Bases Da Comunicação Empresarial
Bases Da Comunicação Empresarial
Bases Da Comunicação Empresarial
2009
Agradeço,
A Deus,
por mais esta realização;
À minha família,
minha fonte de energia;
Dedico,
2
Sumário
Apresentação
3
6.0 As classes gramaticais
6.1 Substantivo
6.2 Artigo
6.3 Adjetivo
6.4 Verbo
6.5 Advérbio
6.6 Pronome
6.7 Numeral
6.8 Preposição
6.9 Conjunção
6.10 Interjeição
Conclusão
4
Apresentação
5
Introdução
6
1.0 Fundamentos da linguística
1
WEINRICH, H; HEILDELBERG, Verlag Lambert Scneider. Linguistik der Lüge, 1966.
2
FÁVERO, Leonor Lopes; KOCH, Ingedore Villaça. Linguística textual: uma introdução. 6 ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
7
O signo /CASA/ pode possuir como significante as letras C A S A e como
significado encontrado no dicionário (Holanda 1994/1995): S.f.(2) morada, vivenda,
moradia, residência, habitação3.
Retomando as ideias temos:
O significante, que é a palavra em si, a sua forma e estrutura.
O significado é o que identificamos por esta palavra, o sentido que vem à cabeça,
ou a imagem mental, dada por toda uma sociedade.
Um exercício simples é pensarmos em algumas palavras tais como: peixe, carro,
anel, blusa, ou qualquer outra que conheçamos, pois terá uma parte estrutural e outra um
sentido.
Portanto os textos podem ser reconhecidos por signos verbais (falados ou escritos)
ou não-verbais (cores, imagens, expressões faciais e corporais), assim como podem
também ser constituídos apenas por palavras, dotadas de um “todo” comunicativo, por
exemplo:
a) Socorro! (que nos remete a ideia de que alguém necessita de ajuda)
b) Fogo! (que nos remete a ideia de que há um incêndio próximo)
Textos também podem ser expressos por uma frase coerente:
a) Raphael foi ao parque.
b) O presidente afirmou que aumentará as vagas para curso superior em todas as
universidades federais e estaduais.
Diferentemente do que poderia acontecer em um emaranhado de palavras, o qual
não constitui um texto, por não ter significação nenhuma, conforme em:
a) Parque foi Raphael ao.
b) Afirmou vagas que aumentará para o presidente superior curso estaduais e
federais universidades.
Muitas vezes, um texto pode comunicar algo breve ou algo mais elaborado e,
dentre tantas possibilidades não-verbais, como, por exemplo, figuras, cores, texturas e
sons, podemos verificar os seguintes textos, conforme em:
3
Significado de acordo com Aurélio Buarque de Holanda, 1994/1995.
8
a) Expressão indicativa de um pedido de silêncio, a qual pode ser vista
frequentemente em hospitais e casas de repouso.
Uma Raposa, morta de fome, viu ao passar, penduradas nas grades de uma viçosa videira, alguns cachos de uvas negras e
maduras.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando
em vão, e nada conseguiu.
Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a si mesma, meio desapontada disse:
– Olhando com mais atenção, percebo agora que as uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a
princípio.
4
FÁVERO. Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 9 ed. São Paulo: Ática, 2002.
5
Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/fabula30a.htm
9
Moral da História: ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.
b) A raposa e as uvas6
Millôr Fernandes
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do deserto e caiu na sombra
deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas
maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu, tentou
de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e
redondas. Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: "Ah, também, não tem importância. Estão muito verdes". E foi descendo, com
cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva,
trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e havia o risco de despencar, esticou a pata e conseguiu! Com avidez
colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
MORAL: A frustração é uma forma de julgamento tão boa quanto qualquer outra.
De acordo com os estudos relativos à competência textual fica claro que o texto
“b”está se remetendo ao texto “a”, primeiramente porque é mais atual e depois, porque
possui características muito próximas àquele, além de carregar a interpretação do autor
Millôr Fernandes, que insere inúmeras ideias novas à fábula original de Esopo, fazendo
desta, uma paródia.
Uma paródia é uma paráfrase, ou seja, uma entendimento do geral, explicado com
as palavras do falante ou mesmo, recontada por este, sem que nenhum dos elementos
sejam retirados do texto, com um tom de ironia, sarcasmo ou qualquer indicação
provocativa de riso.
6
Revista Veja, nº 187, de 05/04/1972.
7
LIMA, Danielle Guglieri. Oralidade e Regionalismo em João Simões Lopes Neto. Porto Alegre:
Alcance/Tchê, 2008.
10
Segundo Ferreira (2004) 8, a partir do momento em que o homem percebeu sua
linguagem, como produto das relações essenciais de seu trabalho socializado, passou a
exercer ativamente o poder espiritual e material que a construção da consciência lhe
permitira.
Ao tornar a linguagem articulada, o homem atingiu a capacidade de falar e,
com isso, passou a criar formas diversificadas, condizentes com o que era preciso para
cada momento do dia a dia, e passou a se expressar em todos os locais por onde passava.
Inicialmente o homem falou, depois documentou esta fala com a escrita. Por
isso é que a fala tem um tom mais natural do que a escrita, visto que esta é o produto do
processo daquela. Ferreira (id), ao citar Rocco (1989, p. 26), lembra que, ainda hoje, há
por volta de três mil línguas faladas e pouco mais de cem dessas línguas possuem
registro escrito. Logo, o número superior na existência de línguas ágrafas em relação às
línguas escritas revela
(...) a importância da oralidade no desenvolvimento das comunidades
linguísticas, também evidencia a importância da escrita como portadora de um
poder sociocultural, capaz de alterar a feição do mundo, ainda que o número de
línguas escritas seja percentualmente muito baixo face à quantidade das línguas
ágrafas.
Muitos se comunicam apenas pela fala, o que não os faz piores ou melhores do que os
que têm na língua a possibilidade de documentação, oferecida pela escrita. A oralidade é
importante e a escrita também, em uma relação de igualdade total. Não se tem notícias de povos
que somente se comunicam escrevendo, pois a escrita é a materialização das ideias, proferidas
pela fala.
8
FERREIRA, Luiz Antônio. Oralidade e escrita: um diálogo pelo tempo. São Paulo: Efusão, 2004.
11
conforme sua organização social e de acordo com o modo como é vista sua realidade. A
fala é a língua natural e primeira do ser e, na visão de Bronkcart (2003) 9:
12
Figura 1: Fala e Escrita.
Fonte: Fávero, Andrade e Aquino (1999, p.74).
L1 – Quando Antônio nasceu tive de deixar meu emprego, já que o menino nasceu com
problemas respiratórios e precisava de muita atenção, sabe?
L2 – Sei, sei... Mas o que você fazia antes dele nascer?
L1 – Eu era enfermeira, veja o que é o destino das pessoas... Eu trabalhava em um
hospital próximo de casa, atendendo no berçário neonatal.
L2 – uhn...
L1 – Era um trabalho maravilhoso, me sentia muito à vontade com as crianças. Então,
quando Antônio nasceu, tive de deixá-las para cuidar do meu próprio filho, sabe... mas
hoje voltei ao meu ritmo e o Toninho já é um homem feito.
A primeira locutora disse que quando seu filho Antônio nasceu tive de deixar meu
emprego, pois o menino apresentou problemas respiratórios e precisou de muita
atenção. Neste momento foi questionada sobre qual sua ocupação na referida ocasião.
A locutora disse ser enfermeira e, que por ironia do destino, trabalhava em um
hospital próximo de casa, no berçário neonatal. Disse ser um trabalho maravilhoso e
que a fazia sentir-se à vontade.
Explicou que após o parto deixou os seus pacientes para cuidar do seu próprio filho;
finalizou que hoje voltou ao seu ritmo, pois “Toninho” já é um homem feito.
13
L1 – Quando Antônio nasceu tive de deixar meu emprego, visto que ele teve
problemas respiratórios e precisava de muita atenção.
L2 – Sei, mas o que você fazia antes de ele nascer?
L1 – Eu era enfermeira, e trabalhava em um hospital próximo de casa, no berçário
neonatal.
L2 – Sim.
L1 – Era um trabalho maravilhoso, pois me sentia muito à vontade com as crianças,
as quais tive de deixar, para dedicar-me apenas ao meu filho. No entanto, hoje voltei
ao meu ritmo, pois o “Toninho” já é um homem feito.
Há muitas semelhanças nas mensagens dos três textos, pois tudo o que é dito,
escrito trata de um mesmo assunto, mas de formas diferenciadas, as quais deverão ser
adequadas a cada tipo de comunicação ou texto.
Como este exemplo há outros tantos e com estruturas diferentes. Com isto
queremos deixar claro que o ponto principal desta abordagem não é a busca pelo erro,
mas pela adequação, tanto da fala quanto da escrita em todos os âmbitos possíveis, pelos
quais “transita” o falante ou o escritor; tal busca dependerá também da interação entre
texto, contexto, locutores e propostas, nas mais diversas situações comunicativas.
