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PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
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PERIGOSAS ACHERON
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Julia Mendez 2018

Copyright© 2018 Julia Mendez


Capa: Julia Mendez
Revisão: Valéria Jasper
Diagramação Digital: Julia Mendez
Essa é uma obra de ficção. Nomes,
personagens, lugares e acontecimentos descritos
são produtos da imaginação da autora. Qualquer
semelhança com nomes, datas e acontecimentos
reais é mera coincidência.
Essa obra segue as regras da Nova Ortografia
da língua Portuguesa.
Todos os direitos reservados.
São proibidos o armazenamento e/ ou a
reprodução de qualquer parte dessa obra, através de
quaisquer meios ​— tangível ou intangível — sem o
consentimento escrito da autora.
Criado no Brasil.
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A violação dos direitos autorais é crime


estabelecido na lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo
184 do Código Penal.

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Dedico esse livro a todos meus leitores


perfeitos que deram força para que eu
conseguisse terminar essa história.

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Prólogo

Lia
Quando tudo parecia perdido em minha vida,
não tive outra opção a não ser ligar para minha mãe
em Mairiporã.
— Mãe! — falei assim que ela atendeu o
telefone.
— Filha que saudade de você, parece que faz
uma eternidade que não nos falamos.
— Mãe, você me ligou ontem à tarde, lembra?
— Sim, lembro sim, mas parece sempre muito
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tempo, mas me diga, como andam as coisas com


sua avó?
— Nunca consegui me acertar com minha avó,
eu não sei por quais motivos, mas ela parece me
odiar. Vou precisar sair dessa casa, não suporto
mais isso.
— Lia, eu sei porque dona Heloísa te odeia.
Ela nunca gostou de mim e por isso desconta em
você, mas, não precisa ser mais assim, agora que o
Afonso morreu, você não tem o porquê continuar
morando nessa casa.
— Falar assim é fácil né mãe? O dinheiro que
ele me deixou não dá para comprar um lugar
decente para morar, nem montar à clínica que eu
tanto sonhava.
— Filha, vem embora para cá, vem morar
comigo e com o Greg, eu tenho certeza que ele vai
adorar te receber aqui.
Achei graça da forma ingênua com que minha
mãe falou aquilo, ela parecia mesmo acreditar que
Greg ficaria feliz em me ter no haras.
— Mãe, a quem a senhora pensa que engana?
Greg me odeia e ele tem lá os motivos dele, vamos
combinar.
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— Você mudou, cresceu, agora é uma mulher e


sei que não tem mais os mesmos sentimentos em
relação ao Greg.
Esse é o problema mãe, ainda tenho os mesmos
sentimentos. Pensei comigo mesma.
— Claro que não né mãe, eu era só uma
adolescente que não entendia a separação dos pais.
— Então acho que uma boa conversa com
Greg resolverá, e tudo isso vai ficar no passado.
— Acha mesmo que posso?
— Acho não, tenho certeza, essa casa também
é minha, arrume tudo aí e venha. Ai filha, que
felicidade, mal posso esperar.
— Te aviso se der tudo certo.
— Tchau meu anjo, fica com Deus e me avise.
— Tchau mãe.
Desliguei o celular e passei alguns segundos
tentando decidir se deveria ou não ir morar com
minha mãe e Greg, definitivamente eu não sabia se
era uma boa ideia, mas que outra opção eu tinha?
Me sentei em frente ao computador, chequei os
horários de voo para São Paulo. Era loucura voltar
depois de 11 anos, mas eu não tinha outra escolha.
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Minha avó me odiava e voltar para à casa de minha


madrasta estava fora de cogitação, mesmo sendo
ela um amor comigo.
Voltar para o haras, me colocaria de frente a
um velho fantasma que nunca deixou de fazer parte
da minha vida, mas eu tinha que encarar aquilo, ou
continuar suportando as humilhações de minha avó
paterna. Com ela às coisas nunca iriam mudar, já
com Greg, eu poderia tentar mostrá-lo que eu
estava mudada, como de fato estava.

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Capítulo 1

Greg
Sai do banho vestido em um short curto de
dormir, o dia tinha sido cansativo como eram todos
os meus dias no haras. Sou veterinário e dono de
um haras que cria Paint Horses, minha raça de
cavalos preferida.
Olhei para o canto esquerdo do quarto,
próximo a janela, e como sempre, Sandra estava em
frente ao seu computador. Vê-la sentada lá todos os

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dias, praticamente o dia todo, já estava me


cansando, a mulher por quem eu era simplesmente
louco não tinha tempo para mim, estava sempre
imersa em seus livros, e eu ficava sempre para
depois, logo após ela terminar o próximo capítulo.
Caminhei enxugando meus cabelos na toalha e
fui em direção a ela que estava uma delícia dentro
de uma daquelas roupas de dormir de duas peças,
um shortinho curto com renda e a regatinha preta.
Aproximei-me pelas costas e a abracei levando
minhas mãos em seus seios e beijando-lhe o
pescoço.
— Ei, amor, sai dessa porcaria de computador,
estou louco de tesão, louco de vontade de fazer
amor com minha esposa. — falei manhoso e
mordisquei sua orelha, fazendo-a se arrepiar toda; o
bico de seus seios cresceram em meus dedos,
deixando-me com mais tesão ainda.
— Greg, estou terminando esse diálogo aqui,
você sabe que minha editora me deu um prazo para
entregar esse original, espera só um pouquinho
amor, e já iremos fazer amor e tudo o que você
quiser.
Suspirei alto e afastei-me dela mais uma vez, e
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outra noite fui me deitar de pau duro como vinha


acontecendo ultimamente com frequência.
— Amor não dorme, me espera porque tenho
que falar um assunto muito sério com você.
Virei de lado quando ela me disse que tinha um
assunto mais importante que transar comigo e
aquilo definitivamente fez meu pau parar de latejar
de tesão por ela, desestimulado e entrando em
repouso novamente.
De que adiantava ter uma mulher linda e
gostosa como esposa, se ela era uma escritora que
mal tinha tempo para comer, mal tinha tempo para
si mesma e que vinha me colocando em segundo
plano na sua vida.
Sandra era uma mulher maravilhosa, linda,
com uma beleza natural de parar qualquer trânsito,
e era bem o tipo que me encantava, não era uma
beleza efêmera como dessas que vemos aos montes
por aí, mulheres que parecem sempre terem saído
de um salão de beleza; à beleza de Sandra era outro
tipo de beleza, era loira de olhos azuis
acinzentados, alta e incrivelmente sexy, tinhas
quarenta e dois anos, exatamente como eu, mas
nem aparentava ter essa idade.
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Alguns capítulos depois, e com isso algumas


horas depois, ela se deitou na cama e veio cutucar-
me, mas não tinha pau que se erguesse depois que
já havia passado por vários sonos.
— Amor, já estou aqui. — ela sussurrou rente à
minha orelha.
— Estou caindo de sono, Sandra, me deixa
dormir, vai.
— Eu preciso te contar uma coisa muito
importante.
— Seja lá o que for, vai ter que esperar até
amanhã. Boa noite! — ignorei-a e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, eu estava na cozinha
preparando meu café da manhã, quando
milagrosamente, Sandra apareceu na porta, veio até
mim, perambulando, pois, ainda estava morta de
sono porque costumava de dormir muito tarde e
assim acordava mais tarde também.
— O que foi, amor? Caiu da cama? Vai querer
café? — indaguei.
— Sim, só café.
Eu a servi com café, e me sentei em frente ao
meu prato com ovos mexidos e torradas.
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— E então, vai me dizer o que tinha de tão


importante para me falar hoje de madrugada?
— Ficou magoado comigo?
— Por que eu deveria? — tomei um gole de
café. — Não esquenta, já estou ficando fera em
dormir com meu pau duro.
— Ai amor, me perdoe.
Balancei a cabeça ignorando seu pedido de
perdão.
— Vai ou não me dizer o que tinha para falar?
Hoje vou ter uma manhã cheia, e ainda tem o leilão
durante à tarde.
— É sobre, Lia.
Mordi um pedaço da torrada e questionei-a:
— O que tem ela? — eu odiava aquela garota e
tinha ortiga só de ouvir falar no nome dela.
— Não está conseguindo se adaptar com a avó.
— É mesmo? — fui completamente cínico.
— É, depois da morte do pai, tem sido uma
barra para ela continuar morando lá.
— Bom, ela tem à herança que recebeu do pai,
é só se mudar e ir morar sozinha.

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— Lia está voltando, Greg, e, chega hoje no


aeroporto.
Engasguei com a torrada e fui logo tomando
um gole generoso de café por cima.
— O que foi que disse?
— Ela é minha filha, Greg, e eu a convidei para
voltar a morar aqui conosco.
— Aquela garota me odeia, a última vez que
estivemos perto demais um do outro ela cuspiu na
minha cara.
— Ela só tinha 13 anos e hoje tem 24.
— Isso não muda nada, em 11 anos morando
com o pai, ela nunca mais pisou os pés aqui, porque
me odeia, e agora, me diz que ela está voltando? —
vociferei.
— Greg, faz isso por mim, amor, ela também é
veterinária, lembra-se?
— Não preciso de outro veterinário aqui, eu me
basto. — respondi furioso.
— Ajude-a então, ofereça uma espécie de
estágio. Ensine-a tudo que sabe.
— Está mesmo me pedindo isso? — Olhei-a
enfurecido.
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— Sim, estou, ela precisa de mim, precisa da


gente nesse momento, ela acabou de perder o pai.
— Me poupe de uma convivência desastrosa
com sua filha, e então seremos felizes para sempre,
do contrário, isso não vai ser mais possível.
— Não exagere, amor, Lia cresceu, ela mudou,
é uma mulher madura agora.
— Não me interessa saber nada da sua filha, no
tempo em que viveu nessa casa, transformou minha
vida num inferno.
— Preciso que vá buscá-la para mim, não
posso sair hoje por nada. — Sandra disse ignorando
completamente o que eu estava dizendo, e ser
ignorado me deixava furioso.
— Você perde muito tempo com essas
porcarias de livros, tanto que nem tem tempo para
buscar sua filha você mesma. — falei sem pensar,
já que ela conseguiu me irritar.
— Por que está sendo tão cruel, comigo?
— Porque eu sou sempre à parte cruel da
história, lembra-se? — questionei-a sendo irônico,
pois, por mais que eu fizesse de tudo para ela, eu
era sempre o errado.

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Levantei-me enfurecido da mesa, eu mal podia


acreditar no que havia acabado de ouvir.
Aquela garota quase destruiu meu casamento
com Sandra, foi o pior ano da minha vida, ela me
odiava e fazia questão de me deixar saber disso. O
pior é que se ela não conseguiu isso há 11 anos,
com certeza conseguiria agora, visto que meu
casamento com Sandra, não tinha mais o que
esfriar, e trazer aquela menina para morar conosco,
seria o balde definitivo de gelo que estava faltando.
— Amor, eu te prometo que se não der certo,
que se ela nos causar problemas, eu mesma peço a
ela para arrumar um lugar para morar.
— Acha mesmo que isso irá acontecer? Parou
para pensar em como nosso casamento esfriou? Se
já é difícil transar com você, estando apenas nós
dois nessa casa, imagine com ela andando por aí.
Vou perder toda minha privacidade, não vou mais
poder ir à cozinha pelado.
— Greg, você não tem o costume de ir à
cozinha pelado.
— É, mas eu ia começar, justo agora que eu ia
começar.
— Ela mudou, não só sua aparência, mas em
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um todo, é uma mulher agora, deixou de ser à


adolescente rebelde por conta da separação dos
pais.
— Não importa o que ela se tornou ou deixou
de se tornar, o fato é que com ela aqui, às coisas
irão piorar. Escuta o que eu estou te falando.
Peguei meu boné, coloquei na cabeça, e sai da
cozinha, atravessei a sala, e quando ia descendo os
degraus de casa para ir trabalhar, Sandra
questionou-me:
— E então, vai fazer o favor de buscá-la no
aeroporto para mim? Por favor Greg, você estará na
cidade no mesmo horário.
Balancei a cabeça em negativo e sai rumo ao
estábulo.
Eu estava enfurecido, soltando fogo pelas
ventas e no meio do caminho encontrei-me com
Lucas, o melhor peão que eu tinha no haras e que
era como um irmão para mim.
— Bom dia, Greg, o senhor Roberto acabou de
ligar avisando que está chegando aí com a égua
dele. — avisou-me, Lucas.
— E essa ainda, eu havia me esquecido disso.

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— respondi-o e caminhei rumo as baias em sua


companhia.
—Dia começou ruim? — indagou-me ele.
—Nem me lembre, Lucas.
Meu dia começou um inferno e eu nem queria
imaginar como seria o fim dele.

Capítulo 2

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Greg
Dei alguns passos em direção às baias com
Lucas, conferi às horas em meu relógio e logo
bateu-me o arrependimento. Parei no caminho,
olhei para trás e avistei, Sandra, ainda na varanda,
dessa forma resolvi voltar e me acertar com ela.
— Vai indo lá, Lucas, recebe o Roberto para
mim que logo já irei.
— Ok, fica tranquilo. — respondeu-me e
continuou sozinho em direção às baias, e assim
voltei para casa, subi os degraus na varanda e ainda
consegui pegar, Sandra, antes que ela subisse as
escadas rumo ao nosso quarto.
— Amor! Espera. — fui até ela. — Me perdoe,
eu não deveria ter falado com você daquela forma,
é sua filha e eu deveria tentar entender-me com ela.
Se você não pode buscá-la, farei isso para você,
tudo bem? Só que ela terá que me acompanhar ao
leilão.
— Está tudo bem, amor, sei o quanto isso é
difícil para você. — abracei-a em sua cintura e a
beijei.
— Em qual aeroporto ela vai chegar e qual o
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horário?
— Seis e meia da noite, em Guarulhos.
— Está certo, irei buscá-la e em seguida irei ao
leilão. Espero mesmo que ela esteja mudada.
— Garanto que irá se surpreender. — disse e
beijou-me grudada em meu pescoço.
— Vou trabalhar, amor, por que hoje o dia
promete. — falei e afastei-me dela.
Ela sorriu cruzando os braços, observando-me
ir em direção à porta e sair preocupado com que
iria acontecer com à volta de Lia, e assim pisei no
gramado verdinho, respirei o ar puro da Serra da
Cantareira e fui para a lida. Na parte da manhã fiz
uma inseminação na égua de Roberto Medeiros,
depois almocei com Sandra e à tarde trabalhei até
às cinco, tomei um banho e depois fui para
Guarulhos buscar à Lia. Estava no ponto de
desembarque à espera da garota, e muitas pessoas
passavam por mim e nada da pentelha aparecer.
Distrai-me olhando em outra direção, e então
escutei uma voz fina e aveludada chamar-me pelo
nome.
— Greg!

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Virei-me em sua direção, e assim que levei


meus olhos na mulher que me chamou, reconheci
seus traços finos e delicados, sua pele branca e seus
cabelos castanhos claros e lisos, reconheci até seus
olhos acinzentados, perfeitamente delineados que
me levaram a lembranças ruins, era Lia, e não era
mais à adolescente insuportável de que me
lembrava, agora era uma linda mulher. Alta, de
seios fartos e quadris perfeitos, era uma linda e
deliciosa potranca. Engoli a seco e questionei-a:
— Lia?
— Sim, eu mesma. — respondeu-me, sorrindo.
— Você está diferente, está tão…
— Mulher? — indagou-me com um olhar
tímido envolto em um sorriso franco em que nada
me lembrou da menina chata e arrogante dos velhos
tempos, e ali só consegui ver a linda e sexy mulher
em que ela havia se transformado.
— Sim, exatamente. — respondi-a
Ela sorriu e abaixou seus olhos de uma forma
tão sedutora, que em um breve momento até me
esqueci de quem ela era, e só voltei a mim quando
ela perguntou:

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— Podemos ir?
— Ah! Sim claro. Sandra, lhe avisou que
iremos passar em um leilão?
— Sim, ela me disse sim, Greg, e vou adorar.
Balancei a cabeça assentindo de queixo caído
por ainda não termos discutido.

Lia
Eu estava na frente do homem que povoou
meus sonhos durante toda minha adolescência. E
quando eu achava que aquilo havia ficado no
passado, senti meu coração acelerar quando ele
falou às três letras do meu nome, Lia, de uma
forma diferente, parecia impressionado.
Ele estava lindo dentro de uma calça jeans,
uma bota de couro e uma camisa xadrez vermelha.
Eu simplesmente queria esquecer que ele era meu
padrasto e dizer-lhe tudo o que verdadeiramente eu
sentia quando estava perto dele.
Greg tinha uma beleza máscula deliciosa, era
um homem alto, de ombros largos, braços fortes e
bem definidos. Tinha cabelos castanho claros e
lindos olhos verde-claros, e estava com uma barba

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castanha cerrada por fazer. Eu simplesmente sentia-


me tentada a tocá-lo, mas minha razão me dizia que
ali era um território onde eu jamais encostaria
minhas mãos, aliás, minha razão insistia nisso há
anos, já meu coração...
Entramos em sua Picape e seguimos para o
leilão de cavalos em que ele havia me dito que
iríamos, estava amando à ideia de ir em meu
primeiro leilão, já que os cavalos eram minha
grande paixão.
Chegamos a um grande salão, na cidade de
Mairiporã, o lugar estava entupido de pessoas
elegantes trajando roupas típicas de criadores de
cavalos. Chapéus, bonés, botas e muitos jeans.
Assim que chegamos, Greg foi comigo para a
ala das baias, onde se encontravam os animais que
seriam leiloados. Apresentou-me o organizador e
dono dos animais, Jorge Mello, e em seguida fui até
um dos animais que me chamou atenção pela
beleza, era uma linda potra branca, com poucas
manchas marrons na altura da barriga e na perna do
seu lado esquerdo. Era uma linda Overo, e seus
olhos azuis expressivos chamaram minha atenção.
Aproximei-me dela e a acariciei em seu
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pescoço dizendo:
— Ei garota, como você é linda. Nunca tinha
visto uma menininha tão bela como você. Quanto
será que você deve valer?
— Vinte e cinco mil reais. — respondeu-me,
Greg, que chegou por trás em minhas costas.
— Uau! — respondi espantada com seu valor.
— Linda demais essa potra, não é mesmo? —
questionou-me ele.
— Sim, me apaixonei. Ela estará no leilão? —
questionei-o.
— Não, essa não estará em nenhum lote está
noite. — respondeu-me o próprio dono dos animais
que seriam leiloados.
Continuei conversando com a Blue, já que
seria assim que eu a chamaria se ela fosse minha. E
passados alguns minutos, Greg me chamou para
entrarmos no salão, onde aconteceria o leilão, pois,
já estava prestes a começar.
Eu estava faminta, então sentamos à mesa e
Greg pediu uma cerveja para ele e ficou ligado nos
lotes que estavam sendo apresentados pelo
leiloeiro. Comi alguns aperitivos e só tomei suco de
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laranja, não estava muito a fim de bebidas


alcoólicas.
Greg arrematou dois lotes e uma cobertura, e
depois chamou-me para irmos embora antes mesmo
do fim do leilão. Disse-me que já havia conseguido
o que desejava, uma linda égua, um garanhão, e
ainda pagou uma fortuna pela cobertura do
garanhão Black Thor, estrela da noite.
Já na Picape, e indo para o haras, Greg falou
pela primeira vez desde que saímos do leilão, eu
estava aérea pensando na potrinha, Blue. Nunca
tinha visto uma de olhos azuis.
— Gostou mesmo da potra, não foi? —
questionou-me fixo na estrada de terra.
— Sim, muito, ela é linda demais, difícil
esquecer.
— Tem futuro ela. — respondeu-me sério.
— Achei que mamãe viria com você.
— Sua mãe odeia leilões, odeia cavalos, e não
gosta de nada que tenha a ver com meu mundo.
— Isso é sério? — espantei-me.
— Sim, ela nunca te contou que não gosta de
cavalos? Ela tem medo deles, não gosta do cheiro,
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entre outras coisas, raramente monta um deles.


— Nossa! Ela nunca me contou isso. Aliás, ela
pouco me fala da vida de vocês. Adorei todo aquele
universo, amei o leilão.
— Sua mãe vive imersa em seu próprio mundo,
Lia, que se resume a livros e mais livros. — olhou-
me e sorriu despretensioso, e que sorriso lindo tinha
aquele homem, e ele parecia à vontade comigo.
— Você não pode cobrá-la sobre isso, sabemos
que ela já era escritora quando se conheceram, e a
praia dela sempre foram os livros.
— Sim, eu sei bem disso, por isso não costumo
cobrar nada dela.
— Como anda o casamento de vocês? —
quando vi já havia perguntado, sendo intrometida.
— Perdoe-me a pergunta, é que te achei meio
rancoroso com as palavras.
— Sua mãe só tem tempo para os livros, como
eu disse, e suas malditas reuniões com sua editora
que duram tardes inteiras.
— Tente entendê-la, os livros são à vida dela.
— Sei que são, mas ela é minha esposa, não
acha que eu deveria ser à vida dela também?
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— Eu lamento que esteja magoado com ela. —


virei o rosto para observar a paisagem, e tudo que
meus olhos viam era a mata da Serra da Cantareira.
— Não estou, Lia. Está tudo bem entre nós. —
olhou-me sereno ao responder.
— Fico feliz que seja assim. — respondi-o não
acreditando muito.

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Capítulo 3

Lia
Greg e eu estávamos tendo uma conversa tão
sadia que nem parecia que havíamos tido brigas
horríveis quando vivíamos juntos embaixo do
mesmo teto, e antes que aquele clima bom entre
nós acabasse, ele foi logo me avisando:
— Lia é o seguinte, vou logo te dar à letra da
música que iremos dançar de agora em diante. —
Greg suspirou antes de terminar de falar. — Eu
prometi a sua mãe que me esforçaria para que nossa
convivência seja a melhor possível, certo? Você me
parece mais madura agora, e se quiser viver no
mesmo teto que eu, terá que me respeitar, fui claro?
Eu não esqueci nada do que aconteceu no passado,
e que fique bem claro, que dessa vez não irei aturar
seus desaforos de garota mimada e revoltada com a

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vida.
Sorri achando graça da forma como ele falava e
dirigia ao mesmo tempo na estrada deserta de terra
que nos levaria ao Haras.
— Naquela época eu tinha motivos para te
odiar tanto.
— Motivos? Existe algum além dos quais eu já
conheço de cor e salteado?
— Não me refiro aos motivos que inventava
para te afastar de mim, Greg, e sim os reais
motivos.
Greg, olhou-me assustado e indagou-me:
— Não estou te entendendo, Lia, onde quer
chegar afinal?
Eu não teria melhor oportunidade para falar
com ele sobre o que estava engasgado em minha
garganta há anos, então resolvi falar tudo que eu
estava sentindo, sei que não deveria, mas se eu
quisesse colocar um fim no passado, eu tinha que
ao menos tentar esclarecer meus motivos, então
sem pensar muito comecei a confessar-me para ele.
— Eu tinha 12 anos quando minha mãe te
levou na nossa casa pela primeira vez.
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— Sim, me lembro muito bem. Você me odiou


assim que bateu seus olhos em mim.
— Não, não odiei. Me apaixonei assim que te
vi entrando pela porta, exatamente como acontecia
com minhas amigas, que se apaixonavam pelos
professores.
Greg gargalhou de forma desenfreada.
Cruzei meus braços e o encarei séria e ralhei:
— Não teve nenhuma graça, Greg. Eu odiava à
forma como você olhava para minha mãe, odiava e
queria morrer quando escutava seus gemidos
quando fazia amor com ela. Odiava você, porque o
desejava, eu amava seu cheiro, e amava tudo em
você, e não poder tocar em você me deixava louca.
— Você era só uma criança, só uma criança. —
retrucou-me nervoso. — E que quase destruiu meu
casamento.
— Eu era uma adolescente, mais madura que a
maioria das garotas daquela idade.
— Com isso eu preciso concordar. —
respondeu-me sem tirar os olhos da estrada.
— Eu sufoquei isso por todos esses anos.
— Não me culpe por isso, porém, nunca lhe dei
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nenhum motivo para você nutrir esse sentimento.


— Minha mãe me mandava fotos lindas de
vocês dois lá no haras, e eu simplesmente surtava.
Não suportava ver as fotos dela nas redes sociais.
— Isso não pode ser verdade, eu insisto, você
era só uma criança e agora que é uma mulher, não
demorou nada para começar suas confusões.
Greg estava visivelmente assustado, e não era
pra menos.
— Eu sou uma mulher agora, Greg, e que vai
precisar sufocar um sentimento que arde e que me
queima por dentro. Você tem noção de como é
estar aqui ao seu lado? Sentindo seu cheiro e não
poder tocá-lo, não poder beijá-lo e sentir seu gosto?
— Não seja estúpida, Lia, pare de me dizer
essas bobagens.
— Por que acha que nunca mais voltei? Não
voltei porque esse maldito sentimento nunca
passou, eu tive namorados, mas nenhum deles
conseguiu me fazer esquecê-lo.
— Lia, isso tudo que está dizendo é uma
loucura, você está indo morar conosco e logo de
cara já me diz essas loucuras?

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— Eu sei, sei que é loucura, Greg, mas não


pense que foi fácil, eu passei 11 anos da minha vida
tentando esquecer o marido da minha mãe. Não se
preocupe, não pretendo ficar morando com vocês,
só vou ficar uns dias até arrumar outro lugar.
Ele freou bruscamente e encostou à
caminhonete na estrada, grudou suas mãos no
volante e debruçou-se sobre ele inconformado.
— Você era o homem mais lindo, rude e gentil
ao mesmo tempo que eu conhecia, só voltei agora,
por que não tive outra opção.
— Você não deveria ter voltado. — suas
palavras saíram em um sussurro.
— Sei que não, mas você não vai acreditar, o
amor que tenho pelos animais, e principalmente
pelos cavalos, aprendi a ter com você, observando-
o, sua forma dócil e gentil de lidar com eles, e isso
fez-me aceitar o convite da minha mãe, por que
quero muito aprender mais sobre eles com você.
— Por isso fez veterinária?
— Sim, por isso.
— Jamais imaginei nada assim.

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Greg
Lia me olhava de uma forma quente, seus olhos
acinzentados me queimavam e sua voz aveludada
me excitava de uma forma surpreendente, eu estava
sendo pego de surpresa por mim mesmo. Ela agora
era uma mulher, e uma mulher lindíssima, com
uma voz mansa e delicada, e eu estava literalmente
fervendo por dentro, louco de tesão por aquela
potranca se declarando ali do meu lado.
Maldita hora que aceitei que ela voltasse.
Eu a encarei e ela desabotoou o cinto de
segurança e veio se jogando em minha direção, me
encarando com tanto tesão que fiquei imóvel
quando deveria tê-la impedido, era loucura demais
o que estava acontecendo.
— Só me deixa sentir seu gosto, só uma vez na
vida, Greg. — falou e levou sua mão em meu rosto
e o puxou para si sem que eu manifestasse nenhum
tipo de resistência, ela me beijou com aqueles
lábios carnudos, cheios de desejos e confissões que
despertaram em mim meu lado animal, ela cheirava
tão gostoso, e assim fui me envolvendo e
entregando-me naquele beijo que aos poucos foi
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ficando intenso e cheio de tesão. Quando dei por


mim, Lia já estava montada em minhas pernas
esfregando-se em mim. Eu agarrei em seus cabelos
e passei a corresponder seu beijo, com tanto tesão
que meu pau parecia que iria rasgar meu jeans, eu
estava cego de desejo deixando minha língua
acariciar a dela. Meu coração estava
descompassado e meu pau latejava feito um
garanhão dentro da calça, então beijando-a, retirei
sua blusa, e num impulso animal puxei seu sutiã
para baixo fazendo assim seus seios enrijecidos
saltarem para fora e irem diretos para meus lábios,
eu estava enlouquecido e chupando os seios de
minha enteada. Naquele calor, naquela ânsia por
sexo, aquele cheiro, o beijo doce dela, estávamos
ambos perdendo completamente a sanidade, e
assim ela abriu meu zíper e meu pau já estava
saltando sozinho para fora. Lia o segurou em sua
mão e sussurrou em meu ouvido, mordendo-o e
chupando-o.
— Greg, eu quero você, quero muito você,
esperei tanto por esse momento. — quando ela
passou a fazer um movimento exigente de vai e
vem em meu pau, masturbando-me enquanto me
beijava eufórica, segurei em sua face e a forcei a
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parar de me beijar.
— Para, Lia, para, paraaaa!
Eu a tirei de cima de mim e abri a porta da
Picape e sai desnorteado no meio do mato com a
camisa aberta e com o pau duro, eu estava
explodindo, e nem por isso eu iria comer minha
enteada, assim fui atrás de uma árvore enorme e me
encostei nela tentando recobrar o juízo e fazer meu
pau parar de latejar e voltar ao normal.
— Porra! Greg, você está maluco? Está
maluco? Respira, respira. — falei a mim mesmo
em voz alta enquanto tentava respirar e diminuir
meus batimentos cardíacos, e quando, enfim, voltei
ao normal, me recompus e entrei de volta na Picape
e assim vi que Lia já havia se recomposto, e estava
toda encolhida olhando para o outro lado, não
conseguiu me encarar, deveria estar envergonhada.
Virou-se em minha direção chorando e
implorando:
— Greg, me perdoe, me perdoa por favor, não
sei o que deu em mim, por favor, eu imploro!
Sem responder nada, liguei à Picape e segui os
quilômetros que faltavam completamente em
silêncio, aquilo não poderia ter acontecido, eu
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estava sonhando, só podia, aquilo era um maldito


sonho e eu iria acordar.
Quando chegamos ao haras, às dez em ponto,
voltei a falar com ela, antes de descermos:
— Lia, eu perdi a cabeça, me perdoe por favor.
Aquilo nunca aconteceu, certo?
Ela me encarou com vergonha, respondeu-me
com uma voz que me fez querer abraçá-la e
continuar o que havíamos começado.
— Está certo, Greg, mas a culpa foi toda
minha, e agora mais que nunca vai ser difícil ficar.
Assenti e desci da Picape, peguei as malas dela
e fui logo entrando dentro de casa. Sandra passou
por mim na porta, e como se eu fosse um fantasma,
foi logo abraçando a filha.
Subi as escadas rapidamente e fui para meu
quarto tomar um banho, queria tirar o cheiro e o
gosto de Lia de mim.

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Capítulo 4

Lia
Greg estava furioso comigo, deixou minhas
malas na sala e subiu em direção aos quartos,
minha mãe me olhou assustada e indagou-me:
— O que houve, filha? Não me diga que já
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brigaram no caminho?
— Não, mãe, Greg e eu não brigamos, mas não
é segredo nenhum que ele não gosta de mim, né?
Eu já esperava por isso, mas as coisas vão se
acertar.
Minha mãe sorriu e estava feliz, e eu me
sentindo um lixo por ter tocado no Greg, e o que é
pior, ter sido correspondida por ele, que nem
conseguiu disfarçar a frustração pelo que havíamos
feito, ou quase feito.
— Filha, você está com fome, amor? —
questionou-me minha mãe, tão feliz, com um
sorriso de orelha a orelha.
— Mãe, não se preocupe, comi no leilão e
estou bem, só preciso de um banho quente e uma
cama, estou exausta.
Fazia frio na Serra, e eu simplesmente amava o
clima daquele lugar, já que estava completamente
acostumada com climas frios.
— Você está com um brilho tão intenso em
seus olhos, parece feliz. — disse-me ela, e mal
sabia que aquele brilho tinha um nome. Greg. —
Vem, vou te levar ao seu quarto.

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— Vai me colocar no meu antigo quarto?


Perguntei hesitante.
— Sim, você tem alguma coisa contra?
Eu tinha tudo contra ficar em um quarto tão
próximo do quarto dela e do Greg, na verdade, eu
tinha trauma, e eu não queria mais ter que escutar
os dois transando, eu não suportaria.
— Só acho que se me colocar em um quarto
mais distante do seu, Greg e você terão mais
privacidade e eu também.
— Tudo bem meu anjo, não pensei nisso hoje,
por isso seu quarto já foi arrumado, mas amanhã
você escolhe onde deseja ficar, quartos é o que não
falta nessa casa. — argumentou.
De fato, à casa era enorme, linda e tinha dois
andares, e no andar de cima deveria ter uns seis
quartos, se eu não estava enganada, e tinha quartos
que ficavam bem longe da suíte do casal, que
evitaria a mim o constrangimento de ter que ficar
ouvindo-os transar.
Minha mãe colocou as malas no meu antigo
quarto, uma das suítes da casa, o que de certa forma
me dava o direito de ter um banheiro só para mim.
Ela me instalou e foi para seu quarto com Greg.
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Aquilo estava errado, mas só de saber que ela o


teria em seus braços, um ciúme sem medida
cresceu dentro de mim, era minha mãe, contudo, eu
nunca consegui superar aquela paixão
enlouquecedora que eu sentia por Greg, que só
cresceu com o tempo.

Greg
Eu estava ansioso dentro do quarto, andando de
um lado a outro, o gosto daquela boca carnuda e
macia da Lia não saia da minha. O que estava
acontecendo comigo? Eu estava maluco, só podia
ser, eu odiava aquela menina, mulher que seja,
aquele cheiro, aquela pele, eu estava entrando em
estado de fervura só de lembrar das mãos dela
segurando no meu pau, eu havia saído de um banho
demorado e nem assim consegui apagar a chama
que ela havia acendido dentro de mim. Mais ou
menos uma hora depois, Sandra entrou no quarto e
eu ainda estava queimando de tesão, iria explodir, e
assim eu a agarrei pela cintura e fui logo beijando-a
enlouquecido.
— Amor o que é isso? — ela me perguntou.
— Tesão acumulado, e a culpa é sua. —
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respondi e continuei beijando-a em desespero, eu


queria comê-la e nada que ela arrumasse como
desculpa naquele momento serviria.
— Amor, Lia está no quarto ao lado, vamos
deixar isso para amanhã. — resmungou ela.
— De jeito nenhum. — respondi e fui
arrancando seu vestidinho do corpo, deixando-a
apenas de lingerie, e ela estava uma delícia como
sempre, aquelas rendas me enlouqueciam, meu pau
estava enfurecido e eu estava louco de tesão, com
uma vontade louca de me enfiar logo nela.
Eu a devorava naquele beijo alucinado e ela
esqueceu de tudo, passando assim a me
corresponder com a mesma fome. Desabotoei seu
sutiã e passei a chupar seus seios enquanto ela
virava o pescoço para trás contorcendo-se toda de
prazer.
Fui arrastando ela para nossa cama, e a joguei
nela, fui tirando sua calcinha, deslizando-a
naquelas pernas longas e lindas. Sandra me encarou
com luxúria, e ela tinha os mesmos olhos
acinzentados de Lia, e foi à filha, e não à mãe que
eu vi me olhando com todo aquele desejo.
Definitivamente eu havia enlouquecido, aquilo não
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estava acontecendo, eu não podia estar pensando


em Lia, se passei onze anos odiando-a. O fato é que
tirei minha cueca e fui subindo na cama e
encarando ela, à mulher que estava ali comigo e
que iria apagar todo aquele fogo que me queimava
por dentro. Subi em cima de Sandra e busquei seus
lábios e seus beijos molhados. Ela arranhava-me
nas costas de tanto tesão, e assim afastei-lhe à
perna e a penetrei com força, sentindo o calor dela
me invadir e assim urrei de prazer.
— Ohhhhhhh! — eu estava louco de tesão por
Lia, e pela primeira vez na vida eu iria comer
Sandra pensando em outra mulher, e o que era pior,
em sua filha.
Passei a meter meu pau nela sem dó, sabia
como Sandra é gostosa, e ela já estava acostumada
com minhas estocadas violentas.
Eu estocava e ela gemia alto e me arranhava.
Levantei suas pernas e soquei fundo e a comi com
tanto tesão que achei que iria gozar antes dela,
então parei de estocá-la e me abaixei até chegar em
sua vagina e passei a chupá-la e a estimulá-la em
seu clitóris, e assim Sandra se contorcia na cama
segurando firme nos lençóis, completamente

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extasiada. Eu chupava e enfiava minha língua toda


dentro dela, fazendo movimentos rotativos, e
quando percebi que ela estava quase gozando na
minha boca, ergui meu corpo e voltei a me enfiar
nela com vontade, e dessa forma passei a dar fortes
e firmes estocadas. Sandra gemia alto, nem se
lembrava que a filha estava no quarto ao lado, e eu
metia e metia, estocava, estocava, cada vez mais
forte e violento, até que ela me arranhou com tanta
intensidade, contorcendo-se no meu pau, estava
gozando e gemendo gostoso.
— Ahhhhh, a ah ah aha ah Greg, oh meu amor
que tesão, ohhhhhh.
Sandra gemia e eu a virei de costas para mim,
ela estava mole e entregue, e assim passei a estocá-
la forte novamente comendo-a de quatro, eu a
comia com força e ela gemia só para mim.
Pof, pof, pof, pof, pof, pof, bombava frenético
e sabia que não iria mais aguentar por muito tempo,
eu estava com tesão acumulado e com Lia ali no
meu pensamento sem permissão, mas ela estava e
eu a comia, e estocava e a penetrava fundo, então
senti o prazer tomar conta do meu corpo e uma
explosão louca e frenética me tirar do ar por alguns

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segundos, antes do meu prazer explodir e ejacular


com força para fora de mim.
— Ohhhhhhhhhh, ohhhhhh, ohhhhh porra,
porra, ohhhhhhhh. — gemi alto, extasiado e o nome
daquela potranquinha que tinha me enlouquecido,
era o único que eu queria gritar naquele momento.
— Ohhhhhh, — a porra jorrou dentro de
Sandra e acabei debruçando-me sobre ela, suado e
exausto. Que foda, que bunda gostosa minha esposa
tinha.

Lia
Greg estava fazendo aquilo de propósito,
porque do meu quarto, escutei todo o ato sexual
deles, mas foram os gemidos guturais de Greg que
fizeram minha vagina queimar no meio de minhas
pernas, aquilo não podia estar acontecendo, ia
começar tudo de novo. E eu queria aquele homem,
e seus gemidos só para mim, queria morrer e me
enfiar em um buraco.
Dormi apertando o travesseiro entre as pernas
de tanto desejo que aqueles gemidos despertaram
em mim.

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Capítulo 5

Lia
No dia seguinte acordei mais cedo que o
habitual, depois de ter sido torturada com os
gemidos do Greg, que podiam ser ouvidos por toda
à casa, eu mal consegui dormir. Acordei à noite
toda pensando nele e se eu não havia cometido um
grande erro ao ter voltado. Passei à noite estudando
a possibilidade de voltar para São Joaquim, alugar
uma casa para morar sozinha e continuar no meu
estágio na clínica de veterinária onde eu estava
trabalhando. Não pensei direito e acabei fazendo a
bobagem de voltar, mesmo sabendo que não daria
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certo, e ainda de quebra, acabei estragando tudo nas


primeiras horas que estive ao lado do Greg.
Entrei na cozinha espaçosa e bem mobiliada,
senti o cheiro de café fresco, alguém já havia
acordado e feito café.
Quem com um friozinho desses acorda às seis
da manhã? Pensei e fui à bancada pegar uma
xícara.
— Dormiu bem? — virei-me para o lado de
onde havia vindo o som da voz que reconheci antes
mesmo de me virar. Era o Greg.
— Demorei a pegar no sono, tinha muito
barulho. — respondi sarcástica.
Ele estava lindo parado na porta de braços
cruzados, vestia jeans, botas marrons e uma camisa
xadrez marrom por baixo de uma jaqueta de couro
por cima.
— Lia, sobre ontem à noite, me perdoe, ok?
Não vai mais se repetir, eu estava com muito tesão,
você me enlouqueceu e eu precisava extravasar
aquilo. Aliás, nada do que aconteceu na noite de
ontem vai se repetir. Entendeu?
Levei à xícara fumegando até meus lábios e o

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questionei:
— Enlouqueci você?
— Sabe que sim, você não é mais uma criança,
e espero que se controle de hoje em diante ou terá
que voltar para São Joaquim.
— Sou a única que irá precisar de controle? —
questionei-o com um meio sorriso.
— Cuido de mim. — respondeu-me seco.
— Aquilo não vai mais acontecer, eu te
prometo. — falei, e em seguida coloquei a xícara
na pia e caminhei para sair da cozinha e ao me
aproximar da porta, Greg não saiu do batente, para
que eu passasse, sendo assim, senti seu cheiro,
então parei frente a frente com ele, fechei meus
olhos e me permiti respirar mais fundo, aquele
perfume másculo maravilhoso, aquilo não era um
homem, era um diabo disfarçado de homem. Se
fosse defini-lo em raças de cavalos, diria que Greg
é um garanhão de Puro-sangue, esbelto e forte,
visto que são os cavalos mais rápidos e valiosos do
mundo. Quando abri meus olhos, Greg encarou-me,
e havia preocupação em seus olhos, havia um
incômodo, uma inquietude e passou a demonstrar
isso através de sua respiração que foi ficando
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acelerada. Eu o estava incomodando de alguma


forma, e para evitar maiores sofrimentos, abaixei
minha cabeça, me movi e passei por ele saindo da
cozinha. Subi às escadas rumo aos quartos, com
Greg acompanhando com o olhar a cada passo meu.
Estava muito cedo, então voltei para cama e nem
conseguir fechar os olhos, aquele homem era
proibido para mim desde que o conheci, e seria
sempre assim. Com Greg estando tão próximo de
mim novamente, talvez eu conseguisse esquecê-lo
de uma vez por todas, pela simples razão de que
estando longe eu vivia criando expectativas e
imaginando milhões de possibilidades de tê-lo, e
viver tão próximo da nossa realidade, vendo-os
junto dia-a-dia, iria me fazer perceber de uma vez
por todas que ele não pertencia a mim e nem jamais
pertenceria. Ele é o homem da minha mãe.
Rolei de um lado a outro na cama até que
consegui pegar no sono novamente, e às nove da
manhã me levantei e me troquei, vestindo uma
calça jeans, uma camiseta branca e uma camisa
jeans por cima, calcei uma bota de montaria e desci
para encarar meu primeiro dia no haras.
Minha mãe estava tomando seu café na copa,

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então disse-me:
— Venha tomar café comigo, meu amor.
Assenti e fui até ela, puxei a cadeira e me
sentei.
— Pedi a Ana para que caprichasse no café da
manhã de hoje, e olha o que ela fez para você, bolo
de cenoura com calda de chocolate.
— Humm! Que delícia. — peguei um pedaço e
coloquei em um pratinho, de fato à mesa estava
caprichada mesmo. — Não sabia que a Ana ainda
trabalhava aqui com vocês.
— Claro filha, toda à família do senhor Luiz
trabalha aqui no haras, eles nunca saíram, são como
se fossem nossa família.
— Quando você diz todos, isso inclui o Lucas?
— Sim, sim, Lucas nunca quis sair aqui do
haras, é o melhor peão que o Greg tem aqui.
O senhor Luiz, continua como administrador e
Ana cuida da casa grande, tudo continua como era
antes. — explicou-me.
Fiquei feliz em saber que Lucas ainda estava
no haras, ele era meu amigo de infância, fiquei
curiosa para saber como ele estava.
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Terminamos nosso café e saímos na varanda,


minha mãe e eu. O haras ficava aos pés da Serra da
Cantareira, e desde criança, sempre achei esse lugar
mágico. Respirei o ar fresco que vinha com à brisa
da manhã, mas o Sol ainda se escondia sob as
grossas camadas de nuvens e de névoa. À casa
grande como era chamada à casa de minha mãe e
do Greg, ficava envolta pela natureza, quase que
sendo engolida pela mata circundante, aliás, todas
as estruturas do haras pareciam estar sendo
engolidas pela natureza, tamanha era a beleza
daquele lugar. Eram os últimos dias de inverno,
mas na Serra era sempre friozinho pela manhã.
Vindo em nossa direção, avistei dois cavalos, e
montado em um deles vi que se tratava de Greg,
que foi o primeiro que apeou do belo animal,
branco com manchas pretas, era um Paint
lindíssimo. Do segundo animal, branco com
manchas cinzas, desceu um homem de uma beleza
rústica, alto, forte, de cabelos castanho escuros e
curtos, olhos azuis e uma barba por fazer. Ele vestia
jeans e uma camisa preta, botas e chapéu preto.
Quando ele apeou do cavalo e veio em minha
direção, com um sorriso tímido no rosto, foi que

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aqueles traços e aquele sorriso caíram em minha


memória, então, eu disse toda eufórica, indo em sua
direção:
— Lucas?!! — corri até ele e o abracei tão
forte que seu chapéu chegou a cair de sua cabeça.
— Como vai, Lia? — perguntou-me tímido.
— Estou bem e você?
— Melhor agora, bom tê-la no haras, soube
que irá trabalhar conosco. — dei de ombros.
Antes mesmo que eu pudesse respondê-lo,
Greg passou esbarrando em mim e olhou-me
furioso dizendo:
— Mas tarde conversaremos sobre seu estágio
aqui no haras. — passou batido e entrou dentro da
casa, parecia nervoso.
Minha mãe olhou para o Lucas e o questionou:
— Aconteceu alguma coisa, Lucas?
Lucas direcionou seu olhar para minha mãe, e
percebi algo diferente na forma como ele a olhou,
havia um brilho, uma admiração, uma tensão em
seu olhar, que fez-me virar imediatamente para
conferir se os olhos de minha mãe tinham a mesma
paixão, e quando eu a encarei, Lucas a respondeu:
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— Ele só está preocupado com a Tormenta, ela


entrou em trabalho de parto antes da hora, por isso
vai à cidade buscar alguns produtos, caso seja
necessário fazer uma cesárea.
— Ah meu Deus! Ele esperou o ano todo por
esse parto e agora isso. — disse minha mãe,
preocupada.
Em seguida, Greg saiu nervoso da casa,
encarou-me novamente como se quisesse me passar
um recado, e assim que falou com Lucas, entendi
que o recado era para mim.
— Lucas, não fique aí de papo fiado, volte logo
para à maternidade e fique de olho na Tormenta.
Aquilo foi como me pedir para ficar longe do
Lucas, senti uma ponta de ciúmes nele, e assim
Lucas o obedeceu, montou em seu cavalo e se
afastou fazendo apenas um sinal de adeus com a
cabeça para mim, e antes de seguir olhou
novamente para minha mãe.
Greg subiu em sua Picape e saiu nervoso.
— Filha, aconteceu alguma coisa ontem? Greg
não me engana, vocês brigaram, não brigaram? Não
tente me esconder isso.

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Engoli em seco e respondi-a.


— Mãe, nós não brigamos, acredite, acho que
Greg está nervoso mesmo por sua égua e por ter
perdido dois lotes no leilão para um senhor
chamado Medeiros.
— Hum, pode ser, mas eu senti um clima
horrível entre vocês.
— Perdoe-me mãe, mas você sabe muito bem
que Greg não me suporta, a reação dele à minha
presença aqui já era mais que prevista.
— É, você tem razão. Bom, preciso trabalhar
filha, hoje tenho uma reunião com minha editora e
preciso entregar-lhe aqueles capítulos, então vá dar
uma volta por aí e ver como tudo mudou.
— Tudo bem, vou sim.
Minha mãe entrou e eu segui em direção aos
pavilhões de baias, cinco em seu total, Greg estava
tão nervoso por conta da égua que resolvi dar uma
assistência para o Lucas.
Assim que cheguei as baias, perguntei para um
dos tratores onde Lucas estava, e ele indicou-me a
terceira baia. Era um pavilhão maternidade, onde
apenas as éguas em estado de prenhez eram as que

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ficavam lá. Caminhei entre as baias e tinha mais


duas éguas prenhas lá e na terceira baia foi que
encontrei Lucas, agachado próximo da égua.
— Lucas! — falei sussurrando da porta.
— Oi! Entra aí, Lia.
— Como ela está? Como está à temperatura do
corpo?
— Ela está agitada, já andou de um lado a
outro, em círculos, já deitou, levantou novamente,
passou praticamente à noite toda assim, e esse potro
não nasce.
— Ela passou a noite toda assim?!
— Sim, e Greg também passou toda à noite
com ela, agora ele foi na cidade providenciar os
medicamentos, caso seja necessária uma cesariana.
— Como é mesmo o nome da égua?
— Tormenta. — Lucas respondeu-me.
Aproximei-me da égua e falei com ela,
acariciando-a em seu pescoço:
— Ei, Tormenta, noite difícil né garota? Olha,
fica calma, vamos analisar como está esse bebê aí
dentro. Vai dar tudo certo, minha linda, e logo você
vai estar expelindo esse potro. — falei com carinho
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tentando acalmá-la.
— Lucas, pegue um par de luvas para mim, por
favor, ela está tendo fortes contrações musculares, e
por algum motivo o potro não está tendo forças
para nascer.
— Será que está morto? Seria a maior de todas
as decepções para o Greg, ele esperou onze meses
por esse potro, é filho do Black Thor. — explicou
me entregando às luvas.
Enquanto vestia o par de luvas, Tormenta
levantou-se novamente, e ficar se levantando e
deitando todo o tempo poderia acabar por machucar
o potro.
— Lucas, amarre ela no cabresto, quero ela de
pé.
Imediatamente Lucas fez como eu havia
pedido.
— Avise ao Greg para que não se demore,
precisamos tirar esse potro de dentro dela o mais
rápido possível.
— Fiz isso minutos antes de você chegar.
— Puxe-a fazendo-a caminhar para diminuir a
força das contrações para que dê tempo do Greg
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chegar.
Lucas fez a égua se movimentar, mas percebi
que ela queria se deitar novamente, e então um
balão começou a sair na região perineal da égua,
dessa forma resolvi agir rápido e fazer uma
investigação para descobrir em que posição estava
o potro.
— Lucas, vou fazer uma exploração e
descobrir qual a posição do potro.
— Tudo bem, mas você sabe o que está
fazendo, não é?
Olhei para ele e nada respondi.
Enfiei meu braço na vagina da égua e rompi à
bolsa amniótica e consegui assim achar o casco do
potro que estava na posição errada, com cuidado,
direcionei os cascos na entrada da vagina.
— Vamos minha linda, vamos, é hora de você
nascer. — falei.
— Se esse potro for uma potra, como você
sugeriu, Greg vai ficar decepcionadíssimo. —
comentou Lucas.
— Se esse potro sobreviver, já me darei por
satisfeita.
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Retirei meu braço da égua, logo após


direcionar o potro e me afastei, agora era com à
Tormenta e a natureza. Quando veio outra
contração muscular, a égua afastou os posteriores,
diminuindo assim à distância da queda do potro ao
solo, e dessa forma maravilhosa, à natureza
encarregou-se de terminar o serviço e o potro foi
saindo e caiu sobre os jarretes, amortecendo assim
à queda ao chão. Aquilo foi à coisa mais
maravilhosa que vi em anos lidando com animais
na faculdade. Eu sabia o que fazer, mas nunca
havia feito. Ver o potro vivo foi a maior de todas as
surpresas que tive.
— Você conseguiu Lia, conseguiu, é um belo
potro! — disse Lucas, todo eufórico.
Quando me virei para respondê-lo, Greg estava
parado na porta assistindo tudo, e estava pálido,
então ele disse emocionado e aproximou-se
tocando à égua em seu pescoço.
— Ei, garota, está tudo bem agora, vocês
conseguiram, você e Lia, boa menina.
Greg me olhou e piscou para mim, e assim
quando foi examinar o potro, me retirei da baia e
fui caminhando em direção à saída.
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— Lia!! Espera! Lia! — chamou-me Greg.


Parei e me virei em sua direção, e assim ele
tocou em minha face dizendo:
— Bem-vinda a área veterinária do Haras
Mattos.
Respirei fundo e respondi:
— Obrigada, Greg.
Sai da ala das baias, e longe dele chorei de
emoção e satisfação ao mesmo tempo, eu tinha
posto em prática tudo que havia aprendido na
teoria, e saber que eu tinha feito Greg se orgulhar
de mim deixou-me flutuando nas nuvens. Cheguei
na casa grande e fiquei chorando emocionada na
varanda sem conseguir acreditar no que havia
acontecido no meu primeiro dia no haras, e depois
de um bom tempo fui para meu quarto tomar um
banho.
Voltei a ver Greg somente na hora do almoço,
e com minha mãe ele teceu elogios a mim. Minha
mãe estava tão feliz que não se aguentava. E, após
o almoço, às duas da tarde eu a encontrei
conversando com Lucas, próximos de sua
caminhonete, ela estava toda arrumada e iria sair.

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— Vai sair, mãe? — indaguei aproximando-me


deles.
— Sim meu amor, tenho uma reunião com
minha editora.
— Me dá uma carona até à cidade? Preciso
fazer umas compras, quero comprar roupas e botas
mais adequadas para usar aqui no haras.
Ela olhou para o Lucas e disse-lhe:
— Não se esqueça de pedir a seu pai para
chamar o técnico para dar uma olhada no ar
condicionado do meu quarto.
— Pode deixar, Sandra, farei isso agora
mesmo. — ele a respondeu sem graça e afastou-se.
Foi um primeiro dia cheio de surpresas, e
passei uma tarde maravilhosa com minha mãe, que
depois de falar com sua editora, levou-me às
compras em São Paulo.
Mais tarde encontrei-me com Lucas que estava
tocando violão em cima de uma cerca.
— Greg ficou surpreso com você, Lia, você fez
um excelente trabalho hoje.
— Fiz o que pude para ajudar.
Enfiei minhas mãos em meus bolsos e o
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encarei, não consegui resistir de questioná-lo:


— Lucas, mal cheguei e já estou com uma
pulga atrás da orelha. — disse a ele que me deu um
meio sorriso gostoso e questionou-me:
— Qual o problema, mocinha?
— Não sei, me diga você.
Lucas deu de ombros sem entender nada, ou se
fez de desentendido.
— Você e minha mãe, o que rola entre vocês?
— Está maluca? Me fazer uma pergunta dessas
desrespeitando assim à senhora, Sandra.
— Você e seu olhar meloso não me enganam,
vi vocês conversando, o que foi que cochichou com
ela?
— Curiosa você, não é mocinha? —
perguntou-me pulando da cerca e chegou bem
próximo de mim, afastou meus cabelos tocando-me
com delicadeza e disse-me de uma forma
completamente sedutora, ele cheirava a fumo de
menta: — Não existe nada entre mim e sua mãe,
você está vendo coisas onde não existe.
Lucas tirou-me do ar com sua proximidade
deleitosa, fez um frio involuntário subir pelo meu
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ventre, e sem resposta me calei.


— Vamos dar uma volta de cavalo? Vamos
apostar uma corrida até o lago, como nos velhos
tempos?
— Uma corrida? Até o lago?
— Sim, topa?
Mordisquei o canto da boca pensando e acabei
topando.
Fui com Lucas até as baias para selarmos um
cavalo para mim, e ele escolheu uma égua que se
chamava Trovoada, era linda, preta com algumas
manchas brancas.
— Qual nome dessa pelagem? — questionei-o
enquanto alisava a égua.
— Bom! Ela é um overo frame, repare que ela
tem manchas brancas horizontais pelo corpo e que
não ultrapassam a linha do dorso. Os olhos azuis
dela também são características do overo.
Montamos nos animais e saímos em marcha
conversando, de longe avistei Greg em cima de
uma cerca só observando nosso distanciamento, e
eu queria muito saber o que estava se passando na
cabeça dele.
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Greg
Lucas está muito enganado se pensa que vou
permitir que ele encoste nela. Pensei, assim que os
vi saindo rumo à leste do haras.

