Custos COMPLETO PDF

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Programa

1. Problemática Atual da Área de Gestão de Custos


2. Terminologia e Conceitos Básicos
3. Princípios de Custeio
3.1. Absorção Total
3.2. Absorção Ideal
3.3. Variável
4. Análise de Custo-Volume-Lucro (CVL)
5. Métodos de Custeio
5.1. Custo-Padrão
5.2. Centros de Custos
5.3. Custeio Baseado em Atividades (Activity-Based Costing - ABC)
5.4. Unidades de Esforço de Produção (UEPs)
Profº Msc.: Thálasso Bezerra Bispo . 5.5. Exemplos ilustrativos e estudos de caso
6. Gestão Estratégica de Custos

06/08/2019 2

1
Reflexões:

“O maior desperdício é O ambiente de negócios


fazer eficientemente mudou:
aquilo que não é
Custos Gerenciais necessário (que não as informações de custos
agrega valor)” devem mudar.

Problemática Atual • O que nossa empresa espera do


futuro?
Não gerencie seus negócios
no terceiro milênio com um •Toda mudança traz riscos, mas
sistema de contabilidade de qual é o risco de não mudar?
custos dos anos 40.
Robert Kaplan
3 4

2
CONTROLE

“DIGA-ME COMO ME CONTROLAS QUE EU SABEREI


COMO AGIR”
NÃO, NÃO FAÇO A MENOR
Goldratt IDÉIA... MAS PRECISAMOS
DESCOBRIR ONDE É QUE
ACERTAMOS...

“SE VOCÊ CONHECE O SEU INIMIGO E CONHECE A


SI MESMO, NÃO PRECISA TEMER O RESULTADO DE
UMA CENTENA DE BATALHAS”

Sun Tzu, 500 a.C.

5 6

3
Sistema - Organização Humana Avaliação da Produtividade

INSUMOS EMPRESA PRODUTOS


VALOR OU
VALOR QUALIDADE
GASTOS FATURAMENTO
C
INPUT
“Hardware”
OUTPUT L
Materiais Equipamentos
e Materiais “Humanware”
I
Elemento Humano
E Faturamento (visão do mercado)
N Produtividade =
Energia “Software” PRODUTO T
Procedimentos SERVIÇO E Gastos (visão da empresa)
Informação
(... visão de curto prazo!)
GASTOS FATURAMENTO

7 8

4
Definições Composição do Trabalho
GASTO - Valor dos bens e/ou serviços adquiridos (engajados) pela empresa.
 Efetivo - Agrega valor ao produto
Ex.: - Usinar (ato)
CUSTO - Valor dos bens e/ou serviços consumidos eficientemente na - Montar (ato)
produção de outros bens e/ou serviços. É aquilo que deveria ter sido  Adicional - Não acrescenta valor, gera custos (suporta o
gasto.
trabalho efetivo).
Ex.: - Preparar máquinas/fábrica
PERDA - Valor dos bens e/ou serviços consumidos de forma anormal ou - Movimentar materiais
involuntária. Pode ser devido à ociosidade (recursos não usados) ou à
ineficiência (recursos mal usados).  Perda - Tudo o que eleva o custo do produto ou serviço
Ex.: - Refugos/Sobras
- Paradas/Esperas
- Inspeções/Controles
- Contagens
9 10

5
Lógica de Melhoria A Lógica da Melhoria Contínua

Mantendo a mesma “quantidade”(esforço) de trabalho: Eliminar/Reduzir Perdas


1. Eliminar perdas
2. Reduzir trabalho adicional
3. Aumentar trabalho efetivo (sem forçar o ritmo de trabalho)

Identificação dos Problemas

Eliminação das Causas


11 12

6
A Lógica da Melhoria Contínua Condições de Competitividade do Mercado
METAS DA EMPRESA

Princípios de Administração Processo de


da Produção Gerenciamento

Técnicas de Administração
da Produção Compatíveis
com os Princípios

Princípios de Controle e Processo de


Custeio Controle e Custeio
Técnicas de Controle e
Custeio Compatíveis com os
13 Princípios 14

7
Problemática de Custeio

CUSTOS VARIÁVEIS CUSTOS DIRETOS CUSTOS


X X

CUSTOS FIXOS CUSTOS INDIRETOS


Terminologia e Conceitos Básicos
Princípios de Custeio Métodos de Custeio
a. Custeio por Absorção Total a. Custo-Padrão
b. Custeio por Absorção Ideal b. Centros de Custos
c. Custeio Variável c. ABC

Princípios + Métodos = Sistema de Custeio 15 16

8
INTRODUÇÃO
Definição de Custos
Custos ... afinal, o que é isto ? São essencialmente medidas monetárias
dos sacrifícios com os quais uma
organização tem que arcar a fim de
atingir seus objetivos.

17 18

9
Razões da Contabilidade de Custos Por quê estudar os Custos ?

• Determinação do lucro : empregando dados originários dos • Atender necessidades gerenciais de três tipos :
registros convencionais contábeis, ou processando-os de maneira – informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas
diferente, tornando-os mais úteis à administração; atividades da entidade
– auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das
• Controle das operações : e demais recursos produtivos como os operações
estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, – informações para a tomada de decisões
comparações entre previsto e realizado;
• Tomada de decisões : o que envolve produção (o que, quanto,
como e quando fabricar); formações de preços, escolha entre
fabricação própria ou terceirizada.
19 20

10
Origens da Contabilidade de Custos
Nascimento da Contabilidade de Custos

• Revolução Industrial : registrar os custos que capacitavam o administrador a


• Após Revolução Industrial : necessidade de maiores e mais precisas avaliar estoques, determinar mais corretamente resultados e levantar balanços
informações, que permitissem uma tomada de decisão correta

• I Guerra e crise de 29 : necessidades de melhorias nos controles


• Antes : praticamente não existia, já que as operações resumiam
basicamente em comercialização de mercadorias, os estoques eram
registrados e avaliados pelo seu custo real de aquisição. • II Guerra : maior necessidade de eficiência/eficácia; aumento da competição

21 22

11
Terminologia Definição genérica de custos

• Algumas das terminologias mais usuais : Balanço Patrimonial Demonstrativo de


Resultado do Exercício
– gastos : sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um Produtos ou
produto ou serviço qualquer Custos Serviços Despesas
Elaborados
– investimento : gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a futuros períodos Consumo associado Consumo
à elaboração do associado
– custos : gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros produto ou serviço ao período

bens ou serviços
Investimentos
– despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas
– desembolso : pagamento do bem ou serviço
– perda : bem ou serviços consumidos de forma anormal Gastos

23 24

12
Fluxo dos Custos
Cuidados na separação entre C e D Balanço Patrimonial

Custos Demonstrativo de
• a) Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (princípios do Diretos
Resultado do Exercício
Indiretos
conservadorismo e materialidade);
(+) Receitas
• b) Valores relevantes que tem sua maior parte considerada como despesa,
com a característica de se repetirem a cada período, devem ser considerados Estoques (-) Custos da DRE
Materiais Diretos CMV
na sua íntegra (princípio do conservadorismo); Produtos em Elaboração CPV
Produtos Acabados
• c) Valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser considerados CSP

como despesa do período.


(-) Despesas
• d) Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois
tratamentos : como despesas do período em que incorrem, ou como
(=) Resultado
investimento para amortização na forma de custo dos produtos a serem
25 elaborados futuramente. 26

13
Classificação dos Gastos Classificações dos Custos
MD MOD CIF Despesas
Materiais Diretos Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos • Diretos : diretamente incluídos no cálculo dos produtos; materiais
Matéria-Prima Mensurada e identifi- Custos que não são Gastos não associados
Embalagem cada de forma direta MD nem MOD à produção diretos e mão de obra direta; perfeitamente mensuráveis de
maneira objetiva.
Custo de transformação • Indiretos : necessitam de aproximações, “rateio”;
Custo primário ou direto
• Primários : apenas incluem a matéria prima e a mão-de-obra direta.
• De transformação : Igualmente denominados custos de conversão
Custo total, contábil ou fabril
ou custos de agregação. Consistem no esforço agregado pela
empresa na obtenção do produto. Exemplos : mão-de-obra direta e
Gastos totais ou custo integral custos indiretos de fabricação.

27 28

14
Classificação de Custos Classificação de Custos

A. Quanto ao Grau de Média:


A. Quanto ao Grau de Média:
- Custo total x custo unitário
B. Quanto à Variabilidade:
Custo Total: valor bens e/ou serviços consumidos para
- Custo fixo x custo variável fabricar um conjunto de unidades do produto.

- Custo semi-fixo (escalonado) x custo semi-variável


Custo Unitário: é obtido pela divisão do Custo Total pelo
(misto) número de unidades produzidas.
C. Quanto à Facilidade de Atribuição:
- Custo direto x custo indireto
29 30

15
Classificação de Custos Classificação de Custos

B. Quanto à Variabilidade: B. Quanto à Variabilidade:


Custo Variável: constante por unidade, varia direta e Custo Fixo: permanece constante no curto prazo, indiferente
proporcionalmente ao volume de atividades. do volume de atividades. Diminui à medida que a produção
Ex.: Custo da matéria-prima. aumenta.
Ex.: Seguro da Fábrica.
Custo Unitário Custo Total
Custo Unitário Custo Total
$ $ $ $

Q Q Q Q
31 32

16
Classificação de Custos Classificação de Custos

B. Quanto à Variabilidade: B. Quanto à Variabilidade:

Custo Semi-Variável (ou Composto) Custo Semi-Fixo (ou Escalonado)

$ $

CF
Q Q

33 34

17
Classificação de Custos Custo de Produção (CP)

C. Quanto à Facilidade de Atribuição: Valor de todos os bens e/ou serviços consumidos no processo
produtivo num determinado período. Elementos básicos:
Matérias-Primas (MP)
Custo Direto: facilmente atribuível a um determinado produto - Materiais integrantes do produto acabado.
ou atividade.
Ex.: Custo da matéria-prima. Mão-de-Obra (MOD)
- Mão-de-Obra fácil e diretamente consignável a um
determinado produto (ou serviço).
Custo Indireto: quando há dificuldade de atribuição aos
produtos ou às atividades. Custos Indiretos de Fabricação (CIF)
Ex.: Salário dos gerentes. - Todos os custos de produção, exceto MP e MOD.
CP = MP + MOD + CIF
35 36

18
Custos de Transformação (CT) Classificações : Volume
Valor Valor
Custos incorridos para transformar matéria-prima em produtos $ $

acabados. Corresponde ao valor agregado (mais-valia) de • Fixos


produção.
• Variáveis Quantidade
Produzida
Quantidade
Produzida
Conceito de extrema importância, pois reflete os “verdadeiros” • Semi-fixos Custos Fixos Custos Variáveis
Exemplo : Aluguel Exemplo : Mat Diretos
custos de uma empresa industrial. Isto porque uma empresa vende • Semi-variáveis
seu trabalho, isto é, o valor agregado às matérias-primas utilizadas. Valor Valor
$ $

CT = MOD + CIF Quantidade Quantidade


Produzida Produzida
Custos Semifixos Custos Semivariáveis
Exemplo : Copiadora Exemplo : Conta de Água

37 38

19
Classificações : Decisões Especiais
Classificações: Controle • Incrementais : também denominados diferenciais ou marginais, incorridos
adicionalmente em função de uma decisão tomada.
• Controláveis: quando podem ser controlados por uma pessoa, dentro • De oportunidade : benefício relegado em decorrência da escolha de uma
de uma escala hierárquica pré-definida. O responsável poderá ser outra alternativa.
cobrado de eventuais desvios não previstos.
• Evitáveis : custos que serão eliminados se a empresa deixar de executar
alguma atividade.
• Não controláveis: quando fogem ao controle do responsável pelo
departamento. Por exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala • Inevitáveis : independente da decisão a ser tomada, os custos continuariam
hierárquica superior todos os custos são controláveis. existindo.
• Empatados : também denominados sunk costs ou custos afundados. Por já
terem sido incorridos e sacramentados no passado, não devem influir em
decisões para o futuro por serem irrelevantes.

39 40

20
Classificações : Base Monetária
Sistemas de Custeio
• Históricos : custos em valores originais da época em que ocorreu a
compra, de acordo com a Nota Fiscal.
• Históricos corrigidos : custos acrescidos de correção monetária, trazidos • Podem ser classificados de acordo com diferentes critérios :
para o valor monetário atual. – Mecânica de acumulação
• Correntes : também denominados custos de reposição. Custo necessário – Grau de absorção
para repor um item no total.
– Momento de apuração
• Estimados : custos previstos para o futuro.
• Custo padrão : custo estimado com maior eficiência, valor ideal a ser
alcançado.

41 42

21
Sistemas : Mecânica de Acumulação Sistemas : Grau de absorção

• Ordem específica : são transferidos para determinadas solicitações • Por absorção: quando os custos indiretos são transferidos aos
de fabricação. Empresas que produzem bens ou serviços sob produtos ou serviços.
encomenda; apresentam demanda intermitente ou fabricação de lotes
com características próprias.
• Direto: quando no cálculo do custo dos produtos ou serviços
• Processo : empresa caracterizada por apresentar produção contínua, produzidos não são considerados custos indiretos. Apenas os custos
com produtos apresentados em unidades idênticas, produção em diretos são incorporados. Custos indiretos são lançados diretamente
massa e demanda constante. na Demonstração de Resultado.

43 44

22
Elementos de custos
Sistemas : momento de apuração Componentes principais:

Custos Material Direto (MD)


Mão-de-Obra Direta (MOD)
Custos Indiretos de Fabricação (CIF)
• Pós calculados : custos reais apurados no final do período. Diretos Estoque

• Pré-calculados : custo alocado ao produto através de taxas Indiretos


predeterminadas de CIF, elaboradas a partir de média dos CIFs Prod A (+) Receitas
passados, em possíveis mudanças futuras e no volume de produção.
Rateio (-) CPV
Prod B
• Padrão : custo cientificamente predeterminado.
(-) Despesas
Prod C
(=) Resultado

45 46

23
Elementos de custos Elementos Diversos de Gastos - Despesas
• Despesas diversas: não podem ser alocadas ao produto final.
• Material Direto (MD): todo material que pode ser alocado
– despesas com vendas
diretamente à unidade do produto que está sendo fabricado e que
sai da fábrica incorporado ao produto. Exemplo : embalagem. – salário do pessoal administrativo
• Mão de Obra Direta (MOD): todo o salário pago ao operário que – água e luz do escritório
trabalha diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado
com a unidade que está sendo produzida.
• Custos Indiretos de Fabricação (CIFs): todos os gastos
relacionadas com a fabricação e que não podem ser
economicamente separadas entre as unidades que estão sendo
produzidas.

47 48

24
Exercício

Material Direto
• Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de Sandálias Aladas Ltda.
Com base nos números apresentados estime : a) o custo primário; b) o custo
de transformação; c) o custo fabril.

Conta $
Materiais requisitados : diretos 8.200,00
Depreciação do parque industrial 1.700,00
Aluguel da fábrica 5.200,00
Aluguel de escritórios administrativos 7.400,00
Materiais requisitados : indiretos 950,00
Depreciação de computadores da diretoria 720,00
Mão de obra direta 9.400,00
Seguro da área industrial 2.600,00
49 50

25
Material Direto Três problemas básicos de MD

• avaliação : qual o montante a atribuir quando várias unidades


O material direto, ou, simplesmente, MD, é são compradas por preços diferentes, como contabilizar sucatas;
formado pelas matérias-primas, embalagens, etc.
• controle : como distribuir as funções de compra, pedido,
componentes adquiridos prontos e outros materiais recepção e uso, como organizar o "kardex" de controle, como
utilizados no processo de fabricação. inspecionar para verificar o efetivo consumo;
• programação : quanto comprar, como comprar, fixação de lotes
econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de
segurança, etc.

51 52

26
Avaliação de MD Critérios de avaliação

• Sistema de inventário periódico: quando a empresa não • UEPS: último a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, LIFO, last in,
mantém um controle contínuo dos estoques. first out. (legislação fiscal brasileira não permite)
• PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, FIFO, first
Consumo de material direto = Estoque Inicial + Compras - Estoque
in, first out.
Final
• Custo Médio Ponderado: pode ser móvel ou fixo. O custo a ser
• Sistema de inventário permanente: existe o controle contínuo contabilizado representa uma média dos custos de aquisição.
da movimentação do estoque

53 54

27
Comparação entre critérios Classificação ABC

• Itens A: elevado valor relativo e que, portanto, merecem


Método Estoque Lucro Imposto de Renda um controle mais rigoroso que os demais.
UEPS Menos estoque Menos lucro Menos Imp de Renda • Itens B: valores não são tão representativos como os
Equilíbrio entre Equilíbrio entre Equilíbrio entre estoques dos itens A, mas representam, também, uma
Custo Médio

PEPS
UEPS e PEPS
Mais estoque
UEPS e PEPS
Mais lucro
UEPS e PEPS
Mais Imp de Renda
elevada aplicação de recursos.
• Itens C: representam estoques que são bastante
numerosos em termos de itens, porém pouco
representativos em termos de valor.
55 56

28
Exercício Custos de Produção
Item Valor ($) %

Mão-de-Obra Direta
Linhas de costura 80 0%
• Classifique os itens de Cera polidora 600 0%
acordo com o critério Óleo lubrificante 450 0%
ABC : Cabos
Plástico de embalagem
80.000,00
3.500,00
30%
1%
Filmes de polietileno 360 0%
Filtros 560 0%
Peças de reposição 8.200,00 3%
Fitas adesivas para embalagem 800 0%
Couro 16.000,00 6%
Rolamentos industriais 1.400,00 1%
Parafusos 1.300,00 0%
Caixas de papelão 2.600,00 1%
Chapas 150.000,00 56%
Total 265.850,00 100%

57 58

29
Conceito de MOD
Considerações Importantes
• Refere-se apenas ao pessoal que trabalha
• No cálculo da MOD é importante considerar
diretamente sobre o produto em elaboração,
– restrições e imposições da legislação
"desde que seja possível a mensuração do – encargos sociais
tempo despendido e a identificação de quem – “No Brasil o trabalhador custa caro mas ganha pouco”
executou o trabalho, sem necessidade de
qualquer apropriação indireta ou rateio"
(Martins, 1998:143).

