Roberto Banaco PDF
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Psicopatologia
Salvador - 2011
Estrutura do Curso
FUNDAMENTOS
HISTÓRIA
QUESTIONAMENTOS
ASPECTOS ÉTICOS DOS MODELOS EXPERIMENTAIS
CRITÉRIOS ATUAIS
ALGUNS MODELOS
ADICÇÃO A DROGAS
EXCESSOS COMPORTAMENTAIS
DEPRESSÃO
ANSIEDADE
• ESQUIZOFRENIA
1
CARACTERIZANDO O PROBLEMA DE
COMPORTAMENTO (Falk & Kupfer, 1998)
“Todas as culturas têm problemas de
comportamento: elas diferem em como os
administram.
Gastam tempo e recursos consideráveis
Tentam evitá-los (prevenção)
tentam se livrar deles (terapias).
[o comportamento problema] é visto como algo que
não deveria ser feito
CARACTERIZANDO O PROBLEMA DE
COMPORTAMENTO (Falk & Kupfer, 1998)
Pergunta importante: Por que esta pessoa persiste
em [seu comportamento] inapropriado?
De que fatores este comportamento é função?
A pessoa está possuída por um demônio inato,
amaldiçoado por uma feitiçaria, ou
extraordinariamente abençoada pelo poder de uma
divindade?
Com exceção desse último exemplo, a maior parte
das culturas quer que seus indivíduos mudem seus
comportamentos de forma a não emitirem seus
comportamentos-problema.
2
CARACTERIZANDO O PROBLEMA DE
COMPORTAMENTO (Falk & Kupfer, 1998)
CARACTERIZANDO O PROBLEMA DE
COMPORTAMENTO (Falk & Kupfer, 1998)
“Pode-se tentar identificar as variáveis que mantêm
o comportamento problemático
Culturas tradicionais: os oráculos aplicam técnicas de
adivinhação.
Culturas modernas:
Psicanálise: eventos primários críticos que precisam ser
relembrados e resolvidos.
Análise do comportamento: busca da função do
comportamento.
3
CARACTERIZANDO O PROBLEMA DE
COMPORTAMENTO (Falk & Kupfer, 1998)
CARACTERIZANDO O PROBLEMA DE
COMPORTAMENTO (Falk & Kupfer, 1998)
4
FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO
DOS MODELOS EXPERIMENTAIS
DE PSICOPATOLOGIA
5
Transtorno mental e
comportamento anormal
Falk & Kupfer, 1998
Deve-se perguntar se o comportamento
“transtornado” é primariamente
Uma resposta anormal para uma situação normal
Indica problema físico e deve ser respondido por outras
ciências
Uma resposta normal para uma situação extrema
ou desordenada
Âmbito de estudo da análise do comportamento
1. O comportamento é chamado de
psicopatológico, mas é ordenado
(obedece a leis)
1. Não importa se é visto só em alguns casos... Explicação
pode ser encontrada na História de Vida do indivíduo
1. Critério estatístico
2. Procura-se SEMPRE uma ordenação para explicá-lo
1. Critério científico
3. Se permanece é porque “alguma operação” o mantém
1. Critério da reversibilidade
4. Causa sofrimento porque é passível de controle
aversivo.
