4º Bimestre
4º Bimestre
4º Bimestre
Aluno
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 04
3ª Série |4° Bimestre
Habilidades Associadas
2
Caro aluno,
Neste documento você encontrará atividades relacionadas diretamente a
algumas habilidades e competências do 4° Bimestre do Currículo Mínimo. Você
encontrará atividades para serem trabalhadas durante o período de um mês.
A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estes Planos de Curso na
ausência do Professor da Disciplina por qualquer eventual razão. Estas atividades foram
elaboradas a partir da seleção das habilidades que consideramos essenciais do 3° Ano
do Ensino Médio no 4° Bimestre.
Este documento é composto de um texto base, na qual através de uma leitura
motivadora você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas a estas
habilidades. Leia o texto, e em seguida resolva as Ficha de Atividades. As Fichas de
atividades devem ser aplicadas para cada dia de aula, ou seja, para cada duas
horas/aulas. Para encerrar as atividades referentes a cada bimestre, ao final é sugerido
uma pesquisa sobre o assunto.
Para cada Caderno de Atividades, iremos ainda fazer relações diretas com todos
os materiais que estão disponibilizados em nosso site Conexão Professor, fornecendo,
desta forma, diversos materiais de apoio pedagógico para que o Professor aplicador
possa repassar para a sua turma.
Neste Caderno de Atividades, vamos os polinômios e suas operações. Já na
segunda parte vamos dar continuidade ao estudo da Geometria Analítica.
Este documento apresenta 06 (seis) aulas. As aulas são compostas por uma
explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a um tempo de aula. Para reforçar a aprendizagem, propõe-
se, ainda, uma avaliação e uma pesquisa sobre o assunto.
Um abraço e bom trabalho!
Equipe de Elaboração.
3
Sumário
Introdução ............................................................................................ 03
Referências: .................................................................................................. 43
4
Aula 1: Introdução ao Estudo das Funções Polinomiais
Caro aluno, nesta aula você aprenderá a reconhecer uma função polinomial, ou
simplesmente polinômio, identificar o grau desta função e calcular o valor numérico da
mesma. Posteriormente irá aprender a realizar algumas operações entre eles.
Devemos estudar estas funções em razão de sua importância dentro da
matemática e demais áreas. Seu estudo aborda as operações aritméticas desse
conceito, assim como as propriedades desse elemento matemático. As funções
polinomiais, a priori, formam um plano conceitual importante na álgebra, entretanto
possuem também uma relevante importância na geometria, quando se deseja calcular
expressões que envolvem valores desconhecidos.
1 – EQUAÇÕES POLINOMIAIS:
Dados um número real n e os números complexos an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 ,
denominamos função polinomial ou polinômio toda função dada por:
p(x) = anxn + an-1xn-1 + … + a1x + a0,
Onde:
EXEMPLO 01:
São exemplos de funções polinomiais:
a) p(x) = 4x + 5 a0 = 5 , a1 = 4
b) p(x) = x2 - 2x + 8 a0 = 8 , a1 = ─2 , a2 = 1
c) p(x) = x3 + 4x2 + x – 1 a0 = ─1 , a1 = 1 , a2 = 4 a3 = 1
d) p(x) = x6 - 2i
5
2 – GRAU DE UM POLINÔMIO:
Dado um polinômio p(x) = anxn + an-1xn-1 + … + a1x + a0 , com n IN, dizemos que
o grau de um polinômio é o expoente máximo que ele possui, isto é, se o coeficiente
an ≠ 0, então o expoente máximo n é dito grau do polinômio e indicamos gr(P) = n.
EXEMPLO 02:
a) P(x) = 5 ou P(x) = 5x0 é um polinômio constante, ou seja, gr(P)= 0.
b) P(x) = 3x + 5 é um polinômio do 1º grau, isto é, gr(P) = 1.
c) P(x) = 4x5 + 7x4 é um polinômio do 5º grau, ou seja, gr(P) = 5.
