TC 1 Unichristus
TC 1 Unichristus
TC 1 Unichristus
1.Leia:
"Os países asiáticos não padeciam dos mesmos males econômicos que nós, CONQUANTO
sofressem de outro tipo de deficit, o deficit democrático inerente ao autoritarismo confuciano."
FOLHA DE S.PAULO - 26/7/98
A opção que substitui a palavra CONQUANTO, no texto acima, sem alterar o sentido básico da frase e
sem exigir alteração da forma verbal, é:
a) ainda que.
b) porquanto.
c) entretanto.
d) enquanto.
e) apesar de.
Os Músicos
"Faz calor. Os grandes espelhos da parede vieram da Europa no fundo do porão; cristal puro. 'Tua vó fez
risinhos e boquinhas, namorou dentro desse espelho'. Respondo: 'Minha avó nunca viu esse espelho,
ela veio noutro porão'. Nesse instante chegam os músicos, três: piano, violino, bateria; o mais moço, o
pianista tem quarenta anos, mas é também o mais triste, um rosto de quem vai perder as últimas
esperanças, ainda tem um restinho mas sabe que vai perdê-las num dia de calor tocando os Contos dos
Bosques de Viena, enquanto lá embaixo as pessoas comem bebem suam sem ao menos por um instante
levantar os olhos para o balcão onde ele trabalha com os outros dois: Stein, no violino - cinquenta e seis
anos, meio século atrás: espancado com uma vara fina, trancado no banheiro, privado de comida 'nem
que eu morra você vai ser um grande concertista' e quando Sara, sua mãe, morreu, ele tocou Strauss no
restaurante com o coração cheio de alegria - Elpídio na bateria, cinquenta anos, mulato, coloca um
lenço no pescoço para proteger o colarinho, o gerente não gosta mas ele não pode mudar de camisa
todos os dias, tem oito filhos, se fosse rico - 'fazia filho na mulher dos outros, mas sou pobre e faço na
minha mesmo' - e todos começam, não exatamente ao mesmo tempo, a tocar a valsa da Viúva Alegre.
Na mesa ao lado está o sujeito que é casado com a Miss Brasil. Todas as mesas estão ocupadas. Os
garçons passam apressados carregando pratos e travessas. No ar, um grande borborinho."
(Ruben Fonseca, LÚCIA MCCARTNEY)
I. O emprego da conjunção "mas" em "o pianista tem quarenta anos, MAS é também o mais triste"
explica-se pelo sentido opositivo que há entre ser ele o mais moço dos três e quase já não ter
esperança.
II. Em "ENQUANTO lá embaixo as pessoas comem bebem suam", conjunção marca a sequência das
ações que se desenrolam logo após a perda das últimas esperanças do músico.
III. O sentido da frase "minha avó nunca viu esse espelho, ela veio noutro porão" fica inteiramente
preservado se ela for reescrita como segue: "minha avó nunca viu esse espelho, PORQUE ela veio noutro
porão".
IV. o sentido da frase "os garçons passam apressados carregando pratos e travessas" fica inteiramente
preservado se ela for reescrita como segue: "os garçons passam apressados, SE BEM QUE carregando
pratos e travessas".
a) somente a I e a III estão corretas.
Segundo a crença popular do Nordeste, quando morrem anjinhos, ainda não acostumados com as coisas
da vida e quase sem conhecer as coisas de Deus, é preciso que os seus olhos sejam mantidos abertos
para que possam encontrar com mais facilidade o caminho do céu. Pois, com os olhos fechados, os
anjinhos errariam cegamente pelo limbo, sem nunca encontrar a morada do Senhor.
(Sebastião Salgado)
b) No primeiro período há duas orações reduzidas, cuja função é caracterizar o sujeito da oração
anterior, a qual é, por sua vez, subordinada adverbial temporal.