11
GOFFMAN. Erving. Ritual de la interación. Buenos Aires: Tienpo Contemporâneo, 1970.
14
intencional, como uma conversa, uma comunicação e aquela, diz respeito à interação pela
co-presença.
Um exemplo de uma interação não-focalizada é o fato de duas pessoas,
desconhecidas, que andam na calçada, e que para evitar um choque de trânsito, deixam
com que quem esteja em maior facilidade, passe à frente do outro.
Em um texto a interação focalizada acontece a partir da construção de
significados produzida pelo escritor, em contraponto à construção de significados
levantados pelo leitor, que de forma cognitiva12, interagem ou pretendem interagir entre
si.
Interagir é, pois, deixar claras as ideias ao outro, buscando entender as ideias dele,
e, sempre que possível, desviar de “choques” idealistas. Um bom exemplo dito seria
ouvir ou ler um determinado texto, com ideias diferentes daquelas que temos previamente
sobre algum assunto, sem utilizar valores preestabelecidos, podendo aprová-las, total ou
parcialmente, ou, ainda refutá-las.
12
Entenda-se por cognitivo todo o conhecimento próprio e adquirido durante a vida por uma pessoa.
15
O movimento de codificação consiste selecionar a ideia do que se quer dizer e
passar esta ideia para o código de língua portuguesa, por meio da seleção de palavras
que deem sentido à ideia a ser expressa por meio de fala ou escrita.
Conforme Blinkstein (2006), o movimento de decodificação ou
descodificação13 consiste em ouvir ou ler o código e transformá-lo em ideia de modo
que esta faça sentido ao ouvinte. São, portanto, movimentos recíprocos que acontecem a
todo o momento durante a interação comunicativa, conforme em:
Os elementos
Código da comunicação
para ideia tanto
faladaIdeia
= codificação quanto escrita
para são =
código seis, de acordo com
decodificação
o modelo de Roman Jacobson, membro do círculo Lingüístico de Praga:
13
BLINKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 22 ed. São Paulo: Ática, 2006.
14
Roman Jakobson foi um linguista russo que apresentou as funções da linguagem em um texto que tem
como título Linguística e poética. Trata-se de uma conferência proferida em 1956, na qual o autor
esboçava a comparação entre a linguagem quotidiana e a poesia.
16
Emissor Código = Línguas Portuguesa, Inglesa, Espanhola... Receptor
Mensagem
(conteúdo)
Referente = o contexto, entorno, tudo o que diz respeito ao lugar e a postura dos enunciadores.
17
Mande-me todos os arquivos recebidos. (De que dia? Em qual período?)
4. O ruído centrado no canal acontece quando o canal comunicativo está falho.
EXEMPLO:
Quando uma ligação tem linha cruzada, ou quando a professora fala e outros
alunos conversam e gerando no ambiente, muitos sons que confundem os ouvintes.
5. O ruído centrado no código acontece quando o locutor não conhece o código utilizado
no evento comunicativo.
EXEMPLO:
Um texto em hebraico, ou um texto científico da área de física nuclear lido por
um aluno de ensino médio ou um profissional da área das humanas.
6. O ruído centrado no contexto acontece quando algo acontece no ambiente em que se
dá o evento comunicativo e atrapalhando-o.
18
É a função centralizada no emissor. Tem o objetivo de revelar sua opinião, e
consequentemente suas emoções e, por este motivo, em tal função prevalece o uso da
primeira pessoa do singular, estando presentes nela, as interjeições e exclamações.
É a linguagem utilizada nas biografias, memórias, poesias líricas e cartas de
amor.
EXEMPLOS:
“Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como os guardasse”.
(O guardador de rebanhos – Fernando Pessoa/Alberto Caeiro)
“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa
lembrança estas memórias póstumas”.
(Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis)
19
Função poética
Função centralizada na mensagem, revelando recursos imaginários do emissor.
Nesta se valoriza criatividade e a combinação de palavras. É considerada uma
linguagem figurada e pode ser vista em obras literárias e letras de música.
EXEMPLOS:
“As Indagações
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.
Cuidado
A poesia não se entrega a quem a define.
Das escolas
Pertencer a uma escola poética é o mesmo que ser condenado à prisão perpétua”.
(Caderno H - Mario Quintana)
Função metalingüística
É a função que está centrada no código, usando a linguagem para falar da
própria linguagem. A palavra que fala da palavra, ou um texto que se auto explica, por
exemplo, são próprios desta tipologia de função.
EXEMPLOS:
“Conforme já dito neste trabalho”.
“Casa: substantivo feminino singular que indica moradia”.
“Precisa de ajuda especializada imediatamente, isto é, rapidamente, se não morre”.
“O poeta é um fingidor, finge ao completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que
deveras sente”.
(Autopsicografia - Fernando Pessoa)
Função fática
Está centrada no canal, tendo como objetivo estabelecê-lo, prolongar ou não o
contato com o receptor, bem como testar, a todo o momento, sua eficiência. Tal função é
muito utilizada nas salas de bate-papo, no MSN Messenger, nas falas ao telefone e nos
rádios, bem como em saudações e cumprimentos.
EXEMPLOS:
20
“- Alô?
- Alô.
- Quem fala?
- Mariana. Com quem gostaria de falar?
- Oi Dona Mariana, aqui é o encanador, você deixou uma mensagem para eu
comparecer e verificar o encanamento da cozinha.
-Ah, certo, pode ser amanha às 15h?
- Combinado. Até lá.
- Até”.
“- Bom Dia!
- Bom Dia!”
Em ambas as falas, há o estabelecimento e o firmamento do contato entre os
interlocutores.
EXEMPLOS:
“O discurso é sempre heterogêneo no sentido de que acolhe, além do locutor, o
interlocutor...”
(Oralidade na literatura - Hudnilson Urbano)
21
Não há, em nenhuma das circunstâncias, a emissão de juízo de valores, uso de
linguagem figurada ou outra observação a ser feita, o que acontece é somente a presença
de uma informação.
15
HALLIDAY, M. K. A. Functional diversity in language. In: Fundations of language. vol. 6. p. 322-361.
1970.
22
Uma patroa com alto nível social conversando com uma empregada analfabeta
e, intencionalmente, com o intuito de menosprezá-la diria:
- Marta, venha já até aqui e dê um jeito neste quiproquó imediatamente!
A mesma patroa, agora sem a intenção de menosprezar Marta e buscando a interação,
diria:
- Marta, por favor, venha até aqui e dê um jeito nesta bagunça....
3. Função textual, refere-se a todas as propriedades semânticas e gramaticais de um
discurso, viabilizando sua eficácia e adequando-o ao seu contexto.
Caso não existisse a função textual da linguagem, escreveríamos da mesma
maneira textos literários, instrucionais ou científicos perceba as peculiaridades de cada
um destes textos e reflita sobre o objetivo e o modo que cada um deles foi produzido:
EXEMPLO 1:
Dois velhinhos, amigos de muito tempo, conversam em uma casa de repouso para idosos:
- Barbosa, eu tenho oitenta e três anos e estou cheio de dores e problemas. Você deve ter mais ou menos a minha idade.
Como é que você se sente?
- Eu?! Ora, como um recém-nascido!
- Como um recém-nascido?!
- É, sim! Careca, sem dentes e acho que acabei de fazer xixi na calça.
EXEMPLO 216:
TYLENOL (fragmento da bula):
- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
TYLENOL®
Paracetamol
- FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
USO ADULTO
USO ORAL
Comprimidos de 500 mg em embalagem contendo 200 comprimidos.
Comprimidos revestidos de 750 mg em embalagens contendo 20 ou 200 comprimidos.
Tylenol® 500 mg:
Cada comprimido contém 500 mg de paracetamol.
Excipientes: amido, celulose microcristalina, dioctilsulfosuccinato de sódio, estearato de cálcio e metabissulfito
de sódio.
Tylenol® 750 mg:
Cada comprimido revestido contém 750 mg de paracetamol.
Excipientes: carboximetilcelulose sódica, celulose microcristalina, dioctilsulfosuccinato de sódio, estearato de
magnésio, hipromelose, macrogol e povidona.
O primeiro texto trata-se de uma piada, pela graça que carrega e pela distensão
dos discursos diretos, muito próximos da fala real e o segundo é parte de um texto
técnico que contém informações sobre um determinado produto.
16
Disponível em: http://www.bulas.med.br
23
A linguagem é multifuncional e está nitidamente calcada em aspectos sociais,
portanto, assim como em um evento comunicativo temos a presença dos seis elementos
proposto por Roman Jakobson (1956), temos também, interagindo com os componentes
discursivos postulados por Halliday (1970), as macrofunções da linguagem estudadas:
ideacional, interpessoal e textual.