Lia
De um determinado ponto, quando estávamos
em pastos abertos, Lucas induziu o animal a sair
em galope e eu fiz o mesmo, e assim chegamos ao
lindo lago do Haras, que ficava em uma área
afastada e totalmente imerso na natureza.
Apeamos dos animais e saímos conversando e
puxando as rédeas dos cavalos.
O lago era belíssimo de um verde-esmeralda,
encantador, à natureza que o cercava tinha um
verde vivo e um cheiro de mata maravilhoso. Lucas
amarrou os animais em árvores e em seguida nos
sentamos na beira do lago.
Lembrando-me do fato dos overos terem olhos
azuis, comentei:
— Ontem no leilão vi uma potra maravilhosa,
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era overo também, branca, com poucas manchas


marrons e olhos azuis. Os olhos dela que me
chamaram atenção, descava-se na pelagem branca,
sabe?
— Temos uma égua com essas características
aqui no haras, é a Samantha, voltando eu te
apresento a ela. Greg me disse que amanhã chegam
os animais que ele comprou no leilão.
— Sim, ele arrematou dois lotes, contendo um
animal cada lote.
— São dois animais? Parece que entendi ele
dizer que comprou três.
— Não, foi uma matriz, um garanhão, e uma
cobertura do Black Thor.
— Greg tem verdadeira paixão por aquele
animal, hoje você salvou a vida de um filho do
Black, e isso posso te garantir, Greg jamais vai
esquecer.
— Vamos esquecer o Greg, me conta de você,
por que ainda continua enfiado aqui no haras?
— Ah! Lia, eu cresci aqui, minha paixão são os
cavalos, e não me vejo fazendo outra coisa senão
cuidando deles.

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— Sim, eu entendo, mas você poderia ter feito


uma faculdade de veterinária e assim ajudaria o
Greg.
— Acreditaria se eu te dissesse que não levo
jeito para veterinária?
— Sim, acreditaria, percebi que você estava
todo sem jeito hoje de manhã.
Ele sorriu, corando.
Lucas e eu passamos muito tempo conversando
na beira do lago, e pouco antes de anoitecer
voltamos. Ele me deixou na porta de casa e levou a
égua Trovoada com ele, iria cuidar dos animais
antes de devolvê-los às suas baias.
Ainda não era noite, mas também não tínhamos
mais o sol forte raiando no céu, e assim pude ver
minha mãe da janela nos observando. Ele olhou
para trás quando se afastou e acenou para mim,
sorrindo, e quando voltei a olhar na janela, minha
mãe não estava mais nela.
Assim que coloquei o pé no primeiro degrau da
escada que me levaria à varanda, Greg, passou do
meu lado atropelando-me praticamente. Estava
furioso com alguma coisa, e ele furioso era uma
delícia, muitos pensamentos viam em minha mente
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ao vê-lo daquela forma deliciosa.


Quando enfim entrei na sala, eu o vi subindo às
escadas para o segundo andar, e nem se quer me
direcionou um olhar, e acabou por se encontrar com
minha mãe, que descia as escadas, e simplesmente
foi como se ele não a tivesse visto, estava
literalmente soltando fogo pelas ventas.
— Filha, viu só isso? O que foi dessa vez? Ele
estava tão feliz hoje durante o almoço, vocês
brigaram?
— Mãe, não estive mais com o Greg depois do
almoço, não faço a mínima ideia do que deva ter o
aborrecido, vou fazer o possível para não ser
sempre a responsável por chateá-lo. Prometo.
— Bom, nem vou esquentar minha cabeça com
isso agora, vou ver como anda nosso jantar. Pedi a
Ana para preparar aquele Talharim ao molho
branco com queijo, que você tanto ama.
— Humm, vou logo para meu banho, não vejo
à hora do jantar.
— Vai sim minha linda.
Subi as escadas e graças a Deus meu quarto
ficava em outro corredor, longe do quarto de minha

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mãe, ela havia mudado a pedido meu. Quando virei


no corredor à esquerda, Greg surpreendeu-me e
segurou firme em meus braços perguntando-me:
— O que pensa que está fazendo?
— Ai! Greg, você está me machucando, me
solta.
— Você e o Lucas, não quero você se
esfregando com ele nas minhas terras, não quero e
não vou permitir isso, entendeu?
Sorri, forçando-o soltar o meu braço, então eu
o provoquei dizendo:
— Isso é sério mesmo? Para quem me odiava
até ontem, agora está com ciúmes? É uma mudança
e tanto você não acha?
Greg estava possesso e sua respiração estava
ofegante, então me aproximei dele e fui em direção
ao seu ouvido e falei baixinho, encostando meus
lábios no lóbulo dele:
— Você não é meu pai, Greg. — a intenção era
provocá-lo e deixá-lo com mais raiva ainda, mas
ele me olhou fixo nos olhos e retrucou encarando
meus lábios.
— Mas sou seu padrasto.
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— Isso não te dá o direito de mandar em mim.


Estávamos loucos um pelo outro, sua
respiração ofegava e meu coração descompassado
me alertava que estávamos em área de risco. Fechei
meus olhos, inspirando e expirando o ar de meus
pulmões com muita dificuldade, e assim, de olhos
fechados, senti quando Greg passou uma de suas
mãos em minha cintura, e com a outra segurou em
minha face, e passou a acariciar-me com cuidado,
com carinho, até que, tocou em meus lábios com
seu polegar.

Greg
Contornei seus lábios macios e carnudos com
meu polegar, e ao senti-los molhados, fechei meus
olhos de tanto tesão, eu estava louco de ciúmes dela
com Lucas, aquilo não parecia realidade, era algo
que nunca imaginei que faria na vida, tocá-la com
um desejo tão inflamado, que poderia nos queimar
a qualquer momento. Lia era linda, uma potra que
eu jamais iria permitir ser montada por outro
garanhão que não fosse eu. A confissão que Lia
fez-me na noite anterior, havia mexido comigo de
uma forma surreal, ela despertou um desejo em
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mim, que nem em meus devaneios mais fora de


padrões eu havia imaginado. Segurei firme em sua
cintura e a puxei para mim, para minha ereção que
já estava visível. Aproximei meu rosto do dela, e
ainda de olhos fechados, cheirei seus cabelos, e fui
direto para seus lábios, Lia continuava mole em
meus braços, pronta e receptiva, e assim passei a
beijá-la devagar, apreciando cada movimento de
nossas bocas e línguas, que se acariciavam e se
exploravam com cautela. Minha respiração estava
vacilante e num impulso de tesão, com meu pau
exigindo mais de mim, coloquei vontade naquele
beijo e a grudei na parede levantando seus braços e
explorando seus seios com as mãos.
— Gregggg. Greggg. — ela sussurrou gostoso
no meu ouvido e eu mordi seu lábio inferior, e
assim ela gemeu:
— Oh! Não faz assim comigo, não faz Greg,
não podemos.
Não tinha mais como parar, meu pau estava
duro demais e eu enlouquecido por ela, queria fodê-
la ali mesmo, nem que fosse as vistas de quem
quisesse ver, eu estava alucinado, e teria me
enfiado nela ali no corredor se não fosse o barulho

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que escutei nos degraus, e assim eu abri à porta do


quarto dela rapidamente para que ela entrasse e fui
direto para o outro corredor e entrei no meu quarto.
Fui retirando as roupas rapidamente e me enfiei no
box do banheiro esquecendo-me até de acender a
luz. Esperei que Sandra abrisse à porta, mas ela não
abriu, por certo que tinha ido falar com Lia.

Lia
Entrei no banheiro do meu quarto e fechei a
porta, e ouvi quando minha mãe bateu na porta e a
abriu dizendo:
— Filha, coloquei toalhas limpas aqui em cima
da cama.
— Está bem mãe, obrigada.
— Não se demore muito, o jantar está quase
pronto.
— Está bem! — eu a respondi e tirei minha
roupa e entrei embaixo do chuveiro e liguei no frio,
eu precisava apagar aquele fogo que me queimava
por dentro, principalmente no meio das minhas
pernas.

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Greg
Meu pau estava duro demais e eu precisaria
aliviar toda aquela tensão, então passei a me
masturbar embaixo do chuveiro com a água caindo
quente em minhas costas. Fiquei naquela luta com
meu pau por uns cinco minutos, eu pensava na Lia
a cada movimento de sobe e desce de minhas mãos,
e gemi sufocado quando o jato liberado do meu
orgasmo jorrou da cabeça do meu pau, que estava
vermelho feito um pimentão.
— Ohhhhh, ohhh Lia, Lia!
Na hora do jantar, o clima estava carregado,
apenas Sandra falava sem parar tentando nos
animar, achando que tínhamos brigado e que tinha
a obrigação de nos fazer ficar bem.

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Capítulo 7

Greg
Na cama, Lia não saia dos meus pensamentos
mais libidinosos, ela era uma tentação para meus
instintos mais sedentos. Rolava de um lado para
outro sem conseguir pregar os olhos, estava
enfurecido só de pensar em como ela e Lucas se
davam bem, e só de imaginar ele tocando nela eu
enlouquecia e não conseguia dormir pensando
nisso. Sandra dormia profundamente, como todas
às noites, exatamente como uma pedra, quando
pegava no sono só acordava de manhã.
Levantei-me da cama, abri a porta do quarto e
caminhei pelo corredor que estava com a luz acesa,
quando virei à esquerda e passei pela porta do
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quarto de Lia, meu pau exigiu que eu entrasse lá e


desse a ele o que tanta ansiava. Minha razão
recriminou-me, sendo assim passei reto e desci as
escadas indo rumo à cozinha para apanhar um copo
de água. Assim que cheguei lá, notei que Lia tinha
tido a mesma ideia, estava acabando de guardar a
jarra de água, e estava com o copo na mão. Porra!
Como estava gostosa enfiada naquele micro
shortinho de dormir, fiquei tentado a me virar e
voltar para trás, mas acabei demorando demais
resolvendo isso, visto que, Lia percebeu minha
chegada e se virou em minha direção. Eu estava lá,
parado, quase babando feito um garanhão no cio ao
vê-la vestida daquela forma.
A tensão entre nós era visível, estávamos à flor
da pele, no nosso limite, desejando um ao outro de
forma entorpecente.
— Com sede? — ela questionou com a voz
deleitosa, inebriando meus sentidos ao oferecer-me
o copo em sua mão.
Eu não queria água, não mais, queria cobri-la
como fazem os garanhões em cima de uma égua no
cio, no caso uma potra deliciosa que tinha o
jeitinho de menina mulher, e que me olhava sedenta

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e cheia de luxúria.
Engoli em seco e a questionei:
— Transou com o Lucas?
— Lucas?! Como assim transou com o Lucas?
Que pergunta é essa? — esbravejei.
— Passou parte da tarde com ele no lago.
— E isso te dá o direito de imaginar que eu
transei com ele?
— Me desculpa, Lia, estou perdendo a cabeça,
só pode ser.
— Greg, o Lucas e eu somos apenas amigos,
não existe a menor chance de haver nada entre nós,
você é o único homem que quero.
Respondeu de uma forma tão espontânea que
me fizera acreditar naquelas palavras, eu não
acreditava no que estava acontecendo, mas eu
também a queria só para mim.
Olhei em seus seios por baixo da regatinha de
dormir rosa e transparente, e eles estavam
volumosos e implorando para serem chupados,
aquilo foi o fim para mim, e assim senti meu pau
crescendo vertiginosamente dentro do meu short, e
eu não podia evitar por mais que quisesse. Lia se
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virou de costas para mim, fazendo menção de sair


da cozinha e ir embora, então caminhei rumo a ela
de forma brusca e segurei em sua cintura, peguei o
copo com água de sua mão e o coloquei na
bancada, não conseguia mais resistir aos encantos
dela, e ao pé de seu ouvido, questionei-a:
— Quer mesmo isso? — sussurrei encostando
meu rosto em seu pescoço, deslizando minhas mãos
em seu corpo e levando-as em seus seios, dando-
nos mais tempo de recuperarmos nossa lucidez.
Senti seu cheiro e aquele cheiro era inebriante,
eu não conseguiria mais resistir a ela.
— Quero muito. — sussurrou, contorcendo-se
toda e esfregando a bunda no meu pau.
— Sua mãe está lá em cima. — dei-lhe uma
última chance de voltar atrás.
— Esquece ela, esquece Greg. — murmurou
praticamente implorando com a respiração
deliciosamente descompassada, e o que é pior, Lia
já acariciava meu pau com a mão por cima do meu
short xadrez velho de dormir.
Virei-a em minha direção, e levei minhas mãos
em sua face segurando-a com firmeza, e antes de
beijá-la eu ainda tive forças para dizer:
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— Isso é loucura.
— Eu sei, mas não consigo evitar desejar você.
Assim minha mente borbulhante se esvaziou, e
só vi Lia em minha frente, nessa situação, busquei
seus lábios com a fúria de um garanhão e a beijei
enlouquecido de desejo. Como eu queria comer
aquela potrinha, meu pau latejava dentro de minha
cueca, e estava louco para se enfiar nela e fodê-la
até ela pedir para parar, meu corpo só queria cobri-
la. Arranquei sua regata e joguei para o canto, à
imagem que se formou em meus olhos deixaram
meu pau ainda mais potente, seus seios eram fartos
e empinados, e estavam enrijecidos de tanto tesão,
fiquei observando a beleza deles, e assim eu a
encarei com aqueles olhos enigmáticos que
praticamente imploravam por mim. Como eu iria
fugir se eu estava completamente enlouquecido por
ela? Segurei firme em seus seios e senti a maciez
de sua pele e a rigidez dos bicos na ponta dos meus
dedos, logo passei a acariciá-los com cuidado,
encarando-a com tesão. A pele de seu rosto estava
enrubescida, e ao meu toque eu a sentia queimar,
ela estava fervendo por dentro e logo iria entrar em
erupção. Levei meus lábios famintos em seus seios

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e passei a chupá-los com um desejo incontrolável,


dei voltas com a ponta da língua fazendo
movimentos circulares em volta dos bicos duros, e
em seguida os sugava. Lia se contorcia toda com as
mãos grudadas em meus cabelos. Chupei os dois
seios deixando-os molhados, e assim Lia sussurrou
entrecortado:
— Greg, quero sentir você dentro de mim, por
favor.
Quando a ouvi implorar pelo meu pau, voltei
para seus lábios e a beijei ávido e enlouquecido, eu
daria tudo que minha potrinha queria, iria me
enterrar inteiro nela e iria relinchar feito um
garanhão em seus ouvidos.

Lia
Nada no mundo tinha mais importância
naquele momento, eu desejei tanto aquele homem,
eu queria tanto aquela boca, aquele beijo, que
minha vagina chegava a implorar por ele, estava
completamente molhada só com aquele beijo
devorador. Sua língua acariciava a minha e
chupava-a em um ato de intimidade e entrega
completa, explorando-se em movimentos leves e
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completamente enlouquecedores, tiravam até meu


fôlego. Ele mordiscou meu lábio inferior e disse
sufocado ainda grudado na minha boca.
— Precisamos de camisinha.
— Sim.
— Vou buscar, quem sabe dá tempo de nos
arrependermos. — falou e soltou-me, me fazendo
sentir um aperto no coração, será que ele iria
mesmo voltar?
Não sei onde Greg foi buscar à camisinha,
porém, em menos de um minuto já estava de volta,
e veio caminhando em minha direção, encarando-
me com o mesmo desejo e com a mesma ereção
enorme.
Não existia razão em nossas ações, em nosso
desejo, era só uma paixão avassaladora que crescia
vertiginosamente, uma paixão que existia há
décadas, quando eu ainda era criança, e passei a
odiá-lo como forma de sufocar aquele sentimento
tão sem noção.
Greg me devorava viva com o olhar, estava
com frio e com os braços encolhidos abraçando a
mim mesma, quando ele chegou perto de mim, foi
se encostando, fazendo-me encostar a bunda na
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bancada da cozinha e voltou a me beijar de forma


sufocante. Virou-me bruscamente de costas para ele
e meu corpo já estava inflamado novamente, em
chamas por dentro. Greg segurava firme em minha
cintura e beijava minha nuca com sua ereção
esfregando em minha bunda.
— Eu quero você, Lia, não aguento mais. —
disse escorregando suas mãos fortes pelo meu
corpo, fazendo-me arrepiar toda quando as passou
pela minha barriga e enfiou dentro do meu short
levando seus dedos em minha vagina passando a
esfregá-los nela.
— Ah! Porra, tão molhada. — murmurou. —
Lia, podemos parar ainda. — disse enfiando seu
dedo em mim cada vez mais fundo, lambuzando-os
com minha lubrificação, fazendo-me abrir as pernas
e me empinar ainda mais rumo a sua ereção
deliciosa e procurá-la com a mão enfiando-a em
seu short. Contorci-me toda jogando minha cabeça
para trás quando senti o tamanho e a circunferência
daquele pau, assim ele encontrou meus lábios e os
sufocou beijando-os enquanto deslizava seus dedos
em minha vagina, acariciando todo o perímetro.
Quando seus lábios tocaram os meus e eu senti

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a carne de seu pau, senti borboletas no estômago


que fizeram um voo rasante em meu ventre
deixando-me louca de vontade de ser penetrada por
ele imediatamente.
— Greg, por favor, quero você.
Ele levou suas mãos em meu quadril, e em um
impulso colocou-me em cima da bancada, voltou a
me beijar deliciosamente enfiando seus dedos em
minha vagina, então retirou meu short deslizando-o
em minhas pernas, eu já estava sem calcinha, pois,
dormia sem todas as noites, em seguida retirou o
seu também, juntamente com a cueca, e aquele pau
era a visão delirante do paraíso, enorme e grosso.
Isso vai doer! Pensei quando tive aquela visão.
Ele se ajoelhou no chão, ergueu uma de minhas
pernas e levou sua cabeça para o meio de minhas
coxas, então passou a me chupar.
— Uau! Ohhhh! — gemi contorcendo-me toda.
Ah! Que língua era aquela? Meu Deus do céu!
Me chupava com perícia e eu me contorcia toda me
esquecendo até que minha mãe estava no andar de
cima dormindo. Greg me chupava e se masturbava
deliciosamente, e eu só queria chupar aquele pau o
quanto antes, queria muito sentir sua pele rígida na
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minha boca, eu estava louca de vontade de sentir o


gosto do pau dele, e assim sem ter muito tempo, o
tirei de mim e desci no chão, empurrei-o em
direção à bancada e alisei seu tórax com minhas
mãos, deixei-as explorar seu abdome definido e
sem resistir levei minha boca nele, beijei e passei
minha língua em sua barriga, então. me ajoelhei no
chão, era minha vez de experimentá-lo, dessa
forma, peguei com delicadeza em seu pau que
estava latejando de tesão, viril e febril. Eu sentia
sua respiração descompassada, e quando levei
minha língua e lambi a cabeça do seu pau, Greg
jogou a cabeça para trás e gemeu dizendo:
— Oh! Porra!
Não aguentei, saber que finalmente aquele
gemido era só meu, meu ventre se contorceu e
senti-me molhar ainda mais, e com o tesão
explodindo eu o enfiei todo na boca e o chupei
deliciosamente, encarando-o.

Greg
Meu Deus! Que boca era aquela? Que delícia
de potranca que me chupava e me olhava nos olhos
fazendo-me enlouquecer ainda mais. Segurei em
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seus cabelos e fiz um rabo com eles, e assim passei


a controlar meu pau naquela boca carnuda que me
engolia todo e chupava a cabeça do meu pau, me
fazendo sentir um frio na barriga, e aquilo era à
delícia personificada. Aquela boca quente
chupando meu pau, aquele olhar acinzentado e
meigo me dilacerando.
— Chupa à cabeça, Lia. — exigi.
Ela me obedeceu e caprichou chupando só a
cabeça, e aquele movimento que fazia com à
língua, e o movimento subindo e descendo
explorando toda a extensão do meu pau, me faria
gozar se ela não parasse. Estávamos loucos,
completamente loucos.

Lia
Ele me pediu para chupar a cabeça de seu pau,
e fiz como ele pediu, chupando e lambendo e
enfiando minha língua no buraquinho da cabeça, e
eu estava simplesmente amando vê-lo delirar de
prazer na minha boca.
— Annnh, Liaaaaa, Liaa, ohhh! — gemia e
falava com a respiração ofegante. — Não aguento
mais, não aguento, vou te foder, vou te foder, Lia!
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— estava com minhas pernas moles de tanto tesão.


Greg segurou firme na lateral dos meus braços
e me ergueu, e enquanto me beijava, retirou a
camisinha do envelope e enfiou seu pau enorme
dentro dela, me virou e me abraçou por trás, e me
direcionou rumo à bancada, onde apoiei minhas
mãos, e assim como um garanhão enfurecido no
cio, ergueu uma de minhas pernas e passou a me
penetrar com carinho, uma vez que sabia que seu
pau era enorme e poderia me machucar, enquanto
ele fazia isso, agarrei com força em suas pernas
apertando-as, e simplesmente inebriada com aquela
sensação deliciosa de estar sendo preenchida por
ele, gemi baixinho.
— Oh, Greg, ohhh que delícia!
— Está doendo, potrinha?
— Não. — sussurrei baixinho empinando cada
vez mais meu corpo em busca daquela penetração
deliciosa.
— Ah, ah, Lia, ah gostosa, porra que apertada.
Vou foder você como nunca nenhum homem te
fodeu na vida. — disse isso e se enfiou inteiro em
mim, e eu gemi baixinho.
— Ohhh! Ohh Meu Deus! — que pau mais
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gostoso, quando por fim estava inteiro em mim,


passou a dar estocadas cadenciadas de leve com
cuidado, movimentava seu pau devagar e aquele
velocidade controlada, por medo de me machucar
me deixava mais enlouquecida ainda, e minha gana
era tanta que passei a rebolar naquele pau em busca
de mais vontade e mais velocidade, e quando
percebeu que eu estava pronta, foi aumentando o
ritmo de suas estocadas enlouquecendo-me e
fodendo-me de pé, segurando firme em meus seios
e mordendo-me nos ombros, fazendo-me delirar.
— Oh, oh, oh, oh, oh, oh. — ele bombava e
gemia gostoso.
Gemíamos os dois sufocados, já que não
podíamos fazer muito barulho, à temperatura de
nossos corpos estavam altíssimas, e meu corpo
pulsava de prazer, eu o sentia tremer, aquele
homem era tudo o que sempre sonhei e muito mais.
Greg me penetrava intenso e estocava cada vez
mais forte e animal, metia, metia, metia em mim e
ambos estávamos alucinados em um prazer latente
a ponto de ebulição, eu estaria gemendo alto a cada
estocada se pudesse. Greg tinha uma pegada
mágica, estocava-me como nunca eu havia sido

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estocada.

Greg
Era torturante não poder urrar enquanto comia
aquela potrinha, era frustrante, pois, eu queria
comê-la com mais brutalidade, com mais força, eu
queria simplesmente deixá-la destruída com as
estocadas do meu pau, mas aquela situação, o medo
de ser pego em flagrante, simplesmente me deixava
mais leve, me fazia ser mais comedido.
Ergui o tronco de Lia em direção a meu corpo,
e ainda de costas para mim com uma perna apoiada
na bancada, ergui seu braço esquerdo que enlaçou
em meu pescoço, segurei firme em sua cintura, e
beijando-a voltei a estocá-la, primeiramente com
carinho, e beijando-a devagar, apreciando cada
sabor daqueles lábios, e então voltei a aumentar os
movimentos e fui estocando-a, estocando-a, e
metendo firme e forte afundando-me cada vez mais
naquela bucetinha, que agora era toda minha e só
minha, meu pau estava latejando e mais algumas
estocadas e eu estaria gozando, e assim continuei
metendo nela, estocando e me enterrando com
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vontade até que Lia deu seus primeiros sinais de


que iria gozar, suas pernas estavam bambas, e
assim intensifiquei ainda mais minhas estocadas,
que se fodesse o mundo ao nosso redor, eu só
queria vê-la gozando para mim.
— Goza para mim, potranquinha, goza.
Bombei, bombei, bombei, e na quarta estocada
caprichada, ela disse sufocada:
— Greeegg, Greegg. — Lia passou a sussurrar
meu nome e grudou firme em meus cabelos, e eu a
senti mole em meus braços enquanto a estocava e a
beijava ao mesmo tempo. E assim senti quando Lia
ficou mais molhada, gozando gostoso no meu pau.
— Ohhh, ohhh Greg, Gregggg, ahhhhhhh,
ahhhhhh!
Lia gozou sussurrando sufocado meu nome em
meio a seus gemidos abafados e torturantes,
estávamos loucos, completamente loucos podendo
sermos surpreendidos a qualquer momento, e assim
com ela entregue em meus braços, voltei a estocá-la
com velocidade até que senti minhas pernas
fraquejarem, então perdi completamente os
sentidos no momento que a explosão do meu
orgasmo tomou conta do meu corpo assim que o
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primeiro jato do meu prazer saiu da cabeça do meu


pau, enchendo a camisinha, eu estava extasiado,
suado, com os batimentos do coração na boca,
porém, completamente satisfeito, que delicia de
potra, que delicia de mulher, Lia agora era uma
mulher, minha mulher, só minha.
Sai de dentro dela, com meu garanhão mole, e
eu a segurei firme em meus braços beijando-a com
carinho passando-lhe toda a proteção de que ela
precisaria.
Lia respirou fundo e disse-me:
— Você foi o melhor homem que já me cobriu.
— Ah! Lia, isso não foi nada. Não te mostrei
nada que meu garanhão é capaz de fazer com uma
potra como você.
— Ela sorriu, pegou o copo de água em cima
da pia e bebeu me encarando satisfeita, voltou até
mim, beijou-me, e assim pegou suas roupas e se
vestiu, depois, desapareceu de minhas vistas.
Fiquei parado no meio da cozinha, e quando a
consciência bateu, coloquei as mãos em cima de
minha cabeça e questionei em meu silêncio:
— O que foi que eu fiz meu Deus?

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Capítulo 8

Lia
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Quando cheguei em meu quarto, o calor ainda


percorria todas minhas terminações nervosas, meu
coração ainda estava descompassado, tamanha
tinha sido aquela adrenalina toda, e ainda me sentia
cheia em minha vagina, com a sensação daquele
orgasmo ainda circulando por mim, sentia à pele do
meu rosto queimar, e assim que passei pelo
espelho, vi que meu rosto estava completamente
vermelho, então acabei sorrindo como boba, que
delicia de garanhão é aquele? Pensei, e quando
encarei meus olhos, que eram os mesmos olhos de
minha mãe, grandes e acinzentados, foi como vê-la
me encarando e ali, naquele momento, meu mundo
desabou sobre minha cabeça, ali, olhando-me no
rosto com cara de quem tinha acabado de sair de
uma transa alucinante, foi que minha ficha caiu e vi
o quanto eu havia sido imprudente e inconsequente,
pois, querendo ou não, Greg era o marido de minha
mãe, como eu a encararia no dia seguinte? Ali na
frente do espelho passei a esfregar minha mão no
vidro tentando limpar aquela imagem que me
despertou nojo, eu queria apagar de mim mesma,
queria limpar a sujeira que eu havia acabado de
fazer, chorava desesperada e limpava o espelho,
mas eu ainda continuava lá, com a mesma cara de
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satisfação. Corri para o chuveiro vertendo-me em


lágrimas e arrependimento, e lá tentei limpar a
sujeira, o gosto e o cheiro do Greg que estava
impregnado em mim.
Sai do banho e me deitei na cama de toalha, e
em posição fetal, chorei de arrependimento,
lembrando-me de cada momento da minha infância
onde minha mãe era só minha mãe. Como pude ser
tão leviana, meu Deus?
No dia seguinte, demorei-me para sair do
quarto, não queria ver minha mãe, e muito menos
ter que encarar, Greg, eu estava envergonhada, pois
eu era a única culpada de tudo aquilo ter acontecido
e eu o tentei ao seu limite.
Quando desci as escadas, já era nove e
quarenta da manhã, imaginei que me levantando
mais tarde, não encontraria com Greg em casa, e
certamente minha mãe já estaria escrevendo.
Desci a escada, pé por pé, e quando me sentei
na copa, que ainda estava com o café da manhã
sobre a mesa, ouvi minha mãe e Greg conversando,
e quando ouvi a voz de minha mãe dizendo:
— Bom dia, dorminhoca. — meu coração
acelerou, então peguei uma maçã e me levantei,
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passei por eles sem encará-los e sai da casa, passei


a caminhar com urgência rumo as baias.

Greg
Mal consegui pregar meus olhos durante à
noite, horas sorrindo feito bobo ao lembrar-me de
Lia mole em meus braços, tentando sufocar seus
gemidos, e horas pensando no que havíamos feito e
em como lidar com as possíveis consequências. Eu
simplesmente vivi, para ver um dia que jamais
pensei que fosse existir na minha vida. Lia era uma
delícia de mulher, um frio subia na minha barriga
quando pensava nela, e em como tudo aconteceu
tão rápido.
Na manhã seguinte, sentei-me na cama e fiquei
observando Sandra, que dormia um sono pesado,
era muito cedo e eu sempre pulava da cama antes
das 6 da manhã, e fazia meu próprio café. Olhei
para ela e algo estava diferente na forma em que a
vi, algo havia mudado em mim, e se já estávamos
frios um com o outro, senti como se tivesse me
mudado para o Polo Norte.
Tomei um banho, troquei-me, fiz meu café e
sai para começar o dia de trabalho nas baias, e
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próximo das nove da manhã, voltei para pegar a


chave da Picape, já que precisava ir até o banco
pagar umas contas. Assim que entrei na sala,
encontrei-me com Sandra, então falei com ela:
— Vou até à cidade, até o banco, antes que os
animais que comprei cheguem, você não precisa de
nada? — questionei-a, sem conseguir olhar em seus
olhos. Era estranho, eu nunca havia traído Sandra,
mesmo com a greve de sexo que fazia enquanto
estava escrevendo.
Lia estava na mesa da cozinha e não nos olhou,
levantou-se da mesa, apanhou uma fruta e passou
por nós sem responder o bom dia da mãe.
— Viu isso, amor?
Assenti apenas.
— Tem alguma coisa estranha com ela, tem
certeza que não brigaram, ontem? — Sandra refez a
pergunta que vinha sempre fazendo desde que Lia
voltou.
— Não! Quantas vezes vou ter que te dizer que
não brigamos? Prometi me esforçar a me dar bem
com sua filha, não prometi? Então, vou dar o
melhor de mim a ela.

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Sandra se aproximou de mim, segurou meu


rosto com as duas mãos e beijou-me, pedindo-me:
— Por favor, amor, vai atrás dela para mim e
tente descobrir o que houve de errado? O que está
acontecendo?
Quando os lábios de Sandra tocaram os meus,
senti que alguma coisa havia morrido entre nós, não
existia mais a empolgação dos velhos tempos,
nosso casamento já estava morno e acabou por
congelar de vez com a chegada da Lia.
— Greg, é rapidinho, faz isso por mim. —
insistiu.
Soltei-me de Sandra e sai de casa a passos
rápidos de modo a tentar falar com Lia, eu sabia o
que deveria estar acontecendo com ela, e
precisávamos mesmo conversar, o banco não ia sair
do lugar, mas Lia poderia sair do haras. Olhei por
todos os lados e não a vi, assim fui para o lado das
baias.
Chegando lá fui até seu Luiz e o questionei:
— Seu Luiz, viu a filha da Sandra por aí?
Cuspiu o fumo que estava mascando antes de
me responder:

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— Ela acabou de montar em um animal que eu


havia acabado de selar e saiu disparada.
— Pode me dizer para que lado ela foi?
— Rumo ao lago, eu acho.
Sai disparado, fui até meu animal que estava
amarrado próximo do box de banho, e por sorte o
tratador ainda não tinha começado a cuidar dele,
então desamarrei-o, montei e sai no rastro de Lia.
Quando fui me aproximando do lago, avistei-a
em pé, próxima da margem, então apeei e fui até
ela.
Estava chorando e comendo uma maçã ao
mesmo tempo.
— Oi! Bom dia. Como passou à noite? —
questionei-a com cuidado.
Ela me olhou, com aqueles olhos prateados que
vertiam em lágrimas, simplesmente cortou meu
coração e o jogou para os porcos, e naquele
momento, eu queria fazer o mundo parar, para que
somente Lia e eu respirássemos em cima dele.
Suspirei em alento e a abracei forte segurando
sua cabeça firme em meu peito, e ela se permitiu
ficar nos meus braços, e por um bom tempo eu a
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deixei chorar.
Afastei seu corpo do meu, segurei firme nas
laterais de seu rosto e disse-lhe:
— Vai ficar tudo bem.
Ela balançou a cabeça em negativo,
respondendo-me:
— Não, não vai ficar, Greg, olha o que foi que
eu fiz, olha o que eu fiz.
— Nós fizemos, eu quis tanto aquilo quanto
você, e não vou mentir, continuo querendo você,
não foi só o momento.
Ela se soltou de minhas mãos, virou-se e voltou
a encarar o lago de braços cruzados, encolhendo-se
para se proteger do frio, visto que o ar ainda estava
frio àquela hora da manhã.
— Minha mãe, Greg, ela é minha mãe, e eu
não a respeitei, agi por impulso, por um desejo
louco e destrutivo, e agora essa culpa está me
sufocando.
— Lia, sei como você está se sentindo, porque
me sinto exatamente assim, nós vamos encontrar
uma solução, vamos pensar em alguma coisa,
juntos.
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— Já achei a solução, Greg, vou voltar para


São Joaquim.
— Nunca!! — respondi nervoso, nunca iria
permitir que ela voltasse a morar com a avó, em
São Joaquim.
Lia ficou balançando a cabeça em desespero
dizendo:
— Vou sim, vou comprar a passagem ainda
hoje, não posso ficar e encarar minha mãe, já tomei
a decisão, e desta vez vou fazer a coisa certa, voltar
para cá foi a decisão mais errada que tomei.

Lucas
Vi quando minha mãe entrou em casa, então
fui até lá e a questionei:
— Uai mãe, que faz em casa tão cedo?
— Esqueci meu remédio, filho.
— Mãe, aproveitando que a senhora está aqui
em casa mesmo, pode lavar à camisa azul que está
lá pendurada no banheiro para mim? Hoje à noite
vou ao Celeiro e queria usá-la.
— Mas, Lucas, você tem tantas outras, precisa
mesmo ser aquela?
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— Sim, quero aquela, por favor, mãe. - insisti,


pois queria ela longe da casa grande por alguns
minutos.
Sai de casa e caminhei em direção à casa
grande e fui procurar por minha mãe na cozinha, ou
fingir que a procurava.
— Mãe, Cadê à senhora? Está aí?

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Capítulo 9

Sandra
Escutei a voz do Lucas na cozinha, procurando
por Ana, então sai da lavanderia onde eu estava
passando uma água em uma camiseta que eu havia
acabado de derrubar café, e fui até ele.
— Sua mãe não está, foi para casa tomar seu
remédio, esqueceu de trazê-lo.
— Greg, foi atrás da Lia? — Lucas me
questiona.
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— Sim, pedi isso a ele.


— Então estamos sozinhos aqui? — ele disse e
veio caminhando em minha direção com aquele
olhar safado e gostoso que só ele sabia me dar.
Eu sabia o que Lucas queria ali em casa, então
me virei de costas para ele, saí pela porta da
cozinha e fui em direção à lavanderia novamente,
entrei e ouvi quando a porta se fechou atrás de
mim. Virei-me e Lucas estava atrás de mim, parado
com aquele jeito gostoso dele, cheio de energia e
beleza, uma beleza que me enlouquecia desde que
ele começou a me olhar diferente quando ainda era
só um moleque.
— Está querendo me enlouquecer, Sandra? Por
que não me procurou mais?
— Lucas, estou trabalhando muito, você sabe
disso.
Ele suspirou alto, passou a língua sobre os
lábios gostosos dele, e caminhou em minha direção,
todo eufórico, encostou seu corpo forte no meu,
levou suas mãos em meu rosto e buscou meus
lábios de uma forma exigente e ardente, eu não
podia resistir aos beijos de Lucas, eu não
conseguia, era mais forte que eu. Ele me imprensou
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na parede e segurou firme em minha cintura, me


prendendo e fazendo-me queimar ao sentir o toque
duro de sua ereção deliciosa roçando em minha
coxa, ele era uma delícia, e assim gemi em seus
ouvidos quando senti seu pau virando uma tora e
me querendo daquela forma.
— Oh! Lucas.
Ele era minha perdição há anos, simplesmente
não conseguimos mais parar desde a primeira vez
em que ficamos juntos, eu simplesmente amava
aquele peão rústico e quente.
Lucas estava explodindo de tesão, rapidamente
ele desabotoou meu jeans e o abaixou até meus
joelhos juntamente com minha calcinha, não
tínhamos tempo para nos despirmos, e eu
simplesmente amava aquela brutalidade com que
ele queria me comer. Abaixou também suas calças
até seus joelhos, e assim ele levou suas mãos por
debaixo de minha blusa preta e gemeu em meu
ouvido ao sentir que meus seios estavam eriçados,
então sussurrou no meu ouvido:
— Ah, minha gostosa, vou te comer aqui, para
você aprender não me deixar tanto tempo sem você.
Abaixou-se, e em sua calça pegou sua carteira
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e de lá retirou uma camisinha, rapidamente se


enfiou dentro dela. Ele estava enlouquecido, voltou
para meus lábios e me beijou de forma tão brusca
que sua barba por fazer, fazia meu rosto arder, e
como eu amava sentir aquela barba. Ele me encarou
com aqueles olhos azuis cheios de luxúria, me
virou de costas em um movimento tão rápido que
mal tive tempo de pensar. Imprensou-me contra a
parede, segurou firme em minhas nádegas e passou
a me penetrar devagar, e quando fazia isso gemia,
gostoso e baixinho no meu ouvido.
— Ohhh, ohhh, gostosa. — se enfiou inteiro e
segurou em meus seios enquanto começou a dar
estocadas em mim, eu estava completamente
molhada, Lucas despertava em mim um desejo
alucinante. Metia em mim e roçava a barba no meu
pescoço beijando-o e mordendo.
— Vou te foder com gosto, patroa, vou te foder
forte.
— Lucas, sua mãe pode voltar.
— Ela não vai voltar, pedi a ela para lavar uma
camisa minha.
— Lucas!!!
— Relaxa e senti meu pau. Senti ele, senti.
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Lucas passou a desferir em mim, todo seu


tesão, senti-lo entrando e saindo de mim com tanta
vontade e velocidade, me deixava de pernas moles.
Me comia como um animal e me mordia no ombro.
Sua respiração era ofegante e próxima demais da
minha orelha, e ele não parava de me maltratar com
suas estocadas firmes e deliciosas.
— Você me enlouquece, Sandra.
Meteu em mim segurando firme em minha
bunda, e se afundava cada vez mais forte e
violento, em um movimento simplesmente
maravilhoso, aquele homem sabia o que fazia e
como fazer para me enlouquecer. Estávamos com
nossos corpos sincronizados, em um vai e vem
simplesmente alucinante. Com o rosto encostado na
parede e sentindo suas mãos fortes que me levavam
diretamente a seu pau em uma tortura sem limites,
estocando, estocando, bombando, bombando,
metendo fundo, decidido e gemendo gostoso. Fui
acompanhando o movimento com a mente, com o
calor de nossos corpos e daquelas mãos que me
agarravam com energia, levando-me diretamente
para seu pau torturante, fui me sentindo leve,
deixando-me perder completamente a razão, saindo

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de mim, e ouvindo aquele pof, pof, pof, pof


frenético e delicioso, até que não aguentei, senti
uma onda enorme me envolver e tirar-me da órbita,
assim meu corpo relaxou e eu tremia gozando e
gemendo de tanto prazer:
— Oh, oh, o o o o o o, meu peão gostoso.
Ohhhhhhh!
— Isso, goza no meu pau, goza sua safada,
goza.
Dizia e metia ainda mais forte, estocava com
velocidade atrás de seu orgasmo também, Lucas era
forte demais, me envolveu em seus braços
enquanto continuava a meter com força em mim.
Eu sabia que ele estava louco atrás de seu orgasmo,
e assim resolvi me impor e empurrei-o e virei-me
de frente para ele. Me agarrei ao seu pescoço e o
beijei. Terminei de tirar minha calça do meu corpo
e pulei no colo dele, e assim ele me prensou contra
a parede e me penetrou novamente. Agora de
frente, com as pernas envolvendo sua cintura, eu
subia e descia metendo o pau em mim com força e
eu simplesmente cravava as unhas em suas costas e
ele gemia grudado em meu ouvido.
— Oh! Oh! Sua safada gostosa.
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Estava ficando cada vez com mais tesão


ouvindo ele gemer e me chamar de safada.
Aproximei do seu ouvido e disse-lhe baixinho:
— Goza para mim meu peão gostoso.
— Vou gozar, gostoso, vou gozar. —
sussurrava com os dentes serrados e apertava meu
pescoço e socava, socava, gemendo alucinado,
bombando, estocando sem perder o ritmo, então
disse em meu ouvido:
— Porra! Vou gozar para você.
Estocou com força, uma, duas e na terceira,
gemeu no meu ouvido:
— Ohhhhhhhhh, ohhhhh, ahhh Sandra, Sandra.
Gozou, gemendo com a boca grudada na
minha, largado em mim e eu largada nele, então ele
disse por fim:
— Adoro sua bunda, adoro te comer, você me
maltrata ficando tanto tempo longe de mim.
— Ah! Lucas, você ainda vai acabar me
destruindo.

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Capítulo 10
Greg e Lia ainda no
lago.

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Lia
Eu estava decidida, não existia mais motivos
para ficar no haras e trazer a desgraça no casamento
de minha mãe, fui leviana de uma forma que jamais
poderia imaginar que seria. Passar uma vida
amando Greg à distância era uma coisa, encará-lo
de frente foi outra, e assim não consegui me
controlar e fui me jogando em seus braços no
primeiro dia em que nos reencontramos. Eu não era
assim, não era, mas a paixão reprimida há anos
falou muito mais alto. Greg estava ali na minha
frente, e estávamos parados em frente aquele lindo
lago, onde com certeza eu estaria pela última vez.
Me sentia culpada, enojada de mim mesma, sentia
que uma parte de mim, ficaria no haras para todo
sempre, e que eu jamais iria conseguir esquecer os
beijos daquele homem e o cheiro dele.
— Lia, por favor, repense essa sua decisão de
ir embora, eu imploro. — diz Greg, que ficava me
cercando de todos os lados me impedindo de
montar no cavalo e voltar para casa.
— Greg, por favor, será que não percebe o erro
que cometemos? Minha mãe ama você, e você a
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amava até dois dias atrás, o que foi que mudou, me


diga?
— Nada mudou entre mim e sua mãe, porque
já estávamos muito afastados um do outro, mas
muita coisa mudou entre a gente, isso que importa,
e eu preciso pedi-la para ficar, implorar se for
preciso.
— Não, Greg, por favor não me peça isso. O
que aconteceu entre nós, significou muito para
mim, embora eu tenha parecido leviana da forma
como agi com você, eu não sou assim, não costumo
fazer isso, mas com você foi inevitável, eu nutri um
amor muito grande por você durante anos, eu
achava que estava adormecido e quando o vi
naquele aeroporto, tudo caiu por terra, todo o
sentimento se avivou dentro de mim, mas para
você, aquilo foi só uma transa.
— Não, não foi não, eu também não costumo
sair por aí transando com qualquer uma, aliás, eu
sempre fui fiel à sua mãe, porque eu sempre
acreditei no nosso casamento e no nosso amor,
contudo você chegou mexendo comigo, me fazendo
uma confissão daquelas que me abalou e me
desestruturou em um momento difícil do meu

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casamento com a Sandra.


— Não posso acreditar nisso, não posso. -
Desesperei-me.
— Mas é a verdade. Diga-me, por favor, o que
tenho que fazer para você ficar?
— Vocês estavam queimando no primeiro dia
em que cheguei, o que foi aquilo então?
— Lia, cheguei em casa queimando de tesão,
você me deixou daquele jeito e acabei descontando
em Sandra.
— O que fizemos ontem foi um erro.
— Diga-me, por favor, o que tenho que fazer
para você ficar? Eu imploro.
— Nada pode ser feito. — respondi me virando
e tentando me afastar dele.
Greg veio em minha direção, segurou em
minha cintura e virou-me, então me beijou
repentinamente, o gosto daqueles lábios úmidos e o
cheiro dele, me deixavam fora do ar, era como se
minha alma estivesse sendo acariciada, e assim não
pude evitar correspondê-lo, já que eu o desejava de
uma forma inevitável, ultrapassando todas as
barreiras que minha razão havia erguido. Aquele
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beijo desmentia minhas palavras ao dizer que


queria ir embora, ele mostrava a Greg, que cada
uma de minhas palavras eram da boca para fora,
pois, tudo o que eu mais queria era estar ao lado
dele e naqueles braços.
Ele me segurava firme, enlaçando-me com seus
braços na minha cintura, me mantendo presa a ele,
enquanto eu o beijava, grudada em seus cabelos
curtos e macios. Lágrimas salgadas, escorriam
espessas dos meus olhos e faziam parte daquele
beijo intenso e apaixonado. Ao menos de minha
parte tinha muita paixão, tinha amor, que fora
nutrido durante muitos anos no âmago de minha
alma e que agora me deixava entorpecida.
Levou uma de suas mãos em meu rosto e foi
desacelerando aquele beijo intenso, ele passou a
limpar minhas lágrimas e dizendo:
— Não chore, por favor, não chore. — disse-
me carinhoso.
Eu o afastei e sai de seus braços com um pesar
enorme, já que ali naqueles braços fortes, era o
único lugar do mundo onde eu gostaria de estar,
mas não podia, não deveria.
— Fica! Fica por favor! — Diz com uma
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expressão triste e que eu jamais havia visto em seu


rosto.
— Se eu ficar não vou conseguir evitar isso,
não vou conseguir me controlar, e irei me
martirizar eternamente. Estarei sempre me sentindo
culpada.
Ele levou as mãos em sua cabeça e rodou sobre
seus calcanhares, e quando fez isso, sua camiseta
branca ergueu deixando amostra seu abdômen, e
aquela era sem dúvida a única visão que eu não
queria ter naquele momento. Greg, tinha mais de 40
anos, mas tinha o corpo de 32, com o abdômen
definido e tão lindo, que meus 24 anos já haviam
visto em um homem e era sufocante ficar perto dele
e ter que me conter.
Depois de girar em seu desespero, ele parou de
costas para mim e cruzou os braços ficando em
silêncio observando a quietude do lago, ali, só o
som dos pássaros e de nossas respirações, e foi aí
que eu percebi que o mundo ainda girava ao nosso
redor. Sem dizer nenhuma palavra, caminhei rumo
ao animal que peguei sem pedir lá na baia, coloquei
meu pé no estribo e dei um impulso para montar.
Greg não moveu um único passo para fazer menção

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de impedir-me. Ele estava visivelmente magoado.


Suspirei alto e fiz o cavalo se virar rumo ao haras.
Quando estava bem próxima da porteira que
me daria acesso definitivo ao Haras, Greg,
encostou-se do meu lado com seu garanhão, um
lindo baio amarilho cor de ouro com o rabo branco
e uma mancha branca na cabeça.
— Lia, por favor me escuta, não tome
nenhuma decisão precipitada, por favor, dê-me só
uns dias para pensar em algo e resolveremos tudo
isso.

Greg
Só faltei ajoelhar-me aos pés dela implorando
para que não fizesse nada de cabeça quente e ainda
assim, ela balançou a cabeça em negativa a minha
súplica e passou à porteira que eu havia aberto para
ela, e seguiu rumo às baias. Levei meus olhos mais
adiante de Lia, e avistei o caminhão do Haras de
Jorge Mello, e assim fiz meu cavalo apertar o passo
e alcançar Lia.
— Lia, vou precisar da sua ajuda agora,
chegaram os cavalos do leilão, ajude-me a analisá-
los, só te peço isso, e depois você pode ir comprar
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suas passagens, não vou mais tentar impedi-la.


Lia assentiu, e assim abri um sorriso a ela que
não consegui conter. Ela era linda demais, aqueles
olhos cinzas e delineados só me fizeram lembrar da
noite passada e eu não deixaria aquela mulher sair
da minha vida por nada no mundo, nem que para
isso fosse preciso jogar todo meu casamento no
lixo.
Assim que nos aproximamos, Luiz segurou o
animal de Lia e eu entreguei o Fantasma para um
dos tratadores.
— Leve-o para o banho dele. — falei e fui em
direção à caminhonete do Jorge, que fazia questão
de acompanhar a entrega dos animais.
— E aí, Gregório Mattos, dono de uma das
relíquias mais cobiçadas do mundo dos Paint
Horse, como vai o Fantasma?
— Veloz e transparente como sempre. —
respondi-o em relação ao meu animal.
Fui em direção a ele e dei-lhe um forte abraço
de amigos de anos.
— Quando é que irá me vender uma cobertura
desse animal? — perguntou-me ele.

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Gargalhei e o respondi:
— Um dia meu amigo, um dia.
— Espero estar vivo para ver esse dia chegar,
nunca vi ninguém com tanto ciúme de um animal.
— respondeu-me ele, e eu estava imerso em Lia,
acompanhando cada movimento dela.
Lia, estava inquieta com as mãos enfiadas no
bolso da calça, e assim Jorge estende-lhe a mão e a
cumprimentou.
— E aqui está a bela moça que gostou da potra
dos olhos azuis.
— E como ela está? — Lia perguntou a ele.
— Nesse momento ela está prestes a conhecer
sua nova dona.
Lia o olhou desapontada e questionou-o
novamente:
— O senhor disse que ela não estava entre os
lotes do leilão.
— Sim, falei, mas eu não disse que ela não
estava à venda, só não estava entre os lotes do
leilão.
Lia me olhou desapontada, tendo plena certeza
que a potra estava em direção a outro haras, e assim
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para mudar o rumo daquela prosa, falei:


— Bom, então vamos logo desembarcar os
animais.
Lucas chegou bem na hora, eu o encarei e
chamei-lhe a atenção:
— Não pedi a você para ficar atento caso Jorge
chegasse com os animais?
— Perdão, Greg, só dei uma passada rapidinha
em casa.
Não era o momento de dizer o quanto as
ausências repentinas de Lucas me incomodavam,
ele vivia se enroscando com as filhas dos tratadores
em tudo que era canto no haras.
O motorista do caminhão trailer, abriu à porta e
assim desembarcou o garanhão, e a matriz, olhei de
soslaio para Lia, e ela estava conferindo alguma
coisa em seu celular, e quando voltou sua atenção
para o trailer, teve uma grande surpresa, então
encarou-me com os olhos prateados que brilharam
feito diamante ao ver o pequeno animal que estava
sendo desembarcado, então disse meu nome de
forma cantada:
— Greeegg! — completamente atônita.

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Dei de ombros, cruzei os braços e disse-lhe:


— Era sua, mas como decidiu voltar para São
Joaquim.
Lia encheu os pulmões e veio em minha
direção em uma explosão de felicidade e
novamente gritou meu nome toda eufórica quando
pulou em meu pescoço abraçando-me e deixando-
me completamente sem graça perto das pessoas.
— Obrigada, obrigada, obrigada. — soltou-se
do meu pescoço e olhou dentro dos meus olhos, e
sem precisar dizer nada, eu sabia que aquela potra
tinha salvo meu dia.
Lia correu em direção ao animal, branco com
apenas uma mancha, marrom na perna e barriga, e
tinha lindos olhos azuis expressivos e
maravilhosos.
Lia a abraçou em seu pescoço e falou:
— Ei, Blue, seja bem-vinda, minha linda, vou
cuidar de você, não vou deixá-la se sentir perdida
aqui.
Lia me olhou com um brilho tão intenso nos
olhos, sorriu e voltou a acariciar, Blue.
Comprei a potra para que Lia me deixasse em
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paz e gastasse toda sua energia cuidando do animal


e me esquecesse, pois, imaginei que ela me daria
outro tipo de trabalho. Não podia imaginar que
aquele animal iria prendê-la ao haras e a mim.

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Capítulo 11
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Lia
Não sei descrever o que senti quando levantei
meus olhos e os direcionei para o trailer, de onde
estavam desembarcando os animais. Blue foi a
visão que clareou meu dia que estava escuro
envolto em névoas. Olhar para ela descendo a
rampa, com aquela expressão de assustada fez-me
sentir responsável por sua mudança de ambiente, e
assim despertar em mim um instinto de protegê-la
logo nos primeiros segundos que a vi.
Eu estava radiando de felicidade, e ir embora
do haras, agora estava fora de cogitação, eu tinha
um novo amor, e com dois amores morando no
Haras Mattos, deixaram as coisas mais complicadas
para mim. Eu teria que aprender a lidar com o fato
de ver Greg com minha mãe, e o que era pior, ter
que lidar com a sensação de culpa que me
consumia, porém, eu sabia que com Blue ao meu
lado, as coisas seriam bem mais fáceis.
Levei minha mão ao peito de Blue, e seu
coraçãozinho estava acelerado, ela já tinha 2 anos e
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já estava pronta para o adestramento.


— Ela é muito dócil, Lia, vem de uma
linhagem de campeões, e certamente será uma
também, já está completamente habituada ao
cabresto e já pode ser iniciada na doma, não
demora e logo poderá montá-la. — explicou-me
Jorge.
— Ela é maravilhosa. — respondi-o apenas.
Deixei Blue e fui em direção ao Greg, que
analisava clinicamente o garanhão.
Enfiei as mãos no bolso do meu jeans, pois, era
assim que eu fazia quando estava sem jeito.
Todos ao nosso redor estavam distraídos com
outras coisas, então me aproximei do Greg, com a
intenção de ajudá-lo com o animal, como se ele
precisasse.
Suspirei antes de falar:
— Greg eu… — ele endireitou seu corpo e
levou seus olhos verdes diretamente dentro dos
meus. Greg tinha uma doçura no olhar, que nunca
me permiti enxergar quando morei com eles
durante os primeiros meses de casados dele com
minha mãe.

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— Diga-me o que está pensando. — intimou-


me a continuar e terminar a frase que ficou
engasgada.
Eu queria beijá-lo, queria pular em seus braços
e agradecê-lo por Blue, da forma como ele merecia,
mas, com tantas pessoas ao nosso redor era
impossível manter qualquer tipo de demonstração
de carinho.
— Isso foi um tremendo golpe sujo da sua
parte.
— Não, não foi. Comprei Blue no dia do leilão
quando vi o interesse que ela despertou em você.
— Nem sei como te agradecer.
— Agradeça-me ficando e tomando conta dela,
afinal de contas ela é sua agora, e precisa de um lar,
se for embora não terá como levá-la.
— E por que fez isso? Você me odiava.
Greg retirou o boné com o logo do haras,
arrumou seu cabelo e voltou a colocar o boné na
cabeça. Minha perguntou o desconcertou.
— Não vou mentir para você, comprei-a para
que você tivesse com o que se preocupar além do
meu casamento com sua mãe.
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Cruzei os braços e estreitei os olhos.


— Queria comprar sua paz, pagando-me com
Blue?
Greg fez um movimento para cima com os
lábios transformando-os em um bico delicioso,
senti uma vontade louca de beijá-lo, e por sorte não
poderia fazer isso ali. Até porque eu teria que
negociar minha permanência no haras.
— Era quase isso.
— Ok! — respondi-o e voltei para Blue que
estava de cabeça baixa comendo alguns tufos de
grama que arrancava do chão.
Lucas passou por mim e eu o chamei:
— Lucas!
— Oi.
— Pode arrumar uma baia confortável para
Blue?
— Bom, todas às baias aqui do haras são
confortáveis, mocinha, e de início ela ficará
sozinha, e depois na baia dos potros com todos os
outros, só para dormir. Lembrando que os animais
aqui do haras só vão para as baias durante à noite,
durante o dia eles correm livres e soltos pelos
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pastos.
— Até os potros?
— Sim, claro, até os potros, Greg não suporta
os animais presos.
Suspirei alto, queria Blue perto de mim o
tempo todo, eu a queria sempre ao alcance dos
meus olhos.
— E aí patroinha, o que vai fazer hoje à noite?
— Patroinha? — Caí na gargalhada.
— Sim, agora também é minha patroinha, não
é?
— Claro que não Lucas, que bobagem, não sou
dona desse lugar.
— Humm, bom, o fato é que no final de
semana todo o pessoal aqui do haras vai para um
bar chamado, Celeiro, tem música ao vivo e muita
bebida.
— Lucas, hoje ainda é Quinta-feira. —
respondi.