59 60

30
Cálculos da MOD - Subtotais
Cálculos da MOD
a) Salários d) Adicional constitucional de férias

• Número de horas à disposição por ano Número máximo de horas à disposição


Valor da hora trabalhada
2.016,67
100
Percentual constitucional
Total de férias
33,33%
22.000,00
Total de salários 201.666,67 Total de adicional de férias 7.333,33

b) Repousos semanais remunerados e) 13o Salário


Número de dias por ano 365 Número de repousos em dias 48 13o em dias 30
Jornada diária 7,3333 Jornada diária 7,3333
Número de repousos em horas 352 13o em horas 220
(-) Repousos semanais remunerados -48 Valor da hora trabalhada 100 Valor da hora trabalhada 100
Total de repousos semanais remunerados 35.200,00 Total de férias 22.000,00
(-) Férias -30
c) Férias f) Feriados
(-) Feriados (em média) -12 Férias em dias 30 Feriados em dias 12
Jornada diária 7,3333 Jornada diária 7,3333
(=) Número máximo de dias à disposição 275 Férias em horas 220 13o em horas 88
Valor da hora trabalhada 100 Valor da hora trabalhada 100
(x) Jornada diária 7,3333 Total de férias 22.000,00 Total de feriados 8.800,00

(=) Número máximo de horas à disposição 2.016,67


61 62

31
Cálculos da MOD - Contribuições Cálculos da MOD - Resumo

Subtotal $
Contribuições percentuais
a) Salários 201.666,67
Previdência Social 20,00% b) Repousos semanais remunerados 35.200,00
Fundo de Garantia 8,00% c) Férias 22.000,00
Seguro - acidentes de trabalho 3,00% d) Adicional constitucional de férias 7.333,33
Salário - educação 2,50% e) 13o Salário 22.000,00
SESI ou SESC 1,50% f) Feriados 8.800,00
SENAI ou SENAC 1,00% Subtotal 297.000,00
INCRA 0,20% Acréscimo legal outras contribuições 36,80%
SEBRAE 0,60% Total com contribuições 406.296,00
Número de horas trabalhadas por ano 2.016,67
Total 36,80%
Total Geral por hora 201,47
63 64

32
Exercício Custos de Produção

• Na área industrial da fábrica de Jujubas Peper Mint Ltda.


os custos com mão-de-obra alcançam $6,20 por hora.
Considerando 40 horas/semana, INSS igual a 22% sobre
Custos Indiretos de
Fabricação
o salário, FGTS igual a 8%, e 14 dias não trabalhados
por ano em decorrência de feriados e folgas abonadas,
estime o custo total por hora.

65 66

33
Definição de CIF
Grande problema dos CIFs
São os gastos identificados com a função de produção ou elaboração
do serviço a ser comercializado e que, como o próprio nome já revela, • Rateio : extremamente problemático.
não podem ser associados diretamente a um produto ou serviço
específico.
– Custeio Direto : não rateia nada
Exemplo : algumas despesas de depreciação, salários de supervisores
de diferentes linhas de produção, etc.
– RKW (Reichskuratoriun fur Wirtschaftlichtkeit) ou ABC
estratégico : rateia tudo

67 68

34
Exercício Solução do Exercício
Usando custos diretos como base de rateio

• Determine o custo total dos produtos A, B e C apresentados a seguir:


Diretos Indiretos Total
Diretos $ % $ %
Produto A Produto B Produto C Indiretos Total Produto A 115.000 23,7% 53.351 23,7% 168.351
Matéria-Prima 75.000 135.000 140.000 350.000 Produto B 202.000 41,6% 93.711 41,6% 295.711
Mão-de-Obra 22.000 47.000 21.000 30.000 120.000 Produto C 168.000 34,6% 77.938 34,6% 245.938
Energia Elétrica 18.000 20.000 7.000 40.000 85.000
Total 485.000 100,0% 225.000 100,0% 710.000
Depreciação 60.000 60.000
Seguros 10.000 10.000
Materiais Diversos 15.000 15.000
Manutenção 70.000 70.000
Total 115.000 202.000 168.000 225.000 710.000
Extraído de Martins (1998: 60).

69 70

35
Detalhamento (nível de agregação) adequado na
CUSTOS INDIRETOS E
definição de um sistema de custos
DEPARTAMENTALIZAÇÃO

$ Custo das • Os custos indiretos, como o nome indica, só podem ser apropriados de
informações forma indireta aos produtos;

Benefício das • Os custos indiretos são apropriados mediante o uso de estimativas, critérios
informações de rateio, previsão de comportamento de custos etc.

• A distribuição dos custos indiretos aos diferentes objetos de custeio é


efetuada mediante a utilização de critérios de rateio.

Quantidade de
informações
71 72

36
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• Horngren, Foster e Datar (2003, apud Dutra, 2017) enumeram quatro • Horngren, Foster e Datar (2003, apud Dutra, 2017) enumeram quatro
critérios dominantes que norteiam o rateio dos custos indiretos: critérios dominantes que norteiam o rateio dos custos indiretos:

1. causa e efeito – por esse critério os gestores identificam as variáveis 3. imparcialidade ou equidade – a alocação de custos é vista por esse
que provocam o consumo dos recursos, ou seja, quanto maior o critério como um meio para fixação do preço de venda, por essa razão é
resultado obtido, maiores os recursos aplicados. um critério baseado na negociação entre partes interessadas e enfatiza
muito mais o acordo do que os aspectos técnicos.
2. vantagens obtidas – a distribuição é feita em função dos benefícios
recebidos por unidades de acumulação de custos, resultando em uma 4. capacidade de absorção – por este critério, os custos são alocados em
relação causal. função da capacidade do objeto de custeio de suportá-los, ou seja, quanto
maior a margem de lucro ou o preço de venda de um objeto de custeio,
tanto maior será a parcela do custo a ele atribuído.
73 74

37
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• Para um melhor entendimento, apresentamos a seguir um exemplo • Para um melhor entendimento, apresentamos a seguir um exemplo
completo de apuração de custos e contabilização, inclusive mediante o completo de apuração de custos e contabilização, inclusive mediante o
rateio dos custos indiretos. rateio dos custos indiretos.

75 76

38
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• O estoque no inicio do mês era: • As vendas do mês foram:

77 78

39
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• 1º. PASSO • 2º. PASSO

• Segregação das contas de despesas e de custo de produção.  Contabilização, identificando os Custos Diretos (MATERIAIS E MÃO-
DE-OBRA), os Custos Indiretos (GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO)
 No exemplo dado, essa distinção é bastante clara; na prática ela deverá e as despesas.
ser feita com precisão no momento da classificação contábil dos
documentos (requisições, folhas de pagamento, provisionamentos,
documentos de despesas etc.).

79 80

40
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• MATERIAIS • FOLHA DE PAGAMENTO

81 82

41
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• GASTOS GERAIS • 3º PASSO

 Distribuição dos custos de produção do mês (total da conta PRODUÇÃO


EM ANDAMENTO) por tipo de produto.

 Para termos os dados dessa distribuição, dependeremos de informações do


setor de fabricação (ou custo industrial) sobre as requisições de materiais e
apontamentos de mão-de-obra por produto.

83 84

42
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• Supondo, portanto, que: • Em seguida faremos o rateio por produto dos GASTOS GERAIS DE
FABRICAÇÃO ou CUSTO INDIRETO DE PRODUÇÃO. Como vimos
a) Materiais diretos consumidos anteriormente, os critérios de distribuição são inúmeros: utilizaremos em
 No produto “A”: R$ 90.000,00 nosso exemplo uma taxa predeterminada em função da mão-de-obra direta,
 No produto “B”: R$ 70.000,00 ou seja:
 No produto “C”: R$ 70.000,00 Total = R$ 230.000,00 PRODUTOS MÃO-DE-OBRA % GASTOS GERAIS %
FABRICAÇÃO
b) Mão-de-obra apontada “A” 60.000,00 44,5 76.540,00 44,5
 No produto “A” : R$ 60.000,00
“B” 50.000,00 37,0 63.640,00 37,0
 No produto “B” : R$ 50.000,00
 No produto “C” : R$ 25.000,00 Total = R$ 135.000,00 “C” 25.000,0 18,5 31.820,00 18,5

OBS: Notem que as informações acima estão prontas para contabilização. Na prática, o grande problema TOTAL 135.000,00 100,0 172.000,00 100,0
85 86
do cálculo adequado dos custos está exatamente na obtenção precisa de tais informações.

43
CUSTOS INDIRETOS E CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• Finalmente, a distribuição do custo total do mês: • 4º PASSO


PRODUTO PRODUTO PRODUTO TOTAL
CONTAS PRODUTO “A” PRODUTO “B’ PRODUTO “C” TOTAL  Apuração dos custos unitários
“A”e valorização
“B” dos estoques
“C” finais de produtos
acabados.
CUSTO DAPRODUÇÃO: 254.540,00 183.640,00 126.820,00 565.000,00
ESTOQUE INICIAL 28.000,00 - - 28.000,00 EM
a) R$ (a) unitário
Custo
Processo EM QUANTIDADES (b) 130 78 8
ESTOQUES INICIAIS:
- Processo (“obs”)
CUSTOS / MÊS
PRODUÇÃO DO MÊS:
Materiais diretos 90.000,00 70.000,00 70.000,00 230.000,00 - Acabada
Mão-de-obra direta 60.000,00 50.000,00 25.000,00 135.000,00 - Processo (40 unidades 12
Gastos Gerais de Fabr. 76.540,00 63.640,00 31.820,00 172.000,00 de “C”, com 30%
pronta). (vide “Obs”)

TOTAL 254.540,00 183.640,00 126.820,00 565.000,00 TOTAL 130 78 20

Custo Unitário: (a) / (b) 1.958,00 2.354,35 6.341,00


87 88

44
CUSTOS INDIRETOS E
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• 4º PASSO • Normalmente, a maioria das indústrias operam por um sistema


departamental, ou seja, além da variedade de produtos fabricados, existem
b) Estoques Finais de Acabados diversos DEPARTAMENTOS por onde passam os produtos.

• Os departamentos são de duas espécies:

a) PRODUTIVOS: Os que trabalham com matéria-prima;

b) DE SERVIÇOS: os que facilitam o trabalho dos outros (o almoxarifado, a


casa de força, o escritório da fábrica, a oficina de manutenção etc.).

89 90

45
Definição genérica de custos

Demonstrativo de
Cuidados na separação entre C e D
Balanço Patrimonial
Resultado do Exercício
Produtos ou
Serviços a) Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (princípios do
Custos Despesas
Elaborados conservadorismo e materialidade);
b) Valores relevantes que tem sua maior parte considerada como despesa, com a
Consumo associado
à elaboração do Consumo característica de se repetirem a cada período, devem ser considerados na sua
produto ou serviço associado
ao período íntegra (princípio do conservadorismo);
Investimentos c) Valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser considerados
como despesa do período.
d) Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois
Gastos tratamentos: como despesas do período em que incorrem, ou como investimento
para amortização na forma de custo dos produtos a serem elaborados

91
futuramente.
92

46
Fluxo dos Custos
Balanço Patrimonial DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Custos Demonstrativo de • Um departamento é representado na prática por PESSOAS e MÁQUINAS, e
Diretos
Indiretos
Resultado do Exercício na maioria das vezes se identifica com um CENTRO DE CUSTOS, ou seja,
nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos
(+) Receitas produtos (DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS) ou a outros departamentos
(DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS).
Estoques (-) Custos do DRE
Materiais Diretos
Produtos em Elaboração
CMV • O DEPARTAMENTO:
CPV
Produtos Acabados CSP
 Facilita o trabalho de alocação dos custos diretos (materiais e mão-de-obra).
 Possibilita maior exatidão no rateio dos custos indiretos (materiais, mão de
(-) Despesas obra e gastos gerais de fabricação).
 facilita o trabalho de apuração do CUSTO EQUIVALENTE nos casos de
(=) Resultado estoques de produtos em processo, pela identificação do estágio do produto
e dos custos acumulados até aquele departamento.
93 94

47
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
DEPARTAMENTALIZAÇÃO

EXEMPLO: • Os rateios utilizados no exemplo


• A seguir vamos apresentar um QUADRO COMPLETO DE CUSTOS,
introduzindo os departamentos produtivos I, II, III e os departamentos de  Rateio 1: distribuição da mão-de-obra, encargos sociais e refeitório, com
serviço IV e V. base no total de horas trabalhadas por departamento;

 Rateio 2: distribuição da depreciação e seguro com base na área ocupada;

 Rateio 3: demais contas, com base na quantidade de pessoal alocado a


cada departamento.

 O Departamento de Serviço IV foi rateado pelo total, sem considerar a


natureza da conta, com base num apontamento das horas que seus
95 funcionários trabalharam para cada centro de custo produtivo. 96

48
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
DEPARTAMENTALIZAÇÃO

• Veja que os totais de Custos Indiretos por produto, distribuídos desta forma, • Os rateios utilizados no exemplo
foram diferentes daqueles desenvolvidos no exemplo prático anterior
quando utilizamos um rateio único com base na porcentagem da mão-de-  São hipotéticos e serviram para distribuir os custos do departamento de
obra direta. serviço V.

• Todavia, o sistema contábil é o mesmo, com a diferença de que ao  O departamento de serviço IV foi rateado pelo total, sem considerar a
registrarmos as contas de Custos Indiretos, o faremos criando uma natureza da conta, com base num apontamento das horas que seus
subconta para cada departamento, e não mais em uma conta única, ou funcionários trabalharam para cada centro de custo produtivo.
como alguns sistemas permitem efetuando o lançamento contábil e em
seguida um lançamento gerencial no centro de custo.

97 98

49
PRINCÍPIOS DE CUSTEIO
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
1. CUSTEIO POR ABSORÇÃO TOTAL
• Os rateios utilizados no exemplo => Todos os custos fixos são distribuídos à produção.

 Finalmente, o total de cada departamento produtivo foi distribuído aos


produtos com base, por exemplo, na quantidade de horas-máquinas que 2. CUSTEIO POR ABSORÇÃO IDEAL
cada um ocupou.
=> Somente uma parcela ideal (normal) dos custos fixos é distribuída
 Vale a pena enfatizar, novamente, que a departamentalização aprimora o à produção.
sistema de custos como instrumento de controle, mas não modifica o seu
esquema de contabilização.
3. CUSTEIO VARIÁVEL
=> Os custos fixos não são distribuídos à produção.
99 100

50
Absorção Total x Custeio Variável Cálculo dos Custos Unitários

Ex.: CF = 1.000,00/mês v = 10,00/unidade Custo Fixo


Custeio por Absorção Total = v +
• Se Q = 10 unidades/mês, então Produção Boa
Custo Unitário = 10,00 + 1.000,00 = 110,00
10 Custo Fixo
Custeio por Absorção Ideal = v +
• Se Q = 5 unidades/mês, então Capacidade Instalada
Custo Unitário = 10,00 + 1.000,00 = 210,00
5
Custeio Variável = v + Fixo
• Se Q = 1 unidade/mês, então
Custo Unitário = 10,00 + 1.000,00 = 1.010,00
1
• Se Q = 0 unidade/mês, então
Custo Unitário = _________ + 1.000,00 =
0 101 102

51
Absorção Total x Absorção Ideal Exercício de Apoio 1:

Ex.: CF = 10.000,00/mês O gerente de vendas da empresa ABC está preocupado com a contínua
queda das vendas de seus produtos. Analisando o mercado, ele observou
QNORMAL = 1.000 unidades/mês CFUNIT.= 10,00/unidade que a concorrência sofreu reduções de vendas menos significativas do que
sua empresa, o que lhe fez concluir que o maior problema estava nos
• Se Q = 800 unidades/mês custos de produção. Em função disso, mandou fazer um levantamento das
a. Custeio por Absorção Total: “Os custos fixos principais informações relativas ao cálculo dos custos de produção dos
produtos fabricados pela empresa. Essas informações são as seguintes:
CF = 10.000,00 = 12,50/unidade devem ser rateados
800 entre toda a
produção”. Produto A Produto B Produto C
b. Custeio por Absorção Ideal:
“A produção boa não Custos fixos ($/mês) 10.000,00 20.000,00 15.000,00
CF = 10.000,00 = 10,00/unidade deve ser penalizada Custos variáveis unitários 20,00 15,00 30,00
1.000 pelas variações do Capacidade produção (un./hora) 5 4 5
Jornada de trabalho (horas/mês) 200 200 200
Perda = 200 x 10,00/unidade = 2.000,00 nível de atividade”.
103 104

52
Exercício de Apoio 1 - Continuação Exercício de Apoio 1 - Continuação

Além desses dados, foram ainda levantadas algumas informações A empresa utiliza os princípios do custeio por absorção total, e
relativas à efetiva utilização da capacidade instalada da empresa: calcula seus preços de venda da seguinte forma:
Preço = (custos variáveis unitários + custos fixos unitários) x 1,4.
Produto A Produto B Produto C
Produção realizada: PEDE-SE:
a - Março 1.000 700 800 a. Com base nos dados apresentados, calcule os custos de
b - Abril 800 600 800 produção dos três produtos para os 4 meses analisados,
c - Maio 600 500 600 considerando:
d - Junho 500 400 500 a 1. Custeio por absorção total.
Horas trabalhadas: a 2. Custeio por absorção ideal.
a - Março 200 200 200 a 3. Custeio variável.
b - Abril 200 180 160
c - Maio 140 160 140 b. Classifique em eficientes e/ou ineficientes os gastos incorridos
d - Junho 140 120 100 pela empresa nos 4 meses analisados.
105 106

53
Exercício de Apoio 1 - Continuação Cálculo dos Custos Unitários - Produto A

A B C Custo Fixo
a. Custeio por Absorção Total = v +
Custo variável/un. 20,00 15,00 30,00 Produção Boa
Custo fixo/un. 10,00 25,00 15,00
10.000
Custo total/un. 30,00 40,00 45,00 Março: 20 + = 30,00
1.000
a) Cálculo dos Custos Unitários
10.000
A B C Abril: 20 + = 32,50
800
Total Ideal Var. Total Ideal Var. Tota l Ideal Var.
Março 10.000
Maio: 20 + = 36,67
Abril
600
Maio
Junho
Junho: 20 + 10.000 = 40,00
107 108
500

54
Cálculo dos Custos Unitários - Produto A Cálculo dos Custos Unitários - Produto A
Custo Fixo
b. Custeio por Absorção Ideal = v + c. Custeio Variável = v + Fixo
Capacidade Inst.

