do Zé.
A importância que dou ao pintor Horácio Hora é um dos
nossos desencontros. Afinamos em reverenciar o trabalho do es-
tanciano Zé do Dome (“Acho que minha obra se identifica com os
trabalhos elaborados por José de Dome, principalmente os traços
e as cores, que coincidem com aqueles utilizados em meus qua-
dros e painéis”). Reconheço a importância de Zé Inácio, Florival
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nhora não vai programar plateia em telão para aparecer. Acho que
ele (Benjamin) é uma pessoa importante para o espiritismo, um es-
tudioso, mas acho que a pessoa tem que ser desprovida de vaidade,
como Chico Xavier, por exemplo”. E informa ao repórter, na ocasião,
ter mediunidade desenvolvida.
Provocador, aos 19 anos de idade já distribuía bordoadas:
“Hoje muitos artistas são considerados verdadeiros artistas, quan-
do na realidade quase não criam nada. Eles são capazes de fazer
quinhentas vezes o mesmo desenho de um beato ou um casario e
esculpir na madeira ou passar para uma tela. Não estão preocupa-
dos em criar, em renovar, buscar algo de novo. O que importa a essas
pessoas é a quantidade. Quanto a mim, tenho uma posição comple-
tamente oposta. O que importa é criar, é renovar e, principalmente,
pesquisar”. Meses antes já denunciara: “As artes passam por uma
fase de desintegração moral e disciplinar”. Em 1997, fez questão de
manifestar seu repúdio à revogação, por parte do Conselho Esta-
dual de Cultura, do tombamento do Cine-Teatro Rio Branco: “Foi
ali que tudo começou em termos de teatro em Aracaju. Por ali pas-
saram grandes nomes como o de Bidú Sayão, Tito Shipa e Procópio
Ferreira. Um país sem memória não significa nada. Isso mostra que
o Governo não tem nenhum respeito com o artista e com a história
de Sergipe”. O velho prédio do calçadão da João Pessoa foi derruba-
do, dando lugar a loja comercial.
Quem o tem próximo, sabe tratar-se de pessoa do bem. Lem-
bra-me Waldemar Cunha, outro sujeito de boa índole, manso e
sonhador. Em torno da mesa de bar de Waldemar, uma legião de
pessoas “assina o ponto”, seja no Brandy´s, no Iate, em restaurantes
refinados ou em seu refúgio no Mosqueiro, o “Coió da pólvora”. Nos-
so Zé joga como titular nesse time seleto que congrega. Sua mesa é
eclética: servidores públicos, pessoal da música – Paulo Lobo, Giló,
Menezes, Edgard, Guerreiro, Zé Andrade e até o coroa Menino do
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Retrato - 1977
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CAPÍTULO II
FRAGMENTOS DO PERCURSO
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Álvaro Santos morreu cedo, mas deixou nome firmado, gente graú-
da das nossas artes plásticas.
Assim como Jordão de Oliveira (nos tempos iniciais, em Ser-
gipe), José Fernandes estudava cuidadosamente a natureza para
retratá-la: Barra dos Coqueiros e a então ainda agreste Coroa do
Meio (com seu manguezal e palhoças de pescadores) eram locais
sempre frequentados. Ia, com outros artistas (Inácio entre eles) e
de barquinho, deleitarem-se todos com a virgindade do local.
Ainda tentou adaptar-se, em 1978, a um emprego, ligado à
área artística, contratado pela Emsetur: auxiliar de restauração de
peças sacras do Museu de Arte Sacra de São Cristóvão, na equipe
montada por Eliane Fonseca. Depõe: “Foi um trabalho dignifican-
te e recompensador, porque muito aprendi. Eliane Fonseca é uma
excelente profissional, a quem muito devo, pois além do estímulo
em termos de pintura, muito me ensinou no trato de peças que ne-
cessitam de restauração, me dando o real valor do que representa
um acervo para a cultura e arte de um Estado. É o reconhecimento
justo a uma pessoa que realmente entende”. Uma Nossa Senhora da
Piedade, em madeira, e datada do século XIX, pertencente ao Museu
de Arte Sacra (fundado por Dom Luciano Cabral Duarte), foi uma
das belas peças restauradas por José Fernandes. Ele e Clóvis Fon-
seca cuidariam da restauração do teto da igreja de Nossa Senhora
da Conceição, em Itabaianinha. Chegaria, adiante, a restaurar dois
painéis do amigo Jenner Augusto: o do aeroporto Santa Maria (par-
ceria com Adauto Machado) e o do edifício Walter Franco, no centro
da cidade. Ainda com Adauto, restauraram, em 2011, o painel de
Eurico Luiz no muro do calçadão externo do Parque dos Cajueiros.
