5 Lingua Portuguesa
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Língua Portuguesa
c) É uma atitude hábil e simpática em relação ao jo- acessórias, como se estivesse criando um ambiente propício,
vem. numa preparação textual onde o clímax seria a ideia básica: a
d) É um meio pelo qual os adultos podem compreen- descoberta da solidão. E um crescer de expectativas até
der as atitudes dos jovens. chegar ao cerne da questão.
a) As gerações mais velhas só se preocupam em 2) Análogo ou Equivalente: dizer que uma palavra é análo-
transmitir os seus valores aos mais jovens. ga à outra, significa dizer que ambas têm semelhanças de
b) Os jovens acham que o mundo está errado e que- significados, são equivalentes.
rem destruí-lo.
c) A energia e a generosidade dos jovens os levam a
querer reformar o mundo. Num texto, palavras, orações, frases, expressões são
d) É normalmente uma hipocrisia o fato de os jovens justapostas, colocadas lado a lado visando a uma intenção do
quererem reformar o mundo. autor que produz o texto.
Muitas vezes, a técnica usada é a de explanação de idei- Só assumem sentido análogo devido à ideia do autor, à
as "em cadeia", ocorre a explanação da ideia básica e a se- sua intenção de reforçar a contradição, a confusão em que
guir o desdobramento dessa ideia nos parágrafos subsequen- vive o adolescente.
tes a fim de discutir, aprofundar o assunto.
No quarto bloco, berço é análogo à sepultura, à luz da
Já no texto-exemplo de Luiz Carlos Lisboa vemos que ele compreensão do texto são palavras que se equivalem, que
vai preparando a introdução da ideia básica com as ideias
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estão lado a lado equiparadas a lugares que contêm a soli-
dão que cerca a vida das pessoas.
2. TIPOLOGIA TEXTUAL
Em outros contextos são palavras opostas, pois significam
vida e morte, mas no texto-exemplo tudo é uma coisa só:
Os textos variam conforme as intenções do autor, poden-
lugar de solidão.
do ser narrativos, descritivos, dissertativos. Porém, raramente
um texto é construído com as características de um só tipo. O
A oposição básica do texto é:
mais comum é encontrarmos os vários tipos em um só texto.
O Mundo dos adultos ocupados oposto à busca dis-
farçada de atenção e apoio.
O TEXTO NARRATIVO
Onde adultos se ocupam com um mundo à parte dos
Leia este trecho de um texto narrativo:
anseios, carências, dúvidas dos adolescentes cercados de
solidão. É importante ressaltar que as oposições, as equiva-
A escrava pegou a filhinha
lências, a compreensão de certos termos só acontecem em
Nas costas
contextos determinados, pois dependendo da intenção do
E se atirou no Paraíba
autor as palavras poderão se opor, equivaler-se, assumir
Para que a criança não fosse judiada.
significados específicos, ainda como exemplo, recorremos à (Oswald de Andrade. Poesias Reunidas.
expressão "muro de borracha" que poderia significar até um Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1972.)
brinquedo em risco para o físico da criança, contudo no texto-
exemplo significa a atitude dos pais diante dos filhos – "débil,
indefinida e acovardada" sem limites, sem a educação que Nesse texto, o importante é o fato, a ação, o acontecimen-
norteia a vida. to: a escrava se mata junto com a filhinha recém-nascida,
para salvá-la da escravidão.
O texto poderá utilizar diversos recursos, tudo, no entanto,
estará subordinado à ideia do seu autor. Releia o texto e repare que não sabemos como era a
escrava, nem como era sua filha, nem como era o rio. Esse
trecho só atribui importância ao acontecimento em si.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
Narrar, portanto, consiste em construir o conjunto de
DEFINIÇÃO DE TEXTO ações que constituem a história –o enredo – e relacioná-las
às personagens – seres que praticam atos ou sofrem os
O texto é uma mensagem, isto é, um fato do discurso: fatos.
uma passagem falada ou escrita que forma um todo significa-
tivo independentemente da sua extensão.
Vejamos mais um exemplo de narração:
O texto forma um todo, que pode ser:
O bicho
– uma palavra: Não, talvez, sim ... Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
– uma frase: Antes tarde do que nunca. Catando comida entre os detritos
Quando achava alguma coisa,
– algumas ou centenas de páginas: um livro, um relatório, um Não examinava nem cheirava:
ofício, etc. Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
A ESTRUTURAÇÃO TEXTUAL Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Um texto se realiza por meio de uma seleção de seu (Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira.
material linguístico, aí compreendidas a seleção vocabular, a Rio de Janeiro, José Olympio, 1973.)
seleção da frase e a seleção do modo de organização discur-
siva, ou seja, a narração, a descrição e a argumentação.
Toda a narrativa tem um narrador: aquele que conta a
Cada um desses modos de organização possui determi- história. Mas o narrador pode ser de dois tipos, conforme a
nadas regularidades que lhe são próprias, além daquelas sua perspectiva em relação aos fatos narrados: 1ª ou 3ª pes-
regularidades que estão acima dessas gramáticas particula- soa.
res, ou seja, as regularidades gerais do texto.
No texto acima, a história é contada em 1ª pessoa (eu):
A estruturação de um texto se faz exatamente entre o “Vi ontem um bicho”. O narrador relata um acontecimento que
esperado, ou seja, o respeito àquelas regularidades do modo o impressionou: um bicho catando restos de comida. Note
de organização a que pertence e a criatividade do autor. que, no desenvolvimento do enredo, não sabemos de que
animal se trata. Só no desfecho o narrador nos revela que o
Portanto, escrever é sempre um processo de seleção: bicho é um ser humano.
seleção de vocábulos, seleção de estruturas sintáticas, sele-
ção de organização das frases na composição do texto, sele- A narração, além de ser uma das mais importantes possi-
ção de um modo de organização discursiva... tudo em busca bilidades da linguagem, é também uma das práticas mais
do que parece mais adequado às finalidades do autor do comuns de nossa vida.
texto.
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A narração associa nossa observação do mundo com
nossa existência, nossa memória e nossa imaginação.
1) ENREDO
(Maurício de Sousa)
2) PERSONAGEM
A fala nos quadrinhos normalmente é apresentada de
É a pessoa que atua na narrativa. Pode ser principal ou forma direta, nos balões, sem interferência de narrador. No
secundária, típica ou caricatural. caso desta tira, Mônica e Cebolinha estabelecem um diálogo.
Observe o exemplo:
4) AMBIENTE
O detento disse que (ele) não confiava mais na Justiça.
É o meio físico e social onde se desenvolve a ação das Logo depois, perguntou ao delegado se (ele) iria prendê-lo.
personagens. Trata-se do pano de fundo ou do cenário da
história. x indireto-livre: consiste na fusão entre narrador e per-
sonagem, isto é, a fala da personagem insere-se no
discurso do narrador, sem o emprego dos verbos de
5) TEMPO elocução (como dizer, afirmar, perguntar, responder,
pedir e exclamar).
É o elemento fortemente ligado ao enredo numa sequen-
cia linear ou retrospectiva, ao passado, presente e futuro,
com seus recuos e avanços. Pode ser cronológico (quando Observe o exemplo:
avança no sentido do relógio) ou psicológico (quando é medi-
do pela repercussão emocional, estética e psicológica nas Agora (Fabiano) queria entender-se com Sinhá Vitória a
personagens). respeito da educação dos pequenos. E eles estavam pergun-
tadores, insuportáveis. Fabiano dava-se bem com a ignorân-
cia. Tinha o direito de saber? tinha? Não tinha.
6) DISCURSO
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Vejamos alguns exemplos: O texto a seguir é um trecho de “Alice no País das Maravi-
lhas” de Lewis Carrol, um exemplo de narrativa de ficção em
1) O narrador antecipa o final da narrativa: que podemos observar um universo imaginário.
“No dia em que o matariam, Santiago Nassar levantou-se
às 5h30 da manhã para esperar o navio em que chegava o
bispo.” (Gabriel Garcia Márquez) Alice no País das Maravilhas
Lewis Carrol
No primeiro parágrafo, o narrador já conta o que aconte-
ceu à personagem. Capítulo 1
Para baixo na toca do coelho
2) O narrador faz referência a um fato anterior, que o leitor
não conhece, procurando criar suspense. Leia a primeira
linha de um conto:
“Então a mosca voltou a atacar. Ninguém dava nada por
ela. Se no mundo dos insetos já seria presa fácil, o que dirá
na longa noite dos brontossauros.” (Chacal)
3) Antes de começar a contar a história propriamente dita, o Alice estava começando a ficar muito cansada de estar
narrador inicia o texto com uma fala da personagem, mos- sentada ao lado de sua irmã e não ter nada para fazer: uma
trando que ela está mesmo em desequilíbrio com o meio: vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia,
mas não havia figuras ou diálogos nele e “para que serve um
“– Que peixe é esse? Perguntou a moça com afetada livro”, pensou Alice, “sem figuras nem diálogos? ”
admiração. Foi na cidade de Curupuru, no Maranhão. A moça
nascera ali mesmo, crescera ali mesmo mas voltara semana Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era
passada de uma temporada de um ano, na capital do estado. possível naquele dia quente que a deixava sonolenta e estú-
Ela agora é moça de cidade, não conhece mais peixe, nem pida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais
bicho do mato, nem farinha de pau. Evoluiu. forte do que o esforço de ter de levantar e colher as margari-
“– Que peixe é esse? das, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-
Os homens e as mulheres não responderam nada. Olha- de-rosa passou correndo perto dela.
ram-se uns aos outros com ar de enfado.”(Ferreira Gullar)
Não havia nada de muito especial nisso, também Alice
não achou muito fora do normal ouvir o Coelho dizer para si
O CICLO NARRATIVO mesmo “Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado! ”
(quando ela pensou nisso depois, ocorreu-lhe que deveria ter
Nos textos essencialmente narrativos, predominam as achado estranho, mas na hora tudo parecia muito natural);
frases verbais, que indicam um processo, uma ação. mas, quando o Coelho tirou um relógio do bolso do colete, e
olhou para ele, apressando-se a seguir, Alice pôs-se em pé e
A narrativa tem como ponto de partida uma situação inici- lhe passou a ideia pela mente como um relâmpago, que ela
al, que se desenvolve numa para chegar a uma situação final, nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos
diferente da inicial: ainda com um relógio para tirar dele. Ardendo de curiosidade,
• situação inicial - o personagem está apresentado numa ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar
determinada situação temporal e espacial; para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca.
• desenvolvimento - apresenta-se o conflito, e a ação se de- No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar
senvolve até chegar ao clímax e, em seguida, a um desfecho; como faria para sair dali. A toca do coelho dava diretamente
• situação final - passado o conflito, o personagem é apresen- em um túnel, e então se aprofundava repentinamente. Tão
tado em uma nova situação – há claros indícios de transfor- repentinamente que Alice não teve um momento sequer para
mação, de mudança em relação ao início da narrativa. pensar antes de já se encontrar caindo no que parecia ser
bastante fundo.
(...)
NARRATIVA FICCIONAL
A palavra ficção vem do latim fictio, que deriva do verbo O TEXTO DESCRITIVO
fingere: modelar, criar, inventar. Quando identificamos uma
narrativa como ficcional, observamos nela uma realidade Leia este trecho descritivo de Guimarães Rosa:
criada, imaginária, não real.
“Sua casa ficava para trás da Serra do Mim, quase no
A narrativa ficcional é fruto da imaginação criadora. Sem- meio de um brejo de água limpa, lugar chamado o Temor de
pre mantendo pontos de contato com o real, recria a realida- Deus. O Pai, pequeno sitiante, lidava com vacas e arroz; a
de. Baseando-se nela ou dela se distanciando. Se os aconte- Mãe, urucuiana, nunca tirava o terço da mão, mesmo quando
cimentos narrados, se os personagens apresentados aproxi- matando galinhas ou passando descompostura em alguém. E
marem-se muito da realidade a ponto de nos confundir, fala- ela, menininha, por nome Maria, Nhinhinha dita, nascera já
mos que a narrativa é verossímil (semelhante à verdade), se muito para miúda, cabeçudota e com olhos enormes.”
os acontecimentos e personagens se mostrarem absurdos,
absolutamente improváveis, falamos que a narrativa é inve- Você observou que o trecho acima, apresenta caracterís-
rossímil (que não é semelhante à verdade). ticas de ambiente e de personagens. Essa caracterização é
obtida por meio da descrição.
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Descrever é detalhar uma cena, objeto, sentimento, per- a) Do particular para o geral
sonagens, destacando-lhe características peculiares, de
modo a passar ao leitor/ouvinte uma imagem o mais próxima Vejamos um exemplo:
possível daquela que temos em mente.
“A pele da garota era desse moreno enxuto e parelho das
Há duas maneiras básicas de descrever: objetiva ou sub- chinesas. Tinha uns olhos graúdos, lustrosos e negros como
jetivamente. os cabelos lisos, e um sorriso suave e limpo a animar-lhe o
rosto oval, de feições delicadas.” (Érico Veríssimo)
Na descrição objetiva, a realidade é retratada com a
maior fidelidade possível, não se emitindo qualquer opinião b) Do geral para o particular
ou julgamento. Leia, agora, as seguintes descrições objeti-
vas: Vejamos um exemplo:
“Os anticorpos são moléculas de proteínas que possuem
dois sítios específicos de combinação com os antígenos. “A rua estava de novo quase morta, janelas fechadas. A
Existem, em cada molécula de anticorpo, duas cadeias poli- valsa acabara o bis. Sem ninguém. Só o violinista estava ali,
peptídicas leves e duas cadeias pesadas, ligadas entre si por fumando, fumegando muito, olhando sem ver, totalmente
pontes de enxofre.” desamparado, sem nenhum sono, agarrado a não sei que
(Amabis e Martho) esperança de que alguém, uma garota linda, um fotógrafo,
um milionário disfarçado lhe pedisse pra tocar mais uma vez.”
“O apartamento que comprei tem três dormitórios – sendo
uma suíte –, uma sala em “L”, dois banheiros, cozinha, área
de serviço e dependências de empregada.” DESCRIÇÃO POÉTICA
Na descrição subjetiva, a realidade é retratada de acor- Na poesia, a descrição está marcada pela função fática,
do com o ponto de vista do emissor, que pode opinar e ex- apresentando imagens inusitadas que recriam seres e/ou
pressar seus sentimentos. Leia, agora, os seguintes trechos ambientes. Dificilmente encontraremos objetividade nas des-
descritivos: crições poéticas, pois, a poesia está marcada pelo subjeti-
“Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler vismo. Observe o exemplo:
as Memórias póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo
náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro Retrato
inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em
Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de uma viúva, Eu não tinha este rosto de hoje
senhora de condição mediana e parcos meios de vida, tão assim calmo, assim triste, assim magro,
acanhada, que os suspiros do namorado ficavam sem eco.” nem estes olhos tão vazios,
(Machado de Assis) nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
“O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com tão paradas e frias e mortas;
as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado! E eu não tinha este coração
bala é um pedaçozinho de metal ... sertão é onde o pensa- que nem se mostra.
mento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar.
Viver é muito perigoso.” Eu não dei por esta mudança,
(Guimarães Rosa) tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
CARACTERÍSTICAS DA DESCRIÇÃO
(Cecília Meireles - Obra poética.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.)
– caracteriza, por meio de imagens ou de palavras, seres e
lugares;
– emprega adjetivos, locuções adjetivas, verbos de estado e DESCRIÇÃO TÉCNICA
orações adjetivas;
– emprega geralmente verbos de estado, normalmente no Na descrição técnica procura-se transmitir a imagem do
presente e no imperfeito do indicativo; objeto através de uma linguagem técnica, com vocabulário
– estabelece comparações; preciso, normalmente ligado a uma área da ciência ou da
– faz referências às impressões sensitivas: cores, formas, tecnologia.
cheiros, gostos, impressões táteis, sons.
É o caso da descrição de peças e aparelhos, de experiên-
cias e fenômenos, do funcionamento de mecanismos, da
A ORDEM NA DESCRIÇÃO redação de manuais de instrução e artigos científicos.
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mem, não necessita de teoria, quem apreende a prática da coincide com sua produção, tanto com o que produzem como
vida também assimila a sua teoria.” com o modo como produzem.
(Wilhelm Reich. A revolução sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974)
O que os indivíduos são, portanto, depende das condi-
O texto expõe um ponto de vista (a finalidade da vida ções materiais de sua produção.
é viver) sobre um assunto-tema (no caso, o sentido e a finali- (MARX, Karl. In: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria
dade da vida). Além de apresentar o ponto de vista do autor, Helena. Temas de filosofia. São Paulo, Moderna, 1992.)
o texto faz também a defesa desse ponto de vista: os por-
quês, os motivos que fundamentam a opinião de que a práti- A estrutura desse texto é bem definida: introdução (pri-
ca intensa de viver é que revela o sentido da vida; de que a meiro parágrafo), desenvolvimento (segundo parágrafo),
vida não precisa de teoria e que se identifica com o próprio conclusão (último parágrafo).
processo de viver intensamente.
É a retomada da ideia apresentada na introdução, só que Geral: os índices de violência continuam aumentando apesar
enriquecida pela fundamentação dada no desenvolvimento. A do aumento da consciência dos governantes sobre o proble-
conclusão sintetiza a ideia central do texto e pode acrescen- ma.
tar sugestões, ampliando a discussão do tema.
O tipo de raciocínio conhecido como dedução segue o
Veja como está estruturado o texto que segue: caminho inverso ao da indução. Portanto, no raciocínio dedu-
tivo partimos do geral para o particular, do desconhecido para
Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciên- o conhecido. Obedecemos, geralmente, aos seguintes pas-
cia, pela religião ou por tudo que se queira. Mas eles próprios sos:
começam a se diferenciar dos animais tão logo começam a
produzir seus meios de vida, passo este que é condicionado 1) formulamos uma hipótese abstrata, de caráter geral;
por sua organização temporal. Produzindo seus meios de 2) fazemos uma relação de fatos e provas (elementos concre-
vida, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida tos, conhecidos, observáveis): o particular;
material. 3) podemos ou não colocar uma conclusão que confirme a
O modo pelo qual os homens produzem seus meios de hipótese geral.
vida depende, antes de tudo, da natureza dos meios de vidas Observe como a autora organizou o texto dedutivamente:
já encontrados e que têm de reproduzir. Não se deve consi-
derar tal modo de produção de um único ponto de vista, a As expectativas num namoro são, na maioria das vezes,
saber: a reprodução da existência física dos indivíduos. Tra- muito diferentes para meninos e meninas. (hipótese geral)
ta-se, muito mais, de uma determinada forma de atividade
dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, Enquanto a maioria dos rapazes está doida para beijar,
determinado modo de vida dos mesmos. Tal como os indiví- tocar a menina e ter o máximo de intimidade sexual que pu-
duos manifestam sua vida, assim são eles. O que eles são der, ela geralmente está interessada em sair com ele, namo-
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rá-lo, apreciar sua companhia. (fatos particulares que exem- RECONHECIMENTO DA ESTRUTURA
plificam a hipótese geral)
(SUPLICY, Marta. Sexo para adolescentes. FTD, 1988. p. 82) Para continuar trabalhando a estrutura e organização do
texto, vamos exercitar a leitura com o objetivo de identificar o
A ENUMERAÇÃO PARA ORGANIZAR O TEXTO modo como ele foi ordenado.
Pela enumeração de acontecimentos, objetos, pessoas, O Campos, segundo o costume, acabava de descer do
sensações, sentimentos, atividades, o autor diz o que é felici- almoço e, a pena atrás da orelha, o lenço por dentro do cola-
dade. rinho, dispunha-se a prosseguir no trabalho interrompido
pouco antes. Entrou no seu escritório e foi sentar-se à secre-
A enumeração é uma técnica das mais ricas para escre- tária.”
ver livremente e constitui um dos importantes recursos utili- (Aluísio Azevedo)
zados na literatura, principalmente na poesia moderna. No
texto enumerativo empregam-se elementos que dificilmente O texto acima possui predominância:
aparecem em redações tradicionais: “tomar ducha”, “sapatos
cômodos”, por exemplo. A enumeração é uma forma concreta a) narrativa
de escrever: consiste em listar coisas, fatos, lembranças, b) descritiva
emoções, desejos, sensações de nossa vida, do dia-a-dia, da c) dissertativa
nossa história. Observe outro texto em que se emprega o
processo de enumeração: 2) Leia o texto a seguir:
Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida tem – E preciso mesmo – respondeu o homem.
pensamentos sérios me esperando na sala de visitas
tem minha noiva definitiva me esperando com flores na – Você sabe trocar pneu?”
mão, (In revista Seleções do Reader’s Digest, nº 274.
tem a morte, as colunas da ordem e da desordem. Rio de Janeiro, março de 1994)
(Murilo Mendes. Poesia completa e prosa, Nova Aguilar, 1994) O texto apresentado possui:
Esse poema é uma espécie de autorretrato, que enumera
elementos de dois lados diferentes da personalidade e da a) narrador-observador
vida do eu lírico. b) narrador-personagem
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a) enredo b) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda.
b) personagem Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.
c) ambiente Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, peque-
d) tempo nas surpresas entre os cipós.
Todo o jardim triturado pelos instantes já mais apressados da
tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodea-
4) Indique a alternativa que possui o discurso indireto-livre: da?
Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho,
a) “Quando me viu, Pedrinho me chamou de lado e perguntou suave demais, grande demais.”
se era verdade que eu sabia fazer milagres.” (Clarisse Lispector, Laços de Família)
(Fernando Sabino)
c) “Sempre fomos explorados. Somos oprimidos, mas não
b) “– Não quero discutir com a senhora. Mas também não vencidos. Lutamos, pelo elementar direito de a classe traba-
quero ver meu filho duvidando do próprio pai.” lhadora participar da vida política, social e econômica de sua
(Luís F. Veríssimo) pátria. Inútil tentar nos calar, nos deter, nos abater. Somos
multidão. Estamos nas cidades e nos campos. Renascemos
c) “Ela se referia a uma misteriosa casa na Avenida João em nossos filhos. Sabemos que, no futuro, estará em nossas
Pinheiro, onde sabíamos que não morava ninguém havia mãos a riqueza que agora produzimos.” (Panfleto de um Sindi-
anos. (...) Íamos sempre olhá-la durante o dia, fascinados: cato, maio de 1981)
que haveria lá dentro? Não seria de espantar se de noite os
fantasmas se reunissem ali para celebrar o fato de já have- d) “Na baixada, mato e campo eram concolores. No alto da
rem morrido.” colina, onde a luz andava à roda, debaixo do angelim verde,
(Fernando Sabino) de vagens verdes, um boi branco, de cauda branca. E, ao
longe, nas prateleiras dos morros cavalgam-se três qualida-
d) “– Que é que tem trazer uma flor para casa? des de azul.” (Guimarães Rosa, Sagarana)
– Veio do oculista e trouxe uma rosa. Acha direito?
– Por que não?”
(Carlos Drummond de Andrade) 8) Que tipo de descrição Garfield faz na tira a seguir?
a) narração RESPOSTAS
b) descrição subjetiva 1-A 2-B 3- D 4- C 5- B 6- D 7- C 8- A
c) dissertação
d) descrição objetiva
LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO-VERBAL
6) Assinale a alternativa incorreta quanto à dissertação: Linguagem é a representação do pensamento por meio
de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as
a) formular uma hipótese abstrata, de caráter geral; pessoas.
b) fazer uma relação de fatos e provas;
c) colocar ou não uma conclusão que confirme a hipótese As palavras, os gestos, o desenho, a escrita, a mímica, as
geral; notas musicais, o código Morse e o de trânsito, a pintura, a
d) detalhar cenas, objetos, sentimentos, personagens, desta- dança, a arquitetura, a escultura, tudo isso é linguagem. As
cando suas características peculiares. várias linguagens podem ser organizadas em dois grupos: a
7) Temos uma dissertação na alternativa: linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens
não verbais.
a) “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas
manchas verdes. (...) A linguagem verbal é aquela que tem por unidade a
A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado palavra; as linguagens não verbais têm outros tipos de
de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos unidade, como os gestos, o movimento, a imagem, etc. Há,
urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.” ainda, as linguagens mistas, como por exemplo, as histórias
(Graciliano Ramos, Vidas Secas) em quadrinhos, que normalmente utilizam a imagem e a
palavra.
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Língua Portuguesa
Que tipo de linguagem veicula com maior rapidez uma
informação? 3. ORTOGRAFIA OFICIAL
Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”. Você já deve ter notado que os erros ortográficos apare-
cem com frequência no nosso dia a dia, nos mais diversos
segmentos da sociedade: campanhas publicitárias, placas
comerciais, propagandas políticas e até mesmo em jornais e
revistas. E por que isso acontece, se a língua que falamos é
uma só? É simples. Infelizmente, na língua portuguesa, como
em outras línguas, não há a correspondência exata entre
fonema (língua oral) e letra (língua escrita). O ideal seria que
Imagem indicativa de “silêncio”.
cada som correspondesse a uma única letra e vice-versa.
Vício na fala
Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”,
atrás “quebra-molas”. Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
A linguagem verbal é a mais eficaz, porque transmite a Para pior pió
informação de forma mais objetiva e completa. A linguagem Para telha dizem teia
visual, entretanto, é a mais econômica, porque veicula a Para telhado dizem teiado
informação com maior rapidez. E vão fazendo telhados
(Oswald de Andrade. Poesias reunidas.
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1971)
EXERCÍCIOS
Nesse poema, Oswald de Andrade mostra a diferença
1 – Qual linguagem foi utilizada na figura abaixo? entre língua falada e língua escrita e a dificuldade que pode
haver entre elas.
perr
(Maurício de Sousa)
a) verbal
3ª) É sistemático no uso dos acentos gráficos. Por exemplo:
b) não-verbal
herói, aquela lembrança dói, etc.