Na vida as pessoas precisam entender que não basta saber escrever ou saber
falar corretamente é preciso que o locutor, ao fazer uso da palavra, mostre sua ideologia,
estreite relações entre os interlocutores com os quais interage e utilize uma estrutura
textual compatível a tudo isto.
Diante de tudo o que aprendemos, é preciso que tenhamos em mente que não
basta apenas conhecer os mecanismos do bom funcionamento da língua, cabe-nos
sempre o bom senso ao adequar a forma de comunicação ao objetivo que estamos
propostos.
Não devemos esquecer que a capacidade de linguagem e o pensamento,
juntamente ao estabelecimento e a passagem de cultura de uma geração a outra é o que
difere os animais irracionais dos seres humanos.
Desta forma sabemos que quando nos comunicamos desejamos atingir metas,
ou seja, alcançar nossos objetivos e, para isto devemos ter em mente que nossa
linguagem deve ser:
1. Clara, no sentido da apresentação de nossas ideias;
2. Objetiva, no sentido de que sabemos exatamente o que queremos dizer; e,
3. Específica, no sentido das escolhas lexicais, que devem ser adequadas, de modo que o
falante ou escritor zele sempre pela escolha de vocábulos que conhece.
Tendo consciência de todos estes aspectos, a comunicação será eficiente, pois
alcançará suas metas; o falante terá credibilidade, alcançando também, seu sucesso.
24
Assim como acontece com os objetivos que devemos ter ao falar e escrever,
acontece ao lermos alguma coisa.
Para o leitor proficiente é muito comum, ao ler o título, imaginar o que vem a
seguir, no entanto há perigos, pois em alguns textos o título pode ser chamado de
orientador ou desorientador.
Será orientador quando for um resumo real do que foi lido, e desta forma
facilitará seu entendimento; será desorientador se sua função for satirizar, questionar e
“sair fora” do que o leitor imagina encontrar. Esta prática não está errada, porém é muito
astuciosa e exige habilidades para ser realizada.
Ao estabelecermos objetivos de leitura de um texto, deparamo-nos com três
tipologias diferentes relacionadas à leitura: a seletiva e informativa crítica e a
interpretativa, cada uma destas exige do leitor habilidades muito distintas.
Para realizar tal leitura, o leitor deve ter a habilidade de saber claramente o
motivo porque está lendo determinado texto, para possivelmente realizar instruções
provenientes dela ou ainda, verificar se as informações ali contidas interessam ou não ao
seus objetivos.
Quando lemos textos instrucionais, tais como manuais de eletro-eletrônicos,
bulas de remédios ou receitas diversas, realizando a habilidade anteriormente citada, da
mesma forma em que lemos o resumo de um artigo científico, ou a manchete de um
jornal; pois nossas primeiras impressões quanto ao conteúdo farão com que sigamos ou
não a leitura.
25
Ao realizar uma leitura informativa crítica, o leitor já sabe se continua ou não
a leitura, pois já realizou a seleção dos textos que irá consultar ou da receita que irá
fazer, por exemplo.
Para realizar tal escolha, o leitor deve ter a habilidade de sintetizar o que lhe é
mais importante, ou o que lhe mais interessa e, com isso, continuar a sua leitura.
Neste caso ainda o leitor, para saber o que lhe interessa e ter optado por tal
escolha deve ter um conhecimento, ainda que pequeno, sobre o que está lendo para só
então manifestar-se de forma crítica diante das informações lidas; ou seja, o leitor após
ter selecionado o texto e ter se aprofundado nele tem capacidade de interação, aplicando
seus conhecimentos sobre o mesmo tema.
No caso da receita, o leitor pode interagir utilizando mudanças de ingredientes
ou de quantidades, bem como no caso de uma produção científica, onde o leitor pode
interagir junto a seus conhecimentos, preenchendo suas lacunas quanto à falta de
conteúdo da sua mensagem, ou simplesmente reforçando-a.
Para a realização deste tipo de leitura, o leitor deve já ter feito sua seleção,
deve também já ter dialogado com o texto, levando em consideração seus
conhecimentos de mundo e o próximo passo é ler o que não está efetivamente dito por
palavras, mas por intenções.
Sabemos que todo o texto é uma resposta a outro texto, e que ninguém que
escreve ou fala espera não ser ouvido. Sabemos também, que o texto possui
componentes ideacionais, os quais já estudamos e, por este motivo o bom leitor sabe que
não está diante de um aglomerado de palavras, mas de um todo de ideias, e para
desvendá-las parte de muitas observações, tais como: saber onde foi publicado, quem é
o autor, a questão histórica do momento, dentre outros itens.
26
Embora devamos ter objetivos muito claros ao realizar qualquer tipo de leitura,
sejam as leituras informativas ou interpretativas, devemos saber que interiormente
obedecemos a passos a serem seguidos para que realmente consigamos interagir com o
texto que estamos lendo.
Gradualmente, ao ativarmos nossa capacidade de leitura, deveríamos ter as
seguintes habilidades: intelecção, compreensão, interpretação e extrapolação.
A intelecção é a capacidade que o leitor tem em decodificar as letras, formar
palavras e frases; constitui o nível mais superficial da leitura e é o nível em que
conseguimos ler e decodificar, mas também é onde o entendimento ainda fica a desejar.
A compreensão constitui um nível de maior aprofundamento das ideias de um
texto e consiste em o leitor reproduzir o que leu com as suas palavras, sem omitir ou
inserir informações, ou seja, parafrasear.
A interpretação é um nível ainda mais profundo que a compreensão, pois aqui o
leitor além de decodificar e compreender, consegue perceber a ideologia do texto, ou seja,
lê nas entrelinhas.
A extrapolação é o nível mais profundo de entendimento de um texto, porque
consiste em decodificar, compreender, perceber o que não está escrito, mas está dito e
finalmente dialogar com as informações ali contidas.
A extrapolação consiste primeiramente em interagir com o texto e deve ser
feita sempre pensando realmente nas leituras autorizadas pelo autor e nas referências
textuais contidas no texto. Não devemos extrapolar de forma negativa, levando em
consideração qualquer tipo de informação. Devemos em primeiro lugar, ter o bom senso
na hora da análise de um texto.
Nem sempre é fácil compreender um texto de forma eficaz. Para isto, podemos
estabelecer alguns itens que ajudarão na hora de ter uma ideia geral do texto que
estamos lendo, que é a técnica de sublinhar e a técnica de esquematizar.
27
Não há uma regra específica e exata de como se realizar tais técnicas, cabe o
bom senso do leitor e a seleção de informações realmente importantes aos seus
objetivos.
2.5.1 Sublinhar
17
Disponível em: http://www.kanitz.com/veja/mulheres.asp
28
Percebemos que ao ler rapidamente o texto e sublinhar as informações mais
importantes verificamos que, na visão do administrador do texto apenas 5 mulheres são
presidentes em grandes empresas no Brasil.
Com esta técnica temos em relevo a ideia principal de um texto, ou de um
parágrafo apenas.
2.5.2 Esquematizar
Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes
companhias é em geral um “Clube do Bolinha”, em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não
passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras.
"Mulher não sabe administrar", disse-me o dono de um conglomerado brasileiro, cujas filhas ficavam em
casa e os filhos e genros ajudavam o papai a tocar o negócio. 'Administração é coisa para homem', afirmou outro
empresário. De fato, muito da teoria e modo de pensar em administração vem de uma forma masculina de ver o
mundo: agressivo, calculista, sem escrúpulos. E muitos dos termos usados nesse meio têm origem claramente militar:
'companhia', 'divisão', 'campanha' publicitária, 'guerra' de preços, 'aniquilar' a concorrência, 'conquistar' mercados, e
assim por diante.
A administração teve um avanço depois da II Guerra Mundial, quando várias técnicas desenvolvidas na
época, como logística, pesquisa operacional, disciplina regimental foram usadas com grande sucesso nas primeiras
multinacionais, necessitadas de que ordens fossem obedecidas a 15.000 quilômetros de distância da sede.
Nesta cultura militar e masculina, não é de estranhar que mulheres não se sentissem à vontade e
desistissem da carreira nas grandes empresas. As poucas mulheres que galgam os altos escalões das 500 maiores, com
todo o respeito que elas merecem, o fazem dançando a música dos homens. A contragosto, precisam dar uns socos na
mesa de vez em quando e soltar alguns palavrões por aí. Sendo franca minoria, as mulheres nunca conseguem impor
sua forma própria, um estilo feminino de administração.
Conheço todas as 500 maiores empresas brasileiras, as quais analisei durante 25 anos,e de cinco anos
para cá comecei a estudar as 400 maiores entidades beneficentes deste país, uma pesquisa que realizo todo ano, e que
encontra-se disponível na internet no endereço www.filantropia.org.