Há pouco, não se interessou pela restauração das obras de Jenner
no Cacique Chá: a remuneração que ofereceram era, argumenta, ir-
risória para a grande responsabilidade.
Ainda jovem, após muito matutar, a decisão crucial: dedicar-
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Da direita para esquerda: Edgard do Acordeon, Chico Fox, José Fernandes, Reginaldo, Álvaro e Heleno
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Esposa Cynthia
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Família: a filha Alice, a esposa Cynthia, o filho André, a nora Jane e a neta Maria Luíza.
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CAPÍTULO III
O PINTOR
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Bloco Pomba do Zé: Edgard do Acordeon, Fox, José Fernandes, Paulo Diamente, Paulo Lobo, Assum Preto e Henrique
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No Parque dos Cajueiros restaurando a obra de Eurico Luiz com Adauto Machado
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CAPÍTULO IV
THE NORTHEAST
ou
OS ZÉS NOSSOS DE CADA DIA
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1976
- Participa de exposição coletiva de artistas sergipanos, na
Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju-SE.
1977
- Participa de exposição coletiva na Aliança Francesa, em
Aracaju-SE.
1978
- Participa da exposição coletiva Amostragem Sergipe, em
Salvador-BA.
- É premiado com a medalha de prata, pela exposição no Sa-
lão Atalaia, em Aracaju-SE.
- Recebe o Prêmio Norcon, pela participação no Salão Nacio-
nal de Artes Plásticas do VII Festival de Arte de São Cristóvão-SE.
- Participa da equipe de restauração do Museu de Arte Sacra
de São Cristóvão-SE.
1979
- Participa da exposição coletiva na Galeria Funarte, Rio de
Janeiro-RJ.
- Faz sua primeira exposição individual, na Galeria Álvaro
Santos, em Aracaju-SE.
1980
- Participa da exposição coletiva Artistas da América do Sul,
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1981
- Participa do 70º Salão da Fundação Cultural do Distrito
Federal, e é agraciado com o XX-Prêmio de Aquisição, na categoria
pintura a óleo.
- Funda o Art Belle, em Brasília-DF.
- Participa do XX-Salão de Artes Plásticas da Aeronáutica, no
Centro de Convenções de Brasília-DF.
1982
- Participa do curso de atualização para professores de Edu-
cação Artística, em Aracaju-SE.
- Faz exposição, com Anselmo Rodrigues e Wellington, na Ga-
leria Álvaro Santos, em Aracaju-SE.
- Idealizou, juntamente com Anselmo Rodrigues, Cunioli e
Marinho Neto, o Movimento das Artes, que alavancou o mercado de
arte de Sergipe, em Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva no Banco Itaú, em
Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva de Natal, na Celi Imobiliária,
em Aracaju-SE.
1983
- Faz exposição individual na Galeria Álvaro Santos, em
Aracaju-SE.
- Participa da exposição coletiva Salão da Mulher, na Galeria
J. Inácio, em Aracaju-SE.
- É selecionado para representar Sergipe no Circuito Nordes-
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te de Artes Plásticas.
1984
- Participa de exposição coletiva na Primeira Semana de Arte
Contemporânea de Lagarto-SE.
- Faz exposição individual na Ludus Artes Galeria, em
Aracaju-SE.
- Participa da exposição coletiva Salão de Marinhas, também
na Ludus, em Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva durante a realização do Con-
gresso da O.I.C.I., no Campus Universitário, Sergipe.
1985
- Faz exposição individual na inauguração da Galeria Portina-
ri, em Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva na inauguração do Museu
de Brasília-DF.
