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LÍNGUA PORTUGUESA
Por Jonas Valente*, especial para este blog. O texto é a parte introdutória de uma das maiores peças
trágicas do teatro grego e exemplifica o modo descritivo de or-
A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes Ciber- ganização discursiva. O elemento abaixo que NÃO está presente
néticos da Câmara dos Deputados divulgou seu relatório final. nessa descrição é:
Nele, apresenta proposta de diversos projetos de lei com a A) a localização da cena descrita.
justificativa de combater delitos na rede. Mas o conteúdo des- B) a identificação dos personagens presentes.
sas proposições é explosivo e pode mudar a Internet como a C) a distribuição espacial dos personagens.
conhecemos hoje no Brasil, criando um ambiente de censura D) o processo descritivo das partes para o todo.
na web, ampliando a repressão ao acesso a filmes, séries e ou- E) a descrição de base visual.
tros conteúdos não oficiais, retirando direitos dos internautas e
transformando redes sociais e outros aplicativos em máquinas 04. MPE-RJ – Analista do Ministério Público - Processual –
de vigilância. 2016 - FGV
Não é de hoje que o discurso da segurança na Internet é
usado para tentar atacar o caráter livre, plural e diverso da In- Problemas Sociais Urbanos
ternet. Como há dificuldades de se apurar crimes na rede, as Brasil escola
soluções buscam criminalizar o máximo possível e transformar a
navegação em algo controlado, violando o princípio da presun- Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a
ção da inocência previsto na Constituição Federal. No caso dos questão da segregação urbana, fruto da concentração de ren-
crimes contra a honra, a solução adotada pode ter um impacto da no espaço das cidades e da falta de planejamento público
trágico para o debate democrático nas redes sociais – atualmen- que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento
te tão importante quanto aquele realizado nas ruas e outros lo- desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o
cais da vida off line. Além disso, as propostas mutilam o Marco encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros,
Civil da Internet, lei aprovada depois de amplo debate na socie- tornando-os inacessíveis à grande massa populacional.
dade e que é referência internacional.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma
antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que o celular num verdadeiro laboratório de análises clínicas, reali-
contribui para que a grande maioria da população pobre busque zando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também
por moradias em regiões ainda mais distantes. é possível, adquirindo lentes que custam centavos, transformar
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais o smartphone num supermicroscópio que permite fazer diag-
de residência com os centros comerciais e os locais onde traba- nósticos ainda mais sofisticados.
lham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que so- Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz To-
frem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. pol, fará com que as pessoas administrem mais sua própria saú-
Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e de, recorrendo ao médico em menor número de ocasiões e de
a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes preferência por via eletrônica. É o momento, assegura o autor,
não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam de ampliar a autonomia do paciente e abandonar o paternalis-
elevados índices de violência. mo que desde Hipócrates assombra a medicina.
A especulação imobiliária também acentua um problema Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol,
cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele prova-
cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por velmente exagera. Acho improvável, por exemplo, que os hos-
dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da popula- pitais caminhem para uma rápida extinção. Dando algum des-
ção que possui terrenos, mas que não possui condições de cons- conto para as previsões, “The Patient...” é uma excelente leitura
truir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que es- para os interessados nas transformações da medicina.
ses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman –
vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de 17/01/2016.
lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como
a dengue. Segundo o autor citado no texto, o futuro da medicina:
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urba- A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia;
nos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com. B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia;
br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbaniza- C) levará à extinção da profissão de médico;
ção.htm. Acesso em 14 de abril de 2016. D) independerá completamente dos médicos;
E) estará limitado aos meios eletrônicos.
A estruturação do texto é feita do seguinte modo:
A) uma introdução definidora dos problemas sociais urba- RESPOSTAS
nos e um desenvolvimento com destaque de alguns problemas;
B) uma abordagem direta dos problemas com seleção e ex- 01 C
plicação de um deles, visto como o mais importante;
C) uma apresentação de caráter histórico seguida da explici- 02 C
tação de alguns problemas ligados às grandes cidades; 03 D
D) uma referência imediata a um dos problemas sociais ur-
04 B
banos, sua explicitação, seguida da citação de um segundo pro-
blema; 05 B
E) um destaque de um dos problemas urbanos, seguido de
sua explicação histórica, motivo de crítica às atuais autoridades.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS.
05. MPE-RJ – Técnico do Ministério Público - Administrati-
va – 2016 - FGV
São três os elementos essenciais para a composição de um
O futuro da medicina texto: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos
estudar cada uma de forma isolada a seguir:
O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das Introdução
profissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos,
jornalistas, carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até É a apresentação direta e objetiva da ideia central do texto.
aqui é o de médico. Até aqui. A crer no médico e “geek” Eric To- A introdução é caracterizada por ser o parágrafo inicial.
pol, autor de “The Patient Will See You Now” (o paciente vai vê-
-lo agora), está no forno uma revolução da qual os médicos não Desenvolvimento
escaparão, mas que terá impactos positivos para os pacientes.
Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do texto.
coloca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito O desenvolvimento estabelece uma conexão entre a introdução
próximas disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já e a conclusão, pois é nesta parte que as ideias, argumentos e
é possível, por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as posicionamento do autor vão sendo formados e desenvolvidos
imagens a um algoritmo que as analisa e diz com mais precisão com a finalidade de dirigir a atenção do leitor para a conclusão.
do que um dermatologista se a mancha é inofensiva ou se pode Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e
ser um câncer, o que exige medidas adicionais. aptas a fazer com que o leitor anteceda qual será a conclusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
São três principais erros que podem ser cometidos na ela- QUESTÕES
boração do desenvolvimento:
- Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial. 01. IFCE – Administrador - 2014
- Focar em apenas um tópico do tema e esquecer dos ou-
tros. Como processar quem não nos representa?
- Falar sobre muitas informações e não conseguir organizá-
-las, dificultando a linha de compreensão do leitor. Não somos vândalos. E deveríamos ganhar flores. Cidadãos
que respeitam as regras são diariamente maltratados por ser-
Conclusão viços públicos ineficientes. Como processar o prefeito e o go-
vernador se nossos impostos não se traduzem no respeito ao
Ponto final de todas as argumentações discorridas no de- cidadão? Como processar um Congresso que se comporta de
senvolvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos questio- maneira vil, ao manter como deputado, em voto secreto, o pre-
namentos levantados pelo autor. sidiário Natan Donadon, condenado a 13 anos por roubo de di-
Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões como: nheiro público?
“Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já dissemos antes...”. Se posso ser multada (e devo ser) caso jogue no chão um
papel de bala, por que não posso multar o prefeito quando a
Parágrafo cidade não funciona? E por que não posso multar o governador,
se o serviço público me provoca sentimentos de fúria e impotên-
Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à mar-
cia? Como punir o vandalismo moral do Estado? Ah, pelo voto.
gem esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo completo
Não, não é suficiente. Deveríamos dispor de instrumentos legais
deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão.
para processar quem abusa do poder contra os eleitores – e esse
- Introdução – apresentação da ideia principal, feita de ma-
abuso transcende partidos e ideologias. […] (
neira sintética de acordo com os objetivos do autor.
- Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal (introdu- Texto retirado do artigo de Ruth Aquino. Revista Época,
ção), atribuído pelas ideias secundárias, a fim de reforçar e dar 02/09/2103.)
credibilidade na discussão.
- Conclusão – retomada da ideia central ligada aos pressu- O texto apresenta como ideia central:
postos citados no desenvolvimento, procurando arrematá-los. A) inúmeros questionamentos e dúvidas que demonstram a
falta de informação da autora sobre o modo de punir o serviço
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdu- público de má qualidade.
ção, desenvolvimento e conclusão): B) questionamentos retóricos que refletem a indignação
da autora diante dos desmandos de políticos e de instituições
“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. públicas contra os cidadãos que não têm como punir os que de-
Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado viam representá-los.
perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas C) a ideia de que o cidadão que não é vândalo tem que ser
psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados bem tratado pelos políticos e pelos servidores públicos.
não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Enfim, D) a discussão de que é pelo voto que podemos punir os
viveremos o caos. ” políticos e seus partidos pelo desrespeito imposto aos cidadãos.
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) E) a ideia de que abusos contra os cidadãos que não são
eleitores ocorrem todos os dias e devem ser punidos.
Elemento relacionador: Nesse contexto. 02. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha.
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação A amizade é um exercício de limites afetivos em permanen-
do consumo. te desejo de expansaõ
O Estado perderá o precário controle que ainda exerce so- Amizade
bre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recupera-
ção de viciados não terão estrutura suficiente para atender à
A amizade é um exercício de limites afetivos em permanen-
demanda.
te desejo de expansão. Por mais completa que pareça ser uma
Conclusão: Enfim, viveremos o caos.
relação de amizade, ela vive também do que lhe falta e da espe-
rança de que um dia nada venha a faltar. Com o tempo, apren-
demos a esperar menos e a nos satisfazer com a finitude dos
sentimentos nossos e alheios, embora no fundo de nós ainda
esperemos a súbita novidade que o amigo saberá revelar. Sendo
um exercício bem-sucedido de tolerância e paciência – ampla-
mente recompensadas, diga-se – a amizade é também a ansie-
dade e a expectativa de descobrirmos em nós, por intermédio
do amigo, uma dimensão desconhecida do nosso ser.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há quem julgue que cabe ao amigo reconhecer e estimu- Se eu trago para uma discussão meu juízo já estabelecido
lar nossas melhores qualidades. Mas por que não esperar que sobre o caráter, a índole, a personalidade do meu interlocutor,
o valor maior da amizade está em ser ela um necessário e fiel a discussão apenas servirá para a exposição desses valores já in-
espelho de nossos defeitos? Não é preciso contar com o amigo corporados em mim: quero destruir a pessoa, não quero avaliar
para conhecermos melhor nossas mais agudas imperfeições? seu pensamento. Nesses casos, a discussão é inútil, porque já
Não cabe ao amigo a sinceridade de quem aponta nossa falha, desistiu de qualquer racionalização
pela esperança de que venhamos a corrigi-la? Se o nosso adver- As formas de discussão têm muito a ver, não há dúvida,
sário aponta nossas faltas no tom destrutivo de uma acusação, o com a cultura de um povo. Numa sociedade em que as emoções
amigo as identifica com lealdade, para que nos compreendamos mais fortes têm livre curso, a discussão pode adotar com natura-
melhor. lidade uma veemência que em sociedades mais “frias” não teria
Quando um amigo verdadeiro, por contingência da vida ou lugar. Estão na cultura de cada povo os ingredientes básicos que
imposição da morte, é afastado de nós, ficam dele, em nossa temperam uma discussão. Seja como for, sem o compromisso
consciência, seus valores, seus juízos, suas percepções. Pergun- com o exame atento das razões do outro, já não haverá o que
tas como “O que diria ele sobre isso?” ou “O que faria ele com discutir: estaremos simplesmente fincando pé na necessidade
isso?” passam a nos ocorrer: são perspectivas dele que se fixa- de proclamar a verdade absoluta, que seria a nossa. Em casos
ram e continuam a agir como um parâmetro vivo e importante. assim, falar ao outro é o mesmo que falar sozinho, diante de
As marcas da amizade não desaparecem com a ausência do ami- um espelho complacente, que refletirá sempre a arrogância da
go, nem se enfraquecem como memórias pálidas: continuam a nossa vaidade.
ser referências para o que fazemos e pensamos. (COSTA, Teobaldo, inédito)
(CALÓGERAS, Bruno, inédito)Considere as seguintes afir-
mações: Atente para as seguintes afirmações:
I. No primeiro parágrafo, há a sugestão de que a tolerância e
a paciência, qualidades positivas mas dispensáveis entre amigos I. No primeiro parágrafo, expõe-se a condição mínima para
verdadeiros, dão lugar à recompensa da incondicionalidade do a ocorrência de uma discussão, sem que se mencione a ação de
afeto. um entrave inicial que possa dificultá-la.
II. No segundo parágrafo, expressa-se a convicção de que o II. No segundo parágrafo, aponta-se, como elemento fre-
amigo verdadeiro não apenas releva nossos defeitos como tam- quente em algumas discussões, a intolerância, que não me deixa
bém é capaz de convertê-los em qualidades nossas. reconhecer os argumentos da pessoa a quem já julguei.