6
ALGUNS PRESSUPOSTOS IMPORTANTES
7
ALGUNS PRESSUPOSTOS IMPORTANTES
8
ALGUNS PRESSUPOSTOS IMPORTANTES
9
Breve histórico da formulação e
da utilização dos modelos
experimentais de Psicopatologia
nas Ciências Biológicas
10
Breve Histórico (Kazdin, 1978)
Pavlov (1849-1936)
Originalmente envolvido com os reflexos
enquanto relações Estímulo-Resposta – secreções
gástricas
Observou algumas “secreções psíquicas”
Não eram evocadas por estimulação direta
Aproximação do experimentador – salivação
Controle experimental: metrônomo + pó de carne
SN
RC
SI RI
11
Sensibilidade ao pareamento é
resultado da evolução das espécies
“Um dos mais intrigantes aspectos do
condicionamento pavloviano é a habilidade
adquirida do Estímulo Condicionado (CS)
eliciar ou controlar uma nova resposta na
ausência do Estímulo Incondicionado (US)
previamente associado ao CS. Esta alteração
nas propriedades funcionais do CS (...) ilustra
uma notável adaptação às condições
ambientais (...)” Cunninghan (1998, p.520)
Pavlov
Estudou condicionamento
Pareamento = Reforço
“Desemparelhamento” = Extinção
Estímulos semelhantes = Generalização
Estímulos distintos = Diferenciação
Estudando diferenciação: 1º modelo de
psicopatologia
12
Neurose experimental (Pavlov, 1927)
ALIMENTO SALIVAÇÃO
CONDICIONAMENTO
C= 4
C= 6
E= 0 C= 9
C= 4 E= 3
4x3 C= 8
C= 2 C= 8
CIRCULO
C= 8 C= 4 E= 3
2x1
C= 10 C= 7
E= 1 E= 8
C= 6 C= 9
9x8
C= 8
13
Neurose experimental (Pavlov, 1927)
14
A partir de então, foram estudadas
(Keehn, 1979)
Depressão agitada e auto-mutilação
rhesus macho, quando sua companheira foi substituída por
outras fêmeas (Tinklepaugh, 1928)
Neurose espontânea
duas chimpanzés fêmeas mantidas em cativeiro (Hebb,
1947)
Colite ulcerativa
macacos gibões estressados por interrupção social durante
cuidados médicos (Stout & Snyder, 1969)
Histeria
Bodes e vacas
15
E mais: (Keehn, 1979)
animais de zoológico
Reações de fuga não adaptativas,
recusa de alimento,
agressão excessiva,
reações motoras estereotipadas,
arranhar-se,
auto-mutilações,
homossexualidade,
perversões sexuais,
perversões de apetite,
apatia e
interações mãe-bebê defeituosas.
16
Um dado pitoresco: (Keehn, 1979)
Questionamentos a respeito
da continuidade infrahumanos
- humanos
17
Continuidade no processo evolutivo
infra-humanos – humanos tem sido discutida (Branch
& Hackenberg, 1998)
18
Os resultados da meta-análise
apontam que:
Para 3 das variáveis dependentes não há efeito geral, nem
positivo, nem negativo, de recompensa prévia sobre o
comportamento intrinsecamente motivado.
Há um efeito significativo sobre as medidas de atitude (o
quanto os participantes gostam da atividade)
Surpreendentemente, o resultado é positivo. O efeito é maior
quando recompensas verbais são utilizadas.
Não há um efeito geral sobre o tempo despendido na atividade
Elogios (recompensa verbal) tiveram efeitos mais positivos que
reforços tangíveis (que produziram efeitos negativos).
Mesmo assim, reforçadores tangíveis só tiveram resultados
negativos quando anunciados antes da execução da tarefa, e
quando não foram contingentes ao desempenho (eram
contingentes apenas à participação no experimento).
19
Continuidade no processo evolutivo
infra-humanos – humanos tem sido discutida (Branch
& Hackenberg, 1998)
Fig. 2. Gradientes amplificados de um operante de pequena escala (contração de dedo polegar) do S1 (sexo feminino, 21 anos). Esquerda:
Curvas cumulativas de respostas para o valor reforçado (linha mais forte) e para valores maiores e menores. Cada registro começa no ponto
na ordenada que corresponde ao ponto médio de sua categoria de microvotagem. (O.L.= Operant level = Nível operante e EX. = extinção)
Painel à Direita: histograma de freqüência de respostas para os vários suboperantes registrados em intervalos de lO-min, com o valor
reforçado mostrado em preto sólido. (C1, C2, etc. são períodos sucessivos de lO-min de condicionamento.)
