Indicadores Mec
Indicadores Mec
Indicadores Mec
INDICADORES DA
QUALIDADE NA
EDUCAÇÃO
INFANTIL
Ministério
FUNDAÇÃO ORSA da Educação
INDICADORES
DA QUALIDADE
NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Brasília, 2009
Coordenação-Geral:
Lee Oswald Siqueira – Fundação Orsa
Maria Cecilia Amendola da Motta - União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime)
Maria de Salete Silva - Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
Vera Masagão Ribeiro – Ação Educativa
Rita Coelho – Coordenação-Geral da Educação Infantil/Secretaria da Educação Básica/Ministério da Educação
Concepção da metodologia:
Vanda Mendes Ribeiro e Joana Buarque de Gusmão
64 p.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7783-020-6
CDD 370
Apresentação ...............................................................................................................................7
A qualidade na educação infantil ...............................................................................................11
O que são indicadores .....................................................................................................13
Foco na educação infantil e autoavaliação .....................................................................14
Como utilizar os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil ...........................................17
Como conduzir a avaliação .............................................................................................18
Materiais necessários .....................................................................................................19
Sobre a atribuição das cores ...........................................................................................20
Sobre as faixas etárias ....................................................................................................21
Avaliação e atribuição de cores nos grupos de trabalho ................................................22
Estimativa do tempo necessário para avaliação e elaboração do plano de ação ...........23
Avaliação sincera ajuda a resolver problemas ...............................................................23
Lidando com os conflitos .................................................................................................24
A participação de pessoas com deficiência .....................................................................24
Governabilidade ..............................................................................................................24
Sobre o funcionamento da plenária ...............................................................................25
Processo de Avaliação .....................................................................................................25
Modelo de Plano de Ação ................................................................................................26
Dimensões e Indicadores da Qualidade na Educação Infantil ..................................................29
Encarte .......................................................................................................................................31
Dimensão Planejamento institucional ...................................................................................35
Dimensão Multiplicidade de experiências e linguagens .......................................................38
Dimensão Interações ..............................................................................................................43
Dimensão Promoção da saúde ................................................................................................46
Dimensão Espaços, materiais e mobiliários ..........................................................................48
Dimensão Formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais .........52
Dimensão Cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social ...55
Saiba Mais ..................................................................................................................................59
Prezado(a) Senhor(a),
Sugerimos a Vossa Senhoria que este material seja colocado à disposição de todos os
interessados, pois a experiência já desenvolvida até agora demonstra que seu uso representa
um significativo incentivo à melhoria da qualidade da educação infantil.
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Este documento foi construído com o objetivo de auxiliar as equipes que atuam na
educação infantil, juntamente com famílias e pessoas da comunidade, a participar de
processos de autoavaliação da qualidade de creches e pré-escolas que tenham um potencial
transformador. Pretende, assim, ser um instrumento que ajude os coletivos – equipes e
comunidade – das instituições de educação infantil a encontrar seu próprio caminho na
direção de práticas educativas que respeitem os direitos fundamentais das crianças e ajudem
a construir uma sociedade mais democrática.
Embora com esse caráter aberto, o processo de realizar um diagnóstico sobre a qualidade
de uma instituição de educação infantil precisa levar em consideração alguns aspectos importantes.
O primeiro deles diz respeito aos direitos humanos fundamentais, cuja formulação resultou
de uma história de conquistas e superações de situações de opressão em todo o mundo. Esses
direitos apresentam especificidades quando se aplicam às crianças e são reafirmados em nossa
Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O quarto aspecto diz respeito à legislação educacional brasileira, que define as grandes
finalidades da educação e a forma de organização do sistema educacional, regulamentando essa
política nos âmbitos federal, estadual e municipal.
Compreendendo seus pontos fortes e fracos, a instituição de educação infantil pode intervir
para melhorar sua qualidade, de acordo com suas condições, definindo suas prioridades e traçando
um caminho a seguir na construção de um trabalho pedagógico e social significativo.
13
Este material foi elaborado para ser usado por instituições de educação infantil.
Secretarias de Educação e Conselhos Municipais de Educação podem estimular o seu uso.