III. No terceiro parágrafo, considera-se que da ausência oca- III. No terceiro parágrafo, estabelece-se uma conexão entre
sional ou definitiva do amigo não resulta que seus valores e seus diferentes culturas e diferentes formas de discussão, concluin-
pontos de vista deixem de atuar dentro de nossa consciência. do-se que um acordo é mais fácil nas contendas mais acaloradas.
Em relação ao texto está correto o que se afirma em: Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
A) I, II e III. A) I, II e III.
B) I e II, apenas. B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas. C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas. D) I e III, apenas.
E) III, apenas. E) II, apenas.
03. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC 04. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 – FCC
A palavra discussão tem sentido bastante controverso: tan- Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”?
to pode indicar a hostilidade de um confronto insanável (“a dis- Não é comum que se respeite esse conselho, somos tentados a
cussão entre vizinhos acabou na delegacia”) como a operação dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a recomendação tem
necessária para se esclarecer um assunto ou chegar a um acordo sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem ser
(“discutiram, discutiram e acabaram concordando”). Mas o que a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo
toda discussão supõe, sempre, é a presença de um outro diante e a ponte para um outro lado. Entre as pessoas, como entre os
de nós, para quem somos o outro. A dificuldade geral está nesse grupos ou grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse
reconhecimento a um tempo simples e difícil: o outro existe, e momento de reflexão e diplomacia, que antecede e costuma
pode estar certo, sua posição pode ser mais justa do que a mi- evitar os desastres irreparáveis.
nha. Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios.
Entre dois antagonistas há as palavras e, com elas, os ar- Desse reconhecimento difícil depende nossa humanidade. Dar a
gumentos. Uma discussão proveitosa deverá ocorrer entre os si mesmo e ao outro um tempo mínimo de consideração e aná-
argumentos, não entre as pessoas dos contendores. lise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte do esforço
civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e
convocada para moderar o tumulto passional dificilmente traz
algum arrependimento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo A recomendação de se distinguir entre o ato irracional e a
naquela hora”. prudência, no primeiro parágrafo, é retomada nesta outra for-
Pois os dez segundos existem exatamente para nos dar a mulação do texto:
oportunidade de saber. A) Não é comum que se respeite esse conselho (1º pará-
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “vio- grafo).
lenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, sim, ate- B) Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os
nuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio. alheios (2º parágrafo).
Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém C) é parte do esforço civilizatório que combate a barbárie
se convenceu da importância de contar até dez. (2º parágrafo).
(Décio de Arruda Tolentino, inédito) D) consideração e análise, antes de irromper em fúria sem
volta (2ºparágrafo).
Considere estas orações: E) atenuantes para quem age criminosamente sob o impul-
Os impulsos instintivos são brutais. so do ódio (3º parágrafo).
A irracionalidade marca os impulsos instintivos.
Precisamos dominar nossos impulsos instintivos. RESPOSTAS
Ações e limites
Coerência diz respeito à articulação do texto, compatibilida-
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? de das ideias e à lógica do raciocínio. Coesão referese à expres-
Não é comum que se respeite esse conselho, somos tentados a são linguística, nível gramatical, estruturas frasais e ao emprego
dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a recomendação tem do vocabulário.
sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem ser Ambas relacionamse com o processo de produção e com-
a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo preensão do texto, mas nem sempre um texto coerente apre-
e a ponte para um outro lado. Entre as pessoas, como entre os senta coesão e vice-versa. Sendo assim, um texto pode ser gra-
grupos ou grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse maticalmente bem construído, com frases bem estruturadas,
momento de reflexão e diplomacia, que antecede e costuma vocabulário correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem
evitar os desastres irreparáveis. nexo, sem uma sequência lógica.
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. A coerência textual é responsável pela hierarquização dos
Desse reconhecimento difícil depende nossa humanidade. Dar a elementos textuais, ou seja, ela tem origem nas estruturas pro-
si mesmo e ao outro um tempo mínimo de consideração e aná- fundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa, aliada à
lise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte do esforço competência linguística, que permitirá a expressão das ideias
civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e percebidas e organizadas, no processo de codificação referido
convocada para moderar o tumulto passional dificilmente traz na página
algum arrependimento. Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o
que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez segundos existem Coesão
exatamente para nos dar a oportunidade de saber.
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “vio- É o resultado da disposição e da correta utilização das pala-
lenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, sim, ate- vras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos
nuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio. de um texto. A coesão ajuda com sua organização e ocorre por
Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém meio de palavras chamadas de conectivos.
se convenceu da importância de contar até dez.
(Décio de Arruda Tolentino, inédito)
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LÍNGUA PORTUGUESA
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência
anáfora e catáfora. Ambas se referem à informação expressa no de um texto. Vejamos alguns:
texto e, por esse motivo, são qualificadas como endofóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o Conhecimento de Mundo: conjunto de conhecimento que
antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. adquirimos ao longo da vidae que são arquivados na nossa me-
mória.
Regras para a coesão textual:
Inferências: as informações podem ser simplificadas se par-
Referência timos do pressuposto que os interlocutores partilham do mes-
mo conhecimento.
Pessoal: usa pronomes pessoais e possessivos. Exemplo:
Eles são irmãos de Elisabete. (Referência pessoal anafórica) Fatores de contextualização
Demonstrativa: usa pronomes demonstrativos e advérbios.
Exemplo: Terminei todos os livros, exceto este. (Referência de- Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem pro-
monstrativa catafórica) videnciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou a
Comparativa: usa comparações através de semelhanças. data de uma mensagem. Exemplo:
Exemplo: Dorme igual ao irmão. (Referência comparativa endo- — Começaremos às 8h.
fórica) — O que começará às 8h? Não sei sobre o que está falando.
Informatividade
Substituição
Quanto mais informação não previsível um texto tiver, mais
Substitui um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir
é uma forma de evitar as repetições. Exemplo: Vamos à praia numa informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza
amanhã, eles irão nas próximass férias. o texto.
Observe que a substituição acrescenta uma informação
nova ao texto. Resumidamente:
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LÍNGUA PORTUGUESA
02. TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA – 2014 - VUNESP As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe
Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês um protocolo para identificar os focos de reprodução do mos-
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos tro- quito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas
cado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem
comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às isso que acontece.
vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empi- (Saúde Uol).
na papagaio e corta o adversário “no gasgo”.
“Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano
Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos A) em que apareceu a dengue pela primeira vez.
aos quais se subordinam sentido de: B) em que o texto foi produzido.
A) comparação. C) em que o leitor vai ler a reportagem.
B) intensidade. D) em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo.
C) igualdade. E) em que começaram a ser registrados os casos da doença.
D) dúvida.
E) quantidade. 06. CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – 2015 - CESGRANRIO
Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a
03. TJ/RJ – Analista Judiciário – 2015 - FGV palavra sublinhada e o substantivo a que se refere mantém o
“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição sentido?
em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. A) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu tra-
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e balho.
adequadamente o gerúndio “advertindo” é: B) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção
A) com a advertência de; do hotel.
B) quando adverte; C) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o
C) em que adverte; embrulho.
D) no qual advertia; D) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os
E) para advertir. indivíduos.
E) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura
04. PREF. DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – 2016 - de um povo.
UPENET
Observe o fragmento de texto abaixo: RESPOSTAS
“Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado justa-
mente na hora da prova?” 1 C
Sobre ele, analise as afirmativas abaixo: 2 B
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordi- 3 C
nativa e, nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”. 4 D
II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção subordi- 5 B
nativa que exprime circunstância temporal.
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra 6 D
“conteúdo”.
IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras in-
variáveis, classificadas como substantivos.
SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E
Está CORRETO apenas o que se afirma em: EXPRESSÕES.
A) I e III.
B) II e IV.
C) I e IV. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
D) II e III.
E) I e II. A Significação das palavras é estudada pela semântica, que
estuda o sentido das palavras e as relações de sentido que as
palavras estabelecem entre si.
05. PREF. DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂN-
CIA – 2016 - FGV
Sinônimos e antônimos
Dificuldades no combate à dengue
Sinônimos: palavras de sentido igual ou parecido.
Ex.: necessário, essencial, fundamental, obrigatório
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São
Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da
doença, segundo dados da Prefeitura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Homófonos QUESTÕES
cem (número) e sem (indica falta)
senso (sentido) e censo (levantamento estatístico) 01. Pref. de Itaquitinga/PE – Psicólogo – 2016 - IDHTEC
A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os comba-
Homógrafos tentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; co-
colher (talher) e colher (apanhar); moviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, naquele
acerto (correção) e acerto (verbo acertar); armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada faminta
e claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em
Parônimos fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil
saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante
Se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de for-
três meses. Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços
ma parecida, mas que apresentam significados diferentes.
esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam la-
infligir (aplicar) e infringir (transgredir),
nhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apeteci-
sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder),
da decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava.
deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente,
Era, com efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos
divergir, adiar),
gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apre-
ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir),
samento daquela caqueirada humana – do mesmo passo angu-
vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso
(congestionado: rosto vultuoso). lhenta e sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos
olhos, num longo enxurro de carcaças e molambos...
Polissemia Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
Polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças
uma multiplicidade de significados, conforme o contexto em envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade,
que ocorre. Uma palavra pode ter mais de uma significação. Ex.: escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalga-
Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plan- dos, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos
tas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado. murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; crianças,
Pena: pluma; peça de metal para escrever; punição; dó. sem-número de crianças; velhos, sem-número de velhos; raros
homens, enfermos opilados, faces túmidas e mortas, de cera,
bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos.
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinôni- A palavra radical pode ser empregada com várias acepções,
mos? por isso denomina-se polissêmica. Assinale o sentido dicionari-
A) Armistício – destruição zado que é mais adequado no contexto acima.
B) Claudicante – manco A) Que existe intrinsecamente num indivíduo ou coisa.
C) Reveses – infortúnios B) Brusco; violento; difícil.
D) Fealdade – feiura C) Que não é tradicional, comum ou usual.
E) Opilados – desnutridos D) Que exige destreza, perícia ou coragem.
02. Pref. de Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico e 05. UNESP – Assistente Administrativo I – 016 - VU-
Mecânico – 2016 - Instituto Excelência NESP/2016
Assinale a alternativa em que as palavras podem servir de
exemplos de parônimos: O gavião
A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem gentil).
B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco
C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se sen- voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a lua.
ta). Olhamos todos para o céu em busca de algo mais sensacional e
D) Nenhuma das alternativas. comovente – o gavião malvado, que mata pombas.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à con-
03. TJ/MT – Analista Judiciário – Ciências Contábeis – 2017 templação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas
- UFMT e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros (qualquer
Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas, seja no palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião.
modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por exemplo, Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade
assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada uma apre- come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pom-
senta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, grafias diferen- ba come seu grão de milho.
tes, denomina-se homônimo homófono. Assinale a alternativa Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pom-
em que todas as palavras se encontram nesse caso. bas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca
A) taxa, cesta, assento sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-Exupéry, “a
B) conserto, pleito, ótico verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo
C) cheque, descrição, manga tiro pode também ser a verdade do caçador.
D) serrar, ratificar, emergir Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate,
04. TJ/MT – Analista Judiciário – Direito – 2017 - UFMT pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem.
(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999. Adaptado)
A fuga dos rinocerontes
Espécie ameaçada de extinção escapa dos caçadores da O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no
maneira mais radical possível – pelo céu. texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em ou-
tro homem. –, é empregado com sentido
Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados A) próprio, equivalendo a inspiração.
da África, pois sua espécie é uma das preferidas pelo turismo de B) próprio, equivalendo a conquistador.
caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500 espécimes que ainda C) figurado, equivalendo a ave de rapina.
restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma D) figurado, equivalendo a alimento.
solução extrema: transportar os rinocerontes de helicóptero. A E) figurado, equivalendo a predador.
ação utilizou helicópteros militares para remover 19 espécimes
– com 1,4 toneladas cada um – de seu habitat original, na pro- 06. Pref. de Florianópolis/SC – Auxiliar de Sala – 2017 - FE-
víncia de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transfe- PESE
ri-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 O termo (ou expressão) em destaque, que está empregado
quilômetros de distância, onde viverão longe dos caçadores. em seu sentido próprio, denotativo, ocorre em:
Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro, os rinocerontes A) Estou morta de cansada.
tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos venda- B) Aquela mulher fala mal de todos na vizinhança! É uma
dos (para evitar sustos caso acordassem), os rinocerontes foram cobra.
içados pelos tornozelos e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece C) Todo cuidado é pouco. As paredes têm ouvidos.
meio brutal? Os responsáveis pela operação dizem que, além D) Reclusa desde que seu cachorrinho morreu, Filomena fi-
de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil nalmente saiu de casa ontem.
acesso, o procedimento é mais gentil. E) Minha amiga é tão agitada! A bateria dela nunca acaba!
(BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº
229, 2011.)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
03. UFCG - Assistente em Administração – 2017 - UFCG 04. Copergás/PE - Analista Administrador – 2017 - FCC
Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no O médico e jornalista Drauzio Varella escreveu outro dia no
Brasil vem se acirrando cada vez mais, haja vista que a maior jornal uma crônica muito instigante. Destaco este trecho:
parte das grandes cidades do país vem encontrando dificuldades “Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem
em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestio- ‘cabeça de jovem’. É considerá-lo mais inadequado do que o ra-
nam1entos ao longo do dia e o excesso de pedestres em áreas paz de 20 anos que se comporta como criança de dez. Ainda que
centrais dos espaços urbanos. Trata-se, também, de uma ques- maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação
tão ambiental, pois o excesso de veículos nas ruas gera mais po- das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre es-
luição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga paço para uma diversidade de experiências com as quais nem
escala e também nas próprias cidades, a exemplo do aumento sonhávamos anteriormente. ”
do problema das ilhas de calor. Tomo a liberdade de adicionar meu comentário de velho:
A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no não preciso que os jovens acreditem em mim, tampouco estou
Brasil relaciona-se ao aumento do uso de transportes individuais aberto para receber lições dos mocinhos. Nossa alternativa: ao
em detrimento da utilização de transportes coletivos, embora nos defrontarmos com uma questão de comum interesse, discu-
esses últimos também encontrem dificuldades com a superlo- tirmos honestamente que sentido ela tem para nós. O que nos
tação. Esse aumento do uso de veículos como carros e motos unirá não serão nossas diferenças, mas o que nos desafia.
deve-se a, pelo menos, cinco fatores: má qualidade do trans- (LAMEIRA, Viriato, inédito)
porte público no Brasil; aumento da renda média do brasileiro
nos últimos anos; redução de impostos por parte do Governo É preciso corrigir, por apresentar em sua construção uma
Federal sobre produtos industrializados (o que inclui os carros); deficiência estrutural, a redação da seguinte frase:
concessão de mais crédito ao consumidor; e, por fim, herança A) A muita gente ocorre que os velhos estimem ser tratados
histórica da política rodoviária do país. como jovens, em vez de serem valorizados pelos ganhos obtidos
Entre as principais soluções para o problema da mobilida- em sua longa experiência de vida.
de urbana, na visão de muitos especialistas, estaria o estímulo B) Imagina-se que a ingenuidade de uma criança ou o ca-
aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas ráter aventureiro de um jovem possam ser atributos positivos
qualidades e eficiências e do desenvolvimento de um trânsito invejados pelos velhos, quando não o são.
focado na circulação desses veículos, e a diversificação dos mo- C) Os jovens, presumivelmente, não deverão considerar-se
dais de transporte. criaturas privilegiadas se alguém os julga tão ativos e inventivos
quanto costumam ser as crianças de dez anos.
Ao longo do século XX, o Brasil foi essencialmente rodovia- D) Ao comentar a afirmação de Drauzio Varella, o autor do
rista, em detrimento do uso de trens, metrôs e outros. A ideia é texto não se mostra disposto nem a aprender algo com os jo-
investir mais nesses modos alternativos, o que pode atenuar os vens, nem a esperar que estes acreditem nele.
excessivos números de veículos transitando nas ruas das gran- E) Conquanto os velhos pareçam injustiçados, razão pela
des cidades do país. qual as pessoas tendem a consolá-los atribuindo-lhes juventu-
De toda forma, é preciso ampliar os debates, regulamen- de, há por isso mesmo como valorizar sua experiência.
tando ações públicas para o interesse da questão, tais como a
difusão dos fóruns de mobilidade urbana e a melhoria do Es- 05. TRE/PI - Conhecimentos Gerais para os Cargos 1, 2 e 4
tatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da –2016 - CESPE
eficiência dos deslocamentos por parte das populações. Em relação à conceituação, à finalidade e aos aspectos es-
(PENA, Rodolfo F. Alves. “Mobilidade urbana no Brasil”. Dis- truturais e linguísticos das correspondências oficiais, assinale a
ponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilida- opção correta.
de-urbanano-brasil.htm>. Acesso em 25/03/2016. Adaptado). A) o memorando é um expediente oficial de circulação in-
terna ou externa.
Analisando-se a estrutura do texto, conclui-se que se trata B) como não existe padrão definido para a estrutura das
de um /uma: mensagens enviadas por meio de correio eletrônico, não há
A) Depoimento. orientações acerca da linguagem a ser empregada nessas comu-
B) Debate. nicações.
C) Notícia. C) informar o destinatário sobre determinado assunto, pro-
D) Artigo de opinião. por alguma medida e submeter projeto de ato normativo à con-
E) Reportagem. sideração desse destinatário são alguns dos propósitos comuni-
cativos da mensagem.
D) a exposição de motivos varia estruturalmente conforme
sua finalidade comunicativa.
E) a situação comunicativa mediada pelo ofício é restrita
aos ministros de Estado, estejam eles no papel de remetente ou
de destinatário.
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LÍNGUA PORTUGUESA
02 C - Declarativas afirmativas:
03 D Gosto de comida apimentada.
As matrículas começam hoje.
04 E
- Declarativas negativas:
05 D Não gosto de comida apimentada.
As matrículas não começam hoje.
SINTAXE: PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E Frases imperativas: são utilizadas para emissão de ordens,
SUBORDINAÇÃO. conselhos e pedidos. Levam ponto final ou ponto de exclama-
ção.
A frase pode ou não se organizar ao redor de um verbo. Na É o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou
língua falada, a frase é caracterizada pela entonação. de uma locução verbal. As orações podem ou não ter sentido
completo.
Tipos de frases As orações são a base para a construção dos períodos, e são
formadas por vários termos. Alguns termos estão presentes em
A intencionalidade do discurso é manifestada através dos todas ou na maioria das orações. É o caso do sujeito e predica-
diferentes tipos de frases. Para tanto, os sinais de pontuação do. Outros termos não tão frequentes, ou têm um uso situacio-
que as acompanham auxiliam para expressar o sentido de cada nal, como os complementos e adjuntos.
uma delas.
Exemplo:
Frases exclamativas: são empregadas quando o emissor A mulher trancou toda a casa.
quer manifestar emoção. São sinalizadas com ponto de excla- A mulher – sujeito
mação: trancou toda a casa – predicado
Puxa! Amanheceu logo em seguida. (toda a oração é predicado)
Até que enfim!
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LÍNGUA PORTUGUESA
Sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala. Já o predicado - predicado verbal: seu núcleo é um verbo, seguido, ou não,
é a informação dada sobre o sujeito. Núcleo de um termo é a pa- de complemento(s) ou termos acessórios).
lavra principal (geralmente um substantivo, pronome ou verbo). - predicado verbo-nominal: tem dois núcleos significativos:
um verbo e um nome
Os termos da oração são divididos em três níveis:
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. Predicação verbal é o modo pelo qual o verbo forma o pre-
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e dicado.
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente Alguns verbos que, tem sentido completo, sendo apenas
da Passiva). eles o predicado. São denominados intransitivos. Exemplo: As
- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Adjun- folhas caem.
to Adverbial, Vocativo e Aposto. Outros, para fazerem parte do predicado precisam de ou-
tros termos: Chamados transitivos. Exemplos: José comprou o
Termos Essenciais da Oração: sujeito e predicado. carro. (Sem os seus complementos, o verbo comprou, não trans-
mitiria uma informação completa: comprou o quê?)
Sujeito: aquele que estabelece concordância com o núcleo Os verbos de predicação completa denominam-se intran-
do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo sitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os verbos
é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, transitivos
sempre um nome. Então têm por características básicas:
indiretos e transitivos diretos e indiretos (bitransitivos).
- ter concordância com o núcleo do predicado;
Além dos verbos transitivos e intransitivos, existem os ver-
- ser elemento determinante em relação ao predicado;
bos de ligação que entram na formação do predicado nominal,
- ser formado por um substantivo, ou pronome substantivo
relacionando o predicativo com o sujeito.
ou, uma palavra substantivada.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tem as seguintes características: Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; chamada de oração absoluta. Exemplo: Já chegamos.
- Geralmente, não vem regido de preposição;
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um Período Composto - apresenta duas ou mais orações.
verbo ativo. Exemplo: Conversamos quando eu voltar. O número de orações
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva. depende do número de verbos presentes num enunciado.
São os que desempenham na oração uma função secundá- Podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente,
ria, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os substanti- conforme são utilizadas ou não conjunções Exemplos: Ora fala,
vos, exprimir alguma circunstância. São eles: ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso
da conjunção “ora...ora”). As aulas começaram, os deveres co-
Adjunto adnominal: termo que caracteriza ou determina os meçaram e a preguiça deu lugar à determinação. (orações coor-
substantivos. Pode ser expresso: Pelos adjetivos: animal feroz; denadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres come-
Pelos artigos: o mundo; Pelos pronomes adjetivos: muitos paí- çaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à
ses. determinação”.)
Adjunto adverbial:termo que exprime uma circunstância As orações coordenadas sindéticas podem ser:
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que mo- - Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo:
difica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. É expresso: Gosto de salgado, mas também gosto de doce.
Pelos advérbios: Cheguei cedo; Pelas locuções ou expressões - Adversativas: quando as orações expressam adversidade.
adverbiais: Saí com meu pai. Exemplo: Gostava do moço, porém não queria se casar.
- Alternativas: quando as orações expressam alternativa.
Aposto: palavra ou expressão que explica ou esclarece, de- Exemplo: Fica ele ou fico eu.
senvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: David, - Conclusivas: quando as orações expressam conclusão.
que foi um excelente aluno, passou no vestibular. Exemplo: Estão de acordo, então vamos.
- Explicativas: quando as orações expressam explicação.
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome subs- Exemplo: Fizemos a tarefa hoje porque tivemos tempo.
tantivo: O aposto não pode ser formado por adjetivos. Os apos-
tos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na escrita, por Orações Subordinadas
vírgulas, dois pontos ou travessões.
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas
Vocativo: termo usado para chamar ou interpelar a pessoa, ou adverbiais, conforme a sua função.
o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos. Exemplo: - Substantivas: quando as orações têm função de substanti-
Vamos à escola, meus filhos! vo. Exemplo: Espero que eles consigam.
O vocativo não pertence à estrutura da oração, por isso não - Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo.
se anexa ao sujeito nem ao predicado. Exemplo: Os concorrentes que se preparam mais têm um de-
sempenho melhor.
Período - Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio.
Exemplo: À medida que crescem, aumentam os gastos.
O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou
de mais orações, por isso, pode ser simples ou composto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Se a oração escrita na carta estivesse completa, como em Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo
“Você será amada POR MIM”, o termo destacado funcionaria dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos
como: bichos silvestres, concluíam.
a) complemento nominal. Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos peque-
b) objeto direto. nos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi vi-
c) agente da passiva. rando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo
d) objeto indireto. durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as
e) adjunto nominal. casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se
estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não
04. EMSERH – Enfermeiro – 2017 – FUNCAB pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os
Assinale a alternativa correspondente ao período onde há residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber
predicativo do sujeito: que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os bran-
cos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tem-
O embondeiro que sonhava pássaros
po. [...]
As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se
Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memó-
em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes
ria será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu as-
aparentes. [...]
tro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão
disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita
pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem
o passarinheiro. mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.
Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carre- COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contos/ Mia Cou-
gando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jau- to - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71.
las, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. (Fragmento).
Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros Sobre os elementos destacados do fragmento “Em verdade,
esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as
nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas: afirmativas.