10.000 Março: 20 + = 20,00


Março: 20 + = 30,00
1.000
10.000 Abril: 20 + = 20,00
Abril: 20 + = 30,00
1.000
10.000 Maio: 20 + = 20,00
Maio: 20 + = 30,00
1.000
10.000 Junho: 20 + = 20,00
Junho: 20 + = 30,00
1.000 109 110

55
Exercício de Apoio 1 - Continuação Exercício de Apoio 1 - Continuação

A B C b) Cálculo das Perdas (em valores totais)


Custo variável/un. 20,00 15,00 30,00
A B C
Custo fixo/un. 10,00 25,00 15,00
Custo Inef. Ocios. Custo Inef. Ocios. Custo Inef. Ocios.
Custo total/un. 30,00 40,00 45,00 Março
Abril
a) Cálculo dos Custos Unitários
Maio
A B C Junho
Total Ideal Var. Total Ideal Var. Total Ideal Var.
Março 30,00 30,00 20,00 43,57 40,00 15,00 48,75 45,00 30,00 Março Abril Maio Junho
Abril 32,50 30,00 20,00 48,33 40,00 15,00 48,75 45,00 30,00 Capacidade 1.000 1.000 1.000 1.000
Ø Ø 300 300 Ociosidade
Maio 36,67 30,00 20,00 55,00 40,00 15,00 55,00 45,00 30,00
Utilização 1.000 1.000 700 700
Junho 40,00 30,00 20,00 65,00 40,00 15,00 60,00 45,00 30,00 Ø 100 200 Ineficiência
Produção 1.000 800 200 600 500
111 112

56
Exercício de Apoio 1 - Continuação

A B C
Custo
Março 30.000
Inef.
-
Ocios. Custo
- 28.000
Inef.
2.500
Ocios.
-
Custo Inef. Ocios.
36.000 3.000 - CUSTEIO BASEADO EM
ATIVIDADES
Abril 24.000 2.000 - 24.000 3.000 2.000 36.000 - 3.000
Maio 18.000 1.000 3.000 20.000 3.500 4.000 27.000 1.500 4.500
Junho 15.000 2.000 3.000 16.000 2.000 8.000 22.500 - 7.500

Março Abril Maio Junho


(ABC)
Capacidade 1.000 1.000 1.000 1.000
Ø Ø 300 300 Ociosidade
Utilização 1.000 1.000 700 700
Ø 100 200 Ineficiência
Produção 1.000 800 200 600 500
113 114

57
Em resposta ao: O custeio baseado em atividades, foi concebida de modo a
 avanço tecnológico possibilitar a análise de custos sob duas óticas:
 crescente complexidade dos sistemas de
produção
 custos indiretos/fixos que vêm aumentando
continuamente
 diversidade de produtos e modelos fabricados

a) a abordagem econômica de b) a ótica de aperfeiçoamento dos


custeio, que é uma visão processos empresariais, que é
vertical, no sentido de que uma visão horizontal, no sentido
surgiu o Custeio Baseado em Atividades - ABC, como
apropria os custos aos objetos de que capta os custos dos
alternativa aos sistemas tradicionais de custeio, com o objetivo
de custeio através das processos através das atividades
de reduzir as distorções causadas pelo rateio arbitrário dos atividades realizadas em cada realizadas nos vários
custos indiretos/fixos aos produtos departamento departamentos funcionais
115 116

58
Os objetivos da implementação de um sistema ABC, relacionam- Os objetivos da implementação de um sistema ABC, relacionam-se
se com a facilidade e precisão que a administração pode ter para: com a facilidade e precisão que a administração pode ter para:

i. apurar e controlar os custos de produção, sobretudo os custos vi. identificar o custo dos produtos em suas diversas fases;
indiretos de fabricação (overhead);
vii. subsidiar o redimensionamento das linhas de produção e
ii. identificar e mensurar os custos da não qualidade (falhas seus produtos;
internas e externas, prevenção, avaliação etc.);
viii. subsidiar o redimensionamento da plataforma de
iii. levantar informações sobre as oportunidades de vendas (distribuidores e revendedores)
eliminação de desperdícios e aperfeiçoamento
das atividades; ix. melhorar a base de informações para o
processo de tomada de decisões;
iv. eliminar/reduzir atividades que não agregam
valor ao produto sob a ótica do cliente;
x. estabelecer um conjunto de indicadores
v. identificar os produtos e clientes mais de desempenho para medir a eficiência e a
lucrativos; eficácia empresarial sob os aspectos
produtivo, comercial, financeiro e societário.
117 118

59
O CONCEITO DE ATIVIDADE O esquema geral da metodologia
1) Identificação das atividades relevantes
A própria distribuição organizacional da empresa pode facilitar
“... em sentido restrito, a atividade pode ser definida como nesta tarefa, caso os departamentos executem atividades
individualizadas;
um processo que combina, de forma adequada, pessoas,
tecnologia, materias, métodos e seu ambiente, tendo como
objetivo a produção de produtos. Em sentido mais amplo, 2) Atribuição dos custos às atividades
entretanto, a atividade não se refere apenas a processos de O custo de uma atividade compreende os sacrifícios em termos
manufatura, mas também à produção de projetos, serviços de recursos necessários para desempenhá-la.
etc., bem como às inúmeras ações de suporte a esses
processos.” 3) Atribuição dos custos das atividades aos produtos e/ou
serviços
Após alocados às atividades, transfere-se o valor dos recursos
Nakagawa (1994) consumidos para os objetos de custeio (produtos e/ou serviços)
com base nas atividades que os geraram, segundo o
levantamento do número de direcionadores
119 120

60
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda. O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.

Departamentos Atividades
Os custos totais alocados aos Preparar massas
departamentos produtivos, foram: Prensagem
Operar máquinas
Diluir componentes
Prensagem: $ 44.850 Esmaltação
Estampar cerâmica
Esmaltação: $ 45.270 Carregar esteiras
Queima: $ 25.360 Queima
Queimar cerâmica
Embalagem: $ 21.545 Embalar
Embalagem
Despachar
Total: $ 137.025
Identificação das atividades relevantes por departamento
121 122

61
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda. O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.

Departamentos Atividades % Custo


Preparar massas 50% 22.425 Departamentos Atividades Direcionadores
Prensagem Operar máquinas 50% 22.425 Preparar massas Kg de massa
Prensagem
Total 44.850 Operar máquinas Tempo de operação
Diluir componentes 30% 13.581 Diluir componentes Número de componentes
Esmaltação
Esmaltação Estampar cerâmica 70% 31.689 Estampar cerâmica Tempo das máquinas
Total 45.270 Carregar esteiras Número de peças (m2)
Carregar esteiras 15% 3.804 Queima
Queimar cerâmica Tempo dos fornos
Queima Queimar cerâmica 85% 21.556
Embalar Tempo de embalagem
Total 25.360 Embalagem
Embalar 60% 12.927 Despachar Número de lotes
Embalagem Despachar 40% 8.618
Total 21.545
Levantamento dos direcionadores de atividades
Atribuição dos custos departamentais para as atividades
123 124

62
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda. Aplicação do ABC à Solução do Problema

Produtos Cálculo do Custo do Produto:


Direcionadores Total
A B C D
Kg de material 37.500 25.000 35.000 15.000 112.500
Custo Unit. Direcionador = Custo da Atividade
Tempo de operação (horas) 3.000 2.500 2.900 1.600 10.000
N. Total de Direcionadores
Número de componentes 5 4 7 5 21
Tempo das máquinas (horas) 700 200 500 600 2.000 Custo Unit. Direcionador
Custo da Atividade Atribuído ao
Número de peças (m2) 30.000 20.000 35.000 15.000 100.000 Produto = X
Tempo dos fornos (horas) 500 500 400 400 1.800 N. Direcion. do Produto
Tempo de embalagem (horas) 2.500 1.500 1.200 800 6.000
Custo da Atividade por Custo Atividade Atr. Produto
Número de lotes 300 100 350 75 825 Unidade de Produto = Quantidade Produzida

Levantamento dos direcionadores de custos das atividades


125 126

63
Aplicação do ABC à Solução do Problema O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.

Exemplo: Atividade “Preparar Massas” PRODUTOS


Atividades
Produto: A A B C D
Preparar massas 0,2492
Operar máquinas
Custo Unit. Direcionador = $ 22.425,24 = $ 0,1993/Kg Diluir componentes
112.500
Estampar cerâmica
Carregar esteiras
Custo da Atividade Atribuído ao
Produto = $ 0,1993/Kg x 37.500 = $ 7.475,08 Queimar cerâmica
Embalar
Despachar
Custo da Atividade por $ 7.475,08 TOTAL 1,4725 1,3685 1,0941 1,8124
Unidade de Produto =
30.000 u
= $ 0,2492 / u
Custos unitários das atividades por produto
127 128

64
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda. O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.

PRODUTOS
Atividades PRODUTO
A B C D ITENS DE CUSTO TOTAL
A B C D
Preparar massas 0,2492 0,2492 0,1993 0,1993 Massa utilizada na produção 28.125 18.750 26.250 11.250 84.375
Operar máquinas 0,2243 0,2803 0,1858 0,2392 Esmalte consumido na prod. 11.400 7.600 13.300 5.700 38.000
Diluir componentes 0,1078 0,1293 0,1293 0,2156 Mão-de-obra direta 22.500 18.000 15.750 9.000 65.250
Estampar cerâmica 0,3697 0,1584 0,2263 0,6338 Soma - Custos Diretos 62.025 44.350 55.300 25.950 187.625
Carregar esteiras 0,0380 0,0380 0,0380 0,0380 Custos Indiretos de Produção 44.176 27.370 38.293 27.186 137.025

Queimar cerâmica 0,1996 0,2994 0,1369 0,3193 TOTAL 106.201 71.720 93.593 53.136 324.650

Embalar 0,1795 0,1616 0,0739 0,1149


Quantidade Total (m2) 30.000 20.000 35.000 15.000 100.000
Despachar 0,1045 0,0522 0,1045 0,0522
Custo Unitário ($/m2) 3,5400 3,5860 2,6741 3,5424 3,2465
TOTAL 1,4725 1,3685 1,0941 1,8124
Mapa dos custos unitário (m2) e total dos produtos pelo ABC
Custos unitários das atividades por produto
129 130

65
Exemplo 2: Custeio Baseado em Exemplo 2: Custeio Baseado em
Atividade ABC Atividade ABC

Uma universidade ministra quatro cursos diferentes na área de Os custos com o salário dos professores são da ordem de R$ 35,00
Ciências Sociais: História, Geografia, Filosofia e Sociologia. por hora de trabalho. As atividades executadas pelo departamento
são:
A contabilidade observou todos os gastos do departamento
pedagógico durante um mês de trabalho e chegou aos valores:  Atendimento a alunos;
 Elaboração de documentos;
 Elaborar diplomas;
 Arquivo e lançamento de notas.

131 132

66
Exemplo 2: Custeio Baseado em Exemplo 2: Custeio Baseado em
Atividade ABC Atividade ABC
O tempo ocupado por estas atividades está na seguinte proporção: Dessa maneira, a contabilidade apurou, durante o período, os dados
destes direcionadores para cada curso ministrado:

Essas atividades possuem os seguintes direcionadores:

133 134

67
Exemplo 2: Custeio Baseado em Exemplo 2: Custeio Baseado em
Atividade ABC Atividade ABC
Com estes dados, podemos determinar o custo de cada atividade e 2° Passo: saber o custo de cada atividade.
o custo da atividade. Determinaremos o custo para cada curso por
meio dos direcionadores:

1° Passo: saber o custo por hora de trabalho.

• Total de custos indiretos R$ 18.000,00


• N° de horas de atividade 60 horas
• Custo por hora R$ 300,00

135 136

68
Exemplo 2: Custeio Baseado em Exemplo 2: Custeio Baseado em
Atividade ABC Atividade ABC
3° Passo: alocar os custos por atividades aos cursos, segundo o Aplicação do Direcionador aos cursos:
direcionador de custos.

137 138

69
Exemplo 2: Custeio Baseado em
Atividade ABC
Supondo que estudam 45 alunos no curso de Geografia, 39 em
História, 17 em Filosofia e 26 em Sociologia, o custo por aluno seria:

CUSTO - PADRÃO
Vejamos que o custo apresentado é proporcional ao trabalho
desenvolvido para cada curso. Essa ferramenta é muito importante
para a gestão da empresa. Enquanto o custeio por absorção
apresenta o custo por critérios supostos pela contabilidade, o ABC
demonstra, por meio das atividades desenvolvidas, quais são
originárias dos custos.
139 140

70
CUSTO - PADRÃO CUSTO - PADRÃO
 Custo-padrão ou Standard é um custo calculado por antecipação.  Uma das formas para se chegar ao custo-padrão de um produto
Independentemente de se ter iniciado o processo de produção. é lançar mão do valor de custo real de produção deste produto
obtido em períodos anteriores, e projetá-los para o futuro,
 A finalidade básica dessa modalidade é fixar como padrão os levando-se em consideração possíveis alterações decorrentes de
custos (materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) mudança no cenário de produção.
para cada produto.
 Durante os trabalhos estatísticos para chegar-se ao valor padrão
 O valor-padrão de custo é determinado com base em cálculos dos produtos, quanto maior o grau de detalhamento adotado em
técnicos efetuados pela engenharia de produção e, relação a cada elemento componente do custo, maiores chances
posteriormente, valorados pela contabilidade de custos. se terá de obter o valor, o mais próximo possível da realidade.

141 142

71
CUSTO - PADRÃO CUSTO - PADRÃO
O custo-padrão poderá ser ou não contabilizado:  Além da utilidade gerencial, esse sistema possibilita à empresa
 Se contabilizado: a empresa deverá fazer posteriormente os uma poderosa ferramenta de motivação, pois atingir as metas
ajustes verificados entre o custo-padrão contabilizado e o custo previamente definidas (quantidades e valores) deve ser colocado
real de produção obtido no período. Apesar de parecer mais como um desafio a ser vencido pelos envolvidos no processo
trabalhosa, essa hipótese propiciará mais segurança. produtivo.

 Se não contabilizado: deverá usar o custo-padrão apenas como  Por fim, cabe lembrar que o Custo-padrão não é um método de
ferramenta de controle, pois ao final da produção já estará atribuição de custos aos produtos, mas sim uma forma prática de
registrado contabilmente os valores reais de produção. se estimar o custo dos produtos antes mesmo do início do
processo produtivo, servindo de base para tomada de decisões.

143 144

72
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O
CUSTO - PADRÃO
CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO
Vantagens do custo-padrão
Classificação das variações quanto à eficiência
 eliminação de falhas nos processos produtivos;
 aprimoramento dos controles;  Variações favoráveis - o custo real é menor do que o custo-
 instrumento de avaliação de desempenho; padrão ⇒ maior eficiência do que o esperado; e
 rapidez na obtenção de informações;
 responsabilidade pela fixação do custo-padrão.  Variações desfavoráveis - o custo real é maior do que o custo-
padrão ⇒ Houve uma margem de ineficiência, visto que foram
consumidos mais recursos produtivos do que o esperado.

145 146

73
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O
CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO
Conclusões sobre as variações e atribuições de
Classificação das variações em relação à sua causa responsabilidade

 Variações de quantidade (VQ) - diferenças decorrentes dos Variações nos insumos


padrões físicos; e Possíveis causas:

 Variações de custos (VC) - diferenças decorrentes do custo  padrões físicos inatingíveis ou superestimados;
unitário de cada item.  compras de insumos de qualidade inferior;
 aumento dos desperdícios por ineficiência da mão de obra (MDO);
 MDO mal treinada aumentando o nível de desperdício;
 MDO desmotivada (ou mal remunerada);
 máquinas obsoletas aumentando o consumo de insumos.
147 148

74
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O
CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO

Variações nos Custos Indiretos de Fabricação EXEMPLO NUMÉRICO DA DETERMINAÇÃO DAS VARIAÇÕES

Possíveis causas:

 aumentos não previstos de tarifas de serviços públicos (água,


energia elétrica, comunicações etc.); CUSTOS UNITÁRIOS TOTAIS
 aquisição de novas máquinas, aumentando os custos de Padrão Real
depreciação; ct = Insumos + MOD ct = Insumos + MOD
ct = (4,10 x 9,00) + (6,80 x 12) ct = (4 x 8,90) + (12,50 x 7)
 diminuição da produção em decorrência da falta de vendas; e ct = 36,90 + 81,60 ct = 35,60 + 87,50
 greves de funcionários. ct = 118,50 ct = R$ 123,10

149 150

75
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O
CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO

CUSTOS UNITÁRIOS TOTAIS ANÁLISE DOS CUSTOS COM INSUMOS


Padrão Real
ct = Insumos + MOD ct = Insumos + MOD Total dos custos com insumos
ct = (4,10 x 9,00) + (6,80 x 12) ct = (4 x 8,90) + (12,50 x 7)
ct = 36,90 + 81,60 ct = 35,60 + 87,50
ct = 118,50 ct = R$ 123,10 Padrão = 4,10 x 9,00 = R$ 36,90

Análise: Real = 4 x 8,90 = R$ 35,60


 Insumos = - 1,30 ⇒ favorável (quando o sinal for negativo é que
conseguimos ser melhor do que o que estava orçado) Variação favorável de R$ 1,30, ou seja: real menos padrão deu sinal
 MOD = 5,90 ⇒ desfavorável (quando o sinal for positivo é que fomos pior do negativo
que o que estava orçado)
 Total = 4,60 (123,10 - 118,50) ⇒ desfavorável
151 152

76
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O
CUSTO REAL E O CUSTO-PADRÃO

ANÁLISE DOS CUSTOS COM MOD

Total dos custos com MOD MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO


Real = 7 X 12,50 = R$ 87,50

Padrão = 6,80 X 12,00 = R$ 81,60

Variação desfavorável de R$ 5,90, ou seja: real menos padrão deu sinal


positivo

153 154

77
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

De um modo bem simples podemos conceituar a margem de contribuição Representação algébrica:


da seguinte forma:
Margem de Contribuição Bruta: MC/b = RV – CDV
 A Margem de Contribuição é o valor que sobra das Vendas menos o
Custo dos Produtos Vendidos, ou Onde:
MC/b = Margem de Contribuição Bruta
 A Margem de Contribuição representa o valor que cobrirá os Custos e
RV = Receitas de Vendas
Despesas fixas da empresa e proporcionará o lucro.
CDV = Custos e Despesas Variáveis

155 156

78
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Representação algébrica: Exemplo:

Margem de Contribuição Unitária: MC/u = PV/u – CDV/u Vendas: 5 unidades × $ 100,00 = $ 500,00

Onde: Custos e Despesas Variáveis: 5 unidades × $ 60,00 = $ 300,00


MC/u = Margem de Contribuição Unitária
PV/u = Preço de Venda Unitário MC/b = RV – CDV
CDV/u = Custos e Despesas Variáveis Unitários MC/b = 500,00 – 300,00 = 200,00

MC/u = PV/u – CDV/u


MC/u = 100,00 – 60,00 = 40,00
157 158

79
ANÁLISE
CUSTO/LUCRO/VOLUME

159 160

80
Análise do Custo/Volume/Lucro Análise do Custo/Volume/Lucro

 A análise do C/V/L é usada para determinar as inter-relações  Objetivo:


entre diferentes níveis de atividades (vendas), custos, preços
de venda e composição de vendas e dos rendimentos.  Existe uma diferença qualitativa importante entre o longo e o
curto prazo, definido da seguinte forma: longo prazo é o
 Preocupa-se com o efeito sobre rendimentos de uma alteração planejamento para mudanças e curto prazo é a adaptação às
no volume de vendas, preço de venda, composição de vendas mudanças.
e custos.  No curto prazo a capacidade de saídas de produção da
empresa é fixa, assim a sua liberdade de ação é limitada.
 Exige também que os custos fixos e variáveis sejam separados  A análise Custo/Volume/Lucro é uma ferramenta importante no
e calculados de modo que todos os custos possam ser planejamento de curto prazo, porque explora o relacionamento
divididos simplesmente em fixos e variáveis. existente entre as suas quatro principais variáveis: custo,
161 receita, volume de saídas e lucro. 162

81
Análise do Custo/Volume/Lucro Análise do Custo/Volume/Lucro

 Aplicação da Análise Custo/Volume/Lucro  Então em um modelo de curto prazo, esta análise oferece aos
administradores uma visão geral do processo de planejamento.
 Ao planejarem suas estratégias de curto prazo, os gestores de uma
organização precisam saber qual será o efeito das mudanças em uma ou  A reação do custo às influências das diversas variáveis, é
mais dessas variáveis, e o efeito dessas mudanças no lucro.
imprescindível para a tomada de decisão.
 O relacionamento entre o custo e o volume das saídas auxilia o
estabelecimento nas estratégias de preço e também do melhor mix de
vendas.
 A análise Custo/Volume/Lucro da ênfase ao comportamento dos padrões
de custo em relação às diferentes saídas de produção, como um guia
para selecionar os níveis de lucro e a adoção de uma política apropriada
de preço.
163 164

82
Análise do Custo/Volume/Lucro Análise do Custo/Volume/Lucro

 Fatores que Envolvem a Análise do Custo/Volume/Lucro:  A proporção custo/volume/lucro

 Preços de Venda (PV) Vendas = custos e despesas variáveis + custos e despesas fixas + lucro
 Volume de Vendas
 Custos e Despesas Variáveis (CDV)
 Custos e Despesas Fixas (CDF)  A diferença básica entre a equação do custo/volume/lucro e a
equação do Ponto de Equilíbrio é o acréscimo do lucro.

