O documento descreve a partida das naus de Vasco da Gama em sua viagem para a Índia. A cerimônia religiosa na praia é seguida por lamentos das mães, esposas e crianças que se separam dos marinheiros. Vasco da Gama ordena uma partida rápida para evitar que mudassem de ideia.
O documento descreve a partida das naus de Vasco da Gama em sua viagem para a Índia. A cerimônia religiosa na praia é seguida por lamentos das mães, esposas e crianças que se separam dos marinheiros. Vasco da Gama ordena uma partida rápida para evitar que mudassem de ideia.
O documento descreve a partida das naus de Vasco da Gama em sua viagem para a Índia. A cerimônia religiosa na praia é seguida por lamentos das mães, esposas e crianças que se separam dos marinheiros. Vasco da Gama ordena uma partida rápida para evitar que mudassem de ideia.
O documento descreve a partida das naus de Vasco da Gama em sua viagem para a Índia. A cerimônia religiosa na praia é seguida por lamentos das mães, esposas e crianças que se separam dos marinheiros. Vasco da Gama ordena uma partida rápida para evitar que mudassem de ideia.
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Escola Básica de Mafra
Episódio das Despedidas em Belém
Prof. Ofélia Franco
A Partida das Naus
O dia começou com uma cerimónia religiosa em santa Maria de Belém, com missa e comunhão geral, seguida de procissão até à praia do Restelo (praia de lágrimas, como disse João de Barros), onde nos aguardavam as naus. A gente da cidade estava toda na praia, uns pelos amigos, ou parentes, ou por simples curiosidade. Estavam já saudosos na vista e descontentes – todos nos tinham por perdidos e manifestavam com suspiros, os homens, com lágrimas, as mulheres. Particularmente sofredoras eram as Mães, Esposas, Irmãs – que o temeroso amor mais desconfia, isto é, torna desconfiadas – e que se encontravam desesperadas, com o receio de não os tornar a ver. Dizia uma das Mães: - Ó filho, com quem eu contava para refrigério e doce amparo na velhice, porque me abandonas, em troco de uma morte no mar, para seres mantimento de peixes? E uma Esposa: - Ó doce e amado esposo, /sem quem nunca quis amor que viver possa porque aventurais no mar essa vida que não é já vossa, mas minha? Como é possível que esqueçais a afeição tão doce nossa?/ Nosso amor, nosso vão contentamento, / Quereis que com as velas leve o vento? Também os velhos e os meninos acompanhavam com lamentos estas mulheres e a própria Natureza parecia apiedar-se. Foi por isso que dei ordens para partirmos de imediato, sem as despedidas habituais, antes que mudássemos de ideias. Amélia Pinto Pais, Os Lusíadas em Prosa O episódio pode dividir-se em três partes: 1ªparte – 83 -86: Introdução: - Localização espácio-temporal; - Vista geral da praia; - Preparação religiosa/ espiritual dos marinheiros. Nesta parte, é feita uma localização espácio-temporal da ação. Assiste-se ao alvoroço geral dos últimos preparativos para o embarque da “gente marítima e a de Marte” – marinheiros e soldados. As naus já estão prontas e os nautas reúnem-se em oração na ermida de Nossa Senhora de Belém.
2ªparte – 87 – 92: Desenvolvimento:
Na segunda parte, descreve-se a procissão do Gama e seus companheiros, desde a ermida até aos batéis, pelo meio da gente da cidade, homens e mulheres, velhos e meninos, dando-se relevo especial às mães e esposas. Tanto os que partem como os que ficam se entristecem e a despedida ganha grande emotividade. O narrador, Vasco da Gama, narrador participante, com a finalidade de fornecer maior autenticidade ao seu discurso perante o rei de Melinde, evoca palavras emocionadas de uma mãe e de uma esposa. A própria natureza partilha do sofrimento e da dor deste momento.
3ªparte – 93: Conclusão:
A terceira parte refere-se ao embarque que, por determinação de Vasco da Gama, é feito sem as despedidas habituais, para assim diminuir o sofrimento tanto dos que partem como dos que ficam e também para evitar que os marinheiros desistissem de partir. _____________________________________________________________________
Este episódio corresponde ao início da viagem de Vasco da Gama. O episódio
só surge neste momento, visto que está inserido na sequência cronológica da História de Portugal que Vasco da Gama está a narrar ao rei de Melinde e também visto ser obrigatório que a narração se inicie in media res.