EXEMPLO 03:
Calcular o valor de m real para que o polinômio p(x) = (m2-1)x3 + (m+1)x2 - x + 4 seja:
a) do 3ºgrau
b) do 2º grau
Resolução:
a)Para o polinômio ser do 3º grau, o coeficiente de x 3 deve ser diferentes de zero.
Então:
m2 - 1 0 m2 1 m 1 e m - 1
Portanto, o polinômio é do 3º grau se m 1 e m - 1.
6
3 – VALOR NUMÉRICO:
EXEMPLO 04:
Se P(x) = x3 + 2x2 + x - 4, o valor numérico de P(x), para x = 2, é:
Resolução:
P(x) = x3 + 2x2 + x - 4, substituindo o x por 2, teremos:
P(2) = (2)3+ 2(2)2 +(2) - 4, resolvendo a expressão, verificamos que:
P(2) = (2)3+ 2(2)2 +(2) - 4,
P(2) = 8 + 2 4 + 2 - 4,
P(2) = 8 + 8 + 2 - 4,
P(2) = 14
4 – RAIZ:
EXEMPLO 05:
O número 4 é uma raiz da equação x3 - 6x2 + 10x - 8 = 0, pois ao substituir x por 4
temos: 43 - 6(42) + 10(4) - 8 = 64 - 96 + 40 - 8 = 0
Já o número complexo i não é raiz desta equação polinomial, pois ao substituir x por i,
temos:
(i)3 - 6(i)2 + 10(i) - 8 =
- i - 6(- 1) +10i - 8 =
- 2 + 9i 0
7
EXEMPLO 06:
Sabendo-se que - 3 é raiz de P(x) = x3 + 4x2 - ax + 1, calcular o valor de a.
Resolução:
Se - 3 é raiz de P(x), então P(- 3) = 0. Ou seja, substituindo x por - 3, temos:
P(- 3) = 0 (-3)3 + 4(-3)2 - a(-3) + 1 = 0,assim:
- 27 + 49 + 3a + 1 = 0, ou seja,
+ 3a +36 −27 + 1 = 0
3a + 10 = 0,
10
3a = - 10 a =
3
10
Assim o valor de a é
3
Atividade 1
04. Determine m IR para que o polinômio (m2 - 16)x3 + (m - 4)x2 + (m + 4)x + 4 seja
de grau 2.
8
Aula 2: Operações entre Polinômios – PARTE I
Caro aluno, na aula anterior você conheceu as funções polinomiais. Nesta aula,
você irá aprofundar um pouco mais o seu conhecimento no estudo dessas funções,
aprendendo a efetuar cálculos de adição, subtração e multiplicação.
As situações envolvendo cálculos algébricos são de extrema importância para a
aplicação de regras nas operações entre os monômios. As situações aqui apresentadas
abordarão a adição, a subtração e a multiplicação de polinômios.
1 – ADIÇÃO DE POLINÔMIOS:
A adição entre polinômios é realizada de forma muito simples, basta reduzir seus
termos semelhantes, vejamos alguns exemplos a seguir.
Dados dois polinômios A(x) = 3x2 - 6x + 4 e B(x) = 2x2 + 4x - 7 , a soma A(x) + B(x) é
calculada da seguinte forma:
3x2 - 6x + 4 + 2x2 + 4x - 7
3x2 - 6x + 4 + 2x2 + 4x - 7
5x2 ─ 2x − 3
Viu como é simples!!
Agora vamos trabalhar alguns exemplos onde é preciso ter bastante atenção!
9
EXEMPLO 01:
Considere as funções polinomiais A(x) = x3 + 2x2 + x - 3 e B(x) = x2 + x +1, determine a
soma A(x) + B(x).
Resolução:
Para determinar a soma A(x) + B(x) utilizaremos os passos apresentados acima:
A(x) + B(x) =
(x3 + 2x2 +x - 3) + (x2 + x + 1)
x3 + 2x2 + x - 3 + x2 + x + 1
x3 + 3x2 + 2x - 2
EXEMPLO 02:
Considere os polinômios P(x)= - 2x² + 5x - 2 e Q(x) = - 3x³ + 2x - 1. Vamos efetuar a
adição entre eles.