165 166

83
PONTO DE EQUILÍBRIO
Ponto de Equilíbrio
Q ou $ para lucro nulo
Unidades
Monetárias
No Ponto de Equilíbrio, $ Custos

Receitas
= Receitas
Lucro
Custos Máximo

Qtde de Lucro
PEC1 Máximo PEC2

Unidades produzidas
e comercializadas

167 168

84
Novo Ponto de Equilíbrio Margem de Contribuição
Unidades
Monetárias Custos’
$ Custos • A margem de contribuição unitária é calculada
pela diferença entre o preço de venda do
produto menos os seus custos variáveis
Receitas
Lucro Q’

MC = PV – CV
Máximo

Qtde de Lucro
PEC1 Máximo PEC2 PEC2’
• Representa a parcela do preço do produto que
Unidades produzidas está disponível para a cobertura dos custos
e comercializadas fixos e para a geração do lucro
169 170

85
Custos Fixos Custos Variáveis

$
$

Volume
Volume

Representação simplificada dos custos fixos Representação dos custos variáveis

171 172

86
Custos Totais Ponto de Equilíbrio
$

$ RECEITAS TOTAIS

Ponto de Equilíbrio
Variáveis

Custos Variáveis
Fixos CUSTOS
TOTAIS
Volume
Custos Fixos
Representação do comportamento dos custos totais
Volume
173 174

87
Ponto de Equilíbrio Ponto de Equilíbrio

• O ponto de equilíbrio é o nível de produção onde o lucro é nulo;


CF
PEQ =
• Representa o nível em que as Receitas Totais igualam os Custos MC/un
Totais.

PEQ = Ponto de Equilíbrio em quantidade (unidades físicas)


MC = Margem de Contribuição unitária
CF = Custos Fixos

175 176

88
Ponto de Equilíbrio Exemplo

• Custos Fixos: $ 40.000,00 / mês


CF • Custos Variáveis: $ 60,00 / unidade
PE$ = • Preço de Venda: $ 80,00 / unidade
(MC/un)/PV

PE$ = Ponto de Equilíbrio em valor (Receita Total)


MC/un = Margem de Contribuição unitária MC = 80,00 – 60,00
CF = Custos Fixos
PV= Preço de Venda MC = $ 20,00 / unidade
177 178

89
Ponto de Equilíbrio Empresas Multiprodutoras

• Não faz sentido ratear os custos indiretos (fixos) aos produtos para a
obtenção do ponto de equilíbrio individualizado.
40.000
PEQ = = 2.000 un / mês
20 • Cada produto deve cobrir seus custos diretos (variáveis), e a margem
de contribuição que sobrar deve contribuir para a cobertura dos custos
indiretos (fixos) e a geração do lucro.

40.000
PE$ = = $ 160.000 / mês
0,25
179 180

90
Ponto de Equilíbrio - Multiprodutos Ponto de Equilíbrio - Multiprodutos
CF
PE unidades 
CF PE valor 
 (MCi  Qi)  (%MCi  PUi  Qi)
 Qi  ( PUi  Qi)
PE = Ponto de Equilíbrio • PE = Ponto de Equilíbrio
CF = Custos Fixos • CF = Custos Fixos
MCi = MC Unitária por produto • %MCi = Proporção (%) da MC por produto
Qi = Volume previsto de venda por produto • PUi = Preço de venda unitário do produto
 = Somatório • Qi = Volume previsto de venda por produto
181
•  = Somatório 182

91
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda. O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.

Distribuição do volume (demanda):


Produto A: 20.500 m2/ano
Produto B: 13.500 m2/ano Produto (cerâmica)

Produto C: 23.250 m2/ano A B C D

Produto D: 15.200 m2/ano Preço de Venda Unitário 6,80 4,80 5,20 3,70
Custo Variável ($/m2) 1,3175 1,3175 1,1300 1,1300

Custos fixos (mão-de-obra direta mais os custos Margem de Contribuição 5,4825 3,4825 4,0700 2,5700
indiretos: aluguel da fábrica, depreciação, energia
Dados da margem de contribuição
elétrica, mão-de-obra indireta e materiais diversos), no
total de $ 202.275,00.
183 184

92
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda. O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.

202.275,00 Participação PE em Unidades


PEun  Produto
(5,4825  20.500u )  (3,4825  13.500u )  (4,07  23.250u )  (2,57  15.200u ) (com arredondamento)
Unidades %
20.500u  13.500u  23.250u  15.200u
A 20.500 28,295% 14.147,69
202.275,00 202.275,00 B 13.500 18,634% 9.316,77
PEun  PEun 
293.096,50 4,0455
C 23.250 32,091% 16.045,55
72.450 u
D 15.200 20,980% 10.489,99
Total 72.450 100% 50.000
PEun  50.000 unidades
Distribuição por produto
185 186

93
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
O caso da Indústria Cerâmica Palhoça Ltda.
ESTOQUES

 Estudaremos os principais critérios disponíveis para controle e


MC Produto A = 14.147,69 m2 x $ 5,4825/m2 = $ 77.564,69 avaliação dos materiais estocados na empresa industrial.
MC Produto B = 9.316,77 m2 x $ 3,4825/m2 = $ 32.445,65
MC Produto C = 16.045,55 m2 x$ 4,07/m2 = $ 65.305,38  Registro de Estoque
MC Produto D = 10.489,99 m2 x $ 2,57/m2 = $ 26.959,28
 Para simplificar usaremos uma Ficha de Estoque.
MC TOTAL $ 202.275,00
(-) Custos Fixos $ 202.275,00
= Lucro/Prejuízo $ 0,00

Demonstração do Resultado
187 188

94
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES
Imaginemos a seguinte movimentação de Materiais:
Atribuição de Preços aos Estoques
01/10/20x2 - Estoque Inicial de Materiais de $ 10.000, – dez unidades a $ 1.000, cada.
08/10/20x2 - Requisição pela produção de seis unidades.  Vários fatores contribuem para constantes alterações nos preços de
14/10/20x2 - Compra de quatro unidades a $ 1.000, cada. todo tipo de materiais: aumentos, impostos, concorrência etc.
21/10/20x2 - Requisição pela produção de seis unidades.
Vejamos como ficariam os registros na Ficha de Estoque:  Com as compras sendo feitas com preços unitários diferentes surge
então uma dificuldade no controle do Estoque e na apuração do Custo
dos materiais.

 Devem ser verificadas todas as possibilidades de atribuição de valor,


sempre com base no custo (valor de aquisição).
189 190

95
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Preço Específico Preço Específico


Exemplo:
Esse método é utilizado quando é possível fazer a determinação do • existem em estoque dez unidades adquiridas por $ 300 cada uma;
preço de cada unidade em estoque, pode-se dar baixa, em cada • ao iniciarmos o período novo são compradas mais cinco unidades por $ 400 cada;
• Logo em seguida são requisitadas quatro unidades, sabendo-se que duas pertencem
requisição, por esse valor; com isso, no estoque final, seu valor será a
ao lote inicial e duas foram adquiridas no período.
soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente.

191 192

96
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Peps ou Fifo Peps ou Fifo


 Com base nesse método daremos baixa no custo do seguinte modo: o Exemplo:
Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai (Peps) (também conhecido por Se tivermos um Estoque Inicial, em 01/11/20X2 , composto de 40 unidades,
Fifo, da expressão em inglês (first-in-first-out). adquiridas por $ 2.000, cada uma, num total de $ 80.000, e no mês ocorrer
as seguintes transações:
 Assim, à medida que ocorrerem as requisições, vamos dando baixa nas 05/11 – Compra de 10 unidades por $ 2.200, cada uma.
primeiras compras, dessa forma, entende-se que entregamos primeiro 10/11 – Requisição de 8 unidades.
as primeiras unidades compradas. 15/11 – Requisição de 35 unidades.
20/11 – Devolução de 2 unidades da requisição de 15/11.
25/11 – Compra de 20 unidades por $ 2.400, cada uma.
193 30/11 – Devolução de 4 unidades da compra anterior. 194

97
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Exemplo 1: Exemplo 2:
Se tivermos um Estoque Inicial, em 01/11/20X8 , composto de 100 A empresa Mais Saber S/A, em 01/11/20X8 , tinha um saldo composto de
unidades, adquiridas por $ 1.000, cada uma, num total de $ 100.000, e no 50 unidades, adquiridas por $ 2.000, cada uma, num total de $ 100.000, e
mês ocorrer as seguintes transações: no mês ocorrer as seguintes transações:
05/11 – Compra de 20 unidades por $ 1.200, cada uma. 05/11 – Compra de 20 unidades por $ 1.200, cada uma.
10/11 – Compra de 20 unidades por $ 1.400, cada uma 10/11 –Requisição de 30 unidades
12/11 - Requisição de 80 unidades. 12/11 - Requisição de 80 unidades.
15/11 – Requisição de 30 unidades. 15/11 –Compra de 20 unidades por $ 1.200, cada um
20/11 – Devolução de 10 unidades da requisição de 15/11. 20/11 –Devolução de 10 unidades da compra de 15/11
25/11 – Compra de 20 unidades por $ 1.600, cada uma. 25/11 –Compra de 20 unidades por $ 1.400, cada uma.
30/11 – Devolução de 5 unidades da compra anterior. 30/11 – Devolução de 5 unidades da compra anterior.
195 196

98
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Peps Peps
Exemplo:
 Com base nesse critério, teremos, sempre, um valor de estoque
baseado nas compras mais recentes e o do Custo dos materiais
requisitados nas mais antigas.

197 198

99
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Ueps ou Lifo Ueps


Esse método pressupõe justamente o contrário do anterior, dando
como custo o valor do último material comprado, o Último a Entrar é o
Primeiro a Sair (Ueps). Também conhecido por Lifo (Last-in-first-out).

199 200

100
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Ueps ou Lifo Média Ponderada Móvel


 Esse método é muito mais prático e direto, evita o controle de preços
Com base nesse critério, teremos, sempre, um valor de estoque por lotes, como nos anteriores, existindo a possibilidade de se dar como
baseado nas compras mais antigas e o do custo dos materiais requisitados custo o valor médio das compras.
nas mais recentes.
 Chama-se Ponderada Móvel, pois o valor médio de cada unidade em
estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço
diferente. Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total do
estoque pelas unidades existentes. É o mais utilizado no meio
industrial.

201 202

101
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES

Média Ponderada Móvel Média Ponderada Móvel

203 204

102
CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CRITÉRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES ESTOQUES
1) A Cia. Industrial Marítima Ltda. apresentou os seguintes dados da movimentação
Com base nesse critério teremos, constantemente, um valor de estoque de materiais:
bem como os materiais requisitados sempre na média das compras. Estoque Inicial, em 01/11/20X2 , composto de 80 unidades, adquiridas por $ 2.000,
Comparando-se os resultados obtidos para os critérios apresentados, cada uma, num total de $ 160.000, e no mês ocorreu as seguintes transações:
temos:
05/11 – Compra de 20 unidades por $ 2.200, cada uma.
10/11 – Requisição de 16 unidades.
15/11 – Requisição de 70 unidades..
20/11 – Devolução de 4 unidades da requisição de 15/11.
25/11 – Compra de 40 unidades por $ 2.400, cada uma.
(*) Custo dos materiais requisitados 30/11 – Devolução de 8 unidades da compra anterior.
Pede-se:
Note que a adoção desse ou daquele critério tem interferência direta no a) Calcular o valor do Custo dos Materiais Requisitados, pelos três métodos (Peps,
Ueps e Mpm);
Custo de Produção, e também no valor do estoque final de materiais.
205
b) informar o valor dos Estoques Finais 206

103
O que é grau de alavancagem ALAVANCAGEM EMPRESARIAL
operacional (GAO)?
 Grau de alavancagem operacional é, segundo Crepaldi (2002), o índice que
Conceito Físico da Alavanca relaciona o aumento percentual nos lucros com o aumento percentual na
quantidade vendida em determinado nível de atividades.
10 Kgf
• A aplicação de uma força Variação
Variação
no Resultado
menor no braço mais longo, 20% das Vendas
2%
resulta em força contrária
1m 1 Kgf maior no braço mais curto.
10 m
Gastos Totais

207 208

104
GRAUS DE ALAVANCAGEM GRAUS DE ALAVANCAGEM

• Com o grau de alavancagem operacional, a empresa • Na condição de ser mantido constante (a margem de
poderá calcular o que acontecerá com o seu lucro caso haja contribuição, o total das despesas e os custos fixos), o grau
um aumento nas quantidades vendidas. de alavancagem operacional pode ser utilizado para
Grau de Fórmula O que expressa
calcular o possível lucro da empresa.
Alavancagem
Operacional (GAO) % Lucro Operac / %  Vendas Relação entre variações no lucro • Exemplo:
operacional em decorrência de variações
nas vendas. Decorre da existência de – Determinada empresa obteve os seguintes resultados
custos fixos operacionais.
Financeira (GAF) % Lucro Liq / % Lucro Operac Relação entre variações no lucro líquido
nos meses de janeiro e fevereiro:
em decorrência de variações no lucro
operacional. Decorre da existência de
custos fixos financeiros.
Combinada (GAC) % Lucro Liq / %  Vendas Relação entre variações no lucro líquido
ou em decorrência de variações nas vendas.
GAO x GAF Decorre da existência de custos fixos
operacionais e financeiros.

209 210

105
GRAU DE ALAVANCAGEM GRAU DE ALAVANCAGEM

• Exemplo: • Exemplo:
• O lucro do mês de janeiro era de R$ 40.000,00 e passou
para R$ 48.000,00, aumentando 20,0%.

• Esse resultado significa que no volume de 20.000 unidades


qualquer que seja o aumento nas unidades vendidas
implicará num lucro proporcional de duas vezes.

211 212

106
GRAU DE ALAVANCAGEM GRAU DE ALAVANCAGEM

• Exemplo: • Veja como ficaria a demonstração de resultado:

– Ou seja: ao considerar um volume de atividades de


20.000 unidades, caso haja um aumento nas unidades
vendidas de 30%, de 20.000 unidades vendidas se
passaria então para 26.000 unidades. Portanto, o novo
lucro aumentaria 60 % (30% x 2), e passaria de R$
40.000,00 para R$ 64.000,00.

213 214

107
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• A análise custo/volume/lucro segundo Viceconti (1995) • Segundo Dutra (1995)

– “é um instrumento utilizado para projetar o lucro que – “consiste na comparação dos diversos resultados que
seria obtido a diversos níveis possíveis de produção e podem ser apresentados por um empreendimento. Isto
vendas, bem como analisar impacto sobre o lucro de significa que os vários níveis de produção, dentro da
modificações no preço de venda, nos custos ou em capacidade máxima instalada, devem ser estudados e
ambos.” comparados para ser detectada a alternativa mais viável
ou as alternativas mais convenientes”.

215 216

108
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Os resultados obtidos através da análise custo/volume/lucro • Sociedades que possuem produtos diferentes devem ter o
podem ser analisados sob várias óticas, dentre elas, fatores cuidado de desenvolver uma análise específica para cada
de rentabilidade, lucratividade, ponto de equilíbrio e outros. tipo de produto.

• Para que se possam analisar os resultados obtidos pelas • Para que se possa efetuar a análise custo/volume/lucro,
variações custo/volume/lucro é necessário partir de uma algumas premissas serão utilizadas e consideradas como
estrutura de produção/vendas encontrada como ideal. “ideais” para este desenvolvimento.

217 218

109
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Para este desenvolvimento serão utilizadas as seguintes • Exemplo:
premissas determinadas como ideais:

• A partir deste exemplo, iremos calcular:


 O lucro, a rentabilidade (lucro sobre o investimento), a
lucratividade (lucro sobre a receita) e o ponto de equilíbrio.
219 220

110
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Exemplo: • Influência da variação de quantidade:

 Receita total: Encontrada mediante a multiplicação do preço – Agora que todos os cálculos já foram feitos e podemos
de venda pelas quantidades (40,00 x 500 = R$ 20.000,00) entender a forma como foram calculados, podemos
 Custos variáveis totais: Encontrado mediante a desenvolver um exercício de projeção para verificar quais
multiplicação dos custos variáveis unitários pelas serão os resultados, caso haja um aumento nas vendas
quantidades (22,00 x 500 = R$ 11.000,00) das quantidades no percentual de 10 e 20%:
 Rentabilidade: A rentabilidade é encontrada dividindo-se o
lucro encontrado pelo investimento.
 Lucratividade: A lucratividade é encontrada com a divisão
do lucro total pela receita total.
221 222

111
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Influência da variação de quantidade: • Todos os valores calculados utilizaram como padrão os
cálculos descritos anteriormente.

• Com o aumento das quantidades vendidas em 10% (de 500


unidades para 550 unidades) podemos observar um
aumento no lucro encontrado, bem como na rentabilidade e
na lucratividade.

• O ponto de equilíbrio em percentual reduziu em função do


aumento da receita de vendas, isso significa que houve
uma parcela maior de lucro.
223 224

112
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Variações de quantidades para menos
• Agora os resultados encontrados foram bastante ruins. Se
houver uma redução de 20% nas quantidades vendidas o
lucro cai quase pela metade.

