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SAÚDE OCUPACIONAL

IN DIR. COLEGIADA INSS 84/02


IN - Instrução Normativa DIRETORIA COLEGIADA DO INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
INSS nº 84 de 17.12.2002

D.O.U.: 23.12.2002 / Rep. DOU 22.01.2003

Estabelece critérios a serem adotados pelas áreas de


Arrecadação e de Benefícios.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/1998;
Lei nº 2.752, de 10/04/1956; Lei nº 3.501, de 21/12/1958;
Lei nº 3.529, de 13/01/1959; Lei nº 5.698, de 31/08/1971;
Lei nº 5.939, de 19/11/1973; Lei nº 6.019, de 03/01/1974;
Lei nº 6.184, de 11/12/1974; Lei nº 6.683, de 28/08/1979;
Lei nº 6.932, de 07/07/1981, e alterações; Lei nº 7.070, de 20/12/1982, e alterações;
Lei nº 7.986, de 28/12/1989, e alterações; Lei nº 8.212, de 24/07/1991, e alterações;
Lei nº 8.213, de 24/07/1991, e alterações; Lei nº 8.742, de 07/12/1993, e alterações;
Lei nº 8.878, de 11/05/1994; Lei nº 9.032, de 29/04/1995;
Lei nº 9.506, de 30/10/1997; Lei nº 9.528, de 10/12/1997;
Lei nº 9.784, de 29/01/1999; Lei nº 9.796, de 05/05/1999;
Lei nº 9.876, de 26/11/1999; Lei nº 10.403, de 08/01/2002;
Lei nº 10.421, de 15/04/2002; Lei nº 10.478, de 28/06/2002
Medida Provisória nº 1663-10, de 28/05/1998, e reedições;
Medida Provisória nº 1.891-8, de 24/09/1999, e reedições;
Decreto-Lei nº 5.813, de 14/09/1943; Decreto-Lei nº 9.882, de 16/09/1946;
Decreto nº 74.562, de 16/09/1974; Decreto nº 89.312, de 23/01/1984;
Decreto nº 3.048, de 06/05/1999, e alterações; Decreto nº 3.112, de 06/07/1999;
Decreto nº 3.266, de 29/11/1999; Decreto nº 4.032, de 26/11/2001;
Decreto nº 4.079, de 09/01/2002; Decreto nº 4.360 de 05/09/2002
Portaria Ministerial nº 4.883, de 16/12/1998; Portaria Ministerial nº 2.740, de 26/07/2001;
Portaria Ministerial nº 1.987, de 04/06/2001; Portaria Ministerial nº 645, de 19/02/2001;
Parecer CJ/Mex nº 2.098, de 1994; Parecer MPAS/CJ nº 572, de 13/06/1996;
Parecer MPAS/CJ nº 846, de 26/03/1997; Parecer MPAS/CJ nº 932, de 28/07/1997;
Parecer MPAS/CJ nº 2.434, de 17/01/2001; Parecer MPAS/CJ nº 2.440, de 17/01/2001;
Parecer MPAS/CJ nº 2.522, de 10/08/2001; Parecer MPAS/CJ nº 2.532, de 14/08/2001;
Parecer MPAS/CJ nº 2.585, de 26/09/2001; Parecer MPAS/CJ nº 2.630, de 07/12/2001;
Parecer MPAS/CJ nº 2.893 , de 12/11/2002;
Nota Técnica PG/CGC/DCT nº 556, de 15/10/1999; Nota Técnica PG/CGCONS/DCT nº 343, de 27/08/2001;
Nota Técnica PG/CGCONS/DCT nº 519, de 11/12/2001; Nota Técnica PG/CGCONS/DCT nº 03, de 10/06/2002;
Nota Técnica PG/CGCONS/DCT nº 271, de 20/06/2002; Nota Técnica PG/CGCONS/DCT nº 51, de 20/02/2002;
Nota Técnica PG/CGCONS/DCT nº 148, de 11/04/2002;
Nota CJ/MPAS nº 658, de 27/09/2001; Nota CJ/MPAS nº 705, de 22/10/2001;
Nota CJ/MPAS nº 747, de 14/11/2001; Nota CJ/MPAS nº 764, de 28/11/2001;
Nota CJ/MPAS nº 776, de 03/12/2001; Nota CJ/MPAS nº 205, de 28/03/2002;
Ação Civil Pública nº 2000.71.00.030435-2 - Tutela Antecipada -MPF/RS;
Ação Civil Pública nº 1999.61.00.3710-0 - Tutela Antecipada -Ministério Público Federal/SP;
Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0 - Tutela Antecipada -MPF/RS;
Ação Civil Pública nº 2000.71.00.010059-0 - Tutela Antecipada -MPF/RS;
ON/MPAS nº 08, de 21/03/1997.

A DIRETORIA COLEGIADA DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), em


reunião ordinária realizada no dia 17 de dezembro de 2002, no uso da competência que lhe
foi conferida pelo inciso III do art. 7º do Regimento Interno do INSS, aprovado pela
Portaria/MPAS nº 3.464, de 27 de setembro de 2001,
Considerando o disposto nas Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991;
Considerando o preceituado no Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999;
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Considerando a necessidade de estabelecer rotinas tendentes a agilizar e a uniformizar a


análise dos processos de reconhecimento, manutenção e revisão de direitos dos
beneficiários da Previdência Social, para a melhor aplicação das normas jurídicas
pertinentes, com observância dos princípios estabelecidos no art. 37 da Constituição Federal
(CF), resolve:

Art. 1º Disciplinar procedimentos a serem adotados pelas áreas de Benefícios e Arrecadação.

CAPÍTULO I
DOS BENEFICIÁRIOS
Seção I
Dos Segurados

Art. 2º São segurados obrigatórios da Previdência Social, além dos definidos na Lei nº
8.212, Lei nº 8.213, ambas de 1991, e no Decreto nº 3.048, de 1999, as seguintes pessoas
físicas:
I - como empregado:
a) o aprendiz, com idade de quatorze a dezoito anos, sujeito à formação profissional metódica do
ofício em que exerça o seu trabalho;
b) o empregado de conselho, ordem ou autarquia de fiscalização do exercício de atividade
profissional, a contar de 1º de abril de 1968, data em que entrou em vigor a Lei nº 5.410;
c) o trabalhador volante (bóia-fria) que presta serviço a agenciador de mão-de-obra, constituído
como pessoa jurídica, observado que, quando o agenciador não estiver constituído como pessoa
jurídica, o bóia-fria e o agenciador serão considerados empregados do tomador de serviços;
d) o trabalhador temporário que, a partir 13 de março de 1974, data da publicação do Decreto nº
73.841, que regulamentou a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, presta serviço a uma empresa,
para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou
para atender a acréscimo extraordinário de serviço, usando a intermediação de empresa locadora
de mão-de-obra temporária, com os mesmos direitos e as mesmas obrigações do segurado
empregado, a partir de 25 de julho de 1991, data da publicação da Lei nº 8.213, observado os §§
1º e 2º deste artigo;
e) os prestadores de serviços eventuais dos órgãos públicos, a partir de 10 de dezembro de 1993,
data da publicação da Lei nº 8.745;
f) o contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando no
território nacional segundo as leis brasileiras, ainda que com salário estipulado em moeda
estrangeira, salvo se amparado pela Previdência Social do seu país de origem, observado o
disposto nos acordos internacionais porventura existentes;
g) os auxiliares locais de nacionalidade brasileira admitidos para prestar serviços no exterior às
missões diplomáticas e repartições consulares brasileiras, ainda que a título precário e que, em
razão de proibição da legislação local, não possam ser filiados ao sistema previdenciário do país
em domicílio, de acordo com as Portarias Interministeriais nº 452, de 25 de agosto de 1995, nº 32,
de 10 de junho de 1998, nº 2.640, de 13 de agosto de 1998, nº 774, de 4 de dezembro de 1998, e
Portaria Conjunta nº 4, de 29 de julho de 1999;
h) o contratado por titular de serventia da justiça, sob o regime da legislação trabalhista, e
qualquer pessoa que, habitualmente, prestalhe serviços remunerados sob sua dependência, sem
relação de emprego com o Estado, a partir de 1º de janeiro de 1967;
i) o detentor de mandato eletivo estadual ou municipal, em decorrência do disposto na Lei nº
9.506, de 30 de outubro de 1997, desde que não vinculado a Regime Próprio de Previdência
Social, a partir de 1º de fevereiro de 1998;
j) o detentor de mandato eletivo federal, em decorrência da Lei nº 9.506, de 1997, desde que não
vinculado a Regime Próprio de Previdência Social, a partir de 1º de fevereiro 1999;
k) o prestador de serviço como diretor-empregado de empresa urbana ou rural, assim
considerado o eleito como diretor de sociedade de cotas por responsabilidade limitada que,
participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado, ou promovido, para
cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo as características inerentes às relações de
emprego;
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II - como empregado doméstico:


a) o prestador de serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial dessas,
em atividades sem fins lucrativos; a partir da competência abril de 1973, vigência do Decreto nº
71.885, que regulamentou a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972;
III - como contribuinte individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária (agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira) ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por
intermédio de terceiro e com o auxílio de empregado utilizado a qualquer título, ainda que de
forma não contínua; a partir de 7 de novembro de 1975, data da publicação da Lei nº 6.260;
b) o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura dos
elementos animais ou vegetais, com auxílio de empregado;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação
ou de ordem religiosa, quando mantidos pela entidade a que pertençam, salvo se
obrigatoriamente filiados à Previdência Social, em razão de outra atividade, ou a outro regime
previdenciário, militar ou civil, ainda que na condição de inativos, observado o disposto nos §§ 17
a 25 deste artigo, a partir de 9 de outubro de l979, data da publicação da Lei nº 6.696;
d) o titular de firma individual, urbana ou rural, o diretor nãoempregado e o membro de conselho
de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio-gerente e
o sócio cotista, o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade
de qualquer natureza ou finalidade que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em
empresa urbana ou rural, observado o disposto no § 3º deste artigo;
e) o síndico ou o administrador eleito, com percepção de remuneração ou que esteja isento da
taxa de condomínio, a partir de 6 de março de 1997, data da publicação do Decreto nº 2.172;
f) o prestador eventual de serviço, de natureza urbana ou rural, bóia-fria, safrista ou volante, a
uma ou mais empresas, fazendas, sítios, chácaras ou a um contribuinte individual, em um mesmo
período ou em períodos diferentes, sem relação de emprego;
g) o notário ou o tabelião e o oficial de registros ou registrador, titulares de cartório, detentores de
delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos,
admitidos a partir de 21 de novembro de 1994, data da publicação da Lei nº 8.935;
h) o médico-residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, com as alterações da Lei
nº 8.138, de 28 de dezembro de 1990;
i) o árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares que atuem em conformidade com a Lei nº 9.615,
a partir de 25 de março de 1998;
j) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, preste serviço à sociedade
cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
l) o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação
com mais de seis toneladas de arqueação bruta, ressalvado o disposto no § 11 inciso VII;
m) o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,
quando remunerado;
n) o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira de
que trata o § 6º do art. 201 do Regime de Previdência Social (RPS).
IV - como trabalhador avulso:
a) o prestador de serviço, sindicalizado ou não, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas,
sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos
termos da Lei nº 8.630, publicada em 26 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria,
observando que esse segurado:
1. até 10 de junho de 1973, véspera do início da vigência da Lei nº 5.890, foi classificado em
categoria própria, ou seja, na de trabalhador avulso;
2. no período de 11 de junho de 1973, data da publicação da Lei nº 5.890, a 28 de janeiro de
1979, véspera da publicação dos Decretos nº 83.080 e nº 83.081, integrou o rol da
categoria de autônomo, sendo mantidos os sistemas de contribuição e arrecadação então
vigentes;
3. a partir de 29 de janeiro de 1979, retornou à categoria de trabalhador avulso;
V - como segurado especial:
a) o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rural, o pescador artesanal e o assemelhado
que exerçam atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com
auxílio eventual de terceiros, em sistema de mútua colaboração e sem utilização de mão-de-obra
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assalariada, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis
anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar
respectivo, observado o disposto nos §§ 8º a 16 deste artigo;
VI - como segurado facultativo:
a) o maior de dezesseis anos que se filiar ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS),
mediante contribuição, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre
como segurado obrigatório da Previdência Social ou de Regime Próprio de Previdência;
b) o síndico de condomínio, desde que filiado como segurado facultativo no período de 25 de julho
de 1991, data da publicação da Lei nº 8.213, a 5 de março de 1997, véspera da vigência do
Decreto nº 2.172;
c) o beneficiário de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar, desde que simultaneamente não
esteja exercendo atividade que o filie obrigatoriamente ao RGPS;
d) o ex-empregador rural não sujeito a outro regime de Previdência Social que continue a
recolher, sem interrupção, suas contribuições anuais;
e) o estágiário de advocacia.
§ 1º O trabalhador temporário, no período de 11 de junho de 1973, data da publicação da Lei nº
5.890, a 24 de julho de 1991, véspera da publicação das Leis números 8.212 e 8.213, era
enquadrado como autônomo.
§ 2º A caracterização do vínculo do trabalhador de que trata o parágrafo anterior far-se-á por
contrato escrito celebrado com a empresa, no qual constarão, obrigatória e expressamente,
os direitos conferidos ao trabalhador, observado que:
I - o contrato não poderá exceder de três meses, salvo se autorizado pelo órgão local do
Ministério do Trabalho;
II - a condição de temporário deverá ser registrada em Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS) ou Carteira Profissional (CP).
§ 3º Permanece o entendimento de que os sócios cotistas, nas sociedades por cotas de
responsabilidade limitada, urbanas ou rurais, de que trata a alínea "d", do inciso III, deste
artigo, que participassem da gestão ou que recebessem remuneração, pró-labore, decorrente
do próprio trabalho, sejam considerados empresários até 28 de novembro de l999, véspera da
publicação da Lei nº 9.876.
§ 4º Entende-se como usufrutuário aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem
direito à posse, ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir do bem
em pessoa ou mediante arrendamento, devendo ser observado, para fins de sua
caracterização perante a Previdência Social, que:
I será enquadrado como segurado especial, se exercer a atividade rural, individualmente ou
em regime de economia familiar;
II - será considerado contribuinte individual, se explorar o imóvel rural com auxílio de
empregado ou por intermédio de parceiros ou meeiros ou arrendatários rurais;
III - poderá ser enquadrado na condição de segurado facultativo, se arrendar o imóvel rural
para terceiros, desde que não exerça atividade que o torne contribuinte obrigatório do
RGPS ou que esteja sujeito a Regime Próprio de Previdência Social.
§ 5º Permanece o entendimento de que, no período de 24 de março de 1997, data publicação
da Orientação Normativa/MPAS/SPS nº 8, a 10 de novembro de 1997, véspera da publicação
MP nº 1.596-14, o dirigente ou o representante sindical manteve, durante o seu mandato, a
seguinte vinculação ao RGPS:
I a mesma de antes da investidura, se não remunerado pelo sindicato;
II a equiparada à do autônomo, atualmente denominado contribuinte individual, se
remunerado somente pelo sindicato.
§ 6º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo
enquadramento no RGPS de antes da investidura, a partir de 11 de novembro de 1997, data
da publicação da MP nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528, de 10 dezembro de 1997.
§ 7º O brasileiro que acompanha cônjuge em prestação de serviço no exterior poderá filiar-se à
condição de segurado facultativo, ainda que na condição de servidor público civil ou militar da
União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios ou de suas respectivas Autarquias
ou Fundações, sujeito a Regime Próprio de Previdência Social, desde que afastado sem
vencimentos.

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§ 8º O condômino de propriedade rural que explora a terra com concurso de empregados e com
delimitação formal da área definida será considerado contribuinte individual, sendo que, não
havendo delimitação de áreas, todos os condôminos assumirão a condição de contribuinte
individual.
§ 9º A situação de estar o cônjuge ou o companheiro em lugar incerto e não sabido, decorrência
do abandono do lar, não prejudica a condição de segurado especial do cônjuge ou do
companheiro que permaneceu exercendo a atividade rural, individualmente ou em regime de
economia familiar.
§ 10. O falecimento de um ou ambos os cônjuges não retira a condição de segurado especial do
filho maior de dezesseis anos, desde que permaneça exercendo atividade rural,
individualmente ou em regime de economia familiar.
§11. Para efeito da caracterização do segurado especial, entende-se por:
I - produtor: aquele que, proprietário ou não, desenvolve atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, por conta própria, individualmente ou em regime de economia familiar;
II - parceiro: aquele que, comprovadamente, tem contrato de parceria com o proprietário da
terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira,
partilhando o lucro conforme o ajuste;
III meeiro: aquele que, comprovadamente, tem contrato com o proprietário da terra ou
detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou
hortifrutigranjeira, dividindo os rendimentos auferidos;
IV - arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de
aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver
atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de
economia familiar, sem utilização de mão-de-obra assalariada de qualquer espécie;
V - comodatário: aquele que, comprovadamente, explora a terra pertencente a outra
pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver
atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;
VI - condômino: aquele que se qualifica individualmente como explorador de áreas de
propriedades definidas em percentuais;
VII - pescador artesanal ou assemelhado: aquele que, individualmente ou em regime de
economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde
que:
a) não utilize embarcação;
b) utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de
parceiro;
c) na condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de
arqueação bruta;
VIII - mariscador: aquele que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de
captura ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio
normal ou mais freqüente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa;
IX - índios em via de integração ou isolado: aqueles que, não podendo exercer diretamente
seus direitos, são tutelados pelo órgão regional da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
§ 12. Para os fins do disposto no inciso VII do parágrafo anterior, entende-se por tonelagem de
arqueação bruta a expressão da capacidade total da embarcação constante da respectiva
certificação fornecida pelo órgão competente;
§ 13. Os órgãos competentes para certificar a capacidade total da embarcação a que se refere
o parágrafo anterior são a capitania dos portos, a delegacia ou a agência fluvial ou marítima,
sendo que, na impossibilidade de obtenção da informação por parte desses órgãos, solicitar-
se-á ao segurado a apresentação da documentação da embarcação fornecida pelo estaleiro
naval ou construtor da respectiva embarcação;
§ 14. Os índios integrados, assim denominados os incorporados à comunhão nacional e
reconhecidos no pleno exercício de seus direitos civis, ainda que conservem usos, costumes
ou tradições características de sua cultura, devem ser tratados como qualquer dos demais
beneficiários da Previdência Social, devendo ser apresentado pela FUNAI, responsável pela
tutela dos índios, uma declaração formal, reconhecendo sua condição de integrado.
§ 15. Não se considera segurado especial:

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I - o membro do grupo familiar que possui outra fonte de rendimento, qualquer que seja a
sua natureza, ressalvado os rendimentos provenientes:
a) da pensão por morte deixada pelo segurado especial;
b) os recebidos pelo dirigente sindical que mantém o mesmo enquadramento perante o
RGPS de antes da investidura no cargo;
c) da comercialização do artesanato rural, na forma prevista no § 5º do art. 200 do RPS,
bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por meio desses processos;
d) dos contratos de arrendamentos, firmados em cumprimento à orientação contida no
item 1.10 da OS/INSS nº 590/97, com registro ou reconhecimento de firma efetuados
até 28/11/99, data da publicação do Decreto nº 3.265/99, até o final do prazo
estipulado em cláusula, exceto nos casos em que ficar comprovada a relação de
emprego.
e) dos contratos de parceria e meação com registro ou reconhecimento de firma
efetuados no período de 24/07/91 (data da publicação da Lei nº 8.213/91) à
21/11/2000 (data da publicação do Decreto nº 3.668/00) firmados entre pais e filhos
casados, que mantém o enquadramento como segurado especial do parceiro/meeiro
outorgante.
II - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, por
intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados;
III - aquele que, em determinado período, utilizar mão-de-obra assalariada, sendo
considerado, nesse período, segurado contribuinte individual;
IV - os filhos menores de vinte e um anos, cujos pai e mãe perderam a condição de
segurados especiais, por motivo do exercício de outra atividade remunerada, salvo se
comprovarem o exercício da atividade rural individualmente;
§ 16. Não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos e as filhas casados, os
genros e as noras, os sogros e as sogras, os tios e as tias, os sobrinhos e as sobrinhas, os
primos e as primas, os netos e as netas e os afins.
§ 17. Considera-se instituição de confissão religiosa aquela caracterizada por uma comunidade
de pessoas unidas no corpo de doutrina, obrigadas a cumprir um conjunto de normas
expressas de conduta, para consigo mesmas e para com os outros, exercidas por forma de
cultos, traduzidas em ritos, práticas e deveres para com o Ser Superior.
§ 18. Instituto de vida consagrada é a sociedade aprovada por legítima autoridade religiosa, na
qual seus membros emitem votos públicos ou assumem vínculos estáveis para servir à
confissão religiosa adotada, além do compromisso comunitário, independentemente de
convivência sob o mesmo teto.
§ 19. Ordem religiosa é a sociedade aprovada por legítima autoridade religiosa, na qual os
membros emitem votos públicos determinados, perpétuos ou temporários, passíveis de
renovação, e assumem o compromisso comunitário regulamentar de convivência sob o
mesmo teto.
§ 20. Ministros de confissão religiosa são aqueles que consagram sua vida a serviço de Deus e
do próximo, com ou sem ordenação, dedicando-se ao anúncio de suas respectivas doutrinas
e crenças, à celebração dos cultos próprios, à organização das comunidades e à promoção
de observância das normas estabelecidas, desde que devidamente aprovados para o
exercício de suas funções pela autoridade religiosa competente.
§ 21. Membros de instituto de vida religiosa são os que emitem voto determinado, ou seu
equivalente, devidamente aprovado pela autoridade religiosa competente.
§ 22. Membros de ordem ou congregação religiosa são aqueles que emitem ou nelas professam
os votos adotados.
§ 23. Ex-membros de qualquer das entidades indicadas nos §§ 21 e 22 são todos quantos se
desligaram delas, por ter expirado o tempo da emissão de seus votos temporários ou por
dispensa de seus votos, quando concedida pela autoridade religiosa competente ou, ainda,
por quaisquer outros motivos.
§ 24. O ingresso dos religiosos na Previdência Social não implica existência ou reconhecimento
da existência da relação de emprego, vínculos de trabalho assalariado ou prestação de
serviços remunerados, considerando-se a natureza das suas respectivas entidades ou
instituições, que não têm fins lucrativos nem assumem os riscos da atividade econômica,
ainda quando sejam tais pessoas por elas mantidas, observado apenas o caráter da atividade
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religiosa e excluídas quaisquer obrigações financeiras de tais entidades ou instituições para


com a Previdência Social.
§ 25. Considera-se como início da atividade dos religiosos o ato de emissão de votos
temporários ou perpétuos, ou compromissos equivalentes, que os habilitem ao exercício
estável da atividade religiosa a que se consagraram.
§ 26. Para aqueles segurados que prestam serviço a empresas agroindustriais e agropecuárias,
a caracterização, se urbana ou rural, se dará pela natureza da atividade exercida, definindo,
desta forma, a sua condição em relação aos benefícios previdenciários.

SUBSEÇÃO ÚNICA
Da Manutenção e da Perda da Qualidade de Segurado
Art. 3º O segurado mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuição:
I - sem limite de prazo, durante o período de percepção do auxílio-acidente ou de auxílio
suplementar, observado o disposto no inciso VI do art. 56 desta Instrução;
II - durante o período compreendido entre 16 de março de 1990 a 30 de setembro de 1992, lapso
em que a Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994, concedeu anistia aos servidores públicos civis e
empregados da Administração Pública Federal direta, autárquica ou fundacional, bem como aos
empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista sob controle da União, que
foram:
a) exonerados ou demitidos com violação de dispositivo constitucional ou legal;
b) despedidos ou dispensados dos seus empregos com violação de dispositivo constitucional,
legal, regulamentar ou de cláusula constante de acordo, convenção ou sentença normativa;
c) exonerados, demitidos ou dispensados por motivação política, devidamente caracterizada,
ou por interrupção de atividade profissional em decorrência de movimento grevista;
§ 1º O período de que tratam os incisos I e II não pode ser computado como tempo de
contribuição e carência.
§ 2º Para benefícios requeridos a partir de 25 de julho de 1991, data da publicação da Lei nº
8.213, o exercício de atividade rural ocorrido entre atividade urbana, ou vice-versa, assegura
a manutenção da qualidade de segurado, quando, entre uma atividade e outra, não ocorreu
interrupção que acarretasse a perda dessa qualidade.
§ 3º A existência de vínculo empregatício no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS),
mesmo quando não haja informação a respeito de remuneração no período, pode provar o
exercício de atividade remunerada de filiação obrigatória à Previdência Social e acarretar a
manutenção da qualidade de segurado, observando o contido no art. 19 do RPS.
Art. 4º A contagem do prazo para a perda da qualidade de segurado, para o recolhido à
prisão, será suspensa no "período de graça", devendo, porém, ser reiniciada a partir da
fuga, se houver.
Art. 5º Após o pagamento da primeira contribuição em época própria, o segurado facultativo
poderá recolher as contribuições em atraso, após filiar-se, desde que não tenha ocorrido a
perda da qualidade de segurado, observado o prazo determinado pelo inciso VI do art. 13
do RPS.
Art. 6º O segurado facultativo, após a cessação do benefício por incapacidade, não terá o
"período de graça" dilatado para doze meses.
Parágrafo único. A ocorrência de percepção de beneficio por incapacidade, após a interrupção
das contribuições, suspende a contagem do prazo para perda da qualidade de segurado,
reiniciando-se após a cessação do benefício.
Art. 7º As anotações referentes ao seguro desemprego ou ao registro no Sistema Nacional
de Emprego (SINE) servem para a comprovação da condição de desempregado para fins
do acréscimo de doze meses previsto no § 2º do art. 13 do RPS, exceto para o segurado
que se desvincular de Regime Próprio de Previdência Social.
Parágrafo único. O período de graça de que trata o § 2º do art. 13 do RPS é contado a partir do
afastamento da atividade.
Art. 8º Se o fato gerador de um benefício requerido ocorrer durante os prazos fixados para a
manutenção da qualidade de segurado e o requerimento for posterior aos referidos prazos,
o benefício será concedido sem prejuízo do direito, observadas as demais condições e a

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prescrição qüinqüenal, resguardados, no que couber, o direito dos menores, incapazes e


ausentes.
Art. 9º A pensão por morte concedida na vigencia da Lei nº 8.213, de 1991, com base no art.
240 do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 611, de 1992, sem que tenha sido observada a
qualidade de segurado, não está sujeita à revisão específica para a verificação desse
requisito, sendo indispensável a sua observância, a partir de 21 de dezembro de 1995,
data publicação da Orientação Normativa INSS/SSBE nº 13, de 20 de dezembro de 1995.
Art. 10. Para o segurado especial, mesmo contribuindo facultativamente, observam-se as
condições de perda e manutenção de qualidade de segurado a que se referem os incisos I
a V do art. 13 do RPS.
Art. 11. O segurado perde os direitos inerentes a essa qualidade, a partir dos
prazos previstos na tabela a seguir:
15/09/1994
a
21/07/1992 01/04/1993
05/01/1993 05/03/1997
25/07/1991 a a
Até a
a 04/01/1993 14/09/1994 Med. Prov.
31/03/1993
24.07.1991 nº 598, de A partir de
20/07/1992 Lei nº Lei nº Lei nº
Período de 14/06/1994
Situação 8.444, de 8.444, de 8.620 de 06/03/1997
Graça Decr. nº e
Lei nº 20/07/1992 1992 e 01/1993 e Decr.
83.080 de Reedições
8.213 de e Decr. nº Decr. nº Decr. nº
24/01/1979 Convertida
1991 612 de 612 de 738 de
na Lei nº
21/07/1992 1992 28/01/1993
9.063 de
14/06/1995

n º 2.172,
de
06/03/1997(
***)
após encerramento

Empregado:
Empregado: Empregado: Empregado:
6º dia útil do 14º mês

dia 3 do
Até 120 contribuições

1º dia do 15º mês

6º dia útil 9º dia útil dia 9 do


do 14º mês do 14º mês 14º mês
14º mês
Contrib. Contrib. Contrib. Dia 16 do
Contrib.
Indiv. E Indiv. E Indiv. E 14º mês.
Indiv. E
atividade.

Domést.: Domést.: Domést.:


Domést.:
dia 16 do
da meses

16º dia útil 16º dia útil dia 16 do


do 14º mês do 14º mês 14º mês
14º mês
(***)
12

Empregado Empregado
Empregado
: 6º dia útil Empregado : dia 3 do
: dia 9 do
do 26º : 9º dia útil 26º
26º
24 meses do 26º mês
mês mês
Mais de após mês
1º dia do 6º dia útil Contrib. Dia 16 do
120 encerrame
27º do Contrib. Indiv. E Contrib. 26º
nto Contrib.
contribuiçõe Indiv. E Domést.: Indiv. E
mês 26º mês Indiv. E mês.
s da Domést.: 16º dia Domést.:
Domést.:
atividade 16º
útil do 26º 16º dia do
dia 16 do
dia útil do mês 26º mês
26º mês
26º mês (***)

Em gozo de 12 ou 24 1º dia do 6º dia útil Empregado Empregado Empregado Empregado Dia 16 do


benefício meses* 15º do : 6º dia útil : 9º útil do : dia 9 do : dia 3 do 14º
do 14º 14º ou 26º 1º ou 14º ou
após a ou 27º mês 14º ou 26º ou 26º mês.
cessação mês ou 26º mês mês 26º mês 26º mês
Contrib. Contrib.
do Contrib. Contrib. Indiv. E Indiv. E
benefício Indiv. E Indiv. E
Domést.: Domést.: Domést.: Domést.:

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16º dia 16 do
16º dia dia 16 do
14º ou
14º ou
dia útil do
útil do 14º
14º ou 26º 26º mês
ou 26º mês 26º mês
mês (***)

Empregado
Empregado Empregado Empregado : dia 3 do
: 6º dia útil : 9º dia útil : dia 9 do 14º
do 14º do 14º mês 1º
mês
12 meses 1º dia do 6º dia útil mês Contrib. mês Contrib. Dia 16 do
após o 15º do Contrib. Indiv. E Contrib. Indiv. E 14º
Recluso
Indiv. E Domést.: Indiv. E Domést.:
livramento mês 14º mês mês.
Domést.: 16º dia Domést.:
dia 16 do
16º dia útil útil do 14º dia 16 do 14º mês
do 14º mês mês 14º mês
(***)

12 meses
após a
1º dia do
Contribuinte interrupção
13º
das - - - - - -
em dobro
mês
contribuiçõ
es

06 meses
Facultativo
após a
(a
6º dia útil Dia 16 do
interrupção
partir da Lei do 8º 16º dia útil 16º dia útil Dia 16 do Dia 16 do 8º
das -
nº do 8º mês do 8º mês 8º mês 8º mês
mês mês
contribuiçõ
8.213/91)
es

12 meses
após o
6º dia útil Dia 16 do
Segurado encerrame do 16º dia útil 16º dia útil Dia 16 do Dia 16 do 14º
-
Especial nto da do 14º mês do 14º mês 14º mês 14º mês
14º mês mês
atividade **

3 meses 1º dia útil 1º dia útil Dia 16 do


Serviço após o do do 4º 1º dia útil 1º dia útil 1º dia do 4º 1º dia do 4º 4º
Militar licenciamen do 4º mês do 4º mês mês mês
4º mês mês mês
to
* contando o segurado com mais de 120 contribuições ** ou 24 meses, contando o segurado
com mais de 120 contribuições
*** Para fins de apuração da data da perda da qualidade de segurado, deverá ser observado
o contido nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.
§ 1º Permanece o entendimento de que, no período de setembro de 1994 a 5 de março de
1997, não havendo expediente bancário no dia dois, a perda da qualidade de segurado
ocorria no segundo dia útil posterior.
§ 2º Permanece o entendimento de que, no período de 6 de março de 1997 a 28 de
novembro de 1999, véspera da publicação da Lei nº 9.876, recaindo o dia 15 no sábado,
domingo ou feriado, inclusive o municipal, o pagamento das contribuições deveria ser
efetuado no dia útil anterior.
§ 3º A partir de 29 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, recaindo o dia
15 em sábado, domingo ou feriado federal, estadual e o municipal, o pagamento das
contribuições deverá ser efetuado no dia útil imediatamente posterior.