Greg
Não suportava ver Lia tão próxima do Lucas,

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ele não tinha nada a perder, e garanhão como era,


tentaria sem dúvida nenhuma cobrir, Lia. Meu
coração acelerou de ódio quando vi Lia
gargalhando de alguma idiotice que Lucas havia
dito para ela. Senti vontade de voar na garganta
dele. Era um sentimento muito estranho, minhas
emoções estavam descontroladas, passar de odiar a
desejar loucamente uma pessoa já não era normal,
imagina sentir ciúme da forma que eu estava
sentindo.
Quando voltei meus olhos para procurar Lia e
Lucas, eles já haviam se distanciado bastante, indo
rumo às baias.
Jorge veio até mim para se despedir.
— Vou indo, Greg, boa sorte com os animais.
— Volte sempre, Jorge.
— Pode deixar, volto sim. — abraçou-me
forte, colocou o chapéu na cabeça e montou em sua
caminhonete.

Lia
Lucas foi comigo para que eu conhecesse a
baia de Blue. E como tudo no haras do Greg era de

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primeiro mundo, os pavilhões de baias eram


lindíssimos e limpíssimos também. As baias eram
feitas em tijolinhos à vista com divisórias feitas de
madeira de lei, deixando o ambiente
completamente maravilhoso. Caminhando no
corredor, onde tinham muitas baias, Lucas disse:
— Acho que ela vai se adaptar bem, Lia.
— Quanto medem essas baias? — Questionei
curiosa.
— Todas as baias aqui medem 5m x 5m, um
exagero do Greg, eu sei, mas ele trata seus cavalos
como nenhum outro criador que eu conheço.
— Greg, é maravilhoso. — comentei sem
pensar.
— Achei que se odiassem. — observou Lucas.
— Aquilo foi no passado, Lucas.
Antes que Lucas pudesse dizer qualquer outra
coisa, ouvi a voz de Greg atrás de mim. Virei-me
imediatamente em sua direção, e ele era uma visão,
estava com as duas mãos na cintura, parado em
uma pose deliciosa.
— Já escolheu uma baia para ela? Ainda acho
que ela deveria ir com os outros potros,
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imediatamente.
— Sim. — respondi-o. — Já está decidido, ela
ficará nessa aqui. — apontei para a baia que já
estava de portas abertas.
— Lucas, leve à potra para se alimentar e beber
água.
Antes de sair do pavilhão levando Blue, Lucas
me fez um lembrete.
— Pego você às nove da noite, ok?
Olhei para Greg, que estava segurando seu
boné nas mãos, quando Lucas se afastou.
— Por mim está ótimo. — respondi ao Lucas.
Quando Lucas saiu do pavilhão com a Blue;
Greg olhou-me desapontado.
— Vai sair com o Lucas?
— Não é nada que está pensando, ele me
convidou para ir em um bar chamado, Celeiro. Ele
me falou que todos aqui do haras frequentam esse
lugar aos finais de semana.
— Hoje ainda é Quinta, não tem dia para eles
irem naquele bar.
Greg mexeu-se inquieto trocando o peso de seu
corpo de uma perna a outra.
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— Precisa mesmo ir com ele?


— Greg, eu preciso ter amigos, preciso fazer
coisas que pessoas da minha idade fazem.
— Está dizendo que eu não posso ir ao celeiro?
Gargalhei, respondendo-o:
— Claro que você pode, eu não disse isso.
— Não quero que saia com ele, ele tem fama
de garanhão, e pode tentar algo com você.
— Ele não vai fazer isso, por que não lhe darei
abertura, e além do mais, o que aconteceu conosco
ontem não irá se repetir, essa é minha condição
para continuar vivendo aqui.
— Lia, você só está confusa nesse primeiro
momento, não vou esperar que você seja fria o
bastante a ponto de não se sentir culpada, mas
ambos somos culpados, acontece que não podemos
apagar o que aconteceu entre nós, acredite, estou
queimando por dentro só de lembrar de você mole
em meus braços, meu garanhão fica louco para
montar em você.
Eu ficava toda excitada com a forma de Greg
falar, sua voz saiu baixa como se estivesse
cochichando, e aquilo me deixou completamente
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enlouquecida, minha vagina se apertou no meio de


minhas pernas, e se contorceu toda cheia de desejo
por ele. Eu simplesmente agradeci o fato de
estarmos acompanhados por dois tratadores que
limpavam as baias.
— Isso precisa parar, Greg.
Disse e me virei de costas para sair das baias, e
Greg segurou firme no meu braço, nem se
importando se alguém estava vendo ou não, e assim
pediu-me:
— Não saia com o Lucas hoje, por favor, Lia.
Olhei em meu braço e em sua mão, e assim
entendendo meu recado silencioso, ele me soltou, e
assim caminhei para casa.
Eu estava na cozinha bebendo água quando
minha mãe apareceu do nada, e vê-la, me causou
um mal-estar terrível no estômago.
— E então, gostou da tal égua? — Ela
questionou-me.
— Sim, muito, eu a queria muito.
Coloquei o copo na pia sem encará-la.
— Filha, o que está acontecendo com você?
Foi algo que eu fiz e não sei?
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— Não foi nada, mãe, só estou tentando me


acostumar com tudo isso.
— Você está estranha.
— Mãe, eu vou ficar, não vou? Então, por
favor, dê tempo ao tempo.
— Greg, está sendo gentil com você, por favor,
dá uma chance a ele.
Ela se aproximou de mim e me abraçou forte, e
naquele momento meu coração disparou e eu só
queria sumir, desaparecer. Eu estava envergonhada,
enojada de mim mesma.
Passei à tarde com Blue, caminhando com ela
no cabresto rente ao meu corpo para que passasse a
se acostumar comigo, e aquela seria nossa rotina
por muitos dias, afinal de contas, eu faria questão
de adestra-la.
Nove horas em ponto, Lucas buzinou na porta
da casa grande, olhei pela janela e vi que se tratava
mesmo dele e assim sai do quarto e desci às
escadas. Greg estava sentado em uma poltrona
lendo um jornal, e estava um gato de óculos; minha
mãe estava sentada em outra poltrona escrevendo,
então ela me disse:

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— Uau! Está linda, Lucas é um homem de


sorte.
— Mãe, que fique bem claro para você, não
existe a mínima chance de haver alguma coisa entre
mim e Lucas, somos apenas amigos.
— Ok, não está mais aqui quem falou.

Greg
Quando a vi descendo as escadas, toda linda,
senti palpitações. Lia vestia um vestidinho
estampado marrom, todo rodado, uma jaqueta jeans
e botas, estava tentadoramente linda, eu sabia que
Lucas não iria perder seu tempo, e iria cair para
cima dela. Fechei minhas mãos em punho e
amassei o jornal de ódio, Sandra nem percebeu,
mas Lia viu minha reação e abaixou os olhos, e
aquilo simplesmente me magoou profundamente.
— Já estou indo então. — avisou Lia.
— Divirta-se filha.
— Vou te acompanhar até à Picape do Lucas,
preciso dar uns avisos para ele. — disse Greg se
levantando.
— Amor, deixa eles, são jovens. — ralhou
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Sandra.
Caminhei atrás de Lia, e assim estando eu
muito próximo dela, pedi baixinho.
— Fica, Lia.
Eu estava angustiado e sentir o cheiro delicioso
dela só me deixou mais apreensivo e louco de
vontade de agarrá-la pela cintura e tomá-la só para
mim, mas Lia não me ouviu e saiu de casa, cruzou
à varanda e desceu as escadas indo rumo ao Lucas
que a esperava dentro de sua caminhonete.

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Capítulo 12
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Lia
Greg sussurrou em minhas costas:
— Fica, Lia. — com o tom de voz que fez
aquela sensação de frio gostoso descer do meu
estômago e ir parar em meu ventre. Havia uma
certa súplica em seu pedido, mas eu não poderia
ceder, aquele homem não pertencia a mim, mesmo
vendo ele e minha mãe na sala mais parecendo dois
estranhos do que um casal. Minha mãe estava
submersa em sua escrita, e quando finalmente o tal
livro, Peão Perfeito, que ela vinha escrevendo
ficasse pronto é que às coisas voltariam ao normal
entre Greg e ela.
Simplesmente fingi que nem o ouvi e desci
correndo os degraus da casa, pisei no gramado e fui
até à caminhonete do Lucas, e como bom
cavalheiro que ele não era, nem desceu da
caminhonete, então, abri à porta do passageiro e
entrei. E sobre Lucas não ser um cavalheiro,
esqueça, pois, assim que entrei ele estendeu sua
mão a mim com uma linda rosa-vermelha. Ele
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estava diferente, estava mais lindo do que de


costume, havia feito à barba e deixado só um
cavanhaque e estava com o cabelo todo arrumado.
Vestia uma camiseta branca dessas grudadas ao
extremo apertando os músculos de seus bíceps, e
assim revelou-me uma bela tatuagem que eu ainda
não tinha visto. O cheiro, ah! o cheiro dele estava
maravilhoso.
— Para você, patroinha. — estendeu-me a
rosa-vermelha.
Peguei a rosa e a levei até o nariz e a cheirei
sentindo o cheiro fresco das pétalas.
— Se for continuar me chamando dessa forma
ridícula me avise logo que nem saio daqui, vou me
arrepender de ter aceito seu convite.
— Está bem, Lia. — abriu um sorriso de
derreter o coração de qualquer mulher, pena que o
meu já estava em estado líquido por Greg há anos,
mas não me impedia de tentar mudar as coisas.
Lucas ligou à caminhonete e antes de sair, levei
meus olhos na porta onde Greg estava de braços
cruzados nos observando e ver à angústia que seus
olhos me transmitiram, quase fez-me descer e
correr para os braços dele. Eu nem havia saído de
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casa e já estava arrependida.


Em Mairiporã, o movimento próximo ao tal bar
country era enlouquecedor, Lucas rodou bastante
até achar onde estacionar, e assim, quando achou
uma vaga se enfiou nela e descemos.
Na fachada do bar tinha uma placa enorme em
madeira rústica com o nome:
Celeiro
Lucas vestiu sua jaqueta de couro marrom,
pois, fazia frio naquela noite, e assim que
chegamos na porta nos encontramos com dois
casais e um outro moço que estava sozinho.
— E aí Lucas, trouxe à filha do patrão com
você? — perguntou o moço que estava sozinho, um
moreno alto, de cabelos castanho escuros e olhos
escuros também. Não era lá muito lindo, mas tinha
todo um estilo que o deixava um gato.
— Não sou a filha do patrão, que isso fique
bem claro. — tratei logo de corrigi-lo.
— Hum, gostei, e ainda é bravinha. — disse o
peão debochado.
Então Lucas apresentou-me a eles:
— Pessoal, vocês já devem saber, mas vou lhes
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apresentar, essa é Lia, enteada do Greg. — e depois


direcionou-se a mim dizendo:
— Lia, esses são André, Paulo e Zezinho,
todos tratadores lá no haras, e essas são Amanda e
Carla.
Cumprimentei as meninas com um beijo e
assim o atrevido do peão que estava sozinho disse:
— Ah! Eu também quero um beijinho. — disse
André, o mais atrevido, vindo até mim e beijando-
me no rosto, com cheiro de cigarro.
— Bom, vamos entrar? — perguntou Lucas,
empurrando-me delicadamente pelas costas para
que eu fosse caminhando.
Assim que entramos, atentei-me a decoração
do lugar que parecia mesmo um celeiro, a começar
pela decoração rústica, que ia desde mesas feitas de
troncos de árvores, até fardos de fenos espalhados
por diversos cantos.
No bar à decoração também seguia o mesmo
estilo, e achei o lugar maravilhoso. No canto
esquerdo das mesas, tinha um palco com uma dupla
de cantores, animando e cantando ao vivo.
Lucas despertava olhares cobiçosos e não era

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de se estranhar, lindo como era e sedutor não podia


ser diferente.
Durante toda à noite, Lucas bebia sem parar,
aliás, todos bebiam sem parar, inclusive às
meninas. Eu não gostava de cerveja, mas adorava
tequila, então iniciei à noite com uma Margarita
clássica, que é servida em uma taça de martini, com
uma dose de tequila, o Cointreau, limão, sal e gelo.
Depois da segunda Margarita, Lucas e eu passamos
a nos divertir com shots de tequila, e eu sabia que
aquilo não ia prestar, mesmo precisando esquecer o
que eu havia feito com minha mãe, e assim pedi um
shot para mim, e Lucas outro para ele, e falou
divertido, fazendo uma velha brincadeira mexicana,
antes de beber sua dose.
— Arriba, abajo, al centro y adentro. — e
assim virou toda à dose de uma única vez, sem sal
sem nada, em seguida falou-me:
— Eu respeito e tiro o chapéu para uma mulher
que toma tequila. Essa é uma Herradura, Lia, 100%
agave. Vai lá, virá à bicha na goela.
Então fui tomar minha dose. Peguei a fatia de
limão do meu pratinho com a mão esquerda, e nas
costas da mão joguei o sal, e com a mão direita,
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peguei o caballito com minha dose, e então fui ao


ritual delicioso, lambi o sal de minha mão, e
quando fui virar minha dose, Lucas gritou bem
alto! Adentro, dessa forma virei à dose de tequila
de uma só vez, e por último chupei o limão,
fazendo cara feia selando assim as partículas de
minha língua que o sal havia aberto.
Todos ficaram de queixos caídos, então Lucas
falou:
— Uau!!! Respeitei você, gatinha. — me olhou
de uma forma diferente, e senti um calor percorrer
meu corpo com aquele olhar devorador que Lucas
lançou a mim, todo sério, enquanto todos
brincavam na mesa se divertindo com o fato de eu
ter mesmo bebido o shot, pois, haviam até apostado
que eu ia amarelar.
Sorri para o Lucas, que me cobiçava
descaradamente, despindo-me com o olhar e falei:
— Mais um shot, agora com laranja e canela.
— Vai mesmo passar todas as formas de beber
tequila? Melhor você parar, Greg vai me matar se
eu te entregar a ele com perda total. — argumentou
Lucas.
Eu já estava alta, rindo sozinha, e quando
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Lucas disse aquelas palavras, aí mesmo que cai na


gargalhada, e em seguida passei a chorar
lembrando de minha mãe, dela passando aquele
remédio que ardia em meus joelhos. Aquele não era
o melhor momento para me lembrar de coisas desse
tipo, então respirei fundo, enxuguei as lágrimas e
fui ao shot com laranja e canela.
Enquanto todos se divertiam comigo, fazendo
papel de idiota, Lucas parou de achar graça e
passou a se preocupar, estava sério e chato, então
convidei-o para dançar:
— Dança comigo, Lucas?
— Melhor irmos embora. — respondeu-me ele.
— Mas eu quero dançar, eu adoro esse country
do Blake Shelton e da Christina Aguilera.
Lucas assentiu, levantou-se e estendeu sua mão
a mim e não quis me levar para pista, então
aconchegou-me em seu peito, segurou em minha
mão, e ali mesmo ao lado da mesa passou a se
mover comigo lentamente. Juntos dançamos Just a
fool inteirinha, enquanto eu chorava em seu peito,
remoendo à lembrança do que eu havia feito e de
como havia feito. Quando a música terminou,
Lucas jogou dinheiro em cima da mesa, pagando
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nosso consumo da noite, e assim despediu-se de


todos, pegou sua jaqueta na cadeira e saiu comigo,
puxando-me pelas mãos. Na porta, Lucas fez um
movimento brusco e me pegou no colo e levou-me
até à caminhonete, abriu a porta e me colocou no
banco e entrou do lado do motorista. Eu estava
destruída, e não parava de chorar.
— Lia, vou te levar para casa, ok? Você vai
ficar bem, amanhã essa sensação horrível passa e
tudo volta ao normal.
— Eu o amo, Lucas, eu só amo, por que
precisa ser tão errado? — falei demais.
— Quem? Quem é o idiota que você ama e que
está te fazendo sofrer?
— Ele! — quando disse ele, virei-me para o
lado da porta, encolhi-me puxando minha jaqueta
para me aquecer.
— Vou ligar o ar para te aquecer. — disse
Lucas.
Não demorou nada senti o ar quente me possuir
e assim acabei dormindo.

Greg
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Já passava das duas e eu ainda não tinha


conseguido pegar no sono, Lia não saia de minha
cabeça nenhum minuto sequer. Sandra dormia
tranquila na cama e não tinha nenhum tipo de
preocupação com a filha. Mas eu tinha um milhão
de preocupações, e juro que fiquei tentado em
pegar à Picape e sair desesperado rumo ao Celeiro e
tirá-la de lá, tirá-la do Lucas. Não havia nada pior
que ficar imaginando milhões de possibilidades do
que poderia estar acontecendo entre eles. Se
estariam transando no banco da caminhonete em
algum lugar da estrada vindo para o Haras ou se
Lucas a teria levado a um motel. Eu estava
simplesmente surtando quando ouvi o barulho da
caminhonete parar lá fora. Corri até à janela e eu
não tinha uma visão muito boa do que estava
acontecendo lá dentro.

Lia
Assim que chegamos, Lucas me tocou com
delicadeza e chamou-me.
— Lia, já chegamos, vamos, acorde!
Suspirei alto, virando-me em direção ao Lucas,
e minha cabeça doía muito.
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— Como você está? — Lucas me perguntou,


retirando uma mecha dos meus cabelos dos olhos, e
quando ia dizer que o mundo estava girando, ouvi
um silvo de uma porta sendo aberta. Greg abriu à
porta do meu lado e disse:
— Desci logo dessa caminhonete, Lia.
Me virei em direção a ele, e vi dois Greg,
gostoso e sem camisa.
— Ei, Greg! O que é isso cara? Está maluco?
— Lucas havia descido e estava ao lado do Greg.
Quando fui tentar descer, quase cai e Greg foi
quem me segurou firme em seus braços.
— Lia! O que aconteceu? Você bebeu? -
indagou ele.

Greg
— Greg, foram só algumas doses de tequila,
ela vai ficar bem. — respondeu Lucas, sendo
infeliz, e assim soltei Lia de minhas mãos caindo
de bêbada, então fechei o punho, ficando cego de
ódio e desferi um soco na cara do Lucas, que
desprevenido caiu longe no chão.
— Para Greg! Paraaaa! Bebi, porque eu quis,
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porque ninguém manda em mim, o Lucas não foi


culpado. — disse-me, Lia.
Eu estava uma pilha de nervos e quando vi,
Sandra estava agachada acudindo o rapaz, ao invés
de vir saber em que estado ele estava entregando à
filha dela.
— Greg, você enlouqueceu? — Sandra
questionou-me sem nada entender.
— Viu o estado em que ele está devolvendo
sua filha?
Lucas se levantou limpando o canto da boca,
que estava saindo sangue e falou:
— Greg, cara, eu fui mesmo o culpado, deveria
tê-la impedido de beber tanta tequila.
— Tequila?! — questionei exclamando
tamanha foi minha surpresa.
Lia interveio e respondeu:
— Eu, eu fui a culpada e não se fala mais
nisso. — estava com a voz atropelada e com o
andar cambaleante. — Lucas não colocou às
margaritas em minha boca, eu bebi porque quis.
Sandra foi até Lia e a ajudou subir às escadas, e
antes de entrarem na casa, Lia disse provocando-
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me:
— Lucas, você é uma delícia.
Lia acabou comigo naquele momento, tive a
certeza que haviam transado, e assim mandei Lucas
ir embora e fiquei sentado na varanda,
enlouquecido de ódio.

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Capítulo 13

Lia
Passei a pior noite da minha vida, minha mãe
fazendo papel de mãe, cuidou de mim à madrugada
toda enquanto eu revezava entre à cama e o
banheiro, em uma luta insana com meu estômago,
confesso que preferia ele se retorcendo de tesão por
Greg, do que por tequila.
De manhã, acordei às nove e meia, minha
cabeça dava giros de 360 graus, e minha boca tinha
gosto do destilado. Levantei, fui até o chuveiro e o
liguei, passei embaixo dele mais de meia hora,
deixando à água curar minha ressaca.
Sai e troquei-me, em seguida desci para ir à
cozinha, atrás de um copo de água e um analgésico,
então peguei um ibuprofeno no armário e tomei.
Quando eu terminava de tomar meu analgésico,
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Greg apareceu e disse-me sendo severo:


— Se vai trabalhar nesse haras, tem que saber
que aqui você não terá privilégios, terá que
trabalhar estando ou não de ressaca, e sabendo
disso, acho melhor você pensar melhor antes de ter
outra noite regada a tequila e a…
— E? — questionei-o, com aquela cara de
quem parecia ter sido atropelada.
Virou de costas para mim sem me responder e
em seguida parou repentino falando:
— Espero que esteja recuperada depois do
almoço, porque hoje começa seu dia de trabalho
aqui e hoje começam as vacinações dos animais,
espero que me ajude com isso.
— Estarei lá, patrão. — respondi-o sendo
irônica e aquilo o fez parar de andar no mesmo
segundo, ponderou, e saiu sem dizer mais nada, ele
estava simplesmente lindo vestindo uma camiseta
azul. A imagem de Greg, fosse em que
circunstâncias, sempre despertavam em mim um
desejo desenfreado de voar em seu pescoço e beijá-
lo, mas eu sabia e tinha consciência que deveria
deixar as coisas como estavam, pois, só assim eu
evitaria mais sofrimentos, no caso, o de minha mãe.
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Suspirei e voltei a abrir à geladeira, apanhei um


isotônico e sentei-me à mesa, levei as mãos na
cabeça e passei a chorar, tinha um nó em minha
garganta. Chorei por saber que eu o havia ferido e
que agora ele estava de verdade magoado comigo.
De cabeça baixa, com as mãos segurando-a,
senão ela despencaria, vi quando alguém entrou na
cozinha e me perguntou:
— Você está bem, querida Lia? — era Ana, a
mãe do Lucas.
— Oi, Ana, é só uma ressaca daquelas.
— Posso te preparar um chá?
Fiz que não com à cabeça, e a agradeci saindo
da cozinha.
— Obrigada, Ana, vou ficar bem.
Na varanda, minha mãe estava sentada em uma
das poltronas de madeira com grandes almofadas
com estampas de flores-do-campo, estava lendo um
livro. Já faziam alguns dias que eu havia chegado, e
até então não a tinha visto fazendo outra coisa que
não fosse escrevendo seu livro. Na verdade, minha
mãe respirava livros.
— Bom dia, minha princesa. — odiava o fato
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dela me chamar de princesa como fazia quando eu


era só uma criança.
— Bom dia, mãe. — respondi-a e me sentei na
poltrona ao lado colocando meus pés em cima dela.
— Você está melhor? Conseguiu dormir?
— Eu desmaiei né mãe, não dormi.
Ambas rimos de minha observação.
— Greg está furioso com Lucas, ele acha que
ele deveria ter tomado conta de você e não a ter
trazido caindo de bêbada para casa.
— Greg, não é meu pai e ele não precisa fazer
esse papel. — respondi-a e em seguida tomei um
gole do meu isotônico de limão.
— Filha, tente entendê-lo, ele se preocupa com
você.
Assenti sem respondê-la.
— Vai, me conta, o que houve entre você e o
Lucas? Ele é um gato, vamos combinar.
Bufei e pela primeira vez na vida eu não sabia
ao certo como respondê-la, já que alguém tinha
passado uma borracha na minha noite de Sexta,
mesmo assim eu respondi.
— Não houve nada entre mim e o Lucas. Nem
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vai haver mãe.


— Hum! Entendi.
— Mãe, preciso ir à cidade comprar algumas
coisas, pode me emprestar sua Picape?
O meio de transporte mais comum em um
lugar daqueles são as caminhonetes, Picapes e
veículos do tipo, pois, quando chove só assim se
consegue sair.
— Claro que sim, quando quiser, hoje não irei
usá-la mesmo.
— Obrigada.
— Por falar nisso, Segunda-feira vou pedir ao
Greg para levá-la até uma concessionária para
comprar uma Picape para você. Acho que precisa
ter sua independência aqui e locomover-se por aqui
depende de se ter um bom veículo, e não quero
você dependendo de ninguém.
— Não tenho dinheiro suficiente para isso,
mãe. Você sabe que o dinheiro que meu pai me
deixou de herança, não compra nem uma Picape.
— Sim, eu sei, e eu não lhe disse que terá que
usar seu dinheiro, isso será um presente meu.
Suspirei alto e olhei em direção às baias que
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ficavam há uns quinhentos metros ou mais da casa,


e como Greg havia me dito que eu precisaria estar
lá só depois do almoço, resolvi me levantar e ir me
trocar para ir à cidade, eu precisava de uns produtos
de cosméticos e precisava andar, espairecer.
— Pode pegar as chaves para mim? — pedi a
ela.
— Sim meu amor, só um instante.
Levantou-se e foi buscar, não demorou nada e
já estava de volta, e entregou-me as chaves.
— Quer alguma coisa da cidade? —
questionei-a.
— Não, querida, obrigada.
Desci às escadas da varanda e fui em direção a
Fullback chumbo de minha mãe, era uma Picape
lindíssima, e imagina se eu tinha dinheiro para
comprar uma.
Entrei na Picape, liguei-a e abaixei o vidro,
pois, eu passaria bem próximo de onde estava Greg
com os peões do Haras.
Assim que fui me aproximando lentamente,
Greg, que estava conversando com o senhor Luiz,
olhou para à Picape, e quando viu que eu quem
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estava dirigindo, mudou o foco de seu olhar, e ele


estava de fato chateado comigo. Ele cruzou os
braços e virou de costas. Então acelerei e fui rumo
à portaria do haras.
Na cidade comprei tudo que precisava,
conseguindo voltar antes do almoço, e só de pensar
no almoço, meu estômago se revirou todo. Subi
para meu quarto para guardar minhas compras e
quando voltei, Greg já estava na mesa com minha
mãe, assim sentei em meu lugar. O clima estava
carregado, Greg, já estava almoçando e comia sem
nem levantar seus olhos em minha direção. Olhei
para minha mãe que deu de ombros e perguntou-
me:
— Como está seu estômago, filha?
— Revirado. — respondi-a.
E Greg não perdeu a oportunidade de
comentar:
— Pudera! — e minha mãe em repreensão,
apenas colocou sua mão em cima da mão dele que
entendeu o recado e voltou a comer.
Fiquei em silêncio sem dizer nenhuma palavra,
se fosse antigamente, aquele seria o momento para
começar uma discussão.
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— Ana!! — chamou minha mãe.


Não demorou e Ana entrou na copa,
questionando:
— Me chamou dona Sandra?
— Sim, por gentileza, pode trazer o caldo-
verde da Lia.
Eu adorava tomar caldo-verde, mas ali no caso
seria por que meu estômago estava revirado e eu
não sabia se aguentaria nem com o caldo.
Enquanto eu tomava meu caldo, que por sinal
estava delicioso, Greg terminou seu almoço, se
levantou da mesa e saiu sem dizer nenhuma
palavra.
Minha mãe sorriu para mim, dizendo-me:
— Essa marra do Greg vai passar, filha. Ele
não consegue ficar assim por muito tempo.
— Ele nem deveria estar assim, não sou filha
dele. — não sei dizer ao certo porque eu fazia tanta
questão de repetir aquilo. Talvez fosse para que
aquilo ficasse bem claro para todos.
Levantei-me da mesa e fui em direção às
escadas que me levariam ao meu quarto, iria
escovar meus dentes e usar o banheiro, e sem
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demora iria começar meu trabalho no haras, visto


que era assim que Greg achava que deveria ser,
então assim seria.
Quando ia entrando em meu quarto, Greg já
vinha voltando no corredor e não aguentando eu o
interpelei, no mesmo lugar onde havíamos nos
beijados há alguns dias.
— Por que está tão chateado comigo?
— Porque Lucas é uma delícia. — respondeu
com o olhar completamente entristecido e
continuou seu caminho rumo às escadas, deixando-
me parada lá feito uma idiota sem entender nada.
Maldita tequila que me deixou com amnésia,
eu conseguia me lembrar de lances reproduzidos
em flash na minha memória, mas não me lembrava
de ter transado com o Lucas, muito embora ele
estivesse mesmo uma delícia, não me recordava
nem de tê-lo beijado.

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Capítulo 14

Greg
Eu estava queimando de um ódio que me
consumia, não conseguia aceitar que Lucas havia
transado com Lia bêbada, mas com ele eu ainda
acertaria às minhas contas.
Lia com aquela carinha de que estava passando
muito mal e eu só querendo pegá-la em meus
braços, só queria estar com ela, ajudá-la, beijá-la, e
ela se esforçou tanto para me afastar que acabou
conseguindo, como ela bem queria.
Vi quando Lia chegou no galpão e logo foi
abordada por Lucas, pelo visto meu soco na cara
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dele não o intimidou.

Lia
Passei pelo galpão veterinário onde estavam
sendo administradas as vacinas nos animais, e Greg
simplesmente fez com que eu nem estava ali e
quando fui me retirando para ir ver Blue, Lucas me
chamou:
— Oi, Lucas, como está?
— Eu estou bem, mas à pergunta é... Como
você está depois da noite de ontem?
Abracei-me com meus próprios braços e
quando eu fazia aquilo podia saber que estava
insegura, então, voltei a caminhar retirando-me do
galpão e indo em direção as baias, pois, todos os
animais estavam presos por conta da vacinação.
Lucas foi me acompanhando com seu chapéu na
mão, então eu o respondi:
— Eu estou numa ressaca daquelas, você bem
deve imaginar.
Lucas estava lindo, mesmo vestindo uma
camiseta regata branca toda furada, com uma
camisa jeans por cima.

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— Sim, eu posso imaginar, na verdade,


também estou, fui ao mesmo ritmo que você,
lembra?
Eu tinha que tirar aquela loucura de dúvida da
minha cabeça, eu sabia que não tínhamos transado,
mas não estava entendendo o que levou Greg a
achar isso, então questiono Lucas sem delongas.
— O que aconteceu ontem? Greg está achando
que transamos e eu sinceramente não me lembro
disso ter acontecido.
— Posso ser sincero com você?
Lucas parou de caminhar, segurou em minha
mão direita e me perguntou aquilo todo sério.
— Você deve.
— Não tem tequila no mundo, que te faria
esquecer de uma transa comigo. — falou com a
cara mais safada do mundo.
— Lucaaass!! Estou falando sério.
— Uai! Mas eu também. — sorriu gostoso e se
eu não amasse o Greg há tanto tempo, confesso que
já estaria de quatro por Lucas.
— Sabe por que não tentei nada com você?
Primeiro, que não sou tão cafajeste a ponto de
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transar com uma mulher bêbada, segundo, que você


disse que ama ele.
Quando Lucas me disse aquilo, meu coração
deu um loop dentro do meu peito e eu me apressei
em perguntar:
— Ele quem?!
— Isso é o que eu também queria saber, mas
você dormiu antes de me falar.
Senti um alívio tão grande que nem tinha
explicação.
— É só um antigo amor. Está muito longe das
possibilidades de dar certo, o fato é que preciso
esquecê-lo, simples assim.
Lucas encostou-se mais em mim e falou
sedutor:
— Que não seja por falta de companhia, eu
estou livre.
Levantei minha mão e o toquei nos lábios,
lugar onde estava vermelho e roxo.
— Melhor não, Lucas, não quero você
machucado.
— Não custa tentar. — disse e riu voltando a
caminhar.
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— Greg tem certeza que você transou comigo


naquele estado.
— Qualquer um pensaria o mesmo. Antes de
entrar com sua mãe, você disse, algo sobre eu ser
uma delícia e assim deixou em aberto qualquer tipo
de interpretação.
Agora eu conseguia entender toda a raiva do
Greg.
— Não acredito que fiz isso.
Chegamos nas baias e Blue estava toda
amuada. Abri à porta de sua baia e entrei, conferi se
sua cama estava limpa, cheia de feno, água
limpinha nos bebedouros. Tudo do melhor que o
Haras poderia oferecer-lhe.
— Ei, Blue, o que você tem? Como vai você
minha linda? Só vim aqui te ver rapidinho, hoje
acho que não poderemos caminhar juntas.
— Depois das cinco, você faz isso, Greg não
costuma vacinar os animais até muito tarde.
Avisou-me, Lucas.
— Então mais tarde eu volto para te ver, Blue.
Abracei seu pescoço, sai da baia e fui caminhando
no corredor rumo à saída, pois, eu tinha que encarar

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o Greg lá no galpão veterinário.


— E, então, vamos de segunda dose de Celeiro
essa noite?
— Ai Lucas, não me fale naquele lugar, meu
estômago embrulhou.
— E o que vai ser para hoje à noite então?
Vamos assistir séries juntos em casa?
Lucas gargalhou, espontâneo.
— Está brincando, né?
— Por que não?
— Você sentadinho num sofá assistindo
Netflix em plena Sexta?
— Ao seu lado? Topo qualquer coisa.
Eu o encarei séria e lhe disse por fim:
— Lucas, você é um gato gostoso, eu seria
louca de negar isso, mas não estou aberta a novas
aventuras, preciso curar antigas feridas primeiro, e
aí depois a gente deixa rolar.
Lucas assentiu e assim chegamos onde Greg
estava com mais três tratadores que o ajudavam
com os cavalos.
Assim que entramos, Greg chamou Lucas

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dizendo:
— Lucas, leve o rei Arthur para sua baia.
No meio de outros três, Greg fez questão de
pedir aquilo para o Lucas, que sem responder,
pegou o animal e saiu puxando-o, e quando passou
do meu lado, cochichou me surpreendendo:
— Você leva à pipoca. — disse e piscou para
mim, tudo com Greg observando.
Olhei para Greg que não demonstrou nenhum
tipo de reação pelo que Lucas havia falado e os
outros tratadores também estavam levando animais
para às baias, então sozinhos, eu o questionei:
— Bom! Contra o que seu plantel está sendo
vacinado?
Respondeu sem me olhar:
— Contra o tétano, raiva, influenza e serão
vermifugados.
— Posso ajudá-lo?
— Deve. — respondeu-me seco. — Apanhe
uma dose da vacina de raiva no freezer para mim.
Caminhei até o freezer e nele apanhei um dos
frascos de vacinas de raiva como ele havia me
pedido, levei até ele e coloquei em cima da mesa
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onde já estavam todos os outros instrumentos de


vacinação. O galpão veterinário do haras, era
limpíssimo, todo higienizado, Greg era um criador
e um veterinário responsável.
Greg disse a mim, fazendo-se de ocupado e não
me encarando em nenhum momento:
— Por favor, prepare a dose da vacina para o
garanhão.
Sem questioná-lo, coloquei uma luva, peguei
uma embalagem de seringa, abri e encaixei à
agulha, peguei à vacina dentro da frasqueira de
isopor e preparei à dose, exatamente como Greg
havia dito, 2 ml, e fui em direção ao animal que
estava amarrado. Quando me aproximei dele, ele
estranhou minha aproximação, então falei:
— Xiii!!! Ei, garoto, é só uma picadinha.
O animal deu uma refugada e assim, Greg, veio
em minha direção imediatamente e segurou o
animal para que aplicasse à injeção em seu
pescoço. Greg ficou muito próximo a mim e ao
sentir seu cheiro, senti minhas pernas fraquejarem,
eu o amava e ficar tão próxima dele e não poder
tocá-lo era algo que chegava a doer.
— Perfeito! _ Ele disse ainda muito perto de
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mim. O tom de sua voz era um deleite para meus


ouvidos, era grave e firme e eu o desejava e o
queria dentro de mim exatamente como na cozinha.
Arfei de olhos fechados, desejando-o com
fúria, meus sentidos ficaram perdidos e eu não via,
nem ouvia nada ao meu redor e Greg percebeu que
me incomodava e assim afastou-se de mim de
forma cruel, ele estava sendo severo comigo e de
certa forma eu merecia.
— Greg, podemos conversar?
— Não tenho tempo para jogar conversa fora.
— respondeu-me duro.
Greg estava frio comigo, sendo assim não
tentei mais falar com ele. O ajudei com os animais
por toda à tarde e ficar no mesmo espaço que ele
sem beijá-lo, era nada além de torturante. E um
pouquinho depois das cinco, ele deu o dia de
trabalho por encerrado e eu estava exausta.
Quando estava indo embora para casa, depois
de passar novamente na baia de Blue, pois, eu
estava achando ela muito triste, Lucas veio
correndo em minha direção e me perguntou:
— E então gatinha, vamos de séries e pipoca
hoje à noite?
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— Me desculpa, Lucas, estou exausta.


— E vai passar a noite de sábado fazendo o
que? Posso saber?
— Que tal dormindo, e muito?
— Humm, ainda reflexos de ontem?
— Exatamente.
— Tudo bem, Lia, sem problemas, sendo assim
vou para o Celeiro novamente.
— Iria ficar em casa hoje á noite, por mim?
— Sim. — respondeu e piscou para mim.
Greg passou por nós praticamente atropelando-
me como um trator e que homem gostoso
caminhando em minha frente, todo bravinho.
Depois que tomei banho, desci e precisei
encará-lo novamente na mesa de jantar e o clima
em nada havia melhorado, mas pelo menos agora
minha mãe não ficava questionando sobre o que
estava acontecendo, pois, ela já sabia o que estava
acontecendo, pelo menos ela pensava que estava
sabendo.
Às noites no haras não mudaram muito, minha
mãe estava sempre no notebook e Greg sentado na
poltrona em frente à TV, mas não estava assistindo
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nada, estava lendo atento em algum papel e ele


ficava um charme de óculos de grau.

Greg
Eu estava lendo atento à fatura do cartão e vi
quando Lia passou por mim, foi e voltou inquieta
até à porta, deveria estar esperando por Lucas, pois,
haviam combinado algo que envolvia pipoca.
— Greg. — ela chamou minha atenção e
levantei minha cabeça e retirei os óculos para olhá-
la.
Lia olhou-me com à feição preocupada e assim
me indagou:
— É normal Blue está tão triste? Hoje ela
quase não comeu.
— Isso é normal, sim, queira ou não é uma
mudança brusca de ambiente. Fica tranquila, ela vai
se habituar.
Lia assentiu preocupada e foi em direção à
varanda, então falei:
— Está esquecendo à pipoca.
Lia parou onde estava, virou em minha direção
e respondeu:
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— Tem razão, estava me esquecendo.


Foi até à cozinha e estourou um saco de
pipocas, pegou um refrigerante de lata e uma maçã
e saiu pela porta, dizendo:
— Mãe, estou indo assistir filmes com o Lucas.
Não aguentando, levantei-me e fui ver se Lucas
já estava esperando por ela, e assim constatei que
Lucas não estava lá fora e que Lia fez à direção
inversa à casa de Lucas, direcionando-se para as
baias.
Todo o haras era completamente iluminado,
então fui seguindo-a com os olhos e vi que sumiu
ao entrar na área das baias.
Imaginei que deveria ter marcado com o Lucas
nas baias e meu sangue ferveu. Porém, nem valeu o
tempo que perdi me torturando, pois, vi
perfeitamente à hora que Lucas saiu de
caminhonete.
— Amor, vou dar um pulinho nas baias, fiquei
preocupado com à potra da Lia.
— Vai sim amor, aquele animal é muito
importante para ela.
— Não me demoro. — disse e sai de casa.
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Caminhei vestido em um moletom e uma blusa


preta rumo as baias, entrei no pavilhão dos potros
andando manso para não assustar os animais e não
chamar à atenção de Lia, que estava na baia de sua
potra.
A iluminação durante à noite era baixa, não
estava um breu nem tão pouco muito claro. Eu
estava completamente extasiado com Lia que
falava dócil com à potra enquanto a alimentava
com à maçã que trouxera.
— Sabe Blue, nós duas estamos fora do nosso
ambiente, nenhuma de nós pertencemos a esse
lugar, mas você precisa se acostumar.
— E você também. — falei chamando sua
atenção e assustando-a.
— Greg!? — falou surpresa.
Caminhei até à potra a fim de examiná-la e
descobrir se de fato existia algo por que se
preocupar.
Enquanto eu a examinava, indaguei:
— Não quis sair com seu namoradinho?
— Não transei com ele Greg, nem um beijo se
quer.
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Lia confessou a mim, fazendo meu coração


disparar em meu peito e num ímpeto cheio de
paixão e desejo, fui em sua direção, puxei-a para
meus braços e a beijei enlouquecido.

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Capítulo 15

Lia
Não aguentei ver, Greg sofrendo por achar que
eu havia transado com Lucas e confessei a ele à
verdade, dizendo-lhe que eu não havia feito nada
com o Lucas e assim que aquelas palavras
chegaram aos ouvidos dele, Greg se virou
imediatamente para mim, caminhou a passos largos
e decididos e levou suas mãos em meu pescoço e
puxou-me firme para seus lábios. Existia uma
necessidade sofrida naquele beijo eufórico, era
tanta saudade e vontade que fomos nos afastando
até que ele me imprensou na parede da baia.
— Preciso de você. — ele sussurrou em meu
ouvido fazendo todos os pelos do meu corpo se
eriçarem e um calor subir em meu corpo fazendo
minhas pernas tremerem.
— Aqui?! — questionei esbaforida com aquele
beijo que me devorou e me fez esquecer os motivos
que me afastava dele.
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— Tem que ser agora, estou enlouquecido de


saudade, vou te comer aqui mesmo, não me
importo com mais nada. — mordeu o lóbulo de
minha orelha e aquilo fez-me contorcer inteira em
seus braços. Ele desceu com seus lábios beijando-
me no pescoço e chupando-o deliciosamente. Eu
sentia à barba por fazer dele esfregar em mim e isso
só aumentou meu tesão, eu estava completamente
molhada de tanta excitação e desejo de senti-lo se
enfiar novamente em mim. Eu grudei em seus
cabelos e o apertei contra mim, e senti sua ereção
enorme pulsando.
Eu sabia que não deveríamos, mas resistir ao
Greg era algo impossível, estava completamente
entregue em suas mãos e atordoada, quando em
meus ouvidos, ele sussurrou ofegante:
— Diz que é só minha, fala que será só minha.
— respirava forte, parado próximo de minha orelha
e segurando firme em minha nuca esperando a
resposta e sua voz simplesmente me derretia toda.
Puxei sua cabeça em minha direção e o olhei
de forma sedutora, respondi, enquanto segurei no
cós de sua camiseta regata preta e a puxei para
cima, retirando-a de seu corpo.

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— Só sua, sou tua, Greg. — e assim ele voltou


a me devorar com seus lábios quentes e molhados,
sua língua buscava a minha com tanto tesão, tanta
intensidade que simplesmente me deixava mole, eu
queria muito aquele homem, mesmo sabendo que o
preço a ser pago seria caríssimo, mas a
profundidade dos sentimentos envolvidos naquele
beijo, fez-me esquecer de tudo que estava fora
daquela baia, fez-me esquecer o quão tudo aquilo
era errado.
Greg me apertava contra à parede, fazendo-me
sentir sua ereção, esfregando-a em mim cheia de
desejo e aquilo só me fazia querê-lo mais e mais.
Greg estava louco de tesão por mim e aquilo me
deixava nas nuvens, era meu, somente meu, nem
que fosse só por alguns minutos.
— Quero você, sou louca por você. — falei
enquanto me contorcia em seus braços fortes e
sentia seu corpo me apertar, fazendo-me sentir um
misto de sensações, pois, minhas mãos estavam
frias, mas meu corpo estava em chamas por dentro,
exigindo que Greg o possuísse o quanto antes.
Possuía meus lábios em um beijo cheio de
paixão e loucura, então, retirou minha camiseta

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com urgência e desabotoou em seguida meu sutiã e


assim, desceu seus beijos para meu colo e foi
descendo à boca em meus seios que de tão
entumecidos, chegavam a doer ao contato com seus
lábios que os torturavam e mordiscava de uma
forma deliciosa. Ele passava a língua circulando
meus mamilos e os chupava com ardência,
esfregando sua barba rala neles que eram sensíveis
demais e enquanto chupava os meus seios, levou
sua mão para dentro de minha calça, achou minha
vagina e a penetrou com seus dedos ávidos e
rápidos, fazendo-me serpentear neles em busca de
mais profundidade. Meus batimentos cardíacos
estavam descompassados e eu quase podia ouvi-los.
Greg abriu os botões do meu jeans e o tirou de meu
corpo junto com minha calcinha.
Ele voltou seus beijos aos meus lábios e depois
fui beijando seu pescoço e descendo em seu tórax
bem definido e abdômen. Passei minha língua em
seu corpo liso, sentindo seu gosto e os tremores em
minhas mãos que se apoiavam em seu corpo. Greg
tremia de tesão todas às vezes que sentia minha
língua tocar sua pele, então me ajoelhei em cima de
minha camiseta e continuei beijando-o e indo em
direção ao seu umbigo. Assim que cheguei onde
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meus lábios queriam, segurei firme em seu


moletom e o puxei para baixo trazendo com ele a
cueca box do Greg e senti uma pontada de
excitação em minha vagina quando enfim, abri à
porta da baia que prendia o garanhão gostoso dele.
Com as duas mãos segurei em seu pau rígido como
aço, então levei minha boca até ele, primeiro à
ponta da língua, logo em seguida, chupei-o com
vontade. Ah! Que pau gostoso aquele homem tinha,
que forte, que robusto e que cheiro de luxúria ele
exalava. Chupava toda sua extensão e o segurava
em sua circunferência deliciosa. Greg fazia uma
cara de volúpia que me motivava a explorar mais e
mais seu pau, era muita delícia em um único
homem, embora eu não tenha conhecido tantos
homens, Greg era o mais perfeito de todos.
Acariciei a cabeça de seu pau e enfiei minha
língua em seu orifício e aquilo fez Greg tremer e
gemer dizendo:
— Ohhh, porra que tesão, Lia! Quentinha.
Ohhh, ahhh, porra, ohhhhh, ohhh, chupa, chupa. —
exigia com a voz entrecortada de prazer.
Ele levou suas mãos em minha cabeça e passou
a movimentá-la com mais intensidade em direção

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ao seu pau e eu simplesmente amava o sentido


rígido daquela forma dentro da minha boca, aquele
pau era uma delícia.
Chupei-o por alguns minutos, com Greg
gemendo de olhos fechados. Blue, estava ali ao
lado assistindo tudo e assim, Greg tirou seu pau da
minha boca e abaixou-se em minha direção. Pegou
nossas peças de roupas e forrou o chão em cima do
feno e me colocou de quatro, ele estava inebriado
de prazer e iria me comer de quatro logo de cara.
Senti suas mãos quentes em minhas costas,
direcionando meu corpo para baixo a fim de que
minha bunda ficasse ainda mais empinada e quando
pensei que sentiria ele me penetrando, senti o
úmido de seus lábios chupando minha vagina.
Sua língua me devorava enquanto sua barba
esfregava em mim e me enlouquecia mais ainda.
Me chupava, me lambia e fazia movimentos com a
língua que parecia que iria me fazer explodir de
tanto tesão.

Greg
Coloquei Lia de quatro e queria fazê-la sentir o
mesmo prazer que ela havia me dado, abaixei o
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tronco de seu corpo, e porra que visão eu tive


daquela mulher. Sua vagina apontada para mim, era
toda rosinha e delicada, não aguentei e a lambi
deixando-a toda molhadinha só para mim, eu a
penetrava com à língua e sentia o gosto de seu
líquido lubrificante em meus lábios. Lia gemia e
agarrava no feno com as duas mãos contorcendo-se
toda de prazer. Eu a chupava toda e explorava seu
clítoris gostoso com maestria, ele estava bem
durinho e quando dei uma mordidinha, Lia, gemeu
alto com seu corpo tremendo todo, e eu sabia que
ela estava gozando naquele momento.
— Ohhhhh, a a a a a ahhh, Greg, Greeegggg!
Que garanhão mais gostoso!
— Ele estava louco para te montar minha
potranquinha, louco. Goza para ele, goza, goza
minha delícia.
Eu queria me enfiar todo nela, e aquela posição
dela só me enlouquecia, então, quando fui me
ajeitar para penetrá-la, Lia disse:
— Greg, não temos camisinha, e agora?
— Eu não tenho doença e você? — questionei-
a.
— Também não tenho, mas posso engravidar.
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— Confia em mim, Lia.


Terminei de falar e mirei meu pau naquela
vagina vermelhinha e quente que chamava por
mim.
— Vou montar em você e te mostrar o que uma
égua sente ao ser montada por um garanhão.
Falei e passei a penetrá-la com cuidado, já que
Lia era toda delicada e eu não queria machucá-la.
Fui entrando nela devagar, e aquele calor
queimando meu pau era delicioso. Aquela posição
era ingrata demais, ela me deixava louco de tesão e
assim enfiei-me nela até o talo e quando senti que
Lia gemeu baixinho, joguei meu corpo sobre ela e a
montei de jeito, e segurando seus seios por baixo,
passei a dar leves estocadas e a remexer meu
quadril, me enfiando gostoso nela, que gemia
sufocada a cada fincada minha.
— Meu garanhão gostoso! — ela disse me
provocando e assim, com fome e desejo passei a
comê-la com força e com vontade.
Pof pof pof pof pof pof
Eu a penetrava forte e Lia não parava de gemer
com meu pau devorando-a.

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Quando mais eu bombava nela, mais ela


grudava no feno, e assim metia nela e urrava
gostoso, tal como um garanhão em cima de uma
égua.
— Oh! Oh! Lia, Lia!
Virei Lia em minha direção e deite-a
lentamente, com cuidado em cima das nossas peças
de roupas, sobre a cama macia de feno. Eu queria
olhar em seus olhos, queria sentir sua boca, e dessa
forma fui subindo sobre ela até que a encarei e
encontrei seus olhos. Ela estendeu suas mãos e
segurou nos lados do meu rosto e disse, me
quebrando no meio e destruindo minhas emoções.
— Amo você, Greg.
Meu coração descompassou e senti-me
responsável por um sentimento tão puro, busquei
seus lábios e passei a beijá-la com carinho, e com
meu pau latejando, enfiei-me novamente dentro
dela, enquanto nossas línguas se exploravam e se
acariciavam entorpecidas de prazer. Segurei suas
pernas com minhas mãos e passei estocá-la com
movimentos sincronizados e ritmados, eu a comia
gostoso em um movimento de vai e vem que a
deixava enlouquecida, pois, o estímulo em seu
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clítoris era muito maior, Lia gemia em meu ouvido


com sua voz aveludada e aquilo me levava ao
êxtase. Lia era diferente de todas as mulheres que
já havia tido na vida, inclusive de Sandra.
— Ohhhh, ohhh meu garanhão, ohhhh, ohhh
Greg, que delicia, mete forte em mim, me cobre
toda com seu corpo.
Eu estocava, estocava, metia e metia, sem
perder a velocidade gostosa que eu vinha impondo
em cada fincada que eu dava entre as pernas dela,
naquela boceta molhada e encharcada. Pof pof pof
pof, metia e meu suor escorria em meu corpo e eu
só queria comê-la e levá-la ao êxtase de seu prazer
novamente. Estocava com velocidade e intensidade
a ponto de sentir meu pau cutucando-a fundo, e
dessa forma, Lia arranhava-me todo nas costas,
louca de prazer. Seus gemidos no pé do meu
ouvido me enlouqueciam e eu tinha que me manter
lúcido para que ela gozasse novamente, mas dessa
vez queria sentir o líquido de seu prazer lambuzar
meu pau, então continuei metendo forte e decidido,
sentindo sua vagina queimar ao contato de minha
pele. Meti, meti, bombei, bombei, bombei gostoso
e a observava de olhos fechados, uma delícia de

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mulher em meus braços. Novamente eu a beijei,


sem quebrar o ritmo de minhas estocadas.

Lia
Greg passou a estocar-me com força e
velocidade, o atrito de nossos corpos suados e do
seu pau friccionando em meu clitóris, estava
torturante. Ele metia, metia, metia e quando dava
aquelas paradas para se afundar ainda mais em
mim, eu simplesmente delirava, fui perdendo meus
sentidos, seus movimentos passaram a ficar em
câmera lenta para mim, e assim minha boca se
encheu de água de tanto tesão pela antecipação do
orgasmo e com algumas estocadas a mais, eu estava
tremendo, sendo inundada por espasmos que
percorriam todo meu corpo deixando-me
entorpecida de prazer.
Comigo toda mole embaixo dele, Greg saiu de
cima de mim e se ajeitou em minhas costas
colocando-me de lado, ergueu meu braço e segurou
firme em minha cintura e voltou a me penetrar
enquanto me beijava devagar, passando sua língua
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em minha boca de forma insinuante e deliciosa,


mordeu meu lábio inferior e falou:
— Gostosa!
Ele ergueu uma de minhas pernas e voltou a
me estocar, começou devagar, enfiando gostoso em
mim, movimentando seu quadril e batendo em
minhas nádegas com seu corpo enquanto seu pau
me devorava exigente.

Greg
Lia gozou gostoso no meu pau e o deixou todo
lubrificado com seu gozo, então virei-a de lado,
ergui sua perna esquerda e passei a enfiar-me nela
novamente, enquanto buscava seus lábios e seus
olhos acinzentados. Eu a comi naquela posição que
eu simplesmente amava, pois, tinha contato com
seus olhos e com seus lábios. Passei a buscar o meu
orgasmo enlouquecido, eu estava extasiado
sentindo o cheiro dos cabelos dela, e assim abaixei
sua perna e passei a meter com velocidade e
entusiasmo. Bombava, bombava, metia, metia com
força de olhos fechados me concentrando em enfiar
meu pau que estava pegando fogo, parecia uma
tocha acessa, pof pof pof pof pof pof estocava nela
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sem dó, que gemia gostoso para mim.


— Oh, oh, oh, oh. Greg!
Meti nela e a comi até perceber que eu estava
prestes a perder a consciência de tanto prazer, e
quando ela falou:
— Gooza, goza, Greg, gooza para sua potrinha.
— Meti com mais vontade, queria ela satisfeita,
então quando senti que estava perto, falei a ela:
— Olha nos meus olhos, olha para mim, —
exigi, querendo ver o brilho e o desejo naqueles
olhos lindos, e assim que senti meu orgasmo
estourando, retirei-me dela urrando:
— Ohhhhhhhhhh, ohhhhhhhhhhh, ahhhhh,
porra, porra Lia, ohhhhhhhhhhhhhhhh, ohhhhhh.
— gemi alto enquanto os jatos do meu esperma
jorravam sobre o feno.
Gozei e ainda mole de prazer falei:
— Você me enlouquece, Lia. O que vou fazer
com você minha potrinha? O que vamos fazer com
essa paixão?
Lia e eu ficamos ali, deitados e abraçados por
alguns minutos, então levantei e me troquei, em
seguida recolhi as peças de roupa da Lia e as abanei
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para retirar todo o feno que havia grudado nelas,


entreguei a ela para que se vestisse.
Eu a abracei forte e a mantive encostada em
meu peito segurando firme sua cabeça e falei:
— Vou encontrar um jeito de resolver nossas
vidas. Não consigo mais me imaginar longe de
você e nem continuar enganando sua mãe. Estou
apaixonado por você e isso logo vai ser visível em
meus olhos.
— Não quero pensar em nada disso, amor, por
favor, me deixe continuar sonhando que você é só
meu.
— Eu deixo. — beijei em seus lábios com
carinho e disse-lhe em despedida:
— Preciso voltar para casa antes que Sandra de
minha saída por longa demais.
Grudei novamente em seu rosto e deu-lhe um
beijo estralado e demorado.
— Vai, vai sim meu amor, vou logo em
seguida. — Lia respondeu.
Assim, voltei para casa sem ela que ficaria
mais um pouco com à potra e depois entraria para
não levantar suspeitas.
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Sandra dormia quando entrei no quarto, todo


suado e feliz.

