Trabalho Da Aline

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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

GAMALIEL FATEFIG.

Gabriel Cardoso

José Olivaldo

TRABALHO / Referencias Bibliograficas


TUCURUÍ
2016

THAYLEYD DOS SANTOS MENDES

ANA BEATRIZ BAIA ARAÚJO

TULIO VIVEIROS DE SOUZA

DEBORA HELLEN DANTAS COSTA

1° Semestre de direito
Turma:17

TRABALHO / PR1: Relação entre o Direito e a Moral (teorias dos


círculos). Teoria Tridimensional do Direito.

Trabalho apresentado ao Curso de


Graduação em Bacharel em Direito da
Faculdade de Teologia, Filosofia e
Ciências Humanas Gamaliel – FATEFIG
como requisito para a obtenção de nota
da PR1. Trabalho da profº Aline.
Tucuruí
2016

1. RELAÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL (TEORIAS DOS CÍRCULOS) E


TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO

“Thiago Souza, menor de idade, recorre à Justiça, requerendo alimentos


em face de seus avós. Na oportunidade, a justificativa para tal pedido foi a de
que teriam esses (avós) melhores condições financeiras do que os pais.
Porém, a Justiça negou o pedido de alimentos requerido
contra os avós, porque não ficou demonstrada a impossibilidade dos pais
poderem prestar assistência ao filho menor. Alegou o juiz que a
responsabilidade pelos alimentos são, em primeiro lugar, dos pais e filhos, e,
secundariamente, dos avós e ascendentes em grau ulterior, desde que o
parente mais próximo não possa fazê-lo”.
Nesta mesma direção, a revista jurídica Consulex (ano VIII, n.
172), em 15/03/04, já informava que a responsabilidade de avós é
complementar, valendo apenas nos casos em que os pais não estiverem em
condições financeiras de prestar a assistência alimentar ao filho.
Várias teorias foram elaboradas para solucionar um dos problemas
mais árduos da Ciência do Direito, qual seja: as diferenças que separam os
sistemas da moral e do jurídico.

a) A solidariedade sempre foi considerada uma das características marcantes


das relações familiares, seu verdadeiro alicerce. Qual das teorias dos círculos
se aplica ao caso em questão, fundamentalmente, no que se refere à obrigação
de prestação de alimentos pelos pais e pelos avós?

R= A Teoria dos círculos que se aplica no caso acima é a Teoria dos


Círculos Secantes, onde diz que existem questões independente da Moral
e do Direito, mas também existem questões que envolvem o Direito e a
moral como a questão da pensão alimentícia.

b) É cada vez mais comum crianças buscarem complementar seu sustento


com a ajuda dos avós por intermédio de ações propostas na Justiça. A razão
disto é que a sociedade considera a solidariedade um valor. Segundo Miguel
Reale, o Direito se produz a partir de fatos, considerados importantes, a que se
atribui um valor especial, merecendo, portanto, a proteção por meio de uma
norma jurídica: esta, de maneira bem simples, sintetiza a Teoria Tridimensional
do Direito. Enquadre a situação relatada na Teoria Tridimensional do Direito,
distinguindo fato, valor e norma.
R= A Teoria Tridimensional do Direito segundo Miguel Reale, no caso em
questão podemos distinguir o Fato como sendo o Menor Thiago Souza de
recorrer à justiça; o Valor se refere de requerer alimentos a seus avós por
terem melhores condições financeiras; e a Norma como principais
características da obrigação avoenga a subsidiariedade e
complementariedade, visto que os avós só podem ser requeridos
subsidiariamente em situações de comprovada impossibilidade financeira
dos pais, e a auxiliarem de forma a complementar o valor devido pelos
principais obrigados, ou seja, os genitores. Assim, mesmo que os avós
tenham melhores condições financeiras que os pais não são razoáveis
que paguem integralmente os alimentos aos seus netos, por ser esta
obrigação primordialmente dos pais em relação a seus filhos.

c) A solidariedade já esteve mais vinculada ao âmbito da moralidade do que ao


do Direito. Atualmente, entretanto, ela vem sendo assimilada pelos
ordenamentos jurídicos, tanto assim que a expressão aparece no Preâmbulo e
no inciso I, do art. 3º, da Constituição da República de 1988, por exemplo.
Pesquise, no art. 170, da Constituição brasileira, as outras formas emque a
solidariedade se apresenta na atividade econômica do país, transcrevendo-as.

R= Xl- Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte


constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no pais.
 Inciso lX com redação determinada pela emenda constitucional n.
6, de 15-8-1995
 A lei complementar n.123,de 14-12-2006, institui o estatuto nacional
de microempresa e da empresa de pequeno porte.