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§ 4º Se, por força de lei, ocorrer alteração nas datas de vencimento de recolhimentos,
deverão ser obedecidos, para manutenção ou perda da qualidade de segurado, os prazos
vigentes no dia do desligamento da atividade.
Art. 12. A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo
fixado para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao final
do prazo previsto, devendo ser observada para a manutenção dessa qualidade a tabela de
que trata o art. 11 desta Instrução, da seguinte forma:
I - sem limite de prazo, para aquele em gozo de benefício;
II - até doze meses após a cessação de benefícios por incapacidade ou após a cessação
das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida
pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até doze meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
IV - até doze meses após o livramento do segurado detido ou recluso;
V - até três meses após o licenciamento do segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar;
VI - até seis meses após a cessação das contribuições do segurado facultativo.
§ 1º O prazo previsto no inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o
segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que
acarrete a perda da qualidade de segurado, observado o disposto no art. 7º e § 2º do art. 53
desta Instrução.
§ 2º O prazo para recolhimento da contribuição a que se refere o caput deste artigo é no dia
quinze do segundo mês seguinte ao término dos prazos fixados nos incisos I a VI deste
artigo.
§ 3º O segurado obrigatório que, durante o prazo de manutenção da sua qualidade de
segurado (12, 24 ou 36 meses, conforme o caso), se filie ao RGPS como facultativo, ao
deixar de contribuir nesta última, terá o direito de usufruir o período de graça de sua
condição anterior.
§ 4º O empregado e trabalhador avulso que deixam de exercer atividade remunerada de
filiação obrigatória à Previdência Social têm assegurada a manutenção de sua qualidade de
segurado até o último dia do décimo terceiro mês, ou do vigésimo quinto, ou do trigésimo
sétimo, conforme o caso, visto que o recolhimento das contribuições não é de sua
responsabilidade.
Art. 13. O contribuinte individual ou empregado doméstico, têm assegurada a manutenção
da sua qualidade de segurado, ainda que não cumpram os prazos de recolhimento das
contribuições, desde que comprovem o exercício da atividade remunerada de filiação
obrigatória no período.
Parágrafo único. Após o afastamento de suas atividades, esses contribuintes mantém a
qualidade de segurado até o dia 15, observado o disposto nos §§ 1º a 4º do artigo anterior,
do décimo quarto mês, ou vigésimo sexto, ou trigésimo oitavo, relativos ao décimo terceiro
mês ou do vigésimo quinto ou do trigésimo sétimo, respectivamente, forme o caso.
Seção II
Dos Dependentes
Art. 14. O menor de vinte e um anos não perde a condição de dependente perante a
Previdência Social durante o período de serviço militar, obrigatório ou não.
Art. 15. A partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº 1.523, reeditada e
convertida na Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, o menor sob guarda deixa de
integrar a relação de dependentes para os fins previstos no RGPS, inclusive aquele já
inscrito, salvo se o óbito do segurado ocorreu em data anterior.
Art. 16. Filhos de qualquer condição são aqueles havidos ou não da relação de casamento,
ou adotados, que possuem os mesmos direitos e qualificações dos demais, proibidas

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SAÚDE OCUPACIONAL

quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação, nos termos do § 6º do art. 227 da


Constituição Federal.
Art. 17. O filho maior inválido fará jus à pensão, desde que seja concluída, mediante exame
médico-pericial, a existência de invalidez na data do óbito do segurado, salvo se casado ou
divorciado.
Art. 18. O enteado e o menor que esteja sob sua tutela, equiparam-se aos filhos mediante
declaração escrita do segurado e desde que não possua bens suficientes para o próprio
sustento e educação, comprovem a dependência econômica na forma estabelecida no § 3º
do art. 22 do RPS.
Art. 19. O dependente que recebe benefício de pensão por morte na condição de menor e
que, no período anterior a sua emancipação ou maioridade, tornar-se inválido, terá direito à
manutenção do benefício, independentemente de a invalidez ter ocorrido antes ou após o
óbito do segurado, observado o disposto no inciso III do art. 17 e art. 115 do RPS e nos §§
1º e 2º do art. 264 desta Instrução.
Art. 20. A pessoa cuja designação como dependente do segurado tenha sido feita até 28 de
abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, de 1995, fará jus à pensão por morte
ou ao auxílio-reclusão, se o fato gerador do benefício, o óbito ou a prisão, ocorreu até aquela
data, desde que comprovadas as condições exigidas pela legislação vigente.
Art. 21. O cônjuge ou companheiro passou a ser dependente em casos de requerimento de
pensão por morte, a partir de 05/04/1991, desde que atendidos aos requisitos legais,
observado o disposto no art. 268 desta Instrução.
Parágrafo único. Os benefícios concedidos com base na legislação anterior, que fixava o
termo inicial de concessão em 06 de outubro de 1988, devem ser mantidos, em obediência
ao inciso XIII, art. 2º da Lei nº 9.784/99.
Art. 22. O companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS
passa a integrar o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável,
concorrem, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes
preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, para óbitos ocorridos
a partir de 05/04/1991, ou seja, mesmo tendo ocorrido anteriormente à data da decisão
judicial proferida na Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0.
Art. 23. Para o companheiro do sexo masculino de segurado inscrito no RGPS, a pensão
será devida na forma do disposto no artigo anterior, para óbitos a partir de 5 de abril de
1991.
Seção III
Da Filiação
Art. 24. Observado o disposto no art. 20 do RPS, o segurado que exerce mais de uma
atividade é filiado, obrigatoriamente, à Previdência Social em relação a todas essas
atividades, obedecidas às disposições referentes ao limite máximo de salário-de-
contribuição.
Art. 25. O limite mínimo de idade para ingresso no RGPS do segurado obrigatório que
exerce atividade urbana ou rural e do facultativo é o seguinte:
I - até 28 de fevereiro de 1967, quatorze anos;
II de 1º de março de 1967 a 4 de outubro de 1988, doze anos;
III - a partir de 5 de outubro de 1988 a 15 de dezembro de 1998, quatorze anos, exceto para
menor aprendiz, que conta com o limite de doze anos, por força do art. 7º inciso XXXIII da
CF e do art. 80 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
IV - a partir de 16 de dezembro de 1998, dezesseis anos, exceto para menor aprendiz, que é
de quatorze anos, por força da Emenda Constitucional (EC) nº 20, de 1998.
§ 1º Para o trabalhador rural segurado especial o limite mínimo de idade até 15/12/98 é de
14 anos, aplicando-se o disposto no inciso IV a partir desta data.
§ 2º Permanece o entendimento de que, a partir de 25 de julho de 1991, não há limite
máximo de idade para o ingresso de que trata o caput deste artigo.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 26. Nas situações constantes dos incisos I a IV do artigo anterior, deverá ser observado
o disposto no parágrafo único do art. 108 desta Instrução.
Art. 27. O segurado que tenha trabalhado para empregador rural ou para empresa
prestadora de serviço rural, no período anterior ou posterior à vigência da Lei nº 8.213, de
1991, é filiado ao regime urbano como empregado ou autônomo, hoje, contribuinte
individual, compreendendo os seguintes casos:
I - o carpinteiro, o pintor, o datilógrafo, o cozinheiro, o doméstico e todo aquele cuja atividade
não se caracteriza como rural;
II - o motorista, com habilitação profissional, e o tratorista;
III o empregado do setor agrário específico de empresas industriais ou comerciais, assim
entendido o trabalhador que presta serviços ao setor agrícola ou pecuário, desde que tal
setor se destine, conforme o caso, à produção de matéria-prima utilizada pelas empresas
agroindustriais ou à produção de bens que constituíssem objeto de comércio por parte das
agrocomerciais, que, pelo menos, desde 25 de maio de 1971, vinha sofrendo desconto de
contribuições para o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), ainda que a empresa
não as tenha recolhido;
IV - o empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial que presta serviço,
indistintamente, ao setor agrário e ao setor industrial ou comercial;
V - o motosserrista;
VI - o veterinário, o administrador e todo aquele empregado de nível universitário;
VII - o empregado que presta serviço em loja ou escritório;
VIII - o administrador de fazenda.
Art. 28. O segurado em percepção de abono de permanência em serviço que deixar de
exercer atividade abrangida, obrigatoriamente, pelo RGPS poderá filiar-se na condição de
facultativo.
Art. 29. A filiação na condição de facultativo não poderá ocorrer dentro do mesmo mês em
que cessar o exercício da atividade sujeita à filiação obrigatória.
Art. 30. Permanece o entendimento de que, no período anterior a 9 de abril de 1973, data da
vigência do Decreto nº 71.885, a filiação da empregada doméstica era facultativa, passando,
a partir de então, a ser obrigatória, devendo ser a filiação considerada pelo registro
contemporâneo na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
Art. 31. No caso de extinção de Regime Próprio de Previdência Social, a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios assumirão integralmente a responsabilidade pelo
pagamento dos benefícios concedidos durante a sua vigência, bem como daqueles
benefícios cujos requisitos necessários a sua concessão foram implementados
anteriormente a extinção do Regime Próprio de Previdência Social.
§ 1º Para os casos de ingresso no RGPS, a partir da Emenda Constitucional nº 20, o
segurado fará jus apenas à aposentadoria por tempo de contribuição aos 35 anos, se
homem, e aos 30 anos, se mulher.
§ 2º Quando na data da E.C. nº 20, o segurado contar apenas com o tempo de contribuição
para aposentadoria proporcional, a concessão do benefício será de responsabilidade do
regime de origem, em razão de configurar direito adquirido para aquele Regime Próprio de
Previdência.
§ 3º Para concessão de benefícios previsto no RGPS deverá ser observada a ocorrência do
fato gerador, se anterior à mudança do regime, o benefício será concedido e mantido pelo
regime a que pertencia, se posterior, pelo novo regime de previdência.
Seção IV
Das Inscrições
Subseção I
Do Segurado
Art. 32. Observado o disposto no art. 18 do RPS, a inscrição do segurado será efetuada:

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SAÚDE OCUPACIONAL

I - diretamente na empresa, no sindicato ou no órgão gestor de mão-de-obra, conforme o


caso, se empregado ou se trabalhador avulso;
II - no INSS, pelo Número de Identificação do Trabalhador (NIT) ou pelo Número de
Identificação do Trabalhador no PIS ou no PA SEP, se empregado doméstico, se contribuinte
individual, se facultativo ou se segurado especial, bastando informar, no campo "código de
pagamento", o código que identifique a atividade exercida, conforme Anexo V constante da
Guia da Previdência Social (GPS), ou, se tiver sido cadastrado como empregado, informar o
NIT.
§ 1º A inscrição post mortem é vedada, exceto para segurado especial.
§ 2º Os segurados contribuinte individual, facultativo e empregado doméstico podem se
inscrever com a utilização da internet ou o serviço telefônico 0800, observados os seguintes
critérios:
I - A inscrição será formalizada por meio do cadastramento no Regime Geral de Previdência
Social, mediante informações dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis
a sua caracterização, ou por intermédio do recolhimento da primeira contribuição efetuada
pelo Número de Identificação do Trabalhador NIT, bastando que o segurado informe, no
campo identificador da GPS, o número do PIS, ou do PASEP, ou do número de inscrição do
Contribuinte Individual - CI, no campo "código de pagamento", o respectivo código, conforme
tabela constante no ANEXO V;
II - no caso de solicitação do segurado, a Agência da Previdência Social (APS) e a Unidade
Avançada de Atendimento da Previdência Social (UAAPS) não poderão obstar a emissão do
comprovante de inscrição efetuada pelos Sistemas de Cadastramento de Contribuintes da
Previdência Social.
Art. 33. Na impossibilidade de a inscrição ser efetuada pelo próprio segurado, ela poderá ser
providenciada por terceiros, sendo dispensado o instrumento de procuração no ato da
formalização do pedido, observado o disposto no § 1º do artigo anterior.
Art. 34. A inscrição dos segurados contribuinte individual, pregado doméstico, facultativo ou
a do segurado especial poderá ser feita com base nas informações que eles prestarem, para
identificação e classificação da categoria a que pertençam, devendo ser observado que:
I - o segurado deverá ser cientificado, no ato de sua inscrição, que as informações por ele
fornecidas para efetuar o próprio cadastramento têm caráter meramente declaratório e são
de sua inteira responsabilidade e que o INSS poderá solicitar a comprovação delas, por
meio documentos, quando do requerimento de benefício;
II - permanece o entendimento de que o enquadramento do segurado que vinha,
concomitantemente, exercendo a atividade de contribuinte individual com a de empregado
ou com a de empregado doméstico ou com a de trabalhador avulso e que venha, a partir de
29 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, a perder o vínculo
empregatício poderá ser revisto, observado que:
a) se o salário-de-contribuição como empregado ou como empregado doméstico ou como
trabalhador avulso atingir o limite máximo do salário-de-contribuição, poderá, ao desvincular-
se, contribuir sobre o valor da classe 10 (dez) da escala de salário-base da transitoriedade,
respeitadas as regras de regressão ou progressão;
b) se o salário-de-contribuição como empregado ou como empregado doméstico ou como
trabalhador avulso não atingir o limite máximo, o salário-de-contribuição será adicionado ao
salário-base da classe em que se encontra e o enquadramento será feito na classe mais
próxima à soma desses valores, respeitadas as regras da transitoriedade.
Art. 35. O segurado empregado doméstico que concomitantemente exerce atividade na
condição de contribuinte individual deverá efetuar o recolhimento das contribuições em GPS
distintas, com o mesmo número de inscrição (NIT).
Art. 36. O segurado facultativo, após o pagamento da primeira contribuição, poderá optar
pelo recolhimento trimestral, observado o disposto no § 15 do art. 216 do RPS.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 37. A inscrição formalizada por segurado em categoria diversa daquela em que a
inscrição deveria ocorrer deve ser alterada para a categoria correta, convalidando-se as
contribuições já pagas.
Art. 38. A inscrição indevida por quem não preenchia as condições de filiação formalizada
até 24 de julho 1991, véspera da publicação das Leis nº 8.212 e nº 8.213, deve ser
considerada insubsistente, sendo que o pagamento das contribuições respectivas não
asseguram direito a qualquer prestação, na forma prevista na lei vigente, ressalvada a
hipótese de convalidação para a ex-categoria de contribuinte em dobro até dezembro de
1991.
Art. 39. A inscrição indevida formalizada a partir de 25 de julho de 1991, data da publicação
das Leis nº 8.212 e nº 8.213, por quem não preenche as condições de filiação obrigatória
pode ser modificada, enquadrando-se o segurado na categoria de facultativo, observada a
tempestividade dos recolhimentos.
Art. 40. Se a primeira contribuição do segurado facultativo for recolhida fora do prazo, ela
será convalidada para a competência relativa ao mês da efetivação do pagamento.
Art. 41. A inscrição de segurado especial e dos membros do respectivo grupo familiar deverá
ser efetuada, preferencialmente, pelo membro da família que detiver a condição de
proprietário, posseiro, parceiro, meeiro, comodatário ou arrendatário rurais, pescador
artesanal ou assemelhado.
Subseção II
Do interstício na transitoriedade e do salário-base
Art. 42. Passa a vigorar, a partir de 29 de novembro 1999, a seguinte tabela de interstícios
da escala de salário-base, cujos prazos de permanência em cada classe será reduzido
gradativamente em doze meses a cada ano, até a extinção total da escala.
Número mínimo de meses de permanência
Salário- De 12/1999 De 12/2000 De 12/2001 De 12/2002 A partir de
Classe
base (R$) a 11/2000 a 11/2001 a 11/2002 a 11/2003 12/2003
1 136,00 - - - - -
2 251,06 - - - - -
3 376,60 12 - - - -
4 502,13 12 - - - -
5 627,66 24 12 - - -
6 753,19 36 24 12 - -
7 878,72 36 24 12 - -
8 1.004,26 48 36 24 12 -
9 1.129,79 48 36 24 12 -
10 1.255,32 - - - - -
Valores atualizados a partir de 1º de junho de 2000 - (Portaria MPAS nº 6.211, de 25 de maio
de 2.000), para:
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a De 151,00 a De 30,20 a
12 20,00
3 398,48 79,70
4 12 531,30 20,00 106,26

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SAÚDE OCUPACIONAL

5 24 664,13 20,00 132,83


6 36 796,95 20,00 159,39
7 36 929,77 20,00 185,95
8 48 1.062,61 20,00 212,52
9 48 1.195,43 20,00 239,09
10 - 1.328,25 20,00 265,65
Escala de salários-base, aplicável a partir do mês de dezembro de 2000, para os segurados
contribuinte individual e facultativo, inscritos até 28 de novembro de 1.999 - (Portaria MPAS
nº 8.680 de 13 de novembro de 2000).
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a De 151,00 a De 30,20 a
12 20,00
5 664,13 132,83
6 24 796,95 20,00 159,39
7 24 929,77 20,00 185,95
8 36 1.062,61 20,00 212,52
9 36 1.195,43 20,00 239,09
10 - 1.328,25 20,00 265,65
Valores atualizados a partir de 1º de abril de 2001 - (Portaria MPAS Nº 908, de 30 de março
de 2001), para:
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a De 180,00 a De 36,00 a
12 20,00
5 664,13 132,83
6 24 796,95 20,00 159,39
7 24 929,77 20,00 185,95
8 36 1.062,61 20,00 212,52
9 36 1.195,43 20,00 239,09
10 - 1.328,25 20,00 265,65
Valores atualizados a partir de 1º de junho de 2001 - (Portaria MPAS Nº 1.987, de 04 de
junho de 2001), para:
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a De 180,00 a De 36,00 a
12 20,00
5 715,00 143,00
6 24 858,00 20,00 171,60
7 24 1.000,99 20,00 200,20
8 36 1.144,01 20,00 228,80

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
SAÚDE OCUPACIONAL

9 36 1.287,00 20,00 257,40


10 - 1.430,00 20,00 286,00
Escala de salário-base, aplicável a partir de 12/2001, para os segurados
contribuinte individual e facultativo, inscritos até 28 de novembro de 1999.
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a De 180,00 a De 36,00 a
12 20,00
6 858,00 171,60
7 12 1.000,99 20,00 200,20
8 24 1.144,01 20,00 228,80
9 24 1.287,00 20,00 257,40
10 - 1.430,00 20,00 286,00
Valores atualizados a partir de 1º de abril de 2002 - (Portaria MPAS nº 288, de 28 de março
de 2002), para:
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a De 200,00 a De 40,00 a
12 20,00
6 858,00 171,60
7 12 1.000,99 20,00 200,20
8 24 1.144,01 20,00 228,80
9 24 1.287,00 20,00 257,40
10 - 1.430,00 20,00 286,00
Escala de salário-base, aplicável a partir de 06/2002, para os segurados
contribuinte individual e facultativo, inscritos até 28 de novembro de 1999.
Número mínimo de Meses de Salário-Base Alíquota Contribuição
Classe
Permanência (R$) (%) (R$)
De 1 a 200,00 a De 70,00 a
12 20,00
6 936,94 187,39
7 12 1.093,08 20,00 218,62
8 24 1.249,26 20,00 249,85
9 24 1.405,40 20,00 281,08
10 - 1.561,56 20,00 312,31
Art. 43. Para os segurados filiados até 28 novembro de 1999, véspera da publicação da Lei
nº 9.876, que estavam contribuindo pela escala de salários-base, na condição de segurados
empresário, autônomo ou a ele equiparado, facultativo ou segurado especial que contribui
facultativamente, observar-se-á o seguinte:
I - havendo extinção de uma determinada classe, a classe subseqüente será considerada
inicial, cujo salário-base de contribuição variará entre o valor correspondente ao limite
mínimo de contribuição e o da nova classe inicial;

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SAÚDE OCUPACIONAL

II - aplicam-se os novos prazos de permanência nas classes, facultando-se a progressão


para a classe seguinte, se o contribuinte já tiver cumprido, na classe em que se encontra, o
número mínimo de meses estabelecidos na tabela transitória;
III - a partir da competência dezembro de 1999, para fins de cômputo de interstícios, utilizar-
se-ão as contribuições efetivamente recolhidas, mesmo que tais contribuições tenham sido
recolhidas com base em valores variáveis entre o limite mínimo e o valor da nova classe
inicial;
IV é facultada a progressão para a classe imediatamente superior, quando o contribuinte já
tiver cumprido o novo interstício estabelecido na tabela de transitoriedade, ainda que as
contribuições tenham sido realizadas com base em classes extintas;
V - durante a vigência da tabela de transitoriedade, para o segurado que se encontra em
atraso, não será permitida a progressão ou regressão na escala de salários-base, dentro do
período de débito;
VI - durante a transitoriedade e após a extinção dela, os débitos apurados segundo a
legislação de regência, a partir de abril de 1995, devem ser calculados com base no valor do
último recolhimento efetuado,
VII - após a extinção da escala de salários-base, entender-se-á por salário-de-contribuição,
para os segurados contribuinte individual, facultativo e segurado especial, com contribuição
facultativa, o disposto nos incisos III e VI do art. 214 do RPS.
Art. 44. No caso de segurado contribuinte individual, a baixa da inscrição deverá ser
formalizada imediatamente após a cessação da atividade inclusive mediante declaração,
devendo por ocasião do requerimento de beneficio apresentar:
I - declaração do próprio segurado, ainda que extemporânea, ou procuração particular
específica para tal finalidade, valendo, para isso, a assinatura em documento próprio
(documento de encerramento emitido pelo sistema), se enquadrado nas alíneas "j" e "l" do
inciso V do art. 9º do RPS;
II - distrato social, alteração contratual ou documento equivalente emitido por junta
comercial, secretaria municipal, estadual ou federal da Fazenda ou por outros órgãos
oficiais, se enquadrado nas alíneas "e", "f", "g" e "h" do inciso V do art. 9º do RPS.
Parágrafo único. Não providenciada a alteração cadastral, presume-se a continuidade do
exercício da atividade, cabendo o recolhimento das contribuições do período em débito.
Subseção III
Dos Dependentes
Art. 45. Com o advento do Decreto nº 4.079, de 09 de janeiro de 2002, que altera o art. 22
do RPS, fica estabelecido que a inscrição de dependente será promovida somente quando
do requerimento do benefício.
Parágrafo único. Observada a situação prevista no caput, não será mais permitida a
inscrição de dependentes para fins meramente declaratório.
CAPÍTULO II
DAS PRESTAÇÕES EM GERAL
Seção I
Da Carência
Art. 46. Observado o disposto no art. 26 do RPS, a carência exigida para a concessão
dos benefícios devidos pela Previdência Social será sempre aquela prevista na
legislação vigente na data em que o interessado tenha implementado todas as
condições para a concessão do benefício, mesmo que, após essa data, venha a
perder a qualidade de segurado.
CARÊNCIA COMPUTADA A PARTIR
PERÍODO C AT E G O R I A S
DA:

Até 08/04/73 Empregado; Empregador; e Data da filiação.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Trabalhador
Avulso.

Autônomo. Data da 1ª competência recolhida.


De 09/04/73 Empregado; Trabalhador Avulso; Data da filiação na então Previdência
a Empregador; Social
24/07/91 e Empregado Doméstico. Urbana.

Data do efetivo recolhimento da 1ª


Empregador Rural. contribuição,
sem atraso.

De 09/04/73
a Autônomo; e Equiparado a
Data da efetivação da inscrição
Autônomo.
23/01/84

De 24/01/84 Data do efetivo recolhimento da 1ª


a Autônomo; e Equiparado a contribuição,
autônomo.
24/07/91 sem atraso

De 25/07/91
a Empregado; e Trabalhador Avulso. Data da filiação ao RGPS.
28/11/99

Autônomo; Equiparado a Autônomo;


Data do efetivo recolhimento da 1ª
Empregado
contribuição,
Doméstico; Empresário; e
sem atraso
Facultativo.

A partir de
Empregado; e Trabalhador Avulso. Data da filiação ao RGPS.
29/11/99

Empregado Doméstico; Facultativo; e


Data do efetivo recolhimento da 1ª
Contribuinte Individual. Obs.: A partir
contribuição,
de
sem atraso
29/11/99, os Segurados Autônomo;

o Equiparado a Autônomo e o
Empresário
passaram a ser denominados
Contribuinte
Individual.
Parágrafo único. O vínculo existente no CNIS será considerado para fins de carência,
mesmo que não conste nesse cadastro remuneração no período.
Art. 48. A concessão de benefícios que exijam carência para o segurado empregado
doméstico, cuja filiação seja anterior a 25 de julho de 1991, ou seja, o registro
contemporâneo do contrato de trabalho na CTPS tenha sido realizado até a véspera dessa
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SAÚDE OCUPACIONAL

data, será devida, desde que satisfeitas essa e as demais condições exigidas e comprovado
o recolhimento das contribuições até 30 de junho de 1994 e a partir de 01 de julho de 1994,
valem as informações relativas as contribuições constantes no CNIS, não importando se
tenham sido efetuadas em atraso.
§ 1º Para o caso previsto no caput, as referidas contribuições serão computadas para efeito
de carência.
§ 2º As informações relativas a vínculos e contribuições de que trata o caput poderão ser
alteradas, excluídas ou incluídas no CNIS, após adotados os procedimentos definidos no art.
389 desta Instrução.
Art. 49. A concessão de benefício que exija carência para o segurado empregado doméstico,
cuja filiação seja posterior a 24 de julho de 1991, e que tenha efetuado o recolhimento da
primeira contribuição sem atraso, mas não comprove o efetivo recolhimento das demais
contribuições devidas, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo sua renda ser
recalculada quando da apresentação da prova do recolhimento das contribuições
posteriores.
Parágrafo Único. Observado o disposto no caput, deverá, ainda, ser verificado se os
recolhimentos correspondem aos anotados na CP/CTPS, em razão de que o segurado
empregado doméstico recolhe sobre o salário declarado.
Art. 50. Para o segurado inscrito na Previdência Social até 24 de julho de 1991, a
carência das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial, bem
como para os trabalhadores e empregadores rurais amparados pela antiga
Previdência Social Rural, obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano
em que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do
benefício:
Ano da implementação das condições Número de meses exigidos
1991 60
1992 60
1993 66
1994 72
1995 78
1996 90
1997 96
1998 102
1999 108
2000 114
2001 120
§ 1º Aplica-se a tabela de que trata o caput deste artigo (tabela progressiva do art. 142 da
Lei nº 8.213, de 1991) ao trabalhador rural (empregado, contribuinte individual e segurado
especial), que se mantém filiado à Previdência Social desde 24 de julho de 1991, sem
perder a qualidade de segurado. § 2º Para os benefícios requeridos até 28 de abril de 1995,
véspera da publicação da Lei nº 9.032, considera-se, para a concessão, a tabela da Lei nº
8.213, de 1991, em sua redação original.
Art. 51. O trabalhador rural (empregado, contribuinte individual ou segurado especial), ora
enquadrado como segurado obrigatório do RGPS, pode requerer aposentadoria por idade,
no valor de um salário mínimo, até 25 de julho de 2006, desde que comprove o efetivo