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Língua Portuguesa
Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâme- FONEMA / chê /
tros: 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 –
adaptação completa dos livros didáticos às novas regras; e a Pode ser representado por x ou ch.
partir de 2013 – vigência em todo o território nacional. Exemplos: caixa, enxugar, chuva, chinelo
Ainda que o Brasil tenha adiado para 2016 o prazo para FONEMA / sê /
validação das regras da nova ortografia, o acordo já é uma
realidade legal e cultural em todos os países falantes de Pode ser representado por cçs, ss, x, sc, xc.
língua portuguesa - exceto em Angola, que deve ratificá-lo Exemplos: obedecer, cigarro, poço, carroça, secar, ensino,
em breve. A proposta, contudo, ainda divide opiniões entre os pressa, esse, máximo, próximo, piscina, nascer, exceção,
linguistas. excelente
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a lín- FONEMA / jê / antes de e ou i
gua, já que uma língua não existe apenas em função de sua
ortografia. Pode ser representado por j, g
Exemplos: berinjela, jiló, gelo, gigante
FONEMAS NÃO SÃO LETRAS Uma mesma letra pode ter sons diferentes, ou seja, re-
presentar diferentes fonemas.
Segundo Evanildo Bechara em seu livro Moderna Gramá-
tica Portuguesa: “desde logo uma distinção se impõe: não se LETRA S
há de confundir fonema com letra. Fonema é uma realidade
acústica, realidade que nosso ouvido registra: enquanto letra Pode ser representado por / sê / , / zê /
é o sinal empregado para representar na escrita o sistema Exemplos: sapato, sino, casaco, presente
sonoro de uma língua.
LETRA X
Não há uma identidade perfeita, muitas vezes, entre os
fonemas e a maneira de representá-los na escrita, o que nos Pode ser representado por / ks /, / chê /, / zê /, / sê /
leva facilmente a perceber a impossibilidade de uma ortogra- Exemplos: tóxico, sexo, apaixonar, xadrez, êxito, examinar,
fia ideal. Temos sete vogais orais tônicas, mas apenas cinco auxílio, próximo
símbolos gráficos (letras).
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Língua Portuguesa
2) Acento circunflexo ( ^ ) - indica o som fechado das vo- 5) Prefixo co (m)
gais (ê e ô) ou destaca a sílaba tônica sobre as vogais a, e, o.
Exemplos: trânsito, você, robô. O Novo Acordo Ortográfico determina que esse prefixo se
separe por hífen apenas dos termos iniciados por "h"; com os
3) Acento grave ( ` ) - indica a fusão de dois as (a + a) de- demais, une-se por justaposição. Consequentemente, pas-
nominada crase. Exemplos: samos a escrever "coautor", "coedição", "coprodução", "copi-
Vou a a feira. → Vou à feira. loto", "corréu", "corresponsável", "cogestor", "cosseno" etc..
Assisti a aquele filme. → Assisti àquele filme.
6) Prefixos terminados em r
4) Til ( ~ ) - indica a nasalização de vogais (a e o).
Exemplos: irmã, limões. O uso do hífen permanece nos compostos em que os
prefixos super, hiper, inter aparecem combinados com ele-
5) Cedilha ( ¸ ) - é usada no c ( ç ) antes de a, o, u, para mentos também iniciados por r ou pela letra h: super-
indicar o som do fonema / sê /. resistente, hiper-realista, inter-racial, super-homem, super-
Exemplos: cabeça, poço, açude. herói.
6) Trema ( ̈ ) - sinal usado para indicar que o u dos grupos gu Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: internacio-
e qu devem ser pronunciados, foi abolido em palavras portu- nal, hipersensível, supercílio.
guesas ou aportuguesadas. Por exemplo, a palavra cinqüen-
ta que era escrita com trema, pela nova regra é cinquenta. 7) Prefixo ad
O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus
derivados. Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é inicia-
Exemplos: Müller – mülleriano / Hübner – hübneriano. do por d, h ou r: ad-digital, ad-renal, ad-rogar.
7) Apóstrofo ( ̕ ) - é usado para indicar que uma letra foi Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: adjacente,
retirada. adjunto, adjudicação.
Exemplos: copo d'água, galinha-d'angola.
8) Prefixo circum e pan
No Acordo Ortográfico, o hífen foi o que mais sofreu alte- 9) Prefixo mal
rações.
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa
USO DO HÍFEN com vogal, l ou h: mal-estar, mal-limpo, mal-humorado.
1) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogais Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: mal-
criado, maldizer, malparado.
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou
falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa 10) Prefixo bem
por vogal igual ou por h: anti-inflamatório, arqui-inimigo, mi-
cro-ondas, micro-ônibus, anti-higiênico. O hífen desaparece nas palavras citadas no Acordo Orto-
gráfico e nas suas correlatas: benfazer, benfeito, benquerer,
2) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segun- benquerido.
do elemento começa por vogal diferente
11) Prefixo re-
Não se emprega o hífen: autoajuda, extraescolar, infraes-
trutura, semiaberto, ultraelevado. Permanece a aglutinação com o segundo elemento,
mesmo quando este começar por o ou e: reabastecer, rees-
3) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segun- crever, recarregar, reorganizar.
do elemento começa por s ou r
12) Compostos que perderam a noção de composição
Não se emprega o hífen, devendo duplicar as consoantes
r ou s: autorretrato, antissocial, contrarregra, ultrassom, antir- Não se emprega o hífen: mandachuva, paraquedas,
rugas. paraquedista.
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Língua Portuguesa
13) O uso do hífen permanece EMPREGO DAS LETRAS MAIÚSCULAS
• nos compostos com os prefixos ex-, vice-, soto-: ex-marido, Emprega-se letra inicial maiúscula:
vice-presidente, soto-pôr.
1) No início de frase: Era uma vez uma linda princesa . . .
• nos compostos com os prefixos tônicos acentuados pré-,
pró- e pós- quando o segundo elemento tem vida própria na 2) Nos substantivos próprios de qualquer espécie, inclusive
língua: pré-molar, pró-labore, pós-eleitoral. apelidos e nomes de animais: João, Maria, Brasil, Portugal,
Deus, Zeca, Lulu, etc.
• nos compostos terminados por sufixos de origem tupi- 3) Nos nomes de épocas históricas, datas e fatos importan-
guarani que representam formas adjetivas, como -açu, - tes: Idade Média, Modernismo, Proclamação da República,
guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal Natal, Dia das Mães, etc.
acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a dis-
tinção gráfica entre ambos: jacaré-açu, amoré-guaçu, paraná- 4) Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Ipiranga,
mirim. Largo São Francisco, Praça da Sé.
• nos topônimos iniciados pelos adjetivos grão e grã ou por 5) Nos nomes que designam altos conceitos políticos e religi-
forma verbal ou por elementos que incluam artigo: grão-de- osos: Estado, Nação, Pátria, Igreja.
bico, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos.
6) Nos nomes de repartições, edifícios ou corporações públi-
• nos compostos com os elementos além, aquém, recém e cas e particulares: Banco do Brasil, Governo Estadual, Minis-
sem: além-túmulo, aquém-oceano, recém-nascido, sem-teto. tério do Trabalho, etc.
14) Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo 7) Nos títulos de livros, jornais, revistas: Os Lusíadas, Folha
(substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, de São Paulo, Veja, etc.
prepositivas ou conjuntivas): cão de guarda, fim de semana,
café com leite, pão de mel, à vontade, a fim de que. 8) Nos pronomes de tratamento: Vossa Majestade, Meritíssi-
mo, Vossa Excelência, etc.
Com exceção de algumas locuções já consagradas pelo
uso: água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia, à queima- 9) Nos nomes comuns, quando usados para personificar:
roupa, etc. Amor, Ódio, Lobo, Morte, etc.
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Língua Portuguesa
• no início de palavras, por razão etimológica: humano, hélice, • Escrevem-se com a letra o: abolição, bobina, bússola,
homem , hidrogênio, hoje, etc. caos, coelho, capoeira, caçoar, cochicho, engolir, focinho,
• no interior das palavras, como parte integrante dos dígrafos goela, moela, polir, poleiro, polenta, toalha, zoada.
ch, lh, nh: chave, malha, pinheiro, etc. • Escrevem-se com a letra u: acudir, bueiro, bulir, cueiro,
• no meio das palavras compostas, depois de hífen: pré- curtume, cuspir, cutia, entupir, escapulir, fêmur, íngua, jabuti,
histórico, super-homem, anti-hemorrágico. jabuticaba, régua, tábua, tabuada, tabuleiro, usufruto.
Observação: nos compostos sem hífen, o h é eliminado: Veja algumas palavras parônimas em o e u:
desonesto, desumano, desidratar.
assoar = limpar o nariz
• no final de algumas interjeições: Ah!, Argh!, Oh! assuar = vaiar
• no nome do estado brasileiro Bahia. Já em seus derivados o
h é retirado. Assim: baiano, baião, baianada. comprimento = extensão
• quando os derivados das palavras inverno e erva tiverem a cumprimento = saudação
letra b, serão sempre iniciados com h. Assim:
soar = produzir som
inverno – hibernação erva – herbívoro suar = transpirar
A letra e pode ser confundida, na língua oral, com a letra • Escrevem-se com ou: couro (pele de animal – não confun-
i, portanto siga as seguintes orientações. da com coro, grupo de vozes), bebedouro, cenoura, estou-
rar, dourado, lousa, louro, roubar, tesoura, vassoura.
Grafam-se com a letra e:
• A letra l, em final de sílaba, em muitas regiões do Brasil, soa
• palavras com o prefixo ante- (que indica anterioridade): como u, gerando dificuldades gráficas.
anteontem, antebraço, antediluviano.
Para eliminar as dúvidas, compare com palavras mais
• algumas formas dos verbos com infinitivos terminados em - conhecidas da mesma família:
oar e -uar: abençoe (abençoar), perdoe (perdoar), continue
(continuar), efetue (efe-tuar). alto-falante / altura
radical / radicalizar
• as palavras: periquito, umedecer, confete, empecilho, cade- automóvel / autodefesa
ado, paletó, disenteria, seringa, mexerico, quase, campeão, caudaloso / cauda
geada, creolina, apear.
Abaixo, relacionamos algumas palavras com l e u:
Grafam-se com a letra i:
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Língua Portuguesa
• as palavras de origem árabe, tupi-guarani ou africana: alfan- 7) Emprego das letras c, ç, s, x e os dígrafos sc, sç, ss, sx
je, alforje, jê, jiboia, canjica, manjericão, caçanje, mujique. e xc com o fonema / s /
• as formas dos verbos terminados em -jar ou -jear: arranje Observe os seguintes procedimentos na representação
(arranjar), viajem (viajar), suje (sujar), gorjeio (gorjear). gráfica desse fonema.
• as palavras derivadas de outras já grafadas com j: gorjeta • Usa-se c antes de e e i: cebola, cédula, cear, célula, cento-
(de gorja), lisonjeiro (de lisonja), sarjeta (de sarja), enrijecer peia, alicerce, cacique, penicilina, cigarro, cipó, circo, ciúme.
(de rijo), varejista (de varejo).
• Usa-se ç antes de a, o, u: alça, vidraça, aço, almoço, açú-
• as palavras: ajeitar, berinjela, cafajeste, jeito, jiló, granja, car, açude.
jejum, jerimum, laje, majestade, objeção, ojeriza, traje, trejei-
to. • Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana, usa-se c e
ç: açaí, araçá, caiçara, caçula, criciúma, Iguaçu, miçanga,
6) Emprego das letras x ou ch paçoca, Paraguaçu.
• depois da sílaba inicial me-: mexer, mexilhão, mexicano, • Em algumas palavras, o fonema / s / é representado pela
mexerica. Exceções: mecha e seus derivados. letra x: auxílio, contexto, expectativa, experiência, expor,
extravagante, sexta, têxtil, texto, trouxe.
• as palavras: almoxarife, bexiga, bruxa, baixela, caxumba,
engraxate, faxina, laxativo, maxixe, puxar, relaxar, rixa, roxo, • Por razões etimológicas usam-se sc e xc entre vogais:
vexame, xícara, xingar. ascender, crescer, efervescente, discernir, exceto, excesso,
excêntrico, exceder, excitar.
Escrevem-se com ch:
• Escrevem-se com sç as palavras: cresço, cresça, desço,
• palavras de origem latina, francesa, espanhola, alemã e desça, nasço, nasça.
inglesa: chave, chuva; chalé, chapéu; apetrecho, mochila;
chope, charuto; cheque, sanduíche. • Nos substantivos derivados dos verbos terminados em -der,
-dir, -tir e -mir, usa-se ss, ou s, depois de n e r: ceder, ces-
• as palavras: arrocho, bochecha, boliche, cachaça, cacho, são; interceder, intercessão; regredir, regressão; agredir,
cachimbo, chimarrão, chafariz, chimpanzé, chuchu, chumaço, agressão; repercutir, repercussão; ascender, ascensão;
colcha, coqueluche, flecha, inchar, mancha, nicho, pichar, compreender, compreensão.
piche, rachar, salsicha, tacho, tocha.
• Escrevem-se com ss as palavras: assar, asseio, assento
Algumas palavras apresentam a mesma pronúncia, mas (banco), assobiar, aterrissagem, avesso, dezesseis, endos-
com grafia e significado diferentes. sar, pressão, tosse, vassoura.
São chamadas de homônimas. • Pode ocorrer, ainda que raramente, o dígrafo xs com fone-
ma / s /: exsicar, exsolver, exsudar.
Veja alguns homônimos em x e ch:
8) Emprego das letras s, z, x com o fonema /z/
X CH
broxa = pincel brocha = prego pequeno Usa-se a letra s:
buxo = arbusto bucho = estômago
cartuxo = religioso cartucho = embalagem • nas palavras que derivam de outra em que já existe s:
xá = antigo soberano do Irã chá = bebida
xácara = narrativa em verso chácara = quinta casa - casinha, casebre, casarão
xeque = lance no jogo de xadrez cheque = ordem de pagamento análise - analisar, analisado, analisável
coxa = parte da perna cocha = vasilha de madeira
liso - alisar, alisamento, alisante
coxo = aquele que manca cocho = recipiente
luxar = deslocar luchar = sujar pesquisa - pesquisador, pesquisado
taxa = imposto tacha = prego pequeno
• nos sufixos -ês, -esa, na indicação de nacionalidade, título,
origem: português, portuguesa; irlandês, irlandesa; marquês,
marquesa; camponês, camponesa; calabrês, calabresa.
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Língua Portuguesa
• nos sufixos -ense, -oso, -osa, na formação de adjetivos: acriano (do Acre),
paranaense, fluminense, catarinense; carinhoso, gasoso, torriense (de Torres).
espalhafatoso; estudiosa, horrorosa, dengosa.
Se a palavra original for oxítona e terminar em e tônico,
• no sufixo -isa, na indicação de ocupação feminina: poetisa, prevalecerão as terminações eano e eense: guineense (de
profetisa, pitonisa, papisa. Guiné-Bissau).
• na conjugação dos verbos pôr e querer e derivados: pus, 1) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
pusera, pusesse, puséssemos; quis, quisera, quisesse, qui- grafadas corretamente:
séssemos.
a) gelo, exemplo, basar
• nas palavras: abuso, asa, asilo, atrás, através, bis, brasa, b) pressa, giló, exceção
brasão, colisão, decisão, extravasar, evasão, fusível, hesitar, c) beringela, enxugar, máximo
lilás, revisão, rasura, catequese, gás, gasolina, dose, jesuíta, d) xadrez, piscina, encharcar
usina, usura, vaso.
• nas palavras que derivam de outra em que já existe z: a) João trabalha como camelô na Praça da República;
b) Aos poucos ele sentia a Morte chegar;
baliza - abalizado, balizado, balizador c) Em Março, encerram-se as chuvas de verão;
gozo - gozar, gozação, gozador d) Muitas instituições recebem ajuda no Natal.
raiz - enraizar, raizame
razão - razoável, arrazoado
3) Assinale a alternativa que contém uma palavra mal grafa-
• nos sufixos -ez, -eza, formadores de substantivos abstratos da:
derivados de adjetivos: avaro, avareza; certo, certeza; inváli-
do, invalidez; macio, maciez; nobre, nobreza; rígido, rigidez; a) antebraço, criolina, anticristão
singelo, singeleza; viúvo, viuvez. b) geada, abençoe, apear
c) possui, digladiar, disenteria
• nos sufixos -izar (formador de verbos) e –ização (formador d) antiestético, periquito, mexerico
de substantivos):
paralisia - paralisar
abuso - abusar 5) Meu vizinho ................ uma ............. .Ontem, algumas
pesquisa - pesquisar galinhas ......... e isso o deixou com uma enorme.............. .
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Língua Portuguesa
8) O ............... que possuo não cobrirá a ................ que devo
pagar amanhã. 4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
a) cheque; tacha
b) xeque; tacha
c) cheque; taxa 1) Acentuação dos monossílabos tônicos
d) xeque; taxa
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:
9) Apenas uma frase das alternativas abaixo está correta • - a, - as: má, más; pá, pás
quanto à ortografia. Aponte-a: • - e, - es: fé, mês, dê, pés
• - o, - os: pó, sós, dó, pôs
a) A fábrica dispensou vários funcionários por contensão de
despesas; Observação: Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do
b) Haverá aula nas férias por causa da paralização dos pro- plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir.
fessores;
c) A mãe castigou o filho, após a sua suspensão na escola; Exemplos: eles têm, eles vêm
d) Gosto de pizza meia mussarela e meia calabreza.
2) Acentuação dos vocábulos oxítonos
10) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos
vocábulos: cateque.....e; bati.....ar; discu.....ão; e.....pontâneo. Acentuam-se os vocábulos oxítonos terminados em:
Observações:
11) Aponte a alternativa correta:
1 - Algumas formas verbais seguidas de pronome são incluí-
a) esceder, extravagante, exceção, esplendor das nesta regra: revê-lo, amá-lo, compô-lo.
b) exceder, extravagante, exceção, esplendor
c) exceder, estravagante, exeção, explendor 2 - Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do
d) exceder, estravagante, exceção, explendor presente do indicativo dos compostos dos verbos ter e vir:
eles obtêm, eles retêm.
12) Assinale a alternativa que contém uma palavra mal grafa- 3) Acentuação dos vocábulos paroxítonos
da:
Acentuam-se os vocábulos paroxítonos terminados em:
a) goela, acudir, bulir
b) bússola, tábua, poleiro • ã, - ãs, - ão, - ãos: ímã, órfãs, órgão, órgãos
c) caos, jaboti, zoada • i, - is, - us: júri, tênis, vírus
d) régua, toalha, cochicho • l, - n, - r, - x, - ps: amável, pólen, néctar, látex, bíceps
• um, - uns: álbum, álbuns
• ditongo: ânsia, régua, sério, nódoa, bênção, níveis
13) Assinale a alternativa que preencha corretamente as
lacunas: Observação: Os prefixos paroxítonos terminados em i e r não
são acentuados: semi-eixo, super-homem.
I - Após o ........, abandonou o jogo e pediu um ............... .
II - O vereador foi .............. de desonesto. 4) Acentuação dos vocábulos proparoxítonos
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Língua Portuguesa
Não se acentuam os ditongos abertos –ei e –oi nas pala- a) oxítona terminada em i, oxítona terminada em a e monos-
vras paroxítonas. sílabo tônico terminado em a.
b) hiato, oxítona terminada em a e monossílabo tônico em a.
Exemplos: assembleia, ideia, colmeia, Coreia, paranoia, jiboi- c) ditongo tônico, trissílabo tônico e monossílabo tônico.
a, heroico, etc. d) hiato, trissílabo tônico, monossílabo átono.
6) Acentuação dos hiatos 2) Assinale a opção em que todas as palavras são acentua-
das pela mesma regra de “ninguém”, “solúvel” e “mártir”,
Acentuam-se as oxítonas terminadas em i e u, seguidas respectivamente:
ou não de s. a) hífen, temível, índice
b) ínterim, níveis, hábil
Exemplos: Piauí, piraiú, tuiuiús. c) contém, inverossímil, caráter
d) armazém, abdômen, calvície
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com
a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompa- 3) Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é
nhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "- acentuada graficamente:
nh".
a) juizes, alibi, paul
Exemplos: b) amendoa, ruim, doce
c) taxi, rainha, miudo
sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de d) urubu, item, rubrica
Conforme o Acordo Ortográfico, não se acentuam: 4) Os dois vocábulos de cada alternativa devem ser acentua-
dos graficamente, exceto:
• o hiato –oo: voo, enjoo, perdoo, abençoo.
a) faisca, halito
• o hiato –ee dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados b) forceps, azaleas
na terceira pessoa do plural: creem, deem, leem, veem, des- c) ambar, epopeia
creem, releem. d) Pacaembu, higiene
• o –i e –u tônicos das palavras paroxítonas quando precedi- 5) Assinale o uso correto quanto ao acento diferencial:
das de ditongo: feiura, saiinha, baiuca.
a) O menino nervoso pára de repente.
7) Acentuação dos grupos gue, gui, que, qui b) Toda manhã, ela côa o café.
c) Gosto de pêra madura.
Conforme o Acordo Ortográfico, desaparece o acento d) Preciso pôr as coisas em ordem.
agudo em algumas formas dos verbos apaziguar, arguir,
averiguar, obliquar. Mas mesmo sem o acento agudo, a 6) Assinale a forma incorreta quanto à acentuação:
pronúncia das palavras em que ele era usado não sofre alte-
ração. a) Eles leem o jornal todos os dias.
b) As meninas têm muitos brinquedos.
Exemplos: argui, apazigue, averigue, enxague, oblique. c) Os jovens crêem no futuro.
d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo.
8) Acento diferencial
7) Assinale a forma verbal mal acentuada:
Conforme o Acordo Ortográfico, o acento diferencial per-
manece nos homógrafos: a) distribuí-los
b) chamá-la
• pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do c) partí-lo
verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do indi- d) recompô-las
cativo).
8) Assinale a alternativa em que todos os hiatos não preci-
• pôr (verbo) em oposição a por (preposição). sam ser acentuados:
• fôrma (substantivo) e forma (verbo formar). Poderá ser a) raíz, taínha, caírdes
usado fôrma para distinguir de forma, mas não é obrigatório. b) paúl, juízo, ateísmo
c) juíz, Raúl, balaústre
Não se acentuam as palavras paroxítonas que são homó- d) raínha, caída, Avaí
grafas.
9) Assinale a alternativa incorreta quanto à acentuação:
Exemplos: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo
(substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo). a) herói
b) heroico
c) jóia
EXERCÍCIOS d) centopeia
1) As palavras Jundiaí, Macapá e já são acentuadas por 10) Uma das palavras abaixo não é proparoxítona, portanto
serem, respectivamente: não pode ter acento.
Aponte-a:
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Língua Portuguesa
a) ínterim
b) rúbrica
c) ênfase 5. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
d) ícone
a) pêso
b) pôde
c) êste SUBSTANTIVO
d) tôda
14) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, ani-
acentuados por serem oxítonos: mais, lugares, coisas ou seres em geral.
15) Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação 2) Próprio: é o substantivo que dá nome a um ser da mesma
gráfica: espécie: Júlia, Brasil, Copacabana, Tatuapé.
a. Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que, para 3) Concreto: é o substantivo que designa seres de existência
ser eficaz, o chicote, anátema da sociedade colonial, não real ou que a imaginação representa: mulher, pedra, Deus,
precisava bater sobre as costas de todos os escravos. fada, lobisomem.
b. A diferença de ótica entre os díspares movimentos que
reivindicam um mesmo amor à natureza se enraízam para 4) Abstrato: é o substantivo que designa qualidade ou sen-
além das firulas das discussões político-partidárias. timento, ação e estado dos seres, dos quais se podem abs-
c. No âmago do famoso santuário, erguido sob a égide dos trair (separar) e sem os quais não poderiam existir: beleza,
conquistadores, repousam enormes caixas cilíndricas de coragem, brancura (qualidades), viagem, estudo, doação,
oração em forma de mantras, onde o novel na fé se purifica. esforço, fuga (ações), amor, saudade, alegria, dor, fome
d. O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é (sentimentos, sensações), vida, morte, cegueira, doença
uma tolice inaceitável, mesmo em um paradígma de educa- (estados).
ção deficitária em relação aos menos favorecidos.
5) Simples: é o substantivo formado por um só elemento
16) Assinale o item em que ocorre erro ortográfico: (radical): discos, flor, vitrola, couve.
a) ele mantém / eles mantêm 6) Composto: é o substantivo formado por mais de um ele-
b) ele dê / eles deem mento: couve-flor, guarda-chuva, pingue-pongue, pé-de-
c) ela contém / elas contêm moleque, passatempo.
d) ele contém / eles contêem
7) Primitivo: é o substantivo que foi criado antes de outros
no uso corrente da língua: livro, pedra, dente, flor.
RESPOSTAS
1-B 2-C 3-D 4-D 8) Derivado: é o substantivo que foi criado depois de outro
no uso corrente da língua: livreiro, pedreiro, dentista, florista.
5-D 6-C 7-C 8-A
9-C 10 - B 11 - D 12 - A
9) Coletivo: é o substantivo que representa um conjunto de
13 - B 14 - A 15 - D 16 - D
seres da mesma espécie: álbum, esquadrilha.