Resolução:
P(x) + Q(x) = (- 2x² + 5x - 2) + (- 3x³ + 2x - 1)
P(x) + Q(x) = - 2x² + 5x - 2 - 3x³ + 2x - 1
P(x) + Q(x) = - 3x³ - 2x² + 7x - 3
2 - SUBTRAÇÃO DE POLINÔMIOS:
10
1º passo: Elimine os parênteses observando que os sinais dos termos do polinômio B(x)
devem ser trocados. Observe:
3x2 - 6x + 4 ─ 2x2 ─ 4x + 7
x2 - 10 x +11
Agora veja alguns exemplos onde também é preciso ter bastante atenção!
EXEMPLO 03:
Considere as funções polinomiais A(x) = x3 + 2x2 + x - 3 e B(x) = x2 + x + 1, determine a
diferença A(x) ─ B(x):
Resolução:
A(x) ─ B(x) = (x3 + 2x2 + x -3) ─ (x2 + x + 1), seguindo os passo anteriores:
1º passo: Eliminando os parênteses e observando os sinais das operações, temos:
x3 + 2x2 + x - 3 - x2 - x - 1
2º passo:Reduzindo os termos semelhantes.
x3 + x2 - 4
EXEMPLO 04:
Considere os polinômios P(x)= - 2x² + 5x - 2 e Q(x) = - 3x³ + 2x - 1. Vamos efetuar a
subtração entre eles.
Resolução:
P(x) - Q(x) = (- 2x² + 5x - 2) ─ (- 3x³ + 2x - 1)
11
P(x) - Q(x) = - 2x² + 5x - 2 + 3x³ - 2x + 1
P(x) - Q(x) = 3x³ - 2x² + 3x - 1
EXEMPLO 05:
Considere o monômio A(x) = 2x e B(x) = x2 + x + 1, determine a multiplicação A(x) B(x):
Resolução:
A(x) B(x) = 2x (x2 + x + 1), utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, isto é,
deveremos multiplicar o monômio A(x) por cada termo do polinômio B(x).
EXEMPLO 06:
Dados o monômio P(x) = 2x2 e Q(x) = 3x3 + 2x2 + x +1, determine o produto P(x) Q(x).
Resolução:
O produto P(x) Q(x) = 2x2 (3x3 + 2x2 + x + 1 ) será obtido utilizando a propriedade
12
distributiva da multiplicação, temos:
Observe que
o grau do produto P(x).Q(x) é a soma dos
graus de P(x) e Q(x), isto é,
2 + 3 = 5.
4 - MULTIPLICAÇÃO DE POLINÔMIOS:
EXEMPLO 07:
Dados o monômio P(x) = 2x + 3 e Q(x) = 3x3 + 2x2 + x +1, determine o produto P(x)Q(x):
Resolução:
O produto P(x) Q(x) = (2x + 3) (3x3 + 2x2 + x + 1 ), utilizando a propriedade distributiva
da multiplicação, o termo 2x multiplica todos os termos do polinômio Q(x), e o mesmo
ocorre para o termo 3, em P(x). Observe:
2x . 3x3 = 6x4 3. 3x3 = 9x3
2x . 2x2 = 4x3 3 . 2x2 = 6x2
2x . x = 2x2 3. x = 3x
2x . 1 = 3. 1=3
Assim, temos:
(2x + 3) (3x3 + 2x2 + x + 1 ) = 6x4 + 4x3 + 2x2 + 2x + 9x3 + 6x2 + 3x + 3
13
Agora reduzindo os termos semelhantes, verificamos.
P(x) Q(x) = 6x4 + 13x3 + 8x2 + 5x + 3
EXEMPLO 08:
Agora considere os polinômios A(x)= (3x 2 + 4) e B(x)= (5x² - 12x - 6). Então para achar o
produto A(x) B(x) = (3x2 + 4) (5x² - 12x - 6), devemos novamente utilizar a
propriedade distributiva:
A(x) B(x) = (3x2 + 4) (5x2 - 12x - 6) = 15x4 - 36x3 - 18x2 + 20x2 - 48x - 24
Reduzindo os termos semelhantes encontramos:
A(x) B(x) = 15x4 - 36x3 + 2x2 - 48x - 24
Atividade 2
a) A(x) + B(x)
b) A(x) - B(x)
14
03. Considere o monômio M(x) = 3x e o polinômio P(x) = 5x 2+ 3x - 1, determine o
resultado da multiplicação M(x) P(x).