Para a minha grande surpresa notei um novo estilo de administrar. Diferente, mais eficiente, mais
competente e mais dinâmico do que aquele visto nas empresas 'masculinas'. Aliás, não deveria ser surpresa, porque as
entidades brasileiras sempre viveram com orçamentos apertados, nunca tiveram gordura para cortar. O estoque de
uma fábrica fica parado por meses sem precisar de supervisão. Tente fazer o mesmo com 359 crianças de uma creche,
por um minuto. Administrar creches, hospitais ou meninos de rua seria um treinamento excelente para os futuros
administradores do país.
As 400 maiores entidades nacionais beneficentes são muito mais bem administradas do que a maioria das
empresas brasileiras, por mais absurda que possa parecer esta minha observação. Existem várias razões para esse
desempenho superior das entidades beneficentes. Clareza de propósito, ética, motivação dos funcionários, satisfação
pessoal com os resultados. Mas a principal razão para mim é bem clara: a grande maioria, se não a totalidade das 400
maiores entidades, é administrada por mulheres.
29
Esquema sugerido:
Masculina Administração Feminina
Apenas 5 destas
Nas 500 maiores empresas
maiores tem mulheres Nas 400
empresas do presidentes. entidades
Brasil é feita beneficentes
na maioria do Brasil é
por homens. feita na
maioria por
mulheres.
Se submetem ao estilo
masculino, não
Tal ideia se desencadeou
conseguem mostrar o
pelo momento pós II
Guerra, devido à cultura seu, com isto a
militar:forca, administração é 1. Estilosas;
decisão,calculista, semelhante 2. Competentes;
conquistador. 3. Dinâmicas.
Não podemos dizer que este esquema é o único possível, mas podemos
entendê-lo como uma possibilidade viável, visto conter todos os itens importantes do
texto, e de forma organizada.
Para que estas duas técnicas de leitura não fiquem jogadas de lado é importante
que nunca deixemos de praticá-las, por este motivo, treinar é sempre um aprendizado,
além de ajudar muito na interpretação de textos.
30
3.1 Narração
3.2 Descrição
31
3. Realizar um plano de escrita.
4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese
apresentada.
6. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mas
sem a apresentação do ponto de vista do autor.
A dissertação expositiva serve para o leitor como um texto de análise, pois é o
leitor que lhe atribuirá valores, não o escritor, visto sua função ser apenas apresentar ao
leitor os dados colhidos.
32
Existem alguns tipos de trabalhos científicos, que se adequarão a cada objetivo do
ser humano, dentre eles, aqui veremos a monografia, os trabalhos didáticos, o resumo de
textos e a resenha bibliográfica, mas primeiramente, veremos suas características
principais.
3.5.1 Citação
1) No corpo do texto:
18
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico, 22.ed. Ver. e ampl. São Paulo:
Cortez, 2002.
33
Sobre tal fato, Haidar (1971: 81), afirma que: “Pouco lisonjeira era a situação da
instrução pública no Brasil logo após a Independência. Procurando evidenciar a
necessidade de se instituir um sistema público de educação nacional, denunciavam os
constituintes de 23, a situação do ensino em todo o país”.
Ou:
2) Fora do texto:
No corpo do texto percebemos que a citação pode estar entre aspas ou em itálico e
antes ou depois desta deve conter o nome do autor, ano de publicação e página para
consulta e todas as palavras se organizam em um texto que possui espaço 1,5 e a letra
deve sempre Times New Roman ou Arial, tamanho 12.
A estrutura do texto e a fluência das informações nele contidas devem sempre ser
levadas em consideração ao se fazer uma citação, pois não podemos apenas “jogar” as
ideias dos teóricos, para que estas dialoguem com as que apresentamos, assim, devemos
adequar o discurso como um todo.
34
A citação fora do texto deve ter espaço simples e manter o mesmo tipo da letra
usada em todo o texto, porém ser diminuída para o tamanho 10 e ter um recuo maior.
Quando realizamos uma paráfrase relacionada a um texto ou apenas queremos
indicar uma bibliografia do autor, isto pode ser feito em forma de nota de rodapé ou
usando a expressão Cf. Miranda (1975: 43), indicando ao leitor que seria relevante que
este lesse o referido autor.
PRETI, Dino.
2) Título da obra: Vem após o nome do autor, em itálico, seguido do ponto final,
conforme exemplo abaixo:
3) Edição da obra: Quando for a partir da segunda edição, apresenta-se apenas o número
da edição, seguido de pontuação e da sigla e.d, tudo em minúsculo, exemplo:
35
TEIXEIRA, Leonardo.Comunicação na Empresa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
PRETI, Dino. Sociolingüística, os níveis da fala. 9.ed. São Paulo: EDUSP, 2003.
LIMA, Danielle Guglieri. Oralidade e regionalismo em João Simões Lopes Neto. Porto
Alegre: Alcance/ Tchê, 2008.
É muito importante:
a) Ficar atento que após cada item da referência bibliográfica aparece um ponto final.
c) A data pode ser também colocada logo após o nome do autor, mas o importante é que
todas as referências sejam feitas igualmente em todo o documento.
3.5.3.1 Resumo
36
Para que um resumo eficiente seja realizado, primeiramente é necessário que o
texto seja bem lido e entendido e, depois de todas as ideias compreendidas, pode-se então
utilizar a técnica do esquema ou do sublinha, ambas já trabalhadas neste livro.
Um bom resumo se preza pela capacidade de síntese, não das palavras
importantes, ao contrário do que sempre aprendemos, mas de um contexto, de ideias do
texto em si, pois é muito problemático quando as ideias de um determinado escritor são
deturpadas por um resumo malfeito.
3.5.3.2 Resenha
37
3.6.1 Ofício
Senhor Presidente,
Com fulcro no art. 8º, § 1º, do Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, consulto Vossa Senhoria sobre a possibilidade
de adesão à Ata de Registro de Preços referente ao Pregão Eletrônico nº.../200_, realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação - FNDE.
A referida adesão visa à aquisição, por esta Prefeitura Municipal de... ou Secretaria de Educação do Estado de ...
de <quantidade> ônibus de transporte escolar, zero quilômetro para _____ passageiros ou <quantidade> embarcações
novas para ____ passageiros, junto à licitante vencedora do certame.
Solicitamos, ainda, uma vez atendido o pleito em tela, que nos encaminhe o(s) ofício(s) de autorização do FNDE e da(s)
empresa(s) vencedora(s) do processo licitatório, bem como a cópia da Ata de Registro de Preços, e a(s) Proposta(s) de Preço(s)
vencedora(s).
Para qualquer necessidade de contato, disponibilizamos o endereço de e-mail
_______________________________________________ e, ainda, o(s) telefone(s) deste Órgão: (XX) 0000-0000 e fone-fax (XX)
0000-0000.
Atenciosamente,
___________________________________
XXXXXXXXXXXXX
<Dirigente do órgão interessado>
19
Disponível em: http://ftp.fnde.gov.br/web/resolucoes_2007/res003_28032007_anexo_08.doc
38
3.6.2 Memorando
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Assunto.Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Atenciosamente,
[Nome do emissor]
[Cargo]
3.6.3 Carta
A carta nada mais é do que um escrito que enviamos a uma pessoa e que pode ter
inúmeros conteúdos, neste caso, trataremos da carta comercial que é a carta utilizada
pelas empresas para comunicar algo.
A carta comercial pode se apresentar de maneiras distintas, aqui apresentamos
uma delas:
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
39
(Fecho)
Agradecimento.
Assinatura / Função.
3.6.4 Requerimento/Solicitação
Exmo. Senhor
(A quem se destina com o uso dos pronomes de tratamento)
Fulano de Tal,
__(nome completo)___, brasileiro(a),__(estado civil)__, __(profissão)__, portador da Cédula de Identidade R.G. nº ___________,
residente na Rua _____________, nº ______, Bairro de _________, cidade e Município de _______________, vem à presença de
V.Exa. para expor e requerer o que segue:
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto. Assunto.
Pede Deferimento,
__________________________
Local/data
_______________________
Nome/assinatura
40
O grande problema é a jornada de trabalho dos empregados, considerada longa,
fazendo com que estas pessoas, ao invés de produzirem, na maior parte do tempo, passem
a acessar conteúdos na internet que não fazem a menor diferença ao trabalho a que foram
designadas.
Ao começar a fazer uso de um equipamento de computador e a visitar sites que
não dizem respeito ao ambiente de trabalho, o usuário percebe existir o anonimato, ou
seja, percebe que não está sendo vigiado o tempo todo e pode fazer tudo o que quiser,
mudar sua identidade, e qualquer dado seu.
Tal anonimato exerce fascínio entre os usuários da rede mundial de computadores,
o que, de certa forma mexe com a ideia do que é certo e do que é errado, que na maioria
das vezes é deixada de lado, pelo glamour proporcionado pelo mundo virtual.
