A Sustentabilidade

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A sustentabilidade do planeta e o desenvolvimento

econômico

Neste módulo vamos discutir a sustentabilidade do planeta, nos níveis social,


econômico e ambiental.

OBJETIVOS:
1. Conceituar sustentabilidade, desenvolvimento e decrescimento
sustentável;
2. Identificar as mudanças de modelo desenvolvimentista em um contexto
de sustentabilidade nas três dimensões: social, econômica e ambiental
e a necessidade de equilíbrio entre elas;
3. Analisar relações entre os padrões de desenvolvimento PIB e IDH.
4. Identificar contextos em que a ciência e a tecnologia contribuem para o
desenvolvimento sustentável.
5. Discutir o papel dos consumidores e dos empresários nas mudanças do
desenvolvimento sustentável.
6. Correlacionar desafios do século XXI com hábitos de consumo.
7. Relacionar impactos ambientais com hábitos culturais e consumismo;
8. Identificar consequências ambientais da obsolescência programada e
estimular atividades nas escolas para seu combate.

A sustentabilidade do planeta frente ao desenvolvimento

O que significa
sustentabilidade?
O termo sustentabilidade existe há muito tempo; é empregado com
diferentes contextos, mas sempre passa a ideia da capacidade de um sistema
se manter ao longo do tempo. Esse conceito está no nosso dia a dia e se
aplica tanto a um relacionamento qualquer, seja no estabelecimento de um
namoro, um casamento ou uma sociedade, até mesmo à relação entre
empresa e seus fornecedores. A relação pessoal ou profissional se
torna sustentável quando ela é boa para todas as partes envolvidas e todos
são parceiros! Boa parceria é aquela em que, apesar das visões e vocações
individuais, a relação sobrevive porque os parceiros amadurecem e
complementam as necessidades uns dos outros. Então relações empresariais,
profissionais ou pessoais são sustentáveis quando são duradouras.

Desenvolvimento "insustentável"
Em um primeiro momento a palavra sustentável apareceu associada à
ideia de desenvolvimento. Assim, a expressão desenvolvimento
sustentável tornou-se muito conhecida em contraposição aos modelos
de desenvolvimento econômico estabelecidos no período após a
Segunda Guerra Mundial, quando os países da Europa e os Estados
Unidos priorizaram a instalação de novas indústrias que atendessem às
demandas de mercado de uma população crescente.

A sustentabilidade desse sistema produtivo ficava comprometida


porque requeria uma oferta inesgotável de recursos do meio ambiente
que atendesse à demanda da sociedade por insumos e produtos para
movimentar a economia desses países.

O primeiro alerta internacional dos malefícios que a deterioração dos


ecossistemas poderia causar no "sistema biosfera", como um todo,
ocorreu há pouco mais de 40 anos, com a conferência da ONU para o
ambiente humano, realizada em 1972 em Estocolmo.
Ao final da conferência, foi proclamada como forma ideal de
planejamento ambiental aquela que associasse prudência ecológica
com desenvolvimento, o chamado “ecodesenvolvimento”. Com esse
modelo, acreditava-se que não haveria degradação dos ecossistemas,
pois a natureza, sábia, trataria de se recompor ou a tecnologia
solucionaria os problemas pontuais que ocorressem.

Quando surgiram os desequilíbrios ambientais que ameaçaram as


condições de vida e saúde de todos, em escala regional, continental e
mundial, compreendeu-se que a natureza dava sinais de que não era
“sábia” o suficiente para se recompor da liberação de grandes
quantidades de gases na atmosfera e do escoamento de dejetos e
rejeitos não biodegradáveis em rios e mares.

A conferência de Estocolmo foi importante porque explicitou o caráter


sistêmico da dimensão ambiental. Aumentou a percepção
internacional de que os prejuízos econômicos causados pelo
desequilíbrio em uma cidade eram alastrados aos ecossistemas
vizinhos.

Foi importante também para mostrar que cada país tinha que traçar
seu plano econômico preocupando-se com os que trabalhavam para
fornecer insumos para esse sistema - seus fornecedores. A dimensão
econômica tinha que ser construída sob a forma de parcerias.

No plano social, as empresas deveriam trabalhar para suprir os hábitos


dos consumidores de um número imenso de produtos e acessórios para
manter uma boa qualidade de vida: alimentos, fármacos, vestimentas,
combustíveis, meios de transporte, energia elétrica.

Dessa correlação de forças depreendeu-se que o modelo de


desenvolvimento de um país embute três dimensões: econômica,
ambiental e social, que chamamos de "modelo EAS".
O desafio para a sustentabilidade do modelo de desenvolvimento EAS
é uma combinação equilibrada das políticas econômicas, sociais e
ambientais.

Desenvolvimento no modelo EAS em equilíbrio


Quando o sistema de desenvolvimento segue o modelo EAS "linear e
aberto", os fornecedores extraem matéria-prima da natureza (em
verde), a empresa produz para a sociedade uma grande quantidade de
produtos, os consumidores compram o que querem e devolvem para a
natureza seus rejeitos.

Observe que a dimensão econômica (em vermelho) é a peça da


engrenagem que dá movimento e dinamiza a o sistema produtivo. Mas
são os consumidores (em azul) que dão a diretriz mestra do
desenvolvimento.