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Capítulo 16

Lia
Greg se foi e eu fiquei mais alguns minutos
conversando com Blue, depois voltei para casa,
caminhando pelo gramado com um sorriso fácil no
rosto. À noite estava fria e um nevoeiro pairava
sobre o haras, mantendo assim à lua em oculto,
justo aquela noite em que tudo que ansiava era
contemplá-la. Entrei em casa e fui até à cozinha
tomar um copo de água e nem sinal mais do Greg.
Subi as escadas rumo aos quartos, carregando
minha água e antes de virar para o corredor que me
levaria ao meu quarto, Greg estava parado na porta
de seu quarto de braços cruzados, então piscou para
mim, derretendo-me toda.
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Na cama eu não conseguia pegar no sono e


nem tão pouco tirar o sorriso bobo do rosto, eu
ficava repassando na minha mente, cada gemido de
prazer dele, cada toque de suas mãos e cada gosto
do seu corpo. Eu o amava e agora mais que nunca
sabia que ele me deseja com força. A confirmação
do seu ciúme só me encheu de certezas.
Na manhã seguinte pulei cedo da cama e para
minha surpresa, minha mãe também já estava
acordada e sentada na mesa juntamente com Greg,
que tomava seu café. Olhou-me de soslaio e sorriu
discretamente, e que sorriso mais lindo, que
vontade de abraçá-lo e beijá-lo.
— Oi Aninha, estou faminta essa manhã. O
que temos de bom hoje para o café? — perguntei à
Ana sem conseguir disfarçar minha felicidade.
— Menina Lia, acordou de bom humor hoje,
fico feliz. — disse-me, Ana.
— Sim. — respondeu minha mãe. — parece
que à noite rendeu né, filha? Está com um brilho
diferente no olhar.
Minha mãe imaginando que o brilho do meu
olhar era por Lucas.
— O amor faz dessas coisas, mãe.
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— Nossa, você acabou de chegar e já está


amando? Não é muito cedo para isso? —
questionou ela.
— Isso é um amor antigo, mãe. Coisa minha.
— respondi sem pensar que aquela resposta poderia
piorar as coisas.
Peguei uma xícara e quando colocava o leite,
olhei para Greg de relance e ele ameaçou um
sorriso, e juro que aquele quase sorriso seguido da
piscada gostosa que deu para mim, fizeram meu
ventre se remexer todo.
Greg se levantou da mesa e quando ia saindo
da cozinha, minha mãe falou com ele:
— Greg, pode pedir ao Lucas para vir falar
comigo, preciso que ele busque algumas coisas na
cidade para mim.
— Você não pode fazer isso, você mesma?
Lucas estará na lida o dia todo, esqueceu que
estamos na semana de vacinação?
— E quanto à Picape para Lia? — ela
questionou em seguida.
— Este também é um assunto que pode
esperar. Lia pode usar a minha, a sua e qualquer

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outra caminhonete aqui do haras, enquanto não


compramos a dela.
Minha mãe não gostou de nenhuma das
respostas do Greg e então colocou sua xícara na
mesa e se levantou bufando. Algo a estava
incomodando.
Levantei-me da mesa e falei:
— Greg, espere, vou com você.
Ele se virou em minha direção e respondeu-me:
— Nada disso, tome seu café direito, à manhã
será pesada e a menos que traga uma fruta para se
alimentar, só comerá novamente no almoço. —
continuou caminhando rumo à saída, dessa forma
corri, peguei três maçãs e uma banana e coloquei
em uma cesta e saí atrás dele.
— Onde vai com tudo isso, chapeuzinho
vermelho? — ele caminhava a passos largos com as
mãos enfiadas em seu bolso.
— Uma para Blue, uma para mim e uma para
você.
— Pegou uma maçã para mim? — sorriu
balançando a cabeça.
— Sim, vou cuidar de você da forma que
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posso.
Greg deu uma trombada de ombro em mim e
disse brincando:
— Cuida de mim de outro jeito. — respondeu
com um tom de voz insinuante.
— Cuidarei, pode deixar.
A névoa ainda pairava sobre o haras, o cheiro
de orvalho da Serra recendia por todos os cantos e
eu simplesmente amava estar onde e com quem eu
estava. Só não entendia porque Greg tinha que
começar a trabalhar tão cedo, enfim, se eu iria
trabalhar mesmo com ele, precisaria entrar em seu
ritmo.
Durante à manhã fiquei o tempo todo ao lado
de Greg ajudando-o com as vacinas. Lucas tentou
puxar papo comigo por duas vezes e em todas elas,
não obteve sucesso, pois, Greg sempre entrava no
meio da conversa não deixando nenhum dos
assuntos renderem.
Na parte da tarde, era quase três horas quando
Greg me chamou, na frente de todos:
— Lia, vamos dar um pulo na maternidade,
quero que veja algo.

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Então Lucas perguntou:


— Greg, enquanto vocês vão até lá, podemos ir
tomar um café? Estou azul de fome.
Greg se virou para Lucas, com cara de
pouquíssimos amigos e respondeu curto e grosso:
— Meia hora!
Caminhamos juntos rumo ao pavilhão de
maternidade, logo que chegamos, Greg guiou-me
até uma das baias e quando olhei lá dentro, tinha
uma égua e um potrinho, e assim que bati meus
olhos, eu o reconheci, era o potrinho que ajudei vir
ao mundo e ele já estava até mais gordinho.
— Ei pequenino, como você cresceu. — na
verdade, ele não tinha crescido nada.
— Eu precisava examiná-lo, por isso te trouxe
aqui.
— Tem algo errado com ele? — questionei
assustada.
— Não, com ele não, mas comigo, tem.
— Com você? — levantei a sobrancelha
assustada.
— Sim, estou louco de vontade de você, é
insuportável ficar do seu lado e não te tocar, não
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poder te beijar.
Greg veio até mim, enlaçou-me pela cintura e
beijou-me ali mesmo, sem se preocupar se
estávamos sendo observados. Greg estava louco.
— Para com isso, Greg! Alguém pode nos ver.
— E daí? Vão ver um homem e uma mulher,
apaixonados.
Voltou a me beijar e conforme nossas línguas
iam se acariciando, e a intensidade do nosso beijo
aumentando, senti a ereção dele crescer
vertiginosamente e cutucar-me.
— Gregggg! Não podemos.
— Não?
— Nãoooo. — respondi e o afastei de mim.
— Mas eu estou querendo você o dia todo, não
aguento esse seu cheiro me provocando, será que
pode por gentileza não vir trabalhar tão gostosa e
tão cheirosa?
Me virei em direção ao potrinho e Greg me
abraçou por trás pela cintura e fez-me sentir ainda
mais seu pau duro e gostoso em mim.
— Lia, só uma rapidinha, hein? — mordeu
meu pescoço e o beijou em seguida puxando-me
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em sua direção.
Fiquei toda mole com a pegada forte dele e
quando ia me rendendo, ouvimos barulho no
pavilhão e antes de me soltar, Greg disse em meu
ouvido:
—Hoje à noite depois que sua mãe dormir. Me
espere em seu quarto.
— No meu quarto não, Greg, está maluco?!
— Vou pensar em algo. — deu-me um último
selinho e mordeu meu lábio inferior.
Seu Luiz, o pai do Lucas é quem se aproximou
e questionou-o:
— Greg, algum problema com o potro?
— Não, Luiz, está tudo certo com ele, graças à
madrinha dele, ele está perfeito.

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Capítulo 17

Lucas
Olhei em meu celular enquanto ia tomar café
em casa e nele tinha umas dez mensagens de
Sandra, ela estava uma pilha de nervos e queria
falar comigo com urgência, então ao invés de ir
para casa, fui até à casa grande.
Ao me aproximar, vi que ela estava subindo em
sua Picape, então apressei os passos para alcançá-la
e antes que ela fechasse a porta, eu já estava parado
em sua frente.
— Até que enfim, Lucas. Não está tendo tempo
nem para me responder, é isso?
— É isso, o dia está corrido, você conhece seu
marido, não tive tempo nem de tirar o celular do
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bolso. Onde está indo, posso saber?


— Na farmácia. — respondeu-me com um tom
de voz preocupado.
—Está doente? — questionei-a assustado.
— Não, Lucas, é uma dor de cabeça e estou
sem remédio.
Ela suspirou alto, estava linda como sempre
com aqueles olhos que me convidava à luxúria e o
perfume dela que eu amava.
— Preciso falar com você, onde está Greg? —
indagou-me.
— Na maternidade com a Lia, foram examinar
o potro que ela ajudou nascer.
— Ótimo, estarei te esperando no mesmo
lugar.
— Eu só tenho meia hora, Sandra.
— É o suficiente para à conversa que preciso
ter com você.
Ela ligou sua Picape e saiu, virei-me para o
rumo de minha casa e dei um pique correndo, assim
que cheguei já montei urgente na minha
caminhonete e a segui.
Sandra saiu da estrada e foi rumo a uma velha e
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gigantesca araucária onde nos encontrávamos as


vezes, era fora de mão e quase nunca ninguém
passava por lá. Parei, desci e fui em direção a ela
todo apetitoso, Sandra despertava em mim algo que
nenhuma outra mulher conseguia. Abracei-a pela
cintura e falei puxando-a para mim.
— Saudade de você meu amor, desse cheiro.
— antes de conseguir beijá-la ela me empurrou
com força.
— Ei, o que está havendo com você?
— Você ainda pergunta, Lucas?
— Não estou te entendendo. — balancei a
cabeça em negativo completamente sem entender
nada.
— Transou com a Lia ontem à noite e agora
está aqui querendo transar comigo também. —
disse encarando-me com um ódio faiscando em
seus olhos.
— O que? Está maluca, do que está falando,
Sandra?
— Lia está faceira hoje, mal conseguiu
disfarçar que havia transado com você.
— Me desculpa, Sandra, mas saí ontem à noite
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sim, só que não foi com a Lia. Se quer saber se eu


transei com alguém ontem, te digo que transei sim,
transei gostoso com uma morena de seios fartos
que nem sei o nome. — Sandra virou um tapa na
minha cara quando confessei isso a ela. — Quer
saber o porquê? Por que nomes não me interessam,
só me interessa estar enterrado dentro de um rabo
gostoso qualquer imaginando que é você, por que é
você que eu amo e que preciso esquecer de uma
vez por todas.
— Lucas, eu… — veio em minha direção
arrependida, enquanto minha cara ainda ardia e
uma fúria me preenchia.
— Não, agora você vai me ouvir, certo? Se
alguém comeu a sua filha ontem à noite, esse
alguém não fui eu, e te digo mais, se Lia me fizesse
esquecê-la, eu até me casaria com ela. Eu faço
qualquer coisa para esquecer de você, Sandra,
porque não é fácil ser louco por uma mulher que
nunca vai ser sua de verdade, já que eu sou só um
peão de merda.
— Lucas… — tentou se aproximar de mim e
eu a afastei com a mão.
— Amo você, Sandra, desde quando descobri
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que do meu pau saia um liquido branco depois que


eu ficava acariciando ele louco de tesão pensando
na mulher do patrão do meu pai. Eu saio por aí
transando com tudo que é gostosa mesmo, um dia
uma delas me fará esquecer de você, sabe por quê?
Por que eu mereço ter uma esposa que vai
conseguir viver com o que ganho lá no haras e tudo
porque eu era fissurado em você e nem cogitava
sair de lá para estudar.
— Eu sinto muito, Lucas.
— Não sinta, só comece a me deixar em paz.
Greg é a estabilidade que você precisa, então cuide
do seu casamento e me deixe em paz.
— Está terminando comigo, Lucas? — fez cara
de espanto, pois, depois de anos vivendo esse
relacionamento sem futuro, eu estava decidido.
Sandra veio em minha direção e me beijou de
forma abrupta, meu sangue fervia quando aquela
mulher me tocava, não existia no mundo uma
mulher sequer que me fizesse sentir o mesmo.
Minhas mãos suavam, meu coração descompassou,
e embora, tudo isso me deixasse excitado, eu sentia
uma calmaria no peito, uma sensação de hoje ela
está aqui comigo, que me fazia feliz, mesmo que
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momentaneamente. Eu não sabia o que eu


significava para ela, se era só um parquinho de
diversão, mas sabia o que ela significava para mim,
e embora existisse muito tesão circulando entre
nós, eu a queria para ser mãe dos meus filhos.
Quando ela me tocou, todas as palavras caiam
por terra, toda raiva, toda angústia de ter que ficar
esperando o momento certo para estar com ela,
mendigando sua atenção e seus carinhos.
Segurei firme em seu rosto e a beijei com
muita intensidade, pois, naquele momento eu só
pensava com o pau que estava no meio das minhas
pernas latejando. Sandra tinha fome de mim, tinha
um desejo quase que insuportável, e o ciúmes dela
afagou meu ego. Nossas línguas se conheciam há
anos e serpenteavam uma ao encontro da outra
numa ânsia frenética por prazer.
— Você me faz perder a cabeça, Lucas, não
posso te perder. — disse e foi arrancando minha
camiseta de meu corpo num ímpeto violento, meu
pau pulsava dentro da calça apertada e tudo que eu
havia dito ficou no esquecimento. Eu a queria como
nunca deixei de querer.
Peguei-a pelas mãos e a enfiei no banco de trás
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da minha caminhonete, que tinha os vidros escuros,


liguei à caminhonete e me enfiei ainda mais no
meio da mata como eu sempre fazia, camuflando-
nos. Desci e fiz o mesmo com a Picape dela. Greg
iria me despedir se me pegasse comendo ela, mas
eu não conseguia controlar o desejo que eu tinha
por Sandra, eu a amava enlouquecidamente. Voltei
para minha caminhonete, entrei onde Sandra me
esperava só de calcinha e sutiã, ela também me
amava, mas preferia à segurança com Greg. Tirei a
bota do meu pé, e retirei a calça e a cueca, meu pau
já estava a ponto de bala, queimava de tanto tesão.
Sandra me encarou safada e se abaixou vindo com
sua boca diretamente no meu pau, segurou-o sem
tirar seus olhos dos meus e assim desceu sua boca
molhadinha até ele e passou a chupá-lo gulosa, e
como chupava um pau gostoso aquela mulher,
descia e subia toda a extensão dele e fazia
movimentos com a mão, eu tinha espasmos que
faziam meu abdômen tremer, tamanho era o prazer
que aquela boca me dava. Segurei em sua cabeça, e
sem forçar acompanhava o movimento. Era
simplesmente tentador vê-la ali naquela posição
devorando meu pau viril com a boca sensual que
ela tinha.
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Explodindo de tanto tesão, agarrei Sandra e a


trouxe para cima de mim, fazendo-a montar e sentir
meu pau, sentir o que ela despertava em mim.
Beija-a com desejo, com tesão. O cheiro dela, o
gosto daquela boca macia e proibida, simplesmente
me levava ao inferno sem passagem de volta.
Desabotoei seu sutiã e seus seios firmes saltaram
diretamente na minha boca, e assim passei a chupá-
los segurando firme com as mãos. Contornava-os
com a língua e os chupava gostoso.
— Ohh! Lucas, você ainda vai me arruinar.
Enquanto a beijava ávido de desejo, explorava
seus seios e seu clitóris com meus dedos, eu amava
sentir à umidade e o calor que inundava sua vagina.
Com minhas mãos, grudei em sua calcinha e fui
levando-a para baixo, Sandra saiu de cima de mim
e a tirou ela mesma, encarando-me com cara de
safada gostosa e sedenta. Peguei no bolso de minha
calça à carteira, e de lá retirei um preservativo e
encapei meu pau, dizendo e apontando ele feito
uma tora para ela:
— Vem, amor, vem subir na sua sela, vem
galopar nela vem!
Então voltou a montar em mim, e dessa vez
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encaixando-se no meu pau, segurando em meus


ombros e deslizando nele gostoso fazendo-me
gemer:
— Ohh! Porra! Que delicia, Sandra.
Com suas pernas e coxas presas em minha
cintura, segurei firme em suas costas e a fiz descer
e subir no meu pau e com seus seios ali ao alcance
de minha boca eu a chupei e ela adorava aquilo,
jogava a cabeça para trás de prazer e me segurava
com força no pescoço fazendo força e galopando
cada vez mais exigente no meu pau.
E cada vez que ela subia e descia, mais sua
boceta encharcava e nossos corpos suados só
queriam um ao outro, nossas mentes só se
desejavam. Era muita fome, muita volúpia em meio
a nossos gemidos desenfreados. Eu a possuía
sentada em meu pau, e ali ela era só minha, eu
explodia de prazer escutando o atrito de nossos
corpos. Pof pof pof pof pof.
Ela galopava gulosa, engolindo inteira meu
pau, e quando rebolava nele, enfiado até o talo nela,
ambos gemíamos juntos.
— Oh, oh, oh, oh, oh, oh ...
Sai dela e a virei de quatro e voltei a penetrá-la
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com força, cada estocada um gemido dela, eu


bombava, bombava, segurando em seus cabelos
loiros e metia gostoso e fundo nela.
Urrei quando a estoquei virada de quatro para
mim como uma matriz que recebe seu garanhão
depois de um longo cortejo.
— Ohhhhhhhhhhh! Gostosa!
Metia com velocidade e volúpia naquela boceta
quente e apertava firme em suas nádegas, eu a
estocava e me esquecia do mundo lá fora, e de
quem Sandra era. Bombava, bombava, bombava e a
penetrava fundo e intenso. O calor e o cheiro do
nosso coito se espalhavam e deixava-me mais
excitado ainda. Eu não era mais o potrinho dela,
agora eu era seu garanhão e iria cobrar o preço por
aquela cobertura tão bem-feita. Grudei em seus
cabelos e continue penetrando-a com força e sentia
em minhas mãos quando seu corpo procurava
minhas estocadas com altivez, assim passou a ficar
mole, e quando percebi que Sandra explodiria,
aumentei o ritmo e ela gemeu alto, gozando no meu
pau:
— Lucaaasss, Ohhh Lucas, ahhhhhhh, vai mete
mais forte, mete, mete, estou gozando. Ohhhhhh,
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ahhhhh, a a a a a a a a ahhhhhh! — ficou mole em


minhas mãos e eu passei a buscar o meu orgasmo,
continuei metendo nele de forma ritmada sentindo
o líquido do gozo dela melar meu pau e lubrificar
ainda mais.
Naquele calor das emoções, enlouquecida de
prazer Sandra disse-me:
— Goza pra mim, gozaaaa, quero sentir o calor
do seu sêmen na minha pele — eu fazia tudo que
aquela mulher me pedia, e dessa forma fui
deixando o atrito do meu pau, bater naquela bunda,
e aquela barulho foi me excitando, excitando, me
enlouquecendo, então fechei meus olhos e estoquei,
estoquei, bombei e uma onda de prazer me tirou do
ar por alguns segundos, um nirvana alucinante que
fez minha boca se encher de água, então urrei alto:
— Ohhhhhhhhhh, ohhhhhh, porra, ohhhhhhhh,
delícia!
Comecei a perder todos os meus sentidos,
retirei meu pau de dentro dela, puxei a camisinha e
alisei meu pau em sua direção, e aquilo fez-me
explodir e gozar ejaculando em cima das costas
dela, sem nenhuma culpa ou medo. Ela era minha,
só minha, e eu estava decidido que lutaria por ela.
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— Ohhhh, ohhhh, ahhh, ohhhhhhhhhh, —


gemí alto despejando as últimas gotas do meu amor
em cima dela.
— Ohh! Lucas, que delicia meu amor, isso,
gozaa em mim.
Antes que meu esperma escorresse e sujasse o
banco, peguei minha camiseta e a limpei,
esfregando-a com carinho. Em seguida, sentei no
banco e a puxei trazendo-a de volta para mim,
fazendo-a se sentar e enganchar novamente em
minha cintura, e ali, ficamos abraçados sentindo o
calor do corpo um do outro, sem falar nenhuma
palavra.
Passados alguns minutos, quando cai em si,
lembrei-me que Greg havia me dado apenas meia
hora e já havia se passado uma hora.
— Amor, Greg vai me esfolar vivo, preciso
voltar.
— Vai, e perdoe o meu ciúme, eu fico louca
quando te vejo perto da Lia.
Dei alguns beijos nela e fui vestindo-me
apressado e enquanto me vestia ela disse:
— Tente descobrir quem está deixando Lia tão

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feliz.
— Ok! Preciso ir.
— Beijo, meu amor, agora vou à farmácia.
Sandra se vestiu e saiu da minha caminhonete,
entrou na dela e saiu.

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Capítulo 18

Lia
Minha mãe estava muita estranha durante o
jantar e Greg quase não conseguia disfarçar e me
olhava com um brilho nos olhos que qualquer um
que parasse um pouco para reparar nele iria
conseguir perceber.
Depois do jantar, Greg foi para a frente da Tv
na sala, minha mãe sentou no sofá e pegou seu
notebook e eu saí na varanda, era sábado e eu não
tinha nenhuma vontade de sair com Lucas nem com
ninguém.
Fiquei observando por um bom tempo à lua,
que estava gigantesca.

Greg
Lia estava na varanda e só o que eu queria era
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ir lá para fora ficar com ela, queria poder ter a


liberdade de abraçá-la pelas costas e ficar em
silêncio com ela curtindo o cheiro da noite e os
barulhos do anoitecer.
Eu estava distraído quando Sandra veio até
mim, tirou o celular da minha mão, subiu no meu
colo e disse:
— Amor, vamos subir? Estou louca de desejo
por você.
— Sandra, pare com isso, Lia pode entrar a
qualquer momento.
— Greg, a Lia não é nenhuma criança.
Sandra passou a me beijar de forma eufórica e
tudo que eu queria era empurrá-la e acabar logo
com toda aquela situação insuportável. Seu cheiro
não me agradava mais e nem tão pouco seu gosto.

Lia
Quando resolvi voltar para subir para meu
quarto, minha mãe estava engatada em cima do
colo do Greg, beijando-o, e assim passei por eles e
subi às escadas.
De todas às noites desde que voltei, essa foi a
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pior, chorei à noite toda, não por tê-los escutado


transando novamente, pois, minha mãe gemeu a
uma altura como nunca havia feito antes e eu não
podia culpar o Greg por isso; mas chorava por toda
a situação em que fui me meter. Gostando ou não,
ele era marido de minha mãe e alguém nessa
história iria se ferir. Fui egoísta ao pensar só em
mim e agora vou ter que colher os frutos que eu
mesma plantei.
Na manhã seguinte, levantei-me e fui tomar
meu café na cozinha sozinha, havia um silêncio no
haras que me fez lembrar do detalhe de ser
Domingo, e assim o dia de folga da maioria dos
tratadores e peões que trabalham com Greg. Sai na
varanda e uma névoa densa cobria toda a Serra, e
assim mesmo fui caminhando até às baias.
— Sua potra já está no pasto, Lia. — disse o
senhor Luiz, pai do Lucas. — no cercado dos
potros.
— Soltou toda a tropa, sozinho? — questionei-
o.
— Não, Lucas e mais dois estiveram aqui e me
ajudaram. O patrão também, ele é sempre o
primeiro que chega aqui aos Domingos.
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— Hoje é dia de folga do Lucas?


— Sim, do Lucas e de todos os outros, fim da
tarde eles me ajudam a fechar os animais
novamente. Greg não gosta de vê-los presos e nem
soltos durante à noite.
— O que dá um trabalho danado né? —
observei questionando.
— Ah isso é! Blue está no primeiro cercado,
junto com os potros. — disse e foi se afastando.
Comecei a caminhar para onde ele apontou
com a mão, e ao chegar lá, tive a melhor de todas
as surpresas, Blue corria de um lado a outro toda
feliz com os outros potros da mesma faixa etária de
idade. Subi na cerca e fiquei sentada lá assistindo
ela se sentir livre e feliz. Saber que ela estava se
adaptando me fez ganhar o dia.
Estava distraída quando alguém começou a
escalar a cerca de madeira onde eu estava sentada,
era o Greg, e se sentou do meu lado.
— Bom dia minha linda, o que faz aqui tão
cedo num domingo?
— Acordei e não consegui mais dormir.
— Lia, sobre ontem à noite.
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— Por favor, Greg, não quero falar sobre


ontem.
— Eu mal consegui olhar nos olhos da Sandra,
isso não pode continuar.
— Vocês são marido e mulher, é natural que
façam sexo.
— Eu não tive como fugir dela, não tinha como
negar transar com ela, entende?
— Eu entendo você, e até concordo, fomos
longe demais com tudo isso, nunca vou me perdoar.
— Vou me separar da Sandra. — esclareceu.
— O que foi que disse? — encarei-o atônita.
— É isso que você ouviu, Sandra e eu já não
temos mais química há tempos.
— Não, não, não! — pulei da cerca em pânico.
— Greg ela vai sofrer, não vou saber lidar com
isso, é a minha mãe.
— E o quer então? Que eu fique com mãe e
filha como um garanhão e seu harém? — vociferou.
— Ai meu Deus! Greg, isso é culpa minha,
minhaaa! — entrei em desespero.
— Não posso continuar com isso, sei que tudo
aconteceu muito rápido entre nós, mas não imagino
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viver mais nenhum dia sem você. Eu estou


perdidamente apaixonado — abraçou-me e segurou
firme em minha cabeça e me colocou em seu peito
e seu coração batia feito louco.
— E o que vai fazer? — afastei-me dele. —
Vai se separar dela para ficar comigo? Isso é
horrível. Ela nunca vai me perdoar. Greg, eu
imploro, não faça isso hoje, certo? Vamos deixar as
coisas como estão, por enquanto.
— É o risco que teremos que correr.
— Não posso aceitar isso. — falei nervosa.
— Acha isso certo? Acha que continuar
enganando à Sandra é a melhor solução?
Greg suspirou alto, virou-se de costas cruzou
os braços e ficou ponderando sobre o meu pedido.
— Não, mas podemos pensar melhor em tudo
isso. Talvez você descubra que é só uma paixão
boba o que sente por mim e que vai passar. —
respondi.
Greg se virou rápido em minha direção e
imprudente me beijou nervoso dizendo enquanto
me beijava:
— Não vai passar, não vai, eu sei que não.
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Suas mãos estavam frias e seu beijo um deleite


e um convite provocante ao sexo, Greg passou um
de seus braços em minha cintura e aproximou-me
de seu corpo me puxando contra ele, e assim
sussurrou em meu ouvido:
— Esse tesão nunca vai passar, ninguém
acorda meu garanhão desse jeito como você faz.
Greg me puxou mais para seu corpo e esfregou
sua ereção viril em mim. Beijou-me com desespero,
com um sentimento verdadeiro.
— Para com isso, você está maluco?
— Estou! Você me deixa assim. Era para ser
com você ontem à noite, lembra? E não com ela.
Estávamos do lado de dentro do pasto, e senti
quando uma boca enorme fuçou no bolso do meu
casaco, era Blue tentando pegar a maçã que eu
havia levado para dar a ela. Comecei a rir e Greg
perguntou:
— Do que está rindo? Nunca viu um homem
de pau duro louco de desejo por você?
— Olhe quem está aqui, temos companhia.
Greg me soltou e riu vendo Blue comendo a
maçã.
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— Está acostumando mal essa potra. Vem


comigo, vem? Vem potrinha, vem? — chamou-me,
puxando minhas mãos.
— Não, você está maluco?
— Estou de pau duro, temos que resolver isso.
Greg pulou a cerca e estendeu seus braços e
intimou:
— Vem logo!
Pulei a cerca e caminhamos juntos, mas
separados, seguindo para o galpão veterinário.
— Não tem ninguém por aqui domingo de
manhã. — disse ele puxando-me pela mão.
— Não, Greg. — murmurei com medo de que
alguém estivesse nos ouvindo.
Greg abriu o galpão e me puxou para dentro e
o trancou com a chave, em seguida, me agarrou
pela cintura e voltou a me beijar enérgico e
exigente, caminhando comigo e me guiando rumo
às bancadas, e assim me virou de costas e me
agarrou novamente. Afastou meu cabelo para o
lado e beijou-me na nuca.
— Está dizendo não e me seguindo? — riu de
mim.
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— Greg isso é perigoso.


— Perigoso é você ficar me provocando, me
deixando louco.
— Não te provoquei.
— Sua existência por si só já me provoca.
— Vão sentir nossa falta. — falei com Greg
abrindo o zíper do jeans e abaixando minha calça e
calcinha.
— Rapidinho, Lia. — rasgou uma camisinha
no dente e enfiou em seu pau.
— Greg, não devemos.
Assim que terminou de falar, senti suas mãos
me invadir e seus dedos penetrarem em minha
vagina, logo meu ventre se acendeu. Nem terminei
de gemer ao contato de seus dedos, senti Greg se
enterrar em mim, segurando-me na cintura e em
meus seios, e murmurou ao pé do meu ouvido:
— Ohhh! Quentinha. — estocou com cuidado
levantando-me e descendo-me em seu pau.
Passou a movimentar-se, enfiando-se em mim
com tanto tesão, tanta paixão. Nem retirou sua
calça.
Segurei firme na bancada de granito e virei
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meu pescoço procurando seus lábios, Greg ergueu


minha blusa e bombava frenético em mim,
apertando um de meus seios. Castigava-me num
movimento de vai e vem alucinante. Pof pof pof
pof pof pof pof e eu me perdia no som que suas
enfiadas faziam.
— Ah! Lia, promete que não vai me deixar? —
diminuiu o ritmo das estocadas e desgrudou seus
lábios nos meus, exigindo a resposta:
— Fala minha paixão, fala para mim.
— Nunca. — murmurei extasiada e
entorpecida de prazer.
Greg desceu sua mão em meu clítoris e passou
a fricciona-lo com seu dedo e voltou a intensificar o
ritmo de suas estocadas. Bombava tão gostoso, tão
sedento dizendo em meu ouvido:
— Goza para mim, gozaaaa. - o tom de sua voz
entrecortada me dava mais tesão e indicava que
Greg estava próximo de seu orgasmo e estava
segurando.
— Gozaaaa no meu pau! — passou a estocar
com força grudado com as duas mãos em meus
seios, o que me deixou ereta sentindo a velocidade
de suas estocadas, enlouquecendo-me e deixando
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minhas pernas moles. E uma onda de espasmos,


tremores inundar-me e fazendo-me gemer:
— a a a a a a a ah ahhhhhh ohhhh!
— Isso, isso, goza no meu pau, minha potrinha
rabuda.
Greg segurava em meus braços e metia forte,
mais e mais, metendo decidido, e assim com a boca
rente ao meu ouvido, sussurrou meu nome duas
vezes e urrou, aquilo foi gutural.
— Lia, Liaaa! Ohhhhhhhhh ohhhh, porra,
ohhhhhh! — gemeu exprimido em meu ouvido.
— Ahhh, Ahhhh, Lia não vivo mais sem você.
E assim foi diminuindo as estocadas e saiu de
mim.
Aquilo foi uma loucura sem proporções, se
alguém nos visse seria horrível.

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Capítulo 19

Lucas
Lucas, encontre-me no lago hoje às duas da
tarde, caso algo der errado te aviso. Preciso lhe
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falar, urgente.
Que diabos ela quer comigo agora! Pensei
assim que li a mensagem de Sandra no celular.
Li a porcaria da mensagem era de manhã e até
chegar próximo das duas para que eu pudesse ir até
o lago, foi à espera mais angustiante da minha vida,
e quando faltava dez minutos fui até à baia selar
meu cavalo para ir até lá. De longe já avistei o
cavalo que Sandra estava usando, raramente ela
subia em uma sela, fazia isso só em último caso
quando queria ir ao lago.
Apeei do Tornado, e o amarrei próximo do
cavalo que Sandra estava. Ela estava olhando o
lago, abraçando-se com seus próprios braços.
Cheguei por trás preocupado e a segurei pela
cintura.
— Ei amor, quer me matar com uma
mensagem daquela?
—Me desculpe, não foi minha intenção te
deixar preocupado.
— O que está acontecendo? Fala logo mulher,
estou ficando em pânico!
Bufei e dei a volta parando em sua frente. Ela

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estava lívida, mas branca que de costume.


— Lembra quando ficamos juntos aqui mesmo
no lago? Greg estava viajando.
— Ficamos tantas vezes juntos aqui. —
coloquei minhas mãos na cintura, inseguro e
confuso.
— Isso foi há um mês e meio atrás, você
esqueceu a camisinha e só descobrimos isso na
hora que o tesão já estava enlouquecedor entre nós.
— Um bebê, um filho meu? — perguntei
atônito sem conseguir assimilar o que eu mesmo
estava perguntando.
— Lucas, tem noção disso?
Surtei e a abracei rapidamente enchendo-a de
beijos, inclusive na barriga, explodindo de
felicidade antes mesmo da confirmação.
— Meu! Um filho meu. MEUUU! — gritei
eufórico com o coração batendo a mil.
— Para com isso Lucas, para! Para Lucaaas!
— gritou comigo toda histérica.
— Sandra, amor, por que isso? Ei, é um filho
nosso.
— Esqueceu que sou casada com seu patrão?
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— Que se foda o Greg! Sandra, nós nos


amamos. Vou pedir às contas, arrumar outro
emprego e aí vamos viver a nossa vida com nossa
família.
— Lucas, não vai ter nossa família, esquece
tudo isso, vou tirar.
Levei minhas mãos na cabeça em desespero,
aquilo não estava acontecendo, ela não falou
aquilo.
— Não repita isso, vamos cuidar dele, juntos.
— Isso não vai acontecer. E se eu resolver
levar essa gravidez adiante, ele será o filho que o
Greg sempre sonhou e nunca conseguimos ter,
porque Greg tem o esperma fraco.
— O que vai dizer a ele?
— Que finalmente o tratamento dele deu certo.
Eu estava inconformado, andando de um lado a
outro.
— Se tirar esse bebê conto tudo sobre nós ao
Greg. Se não quer ficar comigo, que seja, mas não
vou permitir que você mate o nosso filho.
— Não sei o que fazer, Lucas, ainda estou em
choque, preciso pensar.
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— Já vi que não faço parte de nenhum dos seus


planos referente ao nosso bebê, mas se sair daqui,
sem me dizer que vamos criar nosso filho junto,
você pode me esquecer, porque nunca mais vou
encostar um único dedo em você.
Caminhei decidido até meu cavalo e o montei.
— Pensa bem no que vai fazer, Sandra, se
jogar fora nosso bebê, esqueça que eu existo e se
resolver dizer ao Greg, que ele é o pai, peço minha
demissão e desapareço da sua vida.

Sandra
Lucas saiu em disparada com o cavalo e me
deixou lá sozinha com minhas dúvidas. Lucas, era
uma delícia, eu o desejava de forma incontrolável,
mas deixar Greg, para levar uma vida difícil ao
lado dele estava fora dos meus planos, contudo, eu
não podia perdê-lo. Tudo tinha que continuar como
estava, e faria de tudo para que nada, exatamente
nada mudasse em minha vida. Greg e Lucas
continuariam sendo meus, custe o que custasse.
Sentei-me na beira do lago e fiquei pensando
em como resolver aquela situação.

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Lia
Lucas passou em frente à casa grande bufando,
eu estava na varanda e acenei para ele que fingiu
nem ter me visto. Algo muito grave havia
acontecido com ele. Greg, foi tirar uma soneca
depois do almoço e minha mãe saiu toda estranha
dizendo que ia ao lago, dizendo que precisava de
inspiração.
Alguns minutos depois que Lucas passou, Greg
acordou.
— Oi. — disse-me Greg puxando uma poltrona
para se sentar mais próximo de mim.
Greg estava lindo, todo à vontade de bermuda
jeans e camiseta branca.
— Oi. — respondi.
— Onde está sua mãe?
— Foi dar uma volta por aí.
— Deve ter ido ao lago, é sempre para lá que
ela vai quando diz estar precisando de inspiração.
— Foi exatamente o que ela me falou.
— Eu já imaginava.

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Greg e eu ficamos conversando, e conversa vai


e vem, acabei perguntando-lhe:
— Por que não tiveram filhos? — indaguei-o,
tentando saber mais sobre a vida deles.
— Segundo os médicos, tenho o esperma fraco,
morrem antes de completar o caminho até o útero.
— Você é estéril?
— Não propriamente, mas existe uma
probabilidade muito pequena de conseguir fecundar
uma mulher. Depende muito de um bom tratamento
acompanhado de um bom profissional.
— Não quis submeter-se a esse tratamento?
— Fiz o tratamento, Lia, mas ainda não surtiu
nenhum efeito.
— Entendi.
— Ter um filho sempre foi um sonho para mim
e que passou a ser algo utópico. Agora nem faço
mais questão, não com Sandra. — piscou para mim.
— Adoro crianças. — falei sorrindo.
— Podemos começar a tentar, o que acha?
— Meu Deus! Greg, você é louco?!
— Por você, sou louco por você.

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Estendeu sua mão e pegou na minha.


— Estou morrendo de fome, você não?
Greg fez um sinal com a cabeça e se levantou,
caminhou até à porta e parou antes de entrar.
— No que está pensando? — perguntei.
— Vem, vamos descobrir o que tem naquela
cozinha para fazermos um lanche.
Ponderei e acabei cedendo ao seu convite.
Na cozinha, Greg tirou tudo que havia na
geladeira para fazermos lanches, e eu fui bater um
suco de laranja enquanto ele montava sanduíches
para nós.
Estávamos conversando sobre tudo e
distraídos. Sentei-me à mesa e comecei a comer
meu sanduíche de peito de peru, queijo com
maionese e folhas.
Ríamos distraídos, pois, meu suco de laranja
havia ficado azedo e quando levantei minha cabeça
em direção à porta, minha mãe estava lá parada,
nos olhando com cara de poucos amigos.
— Quer um sanduíche, Sandra? — Greg
perguntou-a.
Ela não respondeu nada e saiu de nossas vistas,
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tendo ânsia de vômito.


Assim, Greg percebeu e saiu atrás dela subindo
a escada.

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Capítulo 20

Greg
Sandra apareceu do nada na porta da cozinha
onde Lia e eu estávamos em uma completa
cumplicidade, rindo do suco horrível que ela havia
feito de laranja, pois, faltou açúcar. Ela nos olhou
estranha, como se estivesse reprovando o fato de
Lia e eu estarmos tão próximos ao invés de
brigando.
— Quer um sanduíche, Sandra? — questionei-
a.
Sandra nada respondeu, virou às costas e saiu,
parecia não estar se sentindo muito bem, e
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percebendo isso resolvi ir atrás dela para saber o


que estava acontecendo. Assim que entrei na sala,
vi que ela havia subido as escadas, e assim fui atrás
dela.
Entre no quarto e a vi sentada encolhida na
cama, estava pálida.
— Sandra, está tudo bem com você? —
questionei-a parando próximo dela.
— Estou bem, amor, vai ficar tudo bem
amanhã quando eu for ao médico.
— Você está doente? Precisa ir ao hospital?
Me fala.
— O que aconteceu com a forma carinhosa
com que se dirigia sempre a mim? —indagou-me.
— Do que está falando?
— Você não me chama mais de amor há dias.
— Que bobagem, isso não é hora para esse tipo
de coisa, responda-me, precisa ir ao hospital?
— Não estou doente, Greg, se tudo se
confirmar com os exames que farei amanhã, vou
sentir essas ânsias por nove meses.
— Como assim ânsias? Do que você está
falando?
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Ela me encarou sorrindo e respondeu-me:


— Finalmente acho que estou grávida, por isso
ontem eu estava com um desejo louco por você.
— Você só pode estar brincando comigo, isso
não é possível, eu e você sabemos bem disso.
— O tratamento Greg, deu certo, vamos ter
nosso primeiro bebê.
Eu estava atônito, paralisado sem conseguir
acreditar no que estava ouvindo, não era possível
que algo assim havia acontecido justamente
naquele momento de minha vida.
Balancei a cabeça em negativa, não
acreditando em tal situação.
Sandra levantou-se da cama e veio até mim,
abraçando-me e dizendo:
— Amor, eu sei que é inacreditável, mas você
vai ser papai. Papai Greg! Vamos realizar nosso
sonho. Você não ficou feliz?
— Eu, eu… Isso é inacreditável.
— Mas, é a mais pura verdade, fiz o teste de
farmácia hoje de manhã, e acredite, deu positivo
para gravidez.
Eu estava sem nenhuma reação, era para eu
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estar feliz, e estava destruído por dentro, eu já tinha


planejado pedir o divórcio.
Não pode ser, não pode ser verdade. Pensei
negando aquela situação toda.
— Sandra, só vou me permitir ficar feliz
quando tivermos mesmo a confirmação disso. Já
tivemos esse susto em outras oportunidades e nada
se concretizou, então vou manter os pés no chão
dessa vez.
— Parece que você não ficou feliz, amor. —
disse ressentida.
— Só estou com medo de me decepcionar
novamente.
— Eu entendo seu medo, meu amor, mas meu
ciclo está atrasado há um mês e meio, e como
comecei a sentir essas ânsias, resolvi fazer o teste.
— Você está com fome? Vou voltar para à
cozinha e posso te trazer alguma coisa para comer.
— Não, meu estômago não está muito bem.
— Tudo bem, qualquer coisa me chama.
Quando eu ia saindo, sem nenhuma reação, ela
me chamou:
— Greg! — virei-me imediatamente.
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— Amo você.
Assenti sem dizer nada e voltei para a cozinha,
onde Lia estava comendo.
— Greg. O que aconteceu? — ela questionou.
— Você está branco.
Eu não sabia como contar a ela, não sabia
como seria sua reação, e assim calei-me.
— Greg, o que houve? Por favor me conta. —
Lia insistiu.
Tirei as mãos que tapavam meus olhos, e a
respondi:
— Sua mãe. Acabou de me dizer que está
esperando um bebê.
— O que? Como assim, você acabou de me
dizer que não pode ter filhos.
— Mas eu estava fazendo um tratamento a um
tempão, Lia, e parece que ele deu certo.
— Ai meu Deus! Ai meu Deus! Greg, o que foi
que fizemos, o que fizemos?
Lia ficou completamente sem reação.
— Lia, não se desespere antes da hora, isso já
aconteceu outras vezes e nunca foi para frente,
nenhuma das supostas gravidez da Sandra foi muito
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longe.

Lia
O mundo acabou para mim, uma cratera
enorme se abriu embaixo dos meus pés e tudo que
eu sentia era vontade de chorar, meu corpo tremia
internamente e eu nem sabia o que dizer. Eu sabia
que estava vivendo um sonho com Greg, só não
sabia que seria desperta dele tão cedo.
Levantei-me e fui rumo à porta, eu precisava
de ar, precisava senti-lo entrar em meu corpo e
devolver-me à vida que parecia ter sido sugada de
mim. Eu precisava chorar, mas não queria fazer
isso na frente dele e fazê-lo se sentir culpado, não
queria vê-lo sofrendo.
— Lia espera! Deixa eu me explicar com você.
— Não, você não tem que se explicar, não faça
isso por favor. Eu entendo o que aconteceu aqui, eu
sou a intrusa na sua vida e não esse bebê inocente
que está a caminho. Não quero que tente se
justificar, eu sei como são feitos os bebês, e não te
culpo por isso e nem vou te recriminar.
— Eu não sei como isso foi possível, te contei,
meu esperma é fraco e a meses eu havia desistido
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dos medicamentos.
— Você era tão preocupado com camisinha
comigo, eu sei que também serve para prevenir
doenças, mas…
— O médico me disse uma vez, que podia
acontecer de um esperma guerreiro conseguir
ultrapassar a linha de chegada, então era pensando
nisso que usei camisinha com você.
— Greg, eu estou feliz, muito feliz por vocês,
isso era tudo que estava faltando no casamento de
vocês e eu vou ter um irmãozinho, o que mais eu
poderia querer?
— Lia não faz assim, não faz assim comigo,
estou apaixonado por você, porra! É você que eu
quero. — sussurrou, pois minha mãe estava no
quarto e certamente que não deveria ouvir aquilo.
— Por favor Greg, não dificulte as coisas para
mim. — virei às costas e fui saindo.
— Onde você vai?
Sai de casa e fui andando a ermo, sem olhar
para trás, fui em direção à casa do Lucas, queria
alguém para conversar, e antes de chegar o vi
sentado embaixo de um Ipê gigantesco

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completamente florido. O chão estava forrado de


flores amarelo-ouro, e Lucas estava com uma delas
mão e parecia estar com a mente em marte.
Ele levantou seus olhos em minha direção e vi
que ele havia chorado, alguma coisa havia
acontecido com ele.
— Ei, você andou chorando? — perguntei.
— Quem? Eu? E eu lá sou homem de chorar?
— Você passou todo estranho logo mais cedo
na frente da casa grande, e nem me respondeu
quando cumprimentei você.
— Perdão, eu estava aéreo e não vi você.
Algo me dizia que Lucas estava sofrendo
porque sabia que minha mãe estava grávida. Desde
que vi à troca de olhares de ambos, fiquei com a
leve impressão de que havia algo entre eles. Um
amor mal resolvido, uma paixão platônica,
qualquer coisa do tipo.
— Estou indo para o Celeiro tomar uma, vem
comigo? — perguntou-me.
Olhei em direção à casa grande e respondi:
— Eu topo, deixa eu ir buscar minha bolsa e
buscar uma jaqueta.
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— Te espero aqui patroinha.


Balancei a cabeça em negativa para ele,
recriminando aquele apelido idiota e segui rumo à
casa. Quando subia as escadas da varanda, Greg
estava sentado em uma poltrona, com as mãos na
cabeça, pensativo e completamente aturdido. Ele
me olhou penoso e eu entrei para ir até meu quarto
buscar minha bolsa. Quando passei por Greg na
varanda na volta, ele me questionou:
— Onde você vai?
— Ao Celeiro, com o Lucas. Preciso me
desligar disso tudo, Greg.
— Ficando bêbada como da outra vez? —
recriminou-me.
— Não.
Greg gargalhou irônico.
—Vai me punir saindo com o Lucas, é isso
mesmo?
— Não vou te punir, só preciso me afastar um
pouco, Lucas é só meu amigo.
— Lia, o Lucas não é boa companhia para
você.
— Não se preocupe comigo, você tem outras
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coisas com que se preocupar.


— Por favor não faz isso. — suplicou.
— Eu vou ficar bem, confia em mim.
Caminhei rumo à caminhonete do Lucas, que
já me esperava. Eu precisava de um lugar como o
Celeiro para pensar. E precisava também descobrir
qual era a ligação do Lucas com minha mãe e não
havia lugar melhor que o Celeiro para afogar as
mágoas.
— Podemos ir? — Questionou-me, Lucas
ligando à caminhonete.
Eu não voltaria para casa sem descobrir o que
fizera Lucas chorar.

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Capítulo 21

Greg
Ver Lia saindo com Lucas mais uma vez me
desestabilizou completamente, eu estava destruído,
já havia me decidido a falar com Sandra, mas de
imediato não pretendia dizer nada a ela sobre Lia e
eu, principalmente para resguardar, Lia. E agora
essa gravidez mais fora de hora, não que eu fosse
rejeitar meu filho por conta disso, mas o que havia
sido quebrado entre mim e Sandra, dificilmente
seria consertado com à presença de uma criança
inocente.
Eu estava na varanda de cabeça baixa, quando
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senti o calor das mãos de Sandra e confesso que


meu coração se desconcertou todo achando que
pudesse ser Lia, mas assim que meus olhos se
ergueram foram atingidos pela imagem da minha
esposa, que disse:
— O que está acontecendo, amor? Não gostou
da notícia da minha gravidez?
— Não é isso, eu só não consigo comemorar
sem ter à certeza e isso me angustia nesse
momento.
— Vai ficar tudo bem meu amor. — ela me
abraçou e ficou afagando meus cabelos.
— Assim eu espero. — respondi seco.
— Onde está Lia? Quero dar à notícia a ela.
— Saiu com o Lucas.
— Está brincando comigo? — encarou-me
espantada.
— Não, não estou, sua filha é bem crescidinha
para saber se cuidar.
— Greg, você viu como ela voltou da última
vez?
Assenti e a respondi levantando-me.
— Sim eu vi, mas não pude fazer nada.
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Sai de perto dela, pois, ela estava me


sufocando, fui para nosso quarto e me enfiei
embaixo do chuveiro, eu precisava relaxar os
nervos das costas, visto que minha tensão fez meus
ombros doerem. Com as duas mãos firmes na
parede do banheiro, deixei a água bem quente cair
em meus ombros, por mais de uma hora, eu não
conseguia acreditar no que estava acontecendo.

Lia
Lucas estava visivelmente abalado com alguma
coisa, com as mãos firmes grudadas no volante,
apertando com tanta força que suas veias chegaram
a saltar e ficarem roxas. Seus olhos estavam atentos
à estrada, mas seu pensamento parecia voar.
— Lucas, pode se abrir comigo? — ele me
olhou de soslaio e respondeu-me:
— Eu vou ficar bem depois de uma garrafa de
tequila.
Sorri sem ser chata, e falei brincando:
— Então você vai me contar o que te aflige
depois dessa garrafa?
— Nada me aflige, Lia. Já vivi dias piores e

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eles simplesmente deixaram de existir.


— Sim, felizmente tudo passa.
Seu celular começou a tocar e nada dele
atender, então questionou-o:
— Não vai atender? Pode ser importante, a
pessoa está insistindo muito.
— Sei quem está ligando e não me interessa
ouvir nem a voz dela.
— Humm! Então o Lucas tem uma mulher? —
Brinquei sem surtir efeito.
Ele estava sério, suas brincadeiras deram lugar
a um Lucas angustiado, e vê-lo daquela forma sem
ter o espaço necessário para consolá-lo, era muito
ruim. Na verdade, eu temia que estivéssemos
sofrendo do mesmo mal sem sabermos, mas eu
ainda não tinha essa certeza.
Chegamos no Celeiro e o bar estava com um
movimento razoável, por ser domingo o movimento
estava fraco.
Lucas foi puxando-me pela mão e nela eu senti
à aspereza de seu trabalho forçado de todos os dias
no haras, permiti-me inclusive sentir pena dele,
pois, se amava mesmo minha mãe, conhecendo-a
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como eu conhecia, ela jamais ficaria com ele.


Separou-se de meu pai justamente por falta de
instabilidade e se fosse mesmo isso, Lucas só
estava no começo de seu sofrimento.
Chegamos à mesa onde estava o mesmo
pessoal do outro dia, os peões do haras e suas
namoradas. Cumprimentei a todos e me sentei com
eles, Lucas foi para o bar e voltou com uma garrafa
de tequila e dois caballitos.
— Lucas está a fim de apanhar do patrão
novamente? — perguntou-lhe, André.
— Não enche, André, Lia veio comigo porque
quis, não a obriguei. — respondeu ríspido deixando
claro que não estava para brincadeiras.
E para incentivá-lo a beber peguei um copinho
e comecei com uma dose pura sem sal nem nada e
em seguida, Lucas começou a beber, e bebia uma
atrás da outra, sem parar.
— Ei Lucas, vai com calma aí cara. — Disse o
chato do André novamente.
— Lia vem comigo, esse cara está muito chato.
— Falou Lucas levantando-se e pegando a garrafa
do destilado, em seguida pegou na minha mão e me
arrastou para outra mesa. — Bebe comigo, quero
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esquecer do mundo. — Encheu mais um copinho


para mim e eu só fingi beber, pois, não era minha
intenção ficar caindo como na outra noite, e assim
ele foi secando aquela garrafa.
Começou a tocar uma música do Mumford &
Sons, I Will Wait, e Lucas parecia gostar muito da
música, pois, passou a cantá-la gritando alto na
mesa, cada refrão e cada palavra, chamando a
atenção de todos do bar. Gritou bem alto o refrão
da música, mas em português:
E eu irei esperar.
Ei irei esperar por você, Sandra!
Quando a música parou de tocar e Lucas parou
de gritar daquela forma, eu o indaguei:
— Você a ama né, Lucas? Ama minha mãe?
— Amo, eu amo aquela mulher, Lia.
— Quanto tempo vocês estão juntos?
— Ah! Lia, eu e sua mãe, estamos juntos há
anos.
Aquela confissão fez meu coração queimar, eu
queria chorar de felicidade, queria sair correndo e
voltar a pé para contar para o Greg.
— Você sabe que ela espera um bebê? —
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Continuei interrogando-o.
— Claro que sei, ela está prenha, eu vou ser
papai.
— Você? Como assim você? O filho é do
Greg, ela contou a ele hoje.
Lucas gargalhou caindo de bêbado.
— Não diga bobagens! Greg não faz filhos, eu
faço filhos e fiz esse nela dentro lago. Ahooo!
Mulher gostosa! — Gritou bem alto e quando fui
pedir a ele para falar mais baixo, alguém o pegou
pelo colarinho da camisa jeans, deu-lhe um soco na
cara, jogando-o longe; mal tive tempo de perceber a
aproximação do homem que usava um boné
marrom e ele já segurou firme no meu braço e
começou a me arrastar para fora do bar.
— Greg, você está louco? O que você faz aqui?
— questionei-o assustada.
— Sua mãe estava desesperada, não queria
você de novo com o Lucas, e assim me pediu para
vir buscá-la.
— Ela mandou você me buscar e não socar o
Lucas.
— É de fato o soco foi por minha conta e risco.
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Continuou me arrastando, atravessando a rua


comigo e levando-me em direção a sua Picape, lá
ele abriu à porta e me fez entrar no banco carona.
Ele estava bufando de ódio, nem olhou para o
meu lado e já foi ligando o motor e me levando
junto com ele.
Eu o olhei naquele estado furioso e comecei a
dar risadas, eu estava eufórica de felicidade, Greg
não iria ser papai coisa nenhuma.
— Do que está rindo? Não estou achando graça
nenhuma.
— Estou rindo de você, Greg, dessa sua cara
enfurecida.
— É mesmo? Viu a forma como aquele safado
falou de você? Te chamou de mulher gostosa em
alto e bom tom para todos ouvirem.
— Ele não estava falando de mim e sim da
mulher que ele ama.
— E aquele imbecil sabe o que é amar alguém?
— Sim, ele sabe e muito.
Eu não iria contar nada ao Greg, minha mãe
iria, da mesma forma que ela mentiu para ele, iria
desmentir. Parei de rir e fiquei encarando-o e ele
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ficava lindo nervoso daquele jeito, estava vestindo


uma camiseta branca e uma calça jeans. Greg, tinha
braços fortes e com aquela camiseta branca
apertando-lhe os músculos, ele ficava simplesmente
tentador. Eu não estava bêbada, mas havia bebido
com Lucas, dois copos de tequila, o que deixou
meus instintos mais aflorados. Na estrada indo para
o haras, Greg parou à Picape dizendo:
— Sou louco por você, Lia, e nada nesse
mundo vai mudar isso, nada vai me fazer desistir de
você.
Toquei em seu rosto com carinho e eu sabia
que nada iria nos separar, pelo menos não minha
mãe e sua gravidez.
Greg estava tenso, estava com um olhar
perdido sem saber o que fazer e vê-lo daquela
forma me fez querer consolá-lo, então sai de meu
banco e fui me encaixar em suas pernas. Eu o beijei
tão feliz por tudo que Lucas havia me dito, pois, eu
sabia que tudo seria esclarecido e poderíamos ficar
juntos em paz.
Greg correspondia-me eufórico de forma
sofrida, mas não seria eu a contar-lhe.
Assim que chegamos na casa, avistei minha
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mãe na varanda nos esperando, e quando eu desci


da Picape, ela veio até mim e me abraçou, dizendo:
— Aí graças a Deus você está bem, filha.
Aproveitei seu abraço e disse-lhe sussurrando
em seu ouvido:
— Conte à verdade ao Greg sobre sua gravidez
ou eu mesma farei.
Sai de seu abraço e ela ficou atônita, tão alva
como a névoa.