O cuidado com o uso da internet deve ser diário e contínuo, para tanto, o uso do e-
mail empresarial deve, também ter sua estrutura e finalidade preservadas, pois sabemos
que nos dias de hoje muitas empresas disponibilizam e-mails corporativos aos seus
funcionários, e estes devem obedecer às regras rígidas, porém simples.
A estrutura do e-mail irá variar de acordo com o seu objetivo e segue o padrão
culto do uso da linguagem, o único problema é que o e-mail não pode conter intimidades
e tampouco rebuscamento, deve se ater ao seu objetivo: informar com clareza e
objetividade.
Ao escrevermos qualquer tipo de comunicação corporativa podemos seguir os
modelos mostrados anteriormente, porém devemos ter cuidado com o cabeçalho, o qual
não deve ser repetido.
Como então construímos um e-mail? É simples, pois tal escrita deve ser breve,
mas conter introdução, desenvolvimento e conclusão,
41
Hoje existe uma norma convencionada “netiqueta”, ou seja, são regras de bom
uso da internet, mas o mais importante da “netiqueta” quanto à escrita do e-mail é o que
não devemos fazer:
1. Não gritar, ou seja, não usar todas as letras em maiúsculo. Para destacar algo use
asteriscos ou aspas simples ou duplas.
2. No espaço do assunto do e-mail, seja um pouco descritivo, não peça ajuda neste
momento, escreva algo simples, mas que concentre o que deve ser dito.
3. Não use sinais como >><< // ou outros para chamar a atenção para a sua mensagem, isto
não funciona.
4. Não envie e-mails no formato HTML, pois este uso triplica o tamanho e aumenta a
vagarosidade na entrega da mensagem.
5. Use na assinatura, seu nome, o nome da organização a que você é associado, um ou dois
URLs e até uma citação filosófica curta.
6. Não use gravuras e arte nos seus e-mails a menos que seja um logotipo pequeno da
empresa.
7. Não faca cross-posting e multi-posting. Escolha cuidadosamente a lista para a qual sua
mensagem deva ser postada e poste somente lá.
8. Não use o meio eletrônico para falar mal de alguém.
9. A postagem de UCEs (em inglês: E-mail Comercial Não Solicitado) e de spam é
extremamente depreciada.
10. Não discuta sobre religião, futebol ou partidos políticos.
11. Evite e-mails longos e/ou chatos com muitas informações teóricas ou técnicas.
12. Não deixe de ler antes de enviar tudo o que escreveu.
13. Não responda um e-mail para todas as pessoas de uma lista, somente quando for
extremamente necessário.
14. Não envie mensagens duplas, tome cuidado.
15. Evite usar abreviaturas, mas se isto for necessário atenha-se apenas às seguintes e no
âmbito interno da empresa:
hj: hoje q: que tb: também vc: você v6 ou vcs: vocês
42
Também importante para a efetividade da mensagem é a expressão escrita, no
sentido de adequação gramatical, pois os usuários da língua precisam conhecer os
mecanismos gramaticais da norma culta para usar no seu dia-a-dia. Diante disto é preciso
entender a gramática, que nada mais é do que o registro da expressão falada.
Não se trata decorar regras inúteis ou estudar a gramática com exaustão, a
proposta deste trabalho é, além de refletirmos sobre situações diárias de comunicação
oral e escrita e relembrar alguns conceitos básicos, saber que este livro se apresenta como
um manual de consulta rápida e fácil a qualquer estudante, profissional ou pessoa
interessada, embora esteja muito distante de ser uma gramática propriamente.
Passaremos aos estudos estruturais da Língua Portuguesa, nossa língua materna, e
como diz o nome, é intrínseca em nossos conhecimentos.
Há inúmeros símbolos utilizados para que um som seja posto no papel, a esta
atividade damos o nome de transcrição fonológica.
Os fonemas podem ser classificados de diversas maneiras, mas aqui veremos
apenas as vogais, semivogais e as consoantes.
Semivogais são fonemas semelhantes ao fonema vogal, mas não possuem o
papel indispensável como estes dentro da sílaba.
43
A união de fonemas forma sílabas. A sílaba é uma emissão de som único que
contem mais de um fonema, podendo ser constituída por:
Fonema vogal +fonema consoante = am Fonema consoante + fonema vogal = ma
Fonema vogal + fonema semivogal = eu Fonema semivogal +fonema vogal = eu
2. Não tão recorrente como os ditongos, há também os tritongos, formados pelo esquema
vogal+semivogal+vogal, dentro de uma mesma sílaba: Uruguai queijo, averiguei.
3. Hiatos constituem o encontro de duas vogais na palavra, mas que nunca podem ficar na
mesma sílaba, já que são duas vogais: saúde, ruim, voo, caatinga.
44
Encontros consonantais são grupos formados por mais de uma consoante, sem
uma vogal e existem dois tipos distintos:
a) Hiatos;
5.1 Ortografia
45
Orto significa estrutura e grafia, escrita, portanto a palavra ortografia significa,
na sua totalidade, a estrutura certa da grafia de um som.
Antes de serem apresentadas as regras de ortografia, devemos lembrar que
poderemos nos deparar com três tipos de palavras distintas:
1. Homônimas: palavras com mesma grafia, mas com sentidos diferentes, como a
palavra almoço, que possui mais de um significado.
EXEMPLOS:
O almoço estava bom. (Substantivo)
Sempre almoço aqui. (Verbo)
2. Homófonas: palavras que possuem o mesmo som, porém com escritas e sentidos
diferentes.
EXEMPLOS:
Caça = caçada - A caçada será muito proveitosa.
Cassa = anular - O mandato foi cassado.
As orientações ortográficas são inúmeras, no entanto aqui, de forma breve
apresentaremos as mais importantes, mas vale lembrar que sempre, em um momento de
dúvida, a melhor maneira de resolver a situação é consultando um bom dicionário.
X/CH
1. Sempre após um ditongo usa-se X: caixa, queixo.
2. Palavras que são iniciadas por EN, são escritas com X: enxugar, enxame.
3. Palavras iniciadas com CH, prefixadas por EM são escritas com CH: encharcar,
enchapelar.
4. Após ME inicial, usa-se X: mexa, mexerica, no entanto, podemos escrever também
mecha, que significa mecha de cabelo, diferente de mexa, do verbo mexer.
5. Todas as palavras de origem africana são escritas com X: xavante, xará.
6. Nas palavras vindas do inglês, substituímos o sh por X: shampoo – xampu.
46
G/J
1. Usamos o G em palavras com o sufixo: AGEM, IGEM, UGEM: garagem, vertigem,
ferrugem.
2. Após A inicial usa-se G, exceto em ajeitar: ágil, agiota.
3. Palavras com origens africana e indígena são grafadas com J: pajé, jibóia.
4. Toda a palavra escrita com J, que ao ser substituída pela palavra primitiva de sua
família, se for escrita com J deve também ser assim grafada: sujeira – sujo, laranjinha –
laranja, lojista – loja.
S/Z
1. Toda a palavra derivada de uma primitiva gafada com S, será assim grafada: rosa –
roseira, analisado – análise.
2. O mesmo acontece para as palavras com Z: deslizar – deslize.
3. Usa-se ÊS e ESA para nacionalidade, título ou origem: baronesa, francês, burguês.
4. Usa-se nos substantivos abstratos derivados de adjetivos: beleza, rapidez.
5. Em sufixos de adjetivos usa-se S: amoroso, chuvoso.
6. Em sufixos de verbos usa-se Z: enfatizar, hospitalizar.
7. Após um ditongo, deve-se usar S: coisa, Cleusa.
E/I
1. Ditongos nasais se escrevem com E: cães, mães.
2. Verbos com infinitivo –oar/-uar escrevem-se com E: perdoe, abençoe.
3. Verbos com infinitivo –air/-oer/-uir escrevem-se com I: sai, dói.
O/U
1. Se utiliza O ou U mediante a consulta da palavra primitiva: mágoa – magoo, curtume
– curtir.
5.3 Acentuação
47
Sabemos que não acentuar uma palavra é tão importante quanto acentuá-la,
para isto, devemos seguir dez regras, pois um acento ou a falta dele pode causar
problemas ao entendimento dos vocábulos, e consequentemente a falta de coesão.
Em 2008 foram reformuladas as regras de acentuação gráfica, com o prazo de
adaptação até 2012, para que todos os países de língua portuguesa tenham o mesmo uso,
já que se comunicam com a mesma linguagem, a primeira delas é que o alfabeto passa a
ter 26 letras, incluindo as letras k, w e y.
Além desta há outras tantas modificações, vejamos:
48
Nas paroxítonas, os ditongos abertos não são mais acentuados. EXEMPLO:
jiboia, alcaloide.