Observe também que o sistema EAS em equilíbrio dinâmico requer a


disponibilidade constante e inesgotável de recursos ambientais para
atender aos interesses econômicos e à demanda de mercado de uma
população crescente. Como os recursos ambientais são limitados, esse
modelo estava fadado ao insucesso.

O desenvolvimento econômico sustentável


No final do século XX e início do século XXI, o modelo EAS linear e aberto
tinha caído em descrédito, pois vários países da Europa que o adotavam
atingiram seu limite de crescimento econômico: esgotaram suas reservas
naturais, destruíram suas florestas para transformá-las em cidades e
passaram a ter que conviver com dívidas internas altas e alto índice de
desemprego.

O bloco da Comunidade Europeia entrou em crise... Essa crise afetou


o fluxo internacional de capital e acabou nos atingindo aqui no Brasil!
Nós, que temos um país rico em reservas naturais, somos dependentes
da importação de tecnologias externas; portanto, também fomos
atingidos!

Ficou clara a necessidade da globalização econômica e que o


desenvolvimento econômico em um modelo EAS linear precisava se
transformar num sistema fechado para não esgotar os recursos
naturais.

Somente quinze anos após a conferência de Estocolmo viria se formar o


conceito de “desenvolvimento sustentável”.

Em 1986, a Comissão Mundial para o Desenvolvimento


conceituousustentabilidade a capacidade de “suprir as
necessidades da geração presente sem afetar a
habilidade das gerações futuras de suprir as suas".

Essa definição apresentava o desafio de prever as condições para que,


no futuro, haja condições de vida na Terra! Porém é necessário traçar
um bom plano de “desenvolvimento sustentável” para colocar isso em
prática!

A partir de então, vários planos de ação foram traçados com o apoio


de organizações internacionais em busca de causas e soluções para os
problemas ambientais, como efeito estufa, chuvas ácidas, diminuição
da camada de ozônio e acidificação dos oceanos, entre vários outros.

Na Eco-92, o Rio de Janeiro sediou uma reunião, em que foi elaborado


um documento chamado Agenda 21, assinado por 179 chefes de
Estado. Era uma agenda-compromisso com o desenvolvimento
sustentável, que colocava as dimensões EAS em um sistema fechado,
em que cada uma delas afeta e é afetada pelas demais, conforme o
esquema abaixo:

Observe que a dimensão econômica está no cerne da questão, e isso


produz ambiguidades no conceito de desenvolvimento sustentável,
principalmente no tocante a planos globalizados, que passam primeiro
pelos interesses individuais e, em outra dimensão, atendem aos
interesses de blocos econômicos: o Mercado Comum Europeu, o
Mercosul, o Nafta, a Alca são exemplos de parcerias com interesses
econômicos comuns.

O estabelecimento de um mercado comum passa por questões


regionais. Isso não impede que haja um plano global, mas este
precisaria ser traçado respeitando as várias situações socioeconômicas
do planeta: países em diferentes estágios de desenvolvimento
populacional, econômico e ecológico não poderiam tratar o assunto da
mesma forma.

A composição dos blocos se deu pela proximidade de suas fronteiras:


países integrantes dos blocos foram organizando suas economias para
atender à demanda de um mercado consumidor expandido, com troca
de mercadorias isenta de taxas de importação.

Outro aspecto do crescimento econômico sustentável que precisou


passar por revisão foi seu aspecto sistêmico: a liberação de grandes
quantidades de gases na atmosfera e o escoamento de dejetos pelos
mares provocaram desequilíbrios ambientais que levaram ao efeito
estufa, às chuvas ácidas, à diminuição da camada de ozônio, à
acidificação dos oceanos, entre vários outros problemas. O pior é que
os prejuízos econômicos foram alastrados aos ecossistemas vizinhos.

O sistema EAS logo teve que sofrer reajustes para que matérias-primas
naturais não renováveis não se esgotassem. O plano para o
desenvolvimento sustentável, evoluiu para o sistema global do planeta
Terra: a biosfera passou a ser vista como o sistema fechado
constituído pelas camadas terrestres, aéreas e aquáticas onde há vida;
as reservas biológicas são delimitadas como áreas especialmente
protegidas pelos países da Unesco; seu manejo é feito por conselhos
governamentais e não governamentais. Por exemplo: a Mata Atlântica,
que cobre 14 estados brasileiros, foi declarada reserva protegida pela
Unesco em 1991.

Assim sendo, as decisões políticas e econômicas que envolvam áreas


preservadas passam por conselhos nas áreas federal, estadual e
municipal, que operam por meio de acordos de cooperação
internacionais com diferentes objetivos, tais como:

o Preservação da biodiversidade;
o Educação ambiental;
o Promoção do desenvolvimento sustentável e participação da
população;
o Disseminação do conhecimento científico.
Repensou-se, então, o modelo introduzindo ações sustentáveis que permitem
que as dimensões EAS estejam em um sistema fechado que consiga ficar em
equilíbrio com os recursos naturais, resíduos e emissões gerado, com uma
relação consciente e saudável entre consumidores, meio ambiente e
economia de custo.