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SAÚDE OCUPACIONAL

exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, em número de meses igual à
carência exigida.
Parágrafo único. Entende-se como forma descontínua os períodos intercalados de exercício
de atividades rurais, ou urbana e rural, sem a ocorrência da perda da qualidade de
segurado, e os períodos imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, observado
o disposto no art. 139 desta Instrução.
Art. 52. O período em que o segurado tenha exercido atividades diferenciadas como
empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico e contribuinte individual é computado
para fins de carência, desde que:
I - não tenha havido perda da qualidade de segurado entre os períodos de atividade;
II - seja comprovado o recolhimento de contribuição em todo o período, desde a filiação
como empregado ou como trabalhador avulso, mesmo que, na categoria subseqüente, de
contribuinte individual e empregado doméstico, tenha efetuado recolhimentos em atraso,
inclusive quando se tratar de retroação de Data de Início de Contribuição (DIC).
Parágrafo único. Aplica-se, também, o disposto no caput do art. 52 e seus respectivos
incisos, quando as atividades tenham sido exercidas na mesma categoria de segurado.
Art. 53. Considera-se, para efeito de carência:
I - o tempo de contribuição para o RGPS efetuado pelo servidor público ocupante de cargo
em comissão, sem vínculo efetivo com a União, suas autarquias e fundações públicas
federais, assim definidas pela Lei nº 8.647, de 1993 e pelo Decreto nº 935, de 1993,
inclusive em regime especial, desde que averbado mediante Certidão de Tempo de
Contribuição (CTC) expedida pelo respectivo órgão;
II o período em que a segurada recebeu salário maternidade, exceto o da segurada especial
que não contribui facultativamente;
III - o período relativo ao prazo de espera nos quinze primeiros dias do afastamento do
trabalho, devidos pelo empregador antes do início do benefício por incapacidade;
IV as contribuições vertidas para Regime Próprio de Previdência Social, certificado na forma
da contagem recíproca, desde que o segurado não continue filiado ao regime de origem, que
não tenha utilizado o período naquele regime e que esteja inscrito no RGPS, observadas as
seguintes situações:
a) permanece o entendimento de que, no período de 15 de julho de 1975 a 24 de julho de
1991, nos termos do art. 2º da Lei nº 6.226, publicada em 15 de julho de 1975, era exigida a
carência de sessenta contribuições mensais após a filiação ao RGPS, para ser computado o
tempo prestado pelo segurado à administração pública federal, sendo considerado somente
para as aposentadorias por invalidez, tempo de serviço integral (35 anos para homem, 30
anos para mulher e 25 para ex-combatente) e compulsória;
b) permanece o entendimento de que, no período de 1º de março de 1981, data em que
entrou em vigor a Lei nº 6.864, de 1980 a 24 de julho de 1991, aplica-se o disposto na alínea
anterior para o tempo prestado pelo segurado à administração pública estadual e municipal;
c) permanece o entendimento de que, no período de 25 de julho de 1991 à véspera da
publicação da MP nº 1.891-8 e reedições posteriores, 24 de setembro de 1999, nos termos
da redação dada ao art. 95 da Lei nº 8.213, de 1991, era exigida a carência de trinta e seis
contribuições mensais, após a filiação ao RGPS, para que fosse computado o tempo de
serviço prestado pelo segurado à administração pública federal, estadual, distrital e
municipal, para fins de obtenção de quaisquer dos benefícios do RGPS;
d) a partir de 25 de setembro de 1999, data da publicação da MP referida na alínea anterior,
com a revogação do art. 95 da Lei nº 8.213, de 1991, não será exigida a carência conforme
disposto inciso I deste artigo, mas deverá o segurado estar inscrito no RGPS, para que se
possa considerar, para todos os fins, o tempo prestado na administração pública.
§ 1º Deverá ser observada a legislação vigente na data em que o segurado implementou as
condições para a concessão do benefício, a fim de verificar as situações previstas neste
artigo.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Poderá ser computado para efeito de carência, na forma disposta no caput, o período
de exercício de atividade em que o segurado esteve vinculado a outro regime de Previdência
Social, constante de CTC, emitida para fins de contagem recíproca, desde que o intervalo
entre a data do afastamento do regime de origem e a data de ingresso ao RGPS não seja
superior a:
I - vinte e quatro meses, quando o tempo de contribuição no Regime Próprio de Previdência
Social for superior a cento e vinte meses;
II - doze meses, quando o tempo de contribuição no Regime Próprio de Previdência Social
for igual ou inferior a cento e vinte meses.
Art. 54. Para fins de concessão de benefício, cujo período de carência é de doze meses, o
segurado especial deverá apresentar apenas um dos documentos de que tratam o art. 124 e
o art. 127 desta Instrução, desde que comprove que a atividade rural vem sendo exercida
nos últimos doze meses.
Art. 55. Em se tratando de benefício que não exija carência, o segurado especial deverá
apresentar apenas um dos documentos, conforme o que dispõe o art. 124 e o art. 127 desta
Instrução, desde que comprove que o exercício da atividade rural anteceda à ocorrência do
evento.
Art. 56. Não será computado como período de carência:
I - o tempo de serviço militar;
II - o período em que o segurado está ou esteve em gozo de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez, inclusive decorrente de acidente do trabalho ou de qualquer
natureza ou causa;
III - o período a que se refere o inciso II do art. 3º desta Instrução;
IV - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior a competência novembro de
1991;
V - o período de retroação da Data de Início de Contribuição (DIC) e o referente à
indenização de período, salvo a hipótese prevista no inciso I do art. 52 desta Instrução;
VI - o período em que o segurado está ou esteve em gozo de auxílio-acidente ou auxílio-
suplementar.
Art. 57. Para os benefícios requeridos a partir de 25 de julho de 1991, quando ocorrer a
perda da qualidade de segurado, qualquer que seja a época da inscrição ou da filiação do
segurado na Previdência Social, as contribuições anteriores a essa data só poderão ser
computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação
ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para a concessão
do respectivo benefício, observado que:
I para o benefício auxílio-doença, deverá possuir quatro contribuições mensais;
II - no caso de aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial, calcula-se um
terço sobre a carência de cento e oitenta contribuições mensais, conforme discriminado:
a) sessenta contribuições mensais para aquele que, tendo perdido a qualidade de segurado,
vinculou-se ao RGPS até 24 de julho de 1991, desde que, somadas às anteriores, seja
totalizada a carência exigida na tabela progressiva do art. 50 desta Instrução;
b) sessenta contribuições mensais para aquele que, tendo perdido a qualidade de segurado,
volte a se inscrever no RGPS a partir de 25 de julho de 1991, desde que, somadas às
anteriores, seja totalizada a carência de cento e oitenta contribuições.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput, ao trabalhador rural e segurado especial que
perdeu a qualidade de segurado, e que volta a exercer esta atividade.
Art. 58. A carência do salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual e
facultativa, é de dez contribuições mensais, ainda que os recolhimentos a serem
considerados tenham sido vertidos em categorias diferenciadas e desde que não tenha
havido perda da qualidade de segurado, observados o disposto na subseção que trata deste
benefício e os §§ 2º a 5º do art. 89 desta Instrução.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere este artigo será
reduzido em número de contribuições equivalentes ao número de meses em que o parto foi
antecipado.
§ 2º Havendo perda da qualidade de segurada, as contribuições anteriores a essa perda
somente serão computadas para efeito de carência depois que a segurada contar, a partir da
nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, três contribuições, observada a legislação vigente
na data do evento.
Art. 59. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílioacidente decorrente de
acidente de qualquer natureza ou causa;
II - salário-maternidade para as seguradas empregada, empregada doméstica e
trabalhadora avulsa;
III auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa, inclusive decorrente do trabalho, bem como nos casos em que o segurado, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções relacionadas abaixo:
a) tuberculose ativa;
b) hanseníase;
c) alienação mental;
d) neoplasia maligna;
e) cegueira;
f) paralisia irreversível e incapacitante;
g) cardiopatia grave;
h) doença de Parkinson;
i) espondiloartrose anquilosante;
j) nefropatia grave;
l) estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
m) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS);
n) contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada;
o) hepatopatia grave;
IV - reabilitação profissional.
Parágrafo único. Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de
origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que
acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução
permanente ou temporária da capacidade de laboração.
Art. 60. Os trabalhadores rurais e seus dependentes quando for o caso, que comprovarem o
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente
anterior ao requerimento, ou da data em que foram implementadas todas as condições para
a concessão do benefício requerido, farão juz a concessão das prestações,
independentemente do cumprimento de carência, observado:
I - que o trabalhador rural enquadrado como segurado especial tem garantida a concessão
das prestações de aposentadoria por idade , invalidez , auxílio-doença, auxílio-acidente,
pensão por morte , auxílio-reclusão e salário maternidade;
II que o trabalhador rural enquadrado como empregado ou contribuinte individual somente
fará juz à prestação de aposentadoria por idade;
§1º Para fazer jus à aposentadoria por idade, o contribuinte individual deverá estar inscrito
na previdência social, observado o disposto no art. 32 desta Instrução.
§ 2º Para fazer jus às demais prestações que exijam o cumprimento de carência, o
trabalhador rural, enquadrado como contribuinte individual e seus dependentes, deverão
comprovar o recolhimento das contribuições, inclusive no período básico de cálculo.
Art. 61. Quando do requerimento de auxílio-doença for verificado que o segurado não conta
com a carência mínima exigida, deve ser verificado o dispostos nos arts. 203 e 204 desta
Instrução.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Seção II
Do Salário-de-Benefício
Subseção I
Do Período Básico de Cálculo - PBC
Art. 62. O Período Básico de Cálculo (PBC) é fixado, conforme o caso, de acordo com a:
I - Data do Afastamento da Atividade (DAT);
II - Data de Entrada do Requerimento (DER);
III - Data da Publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998 (DPE);
IV - Data da Publicação da Lei nº 9.876, de 1999 (DPL);
V - Data de Implementação das Condições necessárias à concessão do Benefício (DICB).
§ 1º Para fixação do PBC, não importa se, na data do requerimento do benefício de
aposentadoria especial, o segurado estava, ou não, desempenhando atividade sujeita a
condições especiais.
§ 2º No PBC do auxílio-doença, inclusive no decorrente de acidente de qualquer natureza ou
causa, para o segurado que exerça atividades concomitantes e se afastar em mais de uma,
prevalecerá:
I - a DAT de empregado, se empregado e contribuinte individual ou empregado doméstico;
II - a DAT do último afastamento como empregado, nos casos de possuir mais de um vínculo
empregatício.
§ 3º Em caso de pedido de reabertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) com
afastamento inicial até quinze dias consecutivos, o PBC será fixado em função da data do
novo afastamento.
§ 4º No caso de auxílio-doença, o PBC será fixado em função do novo afastamento, quando
o segurado tiver se afastado, inicialmente, quinze dias consecutivos, retornando à atividade
no décimo sexto dia, e dela voltar a se afastar dentro de sessenta dias.
Art. 63. Se, no PBC, o segurado tiver recebido benefício por incapacidade, considerar-se-á
como salário de contribuição, no período, o salário de benefício que serviu de base para o
cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário-mínimo nem superior ao limite
máximo do salário-de-contribuição.
§ 1º Quando, no início ou no término do período, o segurado tiver percebido benefício por
incapacidade e remuneração, será considerada, na fixação do salário-de-contribuição do
mês em que ocorreu esse fato, a soma dos valores do salário-de-benefício e de
contribuição, respectivamente, proporcionais aos dias de benefício e aos dias trabalhados,
respeitado o limite máximo do salário de contribuição.
§ 2º Havendo dúvida quanto ao salário-de-contribuição informado pela empresa, se no valor
mensal ou proporcional aos dias trabalhados, deverão ser solicitados esclarecimentos a
mesma e, persistindo a dúvida, ser emitida diligência.
Art. 64. Por ocasião do requerimento de outro benefício, se o período de manutenção da
mensalidade de recuperação integrar o PBC, será considerado como salário-de-contribuição
o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da aposentadoria por invalidez,
reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior
ao valor de um salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição.
Parágrafo único. Na situação estabelecida no caput, deve ser observado o disposto no art.
94 desta Instrução.
Art. 65. Para a aposentadoria requerida ou com direito adquirido a partir de 11 de novembro
de 1997, data da publicação da MP nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528, de 10 de
dezembro de 1997, o valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para
fins de cálculo de salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, cujo valor será somado ao
salário-de-contribuição existente no PBC, limitado ao teto máximo de contribuição.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º Para o segurado especial que não contribui facultativamente, será somada ao valor da
aposentadoria a renda mensal do auxílioacidente vigente na data de início da referida
aposentadoria, não sendo neste caso, aplicada a limitação de um salário mínimo.
§ 2º Se, dentro do PBC, o segurado tiver recebido auxílio doença, inclusive decorrente de
acidente de qualquer natureza ou causa, concomitantemente com auxílio-acidente de outra
origem, a renda mensal desse será somada, mês a mês, ao salário-de-benefício daquele,
observado o teto máximo, para fins de apuração do salário-de-benefício da aposentadoria.
§ 3º No caso de transformação de auxílio-doença em aposentadoria por invalidez, inclusive
decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, quando o segurado estiver
recebendo auxílioacidente de outra origem, a renda mensal desse benefício será somada à
Renda Mensal Inicial (RMI) da aposentadoria, observado o limite máximo do salário-de-
contribuição.
§ 4º Inexistindo período de atividade ou gozo de benefício por incapacidade dentro do PBC,
o valor do auxílio-acidente não supre a falta do salário-de-contribuição.
Art. 66. No caso de óbito de segurado, instituidor de pensão por morte, em gozo de auxílio-
acidente, permanece o entendimento de que:
I - para óbitos ocorridos até 28 de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032;
a) se o segurado faleceu em decorrência do mesmo acidente, o valor da renda do auxílio-
acidente não era somado ao valor da renda da pensão por morte;
b) se a causa morte do óbito do segurado, for diversa da causa do acidente, a metade do
valor da renda do auxílio-acidente era incorporada ao valor da renda da pensão por morte;
c) se a causa morte do óbito do segurado resultar de outro acidente, o valor da renda do
auxílio-acidente era somado em seu valor integral ao valor da renda da pensão, não
podendo a soma ultrapassar o limite máximo do salário-de-contribuição;
II - para óbitos ocorridos no período de 29 de abril de 1995 a 10 de novembro de 1997,
conforme disposto na Lei nº 9.032, de 29 de abril de 1995, que revogou os §§ 4º e 5º do art.
86, em seus textos originais, da Lei nº 8.213, de 1991, o valor do auxílio-acidente não era
incorporado ao valor da renda mensal de pensão por morte;
III - para os óbitos ocorridos a partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da MP
nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, aplicam-se as
disposições do caput deste artigo e §§ 1º, 2º e 4º do art. 65 desta Instrução às pensões por
morte do segurado que faleceu em atividade, e o § 3º do artigo anterior, quando o segurado
falecer em gozo de auxílio-doença, inclusive decorrente de acidente do trabalho.
Art. 67. Fica garantido ao segurado que, até o dia 28 de novembro de 1999, tenha cumprido
os requisitos necessários para a concessão de benefício o cálculo do valor inicial segundo
as regras até então vigentes, considerando como PBC os últimos trinta e seis salários-de-
contribuição, apurados em período não-superior a quarenta e oito meses imediatamente
anteriores àquela data, assegurada a opção pelo cálculo na forma prevista nos arts. 70 e 76
desta Instrução.
Art. 68. Serão utilizadas as remunerações ou as contribuições constante no CNIS, para fins
de formação do PBC e de apuração do salário-de-benefício, a partir de 01 de julho de 1994.
§ 1º Poderá o segurado solicitar revisão de cálculo do valor do benefício, mediante a
comprovação dos valores dos salários-de-contribuição, por meio da apresentação de
documentos comprobatórios dos referidos valores, observado o contido nos arts. 85 e 389 a
391 desta Instrução.
§ 2º Não constando do CNIS informações sobre contribuições ou remunerações, ao ser
formado o PBC deve ser observado:
a) tratando-se de aposentadoria, nos meses em que existir vínculo e não existir
remuneração será considerado o valor do salário mínimo, podendo o segurado solicitar
revisão do valor do seu benefício, devendo comprovar, na forma estabelecida nos arts. 389 a
391, o valor das remunerações faltantes, observado o prazo prescricional; e

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SAÚDE OCUPACIONAL

b) para os demais benefícios, será considerado somente os meses em que existir


remuneração ou contribuição.
Art. 69. Na análise do pedido de revisão de benefício ou de reabertura de benefício
indeferido, para fins de formação do PBC, deverão ser adotados os seguintes
procedimentos:
I - para o segurado empregado doméstico, deverá ser observado o contido nos arts. 48 e 49
desta Instrução;
II - ao segurado empregado ou ao trabalhador avulso que tenha cumprido todas as
condições para a concessão da aposentadoria pleiteada, mas não possam comprovar o
valor dos seus salários-de-contribuição no PBC, observado o disposto no arts. 389 a 391
desta Instrução, considerar-se-á para o cálculo do benefício, no período sem comprovação
do valor do salário-de-contribuição, o valor do salário mínimo, devendo esta renda ser
recalculada, quando da apresentação de prova dos salários-de-contribuição;
III - nos casos dos incisos I e II deste artigo, após a concessão do benefício, o órgão
concessor deverá notificar, obrigatoriamente, o setor de arrecadação do INSS, para adoção
das providências previstas nos arts. 238 a 246 do RPS.
Subseção II
Do Fator Previdenciário
Art. 70. O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de
sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, mediante fórmula:
CÁLCULO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO
f = Tc x a x [1 + (Id + Tc x a) ] ,
Es 100
onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31
I - para efeito do disposto no caput deste artigo, a expectativa de sobrevida do segurado na
idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída
pela Fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para toda a
população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos;
II - para efeito da aplicação do fator previdenciário ao tempo de contribuição do segurado,
serão adicionados:
a) cinco anos, se mulher;
b) cinco anos, se professor que exclusivamente comprove tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou médio;
c) dez anos, se professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil, ensino fundamental ou médio.
Art. 71. Para fins de cálculo do valor do benefício, com base no fator
previdenciário, deverá ser observada a seguinte tabela:
MULTIPLICA PELO FATOR NÃO MULTIPLICA PELO FATOR
PREVIDENCIÁRIO PREVIDENCIÁRIO
Espécie 41 (opcional) Espécie 31 e 91
Espécie 42 Espécie 32 e 92
Espécie 57 Espécie 36
- Espécie 41 (opcional)
- Espécie 46
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SAÚDE OCUPACIONAL

Subseção III
Do Salário-de-Benefício - SB
Art. 72. Observado o disposto no art. 31 do RPS, o valor dos seguintes benefícios de
prestação continuada será calculado com base no salário-de-benefício:
I - aposentadoria por idade;
II - aposentadoria por tempo de contribuição;
III - aposentadoria especial;
IV - auxílio-doença, inclusive de acidente do trabalho;
V - auxílio-acidente de qualquer natureza ou causa;
VI - aposentadoria por invalidez, inclusive de acidente do trabalho;
VII - aposentadoria de ex-combatente;
VIII - aposentadoria por tempo de serviço de professor.
Parágrafo único. As prestações previstas nos incisos VII e VIII são regidas por legislações
especiais.
Art. 73. Não é calculado com base no salário-de-benefício o valor dos seguintes benefícios
de prestação continuada:
I - pensão por morte;
II - auxílio-reclusão;
III - salário-família;
IV - salário-maternidade;
V - pensão mensal vitalícia de seringueiros e respectivos dependentes;
VI pensão especial devida às vítimas da Síndrome da T alidomida;
VII benefício de prestação continuada de que trata a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS);
VIII - pensão especial mensal aos dependentes das vítimas fatais de hemodiálise (acidentes
ocorridos em Caruaru PE), na forma da Lei nº 9.422, de 24 de dezembro de 1996.
Parágrafo único. As prestações dos incisos V a VIII são regidas por legislações especiais.
Art. 74. Serão admitidos, para fins de cálculo do salário-debenefício, os seguintes aumentos
salariais:
I - os obtidos pela categoria respectiva, constantes de dissídios ou de acordos coletivos,
bem como os decorrentes de disposição legal ou de atos das autoridades competentes;
II - os voluntários, concedidos individualmente em decorrência do preenchimento de vaga
ocorrida na estrutura de pessoal da empresa, seja por acesso, promoção, transferência ou
designação para o exercício de função, seja em face de expansão da firma, com a criação
de novos cargos, desde que o respectivo ato esteja de acordo com as normas gerais de
pessoal, expressamente em vigor nas empresas e nas disposições relativas à legislação
trabalhista.
Parágrafo único. Quando os aumentos concedidos não confrontarem com os dados
constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), deverá ser realizada
diligência prévia, observado o disposto no art. 556 e seus parágrafos desta Instrução.
Art. 75. Para os segurados inscritos na Previdência Social a partir de 29 de novembro de
1999, data da publicação da Lei nº 9.876, o salário-de-benefício consiste:
I - para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, na média aritmética
simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o
período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário de que trata o art. 70, desta
Instrução;
II - para as aposentadorias por invalidez, especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na
média aritmética simples dos maiores saláriosde-contribuição correspondentes a oitenta por
cento de todo o período contributivo.
§ 1º É devida ao segurado com direito à aposentadoria por idade a opção pela aplicação ou
não do fator previdenciário, considerando o que for mais vantajoso;

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Nos casos de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, contando o segurado


com menos de cento e quarenta e quatro contribuições mensais no período contributivo, o
salário-de-benefício corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo
número de contribuições apuradas.
Art. 76. Para o segurado filiado à Previdência Social até 28 de novembro de 1999, véspera
da publicação da Lei nº 9.876, inclusive o oriundo de Regime Próprio de Previdência Social,
que vier a cumprir os requisitos necessários à concessão de benefício a partir de 29 de
novembro de 1999, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I no cálculo do salário-de-benefício, será considerada a média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição corrigidos monetariamente, correspondentes a, no mínimo,
oitenta por cento de todo o período contributivo, desde a competência julho de 1994;
II para apuração do valor do salário-de-benefício, quando se tratar de:
a) aposentadoria por idade e por tempo de contribuição, o valor obtido na média de que trata
o inciso I deste artigo, multiplicado pelo fator previdenciário constante no art. 70 desta
Instrução;
b) aposentadoria especial, por invalidez, auxílio-doença e auxílioacidente, corresponderá à
média de que trata o inciso I deste artigo;
III - em se tratando de aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e aposentadoria
especial, para apuração do valor do salário-de-benefício, deve ser observado, ainda, que:
a) contando o segurado com menos de sessenta por cento de contribuições no período
decorrido de julho de 1994 até a Data de Início do Benefício, o divisor a ser considerado no
cálculo da média de que trata o inciso I deste artigo não poderá ser inferior a sessenta por
cento desse mesmo período;
b) contando o segurado de sessenta por cento a oitenta por cento de contribuições no
período decorrido de julho de 1994 até a Data de Início do Benefício, aplicar-se-á a média
aritmética simples;
IV - para obtenção do valor do salário-de-benefício, devem ser somadas, conforme fórmula
abaixo, as seguintes parcelas, observado o parágrafo único deste artigo:
a) 1ª parcela = o fator previdenciário multiplicado pela fração que varia de um sessenta avos
a sessenta avos, eqüivalente ao número de competências transcorridas a partir do mês de
novembro de 1999 e pela média aritmética de que trata o inciso I deste artigo;
b) 2ª parcela = a média aritmética de que trata o inciso I deste artigo multiplicada por uma
fração que varia de forma regressiva, cujo numerador equivale ao resultado da subtração de
sessenta menos o número de competências transcorridas a partir do mês de novembro de
1999.
1ª Parcela 2ª Parcela
SB = f. X . M +M. (60 - X) ,
60 60
onde:
f = fator previdenciário;
X = número equivalente às competências transcorridas a partir do mês de novembro de
1999;
M = média aritmética simples dos salários-de-contribuição corrigidos mês a mês;
V - nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com
contribuição em número inferior a sessenta por cento do número de meses decorridos desde
a competência julho de 1994 até a Data do Início do Benefício, corresponderá o benefício à
soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de contribuições mensais apurado.
Parágrafo único. Para os benefícios com início nos meses de novembro e dezembro de
1999, a fração referida no inciso IV alínea "a" deste artigo será considerada igual a um
sessenta avos.
Art. 77. No cálculo do salário-de-benefício, serão considerados os salários-de-contribuição
de acordo com o disposto no art. 214 do RPS, vertidos para o Regime Próprio de

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SAÚDE OCUPACIONAL

Previdência Social de segurado oriundo desse regime, observado, em relação ao direito


adquirido e às condições mínimas necessárias para a concessão do benefício, o disposto no
inciso IV do art. 53 desta Instrução.
Parágrafo único. Se o período em que o segurado exerceu atividade para o RGPS for
concomitante com o tempo de serviço prestado à administração pública, não serão
considerados no PBC as contribuições vertidas, no período, para outro regime de
Previdência, conforme as disposições estabelecidas no parágrafo único do art. 94 e do art.
96, ambos da Lei nº 8.213, de 1991, e da Lei nº 9.796, de 6 de maio de 1999.
Art. 78. Os salários-de-contribuição referentes ao período de atividade exercida a partir de
14 de outubro de 1996, como juiz classista ou magistrado da Justiça Eleitoral, serão
considerados no PBC, limitados ao teto máximo, caso o segurado possua os requisitos
exigidos para concessão de uma aposentadoria, observadas as sições do parágrafo único
do art. 94 e do art. 96 da Lei nº 8.213, de 1991, e as disposições da Lei nº 9.796, de 1999,
bem como o disposto no inciso IV do art. 53, no art. 118 e no parágrafo único do artigo
anterior desta Instrução.
§ 1º O período a que se refere o caput deste artigo deverá ser apresentado em forma de
CTC.
§ 2º Caso o segurado possua os requisitos para a concessão de uma aposentadoria anterior
à investidura no mandato de juiz classista e de magistrado da Justiça Eleitoral, exercida até
13 de outubro de 1996, véspera da publicação da MP nº 1.523, o PBC será fixado, levando-
se em consideração as seguintes situações:
I - sem o cômputo do período de atividade de juiz classista e de magistrado da Justiça
Eleitoral, o PBC será fixado em relação à data em que o segurado se licenciou para exercer
o mandato e, em se tratando de contribuinte individual, essa data corresponderá ao dia
anterior à investidura do mandato;
II - com o cômputo do período de atividade de juiz classista e de magistrado da Justiça
Eleitoral, esse período de atividade deve ser apresentado por CTC, sendo o PBC fixado em
relação à data do afastamento da atividade ou de acordo com a Data de Entrada do
Requerimento (DER), se não houver afastamento, observadas as disposições do inciso IV
do art. 53 desta Instrução.
§ 3º Nas situações previstas no parágrafo anterior, deverá ser observada a legislação
vigente na data de implementação dos requisitos para aquisição do direito ao benefício.
Art. 79. O Salário-de-Benefício, relativo a cada espécie, corresponderá às formas
discriminadas na tabela abaixo:
Espécie Filiados até 28.11.1999 Inscritos a partir de 29.11.1999
31, 32, 46,
91 e Média aritmética dos 80% maiores Média aritmética dos 80% maiores
salários-de-contribuição de salários-de-contribuição de
92
todo o período contributivo, desde todo o período contributivo,
41 07/1994, corrigidos mês a mês. corrigidos mês a mês.
(opcional)

Média aritmética dos 80% maiores


Média aritmética dos 80% maiores
salários-de-contribuição de
42 e 57 salários-de-contribuição de
todo o período contributivo desde
41 todo o período contributivo,
07/1994, corrigidos mês a
(opcional) corrigidos mês a mês, multiplicado
mês, multiplicado pelo fator
pelo fator previdenciário.
previdenciário.

31, 32, 91 e Contando o segurado com menos de Contando o segurado com menos

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SAÚDE OCUPACIONAL

60% do número de
de 144 contribuições até a
meses desde 07/1994, até a DIB,
92 corresponderá à média aritmética DIB, corresponderá a média
aritmética simples.
simples.

1) - Contando o Segurado com menos


de 60% de contribuição
no período de 07/1994 até a
41, 42, 57 e
DIB, o divisor a ser considerado no
46
cálculo da média aritmética
não poderá ser inferior a 60% desse
mesmo período.

2) - Contando de 60% a 80% de


contribuições no período de
07/1994 até a DIB, aplica-se a média
aritmética simples.
Subseção IV
Da Múltipla Atividade
Art. 80. Para a caracterização das atividades em principal e secundária deverão ser
adotados os seguintes critérios:
I - quando, no PBC, houver atividades concomitantes e se tratar da hipótese em que não
tenha sido cumprida a condição de carência ou a de tempo de contribuição em todas, será
considerada como principal a que corresponder ao maior tempo de contribuição,
classificadas as demais como secundárias;
II - se a atividade principal tiver cessada antes do término do PBC, ela será sucedida por
uma ou mais atividades concomitantes, conforme o caso, observada, na ordem de
sucessão, a de início mais remoto ou, quando iniciadas ao mesmo tempo, a de salário mais
vantajoso;
III - quando a atividade principal for complementada por uma ou mais concomitantes ou
secundárias, elas serão desdobradas em duas partes: uma integrará a atividade principal e a
outra constituirá a atividade secundária.
Art. 81. O salário-de-benefício do segurado que contribui em razão de atividades
concomitantes será calculado com base na soma dos salários-de-contribuição das
atividades exercidas até a data do requerimento ou do óbito ou no período básico de cálculo,
observadas as disposições seguintes:
I - quando no PBC o segurado possuir atividades concomitantes e em todas elas satisfizer
as condições necessárias à concessão do benefício, apurar o salário-de-benefício com base
na soma dos salários-de-contribuição de todos os empregos ou atividades, observado o
limite máximo em vigor, não se tratando, desta forma, de múltipla atividade;
II - entende-se por múltipla atividade quando o segurado exerce atividades concomitantes
dentro do PBC, e não satisfaz as condições de carência ou tempo de contribuição, conforme
o caso, em todas elas;
§ 1º Não será considerada múltipla atividade, conforme previsto no caput, apenas nos
meses em que o segurado contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes, em
obediência ao limite máximo do salário-de-contribuição;

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Não será considerada múltipla atividade, conforme o previsto no caput, apenas nos
meses em que o segurado tenha sofrido redução dos salários de contribuição das atividades
concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário;
§ 3º Não se considera múltipla atividade quando se tratar de mesmo grupo empresarial.
§ 4º Entende-se por mesmo grupo empresarial, quando uma ou mais empresas tenham,
embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle
ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra
atividade econômica, sendo, para efeito da relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas, observado o disposto no
parágrafo anterior.
Art. 82. Na concessão de aposentadoria por idade, tempo de contribuição, especial e do
professor, quando o segurado não comprovar todas as condições para o benefício em todas
as atividades concomitantes, observado o disposto no art. 84 desta Instrução, deverá ocorrer
o seguinte procedimento:
I - aposentadoria por idade:
a) apurar-se-á, em primeiro lugar, o salário-de-benefício parcial dos empregos ou atividades
em que tenha sido satisfeita a condição de carência, na forma estabelecida no inciso I do art.
75 desta Instrução;
b) em seguida, apurar-se-á a média dos salários-de-contribuição de cada um dos demais
empregos ou das demais atividades constantes no PBC em que não foi cumprida a carência;
c) a cada média referida na alínea "b" deste inciso aplicar-se-á um percentual equivalente à
relação que existir entre o número de meses de contribuições prestadas pelo segurado, a
qualquer tempo, na atividade a que se referir, ao número de contribuição estipulado como
período de carência constante na tabela transitória aos segurados inscritos até 24 de julho
de 1991, e de cento e oitenta contribuições aos inscritos posterior a esta data, para a
aposentadoria por idade, o resultado será o salário-de-benefício parcial de cada atividade;
d) a soma dos salários-de-benefício parciais, apurados na forma das alíneas "a" e "c" deste
inciso, será o salário-de-benefício global para efeito de cálculo da renda mensal;
e) para os casos de direito adquirido até 28 de novembro de 1999, o salário-de-benefício de
que trata o art. 81 desta Instrução deve ser apurado de acordo com a legislação da época;
II - aposentadorias por tempo de contribuição:
a) apurar-se-á, em primeiro lugar, o salário-de-benefício parcial dos empregos ou das
atividades em que tenha sido preenchida a condição de tempo de contribuição para a
concessão do benefício requerido, com base na soma dos respectivos salários-de-
contribuição, na forma estabelecida no inciso I do art. 75 desta Instrução;
b) em seguida, apurar-se-á a média dos salários-de-contribuição de cada um dos demais
empregos ou das demais atividades constantes do PBC em que não foi comprovado o
tempo de contribuição mínimo necessário;
c) a cada média referida na alínea "b" deste inciso será aplicado um percentual equivalente
à relação que existir entre os anos completos de contribuição da atividade a que se referir, a
qualquer tempo, e o número de anos completos de tempo de contribuição considerados para
a concessão do benefício e o resultado será o salário-de-benefício parcial de cada atividade;
d) a soma dos salários-de-benefícios parciais apurada na forma das alíneas "a" e "c" deste
inciso será o salário-de-benefício global para efeito de cálculo da renda mensal;
e) para os casos de direito adquirido até 28 de novembro de 1999, o salário-de-benefício de
que trata o art. 81 deve ser apurado de acordo com a legislação da época;
III - aposentadoria do professor e especial:
a) apurar-se-á, em primeiro lugar, o salário-de-benefício parcial dos empregos ou da
atividades em que tenha sido preenchida a condição de tempo de contribuição para a
concessão do benefício requerido, com base na soma dos respectivos salários-de-
contribuição, na forma estabelecida no inciso I do art. 75 desta Instrução;