15
Aula 3: Operações entre Polinômios – PARTE II
1 - DIVISÃO DE POLINÔMIOS
Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo. Podemos efetuar a
divisão de P(x) por D(x) e determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as
duas condições abaixo:
Observação: Quando temos R(x)=0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é
divisível por D(x) ou D(x) é divisor de P(x).
16
- Divide-se o termo de maior grau de P(x) pelo de maior grau de D(x) e obtêm-se
assim o primeiro termo do quociente Q(x);
- Multiplica-se o quociente obtido, por D(x);
- O resultado é colocado com o sinal trocado, sob os termos semelhantes de
P(x);
- Somam-se os termos semelhantes, e os termos de P(x) e os termos que não
têm semelhantes devem ser repetidos e obtêm-se um resto parcial;
- Repetem-se os passos anteriores com o resto parcial obtido até que o grau do
resto R(x) se torne menor que grau do divisor D(x).
Achou confuso? Não se preocupe, vamos explicar com mais detalhes a seguir!!
Observe que este método de divisão é muito similar a divisão de números naturais
usando o Método da Chaves. Vejamos o exemplo a seguir para esclarecer melhor tal
método.
EXEMPLO 01:
Vamos primeiramente, dividir um polinômio por um monômio, com o intuito de
entendermos o processo operatório. Observe o cálculo a seguir:
Figura 1
Primeiramente dividimos o termo de maior grau de P(x) pelo monômio D(x), ou
seja, dividimos 12x3 : 4x = 3x2. Note que usamos a propriedade de divisão de potências
de mesma base, onde repetimos a base e subtraímos os expoentes. Obtemos assim o
primeiro termo do quociente Q(x) = 3x2.
Multiplicamos o quociente obtido por D(x), ou seja, 3x 2 4x = 12x2
17
O resultado é colocado com o sinal trocado, sob os termos semelhantes de P(x),
isto é , colocamos o resultado - 12x2 sob os termos semelhantes de P(x).
Somando os termos semelhantes, verificamos que as parcelas se cancelam e o
termos que não têm semelhantes é repetidos. Obtemos um resto parcial.
Repetindo os passos anteriores com o resto parcial obtido até que o grau do
resto R(x) se torne menor que grau do divisor D(x). Obtemos assim o resto R(x), pois o
grau do resto já é menor que o grau do divisor D(x).
Observe que neste exemplo o resto R(x) = 0, ou seja, a divisão é exata e o
polinômio P(x) é divisível por D(x).
Agora vamos verificar se a divisão está correta. Para isso basta multiplicar o
quociente pelo divisor e somar o resto, com vistas a obter o dividendo como resultado.
EXEMPLO 02:
Vamos calcular o resto da divisão do polinômio P(x) = 4x2 - 2x + 3 por D(x)= 2x - 1,
utilizando o método da chave descrito anteriormente, mas agora temos um polinômio
de grau um como divisor.
18
isto é, colocamos o resultado - 4x2 + 2x sob os termos semelhantes de P(x).
Somando os termos semelhantes, verificamos que as parcelas se cancelam e o
termos que não têm semelhantes é repetidos.
Obtemos assim o resto R(x), pois o grau do resto já é menor que o grau do
divisor D(x).
Agora vamos verificar se a divisão está correta. Para isso basta multiplicar o
quociente pelo divisor e somar o resto, com vistas a obter o dividendo como resultado.
2x (2x - 1) + 3 = 4x2 - 2x + 3
EXEMPLO 03:
Vamos calcular o resto da divisão do polinômio P(x) = 12x3 - 19x + 15x - 3 por
D(x) = 3x2 - x + 2, utilizando o método da chave novamente. Note que agora temos um
polinômio de grau dois como divisor.