O custo do retorno do recurso natural foi contabilizado, na medida em que se


utilizavam bens renováveis, e o custo do descarte de resíduos foi calculado
pela reciclagem, no contexto de uma sociedade que mantenha seu sistema
de produção e descarte de resíduos de forma controlada e não poluidora ao
meio. Esse processo é chamado de logística reversa, um método que
minimiza as quantidades de resíduos descartados e promove seu
reaproveitamento como fonte de matéria-prima em novos processos
produtivos.

Não há, hoje em dia, programa de governo que deixe de fora esse modelo de
desenvolvimento sustentável. No entanto, para chegar a ele (que ainda não
é o ideal) levou-se 20 anos discutindo...

O mundo depois ECO 92


A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Eco-92) foi essencial para a criação de diversas
organizações não governamentais (ONGs) de preservação ambiental e
para a criação de organismos da ONU com foco em futuras decisões. A
Eco-92 avançou em relação à Declaração de Estocolmo (1972),
estabelecendo uma nova parceria global mediante a criação de novos
níveis de cooperação entre as nações e seus indivíduos. Trabalhou-se
com vista à conclusão de acordos internacionais para que houvesse
desenvolvimento, respeitando os interesses de todos e protegendo a
integridade do meio ambiente, reconhecendo a natureza integral e
interdependente da Terra.

A partir da Eco-92, as diversas conferências internacionais mostravam


que um plano global precisava ser traçado, respeitando as várias
situações socioeconômicas do planeta: países em diferentes estágios
de desenvolvimento populacional, econômico e ecológico não
poderiam tratar o assunto da mesma forma. Mesmo dentro de um país
poderia haver uma desigualdade social que demandasse tratamentos
diferenciados por região.

Foi dada prioridade especial à situação e às necessidades especiais dos


países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos reconheceram a
responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do
desenvolvimento sustentável, tendo em vista as pressões exercidas por
suas sociedades sobre o meio ambiente global e as tecnologias e os
recursos financeiros que controlam. Apesar da grande resistência por
parte, principalmente, dos Estados Unidos, foi acordado que valeria o
princípio básico da responsabilidade comum, porém diferenciada, em
que todos os países devem dividir entre si os custos com as ações que
visem à redução das emissões. Contudo, cabe aos países desenvolvidos
assumir os primeiros compromissos, uma vez que historicamente são
eles os grandes emissores e apresentam maior capacidade econômica
para suportar tais custos.

Em seu texto, a Convenção Climática (Eco-92) reconhece as mudanças


climáticas globais como uma questão que requer o esforço de todos os
países a fim de tratá-la de forma efetiva. Porém a implementação das
diretrizes da Eco-92 passava por os países desenvolvidos reduzirem e
eliminarem os padrões insustentáveis de produção e consumo.

O que aconteceria se as centenas de milhões de pessoas no Brasil,


Rússia, Índia, China, África do Sul, por exemplo, que antes da crise
estavam no processo de superar os patamares do limiar de pobreza,
desejassem o mesmo tipo de consumo de que a classe média dos países
desenvolvidos, em crise, têm de abdicar?

Dez anos depois da Eco-92, chefes de Estado reuniram-se em


Joanesburgo, na África do Sul, para a Cúpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, chamada Rio+10, a fim de dar
continuidade às discussões, incluindo novos temas na Agenda 21,
dentre eles o estímulo ao uso das fontes de energia renováveis e
solução para a produção de alimentos, ao preservar recursos naturais
e a biodiversidade, e novas posturas para a preservação de água limpa.

Em 1997, durante a III Conferência das Partes da UNFCCC (COP-3), foi


elaborado o chamado Protocolo de Quioto, que é um acordo
internacional voltado para a redução das emissões de gases de efeito
estufa. O Protocolo foi o resultado de um longo processo (1990-1997)
de debates e negociações envolvendo países de todos os continentes.

Esse Protocolo, assinado em 1997, foi ratificado pela Europa, Austrália,


Japão e Brasil, mas não pelos EUA, responsável pela maior emissão;
teve como objetivo a redução de seis gases causadores do efeito estufa
em percentuais e prazos preestabelecidos: dióxido de carbono (CO2),
metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6),
hidrofluorcarbonos (HFCs) e perfluorcarbonos (PFCs). Havia metas a
serem alcançadas pelos países desenvolvidos que o ratificassem.

A crise econômica mundial em 2008 evidenciou que, com a


globalização, a propagação dos choques financeiros torna-se mais fácil
e os efeitos são sentidos imediatamente; a sustentabilidade, o
crescimento econômico e os seus limites precisavam novamente ser
revistos face à finitude dos recursos.

Em 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento


Sustentável (Rio+20) ambicionou renovar o compromisso político com
o desenvolvimento sustentável, identificar suas falhas de
implementação e abordar novos desafios.

Em 2012, na Conferência das Nações Unidas (Rio+20), fez-se a avaliação do


compromisso político com o desenvolvimento sustentável, identificando-se suas falhas
de implementação e visualizando os novos desafios. Avaliou-se que desenvolvimento
sustentável não está baseado em crescimento econômico, e sim de melhoria de
padrões, que substituirão outros que sejam considerados insatisfatórios pela
sociedade.
Infelizmente, o balanço da conferência foi de que continua no mundo um consumismo
desenfreado, com uso excessivo de recursos não renováveis e dependência
dos combustíveis fósseis. O consumo das reservas naturais está acima da sua
capacidade de suporte e de sua regeneração. Concluiu-se que os problemas ambientais
globais crescem, o que está trazendo impactos irreversíveis ao planeta.