Capítulo 22

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Greg
Lia entrou em casa e Sandra ficou visivelmente
abalada com alguma coisa que Lia lhe falou, então
questionei-a:
— Tudo bem Sandra? O que foi que Lia disse a
você?
Sandra se enlaçou com seus próprios braços e
virou de costas para mim, ponderando, e então
falou:
— Que está muito feliz com minha gravidez.
— esclareceu-me de forma estranha.
Alguma coisa estava errada, aquilo não poderia
ser verdade, por alguma razão, Sandra mentiu para
mim e aquilo me fez entrar em parafusos. Lia disse
alguma coisa para Sandra que a deixou assustada.
Sandra entrou em casa e foi se sentar com seu
computador no sofá da sala de TV.
Com Sandra ali escrevendo, eu não tinha como
ir até o quarto de Lia e falar com ela, pois, Sandra
poderia estar desconfiada de alguma coisa e nos
flagrar, e ser flagrado por ela não era como eu
queria que as coisas acontecessem.

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— Vou me deitar. — Avisei Sandra e fui


subindo às escadas, e antes que eu sumisse de suas
vistas, ela disse:
— Greg, sou louca por você, meu amor.
Continuei subindo sem responder nada a ela,
passei pela porta do quarto de Lia, louco de
vontade de bater na porta e descobrir se o que
Sandra havia dito era mesmo verdade.
Assim que entrei em meu quarto, tirei o
telefone celular de dentro do bolso de minha calça e
procurei pelo contato de Lia, e mandei-lhe uma
mensagem questionando-a:
Estou preocupado com sua mãe, ela está
estranha demais, o que foi que disse a ela que a
deixou tão passada?
Lia respondeu-me em seguida:
Oi meu amor, estranho falar com você assim,
você estando aqui do meu lado.
Eu apenas a parabenizei pelo bebê.
Então, eu a respondi novamente:
Bom, nesse caso ela me disse a verdade,
mesmo assim continuo a achando muito estranha.
Beijo e boa noite, estou ansioso por você, amanhã
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vou te mostrar o meu melhor.


Lia respondeu-me novamente:
E eu louca para conhecer o seu melhor, se em
nossos encontros rápidos, você não me deu o seu
melhor, sinto até calafrios de imaginar como será
esse melhor. Beijos até amanhã.
Sorri feito adolescente, com o celular na mão
apagando as mensagens.

Lia
Descobrir que minha mãe traía o Greg, não
tirava de mim a culpa de estar tentando roubar o
marido dela, eu não posso negar, que senti um
alívio imediato quando Lucas confessou-me ser o
pai do filho dela, mas, ao mesmo tempo, meu
coração se apertou, e eu sabia que aquilo iria abrir
uma ferida enorme no coração do Greg, pois,
descobrir que era traído há anos pela pessoa que
você amava e cuidava, não seria fácil para ele. Eu
temia por sua reação, eu estava imaginando de
tudo, que ele ficaria furioso e seria até capaz de
matar o Lucas, fazendo qualquer loucura por se
sentir traído. Por mais que ele dissesse estar
apaixonado por mim. Eu também temia que no
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meio disso tudo, ele descobrisse que amava minha


mãe. Um milhão de coisas estavam se passando em
minha mente e no meu quarto eu andava de um
lado a outro, nervosa. Eu me deitava e levantava, ia
até à janela e ficava olhando o Haras e pensando
em o quanto eu já amava aquele lugar e que talvez
Greg, pegasse ódio até de mim e me mandasse
embora junto com minha mãe. Havia muitas coisas
fazendo um tour em minha mente.
Sentei em minha cama e fiquei segurando
firme meus joelhos, eu estava visivelmente
apreensiva, pois, eu tinha certeza que minha mãe
viria bater na porta para tentar conversar, mas não,
isso não aconteceu aquela noite, e ao invés disso,
Greg mandou mensagens pelo celular e em seguida
deitei-me e dormi de tanto pensar e imaginar o que
estaria acontecendo com minha mãe e Greg. Se ela
teria entendido o recado e enfim confessado tudo a
ele, como eu havia pedido a ela, e se isso viesse
mesmo acontecer, talvez não teria mais planos para
mim e Greg.
Na manhã seguinte, levantei às seis da manhã
como vinha acontecendo todos os dias no haras.
Greg começava a trabalhar muito cedo e eu tinha

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que seguir no mesmo ritmo. Estava muito


apreensiva sem saber o que havia acontecido, mas
pelo silêncio de toda a madrugada, eu já podia
imaginar que minha mãe não havia dito nada a ele.
Desci às escadas e escutei a conversa de minha mãe
e Greg na cozinha. Era uma surpresa enorme ver
minha mãe de pé tão cedo e o que era pior, ela
sorria e conversava toda descontraída com Greg,
como se nada tivesse acontecendo. Meu Deus como
era dissimulada! Pensei.
— Bom dia! — Falei e me sentei à mesa, e
assim ambos me responderam o mesmo.
Minha mãe estava de costas no fogão,
preparando ovos mexidos que Greg tanto gostava
em seu café da manhã, então olhei para ele, com a
intenção de captar alguma coisa e quando ele
piscou sedutor para mim, vi que nada havia
acontecido.
Sorri para ele, e logo minha mãe o serviu e se
sentou também.
— Filha, queria que me perdoasse por pedir ao
Greg para buscá-la, sei que causei desconforto a
você, mas precisa entender que temi que você
bebesse novamente.
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— Não sou uma alcoólatra, se é isso que pensa,


nem tão pouco criança. Bebi na primeira vez que
estive lá, porque tive motivos, porque queria
simplesmente entrar em órbita e desaparecer.
— Não vejo motivos para você beber. —
respondeu-me ela.
— Mãe, você nunca viu muito além do seu
próprio umbigo, não é mesmo?
— Ei meninas, por favor, não briguem na mesa
do café. — Pediu Greg dando uma última garfada e
levantando-se.
— Lia, me respeite. — ela disse, furiosa.
Levantei-me também sem comer nem beber
nada, não suportava olhar para minha mãe.
— Você não vai a lugar algum, mocinha,
precisamos conversar. — Minha mãe sentenciou
com o tom de voz ríspido.
— Vou com você, Greg. — Avisei-o.
Greg então respondeu-me:
— Converse com sua mãe, Lia, ela não fez por
mal. — Greg achava que eu estava chateada apenas
por ela tê-lo mandado me buscar. — Ah! Hoje à
tarde iremos procurar uma Picape para comprar
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para você. — Piscou para mim.


Assenti sem respondê-lo, voltei a me sentar e
Greg saiu, indo trabalhar:
Minha mãe foi até à porta, para ter certeza de
que Greg havia se afastado o suficiente, então,
quando voltou foi direto falar comigo.
— Pode me explicar o que foi aquilo ontem à
noite? Que história foi aquela de que eu deveria
contar a verdade sobre minha gravidez ao Greg? —
intimou-me.
Suspirei antes de falar.
— Não adianta se fazer de vítima, mamãe,
Greg não merece o que está fazendo com ele.
— E o que estou fazendo com ele? Posso ficar
sabendo? Para que eu possa me defender? —
Cruzou os braços em uma postura estática de dar
medo.
— Lucas me contou toda a verdade, ele bebeu
uma garrafa de tequila e confessou todo o
segredinho de vocês dois.
— Segredinho?
— Eu sei de tudo, mãe.
— Sabe? O que você sabe da minha vida, se
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nunca quis vir fazer parte dela? O Lucas vive


mergulhado em uma paixão platônica por mim, há
anos, só que nunca encostou um único dedo em
mim. Você me conhece, acha mesmo que eu
jogaria meu casamento com o melhor homem que
já conheci na vida, por conta de um peão?
— Não adianta tentar fingir, ele me contou
tudo.
— Ah, aquele peão de merda! — balançou a
cabeça negativando.
— Peão de merda, mãe? O Lucas te ama e eu
sei que são amantes há anos.
Ela gargalhou e disse:
— O Lucas sonha demais com isso e mentiu
para você.
— Você está mentindo! Vi quando Lucas veio
do lago desnorteado ontem, minutos antes de você
voltar de lá e contar ao Greg que estava grávida.
— Fui ao lago para pensar se deveria ou não
contar ao Greg. Ou se deveria esperar a
confirmação, pois, eu o magoei tantas vezes com
alarmes falsos, que eu tinha até medo de contar e
ser só mais um. Eu estava lá e o Lucas chegou me

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agarrando, então contei a ele de minha gravidez.


Ele sempre teve esperanças que eu fosse ceder a ele
um dia e com minha gravidez, ele perdeu as
esperanças. Eu não o culpo por me amar, porque
não mandamos em nosso coração, mas ele passou
de todos os limites te contando essa mentira. Vou
exigir ao Greg, que o despeça imediatamente.
— Não faça isso, mãe.
— Gosta dele né? Por isso está intercedendo
por ele.
— Lucas é meu amigo desde criança, só isso.
— Lia, eu sei que andei sendo omissa com meu
casamento, Greg merece o meu melhor, não conte
nada dessas loucuras do Lucas a ele, dê-me a
chance de salvar meu casamento. Eu perdi muito
tempo com os livros, mas prometo que vou cuidar
melhor do Greg e agora que estou grávida as coisas
vão se acertar.
Eu não conseguia mais ficar ouvindo tudo
aquilo, então me levantei nervosa e sai de casa e fui
chorando rumo as baias. Eu estava confusa sem
saber em quem acreditar.
Assim que cheguei lá, Greg veio até mim e me
questionou o porquê do choro:
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— O que foi minha linda? - Tocou afetuoso em


meu rosto.
— Não foi nada, é só essa gravidez que está
mexendo comigo.
— Sandra vai ao médico amanhã, já marcou à
consulta, até lá, não devemos sofrer por isso.
Relaxa.
Quando Greg terminou de falar, Lucas entrou
no galpão trazendo uma égua para ser vacinada,
senti tanta pena dele com aquele olho roxo que
quase fui abraçá-lo e pedir perdão. Mas eu não
queria me indispor com Greg.
— Lucas! — Greg o chamou. — Cara, me
perdoe por isso. — apontou para o rosto do Lucas.
— Perdi a cabeça achando que você estava
embebedando a Lia novamente.
— Que isso Greg, estou ficando especialista
nos seus socos.
Aquela manhã, mesmo com o clima pesado
entre Greg e Lucas, tudo correu bem, estávamos
quase terminando de vacinar toda à tropa do Haras.
Greg estava até todo animado, pois, organizaria um
leilão em breve.

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Eu havia decidido não contar nada ao Greg até


ter certeza absoluta de que Lucas falava à verdade,
pois, eu não queria prejudicá-lo. E se tudo aquilo
que minha mãe disse fosse mesmo verdade, Greg
seria finalmente pai e eu não iria me interferir
nisso.
Em casa, almoçamos num silêncio enervante,
minha mãe que sempre falava muito, estava calada,
apenas Greg que falou, avisando-me que sairíamos
em uma hora para comprar uma Picape para mim.
Então não voltei mais para a lida, fui para meu
quarto tomar um banho e ficar linda para conhecer
o seu melhor. E só de pensar, um frio já percorreu
todo meu estômago parando em meu ventre. Eu o
amava há anos e o deseja mais-que-tudo no mundo.
Enfiei-me em uma jardineira preta, com uma
blusa branca por baixo e calcei uma bota de cano
alto. Entrei na Picape do Greg e olhei sem querer
para à janela do quarto de minha mãe e ela estava
de lá nos observando, e assim fez sinal de tchau
com a mão para mim, e eu simplesmente virei o
rosto, ignorando-a.

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Capítulo 23
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Lia
Ver minha mãe nos olhando pela janela com
cara de pobre coitada, não me fez sentir nenhum
tipo de pena, embora ela tivesse negado, eu
acreditava no Lucas, pois, sem estar bêbado ele
jamais teria confessado aquelas coisas para mim.
Quando se separou do meu pai, ele alegou que ela o
estava traindo, assim sendo, traição é algo com que
ela sabia como lidar. Greg seguiu para Mairiporã, e
dirigiu mais uns 15 minutos subindo à Serra da
Cantareira em uma estrada toda empedrada.
— Para onde está me levando, senhor
garanhão? É crime sequestrar mocinhas indefesas e
levar para o meio da mata.
Ele sorriu lindo e perguntou:
— Indefesa? Você?
— Sim, eu. Imagino que por aqui não tenha
nenhuma concessionária de veículos, tem?
— Sua Picape ainda está nos planos, não se
preocupe. — respondeu e piscou para mim.
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Andamos mais um pouco e chegamos no alto


da Serra em um lugar que tinha dezenas de chalés,
Greg conversou com um homem em uma espécie
de guarita e com ele pegou a chave do Chalé
número 22. Seguimos procurando o chalé e ele era
o mais afastado de todos, estava imerso dentro da
natureza exuberante. Era simplesmente lindo por
fora, de madeira com grandes vidraças, e se por
fora o lugar chamava atenção pela beleza rústica,
por dentro o luxo era quem se destacava. No andar
de baixo tinha tudo que um casal precisaria para
passar meses escondidos do mundo, uma sala
completa com uma lareira de pedras enorme e uma
cozinha completa.
Greg foi me puxando pela mão e subimos por
uma escada de madeira escura e assim que bati
meus olhos naquele quarto, a única coisa que
consegui dizer foi:
— Uau!
Me virei para ele e disse:
— Perfeito, não é?
Greg sorriu corando, e por fim falou:
— Sim, como você. — Falou, tocando
delicadamente em minha face — Preciso de um
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banho, já volto.
Assenti e fui para até a varanda observar à vista
que era nada mais que espetacular, por onde eu
olhava, a opulência do verde reinava e o silêncio
imperava. O cheiro da mata era simplesmente
delicioso, o aroma das árvores misturado ao cenário
que meus olhos viam, fez-me sentir uma paz
tamanha, que nem sei como explicar, era como se
todo o estresse que eu vinha sentindo, tivesse
simplesmente sido retirado de mim com as mãos.
Passados alguns minutos, eu ainda estava
distraída observando à Serra, quando senti as mãos
firmes do Greg, segurar-me pela cintura, então ele
disse:
— Feche os olhos e me diga o que você está
escutando.
Fiz como ele mandou e passei a atentar para
um barulho que parecia chuva, mas não estava
chovendo.
— O que escuta além desse silêncio
abençoado?
— Parece chuva, bem distante, suave e
delicada.

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— Parece chuva, mas é uma cascata.


Greg colocou seu pescoço próximo do meu e
com a mão afastou meu cabelo, respirou forte
sentindo meu cheiro e falou com um tom de voz
que fez-me fechar os olhos novamente, mas dessa
vez de tesão:
— Hoje vou te amar como você merece.
Levou suas mãos em meus ombros e foi
escorregando elas com delicadeza rumo aos meus
braços, mas levando com elas as alças de minha
jardineira. Encostou novamente em meu pescoço e
passou a beijá-lo fazendo com que um arrepio me
possuísse e descesse por todas as terminações
nervosas do meu corpo, vindo a terminar em meu
ventre. Ainda em minhas costas ele passou seus
braços por cima dos meus ombros e começou a
desabotoar minha blusa de seda e quando
conseguiu acesso, enfiou as mãos em meus seios
que já estavam enrijecidos e doloridos. Greg
sussurrou no pé do meu ouvido:
—Você me enlouquece, Lia.
Acariciava meus seios e respirava afoito em
meu ouvido, apertando-me contra sua ereção
deliciosa. E ao sentir aquele pau rijo, encostando
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em mim, levei minhas mãos para trás e o apalpei.


Greg havia vestido sua cueca novamente, então
enfiei minha mão dentro dela e senti-me molhar ao
tocá-lo delicioso pulsando de tesão em minha mão.
— Oh! — Sussurrou, quando apertei seu pau.
Virei-me em direção a sua boca e a busquei
com desejo, eu queria sentir o gosto daqueles lábios
macios. Greg beijou-me contido, saboreando sem
pressa meus lábios e os mordeu, e quando senti sua
mordida, gemi sufocada por seus lábios.
— Ohhh! — Gemi ofegante.

Greg
Meu corpo queimava feito brasa, meu pau
pulsava de tesão por Lia. Ela gemeu baixinho
quando a mordi de levinho seus lábios, senti uma
vontade enorme de me enfiar inteiro nela. Aqueles
lábios carnudos, aquela maciez, me deixavam
entorpecido de desejo, nossas línguas se devoravam
ávidas por se encontrarem, se explorarem e se
deliciarem uma com a outra. A intensidade daquele
beijo me deixou em ponto de ebulição, eu iria
ferver e explodir se não a possuísse, grudei em sua
bunda gostosa e a fiz dar um tranco e se agarrar
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com as pernas na minha cintura. Ela segurou firme


em meu pescoço, e beijando-a caminhei para dentro
do quarto e a coloquei sentada em cima de uma
mesa de madeira. Devorando-a naquele beijo,
retirei sua camisa e a jardineira que usava,
deixando-a apenas de lingerie. Voltei para seus
lábios eufóricos, eu queria aquela boca, queria
mordê-la e chupá-la.
Desci os beijos para seu colo e puxei seu sutiã
para baixo, liberei seus lindos, fartos, e rosados
seios, para meu deleite. Levei minha boca até um
deles e passei a me fartar, chupando-o e fazendo
movimentos circulares, levando Lia a loucura. Ela
se contorcia toda, grudando seus dedos em meus
cabelos. Continuei minha descida por seu corpo,
beijando e lambendo, até que ela sussurrou:
— Own! Isso é bom.

Lia
Greg desceu com a língua me chupando e
lambendo, até que chegou em meu umbigo, aquilo
me fez tremer por dentro e contorcer meu corpo,
assim grudei em seus cabelos com mais força
ainda. Ele parou de me beijar e endireitou seu
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corpo, reparei naquele garanhão dentro de sua


cueca box e salivei. Ele levou sua mão em minha
perna esquerda, abriu o zíper de minha bota e a
tirou do meu pé, em seguida fez o mesmo com a
outra e a jogou longe, então, voltou para minha
boca. Eu amava os beijos que aquele homem me
dava. Levei minhas mãos em seu rosto, que estava
lisinho, Greg havia feito à barba, eu o segurava
enquanto nos beijávamos cheios de tesão.
Levou suas mãos em meu sutiã e o desabotoou,
vindo a tirá-lo em seguida e logo depois voltou a
chupar meus seios, um de cada vez, segurando-os
guloso. Levou seus dedos em minha calcinha e
passou a puxá-la para baixo encarando-me safado.
Ergui o quadril para que ele a tirasse e assim, ela
também voou pelos ares do quarto. Greg retirou sua
cueca, liberando seu garanhão, e aquela visão
sempre me assustava e me deliciava ao mesmo
tempo, dava água na boca ver aquele pau grosso
daquele jeito.
Greg me puxou para mais perto da borda da
mesa, fazendo-me ficar com uma perna estendida,
tocando meu pé no chão, pegou a cadeira que
estava ao lado e colocou minha outra perna nela e

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se agachou tendo acesso livre a minha vagina.


Joguei à cabeça para trás de prazer quando ele se
enfiou no meio de minhas pernas que estavam
devidamente abertas para ele, enfiou sua língua em
minha vagina que já estava completamente
lubrificada e me lambeu, fazendo-me contorcer e
segurar firme na mesa.
— Adoro sentir o gosto do seu tesão, minha
potrinha. — disse encarando-me e voltando a me
chupar, enfiando fundo sua língua em mim, o tesão
foi tanto quando me penetrou com a língua, que
pendi meu corpo para trás vindo a me deitar na
mesa.
Ele não parava de me torturar com sua língua e
à vontade de tê-lo enfiado dentro de mim era
enlouquecedora, quanto mais ele me chupava, mais
o queria me penetrando.
— Greg, ai meu amor. Por favor, por favor
Greg.
— Não, quero você urrando e gozando na
minha língua.
Dizia e enfia mais fundo, fazendo-me contorcer
feito um animal rastejante.
— Olha para mim, Lia, olha nos meus olhos.
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— Pediu. Me ver sendo torturada era um fetiche


dele.
Levantei minha cabeça para ter o contato dos
olhos dele, e assim ele passou a me chupar,
olhando-me com febre e acariciar meu clitóris ao
mesmo tempo. Não aguentei por muito tempo
sentir sua língua molhada me possuir, ele chupou
meu clitóris e o lambeu logo seguida. Eu iria
explodir e precisava de algo para me segurar, assim
segurei em suas mãos e não aguentei mais duas
penetradas daquela língua e já fui sentindo os fortes
sinais de que iria gozar, e com Greg me implorando
com o olhar, contorci-me toda tendo fortes
espasmos que me preencheram e me levaram para
fora do meu corpo, tudo ficou em câmera lenta e
com as mãos apertando firme as do Greg, gemi,
olhando em seus olhos.
— Owwnnn ownnn, ownnnnn, Greg, que
delícia. Awnnnn ahhh ahhhhhhhh. — eu gritava de
prazer, com Greg investindo cada vez mais fundo
fazendo meu orgasmo se estender ainda mais, me
fazendo sofrer de prazer.
— Isso minha potrinha, goza na minha língua.

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Greg
Lia gozou se contorcendo na minha língua e
me encarando, vê-la gemendo e virando os olhos
era uma tentação incalculável para mim. Sentir o
gosto do gozo dela em minha língua, porra, como
eu amava aquilo, era o néctar dos deuses.
Levantei-me e fui até ela na mesa e a ergui, a
beijei com o gosto de seu orgasmo e falei pegando-
a pela cintura fazendo-a grudar mole em mim.
— Hoje eu quero você do jeito que você
merece Lia, na cama, em cima de lençóis de seda.
Ela abriu um sorriso tímido para mim, e corou.
Carreguei-a até à cama e a coloquei sentada na
ponta dizendo:
— Meu garanhão precisa de você, chupa ele,
devora ele.
Lia me encarou safadinha, estava vermelha, me
puxou pelas pernas me fazendo me aproximar mais
dela e foi engolindo meu pau e fazendo-o sumir
naquela boca deliciosa, joguei a cabeça para trás de
tanto tesão quando ela o tirou da boca e o lambeu
me encarando, e assim se concentrou na cabeça,

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chupando como se fosse um pirulito gostoso,


contornava à cabeça com a ponta da língua, e
quando fazia aquilo meu abdômen dava trancos.
— Oh, oh que boca gostosa, chupa, amor,
chupa, ahh, ah porra. — falava gemendo de tanto
de tesão.
Chupava a cabeça e enfiava a língua no buraco,
enlouquecendo-me mais ainda, e me fazendo
desejar foder aquela boca com mais força, assim
segurei em sua cabeça e passei a ditar um ritmo
mais forte metendo em sua boca molhada; entrava e
saia, e aquela imagem privilegiada que eu tinha me
enlouquecia. Precisava respirar ou iria explodir
naquela boca deliciosa. Me afastei de sua boca e
empurrei seu corpo mais para o centro da cama,
então eu a cobri com meu corpo e beijei-a sem
pressa, nossas línguas ansiavam uma pela outra, e
enquanto eu a beijava, passeei com minha mão em
sua coxa e abri suas pernas, então fui penetrando-a
com cuidado, sentindo toda a umidade de sua
vagina.
— Ohhhh. — gemi ao sentir seu calor e assim,
passei a estocá-la devagar, deixando nossa volúpia
esquentar nossos corpos que serpenteavam um em

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busca do outro. Eu subia e descia meu corpo em


cima do de Lia, enfiando-me cada vez mais fundo e
rápido, não tinha como controlar todo o tesão que
eu estava sentindo. Lia segurava em meus cabelos,
eu ia socando, socando, metendo e metendo nela e
esqueci-me de tudo que não estava ali naquele
quarto. Lia buscava minha boca com fome, beijava-
me sedenta enquanto eu a possuía embaixo do meu
corpo.

Lia
Greg buscava meus lábios enquanto me
estocava com paixão e com força, havia muito
sentimento em cada estocada que ele desferia em
mim, estávamos loucos de tesão um pelo outro, e
Greg metia fundo em um ritmo tão intenso que eu
simplesmente o arranhava todo nas costas, era
como se no minuto seguinte eu fosse desaparecer, e
aquela sensação de ser desejada a tal ponto, me
fazia gemer sem parar debaixo daquele corpo.
Metia, metia, metia, metia e beijava meu pescoço e
em seguida buscava meus lábios com tanta euforia,
que me fazia querê-lo mais e mais fundo. Nossos
corpos já começavam a suar quando, Greg, fez um

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movimento brusco, puxando meu corpo para cima,


então beijou-me e segurou em minha cintura,
fazendo-me encaixar em sua cintura mudando de
posição, Greg de joelhos dobrados na cama e eu
encaixada nele e naquele pau maravilhoso e mais
tesudo do mundo. Grudada em seu pescoço
enquanto ele chupava meus seios, passei a galopar
enlouquecida em um movimento de sobe e desce
que me fazia sentia-lo fundo. Greg e eu éramos
únicos no mundo naquele momento, éramos
cúmplices de uma paixão desenfreada e de um
tesão muito intenso um pelo outro. Rebolava, me
mexia, me enfiava e o engolia todo.
— Mexe Lia, mexe no meu pau, rebola nele.
— exigiu Greg.
Então com suas mãos fortes, segurou em minha
cintura e passou a ditar o ritmo mais forte nas
estocadas, e eu subia e descia, subia e descia cada
vez mais molhada. Greg continuou a chupar meus
seios, e naquela posição onde eu mandava na
velocidade, passei a rebolar cada vez mais intenso,
cada vez mais fundo, ele me chupava e eu
enlouquecia, senti-lo entrando e saindo, e sua
língua sugando meus seios e ele me encarando nos

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olhos foi tudo que bastou para me derramar em


cima do pau dele em um orgasmo intenso.
— Ohhhhh, ohhhhhh, oooooooh, ohhhh Greg.
— Goza, gozaaaa, gozaaaa, amor.
— Ohhhhh, ohhh — gemi sentindo meu corpo
entrar em ebulição, ferver e derramar.
Ele me desceu de seu corpo, sentou-se na cama
e me puxou em sua direção de costas, fazendo-me
ajoelhar na cama, e assim me penetrou novamente
segurando firme em meus seios, e me forçando em
direção a seu pau, então meteu, meteu, meteu,
meteu gemendo gostoso no meu ouvindo:
— Oh! Minha potrinha gostosa, gostosa.
Bombou, bombou, bombou, bombou forte e
fundo mordendo-me nas costas e gemendo sofrido,
louco querendo gozar.
Segurei em seus joelhos, e mesmo estando
exausta depois de um orgasmo, passei a mexer com
mais velocidade em direção ao pau dele.
Pof pof pof pof pof pof pof pof pof
— Oh, oh, oh Lia, mexe, mexe amor oh, oh,
isso, isso. — gemia e falava fadigado.
— Lia, Lia. — falou meu nome, mordeu
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minhas costas e me segurou firme grudando minhas


costas em seus lábios, então soltou um gemido
delicioso e sufocado de tanto prazer.
—Ohhhhhhhhh, ohhhhhhhhhhhh,
ohhhhhhhhhh. Ohh, Ohhhh, Porra, porra de mulher
gostosa!
Greg gozou em mim, e eu senti o líquido
quente do seu prazer me inundar.

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Capítulo 24

Lucas
Estava em um dos boxes dando banho em
Tornado, era um belo garanhão, forte e robusto de
pelagem acinzentada e exótica com manchas
brancas. Eu havia ganho aquele animal do Greg, no
momento de seu nascimento.
Estava sem camisa de costas para o lado leste,
que foi de onde senti alguém me abraçando pelas
costas e alisando meu peito. Levei um baita susto e
me virei com urgência para trás, e era ela, Sandra.
— Você está maluca? O que faz aqui? —
questionei nervoso com medo que alguém tivesse
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visto ela me abraçando daquela forma.


—Você não responde minhas chamadas, por
quê?
— Porque não temos nada para falar. Saia logo
daqui Sandra, antes que Greg ou Lia nos veja.
— Greg foi levar Lia para escolher uma Picape
e eles certamente irão demorar. Ficamos o dia todo
para comprar uma para mim. Vem comigo,
precisamos conversar, vou pedir ao André para
selar um animal e estou indo lá na gruta.
— Vai cansar de esperar, não pretendo ir.
— Estou te esperando lá. — respondeu e virou
às costas para mim.
— Vai perder seu tempo.
Ela fez que não me ouviu, olhou para trás
sorrindo com aquele jeito bandido dela e caminhou
até onde André se encontrava.
Cinco minutos depois ela saiu em direção ao
lago, e provavelmente iria mesmo para à gruta, que
ficava dentro das propriedades do Greg.
Fiquei rodando em meus calcanhares e não
aguentei, eu tinha que ir até lá colocar um ponto
final na minha história com ela.
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Esperei passar alguns minutos e quando todos


estavam distraídos, montei em um cavalo que já
estava selado e fui em direção à gruta no meio da
floresta.
Desci do cavalo e ela estava lá, me esperando
sentada em cima de uma pedra, e quando me viu se
levantou, fechou o cenho e veio em minha direção
falando toda agressiva:
— Como pôde me trair contando sobre nós
para Lia? Onde estava com à cabeça?
— Eu estava bêbado e ela já desconfiava, pois,
usou minha bebedeira a seu favor, fazendo-me
milhões de perguntas.
— E você, o peão idiota, abriu o bico e contou
para ela. Você é um estúpido, Lucas.
Afastei-me dela, perguntando irônico:
— Então agora eu passei de peão gostoso a
peão idiota?
— Você vai desfazer essa idiotice, vai procurar
a Lia e dizer a ela que mentiu porque estava
morrendo de ciúmes de mim, que me ama, mas que
nunca tivemos nada um com outro.
Eu a encarei incrédulo, aquela não era à mulher
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que achava que conhecia e amava.


— Você vai dizer a ela, que se ela contar para o
Greg, ele irá despedir seus pais injustamente e
colocar toda sua família na rua.
— Acha que Greg seria capaz de puni-los por
minha causa?
— Acho que você já deveria conhecer a fúria
do seu patrão, ele já deixou seu rosto marcado por
duas vezes, defendendo uma mulher que nem é
dele, imagina o que será capaz, pela esposa dele?
— Você é doente, Sandra, como não vi isso
antes?
— Eu sei que vai fazer o que estou te pedindo.
— disse-me mudando o tom de voz para seu estado
sedutor.
— É, infelizmente você me conhece muito
bem, não é? Mais do que deveria se tivéssemos
nossas cabeças no lugar.
Virei de costas a ela, eu estava odiando à
mulher que sempre amei. Meu coração batia na
garganta e minhas mãos suavam frias.
Senti quando se aproximou, me abraçou pelas
costas e levou suas mãos em meu pau no meio de
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minhas pernas.
Fechei meus olhos, sentindo o cheiro dela,
pois, ela havia passado o perfume que eu amava,
pensei em nosso bebê e nas coisas que ela havia me
dito, e assim quando meu pau quis ganhar vida
própria e me desobedecer, eu a afastei de mim,
dizendo:
— Me deixa em paz!
— Lucas não faz assim comigo, por favor,
você precisa me escutar e depois vai me entender.
— Sinceramente. — respondi com as mãos na
cintura. — Não acho que você consiga justificar o
que está fazendo comigo.
— Lucas, se o nosso bebê for criado pelo Greg,
ele herdará tudo isso, você vai estar sempre perto
dele, eu estarei com ele e todos ficaremos bem um
dia.
Eu não estava acreditando no que estava
ouvindo, meu estômago se embrulhou e senti nada
além de asco da mulher que um dia eu amei, e ela
continuou destilando seu veneno.
— Me diga, o que eu e você juntos poderíamos
dar para essa criança?

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Agarrei-a pelos braços, nervoso, com a


adrenalina pulsando forte em minhas veias, falei:
— Amor! Você sabe o que significa essa
palavra? Daremos amor para nosso pequeno ou
pequena. — balancei à cabeça, desacreditando
ainda. — Você nem sabe o que é amor, Sandra,
você nunca me amou, nunca amou o Greg, nunca
amou ninguém.
— Não diga isso Lucas, por favor, eu amo
você.
— Você ama nada além de si mesma. Nessa
nossa história toda, durante tantos anos, só eu amei,
e é tanto amor que chega me doer. E pensar em
perder você, me dói.
— Você não vai me perder, amor.
— Você já me perdeu, não tem mais volta para
nós, a menos que volte atrás e venha comigo,
desapareça daqui comigo e vamos cuidar do nosso
filhote.
— Lucas eu te amo, será que não consegue
entender que só quero o seu bem?
Uma fúria subiu de dentro de minhas
entranhas, então a virei de costas, segurei firme em

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seus braços e a encostei na parede da gruta dizendo:


— Você não me ama, você ama meu pau
entrando dentro de você, te cutucando fundo e
fazendo você gozar nele. Está sentindo ele
crescendo? Está sentindo?
Aquela situação estava mesmo me excitando,
aquela mulher me deixava louco, mesmo sendo tão
dissimulada e cruel.
— Para com isso, Lucas, me solta. Eu amo
você, sempre amei e isso não tem nada a ver com
seu pau, porque se fosse isso eu ficaria somente
com Greg, que também têm uma delícia de pau, ele
sabe como fazer as coisas, você nem imagina como
ele é gostoso.
Eu a apertei ainda mais forte e a fiz sentir
minha ereção pulsando e cutucando sua bunda.
— É mesmo? Greg é tudo isso mesmo?
— É, ele é perfeito no sexo.
— Está sentindo meu pau latejando por você?
— continuei forçando-a contra à parede. — É assim
que gosta que eu te coma, lembra? Com à cara
esfregando na parede.
— Sim! — ela disse ficando mole em minhas
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mãos. — Sim, Lucas eu amo sentir você me possuir


de pé e de cara na parede, por favor, me come logo.
— exigiu com a voz excitada.
Levei minhas mãos por baixo de sua camisa e
segurei forte em seus seios, fazendo-os crescer em
meus dedos, deixei-a louca por mim com meu pau
apertando forte a bunda dela, então puxei seu
cabelo de lado e passei a beijá-la em seu pescoço e
a lambê-la, então questionei-a?
— Você me quer dentro de você? Quer?
— Quero, quero agora, Lucas, me coma, acaba
comigo como você sempre faz.
Então falei com meus lábios encostados no
lóbulo dela:
— Fique você sabendo, que meu pau nunca
mais vai te possuir.
Soltei-a e ela estava toda ofegante e excitada.
Fui caminhando em direção ao meu cavalo e
ela resmungou:
— Lucas! Vai me deixar assim queimando de
desejo por você? Volta aqui Lucas! Volta aqui!
Virei em sua direção uma última vez e a
respondi:
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— Arrume outro peão para te comer, porque


meu pau nunca mais vai sentir o seu calor.
Montei em meu cavalo e fui embora a
deixando lá.

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Capítulo 25

Lia
Greg me carregou no colo e me colocou na
banheira que ele já havia enchido durante o tempo
em que tomou banho no chuveiro. A água estava
quentinha, então me deitei e coloquei minha cabeça
no apoiador, enquanto Greg saiu e foi até o
frigobar. A banheira estava cheia de espuma e sais
de banho, um cheiro delicioso. Eu estava pensando
em minha mãe e em como contar tudo para o Greg
sem deixá-lo ferido, eu sabia que ele ia sofrer, era
inevitável. Não sabia ao certo se sofreria por ter
sido traído tantos anos ou se descobriria que amava
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minha mãe. Estava imersa em meus pensamentos


quando Greg voltou com duas taças de Champagne.
Deu uma para eu segurar, se sentou atrás de mim e
fiquei entre suas pernas.
— Por que está com essa carinha de quem
comeu e não gostou?
— Impossível comer você e não gostar.
Ele gargalhou gostoso e levou sua bebida à
boca.
— Não sabia que era dado a essas bebidas
chiques, aliás, como conhecia esse lugar?
— Primeiro, por que acha que não sou dado a
bebidas como Champagne? Eu sou tão caipira
assim?
— Claro que não, seu bobo.
— Segundo, eu não conhecia esse lugar, fiquei
conhecendo agora aqui com você. Por incrível que
pareça, Lucas é quem vivia falando desse lugar,
vem sempre aqui com uma mulher que dizem ser
casada.
Remexi-me incomodada e bebi todo o meu
copo, secando e pedindo mais.
Greg pegou a garrafa que estava em um balde
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de inox no deck que circulava a hidro, e falou:


— Ei, vai com calma, não quero chegar no
haras te carregando.
— Lucas e seus segredinhos. — sussurrei.
— Não sei por que, mas não gosto de você
perto dele. — suspirou ao falar.
Virei meu rosto para trás e o beijei, e disse:
— Não se preocupe com isso, Lucas e eu não
temos nada a ver um com o outro.
— Mas gosta de sair para beber com ele, né?
— Gosto de sair com ele para te provocar.
— Ah! Então é isso? Gosta de me ver
sofrendo? Por que é assim que fico quando sai com
ele.
Balancei a cabeça e o respondi:
— Me perdoe meu amor, sempre fiz as coisas
sem pensar, te prometo que não irá mais acontecer.
— Espero mesmo. — beijou-me com à boca
gelada e gostosa.
Greg suspirou profundo e assim o inquiri:
— O que foi? Está preocupado com alguma
coisa?
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— Sua mãe está mentindo para mim e eu nem


faço ideia o porquê.
— Mentindo?! — fingi espanto.
— Sim, não pode estar grávida de mim, e se
estiver, não sou o pai.
— Greg!! — virei na banheira e o encarei.
— Ela não sabe, Lia, mas eu já tinha parado de
tomar o medicamento há um ano atrás, ele me
causava náuseas e me dava muito sono. Eu sentia
muito mal-estar, era como se acordasse todos os
dias depois de ter sido atropelado por uma
colheitadeira.
Greg meneou a cabeça negativando:
— Ela não está grávida, as vezes que
conseguimos, ela perdia rapidamente.
— Por que acha que ela está mentindo?
— Ela andou percebendo minha frieza com ela,
pode muito bem ser isso.
— Não, acho que isso é impossível.
— Ou já sabe sobre nós. — falei.
Fiquei inquieta e me levantei da banheira
dizendo:

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— Precisamos ir, ainda temos que ir atrás da


Picape ou aí mesmo que irá desconfiar de nós.
Sai da banheira enrolada na toalha cor de palha
e Greg saiu pelado molhando todo o chão e me
agarrou pelas costas:
— Ei, volta aqui, nada disso, ainda está muito
cedo para irmos embora, temos tempo, não se
preocupe, já cuidei de tudo sobre à Picape, já sei
onde iremos, já liguei e deixei reservada uma de
pronta entrega, se você gostar já levamos para casa.
Ainda não acabei com você.
— Mas vai se continuarmos nesse ritmo. —
Sorri.
Virei-me, passei meus braços sobre o pescoço
dele, deixando à toalha despencar de meu corpo e
levei meus lábios aos seus e o beijei, Greg era lindo
demais, gostoso demais, e eu seria uma tola se não
aproveitasse ao lado dele, todo o tempo que
tivéssemos disponível.

Greg
Algo estava perturbando Lia e eu precisava
fazê-la esquecer o mundo lá fora, e enquanto ela
me beijava, estendi minha mão em cima do frigobar
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e peguei um morango, mordi a ponta e levei até os


lábios dela, e ela mordeu a fruta gulosa, comeu e
em seguida voltou a me beijar ardentemente,
deixando nosso beijo intensificar e esquecendo de
todos os problemas do mundo. Virei-a de costas
para mim, fazendo-a sentir como eu a desejava e
como estava febril por ela, eu queria mais, muito
mais e assim fui caminhando com ela rumo a
espreguiçadeira que ficava ao lado da hidro. Virei-a
de frente para mim e voltei a devorá-la em um beijo
que simplesmente indicava que eu a possuiria
novamente, eu estava queimando de tesão e meu
pau estava ganhando nova força, crescia ao contato
da pele de Lia, e eu iria amá-la novamente, meu
corpo queria, minha mente exigia. Deitei-me na
espreguiçadeira e a puxei para mim, ela se deitou
de lado esfregando sua bunda no meu pau que já
relinchava de tesão, cortejando aquela potranca
mais gostosa que ele tinha montado. Eu afastei seus
cabelos para o lado e beijei seu ombro direito e
mordi. Coloquei meus dedos no meio de suas
pernas e passei a massageá-la e deixá-la excitada e
molhada para mim. Eu a penetrava com meus
dedos e a beijava devagar, com carinho, apreciando
cada contato de nossas línguas que se deliciavam
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uma com a outra. Quando senti sua lubrificação


viscosa, lambuzar os meus dedos, já era sinal que
estava pronta para me receber, então ergui sua
perna direita e fui aos poucos penetrando-a
novamente e meu pau pulsou quando eu a invadi
inteira e ela sussurrou, se remexendo no meu pau:
— Oh, oh Greg! Greg me fode com força, me
come com vontade, não pare, não pare amor.
Ao seu pedido exigente e cheio de tesão, passei
a aumentar os movimentos, entrando e saindo
daquela boceta quente e extremamente úmida, e
senti-la tão molhada daquela forma me levava ao
êxtase, e assim eu a comi de lado até ficar ainda
mais excitado que queria comê-la de quatro, e
assim pedi a ela, ofegante:
— Quero montar em você, minha eguinha,
quero gozar feito um garanhão.
— O que houve com a potrinha?
— Ela cresceu no meu pau. — respondi
beijando e sorrindo ao mesmo tempo.
Lia sabia perfeitamente o que era uma monta, e
assim se ajeitou na espreguiçadeira empinando
aquela bunda deliciosa para mim, eu tive a visão
mais deliciosa dela, sua vagina estava
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perfeitamente depilada e rosadinha, debrucei-me


sobre ela e passei a beijar suas costas e morder, eu
teria penetrado em seu ânus, mas sem conversamos
sobre isso antes, eu não tentaria algo assim, então
eu a penetrei novamente, e passei a bombar com
cuidado, entrava e saia dela e Lia gemia para mim,
e seus gemidos calorosos me deixavam loucamente
excitado e sem conseguir me segurar passei a fodê-
la forte naquela posição privilegiada. Pof pof pof
pof, eu metia nela fundo, com estocadas ritmadas e
intensas e Lia simplesmente respondia a minhas
estocadas gemendo deliciosamente.
— Ohh, ohhh, ah, ah, vai amor, mais forte, eu
adoro assim.
Grudei em seus cabelos e estocava meu pau
nela com vontade, e então não aguentei e enfiei
meu dedo em seu ânus, e assim que Lia me sentiu
invadindo-a em suas partes secretas ela gemeu:
— Ohhhhu oooou ouuu. — seus gemidos eram
a resposta que ela havia gostado, então eu a
estocava mais rápido enfiando dois dedos nela,
simplesmente aquilo me enlouquecia, eu queria
comê-la lá, estava louco de tesão, era um fetiche, e
assim a penetrava e metia gostoso, com Lia

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gemendo cada vez mais alto e me pedindo:


— Oooou ouuu Greg, Greg, isso é delicioso,
continue, continue, continue.
Exigia mais de mim e eu louco para comer seu
ânus, mas iria me segurar, e assim bombei, bombei,
penetrei meus dedos em seu ânus ao mesmo tempo
em que estocava forte e gostoso, e assim falei quase
explodindo.
— Gostosa, ohhh gostosa, que bunda gostosa.
— eu estava delirando e quase babando.
Estoquei fundo e enfiei meu dedo nela mais
uma vez, e Lia passou a mexer exigente rumo ao
meu pau e gritou gemendo, tendo fortes espasmos,
gozando no meu dedo e no meu pau.
— Ohhhhh, o o o ohhh Greeegg, ownn, ownn,
ownn Greg, ah meu Deus! Que delícia! Ohhhhhh.
Ohhhhhhhh
E assim fui me envolvendo naqueles tremores e
a levantei para se encostar em mim e senti-la me
tocando e quando percebi eu estava fora de mim,
entrando num nirvana fora do comum, meu
esperma saiu em jatos dentro de Lia, eu estava
literalmente tendo o melhor orgasmo daquela tarde
e assim urrei:
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— OOOOOHHHH Porra! Porra Lia, gostosa,


gostosa, uauuu, ohhhhh porra! ohhhh ohhhh.
Ohhhhhhhhh!
Eu estava morto e Lia nem se falava, debrucei-
me sobre ela e busquei seus lábios e a beijei
gostoso, eu estava leve, eu a amava.
Levantei-me e Lia se deitou morta na
espreguiçadeira, fui ao banheiro lavar minhas mãos
e peguei pedaços de papel e fui até ela limpá-la,
pois meu sêmen estava escorrendo dela.
Eu a limpei, e ela disse:
— Greg, você não existe, foi o melhor sexo da
minha vida.
Eu a peguei no colo e a levei para a banheira
novamente, ficamos cada um deitado de um lado
relaxando com as bolhas da hidro nos relaxando e
as espumas transbordando.
— Lia, não fiz sexo hoje com você, o que
fizemos juntos, hoje, aqui foi amor, foi
cumplicidade, diferente das rapidinhas que tivemos
por puro tesão. Eu a amei hoje, e irei amá-la todas
as vezes, de hoje em diante.
Lia sorriu para mim e fechou seus olhos e

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disse:
— Eu te amo, Greg. E hoje fiz amor pela
primeira vez.
Fiquei observando-a e bebendo a champanhe, e
assim vi quando Lia simplesmente dormiu,
completamente relaxada.

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Capítulo 26
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Lia
Aquela tinha sido uma tarde perfeita, ao lado
do homem perfeito que eu amava com todas as
minhas forças, independentemente de quem ele era.
Eu tinha colocado uma coisa em minha cabeça, não
se escolhe quem ama, por mais que à razão te dê
milhões de motivos para não amar, o coração é
terra de ninguém, não existem regras, não existe lei,
nem idade, ele simplesmente te escolhe e se abriga
dentro de você, guardando forças e energia para
despertar com força suficiente que te faça
ultrapassar barreiras e quebrar tabus.
Saímos do hotel e fomos diretamente para São
Paulo em uma concessionária, lá já havia uma
Picape nos esperando, era vermelha e eu
simplesmente amei.
Voltei para casa dirigindo-a e Greg dirigiu a
sua.
Assim que chegamos na casa grande, minha
mãe veio nos receber elogiando a Picape e Greg
tratou de ir entrando sem conversar com ela,
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simplesmente se esquivou.
Quando ele sumiu de nossas vistas, ela se
aproximou de mim, cruzou os braços e disse:
— Como fui tola em achar que Lucas era o seu
amor do passado.
— Do que está falando? — perguntei nervosa.
— Andei percebendo como olha para o Greg,
sei que ele é o seu amor do passado, você o ama
desde a adolescência, mas quero que fique sabendo
de uma coisa menina, Greg é o meu homem, meu, e
quero você longe daqui e longe dele o mais rápido
possível. Você vai dizer a ele que quer voltar a
morar com sua avó em São Joaquim. Estou grávida
dele, vou dar a ele o filho que ele tanto sonhou e
aqui não tem mais lugar para você.
Entrei em desespero e comecei a chorar, e sai
correndo para as baias.

Greg
Passei o mais distante de Sandra e tratei logo
de ir para o banho tirar o cheiro de Lia do corpo,
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não demorou nada e ela apareceu na porta do


banheiro.
— Me perdoe amor, onde já se viu obrigar
você passar tanto tempo assim com Lia, sabendo
que a odeia.
— Está tudo bem, achamos a Picape, não
achamos?
Sandra começou a tirar sua roupa dando a
entender que entraria no banheiro comigo, eu
percebendo isso desliguei o chuveiro, peguei a
toalha e fui logo saindo.
— Poxa amor, eu ia entrar com você.
— Estou exausto Sandra. — respondi e fui me
trocar.

Lia
Passei por Lucas em prantos e entrei na baia
junto com Blue, e lá chorei abraçada em seu
pescoço.
— Lia tudo bem? — perguntou-me, pois havia
me seguido.
Enxuguei as lágrimas e disse que estava tudo
bem.
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Lucas pegou em minha mão e foi me puxando


para fora das baias e me guiando rumo às cercas
brancas dos estábulos, juntos escalamos e nos
sentamos no topo dela.
— Precisamos ter uma conversa séria. — ele
disse.
E eu assenti, respondendo-o:
— Por mim tudo bem, mas precisamos de
tequila.
Ele riu, enfiando as mãos no bolso de sua calça
pegando um cigarro.
— Não dessa vez, precisamos estar bem
sóbrios. — respondeu-me.
— Achei que fumasse só quando bebesse.
— E quando estou nervoso também. —
respondeu-me e acendendo o cigarro com um
isqueiro de prata.
— Lucas, eu imagino que você deva estar uma
pilha, se perguntando o que vou ou não fazer com
toda essa situação que se formou ao nosso redor,
mas não posso continuar deixando minha mãe
enganar o Greg com essa gravidez, entende? Ele já
está desconfiado.
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— Lia, não é em mim que penso quando sinto


que a casa vai ruir. Por mim ela podia cair na
minha cabeça que eu ia aguentar firme, ia arrumar
minhas coisas e desaparecer daqui, mas é em meus
pais que penso. Meu pai não conhece outra vida
senão atrás das cercas desse Haras, ele chegou aqui
solteiro, com a mesma idade que estou agora.
Casou com minha mãe bem novinha e trouxe ela
para cá, e aqui eu nasci e vivi toda a minha vida.
— Sei o que está tentando fazer, Lucas, sei que
está tentando defender minha mãe, mas ela não te
defenderia, acredite.
— Eu sei que não, Lia. Sei bem do que sua
mãe é capaz. Se fosse defendê-la, diria a você o que
ela me pediu para dizer. Diria que eu menti porque
estava com raiva dela, por despeito. Acontece que
isso não tem nada a ver com despeito, tem muito
mais coisa envolvida por trás de tudo isso.
— Não pode me pedir para esconder isso.
— Não vou te pedir, vou deixá-la agir da forma
que acha que deve, só queria que soubesse de todo
o sofrimento que irei causar a meus pais. Minha
mãe criou o Greg, sabia disso?
— Como assim criou o Greg? — Indaguei
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espantada, dando-me conta de que não sabia nada


da vida dele.
— A mãe do Greg morreu ainda na
maternidade e foi minha mãe que ajudou o pai dele
a criá-lo.
—Mais um motivo pelo qual Greg não irá
confundir as coisas.
— Meu pai sabia de tudo, Lia. Me pegou com
a Sandra um dia, lá no lago. E assim que o Greg for
questioná-lo sobre isso, meu pai irá dizer à verdade,
e Greg não irá suportar essa traição.
Desci da cerca desconsolada, Lucas abriu um
buraco enorme no chão, me jogou dentro e
enterrou-me. Sai caminhando de cabeça baixa
completamente desnorteada, pensando alto sem
saber o que fazer. Era dez a zero para minha mãe,
fosse como fosse, ela conseguiu tudo o que queria,
pois, eu jamais teria coragem de contar tudo ao
Greg, eu estava nas mãos do tempo e nem
conseguia culpar Lucas por isso. À noite estava
começando a cair fria, e caminhando cabisbaixa dei
de topo com Greg, havia tomado banho e estava
com um cheiro de enlouquecer, eu amava o cheiro
dele, era intenso, amadeirado e tinha um leve toque
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de gengibre.

Greg
— O que aconteceu, o que sua mãe te falou
quando entrei, que te deixou assim? Não minta para
mim, eu odeio mentiras, por favor. Vi vocês duas
conversando exaltadas da janela.
— Ela me disse que sabe do meu amor por
você, mas que você é o homem dela.
— Como assim, ela já sabe da gente?
— Não, não da gente, mas sabe de mim, sabe
que o amo desde a adolescência.
— Ah! Meu amor, eu queria te abraçar agora,
queria te tocar, queria te confortar e dizer que tudo
vai ficar bem.
— E eu queria muito o seu abraço, queria
muito, Greg. — despenquei a chorar sem conseguir
evitar, e se Greg me tocasse ali, certamente que
minha mãe iria ver, pois, estávamos muito
próximos da casa.
— Lia, não chora, não chora, por favor, estou
ficando desesperado, por favor, por favor não
chora. — implorava para que eu parasse, contudo
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eu não conseguia e antes que ele perdesse a cabeça,


dei a volta nele e seguir rumo à casa grande.
Quando entrei, minha mãe estava na sala
escrevendo. Usava óculos de grau e parecia uma
intelectual, dessas que se deve respeitar, mas aquilo
era só a casca, porque não passava de uma cobra,
que achei que conhecesse.
Ela retirou os óculos do rosto e disse-me:
— Está com fome querida? O jantar está quase
pronto. — uma frieza de dar medo.
Engoli em seco e a respondi:
— Você ainda vai cair das próprias pernas,
mãe.
Quando coloquei meus pés no primeiro degrau
da escada, indo rumo aos quartos, ouvi a voz de
Greg dizendo:
— Lia, por favor, vem comigo até as baias,
preciso que me ajude com os medicamentos. Por
conta da nossa saída, tem alguns animais que não
foram medicados.
Não sei o que Greg pretendia, mas encarei
minha mãe, que me disse toda cínica.
— Vai meu amor, é o tempo de o jantar ficar
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pronto.
Meu coração estava batendo na garganta e eu
tremia de nervoso, iria entrar em colapso. Eu é que
estava precisando de medicamentos.
Caminhamos lado a lado, sem que eu
conseguisse parar de chorar. Greg tinha acabado de
me dizer que não gostava de mentiras e aquilo
significava que até eu pagaria por toda aquela
situação criada por minha mãe.
— Meu amor, por favor, não fique tão nervosa,
ela não sabe nada da gente.
— Ela me pediu para voltar para São Joaquim.
— O que? Ela enlouqueceu?
Caminhávamos rápido e com o cair da noite,
não tinha mais ninguém andando pelas baias e pelo
galpão de enfermagem, que foi onde Greg entrou
para pegar os medicamentos para os animais. Ele
acendeu à luz e veio em minha direção a passos
largos, me pegou em seus braços, enlaçando-me
pela cintura e beijando-me desesperado.
— Lia, você não vai a lugar algum, não vou
permitir isso.
Voltou a me beijar com desespero e com
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urgência, segurando firme em minha nuca.


Era muita paixão em um só beijo, muito amor e
muita proteção, meu coração estava palpitando e a
adrenalina circulava fervendo pelo meu corpo.
— Lugar nenhum, você não vai a lugar
nenhum. — repetiu e assim foi dando-me selinhos,
acalmando-me. Colocou minha cabeça em seu peito
e continuou com a mão quente em meu pescoço e
então falou novamente:
— Não vou deixar ninguém te fazer mal. —
olhou-me nos olhos e questionou-me — Confia em
mim?
Meu coração quase parou no peito e sem
conseguir respondê-lo, apenas assenti.
Suspirei alto.
Me afastou de seu peito e segurou em meu
rosto com suas mãos, beijou-me delicado na testa e
disse-me, fazendo-me sentir protegida e amada:
— Amo você, e como amo, Lia.
Aquilo acabou comigo, se eu já estava
destruída, fiquei ainda pior, eu o estava enganando
junto com minha mãe e Lucas, se não contasse
estaria me tornando cúmplice dela, mas como fazer
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uma revelação daquelas no momento mais doce


dele comigo.
Ele me grudou de novo então falei:
— Vamos andar logo com esses
medicamentos, porque estou azul de fome.
— Também estou azul de fome, vou comer
você. — riu brincalhão.
— Ah! Não vai mesmo. Você bateu todas as
cotas de sexo numa única tarde, estou dolorida.
Com os lábios encostados aos meus, ele disse:
— Hummm! Dolorida é? — me deu muitos
beijinhos pelo rosto todo. — Onde doí senhorita?
— Greg, pare com essas brincadeiras, alguém
pode nos ver aqui.
Olhou-me sério e respondeu;
— Não vejo a hora disso tudo acabar, de
resolvermos tudo isso e pararmos de nos esconder.
— Amanhã minha mãe vai à consulta.
Ao tocar no assunto da gravidez, Greg me
soltou de seus braços e direcionou-se rumo às
prateleiras dos medicamentos e pegou as caixas que
usaria.

