5 Lingua Portuguesa

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Língua Portuguesa

alguém como se pode estimar um filho - não projeta apenas


LÍNGUA PORTUGUESA uma imagem, mas é ele mesmo. Por obra do amor, é verda-
deiro, atento, esquecido de si, profundamente interessado.

Sendo isso, apenas isso, torna-se inevitável a reciproci-


dade do amor.
1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS A solidão do jovem é, apesar do que se pensa em contrá-
rio, real e frequente. Embora acompanhado sempre e em
constante movimentação, o adolescente crê que o mundo é
Entendemos por texto, um conjunto de ideias expressas dos adultos; e esses estão ocupados demais para ouvir os
através de frases, orações, parágrafos; com um estilo próprio seus pequenos devaneios. Há uma busca disfarçada de a-
e com uma estrutura própria produzido por um certo sujeito. A tenção e apoio, que só uns poucos percebem, e raríssimos
estrutura de um texto varia de acordo com sua natureza. Há o se apressam em atender. A condição do homem é, em si
texto literário e o não literário. mesma, de confronto com a solidão, de que ele está, do ber-
ço à sepultura, sempre cercado.

TEXTO A descoberta dessa realidade – que não é triste ou alegre,


↙ ↘ mas simplesmente um fato – ocorre na puberdade, e nem
Denotação Conotação sempre é pacífica. Esse contato pode deixar um travo de
↓ ↓ melancolia, quando não há apoio compreensivo de um adulto
Texto não literário Texto-literário
que se estima e no qual se confia – e que dá a entender que
↓ ↓
Claro, objetivo Figurado, subjetivo, já passou por isso e sabe do que se trata, embora não tenha
↓ ↓ uma resposta definitiva para os mistérios da vida. (Luiz Carlos
informativo pessoal Lisboa - Jornal da Tarde)

O texto de Luiz Carlos Lisboa é um texto não literário,


porque disserta sobre um certo tema: a descoberta da solidão
O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que
de forma objetiva, informativa, etc. Se tivesse dado ao tema
também é transmitida através de figuras, impregnado de
um tratamento poético, musical, lírico, por exemplo, seria um
subjetivismo. Já o texto não literário preocupa-se em transmi-
texto literário, pois usaria recursos literários, tais como a rima,
tir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível.
as figuras de linguagem, a ficção para expressar sua opinião
Como exemplo, podemos citar uma notícia de jornal como
sobre a descoberta da solidão.
texto não literário e um romance de Eça de Queirós ou José
de Alencar como exemplo de texto literário.
A compreensão do texto pode ser feita da seguinte for-
ma, chamada objetiva:
Compreender um texto é levar em conta os vários aspec-
tos que ele possui, por exemplo, um texto terá aspecto moral,
social, econômico, conforme a intenção do autor; para ratifi-
1) Segundo o texto, os jovens:
car esses aspectos o autor se utiliza de um vocabulário con-
dizente com sua intenção. Então ... como compreender textos
a) São autossuficientes.
em prova, se cada pessoa possui um modo específico de ver
b) Vivem no mundo da lua.
os fatos? A resposta não é simples. Não obstante o valor
c) Necessitam de apoio e compreensão.
subjetivo do texto, ele possui uma estrutura interna que é
d) Estão sempre muito ocupados.
básica e a qual garantirá uma compreensão objetiva.

Compreender um texto não literário é perceber no texto a


2) De acordo com o texto, pode-se afirmar que o ho-
opinião, a intenção do autor, onde ele pretende chegar com
mem:
aquele texto.
a) Sente solidão durante toda a vida.
Se o autor é contra ou a favor de um certo tema, quais os
b) Está sozinho apenas no momento da morte.
aspectos que o autor levanta. Nossa compreensão será sem-
c) Está sozinho apenas no momento do nascimento.
pre a partir das informações que o texto nos oferece. Observe
d) Nunca está completamente sozinho.
o texto a seguir:

É ainda Lorenz, na mesma obra, quem identifica a frustra-


3) Com relação à solidão, o texto afirma que:
ção dos jovens face a uma educação que, em nome da com-
preensão, baniu a firmeza e a liberdade com responsabilida-
a) O homem fica triste ao descobri-la.
de. Noções confusas de psicanálise, vagos anseios libertá-
b) O homem a descobre durante a adolescência.
rios, muita teoria e pouco conhecimento serviram para refor-
c) O jovem a encontra por falta de apoio e compreen-
çar uma tolerância preguiçosa que passou a se constituir em
são.
padrão de comportamento para pais e educadores.
d) O jovem a encontra porque não confia nos adultos.
Aquela frustração nasce dessa atitude – que Lorenz cha-
ma de "muro de borracha" – débil, indefinida e acovardada do
4) Segundo o texto, o amor:
adulto diante do jovem, tão nociva quanto a ação punitiva
sistemática de antigamente.
a) É um problema irrelevante na vida agitada do jo-
vem.
Educar tornou-se, há muito tempo, uma arte esquecida.
b) E uma expressão romântica, uma frase fora de mo-
No contato com o adolescente, o pai – ou aquele que estima
da.

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c) É uma atitude hábil e simpática em relação ao jo- acessórias, como se estivesse criando um ambiente propício,
vem. numa preparação textual onde o clímax seria a ideia básica: a
d) É um meio pelo qual os adultos podem compreen- descoberta da solidão. E um crescer de expectativas até
der as atitudes dos jovens. chegar ao cerne da questão.

1) Sentido oposto: significa a ideia contrária de uma pala-


5) O texto afirma que: vra em relação a outra.

a) As gerações mais velhas só se preocupam em 2) Análogo ou Equivalente: dizer que uma palavra é análo-
transmitir os seus valores aos mais jovens. ga à outra, significa dizer que ambas têm semelhanças de
b) Os jovens acham que o mundo está errado e que- significados, são equivalentes.
rem destruí-lo.
c) A energia e a generosidade dos jovens os levam a
querer reformar o mundo. Num texto, palavras, orações, frases, expressões são
d) É normalmente uma hipocrisia o fato de os jovens justapostas, colocadas lado a lado visando a uma intenção do
quererem reformar o mundo. autor que produz o texto.

Por vezes, usa palavras de significado equivalente; de ou-


6) "... débil, indefinida e acovardada do adulto diante tra feita, utiliza-se de expressões, palavras com significados
do jovem." As palavras sublinhadas podem ser substi- opostos, contudo todos esses recursos têm uma intenção,
tuídas, sem modificar o significado do texto, por: usar o texto como veículo ou de emoção, ou de crítica, de
revelação, informação, etc.
a) maluco, incoerente, medroso.
b) fraco, indeterminado, medroso. Peguemos como exemplo o texto de Luiz Carlos Lisboa.
c) idiota, indeterminado, inseguro.
d) alegre, estúpido, nervoso. No texto, há blocos de significados que se equivalem e
que têm um certo significado à luz do contexto dado.

7) No parágrafo "A solidão do jovem é, apesar do que Exemplos:


se pensa em contrário, real e frequente.", a frase
sublinhada dá uma ideia de 1º Atitude débil (= louca) indefinida, acovardada equiva-
le a ação primitiva, sistemática.
a) conclusão.
b) condição. 2º Muita teoria equivale a pouco conhecimento.
c) concessão
d) indefinição.
3º Solidão real e frequente análoga à acompanhado,
constante movimentação.
RESPOSTAS
1-C 2- A 3- B 4- D 5- A 6- B 7- C 4º Berço análogo à sepultura.

O autor, no primeiro bloco de ideias, torna equivalente a


atitude débil, indefinida e acovardada diante do jovem à ação
Para compreendermos o texto é preciso descobrir sua punitiva. Em um outro contexto tal equivalência seria impos-
estrutura interna. Nela, encontraremos ideias básicas e aces- sível, pois a atitude de liberdade total, num primeiro momento
sórias e precisamos descobrir como essas ideias se relacio- não tem relação alguma à punição sistemática.
nam. As ideias básicas giram em torno do tema central, de
uma ideia núcleo contida no texto, a ela somam-se as ideias Contudo, num certo contexto, as palavras assumem sig-
acessórias, que só são importantes, enquanto corroboradoras nificados equivalentes ou não.
da ideia central.
No segundo bloco, muita teoria equivale a pouco conhe-
Por exemplo, a ideia básica do texto é a presença da cimento, em outro contexto tais afirmações seriam opostas,
solidão em nossas vidas, na opinião de Luiz Carlos Lisboa, a contraditórias, contudo no texto-exemplo são equivalentes,
ela somam-se outras ideias sobre a educação dos jovens, pois assumem um significado de "coisas vazias" diante da
sobre a psicanálise, sobre o amor que são acessórias, por- descoberta da solidão, então mais uma vez temos um termo
que não tratam diretamente do assunto da solidão, mas são com um significado específico num dado contexto.
acessórias, pois colaboram para a compreensão da ideia
básica, central. No terceiro bloco, solidão real e frequente estão lado a
lado das palavras acompanhando em constante movimenta-
Geralmente, um texto trata de uma ideia básica acompa- ção. No contexto, elas são compreendidas como análogas,
nhada de várias ideias acessórias. Se há ideias básicas e equivalentes, mas já sabemos que num outro contexto são
ideias acessórias como ocorre a inter-relação dessas ideias? palavras que se opõem.

Muitas vezes, a técnica usada é a de explanação de idei- Só assumem sentido análogo devido à ideia do autor, à
as "em cadeia", ocorre a explanação da ideia básica e a se- sua intenção de reforçar a contradição, a confusão em que
guir o desdobramento dessa ideia nos parágrafos subsequen- vive o adolescente.
tes a fim de discutir, aprofundar o assunto.
No quarto bloco, berço é análogo à sepultura, à luz da
Já no texto-exemplo de Luiz Carlos Lisboa vemos que ele compreensão do texto são palavras que se equivalem, que
vai preparando a introdução da ideia básica com as ideias

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estão lado a lado equiparadas a lugares que contêm a soli-
dão que cerca a vida das pessoas.
2. TIPOLOGIA TEXTUAL
Em outros contextos são palavras opostas, pois significam
vida e morte, mas no texto-exemplo tudo é uma coisa só:
Os textos variam conforme as intenções do autor, poden-
lugar de solidão.
do ser narrativos, descritivos, dissertativos. Porém, raramente
um texto é construído com as características de um só tipo. O
A oposição básica do texto é:
mais comum é encontrarmos os vários tipos em um só texto.
O Mundo dos adultos ocupados oposto à busca dis-
farçada de atenção e apoio.
O TEXTO NARRATIVO
Onde adultos se ocupam com um mundo à parte dos
Leia este trecho de um texto narrativo:
anseios, carências, dúvidas dos adolescentes cercados de
solidão. É importante ressaltar que as oposições, as equiva-
A escrava pegou a filhinha
lências, a compreensão de certos termos só acontecem em
Nas costas
contextos determinados, pois dependendo da intenção do
E se atirou no Paraíba
autor as palavras poderão se opor, equivaler-se, assumir
Para que a criança não fosse judiada.
significados específicos, ainda como exemplo, recorremos à (Oswald de Andrade. Poesias Reunidas.
expressão "muro de borracha" que poderia significar até um Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1972.)
brinquedo em risco para o físico da criança, contudo no texto-
exemplo significa a atitude dos pais diante dos filhos – "débil,
indefinida e acovardada" sem limites, sem a educação que Nesse texto, o importante é o fato, a ação, o acontecimen-
norteia a vida. to: a escrava se mata junto com a filhinha recém-nascida,
para salvá-la da escravidão.
O texto poderá utilizar diversos recursos, tudo, no entanto,
estará subordinado à ideia do seu autor. Releia o texto e repare que não sabemos como era a
escrava, nem como era sua filha, nem como era o rio. Esse
trecho só atribui importância ao acontecimento em si.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
Narrar, portanto, consiste em construir o conjunto de
DEFINIÇÃO DE TEXTO ações que constituem a história –o enredo – e relacioná-las
às personagens – seres que praticam atos ou sofrem os
O texto é uma mensagem, isto é, um fato do discurso: fatos.
uma passagem falada ou escrita que forma um todo significa-
tivo independentemente da sua extensão.
Vejamos mais um exemplo de narração:
O texto forma um todo, que pode ser:
O bicho
– uma palavra: Não, talvez, sim ... Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
– uma frase: Antes tarde do que nunca. Catando comida entre os detritos
Quando achava alguma coisa,
– algumas ou centenas de páginas: um livro, um relatório, um Não examinava nem cheirava:
ofício, etc. Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
A ESTRUTURAÇÃO TEXTUAL Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Um texto se realiza por meio de uma seleção de seu (Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira.
material linguístico, aí compreendidas a seleção vocabular, a Rio de Janeiro, José Olympio, 1973.)
seleção da frase e a seleção do modo de organização discur-
siva, ou seja, a narração, a descrição e a argumentação.
Toda a narrativa tem um narrador: aquele que conta a
Cada um desses modos de organização possui determi- história. Mas o narrador pode ser de dois tipos, conforme a
nadas regularidades que lhe são próprias, além daquelas sua perspectiva em relação aos fatos narrados: 1ª ou 3ª pes-
regularidades que estão acima dessas gramáticas particula- soa.
res, ou seja, as regularidades gerais do texto.
No texto acima, a história é contada em 1ª pessoa (eu):
A estruturação de um texto se faz exatamente entre o “Vi ontem um bicho”. O narrador relata um acontecimento que
esperado, ou seja, o respeito àquelas regularidades do modo o impressionou: um bicho catando restos de comida. Note
de organização a que pertence e a criatividade do autor. que, no desenvolvimento do enredo, não sabemos de que
animal se trata. Só no desfecho o narrador nos revela que o
Portanto, escrever é sempre um processo de seleção: bicho é um ser humano.
seleção de vocábulos, seleção de estruturas sintáticas, sele-
ção de organização das frases na composição do texto, sele- A narração, além de ser uma das mais importantes possi-
ção de um modo de organização discursiva... tudo em busca bilidades da linguagem, é também uma das práticas mais
do que parece mais adequado às finalidades do autor do comuns de nossa vida.
texto.

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A narração associa nossa observação do mundo com
nossa existência, nossa memória e nossa imaginação.

Estrutura do texto narrativo:

1) ENREDO

É a narrativa propriamente dita, que pode ser linear ou


retrospectiva, cuja trama mantém o interesse do leitor, que
espera por um desfecho. Chama-se simplesmente de ação.

(Maurício de Sousa)
2) PERSONAGEM
A fala nos quadrinhos normalmente é apresentada de
É a pessoa que atua na narrativa. Pode ser principal ou forma direta, nos balões, sem interferência de narrador. No
secundária, típica ou caricatural. caso desta tira, Mônica e Cebolinha estabelecem um diálogo.

x Discurso indireto: caracterizado pelo fato de o narra-


3) NARRADOR (PONTO DE VISTA) dor se apropriar da fala do personagem, ou seja, a fala
do outro vem pelas palavras do narrador. No discurso
Geralmente, classifica-se em: indireto, observamos a seguinte estrutura: verbo de
elocução (que é o núcleo do predicado da oração
a) narrador-observador: o autor conta a história como principal), seguido da oração subordinada (a fala do
observador que sabe tudo. Usa a terceira pessoa. personagem complementa o significado do verbo de
elocução: disse que...; pensou que...; desempenhando
b) narrador personagem: o autor conta encarnando-se a função de objeto direto ou indireto), introduzida por
numa personagem, principal ou secundária. Usa a primeira uma conjunção integrante (que, se).
pessoa.

Observe o exemplo:
4) AMBIENTE
O detento disse que (ele) não confiava mais na Justiça.
É o meio físico e social onde se desenvolve a ação das Logo depois, perguntou ao delegado se (ele) iria prendê-lo.
personagens. Trata-se do pano de fundo ou do cenário da
história. x indireto-livre: consiste na fusão entre narrador e per-
sonagem, isto é, a fala da personagem insere-se no
discurso do narrador, sem o emprego dos verbos de
5) TEMPO elocução (como dizer, afirmar, perguntar, responder,
pedir e exclamar).
É o elemento fortemente ligado ao enredo numa sequen-
cia linear ou retrospectiva, ao passado, presente e futuro,
com seus recuos e avanços. Pode ser cronológico (quando Observe o exemplo:
avança no sentido do relógio) ou psicológico (quando é medi-
do pela repercussão emocional, estética e psicológica nas Agora (Fabiano) queria entender-se com Sinhá Vitória a
personagens). respeito da educação dos pequenos. E eles estavam pergun-
tadores, insuportáveis. Fabiano dava-se bem com a ignorân-
cia. Tinha o direito de saber? tinha? Não tinha.
6) DISCURSO

É o procedimento do narrador ao reproduzir as falas ou o A ORDEM DA NARRATIVA


pensamento das personagens.
Entende-se por ordem o registro de um fato ou detalhe de
Há três tipos de discurso: cada vez.

x Discurso direto: caracterizado pela reprodução fiel Vejamos um exemplo:


da fala do personagem. As falas são reproduzidas
integralmente e, via de regra, introduzidas por tra- Chega a polícia.
vessão. Numa estrutura tradicional de discurso dire- E os invasores saem.
to, a fala do personagem é acompanhada por um A polícia se vai.
verbo de elocução (verbo que indica a fala do per- Os invasores voltam. (Jornal da Tarde)
sonagem: dizer, falar, responder, indagar, perguntar,
retrucar, afirmar, etc.), seguido de dois-pontos. Nesta pequena narrativa, que serve de título para uma
reportagem, o jornalista registrou fatos na ordem em que
Alguns autores modernos dispensam o emprego dos aconteceram, ou seja, em sequencia cronológica ou linear:
verbos de elocução em favor de um ritmo mais veloz começo, meio e fim.
da narrativa, assim como também os sinais de pon-
tuação que introduzem e delimitam as falas (dois- Muitas vezes, o autor pode fugir do convencional, alteran-
pontos, travessão, aspas, etc.). do essa linearidade. Isso ocorre com mais frequência no texto
literário, em que se trabalha artisticamente a língua com a
Observe o exemplo: finalidade de provocar emoções no leitor.

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Vejamos alguns exemplos: O texto a seguir é um trecho de “Alice no País das Maravi-
lhas” de Lewis Carrol, um exemplo de narrativa de ficção em
1) O narrador antecipa o final da narrativa: que podemos observar um universo imaginário.
“No dia em que o matariam, Santiago Nassar levantou-se
às 5h30 da manhã para esperar o navio em que chegava o
bispo.” (Gabriel Garcia Márquez) Alice no País das Maravilhas
Lewis Carrol
No primeiro parágrafo, o narrador já conta o que aconte-
ceu à personagem. Capítulo 1
Para baixo na toca do coelho
2) O narrador faz referência a um fato anterior, que o leitor
não conhece, procurando criar suspense. Leia a primeira
linha de um conto:
“Então a mosca voltou a atacar. Ninguém dava nada por
ela. Se no mundo dos insetos já seria presa fácil, o que dirá
na longa noite dos brontossauros.” (Chacal)

Fazendo referência a um fato que o leitor desconhece, o


narrador desperta a curiosidade de saber como e por que a
tal mosca atacava e voltou a atacar.

3) Antes de começar a contar a história propriamente dita, o Alice estava começando a ficar muito cansada de estar
narrador inicia o texto com uma fala da personagem, mos- sentada ao lado de sua irmã e não ter nada para fazer: uma
trando que ela está mesmo em desequilíbrio com o meio: vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia,
mas não havia figuras ou diálogos nele e “para que serve um
“– Que peixe é esse? Perguntou a moça com afetada livro”, pensou Alice, “sem figuras nem diálogos? ”
admiração. Foi na cidade de Curupuru, no Maranhão. A moça
nascera ali mesmo, crescera ali mesmo mas voltara semana Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era
passada de uma temporada de um ano, na capital do estado. possível naquele dia quente que a deixava sonolenta e estú-
Ela agora é moça de cidade, não conhece mais peixe, nem pida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais
bicho do mato, nem farinha de pau. Evoluiu. forte do que o esforço de ter de levantar e colher as margari-
“– Que peixe é esse? das, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-
Os homens e as mulheres não responderam nada. Olha- de-rosa passou correndo perto dela.
ram-se uns aos outros com ar de enfado.”(Ferreira Gullar)
Não havia nada de muito especial nisso, também Alice
não achou muito fora do normal ouvir o Coelho dizer para si
O CICLO NARRATIVO mesmo “Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado! ”
(quando ela pensou nisso depois, ocorreu-lhe que deveria ter
Nos textos essencialmente narrativos, predominam as achado estranho, mas na hora tudo parecia muito natural);
frases verbais, que indicam um processo, uma ação. mas, quando o Coelho tirou um relógio do bolso do colete, e
olhou para ele, apressando-se a seguir, Alice pôs-se em pé e
A narrativa tem como ponto de partida uma situação inici- lhe passou a ideia pela mente como um relâmpago, que ela
al, que se desenvolve numa para chegar a uma situação final, nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos
diferente da inicial: ainda com um relógio para tirar dele. Ardendo de curiosidade,
• situação inicial - o personagem está apresentado numa ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar
determinada situação temporal e espacial; para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca.
• desenvolvimento - apresenta-se o conflito, e a ação se de- No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar
senvolve até chegar ao clímax e, em seguida, a um desfecho; como faria para sair dali. A toca do coelho dava diretamente
• situação final - passado o conflito, o personagem é apresen- em um túnel, e então se aprofundava repentinamente. Tão
tado em uma nova situação – há claros indícios de transfor- repentinamente que Alice não teve um momento sequer para
mação, de mudança em relação ao início da narrativa. pensar antes de já se encontrar caindo no que parecia ser
bastante fundo.
(...)
NARRATIVA FICCIONAL

A palavra ficção vem do latim fictio, que deriva do verbo O TEXTO DESCRITIVO
fingere: modelar, criar, inventar. Quando identificamos uma
narrativa como ficcional, observamos nela uma realidade Leia este trecho descritivo de Guimarães Rosa:
criada, imaginária, não real.
“Sua casa ficava para trás da Serra do Mim, quase no
A narrativa ficcional é fruto da imaginação criadora. Sem- meio de um brejo de água limpa, lugar chamado o Temor de
pre mantendo pontos de contato com o real, recria a realida- Deus. O Pai, pequeno sitiante, lidava com vacas e arroz; a
de. Baseando-se nela ou dela se distanciando. Se os aconte- Mãe, urucuiana, nunca tirava o terço da mão, mesmo quando
cimentos narrados, se os personagens apresentados aproxi- matando galinhas ou passando descompostura em alguém. E
marem-se muito da realidade a ponto de nos confundir, fala- ela, menininha, por nome Maria, Nhinhinha dita, nascera já
mos que a narrativa é verossímil (semelhante à verdade), se muito para miúda, cabeçudota e com olhos enormes.”
os acontecimentos e personagens se mostrarem absurdos,
absolutamente improváveis, falamos que a narrativa é inve- Você observou que o trecho acima, apresenta caracterís-
rossímil (que não é semelhante à verdade). ticas de ambiente e de personagens. Essa caracterização é
obtida por meio da descrição.

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Descrever é detalhar uma cena, objeto, sentimento, per- a) Do particular para o geral
sonagens, destacando-lhe características peculiares, de
modo a passar ao leitor/ouvinte uma imagem o mais próxima Vejamos um exemplo:
possível daquela que temos em mente.
“A pele da garota era desse moreno enxuto e parelho das
Há duas maneiras básicas de descrever: objetiva ou sub- chinesas. Tinha uns olhos graúdos, lustrosos e negros como
jetivamente. os cabelos lisos, e um sorriso suave e limpo a animar-lhe o
rosto oval, de feições delicadas.” (Érico Veríssimo)
Na descrição objetiva, a realidade é retratada com a
maior fidelidade possível, não se emitindo qualquer opinião b) Do geral para o particular
ou julgamento. Leia, agora, as seguintes descrições objeti-
vas: Vejamos um exemplo:
“Os anticorpos são moléculas de proteínas que possuem
dois sítios específicos de combinação com os antígenos. “A rua estava de novo quase morta, janelas fechadas. A
Existem, em cada molécula de anticorpo, duas cadeias poli- valsa acabara o bis. Sem ninguém. Só o violinista estava ali,
peptídicas leves e duas cadeias pesadas, ligadas entre si por fumando, fumegando muito, olhando sem ver, totalmente
pontes de enxofre.” desamparado, sem nenhum sono, agarrado a não sei que
(Amabis e Martho) esperança de que alguém, uma garota linda, um fotógrafo,
um milionário disfarçado lhe pedisse pra tocar mais uma vez.”
“O apartamento que comprei tem três dormitórios – sendo
uma suíte –, uma sala em “L”, dois banheiros, cozinha, área
de serviço e dependências de empregada.” DESCRIÇÃO POÉTICA

Na descrição subjetiva, a realidade é retratada de acor- Na poesia, a descrição está marcada pela função fática,
do com o ponto de vista do emissor, que pode opinar e ex- apresentando imagens inusitadas que recriam seres e/ou
pressar seus sentimentos. Leia, agora, os seguintes trechos ambientes. Dificilmente encontraremos objetividade nas des-
descritivos: crições poéticas, pois, a poesia está marcada pelo subjeti-
“Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler vismo. Observe o exemplo:
as Memórias póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo
náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro Retrato
inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em
Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de uma viúva, Eu não tinha este rosto de hoje
senhora de condição mediana e parcos meios de vida, tão assim calmo, assim triste, assim magro,
acanhada, que os suspiros do namorado ficavam sem eco.” nem estes olhos tão vazios,
(Machado de Assis) nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
“O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com tão paradas e frias e mortas;
as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado! E eu não tinha este coração
bala é um pedaçozinho de metal ... sertão é onde o pensa- que nem se mostra.
mento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar.
Viver é muito perigoso.” Eu não dei por esta mudança,
(Guimarães Rosa) tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
CARACTERÍSTICAS DA DESCRIÇÃO
(Cecília Meireles - Obra poética.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.)
– caracteriza, por meio de imagens ou de palavras, seres e
lugares;
– emprega adjetivos, locuções adjetivas, verbos de estado e DESCRIÇÃO TÉCNICA
orações adjetivas;
– emprega geralmente verbos de estado, normalmente no Na descrição técnica procura-se transmitir a imagem do
presente e no imperfeito do indicativo; objeto através de uma linguagem técnica, com vocabulário
– estabelece comparações; preciso, normalmente ligado a uma área da ciência ou da
– faz referências às impressões sensitivas: cores, formas, tecnologia.
cheiros, gostos, impressões táteis, sons.
É o caso da descrição de peças e aparelhos, de experiên-
cias e fenômenos, do funcionamento de mecanismos, da
A ORDEM NA DESCRIÇÃO redação de manuais de instrução e artigos científicos.

A descrição é um verdadeiro “retrato” com palavras. Na


descrição literária, o escritor procura ordenar as frases de O TEXTO DISSERTATIVO
modo a obter um texto que prenda a atenção do leitor.
Leia este trecho de um texto dissertativo:
Os textos descritivos dificilmente aparecem isolados.
Geralmente, fazem parte de um texto maior, do tipo narrativo. “A fim de apreender a finalidade e o sentido da vida é
preciso amar a vida por ela mesma, inteiramente; mergulhar,
Há várias maneiras de montar a descrição, dependendo por assim dizer, no redemoinho da vida; somente então apre-
da posição (ponto de vista) do observador em relação àquilo ender-se-á o sentido da vida, compreender-se-á para que se
que está sendo observado. As principais são: vive. A vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo ho-

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mem, não necessita de teoria, quem apreende a prática da coincide com sua produção, tanto com o que produzem como
vida também assimila a sua teoria.” com o modo como produzem.
(Wilhelm Reich. A revolução sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974)
O que os indivíduos são, portanto, depende das condi-
O texto expõe um ponto de vista (a finalidade da vida ções materiais de sua produção.
é viver) sobre um assunto-tema (no caso, o sentido e a finali- (MARX, Karl. In: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria
dade da vida). Além de apresentar o ponto de vista do autor, Helena. Temas de filosofia. São Paulo, Moderna, 1992.)
o texto faz também a defesa desse ponto de vista: os por-
quês, os motivos que fundamentam a opinião de que a práti- A estrutura desse texto é bem definida: introdução (pri-
ca intensa de viver é que revela o sentido da vida; de que a meiro parágrafo), desenvolvimento (segundo parágrafo),
vida não precisa de teoria e que se identifica com o próprio conclusão (último parágrafo).
processo de viver intensamente.

À defesa do ponto de vista, à organização dos motivos A ORDEM NA DISSERTAÇÃO


que o justificam, à exposição dos fundamentos em que uma
posição está baseada, chamamos argumentação. Assim como na descrição podemos partir do geral para o
particular e vice-versa, a exposição de ideias na dissertação
Defender uma opinião com argumentos coerentes e ade- admite o mesmo caminho.
quados é o aspecto mais importante do texto dissertativo.
Além da argumentação articulada, a dissertação deve apre- Nesse caso, estaremos trabalhando com dois métodos
sentar também uma linguagem clara e uma estruturação básicos de raciocínio: a indução e a dedução.
lógica (com introdução, desenvolvimento e conclusão).
Chama-se indução ao raciocínio que se baseia na obser-
Dissertar é, através da organização de palavras, frases e vação e elementos conhecidos, concretos (o particular), para,
textos, apresentar ideias, desenvolver raciocínio, analisar por meio deles, chegar a uma conclusão ou a uma hipótese
contextos, dados e fatos. possível sobre uma determinada ideia ou fato (o geral).

Observe como o jornalista Gilberto Dimenstein escreveu a


A ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO respeito dos jovens brasileiros vítimas de assassinato.

A dissertação obedece à seguinte estrutura:


VIOLÊNCIA MATA MAIS ENTRE OS JOVENS
– Introdução
De cada 10 jovens brasileiros entre 15 e 18 anos mortos
É a parte na qual se apresenta a ideia central do texto e o no ano de 1993, 6 deles foram assassinados. A pesquisa
enfoque que se pretende abordar. revela que, atualmente, o homicídio está em primeiro lugar
entre as causas da morte a juventude. A pesquisa foi feita
– Desenvolvimento pelo CBIA (Centro Brasileiro para Infância e Adolescência),
órgão vinculado ao Ministério do Bem-Estar Social.
O desenvolvimento da dissertação apresenta os diferen-
tes aspectos da ideia exposta na introdução. Além disso, é Apesar da fragilidade estatística e o aumento da consci-
nessa parte que será feita a fundamentação da ideia que se ência dos governantes sobre a situação da infância, os índi-
pretende discutir, através de exemplos, argumentos, dados ces de violência continuam crescendo.
estatísticos, fatos históricos, causas e consequências etc. (Folha de São Paulo, 26 jun 1994. Caderno Especial: Brasil 95)

– Conclusão Particular: dados da pesquisa feita pelo CBIA.

É a retomada da ideia apresentada na introdução, só que Geral: os índices de violência continuam aumentando apesar
enriquecida pela fundamentação dada no desenvolvimento. A do aumento da consciência dos governantes sobre o proble-
conclusão sintetiza a ideia central do texto e pode acrescen- ma.
tar sugestões, ampliando a discussão do tema.
O tipo de raciocínio conhecido como dedução segue o
Veja como está estruturado o texto que segue: caminho inverso ao da indução. Portanto, no raciocínio dedu-
tivo partimos do geral para o particular, do desconhecido para
Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciên- o conhecido. Obedecemos, geralmente, aos seguintes pas-
cia, pela religião ou por tudo que se queira. Mas eles próprios sos:
começam a se diferenciar dos animais tão logo começam a
produzir seus meios de vida, passo este que é condicionado 1) formulamos uma hipótese abstrata, de caráter geral;
por sua organização temporal. Produzindo seus meios de 2) fazemos uma relação de fatos e provas (elementos concre-
vida, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida tos, conhecidos, observáveis): o particular;
material. 3) podemos ou não colocar uma conclusão que confirme a
O modo pelo qual os homens produzem seus meios de hipótese geral.
vida depende, antes de tudo, da natureza dos meios de vidas Observe como a autora organizou o texto dedutivamente:
já encontrados e que têm de reproduzir. Não se deve consi-
derar tal modo de produção de um único ponto de vista, a As expectativas num namoro são, na maioria das vezes,
saber: a reprodução da existência física dos indivíduos. Tra- muito diferentes para meninos e meninas. (hipótese geral)
ta-se, muito mais, de uma determinada forma de atividade
dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, Enquanto a maioria dos rapazes está doida para beijar,
determinado modo de vida dos mesmos. Tal como os indiví- tocar a menina e ter o máximo de intimidade sexual que pu-
duos manifestam sua vida, assim são eles. O que eles são der, ela geralmente está interessada em sair com ele, namo-

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Língua Portuguesa
rá-lo, apreciar sua companhia. (fatos particulares que exem- RECONHECIMENTO DA ESTRUTURA
plificam a hipótese geral)
(SUPLICY, Marta. Sexo para adolescentes. FTD, 1988. p. 82) Para continuar trabalhando a estrutura e organização do
texto, vamos exercitar a leitura com o objetivo de identificar o
A ENUMERAÇÃO PARA ORGANIZAR O TEXTO modo como ele foi ordenado.

Leia o texto seguinte: Não se trata de entender o conteúdo, mas reconhecer a


PRAZERES estrutura, a arquitetação do texto. O que podemos perceber a
respeito da estrutura do texto abaixo?
O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro de novo encontrado O amor é finalmente
Rostos animados um embaraço de pernas,
Neve, o mudar das estações uma união de barrigas,
O jornal um breve tremor de artérias.
O cão Uma confusão de bocas,
A dialética uma batalha de veias,
Tomar ducha, nadar um reboliço de ancas,
Velha música quem diz outra coisa é besta.
Sapatos cômodos (Gregório de Matos. Poemas escolhidos. São Paulo, Cultrix)
Compreender
Música nova O texto apresenta uma enumeração de definições de
Escrever, plantar amor. Cada uma destas definições está organizada de modo
Viajar, cantar a apresentar uma parte do corpo. No final, um comentário
Ser amável jocoso encerra a sequencia.
(Bertolt Brecht. Poemas e canções. Coimbra, 1975)
EXERCÍCIOS
Como foi organizado esse poema? Qual a sequencia de
ideias? Observe que o texto não buscou desenvolver o con- 1) Observe:
ceito de felicidade, mas apresenta os elementos capazes de
representar a felicidade. “Seriam onze horas da manhã.

Pela enumeração de acontecimentos, objetos, pessoas, O Campos, segundo o costume, acabava de descer do
sensações, sentimentos, atividades, o autor diz o que é felici- almoço e, a pena atrás da orelha, o lenço por dentro do cola-
dade. rinho, dispunha-se a prosseguir no trabalho interrompido
pouco antes. Entrou no seu escritório e foi sentar-se à secre-
A enumeração é uma técnica das mais ricas para escre- tária.”
ver livremente e constitui um dos importantes recursos utili- (Aluísio Azevedo)
zados na literatura, principalmente na poesia moderna. No
texto enumerativo empregam-se elementos que dificilmente O texto acima possui predominância:
aparecem em redações tradicionais: “tomar ducha”, “sapatos
cômodos”, por exemplo. A enumeração é uma forma concreta a) narrativa
de escrever: consiste em listar coisas, fatos, lembranças, b) descritiva
emoções, desejos, sensações de nossa vida, do dia-a-dia, da c) dissertativa
nossa história. Observe outro texto em que se emprega o
processo de enumeração: 2) Leia o texto a seguir:

OS DOIS LADOS “Depois que terminei um curso de técnicas de emergência


médica, eu estava ansiosa para colocar à prova minhas no-
Deste lado tem meu corpo vas aptidões. Um dia, quando ia numa autoestrada, vi um
tem o sonho homem deitado no chão ao lado de um carro. Parei imedia-
tem minha namorada na janela tamente, peguei meu estojo de primeiros socorros e corri
tem as ruas gritando de luzes e movimentos para ele.
tem meu amor tão lento
tem o mundo batendo na minha memória – Sou perita em emergências – disse eu a ele.
tem o caminho pro trabalho. – O senhor precisa de ajuda?

Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida tem – E preciso mesmo – respondeu o homem.
pensamentos sérios me esperando na sala de visitas
tem minha noiva definitiva me esperando com flores na – Você sabe trocar pneu?”
mão, (In revista Seleções do Reader’s Digest, nº 274.
tem a morte, as colunas da ordem e da desordem. Rio de Janeiro, março de 1994)
(Murilo Mendes. Poesia completa e prosa, Nova Aguilar, 1994) O texto apresentado possui:
Esse poema é uma espécie de autorretrato, que enumera
elementos de dois lados diferentes da personalidade e da a) narrador-observador
vida do eu lírico. b) narrador-personagem

Perceba que o texto foi organizado pelo processo de


enumeração. Primeiro temos os elementos de um lado e, 3) Em qual elemento básico da narração é possível obter
depois, os elementos do outro. uma sequencia linear ou retrospectiva ao passado, presente
e futuro?

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Língua Portuguesa
a) enredo b) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda.
b) personagem Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.
c) ambiente Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, peque-
d) tempo nas surpresas entre os cipós.
Todo o jardim triturado pelos instantes já mais apressados da
tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodea-
4) Indique a alternativa que possui o discurso indireto-livre: da?
Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho,
a) “Quando me viu, Pedrinho me chamou de lado e perguntou suave demais, grande demais.”
se era verdade que eu sabia fazer milagres.” (Clarisse Lispector, Laços de Família)
(Fernando Sabino)
c) “Sempre fomos explorados. Somos oprimidos, mas não
b) “– Não quero discutir com a senhora. Mas também não vencidos. Lutamos, pelo elementar direito de a classe traba-
quero ver meu filho duvidando do próprio pai.” lhadora participar da vida política, social e econômica de sua
(Luís F. Veríssimo) pátria. Inútil tentar nos calar, nos deter, nos abater. Somos
multidão. Estamos nas cidades e nos campos. Renascemos
c) “Ela se referia a uma misteriosa casa na Avenida João em nossos filhos. Sabemos que, no futuro, estará em nossas
Pinheiro, onde sabíamos que não morava ninguém havia mãos a riqueza que agora produzimos.” (Panfleto de um Sindi-
anos. (...) Íamos sempre olhá-la durante o dia, fascinados: cato, maio de 1981)
que haveria lá dentro? Não seria de espantar se de noite os
fantasmas se reunissem ali para celebrar o fato de já have- d) “Na baixada, mato e campo eram concolores. No alto da
rem morrido.” colina, onde a luz andava à roda, debaixo do angelim verde,
(Fernando Sabino) de vagens verdes, um boi branco, de cauda branca. E, ao
longe, nas prateleiras dos morros cavalgam-se três qualida-
d) “– Que é que tem trazer uma flor para casa? des de azul.” (Guimarães Rosa, Sagarana)
– Veio do oculista e trouxe uma rosa. Acha direito?
– Por que não?”
(Carlos Drummond de Andrade) 8) Que tipo de descrição Garfield faz na tira a seguir?

5) O texto a seguir apresenta:

“Era de estatura regular, tinha as costas arqueadas e os


ombros levemente contraídos, braços moles, cintura pouco
abaixo dos seios, desenhando muito a barriga. Quando an-
dava, principalmente em ocasiões de cerimônia, sacudia o
corpo na cadência dos passos e bamboleava a cabeça com
um movimento que afetava languidez. Muito pálida, olhos
grandes e bonitos, repuxados para os cantos exteriores, em
um feitio acentuado de folhas de roseira; lábios descorados e
cheios, mas graciosos. Nunca se despregava das lunetas, e a (Davis, Jim. Garfield em casa. Rio de Janeiro, Cedibra)
forte miopia dava-lhe aos olhos uma expressão úmida de
choro.” a) descrição subjetiva
(Aluísio Azevedo) b) descrição objetiva

a) narração RESPOSTAS
b) descrição subjetiva 1-A 2-B 3- D 4- C 5- B 6- D 7- C 8- A
c) dissertação
d) descrição objetiva
LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO-VERBAL

6) Assinale a alternativa incorreta quanto à dissertação: Linguagem é a representação do pensamento por meio
de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as
a) formular uma hipótese abstrata, de caráter geral; pessoas.
b) fazer uma relação de fatos e provas;
c) colocar ou não uma conclusão que confirme a hipótese As palavras, os gestos, o desenho, a escrita, a mímica, as
geral; notas musicais, o código Morse e o de trânsito, a pintura, a
d) detalhar cenas, objetos, sentimentos, personagens, desta- dança, a arquitetura, a escultura, tudo isso é linguagem. As
cando suas características peculiares. várias linguagens podem ser organizadas em dois grupos: a
7) Temos uma dissertação na alternativa: linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens
não verbais.
a) “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas
manchas verdes. (...) A linguagem verbal é aquela que tem por unidade a
A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado palavra; as linguagens não verbais têm outros tipos de
de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos unidade, como os gestos, o movimento, a imagem, etc. Há,
urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.” ainda, as linguagens mistas, como por exemplo, as histórias
(Graciliano Ramos, Vidas Secas) em quadrinhos, que normalmente utilizam a imagem e a
palavra.

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Língua Portuguesa
Que tipo de linguagem veicula com maior rapidez uma
informação? 3. ORTOGRAFIA OFICIAL

Veja estes símbolos abaixo:


Ortografia (palavra formada por dois elementos gregos:
“orthós”, correta, e “grafia”, escrita) é a parte da gramática
que se preocupa com o emprego correto de letras e palavras
na língua escrita.

Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”. Você já deve ter notado que os erros ortográficos apare-
cem com frequência no nosso dia a dia, nos mais diversos
segmentos da sociedade: campanhas publicitárias, placas
comerciais, propagandas políticas e até mesmo em jornais e
revistas. E por que isso acontece, se a língua que falamos é
uma só? É simples. Infelizmente, na língua portuguesa, como
em outras línguas, não há a correspondência exata entre
fonema (língua oral) e letra (língua escrita). O ideal seria que
Imagem indicativa de “silêncio”.
cada som correspondesse a uma única letra e vice-versa.

Observe o poema de Oswald de Andrade:

Vício na fala
Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”,
atrás “quebra-molas”. Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
A linguagem verbal é a mais eficaz, porque transmite a Para pior pió
informação de forma mais objetiva e completa. A linguagem Para telha dizem teia
visual, entretanto, é a mais econômica, porque veicula a Para telhado dizem teiado
informação com maior rapidez. E vão fazendo telhados
(Oswald de Andrade. Poesias reunidas.
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1971)
EXERCÍCIOS
Nesse poema, Oswald de Andrade mostra a diferença
1 – Qual linguagem foi utilizada na figura abaixo? entre língua falada e língua escrita e a dificuldade que pode
haver entre elas.

Falar e escrever bem a língua portuguesa exige, de quem


a estuda, muito cuidado com o uso das letras e dos sons.
a) verbal
b) não-verbal Para isso, devemos recorrer à ortografia e seguir suas
orientações a fim de que possamos eliminar dúvidas e princi-
palmente erros.
2 – Qual linguagem foi utilizada na tira de Maurício de
Sousa? Este sistema, que se deve à iniciativa da Academia Brasi-
leira de Letras, tem as seguintes características:

1ª) É simplificado. Reduziu, por exemplo, consoantes do-


bradas ou insonoras: ofício, em vez de officio, atento, por
attento, salmo, em vez de psalmo; aboliu os símbolos gregos:
farmácia, em lugar de pharmacia, química, em vez de chimi-
ca, teatro, rinoceronte, mártir, em vez de theatro, rhinoceron-
te, martyr, etc.

2ª) É científico, pois baseia-se na etimologia e segue rígido

perr
(Maurício de Sousa)
a) verbal
3ª) É sistemático no uso dos acentos gráficos. Por exemplo:
b) não-verbal
herói, aquela lembrança dói, etc.

Segundo o acordo dos países que possuem o português


RESPOSTAS como idioma oficial, no Brasil a partir de 2009 passou a valer
1-B 2-A as novas regras ortográficas.

O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras orto-


gráficas da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social
da língua no cenário internacional.