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Língua Portuguesa
Alguns coletivos mais comuns: manada: de animais de grande porte
matilha: de cães
Grupos de pessoas ninhada: de filhotes de animais
nuvem: de insetos (gafanhotos, mosquitos, etc)
assembleia: de pessoas reunidas, de parlamentares panapaná: de borboletas
auditório: de ouvintes ramalhete: de flores
banca: de examinadores rebanho: de gado
banda: de músicos récua: animais de carga
bando: de desordeiros, malfeitores réstia: de alho ou cebola
batalhão: de soldados revoada: de pássaros
cabido: de cônegos tropilha: de cavalos
câmara: de vereadores, parlamentares vara: de porcos
camarilha: de bajuladores
cambada: de desordeiros
caravana: de viajantes, peregrinos Outros grupos
caterva: de desordeiros, malfeitores
choldra: assassinos, malfeitores acervo: de obras de arte
claque: de pessoas pagas para aplaudir alameda: de árvores (em linha)
clero: de religiosos alfabeto: de letras
colônia: de imigrantes, migrantes antologia: de textos literários ou científicos
comitiva: de acompanhantes armada: de navios de guerra
coorte: de pessoas armadas arquipélago: de ilhas
corja: de ladrões, malfeitores arsenal: de armas, munições
corpo: de eleitores, alunos, jurados atlas: de mapas
corpo docente: de professores baixela: de objetos de mesa
coro: de cantores bateria: peças de guerra ou de cozinha; instrumentos de
elenco: de atores de uma peça, filme etc. percussão
exército: de soldados biblioteca: de livros catalogados
falange: tropas, anjos, heróis cinemateca: de filmes
filarmônica: de músicos (sociedade musical) constelação: de estrelas
grêmio: de estudantes cordilheira: de montanhas
guarnição: de soldados (que guarnecem um lugar) enxoval: de roupas
hoste: de soldados (inimigos) esquadra: de navios de guerra
irmandade: de membros de associação religiosa esquadrilha: de aviões
junta: de médicos, examinadores federação: de estados
júri: de jurados frota: de navios, aviões, veículos
legião: de soldados, anjos, demônios galeria: de estátuas, quadros
leva: de presos, recrutas hemeroteca: de jornais e revistas arquivados
malta: de malfeitores, desordeiros molho: de chaves
multidão: de pessoas em geral pinacoteca: de quadros
orquestra: de músicos trouxa: de roupas
pelotão: de soldados vocabulário: de palavras
piquete: de grevistas
plantel: de atletas
plateia: de espectadores GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS
plêiade: de poetas, artistas
população: de habitantes Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar o
prole: de filhos
quadrilha: ladrões, malfeitores sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa são dois
roda: de pessoas em geral os gêneros: o masculino e o feminino.
romaria: de peregrinos
ronda: de policiais em patrulha
súcia: de desordeiros, marinheiros FORMAÇÃO DO FEMININO
tertúlia: de amigos, intelectuais
tribo (nação): de índios De modo geral, forma-se o feminino substituindo-se a
tripulação: de marinheiros, aeroviários desinência "o" pela desinência "a": menino, menina; gato,
tropa: de soldados, pessoas gata.
turma: de estudantes, trabalhadores, pessoas em geral
Todavia, os processos de formação são bem variados:
Grupos de animais ou vegetais
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Língua Portuguesa
Substantivos que merecem destaque quanto ao gênero: 2) Sobrecomuns: designam pessoas com uma forma única
para o masculino e feminino:
Masculino Feminino
o apêndice a aguardente o cadáver (homem ou mulher); a vítima (homem ou mulher);
o cônjuge (homem ou mulher); a criança (menino ou menina).
o bólido a alface
o champanha a apendicite
o clã a aluvião 3) Comuns de dois gêneros: sob uma só forma designam
os indivíduos dos dois sexos, sendo auxiliados pelo artigo,
o dó a bólide
adjetivo ou pronome:
o eclipse a cal
o eczema a cataplasma o colega, a colega; artista famoso, artista famosa; esse
o estratagema a cólera pianista, essa pianista; o repórter, a repórter.
o formicida a comichão
o gengibre a derme
o guaraná a dinamite NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS
o lança-perfume a elipse
o magma a entorse
o milhar a gênese Em português, há dois números gramaticais: o singular,
o proclama a libido que indica um ser ou um grupo de seres: ave, bando; e o
o saca-rolhas a matinê plural, que indica mais de um ser ou um grupo de seres:
o sósia a omelete aves, bandos.
o teorema a omoplata
o trema a sentinela Os substantivos flexionam-se no plural conforme as re-
gras:
Substantivos que admitem os dois gêneros
1ª) Pelo acréscimo no plural de "s", o que se dá se o subs-
o ágape ou a ágape tantivo terminar em vogal ou ditongo oral: asa, asas; táxi,
o caudal ou a caudal táxis; tubo, tubos; baú, baús; véu, véus.
o diabete(s) ou a diabete(s)
o laringe ou a laringe
2ª) Pelo acréscimo de "es" ao singular nos terminados em
o personagem ou a personagem
o usucapião ou a usucapião "r" ou "z": colher, colheres; dólar, dólares; amor, amores;
cruz, cruzes; giz, gizes.
Substantivos com mudança de sentido na mudança 3ª) Os substantivos terminados em "al", "el", "ol", "ul" plu-
de gênero ralizam-se trocando o "l" final por "is": jornal, jornais; anel,
anéis; anzol, anzóis; azul , azuis; álcool, alcoóis.
Há substantivos que são masculinos ou femininos, con-
forme o sentido com que se achem empregados. 4ª) Os terminados em "il" admitem duas formas:
Masculino Feminino – os oxítonos mudam "il" em "is": barril, barris; funil, funis;
o águia: pessoa de grande a águia: ave de rapina
inteligência ou sutileza.
– os paroxítonos mudam "il" para "eis": fóssil, fósseis; réptil,
o cabeça: chefe, líder a cabeça: parte do corpo
o capital: dinheiro a capital: cidade principal répteis.
o caixa: pessoa que trabalha em a caixa: objeto
tal seção. 5ª) Os terminados em "m" trocam esta letra por "ns": nuvem,
o cisma: separação a cisma: idéia fixa, des- nuvens; fim, fins.
confiança
o cura: padre a cura: restabelecimento 6ª) Os terminados em "s" monossílabos ou oxítonos formam
o estepe: pneu reserva a estepe: planície de ve- o plural acrescentando-se "es": inglês, ingleses; lilás, lilases;
getação herbácea. gás, gases.
o grama: unidade de massa a grama: relva
o guarda: vigilante a guarda: vigilância 7ª) Os terminados em "s" paroxítonos ou proparoxítonos são
o guia: pessoa que orienta a guia: documento invariáveis: o lápis, os lápis; o atlas, os atlas; o ônibus, os
o lente: professor a lente: o disco de vidro ônibus.
o lotação: veículo a lotação: capacidade
o moral: ânimo a moral:ética 8ª) Os terminados em "x" são invariáveis: o tórax, os tórax; o
o rádio: aparelho a rádio: estação
fênix, os fênix.
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Língua Portuguesa
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS GRAU DOS SUBSTANTIVOS
Existem quatro hipóteses: Grau dos substantivos é a propriedade que essas pala-
vras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres.
1ª) Pluralizam-se os dois elementos formados por:
São dois os graus do substantivo:
– substantivo + substantivo: couve-flor, couves-flores.
– substantivo + adjetivo: amor-perfeito, amores-perfeitos. 1) Aumentativo: forma-se com os sufixos aço, alha, arra,
– adjetivo + substantivo: bom-dia, bons-dias. ázio, ona, ão, az, etc.: garrafão, papelão, cartaz (carta), la-
– numeral + substantivo: segunda-feira, segundas-feiras. dravaz (ladrão), lobaz (lobo), ricaço, balaço, barcaça, mulhe-
raça, vidraça, dramalhão (drama), vagalhão (vaga), balázio
2ª) Apenas o segundo elemento varia: (bala), copázio (copo), pratázio (prato), beiçorra (beiço), ca-
beçorra (cabeça), manzorra (mão), vozeirão (voz), homenzar-
– verbo + substantivo: guarda-roupa, guarda-roupas. rão, canzarrão, bocarra (boca), naviarra (navio).
– palavra invariável ou prefixo + palavra invariável: sempre-
viva, sempre-vivas; ex-diretor, ex-diretores. 2) Diminutivo: forma-se com os sufixos acho, ebre, eco,
– palavras repetidas: reco-reco, reco-recos. ico, inho, ito, ejo, etc.: mosquito, cabrito, senhorita, fogacho
(fogo), riacho, populacho, penacho (pena), animálculo (ani-
3ª) Apenas o primeiro elemento varia: mal), febríola (febre), gotícula (gota), versículo (verso), montí-
culo (monte), partícula (parte), radícula (raiz), glóbulo (globo),
– com preposição expressa: pé-de-moleque, pés-de- célula (cela), animalejo, lugarejo, vilarejo, ilhota, fortim (forte),
moleque; mão-de-obra, mãos-de-obra. espadim (espada), camarim (câmara), casebre (casa).
– quando o segundo elemento indica finalidade ou semelhan- Observação: O diminutivo pode exprimir carinho ou despre-
ça do primeiro: sofá-cama, sofás-cama; peixe-boi, peixes-boi. zo. (carinho: filhinho, mãezinha. desprezo: padreco, jorna-
leco, lugarejo)
4ª) Os dois elementos ficam invariáveis:
O grau aumentativo exprime um aumento do ser relativa-
– verbo + advérbio: o bota-fora, os bota-fora. mente ao seu tamanho normal. Pode ser formado sintética ou
analiticamente.
– verbo + substantivo no plural: o saca-rolhas, os saca-rolhas.
1º) Aumentativo sintético: forma-se com sufixos especiais:
OBSERVAÇÕES: copázio (copo), barcaça (barca), muralha (muro).
a) A palavra "guarda" pode ser substantivo ou verbo: quando 2º) Aumentativo analítico: forma-se com o auxílio do adjeti-
é verbo (verbo guardar), fica invariável; quando é substantivo vo grande, e de outros do mesmo sentido: letra grande, pe-
(o homem que guarda), vai para o plural. dra enorme, estátua colossal.
verbo substantivo O grau diminutivo exprime um ser com seu tamanho nor-
os guarda – chuvas mal diminuído. Pode ser formado sintética ou analiticamente.
os guarda – comidas
os guarda – sóis 1º) Diminutivo sintético: forma-se com sufixos especiais:
casebre (casa), livreco (livro), saleta (sala).
substantivo adjetivo
os guardas – florestais 2º) Diminutivo analítico: forma-se com o adjetivo pequeno,
os guardas – civis ou outros equivalentes: chave pequena, casa pequenina,
os guardas – noturnos semente minúscula.
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Língua Portuguesa
3) A alternativa em que o plural dos nomes compostos está ADJETIVO
empregado corretamente é:
a) pé-de-moleques/ beija-flores/ obras-primas/ navios-escolas. São palavras que indicam qualidade, propriedade ou
b) pés-de-moleques/ beija-flores/ obras-primas/ navios-escolas. estado do ser.
c) pés-de-moleque/ beija-flores/ obras-primas/ navios-escola.
d) pé-de-moleques/ beijas-flores/ obras-primas/ navios-escola. Exemplo: Meu caderno novo já está sujo.
e) pés-de-moleque/ beijas-flores/ obra-primas/ navio-escolas.
O adjetivo pode ser expresso através de duas palavras: é
4) O plural dos nomes compostos está correto em todas as
o que se chama de locução adjetiva.
alternativas, exceto em:
Locução adjetiva Adjetivo
a) Ela gosta de amores-perfeitos e cultiva-os.
de abdômen abdominal
b) Os vice-diretores reunir-se-ão na próxima semana.
de abelha apícola
c) As aulas serão dadas às segundas-feiras.
de açúcar sacarino
d) Há muitos beijas-flores no meu quintal.
de agricultor agrícola
e) Há vários cafés-concerto nesta avenida.
de água aquático, hidráulico
de aluno discente
5) Assinale a alternativa em que o substantivo composto não
de anjo angelical
esteja corretamente flexionado no plural.
de bexiga cístico, vesical
de cabeça cefálico
a) Aqui, os pés de vento levantam telhados.
de calor térmico
b) Há tempo eu não via bem-te-vis de pele e osso.
de cônjuge conjugal
c) Dois tecos-tecos sobrevoam o local do acidente.
de corpo corporal, corpóreo
d) Nos vaivens da burocracia, foi-se o meu precioso tempo.
de costas dorsal
e) Não aguento mais os entra e sai nesta casa.
de ensino didático
de estômago estomacal, gástrico
6) Assinale a alternativa incorreta quanto ao gênero das pala-
de febre febril
vras.
de filho filial
de gelo glacial
a) A ordenança teve seu salário diminuído.
de homem humano
b) O lança-perfume foi proibido no Carnaval.
de irmão fraternal, fraterno
c) Apesar da ameaça, não explodiram o dinamite.
de lago lacustre
d) O eclipse da Lua era esperado com muito interesse.
de leite lácteo, láctico
e) O champanha está quente.
de mãe materno, maternal
de pele cutâneo
7) O diminutivo de balão é balãozinho. Mas o plural de balão-
de sangue hemático, sangüíneo
zinho deve ser:
de tórax torácico
de voz vocal
a) balãozinhos d) balõeszinhos
b) balãoszinhos e) balõeszinho
c) balõezinhos
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Língua Portuguesa
FORMAÇÃO DO ADJETIVO Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superi-
oridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São elas: bom -
Quanto à formação, o adjetivo pode ser: melhor, mau - pior, grande - maior, pequeno - menor.
1) Primitivo (o que não deriva de outra palavra): bom, forte, O grau superlativo divide-se em:
feliz.
1º) Absoluto:
2) Derivado (o que deriva de substantivos ou verbos): famo-
so, carnavalesco. a) Analítico:
A menina é muito bela.
3) Simples: brasileiro, escuro, etc.
b) Sintético:
4) Composto: castanho-claro, azul-marinho. A menina é belíssima.
2º) Os componentes sendo palavra invariável + adjetivo, O superlativo absoluto analítico dá-se por meio de advér-
somente este último se flexionará: menino mal-educado, bios de intensidade que precedem o adjetivo.
meninos mal-educados.
Alguns adjetivos possuem formas literárias, cultas, de
3º) Os compostos de adjetivo + substantivo são invariáveis: superlativo absoluto sintético:
farda verde-oliva, fardas verde-oliva; terno amarelo-canário,
ternos amarelo-canário. acre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . acérrimo
agudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... acutíssimo
4º) Invariáveis ficam também as locuções adjetivas formadas amargo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . amaríssimo
de cor + substantivo: vestido cor-de-rosa, vestidos cor-de- amigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. amicíssimo
rosa. áspero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . aspérrimo
célebre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . celebérrimo
comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . comuníssimo
GRAU DO ADJETIVO cristão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cristianíssimo
cruel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. crudelíssimo
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades difícil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . dificílimo
dos seres. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o doce . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .dulcíssimo
superlativo. dócil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . docílimo
fácil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . facílimo
O grau comparativo pode ser: feio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . feiíssimo
feliz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. felicíssimo
1º) De Igualdade: feroz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ferocíssimo
A casa é tão antiga quanto o homem. fiel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. fidelíssimo
frágil. . . . . . . . . . . . . . .. .fragílimo, fragilíssimo
2º) De Superioridade: frio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... frigidíssimo
A casa é mais antiga do que o homem. grande . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . máximo
humilde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . humílimo
3º) De Inferioridade: incrível . . . . . . . . . . . . . . . . .... incredibilíssimo
A casa é menos antiga do que o homem. inimigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . .inimicíssimo
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Língua Portuguesa
legal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .legalíssimo 6) Marque:
livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. libérrimo
magro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... macérrimo a) se I e II forem verdadeiras.
mal. . . . . . . . . . . . . . . . . .malíssimo, péssimo b) se I e III forem verdadeiras.
negro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . nigérrimo c) se II e III forem verdadeiras.
nobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nobilíssimo d) se todas forem falsas.
pequeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . mínimo
pobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . paupérrimo "... eu não sou propriamente um autor defunto, mas um de-
provável . . . . . . . . . . . . . . . . .. probabilíssimo funto autor."
sábio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. sapientíssimo
sagrado . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . sacratíssimo I. no primeiro caso, autor é substantivo; defunto é adjetivo.
simples . . . . . . . . . . . . . . . . ... . simplicíssimo II. no segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivo.
terrível . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . terribilíssimo III. em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.
veloz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . .velocíssimo
a) "Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem 9) Aponte a alternativa que possua um adjetivo biforme e um
aonde ir..." adjetivo uniforme respectivamente:
b) "O cego de Ipanema representava naquele momento todas
as alegorias da noite escura da alma..." a) interior - hipócrita
c) "Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do b) cru - europeu
álcool." c) são - audaz
d) "Naquele instante era só um pobre cego." d) paulista - mau
e) "... da Terra que é um globo cego girando no caos."
3) Não se flexionam os compostos abaixo, em qualquer de 10) Assinale a alternativa incorreta quanto à formação do
seus elementos, exceto: plural dos adjetivos compostos:
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Língua Portuguesa
ARTIGO – Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.
Dividem-se os artigos em: Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade,
conforme venham ou não precedidos de artigo.
definidos: o, a, os, as
indefinidos: um, uma, uns, umas. Exemplo: Vou a Paris.
Vou à Paris dos museus.
Os definidos determinam os substantivos de modo preci-
so, particular: Viajei com o médico. 3ª) Toda cidade / toda a cidade.
• O artigo transforma qualquer palavra em substantivo. Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito
é obrigatória a ocorrência do artigo.
o pobre (adjetivo = pobre)
↓ Exemplo: Aplaudiram a tua decisão e não a minha.
palavra substantivada
5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas deci-
o sim (advérbio = sim) sões.
↓
palavra substantivada No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois
do substantivo.
• O artigo distingue os homônimos e define o seu significado:
Exemplos: Tomou decisões as mais oportunas.
o caixa (pessoa) a caixa (objeto) Tomou as decisões mais oportunas.
Exemplo: Ambas as mãos são perfeitas. Exemplo: Faz uns dez anos que saí de lá.
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Língua Portuguesa
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com pre-
posições: de + o = do, de + a = da, etc. NUMERAL
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas
(dum e num) ou separadas (de um, em um). Numeral é uma palavra que exprime número de ordem,
múltiplo ou fração.
Exemplos: Estava em uma cidade grande. ou
Estava numa cidade grande. CLASSIFICAÇÃO DO NUMERAL
a) Afinal, estamos em .......... Brasil ou em .......... Portugal? b) ordinal: indica a ordem dos seres numa determinada
b) Viajamos para .......... Estados Unidos, fora isso nunca série: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto ...
saímos de .......... casa.
c) Todos .......... casos estão sob controle. c) multiplicativo: indica uma quantidade multiplicada do
d) Toda .......... família estrangeira que vem para o Brasil mesmo ser: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo ...
procura logo seus parentes.
e) Todos .......... vinte jogadores estão gripados. d) fracionário: indica em quantas partes a quantidade foi
f) Todos .......... quatro saíram. dividida: meio, terço, quarto, quinto. . .
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Língua Portuguesa
EMPREGO DOS NUMERAIS EXERCÍCIOS
1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos 1) O ordinal trecentésimo septuagésimo corresponde a:
ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série de 1 a
10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o nume- a) 37 b) 360 c) 370
ral venha depois do substantivo.
2) O ordinal nongentésimo quinquagésimo corresponde a:
Exemplos: D. Pedro II (segundo),
Luís XV (quinze), a) 95 b) 950 c) 9050
D. João VI (sexto),
João XXIII (vinte e três), 3) O ordinal quingentésimo octogésimo corresponde a:
Pio X (décimo),
Capítulo XX (vinte). a) 58 b) 580 c) 588
2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, 4) O ordinal quadragésimo oitavo corresponde a:
usam-se sempre os ordinais.
a) 480 b) 448 c) 48
Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo
século. 5) Em todas as frases abaixo, os numerais foram corretamen-
te empregados, exceto em:
3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros
textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardi- a) O artigo vinte e cinco deste código foi revogado.
nal. b) Seu depoimento foi transcrito na página duzentos e vinte e
dois.
Exemplos: artigo 1º (primeiro), artigo 12 (doze). c) Ainda não li o capitulo sétimo desta obra.
d) Este terremoto ocorreu no século dez antes de Cristo.
4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de
seres dá-se o nome de numerais coletivos. 6) Em todas as frases abaixo, a palavra grifada é um nume-
ral, exceto em:
Exemplos: dúzia, centena.
a) Ele só leu um livro este semestre.
5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos b) Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este servi-
deve ser feita da seguinte forma: ço.
c) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você.
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção d) Você quer uma ou mais caixas deste produto?
e entre eles.
7) Assinale os itens em que a correspondência cardinal /
Exemplos: 94 = noventa e quatro ordinal está incorreta; em seguida, faça a devida correção.
743 = setecentos e quarenta e três.
a) 907 = nongentésimo sétimo
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre b) 650 = seiscentésimo quingentésimo
o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a c) 804 = octingentésimo quadragésimo
centena). d) 321 = trigésimo vigésimo primeiro
e) 750 = setingentésimo quinquagésimo
Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.
8) Assinale a incorreta quanto aos numerais empregados:
Obs.: se a centena começar por zero, o emprego do e é
obrigatório. a) Você deve ler o parágrafo segundo.
b) D. Pedro primeiro foi o príncipe regente.
Exemplo: 5062 = cinco mil e sessenta e dois. c) Releia o artigo décimo terceiro.
d) Cláudia encenará o capítulo quinto.
Será também obrigatório o emprego do e se a centena
terminar por zeros. 9) Aponte a alternativa correta:
a) 637º – seiscentos e trinta e sete
Exemplo: 2300 = dois mil e trezentos. b) 981º – nonagésimo octingentésimo primeiro
c) 123º – centésimo ducentésimo terceiro
c) Se houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e d) 444º – quadringentésimo quadragésimo quarto
entre cada um dos grupos.
10) As palavras quíntuplo e quinto são respectivamente:
Exemplo: 5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cin- a) ambos multiplicativos
quenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta. b) multiplicativo e fracionário
c) ambos fracionários
6ª) Formas variantes: d) fracionário e multiplicativo
Alguns numerais admitem formas variantes como cator-
ze/ quatorze, bilhão / bilião. RESPOSTAS
1-C 2-B 3-B 4-C 5-D 6-C
Nota: As formas cincoenta (50) e hum (1) são erradas. 7 – b) seiscentésimo quinquagésimo
Formas corretas: O cheque é de cinquenta reais. c) octogentésimo quarto
O anel custou um mil reais. d) trecentésimo vigésimo primeiro
8-C 9-D 10 - B
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Língua Portuguesa
FORMAS DE TRATAMENTO
PRONOMES
Entre os pronomes pessoais incluem-se os chamados
pronomes de tratamento, que se usam no trato cortês e ceri-
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o subs- monioso das pessoas.
tantivo indicando as pessoas do discurso. O pronome pode
funcionar como: Quadro dos pronomes de tratamento
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Língua Portuguesa
PRONOMES DEMONSTRATIVOS PRONOMES RELATIVOS
São os que indicam o lugar, a posição, ou a identidade São os que representam seres já citados na frase, servin-
dos seres, relativamente às pessoas do discurso. Exemplos: do como elemento de ligação (conectivo) entre duas orações.
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro Exemplos:
está perto da pessoa que fala.
Os romanos escravizavam os soldados que eram derro-
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro tados.
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
que fala.
Quadro dos pronomes relativos
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. pronomes relativos
variáveis invariáveis
Quadro dos pronomes demonstrativos
o qual, os quais, a qual, as quais que
cujo, cujos, cuja, cujas quem
pronomes demonstrativos quanto, quantos, quanta, quantas onde
1ª pessoa este, esta, estes, estas, isto
2ª pessoa esse, essa, esses, essas, isso VALOR DOS PRONOMES NA ORAÇÃO
3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo Os pronomes podem ser pronomes substantivos ou pro-
nomes adjetivos.
– 30 –
Língua Portuguesa
4º) Os processos oblíquos (me, te, se, o, a, nos, vos) podem 13º) Reflexivo é o pronome oblíquo que projeta o sujeito do
funcionar como sujeito no infinitivo. mesmo verbo.
Exemplos: Vossa Majestade é bondoso (para o rei). 4º) Os possessivos seu(s), sua(s) tanto podem referir-se à 3ª
Vossa Majestade é bondosa (para a rainha). pessoa (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa, do discurso
(seu pai = o pai de você).
O pronome de tratamento precedido de vossa, cabe à
pessoa com quem se fala; precedido de sua, cabe à pessoa Por isso toda vez que os ditos possessivos derem mar-
de quem se fala. gem à ambiguidade, devem ser substituídos pelas expres-
sões dele(s), dela(s).
Exemplos: Vossa Excelência queira tomar a palavra. (falando Você sabe bem que eu não sigo a opinião dele.
com uma alta autoridade)
Sua Excelência não compareceu. 5º) Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-
(falando de uma alta autoridade) los pelos pronomes oblíquos comunica à frase desenvoltura e
elegância
Em ambos os casos, tais pronomes comportam-se como
de 3ª pessoa gramatical. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
9º) Os pronomes o, a, os, as são usados como objeto direto. 6º) Além da ideia de posse, podem ainda os possessivos
O pronome lhe (lhes) é usado como objeto indireto. exprimir:
11º) Precedidos da preposição com, os pronomes nós e vós, 3) o mesmo que os indefinidos certo, algum:
combinam-se com ela, exceto se vierem seguidos de outros, Cornélio, como sabemos, teve suas horas amargas.
todos, mesmos, próprios.
4) afetividade, cortesia:
Exemplos: Deixaram o recado conosco.
Deixaram o recado com nós mesmos.
Como vai, meu menino?
12º) Nós e vós podem ser empregados em lugar de eu e tu No plural se usam os possessivos substantivados no
em situações de cerimônia ou, no caso de nós, por modéstia. sentido de parentes, família:
Exemplo: Vós sois sábio, ó Deus! É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
– 31 –
Língua Portuguesa
Podem os possessivos serem modificados por um advér- 2º) O pronome relativo que pode ter por antecedente o de-
bio de intensidade: monstrativo o (a, os, as).
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão Exemplo: Sei o que digo.
seu, quando não sabia o que dizer.
3º) O pronome relativo que nem sempre equivale a o qual (a
Quando desnecessários, omitem-se os pronomes pos- qual, os quais, as quais), sobretudo em situações em que
sessivos, principalmente antes de nomes de partes do corpo: vem marcado com acento tônico.
Estendi o braço para apanhar a flor.
Exemplo: São estes os critérios conforme os quais vamos
USO DO PRONOME DEMONSTRATIVO julgar (conforme que não é aceitável).
1º) Tanto no espaço quanto no tempo este designa posição 4º) Cujo (cuja, cujos, cujas) equivale a do qual (da qual,
próxima à pessoa que fala (1ª). dos quais, das quais) e indica que o nome a que se refere é
propriedade do antecedente.