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Depois de medicarmos dois animais, voltamos


para casa, assim que entramos, minha mãe já veio
dizendo:
— Até que enfim meus amores, estou
morrendo de fome:
— Podem ir jantando, ainda vou tomar banho,
depois esquento o meu prato. — respondi com
frieza.
— Vamos esperá-la. — disse Greg.
— Estou morta de fome, vamos Greg, depois
Lia come. — falou minha mãe.
Greg me olhou e sem minha mãe ver, assenti
para ele, e subi para meu quarto.
No chuveiro eu não conseguia parar de chorar.
O que eu iria fazer meu Deus? Como contar à
verdade, se eu sabia que muitos iriam se ferir, e o
principal, Greg iria se ferir e eu o amava demais,
não podia continuar enganando-o, sendo cúmplice
de minha mãe. Passei mais de uma hora sentada no
chão do banheiro com a água caindo leve sobre
minha cabeça, eu até já estava sentindo meus olhos
incharem.
Depois de uma tarde como a que passei com

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Greg, fui do paraíso ao inferno em poucas


badaladas do ponteiro do relógio.
Quando desci para jantar, já passava das nove,
minha mãe não estava mais na parte de baixo da
casa e Greg estava no computador. Piscou para
mim quando passei e eu sorri desconcertada.
Aquela era uma situação da qual nunca pensei em
viver, mesmo amando-o toda à vida.
Ana havia feito panquecas, e estavam
deliciosas, estava comendo a segunda, quando
escutei um grito estridente de minha mãe.
— Greeegggg !!!

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Capítulo 27
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Greg
Sandra gritou aflita por mim, algo errado
estava acontecendo, e sem pensar duas vezes,
coloquei meu notebook de lado no sofá e sai
correndo escada acima, com Lia vindo no encalço.
Entrei no quarto e ela estava sentada em sua
escrivaninha em frente ao notebook.
Estava em prantos, uma cena de dar pena e que
eu já havia presenciado outras tantas vezes.
— Amor! Amor eu perdi nosso bebê
novamente. — chorava vertiginosamente.
Fui até ela e disse:
— Vai ficar tudo bem, já passamos por isso.
— Perdi ele, meu amor, foi tudo culpa da Lia
que me deixou tão nervosa dizendo que iria
embora.
Eu a abracei tentando consolá-la.
Olhei para Lia parada na porta e assim que
ouviu o que Sandra disse, se virou e saiu sem dizer
uma única palavra.
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— Olha todo esse sangue, nunca vamos


conseguir ter um bebê só nosso.
— Vem, levanta, vou te ajudar no banheiro.
— Me perdoa, me perdoa, meu amor.
Engoli em seco e a respondi:
— Isso não é importante nesse momento, a
culpa não foi sua, vamos para o chuveiro e depois
para o hospital.
— Eu estou bem, amor, não vou precisar ir ao
hospital, amanhã já tenho consulta com meu
médico. Prefiro esperar.
Ajudei- a no banho e em seguida a se trocar e
fiz que se deitasse na cama.
Fiquei sentado na ponta da cama ao seu lado,
pensando em como fui omisso com ela. Não
acreditei na gravidez, quando deveria ter
acreditado. Um remorso me corroía, e quando
Sandra dormiu, sai do quarto na ponta dos pés.

Lia
Como ela pode ser capaz de fazer um aborto e
ainda me culpar por isso? Essa era a questão que
martelava em minha cabeça. Quando foi que minha
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mãe virou esse ser humano desprezível? Nunca


imaginei que ela fosse capaz de matar um
bebezinho indefeso. Que covardia, que
inescrupuloso fazer tal coisa e ainda me culpar para
o Greg. Meu Deus! Ele deve estar me odiando e
acreditando nela.
Eu estava debruçada na cerca da varanda,
quando senti mãos fortes apertarem minha cintura e
beijar minha cabeça com afeto.
— Ela está descontrolada, com ciúmes de você,
até tentou jogá-la contra mim. Sua mãe é esperta,
Lia, ela está sentindo que vou pedir a separação.
Respirei aliviada e respondi:
— Não falei a ela que iria embora, ela mentiu,
foi ela que mandou embora.
— Eu sei, confio em você meu amor.
Me virei em sua direção, segurei em seu rosto
com às duas mãos e o beijei de forma mansa.
Quando fui tirar meus lábios dos seus, ele segurou
em minha nuca e voltou a me beijar e antes de se
afastar, mordeu meu lábio inferior.
— Amo você.
— Também amo você.
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Separei-me dele e fui me sentar em uma


poltrona e Greg sentou-se em outra.
— Como ela está?
— Dormindo.
— Nunca soube da história de vocês, nunca me
interessei porque odiava o fato de você ter sido o
responsável pela separação dos meus pais.
— Espera aí, Lia, não fui eu o responsável. Do
que está falando? Seus pais se separam porque ele a
traía com outra mulher.
— Ela disse isso a você?
— Sim. Disse sim. — Greg parecia mesmo
surpreso e pelo jeito, minha mãe construiu o
relacionamento deles a base de mentiras.
— Minha mãe traiu meu pai com um homem
qualquer que eu jurava ser você. Por isso ele se
separou dela e voltou para o Sul.
Greg se levantou inquieto. Usava o mesmo
short xadrez vermelho da nossa primeira noite na
cozinha.
— Tem noção que vivi 11 anos ao lado de uma
mulher que nem conheço?
— Eu sinto muito.
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Aquele seria o momento perfeito para lhe


contar tudo, mas Ana e Luiz me vieram à mente e
eu simplesmente não tive coragem. Afinal de
contas, Greg iria mesmo pedir o divórcio, então que
mal havia em esperar as coisas acontecerem.
Levantei-me, para entrar na casa, e Greg me
enlaçou pela cintura e sussurrou em meu ouvido:
— Fica comigo essa noite?
Sorri e o respondi:
— Você não se cansa de mim?
— Não, e eu quero muito dormir abraçado com
você.
Não sei dizer como eu ainda conseguia me
excitar com tudo que havia acontecido, e depois de
uma tarde de amor tão intensa. Mas ao ouvir o que
havia me dito e imaginar a cena, minha vagina se
apertou de desejo, e mesmo assim fui capaz de
respondê-lo.
— Para com isso, Greg. Ela pode acordar.
Ele me beijou na nuca e me soltou e subi para o
meu quarto.
Na manhã seguinte, levantei muito cedo como
vinha fazendo todos os outros dias. Fui até à
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cozinha e Greg já havia passado por ela e ido


embora para a lida sem me esperar.
— Bom dia! Ana.
— Bom dia menina, Lia. — respondeu-me
solícita como sempre, era um doce de criatura.
Baixinha, de cabelos lisos e negros que ia até o
meio das costas. Tinha um sorriso puro e uma voz
mansa que me acalmava.
Sentei na mesa do café e ela saiu com uma
bandeja para levar ao quarto de minha mãe. Então
questionei-a:
— Já sabe do acontecido, Ana?
— Sim, Greg me contou assim que cheguei
para preparar o café.
Balancei a cabeça positivamente e ela saiu.
Terminei meu café e fui para as baias, queria
passar um tempo com Blue, e chegando lá,
encontrei-me com Lucas que estava soltando os
animais nos pastos.
— Bom dia, Lucas!
— Bom dia! — respondeu-me seco.
— Sabe do Greg? — indaguei.
— Foi para São Paulo, precisava de uns
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medicamentos com urgência.


— Por que? O que houve?
— Só um animal que se feriu.
— É grave? Vou dar uma olhada.
— Não, vai ficar tudo bem. Greg já fez
curativos.
Ponderei e acabei perguntando a ele:
— Lucas! Greg comentou alguma coisa com
você?
— Sobre o que?
— Minha mãe?
— Não, que foi que ela aprontou dessa vez?
— Perdeu o bebê ontem à noite.
— O que?!!! — fez cara de assustado.
— Eu lamento, acho que o bebê era mesmo do
Greg.
— Mentira dela, ela está mentindo, Lia. Ela
disse a mim com todas as letras que o filho era
meu, me disse até o dia em que o fizemos. Ela
abortou o meu filho.
Lucas entrou em desespero.
— Ela não fez isso com meu filhote, ela não
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fez!

Lucas
Meu coração batia descompassado em meu
peito, as veias pulsavam ferozes em meu pescoço,
mas ela ia me ouvir. Com Greg fora, ela ia me
ouvir.
Entrei na casa grande e minha mãe vinha
descendo as escadas com uma bandeja e segurava
entre os dedos um envelope de remédio destacado.
— O que pensa que está fazendo, filho? Deixe-
a, ela precisa de repouso.
— O que é isso? — questionei minha mãe.
Ela ponderou e então respondeu, pois já sabia
que seria vovó.
— Encontrei no cesto de lixos que ela tem ao
lado da escrivaninha.
— E o que é isso, mãe?
— É um abortivo poderoso, Lucas.
— Me dê isso.
— Não, Lucas está maluco? Ela vai saber que
eu dei a você.

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— Não vai, vou fingir que eu mesmo encontrei


no cesto.
— Lucas, o Greg pode voltar, não se arrisque
por ela.
Peguei a cartela vazia e subi as escadas indo
direto ao quarto dela. Abri a porta e ela estava
encostada em grandes almofadas com seu
computador na mão.
Olhou-me com espanto e questionou:
— Você perdeu o juízo?
— Não, o juízo eu já tinha perdido há tempos
quando deixei você me seduzir. O que acabei de
perder foi meu amor por você.
— Lucas, no final das costas ficou provado que
o filho era mesmo do Greg, do contrário eu não
teria perdido novamente.
Fui caminhando em direção a escrivaninha
dela, disfarcei de costas como quem estava
pensando e então enfiei a mão no lixo e tirei de lá a
cartela vazia.
Ergui meu braço mostrando a ela, que
simplesmente ficou branca, mas do que já era.
— Então o bebê era do Greg? — Ainda
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mostrando a cartela para ela.


— Lucas isso é só um comprimido de
enxaqueca. — argumentou levantando-se da cama,
vindo em minha direção.
— Acha mesmo que sou tão ignorante assim?
— Lucas meu amor, isso foi preciso. — tentou
me tocar.
— Não toque em mim. — disse e fui saindo do
quarto.
— Então vai, vai atrás das mulheres que não
tem nem nome, você merece elas.
Parei abrupto, virei-me e a respondi.
— Nenhuma delas nunca teve nome, porque
nunca perguntei, mas o dia que eu perguntar o
nome de uma mulher, essa sim, será a mãe dos
meus filhos, e não uma pessoa sem alma como
você.
— Você nunca mais vai encostar um dedo em
mim. — disse ela.
— Errado, eu é que nunca mais encosto em
você. — respondi e sai urgente da casa.
Eu podia até ser descoberto por Greg, mas
minha alma eu lavei.
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Capítulo 28

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Lia
Depois que contei ao Lucas sobre minha mãe,
ele saiu disparado para a casa grande, fiquei com
medo do que pudesse acontecer e o segui. Lucas
tinha tido a coragem de subir até o quarto dela e ir
tirar satisfações, o que me deixou completamente
apreensiva esperando na sala junto com Ana, que
estava simplesmente em pânico, e eu fiquei
tentando acalmá-la sem obter nenhum sucesso, ela
temia que Greg pudesse voltar a qualquer momento
e surpreendê-los juntos lá no quarto. O que não
seria uma má ideia se eu não gostasse muito do
Lucas e achasse que ele não merecia sofrer as
consequências daquele relacionamento que vinha
mantendo com minha mãe. Não que ele não tivesse
culpa de ter tido o topete de se envolver com a
mulher de seu patrão, mas eu não conseguia vê-lo
sofrendo mais ainda, não depois de minha mãe ter
lhe tirado o direito de ser pai.
A discussão dos dois podia ser ouvida no andar
de baixo, minha mãe estava completamente
exaltada e não demorou, Lucas passou por nós na
sala como um raio, desceu as escadas da varanda e

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foi em direção a casa deles que ficava a uns 500


metros da casa grande rumo à leste. Ana, saiu atrás
do Lucas e eu fiquei sentada em uma poltrona na
varanda, simplesmente sem saber como agir.
Estava de cabeça baixa quando ouvi o som da
voz de minha mãe questionando-me:
— Está satisfeita agora? Correu e contou para o
Lucas não é mesmo? Sua cobrinha.
Levantei e a encarei, retrucando:
— Isso, cobrinha, adorei, pois, sendo filha de
quem sou, à cobra mãe, eu só poderia ser uma
cobrinha, não é mesmo?
Ela veio até mim, grudou em meus braços com
muita força encarando-me com ódio que chegava a
faiscar em seus olhos cinzas e nebulosos. Ela foi
me empurrando em direção às escadas da varanda
que deveriam ter uns 8 degraus, eu não morreria ao
ser arremessada escada abaixo, mas certamente me
machucaria. Eu tentava me soltar de suas mãos,
mas não conseguia, estava assustada, pois já
estávamos próximas às escadas, e simplesmente fui
salva por Ana, que disse toda eufórica:
— Menina Lia, ajude-me, Lucas está
arrumando as malas e vai embora do Haras.
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Minha mãe me soltou e eu a olhei bem fundo


nos olhos, não existia mais vestígios da mulher que
um dia amei e chamei de mãe. Passar tantos anos
separada dela, fez-me criar uma imagem
completamente oposta daquela que agora estava
frente a frente comigo, tentando me jogar de uma
escada. Virei-me sem dizer nada a ela, e com isso
desci às escadas por minha própria vontade.
— Vou lá falar com ele, Ana. Não te prometo
nada. — disse a ela e fui em direção sua casa.
Ao chegar na porta da sala, que estava aberta,
entrei e procurei Lucas pelos cômodos, ele estava
em um dos quartos, próximo de seu armário
retirando tudo de dentro e enfiando em duas malas.
— Lucas!
Ele se virou em minha direção e disse:
— Não posso mais, Lia. Não posso mais
continuar nas terras do Greg, tendo sido eu tão sujo
com ele. Aquele homem não merece o que fiz a ele.
Meu coração se partiu ao meio, pois, senti tanta
sinceridade naquelas palavras que fez meu rancor
por minha mãe aumentar.
Ele chorava feito uma criança.

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Fui até ele e o abracei forte, e ele me apertou


com tanta força, tanta carência, estava destruído.
— Era só um bebê, Lia, porra era o meu filho e
cometi a imprudência de colocá-lo no ventre
errado. Nunca vou me perdoar por ter amado uma
mulher daquelas.
O choro do Lucas era verdadeiro, era puro,
tinha tanto sentimento naquelas palavras, que
passei a chorar junto com ele. Estávamos os dois
em uma situação deplorável. Como eu poderia
deixá-lo ir?
Afastei-o de mim, chorando tanto quanto ele, e
tentei argumentar:
— Lucas, se você for, será mais uma vitória
para ela, pois, você longe nesse momento, é bem
conveniente para ela. Pense bem, com você aqui,
ela terá que conviver todos os dias com o remorso
de tê-lo perdido, e o bebê de vocês.
— Você precisa fazer o que tem que fazer, Lia.
Precisa contar tudo ao Greg, e não fazer parte de
toda essa sujeira, me perdoe por tê-la pedido para
não contar, fui covarde com você.
— Não quero que sua família pague por tudo
isso, porque no final das contas, eles é que irão
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sofrer, Lucas.
— Você e o Greg, eu sei de vocês, vi vocês
dois na baia da Blue uma noite. Se amam e
merecem ficar juntos, essa é a sua oportunidade de
ficar com ele.
Virei de costas para ele envergonhada, eu sabia
que Greg e eu estávamos arriscando aquela noite.
— Por que não contou nada para ela? Era a
oportunidade de vocês ficarem juntos e ainda
saírem por cima.
— Por que você é minha amiga, porque
corríamos juntos por esses pastos, lembra? E eu
jamais usaria um amor como o de vocês dois para
destruir o casamento da Sandra, só para tê-la
comigo. Sabe por quê? Por que se ela me amasse de
verdade, teria feito isso por conta própria. Teria
deixado todo o luxo da casa grande e ido morar
comigo em qualquer lugar desse mundo. Quantas
vezes propus isso a ela, centenas de vezes. Não sou
um veterinário, mas Greg me ensinou todas as
técnicas de inseminação artificial que ele usa aqui
no haras. Eu já recebi o convite de criadores 3
vezes maiores que Greg para trabalhar com eles,
por que sabem que tenho um conhecimento na área
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de genética que eles tanto querem.


— Minha mãe não merece suas lágrimas, e
nem merece esse seu amor. Obrigada por não ter
contado nada a ela, Lucas.
— Eu vou embora, Lia, vou recomeçar em
outro Lugar.
— E o que direi ao Greg? Não pode ir saindo
assim como criminoso, você tem contas a acertar
com ele, por todos os anos que o serviu aqui. Não
pode simplesmente sair fugido assim. Por favor,
repense essa sua decisão. Greg vai pedir a
separação, é só minha mãe se recuperar dessa perda
do bebê, porque ele acha que seria um golpe muito
desleal com ela agora.
— Desleal? Aquela coisa tomou um abortivo
fortíssimo e expeliu meu potrinho de dentro dela,
ela não merece compaixão nenhuma.
— Eu sei disso, você sabe disso, mas Greg não
sabe, e para o seu bem e de sua família, é melhor
que continue a não saber, pelo menos não nesse
momento. Contarei tudo a ele no momento certo, e
você vai precisar ser homem para enfrentar tudo
isso. Greg não vai ter coragem de culpar seus pais.
Se quiser ir embora, faça as coisas da forma certa.
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— Será que não percebe, que se me encobrir


nessa história, estará tirando o manto de suas
próprias costas e colocando-o nas minhas, ficando
assim descoberta? Greg, não irá perdoá-la por isso.
— Greg vai ter que entender que fiz isso por
Ana.
— Lia, levo meus pais comigo, vou conseguir
um novo emprego e assim consigo para eles
também, não tem que se preocupar com isso. Esse
fardo não é seu. Lute pelo seu amor ou ele vai
acabar se perdendo como o meu.
— Fica! Dê-me só o prazo de uns 15 dias que é
quando Greg irá falar com ela.
— Acha mesmo que ela vai aceitar a separação
assim numa boa, sem puxar o tapete de todo mundo
ao seu redor?
— Não sei como as coisas vão acontecer, mas
eu pensei muito na noite passada, e o que você me
pediu ontem na cerca é compreensivo. E é assim
que nós vamos seguir.
— Continuando envoltos nesse véu de
mentiras?
— Não contei nenhuma mentira ao Greg.

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— Mas está omitindo a verdade dele, e só


quem ganha com isso é ela.
— Fica Lucas. Tudo vai se acertar da melhor
maneira possível.
Lucas levou suas mãos a testa e rodopiou em
volta de si mesmo feito um pião e sentou na cama.
Eu sabia que estava correndo um risco enorme
tomando aquele tipo de atitude, sacrificando-me
por pessoas que faziam parte de minha vida a tão
pouco tempo, mas eu não podia deixar minha mãe
sair vencedora sem lutar, era injusto com o Lucas
deixá-lo pagar por tudo isso sozinho e mesmo que
eu contasse tudo, ela ainda sairia por cima, e Lucas
e sua família por baixo, eu tinha na mente que se
Greg pedisse a separação por conta própria,
nenhum vendável passaria destruindo o haras.
Virei às costas e sai da casa e voltei para casa
grande, deixando Lucas com sua decisão.

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Capítulo 29

Lia
Um mês havia se passado desde o dia em que
consegui convencer Lucas a ficar, as coisas entre
ele e minha mãe acabaram de vez, mas ela andava
muito feliz para quem tinha perdido seu
brinquedinho. Vivia dando indiretas de que Greg
era quem estava satisfazendo ela agora, mas Greg
me dizia que cada dia inventava uma desculpa e
que quando não inventava dormia e pronto.
Havíamos conversado, e Greg havia me dito
que não ia mais aguentar ficar vivendo aquilo, iria
falar com ela e se separar, mas por medo eu vivia
pedindo a ele para adiar.
Meu relógio despertador tocou no pé do meu
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ouvido, eram 6 da manhã, eu tinha dormido muito


mal, pois, estava com uma dor no estômago
daquelas, o strogonoff da Ana tinha me caído muito
mal. Levantei querendo levar a cama junto. Olhei
no espelho e estava com aquela cara de ressaca sem
ter bebido nada. Tomei meu banho, me troquei e sai
do quarto, no corredor, vi que Greg estava parado
próximo à escada, então não me deixou passar e
segurou-me pela cintura.
— Bom dia, meu amor. — sussurrou ao pé do
meu ouvido.
— Greg, já te falei para não falar comigo assim
aqui dentro. — falei cochichando.
— Falou? Não lembro de nada sério que me
fala quando estamos grudados.
— Como sabe que estávamos grudados quando
te falei isso? — empurrei-o.
— Uai, se não me recordo disso, só pode ser
porque me disse quando estávamos nos beijando ou
fazendo amor. — me puxou para perto dele de
novo.
— Me soltaaa! — sussurrei. — Cadê minha
mãe?

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— Está dormindo ainda, e me disse que hoje


não irá almoçar aqui em casa, vai para São Paulo se
encontrar com a Editora dela.
— Um dia livre dela é uma benção.
— Ei, faz mais de uma semana que não
ficamos juntinhos, estou com saudades, topa sair
comigo hoje em um lugar especial?
—Humm!
Suspirei, olhei em direção ao quarto de minha
mãe e o puxei pela gola de sua camisa jeans.
O beijei e o mordi gostoso nos lábios, tinha
acabado de escovar os dentes depois do café, e o
cheiro de seu perfume veio até meu nariz fazendo-
me sentir um arrepio e fez meu estômago
embrulhar.
— Você passou muito perfume, amor.
— Não, passei o mesmo tanto de todos os dias.
— Vamos descer, antes que o pior aconteça
aqui. — argumentei.
Fui descendo na frente e senti quando ele deu
um apertão na minha bunda e falou:
— Está uma eguinha hoje hein!
Me virei para trás parada no degrau, e antes
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que dissesse alguma coisa ele voltou a falar:


— Você está linda hoje, corada, com um brilho
diferente nos olhos.
— Eu dormi muito mal, como é que posso
estar mais bonita? Você está doido.
Ele mordeu o lábio inferior com cara de safado
e disse:
— Hoje você não me escapa, nem se me disser
que está morrendo.
Sorri e continuei descendo os degraus.
Antes de eu pegar o caminho da cozinha, ele
me puxou, me beijou e se despediu:
— Já estou descendo para as baias, espero você
lá, hoje chega o garanhão do Hernandes Reis, quero
que você assista à cobertura, e depois vai almoçar
comigo.
— E onde iremos?
— Surpresa! — piscou para mim e saiu.
Estava lindo enfiado naquela jeans apertado e
de boné marrom com o logo do Haras, ele ficava
lindo de boné. Greg não usava chapéu, não gostava.
Fui em direção à cozinha, e assim que coloquei
meus pés dentro dela, meu estômago embrulhou,
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então questionei:
— Que cheiro é esse, Ana?
— Cheiro? Ainda nem fiz nada aqui, só o
patrão que fez seus ovos mexidos. Tem um pouco
ainda você quer? — veio com a frigideira na minha
direção e eu sai correndo para fora da cozinha indo
em direção ao banheiro social do andar de baixo, e
antes de entrar dei de topo com minha mãe.
Não tinha mais nada no meu estômago e
mesmo assim vomitei até as tripas, eu estava com
alguma virose só podia ser.
Quando sai do banheiro com uma toalha de
rosto me enxugando, dei de topo com minha mãe.
Ela me encarou de braços cruzados e perguntou na
frente da Ana:
— Quem é o pai do filho que você está
esperando?
Filho? Como assim filho? Pensei
questionando-me em pensamentos.
— Filho? Está louca?
— É do Lucas, não é mesmo? Eu sabia que era
com ele que você tinha estado aquela noite que saiu
dizendo que iria assistir filmes com ele. No outro
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dia você estava toda feliz, e me disse que era um


amor do passado. Só pode ser dele, por que com
Greg você não esteve.
— Mãe, pare de dizer bobagens, foi só o
strogonoff de ontem que me fez mal. — e ao me
lembrar da comida, coloquei correndo à toalha na
boca para não vomitar de novo.
— Daqui a pouco estou indo para São Paulo,
na volta passarei na farmácia e amanhã saberemos
se está ou não grávida.
Ela pegou um copo de café na cozinha e voltou
para seu quarto.
Olhei para Ana e ela estava toda sorrindo,
então a questionei:
— O que foi tão engraçado assim, Ana?
— Menina Lia, está mesmo esperando um
netinho meu?
— Não, não estou. Na verdade! — ponderei
pensando em minhas regras. — Onde deixei meu
celular?
— Na mesa da cozinha, vou apanhá-lo. —
respondeu-me ela.
Ela voltou e entregou-me o celular.
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Eu abri meu aplicativo que controlava certinho


meu ciclo menstrual e por ele, eu já estava há vinte
dias atrasada.
— Ana, é normal esses sintomas nos primeiros
dias de gravidez?
— Depende muito da mulher, mas acontece
sim.
Levantei-me extasiada e fui subindo às
escadas, pé por pé atônita, aquilo era impossível,
Greg não podia ter filhos, tinha alguma coisa
errada. Não, eu não estava grávida, e se estivesse,
poderia acontecer o mesmo que acontecia com
minha mãe.
Ai meu Deus! Como foi que deixamos isso
acontecer? Meu Deus!
Me sentei em minha cama, e encolhi-me toda
segurando meus joelhos.
Como eu explicaria uma gravidez a minha
mãe? À hora da verdade chegaria sem mais e nem
menos assim que aquilo fosse mesmo comprovado.
E ela ainda disse que trará um teste.
Mil e umas coisas se passaram em minha
cabeça, e quando coloquei minhas ideias no lugar,

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levantei-me, fui à cozinha e peguei duas peras e saí.


Passei batida pelo Greg e pelo Lucas, que
conversavam na porta da enfermaria e fui em
direção ao pasto, onde ficava Blue. Passei pela
cerca e comecei a caminhar no meio do pasto e o
atravessei de ponta a ponta para chegar até ela.
— Ei Blue! Vem cá menina dos olhos azuis.
Olha o que lhe trouxe. — Mostrei a ela a pera e
assim veio toda faceira passo por passo até mim, ou
melhor, até a pera.
—Quer saber como eu estou? Eu estou muito
mal, na verdade, péssima, parece que bebi todas às
garrafas de tequila do planeta. — conversei
sozinha.
Blue comeu a pera dela e veio fuçar no meu
bolso atrás da minha, então tirei do bolso e dei a
ela.
— Como tem sido seus treinos no redondel?
Está gostando do Lucas? É eu sei, ele é apaixonante
né?
Eu parecia uma louca conversando com minha
potra. Sai de perto dela e subi na cerca, ela saiu e
deu alguns passos distanciando-se de mim.

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De longe avistei Greg cortando o pasto e vindo


em minha direção.
— Como está, amor? Melhorou? — perguntou-
me todo carinhoso.
— Ainda com o estômago meio embrulhado.
— Poxa, justo hoje.
— O que tem hoje mesmo?
— Nosso piquenique.
— Jura, onde?
— Essa parte é segredo.
— Estou melhorando, só preciso voltar em
casa e buscar outra fruta, Blue comeu as duas.
— Busco lá para você, pode ser?
Desci da cerca e caminhamos juntos, lado a
lado cruzando o pasto cheio de potros como, Blue.
— Já falei que hoje você está especialmente
linda?
— Já, já sim.
— Louco para te beijar, sabia? Estou sedento
de vontade de você, vamos lá para casa. Sandra vai
estar o dia todo fora.
— Não, nada disso.
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— Ah! Lia vamos, hein! Vamos.


— Ainda não estou bem, vou indo lá e já volto.
Ai meu Deus, eu estava louca para contar a ele
o que estava acontecendo, mas antes precisava ter
certeza.
Entrei em casa, peguei uma pera, minha
vontade era de comer pera, mordi e saiu até água da
minha boca. Em seguida, fui até o chaveiro e
apanhei à chave da Picape e sai da casa, quando fui
abrir a porta, Greg interpelou-me:
— Não me disse que iria sair, aconteceu
alguma coisa?
— Vou até Mairiporã comprar algo para meu
estômago, resolvi que quero estar ótima para seu
piquenique.
— Vou com você, se não está bem, não deve ir
dirigindo.
— Greg, estou bem amor, eu juro que estou.
— Tem certeza?
— Absoluta, não se preocupe, volto logo.
— Vai perder à cobertura.
— Greg, é só uma cobertura, outro dia, assisto.

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Ele assentiu e eu entrei na Picape, fechei a


porta e liguei-a, saindo em primeira. Eu precisava
comprar um teste de gravidez eu mesma, pois, não
faria teste nenhum que minha mãe me trouxesse,
ela não manda na minha vida e eu não me
submeteria as suas vontades.
Fui à farmácia, comprei o teste e alguns
remédios que o farmacêutico me receitou, entre
eles, Dramim, remédio para controlar o enjoo.
Voltei já era perto das 11 da manhã e Greg me
esperava ansioso na varanda.
— Oi! Está melhor agora? Podemos ir, ou
prefere não ir? - foi logo me questionando.
— Oi! — Falei sem graça. — Claro que
podemos, deixe-me só guardar minha bolsa e
passar uma água no corpo, eu estava transpirando.
Ele sorriu com aquela carinha de safado e
disse:
— Fique bem cheirosa para mim, porque hoje
estou louco de saudade.
Pisquei e entrei.
No meu quarto, tomei um outro banho rápido,
coloquei um vestidinho mais fresco e peguei uma
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jaqueta e sai.
— Uau!! Assim eu enlouqueço de vez. —
comentou quando me viu.
Entrei na caminhonete dele sem responder
nada.
— Humm! Que cheiro bom, o que foi que disse
a Ana para que ela preparasse tudo isso?
— Que íamos levar para doar como ato de
caridade.
— Greg!!! Mentiu para ela?
— Que mal tem? Foi por uma boa causa.
Greg, saiu do haras e foi em direção à floresta,
e quando a estrada terminou ele parou para
descermos.
Ele deu à volta do meu lado e veio em minha
direção me abraçando todo eufórico e me girando
pela cintura.
— Saudade louca de você minha potrinha.
— Greg, lembra que agora sou sua eguinha?
— Não, só quando está engatada em mim,
quando não, ainda é minha potra gostosa. —
beijou-me enlouquecido. — Você está
irresistivelmente atraente hoje. — mordeu-me e
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voltou a me devorar em um beijo intenso cheio de


paixão e de tesão.
— Vem vamos, quero que conheça um lugar.
Greg abriu à porta de trás da caminhonete,
pegou de lá uma cesta e a deu a mim, depois pegou
um colchonete, uma sacola e cobertores.
— Vamos, é pertinho.
Caminhamos alguns metros dentro da mata,
que cheirava muito bom, e não demorou nada já
estávamos na porta de um Gruta.
— Esse lugar é lindo, amor, quase ninguém
sabe da existência dele.
O lugar era mesmo maravilhoso, tinha uma
abertura enorme como entrada, em seu interior
havia pedras gigantescas, uma vegetação
maravilhosa, e um lago com água da cor de
esmeralda que saía fumaça.
— Essa água é quente? — questionei-o.
— Sim, são águas termais.
Greg colocou tudo no chão e veio novamente
até mim, me abraçou pela cintura e beijou-me
lentamente.

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Capítulo 30

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Greg
Eu a trouxe para mim e para meus lábios, eu
estava louco de saudade de tê-la em meus braços,
uma semana sem amá-la era uma eternidade, eu já
não aguentava só trocar beijos e carícias escondidos
com ela, eu queria mais, queria estar dentro dela e
sentir seu calor aquecer-me e simplesmente me
inebriar. Quanto mais nossas línguas se
acariciavam e se deliciavam, mais vontade eu tinha
de comê-la, sua boca era carnuda, e seus lábios
molhados, eram exigentes. Eu a devorava em um
beijo intenso e cheio de tesão, enquanto minhas
mãos percorriam as formas de seu corpo, sua
cintura, seu quadril, seus seios fartos e bem
desenhados que preenchiam minhas mãos, sentindo
o tecido leve de seu vestido. De uma forma egoísta,
querendo-a só para mim, retirei seu vestido por
cima, deixando-a apenas de lingerie, apenas para
meu deleite, único e exclusivo prazer. O desejo
aumentava a cada encontro de nossas línguas
eufóricas que se unem em um sexo livre e sem
pudor. Eu a mordi em seu lábio inferior e em
seguida o chupei, como quem bate e assopra ao
mesmo tempo.
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— Oooh! Amor. — gemia nos meus lábios


quando a mordia e chupava-a, e em seguida
devolve-me a umidade de seus lábios, contornando
os meus com a ponta da língua, enlouquecendo-me
mais ainda em uma luxúria sem fim.
Nossos corpos se desejavam, se esfregavam um
no outro, e logo senti as mãos de Lia chegarem até
os botões de minha camisa, abrindo um a um e
encarando-me, acessando meu tórax deixando suas
mãos percorrerem deleitosas por sobre meu
abdômen e subiu novamente até meu peito. Ela os
apertou, sentindo meus músculos saltarem de tesão
em suas mãos e assim tirou minha camisa e a jogou
longe. Voltou para minha boca sedenta e ávida por
mais.
Enquanto nos beijávamos ensandecidos de
desejo um pelo outro, levei minhas mãos em suas
costas macias e abri o fecho de seu sutiã, liberando
a beleza que eram aqueles seios, que estavam
inchados e entumecidos de prazer. Levei meus
lábios neles e os chupei, fazendo Lia grudar em
meu pescoço e se inclinar toda para trás de olhos
fechados.
Chupei-a em movimentos rotativos nos bicos

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com a ponta de língua, e assim enfiei meus dedos


no meio de suas pernas invadindo sua calcinha de
renda branca sentindo toda sua umidade, Lia estava
completamente molhada de tesão e assim levei meu
dedo em sua boca e ela o chupou deliciando-se com
o seu próprio sabor.
Voltei meus dedos em sua vagina, e dessa vez
eu mesmo saboreio seu gosto, e em seguida voltei
para seus lábios e a beijei novamente, descendo
minha boca por seu colo e deslizando minha língua
em sua barriga, fazendo-a se arrepiar e gemer
baixinho.
— Oh!
Levei minhas mãos em seu quadril e fui
ajoelhando-me e levando sua calcinha em meus
dedos, ao mesmo tempo que a arranhava de
propósito, levando-a loucura, ela ergueu primeiro
uma perna e em seguida a outra, libertando-se do
micro pano. Agora estava nua só para mim,
somente para meus olhos e quanta beleza existia
naquele corpo alvo e delicado. Ergui-me
novamente e fui retirando as botas do meu pé, e
desabotoando minha calça e a tirando de meu
corpo. Quando fui tirar a cueca, Lia segurou em

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minhas mãos e disse:


— Minha vez.
Grudou em minha cueca e foi descendo com
ela em seus dedos, e arranhando-me todo na lateral
das pernas, imitando meu próprio gesto e fazendo-
me ficar na ponta dos pés de tesão, com o pau
latejando e dando trancos violentos de desejo por
ela. Retirou minha cueca, e para me deixar ainda
mais louco, segurou no meu pau e o chupou na
cabeça, uma chupada enlouquecedora. Me atiçou,
se ergueu novamente e veio até minha boca beijar-
me.
— Senti o gosto que ele tem. — sussurrou
safada e me beijou, enfiando sua língua em minha
boca me deixando tarado, então segurei forte em
sua bunda e dei um tranco, fazendo-a pular e se
grudar em minha cintura, enquanto nos beijávamos,
levei-a rumo às águas rasas da piscina natural e
termal que ficava dentro da gruta de teto vazado. A
água batia na altura de minhas coxas, e saía
fumacinha do calor da temperatura maravilhosa.
Coloquei Lia no chão de areia fofa, ela
enlaçou-me no pescoço e voltou a me beijar,
depois, pegou em minhas mãos e foi me puxando
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rumo a uma pedra gigante que tinha dentro do lago


e me fez encostar nela, se agachou dentro da água e
passou a devorar meu garanhão, lambendo-o todo
em sua extensão, fazendo-me contorcer, virando a
cabeça para trás, era tesão demais ficar vendo-a
chupando meu pau daquele jeito.
— Oooh, Oooh, vai, vai, amor, assim, chupa
ele, engole. — Ooooh, porra que delícia!

Lia
Greg delirava enquanto eu o chupava em um
movimento de vai e vem carinhoso, lambia todo
seu comprimento. Eu o encarava e amava ver suas
reações, quando fechava os olhos e quando seu
abdômen se retorcia todo.
Eu estava completamente excitada, e quando
Greg me puxou pela mão para me colocar na pedra,
simplesmente me recusei, eu o queria dentro de
mim, me possuindo, me invadindo com seu pau,
então grudei em seu pescoço, e lacei-o com minhas
pernas em sua cintura, sentindo sua ereção encostar
em mim.
— Apressadinha hoje?
— Sim, louca para galopar em você. —
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respondi e o beijei novamente, primeiramente de


forma mansa e carinhosa, e quando sua boca
chupou minha língua de forma exigente e cheia de
tesão, intensifiquei o beijo no meio de toda aquela
fumaça que subia da água quente. Em meio a um
clima de paixão e romance, senti quando fui
penetrada por Greg e gemi no exato momento do
contato de seu pau, invadindo meu interior
lubrificado. E assim, passei a galopá-lo como em
um cavalo enorme e forte, pois, era assim que
aquele pau se enfiava e saia de mim. Forte e
avantajado, fazendo-me contorcer toda.
Greg me segurava pela cintura, enquanto eu
segurava firme em seu pescoço, e dessa forma, ele
se levantou comigo da pedra, e passou a me segurar
apenas em seu pau e em suas mãos firmes, me
comendo em pé, dentro do lago de água quente. Era
um misto de sensações deliciosas, a água quente me
deixava relaxada, e assim Greg metia, metia, metia
gostoso naquela posição completamente nova e
deliciosa para mim. Aquela penetração era intensa
e ia funda cutucando-me no ventre. Ao senti-lo me
estocar com força daquele jeito, louco e alucinado,
sem parar, falei:

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— Greg, está doendo assim.


Na verdade, eu estava amando aquela posição,
mas acabei me lembrando que eu poderia mesmo
estar esperando um bebê, e dessa forma resolvi
mudar de posição.
— Vamos mudar então. — respondeu
colocando-me no chão e puxando-me para o lugar
mais raso.
Greg se sentou na parte mais rasa do lago e me
puxou para ele novamente, só que dessa vez
encaixou-me em seu pau de costas, então passei a
galopá-lo de forma invertida, com ele beijando-me
no pescoço e friccionando seus dedos em meu
clitóris. Eu subia e descia naquele pau gostoso, de
olhos fechados e acariciando sua nuca. Sentia-me
completamente preenchida por ele, e ao sentir seu
dedo estimulando-me, sentia ainda mais vontade de
sentir suas estocadas enquanto eu rebolava firme
em seu pau, que latejava dentro de mim. Eu subia e
descia, rebolava e rebolava fazendo-o gemer no
meu ouvido enquanto mordia e chupava meu
lóbulo.
— Ooooh, Ooooh, mexe, mexe Lia. Gostosa,
minha eguinha gostosa, galopa no meu pau, galopa.
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Eu continuava subindo e descendo devagar, e


aquele ritmo mais calmo, estava deixando-o louco
de tesão.
— Mexe, mexe, amor. — sussurrava ofegante,
quase sem forças.
Eu mexia, mexia e o engolia todo, com uma de
suas mãos na minha cintura exigindo mais
velocidade e a outra em meu clitóris, explorando-o
e enlouquecendo-me.
Galopei, galopei, subi, desci, subi, desci e os
dedos de Greg estavam simplesmente me
enlouquecendo, ao mesmo tempo, que seu pau
estocava gostoso em mim, então senti uma moleza
no corpo, e os espasmos do meu orgasmo veio de
forma violenta, fazendo meu corpo todo tremer e eu
me sentir fora do corpo com tudo ao meu redor, era
o êxtase do prazer mais maravilhoso do mundo, foi
a explosão dos segundos mais eternos que vivi.
Gemi entrecortado, me deliciando com cada
investida dele em mim que fazia a sensação se
prolongar ainda mais.
— A a a a a ah, te amo! Te amo Greg. — falei
esbaforida de prazer.
Greg continuou estocando em mim em busca
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de seu prazer, mas aquela posição havia me


cansado, e assim saí de seu pau e me virei de frente
para ele e voltei a me sentar naquela tora enorme.
Então Greg deitou seu corpo, e passou a chupar
meus seios enquanto remexia seus quadris
estocando-me com violência, estava enlouquecido
de prazer, e eu completamente fraca, aquela água
quente me deixou exausta.
Greg metia, metia, estocava, e estocava
decidido em busca de prazer, segurava firme em
minhas nádegas e as forçavam para subir e descer
numa velocidade alucinante, fazendo-me galopar
nele mesmo sem ter mais forças. O pof pof pof
tinha um atrito com a água e a fazia espirrar para
tudo que era lugar. Buscava meus lábios, mas como
estava enlouquecido metendo com velocidade, só
encostava de leve, de olhos fechados e gemendo
baixinho a cada estocada.
— Oh, oh ah ah, oh, oh, oh. — até que Greg
intensificou ainda mais e urrou feito um animal,
vindo a gozar novamente dentro de mim, como
vinha fazendo nas últimas vezes, sem pensar nas
consequências.
— Ooooooooh ooooooooh oooooho oooh
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ownnnnn, porra, ohh meu amor, meu amor.


Ohhhhh! — gemeu diminuindo o ritmo de suas
estocadas e depositou em mim todo o seu prazer.
Greg passou a dar-me beijinhos na boca
segurando firme nas laterais da minha cabeça.
Pendi meu corpo para frente, no tórax dele
completamente exausta e desabei.
— Você é demais meu amor, demais! — falou
beijando-me e tirando o cabelo do meu rosto.
Fiquei quieta deitada em seu corpo, sentindo
seus braços me enlaçarem, e sua respiração
eufórica, aos poucos ir se acalmando e os
batimentos do seu coração desacelerar. Ficamos
assim por alguns minutos. Quando por fim saí de
cima dele, Greg se levantou e foi até à gruta e
apanhou de uma sacola, uma toalha para mim e
outra para ele.
Me limpei na água, me levantei e fui me secar.
Sair da água quente, fez com que eu ficasse
com frio, então rapidamente fui pegando as peças
de minha roupa e passei a me vestir.
— Ah! Tão cedo para se vestir não acha? Eu
ainda vou querer você.

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— Não estou me sentindo muito bem, acho que


essa água fez minha pressão cair. — respondi.
— Sério?
— Sim, lembra que não estou muito bem hoje?
— Tudo bem, vista-se e venha se sentar
comigo, isso deve ser fome.
Acabei de me trocar, e Greg também vestiu sua
cueca e calça, mas ficou sem camisa.
Ele jogou o colchonete no chão e nos sentamos
nele, depois Greg abriu uma garrafa de vinho e
acabei me recusando a beber, aquele cheiro
também não estava me agradando, aliás, nada que
tinha dentro da cesta da Ana estava me agradando.
— Amor, não quero comer nada, estou
enjoada.
— Acho que uma sopinha vai cair muito bem,
precisa se alimentar meu amor, chegando em casa
vou pedir à Ana para que lhe faça uma sopa leve.
— Uma sopa talvez eu consiga engolir.
— Eu te amo tanto, Lia, assim que chegarmos
em casa, e Sandra aparecer na minha frente, vou
chamá-la para conversar.
— Hoje? — questionei surpresa.
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Fiquei inquieta, pois não sabia qual seria a


atitude de minha mãe, eu temia por esse confronto.
— Hoje, nem um dia a mais, quero que tudo
isso acabe o mais rápido possível.
Assenti apenas sem nada dizer.
Passamos horas agradáveis dentro da Gruta,
Greg e eu falamos de tudo que nunca havíamos
falado um ao outro sobre nossas vidas. Ele contou-
me de seus pais e de sua linda história, e próximo
das cinco da tarde resolvemos voltar para casa
antes que minha mãe chegasse.
Na estrada, de longe avistamos à Picape de
minha mãe enfiada em um mato, e ao lado, estava
Tornado, o cavalo do Lucas. Meu coração começou
a disparar em desespero, não podia ser verdade,
aquilo não estava acontecendo.

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Capítulo 31

Lia
Não podia acreditar que Lucas tinha dado um
vacilo daqueles. Ele havia me prometido que não
voltaria a se encontrar com minha mãe, não podia
ser, eu não queria mesmo que as coisas
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acontecessem assim.
— O que será que houve com o carro de sua
mãe? Será que quebrou?
— Acho que sim, melhor irmos embora, ela vai
desconfiar se nos ver juntos.
— Nada, direi a ela que fui levá-la na farmácia,
pois estava passando mal.
Greg foi encostando, mas por algum motivo,
não parou muito perto, eu tinha para mim que ele
estava cismado.
Ele abriu à porta e desceu e disse:
— Fica aqui, vou ver o que está acontecendo.
Não tinha ninguém do lado de fora da Picape
de minha mãe, e era 100% de certeza, que Lucas
estava transando com ela, matando a saudade, ou
vai ver nunca tinham mesmo se separado.
Eu estava uma pilha e não aguentando abri
minha porta e desci.
Greg abriu à porta da Picape dela, e de onde eu
estava, vi quando ele arrancou alguém de lá de
dentro e jogou longe, no meio do mato. Apressei
meus passos e passei a correr, então minha mãe
desceu seminua, dizendo:
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— Ai meu amor! Foi Deus quem te mandou


aqui, ele estava me violentando. — olhou para
mim, tentando se cobrir com suas roupas e falou.
— Filha! Graças a Deus vocês chegaram a tempo
de evitar uma tragédia.
Greg estava junto do homem e o chutava,
xingando e dizendo:
— Cara, eu confiava em você! Todos esses
anos trabalhando comigo, e olha o que ganhei?
— Greg, posso explicar, ela está mentindo, não
estava violentando ela.
Então minha mãe se defendeu novamente:
— Não seja mentiroso, André, você vinha me
assediando há um tempão, como eu não quis saber
de nada com você, agora fez isso comigo.
Greg estava nervoso, levou as mãos em sua
cabeça e rodou sobre seus calcanhares dizendo:
— Cala a boca sua vadia! Você estava de
quatro com ele engatado em você, enquanto você
gemia e pedia para ir mais forte, sua dissimulada.
Levanta daí André! — Greg mordia os lábios de tão
nervoso.
— Greg, meu amor, me escuta, ele me forçou,
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me forçou fingir que estava gostando senão iria me


matar.
— Cala sua boca! Então era você André? Eu
estava desconfiado que não era o pai do filho que
essa mulher estava esperando, e agora sei de quem
era.
André meneou a cabeça em negativo, e
respondeu firme, sem nenhum medo.
— Não sou o único que saía com ela. Eu sou o
cacho novo dela, o antigo é que deveria ser o pai.
Eu estava atrás do Greg e assim pude fazer
sinal com cabeça para que André não contasse nada
sobre Lucas. Ele estava se esforçando e
conseguindo ficar longe dela, e merecia uma nova
chance.
— De quem é que você está falando?
— Greg, não dê ouvidos a esse peão imundo e
fedido.
— Sou fedido é? Achei que gostasse do meu
cheiro de suor e de estrume de cavalo.
— Greg ele está mentindo! —retrucou minha
mãe que estava pálida. Já havia se vestido,
enquanto que André estava em pé pelado na minha
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frente.
— Vista-se peão! Lia vire seu rosto para lá. —
pediu Greg.
— Greeegg… — insistia minha mãe.
— Cala a boca! — respondeu para minha mãe
que tentava ainda se justificar. — O que está
fazendo com o cavalo do Lucas? — perguntou
Greg para André.
— Peguei o primeiro que estava selado na
minha frente, patroa não gosta que demoremos
quando ela nos chama.
— Por que está falando no plural?
— Costume. — respondeu André enquanto
respirei aliviada.
— Vou te esperar na sede, André, para
acertarmos as contas, quero você bem longe das
minhas vistas.
— Greg, você está acreditando nele? Amor,
por favor, chame à polícia, ele estava me
estuprando. — dizia e de seus olhos escorriam
lágrimas de verdade.
— Lia, filha, você acredita em mim, não
acredita? — indagou-me.
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— Vamos, Lia. — disse Greg indo em direção


a sua Picape.
Minha mãe veio até mim e me segurou firme
pelos braços, e encarando-me, perguntou:
— Mas e vocês dois? O que fazem juntos,
posso saber?
Greg parou e respondeu de costas sem olhar
para trás.
— Fui levá-la à farmácia, não estava passando
bem.
Greg subiu na Picape, e subi também, ele ligou
o motor e foi direto para o Haras, com minha mãe
na nossa cola.
Assim que descemos, Lucas apareceu saindo
de dentro da casa grande com sua mãe,
perguntando preocupado:
— Greg, viu o Tornado por aí, cara? Ele
desapareceu, já rodei o haras todo atrás dele.
Greg apontou para à estrada, onde André vinha
a galope com Tornado.
— Desgraçado! Pegou o animal sem que eu
visse. — bufou Lucas, sem nem imaginar o que
estava acontecendo.
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Minha mãe estacionou logo atrás do Greg, e


falou:
— Foi levar Lia na farmácia? Espero que
tenham comprado um teste de gravidez, pois, Lia e
Lucas vão ter um bebê.
Meu coração quase parou no meu peito quando
Greg parou sua caminhada rumo à casa e me olhou
de soslaio, sem me encarar.
Lucas por sua vez logo reagiu:
— Você está maluca, mulher? Como é que
posso ter feito um filho em Lia, se nunca nem
transamos?
— Então esse filho que ela está esperando é do
Espírito Santo? — questionou minha mãe.
Greg se virou em nossa direção, me olhou com
os olhos cheios de lágrimas e faiscando de ódio.
Então falou sendo cruel:
— Parabéns, Lucas, você vai ser um bom pai.
— disse e ergueu seu pé e subiu o primeiro degrau
rumo à varanda.
Lucas me olhou e viu quando uma lágrima caiu
furtiva de meus olhos, e assim ele retrucou sem
medo:
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— Greg!! Não sou pai deste filho que Lia


espera. E se está mesmo grávida, não sei de quem
é.
Greg parou de subir a escada e se virou em
nossa direção novamente:
— Não há problema nenhum em ser pai,
Lucas. — respondeu ressentido.
— Eu sei, eu ia ser pai Greg, se Sandra não
tivesse tomado um abortivo e jogado fora nosso
filho.
Minha mãe retrucou na hora:
— Ai, meu Deus! Era só o que me faltava,
mais um peão maluco. Um acabou de me violentar
e o outro está mentindo para defender seu
amorzinho. — resmungou minha mãe.
Então achei que era minha hora de falar:
— Lucas não é o pai do meu bebê, primeiro
que nem sei mesmo se estou esperando um, ainda
vou fazer o teste. Segundo, Lucas diz a verdade
sobre ser o pai do bebê de minha mãe, e por último,
ele diz a verdade sobre nunca ter transado comigo.
— É um complô isso? — questionou minha
mãe rindo cínica.
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— Menina Lia e meu Lucas dizem a verdade,


Greg. Lucas era o pai do filho que Sandra abortou.
— Ana manifestou-se bem na hora.
Greg estreitou os olhos e balançou a cabeça em
negativo. Tinha um rio de lágrimas em seus olhos,
então falou.
— Lucas também era amante de minha mulher
e todos sabiam menos eu? — ele riu sarcástico de si
mesmo.

Greg
De repente descobri que todas as pessoas em
quem eu confiava mentiam para mim e riam de
minhas costas, enquanto Sandra me traia com
Lucas e com André.
Nunca me senti tão envergonhado na vida, eu
mal sabia onde enfiar a cara, eu só queria abrir um
buraco e me enfiar dentro dele e desaparecer feito
um tatu. Meu corpo tremia internamente de
nervoso, meu coração descompassado parecia que
ia sair fora do meu corpo e minhas mãos suavam
frio. Eu nem tinha como sair surrando todo mundo,
não podia bater em Lucas, pois, se nem moral eu
tinha para fazer isso se eu também era infiel a
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Sandra.
Assim desconsolado, respirei fundo e
perguntei:
— Há quanto tempo, Lucas? — olhei-o nos
olhos.
— Muitos anos, desde quando eu tinha 17
anos, foi quando saímos pela primeira vez.
— Você nasceu nessas terras, Lucas, confiei
em você e lhe ensinei tudo que sei, você era meu
braço direito, aqui. Essa foi a maior de todas as
decepções, eu podia esperar tudo de qualquer um,
menos de você.
Lucas assentiu e respondeu:
— Greg, meu único erro foi amar à mulher
errada, foi acreditar feito um idiota em suas juras
de amor, quando no fundo só queria me usar.
— Você disse certo, Lucas. — disse Sandra
intrometendo-se. — Eu queria muito um filho, e eu
queria muito dar um filho ao Greg, por isso saía
com você, para tentar engravidar. Mas todas às
vezes que isso acontecia eu perdia o bebê, fosse do
Greg ou fosse do Lucas. Você é um tolo Greg,
nunca parou para pensar que o problema não era

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você e sim eu?

Lia
Greg, ouvia toda a confissão de minha mãe,
atônito, ele não piscava e não falava nada.
— Doutor Leonardo é meu amigo de anos, foi
bem fácil pedir a ele para te diagnosticar com o
esperma fraco, assim essa culpa não cairia sobre
mim.
— Você é um monstro, mulher! Me fez
acreditar todos esses anos que eu não podia ter
filhos.
— Mas e o nosso bebê? — questionou Lucas.
— Que bebê, Lucas?! Como você é bobinho,
não tinha nenhum bebê dessa vez. Achei que
inventando aquilo te afastaria da Lia, porque eu
estava doente de ciúmes de vocês dois.
— E o abortivo? — Lucas questionou.
— Fazia parte do meu show.
Minha mãe se viu num mato sem cachorro e
sem nada mais a perder, começou a falar tudo.
Greg concluiu por fim depois de tudo aquilo:

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— Ana, ajude essa mulher arrumar as coisas


dela, não quero nada nessa casa que me lembre
dela, quando digo nada é nada, nem um único fio
de cabelo. André, volte aqui amanhã para acertar as
contas comigo. — Falou e passou a caminhar rumo
às baias.
— Greg! Está achando que vai ficar tudo por
isso mesmo? — questionou minha mãe.
— Procure seus direitos. — Greg respondeu
apenas.
Lucas foi em direção à sua casa e Ana entrou
com minha mãe e foram arrumar as malas dela.
Eu estava parada sem reação, então minha mãe
disse:
— Lia, arrume suas coisas, você o ouviu, não
quer nada que me pertença nessa casa.
Engoli em seco e subi as escadas logo atrás da
minha mãe. Olhei em direção ao Greg, e ele foi
simplesmente se afastando sem olhar para trás.
Subi para meu quarto e me deitei na cama em
posição fetal e chorei vertiginosamente. Greg, me
odiava agora, juntamente com os demais. Odiava-
nos a todos.