– 10 –
Língua Portuguesa
Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâme- FONEMA / chê /
tros: 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 –
adaptação completa dos livros didáticos às novas regras; e a Pode ser representado por x ou ch.
partir de 2013 – vigência em todo o território nacional. Exemplos: caixa, enxugar, chuva, chinelo

Ainda que o Brasil tenha adiado para 2016 o prazo para FONEMA / sê /
validação das regras da nova ortografia, o acordo já é uma
realidade legal e cultural em todos os países falantes de Pode ser representado por cçs, ss, x, sc, xc.
língua portuguesa - exceto em Angola, que deve ratificá-lo Exemplos: obedecer, cigarro, poço, carroça, secar, ensino,
em breve. A proposta, contudo, ainda divide opiniões entre os pressa, esse, máximo, próximo, piscina, nascer, exceção,
linguistas. excelente

Cabe lembrar que esse “Novo Acordo Ortográfico” já se FONEMA / zê /


encontrava assinado desde 1990 por oito países que falam a
língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que Pode ser representado por x, s, z
teve sua implementação. Exemplos: exemplo, exigente, casa, vaso, zinco, bazar

É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a lín- FONEMA / jê / antes de e ou i
gua, já que uma língua não existe apenas em função de sua
ortografia. Pode ser representado por j, g
Exemplos: berinjela, jiló, gelo, gigante

FONEMAS NÃO SÃO LETRAS Uma mesma letra pode ter sons diferentes, ou seja, re-
presentar diferentes fonemas.
Segundo Evanildo Bechara em seu livro Moderna Gramá-
tica Portuguesa: “desde logo uma distinção se impõe: não se LETRA S
há de confundir fonema com letra. Fonema é uma realidade
acústica, realidade que nosso ouvido registra: enquanto letra Pode ser representado por / sê / , / zê /
é o sinal empregado para representar na escrita o sistema Exemplos: sapato, sino, casaco, presente
sonoro de uma língua.
LETRA X
Não há uma identidade perfeita, muitas vezes, entre os
fonemas e a maneira de representá-los na escrita, o que nos Pode ser representado por / ks /, / chê /, / zê /, / sê /
leva facilmente a perceber a impossibilidade de uma ortogra- Exemplos: tóxico, sexo, apaixonar, xadrez, êxito, examinar,
fia ideal. Temos sete vogais orais tônicas, mas apenas cinco auxílio, próximo
símbolos gráficos (letras).

Quando queremos distinguir um e tônico aberto de um e ALFABETO


tônico fechado – pois são dois fonemas distintos – geralmen-
te utilizamos sinais subsidiários: o acento agudo (fé) ou o Finalmente, deu-se um basta na indiferença! Os estran-
circunflexo (vê). Há letras que se escrevem por várias razões, geiros K, W e Y são oficializados cidadãos brasileiros através
mas que não se pronunciam, e portanto não representam a de nossa língua!
vestimenta gráfica do fonema; é o caso do h, em homem ou
oh! Agora nosso alfabeto passa a ser composto de 26 letras,
admitindo de vez as letra K, W e Y que, normalmente, já
Por outro lado, há fonemas que se ouvem e que não se eram usadas em nomes estrangeiros ou em símbolos de
acham registrados na escrita; assim no final de cantavam, medidas. Exemplos: Karen, Wilson, Hygor, Km, Kg, Watt.
ouvimos um ditongo em –am cuja semivogal não vem assina-
lada /amávãw/. A escrita, graças ao seu convencionalismo São elas:
tradicional, nem sempre espelha a evolução fonética.”
a (á), b (bê), c (cê), d (dê), e (é), f (efê), g (gê), h (agá), i (i), j
(jota), k (ká), l (ele), m (eme), n (ene), o (o), p (pê), q (quê), r
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS FONEMAS (erre), s (esse), t (tê), u (u), v (vê), w (dáblio), x (xis), y (ípsi-
lon), z (zê).
Quando você pronuncia, por exemplo, a palavra “casa”,
cada som da fala é chamado de fonema. Temos, portanto, Além dessas letras, empregamos o ç (cê cedilhado), que
quatro fonemas, /c/ /a/ /s/ /a/. As representações gráficas representa o fonema /s/ diante de a, o ou u em determinadas
desses fonemas são chamadas letras ou grafemas. Temos, palavras. Empregamos também, os seguintes dígrafos: rr
portanto, quatro letras, c - a - s - a. (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), gu (guê-u), qu
(quê-u).
Conforme mencionamos, a relação entre os fonemas e as
letras não é de correspondência exata e permanente, pode NOTAÇÕES LÉXICAS
ocorrer de uma palavra apresentar números de letras e fo-
nemas diferentes. Veja, por exemplo, a palavra “guerra”, Muitas vezes, as letras não são suficientes para represen-
possui 6 letras e 4 fonemas (/gu/ /e/ /rr/ /a/); enquanto que tar os fonemas, há necessidade de recorrer a sinais gráficos
“táxi” possui 4 letras e 5 fonemas (/t/ /á/ /k/ /s/ /i/). denominados notações léxicas. As principais notações léxi-
cas são:
Um mesmo fonema, também pode ser representado por 1) Acento agudo ( ' ) - indica o som aberto das vogais (é e ó)
diferentes letras. Veja alguns exemplos: ou destaca a sílaba tônica da palavra.
Exemplos: máximo, médico, sílaba, vovó, açúcar.

– 11 –
Língua Portuguesa
2) Acento circunflexo ( ^ ) - indica o som fechado das vo- 5) Prefixo co (m)
gais (ê e ô) ou destaca a sílaba tônica sobre as vogais a, e, o.
Exemplos: trânsito, você, robô. O Novo Acordo Ortográfico determina que esse prefixo se
separe por hífen apenas dos termos iniciados por "h"; com os
3) Acento grave ( ` ) - indica a fusão de dois as (a + a) de- demais, une-se por justaposição. Consequentemente, pas-
nominada crase. Exemplos: samos a escrever "coautor", "coedição", "coprodução", "copi-
Vou a a feira. → Vou à feira. loto", "corréu", "corresponsável", "cogestor", "cosseno" etc..
Assisti a aquele filme. → Assisti àquele filme.
6) Prefixos terminados em r
4) Til ( ~ ) - indica a nasalização de vogais (a e o).
Exemplos: irmã, limões. O uso do hífen permanece nos compostos em que os
prefixos super, hiper, inter aparecem combinados com ele-
5) Cedilha ( ¸ ) - é usada no c ( ç ) antes de a, o, u, para mentos também iniciados por r ou pela letra h: super-
indicar o som do fonema / sê /. resistente, hiper-realista, inter-racial, super-homem, super-
Exemplos: cabeça, poço, açude. herói.

6) Trema ( ̈ ) - sinal usado para indicar que o u dos grupos gu Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: internacio-
e qu devem ser pronunciados, foi abolido em palavras portu- nal, hipersensível, supercílio.
guesas ou aportuguesadas. Por exemplo, a palavra cinqüen-
ta que era escrita com trema, pela nova regra é cinquenta. 7) Prefixo ad
O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus
derivados. Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é inicia-
Exemplos: Müller – mülleriano / Hübner – hübneriano. do por d, h ou r: ad-digital, ad-renal, ad-rogar.

7) Apóstrofo ( ̕ ) - é usado para indicar que uma letra foi Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: adjacente,
retirada. adjunto, adjudicação.
Exemplos: copo d'água, galinha-d'angola.
8) Prefixo circum e pan

HÍFEN Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa


por vogal, m ou n: circum-ambiente, circum-murado,
O hífen (-) é empregado em palavras compostas (guarda- circum-navegação, pan-americano.
chuva), na união do pronome ao verbo (amo-te), na separa-
ção de sílabas (pi- tan- ga) e na separação de sílaba no final Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: cir-
de linha. cunvizinhança, circunferência, circunscrever.

No Acordo Ortográfico, o hífen foi o que mais sofreu alte- 9) Prefixo mal
rações.
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa
USO DO HÍFEN com vogal, l ou h: mal-estar, mal-limpo, mal-humorado.

1) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogais Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: mal-
criado, maldizer, malparado.
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa 10) Prefixo bem
por vogal igual ou por h: anti-inflamatório, arqui-inimigo, mi-
cro-ondas, micro-ônibus, anti-higiênico. O hífen desaparece nas palavras citadas no Acordo Orto-
gráfico e nas suas correlatas: benfazer, benfeito, benquerer,
2) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segun- benquerido.
do elemento começa por vogal diferente
11) Prefixo re-
Não se emprega o hífen: autoajuda, extraescolar, infraes-
trutura, semiaberto, ultraelevado. Permanece a aglutinação com o segundo elemento,
mesmo quando este começar por o ou e: reabastecer, rees-
3) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segun- crever, recarregar, reorganizar.
do elemento começa por s ou r
12) Compostos que perderam a noção de composição
Não se emprega o hífen, devendo duplicar as consoantes
r ou s: autorretrato, antissocial, contrarregra, ultrassom, antir- Não se emprega o hífen: mandachuva, paraquedas,
rugas. paraquedista.

4) Prefixos terminados em b O uso do hífen permanece nas palavras compostas que


não contêm um elemento de ligação, mantendo um acento
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é inicia- próprio, bem como aquelas que designam espécies botânicas
do por b, h ou r: sub-bloco, sub-humano, ab-reação. e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, guarda-
chuva, segunda-feira, couve-flor, mal-me-quer, formiga-
O hífen não deve ser usado nos outros casos: obstar, branca, etc.
subescrever, subalterno.

– 12 –
Língua Portuguesa
13) O uso do hífen permanece EMPREGO DAS LETRAS MAIÚSCULAS

• nos compostos com os prefixos ex-, vice-, soto-: ex-marido, Emprega-se letra inicial maiúscula:
vice-presidente, soto-pôr.
1) No início de frase: Era uma vez uma linda princesa . . .
• nos compostos com os prefixos tônicos acentuados pré-,
pró- e pós- quando o segundo elemento tem vida própria na 2) Nos substantivos próprios de qualquer espécie, inclusive
língua: pré-molar, pró-labore, pós-eleitoral. apelidos e nomes de animais: João, Maria, Brasil, Portugal,
Deus, Zeca, Lulu, etc.
• nos compostos terminados por sufixos de origem tupi- 3) Nos nomes de épocas históricas, datas e fatos importan-
guarani que representam formas adjetivas, como -açu, - tes: Idade Média, Modernismo, Proclamação da República,
guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal Natal, Dia das Mães, etc.
acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a dis-
tinção gráfica entre ambos: jacaré-açu, amoré-guaçu, paraná- 4) Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Ipiranga,
mirim. Largo São Francisco, Praça da Sé.
• nos topônimos iniciados pelos adjetivos grão e grã ou por 5) Nos nomes que designam altos conceitos políticos e religi-
forma verbal ou por elementos que incluam artigo: grão-de- osos: Estado, Nação, Pátria, Igreja.
bico, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos.
6) Nos nomes de repartições, edifícios ou corporações públi-
• nos compostos com os elementos além, aquém, recém e cas e particulares: Banco do Brasil, Governo Estadual, Minis-
sem: além-túmulo, aquém-oceano, recém-nascido, sem-teto. tério do Trabalho, etc.
14) Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo 7) Nos títulos de livros, jornais, revistas: Os Lusíadas, Folha
(substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, de São Paulo, Veja, etc.
prepositivas ou conjuntivas): cão de guarda, fim de semana,
café com leite, pão de mel, à vontade, a fim de que. 8) Nos pronomes de tratamento: Vossa Majestade, Meritíssi-
mo, Vossa Excelência, etc.
Com exceção de algumas locuções já consagradas pelo
uso: água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia, à queima- 9) Nos nomes comuns, quando usados para personificar:
roupa, etc. Amor, Ódio, Lobo, Morte, etc.

10) Nos nomes que designam artes, ciências, ou disciplinas:


EXERCÍCIOS Arquitetura, Engenharia, Português, etc.

11) Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regi-


1) Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do ões: Os povos do Norte.
hífen:
12) Nas fórmulas respeitosas empregadas em carta: meu
a) Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou caro Amigo, minha querida Mãe, etc.
falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por vogal igual ou por h.
b) Não se emprega o hífen nos prefixos e falsos prefixos Observações:
terminados em vogal e o segundo elemento começado por
vogal diferente. • Em regra geral, usamos a letra maiúscula no começo da
c) O uso do hífen permanece nos compostos em que os pre- frase. Entretanto, na poesia, alguns escritores usam letra
fixos super, hiper, inter aparecem combinados com elemen- inicial minúscula no início de todos os versos com a finalidade
tos também iniciados por r ou pela letra h. de deixá-los soltos para que o leitor leia o poema a seu mo-
d) Emprega-se o hífen com o prefixo re-. do.
2) Assinale a alternativa incorreta: • Os nomes dos meses devem ser escritos com inicial minús-
cula. Assim: janeiro, fevereiro, março, abril, etc.
a) micro-ondas
b) contra-regra
c) anti-inflamatório ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS
d) circum-navegação
A melhor solução, quando se tem dúvida sobre a grafia de
3) Assinale a alternativa em que se deve usar o hífen: uma palavra, é consultar um dicionário. Abaixo, apresenta-
mos alguns problemas que podem surgir no momento de
a) contrarregra escrever.
b) antirrugas
c) interrelação
d) autorretrato 1) Emprego da letra h

É uma letra que não é pronunciada, não representa fone-


ma. Assim, lemos: (h)abitação, (h)oras, (h)oje, etc.
RESPOSTAS A letra h é empregada:
1-D 2-B 3-C

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Língua Portuguesa
• no início de palavras, por razão etimológica: humano, hélice, • Escrevem-se com a letra o: abolição, bobina, bússola,
homem , hidrogênio, hoje, etc. caos, coelho, capoeira, caçoar, cochicho, engolir, focinho,
• no interior das palavras, como parte integrante dos dígrafos goela, moela, polir, poleiro, polenta, toalha, zoada.
ch, lh, nh: chave, malha, pinheiro, etc. • Escrevem-se com a letra u: acudir, bueiro, bulir, cueiro,
• no meio das palavras compostas, depois de hífen: pré- curtume, cuspir, cutia, entupir, escapulir, fêmur, íngua, jabuti,
histórico, super-homem, anti-hemorrágico. jabuticaba, régua, tábua, tabuada, tabuleiro, usufruto.

Observação: nos compostos sem hífen, o h é eliminado: Veja algumas palavras parônimas em o e u:
desonesto, desumano, desidratar.
assoar = limpar o nariz
• no final de algumas interjeições: Ah!, Argh!, Oh! assuar = vaiar
• no nome do estado brasileiro Bahia. Já em seus derivados o
h é retirado. Assim: baiano, baião, baianada. comprimento = extensão
• quando os derivados das palavras inverno e erva tiverem a cumprimento = saudação
letra b, serão sempre iniciados com h. Assim:
soar = produzir som
inverno – hibernação erva – herbívoro suar = transpirar

2) Emprego das letras e e i 4) Emprego de ou, u e l

A letra e pode ser confundida, na língua oral, com a letra • Escrevem-se com ou: couro (pele de animal – não confun-
i, portanto siga as seguintes orientações. da com coro, grupo de vozes), bebedouro, cenoura, estou-
rar, dourado, lousa, louro, roubar, tesoura, vassoura.
Grafam-se com a letra e:
• A letra l, em final de sílaba, em muitas regiões do Brasil, soa
• palavras com o prefixo ante- (que indica anterioridade): como u, gerando dificuldades gráficas.
anteontem, antebraço, antediluviano.
Para eliminar as dúvidas, compare com palavras mais
• algumas formas dos verbos com infinitivos terminados em - conhecidas da mesma família:
oar e -uar: abençoe (abençoar), perdoe (perdoar), continue
(continuar), efetue (efe-tuar). alto-falante / altura
radical / radicalizar
• as palavras: periquito, umedecer, confete, empecilho, cade- automóvel / autodefesa
ado, paletó, disenteria, seringa, mexerico, quase, campeão, caudaloso / cauda
geada, creolina, apear.
Abaixo, relacionamos algumas palavras com l e u:
Grafam-se com a letra i:

• palavras com o prefixo anti- (que indica ação contrária): L U


antiácido, anticristão, antiestético. cálculo mingau
lastimável audácia
• algumas formas dos verbos com infinitivos terminados em - pernalta aura
air, -oer e -uir: cai (cair), sai (sair), dói (doer), mói (moer), resolveu berimbau
possui (possuir), atribui (atribuir). febril auditório
teatral sumiu
• as palavras: pátio, crânio, privilégio, pontiagudo, esquisito, soltou eucaristia
feminino, pinicar, perônio, réstia, inigualável, digladiar, júri,
ridículo, úmido.
5) Emprego das letras g e j
Algumas palavras apresentam semelhança na pronúncia
e na escrita. São chamadas de parônimas. Veja alguns pa- Escrevem-se com g:
rônimos em e e i:
• os substantivos terminados em -agem, -igem, - ugem:
arrear = pôr arreios aragem, contagem; origem, vertigem; ferrugem, rabugem.
arriar = abaixar Exceções: pajem e lambujem

deferimento = aprovação • as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:


diferimento = adiamento contágio, estágio; colégio, egrégio; litígio, prestígio; necroló-
gio, relógio; refúgio, subterfúgio.
descriminar = inocentar
discriminar = distinguir • as palavras derivadas de outras já grafadas com g: faringite
(de faringe), ferrugento (de ferrugem), engessar (de gesso),
peão = trabalhador rural massagista (de massagem).
pião = espécie de brinquedo
• as palavras: agenda, algema, agiota, argila, auge, bege,
3) Emprego das letras o e u bugiganga, cogitar, fugir, gengiva, gengibre, gíria, herege,
ligeiro, megera, monge, rígido, sargento, sugestão, tigela,
Geralmente, na língua oral, a letra o confunde-se com a viagem (substantivo).
letra u. Porém, na escrita, deve-se ter o cuidado de não con-
fundi-las, pois podem produzir significados diferentes. Escrevem-se com j:

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Língua Portuguesa
• as palavras de origem árabe, tupi-guarani ou africana: alfan- 7) Emprego das letras c, ç, s, x e os dígrafos sc, sç, ss, sx
je, alforje, jê, jiboia, canjica, manjericão, caçanje, mujique. e xc com o fonema / s /
• as formas dos verbos terminados em -jar ou -jear: arranje Observe os seguintes procedimentos na representação
(arranjar), viajem (viajar), suje (sujar), gorjeio (gorjear). gráfica desse fonema.

• as palavras derivadas de outras já grafadas com j: gorjeta • Usa-se c antes de e e i: cebola, cédula, cear, célula, cento-
(de gorja), lisonjeiro (de lisonja), sarjeta (de sarja), enrijecer peia, alicerce, cacique, penicilina, cigarro, cipó, circo, ciúme.
(de rijo), varejista (de varejo).
• Usa-se ç antes de a, o, u: alça, vidraça, aço, almoço, açú-
• as palavras: ajeitar, berinjela, cafajeste, jeito, jiló, granja, car, açude.
jejum, jerimum, laje, majestade, objeção, ojeriza, traje, trejei-
to. • Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana, usa-se c e
ç: açaí, araçá, caiçara, caçula, criciúma, Iguaçu, miçanga,
6) Emprego das letras x ou ch paçoca, Paraguaçu.

Escrevem-se com x: • Depois de ditongos, grafam-se c e ç: beiço, coice, feição,


foice, louça, refeição, traição.
• palavras de origem indígena ou africana: abacaxi, caxambu,
xavante, capixaba, pixaim. • A correlação gráfica entre ter e tenção em nomes formados
a partir de verbos: abster, abstenção; ater, atenção; conter,
• palavras aportuguesadas do inglês: xampu (de shampoo), contenção; deter, detenção; reter, retenção.
xerife (de sheriff).
• A correlação gráfica entre nd e ns na formação de substan-
• depois de ditongo, em certas palavras: ameixa, abaixo, tivos a partir de verbos: pretender, pretensão; expandir,
caixa, frouxo, feixe, paixão, rouxinol. expansão, expansivo; tender, tensão, tenso; suspender,
suspensão.
• depois da sílaba inicial en-: enxame, enxada, enxaqueca,
enxugar, enxadrista, enxofre, enxurrada. • Escrevem-se com s as palavras: aversão, cansaço, conse-
lho (aviso), consenso, descanso, misto, pensão, pulseira,
Exceções: encher, encharcar e seus derivados, enchova, senso (juízo), valsa, esplendor, espontâneo.
enchiqueirar, enchouriçar, enchumaçar.

• depois da sílaba inicial me-: mexer, mexilhão, mexicano, • Em algumas palavras, o fonema / s / é representado pela
mexerica. Exceções: mecha e seus derivados. letra x: auxílio, contexto, expectativa, experiência, expor,
extravagante, sexta, têxtil, texto, trouxe.
• as palavras: almoxarife, bexiga, bruxa, baixela, caxumba,
engraxate, faxina, laxativo, maxixe, puxar, relaxar, rixa, roxo, • Por razões etimológicas usam-se sc e xc entre vogais:
vexame, xícara, xingar. ascender, crescer, efervescente, discernir, exceto, excesso,
excêntrico, exceder, excitar.
Escrevem-se com ch:
• Escrevem-se com sç as palavras: cresço, cresça, desço,
• palavras de origem latina, francesa, espanhola, alemã e desça, nasço, nasça.
inglesa: chave, chuva; chalé, chapéu; apetrecho, mochila;
chope, charuto; cheque, sanduíche. • Nos substantivos derivados dos verbos terminados em -der,
-dir, -tir e -mir, usa-se ss, ou s, depois de n e r: ceder, ces-
• as palavras: arrocho, bochecha, boliche, cachaça, cacho, são; interceder, intercessão; regredir, regressão; agredir,
cachimbo, chimarrão, chafariz, chimpanzé, chuchu, chumaço, agressão; repercutir, repercussão; ascender, ascensão;
colcha, coqueluche, flecha, inchar, mancha, nicho, pichar, compreender, compreensão.
piche, rachar, salsicha, tacho, tocha.
• Escrevem-se com ss as palavras: assar, asseio, assento
Algumas palavras apresentam a mesma pronúncia, mas (banco), assobiar, aterrissagem, avesso, dezesseis, endos-
com grafia e significado diferentes. sar, pressão, tosse, vassoura.

São chamadas de homônimas. • Pode ocorrer, ainda que raramente, o dígrafo xs com fone-
ma / s /: exsicar, exsolver, exsudar.
Veja alguns homônimos em x e ch:
8) Emprego das letras s, z, x com o fonema /z/
X CH
broxa = pincel brocha = prego pequeno Usa-se a letra s:
buxo = arbusto bucho = estômago
cartuxo = religioso cartucho = embalagem • nas palavras que derivam de outra em que já existe s:
xá = antigo soberano do Irã chá = bebida
xácara = narrativa em verso chácara = quinta casa - casinha, casebre, casarão
xeque = lance no jogo de xadrez cheque = ordem de pagamento análise - analisar, analisado, analisável
coxa = parte da perna cocha = vasilha de madeira
liso - alisar, alisamento, alisante
coxo = aquele que manca cocho = recipiente
luxar = deslocar luchar = sujar pesquisa - pesquisador, pesquisado
taxa = imposto tacha = prego pequeno
• nos sufixos -ês, -esa, na indicação de nacionalidade, título,
origem: português, portuguesa; irlandês, irlandesa; marquês,
marquesa; camponês, camponesa; calabrês, calabresa.

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Língua Portuguesa
• nos sufixos -ense, -oso, -osa, na formação de adjetivos: acriano (do Acre),
paranaense, fluminense, catarinense; carinhoso, gasoso, torriense (de Torres).
espalhafatoso; estudiosa, horrorosa, dengosa.
Se a palavra original for oxítona e terminar em e tônico,
• no sufixo -isa, na indicação de ocupação feminina: poetisa, prevalecerão as terminações eano e eense: guineense (de
profetisa, pitonisa, papisa. Guiné-Bissau).

• após ditongos: causa, náusea, lousa, faisão, maisena, mau-


soléu, ausência, coisa. EXERCÍCIOS

• na conjugação dos verbos pôr e querer e derivados: pus, 1) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
pusera, pusesse, puséssemos; quis, quisera, quisesse, qui- grafadas corretamente:
séssemos.
a) gelo, exemplo, basar
• nas palavras: abuso, asa, asilo, atrás, através, bis, brasa, b) pressa, giló, exceção
brasão, colisão, decisão, extravasar, evasão, fusível, hesitar, c) beringela, enxugar, máximo
lilás, revisão, rasura, catequese, gás, gasolina, dose, jesuíta, d) xadrez, piscina, encharcar
usina, usura, vaso.

Usa-se a letra z: 2) A letra maiúscula foi mal empregada em:

• nas palavras que derivam de outra em que já existe z: a) João trabalha como camelô na Praça da República;
b) Aos poucos ele sentia a Morte chegar;
baliza - abalizado, balizado, balizador c) Em Março, encerram-se as chuvas de verão;
gozo - gozar, gozação, gozador d) Muitas instituições recebem ajuda no Natal.
raiz - enraizar, raizame
razão - razoável, arrazoado
3) Assinale a alternativa que contém uma palavra mal grafa-
• nos sufixos -ez, -eza, formadores de substantivos abstratos da:
derivados de adjetivos: avaro, avareza; certo, certeza; inváli-
do, invalidez; macio, maciez; nobre, nobreza; rígido, rigidez; a) antebraço, criolina, anticristão
singelo, singeleza; viúvo, viuvez. b) geada, abençoe, apear
c) possui, digladiar, disenteria
• nos sufixos -izar (formador de verbos) e –ização (formador d) antiestético, periquito, mexerico
de substantivos):

atual - atualizar - atualização 4) A ...................... do mágico ...................... a plateia.


civil - civilizar - civilização
humano - humanizar - humanização a) proeza – extaziou
mental - mentalizar - mentalização b) proesa – extasiou
c) proesa – estaziou
Não confunda os casos em que se acrescenta o sufixo -ar d) proeza – extasiou
a palavras já grafadas com s: e) proeza – estasiou

paralisia - paralisar
abuso - abusar 5) Meu vizinho ................ uma ............. .Ontem, algumas
pesquisa - pesquisar galinhas ......... e isso o deixou com uma enorme.............. .

Exceções: batismo - batizar a) possui; chácara; escapoliram; enxaqueca


catequese - catequizar b) possui; chácara; escapoliram; enchaqueca
c) possui; xácara; escapuliram; enchaqueca
• nas palavras: assaz, alcoolizar, apaziguar, aprendiz, azar, d) possui; chácara; escapuliram; enxaqueca
azia, bazar, bizarro, capuz, cuscuz, desprezo, eficaz, fugaz,
gaze, jazigo, lazer, meretriz, ozônio, rezar, sagaz, trapézio,
vazio, xadrez. 6) Assinale a alternativa em que todas as palavras devem
iniciar pela letra h:
Em muitas palavras, o fonema / z / é representado pela
letra x: exagero, exame, exemplo, exercer, exibir, êxito, exo- a) ..... élice; ..... arpa; ..... armonia
nerar, exorcismo, exótico, exumação, inexistente, inexorável. b) ..... avana; ..... árido; ..... erva
c) ..... ermético; ..... ebreu; ..... ardil
9) Emprego das letras c e qu d) ..... úmido; ..... idratar; ..... umilde

Existem palavras que podem ser escritas com c e tam-


bém com qu: catorze ou quatorze; cociente ou quociente; 7) Todas as palavras estão grafadas corretamente, exceto
cota ou quota; cotidiano ou quotidiano; cotizar ou quotizar. uma da alternativa:

10) Emprego das terminações iano e iense a) berimbau, mingau, cálculo


b) roubar, polir, sumiu
Conforme o Acordo Ortográfico, algumas terminações c) teatral, alto-falante, cauda
eano e eense mudam para iano e iense: d) moela, calda, jaboticaba

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Língua Portuguesa
8) O ............... que possuo não cobrirá a ................ que devo
pagar amanhã. 4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

a) cheque; tacha
b) xeque; tacha
c) cheque; taxa 1) Acentuação dos monossílabos tônicos
d) xeque; taxa
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:

9) Apenas uma frase das alternativas abaixo está correta • - a, - as: má, más; pá, pás
quanto à ortografia. Aponte-a: • - e, - es: fé, mês, dê, pés
• - o, - os: pó, sós, dó, pôs
a) A fábrica dispensou vários funcionários por contensão de
despesas; Observação: Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do
b) Haverá aula nas férias por causa da paralização dos pro- plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir.
fessores;
c) A mãe castigou o filho, após a sua suspensão na escola; Exemplos: eles têm, eles vêm
d) Gosto de pizza meia mussarela e meia calabreza.
2) Acentuação dos vocábulos oxítonos
10) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos
vocábulos: cateque.....e; bati.....ar; discu.....ão; e.....pontâneo. Acentuam-se os vocábulos oxítonos terminados em:

a) z, s, ç, s • - a, - as: sofá, atrás, maracujá, ananás


b) s, z, ss, s • - e, - es: café, canapés, você, vocês
c) s, s, ss, x • - o, - os: cipó, avô, avós, robôs
d) z, z, ss, s • - em, - ens: também, parabéns, alguém, armazéns

Observações:
11) Aponte a alternativa correta:
1 - Algumas formas verbais seguidas de pronome são incluí-
a) esceder, extravagante, exceção, esplendor das nesta regra: revê-lo, amá-lo, compô-lo.
b) exceder, extravagante, exceção, esplendor
c) exceder, estravagante, exeção, explendor 2 - Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do
d) exceder, estravagante, exceção, explendor presente do indicativo dos compostos dos verbos ter e vir:
eles obtêm, eles retêm.

12) Assinale a alternativa que contém uma palavra mal grafa- 3) Acentuação dos vocábulos paroxítonos
da:
Acentuam-se os vocábulos paroxítonos terminados em:
a) goela, acudir, bulir
b) bússola, tábua, poleiro • ã, - ãs, - ão, - ãos: ímã, órfãs, órgão, órgãos
c) caos, jaboti, zoada • i, - is, - us: júri, tênis, vírus
d) régua, toalha, cochicho • l, - n, - r, - x, - ps: amável, pólen, néctar, látex, bíceps
• um, - uns: álbum, álbuns
• ditongo: ânsia, régua, sério, nódoa, bênção, níveis
13) Assinale a alternativa que preencha corretamente as
lacunas: Observação: Os prefixos paroxítonos terminados em i e r não
são acentuados: semi-eixo, super-homem.
I - Após o ........, abandonou o jogo e pediu um ............... .
II - O vereador foi .............. de desonesto. 4) Acentuação dos vocábulos proparoxítonos

a) xeque, chá, tachado Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas com


b) cheque, chá, taxado acento agudo (se o som da vogal for aberto) ou circunflexo
c) xeque, xá, taxado (se o som da vogal for fechado).
d) cheque, chá, tachado
Exemplos: lâmpada, ínterim, pêssego, análise, cronômetro,
14) Grafam-se com s todas as palavras da alternativa: realizássemos.

a) asilo, através, rigides


b) brasão, decisão, gasolina 5) Acentuação dos ditongos abertos
c) nobresa, certesa, dose
d) usina, singelesa, basar Conforme o Acordo Ortográfico, acentuam-se os ditongos
–éi e –ói das palavras oxítonas e monossílabos tônicos de
som aberto:

RESPOSTAS herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis.


1-D 2-C 3-A 4-D 5-D 6-A 7-D
8-C 9-C 10 - B 11 - B 12 - C 13 - A 14 - B Permanece também o acento no ditongo aberto –éu:
chapéu, véu, céu, ilhéu.

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Língua Portuguesa
Não se acentuam os ditongos abertos –ei e –oi nas pala- a) oxítona terminada em i, oxítona terminada em a e monos-
vras paroxítonas. sílabo tônico terminado em a.
b) hiato, oxítona terminada em a e monossílabo tônico em a.
Exemplos: assembleia, ideia, colmeia, Coreia, paranoia, jiboi- c) ditongo tônico, trissílabo tônico e monossílabo tônico.
a, heroico, etc. d) hiato, trissílabo tônico, monossílabo átono.

6) Acentuação dos hiatos 2) Assinale a opção em que todas as palavras são acentua-
das pela mesma regra de “ninguém”, “solúvel” e “mártir”,
Acentuam-se as oxítonas terminadas em i e u, seguidas respectivamente:
ou não de s. a) hífen, temível, índice
b) ínterim, níveis, hábil
Exemplos: Piauí, piraiú, tuiuiús. c) contém, inverossímil, caráter
d) armazém, abdômen, calvície
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com
a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompa- 3) Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é
nhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "- acentuada graficamente:
nh".
a) juizes, alibi, paul
Exemplos: b) amendoa, ruim, doce
c) taxi, rainha, miudo
sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de d) urubu, item, rubrica

Conforme o Acordo Ortográfico, não se acentuam: 4) Os dois vocábulos de cada alternativa devem ser acentua-
dos graficamente, exceto:
• o hiato –oo: voo, enjoo, perdoo, abençoo.
a) faisca, halito
• o hiato –ee dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados b) forceps, azaleas
na terceira pessoa do plural: creem, deem, leem, veem, des- c) ambar, epopeia
creem, releem. d) Pacaembu, higiene

• o –i e –u tônicos das palavras paroxítonas quando precedi- 5) Assinale o uso correto quanto ao acento diferencial:
das de ditongo: feiura, saiinha, baiuca.
a) O menino nervoso pára de repente.
7) Acentuação dos grupos gue, gui, que, qui b) Toda manhã, ela côa o café.
c) Gosto de pêra madura.
Conforme o Acordo Ortográfico, desaparece o acento d) Preciso pôr as coisas em ordem.
agudo em algumas formas dos verbos apaziguar, arguir,
averiguar, obliquar. Mas mesmo sem o acento agudo, a 6) Assinale a forma incorreta quanto à acentuação:
pronúncia das palavras em que ele era usado não sofre alte-
ração. a) Eles leem o jornal todos os dias.
b) As meninas têm muitos brinquedos.
Exemplos: argui, apazigue, averigue, enxague, oblique. c) Os jovens crêem no futuro.
d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo.
8) Acento diferencial
7) Assinale a forma verbal mal acentuada:
Conforme o Acordo Ortográfico, o acento diferencial per-
manece nos homógrafos: a) distribuí-los
b) chamá-la
• pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do c) partí-lo
verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do indi- d) recompô-las
cativo).
8) Assinale a alternativa em que todos os hiatos não preci-
• pôr (verbo) em oposição a por (preposição). sam ser acentuados:

• fôrma (substantivo) e forma (verbo formar). Poderá ser a) raíz, taínha, caírdes
usado fôrma para distinguir de forma, mas não é obrigatório. b) paúl, juízo, ateísmo
c) juíz, Raúl, balaústre
Não se acentuam as palavras paroxítonas que são homó- d) raínha, caída, Avaí
grafas.
9) Assinale a alternativa incorreta quanto à acentuação:
Exemplos: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo
(substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo). a) herói
b) heroico
c) jóia
EXERCÍCIOS d) centopeia

1) As palavras Jundiaí, Macapá e já são acentuadas por 10) Uma das palavras abaixo não é proparoxítona, portanto
serem, respectivamente: não pode ter acento.
Aponte-a:

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Língua Portuguesa
a) ínterim
b) rúbrica
c) ênfase 5. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
d) ícone

11) Dadas as palavras: As palavras de nossa língua distribuem-se nas seguintes


classes: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome,
1) bênção verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
2) Inglêsa
3) equilátero,
PALAVRAS VARIÁVEIS
verificamos que está/estão devidamente acentuada(s):
Os substantivos, os adjetivos, os artigos, os numerais, os
a) apenas a palavra 1. pronomes e os verbos flexionam-se, isto é, podem apresentar
b) apenas a palavra 2. modificações na forma, para exprimir os acidentes gramati-
c) apenas a palavra 3. cais de gênero, número, grau, pessoa, etc.
d) apenas as palavras 1 e 3.
São, portanto, palavras variáveis ou flexivas.
12) "Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões".

a) 5 acentos PALAVRAS INVARIÁVEIS


b) 4 acentos
c) 3 acentos Os advérbios, as preposições, as conjunções e as inter-
d) 2 acentos jeições têm uma só forma, rígida, imutável.

13) Leva acento: São, por conseguinte, palavras invariáveis ou inflexivas.

a) pêso
b) pôde
c) êste SUBSTANTIVO
d) tôda

14) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, ani-
acentuados por serem oxítonos: mais, lugares, coisas ou seres em geral.

a) paletó, avô, pajé, café, jiló Divide-se em:


b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua 1) Comum: é o substantivo que dá nome a todos os seres da
d) amém, amável, filó, porém, além mesma espécie: aluno, animal, vegetal, homem.

15) Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação 2) Próprio: é o substantivo que dá nome a um ser da mesma
gráfica: espécie: Júlia, Brasil, Copacabana, Tatuapé.

a. Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que, para 3) Concreto: é o substantivo que designa seres de existência
ser eficaz, o chicote, anátema da sociedade colonial, não real ou que a imaginação representa: mulher, pedra, Deus,
precisava bater sobre as costas de todos os escravos. fada, lobisomem.
b. A diferença de ótica entre os díspares movimentos que
reivindicam um mesmo amor à natureza se enraízam para 4) Abstrato: é o substantivo que designa qualidade ou sen-
além das firulas das discussões político-partidárias. timento, ação e estado dos seres, dos quais se podem abs-
c. No âmago do famoso santuário, erguido sob a égide dos trair (separar) e sem os quais não poderiam existir: beleza,
conquistadores, repousam enormes caixas cilíndricas de coragem, brancura (qualidades), viagem, estudo, doação,
oração em forma de mantras, onde o novel na fé se purifica. esforço, fuga (ações), amor, saudade, alegria, dor, fome
d. O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é (sentimentos, sensações), vida, morte, cegueira, doença
uma tolice inaceitável, mesmo em um paradígma de educa- (estados).
ção deficitária em relação aos menos favorecidos.
5) Simples: é o substantivo formado por um só elemento
16) Assinale o item em que ocorre erro ortográfico: (radical): discos, flor, vitrola, couve.

a) ele mantém / eles mantêm 6) Composto: é o substantivo formado por mais de um ele-
b) ele dê / eles deem mento: couve-flor, guarda-chuva, pingue-pongue, pé-de-
c) ela contém / elas contêm moleque, passatempo.
d) ele contém / eles contêem
7) Primitivo: é o substantivo que foi criado antes de outros
no uso corrente da língua: livro, pedra, dente, flor.
RESPOSTAS
1-B 2-C 3-D 4-D 8) Derivado: é o substantivo que foi criado depois de outro
no uso corrente da língua: livreiro, pedreiro, dentista, florista.
5-D 6-C 7-C 8-A
9-C 10 - B 11 - D 12 - A
9) Coletivo: é o substantivo que representa um conjunto de
13 - B 14 - A 15 - D 16 - D
seres da mesma espécie: álbum, esquadrilha.

– 19 –
Língua Portuguesa
Alguns coletivos mais comuns: manada: de animais de grande porte
matilha: de cães
Grupos de pessoas ninhada: de filhotes de animais
nuvem: de insetos (gafanhotos, mosquitos, etc)
assembleia: de pessoas reunidas, de parlamentares panapaná: de borboletas
auditório: de ouvintes ramalhete: de flores
banca: de examinadores rebanho: de gado
banda: de músicos récua: animais de carga
bando: de desordeiros, malfeitores réstia: de alho ou cebola
batalhão: de soldados revoada: de pássaros
cabido: de cônegos tropilha: de cavalos
câmara: de vereadores, parlamentares vara: de porcos
camarilha: de bajuladores
cambada: de desordeiros
caravana: de viajantes, peregrinos Outros grupos
caterva: de desordeiros, malfeitores
choldra: assassinos, malfeitores acervo: de obras de arte
claque: de pessoas pagas para aplaudir alameda: de árvores (em linha)
clero: de religiosos alfabeto: de letras
colônia: de imigrantes, migrantes antologia: de textos literários ou científicos
comitiva: de acompanhantes armada: de navios de guerra
coorte: de pessoas armadas arquipélago: de ilhas
corja: de ladrões, malfeitores arsenal: de armas, munições
corpo: de eleitores, alunos, jurados atlas: de mapas
corpo docente: de professores baixela: de objetos de mesa
coro: de cantores bateria: peças de guerra ou de cozinha; instrumentos de
elenco: de atores de uma peça, filme etc. percussão
exército: de soldados biblioteca: de livros catalogados
falange: tropas, anjos, heróis cinemateca: de filmes
filarmônica: de músicos (sociedade musical) constelação: de estrelas
grêmio: de estudantes cordilheira: de montanhas
guarnição: de soldados (que guarnecem um lugar) enxoval: de roupas
hoste: de soldados (inimigos) esquadra: de navios de guerra
irmandade: de membros de associação religiosa esquadrilha: de aviões
junta: de médicos, examinadores federação: de estados
júri: de jurados frota: de navios, aviões, veículos
legião: de soldados, anjos, demônios galeria: de estátuas, quadros
leva: de presos, recrutas hemeroteca: de jornais e revistas arquivados
malta: de malfeitores, desordeiros molho: de chaves
multidão: de pessoas em geral pinacoteca: de quadros
orquestra: de músicos trouxa: de roupas
pelotão: de soldados vocabulário: de palavras
piquete: de grevistas
plantel: de atletas
plateia: de espectadores GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS
plêiade: de poetas, artistas
população: de habitantes Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar o
prole: de filhos
quadrilha: ladrões, malfeitores sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa são dois
roda: de pessoas em geral os gêneros: o masculino e o feminino.
romaria: de peregrinos
ronda: de policiais em patrulha
súcia: de desordeiros, marinheiros FORMAÇÃO DO FEMININO
tertúlia: de amigos, intelectuais
tribo (nação): de índios De modo geral, forma-se o feminino substituindo-se a
tripulação: de marinheiros, aeroviários desinência "o" pela desinência "a": menino, menina; gato,
tropa: de soldados, pessoas gata.
turma: de estudantes, trabalhadores, pessoas em geral
Todavia, os processos de formação são bem variados:
Grupos de animais ou vegetais

alcateia: de lobos Masculino Feminino Masculino Feminino


bando: de aves alfaiate costureira doutor doutora
boiada: de bois anão anã cavaleiro amazona
aviador aviadora cavalheiro dama
buquê: de flores avô avó compadre comadre
cacho: de uvas, bananas bode cabra cônsul consulesa
cáfila: de camelos frade freira hóspede hóspeda
cardume: de peixes frei sóror oficial oficiala
colmeia: de abelhas genro nora judeu judia
colônia: de bactérias, formigas, cupins gigante giganta ateu atéia
enxame: de abelhas, insetos herói heroína hebreu hebréia
fato: de cabras juiz juíza profeta profetisa
maestro maestrina réu ré
fauna: de animais próprios de uma região
feixe: de lenha, capim
flora: de vegetais próprios de uma região
junta: de bois

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Língua Portuguesa
Substantivos que merecem destaque quanto ao gênero: 2) Sobrecomuns: designam pessoas com uma forma única
para o masculino e feminino:
Masculino Feminino
o apêndice a aguardente o cadáver (homem ou mulher); a vítima (homem ou mulher);
o cônjuge (homem ou mulher); a criança (menino ou menina).
o bólido a alface
o champanha a apendicite
o clã a aluvião 3) Comuns de dois gêneros: sob uma só forma designam
os indivíduos dos dois sexos, sendo auxiliados pelo artigo,
o dó a bólide
adjetivo ou pronome:
o eclipse a cal
o eczema a cataplasma o colega, a colega; artista famoso, artista famosa; esse
o estratagema a cólera pianista, essa pianista; o repórter, a repórter.
o formicida a comichão
o gengibre a derme
o guaraná a dinamite NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS
o lança-perfume a elipse
o magma a entorse
o milhar a gênese Em português, há dois números gramaticais: o singular,
o proclama a libido que indica um ser ou um grupo de seres: ave, bando; e o
o saca-rolhas a matinê plural, que indica mais de um ser ou um grupo de seres:
o sósia a omelete aves, bandos.
o teorema a omoplata
o trema a sentinela Os substantivos flexionam-se no plural conforme as re-
gras:
Substantivos que admitem os dois gêneros
1ª) Pelo acréscimo no plural de "s", o que se dá se o subs-
o ágape ou a ágape tantivo terminar em vogal ou ditongo oral: asa, asas; táxi,
o caudal ou a caudal táxis; tubo, tubos; baú, baús; véu, véus.
o diabete(s) ou a diabete(s)
o laringe ou a laringe
2ª) Pelo acréscimo de "es" ao singular nos terminados em
o personagem ou a personagem
o usucapião ou a usucapião "r" ou "z": colher, colheres; dólar, dólares; amor, amores;
cruz, cruzes; giz, gizes.