Entretanto, é importante observar que a adesão das instituições de educação infantil deve ser
voluntária, uma vez que se trata de uma autoavaliação. Também é importante lembrar que os
resultados não se prestam à comparação entre instituições.
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As dimensões podem ser constatadas por meio de indicadores. Cada indicador, por sua
vez, é avaliado após o grupo responder a uma série de perguntas. As respostas a essas perguntas
permitem à comunidade avaliar a qualidade da instituição de educação infantil quanto àquele
indicador. Para facilitar a avaliação, sugere-se que as pessoas atribuam cores aos indicadores.
As cores simbolizam a avaliação que é feita: se a situação é boa, coloca-se cor verde; se é média,
cor amarela; se é ruim, cor vermelha.
Uma exposição para iniciar os trabalhos no dia da avaliação – por meio de cartazes,
murais, quadros, retroprojetor ou PowerPoint – pode ajudar na compreensão do objetivo dos
Indicadores da Qualidade na Educação Infantil e de quais serão os passos para o
planejamento e a organização da avaliação.
Materiais necessários
Cada participante da avaliação deve receber, pelo menos, uma cópia da parte desta publicação
com a explicação das dimensões, seus respectivos indicadores e perguntas. O ideal é que todos
disponham do conjunto completo das dimensões, mas, se isso não for possível, cada participante
deve pelo menos ter acesso à lista dos indicadores e das perguntas da dimensão que será discutida
no grupo do qual ele irá participar.
Cada participante deve receber caneta ou lápis para fazer suas anotações.
Cada grupo deve ter lápis ou caneta nas cores verde, vermelha e amarela (pelo menos um de
cada cor), além de uma cartolina ou outro papel para a elaboração de um quadro-síntese que
possibilitará a visualização do resultado da avaliação na plenária.
Fita adesiva será útil para fixar o quadro-síntese de cada grupo em local visível na plenária.
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Caso o grupo avalie que essas ações, atitudes ou situações existem e estão
consolidadas na instituição de educação infantil, deverá atribuir a elas a
cor verde, indicando que o processo de melhoria da qualidade já está num
bom caminho.
Se, na instituição de educação infantil, essas atitudes, práticas ou situações
ocorrem de vez em quando, mas não estão consolidadas, o grupo lhes atribuirá
a cor amarela, o que indica que elas merecem cuidado e atenção.
Caso o grupo avalie que essas atitudes, situações ou ações não existem na
instituição de educação infantil, atribuirá a elas a cor vermelha. A situação
é grave e merece providências imediatas.
Perguntas que se referem a realidades específicas (ex: sobre povos
indígenas ou população do campo) não devem ser preenchidas caso não
se apliquem à instituição.
As cores atribuídas às perguntas ajudarão o grupo a ponderar e decidir qual das três
cores reflete com mais precisão a situação da instituição de educação infantil em relação a cada
indicador. A partir das cores atribuídas às perguntas, o grupo avalia qual cor melhor representa
o indicador. Não é necessário atribuir cores às dimensões.
Em cada dimensão e indicador, a maioria das questões diz respeito a todas as faixas
etárias. Logo, podem ser respondidas por qualquer instituição de educação infantil. Entretanto,
observe que algumas perguntas se aplicam de forma específica, estão devidamente assinaladas
e vêm depois daquelas questões que se referem a todas as crianças.
Questão que se refere apenas a bebês (crianças até 1 ano e meio) e/ou crianças pequenas
(de 1 ano e meio até 3 anos);
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1. O coordenador se apresenta ao grupo, informa que tem a atribuição de cuidar para que
todos falem e para que a discussão ocorra no tempo previsto. Verifica se todos entenderam como será
o trabalho e avalia quanto tempo o grupo terá, em média, para discutir cada indicador com seu
conjunto de perguntas. O coordenador é responsável por buscar a solução das dúvidas do grupo.
2. O coordenador apresenta o relator ao grupo e explica qual será sua atribuição: relatar
a discussão, cuidar da elaboração do quadro-síntese e expor o resultado da discussão na plenária.