• Será preciso vender 69,44% das quantidades para que se


possa encontrar o ponto de equilíbrio (não ter nem lucro e
nem prejuízo).

225 226

113
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Influência das variações de preço • Variações de preço para mais

 Agora iremos verificar o que aconteceria com o resultado da


nossa empresa, se houvessem variações de preço, na
ordem de 10 e 20% para mais e 10 e 20% para menos. As
bases continuam as mesmas.

227 228

114
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Variações de preço para menos • A influência das variações de preço, sejam para mais como
para menos, impacta expressivamente no resultado da
sociedade.

• Quando reduzimos o preço de venda em 20%, nosso


resultado foi igual a zero, o que significa que teremos que
vender todos os produtos para não ter nenhum lucro e
nenhum prejuízo.

229 230

115
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Influência das variações de preço e de quantidade • Variações de preços para mais e variações de quantidades
para menos
– Além das variações de quantidade e de preço, ainda
podemos ter variações com as duas situações em
conjunto.

– Na primeira situação, os preços de venda aumentam em


10 e 20% e reduzem-se as quantidades vendidas em 10
e 20%.

231 232

116
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Variações de preços para mais e variações de quantidades • Agora, iremos desenvolver os cálculos reduzindo os preços
para menos de venda em 10 e 20% e aumentando as quantidades
vendidas em 10 e 20%.
– Analisando os resultados, tivemos um aumento da
rentabilidade e da lucratividade, bem como uma redução
nos pontos de equilíbrio, ou seja, será necessário vender
menos para encontrar o ponto de equilíbrio.

233 234

117
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Variações de preços para menos e variações de
quantidades para mais • Observem que, mesmo com uma redução muito pequena
na receita total, a rentabilidade e a lucratividade são
reduzidas e os pontos de equilíbrio aumentam.

• Essa situação acontece porque temos um aumento nos


custos variáveis totais, fruto do aumento das quantidades
vendidas

235 236

118
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Influência das variações dos custos fixos totais • Variações dos custos fixos para mais

– Outra hipótese seria o aumento ou a redução dos custos


fixos. Estaremos utilizando para os cálculos os mesmos
dados e verificando os resultados obtidos com a variação
dos percentuais em 10 e 20%.

237 238

119
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Variações dos custos fixos para menos – As variações dos custos fixos, assim como as demais
possíveis variações já demonstradas também refletem no
aumento ou na redução do resultado.

– É importante ressaltar que no processo de gestão, as


variações de custos fixos talvez tenham a possibilidade
de um maior gerenciamento pelos diretores das
sociedades.

239 240

120
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Influência das variações dos custos variáveis unitários • Variações dos custos variáveis unitários para mais

• Mais uma hipótese que pode ser calculada, são as


alterações para mais ou para menos nos custos variáveis
unitários.

241 242

121
Análise das variações Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Custo/Lucro/Volume
• Variações dos custos variáveis unitários para menos • A redução dos custos variáveis pode trazer vários
resultados positivos para a empresa, dentre eles um
aumento substancial no resultado e uma redução em seu
ponto de equilíbrio.

• Esta redução no ponto de equilíbrio fará com que a


empresa passe a encontrar o seu lucro “mais rapidamente”.

243 244

122
Análise das variações
Custo/Lucro/Volume Formação de Preços

• A análise custo/volume/lucro têm por finalidade apresentar


ao gestor uma situação futura, baseada nas diversas
alterações que podem ocorrer no que diz respeito à
Preços
variações de preços, quantidades vendidas, custos fixos e
variáveis, etc.

245 246

123
Formação de Preço e Sucesso Objetivos dos Preços
O sucesso empresarial pode não ser conseqüência
da DECISÃO DE PREÇO. Contudo, o preço • Proporcionar, a longo prazo, o maior lucro possível
equivocado de um produto certamente o levará – Empresa buscam a perpetuidade
ao insucesso. – Cuidados com preços de curto prazo para a maximizar lucros
• Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado
E definir o valor de sua comercialização jamais – Faturamento e lucros devem ser aumentados
poderá realizar-se de forma cartesiana. (SARDINHA, – Efeitos negativos sobre os lucros : excesso de estoques, fluxo
1995: 01) de caixa negativo, concorrência agressiva, sazonalidade, etc;

247 248

124
Objetivos dos Preços Métodos de Formação de Preços

• Maximizar a capacidade produtiva • Custo pleno: preços estabelecidos com base


– reduzir ociosidade e desperdícios operacionais nos custos plenos ou integrais (custos totais
– preços devem considerar a capacidade de atendimento aos clientes de produção, acrescidos das despesas de
• preços baixos podem ocasionar elevação de vendas e a não
capacidade da manutenção de qualidade do atendimento ou dos
vendas, de administração e da margem de
prazos de entrega lucro desejada).
• preços elevados reduzem vendas, podendo ocasionar ociosidade
da estrutura de produção o de pessoal;
• Custo de transformação: preços estabelecidos
• Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo
com base, apenas, nos custos de
autossustentado transformação, não considerando nos cálculos
– o retorno do capital se dá através lucros auferidos ao longo do tempo. os custos com materiais diretos.
Assim, somente através da correta fixação e mensuração dos preços de
249
venda é possível assegurar o correto retorno do investimento efetuado. 250

125
Preço : Custo Pleno x Transformação Custo Marginal
Blusa Saia
Componente Pleno Transf Pleno Transf
Matérias-primas 15,00 15,00 5,00 5,00 • Similar ao custeio direto, apenas custos incrementais são considerados na
Custos de transformação 20,00 20,00 30,00 30,00
formação de preços
Despesas de vendas e administração 5,00 5,00 6,00 6,00
Custo total de produção e venda 40,00 40,00 41,00 41,00 • Vantagens :
Lucro sobre o custo integral (20%) 8,00 8,20 – a capacidade de produção instalada e projetada influencia os custos
Lucro sobre o custo de transf. (40 %) 8,00 12,00 indiretos fixos, e não o número de unidades efetivamente fabricadas no
Preço de venda sugerido 48,00 48,00 49,20 53,00 período. Assim, os custos indiretos representam custos para criar a
• O método de custeio pleno remunera TODOS os recursos empregados no disponibilidade – custos relacionados a estar pronto para produzir. Seriam
incorridos independentemente do volume de produção no período;
produto, inclusive os Materiais Diretos, que não representam esforços da
empresa – os ativos fixos geram custos a medida em que se depreciam – fato
normalmente associado ao tempo e não ao volume produzido;
• O método do custo de transformação considera APENAS os esforços da
– a abordagem por contribuição está relacionada diretamente à variação dos
empresa (MOD e CIF)
lucros em decorrência das vendas, facilitando as análises.

251 252

126
Taxa de Retorno Requerida
Desvantagens do Custo Marginal
• Estimada com base no custo de
oportunidade do capital e no PC
• A longo prazo, as receitas obtidas pela empresa devem ser volume de investimentos
capazes de cobrir os custos integrais da empresa necessários às operações da AC
• A aceitação de novos pedidos com base em preços estipulados empresa
com base nos custos marginais pode criar conflitos com
consumidores tradicionais e/ou com o novo cliente no futuro ELP
• Corre-se o risco de, ao praticar preços menores para pedidos RLP
incrementais, provocar atos de retaliação de competidores,
resultando na fixação de baixas margens para o produto
• Nem sempre é simples associar os custos incrementais aos novos PL
pedidos. Os custos variáveis nem sempre são iguais aos custos AP
marginais ou incrementais – alguns custos fixos poderiam se tornar
variáveis.
253 254

127
Análise de Custo - Volume - Lucro Análise C-V-L
(Análise de Gasto - Volume - Lucro)

Objetivos
PLANEJAMENTO + LUCRO
Meios
LUCRO = Variável-resultado da gestão empresarial.

Análise C-V-L
Técnica que permite estudar os inter-relacionamentos entre
Custos, Volume ou Nível de Atividade e Receitas, para medir sua
influência sobre o lucro.

255 256

128
Importância da Análise C-V-L
Break-Even Point
• Apóia a Tomada de Decisões relativamente a:
– Fabricar ou comprar
– Introdução de linhas de produto
A expressão “Ponto de – Determinação de preços de venda
Equilíbrio” está sendo – Dimensionamento da empresa
gradativamente substituída • Planejamento
por “Análise Custo-Volume- – Facilita a elaboração de orçamentos
Lucro”, pois o Ponto de – Permite a projeção de lucros
Equilíbrio é apenas uma das – Induz à redução de gastos
partes do estudo das relações • Controle
entre receitas e gastos. – Facilita o controle orçamentário
– Permite a realização de orçamentos flexíveis

257 258

129
Ponto de Equilíbrio em Empresas Monoprodutoras Ponto de Equilíbrio em Empresas Monoprodutoras

A análise CVL baseia-se na identificação do volume de atividade Isolando-se “Q” na equação anterior, chega-se a:
(ou faturamento) mínimo, onde a empresa não terá nem lucro nem
prejuízo.
Q* = CF = CF
RECEITAS = CUSTOS + LUCRO
p - v MCu
Por definição, no ponto de equilíbrio, L = 0. Portanto, para o caso
particular de uma empresa monoprodutora, essa igualdade poderá Q* = Quantidade de Equilíbrio
ser escrita da seguinte maneira: MCu = Margem de Contribuição Unitária = p - v
p x Q = CF + v x Q MCu representa a parcela do preço de venda que poderá ser
p = Preço de Venda Unitário utilizada para a cobertura dos custos fixos e para a obtenção do
v = Custos Variáveis Unitários lucro.
Q = Quantidade Produzida e Vendida do Produto A Margem de Contribuição Total (MCT) é calculada por:
CF = Custos Fixos do Período de Análise 259 MCT = R - v x Q ou MCT = MCu x Q 260

130
Ponto de Equilíbrio em Empresas Monoprodutoras
Exemplo Ilustrativo
Empresa “A” Empresa “B” O faturamento de equilíbrio numa empresa monoprodutora é
MCu 10,00 15,00 dado por:
p 20,00 1.015,00
v 10,00 1.000,00 Ro = p x Q* = CF = CF
RCu 0,50 15 = 0,015 1 - (v / p) RCu
1.015
Ro = Faturamento de Equilíbrio
RCu = Razão de Contribuição Unitária = MCu
MCu Lucratividade p
RCu Rentabilidade RCu representa a percentagem com que cada unidade
monetária obtida pela venda do produto/serviço contribui para cobrir
MCu os custos fixos e gerar o lucro - Representa a “Rentabilidade
RCu =
p Variável” dos produtos/serviços.
261 262

131
Representação Gráfica de Q* e Ro Representação Gráfica Alternativa

$
RT $
CT L

Resultado Líquido
RCu Ro v P.E.

CF Nível de Atividade
Q P
Q* Área de Lucro
CF
Área de Prejuízo
MCu
263 264

132
Exemplo 1 - Análise da MCu e da RCu Exemplo 1 - Continuação

RB
Empresa “A” Empresa “B”
p 10,00 20,00
CB
v 6,00 16,00
RA
CF 300.000,00 300.000,00
MCu 4,00 4,00 CA
RCu 0,40 0,20
1.500
Q* 75.000 75.000
Ro 750.000,00 1.500.000,00 750

A empresa “A” encontra-se em melhor situação que “B”, apesar 300


das duas apresentarem a mesma MCu e o mesmo Q*. A possui
uma RCu duas vezes maior do que “B”, o que lhe confere uma Q
75
maior rentabilidade (e um menor risco). 265 266

133
Análise C-V-L Análise C-V-L
Exercício de Apoio 1 Exercício de Apoio 1 - Continuação
A empresa “XX” opera uma cadeia de sapatarias e está tentando PEDE-SE:
descobrir se vale a pena abrir outra loja, que teria as seguintes a. Determine o ponto de equilíbrio anual em termos monetários e
relações de custo e receita: de unidades físicas.
b. Se forem vendidos 35.000 pares, qual será o lucro líquido da
CUSTOS VARIÁVEIS empresa?
Preço de Venda $ 5,00 / par c. Se o gerente da loja receber $0,05 por par, a título de
Custo dos Sapatos $ 4,00 / par comissão, qual será o ponto de equilíbrio em termos monetários e de
Comissão dos Vendedores $ 0,25 / par unidades físicas?
CUSTOS FIXOS ANUAIS d. Buscando-se os dados originais, se o pagamento de
comissões for interrompido em favor de um aumento salarial no
Aluguel $ 5.500,00 montante de $8.000,00, qual será o ponto de equilíbrio em termos
Salários $ 17.600,00 monetários e em unidades físicas?
Serviços Públicos $ 2.100,00 e. Baseando-se nos dados originais, se o gerente receber $0,10
Outros Custos Fixos $ 4.800,00 por par vendido acima do ponto de equilíbrio, qual será o lucro
líquido da empresa na venda de 50.000 pares?
267 268

134
Análise C-V-L Análise C-V-L - Pressupostos Simplificadores
Exercício de Apoio 2
Um fabricante de painéis solares está indeciso entre COMPRAR a) Preços de venda constantes para qualquer nível de atividade;
ou FABRICAR um determinado componente. b) Todos os custos podem ser classificados em Fixos e Variáveis;
Se ele decidir pela fabricação, deverá realizar um investimento c) Custos Fixos constantes para qualquer nível de atividade;
fixo de $3.500,00 por mês, incorrendo ainda em custos variáveis de d) Custos Variáveis diretamente proporcionais ao volume de
$1,00 por unidade fabricada. produção;
Alternativamente, um fornecedor lhe propõe os seguintes preços: e) Preços dos insumos constantes para qualquer volume de
compras;
a. $1,55/unidade para Q < = 10.000 unidades; f) Durante o horizonte de planejamento, não haverá mudanças na
b. $1,30/unidade para Q > 10.000 unidades. política administrativa, no processo produtivo, na eficiência de
homens e máquinas, nem no controle dos custos;
g) No caso de empresas multiprodutoras, a participação dos
Analise o problema e forneça ao empresário elementos que o produtos na receita total será conhecida;
ajudem a tomar uma boa decisão. h) O volume de produção e vendas apresentarão um alto grau de
sincronização.
269 270

135
Exemplo 2 Exemplo 2
Indústria Automatizada X Indústria Manufatureira Indústria Automatizada X Indústria Manufatureira
Empresa Integrada X Empresa Descentralizada
O exemplo 2 mostra a decisão típica de automação, pois a
Empresa “A” Empresa “B” empresa “A” possui grandes investimentos fixos, compensados por
Receitas 100.000,00 100.000,00 pequenos custos variáveis - uma grande MCu. Contrariamente, “B”
CF 70.000,00 30.000,00 possui investimento fixo pequeno, mas com um custo variável bem
Q 10.000 10.000 maior, o que representa uma MCu menor.
p 10,00 10,00
v 2,00 6,00 A empresa “A”, para ser rentável, necessita de um volume de
MCu 8,00 4,00 produção e vendas bem mais significativo do que a empresa “B”,
RCu 0,80 0,40 sendo também bem mais sensível a eventuais variações nos níveis
Q* 8.750 7.500
de atividade (o que implica numa alavancagem operacional e num
Ro 87.500,00 75.000,00
nível de risco bem maior para a empresa “A” do que para a empresa
“B”).

271 272

136
Margem de Contribuição e os Fatores Restritivos
Margem de Segurança
Como medir o risco? A produção e venda prioritária dos produtos com maior margem
R - Ro de contribuição não implicará na maximização dos lucros totais da
MS = x 100 empresa.
R Isto se dá por existirem fatores restritivos, que limitam a produção
“A Margem de Segurança identifica qual a % de faturamento que
ou venda dos diversos produtos. O mais comum é o tempo utilizado
pode ser perdida sem que a empresa incorra em prejuízo.”
por um produto nos vários estágios do processo.
O critério a ser adotado para a escolha dos produtos que
MSA = 100.000 - 87.500 x 100 = 12,5% maximizarão os lucros, a uma dada capacidade, é a maior
100.000 contribuição possível por unidade do fator restritivo.

MSB = 100.000 -75.000 x 100 = 25,0%


100.000 273 274

137
Exemplo 1 - Utilização Diferenciada da Estrutura de Exemplo 2 - Rotação de Estoques Diferenciada
Produção

Produto “A” Produto “B” Loja “A” Loja “B”


Preço 20,00 30,00 Preço 8,00 7,00
v 14,00 18,00 v 6,00 6,00
MCu 6,00 12,00 MCu 2,00 1,00
RCu 30 % 40 % RCu 25 % 14 %
Produção/hora 3 unidades 1 unidade Vendas/ano 20.000 un. 44.000 un.
MCu/hora 18,00 12,00 MCT/ano 40.000,00 44.000,00

275 276

138
Ponto de Equilíbrio em Empresas Multiprodutoras Ponto de Equilíbrio em Empresas Multiprodutoras

Dada a raridade de empresas monoprodutoras, é necessário Produto RCu “i” % no Faturamento Ponderação
adaptar-se os conceitos para empresas multiprodutoras. 1 RCu 1 %1 RCu 1 x % 1
Em empresas multiprodutoras, Q* só pode ser determinado 2 RCu 2 %2 RCu 2 x % 2
depois de calcular-se o ponto de equilíbrio em unidades monetárias. - ------- ----- ----------------
Por esta razão, é preciso deduzir uma expressão que permita n RCu n %n RCu n x % n
determinar o ponto de equilíbrio em unidades monetárias sem
necessidade de conhecer previamente o ponto de equilíbrio em
unidades físicas. A empresa estará definindo um “produto fictício” que representará
Recomenda-se a definição de uma RCu média para a empresa, toda produção, sendo a RCu desse produto a calculada acima. A
a qual será representativa dos produtos que fabrica. A RCu média seqüência de cálculos é a mesma seguida para empresas
será obtida pela média das RCu’s dos diversos produtos da monoprodutoras.
empresa, ponderadas por suas respectivas participações no Para a participação dos produtos no faturamento, poderá utilizar-se
faturamento.
tanto dados históricos de vendas quanto projeções (ou estimativas) para
RCu = S RCu “i” x % “i” 277 os períodos futuros que se queira analisar. 278

139
Exemplo Ilustrativo Exemplo Geral

Produto RCu % no Faturamento Ponderação Produto “A” Produto “B” Produto “C”
1 0,30 50% 0,15 p 10,00 10,00 10,00
2 0,20 30% 0,06 v 6,00 5,00 7,50
3 0,10 20 % 0,02 % Fat. 50 % 30 % 20 %
RCu = 0,23 CF 120.000,00 100.000,00 80.000,00
MCu 4,00 5,00 2,50
Se CF = 460.000,00 Ro = 460.000,00 = 2.000.000,00 RCu 0,40 0,50 0,25
0,23
R1 = 2.000.000,00 x 0,5 = 1.000.000,00 Se p1 = 10,00 Q1* = 100.000
Além dos custos fixos específicos a cada linha de produtos, ainda
R2 = 2.000.000,00 x 0,3 = 600.000,00 Se p2 = 12,00 Q2* = 50.000 existem $100.000,00 de custos fixos comuns aos três produtos.
R3 = 2.000.000,00 x 0,2 = 400.000,00 Se p3 = 8,00 Q3* = 50.000
279 280

140
Exemplo Geral - Solução Exemplo Geral - Solução (Continuação)

a. Q* e Ro para cobrir os custos específicos das linhas de produtos: b. Q* e Ro para cobrir os custos fixos comuns:

Q* = CF e Ro = CF RCu = ( 0,4 x 0,5) + (0,5 x 0,3) + (0,25 x 0,2) = 0,4


MCu RCu
Ro = CF = 100.000,00 = 250.000,00
Q1* = 30.000 e R 1 = 300.000,00 RCu 0,4
Q2* = 20.000 e R 2 = 200.000,00
Q3* = 32.000 e R 3 = 320.000,00 R 1 = 250.000,00 x 0,5 = 125.000,00 Q1* = 12.500
R 2 = 250.000,00 x 0,3 = 75.000,00 Q2* = 7.500
R 3 = 250.000,00 x 0,2 = 50.000,00 Q3* = 5.000

281 282

141
Exemplo Geral - Solução (Continuação) Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro

c. Q* e Ro para cobrir a totalidade dos custos fixos da empresa: A diferença entre esses três pontos de equilíbrio são os custos fixos
a serem considerados em cada caso:
a. Ponto de Equilíbrio Contábil: são levados em conta todos os
Q1* = 42.500 e R 1 = 425.000,00 custos fixos contábeis relacionados com o funcionamento da empresa.
Q2* = 27.500 e R 2 = 275.000,00 b. Ponto de Equilíbrio Econômico: adiciona-se aos custos fixos
Q3* = 37.000 e R 3 = 370.000,00 anteriormente citados, todos os custos de oportunidade, como por
QT* = 107.000 e RT = 1.070.000,00 exemplo aqueles referentes ao uso do capital próprio, ao possível
aluguel das edificações (caso a empresa seja proprietária), perda de
salários, etc..
c. Ponto de Equilíbrio Financeiro: os únicos custos fixos a serem
considerados são aqueles que serão efetivamente desembolsados no
período de análise, isto é, aqueles que onerarão financeiramente a
283 empresa. 284

142
Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro Ponto de Equilíbrio Contábil - Qc*

Exemplo: Qc* = 4.000,00 = 2.000 unidades/ano.


