Veredas Escolares II PDF
Veredas Escolares II PDF
Veredas Escolares II PDF
CONSELHO EDITORIAL
Prof Dr Francisco Edviges Albuquerque (UFT)
Prof Dr Haroldo Reimer (UEG)
Prof. Dr. Henryk Siewierski (UNB)
Profa Dra Irene Dias de Oliveira (PUC GO)
Prof Dr João Batista Cardoso (UFG)
Prof Dr Luiz Carlos Santana (UNESP)
Profa Ms Margareth Leber Macedo (UFT)
Profa Dra Marilza Vanessa Rosa Suanno (UFG)
Prof Dr Nivaldo dos Santos (PUC GO)
Profa Dra Regina Lúcia de Araújo (PUC GO)
Profa Dra Telma do Nascimento Durães (UFG)
Prof Dr Wandercy de Carvalho (UFT)
MARILZA VANESSA ROSA SUANNO
RUSVÊNIA LUIZA BATISTA RODRIGUES DA SILVA
VIVIANNE FLEURY DE FARIA
(organizadoras)
VEREDAS ESCOLARES II
Partilhando experiências criativas de ensino e
aprendizagem do CEPAE/UFG
Goiânia-GO
Editora Espaço Acadêmico, 2016
Copyright © 2016 by Marilza Suanno (org.), et al
Contatos:
Prof Gil Barreto (62) 81061119 TIM / (62) 85130876 OI
Larissa Pereira (62) 82301212 TIM
ISBN: 978-85-69818-19-9
CDU: 37
DIREITOS RESERVADOS
É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a
autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime
estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2016
Apresentação
“O real não está no início nem no fim, ele se mostra pra gente
é no meio da travessia...” João Guimarães Rosa (Grande ser-
tão: veredas)
5 APRESENTAÇÃO
Parte I
PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA
Parte III
PROJETOS DESENVOLVIDOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Parte VI
OUTRAS ESCOLAS, INSTITUIÇÕES E PESQUISADORES
461
MÍDIAS CONTEMPORÂNEAS NA ESCOLA:
POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO DIGITAL
Yves de Sousa Silva
Kelly Bianca Clifford Valença
471 DIÁLOGOS ENTRE CIRCO E ACADEMIA EM UMA
EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO
Carime Rossi Elias
607 ANEXOS
Parte I
PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA
21
Introdução
1 Mestre em Educação pela UFG. Professor de Educação Física do CEPAE / UFG. pitiaslobo@
live.com
22 Pitias Alves Lobo
E, ainda:
Folia de são sebastião, das comunidades quilombolas da chapada dos veadeiros- go: uma 23
tematização da festa junina no Cepae/ UFG.
4 Deixamos claro que todas as riquezas turísticas, culturais e estéticas de uma região devem ser
tematizadas, assim como, o valoroso Rio Araguaia, o que ressaltamos aqui, é uma lacuna, ainda,
imensa a ser explorada na vertente do nordeste goiano, considerada a região mais carente de
recursos materiais e de uma política pública educacional e cultural mais consistente e que passa
por terras quilombolas.
Folia de são sebastião, das comunidades quilombolas da chapada dos veadeiros- go: uma 29
tematização da festa junina no Cepae/ UFG.
5 A bandeira tem uma característica polissêmica, com vários sentidos e significados aglutinados.
6 Povoado que tem habita a região da Chapada dos Veadeiros em Goiás.
30 Pitias Alves Lobo
Considerações Finais
Referências
Introdução
Fundamentos
Procedimentos e ações
Considerações
Referências
Introdução
1. Mestre em Educação Escolar Brasileira pela UFG. Professor do CEPAE / UFG. ataíde.cepae@
gmail.com
2. Mestre em Química pela UFG. Professora de Química do CEPAE / UFG. luclecia2007@gmail.
com
3. Pedagogo pela UFG. Professor bolsista CEPAE / UFG. [email protected].
4. Doutora em Agronomia pela UFG. Professora de Química do CEPAE / UFG. almeidamajose@
gmail.com
5. Mestre em Educação pela PUC de Goiás. Professora do CEPAE / UFG. sirleyaparecidadesouzade@
gmail.com
6. Doutora em Educação pela UFG. Professora do CEPAE / UFG. [email protected]
44 Ataide Felício dos Santos, Luclécia Dias Nunes, João Paulo Godoy, Maria José Oliveira de Faria
Almeida, Sirley Aparecida de Souza, Sônia Santana da Costa
Ms. Luclécia Dias Nunes, Profª Drª. Maria José Oliveira de Faria
Almeida, profª Drª. Sônia Santana da Costa e Psic. Ms. Danielle
de Paulo Mendonça Cunha. Com três anos de existência, o projeto
conta atualmente (2015) com a participação de vários servidores
docentes, técnicos e alunos bolsistas da graduação que aderiram à
proposta de desenvolver atividades que promovam a prevenção ao
uso de drogas lícitas e ilícitas. O projeto tem como público alvo
os alunos do CEPAE/UFG e seus familiares, mas também oferece
vagas para a participação de outros membros da Comunidade em
geral. É desenvolvido por meio de seminários, palestras, aulas, ofi-
cinas etc., além do oferecimento de uma disciplina eletiva para os
alunos do Ensino Médio do CEPAE. A amplitude que o projeto tem
ganhado é o que nos instiga a apresentá-lo neste artigo.
O Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação – CEPAE
da Universidade Federal de Goiás – UFG, desenvolve atividades de
ensino na Educação Básica, da Educação Infantil ao Ensino Médio, e
também à pós-graduação lato e stricto sensu. Em seu Projeto Político
Pedagógico (CEPAE, 2013, p. 13) há a defesa de que
Desenvolvimento
Conclusão
Referências
O cotidiano do Departamento de
Educação Infantil do Cepae/UFG:
Algumas Reflexões sobre Questões
Curriculares
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Referências
KOELLREUTTER, Hans. Joachim. Por uma nova teoria da música, por um novo en-
sino da teoria musical. In: KATER, C (Org.) Educação Musical: Cadernos de estudo
nº6. BH: Atravez/EMUFMG/FEA/FAPEMIG, 1997.
LOPES, Jader Janer Moreira. Contexto e Educação. Editora Unijui. Revista nº 79. Ano
23, 2008.
LURIA, A. R. Diferenças culturais de pensamento. In: VYTOSKY, L. S., LURIA, A. R.,
NOGUEIRA, Monique Andries. Música, consumo e escola: reflexões possíveis e Ne-
cessárias. In: PUCCI, Bruno et alii (orgs.). Teoria crítica, estética e educação. Campi-
nas/Piracicaba: Autores Associados/UNIMEP, 2004.
_______ A formação cultural de professores ou a arte da fuga. Tese de doutorado.
Faculdade de Educação da USP, 2002.
_________ Educação musical no contexto da indústria cultural: alguns fundamen-
tos para a formação do pedagogo Educação, Santa Maria, v. 37, n. 3, p. 615-626, set./
dez. 2012
OLIVEIRA, Zilma de Moraes. Creches: crianças, faz de conta & Cia. Petrópolis Rj;
Vozes, 1992.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. Cortez.
São Paulo: 2002.
RAUPP. Marilena Dandolini. A Educação Infantil nas Universidades Federais: ques-
tões, dilemas e perspectivas, 2002. Dissertação em Educação – Centro de Ciências da
Educação, Universidade Federal de Santa Catarina.
ROSSETI-FERREIRA. M. C. Os fazeres na educação infantil. - São Paulo: Cortez,
1998.