Será que teremos que aguardar mais 20 anos para vermos


resultados? Será que a Terra pode aguardar tanto tempo sendo
maltratada?

O Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de


Desenvolvimento Humano (IDH)
Segundo Amartya Sen, Prêmio Nobel da Economia de 1998, o
desenvolvimento é um processo de ampliação das liberdades humanas,
ou seja, de expansão das escolhas para que a população tenha vida
longa e saudável. O crescimento econômico é um meio para ter acesso
aos recursos necessários a um nível de vida digno, seja de instrução,
empregabilidade, segurança ou saúde.

Na história da nossa civilização, o entendimento do termo


desenvolvimento sempre esteve ligado a crescimento, tratado
principalmente sob o aspecto econômico; a ideia de melhoria do
"padrão de vida" da sociedade está atrelado à sua capacidade de
acumular bens materiais.

Um dos erros mais graves (que é necessário corrigir) é a confusão


disseminada pela economia convencional, de que o dinheiro e a
riqueza são equiparáveis. Como é possível ver pelo aumento nos preços
das commodities, a verdadeira riqueza reside nos recursos naturais e
nos serviços que os ecossistemas saudáveis fornecem ao ser humano.

Expressa-se como indicador de sucesso de uma economia oProduto


Interno Bruto (PIB). Ele mede, de fato, a atividade econômica,
já que é a soma da riqueza do país dividida pelo número de habitantes,
mas não é uma medida de bem-estar absoluto.
A capacidade de um sistema ser sustentável e haver desenvolvimento
passa pela manutenção de seus três pilares em equilíbrio dinâmico –
econômico, social e ambiental. Agora, pare e pense: os resultados
representados por meio de indicadores estatísticos de crescimento
econômico de 2, 5 ou 7% avaliam se os habitantes daquele país estão
conquistando uma vida decente? Sobre a China, por exemplo, que é o
país cuja economia mais cresce no momento, poder-se-ia afirmar que
sua qualidade de vida (moradia, alimentação, saúde física e mental) e
sua vida cultural (lazer) são melhores que as do norte-americano ou do
brasileiro? Ou será que o índice de desenvolvimento econômico
significa que o produto interno bruto dos chineses é alto às custas do
consumo de suas reservas naturais? Pode ser que gastem pouco com
sua qualidade de vida...

Pensando nisso, para medir a qualidade de vida das pessoas, a ONU


criou um indicador, o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) que acrescenta outros indicadores à índices econômicos como
PIB (Produto Interno Bruto) como saúde (avaliada pela expectativa de
vida ao nascer), educação (avaliada por meio de taxas de matrícula e
alfabetização), desigualdade de gênero e de renda e índice de pobreza
multidimensional.

E o Brasil? Como anda nosso desenvolvimento? A cada ano o país tem


conseguido elevar seu IDH! O relatório das Nações Unidas de 2011
coloca o Brasil como pertencente ao grupo de desenvolvimento
humano médio, na 84a posição do ranking mundial entre 187 países
avaliados. Fatores como aumento da expectativa de vida e taxa de
alfabetização estão diretamente associados a esse progresso. O índice
de desemprego esta baixo, mas, apesar disso, o Brasil continua tendo
crescimento econômico de 4,5% em 2012, abaixo da meta
governamental. Será que devemos importar modelos de crescimento
ou já estamos aptos a criar nossa forma de crescer?
O decrescimento sustentável como parâmetro
de desenvolvimento para o Brasio
Com a eclosão da crise econômica de 2008, diversos setores da
sociedade começaram a pôr em cheque a forma como
o desenvolvimento de cada nação do mundo é influenciado pela
utilização maciça dos recursos naturais por parte de uma minoria e as
consequências são sentidas pela maioria complementar.

O que aconteceria se essa maioria, se as centenas de milhões de


pessoas no Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, por exemplo, que
antes da crise estavam no processo de superar os patamares do limiar
de pobreza, desejassem o mesmo tipo de consumo de que a classe
média dos países em crise agora têm de abdicar? A legitimidade dessa
ambição é indiscutível...

O estudo da auto-organização dos excluídos do consumo excessivo,


como os habitantes da América do Sul, possibilitou compreender que
pode-se sobreviver bem, ainda que em outras condições de
desenvolvimento. Esses estudos chegaram à ideia de que o
desenvolvimento sustentável está associado não apenas à eficiência no
uso dos recursos naturais e do meio físico, mas também a coisas
subjetivas, como beleza, felicidade, igualdade, respeito, dignidade,
segurança etc.
O modelo de desenvolvimento sustentável adotado ate hoje levou em
consideração os índices utilizados pelos países do Hemisfério Norte,
cujos parâmetros de sustentabilidade estão sendo agora questionados.
No Hemisfério Sul acresce-se a esses indicadores uma dimensão
subjetiva: felicidade média subjetiva. A ruptura da dependência com
o Hemisfério Norte é fundamentalmente mais cultural do que
econômica. Na verdade, uma política econômica autônoma é
indispensável.