Exemplos: Moro nesta casa. Chegou neste minuto.
Exemplo: Afirmam fatos cuja veracidade reconheço.
2º) Esse designa posição próxima com quem se fala (2ª) ou Obs.: Há situações em que o pronome cujo (cuja, cujos,
um certo distanciamento da pessoa que fala. cujas) intercala-se entre uma preposição e o complemento
que ela rege.
Exemplos: Morei nessa casa aí.
O ano passado foi penoso, nessa época perdi o Exemplo: Afirmam fatos de cuja veracidade desconfio.
emprego.
5º) Quanto (quanta, quantos, quantas), como pronome
3º) Aquele designa posição próxima de quem se fala (3ª) ou relativo, tem por antecedente tudo, todo, toda, etc.
distante dos interlocutores.
Exemplo: Recolheu tudo quanto viu.
Exemplos: Veja aquela estrela lá no alto.
6º) Onde, pronome relativo, equivale a em que, na qual.
Obs.: No interior do discurso, este refere-se ao elemento
anterior mais próximo, aquele ao mais distante. Exemplo: Esta é a terra em que habita.
Exemplo: O homem e a mulher têm direitos iguais, mas esta 7º) Quem, quanto, onde, usados sem antecedentes, costu-
é mais tolhida do que aquele. mam ser classificados como pronomes relativos indefinidos.
4º) Os pronomes o, a, os, as como demonstrativos, equiva- Exemplo: Quem atravessou, foi multado.
lem a aquilo, aquela, aqueles, isto, etc.
USO DO PRONOME INDEFINIDO
Exemplo: Não se negou o que eu disse. (o = aquilo)
1) algum
5º) Mesmo e próprio designam algo idêntico a outro que já
ocorreu anteriormente, ou coisas idênticas entre si. Anteposto ao substantivo, tem significação positiva; pro-
posto, apresenta valor negativo:
Exemplo: Fui visitar o museu e vi que era o mesmo de vinte
anos atrás. Algum amigo os traiu. (= um amigo)
Amigo algum os traiu. (=nenhum amigo)
São usados como reforço dos pronomes pessoais.
2) cada
Exemplo: Eu mesmo resolvi o caso.
Mesmo e próprio concordam com o nome a que se refe- Pode apresentar-se na frase com valor:
rem.
a) distributivo: Cada livro custou dez dólares!
Exemplos: Elas próprias vieram. b) intensivo: Lá na cidade tem cada moça bonita!
Eles mesmos concordaram.
3) demais
6º) Como demonstrativos, tal e semelhante assumem signifi-
cados análogos a esse, essa, aquele, aquela. Significa os outros, os restantes:
Exemplo: Tal coisa não me interessa. Dos quadros que fiz só tenho dois: os demais eu vendi.
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Língua Portuguesa
5) nenhum - Quem sou eu? – ele perguntou num último esforço. (Otto
Lara Resende)
Proposto ao substantivo, aviva a negação:
3) qual
“Seu Ivo não mora em parte nenhuma.” (Graciliano Ra-
mos) Pode ser pronome adjetivo ou substantivo:
“Em seguida desceram, e já não eram dois, mas sim dez 5) cadê?
meninos, qual mais fagueiro, e todos diziam que iam acabar
com a ratazana.” (Luís Henrique Tavares) A expressão que é feito de, reduzida para que é de, deu
origem aos interrogativos cadê, quede e quede, bastante
8) qualquer utilizados na linguagem coloquial e já incorporados pela lite-
ratura.
O plural deste pronome é quaisquer:
E cadê doutor? Cadê remédio? Cadê jeito? (Monteiro
Executamos quaisquer serviços. Lobato)
“A intenção dele é mostrar que não é criado de qualquer.” O pronome você perdeu seu caráter de tratamento ceri-
(Machado de Assis) monioso sendo hoje, no Brasil, utilizado em situações infor-
mais, substituindo o pronome de segunda pessoa tu.
Usa-se como advérbio, no sentido de completamente, Apesar de ser considerado pela NGB como pronome de
mas geralmente flexionando-se em gênero e número: tratamento, você enquadra-se mais apropriadamente na
categoria de pronome pessoal, visto que substitui tu em qua-
Os ipês estavam todos floridos. se todo o território brasileiro.
A roupa estava toda molhada.
Deve-se notar ainda o emprego de você como pronome
que indetermina o sujeito:
10) tudo
Mas o que você pode fazer contra as forças da natureza?
Pode-se dizer, indiferentemente, tudo que ou tudo o que:
A norma culta da língua condena esse emprego do termo,
Esqueça tudo que ficou atrás. preferindo a impessoalização com o pronome se:
Esqueça tudo o que ficou atrás.
O que se pode fazer contra as forças da natureza?
USO DO PRONOME INTERROGATIVO
A EXPRESSÃO “A GENTE”
1) que
Na linguagem coloquial, o pronome nós é frequentemente
É pronome substantivo quando equivaler a que coisa. substituído por a gente.
Nesse caso, admite também a forma o que.
Um segurança nos xingou e queria nos agredir para que a
Mas que significa isso? perguntou o moço insatisfeito... gente saísse da estação.
(Carlos Drummond de Andrade) A expressão pode ainda apresentar valor impessoal,
indeterminado:
2) quem
Eu sabia os riscos que estava correndo. A gente sempre
É pronome substantivo e refere-se a pessoas. pensa: comigo não vai acontecer. Aí aconteceu”, diz.
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Língua Portuguesa
(a gente pensa = pensa-se)
VERBO
A norma culta da língua tende a rejeitar essas constru-
ções, comuns na fala coloquial.
Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou
SENHOR, SENHORA, SENHORITA fenômeno.
Os pronomes senhor, senhora e senhorita são larga- Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em
mente utilizados no Brasil como forma de respeito e cortesia. flexões. Com efeito, o verbo possui diferentes flexões para
indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a
EXERCÍCIOS voz. O verbo flexiona-se em número e pessoa:
2) Indique em que alternativa os pronomes pessoais estão O Presente designa um fato ocorrido no momento em
bem empregados. que se fala; o Pretérito, antes do momento em que se fala;
e o Futuro, após o momento em que se fala.
a) Deixou ele sair.
b) Mandou-lhe ficar de guarda. Leio uma revista instrutiva. (Presente)
c) Permitiu-lhe, a ele, fazer a ronda. Li uma revista instrutiva. (Pretérito)
d) Procuraram-o por toda a parte. Lerei uma revista instrutiva. (Futuro)
e) n.d.a.
TEMPOS DO MODO INDICATIVO
3) Era para ............... falar ............... ontem, mas não
............... encontrei em parte alguma. 1) Presente: estudo
5) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas 1) Para enunciar um fato atual:
da frase: Cai a chuva.
"As mulheres, ............ olhos as lágrimas caíam, assistiam a O céu está limpo.
uma cena ............ não gostavam."
2) Para indicar ações e estados permanentes:
a) cujos / que A terra gira em torno do próprio eixo.
b) em cujos / que Deus é Pai!
c) de cujos / de que
d) cujos / de que 3) Para expressar uma ação habitual do sujeito:
e) de cujos / que Sou tímido.
Como muito pouco.
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Língua Portuguesa
5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, 2) Como forma polida de presente, em geral denotadora de
para impedir qualquer ambiguidade, se faz acompanhar ge- desejo.
ralmente de um adjunto adverbial: Desejaríamos cumprimentar os noivos.
“Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...“ 3) Em certas frases interrogativas e exclamativas, para deno-
(A. Bessa Luís) tar surpresa ou indignação:
O nosso amor morreu... Quem o diria?
PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO
A própria denominação deste tempo – Pretérito Imperfeito
– ensina-nos o seu valor fundamental: o de designar um fato 1) Presente: estude
passado, mas não concluído (imperfeito = não perfeito, ina-
cabado). 2) Pretérito:
– Imperfeito: estudasse
Podemos empregá-lo assim: – Perfeito: tenha (ou haja) estudado
– Mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado
1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma épo-
ca passada e descrevemos o que então era presente: 3) Futuro:
O calor ia aumentando e o vento despenteava meu – Simples: estudar
cabelo. – Composto: tiver (ou houver) estudado
2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos
consequência certa e imediata de outro, que não ocorreu, ou o fato expresso pelo verbo como real, certo, seja no presen-
não poderia ocorrer: te, seja no passado, seja no futuro.
Se eu não fosse mulher, ia também!
Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a exis-
tência ou não existência do fato como uma coisa incerta,
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO duvidosa, eventual ou, mesmo, irreal.
1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que ocor- Observemos estas frases:
reu antes de outra já passada:
A conversa ficara tão tediosa, que o homem se desinte- Afirmo que ela estuda. (modo indicativo)
ressou. Duvido que ela estude. (modo subjuntivo)
Afirmei que ela estudava. (modo indicativo)
2) Na linguagem literária emprega-se, às vezes, o mais-que- Duvidei que ela estudasse. (modo subjuntivo)
perfeito em lugar:
1) O futuro do presente emprega-se para indicar fatos certos “No dia em que não faça mais uma criança sorrir, vou
ou prováveis, posteriores ao momento em que se fala: vender abacaxi na feira.”
As aulas começarão depois de amanhã. (A. Bessa Luís)
FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho que
chegasse primeiro.
1) O futuro do pretérito emprega-se para designar ações
posteriores à época em que se fala: 3) Presente:
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Língua Portuguesa
PRETÉRITO PERFEITO DO SUBJUNTIVO 2º) Impessoal, quando não tem sujeito:
Ser ou não ser, eis a questão.
Pode exprimir um fato:
O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não
1) Passado (supostamente concluído): flexionado:
Espero que você tenha encontrado aquele endereço.
Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem
2) Futuro (terminado em relação a outro futuro):
Espero que ela tenha feito a lição quando eu voltar. Não flexionado: andar eu, andar ele.
Quanto à voz, os verbos se classificam em:
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
DO SUBJUNTIVO 1) Ativos: O sujeito faz a ação.
O patrão chamou o empregado.
Pode indicar:
2) Passivos: O sujeito sofre a ação.
1) Uma ação anterior a outra passada: O empregado foi chamado pelo patrão.
Esperei-a um pouco, até que tivesse terminado seu jan-
tar. 3) Reflexivos: O sujeito faz e recebe a ação.
A criança feriu-se na gangorra.
2) Uma ação irreal no passado:
Se a sorte os houvesse coroado com os seus favores, Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma forma nomi-
não lhes faltariam amigos. nal de outro verbo para constituir os tempos compostos e as
locuções verbais: ter, haver, ser, estar.
FUTURO DO SUBJUNTIVO SIMPLES
Tenho estudado muito esta semana.
Este tempo verbal marca a eventualidade no futuro e Jacinto havia chegado naquele momento.
emprega-se em orações subordinadas: Somos castigados pelos nossos erros.
Se quiser, irei vê-lo. O mecânico estava consertando o carro.
Farei conforme mandares. O secretário vai anunciar os resultados.
Quando puder, venha ver-me.
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três
FUTURO DO SUBJUNTIVO COMPOSTO conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da 1ª conjugação terminam em – ar: cantar
Indica um fato futuro como terminado em relação a outro 2) Os da 2ª conjugação terminam em – er: bater
fato futuro (dentro do sentido geral do modo subjuntivo): 3) Os da 3ª conjugação terminam em – ir: partir.
D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui,
abandone o resto. Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:
A (1ª conjugação), E (2ª conjugação), I (3ª conjugação).
MODOS DO VERBO
Observações:
Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se
realizar. São três: – O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infini-
1º) o Indicativo: Exprime um fato certo, positivo: tivo. É um verbo anômalo da segunda conjugação.
Vou hoje. – A nossa língua possui mais de 11 mil verbos, dos quais
Sairás cedo. mais de 10 mil são da primeira conjugação.
2º) o Imperativo: Exprime ordem, proibição, conselho, pedi- Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte
do: Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes. geralmente invariável e as desinências, que variam para
denotar os diversos acidentes gramaticais.
3º) o Subjuntivo: Enuncia um fato possível, duvidoso,
hipotético: É possível que chova. Se você trabalhasse... radical desinência radical desinência
cant- a part- ir
Além desses três modos, existem as formas nominais cant- or part- imos
do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um bat- er diz- er
fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal. bat- ias diss eram
1º) Infinitivo: plantar, vender, ferir. Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo
2º) Gerúndio: plantando, vendendo, ferindo. e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência núme-
3º) Particípio: plantado, vendido, ferido. ro-pessoal indicando a que pessoa e número a flexão verbal
pertence.
Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de
sua significação verbal, podem desempenhar as funções Ex.: canta - re – mos →DNP
próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água ↓
fervendo, tempo perdido. DMT
O Infinitivo pode ser Pessoal ou Impessoal. A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo
está na 1ª pessoa do plural. A DMT (desinência modo-
1º) Pessoal, quando tem sujeito: temporal indica que o verbo está no futuro do presente do
Para sermos vencedores é preciso lutar. indicativo.
(sujeito oculto nós)
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Língua Portuguesa
Dividem-se os tempos em primitivos e derivados. São verbos que possuem profundas modificações em
São tempos primitivos: seus radicais.
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Língua Portuguesa
Futuro do presente composto Futuro simples
terei sido terei estado terei tido terei havido
terás sido terás estado terás tido terás havido for estiver tiver houver
terá sido terá estado terá tido terá havido fores estiveres tiveres houveres
teremos sido teremos estado teremos tido teremos havido for estiver tiver houver
tereis sido tereis estado tereis tido tereis havido formos estivermos tivermos houvermos
terão sido terão estado terão tido terão havido fordes estiverdes tiverdes houverdes
forem estiverem tiverem houverem
Negativo
Presente não sejas (tu) não estejas não tenhas não hajas
não seja (vo- (tu) (tu) (tu)
seja esteja tenha haja cê) não esteja não tenha não haja
sejas estejas tenhas hajas não sejamos (você) (você) (você)
seja esteja tenha haja (nós) não esteja- não tenha- não haja-
sejamos estejamos tenhamos hajamos não sejais mos (nós) mos (nós) mos (nós)
sejais estejais tenhais hajais (vós) não estejais não tenhais não hajais
sejam estejam tenham hajam não sejam (vós) (vós) (vós)
(vocês) não estejam não tenham não hajam
(vocês) (vocês) (vocês)
Pretérito Imperfeito
FORMAS NOMINAIS
fosse estivesse tivesse houvesse
fosses estivesses tivesses houvesses
fosse estivesse tivesse houvesse Infinitivo impessoal
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis ser estar ter haver
fossem estivessem tivessem houvessem
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Língua Portuguesa
Gerúndio Pretérito mais-que-perfeito composto
sendo estando tendo havendo tinha sonhado tinha recebido tinha decidido
tinhas sonhado tinhas recebido tinhas decidido
tinha sonhado tinha recebido tinha decidido
tínhamos tínhamos tínhamos
Gerúndio composto sonhado recebido decidido
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido tínheis sonhado tínheis recebido tínheis decidido
tinham sonhado tinham recebido tinham decidido
Particípio
Futuro do presente simples
sido estado tido havido
sonharei receberei decidirei
O processo verbal pode ser representado por uma locu- sonharás receberás decidirás
ção verbal (verbo auxiliar + verbo principal em uma de suas sonhará receberá decidirá
formas nominais). Nas locuções verbais, o verbo auxiliar sonharemos receberemos decidiremos
aparece desprovido de sua significação; no entanto, é o res- sonhareis recebereis decidireis
ponsável pela indicação das flexões de tempo, pessoa, modo sonharão receberão decidirão
e número.
Futuro do presente composto
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES
terei sonhado terei recebido terei decidido
PARADIGMAS DAS CONJUGAÇÕES REGULARES terás sonhado terás recebido terás decidido
terá sonhado terá recebido terá decidido
teremos sonhado teremos recebido teremos decidido
Modelos tereis sonhado tereis recebido tereis decidido
terão sonhado terão recebido terão decidido
1ª conjugação - 2ª conjugação - 3ª conjugação -
sonhar receber decidir
Futuro do pretérito simples
MODO INDICATIVO
sonharia receberia decidiria
sonharias receberias decidirias
Presente sonharia receberia decidiria
sonharíamos receberíamos decidiríamos
sonho recebo decido sonharíeis receberíeis decidiríeis
sonhas recebes decides sonhariam receberiam decidiriam
sonha recebe decide
sonhamos recebemos decidimos
sonhais recebeis decidis
sonham recebem decidem Futuro do pretérito composto
teria sonhado teria recebido teria decidido
Pretérito perfeito simples terias sonhado terias recebido terias decidido
teria sonhado teria recebido teria decidido
sonhei recebi decidi teríamos sonhado teríamos recebido teríamos decidido
sonhaste recebeste decidiste teríeis sonhado teríeis recebido teríeis decidido
sonhou recebeu decidiu teriam sonhado teriam recebido teriam decidido
sonhamos recebemos decidimos
sonhastes recebestes decidistes
sonharam receberam decidiram
MODO SUBJUNTIVO
Presente
Pretérito perfeito composto
sonhe receba decida
tenho sonhado tenho recebido tenho decidido
sonhes recebas decidas
tens sonhado tens recebido tens decidido
sonhe receba decida
tem sonhado tem recebido tem decidido sonhemos recebamos decidamos
temos sonhado temos recebido temos decidido sonheis recebais decidais
tendes sonhado tendes recebido tendes decidido sonhem recebam decidam
têm sonhado têm recebido têm decidido
Pretérito imperfeito
Pretérito imperfeito
sonhasse recebesse decidisse
sonhava recebia decidia sonhasses recebesses decidisses
sonhavas recebias decidias sonhasse recebesse decidisse
sonhava recebia decidia sonhássemos recebêssemos decidíssemos
sonhávamos recebíamos decidíamos sonhásseis recebêsseis decidísseis
sonháveis recebíeis decidíeis sonhassem recebessem decidissem
sonhavam recebiam decidiam
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Língua Portuguesa
Pretérito mais-que-perfeito composto Infinitivo pessoal composto
tivesse sonhado tivesse recebido tivesse decidido ter sonhado ter recebido ter decidido
tivesses sonhado tivesses recebido tivesses decidido teres sonhado teres recebido teres decidido
tivesse sonhado tivesse recebido tivesse decidido ter sonhado ter recebido ter decidido
tivéssemos tivéssemos tivéssemos termos sonhado termos recebido termos decidido
sonhado recebido decidido
tivésseis sonhado tivésseis recebido tivésseis decidido terdes sonhado terdes recebido terdes decidido
tivessem sonhado tivessem recebido tivessem decidido terem sonhado terem recebido terem decidido
Gerúndio
Futuro simples
sonhando recebendo decidindo
sonhar receber decidir
sonhares receberes decidires
sonhar receber decidir
Gerúndio composto
sonharmos recebermos decidirmos
sonhardes receberdes decidirdes
sonharem receberem decidirem tendo sonhado tendo recebido tendo decidido
Particípio
Futuro composto
sonhado recebido decidido
tiver sonhado tiver recebido tiver decidido
tiveres sonhado tiveres recebido tiveres decidido VERBOS IRREGULARES
tiver sonhado tiver recebido tiver decidido
tivermos sonhado tivermos recebido tivermos decidido A seguir, apresentamos algumas conjugações dos princi-
tiverdes sonhado tiverdes recebido tiverdes decidido pais verbos irregulares:
tiverem sonhado tiverem recebido tiverem decidido
1ª CONJUGAÇÃO - ar
Dar
Negativo Presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, dais, dão.
Pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram.
não sonhes (tu) não recebas (tu) não decidas (tu) Pretérito imperfeito: dava, davas, dava, dávamos, dáveis, davam.
não sonhe (você) não receba (você) não decida (você) Pretérito mais-que-perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis,
deram.
não sonhemos não recebamos não decidamos Futuro do presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão.
(nós) (nós) (nós) Futuro do pretérito: daria, darias, daria, daríamos, daríeis, dariam.
não sonheis não recebais não decidais Presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, deem.
(vós) (vós) (vós) Pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, désse-
não sonhem não recebam não decidam mos, désseis, dessem.
(vocês) (vocês) (vocês) Futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Imperativo afirmativo: dá, dê, demos, dai, deem.
Infinitivo impessoal: dar.
FORMAS NOMINAIS Infinitivo pessoal: dar, dares, dar, darmos, dardes, darem.
Gerúndio: dando.
Particípio: dado.
Infinitivo impessoal
Moscar (desaparecer)
sonhar receber decidir
Presente do indicativo: musco, muscas, musca, moscamos, mos-
cais, muscam.
Presente do subjuntivo: musque, musques, musque, mosquemos,
mosqueis, musquem.
Infinitivo impessoal composto
Nomear
ter sonhado ter recebido ter decidido
Presente do indicativo: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos,
nomeais, nomeiam.
Pretérito imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos,
nomeáveis, nomeavam.
Infinitivo pessoal Pretérito perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nome-
astes, nomearam.
sonhar (eu) receber (eu) decidir (eu) Presente do subjuntivo: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos,
sonhares (tu) receberes (tu) decidires (tu) nomeeis, nomeiem.
sonhar (ele) receber (ele) decidir (ele) Imperativo afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, no-
sonharmos (nós) recebermos (nós) decidirmos (nós) meiem.
sonhardes (vós) receberdes (vós) decidirdes (vós)
sonharem (eles) receberem (eles) decidirem (eles) É regular o resto da conjugação.
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear,
gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear, recrear,
estrear, etc.
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Língua Portuguesa
Odiar Dizer
Presente do indicativo: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odei- Presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.
am. Pretérito perfeito: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disse-
Pretérito imperfeito: odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, ram.
odiavam. Pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, dissera, disséramos,
Pretérito perfeito: odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram. disséreis, disseram.
Pretérito mais-que-perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, Futuro do presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.
odiáreis, odiaram. Futuro do pretérito: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam.
Presente do subjuntivo: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, Presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam.
odeiem. Pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse,
Imperativo afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem. disséssemos, dissésseis, dissessem.
Assim se conjugam: mediar, remediar, incendiar, ansiar, etc. Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem.
Particípio: dito.
Optar
Assim se conjugam: bendizer, condizer, contradizer, desdizer,
Presente do indicativo: opto, optas, opta, optamos, optais, optam. predizer, maldizer ...
Presente do subjuntivo: opte, optes, opte, optemos, opteis, optem.
Escrever
Obs.: No caso do verbo optar a irregularidade está na pronún-
cia. Nas três pessoas do singular e na terceira do plural do presente Escrever e seus derivados descrever, inscrever, prescrever,
do indicativo e do presente do subjuntivo, a vogal o do radical é proscrever, reescrever, sobrescrever, subscrever são irregulares
pronunciada aberta e fortemente. apenas no particípio: escrito, descrito, inscrito, prescrito, proscrito,
reescrito, sobrescrito, subscrito.
2ª CONJUGAÇÃO - er Fazer
Abster-se Presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem.
Presente do indicativo: abstenho-me, absténs-te, abstém-se, abs- Pretérito perfeito: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.
temo-nos, abstendes-vos, abstêm-se. Pretérito mais-que-perfeito: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizé-
Pretérito imperfeito: abstinha-me, abstinhas-te, etc. reis, fizeram.
Pretérito perfeito: abstive-me, etc. Futuro do presente: farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.
Pretérito mais-que-perfeito: abstivera-me, etc. Futuro do pretérito: faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.
Futuro do presente: abster-me-ei, etc. Presente do subjuntivo: faça, faças, faça, façamos, façais, façam.
Futuro do pretérito: abster-me-ia, etc. Pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizés-
Imperativo afirmativo: abstém-te, abstenha-se, abstenhamo-nos, semos, fizésseis, fizessem.
abstende-vos, abstenham-se. Futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.
Presente do subjuntivo: que me abstenha, que te abstenhas, etc. Imperativo afirmativo: faze, faça, façamos, fazei, façam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: se me abstivesse, se te absti-
vesses, etc. Assim se conjugam: desfazer, refazer, satisfazer.
Futuro do subjuntivo: se me abstiver, etc.
Gerúndio: abstendo-se.
Particípio: abstido. Ler
Presente do indicativo: leio, lês, lê, lemos, ledes, leem.
Pretérito imperfeito: lia, lias, lia, líamos, líeis, liam.
Caber Pretérito perfeito: li, leste, leu, lemos, lestes, leram.
Presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, ca- Pretérito mais-que-perfeito: lera, leras, lera, lêramos, lêreis, leram.
bem. Presente do subjuntivo: leia, leias, leia, leiamos, leiais, leiam.
Pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, Pretérito imperfeito do subjuntivo: lesse, lesses, lesse, lêssemos,
couberam. lêsseis, lessem.
Pretérito imperfeito: cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabi- Imperativo afirmativo: lê, leia, leiamos, lede, leiam.
am.
Pretérito mais-que-perfeito: coubera, couberas, coubera, coubéra- Assim se conjugam: reler, tresler.
mos, coubéreis, couberam.
Futuro do presente: caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,
caberão. Perder
Futuro do pretérito: caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberí- Presente do indicativo: perco (com e fechado), perdes, perde,
eis, caberiam. perdemos, perdeis, perdem.
Presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, Presente do subjuntivo: perca, percas, perca, percamos, percais,
caibam. percam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubes- Imperativo afirmativo: perde, perca, percamos, perdei, percam.
se, coubéssemos, coubésseis, coubessem.
Futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, cou- Regular nos demais tempos e modos.
berdes, couberem.
Observação: O verbo caber não se apresenta conjugado nem Poder
no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo. Presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis,
podem.
Pretérito imperfeito: podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podi-
Crer am.
Pretérito perfeito: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, pude-
Presente do indicativo: creio, crês, crê, cremos, credes, creem. ram.
Pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. Pretérito mais-que-perfeito: pudera, puderas, pudera, pudéramos,
Pretérito imperfeito: cria, crias, cria, criamos, crieis, criam. pudéreis, puderam.
Pretérito mais-que-perfeito: crera, creras, crera, crêramos, crêreis, Presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais,
creram. possam.