Figura 2
19
4x (3x2 - x + 2) = 12x3 - 4x2 + 8x
O resultado é colocado com o sinal trocado, sob os termos semelhantes de P(x),
isto é, colocamos o resultado -12x3 - 4x2 - 8x sob os termos semelhantes de P(x).
Somando os termos semelhantes, verificamos que as parcelas se cancelam e o
termos que não têm semelhantes são repetidos.
Obtemos assim o resto parcial de R(x), pois o grau do resto ainda é maior que o
grau do divisor D(x).
Repetindo os passos anteriores com o resto parcial obtido até que o grau do
resto R(x) se torne menor que grau do divisor D(x).
Dividimos o termo de maior grau pelo de maior grau de D(x), ou seja, dividimos
- 15x2 : 3x2 = - 5.
Obtemos assim a outra parcela do quociente , assim Q(x) = 4x - 5.
Multiplicamos esta nova parcela pelo divisor D(x), ou seja,
- 5 (3x2 - x + 2) = - 15x2 + 5x - 10
O resultado é colocado com o sinal trocado, sob os termos semelhantes de P(x),
isto é, colocamos o resultado 15x2 - 5x + 10 sob os termos semelhantes de P(x).
Somando os termos semelhantes, verificamos que as parcelas se cancelam e o
termos que não têm semelhantes é repetidos.
Obtemos assim o resto R(x), pois o grau do resto já é menor que o grau do
divisor D(x), isto é, R(x) = 2x + 7.
Agora vamos verificar se a divisão está correta. Para isso basta multiplicar o
quociente pelo divisor e somar o resto, com vistas a obter o dividendo como resultado.
20
Vamos retornar ao EXEMPLO 02 onde calculamos a divisão do polinômio
P(x) = 4x2 - 2x + 3 por D(x) = 2x - 1.
1
Quando calculamos a raiz do divisor verificamos que x = .
2
2x - 1 = 0
2x = 1
1
x=
2
1
Agora, quando calculamos o valor numérico de P(x) para x = , temos:
2
2
1 1 1
P 4 2 3
2 2 2
1 1 1
P 4 2 3 1 1 3 3
2 4 2
1
Observe que R(x) = 3 = P .
2
Isso não é coincidência! Este resultado mostra que o resto da divisão de P(x) por
1
D(x) é igual ao valor numérico de P(x) para x = , isto é, a raiz do divisor. Interessante
2
não é?
2. TEOREMA DO RESTO:
b
O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio a x + b é igual a P .
a
21
b
Note que é a raiz do divisor. Então o resto da divisão de um polinômio
a
b
P(x) por um binômio ax + b é sempre igual ao valor numérico de P .
a
EXEMPLO 04:
Calcule o resto da divisão do polinômio P(x) = x 2 + 5x - 1 pelo binômio D(x) = x + 1.
Resolução:
Neste caso, ao invés de dividirmos usando o Método da chave, achamos a raiz do
divisor D(x):
x+1=0x=─1
E, utilizamos o Teorema do Resto, que diz que o resto da divisão de um polinômio por
um binômio de primeiro grau é o valor numérico do polinômio para x = - 1, isto é, o
resto procurado é igual a P(- 1).
P(- 1) = (- 1)2 +5(- 1) - 1 P(- 1) = -5 = R(x)
Logo, R(x) = - 5.
EXEMPLO 05:
Determinar o valor do coeficiente c, para que o polinômio
P(x) = 2x3 + 5x2 - cx + 2 seja divisível pelo binômio D(x) = x - 2.
Resolução:
Se P(x) é divisível por D(x)= x - 2, então P(2) = 0. Pois o Resto da divisão de P(x) por D(x)
deve ser zero e pelo Teorema do Resto o resto é valor numérico da raiz de D(x).
Escrevendo a raiz de D(x), temos x - 2 = 0 x = 2.
Logo, R(x) = 0 = P(2)
Assim P(2) = 0 2 (8) + 5 (4) - 2c + 2 =0 16 + 20 - 2c + 2 = 0 c = 19
Assim o coeficiente c = 19.