3. O coordenador informa que basta estar atento para ouvir e participar da discussão.
4. Inicia-se pela leitura do texto que introduz a dimensão; em seguida, lê-se um indicador
e as perguntas que o acompanham.
5. Feita essa leitura, o grupo discute e responde à primeira pergunta e atribui uma cor a
ela. E depois, a segunda, e assim por diante, até terminar todas as perguntas relativas àquele
indicador.
7. O grupo passa então a tratar do segundo indicador, do mesmo modo que fez com o primeiro.
8. Quando todas as perguntas e indicadores tiverem recebido suas cores, o grupo terá
terminado sua primeira tarefa e poderá ir para a plenária.
Para se definir a cor de um indicador, é preciso discutir no grupo. Se houver muitas perguntas
que receberam a cor amarela, o mais correto será atribuir a cor amarela ou vermelha ao indicador
que envolve aquelas perguntas. Se houver muitas perguntas coloridas de vermelho, atribuir a cor
vermelha. Se a maioria for verde, então o indicador também pode receber a cor verde. Mas o grupo
pode achar que uma pergunta que recebeu vermelho trata de um assunto tão importante que o
melhor seria deixar o indicador com a cor vermelha. Ou seja, trata-se de uma ponderação que o
grupo deve fazer.
2. Discussão das dimensões nos grupos. Tempo previsto: de 1 hora e meia a 2 horas.
6. Elaboração do plano de ação (aconselhamos que seja feito em outro dia): 3 a 4 horas.
As instituições com mais de um turno podem propor uma discussão por turno,
facilitando a participação de mais pessoas. Ou seja, cada turno faz sua avaliação e elabora
seu plano de ação. Neste caso, pode ser necessário um momento para que sejam verificadas
ações comuns em todos os planos de ações.
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Durante os trabalhos em grupo, todos devem participar das discussões e das atribuições
de cores, evitando imposições de determinada visão sobre o assunto tratado. É necessário ouvir
e respeitar o que o outro tem a dizer, aproveitando o momento para o diálogo. O processo de
escolha das cores deve ser negociado entre todos. Caso não haja consenso entre os participantes,
o grupo pode optar pela mistura de cores ou pelo uso de uma cor diferente para registrar a
divergência de opinião, levando-a para a plenária. Conflitos de opinião existem em toda sociedade.
É importante reconhecê-los e lidar com eles de forma madura, negociada e democrática.
Governabilidade
Sabemos que a busca pela qualidade da instituição de educação infantil não é uma
responsabilidade exclusiva da instituição e da comunidade. Os órgãos governamentais – mu-
nicipal, estadual e federal – têm papel fundamental na melhoria da educação no país. Por isso,
recomendamos que, no fim das discussões, os grupos identifiquem, entre os indicadores que
receberam as cores vermelha e amarela, os problemas que devem ser encaminhados à Secretaria
de Educação e ao Conselho Municipal de Educação. O encarte preenchido pode ser usado para
apoiar a apresentação dos resultados da avaliação.
Para facilitar o debate na plenária, cada grupo de trabalho deve deixar um quadro-
síntese das cores atribuídas aos indicadores e dimensões exposto num local de boa
visibilidade para que todos possam acompanhar. A exposição dos relatores à plenária deve
girar em torno de dois pontos:
Relato das justificativas para a escolha das cores atribuídas a cada um dos indicadores
(mostrando os problemas e também o que, na avaliação da comunidade, está indo bem).
Processo de Avaliação
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Como foi dito, adequações podem ser realizadas para garantir que as discussões sejam
feitas em um tempo mais longo. Por exemplo: a instituição pode optar e ter condições de realizar
reuniões a cada dois meses, discutindo uma dimensão em cada encontro, para que todos discutam
todas as dimensões.
De qualquer modo, recomendamos que este instrumento seja utilizado a cada um ou dois
anos, pois tão importante quanto a avaliação da qualidade da instituição de educação infantil
pela comunidade é o processo de acompanhamento dos resultados, dos limites e das dificuldades
encontradas na implementação do plano de ação. É importante que o uso dos indicadores seja
visto como um processo pelo qual a instituição de educação infantil passa, e não como um evento
que só ocorre nos dias de avaliação e planejamento. Para tanto, é importante que sejam definidos
os responsáveis por esse acompanhamento.
