Avaliação Arcu Sur
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(*) Professora da Universidade de São Paulo (PROLAM e EACH). Doutora em Educação. E-mail: [email protected].
(**) Professora da Universidad Nacional de Córdoba (UNC). Mestre em Gestión para la Integración Regional
(UNC). Doutoranda em Estudios Sociales de América Latina (UNC — Centro de Estudios Avanzados). E-mail:
[email protected]. Recebido em: 15.10.2009 e aceito em: 3.5.2010.
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INTRODUÇÃO
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(1) Lembre-se que as propostas recomendadas pelo Banco Mundial eram justamente fomentar a diferenciação das
instituições e o desenvolvimento de instituições privadas. Considerava, ainda, que o modelo de universidades de
pesquisa não era apropriado para o mundo em desenvolvimento e que era muito caro. (Banco Mundial, 1994).
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(2) Entende-se como Processo de Bolonha, os mecanismos de convergência dos sistemas de educação superior
nacionais, na Europa, iniciados a partir da declaração de Bolonha, redigida pelos Ministros da Educação europeus
reunidos na cidade italiana, em 1999. Propõe mudanças no ensino superior europeu visando a constituição de um
“espaço europeu da educação superior” em que seja adotado um sistema de graus que permita a comparação. Os
cursos estruturam-se em dois ciclos: o graduado e o pós-graduado, sendo o primeiro com duração de três anos e
considerado como qualificação para o mercado de trabalho. Propõe-se também a implantação de um sistema de
crédito para favorecer a mobilidade dos estudantes, com o objetivo de que esses créditos sejam reconhecidos nesse
espaço europeu tanto para fins acadêmicos quanto para o mercado de trabalho.
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SOBRINHO, 2002), avaliação como garantia pública de qualidade vs. avaliação para a melhoria
da qualidade (STUBRIN, 2005), avaliação como regulação vs. avaliação democrática, entre
outros. Essas ideias sintetizam duas vertentes: as que concebem a avaliação como controle,
sob uma lógica burocrático-formal de validade legal de diplomas em âmbito nacional e as
com função formativa/emancipatória, sob uma lógica acadêmica, para favorecer a melhoria
da qualidade (ROTHEN; BARREYRO, 2007).
Marquina (2006) afirma que os países da região estão num momento intermediário
entre a incorporação da avaliação aos processos institucionais próprios e a avaliação limitada
ao controle, após uma primeira etapa de reação negativa à implementação de sistemas de
avaliação nas instituições.
Fernández Lamarra (2007) esclarece que a avaliação é um processo de análise em
nível institucional ou de programas de educação superior, realizando juízos de valor acerca
da qualidade, por meio de procedimentos internos e externos. Acreditação é definida por
ele como um processo de revisão externa de qualidade. Avaliação da qualidade e acreditação
estão relacionadas, apesar de serem processos diferentes. A acreditação exige, previamente,
a avaliação, embora não toda avaliação tem objetivo de acreditação.
No que diz respeito à acreditação, Marques e Marquina (1998) a definem como:
“el proceso mediante el cual una agencia o asociación legalmente responsable otorga
reconocimiento público a una escuela, instituto, colegio, universidad o programa
especializado que alcanza ciertos estándares educativos y calificaciones previamente
establecidas. La acreditación es determinada mediante una evaluación inicial, seguida
de otras periódicas. El propósito del proceso de acreditación consiste en proporcionar
una evaluación profesional aceptable de la calidad de las instituciones educativas y de
los programas y estimular el perfeccionamiento constante de dichos programas.”
Para Dias Sobrinho (2006, p. 286), há diferença entre ambos: “El foco central de la
acreditación es el control y la garantía de calidad. A su vez, la evaluación se asocia más a la
lógica de mejoramiento académico”. No processo de avaliação para a melhoria, destaca a
autoavaliação, prática que, segundo ele, na América Latina está sendo substituida pois “los
procesos de acreditación y las evaluaciones externas tienden a ocupar el lugar de las
autoevaluaciones y las evaluaciones cualitativas. Son procesos cada vez más globalizados,
transnacionales, estandarizados, cuantitativos y objetivos”.