20
Continuidade no processo evolutivo
infra-humanos – humanos tem sido discutida (Branch
& Hackenberg, 1998)
Outras evidências:
Comportamento verbal é igual a qualquer
operante
Evidências de condicionamento de uso de classes
de palavras (pronomes, p.ex.) ou tempos verbais
com o uso de “correto” emitido pelo
experimentador (por exemplo, Tomanari e cols,
2007)
21
ENTRETANTO: Continuidade no processo evolutivo
infra-humanos – humanos tem sido discutida
(Wilson & Blackledge, 2000)
SOM PAI
Ñ
RELATA RELATA
22
APESAR DISSO: Continuidade no processo evolutivo
infra-humanos – humanos tem sido discutida (Branch
& Hackenberg, 1998)
23
Skinner, 1969
24
Ética e Ciência
Hume
Campo da Ética é distinto do campo da Ciência
Ética: declaração de valores
Ciência: declaração da realidade
“Ciência pode nos dizer como fazer uma bomba, mas não
se nós devemos fazê-la”.
Skinner
Uma Ética objetiva válida pode ser estabelecida
por meio de uma análise científica de valores
25
Ética e Ciência (Marcuse & Pear, 1979)
26
Ética e Ciência (Marcuse & Pear, 1979)
Sobre prioridades
HUMANOS X NÃO-HUMANOS:
“O bem-estar dos humanos deve ser posto acima
do bem-estar dos animais?”
Vida humana (e em muitas medidas a diminuição
do sofrimento humano) é mais importante para a
cultura do que a vida do animal
27
Ética e Ciência (Marcuse & Pear, 1979)
28
Critérios atuais para os
modelos experimentais de
psicopatologia
Elementos de um modelo
29
Elementos de um modelo
Seligman (1975)
Um bom modelo simularia um distúrbio em
Etiologia
Mecanismos fisiológicos
Comportamentos típicos
Tratamento e
Prevenção
Elementos de um modelo
Abramson & Seligman (1977)
Critérios de avaliação de um modelo:
A análise experimental do fenômeno de laboratório é completa o
suficiente para descrever os fatores essenciais de suas causas,
prevenção e cura?
A similaridade de sintomas entre o modelo e a psicopatologia
está convincentemente demonstrada?
Em que extensão a similaridade fisiológica, de causa, cura e
prevenção foram encontradas?
O modelo de laboratório descreve em todas as instâncias a
psicopatologia que ocorre “naturalmente” ou descreve apenas
um subgrupo? O fenômeno produzido no laboratório é modelo de
uma psicopatologia específica ou um modelo geral para todas as
psicopatologias?
30
Elementos de um modelo
31
DSM IV-R (p. 21-22)
32
Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais
Transtorno Comportamento
Definições podem sugerir anormalidade
1. situação que causa incômodo a outrem; contratempo:
Desadaptabilidade; fora do “normal” (Estatística)
2. situação imprevista e desfavorável; contrariedade,
decepção: Desordem (não obedece a lei)
3. leve perturbação orgânica: Doença
33
Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais
Mentais Comportamento
“Embora esta obra se intitule Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais, a expressão
‘transtornos mentais’ infelizmente sugere uma distinção
entre transtornos ‘mentais’ e transtornos ‘físicos’, um
anacronismo reducionista do dualismo mente/corpo.
Uma bibliografia rigorosa comprova a existência de muito
de ‘físico’ nos transtornos mentais e muito mais de
‘mental’ nos transtornos ‘físicos’. O problema criado pela
expressão persiste no título do DSM-IV, porque ainda
não encontramos um substituto apropriado”
APA, 2002, p. 27
34
Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais
Além disso, essa síndrome ou padrão não deve
constituir meramente uma resposta previsível e
culturalmente aceita diante de um determinado
evento, por exemplo, a morte de um ente querido.
(relação
relação com evento ambiental)
Qualquer que seja a causa original, a síndrome deve
ser considerada no momento como uma
manifestação de uma disfunção comportamental,
psicológica ou biológica no indivíduo (ou
ou seja,
apenas um sintoma de uma causa subjacente).