22
Agora vamos verificar o que você aprendeu. Resolva os exercícios a seguir e em
caso de dúvidas, retorne aos exemplos apresentados.
Atividade 3
01. Calcule a divisão do polinômio P(x) = 10x 2 - 43x + 40 por D(x) = 2x - 5 , utilizando o
método da chave e verifique o resultado.
04. Para que o polinômio P(x) = x5 - 2x4 + kx3 - 3x2 + 6 seja divisível pelo binômio
D(x) = - x + 1, o valor de k deve ser igual a:
23
Aula 4: Retas Paralelas e Retas Perpendiculares
1 – PARALELISMO:
24
EXEMPLO 01:
Verifique a posição relativa entre as retas de equação r: y = 3x + 1 e s: 9x - 3y - 8 = 0.
Resolução:
Inicialmente, vamos escrever a equação 9x - 3y - 8 = 0 na forma reduzida, ou seja,
isolar y na equação de s:
y = 3x - 8/3.
Assim, mr = ms = 3.
Como os coeficientes lineares nr = 1 e ns = - 8/3, isto é, são diferentes, dizemos que r e s
são paralelas distintas.
EXEMPLO 02:
Verifique a posição relativa entre as retas de equação: r: 2x - 5y + 1 = 0 e
s: 4x - 10y + 2 = 0.
Resolução:
Vamos iniciar isolando y na equação r e s:
2 1 4 2
y= x e y= x
5 5 10 10
Simplificando os coeficientes na equação reduzida da reta s, observamos que os
2 1
coeficientes angulares mr = ms = e os coeficientes lineares nr =ns = , assim dizemos
5 5
que r e s são paralelas coincidentes.
EXEMPLO 03:
A reta y = mx - 5 é paralela à reta 2y = - 3x + 1. Determine o valor de m.
Resolução:
Chamando a reta r: y = mx - 5 mr = m
25
Chamando a reta s: 2y = - 3x + 1, e isolando y, temos:
3 1 3
s: y = x ms =
2 2 2
3
Para que as retas r e s sejam paralelas, mr = ms m =
2
2 – PERPENDICULARIDADE:
Tomemos inicialmente uma reta oblíqua (inclinada) r 1 que forme ângulo 1,
com o eixo das abscissas.
Seja r2 uma reta perpendicular a r1, de maneira que r2 forme um ângulo 2 com
o eixo das abscissas.
Assim, 2 = 1 + 90°,
Como 2 é ângulo externo do triângulo formado pelas retas r 1, r2 e o eixo das
abscissas, isto é, o ângulo externo (2) é igual à soma dos dois internos não adjacentes
(1 + 90°).
Aplicando a tg em ambos membros, temos:
tg2 = tg(1 + 90°)
1
Mas, tg(1 + 90°) = - cotg (1) =
tg1
26
Assim,
1
tg2 =
tg1
1
m2 =
m1
m1 m2 = - 1
Logo, para que duas retas sejam perpendiculares é necessário que o produto
dos seus respectivos coeficientes angulares seja igual a ─1, isto é:
EXEMPLO 01:
Verifique a posição relativa entre as retas de equação r: 3x + 5y - 7 e s: 10x - 6y + 3.
Resolução:
Inicialmente, vamos isolar y na equação de r e s, para identificar os coeficientes
angulares:
3 7 10 3
r: y = x s: y = x
5 5 6 2
Observe que mr = ─ 3/5 e ms = 10/6
3 10 30
Então, mr ms = 1
5 6 30
Portanto, r e s são perpendiculares entre si.
EXEMPLO 02:
As retas 4x - 5y - 8 = 0 e px - 6y + 2 = 0 são perpendiculares. Determine p.
Resolução:
Isolando y nas equações das retas dadas, temos:
27
r: 4x - 5y - 8 = 0 s: x - 6y + 2 = 0
- 5y = -4x + 8 - 6y = - px - 2
5y = 4x - 8 6y = px + 2
4 8 p 2
y= x y= x
5 5 6 6
4 p
mr = ms =
5 6
Como r e s são perpendiculares então, mr ms = - 1.