SANTOS, Vera Lucia Bertoni dos. Promovendo o desenvolvimento do faz-de-conta
na educação infantil. In: CRAIDY, C. M. e KAERCHER, G. E. P. da Silva. Educação
infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Ed. UNESP, 1991.
VEIGA, Ilma P. A. (org). Projeto Político-Pedagógico: uma construção possível.
Campinas, SP. Papirus, 1996.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
________ Obras Escolhidas: problemas de psicologia geral. Gráficas Rogar. Fuenla-
brada. Madrid, 1982.
______. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico – livro para professo-
res. Trad. Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2004.
______. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYTOSKY,
L. S., LURIA, A. R., LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendiza-
gem. Trad. Maria de Penha Villalobos. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
WALLON, H. Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa. 1975
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de música. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
75
Introdução
Discussão e Resultados
criança “A”, a reação foi: “eu também sempre tive resposta na ponta
da língua quando era criança”.
A criança “M” ao ler “João e Maria” passou a brincar de “mamãe
e papai” em momentos que relacionava com os colegas. Seus discursos
pautaram em ajudar a mamãe e o papai, evitar que o papai e a mamãe
fossem embora. Apresentou em suas brincadeiras a escolha da menina
forte que matou a bruxa, utilizando objetos para chamar de bruxa e do-
minar o objeto jogando-o fora da “casinha”. Essas observações conferem
com os registros do caderno de recontos em família, quando a criança
“M” afirmou que a bruxa era má e a Maria era muito mais forte do que
ela. Também foi registrado no caderno que a criança “M” não mencio-
nou os pais. Ao contar essa realidade para um dos membros da família,
a resposta foi: “ela não gostou de ficar sem o pai e sem a mãe na história,
nem comentou sobre o assunto e quando eu a abordei, ela ficou em si-
lêncio. Quando eu era pequena, minha mãe sempre dizia que iria embo-
ra se não nos comportássemos direito, isso me fez lembrar aquela época”.
A criança “V” ao ler “A força da palmeira” da autora Anabella
Lopez criticou a conduta do personagem protagonista e não quis dra-
matizar em família o personagem, preferindo representar o rio que
deu água para a palmeira crescer e ficar forte. Ao observar as ações nas
brincadeiras de Tarzan no pátio e em outros espaços, elas eram de co-
operação com os personagens de suas histórias, atribuindo papéis aos
colegas e criando situações que não permitia a presença de persona-
gens semelhantes ao do livro lido. Infere-se que a busca de solução de
problemas feita pela criança “V” para negar a presença de ações como
do personagem é observada nas brincadeiras.
Considerações finais
Referências
Introdução
Desenvolvimento
Neste projeto “1, 2, 3 Vamos brincar outra vez!” além das brin-
cadeiras e interações, a linguagem matemática apareceu sem obrigato-
riamente se preocupar com a forma de representação dos números ou
com o registro no papel. Permitindo à criança criar, explorar e inventar
seu próprio modo de expressão e de relação com o mundo. Assim, a
linguagem matemática estará presente cotidianamente em diferentes
contextos como na arte, na música, na poesia, em histórias, na forma
como a criança organiza seu pensamento, nas brincadeiras e jogos in-
fantis, na hora de dividir porções de lanche, entre outros, é aí que são
construídos conhecimentos matemáticos como tamanhos, distância,
comprimento, quantidade, cores, formas. Percebem objetos iguais e
diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem rela-
ções, comparações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as
formas, ocupam um espaço e assim, vivem e aprendem a matemática
cotidianamente nas propostas pedagógicas vivenciadas.
Nesse contexto, a proposta metodológica do trabalho teve como
ponto de partida a própria brincadeira. Na brincadeira, as crianças
aprendem a cantar cantando; a girar girando; a contar dizendo um,
dois, três... Não são necessárias aulas prévias com os conteúdos men-
cionados para depois realizar a brincadeira; ao contrário, é a realização
da brincadeira que suscita, em seu acontecer, temas, ideias e conceitos
que serão aprofundados ou ampliados pelo professor de acordo com
os contextos. Assim, percebemos que o início do projeto seria começar
brincando.
Assim, a metodologia deste plano de ação consistiu em eleger
estratégias que nos permitiram apresentar diversas brincadeiras, brin-
quedos e jogos levando em consideração a sutileza lúdica que permeia
o contexto da educação infantil. Considerando o BRINCAR como ne-
cessidade básica da infância, é preciso compreender que as crianças,
para brincarem, precisam de companheiros de brincadeiras, espaços
para brincar, materiais, oportunidades, tempo, estímulo e encoraja-
94 Adriana Maria Ramos Barboza, Lívia de Sousa Lima dos Santos, Letícia de Almeida Rodrigues
Considerações Finais
Referências
BARBOSA, Maria Carmem Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógi-
cos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BROUGÉRE, Gills. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez,1997.
ROSSLER. J. H. O papel da brincadeira de papéis sociais no desenvolvimento do psi-
quismo Humano. In: ARCE, A.: DUARTE N. (orgs) Brincadeira de papeis sociais na
educação Infantil: as contribuições de Vigostski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã.
2006.
VIGOSTKI, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psico-
lógicos Superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
WALLON, H. Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa. 1975
Considerações iniciais
de que lhe permita ver-se nas relações que o conectam ao que está ao
seu redor, ou seja, que o texto, no processo de construção de sentidos
pelo leitor, funda o individual com o social. Por isso mesmo um dos
aspectos da obra bojunguiana que justificam sua indicação para um
trabalho mais detido de compreensão leitora na escolarização básica
é o investimento da autora em personagens crianças e adolescentes,
consequentemente, nos conflitos que lhes são peculiares.
Em estudo sobre a personagem no romance, o professor e crí-
tico literário Antonio Candido afirma que o enredo existe por meio
das personagens e que essas vivem na trama, de tal maneira que “en-
redo e personagem exprimem, ligados, os intuitos do romance, a vi-
são da vida que decorre dele, os significados e valores que os animam”
(CANDIDO, 1985, p. 52). Somam-se a esses dois elementos as ideias
e, assim, enredo, personagem e ideias são intimamente ligados, in-
separáveis no todo do romance bem realizado. Contudo, desses três
elementos, avulta a personagem, pois “ela representa a possibilidade
de adesão afetiva e intelectual do leitor, pelos mecanismos de iden-
tificação, projeção, transferência etc.” (CANDIDO, 1985, p. 53). Não
se trata, ressalva o crítico, de considerar a personagem como essência
do romance; ela é, sim, o elemento mais atuante, mais comunicativo
da arte novelística moderna mas que só adquire pleno significado no
contexto da obra. Analisando algumas personagens de Lygia Bojunga
Nunes, Eliana Gabriel Aires (2012, p.147) observa que na obra da au-
tora essa categoria narrativa “atinge uma dimensão maior, pois extra-
pola os limites da própria ficcionalidade constituindo-se em elemento
primordial de vida”.
Na produção literária em questão, que agrada também adultos
mas é direcionada principalmente a crianças e adolescentes, as perso-
nagens merecem atenção especial, por serem complexas e singulares.