Substantivos com mudança de sentido na mudança 3ª) Os substantivos terminados em "al", "el", "ol", "ul" plu-
de gênero ralizam-se trocando o "l" final por "is": jornal, jornais; anel,
anéis; anzol, anzóis; azul , azuis; álcool, alcoóis.
Há substantivos que são masculinos ou femininos, con-
forme o sentido com que se achem empregados. 4ª) Os terminados em "il" admitem duas formas:
Masculino Feminino – os oxítonos mudam "il" em "is": barril, barris; funil, funis;
o águia: pessoa de grande a águia: ave de rapina
inteligência ou sutileza.
– os paroxítonos mudam "il" para "eis": fóssil, fósseis; réptil,
o cabeça: chefe, líder a cabeça: parte do corpo
o capital: dinheiro a capital: cidade principal répteis.
o caixa: pessoa que trabalha em a caixa: objeto
tal seção. 5ª) Os terminados em "m" trocam esta letra por "ns": nuvem,
o cisma: separação a cisma: idéia fixa, des- nuvens; fim, fins.
confiança
o cura: padre a cura: restabelecimento 6ª) Os terminados em "s" monossílabos ou oxítonos formam
o estepe: pneu reserva a estepe: planície de ve- o plural acrescentando-se "es": inglês, ingleses; lilás, lilases;
getação herbácea. gás, gases.
o grama: unidade de massa a grama: relva
o guarda: vigilante a guarda: vigilância 7ª) Os terminados em "s" paroxítonos ou proparoxítonos são
o guia: pessoa que orienta a guia: documento invariáveis: o lápis, os lápis; o atlas, os atlas; o ônibus, os
o lente: professor a lente: o disco de vidro ônibus.
o lotação: veículo a lotação: capacidade
o moral: ânimo a moral:ética 8ª) Os terminados em "x" são invariáveis: o tórax, os tórax; o
o rádio: aparelho a rádio: estação
fênix, os fênix.

9ª) Os terminados em "ão" admitem três hipóteses:


SUBSTANTIVOS UNIFORMES
a) uns formam o plural com o acréscimo de "s": mão, mãos;
São aqueles que apresentam uma única forma para o bênção, bênçãos; órgão, órgãos; irmão, irmãos.
masculino e feminino.
b) outros, mais numerosos, mudam "ão" em "ões": limão,
limões; portão, portões; balão, balões; melão, melões.
1) Epicenos: designam o sexo de certos animais com o auxí-
lio dos adjetivos macho e fêmea: o jacaré (macho ou fêmea); c) outros, enfim, trocam "ão" por "ães": pão, pães; cão,
o tigre (macho ou fêmea); a pulga (macho ou fêmea). cães; aldeão, aldeães; sacristão, sacristães.

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Língua Portuguesa
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS GRAU DOS SUBSTANTIVOS

Existem quatro hipóteses: Grau dos substantivos é a propriedade que essas pala-
vras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres.
1ª) Pluralizam-se os dois elementos formados por:
São dois os graus do substantivo:
– substantivo + substantivo: couve-flor, couves-flores.
– substantivo + adjetivo: amor-perfeito, amores-perfeitos. 1) Aumentativo: forma-se com os sufixos aço, alha, arra,
– adjetivo + substantivo: bom-dia, bons-dias. ázio, ona, ão, az, etc.: garrafão, papelão, cartaz (carta), la-
– numeral + substantivo: segunda-feira, segundas-feiras. dravaz (ladrão), lobaz (lobo), ricaço, balaço, barcaça, mulhe-
raça, vidraça, dramalhão (drama), vagalhão (vaga), balázio
2ª) Apenas o segundo elemento varia: (bala), copázio (copo), pratázio (prato), beiçorra (beiço), ca-
beçorra (cabeça), manzorra (mão), vozeirão (voz), homenzar-
– verbo + substantivo: guarda-roupa, guarda-roupas. rão, canzarrão, bocarra (boca), naviarra (navio).
– palavra invariável ou prefixo + palavra invariável: sempre-
viva, sempre-vivas; ex-diretor, ex-diretores. 2) Diminutivo: forma-se com os sufixos acho, ebre, eco,
– palavras repetidas: reco-reco, reco-recos. ico, inho, ito, ejo, etc.: mosquito, cabrito, senhorita, fogacho
(fogo), riacho, populacho, penacho (pena), animálculo (ani-
3ª) Apenas o primeiro elemento varia: mal), febríola (febre), gotícula (gota), versículo (verso), montí-
culo (monte), partícula (parte), radícula (raiz), glóbulo (globo),
– com preposição expressa: pé-de-moleque, pés-de- célula (cela), animalejo, lugarejo, vilarejo, ilhota, fortim (forte),
moleque; mão-de-obra, mãos-de-obra. espadim (espada), camarim (câmara), casebre (casa).

– quando o segundo elemento indica finalidade ou semelhan- Observação: O diminutivo pode exprimir carinho ou despre-
ça do primeiro: sofá-cama, sofás-cama; peixe-boi, peixes-boi. zo. (carinho: filhinho, mãezinha. desprezo: padreco, jorna-
leco, lugarejo)
4ª) Os dois elementos ficam invariáveis:
O grau aumentativo exprime um aumento do ser relativa-
– verbo + advérbio: o bota-fora, os bota-fora. mente ao seu tamanho normal. Pode ser formado sintética ou
analiticamente.
– verbo + substantivo no plural: o saca-rolhas, os saca-rolhas.
1º) Aumentativo sintético: forma-se com sufixos especiais:
OBSERVAÇÕES: copázio (copo), barcaça (barca), muralha (muro).

a) A palavra "guarda" pode ser substantivo ou verbo: quando 2º) Aumentativo analítico: forma-se com o auxílio do adjeti-
é verbo (verbo guardar), fica invariável; quando é substantivo vo grande, e de outros do mesmo sentido: letra grande, pe-
(o homem que guarda), vai para o plural. dra enorme, estátua colossal.

verbo substantivo O grau diminutivo exprime um ser com seu tamanho nor-
os guarda – chuvas mal diminuído. Pode ser formado sintética ou analiticamente.
os guarda – comidas
os guarda – sóis 1º) Diminutivo sintético: forma-se com sufixos especiais:
casebre (casa), livreco (livro), saleta (sala).
substantivo adjetivo
os guardas – florestais 2º) Diminutivo analítico: forma-se com o adjetivo pequeno,
os guardas – civis ou outros equivalentes: chave pequena, casa pequenina,
os guardas – noturnos semente minúscula.

b) Palavras compostas com a palavra "grão"


EXERCÍCIOS
– a palavra "grão" vai para o plural quando indica grânulo, a
unidade: grãos de bico.
1) Assinale a alternativa que apresenta os substantivos clas-
– a palavra "grão" fica no singular quando significa grande: sificados como comuns de dois gêneros.
os grão-duques, as grã-duquesas.
a) o lojista, o herege, o mártir, o intérprete
c) Plural de substantivos diminutivos: b) o apóstolo, o carrasco, o cônjuge, a criança
c) o tatu, a girafa, a tainha, a avestruz
– O plural dos terminados em "zinho" ou em "zito" se faz d) o patriarca, o frade, o confrade, o carneiro
flexionando-se o substantivo primitivo, retirando-se o "s" final e) o ente, a testemunha, o cônjuge, a testemunha
e acrescentando-se "zinhos" ou "zitos".
2) Assinale a alternativa em que as formas do plural de todos
Exemplos: papelzinho / papéi(s) / papeizinhos; limãozito / os substantivos se apresentam de maneira correta:
limõe(s) / limõezitos.
a) alto-falantes, coraçãozinhos, afazeres, víveres.
– Os substantivos terminados em "r" fazem o plural de duas b) espadas, frutas-pão, pé-de-moleques, peixe-boi.
maneiras: c) vai-volta, animaizinhos, beija-flores, salvo-condutos.
d) animalzinhos, vai-voltas, vai-véns, salvos-condutos.
florzinha / flore(s) / florezinhas; e) bates-bolas, cavalos-vapores, bens-te-vis, vices-reis.
florzinha / florzinhas.

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Língua Portuguesa
3) A alternativa em que o plural dos nomes compostos está ADJETIVO
empregado corretamente é:

a) pé-de-moleques/ beija-flores/ obras-primas/ navios-escolas. São palavras que indicam qualidade, propriedade ou
b) pés-de-moleques/ beija-flores/ obras-primas/ navios-escolas. estado do ser.
c) pés-de-moleque/ beija-flores/ obras-primas/ navios-escola.
d) pé-de-moleques/ beijas-flores/ obras-primas/ navios-escola. Exemplo: Meu caderno novo já está sujo.
e) pés-de-moleque/ beijas-flores/ obra-primas/ navio-escolas.
O adjetivo pode ser expresso através de duas palavras: é
4) O plural dos nomes compostos está correto em todas as
o que se chama de locução adjetiva.
alternativas, exceto em:
Locução adjetiva Adjetivo
a) Ela gosta de amores-perfeitos e cultiva-os.
de abdômen abdominal
b) Os vice-diretores reunir-se-ão na próxima semana.
de abelha apícola
c) As aulas serão dadas às segundas-feiras.
de açúcar sacarino
d) Há muitos beijas-flores no meu quintal.
de agricultor agrícola
e) Há vários cafés-concerto nesta avenida.
de água aquático, hidráulico
de aluno discente
5) Assinale a alternativa em que o substantivo composto não
de anjo angelical
esteja corretamente flexionado no plural.
de bexiga cístico, vesical
de cabeça cefálico
a) Aqui, os pés de vento levantam telhados.
de calor térmico
b) Há tempo eu não via bem-te-vis de pele e osso.
de cônjuge conjugal
c) Dois tecos-tecos sobrevoam o local do acidente.
de corpo corporal, corpóreo
d) Nos vaivens da burocracia, foi-se o meu precioso tempo.
de costas dorsal
e) Não aguento mais os entra e sai nesta casa.
de ensino didático
de estômago estomacal, gástrico
6) Assinale a alternativa incorreta quanto ao gênero das pala-
de febre febril
vras.
de filho filial
de gelo glacial
a) A ordenança teve seu salário diminuído.
de homem humano
b) O lança-perfume foi proibido no Carnaval.
de irmão fraternal, fraterno
c) Apesar da ameaça, não explodiram o dinamite.
de lago lacustre
d) O eclipse da Lua era esperado com muito interesse.
de leite lácteo, láctico
e) O champanha está quente.
de mãe materno, maternal
de pele cutâneo
7) O diminutivo de balão é balãozinho. Mas o plural de balão-
de sangue hemático, sangüíneo
zinho deve ser:
de tórax torácico
de voz vocal
a) balãozinhos d) balõeszinhos
b) balãoszinhos e) balõeszinho
c) balõezinhos

8) Assinale a alternativa em que os substantivos obedecem à ADJETIVOS PÁTRIOS


sequência sobrecomuns, comuns de dois, epicenos:
Designam nacionalidade ou lugar de origem de alguém ou
a) indivíduo – cônjuge – tigre de alguma coisa:
b) mártir – pessoa – avestruz
c) carrasco – monstro – cobra Brasil - brasileiro
d) vítima – jovem – onça Acre - acreano
e) dentista – carrasco – jacaré Alagoas - alagoano
Amazonas - amazonense
9) Assinale a oração em que o diminutivo expressa idéia Bahia - baiano
pejorativa: Espírito Santo - espírito-santense
Rio Grande do Norte - norte-rio-grandense
a) Meu filhinho, você está com fome? João Pessoa - pessoense
b) Ele é um empregadinho sem futuro. Salvador - soteropolitano ou salvadorense
c) O palacete deles fica no Morumbi. Belo Horizonte - belorizontino
d) O presente ficará mais bonito com fitilho. Niterói - niteroiense
e) Não fique triste, meu amiguinho. São Paulo (capital) – paulistano
São Paulo (estado) – paulista
10) Apenas um substantivo possui uma forma no plural: Rio de Janeiro (capital) – carioca
Rio de Janeiro (estado) – fluminense
a) ancião c) vilão e) cidadão Rio Grande do Sul - gaúcho; sul-rio-grandense; rio-
b) corrimão d) elefante grandense- do- sul
São Luís - são-luisense
Santa Catarina - catarinense; barriga- -verde
RESPOSTAS Vitória - vitoriense
1-A 2-C 3-C 4-D 5-C Maceió - maceioense
6-C 7-C 8-D 9-B 10 - E Rio Branco - rio- branquense
Natal - natalense

– 23 –
Língua Portuguesa
FORMAÇÃO DO ADJETIVO Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superi-
oridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São elas: bom -
Quanto à formação, o adjetivo pode ser: melhor, mau - pior, grande - maior, pequeno - menor.

1) Primitivo (o que não deriva de outra palavra): bom, forte, O grau superlativo divide-se em:
feliz.
1º) Absoluto:
2) Derivado (o que deriva de substantivos ou verbos): famo-
so, carnavalesco. a) Analítico:
A menina é muito bela.
3) Simples: brasileiro, escuro, etc.
b) Sintético:
4) Composto: castanho-claro, azul-marinho. A menina é belíssima.

FLEXÃO DO ADJETIVO 2º) Relativo:

O adjetivo varia em gênero, número e grau. a) De Superioridade:

GÊNERO DO ADJETIVO – Analítico:


João é o mais alto de todos.
Quanto ao gênero, dividem-se os adjetivos em:
– Sintético:
1) Uniformes: aqueles que têm uma só forma para os dois Este monte é o maior de todos.
gêneros: mesa azul, olho azul.
b) De Inferioridade:
2) Biformes: apresentam duas formas, uma para o masculi- João é o menos rápido de todos.
no, outra para o feminino: mau – má, esperto – esperta, ativo
– ativa, ateu – ateia. O grau superlativo exprime uma qualidade no mais alto
grau de intensidade possível. Pode ser relativo ou absoluto.
NÚMERO DO ADJETIVO
O superlativo relativo indica que entre os seres que pos-
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão suem determinada qualidade, há um que a possui num grau
numérica dos substantivos: igual - iguais, azul - azuis, feroz - inexcedível.
ferozes.
O superlativo absoluto isola o ser qualificado no seu mais
PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS alto e intenso grau possível, podendo assumir a forma sintéti-
ca ou analítica.
1º) Os componentes sendo adjetivos, somente o último toma
a flexão do plural: tecido verde-claro, tecidos verde-claros; O superlativo absoluto sintético dá-se por meio dos se-
cabelo castanho-escuro, cabelos castanho-escuros. guintes sufixos: íssimo, imo e rimo.

2º) Os componentes sendo palavra invariável + adjetivo, O superlativo absoluto analítico dá-se por meio de advér-
somente este último se flexionará: menino mal-educado, bios de intensidade que precedem o adjetivo.
meninos mal-educados.
Alguns adjetivos possuem formas literárias, cultas, de
3º) Os compostos de adjetivo + substantivo são invariáveis: superlativo absoluto sintético:
farda verde-oliva, fardas verde-oliva; terno amarelo-canário,
ternos amarelo-canário. acre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . acérrimo
agudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... acutíssimo
4º) Invariáveis ficam também as locuções adjetivas formadas amargo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . amaríssimo
de cor + substantivo: vestido cor-de-rosa, vestidos cor-de- amigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. amicíssimo
rosa. áspero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . aspérrimo
célebre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . celebérrimo
comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . comuníssimo
GRAU DO ADJETIVO cristão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cristianíssimo
cruel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. crudelíssimo
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades difícil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . dificílimo
dos seres. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o doce . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .dulcíssimo
superlativo. dócil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . docílimo
fácil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . facílimo
O grau comparativo pode ser: feio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . feiíssimo
feliz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. felicíssimo
1º) De Igualdade: feroz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ferocíssimo
A casa é tão antiga quanto o homem. fiel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. fidelíssimo
frágil. . . . . . . . . . . . . . .. .fragílimo, fragilíssimo
2º) De Superioridade: frio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... frigidíssimo
A casa é mais antiga do que o homem. grande . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . máximo
humilde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . humílimo
3º) De Inferioridade: incrível . . . . . . . . . . . . . . . . .... incredibilíssimo
A casa é menos antiga do que o homem. inimigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . .inimicíssimo

– 24 –
Língua Portuguesa
legal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .legalíssimo 6) Marque:
livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. libérrimo
magro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... macérrimo a) se I e II forem verdadeiras.
mal. . . . . . . . . . . . . . . . . .malíssimo, péssimo b) se I e III forem verdadeiras.
negro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . nigérrimo c) se II e III forem verdadeiras.
nobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nobilíssimo d) se todas forem falsas.
pequeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . mínimo
pobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . paupérrimo "... eu não sou propriamente um autor defunto, mas um de-
provável . . . . . . . . . . . . . . . . .. probabilíssimo funto autor."
sábio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. sapientíssimo
sagrado . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . sacratíssimo I. no primeiro caso, autor é substantivo; defunto é adjetivo.
simples . . . . . . . . . . . . . . . . ... . simplicíssimo II. no segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivo.
terrível . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . terribilíssimo III. em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.
veloz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . .velocíssimo

EXERCÍCIOS 7) Substitua as locuções adjetivas pelo adjetivo correspon-


dente.
1) Analise o grau do adjetivo grifado nas frases que seguem,
de acordo com o seguinte código: a) chuvas de verão
b) voz de prata
1 - comparativo de igualdade c) hábitos contra a moral
2 - comparativo de superioridade d) questão sem dúvida
3 - comparativo de inferioridade e) plantas do lago
4 - superlativo absoluto f) regime de chuva
5 - superlativo relativo g) astúcia de raposa
h) congresso de bispos
a) ( ) E a vida seguia muito calma. i) cor de chumbo
b) ( ) Foi a mais alta demonstração de amor.
c) ( ) Livre-nos Deus dessa misérrima condição. 8) A locução adjetiva correspondente a cístico é:
d) ( ) A vida é mais breve do que a morte.
e) ( ) O lazer é tão importante quanto o trabalho. a) de cabeça
f) ( ) Ele foi menos delicado do que eu. b) de estômago
c) de açúcar
2) Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo. d) de bexiga

a) "Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem 9) Aponte a alternativa que possua um adjetivo biforme e um
aonde ir..." adjetivo uniforme respectivamente:
b) "O cego de Ipanema representava naquele momento todas
as alegorias da noite escura da alma..." a) interior - hipócrita
c) "Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do b) cru - europeu
álcool." c) são - audaz
d) "Naquele instante era só um pobre cego." d) paulista - mau
e) "... da Terra que é um globo cego girando no caos."

3) Não se flexionam os compostos abaixo, em qualquer de 10) Assinale a alternativa incorreta quanto à formação do
seus elementos, exceto: plural dos adjetivos compostos:

a) azul-claro a) moças surdas-mudas


b) verde-alface b) saias azuis-celestes
c) amarelo-laranja c) ternos verde-oliva
d) castanho-avelã d) tecidos furta-cor
e) verde-garrafa
11) Aponte a alternativa correta:
4) O adjetivo está mal flexionado em grau em:
a) O adjetivo formado por cor + de + substantivo não recebe
a) livre: libérrimo s no plural.
b) magro: macérrimo b) A palavra ultravioleta é variável.
c) doce: docílimo c) O plural de azul-marinho é azul-marinhos.
d) triste: tristíssimo d) O adjetivo marrom-café é variável, acrescentasse s nos
e) fácil: facílimo dois elementos.

5) Assinale a única alternativa em que se encontram as for-


mas corretas do superlativo erudito dos adjetivos soberbo, RESPOSTAS
malévolo e magro. 1 – a) 4; b) 5; c) 4; d) 2; e) 1; f) 3
2-E 3-A 4-C 5-C 6-A
a) soberbíssimo / malevolíssimo / magérrimo 7 – a) estivais; b) argêntea; c) imorais;
b) magríssimo / maleovolérrimo / soberbílimo d) indubitáveis; e) lacustres; f) pluvial;
c) superbíssimo / malevolentíssimo / macérrimo g) vulpina; h) episcopal; i) plúmbea.
d) soberbérrimo / magrílimo / malevolentérrimo 8-D 9-C 10 - B 11 - A
e) magérrimo / superbérrimo / malevolentíssimo

– 25 –
Língua Portuguesa
ARTIGO – Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos Exemplos:


para determiná-los; indica-se ao mesmo tempo gênero e
número. O Rio de Janeiro, O Cairo, O Porto.

Dividem-se os artigos em: Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade,
conforme venham ou não precedidos de artigo.
definidos: o, a, os, as
indefinidos: um, uma, uns, umas. Exemplo: Vou a Paris.
Vou à Paris dos museus.
Os definidos determinam os substantivos de modo preci-
so, particular: Viajei com o médico. 3ª) Toda cidade / toda a cidade.

Os indefinidos determinam os substantivos de modo “Todo”, “toda” designam qualquer, cada.


vago, impreciso, geral: Viajei com um médico.
Exemplo: Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).
FLEXÃO DO ARTIGO
“Todo o”, “toda a” designam totalidade, inteireza.
O artigo se flexiona em gênero e número:
Exemplo: Conheci toda a cidade (a cidade inteira).
Combinações dos artigos:
No plural, usa-se “todos os”, “todas as”, exceto antes de
artigo preposições numeral não seguido de substantivo.
definido a de em por(per)
o ao do no pelo Exemplos:
a à da na pela
os aos dos nos pelos Todas as cidades vieram.
as às das nas pelas
Todos os cinco clubes disputarão o título.
Todos cinco são concorrentes.
artigo preposições
indefinido em de 4ª) Tua decisão / a tua decisão.
um num dum
uma numa duma De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos
uns nuns duns possessivos.
umas numas dumas
Exemplos: Aplaudimos tua decisão.
Particularidades Aplaudimos a tua decisão.

• O artigo transforma qualquer palavra em substantivo. Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito
é obrigatória a ocorrência do artigo.
o pobre (adjetivo = pobre)
↓ Exemplo: Aplaudiram a tua decisão e não a minha.
palavra substantivada
5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas deci-
o sim (advérbio = sim) sões.

palavra substantivada No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois
do substantivo.
• O artigo distingue os homônimos e define o seu significado:
Exemplos: Tomou decisões as mais oportunas.
o caixa (pessoa) a caixa (objeto) Tomou as decisões mais oportunas.

é errado: Tomou as decisões as mais oportunas.


EMPREGO DO ARTIGO
6ª) Faz uns dez anos.
1ª) Ambas as mãos.
O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa
Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo. quantidade aproximada.

Exemplo: Ambas as mãos são perfeitas. Exemplo: Faz uns dez anos que saí de lá.

2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris. 7ª) Em um / num.

Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos Exemplos:


que venham determinados por adjetivos ou locuções adjeti-
vas. Estava em uma cidade grande.
ou
Exemplo: Vim de Paris. Vim da luminosa Paris. Estava numa cidade grande.

– 26 –
Língua Portuguesa
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com pre-
posições: de + o = do, de + a = da, etc. NUMERAL
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas
(dum e num) ou separadas (de um, em um). Numeral é uma palavra que exprime número de ordem,
múltiplo ou fração.
Exemplos: Estava em uma cidade grande. ou
Estava numa cidade grande. CLASSIFICAÇÃO DO NUMERAL

EXERCÍCIOS De acordo com o que indica, o numeral pode ser classifi-


cado em:
1) Coloque o artigo nos espaços vazios conforme o termo
subsequente o aceite ou não. Quando necessário, faça a a) cardinal: indica quantidade exata de seres: um, dois, três,
contração de preposição com o artigo. quatro, cinco . . .

a) Afinal, estamos em .......... Brasil ou em .......... Portugal? b) ordinal: indica a ordem dos seres numa determinada
b) Viajamos para .......... Estados Unidos, fora isso nunca série: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto ...
saímos de .......... casa.
c) Todos .......... casos estão sob controle. c) multiplicativo: indica uma quantidade multiplicada do
d) Toda .......... família estrangeira que vem para o Brasil mesmo ser: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo ...
procura logo seus parentes.
e) Todos .......... vinte jogadores estão gripados. d) fracionário: indica em quantas partes a quantidade foi
f) Todos .......... quatro saíram. dividida: meio, terço, quarto, quinto. . .

2) Nas frases que seguem, há um artigo (definido ou indefini-


do) grifado. Indique o seu valor, de acordo com o código que QUADRO DOS NUMERAIS
segue.
cardinais ordinais multipli- fracionários
1 - O artigo está especificando o substantivo. cativos
2 - O artigo está generalizando o substantivo. um primeiro - -
3 - O artigo está intensificando o substantivo. dois segundo dobro meio
três terceiro triplo terço
4 - O artigo está designando a espécie toda do substantivo.
quatro quarto quádruplo quarto
5 - O artigo está conferindo maior familiaridade ao substanti- cinco quinto quíntuplo quinto
vo. seis sexto sêxtuplo sexto
6 - O artigo está designando quantidade aproximada. sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
a) ( ) Afinal, todos sabiam que o João não seria capaz disso. nove nono nônuplo nono
b) ( ) Anchieta catequizou o índio brasileiro e lhe ensinou os dez décimo décuplo décimo
rudimentos da fé católica. onze décimo primeiro undécuplo onze avos
doze décimo segundo duodécu- doze avos
c) ( ) Respondeu as perguntas com uma convicção, que não
treze décimo terceiro plo treze avos
deixou dúvida em ninguém. catorze ou décimo quarto - catorze avos
d) ( ) Não vamos discutir uma decisão qualquer, mas a deci- quatorze -
são que desencadeou todos esses acontecimentos. quinze décimo quinto - quinze avos
e) ( ) Tomemos ao acaso um objeto do mundo físico e obser- dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
vemos a sua forma. dezessete décimo sétimo - dezessete avos
f) ( ) Durante uns cinco dias frequentou minha casa, depois dezoito décimo oitavo - dezoito avos
desapareceu. dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
3) Procure e assinale a única alternativa em que há erro, quarenta quadragésimo - quarenta avos
quanto ao emprego do artigo. cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
a) Nem todas as opiniões são valiosas. setenta septuagésimo - setenta avos
b) Disse-me que conhece todo o Brasil. oitenta octogésimo - oitenta avos
c) Leu todos os dez romances do escritor. noventa nonagésimo - noventa avos
d) Andou por todo Portugal. cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
e) Todas cinco, menos uma, estão corretas.
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocen- quadringentésimo - quadringentésimo
4) Em todas as alternativas abaixo, há artigos definidos ou tos - quingentésimo
indefinidos, exceto em: quinhentos quingentésimo -
seiscentos sexcentésimo ou - sexcentésimo
a) Ele passou uns dez dias na fazenda. seiscentésimo
b) Em certos momentos, vejo-me pensando em ti. setecentos septingentésimo - septingentésimo
c) Viajarei à terra de meus avós. oitocentos ou setingentésimo -
novecentos octingentésimo - octingentésimo
d) Votarei num deputado que seja honesto e trabalhador.
nongentésimo ou nongentésimo
mil noningentésimo -
RESPOSTAS milhão milésimo - milésimo
1 a) no, Ø; b) os, Ø; c) os; d) Ø; e) os; f) Ø bilhão milionésimo milionésimo
2 a) 5; b) 4; c) 3; d) 1; e) 2; f) 6 bilionésimo bilionésimo
3) A 4) B

– 27 –
Língua Portuguesa
EMPREGO DOS NUMERAIS EXERCÍCIOS

1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos 1) O ordinal trecentésimo septuagésimo corresponde a:
ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série de 1 a
10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o nume- a) 37 b) 360 c) 370
ral venha depois do substantivo.
2) O ordinal nongentésimo quinquagésimo corresponde a:
Exemplos: D. Pedro II (segundo),
Luís XV (quinze), a) 95 b) 950 c) 9050
D. João VI (sexto),
João XXIII (vinte e três), 3) O ordinal quingentésimo octogésimo corresponde a:
Pio X (décimo),
Capítulo XX (vinte). a) 58 b) 580 c) 588

2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, 4) O ordinal quadragésimo oitavo corresponde a:
usam-se sempre os ordinais.
a) 480 b) 448 c) 48
Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo
século. 5) Em todas as frases abaixo, os numerais foram corretamen-
te empregados, exceto em:
3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros
textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardi- a) O artigo vinte e cinco deste código foi revogado.
nal. b) Seu depoimento foi transcrito na página duzentos e vinte e
dois.
Exemplos: artigo 1º (primeiro), artigo 12 (doze). c) Ainda não li o capitulo sétimo desta obra.
d) Este terremoto ocorreu no século dez antes de Cristo.
4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de
seres dá-se o nome de numerais coletivos. 6) Em todas as frases abaixo, a palavra grifada é um nume-
ral, exceto em:
Exemplos: dúzia, centena.
a) Ele só leu um livro este semestre.
5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos b) Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este servi-
deve ser feita da seguinte forma: ço.
c) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você.
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção d) Você quer uma ou mais caixas deste produto?
e entre eles.
7) Assinale os itens em que a correspondência cardinal /
Exemplos: 94 = noventa e quatro ordinal está incorreta; em seguida, faça a devida correção.
743 = setecentos e quarenta e três.
a) 907 = nongentésimo sétimo
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre b) 650 = seiscentésimo quingentésimo
o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a c) 804 = octingentésimo quadragésimo
centena). d) 321 = trigésimo vigésimo primeiro
e) 750 = setingentésimo quinquagésimo
Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.
8) Assinale a incorreta quanto aos numerais empregados:
Obs.: se a centena começar por zero, o emprego do e é
obrigatório. a) Você deve ler o parágrafo segundo.
b) D. Pedro primeiro foi o príncipe regente.
Exemplo: 5062 = cinco mil e sessenta e dois. c) Releia o artigo décimo terceiro.
d) Cláudia encenará o capítulo quinto.
Será também obrigatório o emprego do e se a centena
terminar por zeros. 9) Aponte a alternativa correta:
a) 637º – seiscentos e trinta e sete
Exemplo: 2300 = dois mil e trezentos. b) 981º – nonagésimo octingentésimo primeiro
c) 123º – centésimo ducentésimo terceiro
c) Se houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e d) 444º – quadringentésimo quadragésimo quarto
entre cada um dos grupos.
10) As palavras quíntuplo e quinto são respectivamente:
Exemplo: 5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cin- a) ambos multiplicativos
quenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta. b) multiplicativo e fracionário
c) ambos fracionários
6ª) Formas variantes: d) fracionário e multiplicativo
Alguns numerais admitem formas variantes como cator-
ze/ quatorze, bilhão / bilião. RESPOSTAS
1-C 2-B 3-B 4-C 5-D 6-C
Nota: As formas cincoenta (50) e hum (1) são erradas. 7 – b) seiscentésimo quinquagésimo
Formas corretas: O cheque é de cinquenta reais. c) octogentésimo quarto
O anel custou um mil reais. d) trecentésimo vigésimo primeiro
8-C 9-D 10 - B

– 28 –
Língua Portuguesa
FORMAS DE TRATAMENTO
PRONOMES
Entre os pronomes pessoais incluem-se os chamados
pronomes de tratamento, que se usam no trato cortês e ceri-
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o subs- monioso das pessoas.
tantivo indicando as pessoas do discurso. O pronome pode
funcionar como: Quadro dos pronomes de tratamento

- Pronome adjetivo: quando modifica um substantivo. abreviatura


Esta casa é antiga. pronomes de
tratamento singular plural
- Pronome substantivo: quando desempenha função de Você v. v v.
substantivo. Usado para pessoas familiares, íntimas.
Paulo é um ótimo aluno. Convidei-o para o curso. a as
Senhor, Senhora Sr., Sr. Srs., Sr.
Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, Usados para manter uma distância respeitosa.
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. Vossa Senhoria V.S.
a
V.S.
as

PRONOMES PESSOAIS Usado para correspondências comerciais.


a as
Vossa Excelência V.Ex. V.Ex.
Há três pessoas gramaticais: Usado para altas autoridades: presidente, etc.
a as
1ª pessoa: a pessoa que fala (eu, nós) Vossa Eminência V.Em. V.Em.
2ª pessoa: a pessoa com quem se fala (tu, vós) Usado para cardeais.
3ª pessoa: a pessoa de quem se fala (ele, eles) Vossa Alteza V.A. V V.A A.
Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblí- Usado para príncipes e duques
quos. Vossa Santidade V.S. -
Usado para o Papa.
Os pronomes retos funcionam, em regra, como sujeitos ma mas
de oração e os oblíquos, como objetos ou complementos. Vossa Reverendíssima V.Rev. V.Rev.
Usado para sacerdotes e religiosos em geral.
Quadro dos pronomes pessoais – singular e plural a as
Vossa Magnificência V.Mag. V.Mag.
pessoas do Usado para reitores de universidades.
discurso retos oblíquos Vossa Majestade V.M. V V.M M.
1ª pessoa eu me, mim, comigo Usado para reis e rainhas.
2ª pessoa tu te, ti, contigo
3ª pessoa ele / ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa nós nos, conosco Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam com as
2ª pessoa vós vos, convosco formas verbais da 3ª pessoa:
3ª pessoa eles / elas os, as, lhes, se, si, consi-
go Vossa Excelência, Senhor Presidente, é digno de nossas
homenagens.
Quanto à acentuação, os pronomes oblíquos dividem-se
em: tônicos (mim, ti, si, comigo, etc.) e Referindo-se à 3ª pessoa apresentam-se com o possessi-
átono (me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos e vos). vo sua: Sua Senhoria, Sua Excelência.
Associados a verbos terminados em "r", "s" ou "z", os Sua Excelência, Senhor Presidente, está sendo esperado
pronomes o, a, os, as assumem as antigas modalidades lo, hoje.
la, los, las, caindo aquelas consoantes:
PRONOMES POSSESSIVOS
Vou ver + o = vou vê-lo;
Fiz + o = fi-lo; São aqueles que dão ideia de posse, indicando o ser a
Trazer + o = trazê-lo. que pertence uma coisa.
Meu carro é branco.
Associados a verbos terminados em ditongo nasal (am, Seus lápis estão em cima da mesa.
em, ão, õe) os ditos pronomes tomam as formas "no, na, nos,
nas": Quadro dos pronomes possessivos
chamam + o = chamam-no;
afundaram + a = afundaram-na.
pronomes possessivos
Pronomes oblíquos reflexivos são os que se referem ao 1ª pessoa meu, minha, meus minhas
sujeito da oração sendo da mesma pessoa que este: singular 2ª pessoa teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas
A menina penteou-se. 1ª pessoa nosso, nossa, nossos, nossas
O operário feriu-se. plural 2ª pessoa vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas
Com exceção de o, a, os, as, lhe, lhes, os demais prono-
mes oblíquos podem ser reflexivos.

– 29 –
Língua Portuguesa
PRONOMES DEMONSTRATIVOS PRONOMES RELATIVOS

São os que indicam o lugar, a posição, ou a identidade São os que representam seres já citados na frase, servin-
dos seres, relativamente às pessoas do discurso. Exemplos: do como elemento de ligação (conectivo) entre duas orações.

Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro Exemplos:
está perto da pessoa que fala.
Os romanos escravizavam os soldados que eram derro-
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro tados.
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
que fala.
Quadro dos pronomes relativos
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. pronomes relativos
variáveis invariáveis
Quadro dos pronomes demonstrativos
o qual, os quais, a qual, as quais que
cujo, cujos, cuja, cujas quem
pronomes demonstrativos quanto, quantos, quanta, quantas onde
1ª pessoa este, esta, estes, estas, isto
2ª pessoa esse, essa, esses, essas, isso VALOR DOS PRONOMES NA ORAÇÃO

3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo Os pronomes podem ser pronomes substantivos ou pro-
nomes adjetivos.

PRONOMES INDEFINIDOS Os pronomes substantivos substituem o substantivo; os


pronomes adjetivos vêm acompanhados de um substantivo.
São aqueles que se referem à 3ª pessoa, mas de modo
vago, indefinido. Exemplo: Alguém bateu à porta. Aquele livro é novo (aquele = pronome adjetivo, porque
vem seguido do substantivo livro).
Quadro dos pronomes indefinidos Aquele que trabalha progride (aquele = pronome subs-
tantivo, porque não vem seguido de substantivo; está empre-
pronomes indefinidos gado no lugar de um substantivo).
variáveis invariáveis
a) São exclusivamente pronomes substantivos: os pesso-
algum, alguma, alguns, algumas algo ais, os demonstrativos isto, isso, aquilo; os indefinidos quem,
nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas alguém alguém, ninguém, algo, outrem, tudo.
todo, toda, todos, todas nada
muito, muita, muitos, muitas ninguém
pouco, pouca, poucos, poucas tudo b) São exclusivamente pronomes adjetivos: os pronomes
certo, certa, certos, certas cada possessivos; o pronome relativo cujo; os pronomes indefini-
outro, outra, outros, outras outrem dos cada, certo.
quanto, quanta, quantos, quantas quem
tanto, tanta, tantos, tantas mais
vário, vária, vários, várias menos USO DO PRONOME PESSOAL
diverso, diversa, diversos, diversas demais
qualquer, quaisquer 1º) Os pronomes do caso reto não funcionam como objeto.
Locuções pronominais indefinidas É errado dizer: Vou pôr ele a par do assunto.
Correção: Vou pô-lo a par do assunto.
cada um / cada uma / cada qual
quem quer que / quantos quer que Observação: Precedido de todo e só, o pronome ele (ela,
toda aquela que / todo aquele que eles) pode ocorrer como objeto.
seja quem for / seja qual for Exemplo: Recomendei só ele.
qualquer um / qualquer um
um ou outro / uma ou outra 2º) Os pronomes eu e tu não podem vir regidos de preposi-
tal e tal / tal qual / tal e qual / tal ou qual ção.
PRONOMES INTERROGATIVOS É errado: Nada houve entre eu e tu.
Correção: Nada houve entre mim e ti.
Aparecem em frases interrogativas, acompanhados ou
não de verbos interrogativos como: perguntar, desejar, saber, 3º) Em frases do tipo: "Empreste o livro para eu ler.", a pre-
etc. São pronomes interrogativos: que, qual, quem, quanto. posição não está regendo o pronome eu (sujeito do verbo
Exemplos: ler), mas o verbo. A ligação sintática é: empreste o livro para
ler, e não: empreste o livro para eu.
Quem chegou primeiro?
Quantos vestidos trouxeram? O mesmo ocorre com o pronome tu.
Qual é a sua opinião?
Que farei agora? É correto: Chegou uma ordem para tu viajares.
Quanto te devo, meu amigo? É errado: Chegou uma ordem para ti viajares.
Qual é o seu nome?

– 30 –
Língua Portuguesa
4º) Os processos oblíquos (me, te, se, o, a, nos, vos) podem 13º) Reflexivo é o pronome oblíquo que projeta o sujeito do
funcionar como sujeito no infinitivo. mesmo verbo.

É correto: Deixe-me dizer isto. Exemplo: Nós nos enganamos.


É errado: Deixe eu dizer isso.
14º) Recíproco é um tipo de pronome reflexivo que, com valor
5º) Os pronomes se, si, consigo só podem funcionar como de um ao outro, refere-se a sujeito plural ou composto.
reflexivos (pronome da mesma pessoa que o sujeito).
Exemplo: Os lutadores se estudaram.
É errado: Desejo para si tudo de bom.
É correto: Desejo para você tudo de bom.
USO DO PRONOME POSSESSIVO
Também é correto: Ele gosta muito de si.
1º) Anteposto a nomes próprios, seu não é possessivo, mas
6º) É correto o pronome oblíquo átono vir repetido em pleo- uma alteração fonética de Senhor.
nasmo por um oblíquo tônico.
Exemplo: Seu Antonio viajou.
Exemplo: A ti, não te convém este contrato.
Nos pronomes de tratamento sua e vossa não se anali-
7º) Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos podem sam destacadamente.
combinar-se com o, a, os, as, gerando as formas mo, to,
lho, no-lo, vo-lo. 2º) Referindo-se a pronomes de tratamento, o possessivo fica
na terceira pessoa.
Exemplos: Este direito, eu lho nego.
A palavra, ele no-la deu. Exemplo: Vossa Excelência e seus companheiros queiram
aproximar-se.
8º) Pronome de Tratamento é aquele com que nos referimos
às pessoas de maneira cerimoniosa. 3º) Modificando mais de um substantivo, o possessivo con-
corda com o mais próximo.
Os pronomes de tratamento assumem o gênero da pes-
soa representada. Exemplo: Peço sua colaboração e apoio.

Exemplos: Vossa Majestade é bondoso (para o rei). 4º) Os possessivos seu(s), sua(s) tanto podem referir-se à 3ª
Vossa Majestade é bondosa (para a rainha). pessoa (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa, do discurso
(seu pai = o pai de você).
O pronome de tratamento precedido de vossa, cabe à
pessoa com quem se fala; precedido de sua, cabe à pessoa Por isso toda vez que os ditos possessivos derem mar-
de quem se fala. gem à ambiguidade, devem ser substituídos pelas expres-
sões dele(s), dela(s).
Exemplos: Vossa Excelência queira tomar a palavra. (falando Você sabe bem que eu não sigo a opinião dele.
com uma alta autoridade)
Sua Excelência não compareceu. 5º) Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-
(falando de uma alta autoridade) los pelos pronomes oblíquos comunica à frase desenvoltura e
elegância
Em ambos os casos, tais pronomes comportam-se como
de 3ª pessoa gramatical. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.

9º) Os pronomes o, a, os, as são usados como objeto direto. 6º) Além da ideia de posse, podem ainda os possessivos
O pronome lhe (lhes) é usado como objeto indireto. exprimir:

Exemplos: Isto o compromete. 1) cálculo aproximado, estimativa:


Isto não lhe convém.
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos.
10º) Os oblíquos me, te, lhe, nos, vos podem ocorrer com
2) familiaridade ou ironia, aludindo-se à personagem de
valor de possessivos. uma história:
Exemplo: Não lhe entendo a intenção (lhe = sua). O nosso homem não se deu por vencido.

11º) Precedidos da preposição com, os pronomes nós e vós, 3) o mesmo que os indefinidos certo, algum:
combinam-se com ela, exceto se vierem seguidos de outros, Cornélio, como sabemos, teve suas horas amargas.
todos, mesmos, próprios.
4) afetividade, cortesia:
Exemplos: Deixaram o recado conosco.
Deixaram o recado com nós mesmos.
Como vai, meu menino?
12º) Nós e vós podem ser empregados em lugar de eu e tu No plural se usam os possessivos substantivados no
em situações de cerimônia ou, no caso de nós, por modéstia. sentido de parentes, família:
Exemplo: Vós sois sábio, ó Deus! É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?

– 31 –
Língua Portuguesa
Podem os possessivos serem modificados por um advér- 2º) O pronome relativo que pode ter por antecedente o de-
bio de intensidade: monstrativo o (a, os, as).

Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão Exemplo: Sei o que digo.
seu, quando não sabia o que dizer.
3º) O pronome relativo que nem sempre equivale a o qual (a
Quando desnecessários, omitem-se os pronomes pos- qual, os quais, as quais), sobretudo em situações em que
sessivos, principalmente antes de nomes de partes do corpo: vem marcado com acento tônico.
Estendi o braço para apanhar a flor.
Exemplo: São estes os critérios conforme os quais vamos
USO DO PRONOME DEMONSTRATIVO julgar (conforme que não é aceitável).

1º) Tanto no espaço quanto no tempo este designa posição 4º) Cujo (cuja, cujos, cujas) equivale a do qual (da qual,
próxima à pessoa que fala (1ª). dos quais, das quais) e indica que o nome a que se refere é
propriedade do antecedente.
Exemplos: Moro nesta casa. Chegou neste minuto.
Exemplo: Afirmam fatos cuja veracidade reconheço.
2º) Esse designa posição próxima com quem se fala (2ª) ou Obs.: Há situações em que o pronome cujo (cuja, cujos,
um certo distanciamento da pessoa que fala. cujas) intercala-se entre uma preposição e o complemento
que ela rege.
Exemplos: Morei nessa casa aí.
O ano passado foi penoso, nessa época perdi o Exemplo: Afirmam fatos de cuja veracidade desconfio.
emprego.
5º) Quanto (quanta, quantos, quantas), como pronome
3º) Aquele designa posição próxima de quem se fala (3ª) ou relativo, tem por antecedente tudo, todo, toda, etc.
distante dos interlocutores.
Exemplo: Recolheu tudo quanto viu.
Exemplos: Veja aquela estrela lá no alto.
6º) Onde, pronome relativo, equivale a em que, na qual.
Obs.: No interior do discurso, este refere-se ao elemento
anterior mais próximo, aquele ao mais distante. Exemplo: Esta é a terra em que habita.

Exemplo: O homem e a mulher têm direitos iguais, mas esta 7º) Quem, quanto, onde, usados sem antecedentes, costu-
é mais tolhida do que aquele. mam ser classificados como pronomes relativos indefinidos.

4º) Os pronomes o, a, os, as como demonstrativos, equiva- Exemplo: Quem atravessou, foi multado.
lem a aquilo, aquela, aqueles, isto, etc.
USO DO PRONOME INDEFINIDO
Exemplo: Não se negou o que eu disse. (o = aquilo)
1) algum
5º) Mesmo e próprio designam algo idêntico a outro que já
ocorreu anteriormente, ou coisas idênticas entre si. Anteposto ao substantivo, tem significação positiva; pro-
posto, apresenta valor negativo:
Exemplo: Fui visitar o museu e vi que era o mesmo de vinte
anos atrás. Algum amigo os traiu. (= um amigo)
Amigo algum os traiu. (=nenhum amigo)
São usados como reforço dos pronomes pessoais.
2) cada
Exemplo: Eu mesmo resolvi o caso.
Mesmo e próprio concordam com o nome a que se refe- Pode apresentar-se na frase com valor:
rem.
a) distributivo: Cada livro custou dez dólares!
Exemplos: Elas próprias vieram. b) intensivo: Lá na cidade tem cada moça bonita!
Eles mesmos concordaram.
3) demais
6º) Como demonstrativos, tal e semelhante assumem signifi-
cados análogos a esse, essa, aquele, aquela. Significa os outros, os restantes:

Exemplo: Tal coisa não me interessa. Dos quadros que fiz só tenho dois: os demais eu vendi.