Acento diferencial:
A lei no. 5.765 de 18/12/1971 aboliu a maioria dos acentos diferenciais, no
entanto, até 2008 algumas palavras ainda apresentavam tal diferenciação, o que hoje já
não existe mais nas palavras homógrafas: para = verbo / preposição, pelo = preposição /
pronome / substantivo masculino (cabelo); por = preposição / verbo.
Trema:
49
Só deve ser usado em nomes próprios ou derivados deles. EXEMPLO: Müller,
mülleriano.
6.1 Substantivo
É a classe que abriga o maior número de palavras, pois tudo tem um nome e o
substantivo é a classe de palavras que dá nome aos seres. Os substantivos possuem tipos
distintos: comum, próprio, concreto, abstrato, primitivo, derivado, simples, composto e
coletivo. Vejamos os substantivos contidos nos fragmentos do texto La Cave Des Vins –
A Arte em Degustar Vinhos (2007, p.22 )20:
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada
ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre,
em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano,
de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
20
Retirado do livro “Os mais relevantes projetos de conclusão dos cursos MBAs 2006”. Coordenação
editorial de Maria Madalena Nascimento Fonseca. Santo André, SP: Strong, 2007.
50
substantivo concreto e da palavra decoração, substantivo abstrato, pois para ser realizada
precisa, necessariamente, dos decoradores.
Outros substantivos presentes no fragmento em estudo são os substantivos
primitivos, dotados de seu radical, e, por este motivo originam os outros, chamados
derivados. Em “A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração
moderna e ligada ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.” Percebemos
que os substantivos sublinhados são primitivos e poderiam designar substantivos
derivados deles, tais como: logística, espaçado, temática e ambientalização, por
exemplo.
Existem ainda os substantivos simples e compostos, que são assim nomeados
devido a sua formação, se forem formados por um radical, como loja, por exemplo,
serão nomeados simples, mas se forem formados por dois ou mais radicais serão
denominados compostos. No texto os nomes das cidades são bons exemplos, pois além
de serem nomes próprios; Santo André, São Caetano, São Bernardo e São Paulo,
também se constituem por dois radicais distintos; compostos.
A fim de finalizarmos o estudo dos substantivos falemos dos coletivos, que
indicam coleções ou grupos de palavras, os quais não encontramos no texto em estudo,
por não serem muito usados nos textos científicos e empresariais, no entanto, a título de
curiosidade podemos lembrar-nos de cardume, alcatéia e biblioteca, entre tantos outros.
Além dos diferentes tipos, os substantivos possuem flexão, ou seja, podem
modificar-se em gênero, número e grau.
O gênero de um substantivo esclarece se é feminino ou masculino. Muitos
podem ser convertidos do masculino para o feminino e vice-versa, apresentando-se de
forma biforme ou uniforme.
Serão biformes os substantivos que apresentam formas distintas para feminino
e masculino, seja pelo uso de artigos finais, como é o caso de menino e menina, seja
pela atribuição de palavras distintas para cada um dos sexos, como cão e cadela.
Serão uniformes os substantivos que utilizam a mesma forma para designar
quaisquer dos sexos; primeiramente, pelo uso de um artigo inicial, os chamados
substantivos comuns de dois gêneros, como em o repórter e a repórter; ou mediante o
uso das palavras macho e fêmea, próprias dos substantivos chamados epicenos, o caso
51
de boto macho e boto fêmea; e finalmente os, chamados sobrecomuns, que não
admitem gênero, é o caso de a criança, que somente saberemos se é menino ou menina
pelo contexto.
O número do substantivo diz respeito à quantidade, se ele é singular ou plural.
Para o número há inúmeras formas de formação de plural, mas as mais comuns são a
adição do “s”, “ãos”, “ões” e “éis”.
O grau do substantivo é designado pelo aumentativo ou diminutivo, e admite
duas formas, a sintética e a analítica. Será sintética quando acrescentamos sufixos que
mudarão o grau da palavra, ou seja, no substantivo menino, por exemplo, pode-se
acrescentar um sufixo indicativo de diminutivo ou de aumentativo, respectivamente em
menin-inho ou menin-ão.
O grau do substantivo será analítico quando acrescentamos palavras que
expressam a ideia de diminuição ou de aumento, como em menino grande ou menino
pequeno.
6.2 Artigo
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada
ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre,
em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano,
de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
6.3 Adjetivo
52
O adjetivo também tem a ver com o substantivo, pois o qualifica, o caracteriza,
portanto, o modifica. Consideramos um adjetivo facilmente quando consideramos o seu
contexto.
Os adjetivos podem ser simples (formados por apenas um radical), compostos
(formados por mais de um radical), primitivos (quando não deriva de um substantivo ou
verbo), derivados e pátrios (quando se referir a cidades, estados ou países). Ainda no
texto em uso, percebemos como adjetivos:
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada
ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre,
em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano,
de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
6.4 Verbo
53
No gerúndio: Quando a ação está acontecendo, como em amando, comendo,
dormindo e compondo, por esta forma apresenta as terminações –ando, -endo, -indo,-
ondo.
No particípio: Quando indica o passado, como em amado, comido, dormido e
composto, por esta forma apresenta terminações em -ado, -ido e -odo.
No fragmento de análise há os seguintes verbos:
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada
ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre,
em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano,
de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
54
A voz reflexiva acontece quando o sujeito sofre e ao mesmo tempo pratica a
ação. (EXEMPLO: A imagem da empresa refletiu-se).
Não devemos esquecer que existem , além dos verbos de ação, outros:
Os verbos auxiliares, dentre tantos temos os mais importantes: ser, estar, ter e
haver, os quais acompanham o verbo principal. (EXEMPLO: Tenho andado distraído.)
Os verbos de ligação, como ser, estar parecer, permanecer, ficar (no sentido de
estar). (EXEMPLO: Ando distraído./A menina parece triste./ A avó ficou doente.)
Há muito ainda o que estudar sobre verbos, por exemplo, questões que dizem
respeito a sua regularidade, no entanto, nossos estudos aqui são o suficiente para uma
revisão, mas se você ficar incomodado com algo não mencionado, já que nosso objetivo
é apenas relembrar conceitos básicos da língua escrita, não esqueça que uma boa
gramática resolverá o problema.
6.5 Advérbio
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada
ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre,
em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano,
de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
a) De lugar: longe, perto aqui, ali, lá, acolá, à esquerda, à direita, entre outros.
b) De tempo: hoje, ontem, amanhã, jamais, já, agora, às vezes, breve, entre outros.
c) De modo: bem, mal, pior, melhor e a maioria dos advérbios terminados em
“mente” – fortemente, calmamente, suavemente, diabolicamente.
d) De negação: não, tampouco, de forma alguma, nem pensar, entre outros.
e) De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, entre outros.
f) De afirmação: sim, é claro, obviamente, sem dúvida, entre outros.
g) De intensidade: muito, pouco bastante, menos mais, entre outros.
55
Ainda devemos mencionar que existem outros quatro advérbios, chamados
interrogativos, pois ocorrem nas sentenças com interrogações diretas ou indiretas, são
eles:
a) De lugar: onde b) De tempo: quando c) De modo: como d) De causa: por quê
Será comparativo quando existir uma comparação real tem três níveis, de
superioridade, de igualdade e de inferioridade, exatamente como acontece no adjetivo:
6.6 Pronome
56
1) Ela passeia pelo parque.
(o pronome exerce função de sujeito)
57
Além dos pronomes pessoais, utilizados em maior número, existem ainda
os pronomes possessivos, indicativos de posse, os demonstrativos, que indicam o
posicionamento de uma pessoa em relação às pessoas do discurso:
6.7 Numeral
58
Os fracionários indicam partes de um todo, como uma fração ou divisão, assim
como: meio, quarto, quinto, milésimo, treze avos.
Os multiplicativos indicam, como diz o nome, multiplicações, como em:
dobro, triplo quádruplo, cêntuplo.
EXEMPLOS:
6.8 Preposição
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada
ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre,
em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano,
de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
59
Há uma ocorrência de contração que merece destaque, a esta ocorrência
chamamos de crase, quando a preposição a se funde ao artigo a e a crase, quando ocorre
deve ser marcada pelo sinal gráfico à.
A crase ocorre em maior número em alguns casos específicos:
A crase nunca ocorre diante de verbos, sujeito, pronome pessoal, pois não
admitem artigos.
A melhor maneira de se tirar dúvidas quanto ao uso da crase é a substituição da
palavra feminina por uma maiúscula que peça artigo, se esta não alterar a ideia daquela,
usa-se crase.
Os pronomes que também admitem crase são “aquele” e “a qual”, bem como
suas flexões.
6.9 Conjunção
2) Juro que não vai doer se um dia roubar o seu anel de brilhantes... (Rita Lee)
60
conjunção “que” mostra claramente que, o fato de o anel ser roubado não vai doer, estar
subordinado à oração principal, juro.