O desenvolvimento pode e deve ser medido maximizando o bem-estar


humano ou pelo menos não o diminuindo, ao mesmo tempo que se respeitam
os limites ecológicos. Essa nova forma de pensar o desenvolvimento
sustentável deve ser adaptada à sociedade. O índice de bem-estar subjetivo
é baseado na felicidade e na satisfação perante a vida. Existem sociedades
que são mais eficazes em maximizar o bem-estar dos seus cidadãos do que
outras, mesmo com menor poder de compra. Este é o caso do Brasil,
concorda?

Os limites do crescimento pela finitude dos recursos abre espaço para


um paradigma alternativo ao crescimento
econômico:o decrescimento sustentável. O que vem a ser isso?
Em teoria, quer dizer que uma diminuição da escala da economia
provocaria melhoria na qualidade de vida humana e favoreceria
as condições ecológicas do planeta. Em outras palavras: o
decrescimento sustentável veio questionar as relações entre o
crescimento econômico com o consumo desastroso de recursos
naturais finitos, aumento de emissões de CO2 e o aumento das
desigualdades sociais.

O decrescimento sustentável propõe uma redução da escala da


produção e do consumo que aumenta o bem-estar humano e melhora
o estado ecológico e a equidade do planeta. Propõe também redução
no índice de natalidade.

O sistema de indicadores do decrescimento sustentável é composto por


16 índices distribuídos pelas 3 dimensões. A mudança de paradigma
exige esforços imediatos em tornar popular o conceito do
decrescimento nos debates públicos e parlamentares e desenvolver
indicadores novos, não monetários (incluindo indicadores subjetivos)
para identificar, medir e comparar os benefícios e custos da atividade
econômica, de forma a avaliar se contribuem ou enfraquecem o
preenchimento dos objetivos sociais e ambientais.

Existem muitos desafios para adotar princípios que levam à


sustentabilidade no nosso planeta, mas a maior barreira para a
implantação desses princípios está no interior de cada um. Todos nós
temos nossa própria zona de conforto, e sair desse estado confortável
dá trabalho, implica mudança. E mudança exige conhecimento,
esforço, coragem, vontade, garra, determinação, comprometimento,
perseverança... Então, é preciso aprender a cooperar com a mudança.

Todas essas questões estão sendo rediscutidas. A reflexão que fica é: o


crescimento econômico melhora tanto assim o ser humano? Por que o
desenvolvimento sustentável não produziu as políticas públicas
necessárias às mudanças radicais de comportamento coletivo? O
crescimento econômico deve ter seus limites ou os índices econômicos
devem ser sempre crescentes?

sustentabilidade frente ao
desenvolvimento
Qual o papel das empresas?
Você já percebeu que quase tudo que usamos é feito por empresas que
trabalham para suprir o consumo imediato da geração presente?

As empresas se movem de acordo com os hábitos dos consumidores e


possuem parceiros, que são seus fornecedores. Nessa cadeia produtiva
que leva ao desenvolvimento e ao crescimento econômico, é o meio
ambiente que supre a demanda da sociedade por bens de consumo, e
as empresas o utilizam com fins lucrativos.

Estamos vivendo em uma época de mudanças e transformações muito


importantes para a história da humanidade, centradas na
sustentabilidade nas três dimensões: econômica, social e ambiental. A
ação sustentável é um ideal de busca de um desenvolvimento
econômico em que as empresas precisam ser economicamente viáveis
ao mesmo tempo que fazem a preservação do meio ambiente. Seu
papel na sociedade deve ser cumprido considerando esse aspecto da
rentabilidade, ou seja, proporcionar retorno ao investimento realizado
pelo capital privado.

A responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de


desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável não só se
refere aos recursos do ambiente como também estabelece parcerias
duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e, por fim,
leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por
natureza preventiva de riscos futuros com impactos ambientais ou
processos judiciais.

Para atingir este ideal, as empresas:


o devem atender à legislação;
o devem oferecer as melhores condições de trabalho aos seus
empregados, procurando conscientizá-los e habilitá-los a
protegerem-se dos riscos inerentes às atividades que executam;
e
o devem desenvolver projetos socioambientais,oferecer
treinamentos sobre redução da geração de resíduos, redução do
consumo de água e energia elétrica e implantar a logística
reversa de seus produtos.
Qual o papel do Consumidor?
As organizações humanas, ao redor do planeta, basicamente necessitam de
alimentos, fármacos, vestimentas, combustíveis, meios de transporte e
energia elétrica, alem de um número imenso de produtos e acessórios para
manter boa qualidade de vida.

No entanto, com a expansão da sociedade de consumo, amplamente


influenciada pelo estilo de vida norte-americano, o consumo se transformou
em uma compulsão e um vício estimulados pelas forças do mercado, da moda
e da propaganda. Os indivíduos passam a ser reconhecidos, avaliados e
julgados por aquilo que consomem, aquilo que vestem ou calçam, pelo
carro e pelo telefone celular que exibem em público. O próprio
indivíduo passa a se autoavaliar pelo que tem e pelo que consome.

O primeiro passo é, antes de consumir um produto, se perguntar: eu


preciso mesmo disso? E caso precise, de onde ele vem e como
foi produzido? Quando paramos para pensar e não agimos por impulso,
podemos fazer escolhas mais,conscientes.