USO DO PRONOME RELATIVO 4) menos, mais

1º) Quando o pronome relativo funciona como complemento Menos é invariável:


do verbo, deve vir precedido da preposição exigida por este.
É preciso gastar menos água.
Exemplos:
Negaram os casos a que assistimos. Mais significa muitos, uma infinidade, em frases como:
Negaram os casos de que descrêem.
Negaram os casos com que nos defrontamos. Os índios avançavam, atirando flechas e mais flechas.

– 32 –
Língua Portuguesa
5) nenhum - Quem sou eu? – ele perguntou num último esforço. (Otto
Lara Resende)
Proposto ao substantivo, aviva a negação:
3) qual
“Seu Ivo não mora em parte nenhuma.” (Graciliano Ra-
mos) Pode ser pronome adjetivo ou substantivo:

6) certo - Quais são os símbolos da pátria? (pronome adjetivo)


- Leve esses livros daqui!! Agora!
Antepõe-se ao substantivo, podendo, em alguns casos, vir - Quais? (pronome substantivo)
precedido do artigo um:
4) quanto
Tinha certo ar de superioridade.
Chegamos ao sítio de um certo Eufrásio. Pode ser pronome substantivo ou pronome adjetivo:

7) qual Perguntei quanto era. (pronome substantivo)


- Quanto tempo faz que a gente não se encontra? (pro-
Como pronome indefinido, tem o sentido de cada qual: nome adjetivo)

“Em seguida desceram, e já não eram dois, mas sim dez 5) cadê?
meninos, qual mais fagueiro, e todos diziam que iam acabar
com a ratazana.” (Luís Henrique Tavares) A expressão que é feito de, reduzida para que é de, deu
origem aos interrogativos cadê, quede e quede, bastante
8) qualquer utilizados na linguagem coloquial e já incorporados pela lite-
ratura.
O plural deste pronome é quaisquer:
E cadê doutor? Cadê remédio? Cadê jeito? (Monteiro
Executamos quaisquer serviços. Lobato)

Pode apresentar-se com sentido depreciativo: O PRONOME VOCÊ

“A intenção dele é mostrar que não é criado de qualquer.” O pronome você perdeu seu caráter de tratamento ceri-
(Machado de Assis) monioso sendo hoje, no Brasil, utilizado em situações infor-
mais, substituindo o pronome de segunda pessoa tu.

9) todo Você sempre foi resistente à ideia de gravar discos. O que


o fez mudar de ideia?
Modernamente, costuma-se distinguir todo (= cada, qual-
quer) e todo o (= inteiro, completo): Como se vê pelo exemplo, você faz referência à segunda
pessoa, mas exige verbo na terceira. Este pronome resulta
Li todo o livro. (= o livro todo ou inteiro) das transformações fonéticas pelas quais passou o pronome
Li todo livro que encontrasse. (= cada ou qualquer livro) de tratamento Vossa Mercê.

Usa-se como advérbio, no sentido de completamente, Apesar de ser considerado pela NGB como pronome de
mas geralmente flexionando-se em gênero e número: tratamento, você enquadra-se mais apropriadamente na
categoria de pronome pessoal, visto que substitui tu em qua-
Os ipês estavam todos floridos. se todo o território brasileiro.
A roupa estava toda molhada.
Deve-se notar ainda o emprego de você como pronome
que indetermina o sujeito:
10) tudo
Mas o que você pode fazer contra as forças da natureza?
Pode-se dizer, indiferentemente, tudo que ou tudo o que:
A norma culta da língua condena esse emprego do termo,
Esqueça tudo que ficou atrás. preferindo a impessoalização com o pronome se:
Esqueça tudo o que ficou atrás.
O que se pode fazer contra as forças da natureza?
USO DO PRONOME INTERROGATIVO
A EXPRESSÃO “A GENTE”
1) que
Na linguagem coloquial, o pronome nós é frequentemente
É pronome substantivo quando equivaler a que coisa. substituído por a gente.
Nesse caso, admite também a forma o que.
Um segurança nos xingou e queria nos agredir para que a
Mas que significa isso? perguntou o moço insatisfeito... gente saísse da estação.
(Carlos Drummond de Andrade) A expressão pode ainda apresentar valor impessoal,
indeterminado:
2) quem
Eu sabia os riscos que estava correndo. A gente sempre
É pronome substantivo e refere-se a pessoas. pensa: comigo não vai acontecer. Aí aconteceu”, diz.

– 33 –
Língua Portuguesa
(a gente pensa = pensa-se)
VERBO
A norma culta da língua tende a rejeitar essas constru-
ções, comuns na fala coloquial.
Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou
SENHOR, SENHORA, SENHORITA fenômeno.

Os pronomes senhor, senhora e senhorita são larga- Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em
mente utilizados no Brasil como forma de respeito e cortesia. flexões. Com efeito, o verbo possui diferentes flexões para
indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a
EXERCÍCIOS voz. O verbo flexiona-se em número e pessoa:

1) Preencha corretamente as lacunas de cada frase com singular plural


uma das formas indicadas entre parênteses: 1ª pessoa eu trabalho nós trabalhamos
2ª pessoa tu trabalhas vós trabalhais
a) O professor conversou ... todos. (com nós - conosco) 3ª pessoa ele trabalha eles trabalham
b) Eu vou jantar .......... amanhã. (com você - consigo)
c) Não há problemas para .... terminar este trabalho. (mim -
eu) EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS
d) Esta carta é para .......... (eu - mim)
e) Sem .......... o serviço não ficaria pronto. (mim - eu) Tempo é a variação que indica o momento em que se dá
f) Eu não .......... encontrei na festa. (o - lhe) o fato expresso pelo verbo. Os três tempos naturais são o
g) Eu sei que eles não partirão sem .......... . (eu - mim) Presente, o Pretérito (ou Passado) e o Futuro.

2) Indique em que alternativa os pronomes pessoais estão O Presente designa um fato ocorrido no momento em
bem empregados. que se fala; o Pretérito, antes do momento em que se fala;
e o Futuro, após o momento em que se fala.
a) Deixou ele sair.
b) Mandou-lhe ficar de guarda. Leio uma revista instrutiva. (Presente)
c) Permitiu-lhe, a ele, fazer a ronda. Li uma revista instrutiva. (Pretérito)
d) Procuraram-o por toda a parte. Lerei uma revista instrutiva. (Futuro)
e) n.d.a.
TEMPOS DO MODO INDICATIVO
3) Era para ............... falar ............... ontem, mas não
............... encontrei em parte alguma. 1) Presente: estudo

a) mim / consigo / o 2) Pretérito: – Imperfeito: estudava


b) eu / com ele / lhe – Perfeito: estudei
c) mim / consigo / lhe – Mais-que-perfeito: estudara
d) mim / contigo / te
e) eu / com ele / o 3) Futuro: – do Presente: estudarei
– do Pretérito: estudaria
4) Aponte a incorreta:
Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em segui-
a) Eu ofereço esse livro para si. da, o emprego dos mesmos e sua correlação.
b) Maria queria o namorado para junto de si.
c) Hei de tornar meu filho mais confiante em si. PRESENTE DO INDICATIVO
d) Colegas há que vivem brigando entre si.
e) n.d.a. O presente do indicativo emprega-se:

5) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas 1) Para enunciar um fato atual:
da frase: Cai a chuva.
"As mulheres, ............ olhos as lágrimas caíam, assistiam a O céu está limpo.
uma cena ............ não gostavam."
2) Para indicar ações e estados permanentes:
a) cujos / que A terra gira em torno do próprio eixo.
b) em cujos / que Deus é Pai!
c) de cujos / de que
d) cujos / de que 3) Para expressar uma ação habitual do sujeito:
e) de cujos / que Sou tímido.
Como muito pouco.

4) Para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado


(presente histórico):
RESPOSTAS
1 – a) com nós; b) com você; c) eu; “A Avenida é o mar dos foliões. Serpentinas cortam o
d) mim; e) mim; f) o; g) mim. ar..., rolam das escadas, pendem das árvores e dos fi-
2-C 3-E 4-A 5-C os ...”
(M. Rebelo)

– 34 –
Língua Portuguesa
5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, 2) Como forma polida de presente, em geral denotadora de
para impedir qualquer ambiguidade, se faz acompanhar ge- desejo.
ralmente de um adjunto adverbial: Desejaríamos cumprimentar os noivos.

“Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...“ 3) Em certas frases interrogativas e exclamativas, para deno-
(A. Bessa Luís) tar surpresa ou indignação:
O nosso amor morreu... Quem o diria?
PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO
A própria denominação deste tempo – Pretérito Imperfeito
– ensina-nos o seu valor fundamental: o de designar um fato 1) Presente: estude
passado, mas não concluído (imperfeito = não perfeito, ina-
cabado). 2) Pretérito:
– Imperfeito: estudasse
Podemos empregá-lo assim: – Perfeito: tenha (ou haja) estudado
– Mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado
1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma épo-
ca passada e descrevemos o que então era presente: 3) Futuro:
O calor ia aumentando e o vento despenteava meu – Simples: estudar
cabelo. – Composto: tiver (ou houver) estudado

2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos
consequência certa e imediata de outro, que não ocorreu, ou o fato expresso pelo verbo como real, certo, seja no presen-
não poderia ocorrer: te, seja no passado, seja no futuro.
Se eu não fosse mulher, ia também!
Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a exis-
tência ou não existência do fato como uma coisa incerta,
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO duvidosa, eventual ou, mesmo, irreal.

1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que ocor- Observemos estas frases:
reu antes de outra já passada:
A conversa ficara tão tediosa, que o homem se desinte- Afirmo que ela estuda. (modo indicativo)
ressou. Duvido que ela estude. (modo subjuntivo)
Afirmei que ela estudava. (modo indicativo)
2) Na linguagem literária emprega-se, às vezes, o mais-que- Duvidei que ela estudasse. (modo subjuntivo)
perfeito em lugar:

a) do futuro do pretérito (simples ou composto): PRESENTE DO SUBJUNTIVO


“Um pouco mais de sol – e fora (= teria sido) brasa,
Um pouco mais de azul – e fora (= teria sido) além, Pode indicar um fato:
Para atingir ... (Sá Carneiro)
1) Presente:
b) do pretérito imperfeito do subjuntivo:
Quem me dera! (= quem me desse) Não quer dizer que se conheçam os homens quando se
Prouvera a Deus! (= prouvesse a Deus) duvida deles.

FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO 2) Futuro:

1) O futuro do presente emprega-se para indicar fatos certos “No dia em que não faça mais uma criança sorrir, vou
ou prováveis, posteriores ao momento em que se fala: vender abacaxi na feira.”
As aulas começarão depois de amanhã. (A. Bessa Luís)

2) Como forma polida de presente: PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO


Não, não posso ser acusado. Dirá o senhor: mas o que acon-
teceu? E eu lhe direi: sei lá! (= digo) Pode ter o valor de:

3) Como expressão de uma súplica, desejo ou ordem; neste 1) Passado:


caso, o tom de voz pode atenuar ou reforçar o caráter impe-
rativo: Todos os domingos, chovesse ou fizesse sol, estava eu
Honrarás pai e mãe! lá.
“Lerás porém algum dia
Meus versos, d’alma arrancados, ... “(G. Dias) 2) Futuro:

FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho que
chegasse primeiro.
1) O futuro do pretérito emprega-se para designar ações
posteriores à época em que se fala: 3) Presente:

Depois de casado, ele se transformaria em um homem Tivesses coração, terias tudo.


de bem.

– 35 –
Língua Portuguesa
PRETÉRITO PERFEITO DO SUBJUNTIVO 2º) Impessoal, quando não tem sujeito:
Ser ou não ser, eis a questão.
Pode exprimir um fato:
O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não
1) Passado (supostamente concluído): flexionado:
Espero que você tenha encontrado aquele endereço.
Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem
2) Futuro (terminado em relação a outro futuro):
Espero que ela tenha feito a lição quando eu voltar. Não flexionado: andar eu, andar ele.
Quanto à voz, os verbos se classificam em:
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
DO SUBJUNTIVO 1) Ativos: O sujeito faz a ação.
O patrão chamou o empregado.
Pode indicar:
2) Passivos: O sujeito sofre a ação.
1) Uma ação anterior a outra passada: O empregado foi chamado pelo patrão.
Esperei-a um pouco, até que tivesse terminado seu jan-
tar. 3) Reflexivos: O sujeito faz e recebe a ação.
A criança feriu-se na gangorra.
2) Uma ação irreal no passado:
Se a sorte os houvesse coroado com os seus favores, Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma forma nomi-
não lhes faltariam amigos. nal de outro verbo para constituir os tempos compostos e as
locuções verbais: ter, haver, ser, estar.
FUTURO DO SUBJUNTIVO SIMPLES
Tenho estudado muito esta semana.
Este tempo verbal marca a eventualidade no futuro e Jacinto havia chegado naquele momento.
emprega-se em orações subordinadas: Somos castigados pelos nossos erros.
Se quiser, irei vê-lo. O mecânico estava consertando o carro.
Farei conforme mandares. O secretário vai anunciar os resultados.
Quando puder, venha ver-me.
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três
FUTURO DO SUBJUNTIVO COMPOSTO conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da 1ª conjugação terminam em – ar: cantar
Indica um fato futuro como terminado em relação a outro 2) Os da 2ª conjugação terminam em – er: bater
fato futuro (dentro do sentido geral do modo subjuntivo): 3) Os da 3ª conjugação terminam em – ir: partir.
D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui,
abandone o resto. Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:
A (1ª conjugação), E (2ª conjugação), I (3ª conjugação).
MODOS DO VERBO
Observações:
Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se
realizar. São três: – O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infini-
1º) o Indicativo: Exprime um fato certo, positivo: tivo. É um verbo anômalo da segunda conjugação.
Vou hoje. – A nossa língua possui mais de 11 mil verbos, dos quais
Sairás cedo. mais de 10 mil são da primeira conjugação.

2º) o Imperativo: Exprime ordem, proibição, conselho, pedi- Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte
do: Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes. geralmente invariável e as desinências, que variam para
denotar os diversos acidentes gramaticais.
3º) o Subjuntivo: Enuncia um fato possível, duvidoso,
hipotético: É possível que chova. Se você trabalhasse... radical desinência radical desinência
cant- a part- ir
Além desses três modos, existem as formas nominais cant- or part- imos
do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um bat- er diz- er
fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal. bat- ias diss eram

1º) Infinitivo: plantar, vender, ferir. Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo
2º) Gerúndio: plantando, vendendo, ferindo. e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência núme-
3º) Particípio: plantado, vendido, ferido. ro-pessoal indicando a que pessoa e número a flexão verbal
pertence.
Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de
sua significação verbal, podem desempenhar as funções Ex.: canta - re – mos →DNP
próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água ↓
fervendo, tempo perdido. DMT

O Infinitivo pode ser Pessoal ou Impessoal. A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo
está na 1ª pessoa do plural. A DMT (desinência modo-
1º) Pessoal, quando tem sujeito: temporal indica que o verbo está no futuro do presente do
Para sermos vencedores é preciso lutar. indicativo.
(sujeito oculto nós)

– 36 –
Língua Portuguesa
Dividem-se os tempos em primitivos e derivados. São verbos que possuem profundas modificações em
São tempos primitivos: seus radicais.

1) o Infinitivo Impessoal. 3) Defectivos: os que não possuem a conjugação completa,


não sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas:
2) o Presente do Indicativo (1ª e 2ª pessoa do singular e 2ª abolir, reaver, precaver, etc.
pessoa do plural).
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS AUXILIARES
3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3ª pessoa do plural).
MODO INDICATIVO
Presente
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
sou estou tenho hei
és estás tens hás
O imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, é está tem há
da segunda pessoa do singular (tu) e da segunda do plural somos estamos temos havemos
(vós), mediante a supressão do s final; as demais pessoas sois estais tendes haveis
(você, nós, vocês) são tomadas do presente do subjuntivo. são estão têm hão

O imperativo negativo não possui, em Português, formas


Pretérito perfeito simples
especiais; suas pessoas são iguais às correspondentes do
presente do subjuntivo. fui estive tive houve
foste estiveste tiveste houveste
foi esteve teve houve
O infinitivo, em português, pode ser pessoal fomos estivemos tivemos houvemos
(quando tem sujeito) ou impessoal (quando não tem fostes estivestes tivestes houvestes
sujeito). Veja: foram estiveram tiveram houveram
impessoal pessoal
cantar cantar eu Pretérito perfeito composto
cantares tu
cantar ele tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
cantarmos nós tens sido tens estado tens tido tens havido
tem sido tem estado tem tido tem havido
cantardes vós temos sido temos estado temos tido temos havido
cantarem eles tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido
têm sido têm estado têm tido têm havido
FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS
Pretérito imperfeito
Eis como se formam os tempos compostos:
era estava tinha havia
1) Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos eras estavas tinhas havias
verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do ver- era estava tinha havia
éramos estávamos tínhamos havíamos
bo principal: éreis estáveis tínheis havíeis
eram estavam tinham haviam
Tenho falado. Haviam saído.

2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o Pretérito mais-que-perfeito simples


concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou haver) e ser, se- fora estivera tivera houvera
guidos do particípio do verbo principal: foras estiveras tiveras houveras
fora estivera tivera houvera
fôramos estivéramos tivéramos houvéramos
Tenho sido maltratado. fôreis estivéreis tivéreis houvéreis
Tinham (ou haviam) sido vistos no cinema. foram estiveram tiveram houveram

Outro tipo de conjugação composta – também chamada


conjugação perifrástica – são as locuções verbais, constitu- Pretérito mais-que-perfeito composto
ídas de verbo auxiliar mais gerúndio ou infinitivo: tinha sido tinha sido tinha sido tinha sido
tinhas sido tinhas sido tinhas sido tinhas sido
Tenho de ir hoje. tinha sido tinha sido tinha sido tinha sido
tínhamos tínhamos tínhamos tínhamos
Hei de ir amanhã. sido sido sido sido
Estava lendo o jornal. tínheis sido tínheis sido tínheis sido tínheis sido
tinham sido tinham sido tinham sido tinham sido
Quanto à conjugação, dividem-se os verbos em:
Futuro do presente simples
1) Regulares: os que seguem um paradigma ou modelo
comum de conjugação. Cantar, bater, partir, etc. serei estarei terei haverei
serás estarás terás haverás
será estará terá haverá
2) Irregulares: os que sofrem alterações no radical e nas seremos estaremos teremos haveremos
terminações afastando-se do paradigma. Dar, ouvir, etc. sereis estareis tereis havereis
serão estarão terão haverão
Entre os irregulares, destacam-se os anômalos, como o
verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo), ser e ir (que
apresentam radicais diferentes).

– 37 –
Língua Portuguesa
Futuro do presente composto Futuro simples
terei sido terei estado terei tido terei havido
terás sido terás estado terás tido terás havido for estiver tiver houver
terá sido terá estado terá tido terá havido fores estiveres tiveres houveres
teremos sido teremos estado teremos tido teremos havido for estiver tiver houver
tereis sido tereis estado tereis tido tereis havido formos estivermos tivermos houvermos
terão sido terão estado terão tido terão havido fordes estiverdes tiverdes houverdes
forem estiverem tiverem houverem

Futuro do pretérito simples


seria estaria teria haveria Futuro composto
serias estarias terias haverias tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido
seria estaria teria haveria tiveres sido tiveres estado tiveres tido tiveres havido
seríamos estaríamos teríamos haveríamos tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido
seríeis estaríeis teríeis haveríeis tivermos tivermos tivermos tivermos
seriam estariam teriam haveriam sido estado tido havido
tiverdes sido tiverdes estado tiverdes tido tiverdes havido
tiverem sido tiverem estado tiverem tido tiverem havido
Futuro do pretérito composto
MODO IMPERATIVO
teria sido teria estado teria tido teria havido
terias sido terias estado terias tido terias havido
teria sido teria estado teria tido teria havido Afirmativo
teríamos sido teríamos estado teríamos tido teríamos
teríeis sido teríeis estado teríeis tido havido sê (tu) está (tu) tem (tu) há (tu)
teríeis havido seja (você) esteja (você) tenha (você) haja (você)
teriam sido teriam estado teriam tido
sejamos (nós) estejamos tenhamos hajamos
teriam havido
sede (vós) (nós) (nós) (nós)
sejam (vocês) estai (vós) tende (vós) havei (vós)
estejam tenham (vo- hajam
(vocês) cês) (vocês)
MODO SUBJUNTIVO

Negativo
Presente não sejas (tu) não estejas não tenhas não hajas
não seja (vo- (tu) (tu) (tu)
seja esteja tenha haja cê) não esteja não tenha não haja
sejas estejas tenhas hajas não sejamos (você) (você) (você)
seja esteja tenha haja (nós) não esteja- não tenha- não haja-
sejamos estejamos tenhamos hajamos não sejais mos (nós) mos (nós) mos (nós)
sejais estejais tenhais hajais (vós) não estejais não tenhais não hajais
sejam estejam tenham hajam não sejam (vós) (vós) (vós)
(vocês) não estejam não tenham não hajam
(vocês) (vocês) (vocês)

Pretérito Imperfeito
FORMAS NOMINAIS
fosse estivesse tivesse houvesse
fosses estivesses tivesses houvesses
fosse estivesse tivesse houvesse Infinitivo impessoal
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis ser estar ter haver
fossem estivessem tivessem houvessem

Infinitivo impessoal composto


Pretérito perfeito composto ter sido ter estado ter tido ter havido
tenha sido tenha estado tenha tido tenha havido
tenhas sido tenhas estado tenhas tido tenhas havido
tenha sido tenha estado tenha tido tenha havido Infinitivo pessoal
tenhamos tenhamos tenhamos tenhamos
sido estado tido havido ser (eu) estar (eu) ter (eu) haver (eu)
tenhais sido tenhais estado tenhais tido tenhais havido seres (tu) estares (tu) teres (tu) haveres (tu)
tenham sido tenham estado tenham tido tenham havido ser (ele) estar (ele) ter (ele) haver (ele)
sermos estarmos termos havermos
(nós) (nós) (nós) (nós)
serdes estardes terdes haverdes (vós)
(vós) (vós) (vós) haverem
Pretérito mais-que-perfeito composto serem estarem terem (eles)
tivesse sido tivesse estado tivesse tido tivesse havido (eles) (eles) (eles)
tivesses tivesses tivesses tivesses
sido estado tido havido
Infinitivo pessoal composto
tivesse sido tivesse estado tivesse tido tivesse havido
tivéssemos tivéssemos tivéssemos tivéssemos ter sido ter estado ter tido ter havido
sido estado tido havido teres sido teres estado teres tido teres havido
tivésseis tivésseis tivésseis tivésseis ter sido ter estado ter tido ter havido
sido estado tido havido termos sido termos termos termos
tivessem tivessem tivessem tivessem terdes sido estado tido havido
sido estado tido havido terem sido terdes estado terdes tido terdes havido
terem estado terem tido terem havido

– 38 –
Língua Portuguesa
Gerúndio Pretérito mais-que-perfeito composto

sendo estando tendo havendo tinha sonhado tinha recebido tinha decidido
tinhas sonhado tinhas recebido tinhas decidido
tinha sonhado tinha recebido tinha decidido
tínhamos tínhamos tínhamos
Gerúndio composto sonhado recebido decidido
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido tínheis sonhado tínheis recebido tínheis decidido
tinham sonhado tinham recebido tinham decidido

Particípio
Futuro do presente simples
sido estado tido havido
sonharei receberei decidirei
O processo verbal pode ser representado por uma locu- sonharás receberás decidirás
ção verbal (verbo auxiliar + verbo principal em uma de suas sonhará receberá decidirá
formas nominais). Nas locuções verbais, o verbo auxiliar sonharemos receberemos decidiremos
aparece desprovido de sua significação; no entanto, é o res- sonhareis recebereis decidireis
ponsável pela indicação das flexões de tempo, pessoa, modo sonharão receberão decidirão
e número.
Futuro do presente composto
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES
terei sonhado terei recebido terei decidido
PARADIGMAS DAS CONJUGAÇÕES REGULARES terás sonhado terás recebido terás decidido
terá sonhado terá recebido terá decidido
teremos sonhado teremos recebido teremos decidido
Modelos tereis sonhado tereis recebido tereis decidido
terão sonhado terão recebido terão decidido
1ª conjugação - 2ª conjugação - 3ª conjugação -
sonhar receber decidir
Futuro do pretérito simples
MODO INDICATIVO
sonharia receberia decidiria
sonharias receberias decidirias
Presente sonharia receberia decidiria
sonharíamos receberíamos decidiríamos
sonho recebo decido sonharíeis receberíeis decidiríeis
sonhas recebes decides sonhariam receberiam decidiriam
sonha recebe decide
sonhamos recebemos decidimos
sonhais recebeis decidis
sonham recebem decidem Futuro do pretérito composto
teria sonhado teria recebido teria decidido
Pretérito perfeito simples terias sonhado terias recebido terias decidido
teria sonhado teria recebido teria decidido
sonhei recebi decidi teríamos sonhado teríamos recebido teríamos decidido
sonhaste recebeste decidiste teríeis sonhado teríeis recebido teríeis decidido
sonhou recebeu decidiu teriam sonhado teriam recebido teriam decidido
sonhamos recebemos decidimos
sonhastes recebestes decidistes
sonharam receberam decidiram
MODO SUBJUNTIVO

Presente
Pretérito perfeito composto
sonhe receba decida
tenho sonhado tenho recebido tenho decidido
sonhes recebas decidas
tens sonhado tens recebido tens decidido
sonhe receba decida
tem sonhado tem recebido tem decidido sonhemos recebamos decidamos
temos sonhado temos recebido temos decidido sonheis recebais decidais
tendes sonhado tendes recebido tendes decidido sonhem recebam decidam
têm sonhado têm recebido têm decidido

Pretérito imperfeito
Pretérito imperfeito
sonhasse recebesse decidisse
sonhava recebia decidia sonhasses recebesses decidisses
sonhavas recebias decidias sonhasse recebesse decidisse
sonhava recebia decidia sonhássemos recebêssemos decidíssemos
sonhávamos recebíamos decidíamos sonhásseis recebêsseis decidísseis
sonháveis recebíeis decidíeis sonhassem recebessem decidissem
sonhavam recebiam decidiam

Pretérito perfeito composto


Pretérito mais-que-perfeito simples
tenha sonhado tenha recebido tenha decidido
sonhara recebera decidira tenhas sonhado tenhas recebido tenhas decidido
sonharas receberas decidiras tenha sonhado tenha recebido tenha decidido
sonhara recebera decidira tenhamos sonhado tenhamos recebido tenhamos decidido
sonháramos recebêramos decidíramos tenhais sonhado tenhais recebido tenhais decidido
sonháreis recebêreis decidíreis tenham sonhado tenham recebido tenham decidido
sonharam receberam decidiram

– 39 –
Língua Portuguesa
Pretérito mais-que-perfeito composto Infinitivo pessoal composto
tivesse sonhado tivesse recebido tivesse decidido ter sonhado ter recebido ter decidido
tivesses sonhado tivesses recebido tivesses decidido teres sonhado teres recebido teres decidido
tivesse sonhado tivesse recebido tivesse decidido ter sonhado ter recebido ter decidido
tivéssemos tivéssemos tivéssemos termos sonhado termos recebido termos decidido
sonhado recebido decidido
tivésseis sonhado tivésseis recebido tivésseis decidido terdes sonhado terdes recebido terdes decidido
tivessem sonhado tivessem recebido tivessem decidido terem sonhado terem recebido terem decidido

Gerúndio
Futuro simples
sonhando recebendo decidindo
sonhar receber decidir
sonhares receberes decidires
sonhar receber decidir
Gerúndio composto
sonharmos recebermos decidirmos
sonhardes receberdes decidirdes
sonharem receberem decidirem tendo sonhado tendo recebido tendo decidido

Particípio
Futuro composto
sonhado recebido decidido
tiver sonhado tiver recebido tiver decidido
tiveres sonhado tiveres recebido tiveres decidido VERBOS IRREGULARES
tiver sonhado tiver recebido tiver decidido
tivermos sonhado tivermos recebido tivermos decidido A seguir, apresentamos algumas conjugações dos princi-
tiverdes sonhado tiverdes recebido tiverdes decidido pais verbos irregulares:
tiverem sonhado tiverem recebido tiverem decidido
1ª CONJUGAÇÃO - ar

MODO IMPERATIVO Aguar


Presente do indicativo: águo, águas, água, aguamos, aguais,
águam.
Afirmativo Pretérito perfeito: aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes,
aguaram.
sonha (tu) recebe (tu) decide (tu) Presente do subjuntivo: águe, águes, águe, aguemos, agueis,
sonhe (você) receba (você) decida (você) águem.
sonhemos (nós) recebamos (nós) decidamos (nós)
Verbo regular nos demais tempos. Assim se conjugam desa-
sonhai (vós) recebei (vós) decidi (vós) guar, enxaguar e minguar.
sonhem (vocês) recebam (vocês) decidam (vocês)

Dar
Negativo Presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, dais, dão.
Pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram.
não sonhes (tu) não recebas (tu) não decidas (tu) Pretérito imperfeito: dava, davas, dava, dávamos, dáveis, davam.
não sonhe (você) não receba (você) não decida (você) Pretérito mais-que-perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis,
deram.
não sonhemos não recebamos não decidamos Futuro do presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão.
(nós) (nós) (nós) Futuro do pretérito: daria, darias, daria, daríamos, daríeis, dariam.
não sonheis não recebais não decidais Presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, deem.
(vós) (vós) (vós) Pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, désse-
não sonhem não recebam não decidam mos, désseis, dessem.
(vocês) (vocês) (vocês) Futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Imperativo afirmativo: dá, dê, demos, dai, deem.
Infinitivo impessoal: dar.
FORMAS NOMINAIS Infinitivo pessoal: dar, dares, dar, darmos, dardes, darem.
Gerúndio: dando.
Particípio: dado.
Infinitivo impessoal
Moscar (desaparecer)
sonhar receber decidir
Presente do indicativo: musco, muscas, musca, moscamos, mos-
cais, muscam.
Presente do subjuntivo: musque, musques, musque, mosquemos,
mosqueis, musquem.
Infinitivo impessoal composto
Nomear
ter sonhado ter recebido ter decidido
Presente do indicativo: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos,
nomeais, nomeiam.
Pretérito imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos,
nomeáveis, nomeavam.
Infinitivo pessoal Pretérito perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nome-
astes, nomearam.
sonhar (eu) receber (eu) decidir (eu) Presente do subjuntivo: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos,
sonhares (tu) receberes (tu) decidires (tu) nomeeis, nomeiem.
sonhar (ele) receber (ele) decidir (ele) Imperativo afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, no-
sonharmos (nós) recebermos (nós) decidirmos (nós) meiem.
sonhardes (vós) receberdes (vós) decidirdes (vós)
sonharem (eles) receberem (eles) decidirem (eles) É regular o resto da conjugação.
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear,
gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear, recrear,
estrear, etc.

– 40 –
Língua Portuguesa
Odiar Dizer
Presente do indicativo: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odei- Presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.
am. Pretérito perfeito: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disse-
Pretérito imperfeito: odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, ram.
odiavam. Pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, dissera, disséramos,
Pretérito perfeito: odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram. disséreis, disseram.
Pretérito mais-que-perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, Futuro do presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.
odiáreis, odiaram. Futuro do pretérito: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam.
Presente do subjuntivo: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, Presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam.
odeiem. Pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse,
Imperativo afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem. disséssemos, dissésseis, dissessem.
Assim se conjugam: mediar, remediar, incendiar, ansiar, etc. Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem.
Particípio: dito.
Optar
Assim se conjugam: bendizer, condizer, contradizer, desdizer,
Presente do indicativo: opto, optas, opta, optamos, optais, optam. predizer, maldizer ...
Presente do subjuntivo: opte, optes, opte, optemos, opteis, optem.
Escrever
Obs.: No caso do verbo optar a irregularidade está na pronún-
cia. Nas três pessoas do singular e na terceira do plural do presente Escrever e seus derivados descrever, inscrever, prescrever,
do indicativo e do presente do subjuntivo, a vogal o do radical é proscrever, reescrever, sobrescrever, subscrever são irregulares
pronunciada aberta e fortemente. apenas no particípio: escrito, descrito, inscrito, prescrito, proscrito,
reescrito, sobrescrito, subscrito.
2ª CONJUGAÇÃO - er Fazer
Abster-se Presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem.
Presente do indicativo: abstenho-me, absténs-te, abstém-se, abs- Pretérito perfeito: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.
temo-nos, abstendes-vos, abstêm-se. Pretérito mais-que-perfeito: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizé-
Pretérito imperfeito: abstinha-me, abstinhas-te, etc. reis, fizeram.
Pretérito perfeito: abstive-me, etc. Futuro do presente: farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.
Pretérito mais-que-perfeito: abstivera-me, etc. Futuro do pretérito: faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.
Futuro do presente: abster-me-ei, etc. Presente do subjuntivo: faça, faças, faça, façamos, façais, façam.
Futuro do pretérito: abster-me-ia, etc. Pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizés-
Imperativo afirmativo: abstém-te, abstenha-se, abstenhamo-nos, semos, fizésseis, fizessem.
abstende-vos, abstenham-se. Futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.
Presente do subjuntivo: que me abstenha, que te abstenhas, etc. Imperativo afirmativo: faze, faça, façamos, fazei, façam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: se me abstivesse, se te absti-
vesses, etc. Assim se conjugam: desfazer, refazer, satisfazer.
Futuro do subjuntivo: se me abstiver, etc.
Gerúndio: abstendo-se.
Particípio: abstido. Ler
Presente do indicativo: leio, lês, lê, lemos, ledes, leem.
Pretérito imperfeito: lia, lias, lia, líamos, líeis, liam.
Caber Pretérito perfeito: li, leste, leu, lemos, lestes, leram.
Presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, ca- Pretérito mais-que-perfeito: lera, leras, lera, lêramos, lêreis, leram.
bem. Presente do subjuntivo: leia, leias, leia, leiamos, leiais, leiam.
Pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, Pretérito imperfeito do subjuntivo: lesse, lesses, lesse, lêssemos,
couberam. lêsseis, lessem.
Pretérito imperfeito: cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabi- Imperativo afirmativo: lê, leia, leiamos, lede, leiam.
am.
Pretérito mais-que-perfeito: coubera, couberas, coubera, coubéra- Assim se conjugam: reler, tresler.
mos, coubéreis, couberam.
Futuro do presente: caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,
caberão. Perder
Futuro do pretérito: caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberí- Presente do indicativo: perco (com e fechado), perdes, perde,
eis, caberiam. perdemos, perdeis, perdem.
Presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, Presente do subjuntivo: perca, percas, perca, percamos, percais,
caibam. percam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubes- Imperativo afirmativo: perde, perca, percamos, perdei, percam.
se, coubéssemos, coubésseis, coubessem.
Futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, cou- Regular nos demais tempos e modos.
berdes, couberem.
Observação: O verbo caber não se apresenta conjugado nem Poder
no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo. Presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis,
podem.
Pretérito imperfeito: podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podi-
Crer am.
Pretérito perfeito: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, pude-
Presente do indicativo: creio, crês, crê, cremos, credes, creem. ram.
Pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. Pretérito mais-que-perfeito: pudera, puderas, pudera, pudéramos,
Pretérito imperfeito: cria, crias, cria, criamos, crieis, criam. pudéreis, puderam.
Pretérito mais-que-perfeito: crera, creras, crera, crêramos, crêreis, Presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais,
creram. possam.
Presente do subjuntivo: creia, creias, creia, creiamos, creiais, Pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse,
creiam. pudéssemos, pudésseis, pudessem.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: cresse, cresses, cresse, crês- Futuro: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.
semos, crêsseis, cressem Infinitivo pessoal: poder, poderes, poder, podermos, poderdes,
Futuro do subjuntivo: crer, creres, crer, crermos, crerdes, crerem. poderem.
Imperativo afirmativo: crê, creia, creiamos, crede, creiam. Gerúndio: podendo.
Imperativo negativo: não creias (tu), não creia (você), não creiamos Particípio: podido.
(nós), não crede (vós), não creiam (vocês)
Observação: O verbo poder não se apresenta conjugado nem
Assim se conjugam: ler e descrer. no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo.

– 41 –
Língua Portuguesa
Pôr (antigo poer) Requerer
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos,
requereis, requerem.
Presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, re-
Pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, querestes, requereram.
punham. Pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, requerera,
Pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. requerêramos, requerêreis, requereram.
Pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, Futuro do presente: requererei, requererás, requererá, requerere-
puséreis, puseram. mos, requerereis, requererão.
Futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Futuro do pretérito: requereria, requererias, requereria, requerería-
Futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. mos, requereríeis, requereriam.
Presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, po- Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos,
nhais, ponham. requeirais, requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, re-
puséssemos, pusésseis, pusessem. queresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem.
Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos,
Imperativo afirmativo: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham. requererdes, requererem.
Infinitivo pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Imperativo afirmativo: requere, requeira, requeiramos, requerei,
Infinitivo impessoal: pôr. requeiram.
Gerúndio: pondo. Gerúndio: requerendo. / Particípio: requerido.
Particípio: posto. O verbo requerer não se conjuga como querer.

Saber
Presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.
Assim se conjugam os verbos derivados de pôr, como por e-
Pretérito imperfeito: sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabi-
xemplo: antepor, compor, depor, dispor, impor, propor, pressupor,
am.
repor, etc.
Pretérito perfeito: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes,
souberam.
Pretérito mais-que-perfeito: soubera, souberas, soubera, soubéra-
mos, soubéreis, souberam.
Prover Presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais,
saibam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubes-
Presente do indicativo: provejo, provês, provê, provemos, prove- se, soubéssemos, soubésseis, soubessem.
des, proveem. Futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, sou-
Pretérito imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, berdes, souberem.
proviam. Imperativo afirmativo: sabe, saiba, saibamos, sabei, saibam.
Pretérito perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes,
proveram. Trazer
Pretérito mais-que-perfeito: provera, proveras, provera, provêra-
mos, provêreis, proveram. Presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, tra-
Futuro do presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, prove- zem.
reis, proverão. Pret. imperfeito: trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam.
Futuro do pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, Pretérito mais-que-perfeito: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxé-
proveríeis, proveriam. ramos, trouxéreis, trouxeram.
Presente do subjuntivo: proveja, provejas, proveja, provejamos, Futuro do presente: trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão.
provejais, provejam. Futuro do pretérito: traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: provesse, provesses, provesse, Presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais,
provêssemos, provêsseis, provessem. tragam.
Futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, prover- Pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxes-
des, proverem. se, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem.
Imperativo afirmativo: provê, proveja, provejamos, provede, prove-
jam. Futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trou-
Gerúndio: provendo. xerdes, trouxerem.
Particípio: provido. Imperativo afirmativo: traze, traga, tragamos, trazei, tragam.
Infinitivo pessoal: trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes,
trazerem.
Gerúndio: trazendo. / Particípio: trazido.

Querer Valer

Presente do indicativo: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem.


Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, Pretérito imperfeito: valia, valias, valia, valíamos, valíeis, valiam.
querem.
Pretérito perfeito: vali, valeste, valeu, valemos, valestes, valeram.
Pretérito imperfeito: queria, querias, queria, queríamos, queríeis,
queriam. Presente do subjuntivo: valha, valhas, valha, valhamos, valhais,
Pretérito perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quise- valham.
ram. Pretérito imperfeito do subjuntivo: valesse, valesses, valesse,
Pretérito mais-que-perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, valêssemos, valêsseis, valessem.
quiséreis, quiseram. Futuro do subjuntivo: valer, valeres, valer, valermos, valerdes,
Futuro do presente: quererei, quererás, quererá, quereremos, que- valerem.
rereis, quererão. Imperativo afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham.
Futuro do pretérito: quereria, quererias, quereria, quereríamos, Imperativo negativo: não valhas, não valha, não valhamos, não
quereríeis, quereriam. valhais, não valham.
Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, quei- Gerúndio: valendo. / Particípio: valido.
rais, queiram. Assim são conjugados: equivaler e desvaler.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse,
quiséssemos, quisésseis, quisessem. Ver
Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiser- Presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem.
des, quiserem. Pretérito perfeito: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.
Imperativo afirmativo: quer tu, queira você, queiramos nós, querei Pretérito mais-que-perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.
vós, queiram vocês. Imperativo afirmativo: vê, veja, vejamos, vede, vejam.
Imperativo negativo: não queiras tu, não queira você, não queira- Presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.
mos nós, não queirais vós, não queiram vocês. Pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, víssemos,
Gerúndio: querendo. vísseis, vissem.
Particípio: querido. Futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Gerúndio: vendo. / Particípio: visto.
Assim se conjugam: antever, prever e rever.

– 42 –
Língua Portuguesa
3ª CONJUGAÇÃO – ir Ir

Presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão.


Agredir Pretérito imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.
Pretérito perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.
Presente do indicativo: agrido, agrides, agride, agredimos, agredis,
agridem. Pretérito mais-que-perfeito: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
Presente do subjuntivo: agrida, agridas, agrida, agridamos, agri- Futuro do presente: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão.
dais, agridam. Futuro do pretérito: iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam.
Imperativo afirmativo: agride, agrida, agridamos, agredi, agridam. Presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades, vão.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos,
Cair fôsseis, fossem.
Futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
Imperativo afirmativo: vai, vá, vamos, ide, vão.
Presente do indicativo: caio, cais, cai, caímos, caís, caem. Imperativo negativo: não vás, não vá, não vamos, não vades, não
Pretérito imperfeito: caía, caías, caía, caíamos, caíeis, caíam. vão.
Pretérito perfeito: caí, caíste, caiu, caímos, caístes, caíram. Infinitivo pessoal: ir, ires, ir, irmos, irdes, irem.
Pretérito mais-que-perfeito: caíra, caíras, caíra, caíramos, caíreis, Gerúndio: indo.
caíram. Particípio: ido.
Imperativo afirmativo: cai, caia, caiamos, caí, caiam.
Presente do subjuntivo: caia, caias, caia, caiamos, caiais, caiam. Mentir
Pretérito imperfeito do subjuntivo: caísse, caísses, caísse, caís-
semos, caísseis, caíssem. Presente do indicativo: minto, mentes, mente, mentimos, mentis,
Futuro do subjuntivo: cair, caíres, cair, cairmos, cairdes, caírem. mentem.
Assim são conjugados: atrair, recair, sair, trair, subtrair etc. Presente do subjuntivo: minta, mintas, minta, mintamos, mintais,
mintam.
Cobrir Imperativo afirmativo: mente, minta, mintamos, menti, mintam.
Assim se conjugam: sentir, cerzir, competir, consentir, pres-
sentir, etc.
Presente do indicativo: cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris,
cobrem.
Presente do subjuntivo: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, Ouvir
cubram.
Imperativo afirmativo: cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram. Presente do indicativo: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem.
Particípio: coberto. Presente do subjuntivo: ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais,
O verbo cobrir tem o o substituído por u na primeira pessoa ouçam.
do presente do indicativo, nas pessoas do presente do subjuntivo e Imperativo afirmativo: ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam.
nas formas derivadas do imperativo. Assim se conjugam: dormir, Particípio: ouvido.
tossir, descobrir, engolir, etc.
Pedir
Construir
Presente do indicativo: peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem.
Presente do subjuntivo: peça, peças, peça, peçamos, peçais,
Presente do indicativo: construo, constróis, constrói, construímos, peçam.
construís, constroem. Imperativo afirmativo: pede, peça, peçamos, pedi, peçam.
Pretérito imperfeito: construía, construías, construía, construíamos, O verbo pedir é regular nas demais formas.
construíeis, construíam. Assim se conjugam: medir, despedir, impedir, expedir.
Pretérito perfeito: construí, construíste, construiu, construímos,
construístes, construíram. Remir
Pretérito mais-que-perfeito: construíra, construíras, construíra,
construíramos, construíreis, construíram. Presente do indicativo: redimo, redimes, redime, remimos, remis,
Imperativo afirmativo: constrói, construa, construamos, construí, redimem.
construam. Presente do subjuntivo: redima, redimas, redima, redimamos,
Assim se conjugam: destruir e reconstruir. redimais, redimam.

Ferir Rir

Presente do indicativo: rio, ris, ri, rimos, rides, riem.