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Cidade UF
Data
DIMENSÃO
PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL
A proposta pedagógica não deve ser apenas um documento que se guarda na prateleira.
Ao contrário, deve ser um instrumento de trabalho, periodicamente revisto, com base nas
experiências vividas na instituição, nas avaliações do trabalho desenvolvido e nos novos desafios
que surgem. Para isso, é muito importante que as diversas atividades desenvolvidas com as
crianças sejam registradas e documentadas, de forma a permitir troca de informações dentro da
equipe, acompanhamento dos progressos realizados pelas crianças e comunicação com as famílias.
35
37
O educador italiano Loris Malaguzzi escreveu uma poesia sobre “As cem linguagens da
criança”. Nela, ele nos fala das cem maneiras diferentes de a criança pensar, sentir, falar, inventar,
sonhar... Mas, diz a poesia, os adultos roubam noventa e nove dessas cem linguagens das crianças.
Na avaliação de uma instituição de educação infantil, devemos perguntar: o trabalho educativo
procura desenvolver e ampliar as diversas formas de a criança conhecer o mundo e se expressar?
As rotinas e as práticas adotadas favorecem essa multiplicidade ou, ao contrário, como sugere o
poeta, roubam a possibilidade de a criança desenvolver todas as suas potencialidades?
Em seu desenvolvimento, a criança vai construindo sua autonomia: cada etapa percorrida
abre inúmeras possibilidades de expressão e atuação. Assim acontece quando o bebê aprende a
reconhecer rostos e vozes de pessoas próximas, quando a criança pequena começa a engatinhar
e explorar o ambiente, quando dá os primeiros passos, quando desenvolve a fala e amplia seu
vocabulário, quando aprende novas brincadeiras, quando consegue se alimentar sozinha, quando
observa imagens de um livro infantil, quando escuta estórias, quando se olha no espelho, e
assim por diante.
O 2.2.5. As professoras criam oportunidades para que o contato das crianças com a
quantificação e a classificação das coisas e dos seres vivos seja feito por meio de
jogos, histórias, situações concretas e significativas?
39
O 2.5.5. As crianças são incentivadas a “produzir textos” mesmo sem saber ler e
escrever?
41
DIMENSÃO
INTERAÇÕES
Para mais informações, ver Saiba Mais 3
As interações entre crianças devem ser observadas pelas professoras, que precisam
interferir sempre que situações com maior grau de conflito ocorram. Os adultos não devem
deixar de fazer uma intervenção segura e cuidadosa quando se deparam com expressões de
racismo, de preconceito, agressões físicas e verbais entre crianças. Por outro lado, as relações de
cooperação e amizade infantil devem ser incentivadas e valorizadas.
43
45
O 4.3.1. As tomadas elétricas estão colocadas no alto das paredes e possuem tampas
protetoras seguras?
47
DIMENSÃO
ESPAÇOS, MATERIAIS E MOBILIÁRIOS
Para mais informações, ver Saiba Mais 6
Os bebês e crianças pequenas precisam ter espaços adequados para se mover, brincar no
chão, engatinhar, ensaiar os primeiros passos e explorar o ambiente. Brinquedos adequados à
sua idade devem estar ao seu alcance sempre que estão acordados. Necessitam também contar
com estímulos visuais de cores e formas variadas, renovados periodicamente.
O 5.1.2. As janelas ficam numa altura que permita às crianças a visão do espaço externo?
O 5.1.5. A instituição disponibiliza nas salas espelhos seguros e na altura das crianças
para que possam brincar e observar a própria imagem diariamente?
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O 5.3.2. Há banheiro de uso exclusivo dos profissionais, com chuveiro, pia e vaso
sanitário?