Temos esse poder em nossas mãos!


iência, tecnologia e responsabilidades
O maior desafio que enfrentamos para atingir a sustentabilidade é a
combinação equilibrada de políticas econômicas, sociais e ambientais. Ao
Governo Federal é atribuída a responsabilidade: de tomar a dianteira em
relação à formulação de políticas direcionadas às mudanças climáticas. Os
outros atores da sociedade (cientistas, sociedade civil, ONGs etc.) são
importantes também, como suporte às ações governamentais.

A ciência e a tecnologia têm concedido aos humanos um grande


domínio sobre a natureza, porém não podemos ignorar os custos
ecológicos das atividades que desenvolvemos. Apesar dos benefícios
que a introdução de novos materiais, novos produtos químicos e
fármacos traz para a sociedade, os ambientalistas defendem que
inevitavelmente pagaremos um alto preço por estarmos
desequilibrando a natureza.

É bem verdade que o conhecimento científico tem modificado várias


características sociais ao longo da história, com suas fabulosas
descobertas! Muitas vezes os efeitos da ciência são imprevisíveis.

Diariamente nos vemos divididos entre impactos ocasionados pela


introdução de inovações tecnológicas, como desvio de cursos de rios
para regiões áridas; construção de hidrelétricas com inundações nas
áreas represadas; construção de usinas nucleares, com produção de
lixo atômico; e produção de antibióticos que são lançados na cadeia
alimentar de plantas e animais, dentre outras.

É importante que a sociedade entenda a necessidade de um estudo


multidisciplinar do impacto provocado pela introdução de tecnologias
para não ser surpreendida por desastres ecológicos que alterem toda
a sua qualidade de vida.

É para o cuidado com a sustentabilidade do nosso planeta e com a


aplicação do conhecimento científico nas inter-relações ecológicas que
vamos direcionar nossas discussões.

O meio ambiente deve ser um cuidado de todos com tudo. Os cidadãos devem estar
permanentemente alertas para os perigos das ações mais inocentes que são realizadas
no meio ambiente. A implementação de ações sustentáveis envolve atos e ações
simples como ir a um supermercado, o uso racional de água nas residências, a
manipulação adequada do lixo etc., mas deve envolver também atitudes radicais quanto
ao consumismo exagerado.
Última atualização: terça, 25 março 2014, 17:53

A sustentabilidade frente ao desenvolvimento


Problemas ocasionados pela defasagem
tecnológica
Uma questão que afeta o desenvolvimento tecnológico é o atraso do conhecimento
científico da "reciclagem” ou da forma de eliminação ou armazenamento de descartes
poluentes e do lixo urbano. Não há soluções prontas nem informações para responder
à escalada de problemas ambientais que estão surgindo a todo o momento.

As diferenças na gestão do lixo eletrônico entre os países desenvolvidos e os


emergentes são visíveis. Países da África, Ásia e América Central e do Sul não possuem
estratégias e tecnologias para o recolhimento e tratamento do lixo eletrônico. No Brasil
são poucas as empresas especializadas na reciclagem de equipamentos eletrônicos e
a completa reciclagem do lixo eletrônico ainda não ocorre no país. As placas de circuito
impresso são trituradas e exportadas para outros países, tais como Canadá, Bélgica e
Cingapura.

Considerando apenas a sucata oriunda de computadores, os EUA


estão em primeiro lugar com uma produção de 474 mil toneladas e a
China em torno de 300 mil toneladas. Segue o Brasil que, em 2005,
gerou 97 mil toneladas. Na América Latina, o Brasil ocupa a primeira
posição como produtor de lixo de informática. Em segundo lugar está
o México, com uma produção de 48,0 mil toneladas.

Os monitores de computadores e televisores são fontes de poluição, pois contêm metais


ou compostos nocivos ao meio ambiente. Os tubos de raios catódicos (CRT) ou tubos
de imagem utilizados alguns anos atrás tornaram-se obsoletos e estão sendo
substituídos por telas de cristal líquido (LCD). O descarte inadequado dos CRT pode
ocasionar um grave problema ambiental, pois compostos de chumbo (1-4kg/CRT),
cádmio, estrôncio, bário, arsênio, antimônio e fósforo estão presentes nesses tubos.

O refino de metais oriundos de Lixo eletrônico, por exemplo, não é feito no Brasil, pois
necessita alto investimento financeiro e uma grande quantidade de sucata para se tornar
economicamente viável. Dos diversos processos e tecnologias utilizadas no tratamento
do lixo de informática, a parte mais complexa e cara é a recuperação dos metais
presentes nas placas de circuito impresso, pois envolve processos metalúrgicos que
demandam uma elevada quantidade de energia. Portanto, os processos mecânicos, que
são mais baratos que os processos metalúrgicos, utilizam equipamentos mais simples
e de mais fácil operação, são os realizados no Brasil. Através do processamento
mecânico pode-se obter um concentrado de metais que ultrapassa os teores de metais
presentes nos respectivos minérios e uma fração de concentrado com cerca de 24% de
cobre, enquanto que no minério o valor varia de 1 a 3% de cobre. Obtido o concentrado
de metais este pode, então, ser vendido para uma metalúrgica para o devido refino.