1986
- Participa da exposição coletiva Retrospectiva Memória, no
Centro de Criatividade, em Aracaju-SE.
1987
- Lança álbum de xilogravuras.
-Participa de exposição coletiva no Centro de Convenções de
Salvador-BA.
1988
- Faz exposição individual na Galeria Álvaro Santos, em
Aracaju-SE.
- Participa da exposição coletiva na Galeria Portinari, em
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Aracaju-SE .
- É homenageado pela Rede de Televisão Aperipê, de Aracaju-SE,
com o documentário ‘Memória José Fernandes’.
1989
- Participa de exposição coletiva José de Dome, em Aracaju-SE.
1990
- Participa de exposição coletiva, promovida pela Galeria José
de Dome, no Hotel Parque dos Coqueiros, em Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva na inauguração da Galeria
Oficina D’Arte, em Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva na Dodge House Gallery, em
Rhode Island, Estados Unidos da América.
1991
- Vence o concurso de cartazes das Universidades Brasileiras
- Participa de exposição coletiva na Galeria Tina Zapolli, em Por-
to Alegre-RS, com outros 22 artistas do Brasil, Argentina e Uruguai.
Sobre o evento, o Jornal Zero Hora (Porto Alegre) ressaltou: “A bra-
silidade, o lado onírico na pintura, aparece no trabalho do sergipa-
no José Fernandes”.
- Funda a Associação dos Artistas de Sergipe (Artes Plásticas).
- É eleito Tesoureiro e depois Presidente da Associação dos
Artistas de Sergipe.
1993
- Participa da exposição coletiva Artistas de Sergipe e Ceará,
na Galeria Sebrae, em Brasília-DF.
- Participa da exposição coletiva Artistas Brasileiros, no Mu-
seu de Arte Brasileira, em São Paulo-SP.
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1994
- Faz exposição individual no Engenho e Arte, em Aracaju-SE.
- Participa de exposição coletiva na Galeria Tina Zapolli, em
Porto Alegre-RS.
1995
- Participa da Comissão de Seleção de Artes Plásticas, no X-
Festival de Arte de São Cristóvão/SE.
- Participa de exposição coletiva na Galrina Tina Zapolli, em
Porto Alegre-RS.
- É nomeado diretor da Galeria de Arte Álvaro Santos (feve-
reiro de 1995 a setembro de 1996).
1997
- Participa da Escolar/97, promovida por Pincéis Tigre, em
São Paulo-SP.
- Idealiza, coordena e participa da exposição Cem Artistas no
Pelourinho, em Salvador-BA.
1999
- Faz exposição individual no espaço Cultural Yázigi, em
Aracaju-SE.
2000
- Idealiza e participa da coordenação do I-Encontro Cultural
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2003
- Idealiza o projeto Aracaju de Tó-tó-tó.
2010
- Faz exposição individual no espaço Galeria de Arte Álvaro
Santos, em Aracaju-SE para comemorar os 35 anos de carreira.
2011
- Participa do projeto Caju na Rua com o patrocínio da
Prefeitura de Aracaju.
2012
- Faz exposição individual na Galeria Zé de Dome,
Aracaju-SE
2013
- Foi tema do kit ‘Traços de personalidade e cores de sergipa-
nidade’ da Gráfica e Editora J Andrade, que o homenageou com um
projeto gráfico que incluiu calendário, sketch book, blocos e caixa.
O material, com tiragem de pouco mais de 2.000 unidades, foi con-
siderado item raro e disputado pelos admiradores de sua obra.
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2014
- Idealiza o projeto Homem do Rio.
- O painel Sergipanidade, medindo 1mx2m, é incorporado ao
acervo da Embaixada do Brasil na Argentina.
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CAPÍTULO V
ANEXOS
VELHAS AMIZADES
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Elito Vasconcelos
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Ao grande mestre
Edgard do Acordeon
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de todo aquele ritual ele dizia que fazia parte de sua preparação
para entrar em campo e apresentar-se como o melhor centroavante
em quadra.
Temos uma diferença de idade relativamente pouca, para os
dias atuais, mas para um garoto de 11 anos, um amigo de 15 anos
é praticamente um adulto; e foi assim que eu acompanhei o início
da trajetória artística de Zé, suas participações em exposições co-
letivas e o seu momento de glória que foi a sua primeira exposição
individual na Galeria de Arte Álvaro Santos.