Traços próprios da natureza humana – como a busca da identidade, a
autoafirmação, os sentimentos de amizade, amor, ciúme, inseguran-
ça, bem como as decepções sofridas no processo de amadurecimento
inerente ao ser, inclusive temas considerados por muito tempo tabu,
108 Maria de Fátima Cruvinel
Considerações finais
Referências
Elisandra Filetti-Moura1
Introdução
1 Doutora em Letras e Linguística pela UFG. Professora de Língua Portuguesa do CEPAE / UFG.
[email protected]
116 Elisandra Filetti-Moura
Proposta de atividades
Cavalo (JLM)
Considerações finais
Referências
Introdução
Pombo (2005), por sua vez, afirma que, além de buscar articu-
lações, a interdisciplinaridade só se efetiva quando a atitude se reflete
em colaboração, em partilha do saber, em construção coletiva de novas
linguagens. Nessa colaboração não se nega a especialidade das disci-
plinas, mas se buscam as relações dinâmicas entre elas (FAZENDA,
2011). Assim sendo, tornam-se necessárias a revisão e a atualização
134 Flávia Pereira Lima, Leandro Bernardo Guimarães, Larissa de Mello Evangelista, Luciana Pa-
rente Rocha
As atividades
eles precisavam compreender melhor o que era uma célula. Esse estu-
do foi feito por meio de leituras, vídeos e observação da parede celular
de uma planta aquática ao microscópio (Figura 1). Retornarmos ao
estudo dos fungos e bactérias por meio de atividades, como: leitura de
textos, investigação da presença de fungos na escola (Figura 2), reali-
zação de experiências (Figura 3), apresentação de fungos comestíveis,
entre outras. Os alunos compreenderam porque fungos e bactérias são
agentes decompositores e como a decomposição é essencial para a ma-
nutenção da vida na Terra.
Ao final do segundo bimestre, propusemos que os alunos pro-
duzissem textos informativos sobre bactérias, fungos e decomposição
da matéria orgânica. Para isso, elaboramos coletivamente um roteiro
que pudesse orientá-los sobre o assunto a ser abordado em cada pará-
grafo e, a partir dele, cada aluno escreveu a sua produção individual.
Nos textos produzidos eles demonstraram bom domínio do conteúdo
evidenciando como a formação dos conceitos colabora na produção
escrita.
As discussões, a curiosidade e o interesse despertado nos alunos
direcionaram o trabalho sobre os resíduos sólidos. Foi um fazer cons-
tante, no qual as crianças participaram ativamente, inclusive propondo
temas a serem estudados. Em nossas aulas valorizamos sobremaneira
o conhecimento dos alunos e, em vários momentos, eles perceberam
que entendiam sobre um determinado assunto, mas lhes faltava uma
organização das ideias. Em outras situações sentiram a necessidade de
maior aprofundamento nos estudos para o entendimento dos concei-
tos científicos.
Já próximo às férias questionamos, novamente, quem jogava
lixo no chão. A maioria dos alunos afirmou que não faziam mais isso.
Daqueles que jogavam, muitos disseram que pararam, pois começa-
ram a pensar nos danos causados à natureza. Dois alunos afirmaram
que ainda tinham essa prática, mas que, pelos menos, pensavam a res-
peito antes de descartar o lixo.
O estabelecimento do diálogo, a motivação por um tema trans-
O meu, o seu, o nosso lixo: a construção e o desenvolvimento de uma proposta interdisciplinar 145
acerca dos resíduos sólidos
Culminância do projeto
Consideraçoes finais
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS
SÓLIDOS (ABRELPE). Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil – 2010. São Paulo:
Abrelpe, 2010. 200 p.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 146 p.
CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 151 p.
CINQUETTI, H. S. Lixo, resíduos sólidos e reciclagem: uma análise comparativa de
recursos didáticos. Educar, Curitiba, n. 23, p. 307-333, 2004.
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade: visões culturais e
epistemológicas. In: FAZENDA, I. C. A. (Org.). O que é interdisciplinaridade? São
Paulo: Cortez, 2008. p. 17-28.
_______. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou
ideologia? 6. ed. São Paulo: Loyola, 2011.
______. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. 5. ed. São Paulo: Loyola,
2002. 119 p.
_____. Interdisciplinaridade: Didática e Prática de Ensino. Texto complementar
ao apresentado no ENDIPE- 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/USER/Downlo-
ads/22623-58176-1-SM.pdf>. Acesso em 20 out. 2015.
GOUVEIA, N. Resíduossólidos urbanos: impactos socioambientaise perspectiva de
manejo sustentável com inclusão social. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro,
v.17, n.6, p. 1503-1510, 2012.
HASS, C. M. A interdisciplinaridade em Ivani Fazenda: construção de uma atitude
pedagógica. International Studies on Law and Education, São Paulo, n. 8. p. 55-64,
mai/ago. 2001.
JACOBI, P. R. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pes-
quisa, São Paulo, n. 118, p. 189-205, mar. 2003.
______. Educação Ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico,
complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 233-250, maio/
ago. 2005.
152 Flávia Pereira Lima, Leandro Bernardo Guimarães, Larissa de Mello Evangelista, Luciana Pa-
rente Rocha
Introdução
Desenvolvimento
Considerações
Referências
Introdução
cesso como sujeito e não como objeto. Se isso vier a acontecer, segundo
Papert (2008), a mudança seria muito significativa do que a colocação,
em cada carteira, de um computador programado para conduzir o es-
tudante no passo do mesmo velho currículo.
O uso de (novas) tecnologias não incide necessariamente
inovação, nem sequer modernidade. Pode na verdade, refletir,
quando mal utilizada, o desmantelamento do pensamento e a re-
produção de informações sem criticidade. O recíproco também é
verdadeiro, é útil quando a utiliza numa perspectiva progressista
e construtiva, em que o estudante tenha a oportunidade de cons-
truir ideias, relacionar pensamentos, construir significados e os
compreender (note que é diferente de repeti-los ou anuncia-los
numa prova formal ou num contexto tradicional de ensino em
que se limita ao currículo).
O uso de tecnologias torna-se muito mais favorável, conforme
Resnick (2008) e Papert (2008), quando os estudantes têm a oportu-
nidade de intervir, refletir e debater sobre o conhecimento em suas
diferentes formas e perspectivas. Nesse mesmo movimento, pois, per-
cebe-se que a incorporação da informática (em especial, a linguagem
computacional), no contexto de sala de aula, tem possibilitado, em di-
ferentes situações, uma nova forma de mediar e conceber os processos
de ensino-aprendizagem, especialmente, de Geometria.
A linguagem de programação pode ser empreendida como um
recurso que possibilita o estudante desenvolver o seu pensamento,
mais especificamente, o seu pensamento geométrico, que tem sido um
dos desafios da comunidade escolar. Afinal, conforme Freire (2011),
promover situações que incentivem os estudantes a pensar é tão im-
portante quanto saber ler para além da escrita, é interpretar o mundo
de outra forma, de uma maneira mais ampla, crítica e significativa. É
preciso, assim, propor situações em que os estudantes possam pen-
sar e desenvolver-se integralmente. Isso porque, quando o estudante
tem a oportunidade de pensar, ele estará se postando, conforme Demo
(2000), contra a ignorância, valorizando o questionamento, se dedi-
166 Greiton Toledo de Azevedo, Gene Maria Vieira Lyra-Silva
3 É o robô principal do software Super Logo 3.0 (que recebe comandos a serem executados -
lógico e sistematicamente).
170 Greiton Toledo de Azevedo, Gene Maria Vieira Lyra-Silva
Referênciais
DEMO, P. Educar pela pesquisa. 5. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.
FAINGUELERNT, Estela Kaufman et al. Trabalhando com Geometria, vol.1, 2, 3, 4.
São Paulo: Editora Ática, 1995.
FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Bra-
sil. Revista Zetetikê, Ano 3, nº 4. Unicamp: Campinas SP, p. 1-33, 1995.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2011.
LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria? Revista da Sociedade Brasileira de
Educação Matemática. São Paulo, ano III,nº 4, p. 3–13, 1º semestre 2010.
PAPERT, S. A Máquina da Criança: repensando a escola na era da informática. ed.
rev. Porto Alegre: Artmed, 2008.