Dias Sobrinho (2008, p. 23) também alerta que os processos de acreditação não
deveriam limitar-se à fiscalização e ao controle, verificando apenas a correspondência entre
o realizado e o planejado. Considera que a qualidade é uma construção social e dinâmica e
requer o envolvimento da comunidade educativa em interação com as autoridades setoriais
que representam a sociedade. O autor chama atenção para os valores ético-políticos
envolvidos na acreditação, pois a formação não apenas inclui o mérito científico, mas também
a relevância social.
Quanto à qualidade, apesar de ser um dos conceitos mais relevantes ao se tratar da
avaliação da educação superior, não existe um consenso para defini-la. Segundo Ginken e
Dias (2007), em algumas definições, a qualidade é apresentada como a conformidade com
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“[...] para los académicos se refiere a los saberes, para los empleadores a competencia,
para los estudiantes a la empleabilidad, para la sociedad a ciudadanos respetables y
competentes y para el Estado, según la concepción que asuma, puede variar de aspectos
vinculados con el desarrollo social y humano, a la eficiencia, a los costos y a los
requerimientos de capital humano” (FERNÁNDEZ LAMARRA, 2007, p. 41).
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um pré-grau, que outorga títulos intermediários para aqueles que estão matriculados em
cursos superiores (como é, por exemplo, o da faculdade de Engenharia na Universidade
Tecnológica Nacional), ou com cursos curtos que focam na formação profissional em
algumas disciplinas em nível terciário. Já, os institutos universitários oferecem cursos em
um único campo de conhecimento (por exemplo, nas carreiras de negócios), enquanto que
as universidades exercem as suas atividades em diversas áreas do saber. Elas estão orga-
nizadas em faculdades, departamentos ou unidades acadêmicas equivalentes, abrangendo
os diferentes domínios do saber (por exemplo, a Universidade Nacional de Córdoba inclui
a Faculdade de Economia, Arquitetura, Direito e Ciências Sociais, Humanidades, entre
outros). Estas entidades devem enviar seu projeto pedagógico para a Comissão Nacional
de Avaliação e Acreditação Universitária — CONEAU, como uma condição prévia para
que os títulos emitidos tenham validade.
Pela sua vez, os institutos não universitários apenas oferecem cursos curtos (de 2 a 4
anos de duração) chamados de tecnicaturas que conferem títulos de pré-grau e habilitam
para trabalhar em empregos que requerem certa qualificação. Essa tecnicatura permite que
os estudantes continuem estudando na universidade por meio da modalidade conhecida
como “articulação” para obter um diploma universitário de grau, relacionado com a sua
profissão, seguindo o procedimento da equivalência das disciplinas estudadas em tecnicatura,
a fim de evitar a repetição de estudos já realizados.
Nos últimos anos, após a promulgação da Lei n. 24.521/95, têm surgido colégios
universitários, que são instituições de educação superior não universitárias que formam
professores para um ou mais níveis de ensino. Essas instituições são reguladas pelo Decreto
n. 455/97 dedicado aos colégios universitários. Elas têm mecanismos de acreditação e
articulação dos seus cursos ou programas de formação, com universidades e institutos
universitários.
Até 2005, a Argentina possuía 101 universidades, das quais 45 eram nacionais
(públicas) e 56 eram privadas, 1774 institutos de educação superior não universitários, dos
quais 772 públicos e dependentes dos estados, e 1002, privados, também sob a jurisdição
dos estados.
Desde 2007, as universidades e institutos universitários na Argentina são 48
instituições federais, 56 privadas, uma estrangeira e uma internacional.