51
DIMENSÃO
FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DAS
PROFESSORAS E DEMAIS PROFISSIONAIS
Para mais informações, ver Saiba Mais 8
Um dos fatores que mais influem na qualidade da educação é a qualificação dos profissionais
que trabalham com as crianças. Professoras bem formadas, com salários dignos, que contam com
o apoio da direção, da coordenação pedagógica e dos demais profissionais – trabalhando em equipe,
refletindo e procurando aprimorar constantemente suas práticas – são fundamentais na construção
de instituições de educação infantil de qualidade.
Esse trabalho, que carrega consigo tanta responsabilidade, precisa ser valorizado na
instituição e na comunidade. Na instituição é preciso que as condições de trabalho sejam
compatíveis com as múltiplas tarefas envolvidas no cuidado e na educação das crianças até
seis anos de idade. Na comunidade, é desejável que se estabeleçam canais de diálogo e
comunicação que levem as famílias e demais interessados a conhecer e melhor entender o alcance
do trabalho educativo que é desenvolvido com as crianças e o papel desempenhado pelas
professoras e demais profissionais na instituição.
Por sua vez, na relação com as famílias, da mesma forma que na atuação com as crianças
e colegas, as professoras e todos que trabalham na instituição de educação infantil devem assumir
uma postura profissional, fazendo transparecer em suas atitudes a identidade de pessoas cientes
da relevância social do trabalho que realizam.
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DIMENSÃO
COOPERAÇÃO E TROCA COM AS FAMÍLIAS
E PARTICIPAÇÃO NA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL
Os responsáveis por garantir os direitos das crianças não são somente a instituição de
educação infantil e a família, razão pela qual é muito importante que as instituições de educação
infantil participem da chamada Rede de Proteção aos Direitos das Crianças. Trata-se de se
articular aos demais serviços públicos, de saúde, de defesa dos direitos, etc., com a finalidade de
contribuir para que a sociedade brasileira consiga fazer com que todas as crianças sejam, de
fato, sujeitos de direitos, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
55
O 7.1.7. Os familiares das crianças com deficiência são bem acolhidos e conhecem o
direito de seus filhos à educação?
O 7.2.1. Há reuniões com os familiares pelo menos três vezes por ano para apresentar
planejamentos, discutir e avaliar as vivências e produções das crianças?
57
SAIBA MAIS 1 – Alguns documentos podem contribuir trazendo boas reflexões para o momento
da elaboração do Projeto Político Pedagógico. Os Parâmetros Nacionais de Qualidade para
a Educação Infantil, documento elaborado pelo MEC, contém referências de qualidade para a
Educação Infantil a serem utilizadas pelos sistemas educacionais, que promovem a igualdade
de oportunidades educacionais e levam em conta diferenças, diversidades e desigualdades do
contexto socioeconômico e cultural brasileiro. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros
Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília, MEC/SEB, 2006.
A Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos
à Educação é um documento que tem por finalidade contribuir para um processo democrático
de implementação das políticas públicas para as crianças até seis anos. MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero
a seis anos à Educação. Brasília: MEC/SEB, 2006.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é uma publicação que foi
desenvolvida com o objetivo de servir como um guia de reflexão para os profissionais que atuam
diretamente com crianças até 6 anos, respeitando estilos pedagógicos e a diversidade cultural
brasileira. Ele é fruto de um amplo debate nacional, do qual participaram professores e diversos
especialistas que contribuíram com conhecimentos provenientes tanto da vasta e longa
experiência prática de alguns, como da reflexão acadêmica, científica ou administrativa de
outros. O Referencial é composto por três volumes que pretendem contribuir para o
planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de práticas educativas, além da construção de
propostas educativas que respondam às demandas das crianças e de seus familiares nas
diferentes regiões do país. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
59
Os três primeiros documentos acima podem ser acessados no seguinte endereço eletrônico:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12579:educacao-
infantil&catid=195:seb-educacao-basica. A Consulta sobre Qualidade da Educação Infantil:
o que pensam e querem os sujeitos deste direito pode ser localizada no site do MIEIB:
http://www.mieib.org.br, clicando em Biblioteca.