VALENTE, J. A. O professor no Ambiente Logo: formação e atuação. Campinas:
Graf. da UNICAMP, 1999.
RESNICK, M. Sowing the Seeds for a more creative society. Learning and Leading
with Technology, International Society for Technology in Education (ISTE), Decem-
ber/January, 18-22, 2008.
VAN HIELE, P. Structure and Insight. Orlando: Academic Press, 1986.
WHEELER, D. Imagem e pensamento geométrico. CIEAEM - Comtes Rendus de 1a
33e Rencontre Internationale, p.351-353, Pallanza, 1981.
Introdução
Referências
DAYRELL, J. T. A escola como espaço sócio - cultural. In: Dayrell, J. (Org.). Múltiplos
olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996.
LEITE, ROGÉRIO PROENÇA. A inversão do cotidiano: práticas sociais e rupturas na
vida urbana contemporânea. Dados vol.53 no.3 Rio de Janeiro 2010. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/dados/v53n3/a07v53n3.pdf Acessado em: 20/08/2015.
LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS. O Planejamento Escolar. Disponível em: http://www.ae-
cep.com.br/artigo/o-planejamento-escolar--jose-carlos-libaneo.html. Acessado em
20/8/2015.
SILVA, R. L. B.; ROCHA, L. P. Leitura de mundo, leitura de números: inter-relações
entre a Geografia e a Matemática nas séries iniciais. 2011, SICEA: Seminário de Insti-
tutos, Colégios e Escolas de Aplicação das Universidades Brasileiras.
TUAN, Y Fu. Espaço e Lugar. A perspectiva da experiência. Editora DIFEL, 1983.
Parte IV
PROJETOS DESENVOLVIDOS NO ENSINO MÉDIO
191
Introdução
É certo que se vive hoje em meio a uma crise: crise mundial, nacio-
nal, local – humana. Não se fala de outra coisa em todos os lugares.
E esta crise parece atingir a todos os horizontes que se mire: crise eco-
nômica, política, energética, ambiental, de valores éticos. Respira-se
crise no Brasil e no mundo. Uma crise aparente: quanto à política, aos
desastres ambientais, às guerras, aos atentados, fatos que estão no no-
ticiário todos os dias. Contudo, também há uma crise nem tão visível,
uma crise interior, de identidade, de valores morais, do modo de ser,
estar e lidar com o mundo, quem sabe decorrente da incerteza de um
futuro no planeta azul.
Essa crise também se instalou na escola, e não é de hoje. A es-
cola tradicional está sendo compelida a adaptar-se aos novos tempos.
Seus currículos e métodos ainda moldados no século XX ou até XIX
devem, por força, ser mudados a fim de atender aos alunos do século
XXI. Segundo alguns autores, como Morin e La Torre, a fragmentação
é um dos agentes da crise da escola atual. A separação em disciplinas
e em séries é um modelo a ser revisto, por mais que seja difícil uma
transformação tão radical.
Este modo segmentado de ver e de estar no mundo que separa,
compartimentaliza, e que foi sedimentado no Iluminismo no século
1 Doutora em Literatura Brasileira pela UnB. Professora de Língua Portuguesa do CEPAE / UFG.
[email protected]
2 Mestre em Ensino de Ciência e Matemática pela UFG. Professor de Matemática do CEPAE /
UFG. [email protected]
192 Vivianne Fleury de Faria, Marcello Lucas
Desenvolvimento
Considerações finais
Referências
Introdução
Princípios Facilitadores
nd
Filosofei agr
[K]: Agora vou dormir Pq estou morta
: Mãnins
: Bueeenas
Considerações Finais
Referências
Introdução
Considerações finais
Referências
Introdução
O professor pesquisador
Considerações finais
Referências
MORAIS, Eliana Marta Barbosa de. O ensino das temáticas físico-naturais na geografia
escolar. 2011. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Le-
tras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, 2011. Disponível
em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13062012-122111/. Acesso
em: 19 de maio, 2014.
NEVES, Sammyla Cyndy de Oliveira; et. al. Geografia escolar: mudanças e perspec-
tivas. In: XVI Encontro Nacional dos Geógrafos. Crise, práxis e autonomia: espaços
de resistência e de esperanças. Espaço de diálogos e praticas. 2010. Porto Alegre, RS,
Anais… Porto Alegre 2010. Disponível em: <www.agb.org.br/evento/download.php?i-
dTrabalho=3083> Acesso em: 06 de agosto, 2015.
Introdução
Capítulo V
Da Educação Especial
Art.58. Entende-se por Educação Especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida pre-
ferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais.
248 Letícia Pires Paiva (CEPAE/UFG), Profa. Ms. Sirley Aparecida de Souza (CEPAE/UFG)
§1º (...)
§2º (...)
§3º (...)
I – (...)
II – (...)
III – (...)
V – (...)
Considerações Finais
Referências
Introdução
1 Mestre em Filosofia pela UFG. Professor de Filosofia na rede estadual de Goiás. Professor de
Filosofia do CEPAE/UFG. [email protected]
254 Fabrício David de Queiroz
4 RODRIGO, 2009, p.27; GALLO, p.16, SILVEIRA, p.88-9, em Filosofia no ensino médio, 2007;
GOTO, em A filosofia e seu ensino, 2009, p.107; SALLES, em Ensaio de iniciação ao filosofar,
2007, p.13-14.
5 Conceito usado na sociologia para identificar características comuns ou padrão entre indivíduos
nascidos em épocas determinadas.
256 Fabrício David de Queiroz
sujeitos deste relato de caso, são compostas por alunos de uma faixa-e-
tária que oscila entre a extrema agitação, marcada por brincadeiras e
inquietude, e a apatia diante do estudo teórico. Iniciam seus estudos
de filosofia pela origem do pensamento filosófico entre os gregos da
antiguidade. No momento planejado para a leitura dos textos didá-
ticos, solicitamos o estudo dos conceitos presentes no livro didático,
posteriormente, a realização das atividades de fixação ao final do capí-
tulo correspondente ao tema. Na aula oportuna, encaminhamos toda
a turma para a quadra esportiva e organizamos grupos com 3 ou 4
alunos, para os quais foi designada uma das questões já trabalhadas na
atividade do livro. Como culminância do estudo, solicitamos que cada
grupo gravasse um vídeo com celular a fim de apresentar seu resultado
de estudo.
No universo de procedimentos metodológicos disponíveis ao
professor, o aparato tecnológico divide espaço com recursos tradicio-
nais – desde a aula expositiva oralmente, até o uso do quadro-negro e o
livro didático. O aparente conflito entre recursos digitais e tradicionais
tem como pano de fundo o residual teórico-epistemológico das tec-
nologias da educação, confere ao espaço escolar a simbologia de um
terreno pantanoso, pedagogicamente, um lugar inóspito para o ensino
porque esvazia o saber6 da experiência humana, ocupa este vazio com
instrumentos cognitivos estéreis. Decerto, a educação se realiza na ex-
periência da criatividade, neste caso, no exercício da leitura e reflexão
filosóficas, e compreende a escola como espaço privilegiado para im-
buir o aluno do domínio dos instrumentos disponíveis para o conhe-
cimento e prática da sua formação humana. Desta monta, a análise do
caso a que nos propomos, tem por objeto de investigação o ensino de
filosofia por meio de instrumental tecnológico das funções cognitivas,
para o protagonismo do sujeito de conhecimento no exercício da cria-
6 Nos apropriamos aqui da distinção feita por LÓPEZ (2008, p.98), “Saber e pensar não
pertencem ao mesmo registro: o saber é acumulativo, de algum modo ele é corporal (se incorpora
em informações, imagens, palavras), enquanto o pensar é incorporal, intempestivo, puro
acontecimento que só existe como efeito e deixa de existir assim que cessa de produzir-se.”, a qual
acreditamos aproximar conhecimento e seus instrumentos.