2,00
Dados Gerais:
Análise:
- Preço de venda: $8,00/unidade. Identifica a quantidade mínima a ser vendida para cobrir os
- Custos variáveis: $6,00/unidade. custos contábeis da empresa.
- Custos fixos: $4.000,00/ano (dos quais $800,00 de depreciação) Representa o ponto de equilíbrio operacional e é adequado para
- Patrimônio líquido da empresa: $10.000,00. análises de médio prazo.
- Taxa mínima de remuneração do capital investido: 10% ao ano.

285 286

143
Ponto de Equilíbrio Econômico - Qe* Ponto de Equilíbrio Financeiro - Qf *

Qe* = 4.000,00 + 1.000,00 = 2.500 unidades/ano. Qf * = 4.000,00 - 800,00 = 1.600 unidades/ano.


2,00 2,00
Análise:
Mostra a quantidade mínima que a empresa terá que vender para Análise:
assegurar a rentabilidade real, dada pela taxa de mínima Informa o quanto a empresa terá que vender para não ficar sem
remuneração do capital investido. É adequado para análises de dinheiro e, assim, ter que tomar empréstimos, prejudicando ainda
longo prazo. mais sua lucratividade. É adequado para análises de curto prazo.
Os custos de oportunidade são muito subjetivos e difíceis de Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio
serem calculados - são apenas um instrumento gerencial de apoio à financeiro, ela poderá até mesmo cogitar uma interrupção temporária
tomada de decisões, não representando os custos reais da empresa. de suas atividades.

287 288

144
Análise C-V-L Análise C-V-L
Exercício de Apoio 3 Exercício de Apoio 3 - Continuação
Milton Poeta é dono e administrador do Motel Paraíso. Poeta é PEDE-SE:
um engenheiro qualificado e poderia ganhar um salário de $9.600,00 a. Elabore uma demonstração (desdobrada em estações de 6
por ano, mas prefere ser dono de seu próprio negócio. Para tanto, meses), mostrando se o Sr. Poeta está ganhando ou perdendo
investiu todas as suas economias, num total de $30.000,00, na dinheiro no ano.
construção do motel.
b. Qual o número de aluguéis por mês que ele precisa ter para
O motel tem 50 quartos disponíveis, que são alugados a $8,00 atingir os pontos de equilíbrio (considerar uma taxa de mínima
por dia. Os custos variáveis de operar o motel montam a $1,60 por remuneração do capital de 10% ao ano):
dia e por quarto alugado. Os gastos fixos mensais e a utilização
histórica são os seguintes: b.1. Econômico
b.2. Contábil
Depreciação $ 2.400,00 Quartos/Semestre Abr - Set Out - Mar
b.3. Financeiro
Impostos e Seguros $ 2.000,00 Alugáveis 9150 9100
c. Supondo que os gastos fixos de manutenção e diversos sejam
Manutenção $ 1.280,00 Alugados 5050 8700 elimináveis a curto prazo, determine a quantidade mínima de quartos
Diversos $ 720,00 Vagos 4100 400 alugados que justificaria o funcionamento do motel.
289 290

145
Ponto de Fechamento (QF*) Ponto de Fechamento (QF*)

O ponto de fechamento QF* indica o nível de atividade mínimo O ponto de fechamento QF* será a quantidade de produção
que justificará o funcionamento da empresa como um todo ou de onde a empresa consegue cobrir os custos fixos elimináveis, aqueles
uma linha de produtos em particular. custos que não existiriam se ela não funcionasse.
Sua definição baseia-se no fato de uma parte dos custos fixos QF* = CF Elimináveis
serem elimináveis - a curto prazo, o que faz a empresa incorrer em
alguns custos fixos (os não elimináveis a curto prazo*) mesmo que MCu
encerre completamente suas atividades em geral (ou atividades de
produção de uma linha de produtos em particular). Assim, se a empresa atuar acima do seu QF* estará
minimizando seu prejuízo, uma vez que conseguirá cobrir uma parte
* aluguéis, seguros, parte da mão-de-obra, depreciação, etc. dos custos fixos não-elimináveis (que existiram mesmo se ela não
produzisse nada).

291 292

146
Ponto de Fechamento (QF*) - Exemplo Interpretação Gráfica

CF = 10.000,00 CF Elimináveis = 7.000,00 RT


Prejuízo
CF Não-Elimináveis = 3.000,00 CT
MCu = 10,00
v
QF* = 7.000,00 = 700 e Q* = 10.000,00 = 1.000 10.000
10,00 10,00
CF não
eliminável
7.000
A empresa só deverá parar de operar se o nível de atividade CF
for inferior a 700 unidades. Seu funcionamento para volumes de eliminável
Q
produção entre 700 e 1.000 unidades (deficitários) fará com que 700 1000
a empresa minimize seu prejuízo total, pois ela conseguirá cobrir
parte de seus custos fixos não-elimináveis.
Até 700 o prejuízo vai aumentando, chegando até 3.000 (300
293
unid. x 10) = CF não eliminável. 294

147
Ponto de Fechamento e Tomada de Decisão Método do Custo-Padrão

O conceito de ponto de fechamento é especialmente válido para De origem americana, este método serve mais para controlar e acompanhar
analisar-se a decisão de eliminar ou não um produto ou uma linha de a produção do que propriamente para medir seus custos, devendo ser encarado
como um instrumento de apoio gerencial.
produtos. Os custos fixos elimináveis serão específicos do produto
(ou da linha de produtos), enquanto os custos fixos não-elimináveis Seu objetivo geral é estabelecer medidas de comparação (padrões)
corresponderão à parcela dos custos fixos comuns da empresa que concernentes à eficiência da utilização dos meios de produção e seus custos
são alocados (ou absorvidos) a esse produto (ou a essa linha de associados (MP, MOD e CIF).
produtos).
Estes padrões são custos predeterminados, cuidadosamente apurados, que
Se o produto cobrir seus custos fixos específicos e uma parte dos deveriam ser atingidos dentro de condições operacionais eficientes.
fixos comuns que lhe são alocados, não será desativado no curto
prazo (a longo prazo, a empresa poderá reduzir seus custos fixos
totais, diminuindo a parcela de custos fixos que é alocada ao produto
analisado).
295 296

148
Método do Custo-Padrão Método do Custo-Padrão
CP = MP + MOD + CIF
Ex.: Apagador VANTAGENS
MP
Padrão Físico x Padrão Monetário a. Avaliação de desempenho
1m madeira “X”
3 x 10,00/m3 = 10,00
0,5 m3 madeira “Y” x 10,00/m3 = 5,00
10 cm2 feltro x 9,00/cm2 = 90,00 b. Incentivo a uma melhor desempenho
3 g cola x 1,00/g = 3,00
2 pregos x 1,00/prego = 2,00 c. Facilita a elaboração de orçamentos confiáveis
110,00
MOD d. Orientação da política de preços
Padrão Físico x Padrão Monetário
1 h MOD A x 10,00/h = 10,00 e. Determinação de responsabilidades
2 h MOD B x 15,00/h = 30,00
40,00 f. Identifica oportunidades de redução de custos
CIF
Se (MP + MOD) = 150 e CIF = 45 g. Subsidia a adoção de medidas corretivas
Então (MP + MOD) x 1,3 para formação do Custo de Produção
h. Diminui o trabalho administrativo
297 298

149
Método do Custo-Padrão Método dos Centros de Custos

DESVANTAGENS Origem: Alemanha, 1900.


Outros nomes: RKW, BAB, MLC, Seções Homogêneas.
• BAB: Betriebsabrechnungsbogen (Mapa de Alocação de Custos)
a. A utilização eficiente do método exige constantes correções nos
padrões monetários (a simples indexação desses padrões não é • RKW: Reichskuratorium für Wirtschaft (Instituto que estabeleceu as regras
básicas para o custeio de produtos)
suficiente, nem confiáveis, para as necessidades do método).
• MLC: Mapa de Localização de Custos
Técnica de alocação de custos aos produtos mais usada no Brasil e no mundo.
b. Muitas vezes, há dificuldades para a determinação dos valores Sua sistemática representa os procedimentos da contabilidade de custos
dos padrões (particularmente dos CIF). tradicional.

299 300

150
Método dos Centros de Custos Método dos Centros de Custos

Gastos: 10.000,00 A 2.000,00 Qualquer método deve responder a 5 perguntas básicas:


Empresa C
Produção: 10 unidades B 3.000,00 5.000,00
Custo Unitário: 1.000,00
0. (Quando?) - implícita

Na realidade, podem ser consideradas três empresas distintas. Divide-se, então,
em seções homogêneas:
1. Quanto? 
Custo dos setores: 2. O Quê (em quê)?
A 2.000,00/13 = 154,00/h 
Serviço/Setor A B C Q B 3.000,00/6 = 500,00/h
3. Onde? 
X 1h 1h 1h 5 C 5.000,00/11 = 454,00/h 4. Como? Análise da eficiência?
Y 2h - 1h 3 Cálculo dos custos dos serviços?
Custo unitário dos
Z 1h 0,5h 1,5h 2 serviços:
Horas Totais 13h 6h 11h X = 1108
Y = 762
Z = 1085
301 302

151
Método dos Centros de Custos Grupos de Centros de Custo

A alocação de custos se dá em duas fases: Numa empresa podem ser encontrados os seguintes agrupamentos de
* Na primeira, divide-se a empresa em centros de custos e centros de custos, conforme as funções que desempenham:
distribuem-se todos os itens de custos através de bases de
rateio conseguindo-se, desta forma, os custos totais do
período para cada centro de custos. * CENTROS COMUNS
* Na segunda fase, os custos são alocados das seções aos Centros indiretos, de apoio
serviços. * CENTROS AUXILIARES

A divisão da empresa em centros distintos é conveniente


para efeito de facilitar a apropriação do custo. * CENTROS OPERACIONAIS

Assim, o rateio das despesas é mais fácil, mais correto e


mais rigoroso, pois é realizado em campo mais delimitado.

303 304

152
Método dos Centros de Custos Método dos Centros de Custos
CENTROS COMUNS
CENTROS AUXILIARES

* Não estão diretamente relacionados à produção de um bem ou serviço. Suportam o processo operativo.
* Função: Função Básica:
- Fornecer serviços para todos os outros centros de custos. - Execução de serviços que beneficiam as operações
* Finalidade principal:
em geral.
Ex.: Eng., Manut., Compras, PCP, Almox., etc.
- Coordenação de todas as atividades.
Custos:
A causa de seus custos é o todo da empresa.
- Acumulados por responsabilidade departamental
Ex.: Diretoria, Refeitório, Tesouraria, Contabilidade, RH, para controle.
Departamento Jurídico, etc. - Redistribuídos aos departamentos produtivos para
fins de custeio dos produtos/serviços.
305 306

153
Método dos Centros de Custos Exemplo Geral do Método dos Centros de Custos

Bases de Rateio Adm. Geral Projetos Manutenção Oper 1 Oper2


CENTROS OPERACIONAIS Valor dos Equip. 50 100 100 350 400
Área (m2) 10 20 20 25 25
Nº Empregados 10 20 5 5 10
Contribuem, de forma direta, para a produção de um item ou serviço Horas de Projeto - - 5 10 15
e incluem os setores nos quais os processos de execução têm lugar. Horas Manutenção - - - 80 20

Os custos atribuídos a cada centro de custo operacional


representarão o total dos custos incorridos pelo setor, para a
produção da totalidade dos itens que por ele passaram, num Centro de Custo Valor($) Adm. Geral Projetos Manutenção Oper 1 Oper 2
determinado período de tempo. Salários 12.000,00
Depreciação 10.000,00
Grande parte dos custos dos centros operacionais são indiretos, Mat. Consumo 3.000,00
Aluguéis 1.000,00
oriundos dos centros auxiliares e, portanto, uma redistribuição Total 26.000,00
precisa desses custos indiretos entre os centros operacionais é
indispensável para a obtenção dos custos reais dos
produtos/serviços. 307 308

154
Exemplo Geral do Método dos Centros de Custos Exemplo Geral do Método dos Centros de Custos
Centro de custo Base Rateio Valor($) Adm. Geral Projetos Manutenção Oper 1 Oper 2
Salários Conf. Relação 12.000,00 5.000,00 1.000,00 1.000,00 2.500,00 2.500,00
Depreciação Valor Equip. 10.000,00 500,00 1.000,00 1.000,00 3.500,00 4.000,00
Mat. Consumo Conf. Requisição 3.000,00 1.000,00 500,00 500,00 500,00 500,00
Centro de Custo Base Rateio Valor($) Adm. Geral Projetos Manutenção Oper 1 Oper 2 Aluguéis Área 1.000,00 100,00 200,00 200,00 250,00 250,00
Salários Conf. Relação 12.000,00 5.000,00 1.000,00 1.000,00 2.500,00 2.500,00 Subtotal 1 26.000,00 6.600,00 2.700,00 2.700,00 6.750,00 7.250,00
Depreciação Valor Equip. 10.000,00 500,00 1.000,00 1.000,00 3.500,00 4.000,00 Nº Empregados 3.300,00 825,00 825,00 1.650,00
Mat. Consumo Conf. Requisição 3.000,00 1.000,00 500,00 500,00 500,00 500,00 Horas de Projeto 1.000,00 2.000,00 3.000,00
Aluguéis Área 1.000,00 100,00 200,00 200,00 250,00 250,00 Horas Manutenção 3.620,00 905,00
Total 26.000,00 6.600,00 2.700,00 2.700,00 6.750,00 7.250,00 Subtotal 2 13.195,00 12.805,00
÷ ÷
145 h 200 horas
= =
91,00/hora 64,03/hora

Serviço Oper 1 Oper 2 Total


X 2 horas 182,00 1 hora 64,03 246,03
309 Y 1 hora 91,00 2 horas 128,06 219,06 310

155
Centros de Custos - Exercício de Apoio Exercício de Apoio - Continuação

Os gastos da empresa OUROFIX S.A. vêm crescendo constantemente Além disso, um estudo adicional elaborado pela Seção de Estatísticas e
nos últimos meses. Preocupado com isto, o Diretor Superintendente Análises da empresa revelou o seguinte:
mandou fazer nos meses de abril e maio um levantamento completo
acerca da estrutura desses gastos, obtendo os seguintes dados: Área Equipamento MOIND Valor equip. Empregados
Código Especificação ABRIL MAIO % FIXA Departamento (m2) (horas) (horas) ($) (número)
801 Mão-de-obra direta 15.000,00 16.000,00 70% C. Oper. A 600 600 500 800,00 180
802 Mão-de-obra indireta 8.000,00 9.300,00 100% C. Oper. B 300 1.400 300 200,00 300
803 Superintendência 5.000,00 6.500,00 100% C. Oper. C 400 1.000 400 600,00 260
804 Materiais indiretos 10.000,00 12.000,00 20%
C. Comum 50 -------- 100 --------- 100
805 Depreciação 12.000,00 14.000,00 50%
806 Energia elétrica 3.000,00 3.500,00 40% C. Auxil. 1 50 -------- 100 --------- 120
807 Aluguéis 8.000,00 9.000,00 100% C. Auxil. 2 80 -------- 140 --------- 110
61.000,00 70.300,00 1.480 3.000 1.540 1.600,00 1.070
311 312

156
Exercício de Apoio - Continuação Exercício de Apoio - Continuação

Sempre de acordo com a Seção de Estatística e Análises, os A seção de Estatística sugere, ainda, que os custos primários
gastos de execução devem ser distribuídos aos diversos Centros de dos Centros de Custos Comuns e Auxiliares devam ser distribuídos
Custos segundo as seguintes bases de rateio primárias: aos Centros Operacionais de acordo com as seguintes bases de
rateio secundárias:
Código Base rateio primária
801 Nº de empregados Centros Custos Base de rateio secundária
802 Horas de MOIND Comum Nº de empregados
803 Horas de MOIND Auxiliar 1 Horas-máquina
804 Horas-máquina
Auxiliar 2 Horas de MOIND
805 Valor equipamentos
806 Horas-máquina
807 Área
313 314

157
Exercício de Apoio - Continuação Exercício de Apoio - Continuação

A empresa tem como capacidade 200 horas/mês. No mês de O setor de Planejamento e Controle de Operações da empresa
abril, trabalhou 200 horas nas áreas operacionais e 190 horas nas informou, adicionalmente que as vendas tiveram uma leve redução
áreas de apoio, enquanto que no mês de maio ambas as áreas no mês de maio, e apresentou os seguintes números:
trabalharam apenas 180 horas. A empresa executa 3 serviços
diferentes, os quais demandam os seguintes tempos-padrão: Serviço Abril Maio
Tempos-padrão de execução (horas) X 2.500 2.400
Serviço Operação A Operação B Operação C Y 1.000 1.000
X 0,02 0,05 0,01 Z 3.000 2.600
Y 0,05 ------ 0,15 Total 6.500 6.000
Z 0,03 0,02 -----

315 316

158
Exercício de Apoio - Continuação
ABC - ACTIVITY-BASED COSTING
Por quê?
Para os dois meses analisados, PEDE-SE:

Rápida e extraordinária mudança no perfil da demanda e oferta de bens e


A. Calcular os custos primários de cada um dos Centros de serviços
Custos. Economia de Escala Economia de Escopo
B. Calcular os custos secundários dos Centros Operacionais. Diversidade e volatilidade de produtos
C. Calcular os custos de execução dos 3 serviços oferecidos Complexidade dos processos empresariais
pela empresa.
D. Considerando as vendas realizadas nos meses de abril e
Necessidade de uma nova forma de análise de custos
maio, fazer uma análise da eficiência da área operacional da
empresa.
E. Considerando a estrutura de gastos fixos e variáveis da
empresa, calcular seu valor de perdas por ociosidade.
317 318

159
ABC - ACTIVITY-BASED COSTING
ABC - Características (Custeio Baseado em Atividades)

Origem americana (anos 80).