Presente do subjuntivo: creia, creias, creia, creiamos, creiais, Pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse,
creiam. pudéssemos, pudésseis, pudessem.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: cresse, cresses, cresse, crês- Futuro: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.
semos, crêsseis, cressem Infinitivo pessoal: poder, poderes, poder, podermos, poderdes,
Futuro do subjuntivo: crer, creres, crer, crermos, crerdes, crerem. poderem.
Imperativo afirmativo: crê, creia, creiamos, crede, creiam. Gerúndio: podendo.
Imperativo negativo: não creias (tu), não creia (você), não creiamos Particípio: podido.
(nós), não crede (vós), não creiam (vocês)
Observação: O verbo poder não se apresenta conjugado nem
Assim se conjugam: ler e descrer. no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo.
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Língua Portuguesa
Pôr (antigo poer) Requerer
Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos,
requereis, requerem.
Presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, re-
Pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, querestes, requereram.
punham. Pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, requerera,
Pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. requerêramos, requerêreis, requereram.
Pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, Futuro do presente: requererei, requererás, requererá, requerere-
puséreis, puseram. mos, requerereis, requererão.
Futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Futuro do pretérito: requereria, requererias, requereria, requerería-
Futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. mos, requereríeis, requereriam.
Presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, po- Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos,
nhais, ponham. requeirais, requeiram.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, re-
puséssemos, pusésseis, pusessem. queresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem.
Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos,
Imperativo afirmativo: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham. requererdes, requererem.
Infinitivo pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Imperativo afirmativo: requere, requeira, requeiramos, requerei,
Infinitivo impessoal: pôr. requeiram.
Gerúndio: pondo. Gerúndio: requerendo. / Particípio: requerido.
Particípio: posto. O verbo requerer não se conjuga como querer.
Saber
Presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.
Assim se conjugam os verbos derivados de pôr, como por e-
Pretérito imperfeito: sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabi-
xemplo: antepor, compor, depor, dispor, impor, propor, pressupor,
am.
repor, etc.
Pretérito perfeito: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes,
souberam.
Pretérito mais-que-perfeito: soubera, souberas, soubera, soubéra-
mos, soubéreis, souberam.
Prover Presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais,
saibam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubes-
Presente do indicativo: provejo, provês, provê, provemos, prove- se, soubéssemos, soubésseis, soubessem.
des, proveem. Futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, sou-
Pretérito imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, berdes, souberem.
proviam. Imperativo afirmativo: sabe, saiba, saibamos, sabei, saibam.
Pretérito perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes,
proveram. Trazer
Pretérito mais-que-perfeito: provera, proveras, provera, provêra-
mos, provêreis, proveram. Presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, tra-
Futuro do presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, prove- zem.
reis, proverão. Pret. imperfeito: trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam.
Futuro do pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, Pretérito mais-que-perfeito: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxé-
proveríeis, proveriam. ramos, trouxéreis, trouxeram.
Presente do subjuntivo: proveja, provejas, proveja, provejamos, Futuro do presente: trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão.
provejais, provejam. Futuro do pretérito: traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: provesse, provesses, provesse, Presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais,
provêssemos, provêsseis, provessem. tragam.
Futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, prover- Pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxes-
des, proverem. se, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem.
Imperativo afirmativo: provê, proveja, provejamos, provede, prove-
jam. Futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trou-
Gerúndio: provendo. xerdes, trouxerem.
Particípio: provido. Imperativo afirmativo: traze, traga, tragamos, trazei, tragam.
Infinitivo pessoal: trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes,
trazerem.
Gerúndio: trazendo. / Particípio: trazido.
Querer Valer
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Língua Portuguesa
3ª CONJUGAÇÃO – ir Ir
Ferir Rir
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Língua Portuguesa
Sumir VERBOS DEFECTIVOS
Presente do indicativo: sumo, somes, some, sumimos, sumis,
somem. Verbos defectivos são os que não possuem todas as
Presente do subjuntivo: suma, sumas, suma, sumamos, sumais,
sumam.
formas, ou seja, não têm a conjugação completa.
Imperativo afirmativo: some, suma, sumamos, sumi, sumam.
Assim se conjugam: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, etc. Conjugação de alguns verbos defectivos
Vir PRECAVER
Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Pretérito imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vi- Modo indicativo
nham.
Pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Pretérito Pretérito
Pretérito mais-que-perfeito: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, Presente perfeito imperfeito
vieram. - precavi precavia
Futuro do presente: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão. - precaveste precavias
Futuro do pretérito: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam. - precaveu precavia
Presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, precavemos precavemos precavíamos
venham. precaveis precavestes precavíeis
Pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viés- - precaveram precaviam
semos, viésseis, viessem.
Futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. Pretérito mais- Futuro do Futuro do
Infinitivo pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. que-perfeito presente pretérito
Imperativo afirmativo: vem, venha, venhamos, vinde, venham. precavera precaverei precaveria
Gerúndio: vindo. precaveras precaverás precaverias
Particípio: vindo. precavera precaverá precaveria
Assim se conjugam: intervir, advir, convir, provir, sobrevir. precavêramos precaveremos precaveríamos
precavêreis precavereis precaveríeis
VERBOS ANÔMALOS precaveram precaverão precaveriam
Modo Imperativo
particípio particípio
infinitivo regular irregular Afirmativo Negativo
emergir emergido emerso - -
encher enchido cheio - -
entregar entregado entregue - -
envolver envolvido envolto precavei -
enxugar enxugado enxuto - -
expelir expelido expulso
expressar expressado expresso Formas nominais
exprimir exprimido expresso
expulsar expulsado expulso Infinitivo pessoal o precaver
extinguir extinguido extinto precaveres
precaver
fixar fixado fixo
precavermos
frigir frigido frito precaverdes
fritar fritado frito precaverem
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto Infinitivo impessoal o precaver
imprimir imprimido impresso Gerúndio o precavendo
incluir incluído incluso
isentar isentado isento Particípio o precavido
inserir inserido inserto
limpar limpado limpo REAVER
matar matado morto
misturar misturado misto Modo indicativo
morrer morrido morto Pretérito Pretérito
nascer nascido nato Presente perfeito imperfeito
ocultar ocultado oculto
pagar pagado pago - reouve reavia
pegar pegado pego - reouveste reavias
prender prendido preso - reouve reavia
romper rompido roto reavemos reouvemos reavíamos
salvar salvado salvo reaveis reouvestes reavíeis
- reouveram reaviam
secar secado seco
segurar segurado seguro Pretérito mais- Futuro do Futuro do
soltar soltado solto que-perfeito presente pretérito
submergir submergido submerso reouvera reaverei reaveria
sujeitar sujeitado sujeito reouveras reaverás reaverias
suprimir suprimido supresso reouvera reaverá reaveria
suspender suspendido suspenso reouvéramos reaveremos reaveríamos
tingir tingido tinto reouvéreis reavereis reaveríeis
vagar vagado vago reouveram reaverão reaveriam
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Língua Portuguesa
Imperativo Afirmativo: lembra-te, lembra-se, lembremo-nos, lem-
Modo subjuntivo brai-vos, lembrem-se.
Imperativo Negativo: não te lembres, não se lembre, não nos lem-
Pretérito bremos, etc.
Presente imperfeito Futuro Infinitivo Presente Impessoal: ter-me lembrado.
Infinitivo Presente Pessoal: lembrar-me, lembrares-te, lembrar-se,
- reouvesse reouver lembrarmo-nos, lembrardes-vos, lembrarem-se.
- reouvesses reouveres Infinitivo Pretérito Pessoal: ter-me lembrado, teres-te lembrado, ter-
- reouvesse reouver se lembrado, termo-nos lembrado, terdes-vos lembrado, terem-se
- reouvéssemos reouvermos lembrado.
- reouvésseis reouverdes Infinitivo Pretérito Impessoal: ter-se lembrado.
- reouvessem reouverem Gerúndio Presente: lembrando-se.
Gerúndio Pretérito: tendo-se lembrado.
Particípio: não admite a forma pronominal.
Modo Imperativo
Afirmativo Negativo
LOCUÇÃO VERBAL
- -
- - Locução verbal é a combinação de verbos auxiliares
- - (ter, haver, ser e estar, ou outro qualquer que funcione como
reavei - auxiliar) com verbos nas formas nominais.
- -
Tenho estudado muito.
Hei de comprar uma casa.
Formas nominais Estou esperando você.
Gerúndio o reavendo
Particípio o reavido
VOZES DO VERBO
VERBOS PRONOMINAIS
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a
São verbos pronominais aqueles que só se conjugam
com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito.
na mesma pessoa gramatical do sujeito, expressando reflexi-
bilidade. Exemplos: pentear-se, queixar-se, lembrar-se, etc. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a refle-
xiva.
CONJUGAÇÃO DOS VERBOS PRONOMINAIS:
VERBO LEMBRAR-SE
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente,
isto é, faz a ação expressa pelo verbo.
Indicativo Presente: lembro-me, lembras-te, lembra-se, lembramo-
nos, lembrai-vos, lembram-se.
Pretérito Imperfeito: lembrava-me, lembravas-te, lembrava-se, Ex.: O caçador abateu a ave.
lembrávamo-nos, lembráveis-vos, lembravam-se.
Pretérito Perfeito Simples: lembrei-me, lembraste-te, lembrou-se,
etc.
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é pacien-
Pretérito Perfeito Composto: tenho-me lembrado, tens-te lembrado,
tem-se lembrado, temo-nos lembrado, tendes-vos lembrado, têm-se
te, isto é, sofre, recebe ou desfruta, a ação expressa pelo
lembrado. verbo.
Pretérito Mais-Que-Perfeito Simples: lembrara-me, lembraras-te,
lembrara-se, lembráramo-nos, lembráreis-vos, lembraram-se.
Pretérito Mais- Que-Perfeito Composto: tinha-me lembrado, tinhas- Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.
te lembrado, tinha-se lembrado, tínhamo-nos lembrado, tínheis-vos
lembrado, tinham-se lembrado.
Futuro do Presente Simples: lembrar-me-ei, lembrar-te-ás, lembrar-
Obs.: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passi-
se-á, lembrar-nos-emos, lembrar-vos-eis, lembrar-se-ão.
Futuro do Presente Composto: ter-me-ei lembrado, ter-te-ás lem-
va.
brado, ter-se-á lembrado, ter-nos-emos lembrado, ter-vos-eis lem-
brado, ter-se-ão lembrado.
Futuro do Pretérito Simples: lembrar-me-ia, lembrar-te-ias, lembrar- FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA
se-ia, lembrar-nos-íamos, lembrar-vos-íeis, lembrar-se-iam.
Futuro do Pretérito Composto: ter-me-ia lembrado, ter-te-ias lem-
brado, ter-se-ia lembrado, ter-nos-íamos lembrado, ter-vos-íeis lem- A voz passiva, mais frequentemente, é formada:
brado, ter-se-iam lembrado.
Subjuntivo Presente: lembre-me, lembres-te, lembre-se, lembremo-
nos, lembreis-vos, lembrem-se.
1) Pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo prin-
Pretérito Imperfeito: lembrasse-me, lembrasses-te, lembrasse-se, cipal (passiva analítica).
lembrássemo-nos, lembrásseis-vos, lembrassem-se.
Pretérito Perfeito: nesse tempo não se usam pronomes oblíquos
pospostos, mas antepostos ao verbo: que me tenha lembrado, que te Ex.: O homem é afligido pelas doenças.
tenhas lembrado, que se tenha lembrado, etc.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse-me lembrado, tivesses te lem- Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo
brado, tivesse-se lembrado, tivéssemo-nos lembrado, tivésseis-vos
agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir
lembrado, tivessem-se lembrado.
Futuro
a passiva analítica com outros verbos auxiliares.
Simples: neste tempo, os pronomes oblíquos são antepostos ao
verbo: se me lembrar, se te lembrares, se se lembrar, etc.
Futuro Composto: neste tempo os pronomes oblíquos são antepos- Ex.: A aldeia estava isolada pelas águas.
tos ao verbo: se me tiver lembrado, se te tiveres lembrado, se se tiver (agente da passiva)
lembrado, etc.
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Língua Portuguesa
2) Com o pronome apassivador se associado a um verbo EXERCÍCIOS
ativo da terceira pessoa (passiva pronominal).
1) Se você ............ no próximo domingo e ................ de tem-
Ex.: Regam-se as plantas. po ............... assistir a final do campeonato.
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexi- 3) A segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do
vos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos indicativo do verbo precaver é:
quando se lhes podem acrescentar: a mim mesmo, a ti mes-
mo, a si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente. a) precavias
b) precavieste
Ex.: Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) c) precaveste
↘ pronome reflexivo d) precaviste
e) n.d.a.
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocida- 4) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte:
de, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por "Se você .......... e o seu irmão ......., quem sabe você .............
alguns chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural o dinheiro.
e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reci-
procamente, mutuamente. a) requeresse / interviesse / reouvesse
b) requisesse / intervisse / reavesse
c) requeresse / intervisse / reavesse
Ex.: Amam-se como irmãos. d) requeresse / interviesse / reavesse
e) requisesse / intervisse / reouvesse
Os pretendentes insultaram-se.
(Pronome reflexivo recíproco) 5) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da seguinte frase:
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Língua Portuguesa
8) Indique a frase onde houver uma forma verbal incorreta.
ADVÉRBIO
a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.
b) Se ela vir de carro, chame-me. É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a
c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta adjetivo, a um outro advérbio.
para o reflorestamento.
d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acres-
gasolina. centa uma circunstância. Só os de intensidade é que podem
e) n.d.a. também modificar adjetivos e advérbios.
9) Aponte a alternativa que contém a forma verbal correta Mora muito longe
para a seguinte oração: (modifica o advérbio longe).
“Quando eu o .........., ..........-lhe algumas verdades.” Sairei cedo para alcançar os excursionistas
(modifica o verbo sairei).
a) ver – digo
b) vir – digo Eram exercícios bem difíceis
c) vir – direi (modifica o adjetivo difíceis).
d) visse – diria
e) ver – direi CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
10) Aponte a alternativa em que a segunda forma está incor- 1º) De Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente,
reta como plural da primeira: incontestavelmente, efetivamente.
a) tu ris – vós rides 2º) De Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavel-
b) ele lê – eles leem mente, decerto, certo.
c) ele tem – eles têm
d) ele vem – eles veem 3º) De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante,
mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, completamente,
11) Assinale a alternativa que preencha correta e respecti- profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais,
vamente as lacunas das frases apresentadas: nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mas,
quase, apenas, como.
Mesmo que nós ________ , não conseguiríamos que eles
_______ os papéis que os chefes __________ em segredo. 4º) De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além,
algures, aquém, alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro,
a) interviéssemos, requeressem, mantêm longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aon-
b) intervíssemos, requeressem, mantém de, donde, detrás.
c) interviéssemos, requisessem, mantêm
d) intervíssemos, requisessem, mantém 5º) De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como,
adrede, debalde, melhor, pior, aliás, calmamente, livremente,
e quase todos os advérbios terminados em "mente".
12) Assinale a alternativa que contém a forma correta dos
verbos medir, valer, caber e datilografar, na primeira pessoa 6º) De Negação: não, absolutamente.
do singular do presente do indicativo, pela ordem:
7º) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteon-
a) meço, valo, cabo, datilógrafo tem, já, sempre, nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo,
b) meço, valho, caibo, datilografo tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aí, entrementes, bre-
c) mido, valo, caibo, datilógrafo vemente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente,
d) mido, valho, caibo, datilografo presentemente, etc.
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Língua Portuguesa
FLEXÃO DOS ADVÉRBIOS 5) Temos um grau comparativo de superioridade na alternati-
va:
Alguns advérbios flexionam-se no comparativo e no su-
perlativo. a) Renata mora tão longe quanto João.
b) Renata mora mais longe que João.
• Grau comparativo: c) Renata mora muito longe.
d) Renata mora menos longe que João.
de igualdade: tão + advérbio + quanto e) n.d.a.
Cheguei tão cedo quanto queria. 6) Assinale a alternativa que contém um advérbio de tempo:
Cheguei menos cedo que queria. 7) Assinale a alternativa em que a palavra meio tem valor de
advérbio:
• Grau superlativo:
a) Preciso de um meio de ganhar dinheiro.
analítico: b) Anita comprou meio metro de tecido azul.
c) Ela caiu bem no meio da praça.
Eles estavam muito felizes. d) O que aconteceu? Você parece meio abatido.
e) Só há um meio de ganhar: nos unirmos ao concorrente.
Ele chegou muito cedo.
8) “Joana era extremamente sensível.” O advérbio destaca-
sintético: do é de:
1) Há dois advérbios em todas as alternativas, exceto na: 9) Assinale a alternativa que contém um advérbio de tempo:
2) Assinale a alternativa que contém um advérbio de afirma- 10) Assinale a alternativa em que a palavra destacada
ção: tem valor de advérbio:
a) Sem dúvida, ele é um grande pintor. a) O pai reagiu aflito à notícia do acidente.
b) Ele, provavelmente, saíra do emprego. b) A mãe acudiu o garoto aflito.
c) Absolutamente, não entendo nada de espanhol. c) O rapaz aflito foi socorrido pelo bombeiro.
d) Calmamente, expliquei a situação a ela. d) O policial aflito tentava salvar o rapaz.
e) Talvez ela venha ao nosso encontro. e) O professor aflito encerrou a aula.
3) Aponte a alternativa que não contém uma locução adver- 11) Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto:
bial:
a) Ele permaneceu muito calado.
a) José deixou o escritório às pressas. b) Amanhã, não iremos ao cinema.
b) Já sei a lição de cor. c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
c) Em breve sairá o novo cd de Roberto Carlos. d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
d) Atualmente, há vários filmes em cartaz. e) Ela falou calma e sabiamente.
e) Assim, ela tornou-se rica e famosa.
12) Assinale a opção que contém advérbio:
4) Na oração “Joana trabalha muito longe de casa” temos o a) Nada impedirá a nossa viagem.
grau: b) Você nada como um peixe.
c) Fizemos uma prova nada fácil.
a) comparativo de superioridade d) Poucos têm tudo, muitos têm nada.
b) superlativo sintético e) A certas pessoas nada lhes tira a calma.
c) superlativo analítico
d) comparativo de igualdade RESPOSTAS
e) comparativo de inferioridade 1-D 2-A 3-D 4-C 5-B 6-A
7-D 8-E 9-C 10 - A 11 - A 12 - C
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Língua Portuguesa
PREPOSIÇÃO 2) Aponte a alternativa que contém somente preposições
acidentais:
Preposição é a palavra que liga um termo a outro:
a) afora, contra, perante, sobre
Casa de pedra; livro de Paulo; falou com ele. b) desde, segundo, afora, mediante
c) exceto, salvo, mediante, visto
Dividem-se as preposições em essenciais (as que sempre d) durante, desde, entre, segundo
foram preposições) e acidentais (palavras de outras classes e) trás, com, contra, perante
gramaticais que, às vezes, funcionam como preposição).
3) Nas orações:
1º) Preposições Essenciais: a, ante, após, até, com, de,
dês, desde, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. I - Valter foi a Portugal no ano passado.
II - A sua canção é linda!
Exemplos: III - Ele a iludiu com falsas promessas.
Fumava cigarro após cigarro.
Está vestida de branco. temos, respectivamente:
São expressões com a função das preposições. a) Grande parte .............. doações foram desviadas. (de + as)
b) Ele não tem muita sorte ............. amor. (de + o)
Em geral são formadas de advérbio (ou locução adverbial) c) Ela tomou a criança ............... braço e a levou. (per + o)
+ preposição: abaixo de, acima de, por trás de, em frente de, d) O prisioneiro foi levado ............... cela. (a + a)
junto a, perto de, longe de, depois de, antes de, através de, e) Eu deixei o livro ............... lugar. (em + esse)
embaixo de, em cima de, em face de, etc.
Exemplo: 5) Aponte a alternativa que preenche corretamente as frases
Passamos através de mata cerrada. abaixo:
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Língua Portuguesa
INTERJEIÇÃO CONJUNÇÃO
Interjeição é a palavra que exprime um estado emotivo. Conjunção é a palavra invariável que liga orações ou
As interjeições são um recurso da linguagem afetiva e emo- termos da oração.
cional. Podem exprimir e registrar os mais variados sentimen-
tos. Exemplos:
Classificam-se em:
Comi mas não gostei.
1) de dor: ai! ui! ai de mim! 7) de apelo: ó! alô! psit! psiu! Saímos de casa quando amanhecia.
2) de desejo: oxalá! tomara! 8) de silêncio: psiu! silêncio!
3) de alegria: ah! oh! eh! viva! 9) de repetição: bis! As conjunções dividem-se em coordenativas e subordina-
4) de animação: eia! coragem! 10) de saudação: alô! olá! tivas.
avante! upa! força! vamos! salve! bom dia!
5) de aplauso: bem! bravo! 11) de advertência: cuidado!
apoiado! devagar! atenção! Quando a conjunção liga as orações sem fazer com que
6) de aversão: ih! chi! irra! ora 12) de indignação: fora! morra! uma dependa da outra ou sem que a segunda complete o
bolas! sentido da primeira, ela é coordenativa.
– 50 –
Língua Portuguesa
3) Concessivas: EXERCÍCIOS
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que,
por menos que, se bem que, posto que, nem que, dado que, 1) Na oração “Segundo o jornal noticiou, o índice de
sem que, etc. desemprego aumentará.”, temos a conjunção subordinativa:
Exemplo: Não irei sem que ela me telefone. 2) Na oração “Não corra, que é perigoso.”, temos a conjun-
ção coordenativa:
5) Conformativas:
como, conforme, segundo, consoante, etc. a) adversativa
b) conclusiva
Exemplo: Cada um colhe, conforme semeia. c) aditiva
d) explicativa
6) Consecutivas: e) alternativa
que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tama-
nho), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira 3) Aponte a alternativa que preenche corretamente a lacuna:
que, sem que, etc.
Trata-se de um homem mais inteligente .................. bonito.
Exemplo: Era tão feio que metia medo nas crianças.
a) que
7) Finais: b) como
a fim de que, para que, que, porque, etc. c) logo
d) porque
Exemplo: Enganou-os para que não a enganassem. e) e
Exemplo: Sonhei que o mundo havia acabado. 6) A vida transcorre entre o sucesso e o insucesso. É impor-
tante, ..............., que o adolescente enfrente adversidades,
Observação: As conjunções subordinativas integrantes in- fracassos e frustrações para que possa, segundo a canção
troduzem as orações subordinadas substantivas. As demais popular, "sacudir a poeira e dar volta por cima".
conjunções subordinativas introduzem as orações subordina- A conjunção que introduz uma ideia de conclusão é:
das adverbiais. A classificação das conjunções dependerá
unicamente da significação que elas derem à oração que a) porquanto
introduzem. b) porém
c) pois
LOCUÇÃO CONJUNTIVA d) contudo
e) conquanto
São duas ou mais palavras que têm valor de conjunção.
Geralmente é constituída de que precedido de advérbio,
preposição ou particípio. 7) Em: ". . . esses merecem perdão ou reparação total?" - o
conectivo ou encerra a ideia de:
visto que já que se bem que
ainda que desde que por mais que a) exclusão
a menos que de modo que por menos que b) alternância
à medida que uma vez que à proporção que c) adição
no entanto por consequência posto que d) condição
ainda quando logo que a fim de que e) simultaneidade
– 51 –
Língua Portuguesa
Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas
orações do período estão unidas pela palavra “e”, que, além 6. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
de indicar adição, introduz a ideia de
10) (FUNCAB – 2010 – SEJUS-RO – Contador) Releia-se o A casa a a qual comprei há muitos anos foi demolida.
que escreve Beccaria: preposição pronome relativo
“Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da A casa à qual comprei há muitos anos foi demolida.
aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de
homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (di- A regência de alguns verbos exige a preposição a.
reito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida Veja alguns exemplos:
como único bem, [.......] as penas em dinheiro contribuirão tão
somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número Fui à feira.
de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo Peça à sua mãe que lhe conte uma história.
a rico talvez criminoso.” (parágrafo 5) Referi-me à sua atual situação.
A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes
deixado no período, fortalece a conexão lógica entre as ora-
ções adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é: CASOS EM QUE NÃO OCORRE A CRASE:
11) (FGV – 2010 – DETRAN-RN – Assessor Técnico – Con- Assim que cheguei em casa, começou a chover.
tabilidade) “… e eu sou acaso um deles, conquanto a prova
de ter a memória fraca…”; a oração grifada traz uma ideia de: • antes de artigo indefinido:
12) (CONSULPLAN – 2010 – Prefeitura de Congonhas – MG • antes de pronomes pessoais do caso reto, do caso oblíquo
– Técnico de Laboratório – Informática) e de alguns pronomes de tratamento que não admitem artigo:
“- Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro…” a Dei um presente a ela.
palavra destacada anteriormente exprime ideia de: Todos se dirigiram a mim.
Contei meus planos a Vossa Majestade.
a) Escolha.
b) Contraste, oposição. • quando o a aparece antes de uma palavra no plural, dando
c) Finalidade. um sentido genérico:
d) Explicação.
e) Soma, adição. Ele se referiu a mulheres estranhas.
– 52 –
Língua Portuguesa
CASOS EM QUE O USO DA CRASE É OBRIGATÓRIO Se estivermos em dúvida quanto ao emprego da crase,
basta recorrermos a três regras básicas:
• nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
femininas: 1ª regra: troca-se a palavra feminina por uma masculina
correspondente.
à parte em frente à
às vezes à espera de Vou à feira. Ela visitou a irmã.
à proporção que à medida que Vou ao cinema. Ela visitou o irmão.
Locuções adverbiais femininas que indiquem instrumento Irei à Argentina. Irei a Portugal.
não levam o acento de crase. Ire para a Argentina. Irei para Portugal.
São casos em que pode ou não ocorrer a crase: A: é usado no sentido de tempo futuro, (preposição).