Presente do indicativo: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem. Pretérito imperfeito: ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam.
Presente do subjuntivo: fira, firas, fira, firamos, firais, firam. Pretérito perfeito: ri, riste, riu, rimos, ristes, riram.
Pretérito mais-que-perfeito: rira, riras, rira, ríramos, ríreis, riram.
O verbo ferir tem o e do radical substituído por i na primeira Futuro do presente: rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão.
pessoa do singular do presente do indicativo, nas pessoas do pre- Futuro do pretérito: riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam.
sente do subjuntivo e nas formas derivadas do imperativo. Presente do subjuntivo: ria, rias, ria, riamos, riais, riam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: risse, risses, risse, ríssemos,
rísseis, rissem.
Assim se conjugam: competir, divertir, expelir, vestir, inserir e Futuro do subjuntivo: rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem.
os derivados de ferir. Imperativo afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam.
Infinitivo pessoal: rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem.
Frigir Gerúndio: rindo.
Particípio: rido.
Presente do indicativo: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem. Assim se conjuga: sorrir.
Presente do subjuntivo: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam.
Imperativo afirmativo: frege, frija, frijamos, frigi, frijam. Sortir
Particípio: frito.
Presente do indicativo: surto, surtes, surte, sortimos, sortis, surtem.
Presente do subjuntivo: surta, surtas, surta, surtamos, surtais,
O verbo frigir é regular no resto da conjugação. surtam.
Imperativo afirmativo: surte, surta, surtamos, sorti, surtam.
Fugir Imperativo negativo: não surtas, não surta, não surtamos, não
surtais, não surtam.
Presente do indicativo: fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem.
Imperativo afirmativo: foge, fuja, fujamos, fugi, fujam. Sortir significa abastecer, fazer sortimento, combinar. Não
Presente do subjuntivo: fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam. confundir com surtir (= ter como resultado, alcançar efeito, originar),
que só tem as terceiras pessoas:
O verbo fugir apresenta o g substituído por j antes de a e de
o. O plano surtiu efeito.
As negociações não surtiram efeito.

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Língua Portuguesa
Sumir VERBOS DEFECTIVOS
Presente do indicativo: sumo, somes, some, sumimos, sumis,
somem. Verbos defectivos são os que não possuem todas as
Presente do subjuntivo: suma, sumas, suma, sumamos, sumais,
sumam.
formas, ou seja, não têm a conjugação completa.
Imperativo afirmativo: some, suma, sumamos, sumi, sumam.
Assim se conjugam: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, etc. Conjugação de alguns verbos defectivos
Vir PRECAVER
Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Pretérito imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vi- Modo indicativo
nham.
Pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Pretérito Pretérito
Pretérito mais-que-perfeito: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, Presente perfeito imperfeito
vieram. - precavi precavia
Futuro do presente: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão. - precaveste precavias
Futuro do pretérito: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam. - precaveu precavia
Presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, precavemos precavemos precavíamos
venham. precaveis precavestes precavíeis
Pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viés- - precaveram precaviam
semos, viésseis, viessem.
Futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. Pretérito mais- Futuro do Futuro do
Infinitivo pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. que-perfeito presente pretérito
Imperativo afirmativo: vem, venha, venhamos, vinde, venham. precavera precaverei precaveria
Gerúndio: vindo. precaveras precaverás precaverias
Particípio: vindo. precavera precaverá precaveria
Assim se conjugam: intervir, advir, convir, provir, sobrevir. precavêramos precaveremos precaveríamos
precavêreis precavereis precaveríeis
VERBOS ANÔMALOS precaveram precaverão precaveriam

Verbos anômalos são aqueles cujos radicais sofrem Modo subjuntivo


várias irregularidades e não se enquadram em nenhuma
classificação. São considerados anômalos os verbos ser, ir, Pretérito
pôr e vir, cujas conjugações já vimos anteriormente. Presente imperfeito Futuro
- precavesse precaver
VERBOS ABUNDANTES - precavesses precaveres
- precavesse precaver
Verbos abundantes são aqueles que possuem duas - precavêssemos precavermos
formas, geralmente no particípio. Veja, a seguir, uma lista de - precavêsseis precaverdes
alguns verbos abundantes: - precavessem precaverem

Modo Imperativo
particípio particípio
infinitivo regular irregular Afirmativo Negativo
emergir emergido emerso - -
encher enchido cheio - -
entregar entregado entregue - -
envolver envolvido envolto precavei -
enxugar enxugado enxuto - -
expelir expelido expulso
expressar expressado expresso Formas nominais
exprimir exprimido expresso
expulsar expulsado expulso Infinitivo pessoal o precaver
extinguir extinguido extinto precaveres
precaver
fixar fixado fixo
precavermos
frigir frigido frito precaverdes
fritar fritado frito precaverem
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto Infinitivo impessoal o precaver
imprimir imprimido impresso Gerúndio o precavendo
incluir incluído incluso
isentar isentado isento Particípio o precavido
inserir inserido inserto
limpar limpado limpo REAVER
matar matado morto
misturar misturado misto Modo indicativo
morrer morrido morto Pretérito Pretérito
nascer nascido nato Presente perfeito imperfeito
ocultar ocultado oculto
pagar pagado pago - reouve reavia
pegar pegado pego - reouveste reavias
prender prendido preso - reouve reavia
romper rompido roto reavemos reouvemos reavíamos
salvar salvado salvo reaveis reouvestes reavíeis
- reouveram reaviam
secar secado seco
segurar segurado seguro Pretérito mais- Futuro do Futuro do
soltar soltado solto que-perfeito presente pretérito
submergir submergido submerso reouvera reaverei reaveria
sujeitar sujeitado sujeito reouveras reaverás reaverias
suprimir suprimido supresso reouvera reaverá reaveria
suspender suspendido suspenso reouvéramos reaveremos reaveríamos
tingir tingido tinto reouvéreis reavereis reaveríeis
vagar vagado vago reouveram reaverão reaveriam

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Língua Portuguesa
Imperativo Afirmativo: lembra-te, lembra-se, lembremo-nos, lem-
Modo subjuntivo brai-vos, lembrem-se.
Imperativo Negativo: não te lembres, não se lembre, não nos lem-
Pretérito bremos, etc.
Presente imperfeito Futuro Infinitivo Presente Impessoal: ter-me lembrado.
Infinitivo Presente Pessoal: lembrar-me, lembrares-te, lembrar-se,
- reouvesse reouver lembrarmo-nos, lembrardes-vos, lembrarem-se.
- reouvesses reouveres Infinitivo Pretérito Pessoal: ter-me lembrado, teres-te lembrado, ter-
- reouvesse reouver se lembrado, termo-nos lembrado, terdes-vos lembrado, terem-se
- reouvéssemos reouvermos lembrado.
- reouvésseis reouverdes Infinitivo Pretérito Impessoal: ter-se lembrado.
- reouvessem reouverem Gerúndio Presente: lembrando-se.
Gerúndio Pretérito: tendo-se lembrado.
Particípio: não admite a forma pronominal.
Modo Imperativo
Afirmativo Negativo
LOCUÇÃO VERBAL
- -
- - Locução verbal é a combinação de verbos auxiliares
- - (ter, haver, ser e estar, ou outro qualquer que funcione como
reavei - auxiliar) com verbos nas formas nominais.
- -
Tenho estudado muito.
Hei de comprar uma casa.
Formas nominais Estou esperando você.
Gerúndio o reavendo
Particípio o reavido
VOZES DO VERBO
VERBOS PRONOMINAIS
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a
São verbos pronominais aqueles que só se conjugam
com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito.
na mesma pessoa gramatical do sujeito, expressando reflexi-
bilidade. Exemplos: pentear-se, queixar-se, lembrar-se, etc. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a refle-
xiva.
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS PRONOMINAIS:

VERBO LEMBRAR-SE
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente,
isto é, faz a ação expressa pelo verbo.
Indicativo Presente: lembro-me, lembras-te, lembra-se, lembramo-
nos, lembrai-vos, lembram-se.
Pretérito Imperfeito: lembrava-me, lembravas-te, lembrava-se, Ex.: O caçador abateu a ave.
lembrávamo-nos, lembráveis-vos, lembravam-se.
Pretérito Perfeito Simples: lembrei-me, lembraste-te, lembrou-se,
etc.
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é pacien-
Pretérito Perfeito Composto: tenho-me lembrado, tens-te lembrado,
tem-se lembrado, temo-nos lembrado, tendes-vos lembrado, têm-se
te, isto é, sofre, recebe ou desfruta, a ação expressa pelo
lembrado. verbo.
Pretérito Mais-Que-Perfeito Simples: lembrara-me, lembraras-te,
lembrara-se, lembráramo-nos, lembráreis-vos, lembraram-se.
Pretérito Mais- Que-Perfeito Composto: tinha-me lembrado, tinhas- Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.
te lembrado, tinha-se lembrado, tínhamo-nos lembrado, tínheis-vos
lembrado, tinham-se lembrado.
Futuro do Presente Simples: lembrar-me-ei, lembrar-te-ás, lembrar-
Obs.: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passi-
se-á, lembrar-nos-emos, lembrar-vos-eis, lembrar-se-ão.
Futuro do Presente Composto: ter-me-ei lembrado, ter-te-ás lem-
va.
brado, ter-se-á lembrado, ter-nos-emos lembrado, ter-vos-eis lem-
brado, ter-se-ão lembrado.
Futuro do Pretérito Simples: lembrar-me-ia, lembrar-te-ias, lembrar- FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA
se-ia, lembrar-nos-íamos, lembrar-vos-íeis, lembrar-se-iam.
Futuro do Pretérito Composto: ter-me-ia lembrado, ter-te-ias lem-
brado, ter-se-ia lembrado, ter-nos-íamos lembrado, ter-vos-íeis lem- A voz passiva, mais frequentemente, é formada:
brado, ter-se-iam lembrado.
Subjuntivo Presente: lembre-me, lembres-te, lembre-se, lembremo-
nos, lembreis-vos, lembrem-se.
1) Pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo prin-
Pretérito Imperfeito: lembrasse-me, lembrasses-te, lembrasse-se, cipal (passiva analítica).
lembrássemo-nos, lembrásseis-vos, lembrassem-se.
Pretérito Perfeito: nesse tempo não se usam pronomes oblíquos
pospostos, mas antepostos ao verbo: que me tenha lembrado, que te Ex.: O homem é afligido pelas doenças.
tenhas lembrado, que se tenha lembrado, etc.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse-me lembrado, tivesses te lem- Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo
brado, tivesse-se lembrado, tivéssemo-nos lembrado, tivésseis-vos
agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir
lembrado, tivessem-se lembrado.
Futuro
a passiva analítica com outros verbos auxiliares.
Simples: neste tempo, os pronomes oblíquos são antepostos ao
verbo: se me lembrar, se te lembrares, se se lembrar, etc.
Futuro Composto: neste tempo os pronomes oblíquos são antepos- Ex.: A aldeia estava isolada pelas águas.
tos ao verbo: se me tiver lembrado, se te tiveres lembrado, se se tiver (agente da passiva)
lembrado, etc.

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Língua Portuguesa
2) Com o pronome apassivador se associado a um verbo EXERCÍCIOS
ativo da terceira pessoa (passiva pronominal).
1) Se você ............ no próximo domingo e ................ de tem-
Ex.: Regam-se as plantas. po ............... assistir a final do campeonato.

Organizou-se o campeonato. a) vir / dispor / vá


↓ (sujeito paciente) b) vir / dispuser / vai
(pronome apassivador ou partícula apassivadora) c) vier / dispor / vá
d) vier / dispuser / vá
e) vier / dispor / vai
VOZ REFLEXIVA
2) Ele ............... que lhe ............... muitas dificuldades, mas
Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e enfim ............... a verba para a pesquisa.
paciente: faz uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre.
a) receara / opusessem / obtera
Ex.: O caçador feriu-se. b) receara / opusessem / obtivera
c) receiara / opossem / obtivera
A menina penteou-se. d) receiara / oposessem / obtera
e) receara / opossem / obtera

O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexi- 3) A segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do
vos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos indicativo do verbo precaver é:
quando se lhes podem acrescentar: a mim mesmo, a ti mes-
mo, a si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente. a) precavias
b) precavieste
Ex.: Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) c) precaveste
↘ pronome reflexivo d) precaviste
e) n.d.a.

Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocida- 4) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte:
de, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por "Se você .......... e o seu irmão ......., quem sabe você .............
alguns chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural o dinheiro.
e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reci-
procamente, mutuamente. a) requeresse / interviesse / reouvesse
b) requisesse / intervisse / reavesse
c) requeresse / intervisse / reavesse
Ex.: Amam-se como irmãos. d) requeresse / interviesse / reavesse
e) requisesse / intervisse / reouvesse
Os pretendentes insultaram-se.
(Pronome reflexivo recíproco) 5) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da seguinte frase:

"Quando ............... mais aperfeiçoado, o computador certa-


CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
mente ............... um eficiente meio de controle de toda a vida
social."
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
a) estivesse / será
tancialmente o sentido da frase:
b) estiver / seria
c) esteja / era
d) estivesse / era
Ex.: Gutenberg inventou a imprensa.
e) estiver / será
A imprensa foi inventada por Gutenberg.
6) Quando ............ todos os documentos, ............... um re-
querimento e ............... a chamada de seu nome.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
a) obtiver / redija / aguarda
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
b) obteres / rediges / aguardes
revestirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
c) obtiveres / redige / aguarda
d) obter / redija / aguarde
Ex.: Os calores intensos provocam as chuvas.→
e) obtiver / redija / aguarde
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
7) Ele ............... numa questão difícil de ser resolvida e
............... seus bens graças ao bom senso.
Eu o acompanharei. → Ele será acompanhado por mim.
a) interviu / reouve
Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
b) interveio / rehaveu
haverá complemento agente da passiva.
c) interviu / reaveu
d) interveio / reouve
Ex.: Prejudicaram-me. → Fui prejudicado.
e) interviu / rehouve

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Língua Portuguesa
8) Indique a frase onde houver uma forma verbal incorreta.
ADVÉRBIO
a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.
b) Se ela vir de carro, chame-me. É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a
c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta adjetivo, a um outro advérbio.
para o reflorestamento.
d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acres-
gasolina. centa uma circunstância. Só os de intensidade é que podem
e) n.d.a. também modificar adjetivos e advérbios.

9) Aponte a alternativa que contém a forma verbal correta Mora muito longe
para a seguinte oração: (modifica o advérbio longe).

“Quando eu o .........., ..........-lhe algumas verdades.” Sairei cedo para alcançar os excursionistas
(modifica o verbo sairei).
a) ver – digo
b) vir – digo Eram exercícios bem difíceis
c) vir – direi (modifica o adjetivo difíceis).
d) visse – diria
e) ver – direi CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS

10) Aponte a alternativa em que a segunda forma está incor- 1º) De Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente,
reta como plural da primeira: incontestavelmente, efetivamente.

a) tu ris – vós rides 2º) De Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavel-
b) ele lê – eles leem mente, decerto, certo.
c) ele tem – eles têm
d) ele vem – eles veem 3º) De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante,
mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, completamente,
11) Assinale a alternativa que preencha correta e respecti- profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais,
vamente as lacunas das frases apresentadas: nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mas,
quase, apenas, como.
Mesmo que nós ________ , não conseguiríamos que eles
_______ os papéis que os chefes __________ em segredo. 4º) De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além,
algures, aquém, alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro,
a) interviéssemos, requeressem, mantêm longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aon-
b) intervíssemos, requeressem, mantém de, donde, detrás.
c) interviéssemos, requisessem, mantêm
d) intervíssemos, requisessem, mantém 5º) De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como,
adrede, debalde, melhor, pior, aliás, calmamente, livremente,
e quase todos os advérbios terminados em "mente".
12) Assinale a alternativa que contém a forma correta dos
verbos medir, valer, caber e datilografar, na primeira pessoa 6º) De Negação: não, absolutamente.
do singular do presente do indicativo, pela ordem:
7º) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteon-
a) meço, valo, cabo, datilógrafo tem, já, sempre, nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo,
b) meço, valho, caibo, datilografo tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aí, entrementes, bre-
c) mido, valo, caibo, datilógrafo vemente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente,
d) mido, valho, caibo, datilografo presentemente, etc.

13) Assinale a alternativa incorreta: Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde?


quando? como? por que?: Onde estão eles? Quando sai-
a) O verbo enxaguar é irregular e conjuga-se como aguar e rão? Como viajaram? Por que não telefonaram?
desaguar.
b) O verbo odiar é regular.
c) Os verbos pôr, saber e agredir são irregulares. LOCUÇÕES ADVERBIAIS
d) O verbo precaver é defectivo.
São duas ou mais palavras com função de advérbio: às
14) Ela nos pede que ______ toda atenção ao filho, se o tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à toa, de vez em
________ em Roma. quando, de quando em quando, de propósito, às vezes, ao
acaso, ao léu, de repente, de chofre, a olhos vistos, de cor,
a) demos – virmos de improviso, em breve, por atacado, em cima, por trás, para
b) darmos – virmos trás, de perto, sem dúvida, passo a passo, etc.
c) demos – vermos
d) dermos – virmos Exemplos:

RESPOSTAS Ele, às vezes, age às escondidas.


1-D 2-B 3-C 4-A 5-E 6-E 7-D O segredo é sempre virar à direita.
8-B 9-C 10 - D 11 - A 12 - B 13 - B 14 - A À tarde ela trabalha no hospital, mas à noite ela está em
casa.

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Língua Portuguesa
FLEXÃO DOS ADVÉRBIOS 5) Temos um grau comparativo de superioridade na alternati-
va:
Alguns advérbios flexionam-se no comparativo e no su-
perlativo. a) Renata mora tão longe quanto João.
b) Renata mora mais longe que João.
• Grau comparativo: c) Renata mora muito longe.
d) Renata mora menos longe que João.
de igualdade: tão + advérbio + quanto e) n.d.a.

Cheguei tão cedo quanto queria. 6) Assinale a alternativa que contém um advérbio de tempo:

de superioridade: mais + advérbio + que a) Brevemente viajarei a Londres.


b) Gosto das coisas às claras.
Cheguei mais cedo que queria. c) Não vou à sua casa de jeito nenhum.
d) Talvez eu compre um carro novo.
de inferioridade: menos + advérbio + que e) Certamente, irei a sua casa.

Cheguei menos cedo que queria. 7) Assinale a alternativa em que a palavra meio tem valor de
advérbio:
• Grau superlativo:
a) Preciso de um meio de ganhar dinheiro.
analítico: b) Anita comprou meio metro de tecido azul.
c) Ela caiu bem no meio da praça.
Eles estavam muito felizes. d) O que aconteceu? Você parece meio abatido.
e) Só há um meio de ganhar: nos unirmos ao concorrente.
Ele chegou muito cedo.
8) “Joana era extremamente sensível.” O advérbio destaca-
sintético: do é de:

Eles estavam felicíssimos. a) afirmação


Ele chegou cedíssimo. b) dúvida
c) negação
d) lugar
EXERCÍCIOS e) modo

1) Há dois advérbios em todas as alternativas, exceto na: 9) Assinale a alternativa que contém um advérbio de tempo:

a) Ela cantava muito bem. a) Talvez chova na região sul e leste.


b) Hoje, talvez eu vá às compras. b) Não choverá na região sul e leste.
c) Eu não gostei de chegar tarde ao trabalho. c) A região sul e leste terá chuvas fortes amanhã.
d) Maísa é muito calma. d) Sua casa fica à direita.
e) O motorista dirige muito devagar. e) Realmente, precisamos esclarecer as dúvidas.

2) Assinale a alternativa que contém um advérbio de afirma- 10) Assinale a alternativa em que a palavra destacada
ção: tem valor de advérbio:

a) Sem dúvida, ele é um grande pintor. a) O pai reagiu aflito à notícia do acidente.
b) Ele, provavelmente, saíra do emprego. b) A mãe acudiu o garoto aflito.
c) Absolutamente, não entendo nada de espanhol. c) O rapaz aflito foi socorrido pelo bombeiro.
d) Calmamente, expliquei a situação a ela. d) O policial aflito tentava salvar o rapaz.
e) Talvez ela venha ao nosso encontro. e) O professor aflito encerrou a aula.

3) Aponte a alternativa que não contém uma locução adver- 11) Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto:
bial:
a) Ele permaneceu muito calado.
a) José deixou o escritório às pressas. b) Amanhã, não iremos ao cinema.
b) Já sei a lição de cor. c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
c) Em breve sairá o novo cd de Roberto Carlos. d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
d) Atualmente, há vários filmes em cartaz. e) Ela falou calma e sabiamente.
e) Assim, ela tornou-se rica e famosa.
12) Assinale a opção que contém advérbio:
4) Na oração “Joana trabalha muito longe de casa” temos o a) Nada impedirá a nossa viagem.
grau: b) Você nada como um peixe.
c) Fizemos uma prova nada fácil.
a) comparativo de superioridade d) Poucos têm tudo, muitos têm nada.
b) superlativo sintético e) A certas pessoas nada lhes tira a calma.
c) superlativo analítico
d) comparativo de igualdade RESPOSTAS
e) comparativo de inferioridade 1-D 2-A 3-D 4-C 5-B 6-A
7-D 8-E 9-C 10 - A 11 - A 12 - C

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Língua Portuguesa
PREPOSIÇÃO 2) Aponte a alternativa que contém somente preposições
acidentais:
Preposição é a palavra que liga um termo a outro:
a) afora, contra, perante, sobre
Casa de pedra; livro de Paulo; falou com ele. b) desde, segundo, afora, mediante
c) exceto, salvo, mediante, visto
Dividem-se as preposições em essenciais (as que sempre d) durante, desde, entre, segundo
foram preposições) e acidentais (palavras de outras classes e) trás, com, contra, perante
gramaticais que, às vezes, funcionam como preposição).
3) Nas orações:
1º) Preposições Essenciais: a, ante, após, até, com, de,
dês, desde, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. I - Valter foi a Portugal no ano passado.
II - A sua canção é linda!
Exemplos: III - Ele a iludiu com falsas promessas.
Fumava cigarro após cigarro.
Está vestida de branco. temos, respectivamente:

2º) Preposições Acidentais: conforme, consoante, segundo, a) preposição – pronome – artigo


durante, mediante, visto, como,exceto, salvo, etc. b) pronome – preposição – artigo
c) artigo – artigo – preposição
Exemplos: d) preposição – artigo – pronome
Os heróis tiveram como prêmio uma coroa de louros. e) artigo – preposição – pronome
Vovô dormiu durante a viagem.
4) Assinale a alternativa cuja lacuna não pode ser preenchida
LOCUÇÕES PREPOSITIVAS com a preposição entre parênteses:

São expressões com a função das preposições. a) Grande parte .............. doações foram desviadas. (de + as)
b) Ele não tem muita sorte ............. amor. (de + o)
Em geral são formadas de advérbio (ou locução adverbial) c) Ela tomou a criança ............... braço e a levou. (per + o)
+ preposição: abaixo de, acima de, por trás de, em frente de, d) O prisioneiro foi levado ............... cela. (a + a)
junto a, perto de, longe de, depois de, antes de, através de, e) Eu deixei o livro ............... lugar. (em + esse)
embaixo de, em cima de, em face de, etc.
Exemplo: 5) Aponte a alternativa que preenche corretamente as frases
Passamos através de mata cerrada. abaixo:

COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES I - O filme .......... assistimos era ótimo.


II - O emprego .......... aspiras é muito difícil.
As preposições a, de, em, per e para, unem-se com III - A menina .......... gosto é a Mariana.
outras palavras, formando um só vocábulo.
a) a que, a que, de que
Há combinação quando a preposição se une sem perda b) que, a que, de que
de fonema; se a preposição sofre queda de fonema, haverá c) a que, de que, que
contração. d) de que, a que, que
e) a que, a que, que
A preposição combina-se com os artigos, pronomes de-
monstrativos e com advérbios. 6) Assinale a alternativa que preencha as lacunas da
oração:
As preposições a, de, em, per contraem-se com os arti- “............ as últimas semanas, o movimento caiu ...............
gos, e, algumas delas, com certos pronomes e advérbios. 10% e 20%.”

a+a=à de + isto = disto a) Mediante - sob


a + as = às de + aqui = daqui b) Durante - após
a + aquele = àquele em + esse = nesse c) Desde - sob
a + aquela = àquela em + o = no d) Desde - ante
a + aquilo = àquilo em + um = num e) Durante - entre
de + o = do em + aquele = naquele
de + ele = dele per + o = pelo 7) Aponte a alternativa que contém somente preposições
de + este = deste essenciais:

a) exceto, segundo, perante, em


EXERCÍCIOS b) trás, salvo, de, por
c) menos, a, sem, visto
1) Assinale a alternativa em que a palavra em destaque é d) entre, sobre, contra, desde
preposição: e) afora, fora, visto

a) A professora recolheu as provas antes do horário.


b) Obriguei-a a estudar mais. RESPOSTAS
c) Fomos ao cinema, depois levei-as para tomar um lanche. 1-B 2-C 3-D 4-B 5-A 6-E 7-D
d) A noite estava tão bonita!
e) A mãe brigou com as filhas.

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Língua Portuguesa
INTERJEIÇÃO CONJUNÇÃO

Interjeição é a palavra que exprime um estado emotivo. Conjunção é a palavra invariável que liga orações ou
As interjeições são um recurso da linguagem afetiva e emo- termos da oração.
cional. Podem exprimir e registrar os mais variados sentimen-
tos. Exemplos:
Classificam-se em:
Comi mas não gostei.
1) de dor: ai! ui! ai de mim! 7) de apelo: ó! alô! psit! psiu! Saímos de casa quando amanhecia.
2) de desejo: oxalá! tomara! 8) de silêncio: psiu! silêncio!
3) de alegria: ah! oh! eh! viva! 9) de repetição: bis! As conjunções dividem-se em coordenativas e subordina-
4) de animação: eia! coragem! 10) de saudação: alô! olá! tivas.
avante! upa! força! vamos! salve! bom dia!
5) de aplauso: bem! bravo! 11) de advertência: cuidado!
apoiado! devagar! atenção! Quando a conjunção liga as orações sem fazer com que
6) de aversão: ih! chi! irra! ora 12) de indignação: fora! morra! uma dependa da outra ou sem que a segunda complete o
bolas! sentido da primeira, ela é coordenativa.

Quando a conjunção liga duas orações que se completam


LOCUÇÃO INTERJETIVA
uma a outra e faz com que a segunda dependa da primeira,
ela é subordinativa.
É uma expressão formada de mais de uma palavra, com
valor de interjeição: Meu Deus! Muito bem! Ai de mim! Ora
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
bolas! Valha-me Deus! Quem me dera!
Podem ser:
As interjeições são proferidas em tom de voz especial e,
dependendo desta circunstância, a mesma interjeição pode
1) Aditivas: dão ideia de adição: e, nem, mas também, mais
expressar sentimentos diversos.
ainda, senão, também, como também, bem como.
EXERCÍCIOS
Exemplo: A doença vem a cavalo e volta a pé.
1) Nas orações:
2) Adversativas: exprimem mais contraste, oposição, ressal-
I - Espero que ele viva por muitos anos.
va, compensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto,
II - Viva o meu time!
senão, ao passo que, no entanto, apesar disso.
as palavras em destaque são respectivamente:
Exemplo: Querem ser ricos, mas não trabalham.
a) interjeição – verbo d) ambas são verbos
b) ambos são interjeições e) verbo – substantivo
3) Alternativas: exprimem alternativa, alternância: ou,
c) verbo – interjeição
ou . . . ou, ora . . . ora, já . . . já, seja . . . seja, quer . . . quer.
2) Aponte a alternativa incorreta quanto à sua classificação:
Exemplo: A louca ora o acariciava, ora o renegava freneti-
camente.
a) Tomara que você vença! (desejo)
b) Basta! Não quero ouvir mais nada! (cessação)
4) Explicativas: exprimem explicação, um motivo: que, por-
c) Nossa! Quase fui atropelado. (espanto)
que, porquanto, pois. As conjunções explicativas aparecem
d) Credo! Não suporto manga. (alívio)
normalmente depois de orações imperativas.
e) Raios! Mas que demora! (impaciência)
Exemplo: Venha, porque quero conversar com você.
3) As interjeições são utilizadas para:
5) Conclusivas: expressam conclusão: logo, portanto, por
a) expressar sentimentos
conseguinte, por isso, pois (depois de verbo).
b) ligar termos de uma oração
c) dar uma circunstância ao verbo
Exemplo: As árvores balançavam, logo estava ventando.
d) ligar termos entre si
e) n.d.a.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
4) A interjeição oxalá indica estado de:
Podem ser:
a) admiração d) apelo
b) advertência e) desejo
1) Causais:
c) concordância
porque, que, pois, como, porquanto, visto que, desde que,
etc.
5) Assinale a alternativa que substitua a expressão em des-
taque:
“Que desagradável, lá vem você com essa mesma conversa.”
Exemplo: Não me interessa a opinião deles, porque todos ali
são imbecis.
a) Oxalá! d) Força!
b) Boa! e) Salve! 2) Comparativas:
c) Ih! como, tal qual, assim como, que nem, como quanto, etc.

RESPOSTAS Exemplo: Talvez ninguém pense como nós pensamos.


1-C 2-D 3-A 4-E 5-C

– 50 –
Língua Portuguesa
3) Concessivas: EXERCÍCIOS
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que,
por menos que, se bem que, posto que, nem que, dado que, 1) Na oração “Segundo o jornal noticiou, o índice de
sem que, etc. desemprego aumentará.”, temos a conjunção subordinativa:

Exemplo: Foi ao encontro, embora estivesse atrasado. a) consecutiva


b) condicional
4) Condicionais: c) causal
se, caso, desde que, salvo se, contanto que, a não ser que, a d) temporal
menos que, sem que, etc. e) conformativa

Exemplo: Não irei sem que ela me telefone. 2) Na oração “Não corra, que é perigoso.”, temos a conjun-
ção coordenativa:
5) Conformativas:
como, conforme, segundo, consoante, etc. a) adversativa
b) conclusiva
Exemplo: Cada um colhe, conforme semeia. c) aditiva
d) explicativa
6) Consecutivas: e) alternativa
que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tama-
nho), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira 3) Aponte a alternativa que preenche corretamente a lacuna:
que, sem que, etc.
Trata-se de um homem mais inteligente .................. bonito.
Exemplo: Era tão feio que metia medo nas crianças.
a) que
7) Finais: b) como
a fim de que, para que, que, porque, etc. c) logo
d) porque
Exemplo: Enganou-os para que não a enganassem. e) e

8) Proporcionais: 4) Assinale a conjunção que dá ideia de causa:


à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais,
quanto menos, etc. a) O filho é maior que o pai.
b) Quando ela acordou, eu já havia saído.
Exemplo: As criaturas são mais perfeitas à proporção c) Marcelo não viajou porque não dispunha de dinheiro.
que são mais capazes de amar. d) Ignoro como ele fez isso.
e) Embora descontente, aceitou a proposta.
9) Temporais:
enquanto, quando, logo que, assim que, depois que, agora 5) Assinale a alternativa que dá ideia de concessão:
que, antes que, desde que, até que, sempre que, etc.
a) Seu choro era tão forte que todos podiam ouvi-lo.
Exemplo: Todos se calaram, depois que protestei. b) Foi a Petrópolis a fim de que pudesse revê-la.
c) Se você não voltar, irei buscá-la.
10) Integrantes: d) Ainda que você não mereça, lhe darei o carro.
que, se. e) À medida que chorava, explicava o que havia acontecido.

Exemplo: Sonhei que o mundo havia acabado. 6) A vida transcorre entre o sucesso e o insucesso. É impor-
tante, ..............., que o adolescente enfrente adversidades,
Observação: As conjunções subordinativas integrantes in- fracassos e frustrações para que possa, segundo a canção
troduzem as orações subordinadas substantivas. As demais popular, "sacudir a poeira e dar volta por cima".
conjunções subordinativas introduzem as orações subordina- A conjunção que introduz uma ideia de conclusão é:
das adverbiais. A classificação das conjunções dependerá
unicamente da significação que elas derem à oração que a) porquanto
introduzem. b) porém
c) pois
LOCUÇÃO CONJUNTIVA d) contudo
e) conquanto
São duas ou mais palavras que têm valor de conjunção.
Geralmente é constituída de que precedido de advérbio,
preposição ou particípio. 7) Em: ". . . esses merecem perdão ou reparação total?" - o
conectivo ou encerra a ideia de:
visto que já que se bem que
ainda que desde que por mais que a) exclusão
a menos que de modo que por menos que b) alternância
à medida que uma vez que à proporção que c) adição
no entanto por consequência posto que d) condição
ainda quando logo que a fim de que e) simultaneidade

Exemplo: 8) (CESGRANRIO – 2011 – FINEP – Técnico – Suporte Téc-


Já que todos saíram, desisto do negócio. nico) Considere a sentença a seguir.

– 51 –
Língua Portuguesa
Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas
orações do período estão unidas pela palavra “e”, que, além 6. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
de indicar adição, introduz a ideia de

a) oposição Crase é a fusão de duas vogais a + a (à), indicada pelo


b) condição acento grave. A crase pode ocorrer com a junção da preposi-
c) consequência ção com:
d) comparação
e) união • o artigo feminino a ou as:

9) (FCC – 2012 – TCE-AP – Técnico de Controle Externo) Fomos a a escola.


Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos preposição artigo
para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimen-
tar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumi- Fomos à escola.
dores, aumentando a pobreza e o descontentamento. (início
do 2o parágrafo) • o a dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo:
A 2a afirmativa introduz, em relação à 1a , noção de
Entreguei os documentos a aquele senhor.
a) condição. preposição pronome demonstrativo
b) temporalidade.
c) consequência. Entreguei os documentos àquele senhor.
d) finalidade.
e) restrição. • o a do pronome relativo a qual (as quais):

10) (FUNCAB – 2010 – SEJUS-RO – Contador) Releia-se o A casa a a qual comprei há muitos anos foi demolida.
que escreve Beccaria: preposição pronome relativo

“Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da A casa à qual comprei há muitos anos foi demolida.
aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de
homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (di- A regência de alguns verbos exige a preposição a.
reito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida Veja alguns exemplos:
como único bem, [.......] as penas em dinheiro contribuirão tão
somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número Fui à feira.
de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo Peça à sua mãe que lhe conte uma história.
a rico talvez criminoso.” (parágrafo 5) Referi-me à sua atual situação.
A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes
deixado no período, fortalece a conexão lógica entre as ora-
ções adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é: CASOS EM QUE NÃO OCORRE A CRASE:

a) inclusive. • antes de substantivos masculinos:


b) além disso.
c) então. Não assisto a jogo de futebol.
d) por outro lado.
e) mesmo. • antes de verbos:

11) (FGV – 2010 – DETRAN-RN – Assessor Técnico – Con- Assim que cheguei em casa, começou a chover.
tabilidade) “… e eu sou acaso um deles, conquanto a prova
de ter a memória fraca…”; a oração grifada traz uma ideia de: • antes de artigo indefinido:

a) Causa. À noite iremos a uma festa.


b) Consequência.
c) Condição. • antes de pronome indefinido:
d) Conformidade.
e) Concessão. Desejo a todos boa viagem.

12) (CONSULPLAN – 2010 – Prefeitura de Congonhas – MG • antes de pronomes pessoais do caso reto, do caso oblíquo
– Técnico de Laboratório – Informática) e de alguns pronomes de tratamento que não admitem artigo:

“- Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro…” a Dei um presente a ela.
palavra destacada anteriormente exprime ideia de: Todos se dirigiram a mim.
Contei meus planos a Vossa Majestade.
a) Escolha.
b) Contraste, oposição. • quando o a aparece antes de uma palavra no plural, dando
c) Finalidade. um sentido genérico:
d) Explicação.
e) Soma, adição. Ele se referiu a mulheres estranhas.

RESPOSTA • nas expressões formadas por palavras repetidas:


1-E 2-D 3-A 4-C 5-D 6-C 7-B
cara a cara frente a frente
8-C 9-E 10 - C 11 - C 12 - B

– 52 –
Língua Portuguesa
CASOS EM QUE O USO DA CRASE É OBRIGATÓRIO Se estivermos em dúvida quanto ao emprego da crase,
basta recorrermos a três regras básicas:
• nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
femininas: 1ª regra: troca-se a palavra feminina por uma masculina
correspondente.
à parte em frente à
às vezes à espera de Vou à feira. Ela visitou a irmã.
à proporção que à medida que Vou ao cinema. Ela visitou o irmão.

Exceção: 2ª regra: troca-se o a craseado por para a:

Locuções adverbiais femininas que indiquem instrumento Irei à Argentina. Irei a Portugal.
não levam o acento de crase. Ire para a Argentina. Irei para Portugal.

a máquina a bala 3ª regra: troca-se cheguei de por a e cheguei da por à:

A carta foi escrita a máquina. Cheguei de Belo Horizonte.


Irei a Belo Horizonte.
Ele foi ferido a bala.
Cheguei da Bahia.
• nas expressões à moda de e à maneira de, mesmo quando Irei à Bahia.
subentendidas:

Usava sapatos à Luís XV. (à moda de) EMPREGO DE HÁ E A

• na indicação de horas: Essas duas formas, em relação ao tempo, têm o seguinte


uso:
O avião chegará às quinze horas.
HÁ: é usado no sentido de tempo decorrido, (verbo haver).

CASOS FACULTATIVOS Não o vejo há três semanas.

São casos em que pode ou não ocorrer a crase: A: é usado no sentido de tempo futuro, (preposição).

• antes de nomes femininos: Daqui a cinco dias, retornaremos ao trabalho.

Não conte isso a ( à ) Carla.


EXERCÍCIOS
• antes de pronomes possessivos femininos:
1) .......... poucos meses, papai referia-se .......... mamãe com
Obedeço a ( à ) minha mãe. muito carinho.

• depois da preposição até: a) A – à


b) Há – a
Fui até a ( à ) escola. c) A – a
d) Há – há
e) Há – à
CASOS ESPECIAIS
2) Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso do acento de
• antes da palavra casa: crase:

A palavra casa, no sentido de lar, residência, não admite o a) Vou a Paris no próximo ano.
uso da crase. Se a palavra casa vier determinada, leva o b) Partirei às duas horas.
acento de crase. c) Gosto de comida a italiana.
d) Ele saiu às pressas.
Voltei a casa depois do trabalho. e) Desejo a todos um Feliz Natal.

Vou à casa de meus pais nas próximas férias. 3) Assinale a alternativa que preencha corretamente as
lacunas das orações abaixo:
• antes da palavra terra:
Ele saiu .......... pé.
A palavra terra, no sentido de chão firme, não admite o Ele obedece .......... professora.
uso da crase. Se a palavra terra vier determinada, leva o Peça .......... ela que venha me encontrar.
acento de crase. Vou visitar .......... terra dos meus tios.

Depois de meses no navio, os marinheiros voltaram a a) a - à - a - à


terra. b) à - a - a - à
c) à - à - à - a
Regressarei à terra dos meus avós. d) a - a - à - a
e) a - a - a - à

– 53 –
Língua Portuguesa
4) Assinale a alternativa em que todas as locuções devem
receber o acento de crase: 7. SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

a) as vezes – a esmo – a parte


b) em frente a – a espera de – a medida que A sintaxe é o ramo da linguística que estuda os proces-
c) a máquina – as vezes – a proporção que sos generativos ou combinatórios das frases das línguas
d) a espera de – a bala – as pressas naturais, tendo em vista especificar a sua estrutura interna e
funcionamento. A sintaxe é a parte da língua que estuda as
e) a cabo – a esmo - a parte relações dos componentes que integram uma oração. E
também as combinações que as orações constituem entre si
5) Todas as alternativas possuem casos facultativos no uso na formação dos períodos. Logo, a maneira pela qual se dá
da crase, exceto: os ajustes das informações em orações ou períodos é a pre-
tensão de estudo da sintaxe.
a) Vou até à farmácia.
b) Ela deu um presente à sua melhor amiga. Outros estudos da sintaxe dizem respeito à análise dos
c) Bento entregou a carta à Maria. períodos simples e compostos, concordâncias nominal e
d) Beatriz devolverá o livro à senhora. verbal, regências nominal e verbal, além do estudo da pontu-
e) A professora entregou as notas à minha mãe. ação e do fenômeno da crase. Esses últimos podem ser
inseridos como objetos de discussão da sintaxe porque ao
6) Aponte a alternativa em que não ocorre o uso da crase: ser utilizados exigem conhecimento das estruturas sintáticas,
das combinações dos elementos na frase.
a) Ele age as escondidas.
b) A mulher a qual me refiro é minha professora. FRASE
c) Dia a dia, os problemas se tornam mais difíceis.
d) Irei a Austrália assim que puder. É todo enunciado que possui sentido completo, capaz de
e) Gosto das coisas as claras. estabelecer uma comunicação. Pode ser curta ou longa,
pode conter verbo ou não, uma única palavra pode ser uma
7) Fui .......... cidade .......... dez horas para conhecer frase.
.......... minhas primas.
Veja os exemplos:
a) a - as - as Bom dia!
b) a - às - as Fogo!
c) à - as - às O menino ganhou uma bicicleta.
d) à - às - às
e) à - às - as As frases classificam-se em:

8) Garanto .......... você que compete .......... ela, pelo menos Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita
.......... meu ver, tomar as providências para resolver o caso. vida…” (Machado de Assis)

a) a / a / a Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou


b) à / à / a saio de uma comédia?” (Machado de Assis)
c) a / à / à
d) a / à / a Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D.
e) à / a / à Guiomar!” (Machado de Assis)

9) Foi ............... Brasília aprender ............... artes políticas, Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais per-
mas retornou ............... terra natal sem grandes conhecimen- to…” (Machado de Assis)
tos.
Optativa: expressa um desejo. “Tomara que você passe na
a) a – as – à d) a – as - a prova”.
b) à – as – a e) à – às - à
c) a – às – à “Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem,
porém usou verbo é o que chamamos de oração.
10) Ainda há pouco, o professor referia-se ............... questões
ligadas ............... prática de ensino. ORAÇÃO

a) à – a c) a - à É o enunciado que se forma em torno de um verbo, apre-


b) à – à d) a - a sentando sujeito e predicado, ou pelo menos, predicado.

11) Levando-se em conta que alguns nomes de lugar admi- A enchente destruiu algumas casas.
tem a anteposição do artigo, assinale a alternativa em que a ↓ ↓
crase foi empregada corretamente: sujeito predicado
Choveu muito em São Paulo.
a) Ele nunca foi à Berlim. ↓
b) Ele nunca foi à Paris. predicado
c) Ele nunca foi à Itália. Observação: nem toda frase pode ser uma oração.
d) Ele nunca foi à Roma.
Veja o exemplo:
RESPOSTAS Bom trabalho o seu!
1-E 2-C 3-A 4-B 5-D 6-C
7-E 8-A 9-A 10 - C 11 - C

– 54 –
Língua Portuguesa
Este enunciado é uma frase, pois tem sentido completo; Os termos das orações costumam ser classificados em
mas não é oração, pois não possui verbo. essenciais, integrantes e acessórios.

PERÍODO
TERMOS DA ORAÇÃO
É a frase estruturada com um ou mais verbos.
Termo da oração é a palavra ou grupo de palavras
De acordo com o número de orações, o período classifi- que exerce uma função na oração.
ca-se em:
Um bando de pássaros sobrevoara uma árvore.
Simples: quando possui uma só oração, ou seja, apenas um ↓ ↓ ↓
verbo ou locução verbal. termo termo termo
grupo de palavras palavra grupo de palavras
A gritaria das crianças acordou o bebê.
↓ A oração pode ser composta de:
verbo • termos essenciais
Marcelo tinha trabalhado o dia todo. • termos integrantes
↓ • termos acessórios
locução verbal
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Composto: quando possui mais de uma oração, ou seja,
mais de um verbo ou locução verbal. Os termos essenciais da oração são: sujeito e predica-
do.
Ninguém viu o acidente que ocorreu na esquina. Bárbara é muito inteligente.
↓ ↓ ↓ ↓
verbo verbo sujeito predicado

Não me lembrava que tivesse dado o meu nome. SUJEITO


↓ ↓
verbo locução verbal Sujeito é o termo da oração a respeito do qual se declara
alguma coisa. Essa declaração pode ser:
• de ação: Joãozinho chutou a bola.
EXERCÍCIOS • de estado: A igreja está enfeitada.
• de qualidade: A casa é bonita.
1) Assinale a alternativa em que apareça uma oração:
NÚCLEO DO SUJEITO
a) Por favor, quietos!
b) Já para a cama, menina! Núcleo é a palavra principal dentro do sujeito.
c) Fique calmo.
d) Que lua linda! O presidente dos Estados Unidos chegará ao Brasil.
e) Bom dia, meninos! ↓ ↓
núcleo sujeito
2) Todas as orações são períodos compostos, exceto:
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
a) Fui eu que vi o ladrão.
b) É bom rever os amigos. O sujeito pode ser:
c) As crianças pularam quando foi marcado o gol.
d) Uma chuva forte vai cair daqui a pouco. • Simples: é aquele que possui um só núcleo.
e) João trabalha e estuda. O menino chorou muito.