4 p 30 15
Logo, 1 4p = - 30 p= .
5 6 4 2
Atividade 4
28
03. As retas 2x + 3y = 1 e 6x - ky = 1 são perpendiculares. Determine o valor de k.
29
Aula 5: Equação Fundamental da Reta
Observe que a reta r passa pelo ponto P(5,3) e possui coeficiente angular m = 4.
Você sabia que podemos obter uma equação da reta r em função do ponto P(5,
3) e do coeficiente angular m = 4 ? Acompanhe os cálculos!
Se r é uma reta oblígua que passa pelo ponto P(x 0, y0) e possui coeficiente
angular m, então uma equação de r é y - y0 = m(x - x0), denominada equação
fundamental da reta.
Retorando ao exemplo inicial , temos que P(x0, y0) = ( 5, 3 ) e m = 4. Então:
y - 3 = 4(x - 5)
y - 3 = 4x - 20
4x - y - 17 = 0
30
Vamos verificar o resultado abaixo:
4 (5) - (3) - 17 = 0
Aplicando o ponto na equação obtida, verificamos que a igualdade está correta!
EXEMPLO 01:
Determinar uma equação da reta r que passa pelo ponto P(2, - 3) e tem coeficiente
angular m = - 5.
Resolução:
Na equação fundamental da reta y - y0 = m(x - x0), substituindo x0, y0 e m,
respectivamente, por 2, - 3 e - 5, temos:
y - (- 3) = - 5(x - 2)
y + 3 = - 5x + 10
y + 5x - 7 = 0
Logo, uma equação da reta r é y + 5x - 7 = 0
EXEMPLO 02:
Determinar a equação da reta r que passa pelo ponto P(0, 1) e é paralela a reta (s): y = 3x
- 4.
Resolução:
Sendo (s): y = 3x - 4 ms = 3
Como r // s mr = ms mr = 3
Assim, para determinar a equação da reta r utilizaremos a equação fundamental da reta
y - y0 = m(x - x0), onde substituíremos x0, y0 e m, respectivamente, por 0, 1 e 3, e assim
obteremos:
y - (1) = 3(x - 0)
y - 1 = 3x - 0
y - 3x - 1 = 0
Logo, uma equação da reta r procurada é y - 3x - 1 = 0
31
EXEMPLO 03:
Seja P = (a, 1) um ponto da reta r de equação 4x - 2y - 2 = 0. Determine a equação da reta
s que passa por P e é perpendicular a r.
Resolução:
P r 4(a) - 2(1) - 2 = 0
4a - 2 - 2 = 0
4a = 4
a=1
Assim, (r) 4x - 2y - 2 = 0 mr = 2
1
mr ms = - 1 2 ms = - 1 ms =
2
1
Logo, a reta s que passa por P e tem coeficiente angular ms = é:
2
y - y0 = m(x - x0)
1
y-1= (x - 1) x + 2y - 3 = 0
2
Atividade 5
01. Determine a equação geral da reta paralela a (r) 5x + 7y + 1 = 0 e que passa pelo
ponto P(6, - 5). ( DICA: Primeiro encontre o coeficiente angular da reta r.)
32
02. Determine a equação reduzida da reta que passa pelo ponto P(3, 1) e é perpendicular
a reta (r) 3x - 7y + 2 = 0.
03. Dada a reta (r) y = 2x - 1, determine a equação geral da reta paralela a r que passa
pelo ponto A(1, 4).
04. Determine a equação geral da reta que é perpendicular a reta (r) y = 3x + 1 traçada
pelo ponto B(4, 0).
