Semiologia Neurológica

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TESTE DOS NERVOS CRANIANOS

I – OLFATÓRIO:
 Sensitivo;
 Origem: teto da cavidade nasal;
 Atravessam a lâmina crivosa do osso etmoide;
 Terminam no bulbo olfatório;
 Fibras aferentes viscerais especiais;

Avaliação clínica:
 Paciente com cavidade nasal íntegra (sem gripe e etc.)
 Substâncias voláteis não irritantes com odor conhecido embebidas em algodão ou
em tubo de ensaio;
 Testar cada narina separadamente;

 Anosmia: incapacidade de detectar odores;


 Hiposmia: capacidade reduzida de detectar odores;
 Parosmia: sensação distorcida do olfato, geralmente resultando em sensação de
cheiros que não existem ou cheiros desagradáveis;
 Disosmia: uma doença que leva a uma percepção distorcida do olfato, tornando os
odores inócuos desagradáveis;
 Cacosmia: sensação constante ou frequente de odor desagradável, devido a
1 causas fisiológicas ou por alucinação sensorial Maria Luísa
(presente emSantos
crises Teixeira
epiléticas
uncinadas (ocorrem no uncus do hipocampo)).

II – ÓPTICO:
 Sensorial;
 Origem: retina;
 Fibras aferentes somáticas especiais;
 Vai até o córtex cerebral relacionado com a visão;
 Cruzamento parcial no quiasma óptico;
Avaliação clínica
Avaliar antes outras anormalidades que possam estar afetando a visão, como:
 Proptose: protrusão do globo ocular.
 Ptose: queda da pálpebra.
 Injeção escleral (congestão): ???
 Sensibilidade, sopros e alterações pupilares
 Acuidade visual: Gráfico visual de Snellen, em 20 pés (cerca de 6 metros);
 Visão para perto: cartões de Jaeger ou de Rosembaum, mantido a 35
cm do globo ocular ou ler um texto a essa distância.
 Campo visual: método de confrontação  distância de 60cm a 1m, mover o dedo
indicador nos 4 quadrantes;
Amaurose: perda súbita da visão devido a um distúrbio central;
Escotomia: falha (cegueira) dentro do campo visual;

 Hemianopsia: escotomia em metade do campo visual;


 Heterônima: acomete lados diferentes dos campos visuais (campos
nasais ou temporais); Ocorrem no quiasma.
 Homônima: acometimento do mesmo lado do campo visual de cada
olho (um nasal e um temporal).  retroquiasmáticas

 Lesão do nervo
óptico (A):
cegueira total. Ex.:
traumatismo e
glaucoma
 Lesão da parte
mediana do
quiasma óptico
(B): hemianopsia
heterônima
bitemporal. Ex.:
tumores de
hipófise.
2  Lesão da parte Maria Luísa Santos Teixeira
lateral do
quiasma óptico
(C): hemianopsia
nasal do olho
direito. Ex.:
aneurismas da
artéria carótida
interna.
 Lesão do trato
óptico direito
(D): hemianopsia
homônima
esquerda.
Ex.:compressão do trato óptico por traumatismos ou tumores ou obstrução da
artéria corióidea anterior.
 Lesão da radiação ótica (E): quadrantanopsia homônima superior esquerda. Ex.:
 Lesão do córtex visual (F): hemianopsia homônima esquerda;
Exame das pupilas: avaliar a integridade de sua inervação autonômica.
 Observar a forma e o tamanho e os reflexos pupilares;

 Constrição de uma pupila em reação à luz  reação direta (reflexo fotomotor


direto);
 Constrição da pupila contralateral  reação consensual (reflexo fotomotor
cruzado ou consensual).

 Reflexo cilioespinhal  pacientes comatosos


Ao beliscar o pescoço, a pupila ipsilateral deve se dilatar transitoriamente.

Midríase: dilatação pupilar;


Miose: constrição pupilar;

 Nervos ciliares curtos: ramo do n. oculomotor, inervação simpática da pupila e


parte da simpática.
 Nervos ciliares longos: ramo do n. nasociliar, ramo do oftálmico do trigêmeo,
inervação aferente somática geral da conjuntiva do olho e leva outro grupo de
fibras simpáticas para a pupila.
LOGO:
Lesão nos nervos ciliares curtos  midríase unilateral (dilatação pupilar)
Lesão dos Nervos ciliares longos  pupila puntiforme com abolição do reflexo
córneo-palpebral.
 Exame de fundo de olho (fundoscopia óptica): oftalmoscópio. Avalia-se as
papilas ópticas (convergência das fibras do n.
óptico), retina, artérias e veias.
A foto ao lado retrata um fundo de olho
3 Maria
absolutamente normal, comLuísa Santos
o nervo ópticoTeixeira
(seta em
azul), vasos arteriovenosos guardando seus
aspectos normais (seta em verde), tecido retiniano e
mácula (seta em vermelho) livres de quaisquer
alterações.
Papiledema: elevação e borramento do disco óptico,
ausência de pulsações venosas e hemorragias
adjacentes ao disco.
REVISÃO:

 Reflexo corneano (corneopalpebral): tocar a córnea com uma mecha de


algodão. Fechamento dos dois olhos (músc. Orbicular do olho). Vai pelo oftálmico
(trigêmeo) volta pelo facial. A lesão do trigêmeo abole a resposta dos dois lados
quando se toca o lado afetado, mas não quando se toca o lado normal. Lesão no
facial em um lado, resposta sempre abolida nesse lado. Reflexo abolido ou
diminuído em coma ou anestesias profundas.
 Reflexo lacrimal
 Reflexo de piscar
 Reflexo fotomotor direto
 Reflexo consensual
 Reflexo de acomodação: ao olhar objetos mais próximos. A pupila contrai.
OCULOMOTOR (III), TROCLEAR (IV) E ABDUCNENTE (VI)
III – Oculomotor:
 Motor;
 Inerva a maior parte dos músculos extrínsecos do olho (todos, exceto o reto lateral
e o oblíquo superior) e intrínsecos (ciliar e esfíncter da pupila)
 Paralisia no III par 
dificuldade em
levantar a pálpebra,
estrabismo divergente
etc.

IV – Troclear:
 Músculo oblíquo
superior;

VI – Abducente:
 Músculo reto lateral;
 Estrabismo
4 convergente; Maria Luísa Santos Teixeira

Avaliação clínica:
 Pedir ao paciente
seguir o dedo do
examinador nos 4 eixos sem mexer a cabeça;
Diplopia: percepção de 2 imagens de um único objeto.
Dismetria: incapacidade de direcionar ou limitar adequadamente os movimentos.]
Ptose: queda palpebral
Movimentos voluntários sacádicos: ??

TRIGÊMIO (V PAR)
 Sensitivo e motor;
 Nervos oftálmico (V1), maxilar (V2) e
mandibular (V3);
 Comum: nevralgia, com crises dolorosas
muito intensas no território de um dos
ramos do nervo.

Avaliação clínica:
 Usar um objeto agudo, chumaço de
algodão ou tubos de ensaio com água
quente e fria em cada uma das regiões,
observar de forma simétrica;
 Reflexo corneano  função aferente do nervo oftálmico.
 Função motora: tentar morder algo e tentar abrir a boca contra resistência.
Palpação do masseter e temporal durante o fechamento da boca  pesquisar
assimetrias;
 Desvio da mandíbula para o lado da lesão  músculos pterigoides externos
deslocam a mandíbula para frente e para o lado oposto;
NERVO FACIAL (VII PAR)
 Misto: componente motor (somático e visceral) e outro sensorial gustatório e
sensitivo;
 Raiz motora: nervo facial propriamente dito
 Raiz sensitiva e visceral: nervo intermédio  sensibilidade gustatória dos 2/3
anteriores da língua, inervação parassimpática da glândula lacrimal e das
glândulas sublingual e submandibular.
Avaliação clínica:
 Franzir a testa, fechar os olhos com força, mostrar os dentes num sorriso forçado...
 Em caso de paralisia facial periférica,
investigar o nervo intermédio (gustação).
Utiliza-se um algodão ou espátula com
vários sabores, com a língua
exteriorizada, pede-se ao paciente
apontar o nome do sabor.
Paralisia facial periférica: afeta toda a hemiface
5 (imagem ao lado). Maria Luísa Santos Teixeira
Incapacidade de fechar o olho  sugere
paralisia do VII par

Fenômeno de Bell: globos oculares viram para


cima quando o indivíduo tenta fechar o olho.
Reflexo do estapédio: modula a vibração da membrana timpânica e atenua os sons
quando o indivíduo é exposto a sons de intensidade muito elevada.
Hiperacusia: acuidade auditiva exacerbada, com audição dolorosa de certos sons
(sobretudo os agudos);
NERVO VESTÍBULO-COCLEAR (VIII PAR)
 Sensitivo;
 Grupos de fibras que formam os nervos vestibular (equilíbrio) e coclear (audição);
6  Lesões: diminuição da audição, vertigem, alterações do equilíbrio,
Maria Luísa enjoo e
Santos Teixeira
nistagmo (são oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos os
olhos conjugadamente).

Avaliação clínica:
 Surdez neurológica e surdez de condução;
 1º questionar sobre qual é o ouvido acometido;

 Teste de Rinne:
 Diapasão do processo mastoide e depois do ouvido;
 Normal: condução aérea melhor do que a óssea;
 Surdez nervosa: condução aérea e óssea diminuídas, mas a aérea ainda é
melhor do que a óssea;
 Surdez de condução: condução óssea melhor do que a aérea;

 Teste de Weber:
 Diapasão no vértice do crânio, pergunta em qual orelha ouve melhor;
 Surdez de condução: ouve melhor na orelha anormal;
 Surdez neurológica: ouve melhor na orelha normal;