3) Quantas orações há no período abaixo? • Composto: é aquele que possui mais de um núcleo.
O pai e a mãe foram viajar.
“Era de manhã, as folhas das árvores caíam, começava a
ventar.” • Oculto: é aquele que não aparece escrito, mas podemos
identificá-lo através das terminações verbais.
a) uma oração Trabalharei muito. (eu)
b) duas orações Trabalharemos muito. (nós)
c) três orações
d) quatro orações • Indeterminado: é aquele em que o verbo aparece na 3ª
e) cinco orações pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular acompanhado
do índice de indeterminação do sujeito se.
RESPOSTAS
1-C 2-D 3-C Contaram o seu segredo.

3ª pessoa do plural
A ESTRUTURA SINTÁTICA DO PERÍODO SIMPLES
Fala-se muito em política.
Analisar sintaticamente os períodos simples, constituídos ↓
3ª pessoa do singular
de apenas uma oração, significa, antes de tudo, identificar os
termos responsáveis pela estruturação interna das orações.

– 55 –
Língua Portuguesa
• Oração sem sujeito: é aquela que expressa um fato que sujeito:
não pode ser atribuído a nenhum ser. Ocorre com os seguin-
tes verbos: a) Meu irmão chega hoje.
a) verbo haver quando significa existir. b) Ninguém entendeu o que havia acontecido.
Há muitos fiéis na igreja. c) Na minha cidade, faz muito calor.
d) Falaram sobre impostos.
b) verbos haver e fazer quando indicam tempo transcorrido. e) Comprei uma bolsa.
Não o vejo há dez anos. Faz anos que ele viajou à Bahia.
2) A oração “Batem à porta” tem sujeito:
c) verbo ser na indicação de horas. a) oculto b) indeterminado
É uma hora. São três horas. c) oração sem sujeito d) simples
e) composto
d) verbos ser e estar na indicação de tempo ou clima.
É muito cedo! Está muito frio lá fora! 3) Aponte a alternativa incorreta quanto à sua classificação:
a) Atualmente dizem muitas tolices sobre política.
e) verbos que indicam fenômenos da natureza. (sujeito indeterminado)
Ontem choveu demais! Nevou nos Estados Unidos. b) Não o vejo há anos. (sujeito oculto)
c) O menino estava com febre. (sujeito composto)
PREDICADO d) Retornarei em breve. (sujeito oculto)
e) O aluno e a aluna brigavam o tempo todo.
Predicado é tudo o que se afirma do sujeito. (sujeito composto)

O mar estava agitado. 4) Em “Nos salões, choviam confetes”, há sujeito:


↓ ↓ a) oração sem sujeito b) choviam
sujeito predicado c) “salões” d) indeterminado
e) “confetes”
O predicado pode ser:
5) Nas orações a seguir:
• Predicado verbal: é aquele formado de verbo ou locução
verbal. I - Fala-se muito sobre a dengue.
André comprou um carro novo. II - Ficaram na casa João e José.
↓ ↓ III - Ficarei triste se você partir.
sujeito predicado
o sujeito é respectivamente:
No predicado verbal aparecem os verbos: a) oculto - composto - indeterminado
b) simples - indeterminado - oração sem sujeito
a) Verbo intransitivo: é aquele que não necessita de com- c) indeterminado - oculto - oculto
plemento. d) indeterminado - composto - oculto
O navio afundou. e) oração sem sujeito - composto - oculto

b) Verbo transitivo: é aquele que necessita de complemen- 6) Em uma das orações o sujeito está incorretamente
tos. Pode ser: destacado; assinale a alternativa:

• Direto: não há preposição. a) Depois do desespero, veio a esperança.


Trouxe alguns livros antigos. b) As notícias chegaram de longe.
c) Faz noites frias em julho.
• Indireto: há preposição. d) No céu escuro, uma lua brilhava.
Eu gosto de você. e) A praça ficou deserta.

• Direto e Indireto: é aquele que necessita de complementos 7) A oração sem sujeito está na alternativa:
sem preposição e com preposição ao mesmo tempo.
Entreguei a encomenda ao chefe. a) Não havia funcionários na fábrica.
b) Choveram tomates no comício.
• Predicado nominal: é aquele cujo núcleo é um nome (adje- c) A garotinha amanheceu abatida.
tivo, substantivo ou pronome) que indique a qualidade ou d) A noite cai rapidamente no inverno.
estado do sujeito, ligado por um verbo de ligação. O núcleo e) O homem sentiu-se constrangido.
do predicado nominal chama-se predicativo do sujeito.
8) Os termos destacados da oração abaixo são:
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer,
permanecer, ficar, continuar, andar. Eu e você seremos sempre bons amigos.
Samantha parece feliz.
a) sujeitos b) núcleos do predicado
• Predicado verbo-nominal: é aquele constituído de dois c) sujeitos simples d) predicativos do sujeito
núcleos (verbo e nome). e) núcleos do sujeito
Melissa voltou satisfeita. ou seja,
Melissa voltou e estava satisfeita.
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS 1-C 2-B 3-C 4-E
5-D 6-C 7-A 8-E
1) Assinale a alternativa que contém uma oração sem

– 56 –
Língua Portuguesa
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO COMPLEMENTO NOMINAL

Os termos integrantes da oração são aqueles que com- É o termo que completa o sentido de um nome (substanti-
pletam o sentido de outros termos da oração. São eles: vo, adjetivo ou advérbio) através de uma preposição.

• complemento verbal Por obediência às leis, deteve-se.


• complemento nominal ↓ ↓
• agente da passiva substantivo complemento nominal (CN)

COMPLEMENTOS VERBAIS Você é responsável pelos seus atos.


↓ ↓
São os termos que completam o sentido de verbos adjetivo CN
transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles:
Responderam favoravelmente ao meu apelo.
Objeto direto (OD): é aquele que integra o sentido do verbo ↓ ↓
transitivo direto sem o auxílio de uma preposição. advérbio CN

Célia ganhou lindas joias. Obs.: Se o termo regido por uma preposição completa um
↓ ↓ verbo, é objeto indireto.
V.T.D. O.D. Se o termo regido por uma preposição completa um
José comprou um apartamento no Morumbi. nome, é complemento nominal.
↓ ↓
V.T.D. O.D. AGENTE DA PASSIVA

Objeto indireto (OI): é aquele que integra o sentido do É o elemento que pratica a ação verbal quando a oração
verbo transitivo indireto com o auxílio de uma preposição. está na voz passiva. Em geral, o agente da voz passiva apre-
senta as preposições: por, pelo, de.
Precisamos de mais dinheiro.
↓ ↓ Os ladrões foram levados pelos policiais.
V.T.I. O.I. ↓ ↓ ↓
Ela visa a um emprego melhor. sujeito paciente locução verbal agente da passiva
↓ ↓ na voz passiva
V.T.I. O.I.
EXERCÍCIOS
Núcleo do objeto
1) Aponte a alternativa que apresenta um objeto indireto:
O núcleo do objeto pode ser formado por:
a) O cigarro é prejudicial à saúde.
• substantivo: b) Ouvi o canto alegre dos pássaros.
Contamos uma nova história. c) Dei a ela presentes lindos.
↓ d) Prefiro ficar alheio a tudo.
O.D. e) Encontramos nossos amigos na faculdade.

• pronome substantivo: 2) Na oração “Todos amam a Deus” temos:


Vou pedir algo para o jantar.
↓ a) objeto direto
O.D. b) objeto direto preposicionado
c) objeto indireto
• numeral: d) complemento nominal
Encontramos as cinco no parque. e) verbo intransitivo

O.I. 3) Na oração “Não encontrei ninguém conhecido na
festa”, o núcleo do objeto é:
• palavra substantivada:
Gostavam do azul do céu. a) “ninguém”
↓ b) “festa”
O.I. c) “conhecido”
d) não
• oração: e) n.d.a.
Sonhei que você havia partido.
↓ 4) Assinale a alternativa incorreta quanto à sua classificação:
O.D.
a) As luzes foram acesas pela dona da casa.
Objeto direto preposicionado
(agente da passiva)
b) Provei do bolo. (objeto direto preposicionado)
Há alguns casos em que o objeto direto aparece precedi-
c) É proibida a venda de bebidas alcoólicas neste estabele-
do de uma preposição apenas por razões estilísticas.
cimento. (complemento nominal).
d) A queima de fogos foi espetacular. (objeto indireto)
“Amar ao próximo como a si mesmo.”
e) Apanhei todos os jornais que estavam na porta.
↓ ↓
(objeto direto)
VTD OD preposicionado

– 57 –
Língua Portuguesa
5) Assinale a oração que apresenta um objeto direto: TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

a) Não concordo com isso. Os termos acessórios da oração são aqueles que acres-
b) Joana escreveu seu nome lentamente. centam novas informações a outros termos da oração, espe-
c) As crianças dormem cedo. cificando um nome ou indicando uma circunstância ao verbo.
d) Todos sabiam de sua decisão. São eles:
e) O navio afundou.
• adjunto adnominal
6) Em "E quer que ela evoque a eloquência da boca de som- • adjunto adverbial
bra . . .", o termo eloquência funciona como: • aposto

a) sujeito ADJUNTO ADNOMINAL


b) objeto direto
c) objeto indireto É o termo que vem junto (adjunto) do nome (adnominal).
d) complemento nominal Para achar o adjunto adnominal determina-se primeiramente
e) n.d.a o núcleo (a palavra principal) de um conjunto de palavras. A
palavra ou palavras que acompanharem o núcleo serão o
7) Na oração "O timbre da vogal, o ritmo da frase dão alma à adjunto ou adjuntos adnominais. Exemplo:
elocução", o trecho grifado é:
O meu amigo mandou-me um cartão interessante.
a) adjunto adverbial
b) objeto indireto O meu amigo
c) objeto direto
d) sujeito – palavra principal ou núcleo = amigo;
e) n.d.a – palavras que acompanham o núcleo = o,

8) "Angélica, animada por tantas pessoas, tomou-lhe o pulso meu (adjuntos adnominais).
e achou-o febril." um cartão interessante

Febril, sintaticamente é: – palavra principal ou núcleo = cartão;


– palavras que acompanham o núcleo = um,
a) objeto direto
b) complemento nominal interessante (adjuntos adnominais).
c) predicativo do objeto direto
d) predicativo do sujeito Os adjuntos adnominais podem ser expressos:
e) adjunto adverbial
1) pelos adjetivos: água fresca; terra fértil.
9) Assinale a alternativa incorreta quanto ao objeto destaca-
do: 2) pelos artigos: o mundo, as ruas.

a) Alguém me observava. (objeto indireto) 3) pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, muitas
b) Ninguém me deu notícias suas. (objeto indireto) coisas.
c) Ela se viu perdida no meio da multidão. (objeto direto)
d) Os fãs ofereceram- lhes flores. (objeto indireto) 4) pelos numerais: dois homens, quinto ano.
e) Todos nos observavam admirados. (objeto direto)
5) pelas locuções ou expressões adjetivas introduzidas
10) Assinale a alternativa incorreta quanto ao objeto indireto: pela preposição de, e que exprimem qualidade, posse, ori-
gem, fim ou outra especificação: presente de rei (régio);
a) A fábrica precisa de todos funcionários. qualidade: livro do mestre (indica a posse do livro).
b) O atropelador fugiu do local sem prestar socorro à vítima.
c) Professores reagem a demissões. ADJUNTO ADVERBIAL
d) Deus confiou-me esse talento.
e) Concessionárias intensificam a venda de carros usados. É o advérbio ou expressão que funciona como um advér-
bio. Classifica-se em:
11) Assinale a alternativa incorreta quanto ao objeto direto
preposicionado: – de afirmação: Realmente, está frio.
– de negação: Não sairei.
a) Todos amam a Deus. – de dúvida: Talvez viaje à noite.
b) Magoaram a ti. – de tempo: Saiu cedo. Saiu às 3 horas.
c) O ser humano clama por contato. – de lugar: Mora longe. Fique aqui.
d) Amo a Deus. – de modo: Escreve devagar. Lê bem.
e) Ofendeu ao Geraldo. – de intensidade: Corre bastante. Estuda muito.
– de companhia: Passeia com os pais. Trabalha com o
amigo.
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-A 4-D Exemplos:
5-B 6-B 7-B 8-C
9-A 10 - E 11 - C Não serei substituído por um trapaceiro.
O avião decolou bem rapidamente.
Paulo é muito vagaroso.

– 58 –
Língua Portuguesa
APOSTO A ESTRUTURA SINTÁTICA DO PERÍODO COMPOSTO:
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: No período composto sintaticamente estruturado, as ora-
ções se relacionam por meio de dois processos básicos: a
O Amazonas, rio caudaloso, atravessa grande região. coordenação e a subordinação.
(explica o que é o Amazonas)
A ordem normal das orações que formam o período com-
Conquistaram a lua, satélite da terra. posto é que a oração subordinada venha após a principal, já
(explica o que é a lua) que aquela funciona como um termo desta. Nas frases em
que não há dependência sintática entre as orações, ou seja,
O autor do romance, Machado de Assis,ficou famoso. nos períodos formados por orações coordenadas, o que vai
(explica quem foi o autor do romance) determinar a ordem da frase são as relações lógicas e/ou
cronológicas que há entre os elementos dessas frases.
VOCATIVO

É um chamamento; pode referir-se a pessoas, animais, PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO


entidades sobrenaturais.
O período composto por coordenação é formado por
Vocativo é um termo à parte. Não pertence à estrutura da orações coordenadas, isto é, orações independentes. Há dois
oração, por isso, não se anexa nem ao sujeito nem ao predi- tipos:
cado.
Exs.: Não faça isso, menina. ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA
João, dê-me seu livro.
Saia daí, Lulu. É aquela que não vem introduzida por conjunções, mas
Deus, vinde em meu auxílio. geralmente, por vírgula.
Chegou, tomou café, foi dormir.
EXERCÍCIOS Vim, vi, venci.

1) Crianças, está na hora de dormir. ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA

O vocábulo destacado é: É aquela que vem introduzida por conjunções.


Fui ao banco e conversei com o gerente.
a) sujeito Paulo estuda muito mas não aprende.
b) objeto direto
c) aposto As orações coordenadas sindéticas classificam-se de
d) adjunto adnominal acordo com as ideias que expressam:
e) vocativo
• aditivas: exprimem ideia de soma, adição.
2) Amélia assumirá a presidência da empresa por uma se-
mana. Foi indicada por um conselho administrativo. O médico não veio nem telefonou.
O empregado chegou e começou a trabalhar.
Os termos destacados analisam-se, respectivamente,
como: Principais conjunções: e, nem, mas também.

a) agente da passiva e objeto indireto. • adversativas: exprimem uma oposição em relação à ideia
b) adjunto adnominal e complemento nominal anterior.
c) adjunto adverbial e agente da passiva
d) adjunto adverbial e complemento nominal Tomou o remédio mas não sarou.
e) adjunto adnominal e complemento nominal Vou ao banco porém voltarei logo.

3) Em todas as orações, o termo está analisado corretamen- Principais conjunções: mas, porém, todavia, contudo,
te, exceto em: entretanto, no entanto.

a) Luís, o diretor, não nos deixou entrar. (aposto) • alternativas: exprimem a ideia de alternância, de escolha
b) Não coma isso, meu filho, faz mal à gastrite. (vocativo) ou de exclusão.
c) Nunca a vi tão magra. (adjunto adnominal)
d) Comprarei o lanche na cantina da escola. (adjunto adver- Ou o Brasil vence ou será desclassificado.
bial de lugar) Ora trabalha ora estuda.
e) Luísa, a filha mais velha, nunca retornou ao lar. (aposto)
Principais conjunções: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ...
4) “Um dia, todos os meus bens ficarão com Osvaldo, meu quer, já ... já, seja ... seja.
primogênito.” O termo destacado é:
a) vocativo d) aposto • conclusivas: exprimem uma conclusão.
b) adjunto adnominal e) objeto direto
c) sujeito Estou ouvindo barulho, portanto há alguém na casa.
Deve ter chovido, logo não saíram de casa.
RESPOSTAS Principais conjunções: logo, portanto, então, pois (pos-
1-E 2-C 3-C 4-D posto ao verbo).

– 59 –
Língua Portuguesa
• explicativas: exprimem a ideia de justificativa, de explica- 4) Assinale a alternativa em que a conjunção aditiva e
ção em relação à oração anterior. tem valor adversativo:

Deve ter chovido pois o chão está molhado. a) O trabalho era bom e o salário também era.
Dei-lhe um presente porque era seu aniversário. b) Todos estavam preparados para ir à praia e choveu.
c) O empregado insultou o patrão e foi demitido.
Principais conjunções: que, porque, pois (anteposto ao d) Ele parou o carro e fomos a pé.
verbo). e) Dormiu e sonhou.

Observações: 5) Assinale a oração coordenada alternativa:

• A conjunção e pode ter valor adversativo: a) Preciso comer, porque estou faminta.
b) Saia daqui e não volte mais!
Ele a ama e não demonstra. c) Eles se adoravam, contudo não se falavam.
Ele a ama mas não demonstra. d) Sua roupa era remendada, mas limpa.
e) Quer faça sol, quer chova, irei ao seu encontro.
• A conjunção mas pode ter valor aditivo:
6) Aponte a alternativa incorreta quanto à classificação
Ela é muito bonita mas inteligente. do termo em destaque:
Ela é muito bonita e inteligente.
a) Eliana, comentou o amigo – é linda!
ORAÇÕES INTERCALADAS OU INTERFERENTES (oração intercalada)
b) Espere sentado ou você se cansa.
São aquelas que vêm entre os termos de uma outra (oração assindética)
oração para fazer um esclarecimento a uma citação. c) Aninha comprou um vestido e se preparou para a festa.
(oração coordenada aditiva)
O fugitivo, comentaram os policiais, já foi resgatado. d) Continue cantando, pois você tem muito talento.
(oração coordenada conclusiva)
Observação: e) Correu muito, mas chegou atrasado.
(oração coordenada adversativa)
As orações intercaladas vêm sempre entre vírgulas ou
travessões e aparecem frequentemente com os verbos: 7) No período “Não foram à reunião, nem justificaram a au-
continuar, dizer, exclamar, comentar, etc. sência”, a oração em destaque é:

a) coordenada assindética
EXERCÍCIOS b) coordenada sindética aditiva
c) coordenada sindética adversativa
1) No período “Ande depressa que já está escurecendo” a d) coordenada sindética alternativa
oração em destaque é oração coordenada sindética: e) coordenada sindética conclusiva

a) conclusiva 8) Há oração coordenada sindética explicativa em:


b) explicativa
a) Vem depressa, que o tempo urge.
c) aditiva
b) Vi o menino que adoeceu.
d) alternativa
c) Morreu a floresta porque não choveu.
e) adversativa
d) Anda que anda, menino.
e) Pedro, que é pequeno, depende dos pais.
2) Aponte a alternativa em que ocorra uma oração coordena-
9) Assinale a alternativa incorreta quanto à coordenada sin-
da sindética conclusiva:
dética conclusiva:
a) A avó sorriu e passou a mão na cabeça do neto.
a) Quase sorria, logo estava apreciando a cena.
b) Tenha calma que a febre já vai diminuir.
b) São situações delicadas; merecem, pois, toda a nossa
c) Ou você conversa ou presta atenção à aula.
atenção.
d) São idosos, merecem, pois, o nosso respeito.
c) Com chuva, é perigoso trafegar nessa estrada, pois os
e) Entre, porque vai começar a chover.
buracos ficam encobertos pela água.
d) Já estou bem melhor, logo poderei ir à faculdade.
e) Ele ainda é criança, logo depende dos pais.
3) Assinale a alternativa incorreta quanto à classificação do
termo em destaque:
10) Assinale a alternativa incorreta quanto à coordenada
alternativa:
a) Ele está confuso, precisa, pois, de nosso apoio.
a) O pobre não sossega, ou geme ou ri.
(oração coordenada conclusiva)
b) Ora compartilham, ora disputam o mesmo chão.
b) Nosso amigo não apareceu, nem mandou notícias.
c) O ator virou-se para a plateia e agradeceu.
(oração coordenada aditiva)
d) Ora chovia, ora fazia sol.
c) Ele era feliz porém vivia só.
e) Venceremos com glória ou perderemos com dignidade.
(oração coordenada explicativa)
d) Eu trouxe o livro mas ele não leu.
RESPOSTAS
(oração coordenada adversativa)
e) Estava sorrindo, logo estava apreciando a cena. 1-B 2-D 3-C 4-B 5-E
(oração coordenada conclusiva) 6-D 7-B 8-A 9-C 10 - C

– 60 –
Língua Portuguesa
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO f) Apositivas

O período composto por subordinação é aquele formado Servem de aposto:


por uma oração principal e uma ou mais orações subordina-
das. Classificam-se em substantivas, adjetivas e adverbi- Explicou sua teoria: / que o sol explodirá.
ais, de acordo com a função sintática que exercem em rela- (oração principal) (oração subordinada substantiva
ção à oração principal. apositiva)

Maria sabe / que desejo sua felicidade. Só desejo uma coisa: / que vivam felizes.
oração principal oração subordinada (oração principal) (oração subordinada substantiva
apositiva)
Quando cheguei, / o telefone tocou.
oração subordinada oração principal EXERCÍCIOS

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 1) Assinale a alternativa em que a oração subordinada


destacada é subjetiva:
Começam por uma conjunção integrante. Têm o valor e
função de um substantivo, por isso, podem ser classificadas a) Não sei se eles virão.
como: b) Tenho interesse em que vocês voltem.
a) Subjetivas c) É sabido que esta é a melhor solução.
d) O certo é que todos pediram aumento.
Funcionam como sujeito do verbo da oração principal: e) Desejo uma coisa: que você seja feliz.

Convém / que estudes. 2) “Todos tomaram conhecimento de que tinhas pouco


(oração principal) (oração subordinada substantiva subjetiva) dinheiro.” A oração destacada é subordinada substantiva:

Seria melhor / que te apressasses. a) objetiva direta


(oração principal) (oração subordinada substantiva subjetiva) b) objetiva indireta
c) predicativa
b) Objetivas Diretas d) completiva nominal
e) apositiva
Funcionam como objeto direto do verbo da oração princi-
pal: 3) “Meu desejo é que você estude em Belém.” A oração
destacada exerce a função de:
Ele julga / que o rapaz é inocente.
(oração principal) (oração subordinada substantiva a) objeto direto
objetiva direta) b) predicativo
c) aposto
Quero / que representes a classe. d) complemento verbal
(oração principal) (oração subordinada substantiva
e) objeto indireto
objetiva direta)

c) Objetivas Indiretas 4) As orações abaixo destacadas são subordinadas substan-


tivas objetivas indiretas, exceto em:
Funcionam como objeto indireto do verbo da oração prin-
cipal: a) Sou favorável a que votemos nela.
b) Afinal me convenci de que ele era um gênio.
Eu não me oponho / a que ele viaje. c) Não me oponho a que saias sozinha.
(oração principal) (oração subordinada substantiva d) O motorista avisou o guarda de que não tinha documen-
objetiva indireta) to.
e) Gostaria de que ele chegasse logo.
Lembre-se / de que haverá a reunião.
(oração principal) (oração subordinada substantiva
objetiva indireta) 5) “Jamais imaginei que aquela cidade fosse tão bonita.” A
oração destacada é subordinada substantiva:
d) Predicativas
a) subjetiva
Exercem a função de predicativo do sujeito: b) objetiva direta
c) predicativa
Seu receio era / que chovesse. d) apositiva
(oração principal) (oração subordinada substantiva predicativa) e) completiva nominal
e) Completivas Nominais
6) No período: "É necessário que tenhamos confiança no
Têm a função de complemento nominal de um substantivo próximo", a oração grifada é:
ou adjetivo da oração principal.
Tenho a certeza / de que ele virá. a) subordinada substantiva objetiva direta;
(oração principal) (oração subordinada substantiva
b) subordinada substantiva subjetiva;
completiva nominal)
c) subordinada substantiva predicativa;
Sou favorável / a que o prendam.
(oração principal) (oração subordinada substantiva
d) subordinada adjetiva restritiva;
completiva nominal) e) subordinada substantiva apositiva.

– 61 –
Língua Portuguesa
7) No período: ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

"Sou favorável a que o prendam", A oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor
adjetivo de um termo que aparece na oração principal. São
a oração grifada é: introduzidas pelos pronomes relativos que e suas flexões (o
qual, a qual, os quais, as quais), quem, onde e cujo.
a) subordinada substantiva completiva nominal.
b) subordinada substantiva objetiva direta. A cena / que vi / foi muito desagradável.
c) subordinada substantiva objetiva indireta. oração o..s.adjetiva principal
d) coordenada sindética explicativa.
e) subordinada substantiva subjetiva. O espetáculo / ao qual me referi / foi ótimo.
oração o. s. adjetiva principal
8) Em “É compreensível que todos tinham descordado de
seu plano”, temos uma oração subordinada substantiva: Classificação das orações subordinadas adjetivas:

a) apositiva • restritivas: são aquelas que limitam o significado de um


b) predicativa termo da oração principal; são indispensáveis ao sentido do
c) completiva nominal período e normalmente não aparecem entre vírgulas.
d) objetiva direta
e) subjetiva Os homens / que são honestos / merecem nosso respeito.
oração o. s. adjetiva restritiva principal
9) Em “Nosso receio era que ele não chegasse a tempo”,
temos uma oração subordinada substantiva: Há histórias / que nos emocionam.
oração principal o. s. adjetiva restritiva
a) completiva nominal
b) predicativa • explicativas: são aquelas que acrescentam uma informa-
c) objetiva direta ção acessória a um termo da oração principal; são dispensá-
d) objetiva indireta veis ao sentido do período e sempre vêm separadas por
e) apositiva vírgula.
10) Entre as orações abaixo apenas uma é oração subordi- Os homens, /que são seres racionais /merecem nosso respeito.
nada substantiva completiva nominal. oração o. s. adjetiva restritiva principal

Assinale-a: O mar / que nos fornece alimentos / está poluído.


oração o. s. adjetiva restritiva principal
a) Ofereceram o prêmio a quem teve a melhor colocação.
b) O médico insistia em que o paciente fosse internado.
c) Lembrava-se de que aquela mulher o fez sofrer. EXERCÍCIOS
d) Estava convicto de que não passaria no concurso.
e) O sucesso depende de que tenha bons resultados. 1) Assinale a única alternativa em que há oração subordinada
11) Assinale o período em que a oração destacada é subs- adjetiva explicativa:
tantiva apositiva:
a) O amigo a quem pedi o favor mora do outro lado da cida-
a) Não me disseram onde moravas. de.
b) A rua onde moras é muito movimentada. b) O rapaz cuja a mãe chegou é meu primo.
c) Só me interessa saber uma coisa: onde moras. c) O aluno lia sobre Jânio Quadros, que foi o Presidente do
d) Morarei onde moras. Brasil.
e) n.d.a d) A pessoa que se esforça vence na vida.
e) Os alunos que foram reprovados farão uma reunião com a
12) Assinale a alternativa incorreta quanto à oração subordi- diretora.
nada substantiva objetiva direta:
2) Assinale a única alternativa em que há oração subordinada
a) Espero que tudo acabe bem. adjetiva restritiva:
b) Os pais desejam que os filhos sejam felizes.
c) Veja se tudo está em ordem. a) O homem, que é um ser racional, não deve agir por instin-
d) Dizem que o vestibular vai ser eliminado. to.
e) Tenho certeza de que vou mudar de escola. b) São Paulo, que é a maior cidade do Brasil, tem um alto
índice de desemprego.
13) Assinale a alternativa incorreta quanto à oração subordi- c) A Lua, que é um satélite natural, ainda não foi totalmente
nada substantiva objetiva indireta: estudada.
d) Não acredite em todas as coisas que lhe dizem.
a) Ele se opõe a que você o visite. e) O amor que é um belo sentimento anda esquecido ultima-
b) Tenho certeza de que voltarás rapidamente. mente.
c) O sucesso depende de que te dediques muito aos estudos.
d) Gostaria de que ele precisasse de mim. 3) Apenas em uma das alternativas abaixo há oração subor-
e) Eu não me esqueci de que você fez isto por mim. dinada adjetiva. Aponte-a:
a) O cigarro é um vício que prejudica à saúde.
RESPOSTAS b) Meu objetivo é que estudes numa boa faculdade.
1-C 2-D 3-B 4-A 5-B 6-B 7-A c) Dar-te-ei um conselho: não fiques deprimida
8-E 9-B 10-D 11-C 12-E 13-B por isso.
d) Foi importante que todos ajudassem.

– 62 –
Língua Portuguesa
e) Tenho interesse em que venda a sua casa. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

4) No período: As orações subordinadas adverbiais são aquelas que


desempenham a função de advérbio do verbo expresso na
"Ele, que nasceu rico, acabou na miséria", oração principal.

a oração grifada é: Voltei cedo / porque choveu.


oração principal oração subordinada adverbial
a) coordenada sindética explicativa;
b) subordinada adjetiva explicativa; Quando cheguei, / as crianças brincavam.
c) subordinada adjetiva restritiva; oração subordinada adverbial oração principal
d) subordinada substantiva apositiva;
e) coordenada sindética conclusiva. Embora seja tarde, / irá visitar o amigo.
oração subordinada adverbial oração principal
5) A oração é adjetiva na opção:

a) Cão que late não morde. Classificação das orações subordinadas adverbiais:
b) Espere que já estou cansado.
c) O pescador disse que voltaria logo. • causais: exprimem causa, motivo:
d) É bom que saibas essas coisas.
e) Aquele político aspira a que o elejam presidente do Brasil. Chegou cansado / visto que seu trabalho fora difícil.
oração principal oração subordinada adverbial causal
6) O período que apresenta uma oração subordinada adjetiva
restritiva é: Alberto foi aprovado / porque estudou.
oração principal oração subordinada adverbial causal
a) “O conde agarrou minha mão e num italianíssimo estropi-
ado de napolitano sussurrou que morria de paixão.” Principais conectivos: porque, já que, visto que, pois
(Rubem Fonseca) que e como (em orações que antecedem a oração principal).
b) “O velho não ouvia ninguém quando ficava inspirado.”
(Autran Dourado) • consecutivas: exprimem consequência:
c) “Calou-se, mas continuou a dedilhar o violão.” (Érico Ve-
ríssimo) Lia era tão bonita / que ganhou o concurso.
d) “Fadul ouviu com atenção, prosseguiu na caminhada de oração principal oração subordinada adverbial consecutiva
ofertas e cobranças.” (Jorge Amado)
e) “Maria conheceu o moço que começou a frequentar a O nenê chorou tanto / que a mãe desistiu de lhe dar o remédio.
oração principal oração subordinada adverbial consecutiva
casa no domingo.” (Dalton Trevissan)

7) Assinale o período em que há uma oração adjetiva restriti- Principais conectivos: que precedido de tão, tal,
va: tanto, tamanho.

a) A casa onde estou é ótima. • condicionais: exprimem condição:


b) Brasília, que é a capital do Brasil, é linda.
c) Penso que você é de bom coração. Se chover / não iremos ao clube.
d) Vê-se que você é de bom coração. oração subordinada oração principal
e) Nada obsta a que você se empregue. adverbial condicional

Caso ele venha cedo, / sairemos para jantar.


8) Há oração subordinada adjetiva na alternativa: oração subordinada oração principal
adverbial condicional
a) Diga-lhe que não poderei comparecer à reunião.
b) Ele compreendeu que a história era falsa. Principais conectivos: se, contanto que, sem que (= se
c) Ela confirmou que irá se casar. não), caso, desde que.
d) Você conhece os homens que chegaram?
e) Não convém que todos saibam a verdade. • concessivas: exprimem concessão, contrariedade:

9) Assinale a alternativa incorreta quanto à oração subordi- Preciso de um livro de português, / qualquer que seja ele.
nada adjetiva restritiva: oração principal oração subordinada
adverbial concessiva
a) Meu pai, que havia arrancado três dentes, não pôde
Embora tenha estudado, / não conseguiu fazer boa prova.
viajar naquele dia. oração subordinada oração principal
b) Não acredite em todas as coisas que lhe dizem. adverbial concessiva
c) Longe é um lugar que não existe.
d) O rapaz cuja mãe chegou é meu primo Principais conectivos: embora, ainda que, se bem que,
e) Os homens nunca prestam atenção aos animais que os conquanto, mesmo que.
rodeiam.
• conformativas: exprimem uma relação de conformidade:

RESPOSTAS Conforme combinamos, / aqui está seu salário.


1-C 2-D 3-A 4-B 5-A oração subordinada oração principal
6-E 7-A 8-D 9-A adverbial conformativa

– 63 –
Língua Portuguesa
O livro foi publicado / conforme pedimos. 2) A classificação da oração subordinada adverbial destacada
oração principal oração subordinada está correta em todas as opções, exceto em:
adverbial conformativa
a) Já que você vai, eu vou também. (consecutiva)
Principais conectivos: conforme, como, segundo, con- b) Embora fizesse frio, levei bermuda.(concessiva)
soante. c) Não saia sem que eu seja avisado.(condicional)
d) Ele come como um porco. (comparativa)
• comparativas: exprimem comparação: e) Aproveite a estadia enquanto puder. (temporal)

Nós corríamos / como os atletas correm. 3) Assinale o período em que há oração subordinada
oração principal oração subordinada adverbial consecutiva:
adverbial comparativa
a) Quando saíres, irei contigo.
Meu filho é tão inteligente / como qualquer outra criança.
b) Quanto mais te vejo, mais te quero.
oração principal oração subordinada
adverbial comparativa c) Bebeu que ficou doente.
d) Caso você não venha, telefone-me.
Principais conectivos: como, que, do que, que nem, e) À proporção que estudava, mais inteligente ficava.
feito.
Observação: É comum o verbo da oração subordinada com- 4) Assinale o período em que ocorre a mesma relação
parativa estar subentendido. Nós corríamos como os atletas. significativa indicada pelos termos destacados em:

• finais: exprimem finalidade: “A educação sexual nas escolas deve ser tão importante
quanto qualquer outra disciplina.”
Chamei-o / para que resolvesse o problema.
Oração oração subordinada adverbial final a) Tínhamos tudo quanto queríamos.
principal b) Ele era tão aplicado no trabalho que acabou promovido.
c) Quanto mais come, menos elegante fica.
Fale devagar / a fim de que possamos entendê-lo melhor. d) Era tão bom no computador quanto seu irmão.
oração oração subordinada adverbial final e) Alfredo era tão avarento quanto seu pai.
principal
5) As orações destacadas abaixo são classificadas como
Principais conectivos: para que, a fim de que. subordinada adverbial temporal, exceto em:

• proporcionais: exprimem proporção. a) Mal você chegou, ela saiu.


b) O jogo só acaba quando o juiz apita.
Quanto mais penso nela, / mais a amo. c) Ainda que pegasse um táxi, não chegaria no horário
oração subordinada oração principal combinado.
adverbial proporcional d) Começaremos o trabalho, assim que amanhecer.
e) Já que Lúcia era a empregada, não quis denunciar o
À proporção que falava, / mais nervosa ficava.
patrão.
oração subordinada adverbial oração principal
proporcional
6) Fiz-lhe sinal que se calasse.
Principais conectivos: à proporção que, à medida
que, quanto mais . . . tanto mais, quanto menos . . . tanto A oração grifada é:
menos.
a) subordinada adverbial final;
• temporais: exprimem ideia de tempo: b) subordinada adverbial concessiva;
c) subordinada adverbial consecutiva;
Desde que chegou, / só arrumou confusão. d) subordinada adverbial comparativa;
oração subordinada oração principal e) subordinada adverbial temporal.
adverbial temporal
7) A circunstância indicada pelo trecho destacado não está
Escreva-me / quando puder. adequada em:
oração principal oração subordinada adverbial temporal
a) Como se vê, a pesquisa do Dr. Zisman é muito importan-
Principais conectivos: quando, enquanto, logo que, te. (conformação)
depois que, antes que, desde que. b) Os bebês são considerados pigmeus, desde que não
apresentem três quilos de peso. (condição)
c) Os bebês são tão pequenos, que são considerados pig-
EXERCÍCIOS meus. (consequência)
d) Caso eu saiba a causa do seu choro, eu lhe darei aten-
1) “Ela nunca conseguirá o dinheiro por mais que trabalhe.” ção.(causa)
e) Ainda que sejamos um país subdesenvolvido, não pode-
A oração destacada é subordinada adverbial: mos aceitar que nasçam tantas crianças subnutridas. (con-
cessão)
a) causal
b) temporal
c) condicional RESPOSTAS
d) consecutiva 1-E 2-A 3-C 4-D 5-C 6-A 7-D
e) concessiva

– 64 –
Língua Portuguesa
Foi até a cozinha, bebeu um copo de água, pensou por
8. PONTUAÇÃO alguns instantes, acendeu seu cigarro.

• separar orações coordenadas sindéticas, exceto as inicia-


Os sinais de pontuação são recursos utilizados para re- das pela conjunção e, ou e nem:
presentar os movimentos rítmicos e melódicos da língua Fez o que pôde, pois sentia-se culpado pelo acidente.
falada. Não há critérios rígidos quanto ao seu uso, mas ao
empregá-los o texto adquire maior clareza e simplicidade. • isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
O homem, que é um ser inteligente, também é passível de
erro.
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
• separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente
1) VÍRGULA ( , ) quando vêm antepostas à oração principal:
Quando as férias chegaram, todos foram para o Nordeste.
Geralmente, a vírgula é utilizada para dar uma breve
pausa na leitura. • para separar orações reduzidas:
Terminada a aula, os alunos foram dispensados.
A vírgula entre os termos de uma oração
Não se usa vírgula entre:
Emprega-se a vírgula para:
• o sujeito e o predicado:
• separar elementos de uma enumeração: Os alunos da escola formaram uma comissão.
Crianças, jovens e velhos manifestaram-se contra a vio- sujeito predicado
lência.
• o verbo e seus complementos:
• separar o aposto: O turista pediu informação ao motorista.
Madalena, aquela moça alegre, possuía uma vida infeliz. verbo objeto direto objeto indireto

• separar o vocativo: • o nome e o complemento nominal:


O jantar está servido, senhor! A leitura do jornal é indispensável.
nome complemento nominal
• separar o adjunto adverbial antecipado:
Logo pela manhã, ouviu-se um terrível estrondo. • o nome e o adjunto adnominal:
A claridade da manhã entrava pelas janelas.
Observação: Se o adjunto adverbial viesse no final da frase, nome adjunto adnominal
não seria necessário o uso da vírgula.
• a oração principal e a subordinada substantiva, desde que
• isolar o nome do lugar nas datas: não seja apositiva:
São Paulo, 07 de outubro de 1963. Espero que você seja feliz.
oração principal oração subordinada substantiva
• indicar a omissão de um termo:
Todos estavam alegres; eu, muito triste. 2) PONTO FINAL ( . )

Observação: Neste exemplo, foi omitido o verbo estava. “. . . O ponto final é usado para representar a pausa máxima
eu estava muito triste.” com que se encerra o período.

• depois do sim e do não, usados como resposta, no início da Emprega-se o ponto final:
frase:
• no período simples:
– Você vai à escola? A partida de futebol foi emocionante.
– Sim, vou. ou – Não, vou ficar em casa.
• no período composto:
• para separar palavras e expressões explicativas ou retifica- Não quero que você tenha medo de mim.
tivas como por exemplo, ou melhor, isto é, aliás, além disso,
então, etc. • nas abreviaturas:
d.C. - depois de Cristo
Eles foram à praia ontem, aliás, anteontem. Av. – avenida
pl. - plural
• para separar termos deslocados de sua posição normal na
frase: 3) PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
De doce, eu gosto.
O ponto-e-vírgula é utilizado para marcar uma pausa
• para separar elementos paralelos de um provérbio: intermediária entre o ponto e a vírgula.
Tal pai, tal filho.
Emprega-se o ponto-e-vírgula para:
A vírgula entre orações
• separar orações coordenadas, se uma delas já tiver vírgula:
No período composto, emprega-se a vírgula para:
Fazia muito calor naquela manhã; alguns hóspedes, pen-
• separar orações coordenadas assindéticas: sava eu, tinham ido à piscina.

– 65 –
Língua Portuguesa
• separar orações coordenadas de sentido oposto: • verbo no imperativo:
— Venha cá! Apague a luz!
As crianças viajarão hoje; os adultos amanhã.
• Depois de vocativo:
• separar itens de uma enumeração, de um regulamento, de — Tenha paciência, João!
um decreto, de uma lei, etc.
7) RETICÊNCIAS (. . .)
Art. 17 - Fica vedado:
I - fumar em local fechado; As reticências são utilizadas para indicar que a frase foi
II - ter animais de grande e médio porte; interrompida. Emprega-se as reticências para indicar:
III - usar o pátio para promover festas;
IV - usar o salão de festas para reuniões. • dúvida, hesitação ou surpresa:
Eu estava pensando . . . não sei se invisto o dinheiro em
4) DOIS-PONTOS ( : ) ações ou em imóveis.

Os dois-pontos são utilizados para marcar uma sensível • interrupção da fala do narrador ou da personagem:
suspensão da voz de uma frase não concluída. — Eu te amo, disse Luísa em voz baixa. Como Alfredo
não escutou, Luísa ia dizer outra vez: “eu te . . .”, mas foi
Emprega-se os dois-pontos: interrompida com a chegada de seu pai.

• para anunciar a fala da personagem: • supressão de palavras:


O professor ordenou: Samantha parecia impaciente:
— Façam silêncio! — Mamãe, eu quero . . . a senhora sabe . . . eu . . . eu
quero muito bem a senhora.
• para anunciar uma enumeração:
Os entrevistados do programa serão os seguintes: Jô • ao final de uma frase, que o sentido continua:
Soares, Marta Suplicy, Antonio Fagundes e Paulo Maluf. E a vida continua . . .

• para anunciar um esclarecimento: 8) PARÊNTESES ( ( ) )


Escute bem isto: só se vive bem quando se tem paz.
Os parênteses são usados para intercalar pequenos co-
• para anunciar uma citação: mentários que não se encaixam na ordem lógica da frase.
O filósofo Descartes disse: “Penso, logo existo.”
Empregam-se os parênteses para:
• na invocação das correspondências:
Prezado amigo: • isolar palavras explicativas:

• antes de orações apositivas: A diretora da escola pediu aos alunos que conservassem
Nós defendemos uma ideia: que todos devem ter acesso a escola, e todos (menos o Carlos) resolveram ajudar.
à saúde, à segurança e à educação.
• destacar datas:
5) PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
Gregório de Matos (1633 - 1695) foi a maior expressão
O ponto de interrogação é utilizado para marcar as ora- do Barroco brasileiro.
ções interrogativas diretas.
Onde estarão os livros que perdi? • isolar frases intercaladas:

Observações: O senhor Irineu (que Deus o tenha!) era uma pessoa


a) O ponto de interrogação não é empregado nas perguntas arrogante e mal-humorada.
indiretas:
• indicações cênicas (em peças de teatro, roteiros de tevê
Melissa perguntou onde estariam os livros que perdeu. etc.):

b) O ponto de interrogação e o de exclamação podem apare- (Entra Ivone desesperada)


cer lado a lado em frases de entonação interrogativa e ex- — Onde, onde estão as crianças?
clamativa:
9) TRAVESSÃO ( — )
— O senhor outra vez?! Assim não é possível!
O travessão é usado para indicar com que pessoa do
6) PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! ) discurso está a fala.

Emprega-se o ponto de exclamação, geralmente, Emprega-se o travessão para:


depois de:
• indicar a mudança do interlocutor no diálogo:
• frases exclamativas:
Que dia lindo! — Bom dia, José. Como vai?
— Bom dia, querida. Eu estou bem.
• interjeições e onomatopeias:
Puxa! • isolar a parte final de um enunciado:
Plim - plim!

– 66 –
Língua Portuguesa
Todos nós cometemos erros — erros, às vezes, injustifi- 14) CHAVE ( { ) OU CHAVES ( { } )
cáveis.
A chave é utilizada para dividir um assunto. As chaves
• isolar palavras ou frases, usa-se travessão duplo: são muito empregadas em matemática.