Confesso que escrever não é uma das minhas aptidões, mas
falar de José Fernandes, ou simplesmente Zé, não é difícil, pois sou
um dos seus fãs. Zé é uma dessas pessoas que existem poucas nos
dias atuais, e não estou me referindo ao seu dom artístico, estou
me referindo ao ser humano; isso mesmo, Zé é uma dessas pessoas
humanas na verdadeira concepção da palavra; encontrei uma frase
de Cícero que define José Fernandes: Viver sem amigos não é viver.
Virgílio Dantas
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Muchos son los alias, los apodos con los que el gran y popular
pintor es reconocido: Zé Fernandes, Zé, Zezão, Zé Grandão, Fernandes.
Pero fiel al propio nombre, firma sus lienzos como José Fernandes.
Además de buen compañero de bohemia y un excelente ami-
go, José Fernandes es un artista único, que reconoce el valor de otros
grandes artistas y bien así el suyo, altivo sobre ser quien es como per-
sona y como artista, que confiesa una admiración especial por el arte
libre y precioso de los grandes pintores sergipanos Zé de Dome e J.
Inácio, con mucho orgullo y sincero reconocimiento por la conviven-
cia con el último, el muy querido artista bajito de cabellos blancos, el
súper conocido pintor de las bananeras, aunque lo fuera magistral-
mente de muchas otras cosas.
La singularidad del destacado pintor José Fernandes se revela
todavía más por su lucha constante por la valoración de las artes, los
artistas y la cultura local, por no temer experimentaciones, ya sea en
temas, forma o tamaño de sus trabajos y, de manera genuina, impri-
mir en su obra características que huyen al encaje tradicional como
impresionista (arte que rompe con el realismo y la estética acade-
micista y que, sin mezcla de pigmentación ni contorno nítido, pone
en pinceladas sueltas la observación de los efectos de la luz y el mo-
vimiento de cosas y objetos) o expresionista (corriente del arte que
busca recrear el mundo observado exprimiendo subjetividad, senti-
mientos, usando colores fuertes, distorsión y dramatismo).
Si miramos independiente de dogmas y quizás con generosi-
dad, como buen lagartense (designación de los nacidos en Lagarto,
importante ciudad del Estado de Sergipe) conocedor de las ferias
libres y de las múltiples manifestaciones del rico patrimonio cultu-
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DEPOIMENTOS
ral sergipano, José Fernandes sigue una vía propia y hasta mezcla
estilos, huye del academicismo pero no presenta dramatismo, produ-
ce lienzos con mucha luz y color pero sin destacar específicamente
sus efectos, usa pinceladas ligeras pero no propiamente sueltas. Sus
obras, generalmente impregnadas de lirismo y dulzura pero a veces
eróticamente insinuantes o hasta mismo exotéricas, alumbran e ins-
tigan, al tiempo que hacen referencias culturales y destacan escenas
del cotidiano, mismo aquellas impresas en las aguas turbulentas del
río revoltoso de su memoria bohemia, en su alma gitanamente in-
quieta, y en su insana productividad creadora en el eterno insomnio
de sus madrugadas. Es un artista con una pintura efectivamente so-
bresaliente, reconocida y reconocible: escenas nordestinas, de mer-
cados y ferias libres, con pescadores, gente del pueblo, frutas, flores
que a veces nos recuerdan estrellas, un misterioso pájaro tipo paloma
blanca que no nos deja olvidar los vuelos espirituales y de libertad ni
mucho menos los sueños y la paz, peces y otros animales, y las famo-
sas mujeres de belleza y vida propia en su imaginario callejero, con la
profundidad de los mares en los ojos, promesa de paraíso en los labios
y la sensualidad de bailarina en las olas de sus cabellos, como nuevas
Helenas a provocar los dioses antiguos y los eternos guerreros que
llevamos impresos en nuestros genes soñadores. Puro arte, de Sergipe
y universal.
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A RESSUREIÇÃO DE ZÉ
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Zé Fernandes na Mídia
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