(APA, 2002, pp. 27-28)
Transtornos psiquiátricos
História da Medicina
Necessidade de classificação das “doenças
mentais”
Divergências nas nomenclaturas c/ ênfases
Fenomenologia (descrição)
Etiologia (causa)
Curso (desenvolvimento)
35
Análise do comportamento X Transtornos
psiquiátricos
Etiologia Probabilidade
(causas) (freqüência, intensidade,
latência)
Curso Relações mantenedoras
(desenvolvimento) (organismo & ambiente)
36
O que são, então os transtornos
psiquiátricos para a Análise do
Comportamento?
37
Transtornos psiquiátricos
“Patologia comportamental”
Déficit ou excesso comportamental
Comportamento adaptado...
Ou seja, prevê reforçamento em um nível mais
importante (o que justificaria a manutenção)
... que leva a sofrimento em algum grau...
Prevê também punição em nível menor
... com manifestações emocionais bastante
intensas
ALGUNS MODELOS
38
ADICÇÃO A DROGAS
Drogas
39
Blum (1969) – Distribuição dos principais grupos de
plantas psicoativas usadas por culturas humanas
Drogas (N=144) e espécies animais (N=109) em habitat
natural. Correlação r= .90, p<.01
homens animais
Adição
40
Condicionamento de droga (vasta
literatura): Cunninghan, 1998:
Condicionamento
pode ocorrer muito rapidamente,
pode ser produzido por diferentes classes de drogas e
pode ser observado em diferentes espécies.
Condicionamento a drogas: sensível a parâmetros
que influenciam outras formas de condicionamento
Pavloviano:
Número de tentativas,
Intervalo entre os estímulos e
Magnitude do US
Procedimentos, rituais, ou
outras dicas ambientais
Estimulação
RC: oposta aos efeitos farmacológicos da droga
Efeitos da
sistêmica
produzida droga
pela droga
41
Modelo Pavloviano de tolerância
CS D Explica
Efeitos das dicas ambientais
D recaída e
antecedem os efeitos da droga
overdose
42
O “lado operante” do procurar pela droga
(Cunninghan, 1998)
43
Abuso e auto-administração de drogas
(modelos): observa-se que...
44
Abuso e auto-administração de drogas
(modelos)
45
Outras questões de (in)adequação dos
modelos para este problema
No laboratório:
cocaína provoca um potencial alto de abuso,
sob condições de acesso ilimitado, macacos e
ratos podem auto-administrar até o ponto de
convulsões e em alguns casos, morte.
46
Tratamentos apontados pela literatura:
47
Tratamentos apontados pela literatura:
Inibição condicionada
Apresentação de um estímulo que foi previamente
pareado com “não droga” (que deve inibir a
resposta condicionada) juntamente com o
estímulo pareado com droga.
Cunninghan (1998)
48
Williams, Johns & Norton, 1998
Excessos comportamentais
49
Comportamentos induzidos por esquema
de reforçamento
Polidipsia
“Um rato privado de alimento foi colocado em uma caixa
experimental por mais ou menos 3 horas por dia e obteve
alimento contingente a pressionar uma barra. Pequenas porções
de alimento eram fornecidas em um esquema de intervalo
variável de 1 minuto (...) A única característica não usual desta
situação foi que água esteve disponível livremente através de um
tudo para beber durante essas sessões e o volume de água
ingerida foi medido. (...) O esquema de liberação de comida em
intervalos variáveis produziu a taxa de respostas moderada e
estável já esperada. Mas o que não era esperado, e o mais
curioso, foi que os animais beberam uma quantidade imensa de
água durante as sessões. E essa quantidade não decresceu nos
dias seguintes (...) Assim, esses animais que pesavam 200g
beberam por volta de 100 ml de água em 3 horas, quase um
terço de seu peso corpóreo” (Falk & Kupfer, 1998)
50
Comportamentos induzidos por esquema
de reforçamento
Comer Cobaias
Pica Chinchilas
Humanos
51
Comportamentos induzidos por esquema
de reforçamento
52
DEPRESSÃO
53
Ações da Análise do Comportamento
Categorias específicas do
comportamento (cujas freqüências
devem ser analisadas)
Encontradas na literatura clínica
Deduzidas da experiência comum
54
Problemas de comportamento
55
Categorias encontradas na literatura
clínica
Hoje: DSM IV-TR – preocupação com descrições detalhadas
Transtornos de Humor
Transtorno depressivo maior
Transtorno distímico
Transtorno depressivo sem outra especificação
Transtorno bipolar I
Transtorno bipolar II
Transtorno ciclotímico
Transtorno bipolar sem outra especificação
Transtorno de humor devido a condição médica geral
Transtorno de humor induzido por substância
Transtorno de humor sem outra especificação
56
Categorias encontradas na literatura
clínica
Episódio depressivo maior
Propensão ao choro
Irritabilidade
Ruminação obsessiva
Ansiedade
Fobias
Preocupação com a saúde física e queixas de dores (cefaléias, dores nas articulações,
abdômen, etc.)