- Mãe, olha o homem dos passarinheiros! I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem alte-
E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercam- ração de sentido por COM EFEITO.
biavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira ora-
puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O ção.
mundo inteiro se fabulava. III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abu-
sos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele pre- Está correto apenas o que se afirma em:
to quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem a) I e III.
autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não b) III.
e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os c) I e II.
pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais d) I.
se agravavam: estava dito. e) II e III.
Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.[...]
O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com 05. TRE/RR - Técnico Judiciário - Operação de Computado-
os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era pre- res – 2015 - FCC
ciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não
É indiscutível que no mundo contemporâneo o ambiente
podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista
do futebol é dos mais intensos do ponto de vista psicológico.
das senhoras e seus filhos. ___6___ remédio, enfim, se haveria
Nos estádios a concentração é total. Vive-se ali situação de in-
de pensar.
cessante dialética entre o metafórico e o literal, entre o lúdico
No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão.
Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves e o real. O que varia conforme o indivíduo considerado é a pas-
de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, sagem de uma condição a outra. Passagem rápida no caso do
seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. torcedor, cuja regressão psíquica do lúdico dura algumas horas
O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si: e funciona como escape para as pressões do cotidiano. Passa-
- Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas gem lenta no caso do futebolista profissional, que vive quinze
todas de fora. ou vinte anos em ambiente de fantasia, que geralmente torna
Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele difícil a inserção na realidade global quando termina a carreira.
tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado A solução para muitos é a reconversão em técnico, que os man-
os mais extensos matos? tém sob holofote. Lothar Matthäus, por exemplo, recordista de
O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senho- partidas em Copas do Mundo, com a seleção alemã, Ballon d’Or
res receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro de 1990, tornou-se técnico porque “na verdade, para mim, o fu-
direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? tebol é mais importante do que a família”. [...]
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LÍNGUA PORTUGUESA
Sendo esporte coletivo, o futebol tem implicações e signi- Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
ficações psicológicas coletivas, porém calcadas, pelo menos em (Alberto Caeiro)
parte, nas individualidades que o compõem. O jogo é coletivo,
como a vida social, porém num e noutra a atuação de um só E o Tejo entra no mar em Portugal
indivíduo pode repercutir sobre o todo. Como em qualquer
sociedade, na do futebol vive-se o tempo inteiro em equilíbrio O elemento que exerce a mesma função sintática que o sub-
precário entre o indivíduo e o grupo. O jogador busca o sucesso linhado acima encontra-se em
pessoal, para o qual depende em grande parte dos companhei- a) a fortuna. (4a estrofe)
ros; há um sentimento de equipe, que depende das qualidades b) A memória das naus. (2a estrofe)
pessoais de seus membros. O torcedor lúcido busca o prazer do c) grandes navios. (2a estrofe)
jogo preservando sua individualidade; todavia, a própria condi- d) menos gente. (3a estrofe)
ção de torcedor acaba por diluí-lo na massa. e) a América. (4a estrofe)
(JÚNIOR, Hilário Franco. A dança dos deuses: futebol, cultu-
ra, sociedade. São Paulo: Companhia das letras, 2007, p. 303- 07. TRF – 3ª Região – Analista Judiciário – Área Administra-
304, com adaptações) tiva – 2016 – FCC
O museu é considerado um instrumento de neutralização
*Ballon d’Or 1990 - prêmio de melhor jogador do ano – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se encontram reu-
nidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos po-
O jogador busca o sucesso pessoal ... líticos e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias milita-
res e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sub- dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais
linhados acima, está em: genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam
contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas. O
a) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Ex-
b) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas
põe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado
coletivas ...
por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas
c) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
divergências políticas são apagadas. A violência de que partici-
d) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
pavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim
e) ... que depende das qualidades pessoais de seus mem-
desempenhar um papel de pacificação social. A guerra das ima-
bros.
gens extingue-se na pacificação dos museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de
06. MPE/PB - Técnico ministerial - diligências e apoio admi- terem sido retirados de seu contexto. Desde então, dois pontos
nistrativo – 2015 - FCC de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o
museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal,
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições. Para o
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha segundo, e pela mesma razão, é um “depósito de despojos”. Por
aldeia um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status esté-
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. tico que as exalta. Por outro, as reduz a um destino igualmente
estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico.
O Tejo tem grandes navios A colocação em museu foi descrita e denunciada frequente-
E navega nele ainda, mente como uma desvitalização do simbólico, e a musealização
Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, progressiva dos objetos de uso como outros tantos escânda-
A memória das naus. los sucessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do
“escândalo”. Para que haja escândalo, é necessário que tenha
O Tejo desce de Espanha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandali-
E o Tejo entra no mar em Portugal zada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor
Toda a gente sabe isso. foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade
E para onde ele vai do Contexto original? Estranha inversão de perspectiva. Porque,
E donde ele vem simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apre-
E por isso, porque pertence a menos gente, senta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O
É mais livre e maior o rio da minha aldeia. museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente “o lugar
simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais
Pelo Tejo vai-se para o Mundo violento e mais ultrajante”. Porém, esse trabalho de abstração
Para além do Tejo há a América e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação do
E a fortuna daqueles que a encontram tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da
Ninguém nunca pensou no que há para além arte conservada.
Do rio da minha aldeia. (Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Pau-
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. lo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma peti- - isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo
ção, de uma sequência, etc.: e datas: No dia do seu nascimento (08/08/984) foi o dia mais
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas quente do ano.
formais e não formais, como direito de cada um, observados: - podem substituir a vírgula ou o travessão.
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e asso-
ciações, quanto a sua organização e funcionamento; Travessão (__ )
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prio- Usamos para:
ritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a - dar início à fala de um personagem: Filó perguntou: __Ma-
do desporto de alto rendimento; ria, como faz esse doce?
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional - indicar mudança do interlocutor nos diálogos. __Mãe,
e o não profissional; você me busca? __Não se preocupe, chegarei logo.
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas - Também pode ser usado em substituição à virgula, em ex-
de criação nacional. pressões ou frases explicativas: Pelé – o rei do futebol – está
- separar orações coordenadas muito extensas ou orações muito doente.
coordenadas nas quais já tenham sido utilizado a vírgula.
Colchetes ( [] )
Dois-Pontos ( : )
Usamos para:
Usamos para:
- linguagem científica.
- iniciar a fala dos personagens: O pai disse: Conte-me a ver-
dade, meu filho.
- antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou Asterisco ( * )
sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores: Usamos para:
Comprei alguns itens: arroz, feijão e carne. - chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
- antes de citação: Como dizia minha mãe: “Você não é todo
mundo.” QUESTÕES
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LÍNGUA PORTUGUESA
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, tal- 03. IPC - ES - Procurador Previdenciário I 2018 - IDECAN
vez, os homens terão a primavera que desejarem, no momen-
to em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem,
deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com ou-
tros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os
ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se
entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos
atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos
para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores,
caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sen-
timentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás
roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em
cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gar-
dênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flo-
res agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado
ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na
rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e
efêmera.
(MEIRELES, Cecília. “Cecília Meireles - Obra em Prosa?
Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.)
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LÍNGUA PORTUGUESA
D) Apenas a frase I apresenta problema de ambiguidade. Exemplo: menino, menina, meninos, meninas.
E) Uma preposição resolveria o problema da frase II.
- verbal: indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/
RESPOSTAS plural), o tempo e o modo (indicativo, presente...).
Exemplo: amássemos
01 D am- (radical)
-á- (vogal temática)
02 B - sse- (desinência modo subjuntivo e de tempo perfeito)
03 A -mos (desinência de primeira pessoa e de número plural)
04 A
Vogal temática
05 A
É o que torna possível a ligação entre o radical e a desinên-
cia.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. Observe o verbo dançar:
Danç: radical
A: vogal temática
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS R: desinência de infinitivo.
Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando A junção do radical danç- com a desinência –r no português
seu íntimo e conhecendo as várias partes que formam um todo é impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa li-
acabado e repleto de significado. Uma palavra é formada por gação.
unidades mínimas que possuem significado, que são chamadas
elementos mórficos ou morfemas. Afixos
A palavra “maquininhas”, por exemplo, possui quatro mor-
femas: São morfemas que se colocam antes ou depois do radical
alterando sua significação básica. São divididos em:
maquin inh a s
- Prefixos: antepostos ao radical.
Base do Indica grau Indica gênero Indica Exemplo: impossível, desleal.
significado diminutivo feminino plural
- Sufixos: pospostos ao radical.
Raiz Exemplo: lealdade, felizmente.
Origem das palavras. É onde se concentra a significação das Vogais ou consoantes de ligação
palavras.
As vogais ou consoantes de ligação podem ocorrer entre um
Exemplo: Raiz (carr- raiz nominal de carro). morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até pos-
sibilitando a leitura de uma palavra.
Os morfemas que constituem as palavras são: radical, desi- Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro.
nência, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação. Formação das Palavras
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Sufixal ou Sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primi- Assinale a alternativa que faz um comentário correto sobre
tiva, pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe o processo de formação das palavras usadas nesse trecho.
gramatical: amoroso, felizmente, menininho. a) As palavras “amigo e amantes” são formadas por prefi-
A derivação sufixal pode ser: xação.
Nominal: formando substantivos e adjetivos: riso – risonho. b) As palavras “paraenses e participantes” são formadas por
Verbal: formando verbos: atual - atualizar. sufixação.
Adverbial: formando advérbios de modo: feliz – felizmente. c) A palavra “boteco” é formada por derivação a partir da
palavra “bote”.
- Parassintética ou Parassíntese: a palavra derivada resulta d) As palavras “culinária e petiscos” são formadas por deri-
do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. vação regressiva.
Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e ad- e) A palavra “comercializando” é formada por aglutinação
jetivos) e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é de “comer+comércio”.
suficiente para formar uma nova palavra.
Exemplos: 02. Pref. de Chapecó/SC - Engenheiro de Trânsito – 2016
– IOBV
Esfriar, esquentar, amadurecer.
“Infelizmente as cheias de 2011 castigaram de forma severa
- Derivação Regressiva: uma palavra é formada não por o Vale do Itajaí.”
acréscimo, mas por redução: trabalhar – trabalho, castigar – cas- Na frase acima (elaborada para fins de concurso) temos o
tigo. caso da expressão “Infelizmente”. A palavra pode ser assim de-
composta: in + feliz + mente. Aponte qual a função da partícula
- Derivação Imprópria: ocorre quando determinada pala- in dentro do processo de estruturação das palavras.
vra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, a) Radical.
muda de classe gramatical. Assim: b) Sufixo.
- Adjetivos passam a substantivos c) Prefixo.
- Particípios passam a substantivos ou adjetivos d) Interfixo.
- Infinitivos passam a substantivos
- Substantivos passam a adjetivos 03. (Pref. de Teresina/PI - Professor – Português – NUCE-
- Adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que nin- PE/2016)
guém escutasse.
- Palavras invariáveis passam a substantivos
Aceita um cafezinho
- Substantivos próprios tornam-se comuns
Ó Estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança
Composição: processo que forma palavras compostas, pela
- nada tenho para te dar, também sou pobre e essas terras não
junção de dois ou mais radicais. São dois tipos:
são minhas. Mas aceita um cafezinho.
A poeira é muita, e só Deus sabe aonde vão dar esses cami-
- Justaposição: ao juntar duas ou mais palavras ou radicais,
nhos. Um cafezinho, eu sei, não resolve o teu destino; nem faz
não há alteração fonética: televisão, quinta-feira, girassol, cou-
esquecer tua cicatriz.
ve-flor.
Mas prova.... Bota a trouxa no chão, abanca-te nesta pedra
- Aglutinação: quando pelo menos uma das palavras que e vai preparando o teu cigarro...
formam o composto apresenta alteração em sua forma: aguar- Um minuto apenas, que a água já está fervendo e as xícaras
dente (água + ardente), vinagre (vinho + acre), planalto (plano já tilintam na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho.
+ alto). Não é nada, não é nada, mas tu vais ver: serão mais alguns
quilômetros de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu ge-
QUESTÕES mido!
Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando...