Upgrade da leitura e reflexão filosófica 257
Discussão
8 Segundo Projeto de Lei do Senado Nº504/2011 em tramitação, no Ensino Médio o limite será
de 1,0 m2 por aluno e 35 alunos por sala de aula.
262 Fabrício David de Queiroz
Referências
Introdução
sos que não forem adequados para o momento. Para isto, as avaliações
são processuais, verificando o desenvolvimento do aluno em diversos
aspectos.
Para que isto fosse possível, a proposta foi desenvolvida na mo-
dalidade semipresencial, a partir da interação entre a tutora/pesqui-
sadora e professores, no ambiente virtual de aprendizagem Moodle.
Os encontros presenciais periódicos (15 em 15 dias) foram desenvol-
vidos no laboratório de informática da Biblioteca Central da UFG, e
a carga horária para as atividades a distância correspondeu a 60% do
total de horas do curso, compreendendo estudos, leituras, atividades
e discussões no ambiente virtual; e o restante das horas foi destinado
às atividades previstas nos encontros presenciais, que privilegiaram a
preparação, a exposição e a avaliação de atividades de letramento de-
senvolvidas pelas professoras sujeito de pesquisa, com a utilização de
diferentes recursos midiáticos.
De fato, ao fim e ao cabo, a pesquisadora e as professoras par-
ticipantes puderam colher frutos em relação ao desenvolvimento do
educando; à formação colaborativa em rede; à relação teoria e práti-
ca pedagógica e ao letramento em língua portuguesa; às abordagens
metodológicas mais apropriadas para o desenvolvimento do educando
em diversas áreas do conhecimento; e à construção e experimentação
de diferentes estratégias que favorecem a aprendizagem, por meio da
utilização de recursos informacionais.
Considerações finais
(de 2008 a 2015) foi o que mais me motivou a realizar esta pesquisa.
Ao longo desse período, mais especificamente durante o curso de edu-
cação especial: “Formação Continuada para os Professores do Atendi-
mento Educacional Especializado”, em 2010 e 2013, e no acompanha-
mento do trabalho realizado na Sala de Recursos Multifuncionais, em
2013, pude perceber que a maioria dos professores possuía dificulda-
des em organizar e construir o plano de AEE de acordo com as teo-
rias estudadas e de modo que as atividades potencializassem o nível de
desenvolvimento do aluno. Notei, também, um descontentamento dos
professores frente à realidade escolar, pois a articulação com os demais
professores parecia impossível, dificultando a organização e constru-
ção dos recursos pedagógicos que ajudariam na aprendizagem do alu-
no. O que pude concluir é que embora a inclusão escolar de alunos
com necessidades educacionais específicas fosse garantida por leis e
decretos, e vários cursos de formação escolar vinham sendo ofertados,
as preocupações e queixas persistiam e referiam-se à (in)eficácia dos
cursos de formação ofertados, à (in)disposição do professor em reali-
zar mudanças de concepções e atitudes, e à (im)compreensão dos pais
sobre o papel da escola. Talvez por isso, uma das experiências mais ri-
cas dessa investigação ocorreu já no final do processo, quando tivemos
a presença de uma psicóloga que tem uma filha com deficiência, que
se dispôs a socializar sua experiência como mãe de uma criança com
necessidade educacional específica. Ela narrou a sua história de vida,
a evolução de sua filha, o que faz para estimular seu desenvolvimento
cognitivo, os recursos adaptados que ela própria construiu ao longo
deste período e os atendimentos especializados que a filha recebeu no
Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER).
Diante de sua exposição, todos nós nos demos conta do quanto a fa-
mília tem uma função primordial na vida da criança, pois desde o seu
nascimento é esta interação com os adultos que assegura a sua sobre-
vivência, que viabiliza a sua mediação com o mundo, em geral, e o
escolar, em específico. Os membros de sua família são, pois, os maiores
responsáveis por apresentar a ela costumes, normas, objetos e hábitos
Práticas sociais de letramento e inclusão na educação básica 283
Referências
Introdução
ou seja, num viés tradicional, pois com seu alto nível de regulamentação
e orientação para o resultado, ele acaba por banir possibilidades criati-
vas, em nome do ensino meramente tecnicista do gesto (Kunz, 2006).
Baseando-se nas pesquisas de Betti (1999) e Darido & Rosario
(2005), percebemos que os alunos têm interesse em aprender novos conte-
údos, assim existe a possibilidade para inserir as artes circenses, enquanto
elemento da cultura corporal, no ambiente escolar. A partir de vivências,
experimentações e práticas circenses, eles poderão compreender os senti-
dos e significados das artes circenses, não apenas como conhecimento de
caráter pragmático, mas também que apresenta um contexto histórico e
sociocultural que contribuirá na formação integral dos praticantes.
A partir da utilização das vivências e experimentações de cada
aluno entendemos que existe uma maior possibilidade de que as artes
circenses possam ser compreendidas em seus sentidos e significados,
possibilitando que todos participem integralmente do processo de en-
sino-aprendizagem desses conteúdos.
Abordagem desenvolvimentista
Abordagem construtivista
Metodologia
Resultados
Considerações finais
Referências
BETTI, Irene Conceição Rangel. Esporte na escola: mas é só isso, professor?. Motriz –
Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999. Acesso em: 20.06.2012
BETTI, Mauro. Educação Física e Sociedade: A Educação Física na escola brasilei-
ra. 2 ed. São Paulo: Editora Hucitec.
BORTOLETO, Marco Antônio Coelho. Introdução a Pedagogia das Atividades Cir-
censes. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2010.
BRACHT, Valter. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: editora
Unijuí, 2009.
300 Bruno Amaral Ramos, Alcir Horácio da Silva
Introdução
Tirar proveito dessa atitude das crianças, que revela sem más-
caras os dramas que constituem a experiência humana, parece ser o
motivo principal da sua inclusão nos roteiros como protagonistas. De
O cinema e as crianças: algumas considerações 307
Considerações finais
Referências
DOLTO, F. A Causa das Crianças. São Paulo: Ideias e Letras, 2005, 400 p.
JAKOBSON, R. A Decadência do Cinema? In: JAKOBSON, R. Linguística. Poética.
Cinema. São Paulo: Perspectiva, 2011. p. 153-164.
LACAN, J. O Seminário Dez: a angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahaar, 2005, 377 p.
_____. O Seminário Quatro: relação de objeto. Rio de Janeiro: Jorge Zahaar, 1995, 456
p.
LAJONQUIÈRE, L. de. Figuras do Infantil. Petrópolis: Vozes, 2010, 272 p.
LEMOS, M. T. G. de. A Língua que me Falta: uma análise dos estudos de aquisição de
linguagem. Campinas: Mercado das Letras, 2002, 216 p.
ROSAS, I. de A. A Personagem Infantil como Estratégia Narrativa no Cinema Latino
Americano Contemporâneo. In: AVANCA CINEMA INTERNACIONAL: ARTE, TEC-
NOLOGIA, COMUNICAÇÃO, 23-27, Jul., Portugal. Portugal: Edições Cine-clube de
Avanca, 2014. p. 577-585.
ROURE, G. Q. de. Infância na Retina: a experiência (in)visível do cinema e da infância.
In: AVANCA CINEMA INTERNACIONAL: ARTE, TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO,
23-27, Jul., Portugal. Portugal: Edições Cine-clube de Avanca, 2014, p. 1055-1061.