4.Para uma pessoa mais exigente no que se refere à redação, especificamente a construções em que
está em jogo a omissão do sujeito, só seria aceitável a alternativa
a) As mulheres devem evitar o uso de produtos de higiene feminina perfumados, pois podem causar
irritações (...) (Infecção urinária. In "A Cidade". Lorena, março/2002, ano IV, n0. 42)
b) É recomendável também não usar roupas justas, pois assim permite uma boa ventilação (...), o que
reduz as chances de infecção. (Infecção urinária. In "A Cidade". Lorena, março/2002, ano IV, n0. 42)
c) Alguns medicamentos devem ser ingeridos ao levantar-se (manhã), e outros antes de dormir (noite),
aproveitando assim seu efeito quando ele é mais necessário. (Boletim informativo sobre o uso de
medicamentos, produzido por M & R Comunicações)
d) Já a rouquidão persistente é sinal de abuso excessivo da voz, o que pode levar à formação de nódulos
(calos) ou pólipos, e merecem atenção especial. (Rouquidão: o que é e como ela afeta sua saúde
vocal. Panfleto de divulgação do curso de Fonoaudiologia. Lorena, abril de 2001)
e) As sequelas [causadas pelo herpes] variam de paciente para paciente e podem ou não ser
permanentes. (Folha Equilíbrio."Folha de S. Paulo", 27/06/2002, p. 3)
5.I - Os recursos de que disponho no momento são precários.
II - O cavalheiro cujo escritório estivemos é advogado.
III - Os elementos que ele conta para elaborar sua tese são muito bons.
“Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo
chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços
e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.”
(BAGNO, Marcos. Quincas Borba, in: Machado de Assis para Principiantes. São Paulo: Ed. Ática, 1998.)
6.Ainda sob o ponto de vista gramatical acerca desse trecho de “Quincas Borba”, de Machado de Assis,
assinale a proposição incorreta.
a) A oração: “Enquanto uma chora” é subordinada adverbial temporal em relação à oração: “a outra ri”.
b) A conjunção “mas”, em: “mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba
por trazer à alma do mundo a variedade necessária”, estabelece uma relação adversativa dessa
oração com as orações “Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo;”.
c) O pronome indefinido “Tudo”, em: “Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo”, refere-se a
“todas as coisas”, que correspondem, no texto, às metáforas: “lágrimas e polcas, soluços e
sarabandas”.
d) Em: “e faz-se o equilíbrio da vida.”, a expressão sublinhada é o objeto direto do verbo “fazer”.
e) O verbo “acabar”, no texto, encontra-se no singular, concordando com o sujeito simples, cujo núcleo
é “distribuição”.
TEXTO II
I. Os dois-pontos, presentes nos títulos, poderiam ser substituídos por vírgula sem alteração de sentido.
II. Em: “... são as que mais crescem...” (1º subtítulo), o vocábulo destacado é um pronome
demonstrativo.
III. Em: “... vende-se mobilização” (2º título) tem-se a forma passiva analítica.
IV. Se, no 2º título, trocássemos a palavra “mobilização” por “mobilizações”, a forma verbal continuaria
sem flexão.
Verifica-se que:
(MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas. 3. ed. São Paulo: FTD, 1998. p. 141.)
I. A descrição do eu lírico e da Bahia configura uma antítese entre o estado antigo e o atual de ambos.
II. A antítese é verificada na oposição entre as expressões “máquina mercante” e “drogas inúteis”,
embora ambas se refiram à Bahia.
III. Os versos 3 e 4 são exemplos do papel relevante da gradação no conjunto do poema, pois enumeram
estados de espírito do eu lírico.
IV. Os versos “Um dia amanheceras tão sisuda / Que fora de algodão o teu capote!” configuram
exemplos de personificação e metáfora, respectivamente.
TEXTO
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não
julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado
por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; 1nas cidades, nas aldeias, nos
povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une,
nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que,
como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia - o amor, o ódio, o
egoísmo. 2Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, 3levando as
coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o
amor da rua.
João do Rio. A alma encantadora das ruas.
9.Em "nas cidades, nas aldeias, nos povoados" (ref. 1), "hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a
ironia" (ref. 2) e "levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis" (ref. 3), ocorrem,
respectivamente, os seguintes recursos expressivos:
a) eufemismo, antítese, metonímia.
Luiz Gonzaga
Acauã,
Acauã,
Te cala acauã,
A peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Só se ouve acauã
Só se ouve acauã
Acauã, Acauã...