01. IF/PA - Auxiliar em Administração – 2016 - FUNRIO (Aníbal Machado)
Na palavra cafezinho temos os seguintes elementos mór-
“Chegou o fim de semana. É tempo de encontrar os amigos ficos
no boteco e relaxar, mas a crise econômica vem deixando muitos a) radical, vogal temática e sufixo.
paraenses de cabeça quente. Para ajudar o bolso dos amantes b) radical, consoante de ligação e sufixo.
da culinária de raiz, os bares participantes do Comida di Buteco c) radical e sufixo.
estão comercializando os petiscos preparados exclusivamente d) radical e vogal temática.
para o concurso com um preço reduzido. O preço máximo é de e) radical e consoante de ligação.
R$ 25,90.”
(O LIBERAL, 23 de abril de 2016)
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LÍNGUA PORTUGUESA
O irreverente cantor não agradou o público local. Observe as possíveis variações de gênero e número:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivo Abstrato: Designa ações qualidades, ou esta- São classificados em aumentativo e diminutivo:
dos, tomados como seres. Indica coisas que não existem por si,
que são resultado de uma abstração. É o caso de felicidade, po- Aumentativo: Indica o aumento do tamanho de algum ser
breza, caridade, etc.. ou alguma coisa. Divide-se em:
Formação dos substantivos - Analítico: substantivo acompanhado de adjetivo que indi-
ca grandeza, por exemplo: menino grande.
Substantivo Primitivo: erve de base para a formação de ou- - Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indica-
tros substantivos. Exemplo: rosa, pedra, gelo, etc. dor de aumento, por exemplo: meninão.
Diminutivo: Indica a diminuição do tamanho de algum ser
Substantivo Derivado: É formado a partir de um substanti- ou alguma coisa. Divide-se em:
vo primitivo, como: roseiral, pedregulho, geleira, etc. - Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que
Substantivo Simples: É formado por um só radical, como: indica pequenez, por exemplo: menino pequeno.
janela, livro, trem, etc. - Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indica-
dor de diminuição, por exemplo: menininho.
Substantivo Composto: É formado por mais de um radical,
como em: arco-íris, arranha-céu, etc. ADJETIVO
Substantivo Coletivo: É coletivo o substantivo no singular Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-
que designa um conjunto de seres da mesma espécie. -lhe um estado, qualidade ou característica.
- buquê – de flores
- alcateia – de lobos Classificação
- elenco – de artistas
- legião – de soldados Simples - formado por um só radical. Exemplo: bonita.
Composto - formado por mais de um radical. Exemplo: lati-
Gênero no-americano.
Primitivo - não deriva de outra palavra. Exemplo: claro,
De acordo com o gênero (feminino e masculino) das pala- grande.
vras substantiva, são classificadas em: Derivado - tem origem em outra palavra. Exemplo: toleran-
te (vem de tolerar).
Substantivos Biformes: apresentam duas formas, uma para Pátrio - é o que se refere a países, estados, cidades, etc.
o masculino e outra para o feminino. Exemplo: médico e médica; Exemplo: brasileiro, mineiro, carioca, etc.
namorado e namorada.
Locução Adjetiva
Substantivos Uniformes: somente um termo especifica os
dois gêneros (masculino e feminino), sendo classificados em: É toda reunião de duas ou mais palavras com valor de uma
- Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e só. Geralmente, as locuções adjetivas são formadas por uma
refere-se aos animais, por exemplo: baleia (macho ou fêmea). preposição e um substantivo, ou uma preposição e um advér-
- Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero bio.
e refere-se às pessoas, por exemplo: criança (masculino e femi- Exemplos:
nino). - dente de cão (= canino)
- Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gê- - água de chuva (= pluvial)
neros (masculino e feminino), identificado por meio do artigo - pneus de trás (= traseiro)
que o acompanha, por exemplo: “o dentista” e “a dentista”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Adjetivos Uniformes: uma forma para os dois gêneros (fe- Multiplicativos: Determina o aumento da quantidade por
minino e masculino). Exemplo: alegre. meio de múltiplos. Exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntu-
- Adjetivos Biformes: varia conforme o gênero (masculino e plo…
feminino). Exemplo: dengoso, dengosa.
Coletivos: Número exato que faz referência a um conjunto
Número de seres. Exemplo: dúzia (conjunto de 12), dezena (conjunto de
10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bi-
Os adjetivos podem vir no singular ou plural, concordando mestre (conjunto de 2).
com o número do substantivo referido. Assim, a sua formação é
parecida à dos substantivos.
Cardinal Ordinal Cardinal Ordinal
Grau Um Primeiro Vinte Vigésimo
Dois Segundo Trinta Trigésimo
São classificados em:
Três Terceiro Cinquenta Quinquagésimo
- Grau Comparativo: utilizado para comparar qualidades. Quatro Quarto Sessenta Sexagésimo
Cinco Quinto Oitenta Octogésimo
Comparativo de Igualdade – Chocolate é tão bom quanto
pizza. Seis Sexto Cem Centésimo
Comparativo de Superioridade – Rui é mais esforçado que Sete Sétimo Quinhentos Quingentésimo
Marcos.
Comparativo de Inferioridade – Mariana é menos feliz que Oito Oitavo Setecentos Setingentésimo
Paula. Nove Nono Novecentos Noningentésimo
- Grau Superlativo - utilizado para intensificar qualidades. Dez Décimo Mil Milésimo
Superlativo Absoluto:
PRONOME
Analítico - A casa é extremamente luxuosa.
Sintético - Larissa é organizadíssima.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o subs-
Superlativo Relativo de:
tantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discur-
Superioridade - A cidade é a mais bonita da região.
Inferioridade - Este computador é o menos moderno do so ou mesmo situando-o no espaço e no tempo.
escritório.
Pronomes Pessoais
Somente seis adjetivos têm o grau comparativo de superio-
ridade sintético. Veja-os: Retos – têm função de sujeito da oração: eu, tu, ele, nós,
vós, eles.
bom – melhor Oblíquos têm função de complemento do verbo (objeto di-
mau – pior reto / objeto indireto) ou as, lhes. - Ele viajará conosco. (elepro-
grande – maior nome reto / vaiverbo / conosco complemento nominal).
pequeno – menor - tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consi-
alto – superior go, conosco, convosco;
baixo – inferior - átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
NUMERAL os,pronome oblíquo)
Pronomes de Tratamento
O numeral é a palavra que indica, em termos numéricos,
um número exato ou a posição que tal coisa ocupa numa série. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo,
idade, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa
Classificação Alteza (V.A.) - príncipes, duques; Vossa Eminência (V.Ema) - car-
deais; Vossa Excelência (V.Ex.a) - altas autoridades, presidente,
Cardinais: Forma básica dos números, indicam contagem, oficiais; Vossa Magnificência (V.Mag.a) - reitores de universida-
medida. Exemplo, um, dois, três… des; Vossa Majestade (V.M.) – reis, imperadores; Vossa Santida-
de (V.S.) - Papa; Vossa Senhori (V.Sa) - tratamento cerimonioso.
Ordinais: Indica ordem de uma sequência. Exemplo, primei-
ro, segundo, terceiro… - Além desses, são pronomes de tratamento: senhor, senho-
ra, senhorita, dona, você.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a algum, alguma, alguns, algumas, nenhum,
ideia de posse, por exemplo: Esse carro é seu? nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito,
muita, muitos, muitas, pouco, pouca,
poucos, poucas, todo, toda, todos, todas,
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos outro, outra, outros, outras, certo, certa,
Variáveis
certos, certas, vário, vária, vários, várias,
1ª pessoa do singular meu, minha (singular); meus, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto,
(eu) minhas (plural) quanta, quantos, quantas, qualquer,
quaisquer, qual, quais, um, uma, uns,
2ª pessoa do singular teu, tua (singular); teus, tuas umas.
(tu, você) (plural)
quem, alguém, ninguém, tudo, nada,
Invariáveis
3ª pessoa do singular seu, sua (singular); seus, suas outrem, algo, cada.
(ele/ela) (plural)
Pronomes Relativos
1ª pessoa do plural nosso, nossa (singular); nossos,
(nós) nossas (plural) Os pronomes relativos se referem a um substantivo já dito
anteriormente na oração. Podem ser palavras variáveis e inva-
2ª pessoa do plural vosso, vossa (singular); vossos, riáveis. Essa palavra da oração anterior chamase antecedente:
(vós, vocês) vossas (plural) Viajei para uma cidade que é muito pequena. ercebese que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, a cidade, por isso
3ª pessoa do plural seu, sua (singular); seus, suas a palavra que é um pronome relativo.
(eles/elas) (plural) São divididos em:
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
Pronomes Demonstrativos cujas, quanto, quantos;
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.
Os pronomes demostrativos são utilizados para indicar algo.
Reúnem palavras variáveis (esse, este, aquele, essa, esta, aque- Pronomes Interrogativos
la) e invariáveis (isso, isto, aquilo).
São palavras variáveis e invariáveis empregadas para formu-
Relação ao tempo lar perguntas diretas e indiretas.
Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo presente em relação
ao momento em que se fala. Exemplo: Esta semana é a última
antes da prova. Pronomes
Classificação Exemplos
Esse (s), essa (s), isso: indicam tempo no passado ou no fu- Interrogativos
turo. Exemplos: Onde você foi esse feriado? / Serei reconhecido
pelo meu esforço. Quando esse dia chegar, estarei satisfeito. Quanto custa?
qual, quais,
Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante Variáveis quanto, quantos,
em relação ao momento em que se fala. Exemplo: Lembro-me Quais sapatos
quanta, quantas.
bem aquele tempo em que viajávamos de trem. você prefere?
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LÍNGUA PORTUGUESA
Exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da Temos três formas nominais: Infinitivo, gerúndio e particí-
natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjuga- pio, e são assim chamadas por desempenhar um papel parecido
ção é feita em relação as variações de pessoa, número, tempo, aos dos substantivos, adjetivos ou advérbios e, sozinhas, não se-
modo, voz e aspeto. rem capazes de expressar os modos e tempos verbais.
Presente: Ocorre no momento da fala. Ex.: trabalha Exemplo: Ela estava trabalhando quando telefonaram.
Pretérito: Ocorrido antes. Ex.: trabalhou
Futuro: Ocorrido depois. Ex.: trabalhará Particípio
O pretérito subdivide-se em:
- Perfeito: Ação acabada. Ex.: Eu limpei a sala. Pode ser regular e irregular.
Particípio regular: se caracteriza pela terminação -ado, -ido.
- Imperfeito: Ação inacabada no momento a que se refere à
narração. Ex.: Ele ficou no hospital por dias.
Exemplo: Eles tinham partido em uma aventura sem fim.
- Mais-que-perfeito: Ação acabada, ocorrida antes de outro
fato passado. Ex.: Para ser mais justo, ele partira o bolo em fatias
Particípio irregular: pode exercer o papel de adjetivo.
pequenas.
Exemplo: Purê se faz com batata cozida.
O futuro subdivide-se em:
- Futuro do Presente: Refere-se a um fato imediato e certo.
Por apresentar mais que uma forma, o particípio é classi-
Ex.: Participarei do grupo. ficado como verbo abundante. É importante lembrar que nem
- Futuro do Pretérito: Pode indicar condição, referindo-se todos os verbos apresentam duas formas de particípio: (aberto,
a uma ação futura, ligada a um momento já passado. Ex.: Iria coberto, escrever).
ao show se tivesse dinheiro. (Indica condição); Ele gostaria de
assumir esse compromisso. Tempos Simples e Tempos Compostos
Modos Verbais Tempos simples: formados apenas pelo verbo principal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente - cante, venda, parta, etc. Intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em exces-
Pretérito imperfeito - cantasse, vendesse, partisse, etc. so, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
Futuro - cantar, vender, partir. tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
todo, de muito, por completo, bem (quando aplicado a proprie-
Imperativo: Ao indicar ordem, conselho, pedido, o fato ver- dades graduáveis).
bal pode expressar negação ou afirmação. São, portanto, duas
as formas do imperativo: Lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
- Imperativo Negativo (Formado pelo presente do subjunti- além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aon-
vo): Não abram a porta. de, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
- Imperativo Afirmativo (Formado do presente do subjunti- alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
vo, com exceção da 2ª pessoas do singular e do plural, que são a distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquer-
retiradas do presente do indicativo sem o “s”. Ex: Anda – Ande da, ao lado, em volta.
– Andemos – Andai – Andem: Abram a porta.
Tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, ama-
Obs.: O imperativo não possui a 1ª pessoa do singular, pois nhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravan-
não se prevê a ordem, conselho ou pedido a si mesmo. te, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal,
amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
Tempos compostos: Formados pelos auxiliares ter ou haver. primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à
tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
Infinitivo: quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tem-
Pretérito impessoal composto - ter falado, ter vendido, etc. pos, em breve, hoje em dia.
Pretérito pessoal composto - ter (teres) falado, ter (teres)
vendido. Negação: Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de for-
Gerúndio pretérito composto – tendo falado, tendo vendi- ma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
do.
Dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente,
Indicativo: quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Pretérito perfeito composto - tenho cantado, tenho vendi-
do, etc. Afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetiva-
Pretérito mais-que-perfeito composto - tinha cantado, tinha mente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavel-
vendido, etc. mente.
Futuro do presente composto - terei cantado, terei vendido,
etc. Exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
Futuro do pretérito composto - teria cantado, teria vendido, simplesmente, só, unicamente.
etc. Inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
Subjuntivo:
Interrogação: porque? (causa), quanto? (preço e intensida-
Pretérito perfeito composto - tenha cantado, tenha vendi-
de), onde? (lugar), como? (modo), quando? (tempo), para que?
do, etc.
(finalidade).
Pretérito mais-que-perfeito composto - tivesse cantado, ti-
vesse vendido, etc.
Ordem: Depois, primeiramente, ultimamente.
Futuro composto - tiver cantado, tiver vendido, etc.
Designação: Eis
ADVÉRBIO
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LÍNGUA PORTUGUESA
Grau Superlativo: A circunstância aparecerá intensificada. - Combinação: A preposição não sofre alteração.
Pode ser formado tanto pelo processo sintético (acréscimo de preposição a + artigos definidos o, os
sufixo), como pelo analítico (outro advérbio estará indicando o a + o = ao
grau superlativo). preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
- superlativo (ou absoluto) sintético: Acréscimo de sufixo.
Ex.: Este conteúdo é facílimo. - Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- superlativo (ou absoluto) analítico: Precisamos de um ad- Preposição + Artigos
vérbio de intensidade. Ex.: Este conteúdo é muito fácil. De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
Ao empregamos dois ou mais advérbios terminados em – De + um = dum
mente, acrescentamos o sufixo apenas no último. Ex.: Muito fez De + uns = duns
pelo seu povo; trabalhou duro, árdua e ininterruptamente. De + uma = duma
De + umas = dumas
PREPOSIÇÃO Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Palavra invariável que liga dois termos da oração, numa Em + um = num
relação de subordinação donde, geralmente, o segundo termo Em + uma = numa
subordina o primeiro. As preposições estabelecem a coesão tex- Em + uns = nuns
tual e possuem valores semânticos indispensáveis para a com- Em + umas = numas
preensão do texto. A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Tipos de Preposição Por + a = pela(s)
30
LÍNGUA PORTUGUESA
As interjeições são consideradas “palavras-frases” na me- -Conjunções Aditivas: Exprimem soma, adição de pensa-
dida em que representam frases-resumidas, formadas por sons mentos: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por
um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções inter- Exemplo: João não lê nem escreve.
jetivas (Meu Deus! Ora bolas!).
-Conjunções Adversativas: Exprimem oposição, contraste,
Tipos de Interjeições compensação de pensamentos: mas, porém, contudo, entre-
tanto, no entanto, todavia.
Mesmo não havendo uma classificação rigorosa, já que a
mesma interjeição pode expressar sentimentos ou sensações Exemplo: Não viajamos, porém, poupamos dinheiro.
diferentes, as interjeições ou locuções interjetivas são classifi-
cadas em: -Conjunções Alternativas: Exprimem escolha de pensamen-
tos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja.
Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Calma!, De-
vagar!, Sentido!, Vê bem!, Volta aqui! Exemplo: Ou você casa, ou compra uma bicicleta.
Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Passa!, Sai!, Roda!, Arre-
da!, Rua!, Cai fora!, Vaza! Conjunções Conclusivas: Exprimem conclusão de pensa-
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, mento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), por-
Muito obrigada!, Valeu! tanto, por conseguinte, assim.
Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Eita!, Uhu!,
Que bom! Exemplo: Estudou bastante, portanto será aprovado.
Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!
Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Vamos!, Firme!, -Conjunções Explicativas: Exprimem razão, motivo: que,
Bora! porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto,
Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh! por conseguinte.
Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!,
Parabéns!, Boa! Exemplo: Não pode ligar, pois estava sem bateria.
Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!
Concordância: Claro!, Sem dúvida!, Então!, Sim!, Pois não!, Conjunções Subordinativas: Ligam orações dependentes
Tá!, Hã-hã! uma da outra.
Contrariedade: Droga!, Credo!
Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Foi mal! -Conjunções Integrantes: Introduzem orações subordinadas
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Queira Deus!, Quem me dera! com função substantiva: que, se.
Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim! Exemplo: Quero que sejas muito feliz.
Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!
-Conjunções Causais: Introduzem orações subordinadas que
Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Caramba!, Xi!, Meu
dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já que,
Deus!, Crê em Deus pai!
uma vez que.
Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Vamos!, Firme!, Força!
Exemplo: Como tive muito trabalho, não pude ir à festa.
Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Socorro!, Que
medo!, Jesus!
-Conjunções Comparativas: Introduzem orações subordina-
Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!
das que dão ideia de comparação: que, do que, como.
Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!
Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Calado!, Quieto!, Bico
Exemplo: Meu cachorro é mais inteligente do que o seu.
fechado!
-Conjunções Concessivas: Iniciam orações subordinadas que
CONJUNÇÃO exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora,
ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que,
É um termo que liga duas orações ou duas palavras de mes- por mais que, por melhor que.
mo valor gramatical, estabelecendo uma relação (de coordena-
ção ou subordinação) entre eles. Exemplo: Vou ao mercado, embora esteja sem muito di-
nheiro.
Classificação -Conjunções Condicionais: Iniciam orações subordinadas
que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração
Conjunções Coordenativas: Ligam duas orações indepen- principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde
dentes. que, a não ser que.
31
LÍNGUA PORTUGUESA
-Conjunções Conformativas: Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro: segundo,
como, conforme.
-Conjunções Consecutivas: Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração
principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que.
Exemplo: Estava tão linda, de modo que todos pararam para olhar.
-Conjunções Temporais: Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que, sempre
que.
-Conjunções Finais: Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que.
-Conjunções Proporcionais: Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à medida que, à propor-
ção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor.
QUESTÕES
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LÍNGUA PORTUGUESA
02. MPE/SP - Oficial de Promotoria I – 2017 - VUNESP 04. Prefeitura de Barra de Guabiraba/PE - Nível Funda-
mental Completo – 2016 - IDHTEC
Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no en- Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por
frentamento de tragédias extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase:
a) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP), temem
Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses que suas casas desabem após uma cratera se abrir na Avenida
costumam se reerguer em tempo recorde depois de catástro- Papa Pio X. (DÉCIMA)
fes. Minas irá buscar experiência e tecnologias para superar a b) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401 (QUA-
tragédia em Mariana TROCENTAS E UMA)
c) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve a
A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na expe- sua página Classitêxtil reformulada. (VIGÉSIMA SEGUNDA)
riência de enfrentamento de catástrofes e tragédias do Japão, d) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilíci-
para tentar superar Mariana e recuperar os danos ambientais e ta, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por mediante artifício, ardil. (CENTÉSIMO SETÉSIMO PRIMEIRO)
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), e) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do sécu-
a exemplo da troca de experiências que já acontece no Estado lo XX. (SÉCULO DUCENTÉSIMO)
com a polícia comunitária, espelhada no modelo japonês Koban.
O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa 05. ELETROBRAS-ELETROSUL - Técnico de Segurança do
nordeste do Japão em 2011 deixando milhares de mortos e de- Trabalho – 2016 - FCC
saparecidos, e prejuízos que quase chegaram a US$ 200 bilhões,
foi uma das muitas tragédias naturais que o país enfrentou nos Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entan- energia solar
to, o Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o
Brasil vai buscar para lidar com a tragédia ocorrida em Mariana. Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extre-
(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. mo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente
Adaptado) por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma
das maiores usinas de energia solar do mundo.
No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treina- Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
mento... – (1o parágrafo), a expressão em destaque é formada renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
se verifica na expressão destacada em: poluir menos. Uma aposta no futuro.
a) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos. A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do pa-
b) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável. pel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do planejado
c) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião? está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os car-
d) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado. ros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas são bem
e) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos. estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É perfeito
para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o calor. E a
03. CISMEPAR/PR - Técnico Administrativo – 2016 - FAUEL direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignida- tudo movido a energia solar”. Disponível em:http://g1.globo.
de e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-cida-
uns para com os outros em espírito de fraternidade. Todo indiví- de-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
duo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Toda
a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, Considere as seguintes passagens do texto:
a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi cons-
contra o desemprego”. truída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar
do mundo. (1º parágrafo)
De acordo com a gramática da língua portuguesa, adjetivo é II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por
a palavra que qualifica um substantivo. Aponte a afirmativa que mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)
contenha somente adjetivos retirados do texto. III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de
a) livres, iguais, equitativas, satisfatórias. fora. (3º parágrafo)
b) todos, dever, fraternidade, liberdade. IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça som-
c) trabalho, ter, direito, desemprego. bra no outro. (3º parágrafo)
d) espírito, seres, nascer, livre. O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o
qual” APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
33
LÍNGUA PORTUGUESA
c) I, II e IV. exame trazem desilusão para muitos jovens, e não são poucos
d) I e IV. os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes
e) III e IV. eu digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima,
pensem na força de seu sonho. Sonhar não é proibido. É um
06. Pref. de Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo – dever.
2017 - IDHTEC (Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não
chegar, 1996. Adaptado)
Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi não
__________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe Bian- Observe as passagens:
chi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os pilotos – … e agora quer começar uma carreira médica. (2° pará-
__________ medo de falar. “Um piloto não vai dizer nada se grafo);
existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, todos – … ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. (3° parágrafo);
__________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com seu – Talvez a expectativa de vida não permita… (4° parágrafo).
carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não conseguiu
__________para evitar o choque. As expressões destacadas expressam, respectivamente,
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilo- sentido de
tos-da-f-1-temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal- a) lugar, modo e causa.
-de-bianchi) b) tempo, afirmação e dúvida.
c) afirmação, afirmação e dúvida.
Complete com a sequência de verbos que está no tempo, d) tempo, modo e afirmação.
modo e pessoa corretos: e) modo, dúvida e intensidade.
a) Tem – tem – vem - freiar
b) Tem – tiveram – vieram - frear 08. Ceron/RO - Direito – 2016 - EXATUS
c) Teve – tinham – vinham – frenar
d) Teve – tem – veem – freiar A lição do fogo
e) Teve – têm – vêm – frear
1º Um membro de determinado grupo, ao qual prestava
07. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU- serviços regularmente, sem nenhum aviso, deixou de participar
NESP/2016) de suas atividades.
2º Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu
É permitido sonhar visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem
em casa sozinho, sentado diante ______ lareira, onde ardia um
Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curio- fogo brilhante e acolhedor.
sas, estranhas, comoventes. O jovem que chega atrasado por 3º Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vin-
alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica, e patética. das ao líder, conduziu-o a uma cadeira perto da lareira e ficou
Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção. quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no
Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculda- local indicado, mas não disse nada. No silêncio sério que se for-
de de Medicina da Universidade do Paraná. Veio do Japão aos mara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das
11 anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar uma achas da lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder
carreira médica. examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, selecio-
Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem nou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a
80 anos. Isto mesmo, 80. Numa fase em que outros já passaram ______ lado. Voltou, então, a sentar-se, permanecendo silen-
até da aposentadoria compulsória, ele se prepara para iniciar cioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado
nova vida. E o faz tranquilo: “Cuidei de meus pais, cuidei dos e quieto. Aos poucos, a chama da brasa solitária diminuía, até
meus filhos. Agora posso realizar um sonho que trago da infân- que houve um brilho momentâneo e seu fogo se apagou de vez.
cia”. 4º Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e
Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o luz agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de car-
lugar de jovens, dirá algum darwinista social. Eu ponderaria que vão recoberto _____ uma espessa camada de fuligem acinzen-
nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há pais tada. Nenhuma palavra tinha sido dita antes desde o protocolar
que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se
são maus pais; o que interessa é a qualidade do tempo, não a preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil,
quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao vesti- colocando-o de volta ao meio do fogo. Quase que imediatamen-
bulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os te ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos car-
anos, ou meses, ou mesmo os dias que dedicar a seus pacientes vões ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta
terão em si a carga afetiva de uma existência inteira. para partir, seu anfitrião disse:
Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia 5º – Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou
que li não esclarecia a respeito. Mas ele mesmo disse que isto voltando ao convívio do grupo.
não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de RANGEL, Alexandre (org.). As mais belas parábolas de to-
novo. E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil dos os tempos –Vol. II.Belo Horizonte: Leitura, 2004.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a - Na maioria das vezes, acrescenta-se S: ponte – pontes;
economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as ora- bonito – bonitos.