SAURET, M.-J. O Infantil e a Estrutura. São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise,
1998, 108 p.
TRUFFAUT, F. O Prazer dos Olhos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2205, 350 p.
FILMOGRAFIA
Bem-Vindo à Casa de Bonecas.1995. Estados Unidos. Todd Solondz, DVD Vídeo Fil-
mes. DVD.
E Buda desabou de vergonha. 2007. Hana Makhmalbaf, DVD Vídeo Filmes. DVD.
Um doce olhar (Bal). 2010. Turquia. Semih Kaplanaglu. DVD Vídeo Filmes.
DVD.
319
Introdução
Desenvolvimento
Metodologia
Considerações finais
Referências
Introdução
Linguagem e interação
Princípios metodológicos
Considerações finais
Com este trabalho, esperamos contribuir para uma melhor
compreensão das questões significativas relacionadas ao processo de
construção de identidade por meio do processo discursivo presente
nas relações ensino-aprendizagem, vivenciado, muitas vezes, por pro-
fessores e alunos, em geral, de forma conflitante e dolorosa.
Esperamos que os resultados da pesquisa possam proporcionar,
por meio do grupo de estudo proposto aos professores da escola, a re-
flexão crítica sobre a relevância do discurso, possibilitando contribuir
com suas práticas de ensino e seu crescimento pessoal/profissional.
Estimamos que os eventos de letramento criem um espaço que promo-
va conscientização linguística (FAIRCLOUGH, 2001) e criticidade na
comunidade escolar, de modo a contribuir para a formação de sujeitos
autônomos intelectualmente que tenham possibilidade de compreen-
der o mundo no qual estão inseridos, refletir sobre as diferentes vozes
que constituem a sociedade e agir conscientemente em busca de justiça
e equidade.
Desse modo, o grupo de estudo foi proposto e aceito pelo corpo
docente da escola com o objetivo de discutir, analisar e estudar as di-
ferentes dimensões da linguagem, compreendendo que ela viabiliza o
sujeito representar a realidade física e social na qual está inserido, am-
O discurso do professor na sala de aula e identidades discentes 343
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
______. Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método so-
ciológico na ciência da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12ª
Ed. São Paulo; Hucitec, 1995.
CLARK, K; HOLQUIST, M. Mikhail Bakhtin. Trad. de J. Guinsburg. São Paulo: Pers-
pectiva, 1998.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e Mudança Social. Trad. de Izabel Magalhães. Editora:
Universidade de Brasília, 2001.
FIORIN, J. L. Intertextualidade e Interdiscursividade. In: BRAIT, Beth. Bakhtin: Outros
conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 9ª ed. Porto: Edições Afrontamento,
1997.
SILVA, L. R. Discurso e identidade de gênero. 2006. Disponível em www.pucsp.br/isfc/
proceedings/.../49id_silva_989a1006. Acesso em: 10/05/2015
STREET, B. Letramentos Sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimen-
to, na etnografia e na educação. Tradução de Marcos Bagno. 1 ed. -São Paulo: Parábola
Editorial, 2014.
345
Introdução
Trajetória metodológica
Resultados e discussão
Considerações finais
A aplicação do PIP nos fez ver a escola com outros olhos. Cabe
ao professor tentar mudar a realidade do ensino, constipada ao uso de
metodologias fixas e engessadas, de buscar novas didáticas que incitem
a curiosidade de seus alunos a fim de alavancar a busca e a construção
do conhecimento. Trata-se da ruptura do tradicional com a busca do
novo, ‘novo’ esse que desperta interesse e facilita o aprendizado quan-
do se trata de aprender de forma divertida, com a inclusão de aulas
mais interativas, não só entre professor e aluno, mas entre aluno e o
conteúdo é estudado.
A inclusão de uma ‘Sala das Curiosidades’ ao fim do túnel na
aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógica nos permitiu enxergar
com maior clareza o despertar da curiosidade ao se comparar um en-
sino teórico com o prático. As aulas diferenciadas permitem ao aluno
enxergar de perto o que há por de trás da ciência, permite ver como as
coisas funcionam e assim criar interesse pelo que realmente vê, e não
pelo que ouve falar, dando explicação à euforia ao ver um microscópio
e não só saber o que ele é, mas visualizar como funciona e o que per-
mite enxergar.
Esperamos que com a aplicação do PIP, alguns atos sejam re-
pensados e que o significado e a importância da prática seja levada
para a vida dos alunos. Por fim, de acordo com a análise da interven-
ção na escola, verificamos que as práticas foram satisfatórias e a apren-
dizagem foi significativa e que valeu à pena o empenho envolvido nas
atividades do estágio supervisionado I.
Referências
ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; KUMAR, V. (Trads.). Robbins & Cotran; Patologia - ba-
ses patológicas das doenças. 8. ed. Editora Elsevier, 2010.
ALARCÃO, I. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed, 2001.
ANTUNES, M. Promoção e educação em saúde: a participação comunitária como
Projeto de intervenção no estágio: reflexões-construções – criatividade 359
Introdução
Desenvolvimento
Considerações finais
Referências
OLIVIER, J. C. Lutas e artes marciais na escola: das brigas aos jogos com regras.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
Introdução
Objetivos
Metodologia
Referências
BARBOSA, Ana Mae; CUNHA, Fernanda Pereira da. Abordagem Triangular no Ensi-
no das Artes e Cultura Visuais. São Paulo: Cortez, 2010.
CANDIDO, Antonio. O Direito à Literatura. Vários Escritos. 3. ed. São Paulo: Duas
Cidades, 1995.
CIRNE, Moacy. Quadrinhos, sedução e paixão. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2009.
DEMO, Pedro. Habilidades e Competências no século XXI. Porto Alegre: Mediação,
2010.
EISNER, Will. Quadrinhos e arte sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
GEBARA, Ana Elvira Luciano. A poesia na escola. São Paulo: Cortez, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LUCK, Heloísa. Pedagogia Interdisciplinar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. Cultura visual e infância: quando as ima-
gens invadem a escola... Ed. Santa Maria: UFSC, 2010.
PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa (2007). Poesia em Quadrinhos. Disponível em: <http://
deusnogibi.dominiotemporario.com/doc/HQ-E-POESIA.PDF>. Acesso em: 04 mar.
2013.
RAMA, Ângela; VERGUEIRO, Waldomiro (org.). Como usar as histórias em quadri-
nhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2008.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez,
2007.
SINDEY, Sir Philip; SHELEY, Percy Bysshe. Defesa da Poesia. São Paulo: Iluminuras,
2002.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,
2000.
387
Introdução
Resultados e discussão
Considerações finais
Referências
Introdução
Considerações finais
Referências
ANEXO I
CORRIDAS
Corrida de velocidade, meio Cones
fundo e fundo
SALTOS
Arcos e fita adesiva
Salto em distância
LANÇAMENTOS
Cano PVC e corda de varal
Dardo
Materiais extra-didáticos:
trabalhando com fraseologismos em
língua francesa
Introdução
2 “Comprendre et employer sans défaut les expressions figées dans une langue particulière, qu’elle
soit maternelle ou étrangère, donne la mesure de notre habilite linguistique.”
Materiais extra-didáticos: trabalhando com fraseologismos em língua francesa 417
Desenvolvimento
Atividade 1
www.bonjourdefrance.com
4 Aqui no Brasil, usamos a expressão sair à francesa para dizermos sair discretamente. Na França,
eles dizem filer à l’anglaise, que literalmente, quer dizer sair à inglesa.