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SAÚDE OCUPACIONAL

b) em seguida, apurar-se-á a média dos salários-de-contribuição de cada um dos demais


empregos ou das demais atividades constantes do PBC em que não foi comprovado o
tempo de contribuição mínimo necessário;
c) a cada média referida na alínea "b" deste inciso será aplicado um percentual equivalente
à relação que existir entre os anos completos de contribuição da atividade a que se referir e
o número mínimo de anos completos de tempo de contribuição necessários à concessão do
benefício e o resultado será o salário-de-benefício parcial de cada atividade;
d) a soma dos salários-de-benefícios parciais apurada na forma das alíneas "a" e "c" deste
inciso será o salário-de-benefício global para efeito de cálculo da renda mensal;
e) para os casos de direito adquirido até 28 de novembro de 1999, o salário-de-benefício de
que trata o art. 81 deve ser apurado de acordo com a legislação da época.
Art. 83. Na concessão de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, quando se tratar do
exercício de atividades concomitantes não-enquadradas nas situações previstas nos §§ 1º e
2º e caput do art. 81 desta Instrução, observado o disposto no art. 84 desta Instrução,
deverá ocorrer o seguinte procedimento:
I - apurar-se-á, em primeiro lugar, o salário-de-benefício parcial dos empregos ou das
atividades em que tenham sido satisfeitas as condições de carência e incapacidade, na
forma estabelecida no inciso II do art. 75 desta Instrução;
II - em seguida, apurar-se-á a média dos salários-de-contribuição de cada um dos demais
empregos ou das demais atividades constantes no PBC em que não foi cumprida a carência;
III - a cada média referida no inciso II deste artigo será aplicado um percentual equivalente à
relação que existir entre o número de meses de contribuições prestadas pelo segurado, a
qualquer tempo, na atividade a que se referir e o número estipulado como período de
carência e o resultado será o salário-de-benefício parcial de cada atividade;
IV - a soma dos salários-de-benefício parciais, apurados na forma dos incisos I e III deste
artigo será o salário-de-benefício global para efeito de cálculo da renda mensal.
§ 1º Constatada durante o recebimento do auxílio-doença concedido nos termos deste
artigo, a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades concomitantes,
caberá recalculá-lo, com base nos salários-de-contribuição da atividade ou das atividades,
quando for o caso, a incluir:
I - a fixação de novo PBC, para o cálculo do salário-de-benefício correspondente a essas
atividades, até o mês anterior, ao:
a) do último afastamento do trabalho, segurado empregado ou avulso;
b) do pedido de inclusão das atividades concomitantes, no caso dos demais segurados;
II cálculo do novo salário-de-benefício, que será a soma das seguintes parcelas:
a) valor do salário-de-benefício do auxílio-doença em manutenção, reajustado na mesma
época e na mesma base dos benefícios em geral;
b) valor correspondente ao percentual da média do salário-decontribuição de cada uma das
demais atividades não consideradas no cálculo do auxílio-doença, percentual que será
equivalente à relação entre os meses completos de contribuição, até o máximo de doze, e
os estipulados como período de carência.
§ 2º Se, no momento da inclusão das demais atividades, for reconhecida a invalidez para
todas, aplica-se o disposto no parágrafo anterior para o cálculo do valor da aposentadoria
por invalidez.
§ 3º Não se considera múltipla atividade quando se tratar de auxílio-doença isento de
carência e de acidente de qualquer natureza ou causa, inclusive por acidente do trabalho.
Art. 84. O percentual referido na alínea "c" dos incisos I, II e III do art. 82 e inciso III do artigo
anterior corresponderá a uma fração ordinária em que:
I - o numerador será igual ao total de contribuições mensais de todo o período concomitante,
para aposentadoria por idade, auxíliodoença e por invalidez, ou a anos completos de
contribuição de toda a atividade concomitante, para as demais aposentadorias;
II - o denominador será igual:

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a) ao número estipulado como período de carência constante na tabela transitória, para os


segurados inscritos até 24 de julho de 1991, e de cento e oitenta meses aos inscritos
posterior a esta data, para a aposentadoria por idade;
b) a doze, para o auxílio-doença e para a aposentadoria por invalidez;
c) a quinze, vinte ou vinte e cinco, para a aposentadoria especial;
d) a vinte e cinco, para mulher, e trinta, para homem na aposentadoria de professor;
e) ao número de anos de serviço considerado para a concessão da aposentadoria por tempo
de serviço, no período de 25 de julho de 1991 a 16 de dezembro 1998;
f) a trinta, para mulher, e trinta e cinco, para o homem, para a aposentadoria por tempo de
contribuição do segurado que ingressou no RGPS a partir de 17 de dezembro de 1998 e do
oriundo de Regime Próprio de Previdência e ingressou ou reingressou no RGPS a partir de
17 de dezembro de 1998.
Seção III
Da Renda Mensal do Benefício
Subseção I
Da Renda Mensal Inicial
Art. 85. A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o disposto nos incisos I e II do art.
69 desta Instrução, deve ser reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual
data de início e substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício,
a renda mensal que prevalecia até então.
§ 1º Para fins da substituição da renda mensal de que trata o caput deste artigo, o
requerimento de revisão deve ser aceito pelo INSS, a partir da concessão do benefício em
valor provisório.
§ 2º Deverá ser processada a revisão, no sistema, quando da apresentação da prova dos
salários-de-contribuição ou do recolhimento das contribuições, pagando-se a correção
monetária a partir da apresentação da referida prova.
Art. 86. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições
legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos necessários à obtenção
do benefício, ao segurado que, tendo completado trinta e cinco anos de serviço, se homem,
ou trinta anos, se mulher, optou por permanecer em atividade.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo somente será aplicado à aposentadoria
requerida ou com direito adquirido a partir de 28 de junho de 1997, data da publicação da
MP nº 1.523-9 e reedições, convertida na Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997,
observadas as seguintes disposições:
I - o valor da renda mensal do benefício será calculado considerando-se como PBC os
meses de contribuição imediatamente anteriores ao mês em que o segurado completou o
tempo de contribuição, nos termos do caput deste artigo;
II - a renda mensal apurada deverá ser reajustada, nos mesmos meses e índices oficiais de
reajustamento utilizados para os benefícios em manutenção, até a Data do Inicio do
Benefício;
III - na concessão, serão informados a renda mensal inicial apurada conforme inciso I e os
salários-de-contribuição referentes ao PBC anteriores à DAT ou à DER, para considerar a
renda mais vantajosa;
IV - para a situação prevista neste artigo, considera-se como Data do Início do Benefício a
Data da Entrada do Requerimento ou a do desligamento do emprego, nos termos do art. 54
da Lei nº 8.213/91, não sendo devido nenhum pagamento relativamente a período anterior a
essa data.
Art. 87. O valor mensal da pensão por morte ou do auxílioreclusão será de cem por cento do
valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse
aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no art. 66 desta
Instrução.

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§ 1º Para pensão por morte decorrente de acidente do trabalho (acidentária), a renda


mensal corresponde:
I - no período de 5 outubro de 1988 a 28 de abril de 1995, a cem por cento do valor do
salário-de-benefício ou do salário-de-contribuição vigente no dia acidente, o que for mais
vantajoso, que serviu de base para o cálculo do auxílio-doença acidentário, reajustado até a
DIB da pensão por morte;
II - no período de 29 de abril 1995 a 28 de junho de 1997, a cem por cento do salário-de-
benefício que serviu de base para o cálculo do auxílio-doença acidentário reajustado até a
DIB da pensão por morte, nos termos da Lei nº 9.032, de 29 de abril de 1995;
III - a partir de 29 de junho de 1997, a cem por cento do valor da renda mensal da
aposentadoria por invalidez que o segurado recebia ou teria direito na data do óbito, nos
termos da MP nº 1523-9, de 28 de junho de 1997, e reedições, convertida na Lei nº 9.528,
de 11 de dezembro de 1997.
§ 2º Nos casos de concessão de pensão de benefícios precedidos que possuam
complementação da renda mensal - Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) e Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), deverá ser verificado e informado somente o valor
da parte previdenciária.
Art. 88. O valor da Renda Mensal Inicial (RMI) do auxílioacidente com início a partir de 29 de
abril de 1995, data da blicação da Lei nº 9.032, será calculado, observando-se a DIB do
auxílio-doença que o precedeu, conforme a seguir:
I - se a DIB do auxílio-doença for anterior a 5 de outubro de 1988, a RMI do auxílio-acidente
será de cinqüenta por cento do salário-de-benefício do auxílio-doença, com a devida
equivalência de salários mínimos até agosto de 1991 e reajustado, posteriormente, pelos
índices de manutenção até a DIB do auxílio-acidente;
II se a DIB do auxílio-doença for a partir de 5 de outubro de 1988, a RMI do auxílio-acidente
será de cinqüenta por cento do salário-de-benefício do auxílio-doença, reajustado pelos
índices de manutenção até a DIB do auxílio-acidente.
Subseção II
Da Renda Mensal do Salário-Maternidade
Art. 89. A renda mensal do salário-maternidade, observada a contribuição prevista nos art.
198 e 199 do RPS e nas disposições do art. 74 desta Instrução:
I - se segurada empregada, consiste numa renda mensal igual a sua remuneração devida no
mês do seu afastamento, tomando-se por base as informações constantes no CNIS, a partir
de 01 de julho de 1994, ou se for o caso de salário total ou parcialmente variável, na
igualdade da média aritmética simples dos seus seis últimos salários, apurada de acordo
com a lei salarial ou o dissídio coletivo da categoria, excetuando-se o décimo terceiro-
salário, adiantamento de férias e as rubricas constantes do § 9º do art. 214 do RPS;
II - nos casos de pedido de revisão ou de reabertura de benefício indeferido, as anotações
salariais constantes nas CP ou CTPS, desde que comprovada na forma dos arts. 389 a 391,
servem para subsidiar a alteração, inclusão ou exclusão de informações constantes no
CNIS.
III - se segurada trabalhadora avulsa, corresponde ao valor de sua última remuneração
integral equivalente a um mês de trabalho não sujeito ao limite máximo do salário-de-
contribuição, observado o disposto no inciso I deste artigo;
IV se segurada empregada doméstica, corresponde ao valor do seu último salário-de-
contribuição sujeito ao limite máximo do salário-de-contribuição, observado o disposto no
inciso II, do art. 214, do RPS;
V - se segurada contribuinte individual e facultativa, corresponde à média aritmética dos
doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses,
sujeito ao limite máximo do salário-de-contribuição;
VI - se segurada especial, corresponde ao valor de um salário mínimo;

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SAÚDE OCUPACIONAL

VI - o benefício de salário-maternidade, com Data de Entrada do Requerimento a partir de


29.05.2002, data da publicação da Instrução Normativa nº 73, terá a renda mensal sujeita ao
limite máximo correspondente a remuneração dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
§ 1º Entende-se por remuneração da segurada empregada:
I - fixa, aquela constituída de valor fixo que varia em função dos reajustes salariais normais;
II - parcialmente variável, aquela constituída de parcelas fixas e variáveis;
III - totalmente variável, aquela constituída somente de parcelas variáveis.
§ 2º No caso de empregos concomitantes ou de atividade simultânea na condição de
segurada empregada e contribuinte individual, ela fará jus ao salário-maternidade relativo a
cada emprego ou atividade.
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, inexistindo contribuição na condição de segurada
contribuinte individual ou empregada doméstica, em respeito ao limite máximo do salário-de-
contribuição como segurada empregada, o benefício será devido apenas nessa condição, no
valor correspondente à remuneração integral dela.
§ 4º Se a segurada estiver vinculada à Previdência Social na condição de empregada ou
trabalhadora avulsa com remuneração inferior ao limite máximo do salário de contribuição e,
concomitantemente, exercer atividade que a vincule como contribuinte individual, terá direito
ao salário-maternidade na condição de segurada empregada ou trabalhadora avulsa com
base na remuneração integral e, quanto ao benefício como segurada contribuinte individual,
deverá ser observado:
I - que, se contribuiu há mais de dez meses na condição de contribuinte individual, terá
direito ao benefício, cujo valor corresponderá a um doze avos da soma dos últimos salários-
de-contribuição, apurados em um período não-superior a quinze meses, conforme o disposto
no inciso III do art. 73 da Lei nº 8.213, de 1991, podendo, inclusive, ser inferior ao salário-
mínimo;
II - que, se verteu contribuições em período inferior à carência exigida de dez contribuições,
não fará jus ao benefício na condição de segurada contribuinte individual.
§ 5º Se, após a extinção do vínculo empregatício, a segurada tiver se filiado como segurada
contribuinte individual ou facultativa e, nessas condições, contribuir há menos de dez meses,
deverá:
I considerar as contribuições como empregada, às quais se somarão as de contribuinte
individual ou facultativo e, se completar a carência exigida, fará jus ao benefício, observado
o disposto abaixo:
a) o salário-de-benefício consistirá em um doze avos da soma dos últimos salários-de-
contribuição, apurados em um período não-superior a quinze meses, conforme o disposto no
inciso III do art. 73 da Lei nº 8.213, de 1991;
b) no cálculo, deverão ser incluídas as contribuições vertidas na condição de segurada
empregada, limitado ao teto máximo de contribuição, no extinto vínculo;
c) na hipótese de a segurada contar com menos de dez contribuições, no período de quinze
meses, a soma dos salários-de-contribuição apurado será dividido por doze;
d) se o valor apurado for inferior ao salário-mínimo, o benefício será concedido com o valor
mínimo;
II - se, mesmo considerando a filiação do extinto vínculo, não satisfizer o período de carência
exigido, não fará jus ao benefício;
§ 6º Mediante pedido de revisão, os eventuais resíduos decorrentes de aumentos salariais,
dissídios coletivos, entre outros, deverão ser pagos pelo INSS, conforme o disposto no § 1º
do art. 248 desta Instrução, observando que:
I - se o aumento ocorreu desde a DIB, será efetuada revisão do benefício;
II - se o aumento ocorreu após a DIB do benefício, deverá ser efetuada a alteração por meio
de:
a) Atualização Especial (AE), se o benefício estiver ativo;

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b) Pagamento Alternativo de Benefício (PAB) de resíduo, se o benefício estiver cessado,


observando-se quanto à contribuição previdenciária, calculada automaticamente pelo
sistema próprio, respeitado o limite máximo de contribuição.
§ 7º Nas situações em que a segurada estiver em gozo de auxíliodoença e requerer o
salário-maternidade, o valor do salário-maternidade corresponderá:
I - para a segurada empregada com remuneração fixa, ao valor da remuneração que estaria
recebendo, como se em atividade estivesse;
II - para a segurada empregada com remuneração variável, à média aritmética simples das
seis últimas remunerações recebidas da empresa, anteriores ao auxílio-doença,
devidamente corrigidas;
III - para a segurada contribuinte individual, à média dos doze últimos salários-de-
contribuição apurados em período não-superior a quinze meses, incluídos, se for o caso, o
valor do SB do auxíliodoença, reajustado nas mesmas épocas e bases dos benefício pagos
pela Previdência Social.
§ 8º Nas situações previstas nos incisos I e II do parágrafo anterior, se houve reajuste
salarial da categoria, após o afastamento do trabalho que resultou no auxílio-doença, caberá
à segurada comprovar o novo valor da parcela fixa da respectiva remuneração ou o índice
de reajuste, que deverá ser aplicado unicamente sobre a parcela fixa.
Seção IV
Do Reajustamento do Valor do Benefício
Art. 90. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados de acordo com suas
respectivas datas de início, com base na variação integral do índice definido em lei para
essa finalidade, desde a data de concessão do benefício ou do seu último to.
§ 1º No caso de benefício precedido, para fins de reajuste, deverá ser considerada a Data
de Início do Benefício anterior.
§ 2º Nenhum benefício reajustado terá a renda mensal superior ao limite máximo do salário-
de-contribuição, respeitado o direito adquirido, nem inferior ao valor do salário mínimo, com
exceção do auxílio-acidente, auxílio-suplementar, abono de permanência em serviço e do
salário-família.
§ 3º Quando, no cálculo do salário-de-beneficio, a média aritmética apurada for superior ao
limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença
percentual entre a média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício
juntamente com o primeiro reajuste após a concessão, observando o § 3º do art. 21 da Lei
nº 8.880, de 1994, e o § 2º deste artigo.
§ 4º A partir de 1º de junho de 1997, para os benefícios que tenham sofrido majoração
devido à elevação do salário-mínimo, o referido aumento deverá ser descontado quando da
aplicação do índice de reajustamento estipulado para a data base, de acordo com as normas
baixadas pelo MPAS.
§ 5º Os benefícios devem ser pagos do primeiro ao décimo dia útil do mês seguinte ao de
sua competência, não podendo haver antecipação dos pagamentos.
Seção V
Dos Benefícios
Subseção I
Da Aposentadoria por Invalidez
Art. 91. Observado o disposto no art. 44 do RPS, a concessão da aposentadoria por
invalidez, inclusive decorrente de transformação de auxílio-doença, está condicionada ao
afastamento de todas as atividades, devendo a DIB ser fixada segundo a data do último
afastamento.
Art. 92. A partir de 5 de abril de 1991, o aposentado por invalidez, que necessitar da
assistência permanente de outra pessoa terá direito ao acréscimo de vinte e cinco por cento
sobre o valor da renda mensal de seu benefício, a partir da data do pedido do acréscimo,

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SAÚDE OCUPACIONAL

ainda que a soma ultrapasse o limite máximo do salário-de-contribuição, observado as


situações previstas no Anexo I do RPS.
Art. 93. O período de percepção da Mensalidade de Recuperação será considerado como
tempo de contribuição, desde que intercalado com períodos de atividade, uma vez que
durante este período o segurado mantém sua condição de aposentado por invalidez.
Art. 94. Durante o período de percepção da mensalidade de recuperação, embora o
segurado continue na condição de aposentado, será permitida a volta ao trabalho sem
prejuízo do pagamento da referida mensalidade, exceto durante o período previsto na alínea
"a" do inciso I do art. 49 do RPS.
§ 1º Durante o período de percepção da Mensalidade de Recuperação integral, não caberá
concessão de novo benefício.
§ 2º Durante o período de percepção da Mensalidade de Recuperação reduzida, poderá ser
concedido novo benefício, devendo-se observar que a aposentadoria será:
I - restabelecida em seu valor integral, se a perícia médica concluir pela existência de
invalidez até o término da Mensalidade de Recuperação;
II - cessada, se o segurado requerer e tiver sido concedido novo benefício durante o período
de recebimento da Mensalidade de Recuperação reduzida, sendo facultado ao segurado
optar, em caráter irrevogável, entre o benefício e a renda de recuperação.
§ 3º Por ocasião do requerimento de outro benefício, se o período de manutenção da
Mensalidade de Recuperação integrar o PBC, deverá ser observado o disposto no art. 64
desta Instrução.
Art. 95. Não caberá reavaliação médico-pericial do segurado após o cancelamento de sua
aposentadoria por invalidez, em razão do retorno voluntário à atividade.
Parágrafo único. Os valores recebidos indevidamente pelo segurado aposentado por
invalidez que retornar à atividade voluntariamente deverão ser devolvidos, conforme § 2º do
art. 154 e 365 do RPS.
Art. 96. A perícia médica do INSS deverá, na forma estabelecida no art. 71 da Lei nº 8.212,
de 1991, e no art. 46 do RPS, rever o benefício de aposentadoria por invalidez, inclusive o
decorrente de acidente do trabalho, a cada dois anos, contados da data de seu início, para
avaliar a persistência, atenuação ou o agravamento da incapacidade para o trabalho
alegada como causa de sua concessão.
§ 1º Constatada a capacidade para o trabalho, o segurado deverá ser notificado, por escrito,
para, se não concordar com a decisão, apresentar defesa, provas ou documentos que
dispuser, no prazo de trinta dias.
§ 2º Não apresentada a defesa no prazo estipulado ou se apresentada e considerada
insuficiente para alterar a decisão da cessação do benefício com base no laudo da perícia
médica, o INSS deverá cessar o benefício na forma do artigo 49 da RPS, cientificar o
segurado por escrito informando de que poderá interpor recurso à Junta de Recursos da
Previdência Social no prazo de 15 quinze dias.
§ 3º Caso o segurado não apresente recurso dentro do prazo previsto no § 2º,seu benefício
deverá ser cessado.
§ 4º No caso de aposentadoria por invalidez decorrente de ação judicial, também deverá ser
revista a cada dois anos e procedido conforme o § 1º deste artigo. Não apresentada a
defesa no prazo estipulado ou se apresentada e considerada insuficiente para alterar a
decisão da cessação do benefício com base no laudo da perícia médica, a Chefia da APS
deverá encaminhar o processo por meio da Divisão de Benefício para a Procuradoria/Seção
do Contencioso Judicial.
Subseção II
Da Aposentadoria por Idade
Art. 97. A comprovação da idade do segurado será feita por um dos seguintes documentos:
I - certidão de registro civil de nascimento ou de casamento que mencione a data do
nascimento;

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SAÚDE OCUPACIONAL

II - pelo título declaratório de nacionalidade brasileira, se segurado naturalizado, certificado


de reservista, título de eleitor e carteira ou cédula de identidade policial;
III - qualquer outro documento que, emitido com base no registro civil de nascimento ou
casamento, não deixe dúvida quanto à sua validade para essa prova.
§ 1º A prova de idade dos segurados estrangeiros será feita por certidão de nascimento,
certidão de casamento, passaporte, certificado ou guia de inscrição consular ou certidão de
desembarque, devidamente autenticados, ou, ainda, pela carteira de identidade de
estrangeiro tirada na época do desembarque.
§ 2º Os documentos expedidos em idioma estrangeiro devem ser acompanhados da
respectiva tradução, efetuada por tradutor público juramentado.
§ 3º As certidões de nascimento, devidamente expedidas por órgão competente e dentro dos
requisitos legais, não poderão ser questionadas, sendo documentos dotados de fé pública,
cabendo ao INSS, de acordo com o contido no art. 348 do Código Civil, vindicar estado
contrário ao que resulta do registro de nascimento, se comprovada a existência de erro ou
falsidade do registro.
Art. 98. Para os empregados de empresas públicas ou sociedade de economia mista,
anistiados pela Lei nº 8.878, de 1994, a contar de 11 de maio de 1994, vigência da referida
Lei, a DIB será fixada na DER, junto ao órgão de sua vinculação, desde que tenham
implementado os requisitos necessários à concessão do benefício.
Parágrafo único. Caso não haja manifestação por parte do segurado, a DIB da
aposentadoria será fixada de acordo com a legislação vigente na data da implementação
das condições.
Art. 99. Quando da transformação de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença em
aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 55 do RPS, a DIB será, nesses casos,
fixada no primeiro dia do mês seguinte ao da DER, devendo o fato ser comunicado à perícia
médica.
Art. 100. Tratando-se de segurado empregado, após a concessão da aposentadoria por
idade, o INSS cientificará o respectivo empregador sobre a DIB.
Subseção III
Da Aposentadoria por Tempo de Contribuição
Art. 101. Considera-se tempo de contribuição o lapso de tempo transcorrido, de data a data,
desde a admissão na empresa ou o início de atividade vinculada à Previdência Social
Urbana e Rural, ainda que anterior à sua instituição, até a dispensa ou o afastamento da
atividade, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão do
contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade.
Art. 102. Os segurados inscritos no RGPS até 16 de dezembro de 1998, data da publicação
da Emenda Constitucional (EC) nº 20, inclusive os oriundos de outro regime de Previdência
Social, desde que cumprida a carência exigida, terão direito à aposentadoria por tempo de
contribuição nas seguintes situações:
I - aposentadoria por tempo de contribuição, conforme o caso, com renda mensal no valor de
cem por cento do salário-de-benefício, desde que cumpridos:
a) 35 anos de contribuição, se homem;
b) 30 anos de contribuição, se mulher;
II - aposentadoria por tempo de contribuição com renda mensal proporcional, desde que
cumpridos os seguintes requisitos, cumulativamente:
a) idade: 53 anos para o homem; 48 anos para a mulher;
b) tempo de contribuição: 30 anos, se homem, e 25 anos de contribuição, se mulher;
c) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, em
16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o tempo de contribuição estabelecido na alínea
"b".

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 103. Os segurados inscritos no RGPS a partir de 17 dezembro de 1998, inclusive os


oriundos de outro regime de Previdência Social, desde que cumprida a carência exigida,
terão direito à aposentadoria por tempo de contribuição desde que comprovem:
a) 35 anos de contribuição, se homem;
b) 30 anos de contribuição, se mulher.
Art. 104. Ressalvado o direito adquirido, o segurado filiado ao RGPS até 16 de dezembro de
1998 que perdeu essa qualidade e que venha a se filiar novamente ao RGPS a partir 17
dezembro de 1998 terá direito a aposentadoria nos moldes estabelecidos no inciso I do art.
102 desta Instrução.
Art. 105. Até que Lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de
contribuição, entre outros, observado o disposto no art. 19 e 60 do RPS:
I - o de serviço militar obrigatório, o voluntário e o alternativo, que serão certificados na
forma da lei, por autoridade competente, desde que não tenham sido computados para
inatividade remunerada nas Forças Armadas ou para aposentadoria no serviço público,
considerado:
a) obrigatório, aquele prestado pelos incorporados em or ganizações da ativa das Forças
Armadas ou matriculados em órgãos de formação de reserva;
b) alternativo (também obrigatório), aquele considerado como o exercício de atividade de
caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, em substituição às
atividades de caráter essencialmente militares, prestado em organizações militares da ativa
ou em órgãos de formação de reserva das Forças Armadas ou em órgãos subordinados aos
ministérios civis, mediante convênios entre tais ministérios e o Ministério da Defesa;
c) voluntário, aquele prestado pelos incorporados voluntariamente e pelos militares, após o
período inicial, em organizações da ativa das Forças Armadas ou matriculados em órgãos de
formação de reserva ou, ainda, em academias ou escolas de formação militar;
II - o de exercício de mandato classista da Justiça do Trabalho e o magistrado da Justiça
Eleitoral junto a órgão de deliberação coletiva, desde que, nessa qualidade, haja
contribuição, nos termos do art. 118 desta Instrução:
a) para a Previdência Social, decorrente de vinculação ao RGPS antes da investidura no
mandato;
b) para o Regime Próprio de Previdência Social, decorrente de vinculação a esse regime
antes da investidura no mandato;
III - o de serviço público federal exercido anteriormente à opção pelo regime da CLT;
IV o período de benefício por incapacidade percebido entre períodos de atividade, ou seja,
entre o afastamento e a volta ao trabalho, no mesmo ou em outro emprego ou atividade,
sendo que as contribuições recolhidas para manutenção da qualidade de segurado, como
contribuinte em dobro, até outubro de 1991, ou como facultativo, a partir de novembro de
1991, devem suprir a volta ao trabalho para fins de caracterização de tempo intercalado,
observado o disposto no art. 56 desta Instrução;
V - o de tempo de serviço prestado à Justiça dos estados, às serventias extrajudiciais e às
escrivanias judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelos cofres públicos e que
a atividade não estivesse, à época, vinculada a Regime Próprio de Previdência, estando,
assim, abrangidos:
a) os servidores de Justiça dos estados, não remunerados pelos cofres públicos, que não
estavam filiados a Regime Próprio de Previdência Social;
b) aquele contratado pelos titulares das Serventias de Justiça, sob o regime da CLT, para
funções de natureza técnica ou especializada ou, ainda, qualquer pessoa que preste
serviços sob a dependência dos titulares, mediante salário e sem qualquer relação de
emprego com o Estado;
c) os servidores que, na data da vigência da Lei nº 3.807, de 1960 (LOPS), já estivessem
filiados ao RGPS, por força da legislação anterior, tendo assegurado o direito de continuar
filiados à Previdência Social Urbana;