ções, - Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter –
a) uma relação de adição. éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer faz o plural
b) uma relação de oposição. no meio: quaisquer
c) uma relação de conclusão. - Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES:
d) uma relação de explicação. ananás – ananases. As paroxítonas e as proparoxítonas são inva-
e) uma relação de consequência. riáveis: o pires − os pires, o ônibus − os ônibus
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analíti- Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou dú-
co: João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.); Relati- vida em relação ao processo verbal e não está ligado com a no-
vo: de superioridade: João é o mais forte da turma; de inferiori- ção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro.
dade: João é o menos forte da turma. Quero que voltes para mim; Não pise na grama; É possível que
O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento ele seja honesto; Espero que ele fique contente; Duvido que ele
do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou seja o culpado; Procuro alguém que seja meu companheiro para
imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasia- sempre; Ainda que ele queira, não lhe será concedida a vaga; Se
damente, enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, e pior eu fosse bailarina, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinherio,
constituem sempre graus de superioridade: O carro é menor irei para as praias do nordeste.
que o ônibus; menor (mais pequeno): comparativo de superiori-
dade. Ele é o pior do grupo; pior (mais mau): superlativo relativo Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido ou
de superioridade. solicitação: Vai e não voltes mais.
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apre-
sentar dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pes-
– amicíssimo; antigo – antiquíssimo; cruel – crudelíssimo; doce – soas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. No
dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo; português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento
geral – generalíssimo; humilde – humílimo; magro – macérrimo; você (s) em lugar do tu e vós.
negro – nigérrimo; pobre – paupérrimo; sagrado – sacratíssimo;
sério – seriíssimo; soberbo – superbíssimo. EXERCÍCIOS
Flexão Verbal 01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como
órfão e mata-burro, respectivamente:
As flexões verbais são expressas por meio dos tempos, a) cristão / guarda-roupa
modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momen- b) questão / abaixo-assinado
to em que ocorre o processo verbal; O modo indica a atitude c) alemão / beija-flor
do falante (dúvida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, d) tabelião / sexta-feira
etc.); A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do e) cidadão / salário-família
sujeito.
02. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos
Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretérito) e indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual?
do futuro. a) saia amarelo-ouro
b) papel amarelo-ouro
Modo c) caixa vermelho-sangue
d) caixa vermelha-sangue
Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante e) caixas vermelho-sangue
com referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo
presente, passado ou futuro: 03. Indique a frase correta:
a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes.
Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato corri- b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
queiro, habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se também o c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra.
presente com o valor de passado, passado histórico (nos contos, d) Godofredo almoçou duas couves-flor.
narrativas) e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens.
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LÍNGUA PORTUGUESA
10. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão Substantivos e um adjetivo: Quando há mais do que um
do nome composto: substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas - Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas deve concordar com o substantivo mais próximo.
d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças Lindo pai e filho.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Sob a mesma regra, temos palavras como: incluso, quite, - Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo
leso, mesmo e próprio. concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:
Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes: O su- - Concordância verbal com o infinitivo impessoal: o infinitivo
jeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes. O não é flexionado em locuções verbais e em verbos preposicio-
verbo também deve ficar no plural e concordará com a pessoa nados:
que, a nível gramatical, tem prioridade.
1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, Foram impedidos de entender a razão.
vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).
- Concordância verbal com o verbo ser: a concordância em
Nós, vós e eles vamos à igreja. número é estabelecida com o predicativo do sujeito:
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LÍNGUA PORTUGUESA
D) Simpáticos malabaristas e dançarinos animavam a festa. Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem
a perder investimentos em treinamento e incorrer em custos
03. CISMEPAR/PR – Advogado – 2016 - FAUEL trabalhistas. Dado o colapso da atividade econômica, porém,
A respeito de concordância verbal e nominal, assinale a al- jogaram a toalha.
ternativa cuja frase NÃO realiza a concordância de acordo com a O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imedia-
norma padrão da Língua Portuguesa: to. O indivíduo não só perde a capacidade de pagamento mas
também enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos,
A) Meias verdades são como mentiras inteiras: uma pessoa pois não possui carteira de trabalho assinada.
meia honesta é pior que uma mentirosa inteira. Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma
B) Sonhar, plantar e colher: eis o segredo para alcançar seus às muitas evidências de reversão de padrões positivos da última
objetivos. década – o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao
C) Para o sucesso, não há outro caminho: quanto mais dis- mercado de trabalho e a alta do desemprego.
tante o alvo, maior a dedicação. (Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)
D)Não é com apenas uma tentativa que se alcança o que
se quer. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
A) A mudança de direção da economia fazem com que se
04. TRF – 3ª Região – Analista Judiciário-Área Administra- altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
tiva – 2017 - FCC B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada,
A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fize-
A) Em “A aquisição de novas obras devem trazer benefícios
ram com que muitas empresas optassem por manter seus fun-
a todos os frequentadores”, a concordância está correta por se
cionários.
tratar de expressão partitiva.
D) São as dívidas que faz com que grande número dos con-
B) Em “Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus”,
sumidores não estejam em dia com suas obrigações.
a concordância está correta, uma vez que o núcleo do sujeito é E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Cré-
“cerca”. dito mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter
C) Na frase “Hão de se garantir as condições necessárias à novos créditos.
conservação das obras de arte”, o verbo “haver” deveria estar
no singular, uma vez que é impessoal. 06. COPEL – Contador Júnior -2017 - NC-UFPR
D) Em “Acredita-se que 25% da população frequentem am- Assinale a alternativa em que os verbos sublinhados estão
bientes culturais”, a concordância está correta, uma vez que a corretamente flexionados quanto à concordância verbal
porcentagem é o núcleo do segmento nominal. A) A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recen-
E) Na frase “A maioria das pessoas não frequentam o mu- temente a nova edição do relatório Smoke-free movies (Filmes
seu”, o verbo encontra-se no plural por concordar com “pes- sem cigarro), em que recomenda que os filmes que exibem ima-
soas”, ainda que pudesse, no singular, concordar com “maioria”. gens de pessoas fumando deveria receber classificação indicati-
va para adultos.
05. MPE-SP – Oficial de Promotoria I – 2016 - VUNESP B) Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis paí-
ses europeus, que alcançaram bilheterias elevadas (incluindo
Fora do jogo alemães, ingleses e italianos), continha cenas de pessoas fuman-
do em filmes classificados para menores de 18 anos.
Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo C) Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona”
se alteram, como o tamanho das jornadas de trabalho e o paga- como uma espécie de última fronteira para anúncios, mensa-
mento de horas extras, e outras que respondem de forma mais gens subliminares e patrocínios, já que uma série de medidas
lenta, como o emprego e o mercado de crédito. Tendências ne- em diversos países passou a restringir a publicidade do tabaco.
gativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam D) E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de
ser duradouras. fumo em filmes para jovens.
Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da E) Os especialistas da organização citam estudos que mos-
Associação Nacional dos Birôs de Crédito, que congrega empre- tram que quatro em cada dez crianças começa a fumar depois
de ver atores famosos dando suas “pitadas” nos filmes.
sas do setor de crédito e financiamento.
Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de con-
sumidores impedidos de obter novos créditos por não estarem
em dia com suas obrigações. Trata-se de alta de 1,8 milhão em
dois meses.
Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos
consumidores para deixar de pagar as dívidas: a perda de em-
prego, que tem forte correlação com a capacidade de pagamen-
to das famílias.
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LÍNGUA PORTUGUESA
RESPOSTAS lação [a, com, de, por, para com] - relacionado [com] - rente [a,
de, com] - responsável [por] - rico [de, em] –satisfeito [com, de,
01 C em, por] - semelhante [a] - suspeito [a, de] - tentativa [contra,
de, para, para com] –único [em] - vazio [de]– visível [a] - vizinho
02 D [a, de, com] – zelo [a, de, por].
03 A
Regência de Advérbios: são importantes os advérbios: lon-
04 E
ge [de], perto [de] e proximamente [a, de]. Todos os advérbios
05 C terminados em -mente, tendem a apresentar a mesma preposi-
06 C ção dos adjetivos: Compatível [com]; compativelmente [com].
Relativo [a]; relativamente [a]
Regência Verbal
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.
É a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos
e os termos que se seguem a ele e completam o seu sentido. Os
verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e
indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Os verbos
Regência é a relação de subordinação que ocorre entre um podem ser:
verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em esta- - Verbos Transitivos: Exigem complemento (objetos) para
belecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que tenham sentido completo. Podem ser: Transitivos Diretos;
que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam cor- Transitivos Indiretos; Transitivos Diretos e Indiretos.
retas e claras. - Verbos Intransitivos: Existem verbos intransitivos que pre-
cisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas para da-
Regência Nominal rem um sentido completo para a frase.
Há nomes de sentido incompletos. Substantivos, adjetivos, Exemplos de regência verbal não preposicionada
e, certos advérbios, podem, como no caso dos verbos, precisar Leu o jornal.
de um complemento (complemento nominal) para completar Comeu o chocolate.
seu sentido: Sou devoto (nome de sentido incompleto) ao Santo Bebeu o vinho.
Expedito (compl. Nominal). Ouviu a música.
O substantivo devoto rege um complemento nominal pre- Estudou a matéria.
cedido da preposição (ao). Sendo assim, a relação particular Fez o jantar
entre o nome e complemento, está sempre marcada por uma
preposição. Exemplos de regência verbal preposicionada
Contudo, cabe observar, que certos substantivos e adjetivos Procedeu à leitura do livro.
admitem mais de uma regência (mais de uma preposição). Pagou ao fornecedor.
Vejamos alguns nomes com as preposições que as regem: Desobedeceu aos mandamentos.
Apoiou-se na mesa.
Acessível [a, para] - acostumado [a, com] - adequado [a] - Apaixonou-se por sua melhor amiga.
admiração [a, por] - alheio [a, de] - aliado [a, com] - amante [de] Meditou sobre a possibilidade.
– amigo [de] - amor [a, de, para com, por] –ansioso [de, para,
por] - apto [a, para] - assíduo [a, em] - atenção [a] - atento [a, Quando a regência verbal é feita através de uma prepo-
em] - atencioso [com, para com] - benéfico [a] - benefício [a] sição, as mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre.
– bom [para] - capacidade [de, para] - capaz [de, para] – cego agradar a;
[a] - certeza [de] - comum [de] - conforme [a, com] - consulta obedecer a;
[a] - contente [com, de, em, por] - cuidadoso [com] – curioso assistir a;
[de, por] descontente [com] - desfavorável [a] –desrespeito [a] visar a;
- diferente [de] - dificuldade [com, de, em, para] – digno [de] lembrar-se de;
- dúvida [acerca de, em, sobre] – entendido [em] – essencial simpatizar com;
[para] – fácil [a, de, para] - facilidade [de, em, para] - fiel [a] - comparecer em;
feliz [de, com, em, por] - grato [a] - horror [a, de, por] -– idêntico convocar para;
[a] - impaciência [com] – incapaz [de, para] –influência [sobre] trocar por;
- insensível [a] - intolerante [com] - junto [a, de] - leal [a] - lento alertar sobre.