Materiais extra-didáticos: trabalhando com fraseologismos em língua francesa 423
Atividade 2
provérbios, acredito que primeiro pelo vocabulário que não era real-
mente fácil, mas também por uma grande dificuldade em entender o
seu significado, mesmo quando eu traduzia ou explicava. A relação dos
alunos com os provérbios me provocou muitas inquietações, por isso,
decidi intensificar e diversificar as atividades.
Não pedi que os alunos desenhassem nessa atividade de pro-
vérbios, porém, um aluno ao final da aula, me entregou dois desenhos
ilustrando os provérbios que ele mais gostou. Um de seus desenhos
está em anexo e por ser uma produção espontânea, a meu ver, tem um
grande valor.
Considerações Finais
Referências
Introdução
Considerações finais
Referências
Introdução
Trajetória metodológica
Resultados e discussões
Considerações finais
Referências
Introdução
Detalhando o processo
• 1° Trimestre
• 2° Trimestre
• 3° Trimestre
Considerações Finais
Referências
Introdução
Considerações
Referências
Introdução
Considerações Finais
Referências
ADORNO, T.W. Educação e emancipação. Trad. Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Paz
e Terra, 1995.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. O conceito de iluminismo. Tradução Zéljko Lopa-
rié. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Os pensadores).
DITTRICH, M.G. Arte criatividade. Espiritualidade e cura. Blumenau: Editora
Nova Letra, 2010.
ESPINDOLA, C.; DITTRICH, M.G. Arteterapia no cuidado integral à saúde. Itajaí:
UNIVALI EDITORA, 2015.
GUESSER, M. Educação emancipatória como processo do viver saudável, segundo
Theodor Wiesegrund Adorno. Monografia apresentada no Curso de Filosofia da Fa-
culdade São Luiz. 2011. 110p. Brusque.
MAAR, W.L. Adorno, semiformação e educação. Educação e Sociedade. Campinas,
vol. 24, n. 83, p. 459-476, ago. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302003000200008>. Acesso em: 14 mar. 2012.
______. Prefácio à Educação e Emancipação. In.: ADORNO, T.W. Educação e eman-
cipação. Trad. Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
MORAES, M.C. Em busca de novos fundamentos teóricos e metodológicos. In TOR-
RE, S.; ZWIEREWICZ, M., FURLANETTO, E. Formação docente e pesquisa trans-
disciplinar. Criar e inovar com outra consciência. Blumenau: Nova Letra, 2011.
RIPA, R. A concepção de educação emancipatória de Theodor W. Adorno. Revista Sul
-Americana de Filosofia e Educação. Número 10: p. 3-14, maio/2008-outubro/2008.
Vereda escolar: a concepção de educação emancipatória de theodor adorno 507
Disponível em:http://seer.bce.unb.br/index.php/resafe/article/view/5205/4376>.
Acesso em: 13 mar. 2012.
SILVA, A.T.T.; BITTENCOURT, C.A.C. Educação para a emancipação na contem-
poraneidade: algumas aproximações entre o pensamento de Kant e Adorno. X Con-
gresso Nacional de Educação (EDUCERE), PUC-PR, 2011, Curitiba-PR. Disponível
em: <educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4646_2523.pdf>. Acesso em: 1 mar. 2012.
SUANNO, M. Reorganização do trabalho docente na educação superior: inovações
didáticas. In SUANNO, M.; RAJADEL, N. Org. Didática e formação de professores:
perspectivas e inovações. Goiânia: CEPED Publicações e PUC Goiás, 2012, p. 211.
ZUIN, A. A. S; PUCCI, B.; RAMOS-DE-OLIVEIRA, N. Adorno: o poder educativo
do pensamento crítico. 4. Ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
509
Introdução
Currículo
Descrevendo a Oficina
Considerações Finais
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1987.
DE La TORRE, Saturnino (2005). Dialogando com a criatividade. Trad. Cristina
Mendes Rodríguez. São Paulo: Madras.
GONZÁLEZ REY, Fernando (2003). Sujeito e Subjetividade – uma aproximação his-
tórico cultural. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
________________________ (1995). Psicologia de la personalidad. Ciudad de La
Habana: Pueblo y Educación.
GONZÁLEZ REY, Fernando e MITJÁNS MARTÍNEZ, Albertina (1989). La persona-
lidad su educación y desarrollo. Ciudad de La Habana: Pueblo y Educación.
LOPES, Alice Casimiro e MACEDO, Elizabeth (orgs). Currículo: debates contempo-
râneos. São Paulo, SP: Cortez, (13-54), 2002.
MITJÁNS MARTÍNEZ, Albertina (1997). Criatividade, personalidade e educação.
Trad. Mayra Pinto. Campinas: Papirus Editora.
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Propostas curriculares alternativas: limites e
avanços. In: Educação & Sociedade, São Paulo, SP: CEDES, nº 73, (100-138), dez.
2000.
RUNCO, Mark (1996). Personal Creativity: definition and develomental issues. In
Creativity from childhood through adulthood: the developmental issues. Jossey-bass
Publishers.
SACRISTÁN, J. Gimeno. A seleção Cultural do Currículo. In: O currículo: uma refle-
xão sobre a prática. 3ª ed. Porto Alegre, RS: Artes Médicas (55-87), 2000.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: um introdução às teorias do
currículo. 2ª ed. 6ª reimpressão. Belo Horizonte, BH: Autêntica, 2004.
SIMONTON, Dean K. (2002). A Origem do Gênio. Rio de Janeiro: Ed. Record.
VIGOTSKI, Lev S. (1982). La imaginacion y la arte en la infancia: ensayo psicológi-
co. Madrid: Akal Editor.
ZOTTI, Solange Aparecida. Sociedade, educação e currículo: dos jesuítas aos anos
1990. Campinas, SP: Autores Associados; Brasília, DF: Editora Plano, 2004.
527
Introdução
Pensar complexo
Transdisciplinaridade e docência
Ampliação da consciência
Considerações
Esta apresentação teve por intuito apresentar algumas conside-
rações sobre inovações didáticas transdisciplinares identificadas nesta
pesquisa. E finaliza a exposição ao propor uma via didática para pen-
sar e construir conhecimentos por meio de metatemas, a fim de cons-
truir metapontos de vista e metaconceitos, no intuito de promover a
metamorfose social, individual e antropológica.
Referências
SOUSA SANTOS, Boaventura de. A universidade no século XXI: para uma reforma
democrática e emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2010.
TORRE, S. de la; MORAES, M.C.; PUJOL, M. A. Transdisciplinaridade e ecoforma-
ção: um novo olhar sobre a educação. São Paulo: TRIOM, 2008.
545
Introdução
3 Na composição dos determinantes sociais, estão presentes as leis, os PCNs, os PPC, a Política
Educacional e o próprio sistema educacional como um todo.
Formação inicial de professores de educação física e as experiências político-pedagógicas 547
construídas no PIBID
4 A auto-avaliação dos participantes no projeto se pauta em refletir cada ação, cada estratégia
utilizada e a partir dos resultados obtidos no campo de experiências pedagógicas e políticas junto
às escolas. As auto-avaliações dos bolsistas e supervisores de campo se referencia nos seguintes
questionamentos: 1) As atividades estão atingindo os seus objetivos? 2) O que estão indicando os
resultados parciais no processo? 3) As atividades estão gerando formas superiores de organização
do trabalho coletivo? 4) Que sugestões estão contribuindo para melhorar a prática? 5) Quais os
erros metodológicos e as necessárias correções? 6) Quais procedimentos devem ser incorporados
na nova ação? 7) Que tipo de conhecimento está se produzindo? (DAVID, 1998, p.71-72).