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SAÚDE OCUPACIONAL

VI - o em que o servidor ou empregado de fundação, empresa pública, sociedade de


economia mista e respectivas subsidiárias, filiado ao RGPS, tenha sido colocado à
disposição da Presidência da República;
VII - o de atividade como ministro de confissão religiosa, membro de instituto de vida
consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, nas seguintes situações:
a) até 8 de outubro de 1979, se indenizado como segurado facultativo;
b) a partir de 9 de outubro de 1979, como segurado equiparado a autônomo, exceto os que
já estavam filiados à Previdência Social ou a outro regime previdenciário;
c)- a partir de 29 de outubro de 1999, como contribuinte individual.
VIII - o de detentor de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que
não vinculado a qualquer Regime Próprio de Previdência Social, por força da Lei nº 9.506,
de 31 de outubro de 1997, ainda que aposentado, sendo as contribuições previdenciárias
exigíveis a partir da competência:
a) fevereiro de 1998, para o detentor de mandato eletivo estadual ou municipal;
b) fevereiro de 1999, para o detentor de mandato eletivo federal;
IX - as contribuições recolhidas em época própria como contribuinte em dobro ou facultativo:
a) pelo detentor de mandato eletivo estadual, municipal ou distrital até janeiro de 1998,
observado o disposto no § 3º deste artigo;
b) pelo detentor de mandato eletivo federal até janeiro de 1999;
X - o de atividade como pescador autônomo, inscrito na Previdência Social Urbana até 5 de
dezembro de 1972 ou inscrito, por opção, a contar de 2 de setembro de 1985, com base na
Lei nº 7.356;
XI - o de atividade como garimpeiro autônomo, inscrito na Previdência Social Urbana até 12
de janeiro de 1975, bem como o período posterior a essa data em que o garimpeiro
continuou a recolher nessa condição;
XII - o de atividade anterior à filiação obrigatória, desde que devidamente comprovada e
indenizado na forma do art. 122 do RPS;
XIII - o de atividade do bolsista e o do estagiário que prestem serviços à empresa em
desacordo com a Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977;
XIV - o de atividade do estagiário de advocacia ou o do solicitador, desde que inscritos na
OAB como tal e que comprovem recolhimento das contribuições;
XV - o de atividade do médico residente, nas seguintes condições:
a) anterior a 7 de julho de 1981, se indenizado na forma do art. 122 do RPS;
b) a partir de 7 de julho de 1981, na categoria de contribuinte individual, ex-autônomo, desde
que haja contribuição;
XVI - o das contribuições vertidas, em época própria, na condição de segurado facultativo,
por servidor público, no período de 24 de julho de 1991 a 5 de março de 1997, véspera da
vigência do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 2.172.
§ 1º A contagem de tempo de serviço dos titulares de serviços notariais e de registros, ou
seja, a dos tabeliães ou notários e oficiais de registros ou registradores sem regime próprio
de Previdência, dependerá do recolhimento das contribuições ou indenizações nas
seguintes condições:
I - até 24 de julho de1991, como segurado empregador;
II - a partir de 25 de julho de 1991, como segurado autônomo, denominado contribuinte
individual a partir de 29 de novembro 1999.
§ 2º No caso dos escreventes e dos auxiliares contratados por titulares de serviços notariais
e de registros, quando não sujeitos ao Regime Próprio de Previdência Social, o cômputo do
tempo de serviço far-se-á, desde que comprovado o exercício da atividade nessa condição.
§ 3º Na ausência de recolhimentos como contribuinte em dobro ou facultativo em épocas
próprias para os períodos citados no inciso X deste artigo, as contribuições poderão ser
efetuadas na forma de indenização estabelecida no artigo 122 do RPS.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 4º Na concessão de aposentadoria por tempo de contribuição ou qualquer outro benefício


do RGPS, sempre que for utilizado tempo de serviço ou contribuição decorrente de ação
trabalhista transitada em julgado, ainda que tenha havido recolhimento de contribuições, o
processo deverá ser encaminhado para análise da Chefia de Benefícios da APS, devendo
ser observado se:
I - foi apresentado início de prova material;
II - o INSS manifestou-se no processo judicial acerca do início de prova material, atendendo-
se ao contraditório;
§ 5º Constatada a inexistência de documentos contemporâneos que possibilitem a
comprovação dos fatos alegados, o período não deverá ser computado.
§ 6º Nas situações em que a documentação juntada ao processo judicial permitam o
reconhecimento do período pleiteado, caberá o cômputo desse período.
§ 7º Nos casos previstos no § 5º deste artigo, se constatado que o INSS manifestou-se no
processo judicial acerca da prova material, a Chefia de Benefícios deverá emitir um relatório
fundamentado e enviar o processo à Procuradoria local para análise, ficando pendente a
decisão em relação ao cômputo do período.
§ 8º Após concedido o benefício, se não houve recolhimento de contribuições, o processo
deverá ser encaminhado ao Setor de Arrecadação para as providências a seu cargo.
§ 9º Para fins do disposto no inciso VIII art. 60 do RPS, entendese como certificado o tempo
de serviço, quando a certidão tiver sido requerida:
I - até 15 de dezembro de 1962, se a admissão no novo emprego, após a exoneração do
serviço público, for anterior a 15 de dezembro de 1960;
II - até dois anos a contar da admissão no novo emprego, se esta tiver ocorrido em data
posterior a 15 de dezembro de 1960, não podendo o requerimento ultrapassar a data de 30
de setembro de 1975.
Art. 106. Será computado como tempo de contribuição até 16 de dezembro de 1998, para os
segurados que tenham implementado até esta data todas as condições necessárias para
concessão de qualquer benefício previdenciário, entre outros:
I - os períodos de freqüência às aulas dos aprendizes matriculados em escolas profissionais
mantidas por empresas ferroviárias;
II o tempo de aprendizado profissional realizado como aluno aprendiz, em escolas técnicas
com base no Decreto-Lei nº 4.073/1942, Lei Orgânica do Ensino Industrial a saber:
a) período de freqüência em escolas técnicas ou industriais mantidas por empresas de
iniciativa privada, desde que reconhecidas e dirigidas a seus empregados aprendizes, bem
como o realizado com base no Decreto nº 31.546, de 6 de fevereiro de 1952, em curso do
Serviço Nacional da Indústria (SENAI) ou Serviço Nacional do Comércio (SENAC), ou
instituições por eles reconhecidas, para formação profissional metódica de ofício ou
ocupação do trabalhador menor;
b) período de freqüência em cursos de aprendizagem ministrados pelos empregadores a
seus empregados, em escolas próprias para essa finalidade ou em qualquer
estabelecimento de ensino industrial; e
c) períodos de freqüência em escolas industriais ou técnicas da rede federal de ensino, bem
como em escolas equiparadas (colégio ou escola agrícola) ou reconhecidas com base na Lei
nº 6.226, de 1975, alterada pela Lei nº 6.864, de 1980, e Decreto nº 85.850, de 1981
(contagem recíproca), desde que tenha havido retribuição pecuniária à conta do Orçamento
da União, ainda que fornecida de maneira indireta ao aluno.
§ 1º Para os segurados que implementaram todos os requisitos necessários à concessão do
benefício em data anterior ao Decreto nº 611/92, aplica-se o entendimento constante do
Parecer/MPAS/CJ nº 24/82, podendo ser computado o período de frequência escolar
compreendido entre 30/01/42 a 15/02/59, vigência da Lei Orgânica do Ensino Industrial.
§ 2º Para os segurados que implementaram todos os requisitos necessários à concessão do
benefício durante a vigência dos Decretos nº 611/92 e nº 2.172/97, poderá ser computado

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período de aprendizado profissional realizado em escolas técnicas na condição de aluno


aprendiz compreendido entre 30/01/42 a 15/02/59 e, desde que comprovada a remuneração
e o vínculo empregatício, o período de aprendizagem desempenhado em qualquer época,
conforme Parecer/MPAS/CJ nº 2893/2002 , que revogou o Parecer/MPAS/CJ nº 1.263/98
§ 3º Para fins do parágrafo anterior, considerar-se-á como vínculo e remuneração a
comprovação de freqüência e os valores recebidos a título de alimentação, fardamento,
material escolar e parcela de renda auferida com a execução de encomendas para terceiros,
entre outros.
§ 4º Para os segurados que implementaram todos os requisitos necessários à concessão do
benefício em período posterior ao advento do Decreto nº 3.048/99 não se admite a
contagem como tempo de serviço do período de aluno aprendiz.
III - o tempo de serviço marítimo convertido na razão de duzentos e cinqüenta e cinco dias
de embarque para trezentos e sessenta dias de atividade comum, contados da data de
embarque à de desembarque, em navios mercantes nacionais, observando-se que:
a) o tempo de serviço em terra será computado como tempo comum;
b) não se aplica a conversão para período de atividade exercido em navegação de travessia,
assim entendida a realizada como ligação entre dois portos de margem de rios, lagos, baias,
angras, lagoas e enseadas ou ligação entre ilhas e essas margens;
c) o termo navio aplica-se a toda construção náutica destinada à navegação de longo curso,
de grande ou pequena cabotagem, apropriada ao transporte marítimo ou fluvial de carga ou
passageiro.
Art. 107. A partir de 7 de maio de 1999, o anistiado que, em virtude de motivação
exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, institucional ou complementar, ou
abrangido pelo Decreto Legislativo nº 18, de 15 de dezembro de 1961, pelo Decreto-Lei nº
864, de 12 de setembro de 1969, ou que, em virtude de pressões ostensivas ou expedientes
oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada
no período de 18 de setembro de 1946 a 4 de outubro de 1988 terá direito aos benefícios do
RGPS, sendo computado seu tempo de contribuição na forma estabelecida no inciso VII do
art. 60 do RPS, ressalvado o disposto no § 5º do mesmo artigo.
Art. 108. Não serão computados como tempo de contribuição os períodos:
I - correspondentes ao emprego ou à atividade não vinculada ao RGPS;
II em que o segurado era amparado por regime próprio de Previdência, exceto se certificado
por CTC;
III que tenham sido considerados para a concessão de outra aposentadoria pelo RGPS ou
qualquer outro Regime de Previdência Social;
IV em que o segurado recebeu benefício por incapacidade, ressalvadas as hipóteses de
volta à atividade ou ao recolhimento de contribuições como facultativo, observado o disposto
no inciso IX do art. 60 do RPS;
V exercidos com menos de 16 anos, observado o disposto no art. 25 desta Instrução e
parágrafo único deste artigo, salvo as exceções previstas em lei;
VI - de contagem em dobro das licenças prêmio não-gozadas do servidor público optante
pelo regime da CLT e os de servidor de instituição federal de ensino, na forma prevista no
Decreto nº 94.664, de 1987;
VII - do bolsista e do estagiário que prestam serviços à empresa, de acordo com a Lei nº
6.494, de 1977, exceto se houve recolhimento à época na condição de facultativo;
VIII - exercidos a título de colaboração por monitores ou alfabetizadores recrutados pelas
comissões municipais da Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), para
desempenho de atividade de caráter não econômico e eventual, por não acarretar qualquer
ônus de natureza trabalhista ou previdenciária, conforme estabelecido no Decreto nº 74.562,
de 16 de dezembro de 1974, ainda que objeto de CTC;
IX - de aprendizado profissional prestado nas escolas técnicas, com base no Decreto-Lei nº
4.073, de 1942, bem como nas escolas profissionais mantidas por empresas ferroviárias,

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ressalvado o direito adquirido até 16 de dezembro de 1998, nos termos dos incisos I e II do
art. 106 desta Instrução;
X - como empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista que esteve
afastado de 16 de março de 1990 a 30 de setembro de 1992, beneficiado pela Lei nº 8.878,
de 1994, em decorrência de exoneração, dispensa ou demissão, observado o disposto no
inciso II do art. 3º desta Instrução.
Parágrafo único. Se comprovado na forma estabelecida nos arts. 389 a 391, mediante
documento contemporâneo, em nome do próprio segurado, o exercício de atividade com
idade inferior à legalmente permitida, caberá a contagem do tempo, devendo tal
irregularidade, necessariamente, ser comunicada à área de arrecadação e ao órgão local da
Delegacia Regional do Trabalho, juntando-se ao processo cópia das referidas
comunicações, observado o disposto no art. 25 desta Instrução.
Art. 109. No caso de omissão ou de rasura de registro na Carteira Profissional ou na Carteira
de Trabalho e Previdência Social, quanto ao início ou ao fim do período de trabalho, para os
fins previstos nos arts. 389 a 391, as anotações referentes a férias e a imposto sindical
serão consideradas para a contagem do ano a que se referirem, observados, contudo, os
registros de admissão e de saída nos empregos anteriores ou posteriores, conforme o caso.
§ 1º Para os casos em que a data da emissão da CP ou da CTPS for anterior à data fim do
contrato de trabalho, o vínculo relativo a este período poderá ser computado de plano, sem
necessidade de quaisquer providências, salvo existência de dúvida fundada.
§ 2º Quando ocorrer contrato de trabalho, cuja data fim seja anterior à data da emissão da
CP ou da CTPS, deverá ser exigida prévia comprovação da relação de trabalho, por ficha de
registro de empregado, registros contábeis da empresa ou quaisquer documentos que levem
à convicção do fato a se comprovar.
§ 3º Poderão ser incluídos os vínculos, remunerações ou contribuições por meio dos
Sistemas de Benefícios para fins de reconhecimento do direito ao benefício requerido, desde
que a data de início do vínculo ou da remuneração ou da contribuição estejam dentro dos
120 dias anteriores a data do dia da inclusão, devido ao prazo para atualização das
informações no CNIS;
§ 4º Poderá ser alterada, para fins de reconhecimento do direito ao benefício requerido, a
data fim do vínculo, e da remuneração ou da contribuição por meio dos Sistemas de
Benefícios desde que a data fim que esta sendo alterada esteja dentro dos 120 dias
anteriores a data do dia da alteração, devido ao prazo para atualização das informações no
CNIS.
Art. 110. Em se tratando de segurado trabalhador avulso, a comprovação do tempo de
contribuição, para os fins previstos nos arts. 389 a 391, far-se-á por meio de:
I - certificado do sindicato ou do órgão gestor de mão-de-obra competente;
II documentos contemporâneos em que constem a duração do trabalho e a condição em que
foi prestado, referentes ao período certificado;
III - relação de salários-de-contribuição para cálculo do saláriode-benefício.
§ 1º Na impossibilidade de apresentação da documentação a que se refere o inciso II,
deverá ser emitida Solicitação de Pesquisa Externa.
§ 2º Será contado apenas o período em que, efetivamente, o segurado trabalhador avulso
tenha exercido atividade, computando-se como mês integral aquele que constar de
documentação contemporânea ou comprovado por diligência prévia, excluídos aqueles em
que, embora o segurado estivesse à disposição do sindicato, não tenha havido exercício de
atividade.
Art. 111. A comprovação do exercício de atividade na condição de auxiliar local far-se-á por
Declaração de Tempo de Contribuição emitida pelo órgão contratante, conforme ANEXO IX.
Parágrafo único. O campo "início das contribuições" da declaração somente será preenchido
quando a data de admissão do auxiliar local for diferente da do início da contribuição, em
decorrência de recolhimento anterior.

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Art. 112. A comprovação do tempo de serviço do servidor da União, dos estados, do Distrito
Federal ou dos municípios, inclusive suas autarquias e fundações, ocupante,
exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, a
partir de 16 de dezembro de 1998, dar-se-á pela apresentação de declaração, fornecida pelo
órgão ou entidade, conforme ANEXO VIII.
Art. 113. A comprovação do exercício de atividade do segurado contribuinte individual,
observado o disposto nos arts. 389 a 391, conforme o caso, far-se-á:
I - para os sócios nas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria, para os sócios-
gerentes e para o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho na
sociedade por cota de responsabilidade limitada, mediante apresentação de contratos
sociais, alterações contratuais ou documento equivalente emitido por órgãos oficiais, tais
como junta comercial, secretaria municipal, estadual ou federal da Fazenda, ou, na falta
desses documentos, certidões de breve relato que comprovem a condição do requerente na
empresa, bem como, quando for o caso, os respectivos distratos, devidamente registrados,
ou certidão de baixa do cartório de registro público do comércio ou da junta comercial, na
hipótese de extinção da firma, acompanhados dos respectivos comprovantes de
recolhimento das contribuições;
II - para o diretor não-empregado e o membro do conselho de administração na sociedade
anônima, mediante apresentação de atas da assembléia geral da constituição de sociedades
anônimas e nomeação da diretoria e conselhos, publicadas no Diário Oficial da União (DOU)
ou em diário oficial do estado em que a sociedade tiver sede, bem como da alteração ou
liquidação da sociedade, acompanhados dos respectivos comprovantes de recolhimento das
contribuições;
III - para o titular de firma individual, mediante apresentação de registro de firma e baixa,
quando for o caso, e comprovantes de recolhimento de contribuições;
IV - para o autônomo, mediante inscrição e comprovantes de recolhimento de contribuições;
V - para o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade
de qualquer natureza ou finalidade, bem como para o síndico ou administrador eleito para
exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração, mediante
apresentação de estatuto e ata de eleição ou nomeação no período de vigência dos cargos
da diretoria, registrada em cartório de títulos e documentos.
Parágrafo único. Para fins de cômputo do período de atividade do contribuinte individual,
enquanto titular de firma individual ou coletiva, devem ser observadas as datas em que foi
lavrado o contrato ou a data de início de atividade prevista em cláusulas do contrato.
Art. 114. Os períodos de contribuição em dobro e como facultativo serão comprovados:
I - se contribuinte em dobro até outubro de 1991, mediante prova de vínculo ou atividade
anterior, inscrição junto à Previdência Social e comprovantes de recolhimento de
contribuição;
II - se facultativo, mediante inscrição junto à Previdência Social e comprovantes de
recolhimento das contribuições.
Parágrafo único. Para o segurado facultativo, a partir de 01 de julho de 1994, a comprovação
dar-se-á por meio do sistema próprio da previdência social, por meio do CNIS.
Art. 115. A comprovação dos períodos de atividade no serviço público federal, estadual,
distrital ou municipal, para fins de contagem de tempo de contribuição no RGPS, será feita
mediante a apresentação de certidão na forma da Lei nº 6.226, de 1975, com as alterações
da Lei nº 6.864, de 1980, e da Lei nº 8.213, de 1991, observado o disposto no art. 130 do
RPS e 332 desta Instrução.
Art. 116. A comprovação do período de freqüência em curso, por aluno aprendiz, a que se
referem os incisos I e II do art. 106 desta Instrução, será efetuada por certidão escolar, da
qual conste que o estabelecimento freqüentado era reconhecido e mantido por empresa de
iniciativa privada ou que o curso foi efetivado sob seu patrocínio ou, ainda, que o curso de

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aprendizagem nos estabelecimentos oficiais ou em outros congêneres foi ministrado


mediante entendimentos com as entidades interessadas.
Art. 117. Para comprovação de período de atividade ou período de contribuição do segurado
empregado doméstico será necessária a apresentação de registro contemporâneo com
anotações regulares em CP ou em CTPS e comprovação de recolhimento em época própria,
pelo menos da primeira contribuição, observado o disposto nos arts. 48, 49 e 389 a 391
desta Instrução.
§ 1º Quando o segurado empregado doméstico desejar comprovar o exercício da atividade e
não apresentar comprovante dos recolhimentos, mas apenas a CP ou a CTPS, devidamente
assinada, será verificado o efetivo exercício de atividade.
§ 2º Na inexistência de registro na CP ou na CTPS e se os documentos apresentados forem
insuficientes para comprovar o exercício da atividade de segurado empregado doméstico no
período pretendido, porém constituírem início de prova material, poderá ser providenciada
Justificação Administrativa.
§ 3º Será tomada declaração do empregador doméstico, além de outras medidas legais,
quando ocorrer contrato de trabalho de empregado doméstico que ensejar dúvidas em que
forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
I - rasuras nas datas de admissão ou demissão de contrato de trabalho;
II contrato de trabalho doméstico, entre ou após contrato de trabalho em outras profissões,
cujas funções sejam totalmente discrepantes;
III - contrato onde se perceba que a intenção foi apenas para garantir a qualidade de
segurado, inclusive para percepção de salário maternidade;
IV - contrato em que não se pode atestar a contemporaneidade das datas de admissão ou
demissão.
Art. 118. Os magistrados classistas temporários da Justiça do Trabalho nomeados na forma
inciso II do § 1º do art. 111, na do inciso III do art. 115 e na do parágrafo único do art. 116, da
CF, com redação anterior à EC nº 24, de 9 de dezembro de 1999, e os magistrados da
Justiça Eleitoral nomeados na forma do inciso II do art. 119 e na do inciso III do art. 120, da
CF, serão aposentados a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº
1.523, de 13 de outubro de 1996, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, de acordo com as
normas estabelecidas pela legislação do regime previdenciário a que estavam submetidos,
antes da investidura, mantida a referida vinculação previdenciária durante o exercício do
mandato.
§ 1º Caso o segurado possua os requisitos mínimos para concessão de uma aposentadoria
no RGPS, o mandato de juiz classista e o de magistrado da Justiça Eleitoral, exercidos a
partir de 14 de outubro de 1996, serão considerados, para fins de tempo de contribuição,
como segurados obrigatórios, na categoria correspondente àquela em que estavam
vinculados antes da investidura na magistratura, observado que permanece o entendimento
de que:
I - a partir da EC nº 24, publicada em 10 de dezembro de 1999, que alterou os arts. 111, 112,
113, 115 e 116 da CF, foi extinta a figura do juiz classista da Justiça do Trabalho;
II - a partir de 10 de dezembro de 1999, não existe mais nomeação para juiz classista junto à
Justiça do Trabalho, ficando resguardado o cumprimento dos mandatos em vigor e do tempo
exercido até a extinção do mandato, mesmo sendo posterior à data da referida emenda.
§ 2º O aposentado de qualquer regime previdenciário que exercer magistratura nos termos
do caput deste artigo vincula-se, obrigatoriamente, ao RGPS, devendo contribuir a partir de
14 de outubro de 1996, observados os incisos I e II do § 1º deste artigo, na condição de
contribuinte individual.
§ 3º Para a comprovação da atividade de juiz classista e de magistrado da Justiça Eleitoral,
será obrigatória a apresentação de CTC, nos termos da Lei da contagem recíproca, e, para
o seu cômputo, deverá ser observado o disposto no inciso IV do art. 53 e art. 78 desta
Instrução e no parágrafo único do art. 94 e art. 96, ambos da Lei nº 8.213, de 1991.

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Art. 119. O professor, inclusive o universitário, que não implementou as condições para
aposentadoria por tempo de serviço de professor, até 16 de dezembro de 1998, poderá ter
contado o tempo de atividade de magistério exercido até a data constante deste artigo, com
acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, se optar por
aposentadoria por tempo de contribuição, independentemente de idade e do período
adicional referido na alínea "c" do inciso II do art. 102 desta Instrução, desde que cumpridos
trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos, se mulher, exclusivamente em
funções de magistério.
Art. 120. A partir da EC nº 18, de 30 de junho de 1981, fica vedada a conversão do tempo de
exercício de magistério para qualquer espécie de benefício, exceto se o segurado
implementou todas as condições até 29 de junho de 1981.
Art. 121. A aposentadoria por tempo de contribuição do professor será devida ao segurado,
sem limite de idade, após completar trinta anos de contribuição, se homem, ou vinte e cinco
anos de contribuição, se mulher, nas seguintes situações:
I - em caso de direito adquirido até 5 de março de 1997, poderão ser computados os
períodos:
a) de atividades exercidas pelo professor em estabelecimento de ensino de 1º e 2º graus ou
de ensino superior, bem como em cursos de formação profissional, autorizados ou
reconhecidos pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal, estadual, do Distrito
Federal ou municipal, da seguinte forma:
1. como docentes, a qualquer título;
2. em funções de administração, planejamento, orientação, supervisão ou outras específicas
dos demais especialistas em educação;
b) de atividades de professor desenvolvidas nas universidades e nos estabelecimentos
isolados de ensino superior da seguinte forma:
1. pertinentes ao sistema indissociável de ensino e pesquisa, em nível de graduação ou
mais elevado, para fins de transmissão e ampliação do saber;
2. inerentes à administração;
II - em caso de direito adquirido de 6 de março de 1997 a 15 de dezembro de 1998, poderão
ser computados os períodos:
a) de atividade docente, a qualquer título, exercida pelo professor em estabelecimento de
ensino de 1º e 2º grau ou de ensino superior, bem como em cursos de formação profissional,
autorizados ou reconhecidos pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal,
estadual, do Distrito Federal ou municipal;
b) de atividade de professor, desenvolvida nas universidades e nos estabelecimentos
isolados de ensino superior, pertinentes ao sistema indissociável de ensino e pesquisa, em
nível de graduação ou mais elevado, para fins de transmissão e ampliação do saber.
III - com direito adquirido a partir de 16 de dezembro de 1998, de atividade de professor no
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Art. 122. Considera-se, também, como tempo de serviço para concessão de aposentadoria
de professor:
I - o de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal;
II - o de benefício por incapacidade, recebido entre períodos de atividade;
III - o de benefício por incapacidade decorrente de acidente do trabalho, intercalado ou não.
Art. 123. A comprovação do período de atividade de professor faz-se-á mediante a
apresentação:
a) do respectivo diploma registrado nos Órgãos competentes federais e estaduais; e
b) de qualquer outro documento que comprove a habilitação para o exercício do magistério,
na forma de lei específica; e
c) dos registros em CP ou CTPS, complementados, quando for o caso, por declaração do
estabelecimento de ensino onde foi exercida a atividade, sempre que necessária essa
informação, para efeito de sua caracterização; e

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d) da Certidão de Contagem Recíproca; e


e) com base nas informações contantes do CNIS.
Da comprovação de tempo rural para fins de benefício rural
Art. 124. A comprovação do exercício da atividade rural do segurado especial, conforme
definido no inciso V do art. 2º e caracterizado no § 11 do mencionado artigo desta Instrução,
bem como de seu respectivo grupo familiar, será feita mediante a apresentação de um dos
seguintes documentos:
I - contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
II comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA);
III - bloco de notas de produtor rural ou notas fiscais de venda por produtor rural;
IV - declaração de sindicato de trabalhadores rurais, de sindicato rural (para os segurados
especiais relacionados na alínea "a" do inciso V do art. 2º desta Instrução), de sindicato dos
pescadores ou de colônia de pescadores, devidamente registrada no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, homologada pelo INSS - ANEXO XII;
V - comprovante de pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR) ou de Certificado de
Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) fornecido pelo INCRA ou autorização de ocupação
temporária fornecida pelo INCRA;
VI - caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos ou pela
Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE) ou pelo Departamento Nacional
de Obras Contra as Secas (DNOCS);
VII - declaração fornecida pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), atestando a condição
do índio como trabalhador rural, homologada pelo INSS.
§ 1º Os documentos de que tratam os incisos I, II, III, V e VI deste artigo devem ser
considerados para todos os membros do grupo familiar para o período que se quer
comprovar, mesmo que de forma descontínua, quando corroborados com outros que
confirmem o vínculo familiar, sendo indispensável a entrevista e, se houver dúvidas, deverá
ser realizada entrevista com parceiros, confrontantes, empregados, vizinhos e outros,
conforme o caso.
§ 2º Para comprovação da atividade rural para fins de benefício do segurado condômino,
parceiro e arrendatário, deverá ser efetuada a análise criteriosa da documentação, devendo
ser realizada a entrevista com o segurado e, se persistir dúvida, ser realizada entrevista com
parceiros, condôminos, arrendatários, confrontantes, empregados, vizinhos e outros,
conforme o caso, para verificar se foi utilizada, ou não, mão-de-obra assalariada e se a
exploração da propriedade foi exercida em área definida para cada proprietário ou em
conjunto com os demais.
§ 3º Os documentos apresentados devem ser contemporâneos e referir-se ao período a ser
comprovado, mesmo que de forma descontínua.
§ 4º Será aceito como comprovante do tempo de atividade rural do segurado especial o
Certificado de Cadastro do INCRA, no qual o proprietário esteja enquadrado como
Empregador Rural II-B ou II-C sem assalariado, desde que o exercício da atividade rural seja
em regime de economia familiar, sem utilização de empregados e desde que esta situação
seja confirmada mediante a apresentação de declaração de sindicato rural, dos
trabalhadores rurais ou a de outros documentos, podendo, ainda, ser corroborado por meio
de verificação junto ao CNIS.
§ 5º Em se tratando de contratos de arrendamento, de parceria ou de comodato rural, é
necessário que tenham sido registradas ou reconhecidas firmas em cartório e que se
observe se foram assentadas à época do período da atividade declarada.
§ 6º Quando da apresentação do bloco de notas de produtor rural ou de notas fiscais de
compra ou venda realizada por produtor rural, objetivando comprovar atividade rural, deverá
ser conferida a data de sua confecção, a qual se encontra no rodapé ou na lateral do

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documento, a fim de verificar se a data de emissão da nota é compatível com a data de


confecção do bloco, seu período de validade e eventuais revalidações.
§ 7º Caso o segurado utilize mão-de-obra assalariada, perderá a condição de segurado
especial e passará a ser considerado contribuinte individual naquele período.
§ 8º Da declaração referida no inciso IV deste artigo, para fins de comprovação do exercício
da atividade rural, deverão, obrigatoriamente, constar todos os elementos relacionados no
Anexo XII.
Art. 125. Quando ficar evidenciada a existência de mais de uma propriedade, deverá ser
anexado o comprovante de cadastro do INCRA ou equivalente referindo-se a cada uma,
visando à caracterização do segurado.
Art. 126. A entrevista (Anexo XIII) constitui-se em elemento indispensável à comprovação do
exercício da atividade rural, a forma em que ela é ou foi exercida, e para confirmação dos
dados contidos em declarações emitidas pelos sindicatos de trabalhadores rurais ou
sindicatos rurais, com vistas ao reconhecimento, ou não, do direito ao benefício pleiteado,
sendo obrigatória a sua realização, independente dos documentos apresentados e sempre
que a concessão depender da homologação da declaração do sindicato.
§1º A entrevista será dispensada nas seguintes situações:
I - para o segurado especial (titular) que apresentar documentos em nome próprio,
elencados nos incisos I, II, III e VI do art. 124 desta Instrução, relativo a todo o período
correspondente à carência do benefício requerido, devendo, no entanto, ser apresentada
uma declaração firmada pelo mesmo, atestando o exercício da atividade rural sem concurso
de assalariados permanentes ou temporários e não possuir outra fonte de rendimento,
observado o disposto no § 15º do art. 2º, desta.
II - para o índio, o previsto no inciso IX, § 11º do art. 2º desta Instrução.
§ 2º Para a finalidade prevista no caput, devem ser coletadas informações pormenorizadas
sobre a situação e a forma como foram prestadas, levando-se em consideração as
peculiaridades inerentes a cada localidade, devendo o servidor formular tantas perguntas
quantas julgar necessário para formar juízo sobre o exercício da atividade do segurado,
sendo obrigatória a conclusão da entrevista, devendo constar as razões pelas quais se
reconheceu, ou não, o exercício da atividade rural, bem como o enquadramento do
requerente em determinada categoria de segurado.
§ 3º Caberá ao servidor, antes da entrevista, cientificar o entrevistado sobre as penalidades
previstas no art. 299 do Código Penal.
§ 4º Havendo dificuldades para a realização de entrevista, em decorrência da distância entre
a Agência da Previdência Social ou entre a Unidade de Atendimento da Previdência Social e
a residência dos segurados, interessados ou confrontantes, caberá à Gerência-Executiva
analisar a situação e tornar disponível, se necessário, um servidor para fazer a entrevista em
local mais próximo dos segurados, interessados ou confrontantes, tais como sindicatos ou
outros locais públicos, utilizando-se, inclusive, do PREVMÓVEL.
Art. 127. Na declaração de sindicato dos trabalhadores rurais, de sindicato rural, de sindicato
de pescadores ou de colônia de pescadores, deverão constar os seguintes elementos,
referentes a cada local e período de atividade:
I - identificação e qualificação pessoal do requerente: nome, data de nascimento, filiação,
documento de identificação, CPF, título de eleitor, CP, CTPS e registro sindical, quando
existentes;
II - categoria de produtor rural ou de pescador artesanal, bem como o regime de trabalho;
III - o tempo de exercício de atividade rural;
IV - endereço de residência e do local de trabalho;
V - principais produtos agropecuários produzidos ou comercializados pela unidade familiar
ou principais produtos da pesca, se pescador artesanal;
VI - atividades agropecuárias ou pesqueiras desempenhadas pelo requerente;

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VII fontes documentais que foram utilizadas para emitir a declaração, devendo ser anexadas
as respectivas cópias reprográficas;
VIII - nome da entidade e número do CGC ou CNPJ, nome do presidente, do diretor ou do
representante legal emitente da declaração, com assinatura e carimbo;
IX - data da emissão da declaração.
§ 1º Para subsidiar o fornecimento da declaração por parte dos Sindicatos de que trata o
inciso IV do art. 124 desta Instrução, poderão ser aceitos, entre outros, os seguintes
documentos, desde que neles conste a profissão, sejam contemporâneos aos fatos e se
refiram ao período a ser homologado:
I - certidão de casamento civil ou religioso;
II - certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;
III - certidão de tutela ou de curatela;
IV - procuração;
V - título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;
VI certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar;
VII - comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou boletim escolar do
trabalhador ou dos filhos;
VIII - ficha de associado em cooperativa;
IX - comprovante de participação como beneficiário, em programas governamentais para a
área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos municípios;
X - comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento de empresa de
assistência técnica e extensão rural;
XI - ficha de crediário de estabelecimentos comerciais;
XII - escritura pública de imóvel;
XIII - recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa;
XIV - registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéritos, como
testemunha, autor ou réu;
XV - ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde ou do
programa dos agentes comunitários de saúde;
XVI - carteira de vacinação;
XVII - título de propriedade de imóvel rural;
XVIII - recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas;
XIX - comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural;
XX - ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindicato de trabalhadores
rurais, colônia ou associação de pescadores, produtores ou outras entidades congêneres ;
XXI contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou à associação de
pescadores, produtores rurais ou a outras entidades congêneres;
XXII - publicação na imprensa ou em informativos de circulação pública;
XXIII - registro em livros de entidades religiosas, quando da participação em batismo,
crisma, casamento ou em outros sacramentos;
XXIV - registro em documentos de associações de produtores rurais, comunitárias,
recreativas, desportivas ou religiosas;
XXV - declaração anual de produtor (DP) firmada perante o INCRA;
XXVI - título de aforamento.
§ 2º O fato de o sindicato não possuir documentos que subsidiem a declaração fornecida
deverá, obrigatoriamente, ficar consignado na referida declaração, devendo constar,
também, os critérios utilizados para o seu fornecimento.
§ 3º Qualquer declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita sujeitará o declarante à
pena prevista no art. 299 do Código Penal.
§ 4º Nos casos em que ficar comprovada a existência de irregularidades na emissão de
declaração, o processo deverá ser devidamente instruído e encaminhado à Auditoria, para
providência cabíveis.