Processo de custeio de atividades e
Desenvolvido pela academia (HARVARD), atendendo demanda do meio produtos/serviços com a finalidade de apoiar e
empresarial. subsidiar o gerenciamento dos processos
Causa: os sistemas tradicionais de alocação de custos não atendiam empresariais.
mais a realidade das empresas (crescimento dos CUSTOS
INDIRETOS FIXOS - CIF), para fins de gerenciamento.
Objetivo: desenvolver uma sistemática de alocação de custos que
permitisse avaliar a eficiência (VALOR AGREGADO) das atividades
que consumiam os recursos e geravam os CIF.

319 320

160
DISTORÇÃO NO CUSTO DE QUE DIFERENÇA FAZ A DISTORÇÃO?
PRODUTOS/SERVIÇOS (P/S)
Você tem P/S que são intuitivamente mais fáceis ou difíceis de projetar EXTERNAMENTE
e/ou processar? Quais contratos disputar e a que preço?
Você tem gerado ou oferecido, nas mesmas instalações, P/S de alto e Quais clientes perseguir?
baixo volume?
Quais produtos/serviços manter em linha?
Você tem uma base de alocação de custos indiretos orientada para
volumes (mão-de-obra, horas-máquina, unidades produzidas)? Quais produtos promover?
Os custos indiretos (de apoio, vendas e administrativos) representam Quais serviços oferecer?
uma parcela importante dos custos totais de sua empresa? Quais serviços serão cobrados à parte?
Você tem uma combinação de clientes de alto e baixo volume? Como remunerar a equipe de vendas para que trabalhe para
Alguns clientes concentram as suas compras em produtos de margens maximizar as margens e não as receitas?
elevadas mais do que outros clientes? INTERNAMENTE
Alguns clientes exigem padrões de qualidade mais elevados do que Por que o custo é o que é?
outros?
O que fazer a respeito (caso não goste dele)?
Alguns clientes exigem serviços adicionais?
321 322

161
ABC - PREMISSAS BÁSICAS HIERARQUIA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
Trata os custos indiretos como se fossem diretos, através da análise das atividades
responsáveis pelo consumo dos recursos.
1. Direto
Custeia atividades e não produtos - produto é conseqüência.

Não é um simples rateio arbitrário de custos indiretos, mas uma tentativa de 2. Relações causais ou ABC
rastreamento para identificar os verdadeiros causadores de custos.
3. Volume ou rateio
Não está preocupado com a exatidão dos custos, mas com a acurácia na sua
apuração (permitindo crescente grau de isenção de erros sistemáticos).

323 324

162
ABC VERSUS TRADICIONAL ABC/ABM

Sistema de Informações
Exemplo Tradicional ABC Propósito:

Taxas de Condomínio Água: rateio por área Luz: consumo  Suporte à estratégia competitiva
 Gestão econômica das empresas
Conta de Restaurante Dividida por n Conta individual
ABC e ABM
O ABC fornece a informação
O ABM a utiliza para análises e melhorias

325 326

163
VAMOS REDUZIR CUSTOS ? MÉTODO TRADICIONAL X ABC

Setor: Manutenção $/mês: 70.000,00 Produto Volume Hmod Hmáq Setup N.pedidos Manuseio Partes
P1 10 5 5 1 1 1 1
P2 100 50 50 3 3 3 1
Salários 50 Organizar M. Preventiva 4 Total Vol 110 55 55 4 4 4 2
Depreciação 10 Executar M. Preventiva 30 Total $ 1100 550 400 480 200 790 3520
Materiais Gerais 6 Atender M. Emergência 20
Energia Elétrica 3 Treinar mecânicos 2
Diversos 1 Desenvolver dispositivos 3 Método tradicional - Taxa de overhead: 3520/55 = 64/hora
Manter equip. próprios 1 P1 = 64 x 5 = 320 / 10 = $ 32/unidade
Administrar o setor 10 P2 = 64 x 50 = 3200/100 = $ 32/unidade

327 328

164
MÉTODO TRADICIONAL X ABC
Método de ABC - Taxa de Overhead:
Base horária (1.100 + 550)/55 = 30/hora
Base lote (400 + 480 + 200)/4 = 270/unidade SISTEMA DE GESTÃO DE CUSTOS
Base partes 790/2 = 395/unidade

P1 P2
30 x 5 = 150 30 x 50 = 1500
Análise dos Custeio Racionalização
270 x 1 = 270 270 x 3 = 810
395 x 1 = 395 395 x 1 = 395
Processos do Baseado em e Melhoria
815 2705
Negócio Atividades Contínua
Vol. 10 100
Custo 81,50 27,05

329 330

165
GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Organização XYZ
Direção
A visão clássica das Empresas
Presidente
Função A Função B Função C

Diretor A Diretor B Diretor C Diretor D Diretor E

As Empresas são vistas como um Grande Agrupamento de


Setor A1 Setor A2 Setor B Setor C1 Setor C2 Setor C3 Setor D Setor E1 Setor E2 Departamentos (Setores)
Visão decorrente do Antigo PARADIGMA de Divisão do Trabalho
Nenhum Departamento tem Responsabilidade Total por um Processo
Questões: de Trabalho Completo
 Quem são os Clientes e o Mercado ? Gerenciamento é quase sempre voltado à Estrutura Organizacional
(Recursos) e Não aos Resultados
 Quais são os Produtos e os Serviços ?
Há criação de Barreiras Interdepartamentais
 Como são os Fluxos de Trabalho ?
332

166
FLUXOGRAMA SETORIAL - SEQÜÊNCIA
A VISÃO DOS PROCESSOS
DE ATIVIDADES E SETORES
Enfoque de Processos X Enfoque de Departamentos ATIVIDADES NOS SUBPROCESSOS ÁREA RESPONSÁVEL
ORGANIZAÇÃO XYZ 1. Chegada do Cliente no Banco Cliente
2. Recepção do Cliente pelo Atendente Gerência Pessoa Física
3. Verificação da Solicitação do Cliente Gerência Pessoa Física
4. Preenchimento do Formulário de Solicitação
Função A Função B Função C de Empréstimo do Cliente Gerência Pessoa Física
5. Saída Cliente Cliente
6. Envio da Solicitação de Empréstimo para
Análise do Cadastro Gerência Pessoa Física
Processo 1 Produtos 7. Análise Dados Cadastrais e Histórico Cliente Setor de Cadastro
8. Envio da Solicitação para Análise das
Processo 2 Serviços Condições Financeiras Setor de Cadastro
9. Análise das Condições Financeiras Cliente Setor Financeiro
10. Emissão do Relatório Financeiro do Cliente Setor Financeiro
334

167
ATIVIDADES NOS SUBPROCESSOS ÁREA RESPONSÁVEL FERRAMENTAS DE ANÁLISE
11. Envio Solicitação e Relatório para
Aprovação Gerência Setor Financeiro Fluxograma Funcional - Seqüência de Tipos de Atividades, Setores e Tempos
12. Aprovação da Solicitação de Empréstimo
pela Gerência Gerência
13. Envio Solicitação Empréstimo Aprovada SETORES TIPOS DE ATIVIDADES / TEMPOS ENVOLVIDOS
(ou não) para Gerência de Pessoa Física Gerência ENVOLVIDOS 1 DIA 2 DIAS 3DIAS
14. Comunicação ao Cliente da Decisão sobre
Ger. Pessoa Física2 3 4 6 1 1 1
a Solicitação de Empréstimo Gerência Pessoa Física 4 6 7
15. Retorno Cliente Cliente Setor de Cadastro 7 8
16. Assinatura Documentação de Empréstimo
Setor Financeiro 9 1 1
pelo Cliente Gerência Pessoa Física
0 1
17. Envio Empréstimo Aprovado Setor Caixa Gerência Pessoa Física 1 1
Gerência do Banco
18. Entrega Empréstimo (Pagamento)Cliente Setor de Caixa 2 3
19. Envio dos Comprovantes de Empréstimo 1 1
Setor de Caixa
8 9
ao Setor de Cobrança Setor de Caixa 2
20. Saída do Cliente Cliente Setor de Cobrança 0
335 336

168
FLUXOG. FÍSICO PROCESSO EMPRÉSTIMO COMPARAÇÃO DOS TEMPOS DE
PROCESSAMENTO E CICLO DO PROCESSO
PESSOAL CLIENTE BANCO - EX.
EMPRÉSTIMO PESSOAL BANCO - EX.
ATIVIDADES Tempo Tempo de Ciclo
Processam.
Serviços Poupança Pessoa Pessoa Gerência
(horas) (horas) (horas acumuladas)
(Talões, Física Jurídica
Geral 1. Chegada do Cliente no Banco 0,0 0,0 0,0
Cartões)
2. Recepção do Cliente pelo Atendente 0,1 0,1 0,1
3. Verificação da Solicitação do Cliente 0,2 0,4 0,5
4. Preenchimento do Formulário de
Setor de Solicitação de Empréstimo do Cliente 0,5 0,7 1,2
Cobrança 5. Saída Cliente 0,1 0,1 1,3
6. Envio da Solicitação de Empréstimo
para Análise do Cadastro 0,1 2,0 3,3
7. Análise Dados Cadastrais e Histórico
Setor
Cliente 0,5 1,0 4,3
Financeiro 8. Envio da Solicitação para Análise das
Auto - Caixa Auto - Serviços Caixas Setor
Cadastro Condições Financeiras 0,1 4,0 8,3
9. Análise das Condições Financeiras
Informática - Banco de Dados e Cadastro
337 Cliente 0,5 0,7 9,0 338
Fluxo do Cliente Fluxo do Processo

169
10. Emissão Relatório Financeiro Cliente 0,5 1,0 10,0 ANÁLISE DO VALOR AGREGADO
11. Envio Solicitação e Relatório para
Aprovação da Gerência 0,1 4,0 14,0
12. Aprovação Solicitação Empréstimo Análise do Valor Agregado = AVA
pela Gerência 0,2 0,5 14,5
13. Envio Solicitação de Empréstimo pela AVA - Insere-se dentro da Lógica de Eliminação de Perdas e Desperdícios
Aprovada p/Gerência Pessoa Física 0,1 4,0 18,5
14. Comunicação ao Cliente Decisão O Objetivo é determinar quais atividades efetivamente contribuem para satisfazer
Solicitação de Empréstimo 0,1 1,0 19,5 as expectativas do cliente, interno ou externo.
15. Retorno Cliente 0,0 0,1 19,6
Tipos de Atividades :
16. Assinatura Doc. Empréstimo p/ Cliente 0,1 0,2 19,8
17. Envio Empréstimo Aprovado Setor Caixa 0,1 0,5 20,3  com Valor Real Agregado = VRA
18. Entrega Empréstimo ao Cliente 0,1 0,2 20,5  com Valor Empresarial Agregado = VEA
19. Envio Comprovantes Empréstimo Setor
Cobrança 0,1 2,0 22,5  Sem Valor Agregado = SVA
20. Programação Cobranças do Empréstimo 0,5 1,0 23,5
21. Saída Cliente 0,0 0,0 23,5
TOTAL 4,0 23,5 23,5
PERCENTUAL 17,02% 100,0% 100,0%

339 340

170
AVALIAÇÃO DO VALOR AGREGADO ANÁLISE DO VALOR AGREGADO
Atividade DOS PROCESSOS
Sim Não Estudo de Caso (Empréstimo Bancário) - AVA
Necessária
para produzir
Contribui para resultado? Contribui para MACROPROCESSO - Empréstimo Bancário para Cliente Pessoa Física
as exigências funções
do cliente? Não empresariais? SUBPROCESSOS Atividades VRA Atividades VEA Atividades SVA

Sim A - Solicitação do Cliente


Sim Não
B - Análise do Cadastro
Valor Real Valor Empresarial Sem Valor C - Análise Financeira
Agregado Agregado Agregado
D - Aprovação do Empréstimo

E - Pagamento do Empréstimo
Atividades que precisam Atividades que não contribuem para o F - Ass. Promissórias e Cobranças
ser executadas para atendimento das exigências dos clientes. Estas
atender às exigências atividades poderiam ser eliminadas sem
dos clientes. comprometer a funcionalidade do produto/serviço.
341 342

171
ABM - Possibilidades
Características do ABC/ABM Aperfeiçoar
Orçamento
e Controle
Melhora a análise das despesas de estrutura. ABM Sustentar
de Custos
Melhoria
Dirige a atenção da gerência às atividades, as quais geram os custos.
Contínua
Racionalizar
Proporciona apoio a decisões de longo prazo (estratégicas).
Custos e
Melhorar Melhorar a
Desempenho Tomada
de Decisões
343 344

172
ABC - CONCEPÇÃO ABC - ALOCAÇÃO

Custos Custos
GERAM DIRECIONADORES
DE CUSTOS
Atividades/Processos PRIMÁRIOS
Atividades/Processos

CONSOMEM DIRECIONADORES
DE CUSTOS
Produtos/Serviços SECUNDÁRIOS
Produtos/Serviços

345 346

173
ABC - VISÃO GERAL DA TÉCNICA ABC - SEQUÊNCIA DE OPERACIONALIZAÇÃO
Recursos
1. Análise dos processos e visualização em atividades.
CUSTEIO DE
PROCESSOS 2. Compreensão do comportamento das atividades (de sua
lógica de geração de trabalho) e identificação dos
Atividades/Processos direcionadores de custos primários.

CUSTEIO DE 3. Cálculo dos custos das atividades.


PRODUTOS 4. Identificação dos direcionadores de custos secundários (para
Produtos/Serviços alocação dos custos das atividades aos clientes/
produtos/serviços).
“Os recursos da empresa são consumidos e utilizados na 5. Alocação dos custos aos clientes/produtos/serviços, de forma
condução de um conjunto de atividades, as quais são proporcional ao seu grau de utilização dos direcionadores de
executadas para permitir a produção dos produtos
custos secundários.
entregues aos clientes”.
347 348

174
CUSTOS COMERCIAIS PERFIL COMERCIAL DOS CLIENTES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Análise de relatórios de clientes


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Atendimento a clientes (fone)


Visitas a clientes especiais
Análise de relatórios de clientes

Análise crítica de contrato


Análise da concorrência
Atendimento a clientes (fone)

Informações à diretoria
Pesquisa de mercado
Visitas a clientes especiais

Cadastro de clientes
Análise crítica de contrato

Visitas a clientes
Análise da concorrência

Informações à diretoria
Pesquisa de mercado

Negociação
Cadastro de clientes

Cobrança
Visitas a clientes

Negociação

João 10,0 40,0 50,0 30,0 20,0 10,0 10,0 10,0

Cobrança
Pedro 16,0 20,0 13,0 16,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Maria 13,0 20,0 14,0 20,0 20,0 5,0 10,0 10,0 20,0

Outros 11,0 13,0 10,0 14,0 10,0 5,0 10,0 10,0

João 10,0 40,0 50,0 30,0 20,0 10,0 10,0 10,0 TOTAL 50,0 80,0 90,0 60,0 50,0 30,0 20,0 30,0 30,0 20,0 40,0 500,0
Pedro 16,0 20,0 13,0 16,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Custo Custo Ton
Cliente Grau de utilização das atividades comerciais Inicial Ajuste transp. $/ton
Maria 13,0 20,0 14,0 20,0 20,0 5,0 10,0 10,0 20,0
A 4 1 1 3 69 105 1000 0,10
B 3 1 33 50 900 0,06
Outros 11,0 13,0 10,0 14,0 10,0 5,0 10,0 10,0 C 2 2 1 4 62 94 700 0,13
D 1 1 1 1 40 61 10 6,06
E 2 1 1 2 1 1 66 100 100 1,00
TOTAL 50,0 80,0 90,0 60,0 50,0 30,0 20,0 30,0 30,0 20,0 40,0 500,0 F 3 1 1 1 60 91 50 1,82
Soma 0 0 9 6 5 3 2 10 3 2 0 330 500 2760
349 C Unit. 10 10 10 10 10 3 10 10 350

175
Apresentação da Empresa XX - Período Genérico
Exemplo - Função Vendas

• EMPRESA “XX”
» A Empresa fabrica 4 (quatro) produtos: P1, P2, P3,P4.
Alocação dos itens de custos às atividades.
» A Empresa utiliza 4 (quatro) matérias-primas na fabricação dos
produtos: M1, M2, M3, M4.
Item Atividades » Todos os produtos empregam 1 (uma) unidade de M1.
de Vendas Suporte TOTAL » Os produtos P1 e P4 empregam 1 (uma) unidade de M4.
Custo Produtos Sistemas Repres. Atend. ReparosCursos » Os produtos P2 e P3 empregam, respectivamente, 1 (uma)
Salários 360 395 145 180 60 60 1200,00 unidade de M2 e M3.
Serv. Terc. - - - - - 200 200,00 » As matérias-primas M1, M2, M3 e M4 foram recebidas em lotes
Comunic. 20 20 20 20 20 20 120,00 de 2.000, 500, 200 e 2.000 unidades.
Viagens 25 25 25 25 - - 100,00 » Foram recebidos 57, 20, 10 e 51 lotes, respectivamente, das
Mat. Cons. 10 10 10 10 10 20 70,00 matérias-primas M1, M2, M3 e M4.
Diversos 5 5 5 5 5 5 30,00 » O cálculo dos custos totais dos produtos é obtido por:
TOTAL 420 455 205 240 95 305 1720,00 CT = MP + MOD + CIF
Percentual 24% 26% 12% 14% 6% 18% 100 % 352