Não é o ideal somente decorar as conjunções, como sempre nos tentaram fazer
na escola, o que funciona mesmo é entender a ideia que cada um destes conectores tem,
para que possamos utilizá-los de maneira eficaz. A seguir mostraremos os conectivos
mais usados:
Ideia de adição: e, nem.
Ideia de alternância: ou, ora...ora.
Ideia de causa: como, visto que.
Ideia de comparação: como, tal qual.
Ideia de conclusão: logo, então, portanto.
Ideia de condição: se, caso, exceto a menos que.
Ideia de conformidade: conforme, segundo
Ideia de conseqüência: tal, de modo que.
Ideia de finalidade. A fim de que, para.
Ideia de oposição: mas, porém. (adversativo)
Embora, ainda que. (concessivo)
Ideia de proporção: à medida que, ao passo que.
Ideia de tempo: quando, enquanto.
6.10 Interjeição
61
presença da pontuação exclamativa: “!”. Lembre-se que devido ao seu objetivo, de
entonar pensamentos, a interjeição não deve fazer parte do discurso escrito de um
administrador.
As interjeições acontecem para exprimir vários tipos de sentimentos distintos e
possuem ideias de: advertência, afugentamento, alegria, animação, aplauso, chamamento,
desejo, dor, espanto, silêncio e terror.
São exemplos de frases nominais constituídas por um verbo de ligação (ser, estar,
parecer, permanecer, andar, no sentido de estar), Já as frases verbais são constituídas por
um verbo de ação (amar, comprar, querer).
Vejamos exemplos de frases retiradas do fragmento do texto Exemvel –
Excelência Empresarial Sustentável (2008, p. 110)21:
(5)Para lidar adequadamente com esta realidade (6)existe uma abordagem de gestão de
pessoas (7)que tem no seu núcleo o conceito de competência. (7)Este conceito apresenta
imensas possibilidades de articular as relações entre as diferentes ações de gestão de
RH, como por exemplo, (8)a conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial,
aumentando em conseqüência a sinergia do sistema.
21
Retirado do livro “Os mais relevantes projetos de conclusão dos cursos MBAs 2006”. Coordenação
editorial de Maria Madalena Nascimento Fonseca. Santo André, SP: Strong, 2007.
62
O trecho é composto por nove frases, sendo a (3) intercalada e não contém
nenhuma frase chamada nominal, embora possua o verbo ser, que neste caso apóia o
verbo principal. Teríamos um exemplo desta tipologia se modificássemos a frase (1),
usando um verbo de ligação que desencadeia tal ideia e não apenas acompanha o verbo
principal. O verbo parece formar uma locução verbal com o infinitivo (não há
conjugação) passar.
Toda a frase que for constituída de um verbo, seja ela verbal ou nominal, que
tenha um sujeito e um predicado ligados por este verbo entre si, chamamos de ORAÇÃO.
Contamos o número de orações de uma frase de acordo com a quantidade de seus
verbos, veja:
(5)Para lidar adequadamente com esta realidade (6)existe uma abordagem de gestão de
pessoas (7)que tem no seu núcleo o conceito de competência. (7)Este conceito apresenta
imensas possibilidades de articular as relações entre as diferentes ações de gestão de
RH, como por exemplo, (8)a conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial,
(9)aumentando em consequência a sinergia do sistema.
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7.1 O período simples
Sabemos que o período simples é aquele que é formado por apenas uma oração,
na qual o sujeito, o predicado e seus termos essenciais, estão ligados por um verbo. Dizer
que um período possui termos essenciais, indica que são esses os termos indispensáveis
para a formação de ações de uma sentença.
Estudaremos tais termos: sujeito e predicado, denominados termos essenciais da
oração, respectivamente.
EXEMPLOS:
Disseram que fariam greve.
Quem disse que fará greve? “Eles”.
Precisam-se de digitadores.
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Do que é que se precisa? De “digitadores” ou “deles”, equivalente a terceira pessoa do
plural.
ORAÇÃO SEM SUJEITO: Quando não há sujeito, as orações são compostas apenas
por predicado e acontecem principalmente:
O predicado é a informação nova a ser revelada sobre o sujeito e pode ser verbal,
nominal e verbo-nominal.
EXEMPLOS:
O setor parece frágil. (adjetivo)
Predicado nominal
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O verbo julgar pede um complemento, denominado verbal, e embutido no seu
complemento que são as corporações, está presente outro conceito relativo, marcado com
asterisco, o qual indica que as corporações, Complemento Verbal, *são inconstantes, que
constitui um Complemento Nominal.
Note que o verbo ser não está presente na forma escrita, mas é perfeitamente
adequado à situação.
.
COMPLEMENTO VERBAL
Maria / chorou.
Verbo que não pede complemento (Verbo Intransitivo)
Se não há Complemento Verbal, não há objeto.
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necessitarem de preposição, serão transitivos diretos, mas quando necessitarem serão
transitivos indiretos ou serão ambos.
EXEMPLOS:
Joana / desenvolveu profunda misericórdia pelos pobres.
O núcleo deste predicado é o substantivo misericórdia que é
transitivo porque pede complemento = pelos pobres (Complemento
Nominal).
Neste caso, temos uma nomenclatura distinta para designar o processo verbal,
pois a locução foram rentáveis é chamada de locução verbal passiva e desencadeará um
complemento, denominado agente da passiva. Vejamos outros exemplos:
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Anteriormente, estudamos os termos essenciais da oração, nomeados sujeito e
predicado. Depois, os termos integrantes da oração, que vão ao encontro dos estudos do
predicado, sendo nomeados como complementos (verbal ou nominal) ou objetos (diretos
ou indiretos) e, finalmente estudaremos os termos acessórios da oração.
Tais termos caracterizam-se por serem os substantivos, adjetivos e verbos que
acompanham os substantivos e os verbos que exercem nas orações as funções essenciais,
como núcleo do sujeito e do predicado.
Os termos acessórios têm a característica de serem acidentais, explicativos ou
circunstanciais, vejamos inicialmente, um exemplo bem claro, apenas contendo o
predicado verbal:
Nevou.
Sabemos que esta é uma oração sem sujeito e seu predicado é verbal, desse modo,
as informações, todas em destaque, são consideradas termos acessórios, pois corroboram
para os detalhes de uma ideia já conhecida.
Os termos acessórios da oração podem ser adjuntos adverbiais, adjuntos
adnominais, apostos e vocativos.
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ADJUNTO ADNOMINAL é o termo acessório que explica, determina ou
especifica um substantivo, ou seja, tem uma função de adjetivação do substantivo e,
dentro da oração, as classes que o constituem são: adjetivos, artigos, numerais e
pronomes, conforme em:
1) artigo
2) adjetivo
3) artigo
4) substantivo
5) adjetivo
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Não podemos esquecer que não é a função deste livro estudar de forma aprofundada a
gramática, mas sim, relembrar as questões gramaticais mais importantes, e, por este
motivo, sempre que uma dúvida de maior porte surgir, utiliza uma boa gramática, as
sugeridas por mim, encontram-se na bibliografia deste volume.
Anteriormente, foi realizada uma revisão sobre o período simples, ou seja, frases
que se constituem de apenas um verbo ou de uma locução verbal. Agora trataremos do
período composto, que possui mais de um verbo, portanto mais de uma oração. O período
composto pode apresentar duas relações distintas entre as orações: de coordenação ou de
subordinação.
As orações coordenadas são orações igualmente importantes para o período e, o
mais importante aqui, não é saber toda a tipologia, mas saber que as orações podem ser
assindéticas, quando unidas por justaposição, e sindéticas quando possuírem um síndeto,
ou seja, uma conjunção.
Tal explicação fica mais clara se verificarmos os exemplos:
Fica claro que no exemplo “a” a união das orações é feita por uma vírgula e no
exemplo “b”, tal união acontece pela conjunção aditiva “e”.
Quando um período é composto por coordenação sindética, ou seja, possui
conjunção, pode ser classificado, mediante a esta conjunção, da seguinte maneira:
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São Paulo é rica MAS o trânsito da cidade vai parar.
Oração 2:
Sujeito: o apartamento.
Núcleo do sujeito: apartamento.
Predicado nominal: está vazio.
Núcleo do predicado: está – Verbo de Ligação.
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Predicativo do sujeito: vazio.
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O.S.Substantivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:
1) subjetivas:
Orações que exercem a função de sujeito.
EXEMPLO: É preciso /que haja alguma coisa de flor em tudo isto (Vinícius de Moraes)
OP O.S.S. Subjetiva
2) objetivas diretas:
Orações que exercem a função de objeto direto.
EXEMPLO: Juro /que falarei toda a verdade.