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Art. 128. Onde não houver sindicato de trabalhadores rurais, sindicato rural, sindicato de
pescadores ou colônia de pescadores, a declaração de que trata o inciso IV do art. 124
desta Instrução poderá ser suprida mediante a apresentação de duas declarações firmadas
por autoridades administrativas ou judiciárias locais, desde que conheçam o segurado
especial há mais de 5 anos e estejam no efetivo exercício de suas funções, conforme
modelo Anexo XVI.
Parágrafo único. Podem emitir a declaração referida no caput do artigo anterior o juiz de
direito, o promotor de justiça, o delegado de polícia, o comandante de unidade militar do
Exército, da Marinha, da Aeronáutica ou de forças auxiliares ou o representante local de
empresa de assistência técnica e extensão rural.
Art. 129. A declaração fornecida com a finalidade de comprovar o período de exercício de
atividade rural e a qualificação do segurado, emitida por sindicato de trabalhadores rurais,
sindicato rural, sindicato de pescadores ou colônia de pescadores, FUNAI ou por
autoridades mencionadas no artigo anterior, será submetida à análise, para emissão de
parecer conclusivo, a fim de homologá-la ou não, conforme "Termo de Homologação"
(ANEXO XIV).
§ 1º Na hipótese de a declaração não ser homologada em razão de ausência de
informações, o INSS devolvê-la-á ao sindicato que a emitiu, mediante recibo ou Aviso de
Recebimento (AR), acompanhada da relação das informações a serem complementadas,
ficando o processo em exigência, por período pré-fixado, para regularização.
§ 2º Em hipótese alguma, a declaração poderá deixar de ser homologada, quando o motivo
for falta de convicção quanto ao período, à qualificação ou ao exercício da atividade rural,
sem que tenham sido esgotadas todas as possibilidades de análise e realizadas entrevistas
ou tomadas de declaração com parceiros ou comodatário ou arrendatário ou confrontantes
ou empregados ou vizinhos ou tros, conforme o caso.
§ 3º A falta ou insuficiência de documentos ou início de prova material de que trata o § 1º do
art. 127 desta Instrução, para corroborar a declaração fornecida por sindicato para
comprovação do exercício da atividade rural não se constituirá motivo para indeferimento
liminar do benefício, desde que acompanhada de justificativas e de esclarecimentos
razoáveis fornecidos pelo sindicato, devendo ser realizada consulta ao CNIS e ao ou outras
bases de dados consideradas pertinentes e entrevista com o segurado, confrontantes e
parceiro outorgado, quando for o caso, para confirmação dos fatos declarados, com vistas à
homologação, ou não, da declaração fornecida por sindicato.
§ 4º Salvo quando se tratar de confirmação de autenticidade e contemporaneidade de
documentos para fins de reconhecimento de atividade, a realização de Solicitação de
Pesquisa (SP) prevista na presente Instrução deverá ser substituída por entrevista com
parceiros, confrontantes, empregados, vizinhos ou outros.
Art. 130. Para fins de homologação da declaração e de processamento de Justificação
Administrativa, deverá ser observado o ano de expedição, a edição, a emissão ou o
assentamento dos documentos relacionados no § 1º do art. 127 desta Instrução.
Art. 131. A comprovação do exercício da atividade do segurado empregado, inclusive os
denominados safrista, volante, eventual, temporário ou bóia-fria, caracterizados como
empregados, far-se-á por um dos seguintes documentos:
I - CP ou CTPS, nas quais constem o registro do contrato de trabalho;
II - contrato individual de trabalho;
III - acordo coletivo de trabalho, inclusive por safra, desde que caraterize o trabalhador como
signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional do Trabalho (DRT);
IV declaração do empregador, comprovada mediante apresentação dos documentos
originais que serviram de base para sua emissão, confirmando, assim, o vínculo
empregatício;
V - recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a necessária identificação
do empregador.

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Parágrafo único. Os documentos referidos neste artigo deverão abranger o período a ser
comprovado e serão computados de data a data, sendo considerados como prova do
exercício da atividade rural.
Art. 132. O fato de ficar caracterizado o exercício da atividade rural, a partir de novembro de
1991, na categoria de empregado, por declaração de empregador, folhas de salário
contemporânea ou por Justificação Administrativa, deverá ser comunicado à Divisão ou ao
Serviço de Arrecadação da APS, para as providências cabíveis, após a concessão do
benefício.
Parágrafo único. Da declaração do empregador deverá constar o endereço completo, CNPJ,
CPF, RG, entre outros.
Art. 133. Os trabalhadores rurais denominados safrista, volante, eventual, temporário ou
"bóia-fria", caracterizados como contribuinte individual, deverão apresentar os comprovantes
de inscrição nessa condição e os de recolhimento de contribuição a partir de novembro de
1991, exceto quando for requerido benefício previsto no art. 143 da Lei nº 8.213, de 1991.
Art. 134. Na ausência dos documentos citados nos arts. 131 e 133 desta Instrução, a
comprovação do exercício da atividade rural dos segurados relacionados nos artigos
mencionados, para fins de concessão de aposentadoria por idade, em conformidade com o
art. 143 da Lei nº 8.213, de 1991, alterada pela Lei nº 9.063, de 1995, poderá ser feita por
declaração de sindicato de trabalhadores rurais, sindicato de pescadores, ou colônia de
pescadores ou por duas declarações de autoridades, na forma do art. 128 desta Instrução,
desde que homologadas pelo INSS.
Art. 135. A comprovação do exercício de atividade rural do segurado ex-empregador rural,
atual contribuinte individual, será feita por um dos seguintes documentos:
I - antiga carteira de empregador rural, com os registros referentes à inscrição no ex-INPS;
II - comprovante de inscrição na Previdência Social [Ficha de Inscrição Empregador Rural e
Dependentes (FIERD) ou Cadastro Específico do INSS (CEI)];
III - cédula "G" da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF);
IV - Declaração de Produção (DP), Declaração Anual para Cadastro de Imóvel Rural
(autenticada pelo INCRA) ou qualquer outro documento que comprove a produção;
V - livro de Registro de Empregados Rurais;
VI - declaração de firma individual rural;
VII - qualquer outro documento que possa levar à convicção do fato a comprovar.
Parágrafo único. O tempo de serviço comprovado na forma deste artigo somente será
computado se forem apresentados os recolhimentos conforme a seguir:
I - até dezembro de 1975, se indenizado na forma do art. 122 do RPS;
II - de janeiro de 1976 até outubro de 1991, por comprovante de contribuição anual;
III a partir de novembro de 1991, por comprovante de contribuição mensal.
Art. 136. A comprovação do exercício de atividade de garimpeiro far-se-á por:
I certificado de matrícula expedido pela Receita Federal para períodos anteriores a fevereiro
de 1990;
II - certificado de matrícula expedido pelos órgãos estaduais competentes para os períodos
posteriores ao referido no inciso I;
III - Certificado de Permissão de Lavra Garimpeira emitido pelo Departamento Nacional da
Produção Mineral (DNPM) para o período de 1º de fevereiro de 1990 a 7 de janeiro de 1992
ou documento equivalente.
Parágrafo único. Para períodos posteriores à data da vigência da Lei nº 8.398, de 7 de
janeiro de 1992, além dos documentos relacionados nos incisos anteriores, será obrigatória
a apresentação do Número de Identificação do Trabalhador - NIT, para captura dos dados
básicos e das contribuições junto ao CNIS.
Art. 137. O garimpeiro inscrito no INSS como segurado especial no período de 7 de janeiro
de 1992 a 31 de março de 1992 terá esse período computado para efeito de concessão dos

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SAÚDE OCUPACIONAL

benefícios previstos no inciso I do art. 39 da Lei nº 8.213, de 1991, independentemente do


recolhimento de contribuições.
Art. 138. O período de atividade rural do trabalhador avulso, sindicalizado ou não, somente
será reconhecido desde que preste serviço de natureza rural sem vínculo empregatício a
diversas empresas (agropecuária, pessoas físicas etc.), com a intermediação obrigatória do
sindicato da categoria.
Parágrafo único. Verificada a prestação de serviço alegado como de trabalhador avulso
rural, sem a intermediação de sindicato de classe, deverá ser analisado o caso e
enquadrado na categoria de empregado ou na de contribuinte individual, visto que a referida
intermediação é imprescindível para configuração do enquadramento na categoria.
Art. 139. Para fins de comprovação do exercício da atividade do trabalhador rural, caso haja
comprovação do desempenho de atividade urbana entre períodos de atividade rural,
observadas as demais condições, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I - se o segurado trabalhador rural deixar de exercer a atividade rural, nos períodos citados
no art. 15 da Lei nº 8.213, de 1991, e voltar àquela atividade, poderá obter benefícios
contados todo o período de atividade rural; e
II - caso o segurado de que trata este artigo venha a exercer atividade urbana, sem perda da
qualidade de segurado entre a atividade urbana e a rural, poderá obter benefício como
trabalhador rural, desde que cumpra o número de meses de trabalho idêntico à carência
relativa ao benefício, exclusivamente em atividade rural.
Da Comprovação de Tempo Rural para Fins de Benefício Urbano
Art. 140. A comprovação do tempo de serviço em atividade rural, para fins de concessão de
benefícios a segurados em exercício de atividade urbana e Certidão de Tempo de
Contribuição (CTC), será feita mediante apresentação de início de prova material
contemporânea do fato alegado, conforme o § 3º do art. 55 da Lei nº 8.213, de 1991, sendo
que servem para a prova prevista neste item os seguintes documentos:
I - contrato individual de trabalho, a CP ou a CTPS, a carteira de férias, a carteira sanitária, a
carteira de matrícula e a caderneta de contribuições dos extintos institutos de aposentadoria
e pensões, a caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela
Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE), pelo Departamento Nacional de
Obras Contra Seca (DNOCS) ou declaração da Receita Federal;
II - certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional, acompanhada do documento
que prove o exercício da atividade;
III - contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assembléia geral e
registro de firma individual;
IV - contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural, observado o disposto no § 5º do
art. 124 desta Instrução;
V - certificado de Sindicato ou de órgão gestor de mão-de-obra que agrupa trabalhadores
avulsos;
VI - comprovante de cadastro do INCRA;
VII - bloco de notas do produtor rural, observado o disposto no § 6º do art. 124 desta
Instrução;
VIII - declaração de sindicato de trabalhadores rurais ou colônia de pescadores, desde que
homologadas pelo INSS.
Art. 141. O início de prova material de que trata o artigo anterior terá validade somente para
comprovação do tempo de serviço da pessoa referida no documento, não sendo permitida
sua utilização por outras pessoas.
Art. 142. A declaração referida no inciso VIII do art. 140 desta Instrução será homologada
mediante a apresentação de provas materiais, contemporâneas do fato que se quer provar,
por elementos de convicção em que conste expressamente a atividade exercida pelo
requerente.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º Servem como prova para o fim previsto no caput os documentos relacionados no § 1º


do art. 127 desta Instrução.
§ 2º Somente poderá ser homologado todo o período constante na Declaração referida no
inciso VIII do art. 140 desta Instrução, se existir um documento para cada ano de atividade,
sendo que, em caso contrário, somente serão homologados os anos para os quais o
segurado tenha apresentado documentos.
§ 3º A entrevista rural, constitui elemento indispensável na confirmação e na caracterização
do exercício da atividade rural para as categorias de segurado especial, trabalhador avulso e
contribuinte individual, devendo ser observado as peculiaridades disciplinadas nos incisos III,
IV e V do art. 2º desta Instrução.
Art. 143. Na hipótese de serem apresentados Bloco de Notas ou Nota Fiscal de Venda,
Contrato de Arrendamento, Parceria ou Comodato Rural e INCRA, caderneta de inscrição
pessoal expedida pela Capitania dos Portos ou visada pela SUDEPE ou outros documentos
considerados como prova plena do exercício da atividade rural, em período intercalado, será
computado como tempo de serviço o período relativo ao ano de emissão, edição ou
assentamento do documento.
Art. 144. Nas situações mencionadas nos arts. 142 e 143 desta Instrução, em que os
documentos apresentados não contemplem todo o período pleiteado ou declarado, mas se
constituam como início de prova material para realização de Justificação Administrativa, ela
poderá ser processada, observado o disposto nos arts. 142 a 151 do RPS e nas demais
disposições constantes desta Instrução, com o fim de comprovar o exercício de atividade
rural entre os períodos constantes desses documentos.
Art. 145. Qualquer que seja a categoria do segurado, na ausência de apresentação de
documentos contemporâneos pelo interessado, podem ser aceitos, entre outros, certidão de
prefeitura municipal relativa à cobrança de imposto territorial rural anterior à Lei nº 4.504, de
30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra), atestados de cooperativas, declaração,
certificado ou certidão de entidade oficial, desde que deles conste a afirmação de que os
dados foram extraídos de documentos contemporâneos aos fatos a comprovar, existentes
naquela entidade e à disposição do INSS, hipótese em que deverá ser feita pesquisa prévia
e, caso haja confirmação, os dados pesquisados devem ser considerados como prova plena.
Subseção IV
Da Aposentadoria Especial
Das Condições para a Concessão da Aposentadoria Especial
Art. 146. A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, a caracterização
de atividade como especial depende de comprovação do tempo de trabalho permanente,
não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos em atividade
com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, observada a carência exigida.
§ 1º Considera-se para esse fim:
I - trabalho permanente - aquele em que o segurado, no exercício de todas as suas funções,
esteve efetivamente exposto à agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou associação
de agentes;
II - trabalho não ocasional nem intermitente - aquele em que, na jornada de trabalho, não
houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos agentes
nocivos, ou seja, não foi exercida de forma alternada, atividade comum e especial.
§ 2º Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam trazer ou ocasionar danos à
saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de
natureza, concentração, intensidade e fator de exposição, considerando-se:
I - físicos - os ruídos, as vibrações, o calor, o frio, a umidade, a eletricidade, as pressões
anormais, as radiações ionizantes, as radiações não ionizantes; observado o período do
dispositivo legal.

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SAÚDE OCUPACIONAL

II - químicos - os manifestados por: névoas, neblinas, poeiras, fumos, gases, vapores de


substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória,
bem como aqueles que forem passíveis de absorção por meio de outras vias;
III - biológicos - os microorganismos como bactérias, fungos, parasitas, bacilos, vírus e
ricketesias dentre outros.
§ 3º Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios do RGPS, as
atividades exercidas deverão ser analisadas da seguinte forma:
Período
Enquadramento
Trabalhado
Quadro anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964. Anexos I e II do RBPS,
Até 28/04/1995 aprovado pelo Decreto nº 83.080, de 1979. Sem apresentação de laudo
técnico, exceto para o ruído (Nível de Pressão Sonora Elevado).
De 29/04/1995 a Anexo I do Decreto nº 83.080, de 1979. Código 1.0.0 do Anexo ao
05/03/1997 Decreto nº 53.831, de 1964. Com apresentação de Laudo Técnico.
A partir de Anexo IV do Decreto nº 2.172, de 1997, substituído pelo Decreto nº
06/03/1997 3.048, de 1999. Com apresentação de Laudo Técnico
§ 4º Ficam ressalvadas as atividades e os agentes arrolados em outros atos administrativos,
decretos ou leis previdenciárias que determinem o enquadramento como atividade especial
para fins de concessão de aposentadoria especial.
§ 5º Com relação ao disposto no parágrafo anterior, a ressalva não se aplica às circulares
emitidas pelas então regionais ou superintendências estaduais do INSS, instituições que
objetivavam disciplinar critérios para o enquadramento de atividades como especiais, sem,
contudo, de acordo com o Regimento Interno do INSS, contarem com a competência
necessária para expedição de atos normativos, ficando expressamente vedada a sua
utilização.
Art. 147. Deverão ser observados os seguintes critérios para o enquadramento de algumas
atividades abaixo relacionadas, para o período trabalhado até 28 de abril de 1995:
I - telefonista em qualquer tipo de estabelecimento:
a) o tempo de atividade de telefonista poderá ser enquadrado como especial, no código
2.4.5 do quadro anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964, até 28 de abril de 1995, sem
apresentação de laudo;
b) se completados os 25 anos, exclusivamente na atividade de telefonista, até 13 de outubro
de 1996, poderá ser concedida a aposentadoria especial (Esp. 46), sem a exigência da
apresentação do laudo;
c) a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da Medida Provisória nº 1.523, não
será permitido o enquadramento em função da denominação profissional de telefonista.
II - guarda, vigia ou vigilante:
a) Entende-se por guarda, vigia ou vigilante o empregado que tenha sido contratado para
garantir a segurança patrimonial, ou seja, para impedir ou inibir a ação criminosa em
patrimônio das instituições financeiras e de outros estabelecimentos públicos ou privados,
comerciais, industriais ou entidades sem fim lucrativos;
b) pessoa contratada por empresa especializada em prestação de serviços de segurança,
vigilância e transportes de valores, para prestar serviço relativo a atividades de seguranaça
privada a pessoa e a residências;
c) para o empregado em empresa prestadora de serviços de vigilância, além das outras
informações necessárias à caracterização da atividade, deverá constar nos formulários (SB
40, DSS-8030, DIRBEN 8030) os locais e empresas onde o segurado esteve
desempenhando a atividade;
d) a atividade do guarda, vigia ou vigilante na condição de contribuinte individual (antigo
autônomo) não será considerada como especial;
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SAÚDE OCUPACIONAL

e) para os empregados contratados por estabelecimentos financeiros ou por empresas


especializadas em prestação de serviços de vigilância ou de transporte de valores, a partir
de 21 de junho de 1983, vigência da Lei nº 7.102, para fins de benefício, deverão apresentar
comprovante de habilitação para o exercício da atividade;
f) para os demais empregados, deverão apresentar comprovante de habilitação a partir de
29.03.94, data da publicação da Lei nº 8.863, para fins de benefício.
III - atividades exercidas em estabelecimento de saúde:
a) independentemente da atividade ter sido exercida em estabelecimentos de saúde, os
trabalhos expostos ao contato com doentes ou materiais infecto-contagiantes, de assistência
médica, odontológica, hospitalar ou outras atividades afins, poderão ser enquadradas como
expostos ao agente biológico de natureza infecto-contagiosa, desde que atendido o conceito
de atividade permanente, observandose que:
1. até 28 de abril de 1995, sem apresentação do laudo técnico;
2. de 29 de abril de 1995 a 05 de março de 1997, com apresentação do laudo técnico da
empresa.
b) a partir de 06 de março de 1997, somente serão enquadradas as atividades exercidas em
estabelecimentos de saúde, em contato com pacientes portadores de doenças infecto-
contagiosas ou com manuseio de materiais infecto-contagiantes, no código 3.0.1 do Anexo
IV dos Decretos nº 2.172, de 1997, e nº 3.048, de 1999, mediante apresentação de laudo
técnico.
IV - professores - a partir da Emenda Constitucional nº 18, de 30 de junho de 1981, não é
permitida a conversão do tempo de exercício de magistério para qualquer espécie de
benefício, exceto se o segurado implementou todas as condições até 29 de junho de 1981,
tendo em vista que a Emenda Constitucional retirou esta categoria profissional do quadro
anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964, para incluí-la em legislação especial e específica,
passando, portanto, a ser regida por legislação própria;
V - coleta e industrialização do lixo a atividade de coleta e industrialização do lixo, desde que
exista exposição a microor ganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas, poderá
ser enquadrada no código 3.0.1 do Anexo IV dos Decretos nº 2.172, de 1997, e 3.048, de
1999, desde que seja apresentado o laudo técnico, a partir de 29 de abril de 1995;
VI - atividades que impliquem efetiva exposição aos agentes nocivos frio, umidade, radiação
não ionizante e eletricidade,o enquadramento somente será possivel até 05 de março de
1997, sendo que para o agente "frio", não existe limite de tolerância estabelecido nas
normas brasileiras, devendo ser observado, entretanto, o art. 253 da CLT.
Da Comprovação do Exercício de Atividade Especial
Art. 148. A comprovação do exercício de atividade especial será feita pelo PPP - Perfíl
Profissiográfico Previdenciário, emitido pela empresa com base em laudo técnico de
condições ambientais de trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de
segurança , conforme Anexo XV- ou alternativamente, até 30 de junho de 2.003, pelo
formulário, antigo SB - 40, DISES BE 5235, DSS-8030, DIRBEN 8030.
§ 1º Fica instituído o PPP - Perfil Profissiográfico Previdênciário, que contemplará, inclusive,
informações pertinentes aos formulários em epígrafe, os quais deixarão de ter eficácia a
partir de 01 de julho de 2003, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo.
§ 2º Os formulários em epígrafe emitidos à época em que o segurado exerceu atividade,
deverão ser aceitos, exceto no caso de dúvida justificada quanto a sua autenticidade.
§ 3º Para a análise dos documentos são obrigatórias, entre outras, as seguintes
informações:
I - nome da empresa e endereço do local onde foi exercida a atividade;
II - identificação do trabalhador;
III - nome da atividade profissional do segurado - contendo descrição minuciosa das tarefas
executadas;
IV - descrição do local onde foi exercida a atividade;

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SAÚDE OCUPACIONAL

V - duração da jornada de trabalho;


VI - período trabalhado;
VII - informação sobre a existência de agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade
física a que o segurado ficava exposto durante a jornada de trabalho;
VIII - ocorrência ou não de exposição a agente nocivo de modo habitual e permanente, não
ocasional nem intermitente;
IX - assimatura e identificação do responsável pelo preenchimento do formulário, podendo
ser firmada pelo responsável da presa ou seu preposto;
X - CNPJ ou matrícula da empresa e do estabelecimento no INSS;
XI esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de sucessora;
XII - transcrição integral ou sintética da conclusão do laudo a que se refere o inciso IX do art.
156 desta Instrução, se for o caso.
§ 4º Para os períodos posteriores a 28 de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº
9.032, exceto para ruído, o formulário a que se refere o caput deverá ser emitido pela
empresa ou preposto, com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho
(LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, para fins
de comprovação da exposição a agentes nocivos, prejudiciais à saúde ou à integridade
física.
§ 5º Na situação prevista no parágrafo anterior, os agentes nocivos citados no formulário
deverão ser os mesmos descritos no LTCAT.
§ 6º Para a comprovação da exposição ao agente nocivo ruído/Nível de Pressão Sonora
Elevado (NPSE) ou outro não arrolado nos decretos regulamentares o formulário a que se
refere o caput, deverá ser baseado em laudo técnico, mesmo para os períodos anteriores a
28 de abril de 1995;
Art. 149. Quando for constatada divergência entre os registros constantes na CP ou na
CTPS e no PPP, a mesma deverá ser esclarecida, por diligência prévia junto à empresa, a
fim de verificar a evolução profissional do segurado, bem como os setores de trabalho, por
meio documentos contemporâneos aos períodos laborados.
Art. 150. Nas situações em que o segurado tenha exercido, no período declarado, funções
de chefe, de gerente, de supervisor ou outra atividade equivalente e pretenda o
reconhecimento desse período como atividade especial, existindo dúvidas com relação à
atividade exercida ou com relação à efetiva exposição a agentes nocivos, de modo habitual
e permanente, não ocasional nem intermitente, a partir das informações contidas no
formulário DIRBEN8030 ou PPP e no LTCAT, quando esses forem exigidos, poderá o INSS
solicitar esclarecimentos à empresa, relativos à atividade exercida pelo segurado, bem como
solicitar a apresentação de outros registros existentes na empresa que venham a convalidar
as informações prestadas.
Art. 151. Tratando-se de empresa legalmente extinta, para fins de comprovação da atividade
exercida em condições especiais, poderá ser dispensada a apresentação do formulário
DIRBEN 8030 ou do PPP, devendo ser processada a Justificação Administrativa -JA.
§ 1º Para os fins a que se destina o caput deste artigo, a JA deverá ser instruída com base
nas informações constantes da CP ou da CTPS em que conste a função exercida,
verificando-se, inclusive, a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do
segurado, para períodos de análise por categoria profissional e períodos onde haja
exposição a agentes nocivos sem exigência de laudos técnicos ou seja, períodos anteriores
a 28/04/95.
§ 2º Nas hipóteses de exigência, para períodos posteriores a 28/04/95 e nos casos em que
haja exposição ao agente nocivo ruído em qualquer época, a JA deverá ser instruída
obrigatoriamente com laudo de avaliação ambiental, coletivo ou individual, nos termos do art.
154.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 152. O sindicato de categoria ou órgão gestor de mão-deobra estão autorizados a


preencher o formulário DIRBEN-8030 ou o PPP, somente para trabalhadores avulsos a eles
vinculados.
Do Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho - Lt Cat
Art. 153. Deverá ser exigida a apresentação do LTCAT para os períodos de atividade
exercida sob condições especiais apenas a partir de 29 de abril de 1995, exceto no caso do
agente nocivo ruído ou outro não arrolado nos decretos regulamentares, os quais exigem
apresentação de laudo para todos os períodos declarados.
Parágrafo único. A exigência da apresentação do LTCAT prevista no caput será dispensada
a partir de 01/07/2003, data da vigência do PPP, devendo, entretanto, permanecer na
empresa a disposição da previdência social.
Art. 154. Os dados constantes do formulário DIRBEN-8030 ou do PPP deverão ser
corroborados com o LTCAT, quando ele for exigido, podendo o INSS aceitar:
I - laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações
trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos;
II - laudos emitidos pela FUNDACENTRO;
III - laudos emitidos pelo Ministério do Trabalho ou, ainda, pelas DRT;
IV - laudos individuais acompanhados de:
a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável
técnico não for empregado da mesma;
b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segurança do trabalho
ou médico do trabalho, indicando a especialidade;
c) nome e identificação do acompanhante da empresa, data e local da realização da perícia;
Parágrafo único. O laudo particular solicitado pelo próprio segurado não será admitido.
Art. 155. Dos laudos técnicos emitidos a partir de 29 de abril de 1995 deverão constar os
seguintes elementos:
I - dados da empresa;
II - setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada setor, com
pormenorização do ambiente de trabalho e das funções, passo a passo, desenvolvidas pelo
segurado;
III - condições ambientais do local de trabalho;
IV - registro dos agentes nocivos, concentração, intensidade, tempo de exposição e
metodologias utilizadas, conforme o caso;
V - em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da substância ativa,
não sendo aceitas citações de nomes comerciais, podendo ser anexada a respectiva ficha
toxicológica;
VI - duração do trabalho que expôs o trabalhador aos agentes nocivos;
VII - informação sobre a existência e aplicação efetiva de Equipamento de Proteção
Individual (EPI), a partir de 14 de dezembro de 1998, ou Equipamento de Proteção Coletiva
(EPC), a partir de 14 de outubro de 1996, que neutralizem ou atenuem os efeitos da
nocividade dos agentes em relação aos limites de tolerância estabelecidos, devendo constar
também:
a) se a utilização do EPC ou do EPI reduzir a nocividade do agente nocivo de modo a
atenuar ou a neutralizar seus efeitos em relação aos limites de tolerância legais
estabelecidos;
b) as especificações a respeito dos EPC e dos EPI utilizados, listando os Certificados de
Aprovação (CA) e, respectivamente, os prazos de validade, a periodicidade das trocas e o
controle de fornecimento aos trabalhadores;
c) a Perícia médica poderá exigir a apresentação do monitoramento biológico do segurado
quando houver dúvidas quanto a real eficiência da proteção individual do trabalhador;
VIII métodos, técnica, aparelhagens e equipamentos utilizados para a elaboração do LTCAT;