176
Dados da Empresa XX - Período Genérico Cálculo dos Custos dos Produtos - Sistema
Tradicional

P1 P2 P3 P4 Total
Produção e vendas (un.) 100.000 10.000 2.000 2.000 114.000
Custos Indiretos de Fabricação - CIF e Custo Total
Custo Matéria-Prima $ 20,00 $ 20,00 $ 20,00 $ 20,00 $2.280.000
Horas de MOD 0,6 0,6 0,5 0,5 68.000
Custo de MOD $ 6,00 $ 6,00 $ 5,00 $ 5,00 $ 680.000 TAXA = 2.082.400/57400 = $ 36,28 / h máquina
Horas-máquinas 0,5 0,5 0,6 0,6 57.400
Nº lotes produzidos 50 20 10 10 90
P1 = P2 = 0,5 x 36,28 = $ 18,14
Nº ordens produção 170 60 20 20 270 P3 = P4 = 0,6 x 36,28 = $ 21,77
Lotes M1 recebidos 50 5 1 1 57
Lotes M2 recebidos - 20 - - 20
Lotes M3 recebidos - - 10 - 10
P1 P2 P3 P4
Lotes M4 recebidos 50 - - 1 51 MP 20,00 20,00 20,00 20,00
Custos indiretos fixos $ 2.082.400
MOD 6,00 6,00 5,00 5,00
CIF 18,14 18,14 21,77 21,77
Total 44,14 44,14 46,77 46,77

353 354

177
Dados da Empresa XX - Período Genérico Dados da Empresa XX - Período Genérico
P1 P2 P3 P4 Total
Produção e vendas (un.) 100.000 10.000 2.000 2.000 114.000
Custo de Matéria-Prima $ 20,00 $ 20,00 $ 20,00 $ 20,00 $ 2.280.000
Horas de MOD 0,6 0,6 0,5 0,5 68.000 P1 P2 P3 P4 Total
Custo de MOD $ 6,00 $ 6,00 $ 5,00 $ 5,00 $ 680.000 Produção e vendas (un.) 100.000 10.000 2.000 2.000 114.000
Horas-máquinas 0,5 0,5 0,6 0,6 57.400 Custo Matéria-Prima $ 20,00 $ 20,00 $ 20,00 $ 20,00 $ 2.280.000
Nº de lotes produzidos 50 20 10 10 90 Horas de MOD 0,6 0,6 0,5 0,5 68.000
Nº de ordens produção 170 60 20 20 270 Custo de MOD $ 6,00 $ 6,00 $ 5,00 $ 5,00 $ 680.000
Lotes de M1 recebidos 50 5 1 1 57 Horas-máquinas 0,5 0,5 0,6 0,6 57.400
Lotes de M2 recebidos - 20 - - 20 Nº lotes produzidos 50 20 10 10 90
Lotes de M3 recebidos - - 10 - 10 Nº ordens produção 170 60 20 20 270
Lotes de M4 recebidos 50 - - 1 51 Lotes M1 recebidos 50 5 1 1 57
Custos indiretos fixos: $ 2.082.400 Lotes M2 recebidos - 20 - - 20
Recebimentos de materiais Lotes M3 recebidos - - 10 - 10
Movimentação de materiais Lotes M4 recebidos 50 - - 1 51
Preparação de máquinas Custos fixos: $ 2.082.400
PCP Recebimentos materiais $ 552.000
Produção Movimentação materiais $ 162.000
Preparação máquinas $ 45.000
PCP $ 405.000
Produção $ 918.400
355 356

178
Cálculo dos Custos dos Processos - Método ABC Cálculo dos Custos dos Produtos - Método ABC

Baseia-se na análise prévia dos Processos da Empresa Baseia-se na análise prévia dos Processos da Empresa

RECEBIMENTO = 552.000/138 = $ 4.000,00 por lote recebido P1 = (50x4.000 + 50x4.000 + 50x1.800 + 50x 500 + 170x1.500)/100.000 + 0,5 x 16 = $ 15,70

MOVIMENTAÇÃO = 162.000/90 = $ 1.800,00 por lote processado P2 = ( 5x4.000 + 20x4.000 + 20x1.800 + 20x500 + 60x1.500)/ 10.000 + 0,5 x 16 = $ 31,60
PREPARAÇÃO DE P3 = ( 1x4.000 + 10x4.000 + 10x1.800 + 10x500 + 20x1.500)/ 2.000 + 0,6 x 16 = $ 58,10
MÁQUINAS = 45.000/90 = $ 500,00 por lote processado P4 = ( 1x4.000 + 1x4.000 + 10x1.800 + 10x500 + 20x1.500)/ 2.000 + 0,6 x 16 = $ 40,10
PCP = 405.000/270 = $ 1.500,00 por ordem produção
PRODUÇÃO = 918.400/57400 = $ 16,00 por hora-máquina

357 358

179
Comparação dos Custos Totais dos Produtos
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O
ABC/ABM
SISTEMÁTICA TRADICIONAL X MÉTODO ABC
Na etapa inicial de implantação do ABC, é comum um grande
P1 P2 P3 P4 detalhamento das atividades relacionadas a cada função da
Sistema tradicional $ 44,14 $ 44,14 $ 46,77 $ 46,77 organização, bem como da alocação dos custos às
atividades.
Custeio por atividade $ 41,70 $ 57,60 $ 83,10 $ 65,10
Diferença percentual - 5,5% + 30,5% + 77,7% + 9,2%
A vantagem é que esta prática poderá evidenciar possíveis
ineficiências na utilização dos recursos.

359 360

180
Detalhamento
das Atividades ABC - DETALHAMENTO
Função

Processo Processo Processo O ABC, em sua forma detalhada, pode não ser aplicável na prática, por exigir
muitos dados.

Atividade Atividade Algumas simplificações podem viabilizar a implementação efetiva do ABC.

De qualquer forma, pode-se dizer que a pior estimativa do ABC é superior aos
Tarefa Tarefa Tarefa resultados da contabilidade tradicional, que é exata, mas errada.

Subtarefa Subtarefa

Operação Operação Operação


361 362
Fonte: Robles Jr. Custos da qualidade. U/PGP/2001/1o. Módulo/Apresentações/ABC - Activity Based Costing.ppt

181
Método das Unidades de Esforço de Produção (UEPs) Método das Unidades de Esforço de Produção (UEPs)

 Unificação da Produção 3 . Formalização:


 Utilização da noção de “Agregação de Valor”: a matéria-prima é - Programa do Pós-Graduação em Engenharia de Produção da
apenas “objeto de trabalho”; Universidade Federal de Santa Catarina;
 Planejamento, controle e custeio de processos de fabricação. - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
1 . Início:
- 12 dissertações de mestrado e 3 de doutorado já defendidas;
- Eng. George Perrin, França, anos 50.
- 25 artigos publicados em Revistas e Congressos Nacionais e
Método GP. Internacionais.
2 . Continuidade: 4 . Aplicações:
- Eng. Franz Allora, Brasil, anos 70. - em mais de 100 indústrias brasileiras;
Método das UEPs. - empresas de pequeno, médio e grande porte;
- empresas de vários setores industriais: calçados, metalúrgico, têxtil,
móveis, cristais,etc.
363 364

182
A Problemática da Medição da Produção Industrial Medição da Produção

Suponha-se, agora, que a • O método das UEPs simplifica a atividade de medição da produção:
produção do mês de abril seja a produtos diferentes serão contabilizados por um único parâmetro, permitindo
Considere-se o caso da produção seguinte: que se tenha um valor global e sintético das atividades da empresa.
de um certo tipo de bomba em 5 Diâmetro de 30 cm = 15 bombas
diâmetros distintos de rotor. • Diâmetro de 40 cm = 10 bombas • Por exemplo, para o caso das bombas anteriormente citado, pode-se-ia ter:
Suponha-se que a produção do Diâmetro de 50 cm = 15 bombas
mês de março tenha sido a • Diâmetro de 60 cm = 07 bombas
Valor em UEPs Física UEPs Física UEPs
seguinte: Diâmetro de 70 cm = 08 bombas
 30 cm 0,80 UEPs 10 bombas 8,00 UEPs 15 bombas 12,00 UEPs
Diâmetro de 30 cm = 10 bombas Total 55 bombas
• Diâmetro de 40 cm = 15 bombas  40 cm 0,92 UEPs 15 bombas 13,80 UEPs 10 bombas 9,20 UEPs
Diâmetro de 50 cm = 30 bombas  50 cm 1,00 UEPs 30 bombas 30,00 UEPs 15 bombas 15,00 UEPs
• Diâmetro de 60 cm = 02 bombas  60 cm 1,25 UEPs 2 bombas 2,50 UEPs 7 bombas 8,75 UEPs
Diâmetro de 70 cm = 01 bombas  70 cm 1,42 UEPs 1 bomba 1,42 UEPs 8 bombas 11,36 UEPs
Total 58 bombas Total 58 bombas 55,72 UEPs 55 bombas 56,31 UEPs
365 366

183
A Necessidade de se Unificar a Produção Escolha de uma Unidade de Medida Comum à
Produção
MONOPRODUÇÃO Questão: O que é comum à toda a produção?
 Existência de uma unidade de medida única; Resposta: Os esforços de produção despendidos para a fabricação
dos diversos produtos.
 Facilidade para se planejar e controlar processos de fabricação.
Esforços: - das máquinas e equipamentos;
- da mão-de-obra direta e indireta
MULTIPRODUÇÃO - dos materiais indiretos:
 ????? - do capital;
- das utilidades em geral.
 Necessidade de uma unidade de medida única;
Pode-se dizer, então, que um produto “absorve”, no seu processo de
 Unificação da produção pela utilização da noção abstrata de fabricação, uma série de esforços de produção. Esses esforços são
esforço de produção. homogêneos, isto é, possuem a mesma natureza, diferindo de um
367
produto a outro apenas na sua intensidade. 368

184
O Problema da Medição dos Esforços de Produção Os Princípios Básicos do Método das UEPs

Questão 1) Princípio do Valor Agregado


:
Como medir os esforços de produção utilizados pela empresa no seu
processo de fabricação? 2) Princípio das Relações Constantes

Resposta:
3) Princípio das Estratificações

Pela utilização da noção material de custos técnicos.

369 370

185
Princípio do Valor Agregado Princípio das Relações Constantes

“O produto de uma fábrica é o trabalho que ela realiza sobre as  Posto 1 = 5 UEPs/h
matérias-primas, e se reflete no valor que ela agrega a essas
 Posto 2 = 10 UEPs/h
matérias-primas durante o processo de produção”.
 Relação = Constante = 2
Conseqüências:
• A matéria-prima é vista como sendo apenas “objeto de trabalho”.
Princípio das Estratificações
• A empresa é dividida em duas partes distintas: fábrica e setor
administrativo. MOD MOIND DEPREC TOTAL
Posto 1 3,00 1,00 7,00 11,00

MP Transformação PRODUTO Posto 2 7,00 3,00 1,00 11,00

371 372

186
Roteiro Geral Implantação Método das UEP’s Exemplo Geral do Método das UEPs
Análise da Estrutura Definição dos Postos Custo/Precisão
Produtiva Operativos
PARTE FÍSICA E CONSTANTE
Definição dos Parâmetros
Unidades de Capacidade (UC) Definição do Produto-Base a) Definição dos postos operativos e de seus potenciais de produção (FIPO)

Definição dos Itens de Custo para os Gama de Tempos do Postos Operativos ($/Hora)
Postos Operativos Produto-Base
Item de Custo P.O. 1 P.O. 2 P.O. 3 P.O. 4
Coleta de Dados
MOD 5 10 5 3
Cálculo dos Foto-Índices dos
Postos Operativos MOIND 4 3 10 10
Cálculo do Foto-Custo do
Produto-Base DEPREC. 10 20 - 7
Definição das UEPs/UC dos Postos EN. ELET. 5 15 2 5
Operativos
Gama de Tempos dos MANUT. 8 10 3 5
Produtos
UTILIDADES 8 2 10 20
Cálculo das UEPs de Cada Produto
FIPO 40/h 60/h 30/h 50/h
Etapas de implantação do método das UEPs propriamente dito
Informações necessárias à implantação do método das UEPs 373 374

187
Exemplo Geral do Método das UEPs
Exemplo Geral do Método das UEPs
b) Definição dos roteiros de produção, com seus tempos-padrão d) Cálculo do custo do produto-base (e dos demais produtos)

Tempos-Padrão (horas) Custo-Padrão de Produção


Produto P.O. 1 P.O. 2 P.O. 3 P.O. 4 Produto P.O. 1 P.O. 2 P.O. 3 P. O. 4 Total
1 0,10 0,10 ------- 0,20 1 4,00 6,00 ------- 10,00 20,00
2 0,10 0,05 0,10 ------ 2 4,00 3,00 3,00 ------ 10,00
3 0,15 ------ 0,30 0,30 3 6,00 ------ 9,00 15,00 30,00
4 2,00 3,00 1,50 3,50 10,00
4 0,05 0,05 0,05 0,07

1 UEP = 10,00
c) Definição do produto-base

PRODUTO 4
375 376

188
Exemplo Geral do Método das UEPs Exemplo Geral do Método das UEPs

e) Cálculo dos potenciais produtivos dos postos operativos em UEPs PARTE MONETÁRIA E VARIÁVEL
P.O. FIPO FIPO em UEPs/h a) Cálculo de produção total do período, em UEPs
P.O 1 40/h 4 UEPs/h
P.O 2 60/h 6 UEPs/h
P.O 3 30/h 3 UEPs/h Produto Valor em UEPs Produção Total Produção em UEPs
P.O 4 50/h 5 UEPs/h 1 2 100 Un. 200 UEPs
2 1 200 Un. 200 UEPs
f) Cálculo do valor em UEPs dos demais produtos
3 3 300 Un 900 UEPs
Produto Custo Valor em UEPs
1 20 2 UEPs 4 1 200 Un. 200 UEPs
2 10 1 UEPs Total 800 Un. 1.500 UEPs
3 30 3 UEPs
4 10 1 UEPs
377 378

189
Exemplo Geral do Método das UEPs Exemplo Geral do Método das UEPs

b) Somatório dos custos de transformação do período d) Cálculo do custo dos produtos no período
 Custos de Transformação = $ 30.000,00
Produto Valor em UEPs Custo Unitário
1 2 $ 40,00
2 1 $ 20,00
c) Determinação do valor monetário da UEP no período 3 3 $ 60,00
4 1 $ 20,00
$ 30.000,00
UEP ($) = = $ 20,00/UEP
1.500 UEPs

379 380

190
Método das UEPs como Ferramenta para Esquema Geral da Utilização do Método das UEPs na
Planejamento e Controle de Processos de Fabricação Gestão Industrial
Viabilidade de Aquisição de Definição do Preço dos Produtos
Novos Equipamentos Comparação de Processos
* O método das UEPs define uma unidade de medida comum para o
conjunto de atividades desenvolvidas pela estrutura produtiva da empresa. Eficácia das Horas Extras Potenciais Produtivos Medidas de Desempenho
(em UEPs/h)
Prêmios de Produtividade Programação da Produção
e
* Esta unidade, que é um padrão físico que descreve o trabalho realizado por Valor dos Produtos
uma fábrica, tem diversas aplicações para o planejamento e controle de Medição da Produção Análise de Valores
(em UEPs)
processos de fabricação.
Definição de Máquinas e Pessoal Custeio da Produção Outras Atividades

Fonte: XAVIER, Guilherme Guedes. “Proposta de Uma Abordagem Computacional para a Metodologia das
UEPs”. Tese de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, março de
1988.
381 382

191
Vantagens da Unificação da Produção Controle da Produção Defeituosa (UEPs Perdidas)

1. Racionalização do processo de gerenciamento e controle da Ex. Posto Operação UEP no Posto


produção.
7008 Corte 6,2
2. Facilita o processo de tomada de decisões.
7102 Tornear 18,7
3. Aumenta a capacidade de simulação.
7212 Furar 8,8......33,7 UEPs Perdidas: 33,7 UEPs
4. Fixa um padrão monetário interno à empresa.
7315 Fresar 24,2
5. Facilita o cálculo da eficiência (localizada e globalmente).
7422 Retificar 29,5
7908 Pintar 8,2
7920 Marcar 3,1

Total 98,7 Valor em UEPs da Peça


383 384

192
Controle da Produção Defeituosa (UEPs Perdidas) Cálculo da Lucratividade dos Produtos

Análise As Rotações (R) :


Custo -Valor A rotação mede quantas vezes foi vendido o trabalho (ou o “esforço de
UEP do mês = $ 13,75/UEP produção” ) da empresa.
Custo do Aço Princípio Básico: As matérias-primas são apenas objetos de trabalho, ao
(Matéria-Prima) = $ 9,75/Kg qual são agregados os diversos esforços de produção necessários para as
transformar em produtos acabados.
33,7 UEPs x $ 13,75/UEP = $ 463,37
27,3 Kg x $ 9,75/Kg = $ 266,17 Margem-Fábrica Unitária
R=
Custo peça rejeitada = $ 729,54 Custos de Transformação Unitários
Margem - Fábrica Unitária = Preço - (Matéria-Prima + Custos de
Índice de controle para as seções ou fábrica Transformação)
Índice = Total UEPs Perdidas / Total UEPs Produzidas 385 386

193
Exemplo do Cálculo da Lucratividade dos Produtos Cálculo da Eficiência e da Eficácia

Produção Total
1. Dados do Exemplo: Eficiência =
Capacidade Disponível
Preço $ 50,00
(-) MP $ 10,00
UEPs efetivamente produzidas
(-) Custos de Transformação $ 20,00 Eficiência =
(=) Margem-Fábrica $ 20,00 UEPs que poderiam ser produzidas
 Despesas de Estrutura = $ 10.000,00
 Custos de Transformação = $ 20.000,00
Produção Total
Eficácia =
2. Rotações (R) : Capacidade Utilizada
Margem-Fábrica 20,00
R= = =1 UEPs efetivamente produzidas
Eficácia =
Custos de Transformação 20,00 UEPs que deveriam ter sido produzidas
387 388

194
Cálculo da Eficiência e da Eficácia
PO1 PO2 Quant. Valor
Prod. A 1h 0,5 h 3 35 UEPs
Prod. B 1h 2h 3 110 UEPs
Valor 10UEPs/h 50UEPs/h --

Trabalha-se 8h/dia (mas o PO1 trabalhou 6h)


Eficiência: Eficácia:
60 60
a. PO1 = 80 = 0,75 = 75% a. PO1 = 60 = 1 = 100%
375 375
b. PO2 = = 0,94 = 94% b. PO2 = = 0,94 = 94%
400 400
c. Total = 435 = 0,91 = 91% c. Total = 435 = 0,95 = 95%
480 460 389

195

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