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Capítulo 32

Greg
A cada passo que eu dava em direção às baias,
via a grama embaixo dos meus pés se
transformarem em capim seco, duro e esturricado.
Tudo ao meu redor havia perdido à cor, eu não
conseguia raciocinar direito devido a tantas
informações juntas e misturadas, todas de uma
única vez em minha cabeça, era um sentimento de

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derrota inenarrável. Todos esses anos de casamento


com aquela mulher que não consigo nem mais falar
o nome, eu estava sendo enganado, enquanto a
tratava como uma rainha, tinha tudo do bom e do
melhor. No sexo sempre fui um garanhão, sempre
pronto a satisfazê-la e me satisfazer, e em nenhum
momento em todos esses anos, neguei fogo a ela,
simplesmente não tinha como entender todas
aquelas traições. Mas, uma coisa tinha ficado claro,
não foram seus livros que nos afastou, e sim o fato
dela estar sempre saciada quando eu a procurava,
pois, estava sempre escrevendo e assim se
demorava até de madrugada, pedindo-me para
esperar e esperar. Foram tantas noites dormindo
louco de tesão por ela, foram tantas noites me
aliviando no banheiro e em nenhum desses
momentos eu pensei em traí-la. Quando Lia voltou
como um furacão em minha vida, meu casamento
com Sandra já estava respirando com ajuda de
aparelhos, completamente jogado em uma UTI
pública qualquer.
Caminhei com às vistas embaralhadas pelas
lágrimas que insistiam em inundar meus olhos.
Lucas, andei socando ele por ciúmes de Lia e

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nunca imaginei que ele realmente merecia. Cresceu


correndo por esses campos e quando Sandra chegou
aqui ele era apenas uma criança.
Como ele foi capaz? Quando esse
questionamento me veio à mente, eu já estava
dentro da selaria, primeira porta que vi na frente, eu
entrei, pensar na traição do Lucas, última pessoa no
mundo de quem eu esperava isso, fez uma fúria
emergir no fundo de minha alma e dessa forma sai
varrendo à mesa de madeira que estava no canto,
com tudo quanto era troféu que ficava em cima
dela. Tudo veio ao chão fazendo um barulho alto,
não contente ainda, precisando descontar a raiva
em alguma outra coisa, fui até as cordas, cabrestos,
e sai jogando tudo no chão, e quando cheguei com
meu ódio até as selas penduradas na parede, e
encostei minha mão em uma delas, veio em minha
mente uma fala. “Estou louca para galopar em
você.” Deu-me um estalo na cabeça e assim
sussurrei:
— Lia!
Sai disparado para fora, e passei a correr entre
as baias e depois no gramado que me levaria até a
casa grande, e como um cavalo desgovernado, no

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meio de tantas informações desastrosas, deixei a


mais importante de todas elas passarem batido.
—Como eu pude? — perguntei a mim mesmo.
Quando cheguei na frente de casa, Lia estava
colocando suas malas na Picape de Sandra, com a
mesma já dentro do carro, que desceu
imediatamente assim que me viu, e disse:
— Volto para buscar o resto de minhas coisas
outra hora, é muita coisa. Vamos Lia, ande logo.
Meus olhos estavam fixos em Lia e a voz de
Sandra parecia bem ao fundo como se ela não
existisse ali.
Lia estava com os olhos vermelhos, havia
chorado, eu a fiz chorar sem pensar, e tudo que eu
mais queria ali naquele momento era abraçá-la forte
e enche-la de beijos, mas não podia dar motivos
para Sandra achar justificável suas ações.
Lia estava diferente, eu sabia que estava, fui
um tolo ao não perceber os sinais. Meu perfume a
incomodando, sendo que ela sempre o elogiou, o
estômago e as ânsias de vômito, o cheiro do vinho.
Fui muito lerdo hoje. Pensei.
— Vamos Lia! Quero sair logo desse lugar. —

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a voz de Sandra voltou a ter força em minha mente,


tirando-me do meu momento de observar Lia.
— Lia não vai a lugar algum com você,
Sandra, a menos que seja por livre e espontânea
vontade. — falei com um tom de voz ríspido. —
Ela ainda é funcionária desse Haras, faz parte da
lista de pagamentos, e a menos que ela queira pedir
demissão, não vejo motivos para ela ir com você.
Sandra gargalhou, dizendo:
— Acha mesmo que vou deixar minha filha
aqui com você?
Lia se virou em direção a Sandra, e por fim
falou com a voz firme, porém, delicada como
sempre.
— Você não tem que deixar, mãe. Não manda
em mim, não sou sua criança há muitos anos,
lembra?
— E por qual motivo mais você ficaria aqui
além do seu emprego? Conte tudo ao Greg, seja
mulher agora ou… — incentivou Lia a me dizer
alguma coisa, e naquele momento meu coração
voltou a disparar, porque eu não ia aguentar mais
um segredo.

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Lia balançou a cabeça, se fazendo de


desentendida e questionou:
— Do que a senhora está falando?
— Ah! filha, não se faça de bobinha, conte
tudo a ele, diga os reais motivos de você ter ido
morar com seu pai aos doze anos. Conte a ele o
motivo de odiá-lo tanto naquela época.
— Mãe, para, por favor. — Lia, implorou.
— Vamos, conte logo a ele e vamos embora
daqui. — disse à cobra que eu criava em casa.
Lia virou em minha direção, me olhou, com
seus olhos cheios de lágrimas e repetiu a mim tudo
o que já havia me dito no dia em que a busquei no
aeroporto.
— Eu o amava, eu amei assim que o vi entrar
pela porta da minha casa junto com minha mãe. Eu
o amei antes mesmo dela dizer seu nome e de me
dizer quem você era.
— Ownnn! Que bonitinha! — disse Sandra
sendo cruel como só ela sabia ser.
Os olhos de Lia brilhavam e um lindo sorriso
brotou de seus lábios encarando-me como se
Sandra tivesse evaporado, e assim continuou
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falando:
— Eu o amava naquele tempo, o amo agora
mais que nunca e irei amá-lo amanhã mais e mais,
assim que eu fizer o teste de gravidez e ele der
positivo.
Meu coração acelerou no meu peito, Lia
chorava, e eu não queria vê-la chorar mais, eu tinha
que me controlar na frente de Sandra, mas foi
impossível Me aproximei de Lia e a peguei em
meus braços agarrando-a pela cintura e a suspendi
no ar, rodopiando de tanta felicidade. Lia esqueceu
que Sandra ainda estava lá parada, olhando tudo
feito uma estátua e me beijou, sussurrando:
— E vou morrer te amando, Gregório Mattos.
— E nesse dia eu também vou morrer. —
respondi descendo-a ao chão.
Sandra nos tirou de nosso momento mágico
dizendo e aplaudindo ironicamente:
— Bravo!! Então é isso? Naquela noite em que
pensei que você estava com o Lucas, era para o
meu marido que você estava dando em algum
lugar?
Não aguentei e a respondi:

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— Na baia de Blue.
Sandra ficou chocada, parecia não acreditar
que eu não era o único enganado em meio a toda
aquela história.

Lia
— Então esse era o amor do passado que a
tinha deixado nas nuvens? — minha mãe perguntou
com tanto ódio que achei que fosse voar no meu
pescoço e me matar com as próprias mãos.
— Foi mais forte que eu, meu amor por Greg
falou mais forte. — respondi.
— E assim teve coragem de seduzir e dormir
com o marido da sua própria mãe?
— Tive coragem de ficar muito acordada com
o homem que eu amava loucamente.
— Como pôde fazer isso comigo, Lia? — o
tom da voz de minha mãe era outro agora, parecia
estar chocada, pois, nunca imaginou o que estava
acontecendo bem debaixo dos olhos dela.
— Eu sinto muito, sinto muito, mãe.
Ela balançou a cabeça inconformada.
Greg, escutava tudo de braços cruzados sem
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interferir em nenhum momento, aquele era o


momento meu e dela.
— Eu odeio você Lia, você veio no mundo
para me tirar tudo, primeiro me tirou o direito de
voltar a ser mãe e por sua culpa não pude mais
engravidar para poder dar o filho que Greg tanto
sonhou. — Ela chorava lágrimas verdadeiras. — Eu
achava que Greg é que não podia ter filhos, e por
conta disso, eu o traí com Lucas, só para ver se eu
engravidava e dava um filho a ele, mas me
apaixonei por Lucas e nunca consegui parar de
estar com ele. Me tirou tudo, e agora está me
tirando meu marido, único homem que amei de
verdade na vida.
Greg gargalhou alto e falou:
— Amou? Que espécie de amor é esse? Podia
ter me contado que não podia ter filhos, mas não,
ao invés disso você pediu a um médico para me
rebaixar a um homem infértil e me deixou
acreditando nisso todos esses anos. Eu odeio você
por isso, Sandra, odeio com todas as minhas forças.
Não sou infértil, a prova disso está crescendo aqui.
— Greg tocou no meu ventre com lágrimas caindo
furtivas de seus olhos.

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Minha mãe suspirou alto, deu-nos as costas e


entrou na Picape dela, e antes que ela ligasse o
motor, Greg foi até lá abriu à porta do banco de
trás, que foi onde ele me viu colocar minhas malas
e estendeu sua mão a mim, para que eu fosse até lá
apontar quais eram as minhas, e assim retiramos
minhas malas da Picape e Greg fechou à porta,
batendo com muita força. Minha mãe ligou o motor
e foi se distanciando.
Greg virou para mim, segurou nas laterais do
meu rosto, e questionou:
— Um bebê, Lia? Vamos ter um bebê?
— Todas as evidências nos levam a isso. —
respondi sorrindo. Foi quando fui puxada para seus
lábios e acalentada por um beijo tão terno e cheio
de amor, que nada mais no mundo tinha
importância.
Quando Greg saiu dos meus lábios, nós dois
tivemos a mesma ideia, e direcionamos nosso olhar
para onde minha mãe seguia e por incrível que
pareça, ela parou na porta da casa do Lucas.

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Capítulo 33

Lia
Minha mãe parou na casa do Lucas, e
simplesmente temi pelo que pudesse acontecer,
seria uma pena se Lucas saísse do haras junto com
ela, mas nada poderia ser feito, e assim Greg
abraçou-me pela cintura e falou:
— Será muita burrice dele, eu não sabia onde
estava me metendo quando me casei com ela, mas
ele sabe.
Greg tirou os pensamentos de minha cabeça, e
embora eu tivesse tido a imensa vontade de pedir a
ele para interferir, não tive essa coragem.
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Lucas
— Filho por favor, não sai daqui assim sem ter
outra conversa com o Greg. Lucas por favor, para
onde você vai, filho?
Parei de colocar as coisas na caminhonete,
encarei minha mãe e a respondi:
— Mãe, o Greg é um cara fantástico, não
merece ter que me olhar na cara nem mais um
minuto, eu fui um lixo com ele por conta daquela
piranha da Sandra, fui cego. Olha, fica tranquila,
vou voltar para buscar à senhora e o pai, assim que
eu tive um lugar bom para gente morar.
— Filho, Greg não mandou você embora, não
mandou nenhum de nós, mandou o André, mas não
mandou você.
— O Greg estava de cabeça cheia, mãe, muita
coisa num único dia, ele não mandou, mas vai, só
espere.
Quando me virei para o lado de minha
caminhonete novamente, vi Sandra estacionando do
lado, abriu à porta e desceu, com a cara mais
deslavada da face da terra.

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— Parece que agora vamos poder ser felizes


juntos, meu potrinho. — ela disse aproximando-se
de mim.
— Vai embora daqui dona Sandra, deixe meu
Lucas em paz. — disse minha mãe nervosa.
— Mãe, pode deixar, vou falar com a Sandra,
entra para casa, por favor.
Minha mãe abaixou a cabeça e saiu em direção
à porta e entrou em casa.
— Não está satisfeita, Sandra? O que mais
você quer além de ter me usado todos esses anos?
— Não usei você, Lucas, te amei e isso é
diferente de usar.
Cai na gargalhada com as mãos na cintura.
— Me amou? Sabe que eu cheguei até acreditar
nisso? Sério, eu acreditava nisso, e com isso perdi
tantos anos da minha vida sendo só seu, que nem vi
o amor da minha vida passar por mim, sim, porque
ela deve ter passado e eu nem notei.
— Lucas como você é romântico, como você é
sonhador, pelo amor de Deus, acabe logo de
guardar suas coisas e vamos logo embora daqui,
antes que o Greg venha aqui e lhe expulse ele
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próprio.
— Eu vou embora daqui sim, mas sozinho, de
você eu não quero mais nem saber da existência,
não quero nem saber se morreu ou se está viva,
então trate logo de desaparecer da minha frente.
Vai procurar pelo André, aquele outro pobre
coitado iludido.
— Lucas, eu estava com raiva de você, tente
me entender, o André foi só para fazer você saber
que eu não precisava de você, mas, no fundo eu
preciso e te amo.
Veio até mim, abraçou-me e me beijou, e
escorregou suas mãos em meu tórax e parou no
meio de minhas pernas segurando firme em meu
pau, dizendo:
— Não saberemos viver um sem o outro. Não
vai aguentar ficar sem mim, sem meu cheiro, meu
gosto. — enquanto falava sedutora, fechei meus
olhos e a senti acariciar meu pau fazendo-o crescer
em suas mãos. Ela me enlouquecia.
Tirei forças nem sei de onde e a empurrei
dizendo:
— Me fez acreditar que estava grávida de mim,
me fez sofrer quando fiquei me martirizando sobre
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você ter abortado meu filho, sendo que nunca


existiu filho nenhum. Mulher! Você é louca, não
tem outra explicação para as coisas que você fez.
Desapareça da minha vida.
— Vai se arrepender de falar assim comigo,
Lucas, você acabou de entrar para minha lista
negra, pode apostar.
Dei-lhe as costas e entrei, só ouvi quando ela
ligou sua Picape e desapareceu da porta da minha
casa.

Greg
Levei Lia para dentro de casa, em seguida
busquei suas malas e coloquei na sala.
— Preciso de um banho quente amor, estou
com frio. — Lia disse.
Estava escurecendo e esfriando, então eu a
respondi:
— Pode subir e ir tomando seu banho enquanto
vou falar com o Lucas?
— Posso sim, mas o que vai fazer, Greg?
— Confia em mim?
— Cegamente.
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Fui até ela e a beijei na testa, passei a mão em


seu ventre, sorri para ela todo bobo e saí.
Caminhei em direção à casa dos Antonussi, e
assim que cheguei na porta, Lucas ia saindo com
uma mala.
— Onde pretende ir? — questionei morrendo
de pena daquele rapaz, embora ele tivesse traído
minha confiança, não se perde o amor que se tem
por um quase irmão por conta de uma mulher como
Sandra.
— Vou procurar um hotel em Mairiporã, e
amanhã correr esses haras por aí atrás de emprego.
Assenti ponderando, e falei:
— Não acredito que vou te falar isso, mas não
precisa ir embora do haras se não quiser, pode ficar,
não sei como será nosso relacionamento daqui por
diante, só o tempo vai nos dizer, mas se optar por
ir, me diga que darei um telefonema.
Quando terminei de falar, escutei a voz mansa
de Ana que me cortou o coração em pedaços
quando me perguntou:
— Luiz e eu também vamos poder ficar?
Virei-me na mesma hora e a abracei forte,
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respondendo-a:
— Ei, você é a mãe que eu não tive, achou
mesmo que ia mandá-los embora daqui? Nunca
volte a desconfiar do meu amor por você, e
consideração.
Ana me apertou em seus braços e estava
chorando.
— Greg, valeu por cuidar deles por mim, mas
você não deveria me perdoar.
— Não disse que te perdoo, disse apenas que
você pode ficar, ainda é muito cedo para falar em
perdão, mas não tenho como esquecer que você
sempre foi o irmão que nunca tive. Sua mãe é a
mãe que eu não tive, e vocês foram minha única
família desde que meu pai faleceu.
— Não vai me perdoar, mas eu preciso te pedir
perdão, foi um erro ter me apaixonado por ela, eu
era muito novo ainda, não sabia nada da vida, e ela
foi se aproximando de mim. Você sabe como o
amor acontece sem pedir permissão.
— Não precisa me explicar nada, Lucas, eu sei
sim como o amor acontece.
— Pode fazer a tal ligação, eu aceito de bom

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grado.
— Fica hoje, e amanhã faremos nosso acerto.
— Não, hoje eu só quero me sentir livre, estou
livre daquela mulher. Sobre o acerto, você deposita
na minha conta o que achar que eu mereço, e se
achar que estou sendo demitido por justa causa, não
precisa depositar nada.
— Vou fazer o depósito, e te aviso pelo celular
sobre a ligação.
— Obrigado Greg.
Lucas abraçou sua mãe, e em seguida seu pai,
que era um homem humilde e de poucas palavras.
Entrou em sua caminhonete, e Ana falou suas
últimas palavras:
— Fica longe daquela mulher meu filho.
— Não tem nenhum risco dela se aproximar de
mim de novo, mãe.
Lucas ligou a caminhonete e foi embora
estrada afora.
— Ana, Luiz, nada mudou entre nós, e Lucas
pode voltar quando quiser.
— Obrigado patrão. — disse por fim, Luiz.

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Me virei e voltei rumo à minha casa, e havia


um sentimento diferente em mim ao olhar para ela,
no mesmo lugar de sempre, com a mesma cor
palha, mas algo estava diferente, eu sabia que quem
me esperava lá, me amava de verdade, e ia me dar o
que sempre sonhei e desejei, um filho.
Cheguei na escada, e Lia estava debruçada na
cerca da varanda, havia tomado banho e estava
mais linda e radiante do que nunca.
Subi e fui até ela, e a abracei pelas costas.
— Humm! Adoro seu cheiro após o banho. No
que estava pensando?
— Em tudo isso que aconteceu, na minha mãe,
e em como irá se virar por aí.
— Lia, sua mãe é esperta, ainda não percebeu
isso meu amor? Para de tentar colocar o mundo
debaixo dessas suas asinhas, esquece ela, esquece
tudo que aconteceu hoje aqui, estou tentando não
pensar.
— Eu roubei você dela, e ela é minha mãe.
— Você não me roubou dela, você me libertou
dela, e isso é bem diferente. Sobre ela ser sua mãe,
infelizmente não podemos mudar essa parte da

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história, mas só o fato de eu não ser o seu pai, já faz


eu me sentir o homem mais sortudo do mundo. O
amor faz escolhas, Lia. Ele faz, não a gente.
Eu estava com a mão em sua barriga, e escutei
quando seu estômago roncou, então brinquei:
— Tem alguém aqui com fome, será um
potrinho ou uma potrinha?
Lia riu achando graça, e disse:
— Tomara mesmo que seja, se eu estiver
mesmo esperando um bebê já é o que me basta.
— É, tem razão, mas seja como for, você está
com fome.
— Não quero que chame a Ana para cozinhar,
eu mesma vou me virar lá na cozinha, deixa ela
ficar sossegada.
— Ok, mas lembra da sopinha que te falei hoje
lá na gruta?
— Sim, lembro.
— Então, eu mesmo irei prepará-la para gente.
— Jura?
— Juro? — respondi, e fui puxando-a para à
cozinha, a sentei na cadeira e comecei a preparar
uma sopinha bem leve.
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Lia pegou uma pera da fruteira e foi comendo


enquanto eu ia preparando tudo.
Abri um vinho e fui bebendo enquanto
cozinhava, tentando relaxar e esquecer tudo que
havia acontecido, eu queria só esquecer e pronto.
Depois de tudo pronto, Lia colocou à mesa, e
tomamos nossa sopinha com pão e fomos para o
quarto da Lia, é claro, pois, agora eu tinha acesso
livre e me mudaria de meu quarto, e o quarto onde
foi daquela mulher, eu iria transformar em qualquer
outra coisa e fazer desaparecer as lembranças dela.
Entrei no banho e lá, eu me permitir remoer toda
aquela história nojenta e sórdida.
Depois, deitei-me na cama com Lia, e
perguntei:
— Quando mesmo vamos saber se está ou não
esperando nosso bebê?
— Quando amanhecer e eu fizer minha
primeira urina.

Lia
Greg fez de tudo para me deixar relaxada e
esquecer de tudo que havia acontecido, cozinhou

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para mim, deitou comigo no meu quarto,


conversamos durante um bom tempo e então peguei
no sono, mas dormir aquela noite foi tarefa difícil,
pois, Greg me acordou de uma em uma hora me
perguntando:
— Amor, já amanheceu?
— Não, não amanheceu amor, se passaram só
uma hora desde a última vez que me perguntou
isso.
— Lia, acho que o dia está clareando. —
acordou-me novamente.
— Não amor, são 4: 45.
— Ah! Não estou conseguindo dormir.
— Percebi, — respondi sonolenta depois dele
me acordar umas 10 vezes.
— Lia!
— Ai amor, vou levantar e fazer logo esse xixi
ok? Depois você me deixa dormir?
— Até você acordar. — ele disse e riu todo
feliz.
Peguei o teste de gravidez, entrei no banheiro e
Greg ficou parado na porta me olhando todo
eufórico, estava uma pilha.
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— Amor, se você ficar aí parado não vou


conseguir fazer nada com você me olhando.
— Ah! Tem isso também, é?
— Tem, tem sim.
— Hum! — fez um bico lindo e fechou à porta
e senti quando ele se encostou nela.
— Greg! — ele abriu a porta correndo todo
nervoso.
— E então?
— Ainda nem fiz o xixi, não consigo sabendo
que você está grudado na porta me ouvindo.
— Ai meu Deus! Lia, quer me matar de
curiosidade? Avisa logo. Vou me afastar ok? Vou
até sair desse quarto.
Ouvi quando à porta do quarto fechou e assim
consegui urinar e fazer o bendito teste.
— Greg!!! — chamei-o e ele logo abriu à porta
do quarto, pois, estava grudado nela.
— E então, amor?

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Capítulo 34
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Lia
Assim que Greg entrou pela porta do quarto,
questionou-me segurando em minha cintura.
— E então, amor?
Mostrei a ele o exame que havia ficado cor de
rosa, indicando que era positivo, o que o fez abrir o
sorriso mais lindo do mundo e gritar bem alto:
— Eu vou ser papai!
Abriu o meu roupão, me deixando só de
calcinha, se ajoelhou e passou a beijar minha
barriga, segurando-a com as duas mãos, depois veio
subindo seus beijos e passou por meus seios e veio
até meus lábios.
— Greg para com isso, nem escovei os dentes
ainda.
— Eu te amo, te amo, te amoooooooo!! —
gritou todo eufórico novamente.
— Também amo você, meu amor.
— Sabe o que me deixa mais feliz nesse
momento? — perguntou.
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— Diga-me.
Ele suspirou antes de falar:
— É que você, a mulher que eu amo, é quem
vai ser mamãe de um filho meu.
— Também estou explodindo de felicidade por
ser essa mulher. — toquei em sua face
delicadamente, e ele estava lindo, com olheiras por
não ter pregado o olho, e com os cabelos loiros
todo desgrenhado.
Me virei e voltei ao banheiro e fui escovar
meus dentes com ele me olhando de braços
cruzados na porta. A forma com que me olhava era
simplesmente encantadora, tinha um brilho intenso
em seus olhos, era muita felicidade estampada no
rosto de um homem daquele tamanho. Quando
peguei à toalha para secar meu rosto, ele me
abraçou pelas costas levando suas mãos em minha
barriga, dizendo:
— Tem um inocente aí dentro.
— Sim, e protegido também.
Foi me beijando, e com as mãos na minha
barriga abriu a fita que segurava meu roupão. Em
seguida levou-as em meu ombro e puxou-o para

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trás despindo-me com suavidade deixando-me só


de calcinha. Voltou suas mãos em minha cintura e
me puxou ainda mais para ele, e assim senti sua
ereção viril roçar minha bunda, despertando assim
minha libido e acelerando meus batimentos.
Greg afastou meu cabelo do pescoço e passou a
beijá-lo com carinho sussurrando:
— Nunca te vi tão linda.
— Greg! — sussurrei já queimando.
— Você me deixou excitado com esse seu
rosto corado. — passou à ponta da língua em meu
pescoço, fazendo-me contorcer toda de desejo por
ele, ao mesmo tempo, em que subiu suas mãos e
segurou firme em meus seios que estavam sensíveis
ao contato dele.
Minhas pernas fraquejaram e minha vagina
queimou de tesão, não era nem seis da manhã e
aquele homem já estava me deixando enlouquecida
por ele. Me virou em sua direção e buscou meus
lábios com carinho e me beijou de uma forma
mansa, e cheia de paixão, enfiou sua língua na
minha boca como se estivesse me penetrando, e
assim chupou e sugou a minha boca, despertando à
mulher louca por ele que existia em mim. Greg era
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um garanhão insaciável, não sei como vou segurá-


lo durante os meses onde o sexo não é muito
aconselhável em uma gravidez.
— Quero você minha linda, eu quero agora. —
sussurrou sofrido em meus lábios.
— Sou sua agora, amanhã e sempre.
— Só minha. — respondeu e voltou a me
beijar, e de repente se abaixou em direção a minhas
pernas e pegou-me em seu colo, dessa forma,
caminhou comigo para à cama, me colocando
delicadamente nela. Com um joelho na cama e
outro pé no chão, ergueu seus braços e retirou de
seu corpo à regata branca com que havia dormido,
e em seguida seu short juntamente com sua cueca,
era um deleite para meus olhos e uma tentação que
me fazia entrar em ebulição. Greg tinha os braços
fortes, o abdômen perfeitamente definido, e tinha
um pau de causar inveja a qualquer garotão mais
novo.
Subiu na cama e veio engatinhando todo
apaixonado em minha direção. Grudou em minha
calcinha e foi tirando-a do meu corpo, que ergui
assim que chegou em minha bunda. Veio subindo
sobre mim, encarando-me sedutor, seu olhar me
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deixava excitada, eu já estava toda molhada pronta


para recebê-lo dentro de mim e sem deixar seus
olhos desgrudarem dos meus, foi abaixando seu
corpo sobre o meu, e quando encostou em mim,
senti todo o calor que emanava dele, Greg estava
em brasa e sentir o peso de seu corpo sobre o meu,
fez-me sentir protegida. Com seus braços envoltos
em minha cabeça, voltou a me beijar, fazendo com
que o clima ficasse mais quente do que já estava,
queria o dentro de mim sem demora, eu sempre
queria.
Beijava-me com carinho cada canto do meu
corpo, descendo lentamente em meus seios e
chupando-os, passando sua língua neles e
mordiscando gostoso, levando-me ao delírio a
ponto de arranhá-lo em suas costas.
Foi descendo e beijando-me até chegar em
minha barriga. Ah! Na barriga se demorou muito
mais, beijando e acariciando com as mãos como
quem já embalava em seus braços nosso potrinho,
então enfiou a língua em meu umbigo e antes que
descesse mais, eu já estava louca para senti-lo
dentro de mim, e assim puxei sua cabeça, fazendo-
o voltar a mim.

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Ele me encarou e questionou-me?


— Por que toda essa pressa? Esqueceu que
temos todo o tempo do mundo?
Lambeu meus lábios devorando-me com um
olhar gostoso e luxurioso, e assim voltou descendo
com seus beijos pelo meu corpo fazendo-me
contorcer toda, quando chegou em minha virilha e
passou a dar beijinhos. Empurrou uma de minhas
pernas com a mão, e foi mergulhando em minha
vagina e abrindo-a com os dedos, então enfiou sua
língua ali.
— Ohhh! Greg.
Contorci-me toda ao primeiro contado de sua
língua com minha vulva sensível, sendo arranhada
por sua barba por fazer. Amava ele com a barba por
fazer e conforme ia me chupando e puxando meu
clitóris para cima e soltando ao chupar, sua barba
me arranhava fazendo-me grudar em seus cabelos.
Chupava, acariciava com a ponta da língua e
mordia de levinho me levando ao delírio em um
sexo oral enlouquecedor, Greg adorava me ver
contorcendo em sua língua, me olhava fixo quando
me chupava.
Lambia de cima em baixo, acariciava com os
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dedos, chupava e mordia novamente e aquilo era


torturante, pois o queria dentro de mim e ele queria
me ver gozando em sua boca.
— Greg! Gregg! Por favor, não me torture
assim.
Ao me ver implorar subiu de volta escalando-
me aos beijos até chegar em minha boca, me
fazendo sentir meu gosto.
— Gosta disso? Gosta do seu gosto?
— Gosto da sua boca, tenha ela o sabor que
tiver. — respondi e o grudei nas laterais de seu
rosto e exigi um beijo enfurecido, cheio de desejo,
uma vontade louca de ser penetrada pelo meu
garanhão forte e grosso.
— Me ame, Greg, se enfie em mim e me
possua.
— Você me quer dentro de você? Implore.
— Todinho, por favor.
— E o nosso bebê?
— Ainda é muito pequenino, amor.
— Humm! — disse e foi me penetrando
devagar, carinhoso, cuidadoso, tão zeloso que até
me emocionei, foi aos poucos se encaixando
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perfeitamente em mim, fomos feitos um para o


outro, e enquanto se enfiava em mim, beijava-me
com tesão, e ia jogando o seu peso sobre mim e se
enfiando, enfiando, me invadindo e me deixando
atolada dele, preenchida por aquele pau que agora
era só meu, pertencia apenas a mim.
Não tinha nada que eu gostasse mais quando
estávamos nos amando, do que ser penetrada
enquanto ele me beijava, simplesmente ia a loucura
quando era beijada ao mesmo tempo, em que estava
sendo possuída por ele e preenchida.
Quando estava todo em mim, passou a se
mexer devagar, e assim voltou a falar:
— Me avise se estiver doendo, se tiver tocando
onde não devo.
— Amor, só me ame como se eu não estivesse
grávida, é muito pouco tempo para se preocupar
dessa maneira, eu já estava grávida ontem, e você
me amou feito um garanhão. Só me cubra.
Assim que me ouviu falar, se enfiou fundo em
mim, fazendo-me arranhá-lo, tamanha foi a delícia
daquela estocada, então deu outra estocada, e outra,
todas me encarando, e eu gemia e me contorcia em
cada uma delas:
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— Awh, awh, isso amor, vai, me ame como só


você sabe.
Estocou novamente, me olhando com tanta
fome, com tanto tesão, e assim passou a esquecer
suas neuras e me possuir de verdade, serpenteando
em mim com maestria.
Me amava de um jeito calmo e lento, entrando
e saindo de mim com tanto carinho, tanta paixão
que faziam seus olhos brilharem a cada estocada
carinhosa que desferia em mim, éramos um único
ser naquele momento. Eu esquecia do mundo,
esquecia de tudo quando estávamos em junção, era
carne e era alma, uma linda cumplicidade fazendo-
nos viver um momento lindo e único, íamos ser
pais e estávamos comemorando, grudados assim
como quando concebemos aquele bebê.
Encarava-me a cada estocada, beijam-me,
subia e descia em um movimento alucinante ao
ponto que ia aumentando a velocidade, me dizia
coisas deliciosas ao pé do meu ouvido, deixando-
me ainda mais louca de tesão, aflorando em mim
gemidos exprimidos e cheios de prazer. Nossos
corpos suavam e estavam em ponto de explodir.
— Oh, oh, ah, ah, oh, ohh Greg, isso amor,
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assim. Oh, ohh.


— Isso, geme minha eguinha, geme no meu
pau, geme para mim.
— Oh, ah, ah.
— Gostosa, gostosa.
Metia em mim sem parar com bombadas
cadenciadas cheias de tesão e vontade, impôs um
ritmo tão gostoso que me perdia em suas estocadas,
e na sensação louca que a posição me
proporcionava, pois, enquanto ele metia em mim,
friccionava meu clitóris, e aquela união perfeita
simplesmente me desestabilizava e me levava ao
êxtase. Bombou, bombou, meteu, se enfiou gostoso
e fundo, e quando viu que eu estava gemendo mais
sufocada, levantou o tronco de seu corpo e passou a
estocar mais forte e fundo.
— Greeggg, ohh, Greg!
Ele me olhou fixo nos olhos e continuou
metendo em mim, queria me ver gozando.
— Gozaaaa, gozaaa para mim, me olha nos
olhos, gozaaa! — meteu exigente e sem nenhum
esforço senti meu corpo entrar em erupção e
inundar o pau dele com meu gozo, que fez meu

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corpo todo tremer em espasmos que percorriam


cada canto do meu corpo.
— Ohhhhh, ohhhhh, a a a a Aaaaaah, amor,
ohhh, ohh meu Deus!
O frenesi foi tão violento que chegou a juntar
na minha boca.
— Adoro ver você gozando. — sussurrou.
Contorcia-me de prazer sem conseguir
controlar meus gemidos, eu estava literalmente
grudada aos lençóis, aquele orgasmo fez-me gemer
intensamente, foi maravilhoso e abrasador.
Enquanto eu me recuperava das ondas de
prazer que percorriam todo meu corpo, ele me
colocou de lado na cama e segurou em minha
cintura e voltou a me penetrar enquanto beijava
meu pescoço e gemia sufocado em meu ouvido:
— Ohh Porra! Tão molhadinha. — passou a se
enfiar em um vai e vem lento e com sua mão direita
entrelaçada a minha. Aquele homem agora era só
meu, e como sonhei com isso.
Greg me estocava com tesão, mexendo e
rebolando dentro mim, e gemendo no pé do meu
ouvido. Não tem nada mais gostoso do que ouvir o

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homem que você ama gemer no seu ouvido, não


tem nada mais excitante que isso. Greg gemia
sofrido, e assim eu já o conhecia e sabia que ele
estava ensandecido de prazer tentando encontrar
seu orgasmo.

Greg
Nunca em minha vida, eu havia feito um amor
tão verdadeiro, tão cheio de paixão e de tesão, tinha
algo na sensação que me consumia a alma, era
amor, mas um amor sublime, e assim com medo de
machucá-la e até o meu bebê, eu não investia
minhas estocadas com tanta força como eu era
acostumado antes.
Eu a beijava e queria poder fazer muito mais
que só acariciá-la com um beijo, eu queria tocar em
sua alma com minhas próprias mãos, e protegê-la
em meu coração de qualquer e todo mal.
Lia rebolava em direção a meu pau e eu sentia
sua exigência por mais, minha eguinha exigente,
minha matriz. Estoquei-a de olhos fechados, em um
movimento de vai e vem concentrando-me na
sensação deliciosa que vinha me entorpecendo aos
poucos e me deixando em um nirvana fora do
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comum, era uma sensação de êxtase maravilhosa e


que percorreu todo meu corpo, chegando na cabeça
do meu pau num ímpeto nervoso sem que eu
tivesse nem tempo de tirá-lo de dentro dela.
— Oooooooooooooooh, ohhh, Porra Lia! ohhh,
ooooooohhhhhhhhhh amor, — Urrei alto,
segurando-a firme e dando estocadas leves
depositando nela, todo o meu prazer.
Lia acariciava-me o cabelo com o braço
passado atrás do meu pescoço. prendendo-me a ela.
— Amo você paixão! — falei quando me
retirei de dentro daquele corpo que agora era
sagrado, carregava nele o meu bem mais precioso,
a maior de todas as minhas riquezas.
Levei-a no colo até o banheiro, liguei o
chuveiro e a limpei como se limpa uma peça de
cristal de um valor inestimável.
Eu havia me esquecido por completo do que
havia acontecido no dia anterior, Lia me fazia
flutuar e esquecer todas as tristezas que a outra
havia me trazido.
Com Lia não se sentindo muito bem, marquei
uma consulta com o médico para o dia seguinte, e
assim pedi a ela que ficasse em casa, não queria ela
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trabalhando. Ana cuidou dela para mim, enquanto


fui para lida, pisando em nuvens e sorrindo até para
o vento. Cheguei nas baias e à primeira coisa que
fiz foi pegar meu celular e ligar para o antigo
criador da Blue, Jorge Mello, para recomendar
Lucas a trabalhar com ele, visto que vivia me
especulando sobre técnicas de inseminação.
Atendeu dizendo:
— Fala, Gregório Mattos. Vai finalmente me
vender uma cobertura do Fantasma? — perguntou-
me assim que atendeu a ligação.
Gargalhei no telefone e respondi:
— Vamos estudar isso mais tarde.
— Enfim uma notícia boa. Mas a que devo à
honra do seu telefonema?
— Queria saber se você não estaria precisando
de um peão com conhecimentos na área de
genética, para trabalhar aí com você.
— Não me diga que você tem esse peão e está
abrindo mão dele?
— Lucas está precisando de um emprego novo.
— Está brincando comigo?
— Não, não estou.
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— E o que está esperando que ainda não


mandou ele me procurar?
— Vou avisá-lo.
— Só me diga, ele aprontou o que aí que você
o descartou?
— Não foi nada relacionado ao serviço dele,
foi um desentendimento de família.
— Nesse caso, manda ele aqui, Greg.
— Ok, Jorge, obrigado cara, e até mais.
— Até.
Desliguei e fiz uma nova ligação e avisei ao
Lucas que o Jorge o aguardava no Haras dele, e
assim como se tivesse tido culpa pela saída do
Lucas, senti-me de alma lavada. Não pelo Lucas,
mas por Ana e Luiz.

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Capítulo 35

Lucas
Depois de deixar o Haras do Greg, assim que
ele descobriu tudo sobre mim e Sandra, fui me
hospedar em um hotel na cidade. Estava deitado na
cama, pensando no que iria fazer da vida, e por
sorte, mesmo depois de ter descoberto minha
traição, em nome da consideração que tinha por

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minha mãe, Greg disse que daria um telefonema e


que arrumaria um novo emprego para mim caso eu
viesse mesmo a sair do Haras dele. Disse-me que
não me perdoaria tão cedo, mas que eu poderia
continuar vivendo lá, porém, não me sentindo bem
com a situação, agradeci-o, mas não poderia
continuar no Haras, não havia mais clima para nós
dois, então resolvi seguir meu caminho.
Greg me ligou avisando para ir até o Haras do
Jorge Mello, um dos maiores criadores de Paint
horse do Brasil, que também ficava em Mairiporã.
Então sem pensar duas vezes, levantei-me da cama,
e fui direto para minha caminhonete, liguei o motor
e segui direto para o Haras do Jorge, que ficava a
meia hora mais ou menos de onde eu estava
hospedado.
Greg se mostrou além de tudo que fiz a ele, um
grande homem, eu sabia que tudo que ele estava
fazendo por mim naquele momento era por
consideração a meus pais e por me considerar um
irmão, e foi sempre assim que o vi na minha vida,
como um irmão. Eu deveria ter levado isso em
consideração quando em meus 17 anos de idade,
Sandra fez sua primeira investida em mim.

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Dirigindo na estrada de terra batida, deixei-me


perder em lembranças, no primeiro dia que ela
tocou em mim.
— Lucas, pode vir em meu quarto trocar uma
lâmpada para mim, traga à escada. — chamou
Sandra da janela de seu quarto enquanto eu passava
na frente da casa grande.
— Sim senhora! — eu a respondi e entrei na
casa, peguei a escada e fui até seu quarto.
Lá, ela estava vestida dentro de um daqueles
vestidinhos de seda de dormir, e assim que a vi,
vestindo aqueles trajes, senti meu pau crescer no
meio de minhas pernas, foi involuntário, pois,
sonhei com ela vestida daquele jeito muitas vezes.
Arregalei os olhos e fui até ela e peguei a
lâmpada de sua mão. Subi na escada sem falar nada
para trocar a lâmpada.
Ela foi até à porta do quarto e a trancou. Greg
não estava no haras, tinha ido em um leilão em São
Paulo.
— Vejo como você me olha, Lucas, imagino
até que você se masturbe em seu banheiro
pensando em mim. — disse ela, me fazendo
esquentar, e meu coração acelerar.
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— Do que a senhora está falando?


— Que sei que você me deseja. — sussurrou.
Ela deu a volta na escada e me tocou por cima
da calça jeans, fazendo-me fechar os olhos de tanto
tesão.
Grudei firme na escada porque senti minhas
pernas bambearem quando ela abriu o botão da
minha calça e depois o zíper e a abaixou até os
meus joelhos. Meu coração ia sair pela boca. Pensei
em vestir as calças e sair correndo, mas quando vi,
ela já estava com meu pau na boca, engolindo-o
todo, e assim ele terminou de crescer em sua boca.
Naquele nosso primeiro dia, ela me chupou até
me fazer gozar em sua boca, e depois daquele dia
nunca mais paramos. Greg viajava e eu a comia
dentro do quarto deles, sem pensar nas
consequências, só na paixão que eu nutria por ela.
Aquela maldita mulher não me saia da cabeça
por nada no mundo, fui à estrada toda reproduzindo
nossas transas na mente. Eu era simplesmente
louco por ela, e aquela desgraça de sentimento não
passava, nem sabendo que ela não prestava, mas ia
passar, eu sabia que iria, pois, jamais voltaria a
permitir que encostasse em mim. E jurei a mim
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mesmo, que jamais voltaria a me envolver com


nenhuma mulher comprometida. Se ela não pudesse
ser só minha, metade é que eu não ia querer nunca
mais.
Quando vi a placa com a escrita Haras Veloz,
saí dos meus devaneios e parei na guarita e
conversei com o senhor que estava lá:
— Bom dia senhor, vim falar com o Jorge, ele
me espera.
— Lucas Antonucci?
— Sim senhor, eu mesmo.
— Pode entrar, o patrão te espera.
— Obrigado.
O homem gordo de bigode abriu o portão
eletrônico e assim cruzei rumo ao meu destino, ou,
quase isso.
Toquei adiante pela estrada com o caminho de
paralelepípedos cercado por enormes coqueiros, até
parar próximo das instalações do Haras. Abri a
porta e desci. Era de manhã e o cheiro da relva
despertou-me lembranças de toda uma vida.
Não demorou, um dos caras que estavam ali
por perto feio falar comigo:
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— Mais olha só quem está por aqui! Se não é o


Lucas, do Haras Mattos.
Antônio, um dos peões que trabalhavam no
Haras veio até mim, cumprimentando-me com um
aperto de mãos.
— Como vai, Tonho?
— Bem, e você? O que o traz aqui? Greg vai
finalmente vender uma cobertura do Fantasma para
o Jorge?
— Não estou aqui por isso, não. Na verdade,
Jorge deveria esquecer essa cobertura, duvido
muito que Greg faça isso algum dia.
-Hum, mas está aqui por que então, peão?
— Emprego, não estou mais com o Greg, e
Jorge vai ver o que pode fazer por mim.
— Ah! entendi. Mas cara, o que você aprontou
lá no Haras Mattos? — ele gargalhou. — nunca que
imaginei você saindo de lá e vindo pedir emprego
aqui.
— Quer saber o que foi que fiz lá? Tive
problemas familiares.
— Está certo. Olha, eu já esperava por você,
viu. Jorge foi tomar café na sede, mas já está por
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aqui, enquanto isso vou fazer um tour com você


aqui nas instalações.
— Tonhooo! — um outro peão gritou
chamando-o.
Ele se virou em minha direção e avisou-me:
— Lucas, aguenta aí cara, já volto, só um
instante.
— Vai lá, estou de boa.
Tonho foi em direção as baias, que foi de onde
o homem o chamou, e eu abri à porta da
caminhonete, encostei-me nela e acendi um cigarro.
Estava distraído, olhando para minha esquerda
quando escutei o atrito de bota com o chão, e assim
me virei na direção oposta, e lá, tinha uma mulher
que havia acabado de apear do cavalo, bem na
minha frente. Próximo da porta onde eu estava. Era
linda de doer os olhos e me lembrava de tê-la visto
no Celeiro, vez ou outra, mas nunca assim tão de
perto. Seus olhos eram azuis e seus cabelos
castanho escuros emolduravam uma face delicada e
alva, ostentando em suas bochechas um par de
covinhas. Era alta e magra, e vestia jeans, uma
camiseta branca, um colete marrom por cima, e
botas de montaria.
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Ela me tirou de meu estado bestificado,


dizendo:
— Ei peão, não fique aí parado feito um idiota,
leve a Mel para seu banho. — entregou-me as
rédeas da égua, deu-me às costas e foi saindo.
Eu estava congelado com tanta beleza diante de
meus olhos, e assim sem nem raciocinar, falei:
— Perdão moça, não sou peão desse lugar, não
ainda. — ela se virou em minha direção com o
olhar de recriminação, e assim devolvi-lhe as
rédeas do animal.
— Bom, nesse caso o que faz parado aí?
— Estou esperando o Jorge.
— E o que quer com o meu pai, posso saber?
A voz dela saiu aveludada de seus lábios
delicados e levemente rosados, e enquanto ela
falava, não conseguia tirar meus olhos deles, sem
prestar atenção em sua pergunta, fiz a minha sem
nem mesmo me dar conta do atrevimento:
— Seu nome, qual é moça?
Ela gargalhou e respondeu-me:
— Mas é muito atrevido mesmo, te fiz uma
pergunta e você me responde com outra nada a ver.
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— O que foi que me perguntou mesmo? —


indaguei-a, fazendo-me de bobo.
— Sobre o que quer falar com meu pai.
— Isso é assunto meu com ele. — sorri para
ela, piscando dando uma de garanhão.
Não acredito que perguntei o nome dela.
Pensei.
— Você é bem abusado não é, peão?
Quebrei o pescoço para o lado e respondi:
— Você quem está dizendo. Não vai mesmo
me dizer seu nome? — refiz a pergunta.
Ela veio bem pertinho de mim, pude até sentir
seu cheiro. Encarou-me com aqueles olhos enormes
e lindos, e olhando em meus lábios ela respondeu:
— Não é da sua conta, e além do mais, odeio
homens que cheiram a cigarro.
Colocou as rédeas da égua na minha mão
novamente e se virou de costas com aquela bunda
gostosa, e saiu caminhando, rumo à sede.
Que diaba de mulher gostosa era aquela? Meu
pau relinchou no meio de minhas pernas quando ela
chegou tão perto de mim. Eu não estava
acreditando no que estava me acontecendo.
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Eu a observava ir embora, sem nem mesmo se


virar para me olhar, quando Tonho apareceu do
meu lado, colocou suas mãos na cintura e ficou
olhando na mesma direção que eu e disse:
— Ih! Já conheceu a filha do patrão, foi?
— Foi! — respondi entregando-lhe as rédeas
da égua da mulher petulante.
— Vou te falar uma coisa, tira seus olhos dela,
já tem dono, é noiva de um deputado lá de São
Paulo. João Guilherme Carrasco.
— Tirar o olho? Que olho, homem? Nem vi ela
passar por mim e entregar-me essas rédeas.
— Humm! Bom mesmo que não tenha visto,
porque o João tem ciúmes até da sombra dela.
Tome tento peão, se quiser mesmo trabalhar aqui.
Que diacho de mulher mais gostosa eu fui
encontrar no meu caminho! Pensei de novo.
Ela vai falar a porra do nome dela sussurrando
ele no pé do meu ouvido, ah! Se vai! E só de pensar
naquilo meu pau deu um tranco dentro da calça.
O telefone celular do Tonho tocou e ele
atendeu:
— Fala patrão.
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— O Lucas já chegou?
— Sim, senhor, já está aqui nas dependências
do Haras.
— Traga-o aqui para falar comigo.
— Sim, senhor, é pra já.
Ele desligou o celular e disse-me:
— Vamos lá cara, patrão já vai te receber.
— Só se for agora. — respondi.
Juntos subimos o morro, pois, a sede e o
escritório ficavam no alto do terreno. Chegando lá,
Tonho me deixou na porta e saiu.

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Capítulo 36
Dois meses depois

Lia
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— Amor, há que horas é a audiência com o


juiz? — perguntei em um tom mais alto, pois Greg
estava no banho.
— Oi! Não entendi, vem aqui, amor.
Levantei-me da cama, e fui em direção ao
banheiro e abri à porta do box onde meu garanhão
estava tomando seu banho, e como estava lindo,
fiquei olhando-o passar o sabonete em seu corpo e
ele era simplesmente perfeito, sorriu para mim e
perguntou:
— O que foi? Está com saudades? — piscou
insinuante para mim.
— Bobinho você hein! — sorri passando a mão
em minha barriga que ainda era pequena, mas
perceptível, visto que eu já estava de quase 4
meses.
— O que foi que me perguntou? — ele quis
saber.
— Perguntei que horas é a audiência com o
juiz.
— Ah! Nem me lembre que terei que ficar
frente a frente com sua mãe.
Suspirei alto e ele disse por fim:
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— A audiência é às quatro e meia da tarde.


— Nossa, mas por que tão tarde assim?
— Não sei dizer, amor.
— Preciso que passe no supermercado para
mim, vou precisar de algumas coisas para o jantar.
— Ok, faça à lista que na volta passo lá.
— Tudo bem.
Fechei a porta do box e voltei a me deitar, não
estava mais trabalhando com Greg, ele havia me
proibido de andar a cavalo, e não me queria muito
tempo circulando entre as baias e nos pastos. Blue
estava linda, e eu sempre arrumava um jeitinho de
ir vê-la e de levar algumas frutas a ela. Mesmo
Greg não gostando muito que eu fizesse aquilo.
Ele saiu do banho enrolado na toalha, se sentou
ao meu lado na cama, e passou a acariciar minha
barriga com carinho.
— Como está se sentindo essa manhã?
— Estou bem, não tive ânsia ainda.
Eu passava muito mal com ânsias e vômitos,
aquela fase estava demorando a passar, então eu
tomava Dramim e ficava com sono o dia todo.
Greg me beijou, se levantou e foi se trocar para
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ir trabalhar. Vestiu uma camisa de xadrez vermelha


e azul que eu simplesmente amava, pois, ele ficava
incrivelmente sexy.
No almoço, fizemos a refeição juntos e
combinamos de ir a São Paulo no dia seguinte para
comprarmos algumas coisinhas do enxoval do bebê
que estavam faltando.
Greg era um sonho de homem, em todos os
sentidos possíveis, era carinhoso, atencioso, estava
sempre atento a qualquer expiro meu, ele era
exageradamente protetor. Cozinhava para mim,
cuidava da minha alimentação, já que se deixasse
eu ficava o tempo todo comendo bobagens.
Quatro horas da tarde, Greg foi a audiência de
separação de minha mãe. Nesses dois meses eles
não voltaram a se ver e nem se falar, na verdade, eu
também não voltei a vê-la. Greg estava apreensivo
com o fato de ficar cara a cara com ela, mas aquilo
precisava mesmo acabar.
Já era quase cinco e meia da tarde quando ele
me ligou:
— Amor, está tudo bem aí com vocês?
— Sim amor, tudo certo aqui, eu e o bebê
estamos muito bem, mas loucos de saudades.
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Ele gargalhou do outro lado.


— A audiência terminou agora, estou indo ao
supermercado. É só isso mesmo que está na lista
que você precisa?
— Sim, é só isso. Me diga, como foi aí?
— Péssimo, uma experiência terrível, sua mãe
ficou furiosa, mas depois falamos disso, ok?
—Tudo bem. Beijo.
— Beijo amor.
Eu estava na varanda, e como começou a
esfriar fui para dentro, eu havia dispensado à Ana,
pois, iria eu mesma cozinhar para meu amor. Passei
pela sala e coloquei uma música bem suave, e
deixei tocando bem baixinho. Entrei na cozinha e
comecei a preparar nosso jantar, Greg gostava
muito de lasanha ao molho branco com brócolis,
então fui preparando o molho da lasanha até que ele
viesse com os brócolis.
Estava completamente distraída quando ouvi a
voz dizer:
— Hum! Que cheiro maravilhoso, minha
querida.
Virei-me rapidamente em direção à porta com
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o coração em pulos, pois, reconheci a voz dela.


— O que faz aqui? — indaguei-a assustada.
— Vim visitar minha filha, ou você deixou de
ser minha filha?
Me afastei e encostei-me na pia de costas
olhando-a ali, parada encostada na porta de braços
cruzados, como se nada tivesse acontecido.
— Sua barriguinha já está levemente
perceptível, eu sonhei muito com uma barriga
dessas com um filho do Greg dentro, mas parece
que não aconteceu, não é?
O tom de voz era irônico, falso como ela
sempre foi.
Greg não chegava, e eu já estava entrando em
pânico e ficando asfixiada ali na cozinha.
— Está com medo de mim, Lia? Não fique
minha querida, não vou te fazer nenhum mal, só
acho que você não merece carregar esse bebê no
ventre, eu merecia, eu era à esposa dele e você o
tirou de mim.
— Não, você o tirou de sua vida quando só
tinha tempo para seus casos extraconjugais e seus
livros.
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— Você se acha muito esperta não é Lia? Mas


não é, eu a criei como minha filha, e no fundo você
era uma cobrinha pronta para dar o bote, maldita
hora que escutei o Ronaldo e coloquei nosso nome
naquele banco de adoção.
Balancei à cabeça sem nada entender, ela
estava mesmo louca, pobre coitada.
— Mãe, a senhora não está bem, não está
dizendo coisa com coisa.
— Eu estou ótima, você nem sabe o quanto.
Não está acreditando que você não é minha filha?
Tolinha, eu tive um aborto de um filho do Ronaldo,
e junto com aquela filha, que não era você, eu perdi
todas as chances de ser mãe. Por isso nunca pude
dar um filho ao Ronaldo, e nem ao Greg.
Comecei a suar frio, minhas mãos gelaram e
senti uma forte vertigem, assim virei-me em
direção à pia e me escorrei nela.
Ela foi se aproximou de mim e me tocou nas
costas dizendo:
— Ah! Não passe mal meu amor, afinal de
contas, estou tirando um peso das suas costas, não
estou?

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— Não me toca, não me toca? — exigi nervosa


com a última informação me dilacerando. A
informação de não ser filha dela, de certa forma era
um alívio. Explicava muita coisa. Mas não ser filha
do meu pai, Ronaldo, me destruiu. Não podia ser
verdade.
— Mentirosa!! — gritei deixando uma fúria
explodir.
— Eu amava você. Amava até o dia em que vi
o brilho nos seus olhos olhando para Greg, quando
você tinha 12 anos de idade, já era uma cobrinha
querendo roubar o meu homem.
A informação de que eu não era filha dela,
ainda estava sendo mastigada em minha cabeça, o
gosto era amargo e eu não conseguia engolir aquilo.
— Sai da minha casa? — exigi encarando-a.
— Sua casa!? — alterou o tom de voz e em
seguida gargalhou.
— Tudo, tudo que tem aqui dentro fui eu quem
escolheu, cada canto dessa casa, fui eu quem
decorou, cada quadro, cada copo desses, cada
talher, tudo, tudo nessa casa tem a minha
identidade.