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SAÚDE OCUPACIONAL

IX - conclusão do médico do trabalho ou do engenheiro de segurança do trabalho


responsável pela elaboração do laudo técnico, devendo conter informação clara e objetiva a
respeito dos agentes nocivos, referente à potencialidade de causar prejuízo à saúde ou à
integridade física do trabalhador;
X - especificação se o signatário do laudo técnico é ou foi contratado da empresa , à época
da confecção do laudo, ou, em caso negativo, se existe documentação formal de sua
contratação como profissional autônomo para a subscrição do laudo;
XI - data e local da inspeção técnica da qual resultou o laudo técnico.
Art. 156. Os laudos técnico-periciais de datas anteriores ao exercício das atividades que
atendam aos requisitos das normas da época em que foram realizados servirão de base
para o enquadramento da atividade com exposição a agentes nocivos, desde que a empresa
confirme, no formulário DIRBEN-8030 ou no PPP, que as condições atuais de trabalho
(ambiente, agente nocivo e outras) permaneceram inalteradas desde que foram elaborados.
Art. 157. Os laudos técnico-periciais elaborados com base em levantamento ambiental,
emitidos em datas posteriores ao exercício da atividade do segurado, deverão retratar
fielmente as condições ambientais do local de trabalho, detalhando, além dos agentes
nocivos existentes à época, as datas das alterações ou das mudanças das instalações
físicas ou do lay out daquele ambiente.
Art. 158. A simples informação da existência de EPI ou de EPC, por si só, não
descaracteriza o enquadramento da atividade. No caso de indicação de uso de EPI, deve
ser analisada a efetiva utilização dos mesmos durante toda a jornada de trabalho, bem
como, analisadas as condições de conservação, higienização periódica e substituições a
tempos regulares, na dependência da vida útil dos mesmos, cabendo a empresa explicitar
essas informações no LTCAT/PPP.
§ 1º Não caberá o enquadramento da atividade como especial se, independentemente da
data de emissão, constar do Laudo Técnico que o uso do EPI ou de EPC atenua, reduz,
neutraliza ou confere proteção eficaz ao trabalhador em relação a nocividade do agente,
reduzindo seus efeitos a limites legais de tolerância;
§ 2º Não haverá reconhecimento de atividade especial nos períodos que houve a utilização
de EPI, nas condições mencionadas no paráfrago anterior, ainda que a exigência de constar
a informação sobre seu uso nos laudos técnicos tenha sido determinada a partir de 14 de
dezembro de 1998, data da publicação da Lei nº 9.732, mesmo havendo a constatação de
utilização em data anterior a essa.
Art. 159. Quando a empresa, o equipamento ou o setor não mais existirem, não será aceito
laudo técnico-pericial de outra empresa, de outro equipamento ou de outro setor similar.
Parágrafo único. Não será aceito laudo técnico realizado em localidade diversa daquela em
que houve o exercício da atividade, inclusive, na situação em que a empresa funciona em
locais diferentes.
Art. 160. No caso de empregado de empresa prestadora de serviço, caberá a ela o
preenchimento do formulário DIRBEN-8030 ou PPP, devendo ser utilizado o laudo técnico-
pericial da empresa onde os serviços foram prestados para corroboração das informações,
desde que não haja dúvida quanto à prestação de serviço nas dependências da empresa
contratante.
Art. 161. Na hipótese de dúvida quanto às informações contidas no Laudo Técnico e nos
documentos que fundamentaram a sua elaboração, poderá ser efetuada diligência prévia,
visando:
I - comparar dados documentais apresentados com a inspeção fática realizada na empresa;
ou
II - corroborar os dados constantes no laudo com outros documentos em poder da empresa,
para esclarecer os pontos obscuros.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Parágrafo único. Na situação prevista no caput deste artigo, poderá ser solicitada à empresa
cópia do laudo ou dos documentos mantidos em seu poder, em substituição à realização da
diligência prévia.
Art. 162. A empresa que não mantiver LTCAT atualizado com referência aos agentes nocivos
existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documentos em
desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 da Lei nº
8.213, de 1991.
Parágrafo único. O médico perito deverá comunicar eventual ocorrência do fato previsto no
artigo anterior, por memorando, ao setor de Arrecadação, por meio da chefia do setor de
benefícios.
Do Enquadramento do Tempo de Trabalho Exercido Sob Condições Especiais
Art. 163. O direito à aposentadoria especial não fica prejudicado, na hipótese de exercício de
atividade em mais de um vínculo, com tempo de trabalho concomitante (comum e especial),
se o tempo especial for exercido em caráter permanente, não ocasional nem intermitente,
em toda jornada de trabalho em um dos vínculos, uma vez que a atividade comum não
descaracteriza o enquadramento da atividade considerada especial, devendo, nesse caso,
ser informada a jornada de trabalho de cada atividade.
Art. 164. São considerados, também, como período de trabalho sob condições especiais,
para fins de benefícios do RGPS, o período de férias, bem como de benefício por
incapacidade acidentária (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez) e o período de
percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse
exercendo atividade considerada especial.
Art. 165. O período em que o empregado esteve licenciado da atividade para exercer cargo
de administração ou de representação sindical, exercido até 28 de abril de 1995, será
computado como tempo de serviço especial, desde que, à data do afastamento, o segurado
estivesse exercendo atividade especial.
Da Conversão de Tempo de Serviço
Art. 166. O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que foram, sejam
ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física,
conforme a legislação vigente à época, será somado, após a respectiva
conversão, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum,
independentemente de a data do requerimento do benefício ou da prestação do
serviço ser posterior a 28 de maio de 1998, aplicando-se a seguinte tabela de
conversão, para efeito de concessão de qualquer benefício:
Tempo de Atividade a ser Convertido Para 15 Para 20 Para 25 Para 30 Para 35
De 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33
De 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75
De 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40
Art. 167. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades
sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar
em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos
períodos serão somados após a conversão, considerando para esse fim a atividade
preponderante, cabendo, dessa forma, a concessão da aposentadoria especial com o tempo
exigido para a atividade não convertida.
Art. 168. Quando da concessão de benefício, exceto aposentadoria especial, para segurado
que exerce somente atividade com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes que sejam prejudiciais à saúde ou à integridade física,
durante todo o período de filiação à Previdência Social e que, para complementação do
tempo de serviço necessário, apresente apenas o tempo de serviço militar, mandato eletivo,
aprendizado profissional, tempo de atividade rural, contribuinte em dobro ou facultativo,
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SAÚDE OCUPACIONAL

período de certidão de tempo de serviço público (contagem recíproca), benefício por


incapacidade previdenciário (intercalado), cabe a conversão do tempo especial em comum,
em virtude de estar caracterizada a alternância do exercício de atividade comum e em
condições especiais.
Das Disposições Diversas Relativas a Aposentadoria Especial
Art. 169. Para fins de carência e fixação do PBC, não importa se, na data do requerimento
do benefício de aposentadoria especial, o segurado estava, ou não, desempenhando
atividade sujeita a condições especiais.
Art. 170. O PBC será fixado com base na data de afastamento do último emprego ou na data
da entrada do requerimento da aposentadoria especial, ressalvados os casos de direito
adquirido.
Art. 171. O valor da renda mensal inicial da aposentadoria especial será igual a cem por
cento do salário-de-benefício, não podendo ser inferior a um salário mínimo nem superior ao
limite máximo do salário-de-contribuição.
Art. 172. O benefício da aposentadoria especial requerido e concedido a partir de 29 de abril
de 1995, em virtude de exposição do trabalhador aos agentes nocivos constantes do Anexo
IV, do RPS, será automaticamente cancelado pelo INSS, se o segurado detentor
permanecer ou retornar à atividade sujeita àquelas condições.
§ 1º A cessação do benefício da aposentadoria especial ocorrerá, ao segurado que
permanecer trabalhando ou voltar a trabalhar em atividade que gerou o direito a
aposentadoria especial, concedida tendo em vista o mesmo estar exposto a agentes
nocivos, da seguinte forma:
I - em 14 de dezembro de 1998, data publicação da Lei nº 9.732, para aqueles aposentados
a partir de 29 de abril de 1995 até 13 de dezembro de 1998;
II - a partir da data do efetivo retorno ou da permanência, quando a aposentadoria ocorreu
após 13 de dezembro de 1998.
§ 2º Os valores indevidamente recebidos deverão ser devolvidos ao INSS na forma do
parágrafo único do art. 95 desta Instrução.
Art. 173. A partir de 29 de abril de 1995, considerando que o trabalhador autônomo presta
serviço em caráter eventual e sem relação de emprego, a sua atividade não poderá ser
enquadrada como especial, uma vez que não existe forma de comprovar a exposição a
agentes nocivos prejudiciais à saúde e à integridade física, de forma habitual e permanente,
não ocasional nem intermitente, observado o disposto no art. 202 do RPS.
Art. 174. O Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, conforme § 2º do art. 68 do Decreto
nº 3.048, redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 26 de novembro de 2001, conforme Anexo
XV desta Instrução contemplará, inclusive, informações pertinentes à concessão de
aposentadoria especial, suprindo a exigência objeto do § 1º do art. 58 da Lei nº 8213/91.
Art. 175. Quando ficar caracterizado o descumprimento das normas de proteção ao
trabalhador estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o médico perito por
meio da Gerência Executiva e, por intermédio da Divisão ou do Serviço de Benefício, deverá
oficiar ao Ministério Público do Trabalho, enviando-lhe cópia do formulário PPP, bem como
do LTCAT.
Art. 176. Caso seja solicitado pelo segurado, será processada a revisão do pedido de
benefício que foi indeferido por não ter sido acolhida a contagem de tempo de serviço sujeito
a condições especiais, contado isolada ou cumulativamente com o período de tempo de
serviço comum, na forma do § 3º do art. 146 e art. 166 desta Instrução, devendo cada chefe
de Agência colocar um cartaz em local bem visível com os seguintes dizeres:
"Por força de decisão judicial, o segurado tem direito à revisão de benefício indeferido sem a
contagem de tempo de serviço especial".
§ 1º O chefe de Agência ou de UAPS que descumprir esta orientação estará sujeito às
penalidades administrativas.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Todos os procedimentos constantes dos arts. 146 a 186 desta Instrução deverão ser
adotados para todos os processos de benefícios pendentes de decisão final, quer na
primeira instância administrativa, quer na instância recursal, bem como para os pedidos de
revisão de processos já encerrados.
Da Ação das Aps e das Uaaps
Art. 177. A análise dos requerimentos de benefícios e dos pedidos de recurso e revisão
caberá às APS e às UAAPS, com inclusão de períodos de atividades exercidas em
condições especiais, para fins de conversão de tempo de contribuição ou concessão de
aposentadoria especial, observando os procedimentos a seguir:
I - verificar se constam nas informações prestadas no formulário DIRBEN-8030 ou no PPP e
nos laudos técnicos todas as exigências das normas previdenciárias vigentes;
II - preencher o formulário Despacho e Análise Administrativa da Atividade Especial
(DIRBEN-8247);
III - encaminhar ao Serviço ou à Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade
(GBENIN), para análise técnica do laudo e do formulário DIRBEN-8030 ou no PPP;
IV - promover o enquadramento, após a análise feita pelo GBENIN, quando se tratar de
agente nocivo, em qualquer período trabalhado, nos casos em que não houve
enquadramento pela atividade;
§ 1º O enquadramento por atividade ou categoria profissional será realizado preferencial e
preponderantemente e independe de análise de agentes nocivos e deverá ser feito por
servidor administrativo.
§ 2º O enquadramento por agente nocivo será realizado pela Perícia Médica do INSS,
independentemente do período trabalhado, inclusive para períodos onde não há a exigência
de apresentação de LTCAT.
§ 3º A Perícia Médica do INSS deverá atuar na análise das informações constantes do
LTCAT e do DIRBEN-8030 ou do PPP, para fins de enquadramento técnico da atividade
exercida sob condições especiais, independentemente da data de entrada do requerimento
do benefício e dos pedidos de revisão e recurso, desde que se trate de análise técnica, para
todos os agentes, arrolados ou não.
§ 4º Ressalta-se, que, nos casos de períodos já reconhecidos como de atividade especial,
deverão ser respeitadas as orientações vigentes à época, sendo que a análise pela perícia
médica dar-se-á nas situações em que houver períodos com agentes nocivos a serem
enquadrados, sejam por motivo de requerimento, revisão ou mesmo de recurso.
§ 5º Nos casos de agentes nocivos não arrolados nos Decretos Regulamentares, os
GBENIN deverão encaminhar consulta técnica à Divisão de Orientação e Uniformização de
Procedimentos de Perícia Médica Reabilitação Profissional, por meio do SISCON.
§ 6º Para todos os casos, observar se os documentos apresentados, quando em cópias, são
autenticados. O mesmo é válido para o caso de tratar-se de cópias de laudos coletivos ou
individuais, podendo ser estes, originais, ou portando autenticação por cartório ou feita pelo
profissional da habilitação do INSS.
Da Ação Médico-pericial
Art. 178. Os Serviços ou as Seções do GBENIN das GerênciasExecutivas deverão constituir
equipe técnica de análises, compostas, exclusivamente, pela área médica do Quadro de
Pessoal do Instituto, com lotação permanente nas Unidades de Atendimento da Previdência
Social, preferencialmente, com especialização em medicina do trabalho, mediante
delegação do GBENIN, desde que submetidos a treinamento específico, cabendo aos
técnicos, ainda:
I - confirmar se os laudos técnicos de condições ambientais estão assinados por médico do
trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho;
II - verificar se, nos laudos emitidos em data posterior ao exercício da atividade, consta a
informação de que as condições ambientais do local de trabalho, os agentes nocivos
existentes à época, o lay out, as instalações físicas e os processos de trabalho permanecem

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SAÚDE OCUPACIONAL

inalterados, caso contrário, deve-se analisar se o resultado das alterações atendem o


disposto no inciso III;
III - analisar as informações constantes dos LTCAT e informações inseridas no formulário
DIRBEN-8030 ou no PPP, visando a concluir quanto à efetiva exposição a agentes nocivos
relacionados nos quadros anexos aos decretos que regulamentam a aposentadoria especial,
mediante preenchimento do formulário DIRBEN-8248;
IV - solicitar esclarecimento aos responsáveis pela emissão dos referidos documentos,
quando houver dúvidas ou informações incompletas, sendo o prazo pré-fixado pelo servidor
para resposta, e, no caso do não cumprimento desse prazo, poderá ser inspecionado o local
de trabalho do segurado, para confirmar as informações, observando:
a) o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) ou o LRA - Levantamento de
Riscos Ambientais
b) o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
c) notas fiscais de aquisição pela empresa e os recibos de fornecimento de EPI aos
trabalhadores;
d) os comprovantes de treinamento para utilização dos EPI fornecidos pela empresa;
f) comprovantes de fiscalização efetiva do uso de EPI.
V emitir relatório e encaminhá-lo à Divisão ou ao Serviço de Arrecadação da Gerência-
Executiva circunscriscionante do cimento centralizador da empresa, quando o laudo técnico
estiver em desacordo com as condições de trabalho do segurado;
VI - providenciar o retorno do processo, após análise, ao setor competente da APS ou
UAAPS, para conclusão.
Art. 179. Para fins de reconhecimento dos períodos trabalhados como de atividade especial,
em razão da exposição a agente nocivo, o médico perito deverá observar os critérios de
enquadramento e a classificação dos agentes nocivos constantes nos anexos dos decretos
vigentes à época dos períodos trabalhados.
Parágrafo único. Após análise, o médico perito deverá providenciar o pronunciamento,
mediante o preenchimento do formulário de Análise e Decisão Técnica de Atividade Especial
(DIRBEN-8248), no qual obrigatoriamente constará a fundamentação da decisão, de acordo
com os parâmetros técnicos de sua conclusão.
Art. 180. Tratando-se de exposição a ruído (Nível de Pressão Sonora Elevado NPSE), será
caracterizada como especial a efetiva exposição do trabalhador, de forma habitual e
permanente, não ocasional nem intermitente, a níveis de ruído superiores a oitenta dB(A) ou
noventa dB(A), conforme o caso:
I na análise do agente nocivo ruído (Nível de Pressão Sonora Elevado - NPSE), até 5 de
março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a efetiva exposição for superior a
oitenta dB(A) e, a partir de 6 de março de 1997, quando a efetiva exposição se situar acima
de noventa dB(A), atendidos aos demais pré-requisitos de habitualidade e permanência,
conforme legislação previdenciária;
II - na situação prevista no caput deste artigo, o nível de ruído (Nível de Pressão Sonora
Elevado - NPSE) a que o trabalhador esteve exposto deve ser analisado considerando a
efetiva proteção obtida pelo uso de EPI.
III - tendo em vista que a legislação previdenciária definiu o limite de tolerância em noventa
decibéis (dB), sem especificar o circuito de compensação adequado às mensurações de
cada tipo de ruído, a Perícia Médica deverá considerar este limite de tolerância como sendo
de noventa dB(A).
IV - na citação do ruído (Nível de Pressão Sonora), quando indicados níveis variados de
decibéis, somente caberá o enquadramento como especial quando a dosimetria da jornada
de trabalho permissível conforme Anexo I da NR 15, apresentar nível médio de pressão
sonora (Lavg = level average) superior a noventa dB(A), considerando a dose equivalente de
exposição ao ruído (Nível de Pressão Sonora Elevado - NPSE), devendo ser anexada a

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SAÚDE OCUPACIONAL

memória dos valores em tabelas ou em gráficos, constando o tempo de permanência do


trabalho em cada nível de medição efetuada.
Parágrafo único. A medição de ruído em toda a jornada poderá ser de modo individual para
cada trabalhador ou considerando grupos homogêneos de risco, devendo ser explicitada
qual das alternativas foi considerada na medição.
V - para ruídos (Nível de Pressão Sonora Elevado) contínuos, as mensurações serão
realizadas por meio de dosímetro ou medidor de pressão sonora em circuito de respostas
lenta (slow) e compensação "A".
VI - para ruídos (Níveis de Pressão Sonora Elevado) de impacto, as medições serão
realizadas com medidor de nível de pressão sonora operando em circuito linear e circuito de
resposta para impacto. No caso de não se dispor do equipamento supra citado será aceita a
leitura no circuito de resposta rápida (fast), e circuito de compensação "C". Os limites de
tolerância são de 130 dB (linear) ou 120 dB(C), conforme o Anexo II da NR-15, observados
critérios de habitualidade e permanência em toda a jornada de trabalho.
VII - as aferições dos níveis de exposição ao agente ruído (Níveis de Pressão Sonora
Elevado), referidas nos incisos anteriores, deverão, necessariamente, ser obtidas por
mensurações realizadas por equipamentos dos grupos de qualidade de "zero" a "dois" da
classificação IEC 60.651 ou ANSI SI.4 de 1983, devendo ser descrita no Laudo Técnico a
respectiva metodologia utilizada e o tipo do equipamento, conforme exigência contida no
item 15.6 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 (Lei nº 6.514/77).
Art. 181. Para fins de reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição a
temperaturas anormais, será caracterizada como atividade especial a efetiva exposição ao
agente físico calor, originada exclusivamente por fontes artificiais , desde que a exposição
ocorra de modo habitual e permanente, não ocasional e nem intermitente acima dos limites
de tolerância definidos no Anexo III da NR-15 da Portaria nº 3.214/78, devendo os resultados
serem oferecidos em Unidades de Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo (IBUTG),
indicando-se, expressamente, a classificação da atividade em "leve", "moderada" ou
"pesada" referentemente ao dispêndio energético necessário para o desenvolvimento da
atividade declarada, e o regime de trabalho se contínuo ou intermitente, conforme os
quadros existentes no referido Anexo III.
Parágrafo único. Considerando o contido no item 2 do Quadro I do Anexo 3 da NR-15 da
Portaria nº 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os períodos de descanso
são considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. Assim, as atividades
desenvolvidas sob ações do agente calor requerem períodos de descanso a intervalos
regulares de atividade, não se constituindo intermitência ou interrupção de tais atividades os
referidos descansos, desde que não se exerça atividades comuns entre as atividades
especiais.
Art. 182. Para fins de reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição aos
agentes físicos: vibrações, radiações não ionizantes, eletricidade, radiações ionizantes e
pressão atmosférica anormal (pressão hiperbárica), o enquadramento como especial, em
função desses agentes será devido se as tarefas executadas estiverem descritas nas
atividades e nos códigos específicos dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos
laborados, independentemente de limites de tolerância, desde que executadas de modo
habitual e permanente, não ocasional nem intermitente;
I - as exposições a agentes nocivos citados neste artigo se forem referentes a atividades
não-descritas nos códigos específicos dos respectivos anexos, deverão originar consulta ao
MPAS e ao MTE;
II - o enquadramento só será devido se for informado que a exposição ao agente nocivo
ocorreu de forma habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, nos processos
produtivos descritos nos códigos específicos dos anexos respectivos, e que essa exposição
foi prejudicial à saúde ou à integridade física do trabalhador.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 183. O reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição a agentes


biológicos de natureza infecto-contagiosa e em conformidade com o período de atividade,
será determinado pela efetiva exposição do trabalhador aos agentes citados nos decretos
respectivos, desde que cumulativamente:
I - os trabalhos executados estejam relacionados nos referidos anexos;
II exista a exposição aos microorganismos e parasitas infecciosos vivos de natureza infecto
contagiosa ou suas toxinas, de forma habitual e permanente;
III - a exposição ao citado agente seja prejudicial à saúde e à integridade física do
trabalhador.
IV - as atividades sejam exercidas em estabelecimentos de saúde em contato permanente
com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas ou com manuseio de materiais
contaminados, provenientes dessas áreas, devendo ser enquadradas nos respectivos
Anexos dos RPS vigentes nos períodos laborados, observado o disposto nos §§ 1º e 2º
deste artigo.
§ 1º A atividade será reconhecida como especial, independentemente da atividade ter sido
exercida em estabelecimentos de saúde, até 28 de abril de 1995 sem apresentação do laudo
técnico e, de 29 de abril de 1995 a 05 de março de 1997, com apresentação do laudo
técnico da empresa.
§ 2º A partir de 06 de março de 1997, mediante apresentação de laudo técnico, somente
serão enquadradas as atividades exercidas em estabelecimentos de saúde, exclusivamente
em contato com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas ou com manuseio de
materiais infecto-contagiantes, no código 3.0.1 do Anexo IV dos Decretos nº 2.172, de 1997,
e nº 3.048, de 1999.
Art. 184. O reconhecimento de atividade como especial, em razão de associação de
agentes, será determinado pela exposição aos agentes combinados exclusivamente nas
tarefas especificadas, devendo ser analisado considerando os itens dos Anexos dos
Regulamentos da Previdência Social vigentes à época dos períodos laborados:
I - quinze anos: trabalhos de mineração subterrânea em frentes de produção - os
trabalhadores envolvidos em perfuração em extração de minérios em operações de corte,
furação, desmonte, perfurações de rochas, cortadores de rochas, carregadores, britadores,
cavouqueiros e choqueiros ou em outras atividades correlatas exercidas nas frentes de
extração em subsolo;
II vinte anos: trabalhos permanentes no subsolo afastados das frentes de produção -
motoristas, carregadores, condutores de vagonetas, carregadores de explosivos,
encarregados de fogo, eletricistas, engatadores, bombeiros, madeireiros, e outros
profissionais com atribuições permanentes em minas subsolo trabalhando em galerias,
rampas, poços, depósitos etc.;
III - vinte e cinco anos: trabalhos permanentes a céu aberto corte, furação, desmonte,
carregamento, britagem, classificação, carga e descarga de silos, transportadores de
correias e teleférreos, moagem, calcinação, ensacamento e outras perfurações de rochas,
cortadores de rochas, carregadores, britadores, cavouqueiros e choqueiros, ou outras
atividades correlatas exercidas nas frentes de extração em superfície.
Art. 185. Para fins de reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição a
agentes químicos, considerado o RPS vigente à época dos períodos laborados, a avaliação
deverá contemplar todas aquelas substâncias existentes no processo produtivo, devendo
estas avaliações serem:
I - anexadas ao LTCAT;
II - anexados os certificados de análises das amostras fornecidas pelo laboratório
responsável;
III - nas análises de amostragem direta e leitura instantânea, tais certificados são
substituídos pela conclusão do avaliador, onde deverá constar a metodologia e o tipo de

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SAÚDE OCUPACIONAL

instrumental utilizados com especificações técnicas, prazo de validade dos reagentes, nome
e assinatura do técnico avaliador.
a) caso sejam utilizados os métodos de leitura direta deverão ser realizadas, pelo menos,
dez amostragens, coletadas na zona respiratória do trabalhador;
b) entre cada uma das amostras deverá ser observado o intervalo mínimo de vinte minutos
(item 6 do Anexo 11 da NR-15 da Portaria nº 3214/78), sendo que os dados das
amostragens deverão ser apresentados em tabelas com a respectiva média das
concentrações e tempo de exposição projetada para toda a jornada de trabalho;
c) no caso de amostragens contínuas e de leitura indireta deverá ser apresentado laudo do
laboratório, anexo ao LTCAT;
d) em análises qualitativas do agente químico o laudo correspondente deverá contemplar as
fontes de contaminação, matérias primas manipuladas no processo produtivo, bem como os
dados das fichas de identificação química das mesmas, ficando à disposição da Previdência
Social para consulta;
e) para avaliação da exposição às poeiras respiráveis de sílica livre, manganês e amianto
(asbesto) deverão ser adotados os critérios de medição por meio de aspiração contínua,
utilizando bomba de vazão regulável, perfazendo a utilização de, no mínimo, duas amostras
que possam cobrir toda a jornada de trabalho, sendo os limites de Tolerância para Poeira
Minerais, aqueles definidos no Anexo 12 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 (Lei nº 6.514/77),
devendo a coleta ser realizada na zona de respiração do trabalhador.
f) no LTCAT Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, deverá constar a
metodologia empregada e os dados utilizados para os cálculos da concentração da poeira
respirável, entre os quais devem ser explicitadas as características da bomba de
amostragem, a vazão utilizada, a quantidade de poeira coletada, o volume total e a
percentagem de sílica livre contidos na poeira analisada;
g) caso o valor da avaliação quantitativa do agente químico que conste do Anexo 4 e que
não esteja relacionado nem contemplado nos Anexos 11, 12 e 13 da NR-15 da Portaria nº
3.214/78 (Lei nº 6.514/77) poderão ser utilizados os referenciais dos respectivos Limites de
Tolerância da ACGIH (American Conference of Governamental Industrial Higyenists), ou
aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que
mais rigorosos do que os critérios técnicos legais estabelecidos (NR-9 item 9.3.5.1.).
Procedimentos de Inspeção Médico-pericial em Empresas Que Exponham Trabalhadores a
Riscos Ocupacionais
Art. 186. Compete ao INSS verificar se a empresa gerencia adequadamente seus riscos
ambientais e ergonômicos de forma a proteger seus trabalhadores dos infortúnios
trabalhistas.
Art. 187. Considera-se, para efeito desta instrução, que:
I - o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), nos termos da NR-09, visa à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, pela antecipação, pelo
reconhecimento, pela avaliação e, consequentemente, pelo controle da ocorrência de riscos
ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos
riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e implementado pela
empresa, por estabelecimento;
II - o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é obrigatório para as atividades
relacionadas à mineração, deve ser elaborado e implementado pela Empresa ou pelo
permissionário de lavra garimpeira e substitui o PPRA para essas atividades, nos termos da
NR - 22, do M.T.E.;
III - o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
(PCMAT), nos termos da NR-18, obrigatório para estabelecimentos que desenvolvem
indústria da construção, grupo 45 da tabela CNAE, com vinte trabalhadores ou mais,
implementa medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho;

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SAÚDE OCUPACIONAL

IV - o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), nos termos da NR-


07, objetiva promover e preservar a saúde dos trabalhadores, a ser elaborado e
implementado pela empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA e do PCMAT, com o
caráter de promover prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da
existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde;
V - o LTCAT é uma declaração pericial emitida por engenheiro de segurança ou por médico
do trabalho habilitado pelo respectivo órgão de registro profissional, para fins
previdenciários, e destinado a:
a) apresentar os resultados da análise global do desenvolvimento do PPRA, do PGR , do
PCMAT e do PCMSO;
b) demonstrar o reconhecimento dos agentes nocivos e discriminar a natureza, a intensidade
e a concentração que possuem;
c) identificar as condições ambientais de trabalho por setor ou o processo produtivo, por
estabelecimento ou obra, em consonância com os demais artigos deste capítulo, e com os
demais expedientes do MPAS, do MTE ou do INSS pertinentes;
d) explicitar as avaliações quantitativas e qualitativas dos riscos, por função, por grupo
homogêneo de exposição ou por posto de trabalho.
VI - o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP (Anexo XV), é o documento histórico-
laboral, individual do trabalhador que presta serviço à empresa, destinado a prestar
informações ao INSS relativas a efetiva exposição a agentes nocivos que, entre outras
informações, registra dados administrativos, atividades desenvolvidas, registros ambientais
com base no LTCAT e resultados de monitorização biológica com base no PCMSO (NR-7) e
PPRA (NR-9);
VII - o PPP respalda ocorrências e movimentações em GFIP, sendo elaborado pela empresa
empregadora, pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), no caso do Trabalhador
Portuário Avulso (TPA) e pelo respectivo sindicato da categoria, no caso de trabalhador
avulso não portuário.
§ 1º O PPP deve ser elaborado pela empresa com base no LTCAT e assinado pelo
representante legal da empresa ou seu preposto, indicando o nome do médico do trabalho e
do engenheiro de segurança do trabalho, em conformidade com o dimensionamento do
SESMT.
§ 2º O PPP deve ser mantido atualizado magneticamente ou por meio físico com a seguinte
periodicidade:
I - anualmente, na mesma época em que se apresentar os resultados da análise global do
desenvolvimento do PPRA, do PGR , do PCMAT e do PCMSO;
II - nos casos de alteração de "lay out" da empresa com alterações de exposições de
agentes nocivos mesmo que o código da GFIP/SEFIP não se altere;
§ 3º O PPP deverá ser emitido obrigatoriamente por meio físico nas seguintes situações:
I - por ocasião do encerramento de contrato de trabalho, em duas vias, com fornecimento de
uma das vias para o empregado mediante recibo;
II - para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições
especiais;
III - para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 01/07/2003, quando
solicitado pela Perícia Médica do INSS.
§ 4º A não manutenção de Perfil Profissiográfico Previdenciário atualizado ou o não
fornecimento do mesmo ao empregado, por ocasião do encerramento do contrato de
trabalho ensejará aplicação de multa prevista na alínea "o", inciso II, art. 283 do RPS;
Da Inspeção do Local de Trabalho
Art. 188. O médico perito da Previdência Social, em inspeção, solicitará à empresa, por
estabelecimento, e, se esta for contratante de serviços de terceiros intramuros, também de
suas empresas contratadas, entre outros, os seguintes elementos:

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SAÚDE OCUPACIONAL

I - Programa de Prevenção de Risco Ambiental (PPRA), PGR, PCMAT, conforme o caso;


II - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO);
III - Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP);
IV - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social (GFIP), a partir da competência janeiro de 1999;
V - Guia de Recolhimento Rescisório do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações à Previdência Social (GRFP), a partir da competência fevereiro de 1999;
VI - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho ( LTCAT);
VII - Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Art. 189. A presunção da efetiva exposição do trabalhador aos agentes nocivos será
baseada, em princípio, no PPRA, no PGR, na GFIP ou na GRFP, no PPP e no LTCAT.
Art. 190. Na verificação da GFIP, as informações prestadas nos campos ocorrência e
movimentação, que correspondem aos campos 28 e 29 na GRFP, serão objeto de
confrontação pelo médico perito ou pelo auditor fiscal da Previdencia Social, com as
informações contidas no PPRA, PGR, PCMSO, PCMAT e PPP.
§ 1º A fim de garantir o devido enquadramento em GFIP ou em GRFP, deverão ser utilizados
registros constantes de bancos de dados do MTE., do INSS, vistorias periciais em locais de
trabalho, exames clínicos e complementares, bem como informações fornecidas por
sindicatos, entre outras.
§ 2º A confrontação de documentos a que alude o caput deste artigo e o § 1º sujeitos ao
segredo profissional e atendendo a área de conhecimento específica, será feita
obrigatoriamente com a presença de médico perito, considerando o disposto no § 2º do art.
337 do Decreto nº 3.048/99 (parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001).
§ 3º Se forem constatadas distorções no enquadramento de doenças ou acidentes, o médico
perito comunicará o fato à Divisão ou ao Serviço de Arrecadação da Gerência-Executiva do
INSS e à Delegacia Regional do Trabalho circunscricionantes, ao correspondente
estabelecimento, e, ainda, se for o caso, ao Ministério Público.
Art. 191. O médico perito ou o auditor fiscal farão expediente à Procuradoria da Gerência-
Executiva do INSS circunscricionante, com vistas ao direito regressivo contra os
empregadores, quando identificar indícios de dolo ou culpa dos mesmos e seus
subempregadores, em relação aos acidentes ou às doenças ocupacionais, inclusive quanto
ao gerenciamento por eles de forma ineficaz dos riscos ambientais, ergonômicos ou de
outras irregularidades afins.
Art. 192. O médico perito ou o auditor fiscal farão expediente à Procuradoria da Gerência-
Executiva do INSS circunscricionante, com fins de representação junto ao Conselho
Regional de Medicina ou Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, sempre que a
confrontação da documentação apresentada com os ambientes de trabalho revelar indícios
de irregularidades, fraudes ou imperícia dos responsáveis técnicos pelos laudos.
Art. 193. Observados os arts. 191 e 192, o médico perito ou o auditor fiscal farão expediente
à Procuradoria da Gerência-Executiva do INSS circunscricionante, com fins de
representação junto ao Ministério Público Federal ou Estadual e Ministério Público do T
rabalho, sempre que as irregularidades suscitadas ensejarem apuração criminal.
Art. 194. A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho ou
sentença normativa, desde que não haja o deslocamento desses segurados da jornada
restante para outras atividades comuns, não descaracterizam a atividade exercida em
condições especiais.
Art. 195. As empresas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES) também
estão sujeitas aos procedimentos previstos nesta Instrução, exceto quanto ao recolhimento
da contribuição adicional para financiamento da aposentadoria especial.
Art. 196. Na concessão do benefício de aposentadoria especial, o sistema informatizado
deverá, a partir da competência abril de 1999, fazer batimento automático no Cadastro