II. No verso “A coruja, mãe da lua”, a vírgula foi utilizada, justamente, para isolar o aposto“mãe da lua”.
III. Por se tratar de sujeito posposto, seria provocado um erro de concordância se, em “Canta oJoão
Corta-pau / A coruja, mãe da lua / A peitica e o bacurau”, fosse pluralizado verbo.
IV. Em “Na alegria do inverno / Canta sapo, gia e rã”, deveria ser acrescentada uma vírguladepois de
“inverno” para isolar um adjunto adverbial.
V. No verso “Mas na tristeza da seca”, a conjunção foi utilizada para estabelecer uma relaçãode
concessão com os dois versos anteriores.
a) II, IV e V.
b) I, III e V.
c) I, II e IV.
e) I, II, III, IV e V.
Todo esse volume, porém, representa apenasum ligeiro alívio nos agonizantes mananciais
edeverá ser todo consumido num intervalo de apenastrês semanas de estiagem – como aconteceunos
últimos 18 dias do mês de agosto.
( ) No título da notícia, a palavra alívio recebeacento por ser uma paroxítona terminada em -a.
a) F – V – F – V.
b) F – F – V – V.
c) F – V – V – F.
d) V – V – F – F.
e) V – F – F – V.
facas ou flores
em sua alma
e como pássaros
a) Estrelas
b) Facas
c) Flores
d) Palavras
e) Raízes
A estrofe acima pertence ao canto VII d’Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Nele, observamos a figura
de linguagem denominada anástrofe, que consiste na mudança da ordem direta dos termos da oração.
Assinale a alternativa em que se observa essa ocorrência.
a) a – a – às – as – a – à – à
b) à – à – às – as – à – a – à
c) a – a – as – às – a – à – à
d) à – à – as – às – à – a – a
e) a – a – as – às – a – à – a
15.Assinale a alternativa correta quanto à classificação do sujeito, respectivamente, para cada uma das
orações abaixo.
“Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de ‘você’, se
dirigiu ao autor chamando-o ‘o senhor’”.
16.A análise morfossintática das palavras grifadas, na sequência em que aparecem, está correta na
alternativa:
Já teve vontade de explorar novos ares e, quando deu por si, estava no mesmo boteco desempre? Esses
"horizontes limitados" são universais, de acordo com matemáticos da Universidadee Londres. Não
importa se você é um jovem executivo ou um jogador de futevôlei aposentado –segundo cientistas,
qualquer pessoa é capaz de frequentar, no máximo 25 lugares. Entram nessaconta todos os locais
visitados duas vezes por semana, por pelo menos 10 minutos. O ponto de ônibus, portanto, já desconta
dos 25 totais. Isso para quem é popular: 25 é o recorde alcançado por aqueles que mantêm uma rede
grande de amigos. Para os introvertidos, os horizontes são ainda mais fechados.
18.Assinale a alternativa em que todos os vocábulos do enunciado são acentuados pela mesma regra.
a)Uma sólida política de saneamento tem que levar em conta os problemas econômicos da população.
b)Há um sistema acessível, mas também regulatório.
c)Pressente-se um crônico sentimento de impotência, resíduo da própria história.
d)Os termos de privacidade do sistema construído pelos estagiários são inaceitáveis.
e)As audiências públicas são realizadas em caráter extraordinário.
CASA
1.“Pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de um ser vivo
(uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um
aplicativo no celular.
É um feito e tanto, sem dúvida. Paradoxalmente, porém, o próprio sucesso do americano Craig Venter e
de seus colegas deixa claro o quanto ainda falta para que a humanidade domine os segredos da vida.
Cerca de um terço do DNA da nova bactéria (apelidada de syn3.0) foi colocado lá por puro processo de
tentativa e erro – os cientistas não fazem a menor ideia do porquê ele é essencial.”
O texto informativo acima, que apresenta ao público a criação de uma bactéria apenas com genes
essenciais à vida, contém vários conectivos, propositadamente destacados. Pode-se afirmar que
a)para inicia uma oração adverbial condicional, pois restringe o genoma à condição de bactéria.
b)e introduz uma oração coordenada sindética aditiva, pois adiciona o projeto à instalação do genoma.
c)como introduz uma oração adverbial conformativa, pois exprime acordo ou conformidade de um fato
com outro.
d)porém indica concessão, pois expressa um fato que se admite em oposição ao da oração principal.
e)para que exprime uma explicação: falta muito para a humanidade dominar os segredos da vida.