A palavra casa, no sentido de lar, residência, não admite o a) Vou a Paris no próximo ano.
uso da crase. Se a palavra casa vier determinada, leva o b) Partirei às duas horas.
acento de crase. c) Gosto de comida a italiana.
d) Ele saiu às pressas.
Voltei a casa depois do trabalho. e) Desejo a todos um Feliz Natal.
Vou à casa de meus pais nas próximas férias. 3) Assinale a alternativa que preencha corretamente as
lacunas das orações abaixo:
• antes da palavra terra:
Ele saiu .......... pé.
A palavra terra, no sentido de chão firme, não admite o Ele obedece .......... professora.
uso da crase. Se a palavra terra vier determinada, leva o Peça .......... ela que venha me encontrar.
acento de crase. Vou visitar .......... terra dos meus tios.
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Língua Portuguesa
4) Assinale a alternativa em que todas as locuções devem
receber o acento de crase: 7. SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
8) Garanto .......... você que compete .......... ela, pelo menos Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita
.......... meu ver, tomar as providências para resolver o caso. vida…” (Machado de Assis)
9) Foi ............... Brasília aprender ............... artes políticas, Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais per-
mas retornou ............... terra natal sem grandes conhecimen- to…” (Machado de Assis)
tos.
Optativa: expressa um desejo. “Tomara que você passe na
a) a – as – à d) a – as - a prova”.
b) à – as – a e) à – às - à
c) a – às – à “Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem,
porém usou verbo é o que chamamos de oração.
10) Ainda há pouco, o professor referia-se ............... questões
ligadas ............... prática de ensino. ORAÇÃO
11) Levando-se em conta que alguns nomes de lugar admi- A enchente destruiu algumas casas.
tem a anteposição do artigo, assinale a alternativa em que a ↓ ↓
crase foi empregada corretamente: sujeito predicado
Choveu muito em São Paulo.
a) Ele nunca foi à Berlim. ↓
b) Ele nunca foi à Paris. predicado
c) Ele nunca foi à Itália. Observação: nem toda frase pode ser uma oração.
d) Ele nunca foi à Roma.
Veja o exemplo:
RESPOSTAS Bom trabalho o seu!
1-E 2-C 3-A 4-B 5-D 6-C
7-E 8-A 9-A 10 - C 11 - C
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Língua Portuguesa
Este enunciado é uma frase, pois tem sentido completo; Os termos das orações costumam ser classificados em
mas não é oração, pois não possui verbo. essenciais, integrantes e acessórios.
PERÍODO
TERMOS DA ORAÇÃO
É a frase estruturada com um ou mais verbos.
Termo da oração é a palavra ou grupo de palavras
De acordo com o número de orações, o período classifi- que exerce uma função na oração.
ca-se em:
Um bando de pássaros sobrevoara uma árvore.
Simples: quando possui uma só oração, ou seja, apenas um ↓ ↓ ↓
verbo ou locução verbal. termo termo termo
grupo de palavras palavra grupo de palavras
A gritaria das crianças acordou o bebê.
↓ A oração pode ser composta de:
verbo • termos essenciais
Marcelo tinha trabalhado o dia todo. • termos integrantes
↓ • termos acessórios
locução verbal
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Composto: quando possui mais de uma oração, ou seja,
mais de um verbo ou locução verbal. Os termos essenciais da oração são: sujeito e predica-
do.
Ninguém viu o acidente que ocorreu na esquina. Bárbara é muito inteligente.
↓ ↓ ↓ ↓
verbo verbo sujeito predicado
3) Quantas orações há no período abaixo? • Composto: é aquele que possui mais de um núcleo.
O pai e a mãe foram viajar.
“Era de manhã, as folhas das árvores caíam, começava a
ventar.” • Oculto: é aquele que não aparece escrito, mas podemos
identificá-lo através das terminações verbais.
a) uma oração Trabalharei muito. (eu)
b) duas orações Trabalharemos muito. (nós)
c) três orações
d) quatro orações • Indeterminado: é aquele em que o verbo aparece na 3ª
e) cinco orações pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular acompanhado
do índice de indeterminação do sujeito se.
RESPOSTAS
1-C 2-D 3-C Contaram o seu segredo.
↓
3ª pessoa do plural
A ESTRUTURA SINTÁTICA DO PERÍODO SIMPLES
Fala-se muito em política.
Analisar sintaticamente os períodos simples, constituídos ↓
3ª pessoa do singular
de apenas uma oração, significa, antes de tudo, identificar os
termos responsáveis pela estruturação interna das orações.
– 55 –
Língua Portuguesa
• Oração sem sujeito: é aquela que expressa um fato que sujeito:
não pode ser atribuído a nenhum ser. Ocorre com os seguin-
tes verbos: a) Meu irmão chega hoje.
a) verbo haver quando significa existir. b) Ninguém entendeu o que havia acontecido.
Há muitos fiéis na igreja. c) Na minha cidade, faz muito calor.
d) Falaram sobre impostos.
b) verbos haver e fazer quando indicam tempo transcorrido. e) Comprei uma bolsa.
Não o vejo há dez anos. Faz anos que ele viajou à Bahia.
2) A oração “Batem à porta” tem sujeito:
c) verbo ser na indicação de horas. a) oculto b) indeterminado
É uma hora. São três horas. c) oração sem sujeito d) simples
e) composto
d) verbos ser e estar na indicação de tempo ou clima.
É muito cedo! Está muito frio lá fora! 3) Aponte a alternativa incorreta quanto à sua classificação:
a) Atualmente dizem muitas tolices sobre política.
e) verbos que indicam fenômenos da natureza. (sujeito indeterminado)
Ontem choveu demais! Nevou nos Estados Unidos. b) Não o vejo há anos. (sujeito oculto)
c) O menino estava com febre. (sujeito composto)
PREDICADO d) Retornarei em breve. (sujeito oculto)
e) O aluno e a aluna brigavam o tempo todo.
Predicado é tudo o que se afirma do sujeito. (sujeito composto)
b) Verbo transitivo: é aquele que necessita de complemen- 6) Em uma das orações o sujeito está incorretamente
tos. Pode ser: destacado; assinale a alternativa:
• Direto e Indireto: é aquele que necessita de complementos 7) A oração sem sujeito está na alternativa:
sem preposição e com preposição ao mesmo tempo.
Entreguei a encomenda ao chefe. a) Não havia funcionários na fábrica.
b) Choveram tomates no comício.
• Predicado nominal: é aquele cujo núcleo é um nome (adje- c) A garotinha amanheceu abatida.
tivo, substantivo ou pronome) que indique a qualidade ou d) A noite cai rapidamente no inverno.
estado do sujeito, ligado por um verbo de ligação. O núcleo e) O homem sentiu-se constrangido.
do predicado nominal chama-se predicativo do sujeito.
8) Os termos destacados da oração abaixo são:
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer,
permanecer, ficar, continuar, andar. Eu e você seremos sempre bons amigos.
Samantha parece feliz.
a) sujeitos b) núcleos do predicado
• Predicado verbo-nominal: é aquele constituído de dois c) sujeitos simples d) predicativos do sujeito
núcleos (verbo e nome). e) núcleos do sujeito
Melissa voltou satisfeita. ou seja,
Melissa voltou e estava satisfeita.
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS 1-C 2-B 3-C 4-E
5-D 6-C 7-A 8-E
1) Assinale a alternativa que contém uma oração sem
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Língua Portuguesa
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO COMPLEMENTO NOMINAL
Os termos integrantes da oração são aqueles que com- É o termo que completa o sentido de um nome (substanti-
pletam o sentido de outros termos da oração. São eles: vo, adjetivo ou advérbio) através de uma preposição.
Célia ganhou lindas joias. Obs.: Se o termo regido por uma preposição completa um
↓ ↓ verbo, é objeto indireto.
V.T.D. O.D. Se o termo regido por uma preposição completa um
José comprou um apartamento no Morumbi. nome, é complemento nominal.
↓ ↓
V.T.D. O.D. AGENTE DA PASSIVA
Objeto indireto (OI): é aquele que integra o sentido do É o elemento que pratica a ação verbal quando a oração
verbo transitivo indireto com o auxílio de uma preposição. está na voz passiva. Em geral, o agente da voz passiva apre-
senta as preposições: por, pelo, de.
Precisamos de mais dinheiro.
↓ ↓ Os ladrões foram levados pelos policiais.
V.T.I. O.I. ↓ ↓ ↓
Ela visa a um emprego melhor. sujeito paciente locução verbal agente da passiva
↓ ↓ na voz passiva
V.T.I. O.I.
EXERCÍCIOS
Núcleo do objeto
1) Aponte a alternativa que apresenta um objeto indireto:
O núcleo do objeto pode ser formado por:
a) O cigarro é prejudicial à saúde.
• substantivo: b) Ouvi o canto alegre dos pássaros.
Contamos uma nova história. c) Dei a ela presentes lindos.
↓ d) Prefiro ficar alheio a tudo.
O.D. e) Encontramos nossos amigos na faculdade.
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Língua Portuguesa
5) Assinale a oração que apresenta um objeto direto: TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
a) Não concordo com isso. Os termos acessórios da oração são aqueles que acres-
b) Joana escreveu seu nome lentamente. centam novas informações a outros termos da oração, espe-
c) As crianças dormem cedo. cificando um nome ou indicando uma circunstância ao verbo.
d) Todos sabiam de sua decisão. São eles:
e) O navio afundou.
• adjunto adnominal
6) Em "E quer que ela evoque a eloquência da boca de som- • adjunto adverbial
bra . . .", o termo eloquência funciona como: • aposto
8) "Angélica, animada por tantas pessoas, tomou-lhe o pulso meu (adjuntos adnominais).
e achou-o febril." um cartão interessante
a) Alguém me observava. (objeto indireto) 3) pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, muitas
b) Ninguém me deu notícias suas. (objeto indireto) coisas.
c) Ela se viu perdida no meio da multidão. (objeto direto)
d) Os fãs ofereceram- lhes flores. (objeto indireto) 4) pelos numerais: dois homens, quinto ano.
e) Todos nos observavam admirados. (objeto direto)
5) pelas locuções ou expressões adjetivas introduzidas
10) Assinale a alternativa incorreta quanto ao objeto indireto: pela preposição de, e que exprimem qualidade, posse, ori-
gem, fim ou outra especificação: presente de rei (régio);
a) A fábrica precisa de todos funcionários. qualidade: livro do mestre (indica a posse do livro).
b) O atropelador fugiu do local sem prestar socorro à vítima.
c) Professores reagem a demissões. ADJUNTO ADVERBIAL
d) Deus confiou-me esse talento.
e) Concessionárias intensificam a venda de carros usados. É o advérbio ou expressão que funciona como um advér-
bio. Classifica-se em:
11) Assinale a alternativa incorreta quanto ao objeto direto
preposicionado: – de afirmação: Realmente, está frio.
– de negação: Não sairei.
a) Todos amam a Deus. – de dúvida: Talvez viaje à noite.
b) Magoaram a ti. – de tempo: Saiu cedo. Saiu às 3 horas.
c) O ser humano clama por contato. – de lugar: Mora longe. Fique aqui.
d) Amo a Deus. – de modo: Escreve devagar. Lê bem.
e) Ofendeu ao Geraldo. – de intensidade: Corre bastante. Estuda muito.
– de companhia: Passeia com os pais. Trabalha com o
amigo.
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-A 4-D Exemplos:
5-B 6-B 7-B 8-C
9-A 10 - E 11 - C Não serei substituído por um trapaceiro.
O avião decolou bem rapidamente.
Paulo é muito vagaroso.
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Língua Portuguesa
APOSTO A ESTRUTURA SINTÁTICA DO PERÍODO COMPOSTO:
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: No período composto sintaticamente estruturado, as ora-
ções se relacionam por meio de dois processos básicos: a
O Amazonas, rio caudaloso, atravessa grande região. coordenação e a subordinação.
(explica o que é o Amazonas)
A ordem normal das orações que formam o período com-
Conquistaram a lua, satélite da terra. posto é que a oração subordinada venha após a principal, já
(explica o que é a lua) que aquela funciona como um termo desta. Nas frases em
que não há dependência sintática entre as orações, ou seja,
O autor do romance, Machado de Assis,ficou famoso. nos períodos formados por orações coordenadas, o que vai
(explica quem foi o autor do romance) determinar a ordem da frase são as relações lógicas e/ou
cronológicas que há entre os elementos dessas frases.
VOCATIVO
a) agente da passiva e objeto indireto. • adversativas: exprimem uma oposição em relação à ideia
b) adjunto adnominal e complemento nominal anterior.
c) adjunto adverbial e agente da passiva
d) adjunto adverbial e complemento nominal Tomou o remédio mas não sarou.
e) adjunto adnominal e complemento nominal Vou ao banco porém voltarei logo.
3) Em todas as orações, o termo está analisado corretamen- Principais conjunções: mas, porém, todavia, contudo,
te, exceto em: entretanto, no entanto.
a) Luís, o diretor, não nos deixou entrar. (aposto) • alternativas: exprimem a ideia de alternância, de escolha
b) Não coma isso, meu filho, faz mal à gastrite. (vocativo) ou de exclusão.
c) Nunca a vi tão magra. (adjunto adnominal)
d) Comprarei o lanche na cantina da escola. (adjunto adver- Ou o Brasil vence ou será desclassificado.
bial de lugar) Ora trabalha ora estuda.
e) Luísa, a filha mais velha, nunca retornou ao lar. (aposto)
Principais conjunções: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ...
4) “Um dia, todos os meus bens ficarão com Osvaldo, meu quer, já ... já, seja ... seja.
primogênito.” O termo destacado é:
a) vocativo d) aposto • conclusivas: exprimem uma conclusão.
b) adjunto adnominal e) objeto direto
c) sujeito Estou ouvindo barulho, portanto há alguém na casa.
Deve ter chovido, logo não saíram de casa.
RESPOSTAS Principais conjunções: logo, portanto, então, pois (pos-
1-E 2-C 3-C 4-D posto ao verbo).
– 59 –
Língua Portuguesa
• explicativas: exprimem a ideia de justificativa, de explica- 4) Assinale a alternativa em que a conjunção aditiva e
ção em relação à oração anterior. tem valor adversativo:
Deve ter chovido pois o chão está molhado. a) O trabalho era bom e o salário também era.
Dei-lhe um presente porque era seu aniversário. b) Todos estavam preparados para ir à praia e choveu.
c) O empregado insultou o patrão e foi demitido.
Principais conjunções: que, porque, pois (anteposto ao d) Ele parou o carro e fomos a pé.
verbo). e) Dormiu e sonhou.
• A conjunção e pode ter valor adversativo: a) Preciso comer, porque estou faminta.
b) Saia daqui e não volte mais!
Ele a ama e não demonstra. c) Eles se adoravam, contudo não se falavam.
Ele a ama mas não demonstra. d) Sua roupa era remendada, mas limpa.
e) Quer faça sol, quer chova, irei ao seu encontro.
• A conjunção mas pode ter valor aditivo:
6) Aponte a alternativa incorreta quanto à classificação
Ela é muito bonita mas inteligente. do termo em destaque:
Ela é muito bonita e inteligente.
a) Eliana, comentou o amigo – é linda!
ORAÇÕES INTERCALADAS OU INTERFERENTES (oração intercalada)
b) Espere sentado ou você se cansa.
São aquelas que vêm entre os termos de uma outra (oração assindética)
oração para fazer um esclarecimento a uma citação. c) Aninha comprou um vestido e se preparou para a festa.
(oração coordenada aditiva)
O fugitivo, comentaram os policiais, já foi resgatado. d) Continue cantando, pois você tem muito talento.
(oração coordenada conclusiva)
Observação: e) Correu muito, mas chegou atrasado.
(oração coordenada adversativa)
As orações intercaladas vêm sempre entre vírgulas ou
travessões e aparecem frequentemente com os verbos: 7) No período “Não foram à reunião, nem justificaram a au-
continuar, dizer, exclamar, comentar, etc. sência”, a oração em destaque é:
a) coordenada assindética
EXERCÍCIOS b) coordenada sindética aditiva
c) coordenada sindética adversativa
1) No período “Ande depressa que já está escurecendo” a d) coordenada sindética alternativa
oração em destaque é oração coordenada sindética: e) coordenada sindética conclusiva
– 60 –
Língua Portuguesa
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO f) Apositivas
Maria sabe / que desejo sua felicidade. Só desejo uma coisa: / que vivam felizes.
oração principal oração subordinada (oração principal) (oração subordinada substantiva
apositiva)
Quando cheguei, / o telefone tocou.
oração subordinada oração principal EXERCÍCIOS
– 61 –
Língua Portuguesa
7) No período: ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
"Sou favorável a que o prendam", A oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor
adjetivo de um termo que aparece na oração principal. São
a oração grifada é: introduzidas pelos pronomes relativos que e suas flexões (o
qual, a qual, os quais, as quais), quem, onde e cujo.
a) subordinada substantiva completiva nominal.
b) subordinada substantiva objetiva direta. A cena / que vi / foi muito desagradável.
c) subordinada substantiva objetiva indireta. oração o..s.adjetiva principal
d) coordenada sindética explicativa.
e) subordinada substantiva subjetiva. O espetáculo / ao qual me referi / foi ótimo.
oração o. s. adjetiva principal
8) Em “É compreensível que todos tinham descordado de
seu plano”, temos uma oração subordinada substantiva: Classificação das orações subordinadas adjetivas:
– 62 –
Língua Portuguesa
e) Tenho interesse em que venda a sua casa. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
a) Cão que late não morde. Classificação das orações subordinadas adverbiais:
b) Espere que já estou cansado.
c) O pescador disse que voltaria logo. • causais: exprimem causa, motivo:
d) É bom que saibas essas coisas.
e) Aquele político aspira a que o elejam presidente do Brasil. Chegou cansado / visto que seu trabalho fora difícil.
oração principal oração subordinada adverbial causal
6) O período que apresenta uma oração subordinada adjetiva
restritiva é: Alberto foi aprovado / porque estudou.
oração principal oração subordinada adverbial causal
a) “O conde agarrou minha mão e num italianíssimo estropi-
ado de napolitano sussurrou que morria de paixão.” Principais conectivos: porque, já que, visto que, pois
(Rubem Fonseca) que e como (em orações que antecedem a oração principal).
b) “O velho não ouvia ninguém quando ficava inspirado.”
(Autran Dourado) • consecutivas: exprimem consequência:
c) “Calou-se, mas continuou a dedilhar o violão.” (Érico Ve-
ríssimo) Lia era tão bonita / que ganhou o concurso.
d) “Fadul ouviu com atenção, prosseguiu na caminhada de oração principal oração subordinada adverbial consecutiva
ofertas e cobranças.” (Jorge Amado)
e) “Maria conheceu o moço que começou a frequentar a O nenê chorou tanto / que a mãe desistiu de lhe dar o remédio.
oração principal oração subordinada adverbial consecutiva
casa no domingo.” (Dalton Trevissan)
7) Assinale o período em que há uma oração adjetiva restriti- Principais conectivos: que precedido de tão, tal,
va: tanto, tamanho.
9) Assinale a alternativa incorreta quanto à oração subordi- Preciso de um livro de português, / qualquer que seja ele.
nada adjetiva restritiva: oração principal oração subordinada
adverbial concessiva
a) Meu pai, que havia arrancado três dentes, não pôde
Embora tenha estudado, / não conseguiu fazer boa prova.
viajar naquele dia. oração subordinada oração principal
b) Não acredite em todas as coisas que lhe dizem. adverbial concessiva
c) Longe é um lugar que não existe.
d) O rapaz cuja mãe chegou é meu primo Principais conectivos: embora, ainda que, se bem que,
e) Os homens nunca prestam atenção aos animais que os conquanto, mesmo que.
rodeiam.
• conformativas: exprimem uma relação de conformidade:
– 63 –
Língua Portuguesa
O livro foi publicado / conforme pedimos. 2) A classificação da oração subordinada adverbial destacada
oração principal oração subordinada está correta em todas as opções, exceto em:
adverbial conformativa
a) Já que você vai, eu vou também. (consecutiva)
Principais conectivos: conforme, como, segundo, con- b) Embora fizesse frio, levei bermuda.(concessiva)
soante. c) Não saia sem que eu seja avisado.(condicional)
d) Ele come como um porco. (comparativa)
• comparativas: exprimem comparação: e) Aproveite a estadia enquanto puder. (temporal)
Nós corríamos / como os atletas correm. 3) Assinale o período em que há oração subordinada
oração principal oração subordinada adverbial consecutiva:
adverbial comparativa
a) Quando saíres, irei contigo.
Meu filho é tão inteligente / como qualquer outra criança.
b) Quanto mais te vejo, mais te quero.
oração principal oração subordinada
adverbial comparativa c) Bebeu que ficou doente.
d) Caso você não venha, telefone-me.
Principais conectivos: como, que, do que, que nem, e) À proporção que estudava, mais inteligente ficava.
feito.
Observação: É comum o verbo da oração subordinada com- 4) Assinale o período em que ocorre a mesma relação
parativa estar subentendido. Nós corríamos como os atletas. significativa indicada pelos termos destacados em:
• finais: exprimem finalidade: “A educação sexual nas escolas deve ser tão importante
quanto qualquer outra disciplina.”
Chamei-o / para que resolvesse o problema.
Oração oração subordinada adverbial final a) Tínhamos tudo quanto queríamos.
principal b) Ele era tão aplicado no trabalho que acabou promovido.
c) Quanto mais come, menos elegante fica.
Fale devagar / a fim de que possamos entendê-lo melhor. d) Era tão bom no computador quanto seu irmão.
oração oração subordinada adverbial final e) Alfredo era tão avarento quanto seu pai.
principal
5) As orações destacadas abaixo são classificadas como
Principais conectivos: para que, a fim de que. subordinada adverbial temporal, exceto em:
– 64 –
Língua Portuguesa
Foi até a cozinha, bebeu um copo de água, pensou por
8. PONTUAÇÃO alguns instantes, acendeu seu cigarro.
Observação: Neste exemplo, foi omitido o verbo estava. “. . . O ponto final é usado para representar a pausa máxima
eu estava muito triste.” com que se encerra o período.
• depois do sim e do não, usados como resposta, no início da Emprega-se o ponto final:
frase:
• no período simples:
– Você vai à escola? A partida de futebol foi emocionante.
– Sim, vou. ou – Não, vou ficar em casa.
• no período composto:
• para separar palavras e expressões explicativas ou retifica- Não quero que você tenha medo de mim.
tivas como por exemplo, ou melhor, isto é, aliás, além disso,
então, etc. • nas abreviaturas:
d.C. - depois de Cristo
Eles foram à praia ontem, aliás, anteontem. Av. – avenida
pl. - plural
• para separar termos deslocados de sua posição normal na
frase: 3) PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
De doce, eu gosto.
O ponto-e-vírgula é utilizado para marcar uma pausa
• para separar elementos paralelos de um provérbio: intermediária entre o ponto e a vírgula.
Tal pai, tal filho.
Emprega-se o ponto-e-vírgula para:
A vírgula entre orações
• separar orações coordenadas, se uma delas já tiver vírgula:
No período composto, emprega-se a vírgula para:
Fazia muito calor naquela manhã; alguns hóspedes, pen-
• separar orações coordenadas assindéticas: sava eu, tinham ido à piscina.
– 65 –
Língua Portuguesa
• separar orações coordenadas de sentido oposto: • verbo no imperativo:
— Venha cá! Apague a luz!
As crianças viajarão hoje; os adultos amanhã.
• Depois de vocativo:
• separar itens de uma enumeração, de um regulamento, de — Tenha paciência, João!
um decreto, de uma lei, etc.
7) RETICÊNCIAS (. . .)
Art. 17 - Fica vedado:
I - fumar em local fechado; As reticências são utilizadas para indicar que a frase foi
II - ter animais de grande e médio porte; interrompida. Emprega-se as reticências para indicar:
III - usar o pátio para promover festas;
IV - usar o salão de festas para reuniões. • dúvida, hesitação ou surpresa:
Eu estava pensando . . . não sei se invisto o dinheiro em
4) DOIS-PONTOS ( : ) ações ou em imóveis.
Os dois-pontos são utilizados para marcar uma sensível • interrupção da fala do narrador ou da personagem:
suspensão da voz de uma frase não concluída. — Eu te amo, disse Luísa em voz baixa. Como Alfredo
não escutou, Luísa ia dizer outra vez: “eu te . . .”, mas foi
Emprega-se os dois-pontos: interrompida com a chegada de seu pai.
• antes de orações apositivas: A diretora da escola pediu aos alunos que conservassem
Nós defendemos uma ideia: que todos devem ter acesso a escola, e todos (menos o Carlos) resolveram ajudar.
à saúde, à segurança e à educação.
• destacar datas:
5) PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
Gregório de Matos (1633 - 1695) foi a maior expressão
O ponto de interrogação é utilizado para marcar as ora- do Barroco brasileiro.
ções interrogativas diretas.
Onde estarão os livros que perdi? • isolar frases intercaladas:
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Língua Portuguesa
Todos nós cometemos erros — erros, às vezes, injustifi- 14) CHAVE ( { ) OU CHAVES ( { } )
cáveis.
A chave é utilizada para dividir um assunto. As chaves
• isolar palavras ou frases, usa-se travessão duplo: são muito empregadas em matemática.
A Chula — dança típica do sul do país — é acompanhada (Mack / 92) - Sejam os conjuntos
a sanfona ou violão. A = {x | x é múltiplo de 7} e 9 = {x 0 ù |12 < x < 864}.
Então o número de elementos de A 1 B é:
• ligar grupos de palavras que indicam itinerário: a) 78 b) 100 c) 122 d) 146 e) 166
Resposta: Alternativa c.
A rodovia Presidente Dutra é a estrada que liga Rio —
São Paulo. 15) BARRA ( / )
“Deus, ó Deus! onde estás que não respondes?” 1) Assinale a alternativa corretamente pontuada:
(Castro Alves)
a) Hoje, em dia, através do avanço da medicina, muitas do-
• nas palavras ou expressões estrangeiras, arcaísmos, neo- enças têm cura.
logismos, gírias, etc. b) Hoje em dia através do avanço da medicina, muitas doen-
ças, têm cura.