2. MORAL COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL E TEORIA


TRIDIMENSIONAL DO DIREITO
A revista trimestral de Direito Civil, n. 20, p. 276, destacou o seguinte caso
concreto:

“Spam obsceno leva à condenação adolescente na Rússia”


Um adolescente que mandou uma mensagem obscena para 15.000 telefones
celulares foi o primeiro réu a ser condenado pela prática de spam na Rússia. O
estudante de Chelyabinsk invadiu o sistema de uma das maiores operadoras
de celular e usou um programa especial para mandar a mensagem. Ele foi
condenado a um ano sob observação e uma multa de 3.000 rublos (cerca de
300 reais).
Fonte: Reuters, 26/04/2004.
Desconsiderando o fato de a situação ter se passado com um adolescente na
Rússia, responda ao que se pede justificadamente.
a) As normas morais e jurídicas são instrumentos de controle social?
Fundamente sua resposta.
R= Sim, pois as normas são estabelecidas pela sociedade ao longo dos
tempos vinculando e controlando o comportamento e as condutas
humanas de diferentes formas e com variados conteúdos.
O controle social é exercido pelo Direito primeiramente pela prevenção
geral, aquela coação psicológica ou intimidação exercida sobre todos,
mediante a ameaça de uma pena para o transgressor da norma. Isto faz
com que muitos, mesmo não querendo, ajustem o seu comportamento às
prescrições legais para não sofrerem a sanção. Em segundo lugar, o
controle é também exercido pela prevenção especial: a segregação do
transgressor do meio social, ou a aplicação de uma pena pecuniária,
indenizatória, para ter, da próxima vez que se sentir inclinado a
transgredir a norma, maior estímulo no sentido de ajustar sua conduta

b) Diferencie a Moral de Direito, a partir das suas características.

R= A Moral e o Direito têm a seguinte base: a moral tem efeito dentro da


pessoa, ela atua como um valor, aquilo que se aprendeu como certo e o
Direito tem uma relação com a sociedade, o Direito é aquilo que a pessoa
pode exigir perante seus semelhantes, desde que esteja de acordo com a
lei, aquilo imposto pela sociedade. Porém tanto o Direito quanto a Moral
variam de tempo em tempo por isso possuem grandes significados
históricos.

O Direito cuida da ação humana depois de exteriorizada, ou seja,


rege as ações exteriores do homem (foro externo). A Moral contempla
problemas de foro íntimo, tudo que se passa no plano da consciência

c) É correto dizer que Direito e Moral são independentes? Justifique sua


resposta, comentando, sucintamente, o caso concreto em exame, à luz das
teorias que envolvem essa questão.

R= Não, pois ambos baseiam-se no comportamento humano.

d) Observamos que cada vez mais são enviadas mensagens inconvenientes,


sem que o destinatário possa exercer qualquer controle sobre elas. Este fato,
hoje comum, tem despertado a atenção da sociedade, por representar um
desvalor, uma vez que crianças e outras pessoas desavisadas podem ter
acesso a um conteúdo que lhes soam agressivo e imoral. O desvalor também
pode gerar norma jurídica? Justifique, enquadrando o caso concreto na Teoria
Tridimensional do Direito.

R= Para a Teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale a norma


jurídica é formada por fato, valor e norma strictu senso. Por sua vez, o
desvalor é o contrário de valor, é o imoral, ou seja, algo que a sociedade
deixe de reconhecer como válido moralmente. Sendo tanto a norma
jurídica quanto a moral fundamentados no comportamento
humano, desde que verifique neste desvalor o fato e a norma em sentido
estrito, esta pode ser sim uma norma jurídica.
.

3. ESTUDO DE CASO: LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006,


DENOMINADA LEI MARIA DA PENHA.

Validade e efetividade das normas jurídicas


Cleonice, dona-de-casa, mãe de quatro filhos, cansada de ser agredida
fisicamente pelo seu marido, Délio, resolve tomar providências. Todavia, ao
procurar a delegacia de sua cidade, situada no interior do Ceará, a fim de
registrar a ocorrência da mais recente agressão, fica sabendo que, caso desse
prosseguimento ao registro, haveria a possibilidade de decretação de prisão
preventiva de Délio. Sendo este o único provedor da casa, preferiu Cleonice
abdicar de fazer a ocorrência, temerosa de vir ela e seus filhos a passarem
necessidades materiais.

Sobre esse tema, o mundo jurídico vem debatendo:


A revista RT Informa (ano VIII, n. 49, maio/junho, Editora Revista dos Tribunais,
2007, p. 16) tratou do tema, apresentando alguns pontos divergentes, mas
bastante interessantes. Vejamos: Os números da violência contra a mulher no
ambiente doméstico são alarmantes. Segundo pesquisa sobre a condição
feminina em 54 países, organizada em 2004 pela Sociedade de Vitimologia,
instituição com sede na Holanda, as mulheres brasileiras são as que mais
sofrem: 23% estão sujeitas à violência doméstica(...). Segundo Rogério
Sanches Cunha, membro do Ministério Público de São Paulo e co-autor do livro
Violência Doméstica, a lei cria mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra as mulheres, nos termos do parágrafo 8º, do artigo 226, da
Constituição Federal (...). O autor acredita que os mecanismos legais até então
existentes se revelaram inaptos para fazer frente à criminalidade contra as
mulheres. Assim, foi opção do legislador adotar critérios mais rígidos de
punição, prevendo, por exemplo, a possibilidade de decretação de prisão
preventiva, a retirada das ações do âmbito dos Juizados Especiais Criminais, a
desistência da ação apenas perante o juiz e a proibição de aplicação de
medidas despenalizadoras (...). Após quase um ano em vigor, a lei ainda gera
divergência sobre sua efetividade. “Uma corrente de profissionais diz, por
exemplo, que a ameaça de decretação da prisão preventiva acarretou uma
redução ao número de agressões contra as mulheres. Outra, porém, afirma
que os ataques continuam, mas, na verdade, é a vítima que deixou de
denunciar o fato, temerosa com a possibilidade de prisão do agressor; capaz
de acarretar-lhe privações de ordem econômica, emocional ou afetiva”.
Segundo Ronaldo Pinto, também membro do Ministério Público de São Paulo e
co-autor do livro Violência Doméstica, “O fato é que já tivemos casos de
agressores presos em flagrante e o número de agressões diminuiu”. Os
autores admitem que essa nova lei colabora para um sentimento de maior
proteção, mas há longo caminho a percorrer. Apesar dos esforços, segundo
pesquisa do Data Senado, após seis meses da promulgação da Lei Maria da
Penha, apenas 40% das mulheres submetidas a situações de violência
denunciaram o agressor.
Introdução ao Estudo
a) Estabeleça a distinção entre os conceitos de validade formal (vigência),
validade social (eficácia) e validade ética (legitimidade) da norma jurídica.

R= Validade se refere ao processo através do qual a norma se integra a


um sistema normativo, passando a pertencer a um ordenamento jurídico.
Só poderá ser reputada válida a norma jurídica que se encontrar inserida
no contexto de um ordenamento jurídico, positivando-se. "Sancionada a
norma legal, para que se inicie o tempo de sua validade, ela deve ser
publicada. Publicada a norma, diz-se, então, que ela é vigente.

A vigência" traduz a existência específica de uma norma e não se


confunde com a validade. Uma norma pode ser válida, se regularmente
completou o processo de integração ao ordenamento jurídico, cumprindo
os requisitos de produção para que sua gênese atendesse às exigências
do ordenamento, mas pode ainda não ser vigente, por depender da
verificação de condição suspensiva ou de vacância, ou mesmo ter tido
sua vigência exaurida ou encerrada. Ao contrário, toda norma vigente
deverá ser necessariamente válida, porque a validade é sinônimo de
integração ao ordenamento, que por sua vez é pressuposto para a
vigência.

JÁ eficácia consiste na capacidade de atingir os objetivos nela


traduzidos, que vêm a ser, em última análise, realizar os ditames jurídicos
objetivados pelo legislador. Por isso é que se diz que a eficácia jurídica
da norma designa a qualidade de produzir em maior ou menor grau,
efeitos jurídicos, ao regular, desde logo, as situações, relações e
comportamentos de que cogita; nesse sentido, a eficácia diz respeito à
aplicabilidade, exigibilidade ou executoriedade da norma, como
possibilidade de sua aplicação jurídica.

Portanto, a vigência, a validade e a eficácia constituem qualidades


distintas da norma jurídica e não precisam, necessariamente, coexistir.
Uma norma pode ser válida, vigente e eficaz; pode ser válida e vigente e
não ter eficácia; pode ser válida e não possuir vigência nem eficácia,
como também pode apresentar-se destituída de todas essas qualidades,
não possuindo validade, nem vigência, nem eficácia.

b) A Lei Maria da Penha tem o propósito de proteger mulheres, como Cleonice,


das agressões de seus maridos. Diante do fato de que muitas vítimas hoje
deixam de denunciar as agressões sofridas, com temor de que a prisão de
seus agressores possa acarretar-lhes privações de ordem econômica,
emocional e afetiva, seria a Lei Maria da Penha eficaz? Justifique.

R= Sim, a lei Maria da penha é eficaz, entretanto o medo das mulheres em


ficarem desprovidas financeiramente faz com que elas não procurem o
exercício da lei. Se a lei fosse adequada a casos de mulheres como essa,
dando lhe algum recurso que não a deixasse privada financeiramente, o
numero de mulheres fazendo denuncias aumentaria.
c) Pode uma norma jurídica ser válida sem ser eficaz? E o contrário?

R= sim pode, aquelas que dependem de regulamentação para


funcionarem. O contrario também, nos casos de normas que tiveram sua
constitucionalidade declaradas apos sua promulgação, produziram
efeitos validos nesse lapso.

REFERÊNCIAS

Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/1021789/caso-concreto-2-


feito

Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Faculdade-De-


Teologia/71725465.html

Disponível em: http://docslide.com.br/documents/atividade-5599361724342.html

Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?


n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13351

Disponível em:
http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/145.pdf

Disponível em:

http://www.infoescola.com/filosofia/teoria-tridimensional-do-direito/

disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

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