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— Vou providenciar uma limpeza geral aqui


dentro, nada que você tenha colocado a mão vai
ficar mais aqui.
— Acha mesmo que trocando os móveis, os
copos e os pratos você vai conseguir esquecer que
roubou o homem da mulher que te criou? Assim
sendo sua mãe?
— Você é uma mentirosa, está dizendo isso
para me confundir. No dia em que foi expulsa
daqui você me disse que eu era a responsável por
você não ter filhos.
— Eu menti, fazia parte da minha encenação.
— Você é louca, só pode.
— Não, eu não sou. Eu te amava sabia? Como
uma filha, como se você tivesse saído do meu
ventre. Mas passei a odiá-la, no dia em que a vi
escondida atrás de uma baia, observando o Greg, e
sorrindo feito uma boba. Você era só uma criança,
mas já sabia o que queria.
— Acho que você já pode ir embora, Greg está
chegando aí, e não vai gostar nada de ver você
aqui.
— Greg vai pagar caro pelo que fez comigo

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hoje lá no fórum, ele me tirou tudo, não fiquei com


nenhum metro dessas terras.
— Vocês casaram em regime de comunhão
parcial de bens, é justificável a decisão do juiz, pois
Greg já era dono dessas terras, dessa casa e de
metade do plantel que ele tem hoje aqui.
Ela suspirou alto.
— Não precisa me lembrar de nada disso.
— Então não o culpe, por isso.
— Ele poderia ter levado em consideração
todos os anos que ficamos casados, mas não, a
mim, deixou apenas um apartamento em São Paulo
e pouco mais de 500 mil Reais.
— Mãe, e você queria mais o que? Isso está
ótimo.
— Acha mesmo que acredito que ele não tinha
mais dinheiro guardado?
Ela estava furiosa, soltando fogo pelas ventas.
— Menina, Lia, está tudo bem aqui? —
perguntou Ana da porta.
— Vai embora daqui, Ana, essa conversa é
entre mim e minha filha. — respondeu minha mãe
de forma grosseira.
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— Não fale assim com ela. — falei e fui


acompanhando Ana, saindo da cozinha até à
varanda, mas minha mãe veio logo atrás de mim.
Eu tinha a intenção de ir com Ana para à casa
dela, e ligarmos para o Greg, mas assim que acabei
de descer os degraus, ela disse:
— Fica parada aí, não dê mais nenhum passo,
Lia.
Quando me virei, ela estava apontando uma
arma para mim, e assim falei baixinho:
— Corre, Ana, vai para sua casa.
Ana me olhou assustada e me obedeceu.
— Não vou perder mais nada para você, Lia. E
se eu não posso ter um bebê do Greg, nem você
também terá.
Ela desceu os degraus e chegou bem próxima
de mim. Fechei os olhos assim que apontou a arma
para minha barriga, e por instinto coloquei minhas
mãos na barriga para proteger meu bebê, como se
aquilo fosse possível. Passei a chorar e esperar pelo
disparo. Meu coração estava desgovernado em meu
peito.

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Greg
Chegando em casa, vi Ana correndo rumo a
sua casa desesperada, ela corria no meio da estrada
e assim brequei imediatamente em sua frente.
Abri a porta e desci. Ela veio em minha direção
toda aflita, dizendo:
— Greg, Lia, é a Lia. — estava cansada
respirando afobada.
— O que tem a Lia?
— Sandra está na casa, está com Lia, e está
armada.
Por um instante entrei em órbita, era como se o
mundo tivesse parado e eu já poderia pular dele. O
que Ana me falou, deixou-me em transe por alguns
segundos e me levou direto para à escadaria do
fórum, uma hora antes.
— Greg, isso não vai ficar assim, eu vou cobrar
cada centavo do meu dinheiro, ao seu bebê.
Lembrei-me do que ela havia dito, e me virei
imediatamente em direção à caminhonete, e assim
que coloquei meu pé na soleira para subir, escutei o
barulho de um tiro. Um som seco que me fez entrar
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em desespero.
— Liaaaaaaaaa!

Capítulo 37

Greg
Subi na Picape e fui em direção à casa, aqueles
foram os 500 metros mais longos da minha vida, eu
estava em prantos e apavorado com meu estômago
embrulhando só de imaginar o que poderia ter
acontecido.
Quando desci da caminhonete, minha visão se
embaralhou, Sandra estava caída no chão,
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desfalecida, e Lia ajoelhada ao seu redor chorando


desesperada com as mãos cheias de sangue. Foi
tudo que consegui ver em um momento inicial, e
assim corri até Lia e falei:
— Vai ficar tudo bem, tudo bem, amor.
Lia estava em choque e tremia quando a
abracei.
No primeiro momento, imaginei que ela tivesse
atirado na mãe, mas olhando para Sandra no chão,
vi que ela ainda se encontrava com a arma em sua
mão direita com o dedo no gatilho.
Virei o rosto de Lia para que ela não
continuasse vendo aquela cena, e quando levei
meus olhos para a varanda, bem no primeiro
degrau, Seu Luiz, o pai de Lucas estava também em
choque, nem piscava segurando uma arma na mão.
Nem tive tempo de juntar aquela imagem na
cabeça, e Lia murmurou em pânico:
— Meu bebê, nosso bebê, Greg! — Levou as
mãos no meio de suas pernas, por baixo do vestido
e estendeu-as a mim, toda ensanguentada, então
entendi de onde saiu o sangue das mãos dela.
Lágrimas vertiam de seus olhos penosos, e nunca
um olhar me destruiu daquela forma, mas ali
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naquele momento eu precisava ser forte.


Luiz, sentou-se no degrau e lá ficou, estava
com o olhar perdido enquanto Ana o abraçava
aflita.
Peguei meu celular no bolso com urgência,
pois, nenhum tempo poderia ser perdido ali, após
três chamados Hernandes atendeu.
— Fala Greg.
— Cara, vem logo aqui no Haras, o Luiz, pai
do Lucas atirou na Sandra, liga para polícia e vem
logo para cá.
— Pode deixar, cuido de tudo, fica tranquilo.
Estou indo.
Peguei Lia no colo, e antes de entrar na Picape,
falei:
— Ana, meu advogado está vindo para cá, não
se preocupe, vai ficar tudo bem. — ela apenas
assentiu chorando, e ficou grudada ao marido.
Coloquei Lia no banco, entrei e dei à partida.
Lia estava completamente em choque, nem piscava,
só chorava segurando a barriga, como que tentando
segurar nosso bebê. Eu chorava disfarçado em ver
seu sofrimento, em saber que meu potrinho havia
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morrido dentro dela.


No hospital, levaram-na com urgência para à
sala de ultrassonografia, onde o médico faria uma
transvaginal, somente para confirmar a perda do
bebê.
Fiquei do lado de fora, pois, minha covardia
não me permitiu entrar, o mundo havia desabado
em minha cabeça e tudo que eu mais queria naquele
momento, era que não acontecesse aquilo como
aconteceu com Sandra, de não poder mais ter
filhos.
Na sala de espera eu sentava, me levantava,
roía as unhas, rezava, encostava na parede, e
voltava a me sentar. Nunca uma espera foi tão
angustiante, eu sabia, tinha fé que o doutor entraria
pela porta e me diria que Lia ainda iria poder ter
tantos filhos quanto quiséssemos.
Meia hora depois à porta se abriu e fui logo
para cima do médico interpelando-o:
— E então doutor, me diz que ela vai poder ter
outros filhos.
— Vai falar com sua esposa, ela mesma quer te
contar tudo.

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Ele deu dois tapinhas em minhas costas, e


aquilo foi pior que abrir uma cova e me jogar
dentro.
Abri à porta todo receoso, Lia estava deitada
com aquela camisola verdinha, com o rosto virado
para a esquerda, onde não me possibilitou ver seus
olhos, e assim que falei, ela se virou em minha
direção, e estendeu seu braço a mim. Peguei em sua
mão e fui até próximo dela. Dei-lhe um beijo em
seus lábios e não consegui me segurar, cai em
prantos em cima dela, com ela me afagando nos
cabelos. E quando consegui me controlar, falei:
— Só me diga que poderemos ter outros bebês.
— Outros? Amor, um de cada vez, por favor,
primeiro vamos conhecer o rostinho da Alicia, e
depois quando ela estiver andando pensamos em
outros, pode ser?
Meu coração parou no peito, e se não morri
naquele momento, eu nunca mais morreria.
— Alicia? É uma potrinha? E ela ainda está
aqui dentro? — toquei-a na barriga.
— Claro meu amor, onde mais a filha de um
garanhão como você estaria? Ela é tão forte quanto
o pai.
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— Não perdemos nosso, bebê? — perguntei


novamente feito um bobo.
— Não perdemos, meu amor, não perdemos.
— ela me confirmou com os olhos brilhando.
— Ai meu Deus! — falei e a beijei na barriga.
Em seguida, corri para à porta da sala, abri e
gritei:
— Eu vou ter uma potrinhaaaa!!
— Xiiii! — fizeram para mim, e assim voltei
para o quarto e enchi Lia e Alicia de beijos.
Era tanta felicidade que nem cabia em meu
peito, ia transbordar e inundar aquele hospital.
— Greggg! Para com esse barulho todo, amor.
— Te amo, te amo, te amo Alicia, minha
potrinha.
Lia balançou a cabeça em negativo e sorrindo
lindamente. Oh! mulher linda, eu queria amá-la.
Estava louco de saudades dela.
— Me deu uma vontade louca de você. — falei
enquanto a beijava.
— Saudade? Fizemos amor hoje de manhã,
lembra?

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— Sim, mas estou feliz e queria você.


— Pode ir parando com isso, o doutor me
disse, que agora minha gravidez é de risco, não
vamos mais poder fazer amor.
— Hum! Sendo assim vamos encontrar outras
formas de nos amarmos.
— Greggg! Para de ser garanhão desse jeito.
Eu a encarei e pisquei.

Dois dias depois


Lia
Era o dia do enterro de minha mãe, eu não
pude ir, pois ainda estava de repouso sobre ordens
médicas, mas Greg fez questão de estar presente.
Luiz, prestou depoimento na delegacia e foi
liberado, não ficaria preso, pois, além de ser réu
primário, ele agiu em legítima defesa de terceiros,
no caso, eu. Pensar que ela teria me matado, caso
ele não aparecesse pelas costas dela, me deixava
uma tristeza enorme na alma. A mulher que amei
como mãe, iria me matar. Eu pensava naquela
situação, e não conseguia odiá-la, pois, mãe é
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aquela que cria, e até meus doze anos, ela foi a


melhor mãe do mundo.
Eu estava na varanda, descansando em uma
poltrona, e tomando à brisa da tarde, quando à
Picape do Greg parou no gramado, estava chegando
do enterro. Ele desceu, deu à volta e abriu a outra
porta. Alguém desceu de lá e então ele veio
trazendo-a em seus braços, ela caminhava com
dificuldade e Greg a ajudou subir às escadas.
Minha visão se embaçou, pois, a emoção foi tanta
quando vi minha avó materna subindo os degraus,
que meus olhos se encheram de lágrimas.
— Lia, minha neta. — ela estendeu seus
braços, e assim levantei-me com cuidado e fui até
ela, era minha avó Melissa.
Eu a abracei com tanta força, soluçando de
emoção de tanto chorar, que achei que iria matá-la
sufocada.
— Me perdoa, vó, me perdoa, — falei
emocionada demais.
— Não minha querida, não me peça perdão.
Greg a sentou em uma outra poltrona, e assim
vi Tia Clara, atrás do Greg.

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— Tia Clara?
— Sim, eu mesma. — ela veio até mim, e
juntas também choramos um rio de lágrimas, era
muita emoção vê-las ali depois de tudo que
aconteceu, aquilo foi a última coisa que imaginei.
Ana nos serviu café com biscoitinhos de nata, e
ali ficamos conversando por muito tempo.
— Sabe, Lia, depois de tudo que falamos aqui,
queria que soubesse, que Sandra não era de todo
mal. — disse minha avó. — Ela ficou transtornada
depois que perdeu seu primeiro bebê e não podia
mais ter outros. Ela não se conformava com aquilo,
ela culpava o Ronaldo por não conseguir
engravidar novamente e com isso até o traiu indo
atrás de outro homem que pudesse lhe dar um filho.
Ela tinha todos os defeitos do mundo, mas cuidava
de mim com muito amor, nunca me deixou faltar
nada, nem a mim e nem a Clara. Talvez não tenha
sido boa mãe, mas era sem dúvida uma boa filha.
Sempre presente e prestativa.
— Ela foi a única mãe que conheci, e quando
foi mãe de verdade, ela foi a melhor. — falei.
— Sim, eu sei que sim.
— Ela ia me matar, vovó.
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— Sim, disso eu também sei. Ela estava


rancorosa, cheia de mágoas e fantasmas falando em
sua cabeça. No fundo, ela sabia sentir amor, pois,
ela tinha um amor muito grande por ... — minha
avó parou de falar e olhou para o Greg, que fez
sinal de positivo, incentivando-a falar. — Lucas,
ela tinha um amor sem medida por um tal de Lucas,
que a desprezou. Nesses meses que ela esteve
comigo, ela ligava para ele o dia todo, e o rapaz não
a atendia.
Olhei para Greg, que estava em pé, parado de
braços cruzados.
Piscou para mim e sorriu o sorriso mais franco
e fofo do mundo.
Ana, estava parada na porta, e quando ouviu o
nome de seu filho, tratou logo de entrar em casa.
Greg, levou-as de volta para sua casa, não
quiseram ficar para o jantar.
Por Lei, tudo que havia ficado para minha mãe
na separação de bens com Greg, era meu agora,
mas eu não queria nada que fosse dela, então, ficou
combinado ali, entre mim, vovó e tia Clara, que
assim que tudo fosse liberado pela justiça, seria
passado a vovó, pois, ela merecia mais que
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ninguém, usufruir seus últimos dias com conforto.


Minha gravidez era de risco, e Greg cuidava de
mim, como se cuida de um bebê, era muito amor,
muito carinho e muito me carregava no colo, cheio
de exageros. Nos amávamos de uma forma
deliciosa, sem penetração, mas que nos levava
ambos à loucura, mas isso foi me proibido de um
certo ponto em diante, já que Greg, fez-me passar a
maior vergonha do século, perguntando ao meu
médico, se os orgasmos não prejudicariam minha
gravidez. E assim o médico nos explicou, que como
minha gravidez era de risco, não era muito bom que
ficasse tendo as contrações que o orgasmo criava.
Pronto! Bastou ouvir isso para não brincarmos
mais.
Greg era o homem que nem em meus sonhos
eu imaginava. Se ele tinha um defeito eu ainda iria
conhecer, pois, estávamos apenas no início de
nossa vida juntos.

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Epílogo

Lia
Nos dias que se seguiram ao acontecido, não
tinha um único dia em que eu não fosse sair de casa
pela porta da frente, que eu não dava de cara com a
imagem de minha mãe, estirada morta no chão.
Aquela imagem triste não me saía da cabeça, e
sempre que eu pisava na varanda, eu tinha aquele
sobressalto e parava quase que instantaneamente.
Greg, havia percebido esse meu desconforto e
resolveu mudar toda à entrada da casa, na verdade,
ele fez uma reforma completa e mudou tudo, à sala
não era mais à sala, à cozinha não era mais cozinha,
o quarto dele não mais era um quarto, havia se
transformado em sala de tv e jogos, pois, era um
moleque que amava jogos. Tudo foi trocado na
casa, desde as camas até os garfos. A entrada da
casa agora ficava virada para o oeste, de onde eu
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sempre contemplava o pôr do Sol, sentada na nova


varanda.
Greg era o homem mais maravilhoso da face da
terra, mas era muito perfeccionista e metódico,
gostava de tudo certinho e na hora certa, e eu como
sempre muito estabanada, completamente o oposto
dele, estava tendo que me acostumar com suas
manias. Se, ser todo certinho for considerado um
defeito, esse era o do Greg, que por vezes me tirava
do sério.
Lucas, vinha sempre visitar os pais e vez ou
outra vinha me ver também e saber como eu e
Alicia estávamos. Ele nunca falou sobre minha mãe
comigo, mas falava sem parar de uma tal de
Marina, uma oncinha que estava dando-lhe
trabalho. Ele me disse que estava todo empacado
naquela morena de olhos azuis e lindas covinhas na
bochecha. Mas que a tal era brava como uma onça.
Era ele o novo administrador do Haras do Jorge
Mello e se sentia todo orgulhoso por isso.
Os meses se passaram e no dia 11 de
Novembro. Greg estava tomando seu banho matinal
enquanto eu ainda estava deitada na cama. Senti um
jato de água quente escorrer por minhas pernas, e

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pensei: Ai meu Deus! Fiz xixi na cama. Mas assim


que o segundo jato de água saiu espontaneamente
de mim e escorreu novamente pelas pernas, foi que
me veio à mente: A bolsa do bebê! e nesse
momento eu gritei:
— Greeegg!
Nem acabei de pronunciar seu nome e ele saiu
do banheiro nu, molhado, sem toalha, sem nada,
chegou até a cama e perguntou:
— É agora?
Balancei a cabeça afirmando.
— Minha bolsa estourou. — avisei.
-Ai meu Deus! — falou e saiu em direção ao
closet, abriu a gaveta e se enfiou em uma cueca e
depois em um jeans.
— Amor estou toda molhada!
Nesse momento, Ana já estava no quarto, pois,
ouviu meu grito, e atenciosa como era, veio
correndo.
— Fique calma, menina, Lia, fique calma. —
pediu-me ela.
Sentei-me na cama e Greg foi me ajudando a
tirar à camisola, e em seguida me levou ao
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chuveiro, e lá, a água de minha bolsa não parava de


sair em jatos.
Sai do banho e me troquei, enfiando-me em um
vestidinho verde com flores delicadas. Greg me
pegou no colo e me levou escada abaixo e me
colocou na Picape. As malas, minha e do bebê, já
estavam há duas semanas lá dentro. Greg não deu
paz enquanto não arrumei tudo.
No hospital tive parto natural, sem problemas,
sem dores enormes, e assim, Alicia, nasceu
rapidamente, linda e perfeita como o pai.
Já no quarto, Greg veio trazê-la para mim nos
braços, parecia um bobo com ela no colo, nunca vi
tanta felicidade em um só homem, seus olhos
brilhavam ao mesmo tempo, que seu sorriso ia de
ponta a ponta em seu rosto.
— Olha amor, fala se não é a minha cara, olha
os cabelinhos dela.
— Ownn! ela é a sua cara mesmo, amor. —
confirmei deixando-o todo sorridente.
— Ei! Papai babão, alguém precisa aprender a
mamar na mamãe aqui. — disse à enfermeira,
pegando Alicia dos braços do Greg, e ajeitando-a
em meu peito.
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E assim, encarei-a frente a frente com mais


lucidez, pela primeira vez, e ela tinha os lindos
olhos verdes do pai.
Nunca a felicidade teve nomes tão fortes em
minha vida.
Alicia e Gregório Mattos, um amor maior que
tudo no mundo.
Fim.

Extra 1
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Matando a saudade.
Lia
Trinta e cinco dias haviam se passado após
meu parto que havia sido natural, com a correria
por conta de Alicia, que era uma bebê chorona, por
causa das cólicas e dores de ouvido, Greg e eu mal
tínhamos tempo de pensarmos em nós dois,
revezávamos cuidando de Alicia, que quase não
nos deixava dormir.
Greg tomou seu banho enquanto eu cuidava da
bebê, e assim que ele saiu do banho, pegou Alicia
em seu colo e foi minha vez de tomar um banho.
Eu estava exausta, então depois de um dia
cansativo, me demorei bastante no chuveiro
deixando a água quente cair em minhas costas me
deixando relaxada. De dentro do banheiro parei de
ouvir o choro da Alicia, eu tinha que admitir, que
com Greg ela sempre dormia melhor do que
comigo, ele tinha um mel, um doce que encantava
até nossa princesinha. Ele balançava ela e cantava
para ela com tanto amor, que às vezes eu me
perguntava: Esse homem existe mesmo?
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Quando saí do banho, enrolada em uma toalha


de cor salmão, bati meus olhos em cima da nossa
cama, e Greg estava lá deitado, todo sensual só de
cueca preta. Há tempos que eu não sentia um
desejo tão grande só de olhá-lo, minha libido deu
pulo do alto de onde se escondia, e se escorregou
direto para meu ventre, senti todas as terminações
nervosas do meu corpo se estremecerem.
Greg me olhou com paixão e bateu a mão na
cama, indicando-me que me queria ali, junto dele.
Então questionei-o:
— Alicia?
— Dorme feito um anjo, veja você mesma.
Fui de ponta de pé até seu berço, que ficava ali
mesmo em nosso quarto, e estava mesmo dormindo
tranquila, chupava a chupeta devagarinho e às
vezes até parava de mexer a boquinha, e quando a
chupeta ia cair da boca ela voltava a chupar com
vontade.
Tranquila em vê-la em um sono tão profundo,
caminhei em direção à cama, e ver meu garanhão
Palomino me olhando com tanto desejo daquele
jeito, implorando por mim com os olhos, fez-me
abrir à toalha e deixa-la cair ali mesmo, em meus
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pés. Subi na cama, e fui me jogando em cima do


corpo daquele homem, que era só meu, me
pertencia e me desejava com paixão.
Greg segurou em minha cintura e me levou
para seus lábios, e antes de me beijar sussurrou:
— Como esperei por esse dia, amor. —
olhando-me com luxúria, contornou seu polegar em
meus lábios antes de beijá-los, e falou novamente:
— Estou tão tarado por você que nem sei por
onde começar.
Sorri respondendo-o exigente:
— Me beija.
Greg segurou em meu rosto, me puxou para
seus lábios e passou a beijar-me com carinho, sem
pressa, com saudade. Parecia que era nosso
primeiro beijo. Ele enfiou sua língua dentro da
minha boca, penetrando-a com carinho, e assim
tocou minha língua com a sua, e aquilo despertou
nossa paixão e deixou-me em erupção, havia me
esquecido de como era o toque de sua língua, já que
raramente tínhamos tempo para nos deixarmos
incendiar daquela forma.
— Saudades, saudade dessa boca, amor. — ele

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sussurrou enquanto se deleitava.


Jogou seu corpo sobre mim e intensificou o
beijo com voracidade, era uma gana, uma fome, um
desejo latejante, que me fazia sentir sua ereção
febril encostar em mim, exigindo atenção,
queimando e me incendiando.
Fiz força com meu corpo e o joguei de costas
na cama, queria estar no comando, ele mais que
merecia meus carinhos. Quando o joguei e fiquei
por cima dele, disse me mordendo o lábio inferior:
— Uauu! Que égua violenta!
Eu o encarei sedutora e voltei a seus lábios, em
seguida fui descendo com meus lábios, explorando
cada canto daquele corpo forte e musculoso. beijei,
mordi, chupei e lambi cada canto de seu tórax e
abdômen, e Greg se contorcia todo quando sentia
meus lábios. Desci com as mãos retirando sua
cueca, e voltei com urgência para explorar meu
garanhão que estava como uma tora, duro e
enorme. Era o cavalo onde iria galopar e saciar
todo meu desejo.
Greg se sentou na cama, queria ver com nitidez
cada investida minha em seu pau viril. Levei minha
boca nele e passei a chupá-lo e a segurá-lo com a
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mão, escorregando-a em um movimento de sobe e


desce. Chupava e lambia-o em toda sua extensão,
do cabo à cabeça, e nela eu me demorava,
saboreando-a e enlouquecendo Greg, que dava
trancos no abdômen, e se inclinava todo para trás
de tesão.
Greg juntou meus cabelos em um rabo de
cavalo e com delicadeza, acompanhava o
movimento de sobe e desce, sem me forçar muito e
gemia sofrido.
— Oh! Oh! oh!oh!oh!oh!
Greg não aguentou e se deitou na cama
dizendo:
— Não aguento mais, amor, sobe nele, monta
no seu garanhão.
— Quer que eu monte nele? Implore! — falei e
continuei a chupá-lo investindo na cabeça, enfiando
minha língua em seu buraquinho, judiando dele
com força.
— Ahhhh, Ooooh, Ohh, oh Lia, sobe nele, sobe
amor, eu imploro!
Dessa vez, foi ele quem implorou por mim, e
assim judiei mais um pouco dele, e então, toda

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molhada de tesão, ao vê-lo me desejando daquele


jeito, olhei em seus olhos, sorri para ele satisfeita, e
ele me surpreendeu, puxando-me para seu corpo.
Fui me encaixando em seu pau, eu estava toda
apertada, tudo em meu corpo já havia voltado ao
normal, fui descendo com cuidado e explorando
cada centímetro daquele garanhão. Eu controlava a
penetração, com Greg me segurando pela cintura,
de boca aberta de tanto tesão. Eu subia e descia e o
beijava enlouquecida, era tanto tesão, tanta paixão,
tanta saudade, afinal de contas estávamos sem
penetração há muitos meses, e senti-lo me invadir
quente daquele jeito, me enlouqueceu, eu queria
cavalgar nele como nos velhos tempos, feito uma
amazona enlouquecida em cima de seu garanhão,
mas eu precisava ir com cuidado, e assim, ia
devagar nele, acostumando meu corpo ao dele,
moldando-me. Greg era paciente, e sabia que na
nossa primeira noite de amor após o parto, teríamos
que ir com cuidado, nos descobrindo, e explorando
nossas limitações imediatas.
Ele suspendeu seu corpo, e assim ficamos na
minha posição preferida, pois, amava o contato de
suas mãos em minhas costas exigindo e ditando o

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ritmo das estocadas. Os músculos de seus braços


ficavam saltados, tamanha era a força que fazia ao
me erguer e abaixar rumo as fincadas que dava em
mim. Estocava-me e beija-me deliciosamente,
lambia meus seios com a ponta da língua, mas não
os chupou em nenhum momento. Só a forma como
os lambia, já me deixava em êxtase.
Rebolava lentamente em direção a seu pau,
beijando-o e grudada em seus cabelos, sentindo
seus dedos penetrarem em meu ânus, me deixando
com mais tesão ainda. Greg se enfiava em mim,
estocando, estocando, metendo, e me penetrando
com os dedos em lugares que me davam um prazer
incontrolável. Greg sempre fazia isso, ficava louco
quando enfiava seu dedo em meu ânus, e eu sabia
que aquilo era um fetiche dele, mas ele nunca me
falou nem nunca se atreveu a me penetrar lá.
Quanto mais eu subia e descia no pau dele, com ele
me penetrando lá atrás com os dedos, mais prazer
em sentia e mais vontade de senti-lo me comendo
lá eu sentia. Então sussurrei no pé do seu ouvido:
— Amor, eu quero. — falei sufocada de tesão.
— quero senti-lo me penetrando aí atrás.
— Tem certeza, ãn? Tem, me diga, tem amor?

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— perguntava com a voz gostosa cheia de tesão.


—Sim, eu quero, quero você lá.
— Precisamos de algo para lubrificar, não
quero machucá-la.
Assenti com a cabeça e saí de cima dele, fui até
as coisinhas da bebê, e peguei seu óleo de limpeza,
e voltei a Greg, mostrando a ele, toda safada.
— Uau!! Hoje você me mata mulher.
Voltei para cama, e entreguei o produto a ele,
que jogou em suas mãos e lambuzou-me com ele.
Assim voltamos a mesma posição que estávamos,
pois, Greg achou melhor que eu controlasse aquela
penetração, e antes voltou a me penetrar na vagina,
ascendendo nosso fogo novamente, e assim
voltamos ao mesmo nível de excitação anterior, me
levava em direção a seu pau e me penetrava com os
dedos no ânus, primeiro um dedo, depois dois
dedos.
— Quando estiver preparada. — sussurrou
gostoso no meu ouvido, fazendo-me arrepiar toda.
O Óleo havia me esquentado, e aquele vai e
vem enlouquecedor, aquela excitação delirante,
sentindo-o com os dedos, me faziam quase babar.

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Sentindo seus dedos me penetrar, e seu pau me


comer gostoso, não aguentei, joguei meu corpo
para trás, e com Greg segurando em minha cintura
e me estocando enquanto chupava meus seios,
gozei antes mesmo dele me penetrar com o pau no
ânus.
— Ooooooooh, ohhhhh, aaa a a a aah, Greg,
ohh, ohhh amor, amor. — os espasmos me
invadiram sem pedir permissão e percorreram todo
meu corpo entorpecendo-me e deixando-me mole.
— Gozaaa, geme pra mim, gemeee, isso, isso
meu amor.
Perdi completamente a noção de tempo e
espaço. Deixando os espasmos vibratórios me
possuir em um orgasmo enlouquecedor. Como
aquilo era bom, como era gostoso voltar a me sentir
fora de mim e em órbita.
— Vou cobri-la, vou montar em você, é muito
tesão, quero montá-la. — disse.
Em seguida, eu estava toda mole, e quente.
Greg virou-me de costas e com carinho passou a
beijar minhas costas até chegar em minhas nádegas,
com minhas pernas esticadas, passou a me penetrar
devagar em meu ânus, enquanto mordia e chupava
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o lóbulo de minha orelha, gemendo no meu ouvido


enchendo-me de tesão novamente.
Eu estava completamente relaxada, não sei se
pelo orgasmo, ou pela forma carinhosa com que
Greg ia me penetrando lá, passando-me segurança.
A sensação inicial não era boa, tinha algo entrando
em mim, e meu corpo queria expulsá-lo, mas o óleo
o fazia escorregar para dentro de mim, sem dor,
apenas um pequeno incômodo. Era como se algo
devesse ser expulsado. E com carinho, e em câmera
lenta, Greg se mexia em cima de mim, dizendo:
— Ohh! Delícia, tão apertado e quente. Delícia,
amor, delícia, obrigado.
Greg estava ofegante.
E quando viu que meu corpo se acostumou, e
que eu estava curtindo cada estocada dele, passou a
desferir com mais vontade, mas sem agressividade,
apenas o ritmo é que foi aumentando
gradativamente, conforme eu mesma ia exigindo
mais e mais, rebolando em sua direção, grudada
nos lençóis. Aquilo era muito bom, no momento
em que consegui relaxar e aproveitar, parei de
sentir a sensação incômoda, e era tanto tesão que eu
sentia, que eu gemia e gritava alto de tesão. E Greg
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estava enlouquecido em cima de mim, gemendo


delicioso e urrando.
— Ooooh, oh, oh, oh, Porra Lia, oh, oh
gostosa, minha eguinha, gostosa, oh oh oh ohh ah
ah ah. Gemia delicioso enlouquecendo-me.
Puxou meu corpo e me fez ficar de quatro
literalmente, e dessa forma, continuou a investir
suas estocadas em meu ânus.
Pof pof pof pof pof pof, era atrito de pele com
pele, era o cheiro de sexo misturado ao óleo,
inebriando-nos e enchendo-nos ainda mais de
prazer.
Puxava meu pescoço e buscava meus lábios e
continuava se deliciando, descobrindo novos
prazeres em nossos corpos, que queimavam ao
contato um com o outro, e que se mexiam em busca
um do outro, em uma cumplicidade nunca
explorada por nós.
— Oh, oh, oh, oh, ah, ah, — gemíamos
sufocados por nossos desejos luxuriosos.

Greg
Lia nos permitiu explorarmos juntos um sexo

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mais ousado, eu a penetrei em seu ânus, e aquela


sensação apertada e quente, simplesmente me
inebriou, era um êxtase nunca antes sentido por
mim, era um fetiche de anos, que somente agora,
com Lia, foi que vim realizar.
Era muito tesão, muito gostoso sentir-me sendo
expulso e ficar ao mesmo tempo, lutando contra as
contrações involuntárias do corpo dela, que me
queria fora a qualquer custo, era uma sensação
única, meu pau sendo esmagado e apertado. Sai de
cima dela e a coloquei de lado, e me deitei atrás
dela, novamente voltei a penetrar seu ânus com
cuidado, enfiando-me gostoso enquanto eu a
escutava gemer baixinho.
Eu a estocava gostoso, bombava com o atrito e
o barulho de óleo, me deixando enlouquecido cada
vez mais. Eu estava literalmente em uma montaria
deliciosa, me sentindo exatamente como se sente os
garanhões soltos nos pastos.
A sensação de possui-la e dominá-la era única.
A cada investida em seu ânus, ela esfregava e
estimulava seu clitóris com os dedos, gemendo
enlouquecida.
A cada estocada eu conseguia me controlar
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menos, e quando sentir os batimentos do meu


coração disparar, a adrenalina circular por todos os
poros suados do meu corpo, e explodir de uma
forma intensa, que me levou a perda momentânea
dos meus sentidos, urrei feito um animal montado
nela, explodindo em ondas de prazer que
percorreram cada espaço do meu corpo se liberando
em um orgasmo intenso e forte, fazendo-me
despejar-me todo dentro dela.
— Ooooooohhhhh, ooooooooh, ohohohohoh,
oh oh porra, porra que delícia amor. — gemia
sufocado jogado em suas costas depositando nela
cada gota do meu prazer intenso e assim percebi
que Lia também estava gozando novamente, gemia
baixinho completamente entregue e exaurida.
Nem bem eu havia acabado de gozar, escutei o
chorinho de Alicia, e era um choro exigente e
nervoso.
Sorrindo e satisfeito, sai de dentro de Lia, e
ambos caímos na risada juntos, por termos tido
tempo de nos amarmos, com tanto prazer.
—Eu vou amor, vai se limpar. — Falei, desci
da cama e fui ao banheiro rapidinho limpar meu
pau e lavar minhas mãos.
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Fui até o bercinho dela, e passei a balançá-lo,


sem tocar nela, que ao me ver ficou quietinha,
enquanto Lia se limpava e tomava outro banho.
Quando veio até mim, estava cheirosa, e linda.
Pelo jeito, seriam breves nossos momentos de
amor de agora em diante.
— Vai para o banho, cuido dela agora. —
disse-me, Lia.
Beijei-a e sai deixando os dois amores da
minha vida, juntas, em um dos momentos mais
lindos do mundo, o de amamentação de Alicia.

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Extra 2

Greg
Tirei meu celular do bolso e conferi às horas,
17: 45. Às sete começava o leilão do Haras Santa
Fé, eu ainda tinha um bom tempo até ir para casa
me trocar para ir ao leilão. Dei dois passos no
corredor das baias, rumo à saída, mas do nada parei
novamente e me peguei sorrindo sozinho ao
perceber que minhas lembranças haviam invadido
minha cabeça, como se um filme viesse a passar em
minha mente devolvendo-me momentos do dia em
que fui buscar Lia no aeroporto e em seguida fomos
ao leilão do Jorge Mello. Naquele dia, Lia
confessou seu amor por mim, e nada mais em
minha vida voltou a ser o mesmo, aquela mulher
fez minha cabeça dar um giro de 360 graus.
Eu ainda tinha muito trabalho a fazer, mas
aquelas lembranças vieram para me lembrar de que
Lia, a mulher da minha vida, estava lá dentro de
casa com nossa bebezinha me esperando chegar, e
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assim, com as imagens do primeiro dia que a revi,


foi que apressei meus passos, sai da ala das baias e
caminhei sobre o gramado em direção a nossa casa.
— Ana! — chamei da sala assim que pisei
dentro de casa.
Nem precisei chamar novamente e Ana
apareceu na sala perguntando-me:
— Me chamou filho? — ela não era minha
mãe, mas era como se fosse, já que ela havia
ajudado em minha criação.
— Ana, você tem algum compromisso essa
noite?
— Não, raramente saio daqui e não seria hoje
que eu iria sair.
— Posso te pedir um favor?
— Claro, Greg, sempre pode, você sabe disso.
— Será que poderia ficar com a potrinha essa
noite? Queria muito levar a Lia comigo ao leilão,
mas levar a bebê junto, Lia não quer de jeito
nenhum.
— Vocês podem ir tranquilos, pode deixar que
cuido da minha netinha.
Ana amava demais Alicia, e a tratava como se
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fosse mesmo sua netinha.


— Vou subir e falar com Lia. Obrigado, Ana.
— Não me agradeça, você sabe que sou louca
por ela.
Fui até ela e dei-lhe um beijo no rosto,
dizendo-lhe:
— E nós somos loucos por você.
Ela sorriu para mim, e em seguida fui até meu
quarto procurar por Lia, que por sinal não a via
desde à hora do almoço, pois à tarde tinha sido
corrida demais.
— Amor! — chamei-a todo eufórico. — Lia!
— olhei em todos os cantos e não a encontrei,
assim logo deduzi que ela estava no quartinho da
Alicia, então sai do nosso quarto e entrei no quarto
a frente do nosso. Sem fazer barulho, caminhei
rumo à Lia que se encontrava em pé na frente do
berço, estava linda como sempre, usando um
shortinho preto curto e uma camiseta branca,
completamente à vontade. Seus cabelos loiros
caiam ondulados em suas costas como uma cascata,
aproximei-me lentamente sem que ela percebesse e
toquei com uma das mãos em sua cintura e com a
outra afastei seus cabelos para o lado e levei meus
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lábios em seu pescoço e o beijei sentindo o cheiro


de sua pele e o gosto dela. Nem um dia em minha
vida, depois que me entreguei a ela, se passou sem
que eu continuasse desejando-a como quando ela
voltou e me enlouqueceu.
— Oi! Meus amores! — falei cobrindo-a de
beijos em seu pescoço.
— Oi! — Lia respondeu com a voz arrastada,
estava mole em minhas mãos. — Adoro quando me
beija assim.
— É? Eu sei. — parei com os beijos e coloquei
minha cabeça em cima do ombro de Lia para
observar melhor nossa bebê dentro do berço, e ela
dormia feito um anjinho. — Nossa potrinha está
crescendo, amor.
— Greg! Quantas vezes vou precisar te pedir
para não chamá-la de potrinha?
— Esquece de me pedir isso, amor. Alicia é
minha potrinha e não se fala mais nisso.
Lia se virou em minha direção, ergueu seus
braços e os passou por cima do meu pescoço,
dizendo-me:
— O que faz em casa tão cedo, amor? — levou

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seus lábios até os meus e me beijou.


— Hoje vou ao leilão, lembra-se?
— Claro que me lembro, você falou disso logo
nos primeiros minutos do dia hoje, e falou ontem, e
anteontem. — sorriu para mim com os olhos
brilhando.
— É, não tenho falado de outra coisa, não é?
— Gostaria muito de ir com você, de ostentar
meu homem e mostrar que você é meu.
— E eu gostaria muito de ostentar uma esposa
maravilhosa como você, e deixar aqueles caras
babando.
— Já conversamos sobre isso, Alicia ainda é
muito pequena para ficarmos levando ela nesses
lugares.
— É, sei disso, e foi por isso, que pedi a vovó
Ana para tomar conta de Alicia essa noite, o que
me diz?
— Greg! Não acredito que foi incomodar a
Ana.
— Lia, você sabe que Ana é louca por Alicia,
se sente uma verdadeira avó, não vejo nada de mal
em deixar Alicia com ela por algumas horinhas, e
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além do mais, Ana amou a ideia.


Lia suspirou, se virou em direção ao berço,
onde Alicia dormia profundamente.
— Nem me arrumei para isso, amor.
— E você nem precisa se esforçar muito para
ficar linda. Diz que sim vai, Lia, por favor, vem
comigo.
— Só se me prometer que voltaremos direto
para casa assim que o Leilão terminar.
— Prometo que assim que eu arrematar os
lotes que desejo, vamos embora.
Lia tocou em meu rosto, e a maciez de suas
mãos fizeram-me fechar os olhos, e assim senti
quando seus lábios tocaram os meus.
— Vou tomar um banho e me arrumar para ir
com você, afinal de contas, merecemos um pouco
de distração. — disse, beijou-me novamente, mas
dessa vez, beijou-me insinuante, deixando-me todo
acesso, e quando percebeu que eu estava me
animando, ela mordeu meu lábio inferior e disse:
— Não se anime tão cedo meu amor, não
temos tempo para isso agora. — deu-me às costas e
deixou-me a ver navios no meio do quarto de nossa
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filhinha.
Um pouco mais tarde, quando saí do banho
enrolado na toalha, tive a imagem mais perfeita que
eu poderia ter de Lia, estava linda de doer os olhos.
Por um instante até arrependi-me de dizer que
queria ostentá-la, na verdade, eu deveria querer o
contrário, deveria impedir que outros homens a
cobiçasse.
Estava maravilhosa, vestindo um longo com
uma fenda na perna esquerda, a cor era de terra
com estampas palha, e usava também uma bota
marrom de cano alto que deixou seu visual mais
perfeito ainda. Estava linda demais, tinha uns
cachos mais soltos em seus cabelos e a maquiagem
discreta deixou-a mais bela ainda.
— Uau! Está linda meu amor, acho até que
mudei de ideia, não quero mais ostentar você para
aqueles caras.
— Bobo mesmo. — respondeu-me e voltou
para o espelho novamente.
Como todo homem, troquei-me rapidamente e
questionei:
— Podemos ir?

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Lia veio até mim, arrumou a gola de minha


camisa preta e disse:
— Também mudei de ideia, acho que
deveríamos ficar aqui em casa, vou morrer de
ciúme se alguma mulher te olhar mais de uma vez.
Puxei-a para mim e a respondi:
— Qualquer mulher, seja ela quem for, pode
me olhar um milhão de vezes que não te troco por
nenhuma nesse mundo.
Lia suspirou firme e respondeu:
— Então podemos ir.
Passamos pelo quarto de Alicia, e Ana já
estava com ela em seus braços, Lia vez milhões de
recomendações, deu um beijo em Alicia e saiu.
— Cuida bem da nossa potrinha. — falei antes
de sair do quarto atrás de Lia.
— Pode deixar. — Ana respondeu-me.
No leilão, nos encontramos com Jorge Mello e
sua namorada Alana, travamos uma guerra feroz
para ver quem arrematava um lote de 3 animais, fui
ao leilão de olhos naqueles garanhões, e Jorge
também, no final das contas, no meio da briga de
lances altíssimos, apareceu um outro criador que
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acabou arrematando o lote, deixando-nos a ver


navios.
Lia e Alana se divertiram com a situação, riram
das nossas caras.
Pouco depois das dez da noite, depois de
arrematar outros dois lotes, chamei Lia para irmos
para casa, eu bem percebi que ela estava inquieta,
louca para ir por conta de Alicia, mas mesmo
saindo do leilão muito cedo, fiquei satisfeito,
comprei excelentes animais, e ainda de quebra
passei horas deliciosas junto com Lia e nossos
amigos.
Na volta, na estrada de terra que nos levaria ao
haras, fui vidrado na estrada a fim de não perder o
ponto certo, e assim que avistei a enorme figueira,
lugar onde eu havia parado com Lia da outra vez,
freei o carro e encostei.
Lia nem se tocou de nada, então questionou-
me:
— O que foi amor? Por que parou aqui?
— Esse lugar não te lembra de nada? Olha em
volta e me diga.
Lia se ajeitou no banco, olhou em sua volta e

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olhou para frente, e quando seus olhos bateram na


árvore enorme, ela questionou:
— Foi aqui que paramos aquele dia?
— Exatamente aqui. Me lembrei daquele dia
hoje à tarde quando fui conferir às horas para ir ao
leilão, então pensei que estava na hora de
terminarmos o que começamos aqui. — pisquei
para ela.
— Greggg! — falou meu nome de forma
deleitosa, olhou para seu cinto de segurança e
soltou, se livrando da única coisa que nos separava
ali dentro da caminhonete, então ela veio em minha
direção, olhando-me extremamente sensual, passou
para o meu banco e se sentou em meu colo
prendendo minhas pernas com as suas.
— Planejou isso, não planejou? — questionou
ao pé do meu ouvido, e antes que desse conta de
respondê-la, senti seus lábios úmidos tocarem no
lóbulo de minha orelha e chupar.
— Oh! — gemi sem conseguir responder, pois
quando seus lábios me tocaram, um arrepio
percorreu meu corpo, chegou em meu abdômen e
refletiu em meu pau que deu um tranco.
Retirei os cabelos de Lia de seu rosto, queria
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vê-la melhor em meio toda aquela escuridão, então


ela disse:
— Amor, podemos ir para casa, aqui pode
passar algum carro e nos ver aqui.
— Que se dane, quero você aqui.
Grudei em seus lábios e passei a beijá-la
ardentemente, e quando nossas línguas se tocaram
solicitas, reconhecendo-se, o fogo se acendeu de
forma incontrolável, com Lia explorando cada
canto do meu corpo com suas mãos, explorando
cada músculo da minha boca, chupando, mordendo
e gemendo sufocada em meio ao tesão ardente que
nossas línguas refletiam ao se explorarem famintas,
e gulosas, levando-me ao um frenesi enlouquecedor
de um desejo entorpecente de possuí-la ali dentro
da caminhonete no meio do nada.
— Te amo demais, Lia! — falei com nossos
lábios grudados, tentando buscar ar.
— Também te amo. — respondeu-me,
voltando para meus lábios.
Éramos perfeitos juntos, uma simetria, uma
química que fazia qualquer momento entre nós
virar uma explosão de adrenalina, aflorando a
libido e nos entorpecendo nos sabores um do outro.
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Com os lábios ainda grudados aos dela, retirei de


seu corpo a jaqueta de couro marrom que usava, e
com uma gana sufocante, grudei minhas mãos na
frente de seu vestido e rasguei o tecido fino com
violência, que deram a mim imediatamente a visão
dos seios de Lia, que ainda eram a visão do paraíso,
duros e com os mamilos rosados e intumescidos.
Segurei-os com minhas mãos, e encarando-a, passei
minha língua em um deles fazendo movimentos
circulares, em seguida enfiei-o inteiro em minha
boca, mas não o suguei, apenas apreciei a maciez e
a rigidez dos bicos, então eu o mordi de levinho
recebendo a resposta sonora de Lia, que se
contorceu serpenteando enlouquecida em cima de
mim:
— Ohhhh! Greg!
Eu queria que aquele momento fosse a reprise
do que havíamos deixado passar no passado, e sei
que a fome que nos movia aquele dia, era a mesma
de agora, e assim, com à adrenalina circulando a
mil por hora em minhas veias, enfiei minhas mãos
por baixo de seu vestido, grudei meus dedos em sua
calcinha e fiz menção de tirá-la em desespero. Lia
então voltou para o banco do passageiro e retirou a

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calcinha de seu corpo e a jogou no banco de trás, e


ao invés de voltar a me montar, ela voltou em
minha direção e para meus lábios, beijando-me e
acariciando meu pau do por cima da calça jeans,
subindo e descendo e me devorando em um beijo
quente que fazia tudo em mim ferver.
Massageando-me por cima da calça, só aumentava
a intensidade do meu desejo, e assim, depois de me
deixar enlouquecido, ela abriu o zíper de minha
calça e com minha ajuda, abaixou a calça e a cueca
até meus joelhos, e voltou a acariciar-me, mas
dessa vez, carne com carne, pele com pele, subindo
e descendo sua mão na extensão do meu pau, como
se o tivesse medindo. As mãos dela estavam
quentes, e calor maior ainda eu senti, quando Lia
inclinou-se na direção de minhas pernas, ficando de
quatro no banco do passageiro vindo a engolir meu
pau em sua boca, fazendo sumir em seus lábios,
que chupavam, lambiam, e exploravam à cabeça
demoradamente. E enquanto ela me chupava, levei
minhas mãos em sua bunda e enfiei meus dedos em
sua vagina quente e molhada, sentir o líquido
lubrificante dela, fez-me querê-la em cima de mim
com urgência, então murmurei sedento:
— Porraaa! Vem aqui, Lia, monta no meu pau.
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Antes de vir a mim, ela ainda chupou meu pau


me encarando, e sem tirar o vestido do corpo, ela o
puxou para cima e subiu em meu colo novamente,
entrelaçando-se entre minhas pernas, olhou em
meus olhos com o acinzentado de seus olhos
brilhantes, então busquei seus lábios com urgência,
com um desejo entorpecido que simplesmente me
deixava fora do ar, Lia sabia como me enlouquecer
com aquele olhar penetrante. Meu pau estava como
uma tora erguido no meio de minhas pernas, dessa
forma, Lia não precisou nem segurar nele para
montá-lo, ela simplesmente levantou um pouco seu
corpo e desceu encaixando-se nele, deixando
nossos corpos se unirem em uma perfeita simetria.
— Oh! Oh! Minha eguinha deliciosa. — gemi
assim que fui completamente engolido.
Quando fui devorado por ela, senti o calor e a
umidade de sua vagina envolverem meu pau, era
um tesão incontrolável, e com os lábios grudados
aos meus, segurando meu rosto, com a respiração
começando a ofegar, Lia passou a se mexer em
cima do meu pau, subindo e descendo nele de
forma mansa e sensual. Seus seios descobertos
roçavam em meu rosto conforme o corpo dela

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cavalgava no meu garanhão. Lia mexia sensual,


rebolava, subia e descia devagar, explorando cada
centímetro da extensão do meu pau, me devorava
em seus lábios gemendo sufocada, e com os dedos
tentou abrir os botões de minha camisa, então
sussurrou:
— Greg, amor tira a camisa, quero sentir você.
Puxei minha camisa para cima com urgência,
sem nem desabotoar os botões, eu teria tirado o
vestido dela de seu corpo também, não estivemos
no meio do nada em uma estrada onde outros carros
poderiam passar.
Lia segurou em minha nuca com a mão
esquerda, e direita levou suas mãos em meu tórax e
apertou meu peito.
— Tão forte! — disse e voltou a se mexer de
forma cadenciada, e aquele movimento de sobe e
desce, que engolia meu pau, foi me embriagando,
me deixando extasiado querendo mais e mais, e
assim, com a adrenalina circulando feroz em
minhas veias grudei minhas mãos em suas nádegas,
e com firmeza eu a puxei em direção a mim,
afundando-me inteiro dentro dela, sentindo
inclusive encostar-me em seu útero. Passei a exigir
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rapidez naquela cavalgada deliciosa, enquanto


minha outra mão, sentia a maciez de suas costas
embaixo do tecido, enquanto a forçava para frente
no mesmo ritmo das mãos em suas nádegas. Lia
correspondeu minha urgência, mexendo com mais
intensidade, subindo, descendo, me engolindo, me
engolindo, e cavalgando a pleno galope me
enlouquecendo, subindo e descendo, subindo e
descendo e esfregando seus seios em meus lábios,
que vez ou outra a lambia deliciosamente.
Lia galopava em mim energicamente, e meu
corpo se mexia embaixo dela involuntariamente,
fazendo a penetração ser mais funda e intensa.
Pof pof pof pof pof pof pof pof pof pof pof pof
pof pof pof pof pof
Um atrito delicioso que me enlouquecia ainda
mais, e assim eu afundava meus dedos na bunda
dela e acompanhava os movimentos dela forçando-
a e trazendo-a para mim cada vez mais forte. Eu
conhecia minha mulher, sabia que aquela posição
era a preferida dela, sabia que aquele sobe e desce
no meu pau a enlouquecia e que quanto mais
rápido, mais seu clitóris era friccionado deixando-a
extasiada. Minha mão em sua costa sentia a maciez

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de sua pele e vestígios da umidade de seu suor. Lia


inclinou-se para trás, segurou firme em meu
pescoço e cavalgou alucinada no meu pau de olhos
fechados. Subiu, desceu, subiu, desceu, subiu,
desceu, cavalgou, cavalgou, devorando meu pau
com destreza, então Lia gemeu sufocada dizendo
meu nome.
— Greg! Greg!
Eu sabia que ela estava em seu ápice, ela
voltou seu corpo em direção ao meu, encostou seu
rosto em meu pescoço e já estava toda mole no meu
corpo, com os movimentos de sua cavalgada
diminuindo gradativamente, enquanto gemia
grudada no pé do meu ouvido, enlouquecendo-me
mais ainda:
— O o o o o o o o o o o oh! Ooooooo, Greg,
isso é muito bom. Añ ãn ãn ãnnnn.
Estava completamente largada nos meus
braços, sem forças, plenamente entregue ao
arrebatamento de seu orgasmo.
Minhas mãos continuavam guiando-a em
direção a meu pau, que saía e entrava dela, e sentia
toda a umidade excessiva que se formou em sua
vagina.
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Lia se mexia em silêncio em cima de mim,


ondulando seu corpo e rebolando com meu pau
enfiado nela até o cabo, e assim voltou a explorar
meus lábios, beijando-me saciada, plena, enquanto
que eu aproveitava cada segundo dos seus lábios
grudados aos meus. Sem que eu dissesse nada, Lia
saiu de minhas pernas e voltou para o banco do
carona, me olhando sedutora, ela afastou o banco
para trás e o deitou um pouco mais, retirou o
vestido de seu corpo encarando-me profundamente
e o jogou para trás, então se virou no banco e se
empinou de quatro para mim, meu pau enlouqueceu
quando a viu naquela posição esperando-me, e
assim, retirei minhas botas e minha calça e fui em
sua direção, cerquei-a no banco e inclinei-me em
suas costas beijando-a toda, cada canto até chegar
em suas nádegas, onde beijei, mordi e enfiei meus
dedos em suas carnes e a penetrei forte, urrando
alto quando me enfiei todo nela em um solavanco
firme.
— Ohhh! Gostosa! — minha boca se encheu
de água quando o som do gemido sufocado de Lia
chegou aos meus ouvidos.
— Oooh Greg, meu garanhão!

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Naquela posição eu me sentia mesmo um


garanhão, e assim passei a cobri-la em uma monta
deliciosa, me enfiando fundo e forte nela, dando
trancos violentos regados a um prazer intenso que
eu já vinha sentindo. Meti forte e parei, meti forte e
parei, mordi suas costas e em seguida a lambia,
desferindo estocadas curtas e fundas. Lia estava
com suas mãos grudadas no banco, aguentando
firme minhas fincadas violentas e deliciosas nela.
Então voltei a meter forte e intenso novamente,
grudei em sua bunda, afundando meus dedos nela,
e passei a bombar enlouquecido, cheio de tesão
extasiado com a visão que aquela posição
privilegiada me dava. Bombei, bombei, bombei,
meti, meti, meti, meti enlouquecido de olhos
fechados deixando todo aquele clima de luxúria me
embriagar. Eu sentia todos os músculos do corpo se
enrijecerem, minhas coxas, meu pau ficando mais
duro ainda, minha respiração ofegar e meus
batimentos acelerarem na cadência violenta de
minhas estocadas gulosas.
Pof pof pof pof pof pof pof pof pof pof pof pof
pof pof pof
Senti os pelos do meu corpo se arrepiarem, e

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assim debrucei-me sobre Lia, e levei meus dedos


em seu pescoço e a apertei com carinho, puxei-a
em minha direção fazendo-a ficar ereta, e dessa
forma, continuei desferindo estocadas alucinantes
nela, que gemia sem parar a cada fincada minha.
Meu corpo já estava mole, meu suor já caia em
minha testa, e assim fui entorpecendo-me, saindo
de mim e metendo forte nela, metendo, metendo,
metendo com a sensação de prazer inundando-me,
enchendo a taça e vindo a se derramar dentro de
Lia, quente e em plena ebulição.
— Ohhhhhhhh! Ohhhhhhh, ohhhhhhhhhhhhh,
Porra, Lia! Ohhhhhhhhhh
Gemi urrando gostoso com o corpo mole, foi
tesão demais, foi forte demais.
— Você ainda vai acabar me matando de
prazer. — falei.
— Não vou não, você é forte. — respondeu-me
e sorriu.
Lia e eu éramos fogo puro, sabíamos as
vontades um do outro, amávamos loucamente e
aquele momento acabou por realizar uma de
minhas fantasias, já que todos os dias que eu
passava por ali, me imaginava terminando o que
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Lia e eu começamos no dia em que chegou.


Deixei meu corpo cair sobre o corpo de Lia, e
ela estava simplesmente entregue deitada no banco.
— Por isso fazia tanta questão de que viesse
com você? — perguntou-me ela.
— Sim, sonhei com o dia em que
terminaríamos o que começamos aqui.
— E foi como você imaginou?
— Foi simplesmente melhor e mais intenso. —
respondi, enchendo-a de beijos.
Assim que chegamos em casa, não
encontramos com Ana, não antes que Lia pudesse
se trocar e vestir uma roupa que não estivesse
rasgada.
Encontramos nossa potrinha dormindo feito um
anjo, com Ana dormindo na poltrona ao lado.

Beijos Julia.

Agradecimentos.
Agradecimentos

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Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a


Deus pelo dom a mim concedido, a escrita é uma
benção para mim por diversos motivos.
Segundo, gostaria de agradecer imensamente a
minha amiga e revisora Valéria Jasper, que foi
quem me estendeu sua mão no momento em que eu
havia desistido de lançar esse livro. Gratidão é a
palavra que define meu sentimento nesse momento.
Jamais irei esquecer.
Terceiro, gostaria muito de agradecer o carinho
dos meus leitores, onde em sua maioria se tornaram
amigos queridos, e que sempre me deram muita
força, quando em meio a muitas críticas, eu quase
abandonei esse livro, que foi perseguido e deletado
do Wattpad. Sem vocês ele não existiria. Gratidão a
todos, e como não posso citar um a um, sintam-se
agraciados.
Julia Mendez.

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