[em] – liberal [com] - maior [de] – manifestação [contra] - medo
[de, a] – menor [de] –morador [em] - natural [de] - necessário
[a] - obediente [a] - ódio [a, contra] - orgulhoso [de, com] - pai-
xão [de, por] – parecido [a, com] - referência [a, por] –propício
[a] - próximo [a, de] - pronto [para, em] - propensão [para] - re-
41
LÍNGUA PORTUGUESA
42
LÍNGUA PORTUGUESA
Uso do h
O h é utilizado:
- No final de interjeições: Ah!, Oh!
- Por etimologia: hoje, homem.
43
LÍNGUA PORTUGUESA
- Nos dígrafos ch, lh, nh: tocha, carvalho, manhã. Palavras parônimas são parecidas na grafia ou na pronúncia,
- Palavras compostas: sobre-humano, super-homem. mas têm significados diferentes.
- Exceção: Bahia quando se refere ao estado. O acidente Exemplos:
geográfico baía é escrito sem h.
cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)
Uso do s/z
descrição (descrever) discrição (de discreto)
O s é utilizado: emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)
- Adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam
grande quantidade, estado ou circunstância: maudoso, feiosa. Palavras homônimas têm a mesma pronúncia, mas signifi-
- Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou pro- cados diferentes.
fissão: marquês, portuguesa, poetisa. Exemplos:
- Depois de ditongos: coisa, pousa.
- Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quiseram.
cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)
O z é utilizado: ruço (pardo claro) russo (da Rússia)
tachar (censurar) taxar (fixar taxa)
- Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de
adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza. Consoantes dobradas
- No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospi-
talizar. - Só se duplicam as consoantes C, R, S.
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam
Escreve-se com s Escreve-se com z distintamente: convicção, cocção, fricção, facção, etc.
Alisar amizade - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocáli-
cos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respecti-
atrás azar vamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando há um ele-
através azia mento de composição terminado em vogal a seguir, sem inter-
posição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado,
gás giz
correlação, pressupor, etc.
groselha prazer Uso do hífen
invés rodízio
Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a
Uso do g/j escrita de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo de
dúvidas para diversos falantes.
O g é utilizado:
- Palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: Palavras com hífen:
pedágio, relógio, refúgio. segunda-feira (e não segunda feira);
- Substantivos que terminem em -gem: lavagem, viagem. bem-vindo (e não benvindo);
mal-humorado (e não mal humorado);
O j é utilizado: micro-ondas (e não microondas);
- Palavras com origem indígena: pajé, canjica. bem-te-vi (e não bem te vi).
- Palavras com origem africana: jiló, jagunço.
Palavras sem hífen:
dia a dia (e não dia-a-dia);
Escreve-se com g Escreve-se com j fim de semana (e não fim-de-semana);
estrangeiro berinjela à toa (e não à-toa);
autoestima (e não auto-estima);
gengibre cafajeste
antirrugas (e não anti-rugas).
geringonça gorjeta
gíria jiboia QUESTÕES
ligeiro jiló 01. SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018
tangerina sarjeta - IBFC
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LÍNGUA PORTUGUESA
Agente Penitenciário, Agente Prisional, Agente de Seguran- 04. PBH Ativos S.A. - Analista Jurídico – 2018 – IBGP
ça Penitenciário ou Agente Estadual/Federal de Execução Penal. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafa-
Entre suas atribuições estão: manter a ordem, diciplina, custó- das conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico relativas à
dia e vigilância no interior das unidades prisionais, assim como sistematização do emprego de hífen ou de acentuação.
no âmbito externo das unidades, como escolta armada para A) Vôo, dêem, paranóico, assembléia, feiúra, vêem, baiúca.
audiências judiciais, transferência de presos etc. Desempenham B) Interresistente, superrevista, manda-chuva, paraquedas.
serviços de natureza policial como aprensões de ilícitos, revistas C) Antirreligioso, extraescolar, infrassom, coautor, antiaé-
pessoais em detentos e visitantes, revista em veículos que aden- reo.
tram as unidades prisionais, controle de rebeliões e ronda exter- D) Préhistória, autobservação, infraxilar, suprauricular, iná-
na na área do perímetro de segurança ao redor da unidade pri- bil.
sional. Garantem a segurança no trabalho de ressosialização dos
internos promovido pelos pisicólogos, pedagogos e assistentes 05. MPE-GO - Auxiliar Administrativo – 2018 – MPE-GO
sociais. Estão subordinados às Secretarias de Estado de Admi- Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do
nistração Penitenciária - SEAP, secretarias de justiças ou defesa período abaixo.
social, dependendo da nomenclatura adotada em cada Estado.
Fonte: Wikipedia – *com alterações ortográficas. Agora que há uma câmera de ________. isto provavelmente
não _____acontecerá, mas _____vezes em que, no meio de uma
Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras, reti- noite __________, o poeta levantava de seu banco [...]
radas do texto, com equívocos em sua ortografia.
A) atribuições; diciplina; audiências; desempenham. A) investigassâo mas ouve chuvosa
B) diciplina; aprensões; ressosialização; pisicólogos. B) investigassâo mais houve chuvoza
C) audiências; ilícitos; atribuições; desempenham. C) investigação mais houve chuvosa
D) perímetro; diciplina; desempenham; ilícitos. D) investigação mas houve chuvosa
E) aprensões; ressosialização; desempenham; audiências. E) investigação mais ouve chuvoza
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
Acentuação tônica
(Dik Brownie, Hagar. www.folha.uol.com.br, 29.03.2015. Adap- Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas
tado) das palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais acentua-
Considerando a ortografia e a acentuação da norma-padrão da é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas com menos inten-
da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e respectiva- sidade, são denominadas de átonas.
mente, preenchidas por: De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com
A) mal ... por que ... intuíto mais de uma sílaba classificam-se em:
B) mau ... por que ... intuito Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, es-
C) mau ... porque ... intuíto critor, maracujá.
D) mal ... porque ... intuito Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa,
E) mal ... por quê ... intuito lápis, montanha, imensidade.
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Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: - Haverá o acento em palavra proparoxítona, pois a regra
árvore, quilômetro, México. de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos:
(se-ri-ís-si-mo)
Acentuação gráfica - Não há mais acento nas formas verbais que possuíam o
acento tônico na raiz com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e
- Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, jurídico, béli- seguido de “e” ou “i”.
co).
- Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, Antes agora
“em”, seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló (s)).
- Também acentuamos nos casos abaixo: averigúe (averiguar) averigue
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, segui- argúi (arguir) argui
dos ou não de “s”: (pá – pé – dó)
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos segui- - 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos
das de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo) ter e vir e dos seus compostos (conter, reter, advir, convir etc.)
- Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas termi- tem acento.
nadas em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, n, r, x, ps
(cadáver – tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – órgãos).
- Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de Singular plural
“s”: (mágoa – jóquei) ele tem eles têm
ele vem eles vêm
Regras especiais:
ele obtém eles obtêm
- Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam o acento
com o Novo Acordo. → Palavras homógrafas para diferenciá-las de outras seme-
lhantes não se usa mais acento. Apenas em algumas exceções,
como:
Antes agora A forma verbal pôde (3ª pessoa do singular - pretérito per-
Assembléia Assembleia feito do indicativo) ainda é acentuada para diferenciar-se de
Idéia Ideia pode (3ª pessoa do singular - presente do indicativo). Também o
verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por.
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia Alguns homógrafos:
pera (substantivo) - pera (preposição antiga)
Apóia (verbo) Apoia
para (verbo) - para (preposição)
Paranóico Paranoico pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar)
- “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, Atenção, pois palavras derivadas de advérbios ou adjetivos
acompanhados ou não de “s”, desde que não sejam seguidos não são acentuadas
por “-nh”, haverá acento: (saída – baú – país).
Exemplos:
- Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hia- Facilmente - de fácil
to quando vierem depois de ditongo: Habilmente - de hábil
Ingenuamente – de ingênuo
Antes agora Somente - de só
Unicamente - de único
Bocaiúva Bocaiuva Dinamicamente - de dinâmico
Feiúra Feiura Espontaneamente - de espontâneo
Sauípe Sauipe
Uso da Crase
- Acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi abolido.
- É usada na contração da preposição a com as formas fe-
mininas do artigo ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às
Antes agora (de a + as).
crêem creem
- A crase é usada também na contração da preposição “a”
vôo voo com os pronomes demonstrativos:
àquele(s)
- Vogais “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal àquela(s)
idêntica, não tem mais acento: (xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba). àquilo
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01. Pref. Natal/RN - Agente Administrativo – 2016 - CKM 02. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e Fiscalização
Serviço - 2017 - CETREDE
Mostra O Triunfo da Cor traz grandes nomes do pósimpres- Indique a alternativa em que todas as palavras devem re-
sionismo para SP Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil A ceber acento.
exposição O Triunfo da Cor traz grandes nomes da arte moder- A) virus, torax, ma.
na para o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. São 75 B) caju, paleto, miosotis .
obras de 32 artistas do final do século 19 e início do 20, entre C) refem, rainha, orgão.
eles expoentes como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cé- D) papeis, ideia, latex.
zanne, Seurat e Matisse. Os trabalhos fazem parte dos acervos E) lotus, juiz, virus.
do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos de Paris.
A mostra foi dividida em quatro módulos que apresentam 03. MPE/SC – Promotor de Justiça- 2017 - MPE/SC
os pintores que sucederam o movimento impressionista e rece- “Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul, os navegado-
res europeus reconheceram a importância dos portos de São
beram do crítico inglês Roger Fry a designação de pósimpressio-
Francisco, Ilha de Santa Catarina e Laguna, para as “estações da
nistas. Na primeira parte, chamada de A Cor Cientifica, podem
aguada” de suas embarcações. À época, os navios eram impul-
ser vistas pinturas que se inspiraram nas pesquisas científicas
sionados a vela, com pequeno calado e autonomia de navega-
de Michel Eugene Chevreul sobre a construção de imagens com
ção limitada. Assim, esses portos eram de grande importância,
pontos. especialmente para os navegadores que se dirigiam para o Rio
Os estudos desenvolvidos por Paul Gauguin e Émile Bernard da Prata ou para o Pacífico, através do Estreito de Magalhães.”
marcam a segunda parte da exposição, chamada de Núcleo Mis- (Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de
terioso do Pensamento. Entre as obras que compõe esse conjun- Santa Catarina. Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 43.)
to está o quadro Marinha com Vaca, em que o animal é visto em
um fundo de uma passagem com penhascos que formam um No texto acima aparecem as palavras Atlântico, época, Pací-
precipício estreito. As formas são simplificadas, em um contorno fico, acentuadas graficamente por serem proparoxítonas.
grosso e escuro, e as cores refletem a leitura e impressões do ( ) Certo ( ) Errado
artista sobre a cena.
O Autorretrato Octogonal, de Édouard Vuillard, é uma das 04. Pref. De Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - FAEPESUL
pinturas de destaque do terceiro momento da exposição. Intitu- Analise atentamente a presença ou a ausência de acento
lada Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte, essa parte da mostra gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em que não
também reúne obras de Félix Vallotton e Aristide Maillol. No au- há erro:
torretrato, Vuillard define o rosto a partir apenas da aplicação A) ruím - termômetro - táxi – talvez.
de camadas de cores sobrepostas, simplificando os traços, mas B) flôres - econômia - biquíni - globo.
criando uma imagem de forte expressão. C) bambu - através - sozinho - juiz
O Mulheres do Taiti, de Paul Gauguin, é um dos quadros D) econômico - gíz - juízes - cajú.
da última parte da mostra, chamada de A Cor em Liberalidade, E) portuguêses - princesa - faísca.
que tem como marca justamente a inspiração que artistas como
Gauguin e Paul Cézanne buscaram na natureza tropical. A pin- 05. INSTITUTO CIDADES – Assistente Administrativo VII –
tura é um dos primeiros trabalhos de Gauguin desenvolvidos 2017 - CONFERE
na primeira temporada que o artista passou na ilha do Pacífico, Marque a opção em que as duas palavras são acentuadas
onde duas mulheres aparecem sentadas a um fundo verde-es- por obedecerem à regras distintas:
meralda, que lembra o oceano. A) Catástrofes – climáticas.
B) Combustíveis – fósseis.
A exposição vai até o dia 7 de julho, com entrada franca.
C) Está – país.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-05/
D) Difícil – nível.
mostra-otriunfo-da-cor-traz-grandes-nomes-do-pos-impressio-
nismo-para-sp Acesso em: 29/05/2016.
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