SAIBA MAIS 2 – Avaliação deve ser entendida como um meio para aperfeiçoamento de
práticas e promoção de qualidade no trabalho com as crianças, mediante a consecução dos
propósitos educativos previamente delineados pela equipe. Avaliação pressupõe
compromisso com o que foi planejado e executado pelos adultos e pelas crianças envolvidas
no processo educativo e, por isso, deve pautar-se por reflexões partilhadas por todos no
âmbito da instituição, com base em documentação pedagógica rigorosa, resultante de
observação e registros cuidadosos das realizações práticas. É fundamental ressaltar que,
em conformidade com a LDBEN 9394/96, a avaliação na educação infantil não tem a
finalidade de promoção ou retenção da criança.
SAIBA MAIS 4 – Parlendas são rimas de ritmo fácil, declamadas em forma de texto; uma
arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas rimada, obedecendo a um ritmo
que a própria metrificação lhe empresta. É também chamada de trava-línguas quando é repetida
de forma rápida, várias vezes seguidas, provocando um problema de dicção ou paralisia da
língua, que diverte os ouvintes. Definição extraída do Novo Dicionário Eletrônico Aurélio,
versão 5.0, publicado em 2004.
SAIBA MAIS 7 – O Decreto-Lei nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, também conhecido como Lei
de Acessibilidade, regulamenta o atendimento às necessidades específicas de pessoas com
deficiência no que concerne a projetos de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação
e informação, de transporte coletivo, bem como no que tange à execução de obras, quando tenham
destinação pública ou coletiva.
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SAIBA MAIS 10 – A Lei nº 11.738/2008 instituiu o piso salarial profissional nacional para os
profissionais do magistério público da educação básica. O valor do piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível
médio na modalidade Normal foi fixado pela lei em R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais),
referente a 40 horas semanais.
Ação Educativa
Avante Educação e Mobilização Social
Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
(Ceale/UFMG)
Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert)
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec)
Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
Centro de Investigação sobre Desenvolvimento e Educação Infantil, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Ribeirão Preto (Cindedi/FFCLR/USP)
Coordenação-Geral de Educação Infantil, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (Coedi/
SEB/ MEC)
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)
Faculdade de Ciências, Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho
Campus Bauru (Unesp/Bauru)
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Fundação Carlos Chagas
Fundação Fé e Alegria do Brasil
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
Fundação Orsa
Fundação Victor Civita
Instituto Avisalá
Instituto Girassol
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib)
Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (Omep)
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação (Seesp/MEC)
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, do Ministério da Educação (Secad/MEC)
Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Todos pela Educação
União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME)
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)
Participantes do Grupo Técnico do Projeto Indicadores da Qualidade na Educação Infantil que colaboraram
para a elaboração deste instrumento:
Adelaide Jóia, Fundação Abrinq / Alice Andrés, Todos pela Educação / Alyne Rodrigues, Secretaria Munici-
pal de Educação de Santarém / Ana Lucia Goulart de Faria, Faculdade de Educação da Unicamp / Ana
Luiza Codes, Ipea / Ana Maria Tancredi de Carvalho e Celita M. P.de Souza, Faculdade de Educação da
UFPA / Ana Paula Soares da Silva, Cindedi-FFCLRP-USP / Ângela Maria Rabelo Barreto, Mariete Félix
Rosa, Marlene Santos e Vanderlete Silva, Mieib / Clarisse Silva, Secad-MEC / Cristiane S. Bicalho, Fundação
Fé e Alegria / Cristina Albuquerque e Maria de Salete Silva, Unicef / Maria do Carmo Monteiro Kobayashi,
Unesp-Bauru / Giovana Barbosa de Souza e Renata Rocha, Fundação Orsa / Gizele de Souza, Setor de
Educação da UFPR / Lenira Haddad, Centro de Educação da Ufal / Lucimar Rosa Dias, Ceert / Maria
Thereza Marcílio de Souza e Mônica Martins Samia, Avante / Maria Cecilia Amendola da Motta, Undime /
Foram realizadas sete oficinas regionais para discussão do presente documento, das quais participaram cerca
de 600 pessoas nas seguintes localidades: Belém/PA, Florianópolis/SC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, Campo
Grande/MS e São Paulo/SP.