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Instituição/
Ano 1975 1980 1985 1991* 1996** 2000 2004
Total de
matrículas 549.118 481.646 777.488 1.116.415 1345.811 1.724.396 2.036.444
Universitárias 489.341 388.101 595.543 781.553 954.003 1.269.239 1.527.310
Nacional 431.454 315.409 524.590 679.495 812.308 1.124.044 1.273.156
Privada 57.887 72.692 70.953 102.058 141.725 145.195 226.474
Não univer-
sitárias 59.777 93.645 181.945 334.862 391.778 455.158 509.134
Já nos anos 70, haviam sido incluídas na educação superior, instituições para a formação
de professores para o nível fundamental (Escolas normais). Depois, entre as décadas de 80
e 90 foram criadas uma série de instituições não universitárias (terciários) para a
formação não universitária como: design, computação, turismo, hotelaria, gastronomia, entre
outros.
A Lei de Educação Superior de 1995 permite a criação de outras formas de organização
acadêmica, como a educação à distância, universidades de pós-graduação, etc. Alterou
também os critérios para a criação de universidades privadas e nacionais. Isto permitiu a
expansão de instituições acadêmicas, sobretudo privadas, e a oferta de cursos à distância. A
diversificação da oferta tornou-se uma das principais razões para o desenvolvimento de
políticas de avaliação da qualidade da educação superior.
No Brasil(3), o Ensino Superior é da responsabilidade do Estado federal. Os Estados
também podem criar instituições de Ensino Superior por delegação do Estado Federal.
Existem, ainda, algumas instituições municipais, mas, para efeitos regulamentares,
dependem dos Estados. No caso de instituições federais e instituições privadas, é o Estado
Federal quem as regula.
As instituições privadas são de dois tipos: com fins lucrativos e sem fins lucrativos,
sendo que as últimas têm isenção de impostos.
As instituições de Ensino Superior no Brasil estão organizadas academicamente em
três tipos: universidades, centros universitários e faculdades. Universidades (públicas ou
privadas) são caracterizadas por atividades de ensino, pesquisa e extensão; devem possuir
um terço dos seus professores com pós-graduação e um terço de todos os professores em
regime de tempo integral. Elas também possuem autonomia (embora em grau diferente
do que na Argentina), o que lhes permite criar cursos sem prévia aprovação de órgãos
reguladores, e também criar ou extinguir vagas.
Os Centros Universitários desenvolvem atividades de ensino, prioritariamente. Devem
ter um terço dos seus professores com pós-graduação e um quinto com regime de tempo
integral. Podem criar cursos sem previa autorização e, também, vagas.
As faculdades não têm autonomia, não podem criar novos cursos nem vagas sem
autorização prévia. Os professores não precisam possuir pós-graduação.
Esses diferentes formatos institucionais são importantes para a avaliação e a regulação,
porque os procedimentos não são homogêneos, dependendo do tipo de instituição de que
se trate.
A organização da educação superior descrita antes é o resultado de mudanças
acontecidas nas décadas de 90 e 2000, que visavam a ampliação do acesso, uma vez que o
Brasil tem apenas 10% da população de 18 a 24 anos no Ensino Superior. A expansão foi de
tal ordem que, entre 1996 e 2002 duplicaram as matrículas, através do crescimento do
setor privado, como mostrado no gráfico abaixo:
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Em 2007, havia 23.488 cursos de graduação presencial, dos quais 16.892 (72%) em
instituições de educação superior privadas.
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(4) Os cursos a serem acreditados são definidos pelo Ministério e o Conselho Universitário de acordo com o critério
estabelecido pela lei, ou seja, quando são profissões regulamentadas pelo Estado de interesse público ou que afetam
a saúde, a segurança, os direitos, os bens ou a formação dos habitantes.
(5) O credenciamento é realizado tanto em cursos que já estão funcionando como em projetos de cursos propostos
por instituições que o Ministério da Educação pede para a CONEAU avaliar e conceder autorização. O Ministério
acredita um curso depois de a CONEAU fazer a avaliação.
(6) O Estado acredita os cursos de pós-graduação levando em conta a avaliaçaão da CONEAU. Também acredita as
novas instituições universitárias federais após o funcionamento, o credenciamento de instituições estaduais e o
credenciamento das instituições universitárias privadas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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