Tamandaré Raramente Desce em Terra

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Tamandaré raramente desce em terra.

Um Caboclo de
Oxóssi e Oxum, sendo que sua Falange é Intermediadora
entre as Linhas de Oxóssi e Pai Ogum para Oxalá.

Esse Caboclo, específicamente, cuja história é narrada a


seguir, veio na " chamada " para Caboclos de Oxum. Mas
isso não quer dizer que todos virão com a mesma "
chamada ".
Tamandaré,[1] segundo a mitologia dos índios tupis que habitavam a costa brasileira no
século XVI, era um pajé que fez uma fonte que inundou o mundo. Ele se abrigou no alto
de uma palmeira com sua mulher. Após a água baixar, o casal teria dado origem aos
índios tupinambás.[2]

tamandûaré, que significa "tamanduá diferente

Na cultura guarani o Noé dos Tupis chama-se Tamandaré (ou Aré). Tamandaré é “
aquele que fundou povo”, repovoando a terra, e a sua etimologia deriva, talves, de tab-
moi-inda-ré, como cita Câmara Cascudo.

Na tradição indígena, de Tamandaré descendem os Tupinambás e de Aricute, seu irmão,


os Tomimis.

Os dois irmãos, assim como conta a lenda, viviam numa aldeia: o primeiro era sábio, o
segundo imprudente e impulsivo. Aricute pôs em perigo a aldeia inteira com o seu
comportamento inconsiderado e ofensivo; então Tamandaré, batendo com o pé no chão,
fez brotar um manancial de água, que inundou a terra, cobrindo todas as coisas.
Tamandaré escapou ao dilúvio, com sua mulher, subindo para uma palmeira e nutrindo-
se dos seus frutos; Aricute o imitou, trepando num jenipapeiro, junto com sua esposa, e
alimentando-se com os frutos daquela planta, até que as águas si retiraram. Então,
desceram das árvores, separaram-se e repovoaram a terra.

Tamandaré não guarda só para si aquilo que aprende, aliás, de dia transmite aos outros
membros da tribo os preciosos ensinamentos recebidos. É a fonte da tradição tribal.

Tamandaré como Noé sabe entender as mensagens que chegam da natureza, que se vai
recompondo depois do cataclisma: compreende que para vencer o dilúvio não basta subir para
uma árvore, mas precisa de uma jangada.

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