Fui ao “show” do Roberto Carlos. c) Hoje em dia, através do avanço da medicina, muitas doen-
O novo cd dos Titãs é “sinistro”! ças têm cura.
d) Hoje em dia, através do avanço da medicina muitas doen-
• dar ênfase a palavras e expressões: ças têm cura.
• ironizar os termos de uma oração: I - Mamãe sempre dizia: “Cuidado com os falsos amigos.”
Havia sempre um “porquê” em tudo que dizia. II - Terminado o discurso, o governador retirou-se.
Os colchetes são utilizados com a mesma finalidade dos Verificamos que está (estão) corretamente pontuada( s):
parênteses, principalmente na linguagem científica e religio-
sa. a) apenas a I
b) apenas a II
estrábico. Adj. 1. Relativo ao, ou próprio do estrabismo c) apenas a I e a II
(1). 2. Diz-se de indivíduo atacado de estrabismo d) apenas a III
(1). [Sin.: caolho, vesgo, zarolho.]
3) “Naquele momento só desejava uma coisa: que Alberto
12) ASTERISCO ( * ) retornasse o mais breve possível.”
– 67 –
Língua Portuguesa
8º) As palavras: mesmo, próprio e só (quando equivale a
9. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL sozinho) concordam segundo a regra geral em gênero e
número com a palavra a que se referem. Só quando equivale
a somente é advérbio e invariável.
Concordância é o princípio sintático segundo o qual
as palavras dependentes se harmonizam, nas suas flexões, Ela mesma me avisou.
com as palavras de que dependem. Vocês próprios me trouxeram a notícia.
Nós não estivemos sós.
Assim: Só eles não concordaram.
a) os adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em Obs.: A expressão a sós é invariável. Exemplo:
gênero e número com os substantivos determinados (concor- Gostaria de ficar a sós por uns momentos.
dância nominal).
9º) Anexo, incluso, junto, bastante e nenhum, concordam,
b) o verbo concordará com o seu sujeito em número e pessoa normalmente, com os substantivos a que se referem.
(concordância verbal).
Segue anexa a cópia do contrato.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Vão inclusos os requerimentos.
Seguem juntas as notas.
1º) Quando o adjetivo se referir a um só nome, o substantivo Bastantes pessoas ignoram esse plural.
concorda com ele em gênero e número. Homens nenhuns, nenhumas causas.
2º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos a) Alerta e menos são sempre invariáveis.
do mesmo gênero e do singular e vier posposto, toma o
gênero deles e vai facultativamente, para o singular ou plural. Estamos alerta.
Há situações menos complicadas.
Disciplina, ação e coragem digna (ou dignas). Há menos pessoas no local.
Escolheste lugar e hora maus. Obs.: como adjetivo, modifica o substantivo; como advérbio,
Escolheste lugar e hora má. modifica o adjetivo, o verbo e o próprio advérbio.
Rapazes e moças estudiosos (ou estudiosas). Estão nesse caso palavras como: pouco, muito, bastante,
barato, caro, meio, longe, etc.
5º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos
de gênero e número diferente e vier posposto, poderá 11º) Dado e visto e qualquer outro particípio, concordam
concordar com o mais próximo ou ir para o plural masculino. com o substantivo a que se referem.
Primos, primas e irmãs educadíssimas (ou educadíssi- Dados os conhecimentos (substantivo masculino)
mos). Dadas as condições (substantivo feminino)
Vistas as dificuldades (substantivo feminino)
6º) Pode o adjetivo ainda concordar com o mais próximo
quando os substantivos são ou podem ser considerados 12º) As expressões um e outro e nem um nem outro são
sinônimos. seguidas de um substantivo singular.
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Língua Portuguesa
13º) A palavra possível em o mais . . . possível, o pior EXERCÍCIOS
possível, o melhor possível, mantém-se
invariável.
1) Assinale a alternativa em que ocorre erro na concordância
Praias o mais tentadoras possível. do verbo ser e do predicativo.
14º) A palavra obrigado concorda com o nome a que se 2) Assinale a alternativa em que ocorra algum erro de con-
refere. cordância nominal.
Muito obrigado (masculino singular) a) Saiba que você cometeu um crime de lesa-majestade.
Muito obrigada (feminino singular) b) Estejam alerta, pois o inimigo não manda aviso.
Eles disseram muito obrigados (masculino plural) c) Há menos indecisões do que parece.
d) Permitiram-me que as deixo só.
15º) O verbo ser mais adjetivo. e) Ele sentiu que precisava ficar a sós.
a) É meio-dia e meia.
– se o sujeito não vem precedido de nenhum modificador, b) É proibido entrada.
tanto o verbo quanto o adjetivo ficam invariáveis. c) É proibida a entrada.
d) Seguem anexo os documentos.
Cerveja é bom. e) Seguem anexo notas fiscais.
É proibido entrada. f) Envio inclusas as faturas.
g) É permitido a entrada.
A cerveja é boa.
É proibida a entrada. a) Apenas correta a I.
b) Apenas correta a II.
c) Apenas correta a III.
16º) Concordância do Adjetivo (Predicativo) d) Todas corretas.
e) Todas erradas.
a) Predicativo do Sujeito: concorda com o sujeito em núme-
ro e gênero:
4) I. É expressamente proibido entrada.
As crianças estavam tristonhas. II. Maçã é muito bom para os dentes.
III. Será necessária tal atitude?
b) Predicativo do Objeto:
– Se o objeto direto for simples o adjetivo predicativo concor- 5) I. Na sala, havia lugares bastantes para todos.
da em gênero e número com o objeto. II. Eu mesmo, uma mulher experiente, cometo erros infan-
tis.
Trouxeram-na desmaiada. III. É necessário, neste momento, a exatidão dos fatos.
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Língua Portuguesa
8) Elas ............... enviaram os atestados ............... às procu- CONCORDÂNCIA VERBAL
rações.
O verbo concorda com o sujeito, em harmonia com as
a) mesmos, anexas seguintes regras gerais:
b) mesmas, anexas
c) mesmos, anexos O sujeito é simples
d) mesmas, anexos
e) mesmo, anexo O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em
número e pessoa. Exemplos:
10) Não foi ............... a nota que receberam. Elas .......fizeram A esposa e o amigo seguem sua marcha.
o trabalho. Poti e seus guerreiros o acompanharam.
a) É vergonhosa a miséria e o desinteresse político. Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina come-
b) Admiro a cultura árabe e a japonesa. çou a me apertar a alma.
c) A aluna foi mal na prova porque estava meia tensa.
d) Há bastantes pessoas desempregadas nesta cidade. Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo, este po-
e) Muito obrigada, respondeu a menina. derá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo:
13) Em todas as frases a concordância se fez corretamente, Foi o que fizemos Capitu e eu. [ela e eu = nós]
exceto em:
Tu e ele partireis juntos. [tu e ele = vós]
a) Os soldados, agora, estão todos alerta.
b) Ela possuía bastante recursos para viajar. Você e meu irmão não me compreendem. [você e ele =
c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis. vocês]
d) Rosa recebeu o livro e disse: "Muito obrigada”.
Muitas vezes os escritores quebram a rigidez dessa regra:
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Língua Portuguesa
b) ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele [tu + b) quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser
ele = vocês em vez de tu + ele = vós]: atribuído a um dos elementos do sujeito:
Deus e tu são testemunhas. Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada.
Juro que tu e tua mulher me pagam. [Só uma cidade pode sediar a Olimpíada.]
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. [Só
um candidato pode ser eleito governador.]
Núcleos do sujeito unidos por ou
Núcleos do sujeito correlacionados
Há duas situações a considerar:
O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito
1) Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o verbo composto estão ligados por uma das expressões correlativas
concordará com o núcleo do sujeito mais próximo: não só... mas também, não só como também, tanto... como,
etc. Exemplos:
Paulo ou Antônio será o presidente.
O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio. “Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.”
(Alexandre Herculano)
2) O verbo irá para a plural se a ideia por ele expressa se
referir ou puder ser atribuída a todo os núcleos do sujeito: “Tanto a igreja com o Estado eram até certo ponto inocen-
tes.”
Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada (Alexandre Herculano)
forte a atravessavam de ponta a ponta.
Naquela crise, só Deus ou Nossa Senhora podiam acu- Sujeitos resumidos por tudo, nada, ninguém
dir-lhe.
Quando o sujeito composto vem resumido por um dos
Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de verbo no pronomes tudo, nada, ninguém, etc., o verbo concorda, no
singular: singular, com o pronome resumidor. Exemplos:
A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos indivi- Jogos, espetáculos, viagens, diversões, nada pôde satis-
duais. fazê-lo.
Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do campo.
Núcleos do sujeito unidos pela preposição com
Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa
Usa-se mais frequentemente o verbo no plural quando se
atribui a mesma importância, no processo verbal, aos ele- O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujei-
mentos do sujeito unidos pela preposição com. Exemplos: to designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. Exemplos:
Manuel com seu compadre construíram o barracão. “Embora sabendo que tudo vai continuar como está, fica
o registro, o protesto, em nome dos telespectadores.”
Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo... (Valério Andrade)
Pode-se usar o verbo no singular quando se deseja dar Advogado e membro da instituição afirma que ela é cor-
relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando rupta.
o verbo vier antes deste.
Núcleos do sujeito são infinitivos
O bispo, com dois sacerdotes, iniciou solenemente a
missa. O verbo concordará no plural se os infinitivos forem de-
terminados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas; caso
O presidente, com sua comitiva, chegou a Paris às 5 h da contrário, tanto é lícito usar o verbo no singular como no
tarde. plural. Exemplos:
Quando o sujeito é formado por núcleos no singular uni- Rir e chorar fazem parte da vida.
dos pela conjunção nem, usa-se, comumente, o verbo no
plural. Exemplos: Cantar, dançar e representar faz [ou fazem] a alegria do
artista.
Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.
Sujeito oracional
Nem eu nem ele o convidamos.
Concorda no singular o verbo cujo sujeito é uma ora-
É preferível a concordância no singular: ção:
“Na fazenda, atualmente, não se recusa trabalho, nem Estas são realidades que não adianta esconder.
dinheiro, nem nada a ninguém.” (Guimarães Rosa) [sujeito de adianta: esconder que (as realidades)]
– 71 –
Língua Portuguesa
Sujeito coletivo Um ou outro
O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro:
singular. Exemplos:
“Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem.”
A multidão vociferava ameaças. (Machado de Assis)
O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália.
“Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos.”
Observação: (Machado de Assis)
Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o Um dos que, uma das que
especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o plu-
ral, quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a Quando, em orações adjetivas restritivas, o pronome que
dos indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramati- vem antecedido de um dos ou expressão análoga, o verbo da
cal, mas ideológica: oração adjetiva flexiona-se, em regra, no plural:
“Uma grande multidão de crianças, de velhos, de mulhe- “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo.”
res penetraram na caverna...” (Alexandre Herculano)
(Alexandre Herculano)
“ A baronesa era uma das pessoas que mais desconfia-
“Havia na União um grupo de meninos que praticavam vam de nós.”
esse divertimento com uma pertinácia admirável.” (Machado de Assis)
(Carlos Povina Cavalcanti)
Essa é a concordância lógica, geralmente preferida pelos
A maior parte de, grande número de, etc. escritores modernos. Todavia, não é prática condenável fugir
ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjeti-
Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a mai- va no singular (fazendo-o concordar com a palavra um),
or parte de, parte de, a maioria de, grande número de, quando se deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a
etc., seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo, entender que ele sobressaiu ou sobressai aos demais:
quando posposto ao sujeito, pode ir para o singular ou para o
plural, conforme se queira efetuar uma concordância estrita- Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros.
mente gramatical (com o coletivo singular) ou uma concor-
dância enfática, expressiva, com a ideia de pluralidade suge- “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a
rida pelo sujeito. Exemplos: originalidade e importância da literatura brasileira.”
(João Ribeiro)
“A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.”
(Gilberto Freire) Observação:
“Grande parte dos atuais advérbios nasceram de subs- Há gramáticos que condenam tal concordância. Por coe-
tantivos.” rência, deveriam condenar também a comumente aceita em
(Mário Barreto) construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de
culpa? Quantos de nós somos completamente felizes?
“A maioria das pessoas são sinuosas, coleantes...”
(Ondina Ferreira) O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se apli-
ca apenas ao indivíduo de que se fala, como no exemplo:
“A maioria das palavras continua visível.”
(Carlos D. de Andrade) Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. [Jairo
é o único empregado que não sabe ler.]
“Meia dúzia de garimpeiros doentes esperava a consulta
matutina.” Ressalte-se, porém, que nesse caso é preferível construir
(Herman Lima) a frase de outro modo:
“Visitei os presos. Boa parte deles dormia [ou dormiam] Jairo é um empregado meu que não sabe ler.
no chão.
Dos meus empregados, só Jairo não sabe ler.
Um e outro, nem um nem outro
Na linguagem culta formal, ao empregar as expressões
O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo concor- em foco, o mais acertado é usar no plural o verbo da oração
da, de preferência, no plural. Exemplos: adjetiva:
“Um e outro se destinavam ao conhecimento...” O Japão é um dos países que mais investem em tecno-
(Hernani Cidade) logia.
“Uma e outra família tinham [ou tinha] parentes no Rio.”
Heráclito foi um dos empresários que conseguiram supe-
rar a crise.
“Depois nem um nem outro acharam novo motivo para
diálogo.”
Embora o caso seja diferente, é oportuno lembrar que,
(Fernando Namora)
nas orações adjetivas explicativas, nas quais o pronome que
Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava] é separado de seu antecedente por pausa e vírgula, a con-
cordância é determinada pelo sentido da frase:
– 72 –
Língua Portuguesa
Um dos meninos, que estava sentado à porta da casa, foi Todavia, a linguagem enfática justifica a concordância
chamar o pai. [Só um menino estava sentado.] com o sujeito da oração principal:
Um dos cinco homens, que assistiam àquela cena estu- “Sou eu quem prendo aos céus a terra.”
pefatos, soltou um grito de protesto. [Todos os cinco homens (Gonçalves Dias)
assistiam à cena.]
“És tu quem dás frescor à mansa brisa.”
Mais de um (Gonçalves Dias)
O verbo concorda, em regra, no singular. O plural será de “Nós somos os galegos que levamos a barrica.”
rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o numeral for (Camilo Castelo Branco)
superior a um. Exemplos:
“Somos nós quem a fazemos.”
(Ricardo Ramos)
Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta monta-
nha.
A concordância do verbo precedido do pronome relativo
Mais de um dos circunstantes se entreolharam com
que far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da
espanto.
oração principal, em frases do tipo:
Devem ter fugido mais de vinte presos.
Sou eu que pago.
Quais de vós? Alguns de nós
És tu que vens conosco?
Somos nós que cozinhamos.
Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais?
Eram eles que mais reclamavam.
quantos? ou um dos indefinidos alguns, muitos, poucos, etc.,
seguidos dos pronomes nós ou vós, o verbo concordará, por
Concordância com os pronomes de tratamento
atração, com estes últimos, ou, o que é mais lógico, na 3ª
pessoa do plural:
Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa,
embora se refiram à 2ª pessoa do discurso:
“Quantos dentre nós a conhecemos?”
(Rogério César Cerqueira)
Vossa Excelência agiu com moderação.
“Quais de vós sois, como eu, desterrados...?” Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.
(Alexandre Herculano) “Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe
“...quantos dentre vós estudam conscienciosamente o matem o tempo e os vassalos.”
passado?” (José de Alencar) (Rebelo da Silva)
“Alguns de nós vieram [ou viemos] de longe.” Concordância com certos substantivos próprios
no plural
Poucos dentre nós conhecem [ou conhecemos] as leis.
Certos substantivos próprios de forma plural, como Esta-
Observação: dos Unidos, Andes, Campinas, Lusíadas, etc., levam o verbo
para o plural quando se usam com o artigo; caso contrário, o
Estando o pronome no singular, no singular (3ª pessoa) verbo concorda no singular.
ficará o verbo:
“Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.”
Qual de vós testemunhou o fato? (Eduardo Prado)
Nenhum de vós a viu?
Nenhuma de nós a conhece. Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do fogo.
Qual de nós falará primeiro?
“Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões.
Pronomes quem, que, como sujeitos
Campinas orgulha-se de ter sido o berço de Carlos Go-
O verbo concordará, em regra, na 3ª pessoa, com os mes.
pronomes quem e que, em frases como estas:
Minas Gerais possui grandes jazidas de ferro.
Sou eu quem responde pelos meus atos.
Tratando-se de títulos de obras, é comum deixar o verbo
Somos nós quem leva o prejuízo. no singular, sobretudo com o verbo ser seguido de predicati-
vo no singular:
Eram elas quem fazia a limpeza da casa.
“As Valkírias mostra claramente o homem que existe por
Eu sou o que presenciou o fato. detrás do mago.”
“Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico...”
“Sou um homem que ainda não renegou nem da cruz,
nem da Espanha.” Concordância do verbo passivo
(Alexandre Herculano)
Quando apassivado pelo pronome apassivador se, o
“Éramos dois sócios que entravam no comércio da vida verbo concordará normalmente com o sujeito:
com diferente capital.”
(Machado de Assis) Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos.
Gastaram-se milhões, sem que se vissem resultados
concretos.
– 73 –
Língua Portuguesa
Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares Concordância do verbo ser
poder e dever, na voz passiva sintética, o verbo auxiliar con-
cordará com o sujeito. Exemplos: O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos
seguintes casos:
Não se podem cortar essas árvores.
[sujeito: árvores; locução verbal: podem cortar] 1) quando o sujeito é um dos pronomes tudo, o, isto, isso,
ou aquilo:
Devem-se ler bons livros.
[= Devem ser lidos bons livros] Tudo eram hipóteses.
Na mocidade tudo são esperanças.
Entretanto, pode-se considerar sujeito do verbo principal a
oração iniciada pelo infinitivo e, nesse caso, não há locução A concordância com o sujeito, embora menos comum, é
verbal e o verbo auxiliar concordará no singular. Assim: também lícita:
Não se podem [ou pode] cortar essas árvores. A cama são umas palhas.
Devem-se [ou deve-se] ler bons livros. A causa eram os seus projetos.
Os verbos haver, fazer (na indicação de tempo), passar O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concordará o
de (na indicação de horas), chover e outros que exprimem verbo ser:
fenômenos meteorológicos, quando usados como impesso-
ais, ficam na 3ª pessoa do singular: Emília é os encantos de sua avó.
Não havia ali vizinhos naquele deserto. 3) quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido
Havia já dois anos que não nos víamos. coletivo ou partitivo, e o predicativo um substantivo no plural:
Aqui faz verões terríveis.
Faz cinco anos que ele morreu. A maioria eram rapazes.
O resto são trastes velhos.
Observações:
4) quando o predicativo é um pronome pessoal ou um subs-
1. Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo tantivo, e o sujeito não é pronome pessoal reto:
que forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer:
O Brasil, senhores, sois vós.
Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio. O dono da fazenda serás tu.
Vai fazer cem anos que nasceu o genial artista. 5) quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a
palavra coisa:
2. O verbo chover, no sentido figurado [=cair ou sobrevir em
grande quantidade], deixa de ser impessoal e, portanto con- Divertimentos é o que não lhe falta.
cordará com o sujeito: Mentiras, era o que me pediam, sempre mentiras.
3. Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter, Seis anos era muito.
impessoal, por haver, existir. Nem faltam exemplos em es- Dois mil dólares é pouco.
critores modernos:
Na indicação das horas, datas e distâncias, o verbo ser é
“No centro do pátio tem uma figueira velhíssima, com um impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão
banco embaixo.” designativa de hora, data ou distância:
(José Geraldo Vieira)
Era uma hora da tarde.
4. Existir não é verbo impessoal. Portanto: Eram duas horas da tarde.
Nesta cidade existem [e não existe] bons médicos. Locução de realce é que
Não deviam [e não devia] existir crianças abandonadas. Eu é que tenho a ordem aqui.
[= Sou eu que mantenho a ordem aqui.]
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Língua Portuguesa
Nós é que trabalhávamos. Concordância com o sujeito oracional
[= Éramos nós que trabalhávamos.]
O verbo cujo sujeito é uma oração concorda obrigatoria-
Da mesma forma se diz, com ênfase: mente na 3ª pessoa do singular:
Vocês são muito é atrevidos. Parecia que os dois homens estavam bêbados.
verbo sujeito (oração subjetiva)
Era uma vez
Faltava dar os últimos retoques.
Por tradição, mantém-se invariável a expressão inicial de verbo sujeito (oração subjetiva)
histórias era uma vez, ainda quando seguida de substantivo
plural: Concordância com sujeito indeterminado
Era uma vez dois cavaleiros andantes. O pronome se pode funcionar como índice de indetermi-
nação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda obrigatoria-
A não ser mente na 3ª pessoa do singular.
A expressão correta é haja vista, e não haja visto. Pode Um quinto dos bens cabe ao menino.
ser construída de três modos: Dois terços da população vivem da agricultura.
Hajam vista os livros desse autor. [= tenham vista, vejam- Concordância com percentuais
se]
Haja vista os livros desse autor. [= por exemplo, veja] O verbo deve concordar com o número expresso na por-
Haja vista aos livros desse autor. [= olhe-se para, atente- centagem:
se para os livros]
Só 1% dos eleitores se absteve de votar.
Bem haja. Mal haja Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar.
Bem haja e mal haja usam-se em frases optativas e Concordância com o pronome nós subentendido
imprecativas, respectivamente. O verbo concordará normal-
mente com o sujeito, que vem posposto: O verbo concorda com o pronome subentendido nós em
frases do tipo:
Bem haja Sua Majestade!
Mal hajam as desgraças da minha vida... Todos estávamos preocupados. [= Todos nós estamos
preocupados.]
Concordância dos verbos bater, dar e soar Os dois vivíamos felizes. [= Nós dois vivíamos felizes.]
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Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS
10. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
1 – Num dos advérbios abaixo não se observa a concordân-
cia prescrita pela gramática:
a) Não se apanham moscas com vinagre. Regência trata das relações de dependência entre um
b) Casamento e mortalha no céu se talha. nome ou um verbo e seus complementos. Quando um termo
c) Quem ama o feio bonito lhe parece. exige complemento o chamamos de regente e o termo com-
d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias. plementar de regido. Há dois tipos: regência nominal e re-
gência verbal.
2 – Assinale a opção correta quanto à concordância verbal:
a) Devem haver outras razões para ela ter desistido. REGÊNCIA NOMINAL
b) Foi então que começou a chegar um pessoal estranho.
c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos. Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo
d) Não se admitirá exceções. ou advérbio).
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Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS REGÊNCIA VERBAL
1) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal: Quando o termo regente é um verbo.
Agradar e desagradar
4) As palavras alusão, erudito, passível regem, respectiva-
mente, as preposições: • No sentido de fazer carinho, é transitivo direto.
6) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal: Ele aspirava ao cargo de diretor.
VTI OI
a) Sou contrário ao voto dele.
b ) Sua atitude não foi compatível ao seu pensamento. Assistir
c) Ele era entendido em história.
d) Fica próximo ao Largo do Paissandu. • No sentido de ver, é transitivo indireto (preposição a).
e) Sou leal aos meus princípios.
Assistimos ao jogo de basquete.
VTI OI
7) Ocorre regência nominal inadequada em:
• No sentido de prestar assistência, ajudar, é transitivo
a) Ele sempre foi insensível a elogios. direto.
b) Estava sempre pronta a falar.
c) Sempre fui solícito com a moça. A enfermeira assistiu o paciente com muito cuidado.
d) Estava muito necessitado em carinho. VTD OD
e) Era impotente contra tantas maldades.
• No sentido de pertencer, caber, é transitivo indireto
(preposição a).
RESPOSTAS Assiste ao diretor comunicar as novas regras.
1-C 2-B 3-D 4-A 5-E 6-B 7-D VTI OI
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Língua Portuguesa
• No sentido de morar, residir é intransitivo. • No sentido de acolher ou receber, é transitivo direto.
Há dois anos ele assiste em São Paulo O diretor da escola atendeu os pais.
VI VTD OD
Amar Chegar
• é transitivo direto. • é intransitivo (preposição a).
As crianças amam seus brinquedos. Cheguei à escola.
VTD OD VI adjunto adverbial
• é intransitivo.
Consistir
Amei demais e não fui correspondido.
• é transitivo indireto (preposição em).
VI
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Língua Portuguesa
Ensinar • É transitivo indireto quando o objeto refere-se à pessoa
(preposição a).
• É transitivo direto e indireto.
Vou pagar ao dentista.
Helena ensina inglês aos alunos. VTI OI
VTDI OD OI
Papai perdoou aos meninos.
VTI OI
Esquecer e lembrar
• É transitivo direto e indireto quando possui os dois objetos.
• É transitivo direto quando não for pronominal.
Papai perdoou as falhas aos meninos.
Esqueci o seu nome. VTDI OD OI
Lembrei o seu aniversário.
Precisar
• É transitivo indireto quando for pronominal (preposição de).
• No sentido de marcar com precisão, é transitivo direto.
Esqueci-me do seu nome.
Lembrei-me do seu aniversário. O repórter não precisou o local do acidente.
VTD OD
• No sentido de necessitar, é transitivo indireto (preposição
Informar de).
Informou aos colegas os seus problemas. • É transitivo direto e indireto (preposição a).
VTDI OI OD
Prefiro vinho a cerveja.
Ir VTDI OD OI
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Língua Portuguesa
• No sentido de passar visto, é transitivo direto.
11. SIGNIFICAÇAO DAS PALAVRAS
O gerente visou o cheque.
VTD OD
• No sentido de pretender, ter em vista, é transitivo O estudo das significações das palavras é um assunto na
indireto (preposição a). Língua Portuguesa exclusivo da Semântica.
a) Visei um passaporte e fui viajar. Sinonímia ou sinônimos são palavras que possuem
b) Quero um bom emprego. significados iguais ou semelhantes.
c) Aninha sempre obedece a mãe.
d) Esqueci-me do endereço. Aquela garota é veloz.
e) Simpatizo com você. Aquela garota é rápida.