OP O.S.S. Objetiva Direta
3) objetivas indiretas:
Orações que exercem a função de objeto indireto.
EXEMPLO: Lembre-se/de que falarei toda a verdade.
OP O.S.S. Objetiva Indireta
4) completivas nominais:
Orações que exercem a função de complemento nominal.
EXEMPLO: Tenho a certeza/ de que estamos realizados.
OP O.S.S. Completiva Nominal
5) predicativas:
Orações que exercem a função de predicativo do sujeito.
EXEMPLO: Meu desejo é/ que tenhas bons sonhos.
OP O.S.S. Predicativa
6) apositivas:
Orações que exercem a função de aposto.
EXEMPLO: só desejo uma coisa: que se case comigo.
OP O.S.S. Apositiva
LEGENDA:
OP - Oração Principal.
OSS - Oração
O.S.Subordinada Substantiva.
Adjetivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:
1) restritivas:
Oração que possui uma restrição.
EXEMPLO: As mulheres/que gostam de si mesmas são seguras. O.S.A. Restritiva
AsOP orações subordinadas adverbiais são, em número, as mais relevantes, pois se
referem a circunstancias diversas, conforme em:
restrição
2) explicativas:
Oração que possui uma explicação.
EXEMPLO: As mulheres, /que gostam de si mesmas, são seguras. O.S.A. Explicativa
OP
Explicação
LEGENDA:
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OP - Oração Principal.
OS - Oração Subordinada Adjetiva.
As orações subordinadas adverbiais, últimas a serem lembradas exprimem
algumas circunstâncias.
O.S. Adverbiais: São circunstanciais de acordo com o advérbio utilizado.
1) causa:
Eu te amo porque não amo a mim mesmo. (Carlos Drummond Andrade)
2) conseqüência:
O cão é tão gordo que explodiu.
3) condição:
Tudo vale a pena se alma não é pequena. (Fernando Pessoa)
4) concessão:
Só irei se ela for.
5) comparação:
Eu deixo a arte como deixo a vida.
6) conformidade:
Como é o cão, também é o dono.
7) finalidade:
8.0 Noções de regência e de concordância
Vou cuidar dos filhos para que eles cuidem de mim.
8) proporção:
Quanto mais o tempo passa, mais gosto de ti.
9) tempo:
Antes de sair, feche a porta.
LEGENDA:
OS - Oração Subordinada.
8.1 Regência
O que é regência?
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É o nome que damos à ligação das palavras interdependentes de uma sentença,
podendo ser verbal ou nominal, pois sabemos que alguns verbos são transitivos e pedem
complementos e alguns nomes também. Vejamos que a regência do verbo “referir”
acontece da mesma forma que no substantivo “referência”:
Muito importante:
1. Os verbos e nomes que admitem complementos são chamados de subordinantes
(referiu-se e referência).
2. Os termos que são complementares, tanto objetos, quanto adjuntos são chamados
subordinados ou regidos.
a. Cheguei ao metrô.
no local do
b. Cheguei no metrô.
no meio de transporte, dentro de
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c. Fui ao cinema.
Verbo Adjunto Adverbial
Intransitivo de Lugar
e. Compareci ao estádio.
f. Compareci no estádio.
Verbo Adjunto Adverbial
Intransitivo de Lugar
IMPORTANTE: Apenas usamos o pronome oblíquo LHE quando este tiver valor de
adjunto adnominal.
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Obedeça às leis.
SUBSTANTIVOS
1. Sentia aversão aos estudos.
2. Tenho medo de você.
3. Devo obediência a Igreja.
4. Quando teremos respeito para com os pais?
ADJETIVOS
5. Escrevia poemas acessíveis a todos.
6. Era capaz de produzir muitas peças de arte.
7. José de Alencar é contemporâneo de Machado de Assis.
8. Este filme é impróprio para crianças.
9. Bom senso é necessário a todos.
ADVÉRBIOS
10. Todos os advérbios terminados em mente são regidos pela preposição “de”.
11. Os advérbios com ideia de relativo a, semelhante a também são regidos pela
preposição “de”.
12. São da mesma forma regidos os advérbios perto e longe.
8.2 Concordância
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À variação no gênero e número de um nome substantivo com relação a outro,
adjetivo ou palavras com o valor de adjetivo (artigo, numeral, pronome adjetivo e
particípio), recebem o nome de concordância nominal.
Vejamos alguns substantivos isoladamente:
Carro Cachorro Mesa Bola
1. O adjetivo irá para o plural ou irá concordar com o substantivo mais próximo:
EXEMPLOS:
A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentios.
A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentio.
EXEMPLOS:
A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiros.
A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiras.
A enciclopédia traz conto e crônica brasileira.
EXEMPLOS:
Percorre tortuosos caminhos e veredas.
Percorre tortuosas veredas e caminhos.
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OBSERVAÇÃO 1: Cuidado com as expressões “É proibido” e “É necessário”, que
quando se referirem a um substantivo genérico não vaiam, mas se este substantivo for
determinado por um artigo, este concorda com o substantivo.
OBSERVAÇÃO 2: Não confunda meio com meia, pois meio equivale à metade e
concorda com o substantivo e meia é um substantivo e o advérbio meia é invariável.
OBSERVAÇÃO 3: A regra da 3ª. Pessoa vale também par os verbos impessoais “haver” e
“fazer”, quando estes indicam tempo decorrido.
EXEMPLOS:
Há muito tempo não te vejo.
Faz muito tempo que no te vejo.
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9.0 Problemas com a norma culta
Usar a norma culta nem sempre é a coisa mais fácil que temos de fazer, no entanto
algumas situações exigem tal uso. Nesta parte do livro, gostaríamos que alguns pontos, de
maior relevância fossem estudados para que causassem transtornos na hora de escrever.
Lembre-se: Ninguém é obrigado a saber tudo, mas todos nós devemos saber onde
buscar ajuda. Quando temos problemas com nossa empresa, queremos os conhecimentos de
um administrador e quando temos problemas com a adequação da linguagem, devemos
buscar um manual, simples como este ou, dependendo do caso, uma gramática bem
conceituada.
1. Mas / Mais:
EXEMPLOS:
Eu ia ao cinema, mas tive problemas com o trânsito. (Conjunção adversativa)
Ela é a garota mais inteligente da turma. (Intensidade)
2. Mal / Mau:
Mal pode ser um advérbio ou um substantivo. É advérbio de modo quando significa
“de modo irregular”.
EXEMPLOS:
Os negócios vão mal. (Advérbio)
O mal da sociedade é o dinheiro. (Substantivo)
3. Aonde e Onde:
Há controvérsias entre os próprios gramáticos sobre esta questão, entretanto onde é o
advérbio que indica lugar em que se está ou que se passa algum fato e aonde
(preposição+advérbio) usamos ao dar ao texto ideia de movimento.
EXEMPLOS:
O lápis está onde deixei. (Lugar exato)
Para aonde caminha a humanidade?(Ideia de movimento)
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4. Ao encontro e de encontro:
Ao encontro significa estar a favor de, e de encontro significa estar, contra algo.
EXEMPLOS:
Fui ao encontro de meu amor. (Semelhança, proximidade)
Nossas ideias vão de encontro à de outros pesquisadores. (Contrariedade, repulsa)
5. A e Há:
Se for possível trocar a expressão por FAZ emprega-se HÁ, se não for possível,
emprega-se A.
EXEMPLOS:
Há muito tempo não te vejo. (Semelhante ao emprego do verbo faz)
Daqui a pouco chegaremos à aula. (Impossível empregar o verbo faz)
6. O pronome relativo cujo está cada vez mais raro, portanto, para entendermos essa
palavra na leitura e empregá-la corretamente, devemos considerar, na maioria das vezes
que:
Existem outros casos mais complexos do uso do pronome relativo “cujo” e suas
flexões, o que não cabe ver neste momento, visto que estudar de forma profunda a
gramática não é nosso ponto específico, mas ter noções dela.
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Conclusão
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Esperamos que este trabalho tenha contribuído para o engrandecimento cultural e
para o aumento de conhecimentos relativos à linguagem a qual crescemos usando e
usamos todos os dias e esperamos que nas questões do dia-a-dia que requeiram resolução
rápida esta obra seja sempre fonte de consulta.
Finalmente, gostaríamos de ressaltar que conhecer a linguagem e aplicá-la de
forma adequada nos mais diversos contextos sociais é muito fácil, desde que, como já
dissemos, tenhamos bons materiais de consulta e um pouco de forca de vontade.
Use e abuse de seus mais recentes conhecimentos, porque ter medo de se
comunicar, neste mundo globalizado, é coisa do passado.
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WEINRICH, H.; HEILDELBERG, Verlag Lambert Scneider. Linguistik der Lüge. 1966.
84
Revista Veja, nº 187, de 05/04/1972.
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http://www.debian.org.rs.
http://www.kaniz.combr
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