A Chula — dança típica do sul do país — é acompanhada (Mack / 92) - Sejam os conjuntos
a sanfona ou violão. A = {x | x é múltiplo de 7} e 9 = {x 0 ù |12 < x < 864}.
Então o número de elementos de A 1 B é:
• ligar grupos de palavras que indicam itinerário: a) 78 b) 100 c) 122 d) 146 e) 166
Resposta: Alternativa c.
A rodovia Presidente Dutra é a estrada que liga Rio —
São Paulo. 15) BARRA ( / )

10) ASPAS ( “ ” ) A barra é muito utilizada nas abreviações das datas


e em algumas abreviaturas.
As aspas são utilizadas para isolar do contexto frases ou
palavras alheias. 01 / 06 / 94
A/C - ao(s) cuidado(s)
Empregam-se as aspas:

• no início e no fim de uma citação: EXERCÍCIOS

“Deus, ó Deus! onde estás que não respondes?” 1) Assinale a alternativa corretamente pontuada:
(Castro Alves)
a) Hoje, em dia, através do avanço da medicina, muitas do-
• nas palavras ou expressões estrangeiras, arcaísmos, neo- enças têm cura.
logismos, gírias, etc. b) Hoje em dia através do avanço da medicina, muitas doen-
ças, têm cura.
Fui ao “show” do Roberto Carlos. c) Hoje em dia, através do avanço da medicina, muitas doen-
O novo cd dos Titãs é “sinistro”! ças têm cura.
d) Hoje em dia, através do avanço da medicina muitas doen-
• dar ênfase a palavras e expressões: ças têm cura.

Meu irmão não é “isso” que dizem. 2) Observe as frases:

• ironizar os termos de uma oração: I - Mamãe sempre dizia: “Cuidado com os falsos amigos.”

Havia sempre um “porquê” em tudo que dizia. II - Terminado o discurso, o governador retirou-se.

11) COLCHETES ( [ ] ) III - Espero, que você alcance seus objetivos.

Os colchetes são utilizados com a mesma finalidade dos Verificamos que está (estão) corretamente pontuada( s):
parênteses, principalmente na linguagem científica e religio-
sa. a) apenas a I
b) apenas a II
estrábico. Adj. 1. Relativo ao, ou próprio do estrabismo c) apenas a I e a II
(1). 2. Diz-se de indivíduo atacado de estrabismo d) apenas a III
(1). [Sin.: caolho, vesgo, zarolho.]
3) “Naquele momento só desejava uma coisa: que Alberto
12) ASTERISCO ( * ) retornasse o mais breve possível.”

O asterisco é utilizado para chamar a atenção do leitor Assinale a alternativa correta:


para alguma nota (observação), ou para substituir um nome
que não se quer mencionar. a) Os dois-pontos antecipam um desejo do autor.
b) Os dois-pontos anunciam uma citação.
O Marquês * * * c) Os dois-pontos anunciam a fala da personagem.
d) Os dois-pontos anunciam e introduzem um esclarecimento.
13) PARÁGRAFO ( § )
4) Aponte a frase corretamente pontuada:
O parágrafo é utilizado para indicar um item de um texto
ou artigo de lei. a) Nós, isto é, Geraldo e eu, resolveremos o problema.
b) Nós, isto é Geraldo e eu, resolveremos o problema.
Art. 1º. Constituem Princípios Fundamentais de Contabili- c) Nós, isto é, Geraldo e eu resolveremos o problema.
dade (PFC) os enunciados por esta Resolução. d) Nós isto é, Geraldo e eu resolveremos o problema.
§ 1º. A observância dos Princípios Fundamentais de Con-
tabilidade é obrigatória no exercício da profissão e consti-
tui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de RESPOSTAS
Contabilidade (NBC). 1-C 2-C 3-D 4-A

– 67 –
Língua Portuguesa
8º) As palavras: mesmo, próprio e só (quando equivale a
9. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL sozinho) concordam segundo a regra geral em gênero e
número com a palavra a que se referem. Só quando equivale
a somente é advérbio e invariável.
Concordância é o princípio sintático segundo o qual
as palavras dependentes se harmonizam, nas suas flexões, Ela mesma me avisou.
com as palavras de que dependem. Vocês próprios me trouxeram a notícia.
Nós não estivemos sós.
Assim: Só eles não concordaram.

a) os adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em Obs.: A expressão a sós é invariável. Exemplo:
gênero e número com os substantivos determinados (concor- Gostaria de ficar a sós por uns momentos.
dância nominal).
9º) Anexo, incluso, junto, bastante e nenhum, concordam,
b) o verbo concordará com o seu sujeito em número e pessoa normalmente, com os substantivos a que se referem.
(concordância verbal).
Segue anexa a cópia do contrato.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Vão inclusos os requerimentos.
Seguem juntas as notas.
1º) Quando o adjetivo se referir a um só nome, o substantivo Bastantes pessoas ignoram esse plural.
concorda com ele em gênero e número. Homens nenhuns, nenhumas causas.

Boa árvore não dá maus frutos. Observações:

2º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos a) Alerta e menos são sempre invariáveis.
do mesmo gênero e do singular e vier posposto, toma o
gênero deles e vai facultativamente, para o singular ou plural. Estamos alerta.
Há situações menos complicadas.
Disciplina, ação e coragem digna (ou dignas). Há menos pessoas no local.

Porém: Dedicado o pai, o filho e o irmão. b) Em anexo é sempre invariável.


(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).
Seguem, em anexo, as fotografias.
3º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos
de gêneros diferentes e do singular e vier posposto, pode- 10º) Meio - meia, como adjetivo concordam em gênero e
rá ir para o masculino plural ou concordar com o mais próxi- número com o substantivo que modificam, mas como advér-
mo. bio meio permanece invariável.

Escolheste lugar e hora maus. Obs.: como adjetivo, modifica o substantivo; como advérbio,
Escolheste lugar e hora má. modifica o adjetivo, o verbo e o próprio advérbio.

Porém: Sinto eterno amor e gratidão. Já é meio-dia e meia (hora). (substantivo)


(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo). Comprei dois meios litros de leite. (substantivo)
Quero meio quilo de café. (substantivo)
4º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos Ele sentia-se meio cansado. (adjetivo)
de gêneros diferentes e do plural e vier posposto, tomará Elas pareciam meio tontas. (adjetivo)
o plural masculino ou concordará com o mais próximo. Minha mãe está meio exausta. (adjetivo)

Rapazes e moças estudiosos (ou estudiosas). Estão nesse caso palavras como: pouco, muito, bastante,
barato, caro, meio, longe, etc.
5º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos
de gênero e número diferente e vier posposto, poderá 11º) Dado e visto e qualquer outro particípio, concordam
concordar com o mais próximo ou ir para o plural masculino. com o substantivo a que se referem.

Primos, primas e irmãs educadíssimas (ou educadíssi- Dados os conhecimentos (substantivo masculino)
mos). Dadas as condições (substantivo feminino)
Vistas as dificuldades (substantivo feminino)
6º) Pode o adjetivo ainda concordar com o mais próximo
quando os substantivos são ou podem ser considerados 12º) As expressões um e outro e nem um nem outro são
sinônimos. seguidas de um substantivo singular.

Gratidão e reconhecimento profundo. . . . mas aprovei um e outro ato.


. . . mas uma e outra coisa duraram.
7º) Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo
substantivo determinado pelo artigo, ocorrem três tipos de Porém: quando um e outro for seguido de adjetivo, o subs-
construção: tantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural.

Estudo as línguas inglesa e francesa. Uma e outra parede sujas.


Estudo a língua inglesa e a francesa. Um e outro lado escuros.
Estudo a língua inglesa e francesa.

– 68 –
Língua Portuguesa
13º) A palavra possível em o mais . . . possível, o pior EXERCÍCIOS
possível, o melhor possível, mantém-se
invariável.
1) Assinale a alternativa em que ocorre erro na concordância
Praias o mais tentadoras possível. do verbo ser e do predicativo.

Porém: a) É perigoso contratos muito longos.


b) Foi arriscada a sua proposta.
Com o plural os mais, os menos, os piores, os melho- c) É necessário atitudes desse tipo.
res, a palavra possível vai para o plural. d) Não parecia, mas era claro sua intenção.
e) Cerveja gelada é bom para a saúde.
Praias as mais tentadoras possíveis.

14º) A palavra obrigado concorda com o nome a que se 2) Assinale a alternativa em que ocorra algum erro de con-
refere. cordância nominal.

Muito obrigado (masculino singular) a) Saiba que você cometeu um crime de lesa-majestade.
Muito obrigada (feminino singular) b) Estejam alerta, pois o inimigo não manda aviso.
Eles disseram muito obrigados (masculino plural) c) Há menos indecisões do que parece.
d) Permitiram-me que as deixo só.
15º) O verbo ser mais adjetivo. e) Ele sentiu que precisava ficar a sós.

Nos predicados nominais em que ocorre o verbo ser mais


um adjetivo, formando expressões do tipo é bom, é claro, é 3) Assinale, dentre as frases abaixo, as opções corretas
evidente, etc., há duas construções: quanto à concordância nominal.

a) É meio-dia e meia.
– se o sujeito não vem precedido de nenhum modificador, b) É proibido entrada.
tanto o verbo quanto o adjetivo ficam invariáveis. c) É proibida a entrada.
d) Seguem anexo os documentos.
Cerveja é bom. e) Seguem anexo notas fiscais.
É proibido entrada. f) Envio inclusas as faturas.
g) É permitido a entrada.

– se o sujeito vem precedido de modificador, tanto o verbo


quanto o predicativo concordam regularmente. Questões de 4 a 6 - Responda, segundo o código:

A cerveja é boa.
É proibida a entrada. a) Apenas correta a I.
b) Apenas correta a II.
c) Apenas correta a III.
16º) Concordância do Adjetivo (Predicativo) d) Todas corretas.
e) Todas erradas.
a) Predicativo do Sujeito: concorda com o sujeito em núme-
ro e gênero:
4) I. É expressamente proibido entrada.
As crianças estavam tristonhas. II. Maçã é muito bom para os dentes.
III. Será necessária tal atitude?
b) Predicativo do Objeto:

– Se o objeto direto for simples o adjetivo predicativo concor- 5) I. Na sala, havia lugares bastantes para todos.
da em gênero e número com o objeto. II. Eu mesmo, uma mulher experiente, cometo erros infan-
tis.
Trouxeram-na desmaiada. III. É necessário, neste momento, a exatidão dos fatos.

– Se o objeto direto for composto o adjetivo predicativo deve-


rá flexionar-se no plural e no gênero dos objetos. 6) I. Encontrei uma e outra janela aberta.
II. Marta estava meia preocupada.
A justiça declarou criminosas a atriz e suas amigas. III. Seguia anexo ao envelope uma lista de preços.

17º) Substantivos ligados por ou: o adjetivo concorda


com o mais próximo ou, então, vai para o plural.
7) Assinale o item que apresenta erro de concordância:
uma flor ou um fruto saboroso OU saborosos.
a) Os fatos falam por si só.
18º) Dois ou mais ordinais determinando o substantivo: b) Ele estuda a história e a mitologia egípcia.
este ficará no singular ou no plural. c) Estes produtos custam cada vez mais caro.
d) Ela mesma nos agradeceu.
a primeira e segunda ferida (OU feridas) do coração. e) Ele mesmo construiu sua casa.

– 69 –
Língua Portuguesa
8) Elas ............... enviaram os atestados ............... às procu- CONCORDÂNCIA VERBAL
rações.
O verbo concorda com o sujeito, em harmonia com as
a) mesmos, anexas seguintes regras gerais:
b) mesmas, anexas
c) mesmos, anexos O sujeito é simples
d) mesmas, anexos
e) mesmo, anexo O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em
número e pessoa. Exemplos:

9) Apenas uma alternativa preenche corretamente os espa- a) verbo depois do sujeito:


ços existentes na sentença abaixo.
As saúvas eram uma praga.
Assinale-a: O vento forte quebra os telhados e as vidraças.

Aqueles seguranças estão ............... porque encontraram b) verbo antes do sujeito:


............... marcas de mão.
Acontecem tantas desgraças neste planeta!
a) alerta - bastante Não faltarão pessoas que nos queiram ajudar.
b) alerta - bastantes
c) alertas - bastantes O sujeito é composto e da 3ª pessoa
d) alertas - bastante
e) n.d.a. O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva
geralmente este para o plural. Exemplos:

10) Não foi ............... a nota que receberam. Elas .......fizeram A esposa e o amigo seguem sua marcha.
o trabalho. Poti e seus guerreiros o acompanharam.

a) justa - mesmas É lícito (mas não obrigatório) deixar o verbo no singular:


b) justo - mesmo
c) justa - mesmo a) quando os núcleos do sujeito são sinônimos:
d) justo - mesmas
e) justas - mesma A decência e honestidade ainda reinava.
A coragem e a afoiteza com que lhe respondi, perturbou-
o.
11) Assinale a alternativa em que a concordância nominal
está incorreta: b) quando os núcleos do sujeito formam sequência gradativa:

a) É vergonhosa a miséria e o desinteresse político. Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina come-
b) Admiro a cultura árabe e a japonesa. çou a me apertar a alma.
c) A aluna foi mal na prova porque estava meia tensa.
d) Há bastantes pessoas desempregadas nesta cidade. Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo, este po-
e) Muito obrigada, respondeu a menina. derá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo:

Ali estavam o rio e suas lavadeiras.


12) Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à Aqui é que reina a paz e a alegria na boas consciências.
concordância nominal, exceto:
O sujeito é composto e de pessoas diferentes
a) Foi acusado de crime de lesa-pátria.
b) As declarações devem seguir anexas ao processo. Se o sujeito composto for de pessoas diversas, o verbo se
c) Eram rapazes os mais elegantes possível. flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. [A 1ª
d) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados. pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª prevalece sobre a
3ª]:

13) Em todas as frases a concordância se fez corretamente, Foi o que fizemos Capitu e eu. [ela e eu = nós]
exceto em:
Tu e ele partireis juntos. [tu e ele = vós]
a) Os soldados, agora, estão todos alerta.
b) Ela possuía bastante recursos para viajar. Você e meu irmão não me compreendem. [você e ele =
c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis. vocês]
d) Rosa recebeu o livro e disse: "Muito obrigada”.
Muitas vezes os escritores quebram a rigidez dessa regra:

a) ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais próxi-


mo, quando este se opõe ao verbo:

RESPOSTAS O que me resta da felicidade passada és tu e eles.


1-D 2-D 3 – a; b; c; f 4-D 5-A 6-E Faze uma arca de madeira; entra nela tu, tua mulher e
7-A 8-D 9-B 10 - A 11 - C 12 - C 13 - B teus filhos.

– 70 –
Língua Portuguesa
b) ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele [tu + b) quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser
ele = vocês em vez de tu + ele = vós]: atribuído a um dos elementos do sujeito:

Deus e tu são testemunhas. Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada.
Juro que tu e tua mulher me pagam. [Só uma cidade pode sediar a Olimpíada.]

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. [Só
um candidato pode ser eleito governador.]
Núcleos do sujeito unidos por ou
Núcleos do sujeito correlacionados
Há duas situações a considerar:
O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito
1) Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o verbo composto estão ligados por uma das expressões correlativas
concordará com o núcleo do sujeito mais próximo: não só... mas também, não só como também, tanto... como,
etc. Exemplos:
Paulo ou Antônio será o presidente.
O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio. “Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.”
(Alexandre Herculano)
2) O verbo irá para a plural se a ideia por ele expressa se
referir ou puder ser atribuída a todo os núcleos do sujeito: “Tanto a igreja com o Estado eram até certo ponto inocen-
tes.”
Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada (Alexandre Herculano)
forte a atravessavam de ponta a ponta.
Naquela crise, só Deus ou Nossa Senhora podiam acu- Sujeitos resumidos por tudo, nada, ninguém
dir-lhe.
Quando o sujeito composto vem resumido por um dos
Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de verbo no pronomes tudo, nada, ninguém, etc., o verbo concorda, no
singular: singular, com o pronome resumidor. Exemplos:

A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos indivi- Jogos, espetáculos, viagens, diversões, nada pôde satis-
duais. fazê-lo.
Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do campo.
Núcleos do sujeito unidos pela preposição com
Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa
Usa-se mais frequentemente o verbo no plural quando se
atribui a mesma importância, no processo verbal, aos ele- O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujei-
mentos do sujeito unidos pela preposição com. Exemplos: to designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. Exemplos:

Manuel com seu compadre construíram o barracão. “Embora sabendo que tudo vai continuar como está, fica
o registro, o protesto, em nome dos telespectadores.”
Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo... (Valério Andrade)

Pode-se usar o verbo no singular quando se deseja dar Advogado e membro da instituição afirma que ela é cor-
relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando rupta.
o verbo vier antes deste.
Núcleos do sujeito são infinitivos
O bispo, com dois sacerdotes, iniciou solenemente a
missa. O verbo concordará no plural se os infinitivos forem de-
terminados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas; caso
O presidente, com sua comitiva, chegou a Paris às 5 h da contrário, tanto é lícito usar o verbo no singular como no
tarde. plural. Exemplos:

Núcleos do sujeito unidos por nem O comer e o beber são necessários.

Quando o sujeito é formado por núcleos no singular uni- Rir e chorar fazem parte da vida.
dos pela conjunção nem, usa-se, comumente, o verbo no
plural. Exemplos: Cantar, dançar e representar faz [ou fazem] a alegria do
artista.
Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.
Sujeito oracional
Nem eu nem ele o convidamos.
Concorda no singular o verbo cujo sujeito é uma ora-
É preferível a concordância no singular: ção:

a) quando o verbo precede o sujeito: Ainda falta comprar os cartões.


↓ ↓
Não o convidei eu nem minha esposa. predicado sujeito oracional

“Na fazenda, atualmente, não se recusa trabalho, nem Estas são realidades que não adianta esconder.
dinheiro, nem nada a ninguém.” (Guimarães Rosa) [sujeito de adianta: esconder que (as realidades)]

– 71 –
Língua Portuguesa
Sujeito coletivo Um ou outro

O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro:
singular. Exemplos:
“Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem.”
A multidão vociferava ameaças. (Machado de Assis)
O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália.
“Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos.”
Observação: (Machado de Assis)

Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o Um dos que, uma das que
especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o plu-
ral, quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a Quando, em orações adjetivas restritivas, o pronome que
dos indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramati- vem antecedido de um dos ou expressão análoga, o verbo da
cal, mas ideológica: oração adjetiva flexiona-se, em regra, no plural:

“Uma grande multidão de crianças, de velhos, de mulhe- “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo.”
res penetraram na caverna...” (Alexandre Herculano)
(Alexandre Herculano)
“ A baronesa era uma das pessoas que mais desconfia-
“Havia na União um grupo de meninos que praticavam vam de nós.”
esse divertimento com uma pertinácia admirável.” (Machado de Assis)
(Carlos Povina Cavalcanti)
Essa é a concordância lógica, geralmente preferida pelos
A maior parte de, grande número de, etc. escritores modernos. Todavia, não é prática condenável fugir
ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjeti-
Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a mai- va no singular (fazendo-o concordar com a palavra um),
or parte de, parte de, a maioria de, grande número de, quando se deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a
etc., seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo, entender que ele sobressaiu ou sobressai aos demais:
quando posposto ao sujeito, pode ir para o singular ou para o
plural, conforme se queira efetuar uma concordância estrita- Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros.
mente gramatical (com o coletivo singular) ou uma concor-
dância enfática, expressiva, com a ideia de pluralidade suge- “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a
rida pelo sujeito. Exemplos: originalidade e importância da literatura brasileira.”
(João Ribeiro)
“A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.”
(Gilberto Freire) Observação:

“Grande parte dos atuais advérbios nasceram de subs- Há gramáticos que condenam tal concordância. Por coe-
tantivos.” rência, deveriam condenar também a comumente aceita em
(Mário Barreto) construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de
culpa? Quantos de nós somos completamente felizes?
“A maioria das pessoas são sinuosas, coleantes...”
(Ondina Ferreira) O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se apli-
ca apenas ao indivíduo de que se fala, como no exemplo:
“A maioria das palavras continua visível.”
(Carlos D. de Andrade) Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. [Jairo
é o único empregado que não sabe ler.]
“Meia dúzia de garimpeiros doentes esperava a consulta
matutina.” Ressalte-se, porém, que nesse caso é preferível construir
(Herman Lima) a frase de outro modo:

“Visitei os presos. Boa parte deles dormia [ou dormiam] Jairo é um empregado meu que não sabe ler.
no chão.
Dos meus empregados, só Jairo não sabe ler.
Um e outro, nem um nem outro
Na linguagem culta formal, ao empregar as expressões
O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo concor- em foco, o mais acertado é usar no plural o verbo da oração
da, de preferência, no plural. Exemplos: adjetiva:

“Um e outro se destinavam ao conhecimento...” O Japão é um dos países que mais investem em tecno-
(Hernani Cidade) logia.
“Uma e outra família tinham [ou tinha] parentes no Rio.”
Heráclito foi um dos empresários que conseguiram supe-
rar a crise.
“Depois nem um nem outro acharam novo motivo para
diálogo.”
Embora o caso seja diferente, é oportuno lembrar que,
(Fernando Namora)
nas orações adjetivas explicativas, nas quais o pronome que
Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava] é separado de seu antecedente por pausa e vírgula, a con-
cordância é determinada pelo sentido da frase:

– 72 –
Língua Portuguesa
Um dos meninos, que estava sentado à porta da casa, foi Todavia, a linguagem enfática justifica a concordância
chamar o pai. [Só um menino estava sentado.] com o sujeito da oração principal:

Um dos cinco homens, que assistiam àquela cena estu- “Sou eu quem prendo aos céus a terra.”
pefatos, soltou um grito de protesto. [Todos os cinco homens (Gonçalves Dias)
assistiam à cena.]
“És tu quem dás frescor à mansa brisa.”
Mais de um (Gonçalves Dias)

O verbo concorda, em regra, no singular. O plural será de “Nós somos os galegos que levamos a barrica.”
rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o numeral for (Camilo Castelo Branco)
superior a um. Exemplos:
“Somos nós quem a fazemos.”
(Ricardo Ramos)
Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta monta-
nha.
A concordância do verbo precedido do pronome relativo
Mais de um dos circunstantes se entreolharam com
que far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da
espanto.
oração principal, em frases do tipo:
Devem ter fugido mais de vinte presos.
Sou eu que pago.
Quais de vós? Alguns de nós
És tu que vens conosco?
Somos nós que cozinhamos.
Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais?
Eram eles que mais reclamavam.
quantos? ou um dos indefinidos alguns, muitos, poucos, etc.,
seguidos dos pronomes nós ou vós, o verbo concordará, por
Concordância com os pronomes de tratamento
atração, com estes últimos, ou, o que é mais lógico, na 3ª
pessoa do plural:
Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa,
embora se refiram à 2ª pessoa do discurso:
“Quantos dentre nós a conhecemos?”
(Rogério César Cerqueira)
Vossa Excelência agiu com moderação.
“Quais de vós sois, como eu, desterrados...?” Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.
(Alexandre Herculano) “Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe
“...quantos dentre vós estudam conscienciosamente o matem o tempo e os vassalos.”
passado?” (José de Alencar) (Rebelo da Silva)

“Alguns de nós vieram [ou viemos] de longe.” Concordância com certos substantivos próprios
no plural
Poucos dentre nós conhecem [ou conhecemos] as leis.
Certos substantivos próprios de forma plural, como Esta-
Observação: dos Unidos, Andes, Campinas, Lusíadas, etc., levam o verbo
para o plural quando se usam com o artigo; caso contrário, o
Estando o pronome no singular, no singular (3ª pessoa) verbo concorda no singular.
ficará o verbo:
“Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.”
Qual de vós testemunhou o fato? (Eduardo Prado)
Nenhum de vós a viu?
Nenhuma de nós a conhece. Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do fogo.
Qual de nós falará primeiro?
“Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões.
Pronomes quem, que, como sujeitos
Campinas orgulha-se de ter sido o berço de Carlos Go-
O verbo concordará, em regra, na 3ª pessoa, com os mes.
pronomes quem e que, em frases como estas:
Minas Gerais possui grandes jazidas de ferro.
Sou eu quem responde pelos meus atos.
Tratando-se de títulos de obras, é comum deixar o verbo
Somos nós quem leva o prejuízo. no singular, sobretudo com o verbo ser seguido de predicati-
vo no singular:
Eram elas quem fazia a limpeza da casa.
“As Valkírias mostra claramente o homem que existe por
Eu sou o que presenciou o fato. detrás do mago.”
“Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico...”
“Sou um homem que ainda não renegou nem da cruz,
nem da Espanha.” Concordância do verbo passivo
(Alexandre Herculano)
Quando apassivado pelo pronome apassivador se, o
“Éramos dois sócios que entravam no comércio da vida verbo concordará normalmente com o sujeito:
com diferente capital.”
(Machado de Assis) Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos.
Gastaram-se milhões, sem que se vissem resultados
concretos.

– 73 –
Língua Portuguesa
Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares Concordância do verbo ser
poder e dever, na voz passiva sintética, o verbo auxiliar con-
cordará com o sujeito. Exemplos: O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos
seguintes casos:
Não se podem cortar essas árvores.
[sujeito: árvores; locução verbal: podem cortar] 1) quando o sujeito é um dos pronomes tudo, o, isto, isso,
ou aquilo:
Devem-se ler bons livros.
[= Devem ser lidos bons livros] Tudo eram hipóteses.
Na mocidade tudo são esperanças.
Entretanto, pode-se considerar sujeito do verbo principal a
oração iniciada pelo infinitivo e, nesse caso, não há locução A concordância com o sujeito, embora menos comum, é
verbal e o verbo auxiliar concordará no singular. Assim: também lícita:

Não se pode cortar essas árvores. Tudo é flores no presente.


[sujeito: cortar essas árvores; predicado: não se pode]
O verbo ser fica no singular quando o predicativo é for-
Deve-se ler bons livros. mado de dois núcleos no singular:
[sujeito: ler bons livros; predicado: deve-se]
Tudo o mais é soledade e silêncio.
Em síntese: de acordo com a interpretação que se esco-
lher, tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no 2) quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o
plural. Portanto: predicativo um substantivo plural:

Não se podem [ou pode] cortar essas árvores. A cama são umas palhas.
Devem-se [ou deve-se] ler bons livros. A causa eram os seus projetos.

Verbos impessoais Observação:

Os verbos haver, fazer (na indicação de tempo), passar O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concordará o
de (na indicação de horas), chover e outros que exprimem verbo ser:
fenômenos meteorológicos, quando usados como impesso-
ais, ficam na 3ª pessoa do singular: Emília é os encantos de sua avó.

Não havia ali vizinhos naquele deserto. 3) quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido
Havia já dois anos que não nos víamos. coletivo ou partitivo, e o predicativo um substantivo no plural:
Aqui faz verões terríveis.
Faz cinco anos que ele morreu. A maioria eram rapazes.
O resto são trastes velhos.
Observações:
4) quando o predicativo é um pronome pessoal ou um subs-
1. Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo tantivo, e o sujeito não é pronome pessoal reto:
que forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer:
O Brasil, senhores, sois vós.
Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio. O dono da fazenda serás tu.

Vai fazer cem anos que nasceu o genial artista. 5) quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a
palavra coisa:
2. O verbo chover, no sentido figurado [=cair ou sobrevir em
grande quantidade], deixa de ser impessoal e, portanto con- Divertimentos é o que não lhe falta.
cordará com o sujeito: Mentiras, era o que me pediam, sempre mentiras.

Choviam pétalas de flores. 6) nas locuções é muito, é pouco, é suficiente, é demais, é


mais (ou do que), é menos que (ou do que), etc., cujo
Choveram comentários e palpites. sujeito exprime quantidade, preço, medida, etc.:

3. Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter, Seis anos era muito.
impessoal, por haver, existir. Nem faltam exemplos em es- Dois mil dólares é pouco.
critores modernos:
Na indicação das horas, datas e distâncias, o verbo ser é
“No centro do pátio tem uma figueira velhíssima, com um impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão
banco embaixo.” designativa de hora, data ou distância:
(José Geraldo Vieira)
Era uma hora da tarde.
4. Existir não é verbo impessoal. Portanto: Eram duas horas da tarde.

Nesta cidade existem [e não existe] bons médicos. Locução de realce é que

Não deviam [e não devia] existir crianças abandonadas. Eu é que tenho a ordem aqui.
[= Sou eu que mantenho a ordem aqui.]

– 74 –
Língua Portuguesa
Nós é que trabalhávamos. Concordância com o sujeito oracional
[= Éramos nós que trabalhávamos.]
O verbo cujo sujeito é uma oração concorda obrigatoria-
Da mesma forma se diz, com ênfase: mente na 3ª pessoa do singular:

Vocês são muito é atrevidos. Parecia que os dois homens estavam bêbados.
verbo sujeito (oração subjetiva)
Era uma vez
Faltava dar os últimos retoques.
Por tradição, mantém-se invariável a expressão inicial de verbo sujeito (oração subjetiva)
histórias era uma vez, ainda quando seguida de substantivo
plural: Concordância com sujeito indeterminado

Era uma vez dois cavaleiros andantes. O pronome se pode funcionar como índice de indetermi-
nação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda obrigatoria-
A não ser mente na 3ª pessoa do singular.

É geralmente considerada locução invariável, equivalente Em casa, fica-se mais à vontade.


a exceto, salvo, senão. Exemplos:
Concordância com os numerais milhão, bilhão e trilhão
Nada restou do edifício, a não ser escombros.
A não ser alguns pescadores, ninguém conhecia aquela Estes substantivos numéricos, quando seguidos de subs-
praia. tantivo no plural, levam, de preferência, o verbo ao plural.
Exemplos colhidos nos melhores jornais do Rio de Janeiro e
Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural, fazen- de São Paulo:
do-o concordar com o substantivo seguinte, convertido em
sujeito da oração infinitiva. Exemplos: “Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão.”

A não serem os antigos companheiros de mocidade, Concordância com numerais fracionários


ninguém o tratava pelo nome próprio.
De regra, a concordância do verbo efetua-se com o nume-
Haja vista rador.

A expressão correta é haja vista, e não haja visto. Pode Um quinto dos bens cabe ao menino.
ser construída de três modos: Dois terços da população vivem da agricultura.

Hajam vista os livros desse autor. [= tenham vista, vejam- Concordância com percentuais
se]
Haja vista os livros desse autor. [= por exemplo, veja] O verbo deve concordar com o número expresso na por-
Haja vista aos livros desse autor. [= olhe-se para, atente- centagem:
se para os livros]
Só 1% dos eleitores se absteve de votar.
Bem haja. Mal haja Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar.

Bem haja e mal haja usam-se em frases optativas e Concordância com o pronome nós subentendido
imprecativas, respectivamente. O verbo concordará normal-
mente com o sujeito, que vem posposto: O verbo concorda com o pronome subentendido nós em
frases do tipo:
Bem haja Sua Majestade!
Mal hajam as desgraças da minha vida... Todos estávamos preocupados. [= Todos nós estamos
preocupados.]
Concordância dos verbos bater, dar e soar Os dois vivíamos felizes. [= Nós dois vivíamos felizes.]

Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam Senão


regularmente com o sujeito, que pode ser hora, horas (claro
ou oculto), badaladas ou relógio: Em frases negativas em que senão equivale a mais que,
a não ser, e vem seguido de substantivo plural, costuma-se
Deu três horas o relógio da botica. usar o verbo no plural, fazendo-o concordar com o sujeito
Bateram quatro horas da manhã em três torres a um oculto outras coisas. Exemplos:
tempo...
Do antigo templo grego não restam senão ruínas.
Concordância do verbo parecer Da velha casa não sobraram senão escombros.

Em construções com o verbo parecer seguido de infiniti- Mais de, menos de


vo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o
acompanha: O verbo concorda com o substantivo que se segue a
essas expressões:
As parede pareciam estremecer. (construção corrente) Mais de cem pessoas perderam suas casas, na enchen-
As paredes parecia estremecerem. (construção literária) te.
Gastaram-se menos de dois galões de tinta.

– 75 –
Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS
10. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
1 – Num dos advérbios abaixo não se observa a concordân-
cia prescrita pela gramática:
a) Não se apanham moscas com vinagre. Regência trata das relações de dependência entre um
b) Casamento e mortalha no céu se talha. nome ou um verbo e seus complementos. Quando um termo
c) Quem ama o feio bonito lhe parece. exige complemento o chamamos de regente e o termo com-
d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias. plementar de regido. Há dois tipos: regência nominal e re-
gência verbal.
2 – Assinale a opção correta quanto à concordância verbal:
a) Devem haver outras razões para ela ter desistido. REGÊNCIA NOMINAL
b) Foi então que começou a chegar um pessoal estranho.
c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos. Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo
d) Não se admitirá exceções. ou advérbio).

3 – Assinale a opção correta: Tenho amor ao próximo.


a) Mais de um retirante se afastou do serviço. termo regente termo regido
b) Qual de vós sabeis o destino do retirante? (substantivo) (complemento nominal)
c) Podem haver, no campo, dias horríveis.
d) Espera-se dias mais propícios. Estou preocupado com o desemprego.
termo regente termo regido
(adjetivo) (complemento nominal)
4 – Indique a alternativa correta:
a) Tratavam-se de questões fundamentais.
Agiram favoravelmente à sua decisão.
b) Comprou-se terrenos nos subúrbios.
termo regente termo regido
c) Precisam-se de datilógrafos. (advérbio) (complemento nominal)
d) Reformam-se ternos.
Há nomes que admitem mais de uma preposição sem que
5 – Já ______ uns pares de anos que não ia à cidade natal; o sentido seja alterado.
nem sabia que ________ ocorrido tantas construções lá.
a) deviam fazer, haviam b) devia fazer, haviam Estou apto a este tipo de trabalho.
c) deviam fazer, havia d) devia fazerem, havia Estou apto para este tipo de trabalho.
6 - Assinale o item correto quanto à concordância verbal: Há outros nomes, que dependendo do sentido, pedem
a) Fazem quatro anos que não viajo. outras preposições.
b) Batem quatro horas o relógio da matriz.
c) Existem fatos que ainda não foram revelados. Tenho muita consideração por pessoas que trabalham.
d) Sobra-lhe motivos para poder considerar-se uma pessoa Tenho muita consideração sobre o trabalho filantrópico.
feliz.
Veja alguns nomes com as respectivas regências:
7 – Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à
concordância nominal, exceto: acessível a equivalente a
a) Foi acusado de crime de lesa-pátria. acostumado a, com erudito em
b) As declarações devem seguir anexas ao processo. adaptado a escasso de
c) Eram rapazes os mais elegantes possível. aflito com, por essencial para
d) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados. agradável a estranho a
alienado de fácil de
8 – Elas ___ providenciaram os atestados, que enviaram alusão a falta de
ambicioso de fiel a
____ às procurações, como instrumentos ____ para fins análogo a firme em
colimados. apto a, para generoso com
a) mesmas, anexos, bastantes atento a, em grato a
b) mesmo, anexo, bastante aversão a, para, por hábil em
c) mesmas, anexo, bastante ávido de, por habituado a
d) mesmo, anexos, bastante benéfico a horror a
capaz de, para hostil a
9 – Em todas as frases a concordância se fez corretamente, compatível com impossível de
compreensível a impróprio para
exceto em: comum a, de imune a, de
a) Os soldados, agora, estão todos alerta. constante de, em indeciso em
b) Ela possuía bastante recursos para viajar. constituído de, por, com independente de, em
c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis. contemporâneo a, de indiferente a
d) Rosa recebeu o livro e disse: “Muito obrigada”. contíguo a indigno de
contrário a leal a
10 – Assinale a opção em que meio funciona como advérbio: cuidadoso com medo a, de
a) Fica no meio do quarto. curioso de, a necessário a
desatento a negligente em
b) Quero meio quilo. desejoso de passível de
c) Está meio triste. desfavorável a perito em
d) Achei o meio de contraste. devoto a, de possível de
diferente de preferível a
RESPOSTAS difícil de prejudicial a
1-B 2-B 3-A 4-D 5-B digno de próximo a, de
entendido em relacionado com
6-C 7-C 8-A 9-B 10 - C

– 76 –
Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS REGÊNCIA VERBAL

1) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal: Quando o termo regente é um verbo.

a) Ele sempre foi desfavorável a sua contratação. Precisamos de alimento.


b) Era uma pessoa curiosa de religião. termo regente termo regido
c) Permaneciam atentos de problemas financeiros. (verbo) (objeto indireto)
d) A cerveja é preferível ao vinho.
e) Sou favorável a uma nova reunião. Há verbos que admitem mais de uma regência sem
que o sentido seja alterado.
2) Assinale a alternativa que não admite ambas as regências:
Nunca esquecerei os favores que fez.
a) As crianças estão imunes ao / do vírus da gripe. verbo transitivo direto objeto direto
b) Tenho horror a / de insetos.
Nunca esquecerei dos favores que me fez.
c) Este filme é contemporâneo ao / de outro.
verbo transitivo indireto objeto indireto
d) Sou devoto ao / de Santo Expedito.
e) O manual é constituído de / por novas regras Há outros verbos que mudando a regência, mudam de
de acentuação. significado.
3) Jorge estava habituado ............... trabalhar à noite, O policial visou o alvo e atirou.
mas isto não era benéfico ............... sua saúde, transitivo direto
descontente .............. a situação, pediu demissão. (visar = apontar, mirar)

a) por - a – com Ele visava a uma boa colocação na firma.


b) à - à – com transitivo indireto
c) à - a - pela (visar = pretender)
d) a – à – com
e) em – à – em REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS

Agradar e desagradar
4) As palavras alusão, erudito, passível regem, respectiva-
mente, as preposições: • No sentido de fazer carinho, é transitivo direto.

a) a - em - de O pai agradava a filha.


VTD OD
b) de - em - com
c) por - de - em
• No sentido de contentar, é transitivo indireto (preposição a).
d) a - de - de
e) por - em - de O filme agradou ao público.
VTI OI

5) Joana é muito cuidadosa ............... os filhos, já seu Aspirar


marido é desatento ............... tudo.
• No sentido de respirar, sorver, é transitivo direto.
a) a – com
b) com – por Aspirei o ar da manhã.
c) a - de VTD OD
d) a – por
e) com - a • no sentido de pretender, desejar, é transitivo indireto
(preposição a).

6) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal: Ele aspirava ao cargo de diretor.
VTI OI
a) Sou contrário ao voto dele.
b ) Sua atitude não foi compatível ao seu pensamento. Assistir
c) Ele era entendido em história.
d) Fica próximo ao Largo do Paissandu. • No sentido de ver, é transitivo indireto (preposição a).
e) Sou leal aos meus princípios.
Assistimos ao jogo de basquete.
VTI OI
7) Ocorre regência nominal inadequada em:
• No sentido de prestar assistência, ajudar, é transitivo
a) Ele sempre foi insensível a elogios. direto.
b) Estava sempre pronta a falar.
c) Sempre fui solícito com a moça. A enfermeira assistiu o paciente com muito cuidado.
d) Estava muito necessitado em carinho. VTD OD
e) Era impotente contra tantas maldades.
• No sentido de pertencer, caber, é transitivo indireto
(preposição a).
RESPOSTAS Assiste ao diretor comunicar as novas regras.
1-C 2-B 3-D 4-A 5-E 6-B 7-D VTI OI

– 77 –
Língua Portuguesa
• No sentido de morar, residir é intransitivo. • No sentido de acolher ou receber, é transitivo direto.

Há dois anos ele assiste em São Paulo O diretor da escola atendeu os pais.
VI VTD OD

Agradecer • No sentido de conceder ou deferir um pedido, é transitivo


direto.
• objeto referindo-se a coisa, é transitivo direto.
O chefe não atendeu as exigências dos empregados.
Agradeci o presente. Agradeci-o. VTD OD
VTD OD
Atingir
• objeto referindo-se a pessoa, é transitivo indireto
(preposição a). • é transitivo direto.

Agradeci ao médico. Agradeci-lhe. O policial não atingiu o alvo.


VTI OI VTD OD

• com os dois objetos, é transitivo direto e indireto. Chamar

Agradeci o presente à mamãe. • No sentido de convidar, convocar, é transitivo direto.


Agradeci-o à mamãe.
Agradeci-lhe o presente. Nós chamamos os acionistas para uma reunião de emergência.
VTD OD

Ajudar • No sentido de denominar, cognominar, é transitivo


direto ou transitivo indireto.
• é transitivo direto.
Chamaram- no empregadinho.
Sempre ajudo mamãe nos afazeres de casa. VTD
VTD OD Chamaram- no de empregadinho.
VTD preposição
• é transitivo direto e indireto. (preposição a). Chamaram- lhe empregadinho.
VTI
Chamaram- lhe de caloteiro.
Ajudei-a a lavar a louça.
VTDI preposição
VTDI OD OI
objeto predicativo do objeto

Amar Chegar
• é transitivo direto. • é intransitivo (preposição a).
As crianças amam seus brinquedos. Cheguei à escola.
VTD OD VI adjunto adverbial

• é intransitivo.
Consistir
Amei demais e não fui correspondido.
• é transitivo indireto (preposição em).
VI

O futuro da nossa empresa consiste em nossa honestidade.


VTI OI
Apelar
Contentar-se
• é transitivo indireto (preposição para e de).
• é transitivo indireto (preposição com, em, de).
Não conseguindo resolver seus problemas, apelou para os pais.
VTI OI
Ela contenta-se com tão pouco.
Atender VTI OI

• No sentido de levar em consideração, é transitivo indireto Custar


(preposição a).
• No sentido de ser custoso, ser difícil, é transitivo indireto.
Teobaldo não atendia aos pais.
VTI OI Custou à mamãe acreditar naquele terrível acidente.
VTI OI
• No sentido de satisfazer, atentar, observar, é transitivo
indireto (preposição a). • No sentido de acarretar, é transitivo direto e indireto.

Mamãe atendia a todas as vontades de João. O trabalho custou-nos muita atenção.


VTI OI VTDI OI OD

– 78 –
Língua Portuguesa
Ensinar • É transitivo indireto quando o objeto refere-se à pessoa
(preposição a).
• É transitivo direto e indireto.
Vou pagar ao dentista.
Helena ensina inglês aos alunos. VTI OI
VTDI OD OI
Papai perdoou aos meninos.
VTI OI
Esquecer e lembrar
• É transitivo direto e indireto quando possui os dois objetos.
• É transitivo direto quando não for pronominal.
Papai perdoou as falhas aos meninos.
Esqueci o seu nome. VTDI OD OI
Lembrei o seu aniversário.
Precisar
• É transitivo indireto quando for pronominal (preposição de).
• No sentido de marcar com precisão, é transitivo direto.
Esqueci-me do seu nome.
Lembrei-me do seu aniversário. O repórter não precisou o local do acidente.
VTD OD
• No sentido de necessitar, é transitivo indireto (preposição
Informar de).

• É transitivo direto e indireto. Eu preciso de silêncio para pensar.


VTI OI
Informou os colegas de seus problemas.
VTDI OD OI Preferir

Informou aos colegas os seus problemas. • É transitivo direto e indireto (preposição a).
VTDI OI OD
Prefiro vinho a cerveja.
Ir VTDI OD OI

• É intransitivo (com preposição). Prefiro o vinho à cerveja.

Fui à escola. Presidir


VI
• É transitivo direto ou transitivo indireto.
Fui para Salvador.
VI Ele presidiu a Câmara dos Deputados.
VTD OD

Namorar Ele presidiu à Câmara dos Deputados.


VTI OI
• É transitivo direto.
Querer
João namorou Clara durante cinco anos.
VTD OD • No sentido de desejar, é transitivo direto.

Quero uma boa casa para morar.


Obedecer e desobedecer VTD OD

• É transitivo indireto (preposição a). • No sentido de estimar, gostar, é transitivo indireto


(preposição a).
Os filhos obedecem aos pais.
VTI OI Quero bem ao Bruno.
VTI OI
Aquele motorista desobedeceu aos sinais.
VTI OI
Simpatizar e antipatizar

Pagar e perdoar • É transitivo indireto (preposição com)

• É transitivo direto quando o objeto refere-se à coisa. Simpatizo com Luísa.

Vou pagar o livro. Visar


VTD OD
• No sentido de apontar, mirar, é transitivo direto.
Papai perdoou suas falhas.
VTD OD O atirador visou o alvo.
VTD OD

– 79 –
Língua Portuguesa
• No sentido de passar visto, é transitivo direto.
11. SIGNIFICAÇAO DAS PALAVRAS
O gerente visou o cheque.
VTD OD

• No sentido de pretender, ter em vista, é transitivo O estudo das significações das palavras é um assunto na
indireto (preposição a). Língua Portuguesa exclusivo da Semântica.

Sempre visei ao seu bem. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


VTI OI
Para o falante ou o escritor ser capaz de selecionar as
palavras adequadas para formar sua mensagem, é preciso
EXERCÍCIOS conhecer o significado das palavras. Sendo assim, é impor-
tante conhecer os fatos linguísticos.