2) Escolha a regência verbal correta do verbo chamar: Entre os sinônimos, há sempre um que se destaca por ser
mais expressivo, assim, no dicionário, aparecem vários signi-
a) Chamamo-la de esperta. ficados de cada palavra, cabe ao escritor achar a mais apro-
b) Chamamo-la esperta. priada ao seu contexto.
c) Chamamos-lhe esperta.
d) Todas as alternativas estão corretas. ANTÔNIMOS OU ANTONÍMIA
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Antonímia ou antônimos são palavras que possuem
3) A regência está correta em: significados opostos.
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Língua Portuguesa
– Homônimos perfeitos: possuem a mesma grafia e o Veja, a seguir, a relação de alguns parônimos:
mesmo som.
o rio (substantivo) eu rio (verbo) absolver - perdoar
cedo (verbo) cedo (advérbio de tempo) absorver - sorver
acostumar - contrair hábito
Veja, a seguir, a relação de alguns homônimos: costumar - ter por hábito
amoral - indiferente à moral
acender - pôr fogo imoral - contra a moral
ascender - subir
apóstrofe - figura de linguagem
acento - sinal gráfico
assento - lugar de sentar-se apóstrofo - sinal gráfico
aço - metal aprender - instituir-se
asso - (verbo) 1ª pessoa do indicativo apreender - assimilar
banco - assento arrear - pôr arreios
banco - estabelecimento arriar - descer, baixar
caçar - pegar animais cavaleiro - aquele que anda a cavalo
cassar - anular cavalheiro - homem educado
cela - pequeno quarto comprimento - extensão
sela - arreio e (verbo) 3ª pessoa sing. do indicativo cumprimento - saudação
censo - recenseamento deferir - conceder, atender
senso - juízo diferir - ser diferente, adiar
cerrar - fechar
delatar - denunciar
serrar - cortar
dilatar - alargar
cessão - ato de ceder
seção, secção - divisão descrição - ato de descrever
sessão - reunião discrição - ser discreto
cesto - balaio descriminar - inocentar
sexto - numeral ordinal discriminar - distinguir
cheque - ordem de pagamento despensa - lugar onde se guardam mantimentos
xeque - lance do jogo de xadrez dispensa - licença
concerto - apresentação musical destratar - insultar
conserto - (verbo) 1ª pessoa singular do indicativo distratar - desfazer
coser - costurar emergir - vir à tona
cozer - cozinhar imergir - mergulhar
espiar - espionar emigrar - sair da pátria
expiar - sofrer castigo
imigrar - entrar num país estranho para nele morar
estático - imóvel
extático - admirado eminente - notável, célebre
iminente - prestes a acontecer
estrato - tipo de nuvem
extrato - resumo estádio - praça de esportes
incerto - não certo estágio - preparação, período
inserto - incluído flagrante - evidente
intercessão - interceder fragrante - perfumado
interseção - corte feito no meio do objeto incidente - episódio
laço - nó acidente - desastre
lasso - gasto, cansado, frouxo inflação - desvalorização (dinheiro)
manga - fruta da mangueira infração - violação
manga - parte do vestuário infligir - aplicar castigo
paço - palácio infringir - não respeitar
passo - passada
ótico - relativo ao ouvido
ruço - desbotado
russo - da Rússia óptico - relativo à visão
são - saudável, com saúde peão - amansador de cavalos, peça no jogo de xadrez
são - (verbo) 3ª pessoa plural do indicativo pião - brinquedo
são - forma reduzida de santo pequenez - relativo a pequeno
sexta - redução de sexta-feira pequinês - originário de Pequim, raça de cães
cesta - recipiente plaga - região, país
sesta - hora em que se descansa ou dorme após o praga - maldição
almoço pleito - disputa eleitoral
taxar - estabelecer a taxa de preito - homenagem
tachar - qualificar em mau sentido precedente - antecedente
procedente - proveniente
PARÔNIMOS OU PARONÍMIA ratificar - confirmar
retificar - corrigir
Paronímia ou parônimos são palavras que possuem reboco - argamassa de cal e areia
significados diferentes, mas são muito parecidas no som e na reboque - cabo que prende um veículo a outro
escrita.
soar- produzir som
O garotinho gosta de brincar de pião. suar – verter suor pelos poros
O garoto sonha em ser peão de boiadeiro.
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Língua Portuguesa
POLISSEMIA DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
a) sensual
b) lacônico LINGUAGEM CONOTATIVA
c) insolente
d) fatídico É muito utilizada em linguagem literária, nas propagan-
e) trágicos das, nas letras de música, nas revistas, nos jornais; pois
mostra o sentido figurado.
3) Assinale a alternativa incorreta quanto à significação da
palavra: Meu coração ficou apertado, quando o vi.
Palavras Homógrafas
4) Assinale a alternativa que possua o sentido conotativo:
Palavras homógrafas são aquelas que possuem mesma
grafia, mas distinguem-se quanto à pronúncia da vogal tôni- a) A bomba destruiu o quarteirão.
ca. A diferença da pronúncia gera significação contextual b) Os bombeiros chegaram antes que o fogo se alastrasse.
diversa. c) Os olhos são o espelho da alma.
d) O mapa do tesouro estava perdido.
Exemplo: São homógrafos: pego, que tanto pode ser o
verbo pegar na primeira pessoa do singular, do presente do
indicativo (pronúncia do e aberto); ou o verbo pegar no parti- RESPOSTAS
cípio irregular (pronúncia do e fechado). 1-B 2-A 3-B 4-C
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Língua Portuguesa
h) Polidez (formalidade)
12. REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS
A polidez consiste no emprego de boas maneiras, de
expressões fidalgas, no tratamento respeitoso, digno e apro-
Redação oficial é a maneira de redigir a correspondência priado aos superiores, iguais e inferiores. A polidez abrange
e outros atos nos diversos órgãos públicos. A redação oficial ainda a discrição, qualidade indispensável a todos quantos
se preocupa com a objetividade, a eficácia e a exatidão das lidam com assuntos oficiais, muitas vezes sigilosos e de pu-
comunicações. A unidade de um texto é reconhecida pelas blicidade inconveniente.
diversas partes que se juntam formando uma totalidade. Um
bom texto precisa estar completo, apresentando todas as i) Expressividade
informações que contribuem para a unidade do texto.
Um bom texto deve ter linguagem própria e expressiva.
Deve-se evitar os clichês, as frases feitas e os lugares-
QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL comuns.
A concisão consiste em apresentar exatamente as ideias A concessão do alvará obedece a dois princípios: o bem-
que se pretende comunicar, com aquelas palavras e expres- estar da coletividade e o respeito à livre iniciativa.
sões necessárias ao seu perfeito entendimento. A linguagem
deve ser precisa e deve-se evitar o excesso de palavras. Há vários tipos de alvará:
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Língua Portuguesa
Na ata não se fazem parágrafos ou alíneas, escreve-se d) Assinatura: nome da autoridade competente, com indica-
tudo seguidamente para evitar que nos espaços em brancos, ção de seu cargo ou função.
se façam acréscimos.
6. AVISO
Os assuntos são lançados em ordem cronológica. A assi-
natura, conforme o caso, é feita pelo presidente e secretário; O aviso é um tipo de correspondência cujas característi-
podendo também ser feita pelos demais participantes da cas são amplas e variáveis. Tanto pode ser uma comunica-
reunião. A ata consta de: ção direta ou indireta.
As informações que estão contidas num comunicado
a) Cabeçalho: no cabeçalho deve haver o número da ata e normalmente são eventos ou situações que, sendo divulga-
ou tipo de reunião. das nos meios de comunicação, requerem relativa antece-
dência.
b) Abertura: na abertura, devem constar os seguintes Partes de um aviso:
dados:
– Dia, mês, ano e hora da reunião; a) Timbre (cabeçalho): dizeres impressos na folha, ao alto.
– Local da reunião; b) Índice e número: iniciais do órgão que expede o aviso e
– Nome da entidade reunida; o número de ordem deste.
– Pessoas presentes que tenham qualificação; c) Local e data em que foi assinado o aviso.
– Nomes de quem residiu e secretariou; d) Vocativo: tratamento ou cargo de função do destinatário.
– Finalidade da reunião. e) Texto: exposição do assunto.
f) Fecho: tem a finalidade de marcar o encerramento do
c) Quorum: para que a reunião tenha validade, é necessário texto e de saudar o destinatário.
um número mínimo de participantes. Havendo um quorum, g) Assinatura e identificação do signatário: nome e cargo ou
declara-se a legalidade da reunião. Caso não haja quorum, função do destinatário.
registre o fato e anote a transferência da reunião para outro
dia e hora. 7. CERTIDÃO
d) Fecho: o fecho é sempre imutável. Certidão é um documento jurídico pelo qual se certifica
algo constante de elemento concreto, revestido de formalida-
Exemplo: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reuni- des legais adequadas, mandado fornecer por autoridade
ão, agradecendo a presença de todos. E para constar eu, competente, a requerimento do interessado, solicitado ou
Beatriz Mendonça, lavrei a presente ata que depois de lida e requisitado ex officio por autoridade administrativa ou judicial
aprovada, será assinada por mim, pelo senhor presidente e e destinado a fazer certa a existência de registro em livro,
por todos os presentes. processo ou documento qualquer em poder do expedidor,
referente a determinado ato ou fato, ou dar certa a existência
4. ATESTADO (DECLARAÇÃO) de tal registro.
Há vários tipos de autos, de acordo com os fatos ou ocor- Observação: Se um memorando, um ofício ou uma carta
rências que neles se registram: auto de penhora, de infração, forem dirigidos multidirecionalmente, serão chamados de
de flagrante, etc. memorando-circular, ofício-circular e carta-circular.
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Língua Portuguesa
10. CORREIO ELETRÔNICO A carta pessoal pode apresentar-se no padrão da lingua-
gem formal culta sem perder o grau de afetividade – tão co-
Correio eletrônico, mais conhecido como e-mail, é uma mum nesse tipo de correspondência. Não seguem modelos
das formas mais usadas de comunicação atualmente, é, na prontos. Não há regras fixas para se escrever uma carta
sociedade informatizada, a forma mais utilizada e rápida pessoal. Afora a data, o nome da pessoa a quem se destina e
entre as pessoas para enviar e receber correspondência. o nome de quem a escreve, a forma de redação de uma carta
pessoal é extremamente particular.
Para utilizar o e-mail é preciso possuir uma linha telefôni-
ca, um computador conectado à Internet e, logicamente, o BILHETE
endereço eletrônico, que é o seu e-mail.
O bilhete é utilizado para pequenas mensagens escritas,
A Internet é uma rede de comunicação que interliga com- geralmente para informar ou pedir algo. Como não se trata de
putadores do mundo todo, facilitando o envio de mensagens. assunto sigiloso, não precisa ser colocado em envelope. A
linguagem utilizada é informal e por se tratar de um texto
Ter o computador conectado à Internet aponta inúmeras curto, a concisão é fundamental, ou seja, o bilhete deve se
vantagens: não é preciso ir ao correio, nem comprar envelope restringir ao assunto principal.
ou selos; a comunicação chegará ao destinatário em poucos
minutos. De casa ou do escritório, você pode se comunicar CONVITE
praticamente com todas as partes do mundo sem custos, a
não ser o de estar ligado à Internet. O convite é um tipo de correspondência cuja mensagem
solicita a presença de alguém em uma reunião ou evento
A linguagem utilizada no e-mail varia em função do (aniversário, casamento, etc.). Denomina-se convocação ou
assunto da mensagem e do destinatário. intimação, quando a presença do convidado é obrigatória.
Muitas vezes o convite é o ingresso da pessoa para entrar no
Dicas: local de evento, devendo, portanto, ser apresentado na en-
trada. Devem constar num convite alguns dados básicos:
• Não use letras maiúsculas nos endereços eletrônicos;
• Nome da pessoa ou entidade que convida;
• Não acentue as palavras ao enviar mensagens para outros • Finalidade do convite;
países; • Data, horário e endereço;
• Informações complementares, se necessárias: traje, motivo
• Ao final do texto, assine a mensagem e repita o seu endere- do evento, informações sobre transportes etc.
ço eletrônico. Ele aparecerá na tela do destinatário na cor
azul, indicando que para responder à mensagem basta clicar CARTA OFICIAL E COMERCIAL
sobre o endereço.
Frequentemente recebemos cartas oficiais e também
11. CORRESPONDÊNCIA comerciais. A oficial é enviada pelos poderes públicos, e as
comerciais pelas entidades comerciais, industriais ou de
Existem diversos tipos de correspondência e cada qual prestação de serviços (comunicações de multas de trânsito,
objetiva atender uma expectativa: familiar, comercial, oficial mudanças de endereço, assinaturas de revistas e/ou jornais
etc. etc.). Esse tipo de carta caracteriza-se por seguir modelos
prontos, em que o remetente só altera alguns dados.
No processo de comunicação não se pode falar em lin-
guagem correta, mas linguagem adequada. O objetivo maior de uma carta comercial é a transmissão
de uma informação e essa também deve ser o objetivo de
A linguagem correta é adequada ao assunto tratado (mais quem a redige, ou seja, o conteúdo deve ser significativo.
formal ou mais informal), à situação que está sendo produzi- Sua redação deve se caracterizar pela clareza, persuasão,
da, à relação entre emissor e destinatário. A linguagem e o prudência, simplicidade e correção gramatical, buscando
tratamento vão variar de acordo com o grau de intimidade produzir uma impressão agradável. Partes de uma carta
entre os correspondentes, por isso, antes de escrever, pense comercial:
no receptor.
• Timbre com endereço;
Os clichês, tão condenados na produção de textos, são • Local e data;
expressões nada originais que devem ser evitadas nas cartas • Endereço;
formais e também nas informais. Veja alguns exemplos: • Referência;
• Invocação;
"Escrevo-lhe estas mal traçadas linhas... ” • Texto;
"Sirvo-me da presente... ” • Cumprimento final;
"Vimos através desta informar... ” • Assinatura.
"Sem mais para o momento” troque por
12. DESPACHO
"Atenciosamente”.
Despacho é a manifestação proferida pela autoridade
CARTA PESSOAL administrativa no caso submetido à sua apreciação, podendo
ser favorável ou desfavorável à pretensão solicitada pelo
Vale-se desse tipo de correspondência pessoas que man- administrado, funcionário ou não.
têm algum tipo de relação íntima: de amizade, de amor ou
familiar e têm como objetivo tratar assuntos comuns. Partes de um despacho:
– 85 –
Língua Portuguesa
a) Número do processo e do parecer a que se refere o des- Partes de uma ordem de serviço:
pacho, quando divulgado em órgão oficial.
b) Título: denominação do documento, especialmente quando a) Título: identificação, número e data de expedição do ato.
divulgado em órgão oficial.
c) Texto: teor da decisão. b) Texto: desenvolvimento do assunto.
d) Data (dia, mês, ano).
e) Assinatura: nome e cargo ou função da autoridade que c) Assinatura: nome da autoridade e indicação do cargo que
exara o despacho. ocupa ou função que exerce.
13. EDITAL
18. PARECER
Edital é um ato governamental oficial, contendo aviso,
determinação, postura, ou citação, mandado publicar, por Pareceres administrativos são manifestações de órgãos
autoridade competente, no órgão oficial ou outros órgão de técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração e
imprensa, ou, ainda, afixado em lugares públicos, onde seja que servem de base para a decisão. Na Administração Públi-
facilmente lido por todos. ca, o parecer, geralmente, é parte
integrante de um processo, para o qual aponta solução favo-
Normalmente, os editais também são publicados nos rável ou desfavorável, precedida da necessária justificação,
jornais de maior circulação, integralmente ou mediante anún- com base em dispositivos legais, em jurisprudência e em
cio resumido de seu conteúdo. informações.
Em certos casos, por interesse em sua ampla divulgação, O parecer pode ser:
são inseridos, inclusive, na imprensa de outros centros impor-
tantes. • Normativo: se, ao ser aprovado, se torna obrigatório para os
casos idênticos que surgirem no futuro.
Partes de um edital:
• Vinculante: quando a decisão da autoridade solicitante está
• Título: denominação do ato. presa às conclusões do documento.
• Ementa: resumo do assunto do edital.
• Texto: desenvolvimento do assunto • Facultativo: quando a autoridade que o solicitou não está
• Assinatura: nome da autoridade competente, indicando-se obrigada a observar as conclusões do documento.
seu cargo ou função.
Partes de um parecer:
14. INFORMAÇÃO
a) Designação: número do processo, ao alto, no centro do
Informação é o instrumento pelo qual o servidor subalter- papel;
no é incumbido de estudar o processo, instrumento ou qual-
quer documento e esclarecer o que se fizer necessário, a fim b) Título: denominação do ato seguido do número de ordem;
de que o chefe imediato possa formar juízo exato sobre o
assunto e deliberar ou encaminhar o caso em tela à autorida- c) Ementa: resumo do assunto do parecer.
de de superior.
d) Texto, que constará de:
15. MEMORANDO
– introdução (histórico);
O memorando é um documento bastante utilizado para – esclarecimentos (análise do fato); e
comunicações breves entre diretores e chefes de serviço. O – conclusão, clara e objetiva, do assunto.
memorando é um documento de comunicação semelhante ao
ofício, porém mais simples.
19. PORTARIA
16. OFÍCIO
Portarias são atos pelos quais as autoridades competen-
O ofício é um documento escrito de correspondência tes determinam providências de caráter administrativo, dão
formal entre autoridades da mesma categoria, ou de hierar- instruções sobre a execução de leis e de serviços, definem
quias diferentes, no qual se faz uma comunicação de nature- situações funcionais e aplicam medidas de ordem disciplinar.
za administrativa ou se baixa uma ordem.
Partes de uma portaria:
O ofício é o tipo mais comum de correspondência oficial,
mas cabe somente ao órgão público expedir um ofício. a) Numeração: número do ato e data de expedição.
Ordens de serviço são determinações especiais dirigidas c) Fundamentação: citação da legislação básica em que a
aos responsáveis por obras ou serviços públicos, contendo autoridade apoia sua decisão, seguida da palavra resolve.
imposições de caráter administrativo, ou especificações téc-
nicas sobre o modo e forma de sua realização. d) Texto: desenvolvimento do assunto.
A ordem de serviço é uma comunicação escrita entre o e) Assinatura: nome da autoridade que expede o ato.
chefe e seus subordinados, para que as responsabilidades
fiquem documentadas.
– 86 –
Língua Portuguesa
20. PROCURAÇÃO a) A invocação deve estar no alto da folha e deve indicar o
cargo da autoridade a quem é dirigido tal requerimento. Não
A procuração é um documento através do qual uma pes- coloque o nome do ocupante do cargo.
a
soa ou empresa autoriza, outorga legalmente poderes e direi- Para altos dignitários, use Exmo. Sr. E V. Ex .;
a
tos a outra a fim de que o outorgado possa tratar de negócios Para Ilmº. Sr., use V. S .
ou agir em seu nome.
b) Deve constar no texto, de preferência um único parágrafo,
Ela se dá por instrumento particular (redigida de próprio com o nome e dados pessoais do requerente (nome, estado
punho pelo mandante, com reconhecimento de firma), ou por civil, nacionalidade, CIC, RG, profissão e residência de acor-
instrumento público (lavrada por tabelião em livro de notas e do com o que pretende) além da e a justificativa do pedido;
da qual se fornece translado).
c) É preciso que o verbo "requerer” esteja seguido do pedido
Partes de uma procuração: propriamente dito;
a) Título: procuração. d) O fecho, ou seja, a conclusão, deve solicitar que seu pedi-
do seja atendido. Geralmente é expresso por "Nesses ter-
b) Qualificação: nome, nacionalidade, estado civil, profissão, mos”, "Pede deferimento” ou "Aguardo deferimento”;
CPF e residência do outorgante (constituinte ou mandante) e
também do outorgado (procurador ou mandatário). e) Após a conclusão, fazer constar local, data e assinatura.
Veja um exemplo:
c) Finalidade e Poderes: Parte que o outorgante declara a
finalidade da procuração, bem como autoriza o outorgado a
praticar os atos para os quais é nomeado. 23. TELEGRAMA, TELEX, FAX
• Introdução: aqui deve constar a indicação do assunto, o fato Emprega-se este serviço quando o destinatário possui
investigado, a experiência feita e seus objetivos; máquina apropriada para receber a mensagem.
Requerimento é um documento específico de solicitação. Por sua velocidade e por ser, em princípio, menos onero-
Também chamado de petição. Por meio desse instrumento, a so que o telegrama e o telex, o fax tende a substituir, em
pessoa física ou jurídica requer algo a que tem direito (ou muitos casos, outras formas de correspondência, à medida
pressupõe tê-lo), concedido por lei, decreto, ato, decisão etc. que as diversas repartições públicas passarem a dispor da
aparelhagem necessária.
Deve ser escrito em linguagem clara e formal; no entanto,
muitas escolas, empresas e órgãos públicos possuem até O fax deve ser utilizado principalmente para a transmis-
formulários próprios, cabendo ao requerente apenas comple- são de mensagens urgentes e para o envio antecipado de
tar com seus dados pessoais. documentos de cujo conhecimento haja urgência, quando
não há condições do envio do documento por meio eletrôni-
Dados obrigatórios no requerimento: co.
– 87 –
Língua Portuguesa
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia
xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos EXERCÍCIOS FINAIS
modelos, se deteriora rapidamente.
2) A qualidade do estilo pela qual devemos empregar os 3) Assinale a alternativa em que não há erro de ortografia:
termos necessários à enunciação das ideias refere-se à:
a) digladiar, urtiga, pajé,
a) Clareza; b) Harmonia; b) geito, realeza, enchada
c) Precisão; d) Coesão; c) chope, foice, admição
e) Concisão. d) exceto, hospitalisar, crecer
e) Mogi, ante-herói, jaboticaba
3) Entende-se por “clichês”:
4) A letra maiúscula foi mal empregada em:
a) Frases desconexas; b) Frases ambíguas;
c) Frases prolixas; d) Frases feitas; a) Joãozinho era um garoto muito esperto.
e) Citações. b) Nas próximas férias, irei para o Sul.
c) Meu aniversário é no mês de Julho.
4) O documento que leva uma reivindicação de um grupo de d) Vossa Excelência é um homem muito sensato.
pessoas a uma autoridade é chamado de: e) O Sol é o astro rei.
– 88 –
Língua Portuguesa
8) Assinale a alternativa em que se usa a vírgula:
16) Aponte a alternativa que apresenta um complemento
a) entre o nome e o adjunto adnominal. nominal:
b) entre o sujeito e o predicado.
c) entre uma enumeração de palavras. a) Aquele candidato é favorável à Reforma Agrária.
d) entre o verbo e seus complementos. b) Preciso pagar ao açougueiro.
e) entre o nome e o adjunto adnominal. c) Não bebas do meu vinho!
d) Telefonaram para mim.
9) Indique a alternativa incorreta quanto ao uso da pontua- e) Obedeça a seu pai.
ção:
17) Assinale a alternativa incorreta quanto à sua classifica-
a) A ordem é insistir, insistir, até conseguir. ção:
b) São Paulo, 09 de outubro de 2004.
c) Bernardo aprendeu a andar de (skate) com muita facilida- a) Vi muitas pessoas na praça. (objeto direto)
de. b) Jantamos as três juntas. (núcleo do sujeito)
d) – Quantos anos você tem? c) Este livro pertence a ele. (objeto indireto)
e) Que frio! d) Respondi tudo ao professor. (complemento nominal)
e) As pessoas aplaudiam de pé ao espetáculo. (sujeito)
10) Aponte a oração em que o verbo está na 2ª pessoa do
plural: 18) Assinale a alternativa incorreta quanto à sua classificação
do termo em destaque.
a) Contai a vossa história. b) Conte a sua história.
c) Conta a tua história. d) Contem a sua história. a) Você trabalha ou estuda. (oração coordenada sindética
e) Contemos a nossa história. alternativa)
b) Ele ajeitou a roupa e retirou-se. (oração coordenada sin-
11) Assinale alternativa incorreta: dética adversativa)
c) João estudou muito, logo foi aprovado. (oração coorde-
a) O futuro do subjuntivo expressa um fato que vai acontecer nada sindética conclusiva)
relacionada a outro fato futuro. d) Fui ao circo e assisti ao espetáculo. (oração assindética)
b) O pretérito mais-que-perfeito expressa um fato anterior a e) Paulinho trabalha e sonha. (oração coordenada sindética
outro fato que também é passado. aditiva)
c) O pretérito imperfeito expressa um fato já concluído em
época passada. 19) “Só quero uma coisa: que sejas feliz.”
d) O presente do subjuntivo expressa um fato atual, expri-
mindo suposição, dúvida, possibilidade. A oração destacada é subordinada substantiva:
e) O futuro do pretérito expressa um fato futuro, mas de for-
ma hipotética em relação a um momento passado. a) objetiva indireta
b) predicativa
12) Assinale o uso incorreto quanto ao uso do acento indica- c) completiva nominal
tivo de crase: d) objetiva direta
e) apositiva
a) Chegarei à casa de meus parentes daqui a uma semana.
b) João foi andar à cavalo. 20) “Resolvi os problemas em que pensava sempre. ”
c) Gosto de arroz à grega.
d) Assisto à novela todas as noites. A oração destacada é subordinada:
e) À noite, viajaremos tranqüilos.
a) substantiva objetiva indireta
13) Nas orações a seguir: b) substantiva completiva nominal
I - O orador trovejou insultos. c) adjetiva restritiva
II - Trabalharam como condenados. d) adjetiva explicativa
III - Espero que você encontre trabalho. e) substantiva objetiva direta
– 89 –
Língua Portuguesa
a) Praticam esporte Ana e Flávia. São Paulo: Moderna, 2003.
b) Fazem anos que estudo inglês.
c) Aluga-se casas. • Ferreira, Mauro.
d) Três metros de tecido são pouco para se fazer uma canti- Aprender e praticar gramática: teoria, sínteses das
na. unidades, atividades práticas, exercícios de vestibulares: 2º
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