Portanto, o Brasil precisa inovar nesta área! A inovação tecnológica na área da


reciclagem pode reverter em bons lucros e ao mesmo tempo criar mais empregos e ser
positiva para o meio ambiente.
Há que se lembrar que conhecimento necessário para o desenvolvimento de um novo
processo envolve inúmeras fases de pesquisa. E o pior: o terceiro mundo
tradicionalmente importa ciência e tecnologia, e os centros de pesquisa que as
desenvolviam ficavam na matriz, que não tinha interesse em divulgar os efeitos
adversos dos produtos para não ter prejuízo. Foi por falta de conhecimento científico
que, nas décadas de 1980 e 90, o Brasil importou tecnologia obsoleta e sucata dos
parques industriais do primeiro mundo. Para dar o salto para o futuro, nossos alunos
deverão ter conhecimento de Química para serem cidadãos cientes de que a
contaminação cumulativa e persistente provocada por produtos afeta a saúde não
só das pessoas, mas também de outros organismos vivos que direta ou indiretamente
vão parar na cadeia alimentar pelas plantas, peixes ou animais. Quando se descobre
que a substância é nociva e são cessados a produção e o descarte, as concentrações
liberadas no passado vão aumentando gradativamente e atingem níveis inquietantes
devido à sua persistência. A pergunta que se faz atualmente quando se desenvolve um
novo material é: como esses produtos vão ser inseridos no ciclo ecológico da vida?
Caso não sejam inseridos, qual o destino que se deve dar ao “lixo tóxico”?
Enquanto isso... disputa
internacional pela Amazônia
Cuidar do ambiente, em todos os sentidos, é cuidar de si próprio. Já
sabemos que o stress ambiental é um efeito de causas incoerentes
do homem sobre o mesmo e que os seres vivos e o ambiente natural
formam uma relação inseparável, assim como o corpo e a sombra.O
ambiente é como a sombra e a vida é como o corpo. Sem o corpo não
pode haver sombra e sem a vida não existe ambiente. Do mesmo
modo, a vida é moldada por seu ambiente. Em outras palavras, em
essência, o ambiente e o corpo vivo são unos e influenciam um ao
outro. (DAISAKU, I).

Ao Governo Federal é atribuída a principal responsabilidade: tomar a dianteira


em relação à formulação de políticas direcionadas às mudanças climáticas
e nosso o maior desafio para a sustentabilidade, é a combinação equilibrada
de políticas econômicas, sociais e ambientais. Os outros atores da sociedade
(cientistas, sociedade civil, ONGs etc.) também devem ocupar seus espaços!

Estima-se que, em 1994, o Brasil emitiu aproximadamente 280 milhões


de toneladas de carbono, das quais cerca de 70 milhões resultaram da
queima de combustíveis fósseis e 210 milhões de mudança no uso do
solo e queima de florestas.

Como atenuante para tomada de atitude em relação às queimadas,


segundo o Protocolo de Quioto, até 2012, os países não pertencentes
ao Anexo I, entre eles o Brasil, ficaram sem obrigação de reduzir suas
emissões durante esse primeiro período de compromisso.

Observando o gráfico acima, vê-se que a quantidade de emissões por


queima de combustíveis fósseis em 2004 era relativamente baixa,
quando comparada à quantidade emitida por outros países e também
comparativamente às emissões derivadas da queima de florestas. Isso
é devido ao fato de que a matriz energética brasileira é considerada
relativamente limpa pelos padrões internacionais, uma vez que se
baseia na energia hidrelétrica.

Na realidade, a população brasileira ainda não acredita que o


esgotamento dos recursos naturais seja possível, até porque estamos
em um país privilegiado, que possui a maior reserva de água doce no
mundo, um território muito extenso e produtivo, que possibilita a
produção de alimentos em grande escala. Situação bem diferente
ocorre na África, que está sofrendo o processo de
desertificação, onde há falta de água e alimentos.

A primeira grande responsabilidade brasileira perante o mundo é


“deter o desmatamento e as queimadas” – e não só na Amazônia,
porque a região central está sendo arrasada de maneira assustadora;
em segundo lugar, é essencial controlar as emissões feitas por veículos
automotores; em terceiro, está investir em energias limpas.

Queimadas Anuais por País no período 01/Jan a 27/Mar/2014

País 200 Di 201 Di 201 Dif 201 Di 201 Di 201 Di


9 f 0 f 1 % 2 f 3 f 4 f
% % % % %

Argenti 3164 - 1609 - 1469 -8 5184 25 3005 - 3492 16


na 49 2 42

Bolivia 396 - 252 - 199 -21 314 57 335 6 234 -


36 30

Brasil 5194 - 7503 44 3178 -57 5677 78 5364 -5 6151 14

Chile 1560 - 687 - 877 27 1598 82 1094 - 1416 29


55 31
Colomb 6319 - 8660 37 5123 -40 6986 36 7956 13 9111 14
ia

Cuba 2263 - 1628 - 2925 79 1849 - 2643 42 190 -


28 36 92

Ecuado 35 - 91 16 67 -26 47 - 57 21 56 -1
r 0 29

Guyana 87 - 454 42 164 -63 138 - 152 10 194 27


1 15

Guyana 1 - - - 16 150 - - 4 - - -
Frances 0 75
a

Paragu 2086 - 1597 - 672 -57 4060 50 4199 3 3551 -


ai 23 4 15

Peru 152 - 339 12 296 -12 123 - 145 17 179 23


3 58

Surina 7 - 76 98 36 -52 15 - 32 11 15 -
me 5 58 3 53

Uruguai 140 - 77 - 65 -15 62 -4 35 - 35 0


45 43

Venezu 7134 - 1870 16 5538 -70 7011 26 1308 86 1192 -8


ela 3 2 0 1
Total 285 - 416 4 206 - 330 6 381 1 365 -4
38 76 6 25 50 64 0 01 5 45