 Aparelho vestibular:
 Avaliação do nistagmo: Teste de movimento ocular por técnicas posicionais ou
teste para vertigem posicional.
Manobra de Barany: girar a cabeça e deitar o paciente para trás com a cabeça
levemente estendida para provocar o nistagmo;
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NERVOS GLOSSOFARÍNGEO (IX PAR) E VAGO (X PAR)

Glossofaríngeo
 Misto;
 Sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba
auditiva, seio e corpos carotídeos;
Vago
 Misto e essencialmente visceral;
 Percorre o pescoço, o toráx e termina no abdome;
 3 grupos de fibras:
 Fibras aferentes viscerais gerais  faringe, laringe, traqueia, esôfago,
vísceras do tórax e abdome;
 Fibras aferentes viscerais especiais  paladar
 Fibras eferentes viscerais gerais  inervação parassimpática das vísceras
torácicas e abdominais;
 Fibras eferentes viscerais especiais  faringe e laringe
Disfagia: Dificuldades de deglutição (principalmente vago);
Disfonia: Alterações na fala (principalmente vago);
7 Maria Luísa Santos Teixeira
Lesão do vago: disfagia alta, disfonia por paralisia de corda vocal;
Lesão do glossofaríngeo: comprometimento da gustação do terço posterior da língua;
Paralisia do vago: observa-se acúmulo de saliva na valécula do lado afetado;
Paresia do glossofaríngeo: queda do palato do lado afetado e a úvula desvia para o lado
não-afetado quando produz sons;

Avaliação clínica:
 Pedir ao paciente abrir a boca e dizer “ah”.
 Observa-se simetria do palato, úvula e se a rafe mediana da faringe se eleva;
 Paresia do nervo vago e glossofaríngeo  observar reflexos:
 Reflexo palatino (faríngeo): elevação do palato mole e retração da úvula
quando se toca a úvula ou o palato com uma espátula;
 Reflexo da ânsia (nauseoso): tocar a região da base da língua ou a região do
pilar faucial anterior com um objeto. Resposta: constrição e elevação do palato
mole e fechamento da glote;

Sinal da cortina: rafe da faringe desviada para o lado;

NERVO ACESSÓRIO (XI PAR)


 Motor;
 2 ramos: o interno une-se ao vago e forma o larígeo recorrente, o externo inerva o
músculo esternocleidomastoideo e a porção superior do músculo trapézio;
Avaliação clínica:
 Esternocleidomastóideo: virar a cabeça contra resistência;
 Trapézio: elevação do ombro contra resistência;

NERVO HIPOGLOSSO (XII PAR)


 Fibras eferentes somáticas;
 Inervação dos músculos intrínsecos da língua;

Avaliação clínica:
 Dentro da boca: assimetrias, atrofias, fasciculações;
 Exteriorização da língua: desvio para o lado são.

Lesão do hipoglosso: paralisia dos músculos da metade lesada, com hipotrofia;


Desvio da língua para o lado lesado;

AVALIAÇÃO DO SISTEMA MOTOR


8 Maria Luísa Santos Teixeira
Pode ser dividido em:
 Exames da força muscular;
 Exame do tônus;
 Exame da coordenação;
 Exame dos movimentos involuntários anormais;
 Exame do trofismo muscular;
 Reflexos;

EXAME DA FORÇA MUSCULAR


 Fraqueza é uma das queixas mais comuns em pacientes que buscam cuidados
neurológicos;
 Fraqueza generalizada: considerar lesões na unidade motora;
Monoparesia: fraqueza parcial do membro;
Monoplegia: paralisia total do membro;
Paraplegia: ocorre em membros simétricos; pode ser braquial ou cural;
Tetraplegia: quando uma paralisia afeta todas as quatro extremidades, juntamente
à musculatura do tronco.
Diplegia: paralisia que acomete as mesmas partes de ambos os lados do corpo;
paralisia bilateral.

Avaliação clínica:
 Testar movimentos contra a resistência;
 Avaliar a presença ou ausência de outros sinais neurológico (sensibilidade, fala,
marcha, etc.);

Colocar aqui os tipos de lesões. Página 20.


Colocar aqui contração dos músculos em cada exame, o que é flexão e etc

 Caso haja déficit de força ou dúvidas  manobras deficitárias


 Colocar aqui manobras deficitárias

EXAME DO TÔNUS MUSCULAR


9  Inspeção e movimentação passiva; Maria Luísa Santos Teixeira
 Hipotonia: ex.: doença cerebelar
 Hipertonia (espaticidade, rigidez):
Sinal da roda denteada: sinal clássico de parkinsonismo. Rigidez plástica.
Sinal do canivete: espasticidade.

EXAME DOS REFLEXOS


 Exame dos reflexos profundos e superficiais;
 Hiperreflexia: aumento da área de reflexo, pode ocorrer reflexo policinético e
clono.

Clono: sequência de contrações e relaxamentos musculares rápidos e


involuntários que pode ocorrer de modo normal e breve em virtude do estiramento
de um músculo, ou de modo patológico e ininterrupto; clone, clônus.

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