33
Aula 6: Equação Reduzida da Circunferência
1 – DEFINIÇÃO:
2 - ELEMENTOS DA CIRCUNFERÊNCIA:
34
3 - EQUAÇÃO REDUZIDA DA CIRCUNFERÊNCIA:
(x a)2 (y b)2 r2
35
Definida como equação reduzida da circunferência, onde:
EXEMPLO 01:
Obtenha a equação reduzida da circunferência de centro C e raio r, nos seguintes
casos:
a) C(3, 2) e r = 3
b) C(0, 4) e r = 5
2
c) C(- 3, 1) e r =
3
Resolução:
a) Na equação x a2 y b2 r 2 , substituindo a, b e r por 3, 2 e 3,
x 2 y 42 5.
2
c) Substituindo a = - 3, b = 1 e r = na equação x a2 y b2 r 2 , obtemos:
3
x 32 y 12 4 .
9
EXEMPLO 02:
Determinar o centro e o raio da circunferência que tem por equação:
a) (x - 6)2 + (y + 2)2 = 9
9
b) (x + 3)2 + y2 =
16
36
Resolução:
a) Comparando a equação (x - 6)2 + (y + 2)2 = 9 com x a2 y b2 r 2 , temos que:
a=6 b=-2 r2 = 9 r = 3
Assim, o centro da circunferência é o ponto C(6, - 2) e o raio r = 3.
9 9
b) Podemos escrever a equação (x + 3)2 + y2 = sob a forma [x - (- 3)]2 + [y - 0]2 =
16 16
Comparando essa equação com x a2 y b2 r 2 , concluímos que:
9 3
a=-3 b=0 r2 = r= .
16 4
3
Logo, o centro da circunferência é o ponto C(- 3, 0) e r = .
4
(x a)2 (y b)2 r2
x2 - 2ax + a2 + y2 - 2by + b2 = r2
Assim,
x2 + y2 - 2ax - 2by + a2 + b2 - r2 = 0
EXEMPLO 03:
Determine a equação normal da circunferência de centro C(3, 1) e raio 5.
37
Resolução:
A equação reduzida da circunferência é: (x - 3)2 + (y - 1)2 = 52.
Desenvolvendo os binômios, obtemos:
(x - 3)2 + (y - 1)2 = 52.
(x - 3) (x - 3) + (y - 1) (y - 1) = 25.
x2 - 6x + 9 + y2 -2y + 1 = 25.
Assim, a equação normal dessa circunferência é: x 2 - 6x + 9 + y2 -2y - 24 = 0.
Atividade 6
01. Determinar a equação reduzida da circunferência que tem o centro sobre a origem e
raio igual a 7.
38
03. O ponto C(3, -2) é o centro de uma circunferência e seu raio mede 4. Escreva sua
equação normal.
39
Avaliação
Nesta aula você encontrará algumas atividades para relembrar e aplicar o que
estudou até aqui. São atividades simples e com certeza você consegue realizar!
(A) -7
(B) 1
(C) 17
(D) 33
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
03. Considerando que p(x) = 2x³ – kx² + 3x – 2k, para que valores de k temos p(2) = 4?
(A) 9
(B) -3
(C) 2
(D) 3
40
04. As retas “r” e “s”, das equações, respectivamente, 2x – y + 5 = 0 e x + 2y = 5
05. Dada a equação de reta (s): 2x - y +1 = 0 , a equação de reta paralela a s pelo ponto
P(1,1) será:
(A) 2x - y = 0
(B) 2x + y +1 = 0
(C) 2x + y -1 = 0
(D) 2x - y -1 = 0
(E) 2x - y + 2 = 0
(A) (4,0)
(B) ,0
7
2
(C) (3,0)
(D) ,0
5
2
(E) (2,0)
41
Pesquisa
42
Referências
43
Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
COORDENADORA DA EQUIPE
Raquel Costa da Silva Nascimento
Assistente Técnico de Matemática
PROFESSORES ELABORADORES
Ângelo Veiga Torres
Daniel Portinha Alves
Fabiana Marques Muniz
Herivelto Nunes Paiva
Izabela de Fátima Bellini Neves
Jayme Barbosa Ribeiro
Jonas da Conceição Ricardo
Reginaldo Vandré Menezes da Mota
Tarliz Liao
Vinícius do Nascimento Silva Mano
Weverton Magno Ferreira de Castro
Revisão de Texto
Isabela Soares Pereira