Acumulados Anuais por Estados do Brasil no período 01/Jan a


27/Mar

Estad 200 Di 201 Dif 201 Di 201 Dif 201 Di 201 Di


o 9 f 0 % 1 f 2 % 3 f 4 f
% % % %

AC 3 - 1 -66 - - 1 0 2 10 - -
0

AL 160 - 116 -27 103 -11 115 11 96 -16 110 14

AM 19 - 278 136 131 -52 47 -64 99 11 133 34


3 0

AP 5 - 4 -20 3 -25 36 110 3 -91 13 33


0 3

BA 510 - 640 25 332 -48 738 122 706 -4 377 -46

CE 358 - 391 9 40 -89 323 707 168 -47 139 -17

DF 1 - 6 500 3 -50 - - 2 -33 2 0

ES 27 - 69 155 50 -27 44 -12 38 -13 43 13

GO 88 - 208 136 91 -56 99 8 196 97 196 0

MA 286 - 488 70 153 -68 416 171 299 -28 282 -5


MG 251 - 365 45 214 -41 327 52 325 0 361 11

MS 496 - 368 -25 226 -38 466 106 405 -13 418 3

MT 1085 - 1319 21 501 -62 723 44 1150 59 1106 -3

PA 260 - 645 148 139 -78 484 248 215 -55 320 48

PB 126 - 77 -38 21 -72 79 276 50 -36 99 98

PE 296 - 135 -54 106 -21 251 136 114 -54 156 36

PI 114 - 197 72 65 -67 177 172 154 -12 178 15

PR 106 - 81 -23 64 -20 121 89 46 -61 175 28


0

RJ 13 - 95 630 52 -45 42 -19 30 -28 188 52


6

RN 120 - 66 -45 23 -65 87 278 54 -37 48 -11

RO 27 - 36 33 7 -80 17 142 35 10 28 -20


5

RR 326 - 1205 269 417 -65 439 5 580 32 1026 76

RS 109 - 61 -44 90 47 126 40 74 -41 128 72

SC 57 - 25 -56 18 -28 79 338 34 -56 90 16


4

SE 145 - 105 -27 108 2 131 21 145 10 63 -56


SP 124 - 306 146 186 -39 208 11 190 -8 263 38

TO 82 - 216 163 35 -83 101 188 146 44 206 41

xtra - - - - - - - - 8 - 3 -62

Total 519 - 750 44 317 - 567 78 536 -5 615 14


4 3 8 57 7 4 1

fonte:INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2012.

Portal do Monitoramento de Queimadas e Incêndios.

Disponível em http://www.inpe.br/queimadas.

Observem que segundo os dados do INPE, que é o órgão que monitora


as queimadas via satélite, na América do Sul, o Brasil esta disputando
com a Colômbia o pior índice e o Rio de Janeiro se destaca dentre os
estados brasileiros onde as queimadas aumentam a cada ano! Aonde
vamos parar????

A Amazônia é "problema e solução". Embora não se consiga reconhecer


uma ação eficaz, uma “ação de governo”, para deter o desmatamento,
é da Amazônia que virá o desenvolvimento sustentável, pois é lá que
existem recursos abundantes para promover esse processo de
desenvolvimento sustentável. Toda a questão reside em convencer
a sociedade – através de ações concretas e de sinais econômicos
vigorosos – de que a floresta vale mais em pé.

Desmatar é contra o interesse nacional. Desmatar a Amazônia


significaria reduzir os benefícios da floresta para o regime de chuvas
do restante do Brasil. Parte significativa da umidade que é precipitada
na forma de chuvas no Brasil vem da Amazônia, na forma de “rios
voadores”. A floresta funciona como uma “bomba biótica” de água
para boa parte da América do Sul, com influência para todo o planeta.

Os prejuízos associados à mudanças no regime de chuva são enormes


e não justificariam os possíveis ganhos econômicos. Além disso, com o
desmatamento perdemos tanto o potencial de uso sustentável da
biodiversidade quanto aceleramos o processo de erosão cultural dos
saberes tradicionais e indígenas.

Os brasileiros esquecem-se de que estamos em um único planeta, e o


que ocorre atualmente em outros países acontecerá muito em breve
com o Brasil. Alguns estudiosos apostam até em uma verdadeira guerra
pela busca de territórios produtivos, como o nosso país. O
desmatamento e a corrida para a Amazônia já começou...

Nos países em desenvolvimento, investidores externos estão


se acotovelando para garantir o acesso à terra agrícola para a
produção futura de alimentos. Na primeira década de 2000, estima-
se que uma área quase do tamanho da Europa Ocidental tenha sido
transferida em transações de distribuição de terras.

https://www.youtube.com/watch?v=lJP3m368wHc#t=190 video modelo linear

http://www.youtube.com/watch?v=VkPScfQG-Y8 obsolescência programada

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