Alguns indivíduos têm ataques de pânico
Dificuldade nos relacionamentos íntimos
Diminuição das interações sociais satisfatórias
Dificuldades no relacionamento sexual
Anorgasmia nas mulheres
Disfunção erétil nos homens
Problemas conjugais, profissionais e acadêmicos
Abuso de álcool e/ou outras substâncias
Maior utilização de serviços médicos
57
Categorias encontradas na literatura
clínica
Preocupação com especificação de outras características dos indivíduos
Ex.: Características específicas de cultura (há também de idade e gênero)
Em algumas culturas
Amplamente vivenciada em termos somáticos em vez de tristeza e
culpa
Culturas latinas e mediterrâneas
“nervosismo”
Dores de cabeça
Culturas chinesas e asiáticas
Fraqueza
Cansaço
“desequilíbrio”
Culturas do Oriente Médio
Problemas “do coração”
58
Depressão (o que deve ser observado)
Beck:
Representativa redução na gratificação
Ferster:
Estreita relação entre a freqüência das atuações de uma
pessoa e a perda de reforçadores (extinção)
Redução nas atividades levaria a baixa taxa de
reforçamento
Skinner, 1987
What is wrong with Daily life in the Western World?
59
What is wrong with Daily life in the Western World?
Práticas culturais
Evoluíram primeiramente por causa do efeito
agradável do reforçamento
Mas muito do efeito reforçador foi perdido
60
5 práticas culturais que corroeram a
relação entre organismo e ambiente
61
5 práticas culturais que corroeram a
relação entre organismo e ambiente
62
5 práticas culturais que corroeram a
relação entre organismo e ambiente
63
Depressão (o que deve ser observado)
Atenção
Diversão
Contato social
Afetos
64
Depressão (o que deve ser observado)
Silêncio
Desamparo:
Experimento de Seligman
65
Desamparo:
Experimento de Seligman
MESMO AMBIENTE
(cabeça do cachorro desliga o choque)
Caixa 2: quem controla o desligamento do
choque é o movimento do cachorro da
caixa 1 (incontrolabilidade)
Caixa 3: sem choque (Grupo não tratado)
Teste:
66
Resultados na caixa com barreira
(situação nova):
Desamparo:
Experimento de Seligman
67
Willner, Towell, Sampson, Sophokleus e Muscat
(1987)
Anedonia
psicofarmacologistas = perda da sensibilidade à recompensa
analistas do comportamento = mudança na relação do
sujeito com o ambiente, em que há uma alteração no valor
reforçador de determinados estímulos devida à exposição do
sujeito a alterações ambientais aversivas.