5 Mesmo nas paralisações, greves dos professores, modificações do calendário escolar,
problemas estruturais das escolas, entre outros que ocorrem na tanto na escola básica como na
Universidade, exemplificam bem este processo de múltiplas determinações e das circunstâncias
históricas do fenômeno social.
Formação inicial de professores de educação física e as experiências político-pedagógicas 551
construídas no PIBID
26 No projeto, ainda que não se opte em indicar prováveis soluções junto aos professores
das escolas, isto não significa desconhecer os fenômenos, menosprezar a teoria ou ocultar os
conhecimentos historicamente produzidos acerca da educação, da escola e da relação entre escola
e sociedade, mas compreender que a mudança deve envolver seus principais atores.
Formação inicial de professores de educação física e as experiências político-pedagógicas 561
construídas no PIBID
Referências
Introdução
1 1. Mestre em Filosofia Política pela UFG. Professora da Faculdade de Filosofia / UFG. carmelaf@
terra.com.br
566 Carmelita Brito de Freitas Felício
Pensar a experiência
A interdisciplinaridade em questão
4 Esses autores apontam três modelos: um ensino baseado na história da filosofia; um ensino
baseado em problemas filosóficos; e um ensino de habilidades cognitivas e/ou atitudes filosóficas.
Segundo os partidários desta última perspectiva que remonta a Kant,“não se pode ensinar
filosofia; apenas se pode ensinar a filosofar, entendido como o desenvolvimento de um conjunto
determinado de habilidades de pensar e julgar” (GALLO e KOHAN, 2000, p. 179).
O “acontecimento” PIBID desde o lugar de onde falamos: o curso de Licenciatura em 569
Filosofia
fia às salas de aula, orientados por uma reflexão prévia sobre os “quês”
e os “para quê” da prática educacional da filosofia. É nesse contexto
que se insere aqui uma análise focada nos limites e possibilidades de
uma metodologia de caráter interdisciplinar.
Se “a filosofia não só não tem de temer nenhum ‘contágio’ pela
lógica de outras disciplinas como mostra a especificidade da sua his-
tória e de seus modelos argumentativos, justamente quando posta em
contato com elas” (NOBRE e TERRA, 2007, p. 101), resta saber em
que bases essa intermediação pode ser feita, por exemplo, quando o
filósofo procura servir de mediador do debate entre duas ou mais dis-
ciplinas. É evidente que o filósofo não conhece duas ou mais discipli-
nas das ciências humanas, das ciências naturais ou das artes rigorosa-
mente como o especialista as conhece. Apenas de maneira limitada ele
pode traduzir os objetos de estudo de outras disciplinas no nível de
seus fundamentos e de seus pressupostos. O problema que se coloca
é: como fazer um movimento em direção às outras disciplinas, num
exercício filosófico que possibilite travar diálogos com professores e
alunos sobre as possíveis conjugações e convergências de temas e pro-
blemas específicos de cada uma das disciplinas?5 Indo mais além, há
de se interrogar sobre as dificuldades de transposição dos discursos
portadores de propostas interdisciplinares para o campo das práticas,
uma vez que uma metodologia interdisciplinar esbarra em problemas
básicos, como, por exemplo, a formação estanque dos próprios profes-
sores, que precisam vencer barreiras conceituais para compreender a
relação de sua especialidade com as demais áreas do saber.
Por isso mesmo, há de se retornar à ideia mesma que se encontra
por traz da questão da interdisciplinaridade: a disciplina. A disciplina,
5 Sobre as possíveis articulações entre a filosofia e a história, por exemplo, e como o professor
de filosofia poderia colaborar com o professor de história, Ricardo Terra propõe o seguinte: “o
professor de filosofia poderia trabalhar um texto como “Educação após Auschwitz”, de Theodor
W. Adorno, articulando suas aulas com as do professor de história. Logo em seguida, poderia
pensar a criação da Organização das Nações Unidas e sua Carta de Princípios, juntamente
com uma discussão sobre direitos humanos, em que pensadores da filosofia moderna seriam
essenciais, como John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant. A apresentação da
Revolução Francesa e das revoluções do século XIX poderia ser acompanhada por textos de Karl
Marx com o professor de filosofia” (NOBRE; TERRA, 2007, p. 98).
570 Carmelita Brito de Freitas Felício
8 A questão objetiva que leva Arendt a formular a pergunta nesses termos é o preconceito do
mundo moderno em relação à política; é a convicção generalizada de que à política – e não
à sua ausência – se devem as trágicas experiências do totalitarismo, da ameaça nuclear e da
desertificação de um mundo cuja durabilidade é posta em risco pela ascensão da produção e do
consumo como objetivos supremos do viver juntos.
9 Transposição feita por José Sérgio Fonseca de Carvalho, no último capítulo de sua tese de livre
docência: Educação – uma herança sem testamento (USP, 2013).
10 “Dispositivo [é] qualquer coisa que tenha de algum modo a capacidade de capturar, orientar,
determinar, interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os
discursos dos seres viventes[...]. Diferentemente do que acontecia com os dispositivos ditos
tradicionais (a confissão, a prisão, as escolas, etc.) [...], nos dispositivos hodiernos (a internet, os
telefones celulares, a televisão, as câmeras de monitoramente urbano etc.), não é mais possível
constatar a produção de um sujeito real, mas uma recíproca indiferenciação entre subjetivação e
dessubjetivação, da qual não surge senão um sujeito espectral [...]. Quanto menos subjetividades
são formadas no corpo a corpo dos indivíduos com os dispositivos tanto mais dispositivos são
criados como tentativa inelutável de sujeição dos indivíduos às diretrizes do poder” (SCRAMIM
e HONESKO, 2009), p. 13-14).
576 Carmelita Brito de Freitas Felício
Referências
NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano II. Tradução Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 2008.
NOBRE, M.; TERRA, R. Ensinar filosofia – uma conversa sobre aprender a aprender.
Campinas, SP: Papirus, 2007 (Papirus Debates).
POMBO, O. Interdisciplinaridade e integração dos saberes (Conferência proferida no
Congresso Luso-Brasileiro sobre Epistemologia e Interdisciplinaridade na Pós-Gradu-
ação- PUC-RS em junho de 2004). Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/docen-
tes/opombo/investigacao/porto%20alegre.pdf>. Acesso em 13, junho, 2012.
RODRIGO, L. M. Uma alternativa para o ensino de filosofia no nível médio. In: SIL-
VEIRA, Renê J.T. e GOTO, Roberto (orgs.). Filosofia no ensino médio – Temas, pro-
blemas e propostas. São Paulo: Edições Loyola, 2007 (Coleção filosofar é preciso), p.
37-51.
SALES, M. S. Caosmofagia: a potência dos encontros na composição dos modos de
subjetivação. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, 2012 (Tese de doutorado).
SCRAMIM, S.; HONESKO, V. N. Apresentação. In: AGAMBEN, G. O que é o contem-
porâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó, SC: Argos,
2009, p. 9-22.
Agradecimentos
Introdução
Considerações finais
Referências
Alunos da Disciplina
Eletiva (Ensino Médio)
– Projeto de Prevenção
ao uso de drogas: ação
integrada entre o Cepae
e a família - Foto arquivo
do projeto
Filer à l’anglaise
Une tête de Turc
A cœur vaillant, rien d’impossible. La nuit tous les chats sont gris.
627
Mais sérios/ Menos irritados/ Muito velhos/ Reclamam da apatia dos alunos/ Reclamam
Professores de dores/ Tratam os alunos como crianças/ Deveriam incentivar/ Alguns gritam demais/
Alguns mal-educados/
Aumentar o tempo/ Melhores músicas/ Poder ficar na sala/ Bolas para poder jogar/
Recreio
Música muito alta/