Resposta:
[B]
2.Mais escolarizadas, mulheres ainda ganham menos e têm dificuldades de subir na carreira
O título do artigo – Mais escolarizadas, mulheres ainda ganham menos e têm dificuldades de subir na
carreira – poderia ser substituído, sem causar prejuízo de sentido, por:
a)Mulheres, mais escolarizadas, porventura ganham mais, entretanto possuem empecilhos para subir na
carreira.
b)Mulheres, mais escolarizadas, ainda ganham menos, bem como enfrentam obstáculos para subir na
carreira.
c)Mulheres, mais escolarizadas, às vezes ganham menos, por conseguinte apresentam especificidades
para se elevarem na carreira.
d)Mais escolarizadas, mulheres, ainda que enfrentem dificuldades para progredirem na carreira,
ganham o mesmo ou mais.
e)Mais escolarizadas, mulheres apresentam particularidades para subir na carreira, porquanto já
ganham mais.
Resposta:
[B]
No título, há presença de relações de concessão “mais escolarizadas”, tempo “ainda” e adição “têm
dificuldades de subir da carreira”. A reescrita, mantendo o sentido, está presente em “Mulheres, mais
escolarizadas, ainda ganham menos, bem como enfrentam obstáculos para subir na carreira”.
Fragmento da Carta do Cacique americano ao Presidente dos Estados Unidos da América em 1855.
Disponível em: <http://comitepaz.org.br/chefe_seattle.htm>. Acesso em: 19 ago. 2016.
Considerando o texto e as frases a seguir, marque com (V) o que for verdadeiro e com (F) o que for
falso.
I. “Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família.”
II. “Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra.”
III. “Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.”
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA das respostas, de cima para baixo.
a)V – V – V – F.
b)V – F – V – V.
c)F – V – V – F.
d)F – V – V – V.
e)F – V – F – V.
Resposta:
[D]
A única afirmativa falsa é a primeira, pois a oração destacada não estabelece uma condição em relação
àquela que a antecede, mas apresenta uma comparação que explica melhor a ideia contida na oração
anterior.
Na extraordinária obra-prima Grande sertão: veredas háde tudo para quem souber ler, enela
tudo é forte, belo, impecavelmenterealizado. Cada um poderá abordá-la a seugosto,conforme o seu
ofício; mas em cada aspecto apareceráo traço fundamental do autor: a absolutaconfiança naliberdade
de inventar.
Numa literatura de imaginação vasqueira, onde a maioriacosteia o documento bruto, é
deslumbrante essa navegaçãono mar alto, esse jorro de imaginação criadora na
linguagem,nacomposição, no enredo, na psicologia.
4.Em “mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental do autor” (1º parágrafo), a expressão em
destaque exerce a mesma função sintática da expressão destacada em:
a)“nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado” (1º parágrafo).
b)“Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício” (1º parágrafo).
c)“Na extraordinária obra-prima Grande Sertão: Veredas há de tudo para quem souber ler” (1º
parágrafo).
d)“Na extraordinária obra-prima Grande Sertão: Veredas há de tudo para quem souber ler” (1º
parágrafo).
e)“onde a maioria costeia o documento bruto” (2º parágrafo).
Resposta:
[B]
No enunciado, a expressão em negrito exerce a função de sujeito, assim como em [B]: “cada um” é o
sujeito que exerce a ação de “poder abordar”.
[C]
Uma mesma conjunção pode ser utilizada em funções distintas, como é o caso de “porque”.
Em [I], vemos que é apresentada a causa do porquê ele ficou doente: andar descalço. Assim, vemos uma
causalidade expressa pela conjunção “porque”. Já em [II], vemos que é apresentada a explicação do
porquê não se deve andar descalço: pegar uma doença. Dessa forma, vemos uma explicação à
afirmação “não ande descalço”, introduzida pela conjunção explicativa “porque”. Além disso, o uso da
vírgula antes do “porque” só se dá em situações em que ele é explicativo (somente em [II]).
CASA