1) Assinale a regência verbal incorreta: SINÔNIMOS OU SINONÍMIA

a) Visei um passaporte e fui viajar. Sinonímia ou sinônimos são palavras que possuem
b) Quero um bom emprego. significados iguais ou semelhantes.
c) Aninha sempre obedece a mãe.
d) Esqueci-me do endereço. Aquela garota é veloz.
e) Simpatizo com você. Aquela garota é rápida.

2) Escolha a regência verbal correta do verbo chamar: Entre os sinônimos, há sempre um que se destaca por ser
mais expressivo, assim, no dicionário, aparecem vários signi-
a) Chamamo-la de esperta. ficados de cada palavra, cabe ao escritor achar a mais apro-
b) Chamamo-la esperta. priada ao seu contexto.
c) Chamamos-lhe esperta.
d) Todas as alternativas estão corretas. ANTÔNIMOS OU ANTONÍMIA
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Antonímia ou antônimos são palavras que possuem
3) A regência está correta em: significados opostos.

a) Prefiro café do que chá. Seu cabelo está muito comprido.


b) Pedro namora com Joana. Seu cabelo está muito curto.
c) Informei o endereço ao turista.
d) Cheguei na casa de Marta às cinco horas. Algumas palavras opostas se originam de um prefixo de
e) Ele contenta-se por tão pouco. sentido negativo ou oposto.

4) Assinale a alternativa em que o verbo custar tem o feliz – infeliz


mesmo significado da oração abaixo: agradável – desagradável
bendizer – maldizer
“Custa-me acreditar que você disse isso.”
HOMÔNIMOS OU HOMONÍMIA
a) A ida ao teatro custou-lhe caro.
b) Naquela tarde custou-me chegar à escola. Homonímia ou homônimos são palavras que possuem
c) A perda dos documentos custou-me muito. significados diferentes, mas são iguais no som e/ou na escri-
d) Quanto custa esta joia? ta.
e) Os alimentos custam muito caro. Preciso fazer um conserto na roupa.
(reparo)
5) Assinale a regência verbal incorreta:
Vou ao concerto esta noite.
a) Não informaram aos alunos sobre as provas. (apresentação musical)
b) Não informaram os alunos sobre as provas.
c) Não informaram aos alunos as provas. Os homônimos podem ser:
d) Não informaram os alunos das provas.
e) Não informaram das provas aos alunos. – Homógrafos: possuem a mesma grafia, mas sons diferen-
tes.
6) Assinale a regência verbal incorreta:
seco (substantivo) e seco (verbo)
a) assistir ao jogo (= ver)
b) assistir o paciente (= prestar assistência) olho (substantivo) e olho (verbo)
c) assistir em Minas Gerais (morar)
d) assistir o professor (= caber) – Homófonos: possuem o mesmo som, mas grafias diferen-
e) assiste ao menino (= pertencer) tes.

cheque (ordem de pagamento)


RESPOSTAS
1-C 2-D 3-C 4-B 5-A 6-D xeque (lance de jogo de xadrez)

– 80 –
Língua Portuguesa
– Homônimos perfeitos: possuem a mesma grafia e o Veja, a seguir, a relação de alguns parônimos:
mesmo som.
o rio (substantivo) eu rio (verbo) absolver - perdoar
cedo (verbo) cedo (advérbio de tempo) absorver - sorver
acostumar - contrair hábito
Veja, a seguir, a relação de alguns homônimos: costumar - ter por hábito
amoral - indiferente à moral
acender - pôr fogo imoral - contra a moral
ascender - subir
apóstrofe - figura de linguagem
acento - sinal gráfico
assento - lugar de sentar-se apóstrofo - sinal gráfico
aço - metal aprender - instituir-se
asso - (verbo) 1ª pessoa do indicativo apreender - assimilar
banco - assento arrear - pôr arreios
banco - estabelecimento arriar - descer, baixar
caçar - pegar animais cavaleiro - aquele que anda a cavalo
cassar - anular cavalheiro - homem educado
cela - pequeno quarto comprimento - extensão
sela - arreio e (verbo) 3ª pessoa sing. do indicativo cumprimento - saudação
censo - recenseamento deferir - conceder, atender
senso - juízo diferir - ser diferente, adiar
cerrar - fechar
delatar - denunciar
serrar - cortar
dilatar - alargar
cessão - ato de ceder
seção, secção - divisão descrição - ato de descrever
sessão - reunião discrição - ser discreto
cesto - balaio descriminar - inocentar
sexto - numeral ordinal discriminar - distinguir
cheque - ordem de pagamento despensa - lugar onde se guardam mantimentos
xeque - lance do jogo de xadrez dispensa - licença
concerto - apresentação musical destratar - insultar
conserto - (verbo) 1ª pessoa singular do indicativo distratar - desfazer
coser - costurar emergir - vir à tona
cozer - cozinhar imergir - mergulhar
espiar - espionar emigrar - sair da pátria
expiar - sofrer castigo
imigrar - entrar num país estranho para nele morar
estático - imóvel
extático - admirado eminente - notável, célebre
iminente - prestes a acontecer
estrato - tipo de nuvem
extrato - resumo estádio - praça de esportes
incerto - não certo estágio - preparação, período
inserto - incluído flagrante - evidente
intercessão - interceder fragrante - perfumado
interseção - corte feito no meio do objeto incidente - episódio
laço - nó acidente - desastre
lasso - gasto, cansado, frouxo inflação - desvalorização (dinheiro)
manga - fruta da mangueira infração - violação
manga - parte do vestuário infligir - aplicar castigo
paço - palácio infringir - não respeitar
passo - passada
ótico - relativo ao ouvido
ruço - desbotado
russo - da Rússia óptico - relativo à visão
são - saudável, com saúde peão - amansador de cavalos, peça no jogo de xadrez
são - (verbo) 3ª pessoa plural do indicativo pião - brinquedo
são - forma reduzida de santo pequenez - relativo a pequeno
sexta - redução de sexta-feira pequinês - originário de Pequim, raça de cães
cesta - recipiente plaga - região, país
sesta - hora em que se descansa ou dorme após o praga - maldição
almoço pleito - disputa eleitoral
taxar - estabelecer a taxa de preito - homenagem
tachar - qualificar em mau sentido precedente - antecedente
procedente - proveniente
PARÔNIMOS OU PARONÍMIA ratificar - confirmar
retificar - corrigir
Paronímia ou parônimos são palavras que possuem reboco - argamassa de cal e areia
significados diferentes, mas são muito parecidas no som e na reboque - cabo que prende um veículo a outro
escrita.
soar- produzir som
O garotinho gosta de brincar de pião. suar – verter suor pelos poros
O garoto sonha em ser peão de boiadeiro.

– 81 –
Língua Portuguesa
POLISSEMIA DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Temos a polissemia quando uma palavra apresenta signi-


ficado diferente que se explica dentro de um contexto. Denotação é o emprego das palavras no seu sentido próprio.

A decisão está nas mãos do papai. Ontem fez muito frio.


(dependência)
Conotação é o emprego das palavras no seu sentido figura-
Machuquei minha mão. do.
(parte do corpo)
Ele é um homem frio.
Ele passou a mão nas chaves do carro.
(apropriar-se de coisas alheias)
Na primeira oração, a palavra frio possui o significado de
EXERCÍCIOS “desprovido de calor”.

1) Assinale o sinônimo da palavra destacada na seguinte


frase: “Elogiou o deputado e todos os seus sequazes.” Na segunda oração, a palavra frio possui o significado de
“insensível”.
a) inimigos
b) parentes
c) partidários LINGUAGEM DENOTATIVA
d) adversários
e) alunos É muito utilizada no dia-a-dia, para que as pessoas pos-
sam se comunicar; é muito utilizada na linguagem científica,
2) Assinale o antônimo da palavra destacada na seguinte objetiva, mostrando sempre o sentido real ao leitor.
frase, “O prolixo professor Pinheiro discursava sobre a gra-
mática normativa.” O coração é um órgão fundamental para o corpo humano.

a) sensual
b) lacônico LINGUAGEM CONOTATIVA
c) insolente
d) fatídico É muito utilizada em linguagem literária, nas propagan-
e) trágicos das, nas letras de música, nas revistas, nos jornais; pois
mostra o sentido figurado.
3) Assinale a alternativa incorreta quanto à significação da
palavra: Meu coração ficou apertado, quando o vi.

a) Bruno fará a cessão de seus livros.


b) Flávia está na seção de cosméticos. EXERCÍCIOS
c) A sessão será presidida pela professora Jéssica.
d) Todas as alternativas estão corretas. 1) Assinale a alternativa que apresenta uma denotação:
e) Todas as alternativas estão incorretas.
a) O braço da cadeira quebrou.
4) Os significados das palavras parônimas: b) Quebrei o braço ao cair.

imergir, eminência, descrição são, respectivamente:


2) Assinale a alternativa que apresenta uma conotação:
a) afundar, proximidade de ocorrência, reserva
b) subir, proximidade de ocorrência, exposição a) Papai é um bom garfo.
c) afundar, excelência, reserva b) Comprei meia dúzia de garfos.
d) subir, excelência, reserva
e) afundar, excelência, exposição
3) Na oração, Vi em seu olhar uma nuvem de tristeza, temos:
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-D 4-E a) denotação
b) conotação

Palavras Homógrafas
4) Assinale a alternativa que possua o sentido conotativo:
Palavras homógrafas são aquelas que possuem mesma
grafia, mas distinguem-se quanto à pronúncia da vogal tôni- a) A bomba destruiu o quarteirão.
ca. A diferença da pronúncia gera significação contextual b) Os bombeiros chegaram antes que o fogo se alastrasse.
diversa. c) Os olhos são o espelho da alma.
d) O mapa do tesouro estava perdido.
Exemplo: São homógrafos: pego, que tanto pode ser o
verbo pegar na primeira pessoa do singular, do presente do
indicativo (pronúncia do e aberto); ou o verbo pegar no parti- RESPOSTAS
cípio irregular (pronúncia do e fechado). 1-B 2-A 3-B 4-C

– 82 –
Língua Portuguesa
h) Polidez (formalidade)
12. REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS
A polidez consiste no emprego de boas maneiras, de
expressões fidalgas, no tratamento respeitoso, digno e apro-
Redação oficial é a maneira de redigir a correspondência priado aos superiores, iguais e inferiores. A polidez abrange
e outros atos nos diversos órgãos públicos. A redação oficial ainda a discrição, qualidade indispensável a todos quantos
se preocupa com a objetividade, a eficácia e a exatidão das lidam com assuntos oficiais, muitas vezes sigilosos e de pu-
comunicações. A unidade de um texto é reconhecida pelas blicidade inconveniente.
diversas partes que se juntam formando uma totalidade. Um
bom texto precisa estar completo, apresentando todas as i) Expressividade
informações que contribuem para a unidade do texto.
Um bom texto deve ter linguagem própria e expressiva.
Deve-se evitar os clichês, as frases feitas e os lugares-
QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL comuns.

Para que a redação oficial alcance melhor seu objetivo e 1. ABAIXO-ASSINADO


para que cumpra sua tarefa de comunicação eficiente, é
necessário de algumas qualidades básicas: O abaixo-assinado é um documento que leva uma reivin-
dicação de um grupo de pessoas a uma autoridade, portanto,
a) Objetividade (impessoalidade) é um documento coletivo. Os nomes dos requerentes não
são colocados no início do documento e, sim, apenas uma
O estilo é objetivo quando quem escreve procura dar uma referência para identificá-los.
impressão exata das coisas. Ser objetivo exige que se colo-
que uma coisa depois da outra, evitando-se o supérfluo. A linguagem de um abaixo-assinado deve ser objetiva. O
abaixo-assinado deve ser redigido na primeira pessoa do
b) Correção plural e, no vocativo, devem constar o nome do destinatário e
seu cargo.
A correção gramatical é requisito básico para qualquer
tipo de redação. Consiste no respeito às normas e princípios 2. ALVARÁ
do idioma, confirmados pelo uso dos bons autores.
O alvará é o instrumento que autoriza ou aprova o exercí-
c) Concisão cio de um direito.

A concisão consiste em apresentar exatamente as ideias A concessão do alvará obedece a dois princípios: o bem-
que se pretende comunicar, com aquelas palavras e expres- estar da coletividade e o respeito à livre iniciativa.
sões necessárias ao seu perfeito entendimento. A linguagem
deve ser precisa e deve-se evitar o excesso de palavras. Há vários tipos de alvará:

d) Coesão • Alvará de licença: tem caráter definitivo e, por essa razão,


só pode ser revogado por motivos de interesse público, me-
Um texto deve ser organizado com lógica, com uma se- diante completa indenização.
quência de ideias encadeadas, sem frases e períodos desco-
nexos. • Alvará de autorização provisória: quando faltam alguns
certificados.
e) Clareza
• Alvará de autorização especial: atividades em favelas, em
A clareza consiste em expressar exatamente um pensa- loteamentos irregulares e residências.
mento ou emoção. O estilo é claro quando o pensamento de
quem escreve penetra sem esforço na mente do leitor, pois o • Alvará de autorização transitória: funcionamento de ativida-
texto deve ser inteligível. Deve possuir frases e pequenos des com prazo não superior a 60 dias.
parágrafos.
Partes de um alvará:
f) Precisão
a) Título: denominação do documento, seguida de seu núme-
A precisão é a qualidade do estilo pela qual devemos ro de ordem e data de expedição.
empregar os termos necessários à enunciação das ideias.
Deve-se evitar a prolixidade (excesso de palavras). b) Texto: consta de introdução, da fundamentação e da expo-
sição do assunto.
g) Harmonia
c) Assinatura: nome da autoridade competente.
A harmonia consiste no ajustamento harmônico das pala-
vras na frase e das frases no período. Embora, na redação d) Local e data.
técnica, se dê preferência à ordem direta, as palavras e as
frases devem ser combinadas e dispostas harmonicamente, 3. ATA
para que a leitura se torne agradável ao leitor. Os cacófatos
(sons desagradáveis resultantes da união de sílabas de uma A ata é um documento onde são registradas claro e fiel-
palavra com as iniciais de outra) são prejudiciais à harmonia. mente as ocorrências de uma reunião, assembleia ou sessão.
Deve ser redigida de maneira que nada possa ser modificada
ou acrescentada de informações, em um único parágrafo.

– 83 –
Língua Portuguesa
Na ata não se fazem parágrafos ou alíneas, escreve-se d) Assinatura: nome da autoridade competente, com indica-
tudo seguidamente para evitar que nos espaços em brancos, ção de seu cargo ou função.
se façam acréscimos.
6. AVISO
Os assuntos são lançados em ordem cronológica. A assi-
natura, conforme o caso, é feita pelo presidente e secretário; O aviso é um tipo de correspondência cujas característi-
podendo também ser feita pelos demais participantes da cas são amplas e variáveis. Tanto pode ser uma comunica-
reunião. A ata consta de: ção direta ou indireta.
As informações que estão contidas num comunicado
a) Cabeçalho: no cabeçalho deve haver o número da ata e normalmente são eventos ou situações que, sendo divulga-
ou tipo de reunião. das nos meios de comunicação, requerem relativa antece-
dência.
b) Abertura: na abertura, devem constar os seguintes Partes de um aviso:
dados:
– Dia, mês, ano e hora da reunião; a) Timbre (cabeçalho): dizeres impressos na folha, ao alto.
– Local da reunião; b) Índice e número: iniciais do órgão que expede o aviso e
– Nome da entidade reunida; o número de ordem deste.
– Pessoas presentes que tenham qualificação; c) Local e data em que foi assinado o aviso.
– Nomes de quem residiu e secretariou; d) Vocativo: tratamento ou cargo de função do destinatário.
– Finalidade da reunião. e) Texto: exposição do assunto.
f) Fecho: tem a finalidade de marcar o encerramento do
c) Quorum: para que a reunião tenha validade, é necessário texto e de saudar o destinatário.
um número mínimo de participantes. Havendo um quorum, g) Assinatura e identificação do signatário: nome e cargo ou
declara-se a legalidade da reunião. Caso não haja quorum, função do destinatário.
registre o fato e anote a transferência da reunião para outro
dia e hora. 7. CERTIDÃO

d) Fecho: o fecho é sempre imutável. Certidão é um documento jurídico pelo qual se certifica
algo constante de elemento concreto, revestido de formalida-
Exemplo: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reuni- des legais adequadas, mandado fornecer por autoridade
ão, agradecendo a presença de todos. E para constar eu, competente, a requerimento do interessado, solicitado ou
Beatriz Mendonça, lavrei a presente ata que depois de lida e requisitado ex officio por autoridade administrativa ou judicial
aprovada, será assinada por mim, pelo senhor presidente e e destinado a fazer certa a existência de registro em livro,
por todos os presentes. processo ou documento qualquer em poder do expedidor,
referente a determinado ato ou fato, ou dar certa a existência
4. ATESTADO (DECLARAÇÃO) de tal registro.

Atestado é o documento fornecido por uma autoridade Partes de uma certidão:


que declara a ocorrência de um fato ou a existência de uma
situação. a) Título: nome do documento.
b) Preâmbulo: alusão ao ato que determinou a expedição do
"Atestados administrativos” são atos pelos quais a Admi- documento.
nistração comprova um fato ou uma situação de que tenha c) Texto: teor do que se certifica.
conhecimento por seus órgãos competentes. d) Fecho: termo de encerramento e assinatura dos funcioná-
Partes de um atestado: rios que intervieram no ato.
e) Local e data (da expedição do ato).
a) Título: denominação do ato. f) Visto da autoridade que autorizou a lavratura da certidão.
b) Texto: exposição do objeto de atestação.
c) Local e data: cidade, dia, mês e ano da emissão do ato. 8. CIRCULAR
d) Assinatura: nome e cargo ou função da autoridade que
atesta. Circular é o meio pelo qual alguém se dirige, ao mesmo
tempo a várias repartições ou pessoas. É, portanto, corres-
5. AUTO pondência multidirecional. Na circular, não consta destinatá-
rio, pois ela não é unidirecional. Sua função é dar ciência de
Auto é a narração circunstanciada e autenticada de ato ou leis, decretos, portarias; transmitir avisos, ordens, pedidos e
diligência, administrativa ou judiciária. instruções.

Há vários tipos de autos, de acordo com os fatos ou ocor- Observação: Se um memorando, um ofício ou uma carta
rências que neles se registram: auto de penhora, de infração, forem dirigidos multidirecionalmente, serão chamados de
de flagrante, etc. memorando-circular, ofício-circular e carta-circular.

Partes de um auto: 9. CONTRATO


a) Numeração: título e número do ato. Contrato é um documento que estabelece um acordo
firmado entre partes, sendo estas pessoas ou empresas. O
b) Texto: desenvolvimento do assunto. assunto de um contrato é variado: prestação de serviço, ope-
rações de compra e venda etc.
c) Data: local e data em que se lavrou o auto.

– 84 –
Língua Portuguesa
10. CORREIO ELETRÔNICO A carta pessoal pode apresentar-se no padrão da lingua-
gem formal culta sem perder o grau de afetividade – tão co-
Correio eletrônico, mais conhecido como e-mail, é uma mum nesse tipo de correspondência. Não seguem modelos
das formas mais usadas de comunicação atualmente, é, na prontos. Não há regras fixas para se escrever uma carta
sociedade informatizada, a forma mais utilizada e rápida pessoal. Afora a data, o nome da pessoa a quem se destina e
entre as pessoas para enviar e receber correspondência. o nome de quem a escreve, a forma de redação de uma carta
pessoal é extremamente particular.
Para utilizar o e-mail é preciso possuir uma linha telefôni-
ca, um computador conectado à Internet e, logicamente, o BILHETE
endereço eletrônico, que é o seu e-mail.
O bilhete é utilizado para pequenas mensagens escritas,
A Internet é uma rede de comunicação que interliga com- geralmente para informar ou pedir algo. Como não se trata de
putadores do mundo todo, facilitando o envio de mensagens. assunto sigiloso, não precisa ser colocado em envelope. A
linguagem utilizada é informal e por se tratar de um texto
Ter o computador conectado à Internet aponta inúmeras curto, a concisão é fundamental, ou seja, o bilhete deve se
vantagens: não é preciso ir ao correio, nem comprar envelope restringir ao assunto principal.
ou selos; a comunicação chegará ao destinatário em poucos
minutos. De casa ou do escritório, você pode se comunicar CONVITE
praticamente com todas as partes do mundo sem custos, a
não ser o de estar ligado à Internet. O convite é um tipo de correspondência cuja mensagem
solicita a presença de alguém em uma reunião ou evento
A linguagem utilizada no e-mail varia em função do (aniversário, casamento, etc.). Denomina-se convocação ou
assunto da mensagem e do destinatário. intimação, quando a presença do convidado é obrigatória.
Muitas vezes o convite é o ingresso da pessoa para entrar no
Dicas: local de evento, devendo, portanto, ser apresentado na en-
trada. Devem constar num convite alguns dados básicos:
• Não use letras maiúsculas nos endereços eletrônicos;
• Nome da pessoa ou entidade que convida;
• Não acentue as palavras ao enviar mensagens para outros • Finalidade do convite;
países; • Data, horário e endereço;
• Informações complementares, se necessárias: traje, motivo
• Ao final do texto, assine a mensagem e repita o seu endere- do evento, informações sobre transportes etc.
ço eletrônico. Ele aparecerá na tela do destinatário na cor
azul, indicando que para responder à mensagem basta clicar CARTA OFICIAL E COMERCIAL
sobre o endereço.
Frequentemente recebemos cartas oficiais e também
11. CORRESPONDÊNCIA comerciais. A oficial é enviada pelos poderes públicos, e as
comerciais pelas entidades comerciais, industriais ou de
Existem diversos tipos de correspondência e cada qual prestação de serviços (comunicações de multas de trânsito,
objetiva atender uma expectativa: familiar, comercial, oficial mudanças de endereço, assinaturas de revistas e/ou jornais
etc. etc.). Esse tipo de carta caracteriza-se por seguir modelos
prontos, em que o remetente só altera alguns dados.
No processo de comunicação não se pode falar em lin-
guagem correta, mas linguagem adequada. O objetivo maior de uma carta comercial é a transmissão
de uma informação e essa também deve ser o objetivo de
A linguagem correta é adequada ao assunto tratado (mais quem a redige, ou seja, o conteúdo deve ser significativo.
formal ou mais informal), à situação que está sendo produzi- Sua redação deve se caracterizar pela clareza, persuasão,
da, à relação entre emissor e destinatário. A linguagem e o prudência, simplicidade e correção gramatical, buscando
tratamento vão variar de acordo com o grau de intimidade produzir uma impressão agradável. Partes de uma carta
entre os correspondentes, por isso, antes de escrever, pense comercial:
no receptor.
• Timbre com endereço;
Os clichês, tão condenados na produção de textos, são • Local e data;
expressões nada originais que devem ser evitadas nas cartas • Endereço;
formais e também nas informais. Veja alguns exemplos: • Referência;
• Invocação;
"Escrevo-lhe estas mal traçadas linhas... ” • Texto;
"Sirvo-me da presente... ” • Cumprimento final;
"Vimos através desta informar... ” • Assinatura.
"Sem mais para o momento” troque por
12. DESPACHO
"Atenciosamente”.
Despacho é a manifestação proferida pela autoridade
CARTA PESSOAL administrativa no caso submetido à sua apreciação, podendo
ser favorável ou desfavorável à pretensão solicitada pelo
Vale-se desse tipo de correspondência pessoas que man- administrado, funcionário ou não.
têm algum tipo de relação íntima: de amizade, de amor ou
familiar e têm como objetivo tratar assuntos comuns. Partes de um despacho:

– 85 –
Língua Portuguesa
a) Número do processo e do parecer a que se refere o des- Partes de uma ordem de serviço:
pacho, quando divulgado em órgão oficial.
b) Título: denominação do documento, especialmente quando a) Título: identificação, número e data de expedição do ato.
divulgado em órgão oficial.
c) Texto: teor da decisão. b) Texto: desenvolvimento do assunto.
d) Data (dia, mês, ano).
e) Assinatura: nome e cargo ou função da autoridade que c) Assinatura: nome da autoridade e indicação do cargo que
exara o despacho. ocupa ou função que exerce.

13. EDITAL
18. PARECER
Edital é um ato governamental oficial, contendo aviso,
determinação, postura, ou citação, mandado publicar, por Pareceres administrativos são manifestações de órgãos
autoridade competente, no órgão oficial ou outros órgão de técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração e
imprensa, ou, ainda, afixado em lugares públicos, onde seja que servem de base para a decisão. Na Administração Públi-
facilmente lido por todos. ca, o parecer, geralmente, é parte
integrante de um processo, para o qual aponta solução favo-
Normalmente, os editais também são publicados nos rável ou desfavorável, precedida da necessária justificação,
jornais de maior circulação, integralmente ou mediante anún- com base em dispositivos legais, em jurisprudência e em
cio resumido de seu conteúdo. informações.

Em certos casos, por interesse em sua ampla divulgação, O parecer pode ser:
são inseridos, inclusive, na imprensa de outros centros impor-
tantes. • Normativo: se, ao ser aprovado, se torna obrigatório para os
casos idênticos que surgirem no futuro.
Partes de um edital:
• Vinculante: quando a decisão da autoridade solicitante está
• Título: denominação do ato. presa às conclusões do documento.
• Ementa: resumo do assunto do edital.
• Texto: desenvolvimento do assunto • Facultativo: quando a autoridade que o solicitou não está
• Assinatura: nome da autoridade competente, indicando-se obrigada a observar as conclusões do documento.
seu cargo ou função.
Partes de um parecer:
14. INFORMAÇÃO
a) Designação: número do processo, ao alto, no centro do
Informação é o instrumento pelo qual o servidor subalter- papel;
no é incumbido de estudar o processo, instrumento ou qual-
quer documento e esclarecer o que se fizer necessário, a fim b) Título: denominação do ato seguido do número de ordem;
de que o chefe imediato possa formar juízo exato sobre o
assunto e deliberar ou encaminhar o caso em tela à autorida- c) Ementa: resumo do assunto do parecer.
de de superior.
d) Texto, que constará de:
15. MEMORANDO
– introdução (histórico);
O memorando é um documento bastante utilizado para – esclarecimentos (análise do fato); e
comunicações breves entre diretores e chefes de serviço. O – conclusão, clara e objetiva, do assunto.
memorando é um documento de comunicação semelhante ao
ofício, porém mais simples.
19. PORTARIA
16. OFÍCIO
Portarias são atos pelos quais as autoridades competen-
O ofício é um documento escrito de correspondência tes determinam providências de caráter administrativo, dão
formal entre autoridades da mesma categoria, ou de hierar- instruções sobre a execução de leis e de serviços, definem
quias diferentes, no qual se faz uma comunicação de nature- situações funcionais e aplicam medidas de ordem disciplinar.
za administrativa ou se baixa uma ordem.
Partes de uma portaria:
O ofício é o tipo mais comum de correspondência oficial,
mas cabe somente ao órgão público expedir um ofício. a) Numeração: número do ato e data de expedição.

b) Título: denominação completa da autoridade que expede


17. ORDEM DE SERVIÇO o ato.

Ordens de serviço são determinações especiais dirigidas c) Fundamentação: citação da legislação básica em que a
aos responsáveis por obras ou serviços públicos, contendo autoridade apoia sua decisão, seguida da palavra resolve.
imposições de caráter administrativo, ou especificações téc-
nicas sobre o modo e forma de sua realização. d) Texto: desenvolvimento do assunto.

A ordem de serviço é uma comunicação escrita entre o e) Assinatura: nome da autoridade que expede o ato.
chefe e seus subordinados, para que as responsabilidades
fiquem documentadas.

– 86 –
Língua Portuguesa
20. PROCURAÇÃO a) A invocação deve estar no alto da folha e deve indicar o
cargo da autoridade a quem é dirigido tal requerimento. Não
A procuração é um documento através do qual uma pes- coloque o nome do ocupante do cargo.
a
soa ou empresa autoriza, outorga legalmente poderes e direi- Para altos dignitários, use Exmo. Sr. E V. Ex .;
a
tos a outra a fim de que o outorgado possa tratar de negócios Para Ilmº. Sr., use V. S .
ou agir em seu nome.
b) Deve constar no texto, de preferência um único parágrafo,
Ela se dá por instrumento particular (redigida de próprio com o nome e dados pessoais do requerente (nome, estado
punho pelo mandante, com reconhecimento de firma), ou por civil, nacionalidade, CIC, RG, profissão e residência de acor-
instrumento público (lavrada por tabelião em livro de notas e do com o que pretende) além da e a justificativa do pedido;
da qual se fornece translado).
c) É preciso que o verbo "requerer” esteja seguido do pedido
Partes de uma procuração: propriamente dito;

a) Título: procuração. d) O fecho, ou seja, a conclusão, deve solicitar que seu pedi-
do seja atendido. Geralmente é expresso por "Nesses ter-
b) Qualificação: nome, nacionalidade, estado civil, profissão, mos”, "Pede deferimento” ou "Aguardo deferimento”;
CPF e residência do outorgante (constituinte ou mandante) e
também do outorgado (procurador ou mandatário). e) Após a conclusão, fazer constar local, data e assinatura.
Veja um exemplo:
c) Finalidade e Poderes: Parte que o outorgante declara a
finalidade da procuração, bem como autoriza o outorgado a
praticar os atos para os quais é nomeado. 23. TELEGRAMA, TELEX, FAX

d) Data e assinatura do outorgante.


TELEGRAMA
e) Assinatura das testemunhas, se houver. Essas testemu-
nhas costumam ficar abaixo da assinatura do outorgante, à Telegrama, também chamado despacho telegráfico, é a
esquerda. comunicação transmitida pelo telégrafo. Por ser um meio de
comunicação mais ágil que a carta, o telegrama deve ser
As firmas devem ser todas reconhecidas em cartório. utilizado para transmissão de mensagens urgentes.

21. RELATÓRIO No telegrama, a linguagem chega ao máximo da conci-


são, a qual, todavia, nunca deve prejudicar a clareza da men-
Relatório é uma comunicação escrita que tem por objetivo sagem.
expor a investigação de algum fato estudado, de um aconte-
cimento e, também, de uma experiência científica. No telegrama, paga-se pelo número de palavras escritas.

A linguagem utilizada num relatório é normalmente preci-


sa e objetiva de acordo com o padrão culto e formal da lín- TELEX
gua, no entanto, admite que o relator use a primeira pessoa
do singular. Telex é abreviação da expressão inglesa "teleprinter ex-
change” (intercomunicação impressora a distância).
Alguns relatores preferem a primeira pessoa do plural.
Um relatório divide-se, geralmente, em três partes: O telex é modalidade de serviço telegráfico que permite
comunicação bilateral, por meio de máquinas teleimpresso-
• Título: denominação do documento; ras.

• Introdução: aqui deve constar a indicação do assunto, o fato Emprega-se este serviço quando o destinatário possui
investigado, a experiência feita e seus objetivos; máquina apropriada para receber a mensagem.

• Desenvolvimento: relatar minuciosamente o fato investiga- A redação é a mesma dos telegramas.


do;

• Conclusão: exposição da conclusão a que se chegou após a FAX


investigação.
Concorrendo com o telegrama e o telex, hoje existe o fax,
22. REQUERIMENTO abreviação já consagrada de fac-símile.

Requerimento é um documento específico de solicitação. Por sua velocidade e por ser, em princípio, menos onero-
Também chamado de petição. Por meio desse instrumento, a so que o telegrama e o telex, o fax tende a substituir, em
pessoa física ou jurídica requer algo a que tem direito (ou muitos casos, outras formas de correspondência, à medida
pressupõe tê-lo), concedido por lei, decreto, ato, decisão etc. que as diversas repartições públicas passarem a dispor da
aparelhagem necessária.
Deve ser escrito em linguagem clara e formal; no entanto,
muitas escolas, empresas e órgãos públicos possuem até O fax deve ser utilizado principalmente para a transmis-
formulários próprios, cabendo ao requerente apenas comple- são de mensagens urgentes e para o envio antecipado de
tar com seus dados pessoais. documentos de cujo conhecimento haja urgência, quando
não há condições do envio do documento por meio eletrôni-
Dados obrigatórios no requerimento: co.

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Língua Portuguesa
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia
xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos EXERCÍCIOS FINAIS
modelos, se deteriora rapidamente.

1) Assinale a alternativa incorreta:


EXERCÍCIOS
a) O acento grave indica a fusão de dois as.
1) Assinale a alternativa incorreta: b) O acento agudo indica o som fechado de vogais.
c) O til indica a nasalização de vogais.
a) A redação oficial se preocupa com a subjetividade, a eficá- d) O apóstrofo indica a supressão de uma letra.
cia e a exatidão das comunicações. e) O trema é colocado sobre a letra u dos grupos gue e gui /
b) A unidade de um texto é reconhecida pelas diversas partes que e qui.
que se juntam formando uma totalidade.
c) A correção gramatical é requisito básico para qualquer tipo 2) Indique a alternativa em que uma palavra não leva trema:
de redação.
d) A linguagem da redação oficial deve ser precisa e deve-se a) pinguim, frequente, enxaguei
evitar o excesso de palavras. b) aguentar, sequestro, tranquilo
e) A concisão consiste em apresentar exatamente as ideias c) linguiça, quinquênio, equino
que se pretende comunicar com aquelas palavras e expres- d) equestre, quadra, cinquenta
sões necessárias ao seu perfeito entendimento. e) sagui, consequência, arguição

2) A qualidade do estilo pela qual devemos empregar os 3) Assinale a alternativa em que não há erro de ortografia:
termos necessários à enunciação das ideias refere-se à:
a) digladiar, urtiga, pajé,
a) Clareza; b) Harmonia; b) geito, realeza, enchada
c) Precisão; d) Coesão; c) chope, foice, admição
e) Concisão. d) exceto, hospitalisar, crecer
e) Mogi, ante-herói, jaboticaba
3) Entende-se por “clichês”:
4) A letra maiúscula foi mal empregada em:
a) Frases desconexas; b) Frases ambíguas;
c) Frases prolixas; d) Frases feitas; a) Joãozinho era um garoto muito esperto.
e) Citações. b) Nas próximas férias, irei para o Sul.
c) Meu aniversário é no mês de Julho.
4) O documento que leva uma reivindicação de um grupo de d) Vossa Excelência é um homem muito sensato.
pessoas a uma autoridade é chamado de: e) O Sol é o astro rei.

a) Alvará; b) Ata; 5) As palavras “Jundiaí, Macapá, e já” são acentuadas por


c) Aviso; d) Abaixo-assinado; serem, respectivamente:
e) Atestado.
a) oxítona terminada em i, oxítona terminada em a e monos-
5) Não constitui uma das partes de um alvará: sílabo tônico terminado em a.
b) hiato, oxítona terminada em a e monossílabo tônico em a.
a) título; b) vocativo; c) ditongo tônico, trissílabo tônico e monossílabo tônico.
c) texto; d) assinatura; d) hiato, trissílabo tônico, monossílabo átono.
e) local e data. e) tritongo, monossílabo terminado em a e monossílabo ter-
minado em a.
6) Documento onde são registradas claro e fielmente as
ocorrências de uma reunião: 6) Assinale a alternativa em que todas as palavras são acen-
tuadas:
a) alvará; b) aviso;
c) auto; d) atestado; a) bambu - armazem - tenis
e) ata. b) lampada - util - sozinho
c) ruim - aquele - açucar
7) “Meio pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo a d) canapes - pos - maracuja
várias repartições ou pessoas”. Trata-se de: e) urubu - debil - daninho

a) contrato; b) correio eletrônico; 7) Observe as frases:


c) circular; d) carta pessoal;
e) certidão. I - O rapaz revoltado, começou a agredir o colega.
II - Vocês vão à escola; nós ao cinema.
8) Informação que não deve constar num CONVITE: III - Na confusão ninguém se lembrou de entregar, os docu-
mentos.
a) nome do destinatário; b) finalidade do convite; Verificamos que está (estão) corretamente pontuada(s):
c) data, hora e endereço; d) motivo do evento;
e) assinatura. a) apenas a I. b) apenas a II.
c) apenas a III. d) apenas a I e a II.
RESPOSTAS e) apenas a II e a III.
1-A 2-C 3-D 4-D
5-B 6-E 7-C 8-E

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Língua Portuguesa
8) Assinale a alternativa em que se usa a vírgula:
16) Aponte a alternativa que apresenta um complemento
a) entre o nome e o adjunto adnominal. nominal:
b) entre o sujeito e o predicado.
c) entre uma enumeração de palavras. a) Aquele candidato é favorável à Reforma Agrária.
d) entre o verbo e seus complementos. b) Preciso pagar ao açougueiro.
e) entre o nome e o adjunto adnominal. c) Não bebas do meu vinho!
d) Telefonaram para mim.
9) Indique a alternativa incorreta quanto ao uso da pontua- e) Obedeça a seu pai.
ção:
17) Assinale a alternativa incorreta quanto à sua classifica-
a) A ordem é insistir, insistir, até conseguir. ção:
b) São Paulo, 09 de outubro de 2004.
c) Bernardo aprendeu a andar de (skate) com muita facilida- a) Vi muitas pessoas na praça. (objeto direto)
de. b) Jantamos as três juntas. (núcleo do sujeito)
d) – Quantos anos você tem? c) Este livro pertence a ele. (objeto indireto)
e) Que frio! d) Respondi tudo ao professor. (complemento nominal)
e) As pessoas aplaudiam de pé ao espetáculo. (sujeito)
10) Aponte a oração em que o verbo está na 2ª pessoa do
plural: 18) Assinale a alternativa incorreta quanto à sua classificação
do termo em destaque.
a) Contai a vossa história. b) Conte a sua história.
c) Conta a tua história. d) Contem a sua história. a) Você trabalha ou estuda. (oração coordenada sindética
e) Contemos a nossa história. alternativa)
b) Ele ajeitou a roupa e retirou-se. (oração coordenada sin-
11) Assinale alternativa incorreta: dética adversativa)
c) João estudou muito, logo foi aprovado. (oração coorde-
a) O futuro do subjuntivo expressa um fato que vai acontecer nada sindética conclusiva)
relacionada a outro fato futuro. d) Fui ao circo e assisti ao espetáculo. (oração assindética)
b) O pretérito mais-que-perfeito expressa um fato anterior a e) Paulinho trabalha e sonha. (oração coordenada sindética
outro fato que também é passado. aditiva)
c) O pretérito imperfeito expressa um fato já concluído em
época passada. 19) “Só quero uma coisa: que sejas feliz.”
d) O presente do subjuntivo expressa um fato atual, expri-
mindo suposição, dúvida, possibilidade. A oração destacada é subordinada substantiva:
e) O futuro do pretérito expressa um fato futuro, mas de for-
ma hipotética em relação a um momento passado. a) objetiva indireta
b) predicativa
12) Assinale o uso incorreto quanto ao uso do acento indica- c) completiva nominal
tivo de crase: d) objetiva direta
e) apositiva
a) Chegarei à casa de meus parentes daqui a uma semana.
b) João foi andar à cavalo. 20) “Resolvi os problemas em que pensava sempre. ”
c) Gosto de arroz à grega.
d) Assisto à novela todas as noites. A oração destacada é subordinada:
e) À noite, viajaremos tranqüilos.
a) substantiva objetiva indireta
13) Nas orações a seguir: b) substantiva completiva nominal
I - O orador trovejou insultos. c) adjetiva restritiva
II - Trabalharam como condenados. d) adjetiva explicativa
III - Espero que você encontre trabalho. e) substantiva objetiva direta

o sujeito é, respectivamente: 21) “Caso você queira ir ao cinema, telefone-me. ”


a) oração sem sujeito, indeterminado, oculto A oração destacada é subordinada adverbial:
b) simples, indeterminado, oculto
c) oculto, oração sem sujeito, indeterminado a) causal b) concessiva
d) simples, oculto, indeterminado c) temporal d) final
e) indeterminado, oração sem sujeito, simples e) condicional
14) Na oração “O diretor da empresa demitiu-se”, o sujeito é:
22) Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância
a) composto b) “empresa” verbal:
c) indeterminado d) “o diretor da empresa”
e) “diretor” a) Vendem-se casas.
b) Pedro ou Fabiano sairá vencedor.
15) Na oração “O futebol é a paixão do povo brasileiro”, o c) Eu, você e ele jantam cedo.
predicado é: d) As meninas pareciam gostar de doce.
e) Precisa-se de empregados.
a) verbal b) nominal
c) verbo-nominal d) “futebol” 23) Assinale a alternativa correta quanto à concordância
e) “brasileiro” verbal:

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Língua Portuguesa
a) Praticam esporte Ana e Flávia. São Paulo: Moderna, 2003.
b) Fazem anos que estudo inglês.
c) Aluga-se casas. • Ferreira, Mauro.
d) Três metros de tecido são pouco para se fazer uma canti- Aprender e praticar gramática: teoria, sínteses das
na. unidades, atividades práticas, exercícios de vestibulares: 2º
e) Os Estados Unidos sofreu com os atentados. grau - São Paulo: FTD, 1992.

24) Assinale a regência verbal incorreta: • Farias, A.


A interpretação do texto e o pretexto / A. Farias [ e ] Agosti-
a) Quero bem o Felipe. nho Dias Carneiro - Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979.
b) Marcelo namora Ana Carla.
c) Simpatizo com Samantha. • Cereja, William Roberto.
d) Lembrei-me de Melissa. Texto e interação: uma proposta de produção textual
e) Cheguei à escola atrasada. a partir de gêneros e projetos / William Roberto Cereja, The-
reza Cochar Magalhães - São Paulo: Atual, 2000.
25) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nomi-
nal: • Infante, Ulisses.
Textos: leituras e escritas: literatura, língua e redação
a) Ele escreve textos acessíveis a todos. - São Paulo: Scipione, 2000.
b) Devemos obediência aos nossos pais.
c) Tenho medo de filmes de terror. • Terra, Ernani
d) José era hábil de fazer artesanato. Português para o ensino médio: língua, literatura e produção
e) Sou favorável a que todos compareçam. de textos: volume único / Ernani Terra & José Nicola, Floriana
Toscano Cavallete. São Paulo: Scipione, 2002.

GABARITO • Griffi, Beth


Português 1: literatura, gramática e redação: 2º grau / Beth
1-B 2-D 3-A 4-C 5-B Griffi - 1.ed. São Paulo: Moderna, 1991.
6-D 7-B 8-C 9-C 10 - A
11 - C 12 - B 13 - B 14 - D 15 - B
16 - A 17 - D 18 - B 19 - E 20 - C • Novas Palavras: Literatura, gramática, redação e leitura /
21 - E 22 - C 23 - A 24 - A 25 - D Ricardo Leite - São Paulo: FTD, 1997. Outros autores: Emília
Amaral, Mauro Ferreira, Severino Antônio.

BIBLIOGRAFIA SITES PESQUISADOS

• Bechara, Evanildo.
Moderna Gramática Portuguesa – Rio de Janeiro: Lucerna, http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php
2005. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/reforma-
ortografica-acentuacao-grafica-tabela-traz-regras-ja-de-
•Cegalla, Domingos Paschoal. acordo-com-a-nova-ortografia.htm
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – São Paulo: http://www.brasilescola.com/redacao/elementos-
Companhia Editora Nacional, 2002. presentes-no-ato-comunicacao.htm
http://dialogoecontexto.blogspot.com.br/2010/06/exercicio
• Cipro Neto, Pasquale. s-com-pronomes-elementos-de.html
Gramática da língua portuguesa / Pasquale & Ulisses - São http://www.portugues.com.br/gramatica/analisando-as-
Paulo: Scipione, 1998. funcoes-atribuidas-ao-vocabulo-como-.html
http://www.coladaweb.com/exercicios-
• Infante, Ulisses. resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/classes-
Curso de Gramática Aplicada aos textos São Paulo: Scipione, gramaticaiS.
1995.

• Melo Mesquita, Roberto. ANOTAÇÕES


Gramática Pedagógica / Roberto Melo Mesquita & Cloder
Rivas Martos - São Paulo: Saraiva, 1992. _________________________________________________

_________________________________________________
• Barbosa de Souza, Jésus.
Minigramática / Jésus & Samira - São Paulo: Saraiva, 1997. _________________________________________________

• Terra, Ernani. _________________________________________________


Minigramática - São Paulo: Scipione, 1995.
_________________________________________________
• André, Hildebrando A. de.
Gramática Ilustrada - São Paulo: Moderna, 1997. ________________________________________________

_________________________________________________
•Abaurre, Maria Luiza
Português - Língua e Literatura: volume único, Maria Luiza
Abaurre, Marcela Nogueira Pontara, Tatiana Fadel 2. ed. –

– 90 –

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