68
Thomaz, 2001
D is t r ib u i ç ã o s e m a n a l d o s e s t r e s s o r e s e t e s t e d e c o n s u m o d e líq u i d o
ª ª ª ª ª
HORA 5 F E IR A 6 F E IR A SÁBAD O D O M IN G O 2 F E IR A 3 F E IR A 4 FE IR A
0 0 :0 0
0 1 :0 0
0 2 :0 0
0 3 :0 0
testes semanais de consumo 0 4 :0 0
Protocolo de alterações 1 2 :0 0
1 3 :0 0
ambientais (CMS): 1 4 :0 0
1 5 :0 0
inclinação da gaiola; luz 1 6 :0 0
estroboscópica; gaiola 1 7 :0 0
1 8 :0 0
suja; barulho 1 9 :0 0
intermitente; iluminação 2 0 :0 0
2 1 :0 0
contínua; garrafa de 2 2 :0 0
água vazia após 2 3 :0 0
privação; objeto IN C L IN A Ç Ã O D A G A IO L A O B JE T O E S T R A N H O :
estranho na gaiola;
L U Z E S T R O B O S C Ó P IC A : A G R U P A M E N T O D E D O IS S U J E IT O S :
agrupamento de dois
G A IO L A S U JA : A C E S S O R E S T R IT O A C O M ID A :
sujeitos; acesso restrito
a comida após período B A R U L H O IN T E R M IT E N T E : C H E IR O :
de privação; odor na L U Z C O N T ÍN U A : P R IV A Ç Ã O D E C O M ID A :
sala e privação de G A R R A F A V A Z IA : T E S T E D E C O N S U M O D E L ÍQ U ID O :
comida.
69
replicação
SUJEITO 05 SUJEITO 08
45 45
40 40
35 35
30 30 sacarose
25 sacarose 25
20 20 água
água
15 15
10 10
5 5
0 0
1 3 5 7 9 11 13 1 3 5 7 9 11 13
operante
SUJEITO 06 S U J E IT O 0 7
45 45
40 40
35 35
30 30
25 sacarose 25 s ac aros e
20 água 20 água
15 15
10 10
5 5
0 0
1 3 5 7 9 11 13 1 3 5 7 9 11 13
ANSIEDADE
70
ANSIEDADE EM SERES HUMANOS
MODELOS DE ANSIEDADE
RESPOSTAS INCONDICIONADAS RESPOSTAS CONDICIONADAS
(ESQUIVA)
CLARO-ESCURO CONFLITO
ODOR DE PREDADOR
71
72
ANSIEDADE
SUPRESSÃO CONDICIONADA
73
Um outro paradigma: esquiva não
sinalizada (Sidman)
Dados:
um choque elétrico liberado em um tempo fixo (por
exemplo 60 segundos)
Uma resposta (p.ex., pressão à barra) que, caso ocorra
pospõe a ocorrência do choque por mais 60 segundos
(resposta de esquiva)
Nenhum aviso exteroceptivo (não sinalizado)
Processo:
Eventualmente o animal pressiona a barra. O choque é
posposto, o que torna “Pressão à barra” nunca associada à
apresentação de choque. A própria pressão à barra passa a
sinalizar um “período de segurança” (ausência de choque).
74
Um outro paradigma: esquiva não
sinalizada (Sidman)
Processo 2:
Respostas à barra gradativamente passam a ocorrer
próximas ao período programado para a liberação dos
choques
Resultado:
Mesmo com a suspensão da liberação dos choques, o
animal continua respondendo em tempo inferior ao
anteriormente designado para programar os choques.
Se impedido de apresentar a resposta, o animal apresenta
intensa agitação e agressividade, com respondentes
descritos como ansiedade.
75
ESQUIZOFRENIA
Inibição Latente
76
Inibição latente e patologia
comportamental
1. Inibição latente fornece uma ferramenta útil
para o exame de processamento de
informações básicas em certos grupos de
humanos
(esquizofrênicos e hiperativos não apresentam
inibição latente)
2. Pode ajudar a explicar por que certas técnicas
não são efetivas como seria de esperar
Por exemplo, condicionamento aversivo de gosto em
tratamentos para drogas de abuso, como o álcool. O
álcool, por ter sido apresentado várias vezes sem a
aversão, levaria um tempo maior para tornar-se um
CS para o US (substância que provoca aversão)
77
OUTRAS
PSICOPATOLOGIAS
Medo
Violência
Epilepsia
Impulsividade
Etc.
78
Bibliografia consultada (e recomendada)
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7, 122-145. Boston: Allyn & Bacon.
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psychopharmacology: theoretical, industrial and clinical perspectives. Chapter 7, 157-174. Cambridge: Cambridge
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