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SAÚDE OCUPACIONAL

Nacional de Informações Sociais (CNIS) para verificar o correto preenchimento dos campos
ocorrência e movimentação da GFIP e dos campos 28 e 29 da GRFP.
Parágrafo único. Na divergência ou na falta dos dados no CNIS, será gerado relatório de
ocorrência por sistema informatizado, que será encaminhado à fiscalização para verificação
junto ao contribuinte.
Da Revisão da Aposentadoria Especial Com Fulcro na Ação Civil Pública Nº
2000.71.00.030435-2
Art. 197. A revisão do pedido de benefício que foi indeferido por não ter sido acolhida a
contagem de tempo de serviço sujeito à agente nocivo, isoladamente ou cumulativamente
com período de tempo de serviço comum, será efetuada mediante requerimento do
segurado, observado o disposto no § 2º do art. 176 desta Instrução.
§ 1º Para os benefícios já concedidos e que não foram contemplados com base nos novos
critérios determinados na Ação Civil Pública nº 2000.71.00.030435-2 e que o segurado
requeira a revisão do benefício, deverá ser analisado da seguinte forma:
I - os períodos de atividade especial não considerados por força da legislação vigente à
época da sua concessão, deverão obedecer os critérios disciplinados nesta Instrução;
II - a revisão será processada somente para os períodos de atividade especial, que
alcançarem os novos critérios estabelecidos nesta Instrução, não devendo alcançar aqueles
em que, à época da concessão, estavam amparados pela legislação vigente, salvo
identificar irregularidade evidente;
§ 2º A revisão prevista no caput não será objeto de reforma do benefício desde que ocasione
prejuízo ao segurado.
§ 3º Para os processos com decisões definitivas oriundas das Juntas de Recurso, inclusive
das Câmaras de Julgamento, que o acórdão não contemplou os novos critérios
determinados pela Ação Civil Pública nº 2000.71.00.030435-2, deverão ser revistos, tendo
em vista que os novos critérios deverão ser aplicados para processos em curso de qualquer
instância administrativa.
§ 4º A correção das parcelas decorrentes desta Instrução deverá ocorrer a partir da data do
pedido da revisão, se o segurado não tiver interposto recurso.
§ 5º Se o benefício estiver em fase de recurso, a correção será fixada de acordo com as
normas estabelecidas para esse caso.
§ 6º Pedidos de revisão que tenham por objeto outro elemento diverso da Ação Civil Pública
referida, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I - promover a revisão, somente do objeto da Ação Civil Pública, e a correção das parcelas
nos termos disciplinados no caput;
II - Após a concluída a revisão referida no inciso anterior, deverá ser processada nova
revisão relativa ao objeto diverso, devendo a correção obedecer os critérios disciplinados
para este procedimento.
Subseção V
Do Auxílio-Doença
Art. 198. O direito ao benefício de auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do
trabalho, deverá ser analisado com base na Data do Afastamento do Trabalho (DAT) ou na
Data do Início da Incapacidade (DII), conforme o caso.
§ 1º Será considerada como Data do Afastamento do Trabalho aquela em que for fixado o
início da incapacidade para os segurados empregado doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual, facultativo, segurado especial e o desempregado.
§ 2º Nas situações em que o benefício for requerido após trinta dias contados da DAT ou da
DII, conforme o caso, a Data do Início do Pagamento (DIP) será fixada na Data de Entrada
do Requerimento (DER).
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º deste artigo aos benefícios requeridos a partir de 23 de
novembro de 2000, data da publicação do Decreto nº 3.668.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 4º O requerimento de auxílio-doença poderá ser feito pela Internet, para os segurados


empregados e desempregados, observando que a análise do direito será feita com base nas
informações constantes no CNIS sobre as remunerações e vínculos, a partir de 01 de julho
de 1994, podendo o segurado, a qualquer momento, solicitar alteração, inclusão ou exclusão
das informações no CNIS, com a apresentação de documentos comprobatórios dos
períodos ou das remunerações divergentes, observado o disposto nos arts. 389 a 391.
§ 5º Os benefícios de auxílio-doença concedidos por decisão judicial, inclusive os
decorrentes de acidente do trabalho, em manutenção, deverão ser revistos semestralmente,
contado o prazo a partir da data de seu início ou da data de seu restabelecimento,
observado o disposto no § 4º art. 96 desta Instrução.
Art. 199. A análise médico-pericial, para fixação da Data do Início da Doença (DID) e da Data
do Início da Incapacidade (DII), para todos os segurados, deverá ser fundamentada a partir
de dados clínicos objetivos, exames complementares, comprovante de internação hospitalar,
atestados de tratamento ambulatorial, entre outros elementos, conforme o caso, sendo que
os critérios utilizados para fixação dessas datas deverão ficar consignados no relatório de
conclusão do exame.
§1º A requisição de exames complementares ou especializados não deverá ser solicitada na
perícia médica inicial.
§ 2º Para fins de concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 01/07/2003, a
Perícia Médica do INSS poderá solicitar à empresa o PPP, com vista à fundamentação do
reconhecimento técnico do nexo causal e para avaliação de potencial laborativo objetivando
processo de reabilitação profissional.
Art. 200. Aplica-se o disposto no art. 76 do RPS às situações em que a Previdência Social
tiver ciência da incapacidade do segurado por meio de documentos que comprovem essa
situação e desde que a incapacidade seja confirmada pela perícia médica do INSS.
Parágrafo único. Nas situações em que a ciência do INSS ocorrer após transcorridos 30 dias
do afastamento da atividade, aplica-se o disposto inciso III do art. 72 do RPS.
Art. 201. Quando o segurado empregado entrar em gozo de férias ou licença-prêmio ou
qualquer outro tipo de licença remunerada, o prazo de espera para requerimento do
benefício será contado a partir do dia seguinte ao término das férias ou da licença.
Art. 202. Independente da DER, no caso de novo pedido, se a perícia médica concluir pela
concessão de novo benefício decorrente da mesma doença fixando a DII até sessenta dias
contados da cessação do benefício anterior, será indeferido o novo pedido prorrogando-se o
benefício anterior, descontando-se os dias trabalhados, quando for o caso.
§ 1º Na situação prevista no caput, a Data do Início do Pagamento será fixada na:
I - DII, se requerido até trinta dias da nova incapacidade, vedado o pagamento em
duplicidade na hipótese desta recair até a data da cessação do benefício anterior;
II DER, se requerido após trinta dias da nova incapacidade;
§ 2º A perícia médica do INSS poderá retroagir a DII de acordo com os elementos
apresentados pelo segurado para este fim.
Art. 203. Aplicar-se-á o disposto no § 1º do art. 204, para fins de DIB e DIP ao segurado
empregado que afastar-se do trabalho, por motivo de doença, durante quinze dias
consecutivos, retornando à atividade no décimo sexto dia e se dela voltar a se afastar dentro
de sessenta dias desse retorno, ainda que não se trate da mesma doença ou do mesmo
acidente.
Art. 204. A análise do direito ao auxílio-doença, após parecer médico-pericial, deverá levar
em consideração:
I - se a DID e a DII forem fixadas anteriormente à primeira contribuição, não caberá a
concessão do benefício;
II - se a DID for fixada anterior ou posteriormente à primeira contribuição e a DII for fixada
posteriormente à 12ª contribuição, será devida a concessão do benefício, desde que
atendidas as demais condições;

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SAÚDE OCUPACIONAL

III - se a DID for fixada anterior ou posteriormente à primeira contribuição e a DII for fixada
anteriormente à 12ª contribuição, não caberá a concessão do benefício, ressalvadas as
hipóteses do art. 207 desta Instrução.
Parágrafo único. Havendo a perda da qualidade de segurado e fixada a DII após cumprido
1/3 (um terço) da carência exigida, caberá a concessão do benefício se, somadas às
anteriores, totalizarem, no mínimo, a carência definida para o benefício, observado o
disposto nos arts. 310 e 461 desta Instrução.
Art. 205. Por ocasião do requerimento de auxílio-doença, quando o segurado não contar
com a carência mínima exigida para a concessão do benefício, dever-se-ão observar:
I - se é doença que isenta de carência;
II - se é acidente de qualquer natureza ou causa;
III - se a DII recaiu no 2º dia do 12º mês da carência, tendo em vista que um dia de trabalho,
no mês, vale como contribuição para aquele mês, para qualquer categoria de segurado;
IV se a doença for isenta de carência, a DI D e a DII devem recair no 2º dia do primeiro mês
da carência.
Art. 206. O benefício de auxílio-doença será suspenso quando o segurado deixar de
submeter-se a exames médico-periciais, a tratamentos e a processo de reabilitação
profissional proporcionados pela Previdência Social, exceto à tratamento cirúrgico e à
transfusão de sangue, devendo ser restabelecido a partir do momento em que deixar de
existir o motivo que ocasionou a suspensão, desde que persista a incapacidade.
Parágrafo único. Para os fins previstos no caput, o orientador profissional comunicará ao
setor de benefícios as datas da ocorrência da recusa ou do abandono do tratamento, bem
como a data do retorno ao programa de reabilitação profissional, para fins de suspensão ou
restabelecimento do benefício, conforme o caso.
Art. 207. Ao segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social,
estando incapacitado para uma ou mais atividades, inclusive em decorrência de acidente do
trabalho, será concedido um único benefício, observado o disposto nos arts. 81 e 83 desta
Instrução.
Parágrafo único. Se, por ocasião do requerimento, o segurado que exercer mais de uma
atividade estiver incapaz para o exercício de todas, a DIB e a DIP, observadas as
disposições constantes no art. 72 do RPS, serão fixadas em função do último afastamento,
se o trabalhador estiver empregado, ou serão fixadas em função do afastamento como
empregado, se exercer a atividade de empregado concomitantemente com outra de
contribuinte individual ou de empregado doméstico, observado o disposto no art. 83 desta
Instrução.
Art. 208. O segurado em gozo de auxílio-doença, inclusive decorrente de acidente do
trabalho, que ficar incapacitado para qualquer outra atividade que exerça, cumulativamente
ou não, deverá ter o seu benefício revisto para inclusão dos salários-de-contribuição,
conforme disposto no § 1º dos incisos I e II do art. 83 desta Instrução.
Das Disposições Relativas Ao Acidente do Trabalho
Art. 209. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício da atividade a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para
o trabalho.
§ 1º Será devido o benefício de auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho ao
segurado empregado (exceto o doméstico), trabalhador avulso e segurado especial.
§ 2º O presidiário somente fará jus ao benefício de auxílio-doença decorrente de acidente do
trabalho, bem como a auxílio-acidente, quando exercer atividade remunerada na condição
de empregado, trabalhador avulso ou segurado especial.
Art. 210. Considera-se como o dia do acidente, no caso de doença profissional ou de doença
do trabalho, a Data do Início da Incapacidade de laboração para o exercício da atividade

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habitual ou o dia da segregação compulsória ou o dia em que for realizado o diagnóstico,


valendo para esse efeito o que ocorrer primeiro.
Art. 211. Quando se tratar de pedido de reabertura de auxíliodoença decorrente de acidente
do trabalho, em razão de agravamento de seqüela proveniente do acidente do trabalho,
poderá ser reaberto, em qualquer época, desde que na referida data, comprove a qualidade
de segurado.
Art. 212. Os pedidos de reabertura de auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho
deverão ser comunicados ao INSS quando houver tratamento ou afastamento por
agravamento de lesão do acidente do trabalho ou doença ocupacional, que gere
incapacidade de laboração.
Art. 213. Ao servidor de órgão público que tenha sido excluído do RGPS em razão da
transformação do Regime de Previdência Social ou que tenha averbado período de
vinculação ao RGPS por CTC, não caberá reabertura do acidente ocorrido quando
contribuinte do RGPS.
Art. 214. Os acidentes do trabalho são classificados em três tipos:
I - acidente típico (tipo 1), que é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa;
II - doença profissional ou do trabalho (tipo 2);
III - acidente de trajeto (tipo 3), que é aquele que ocorre no percurso do local de residência
para o de trabalho ou desse para aquele, considerando a distância e o tempo de
deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto.
§ 1º Se o acidente do trabalhador avulso ocorrer no trajeto do órgão gestor de mão-de-obra
ou sindicato para a residência, é indispensável para caracterização do acidente o registro de
comparecimento ao órgão gestor de mão-de-obra ou ao sindicato.
§ 2º Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo
segurado que, por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual.
§ 3º Quando houver registro policial da ocorrência do acidente, será exigida a apresentação
do respectivo boletim.
Art. 215. Quando do acidente resultar a morte imediata do segurado, deverá ser exigido:
I - o boletim de registro policial da ocorrência ou, se necessário, cópia do inquérito policial;
II - o laudo de exame cadavérico ou documento equivalente, se houver;
III - a certidão de óbito.
Art. 216. Quando de requerimento de pensão, o reconhecimento técnico do nexo entre a
causa mortis e o acidente ou a doença será realizado pela perícia médica, mediante análise
documental, nos casos de óbitos decorrentes de acidente do trabalho ou de doença
ocupacional, independente do segurado haver falecido em gozo de benefício acidentário,
devendo ser encaminhado àquele setor os seguintes documentos:
I - cópia da CAT;
II - certidão de óbito;
III - laudo do exame cadavérico, se houver;
IV - boletim de registro policial, se houver.
Parágrafo único. Após a análise documental, a avaliação do local de trabalho fica a critério
da perícia médica.
Art. 217. Para caracterização técnica do acidente do trabalho, conforme previsto no art. 337
do RPS, se necessário, o INSS poderá ouvir testemunhas, efetuar pesquisa ou realizar
vistoria do local de trabalho, solicitar o PPP diretamente ao empregador, visando a
esclarecimento dos fatos e ao estabelecimento do nexo causal.
Art. 218. Para o segurado especial, quando da comprovação da atividade rural, deve ser
observado o disposto nos art. 55 desta Instrução e adotados os mesmos procedimentos dos
demais benefícios previdenciários.
Art. 219. O segurado especial e o trabalhador avulso que sofreram acidente de trabalho com
incapacidade para a sua atividade habitual, serão encaminhados à perícia médica para

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avaliação do grau de incapacidade e o estabelecimento do nexo técnico logo após o


acidente, sem necessidade de aguardar os quinze dias consecutivos de afastamento.
Art. 220. Para o empregado, o nexo técnico só será estabelecido se a previsão de
afastamento for superior a quinze dias consecutivos.
Art. 221. Caberá à perícia médica do INSS cooperar na integração interinstitucional,
avaliando os dados estatísticos e repassando informações aos outros setores envolvidos na
atenção à saúde do trabalhador, como subsídios à DRT ou à Vigilância Sanitária do SUS.
Parágrafo único. Nos casos em que entender necessário, a perícia médica acionará os
órgãos citados no caput para que determinem a adoção por parte da empresa de medidas
de proteção à saúde do segurado.
Da Comunicação de Acidente do Trabalho - Cat
Art. 222. Serão responsáveis pelo preenchimento e encaminhamento da CAT de que trata o
art. 336 do RPS:
I - no caso do trabalhador avulso, a empresa tomadora de serviço e, na falta dela, o
sindicato da categoria ou o órgão gestor de mão-deobra;
II - no caso de segurado desempregado, nas situações em que a doença profissional ou do
trabalho manifestou-se ou foi diagnosticada após a demissão, a empresa ex-empregadora e,
na falta dela, as pessoas ou as entidades constantes do § 3 º do art. 336 do RPS.
Art. 223. Para os fins previstos no § 3º do art. 336 do RPS, consideram-se autoridades
públicas reconhecidas para tal finalidade os magistrados em geral, os membros do Ministério
Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos estados, os comandantes de unidades
militares do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das Forças Auxiliares (Corpo de
Bombeiros e Polícia Militar), prefeitos, delegados de polícia, diretores de hospitais e de
asilos oficiais e servidores da administração direta e indireta federal, estadual, do Distrito
Federal ou municipal, quando investidos de função.
Art. 224. A CAT entregue fora do prazo estabelecido no art. 336 do RPS e anteriormente ao
início de qualquer procedimento administrativo ou de medida de fiscalização caracteriza-se
como denúncia espontânea, não cabendo a lavratura de Auto de Infração.
Parágrafo único. A falta da comunicação a que se refere o § 3º do art. 336 do RPS não se
constitui como denúncia espontânea, cabendo à APS ou à UAAPS comunicar a ocorrência à
Divisão ou ao Serviço de Arrecadação da Gerência-Executiva circunscricionante da sede da
empresa para as providências cabíveis.
Art. 225. As comunicações de acidente do trabalho feitas perante o INSS devem se referir às
seguintes ocorrências:
I - CAT inicial: acidente do trabalho típico, doença ocupacional ou trajeto;
II - CAT reabertura: reinicio de tratamento ou de afastamento por agravamento de lesão de
acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho, com benefício cessado;
III - CAT comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional
ou do trabalho.
Art. 226. A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos
campos, em 6 (seis) vias, com a seguinte destinação:
I - 1º via: ao INSS;
II - 2º via: ao segurado ou dependente;
III - 3º via: ao sindicato dos trabalhadores;
IV - 4º via: à empresa;
V - 5º via: ao SUS;
VI - 6º via: à DRT (Ministério do Trabalho e Emprego).
§ 1º Compete ao emitente da CAT a responsabilidade pelo envio de vias dessa
Comunicação às pessoas e às entidades indicadas nos incisos de I a VI deste artigo;
§ 2º O formulário da CAT poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde
que ela possua sistema de informação de pessoal, mediante processamento eletrônico,

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cabendo observar que o formulário substituído deverá ser emitido por computador e conter
todas as informações exigidas pelo INSS.
§ 3º O campo "Atestado Médico", do formulário CAT, deverá ser preenchido pelo médico que
assistiu o segurado, quer de serviço médico público ou privado, devendo desse campo
constar assinatura, carimbo e CRM.
§ 4º Caso não atendido o disposto no § 3º deste artigo, o campo "Atestado Médico"
constante do formulário CAT deverá ser preenchido, preferencialmente, pelo médico do
trabalho da empresa, médico assistente ou médico responsável pelo Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), com a devida descrição do atendimento realizado
ao acidentado do trabalho, inclusive o diagnóstico com o Código Internacional de Doença
(CID) e o período provável de tratamento, contendo assinatura, CRM, data e carimbo do
profissional médico, seja particular, de convênio ou do SUS.
§ 5º No caso de o médico de atendimento recusar-se a preencher o campo "atestado
médico" do formulário da CAT, caberá ao INSS acionar o SUS, conforme o art. 6º do inciso I
da alínea "c" da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e a Portaria nº 119, de 9 de
setembro de 1993, de modo a evitar prejuízo ao segurado.
§ 6º Na CAT de reabertura de acidente do trabalho, deverão constar as mesmas
informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado,
atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura.
§ 7º Não são consideradas CAT de reabertura as situações de simples assistência médica
ou de afastamento com menos de quinze dias consecutivos.
§ 8º O óbito decorrente de acidente ou de doença profissional ou do trabalho, ocorrido após
a emissão da CAT inicial ou CAT de reabertura, será comunicado ao INSS, por CAT de
comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial.
Art. 227. A CAT poderá ser registrada na APS ou na UAAPS mais conveniente ao segurado
ou pela Internet.
Art. 228. Os casos de afastamento de empregado igual ou inferior a quinze dias não serão
encaminhados à perícia médica, mas o registro e o encerramento da CAT deverão ser
efetivados no sistema, não sendo necessária aposição de carimbo na CTPS do segurado.
Art. 229. As Comunicações de Acidentes de Trabalho relativas à acidente do trabalho ou à
doença do trabalho ou à doença profissional ocorridos com o aposentado que permaneceu
na atividade como empregado ou a ela retornou deverão ser registradas e encerradas.
Parágrafo único. O segurado aposentado deverá ser cientificado do encerramento da CAT e
orientado quanto ao direito à reabilitação profissional, desde que atendidos os requisitos
legais, em face ao disposto no § 2º do art. 18 da Lei nº 8.213, de 1991.
Subseção VI
Do Salário-Família
Art. 230. O limite máximo de salário-de-contribuição previsto no art. 81 do RPS, para fins de
reconhecimento do direito ao salário família, será atualizado pelos mesmos índices
aplicados aos benefícios do RGPS, fixados em portaria ministerial, conforme abaixo:
a) de 16 de dezembro de 1998 a 31 de maio de 1999, igual a R$ 360,00;
b) de 1º de junho de 1999 a 31 de maio de 2000, igual a R$ 376,60;
c) de 1º de junho de 2000 a 31 de maio de 2001, igual a R$ 398,48;
d) a partir de 1º de junho de 2001, igual a R$ 429,00;
e) a partir de 1º de junho de 2002, igual a R$ 468,47
Parágrafo único. Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, tomar-se-á como
parâmetro o salário-de-contribuição da competência a ser pago o benefício.
Art. 231. O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada à empresa ou
ao órgão gestor mão-de-obra ou ao sindicato dos trabalhadores avulsos ou ao INSS a
documentação abaixo:
I - CP ou CTPS;
II - certidão de nascimento do filho (original e cópia);

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III - caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente menor de sete anos, sendo
obrigatória nos meses de novembro, contados a partir de 2000;
IV - comprovação de invalidez, a cargo da perícia médica do INSS, quando dependente
maior de quatorze anos;
V - comprovante de freqüência à escola, quando dependente a partir de sete anos, nos
meses de maio e novembro, contados a partir de 2000.
§ 1º A empresa, o órgão gestor de mão-de-obra ou o sindicato de trabalhadores avulsos ou o
INSS suspenderá o pagamento do saláriofamília, se o segurado não apresentar o atestado
de vacinação obrigatória e a comprovação de freqüência escolar do filho ou equiparado, nas
datas definidas neste artigo, até que a documentação seja apresentada, sendo observado
que:
I - não é devido o salário-família no período entre a suspensão da quota motivada pela falta
de comprovação da freqüência escolar e sua reativação, salvo se provada a freqüência
escolar no período;
II - se, após a suspensão do pagamento do salário-família, o segurado comprovar a
vacinação do filho, ainda que fora de prazo, caberá o pagamento das cotas relativas ao
período suspenso.
§ 2º Quando o salário-família for pago pela Previdência Social, caso o segurado não
apresente os documentos referenciados nos prazos determinados, o INSS o cientificará da
suspensão do pagamento, até que a documentação seja apresentada.
Art. 232. O pagamento do salário-família, ainda que a empregada esteja em gozo de salário-
maternidade, é de responsabilidade da empresa, condicionado à apresentação pela
segurada empregada da documentação relacionada no art. 231 desta Instrução.
Art. 233. A cota de salário-família referente ao menor sob guarda somente será devida ao
segurado com contrato de trabalho em vigor desde 13 de outubro de 1996, data da vigência
da MP nº 1.523, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, bem como ao trabalhador avulso que,
na mesma data, detinha essa condição.
Subseção VII
Do Salário-Maternidade
Art. 234. O salário-maternidade é devido à segurada empregada, à trabalhadora avulsa, à
empregada doméstica, contribuinte individual, facultativa e à segurada especial, durante
cento e vinte dias, com início até vinte e oito dias anteriores ao parto e término noventa e um
dias depois dele, considerando, inclusive, o dia do parto.
§ 1º O parto é considerado como fato gerador do salário-maternidade, bem como a adoção
ou guarda judicial para fins de adoção.
§ 2º Para fins de concessão de salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido à
partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto.
§ 3º A segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial a partir de 16 de
abril de 2002, data da publicação da Lei nº 10.421, para fins de adoção de criança será
devido o saláriomaternidade, observado:
I se a criança tiver até um ano de idade período de licença corresponderá a 120 dias;
II - se criança tiver entre um ano e um dia e quatro anos de idade, período de licença
corresponderá a 60 dias;
III - se a criança tiver entre quatro anos e um dia e o dia em que a criança completar oito
anos de idade, período de licença corresponderá a 30 dias;
§ 4º Para segurada com contrato temporário será devido o saláriomaternidade conforme
prazo previsto no caput, somente enquanto existir a relação de emprego.
Art. 235. Havendo requerimento após o parto, a Data do Início do Benefício será fixada no
afastamento do trabalho constante do atestado médico apresentado pela segurada, se a do
afastamento for anterior à data de nascimento da criança.
Art. 236. Tratando-se de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto,
comprovado mediante atestado médico, observado o disposto no § 2º do art. 234 desta

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Instrução, a segurada terá direito aos cento e vinte dias previstos em lei, sem necessidade
de avaliação médico-pericial pelo INSS.
Art. 237. O atestado médico de que trata o § 3º do art. 93 do RPS deve ser específico para o
fim de prorrogação dos períodos de repouso anteriores ou posteriores ao parto.
Parágrafo único. A prorrogação dos períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto
consiste em excepcionalidade, compreendendo as situações em que exista algum risco para
a vida do feto ou criança ou da mãe, devendo o atestado médico ser apreciado pela perícia
médica do INSS.
Art. 238. Para comprovação do aborto não-criminoso, situação prevista no § 5º do art. 93 do
RPS, o atestado médico deverá informar o CID específico.
Art. 239. O pagamento do salário-maternidade não pode ser cancelado, salvo se, após a
concessão, forem detectados fraude ou erro administrativo.
Parágrafo único. O salário-maternidade da empregada será devido pela Previdência Social
enquanto existir a relação de emprego.
Art. 240. A carência do salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual e
facultativa é de dez contribuições mensais, ainda que os recolhimentos a serem
considerados tenham sido vertidos em categorias diferenciadas e desde que não tenha
havido perda da qualidade de segurado.
§ 1º Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda
somente serão computadas, para efeito de carência, depois que a segurada contar, a partir
da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas
como carência para a espécie, ou seja, três contribuições, que, somadas às anteriores,
totalizem dez contribuições.
§ 2º As seguradas contribuinte individual e facultativa que já tenham cumprido a carência
exigida e cujo parto tenha ocorrido até o dia 28 de novembro de 1999, véspera da
publicação da Lei nº 9.876, farão jus ao salário-maternidade, proporcionalmente aos dias
que faltarem para completar cento e vinte dias de afastamento, após 29 de novembro de
1999.
§ 3º O disposto no § 1º deste artigo aplica-se, também, à segurada de Regime Próprio de
Previdência Social que ingressar no RGPS na condição de contribuinte individual ou
facultativo, após os prazos de carência a que se refere o inciso IV do art. 53 desta Instrução.
Art. 241. O direito ao salário-maternidade para a segurada especial foi conferido pela Lei nº
8.861, de 25 de março de 1994, sendo devido o benefício a partir de 28 de março de 1994,
desde que comprovado o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos
doze meses imediatamente anteriores ao parto (fato gerador do benefício), observado o
prazo da decadência e da prescrição qüinqüenal.
Parágrafo único. A partir de 29 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, o
período de atividade rural a ser comprovado foi reduzido para dez meses.
Art. 242. Tendo em vista a revogação do parágrafo único do art. 71 da Lei nº 8.213 pela MP
1596-14, de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, cabe a
concessão do saláriomaternidade à segurada especial e à empregada doméstica para os
requerimentos efetuados a partir de 11 de novembro de 1997, ainda que o parto tenha
ocorrido no período de 28 de março de 1994 a 10 de novembro de 1997, desde que
atendidas todas as condições exigidas, observando-se a decadência e a prescrição
qüinqüenal.
Art. 243. Para a apuração da renda mensal do salário-maternidade, deverá ser observado o
disposto no art. 89, combinado com o art. 74, ambos desta Instrução.
Art. 244. O salário-maternidade será pago diretamente pelo INSS ou mediante convênio com
empresa, sindicato ou entidade de aposentados devidamente legalizadas, na forma do art.
311 do RPS.
§ 1º O requerimento do salário-maternidade junto ao INSS poderá ser feito por meio da APS
ou da UAAPS ou via Internet.

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§ 2º Fica garantido o pagamento do salário-maternidade pela empresa à segurada


empregada quando o início do afastamento do trabalho tenha ocorrido até o dia 28 de
novembro de 1999, véspera da publicação da Lei nº 9.876.
Art. 245. A segurada em gozo de auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do
trabalho, terá o benefício suspenso, se vier a fazer jus ao salário-maternidade.
§ 1º Se, após a cessação do salário-maternidade, mediante avaliação da perícia médica do
INSS, for constatado que a segurada permanece incapacitada para o trabalho pela mesma
doença que originou o auxílio-doença suspenso, o auxílio-doença será restabelecido,
fixando-se novo limite.
§ 2º Se, na avaliação da perícia médica do INSS, ficar constatada a incapacidade da
segurada para o trabalho em razão de moléstia diversa do benefício de auxílio-doença
suspenso, deverá ser concedido novo benefício.
§ 3º A renda mensal do salário-maternidade de que trata o caput deste artigo será apurada
na forma estabelecida nos §§ 7º e 8º do art. 89 desta Instrução.
Art. 246. As seguradas da Previdência Social podem requerer o salário-maternidade ou
solicitar revisão dele, a qualquer época, observado o prazo de decadência e de prescrição,
que ocorrerá após cinco anos, a contar do data do parto, para o requerimento, ou do
recebimento da primeira prestação, para a revisão.
§ 1º A segurada empregada ou a trabalhadora avulsa, ao requererem a revisão do valor da
renda do salário-maternidade, requerido a partir de 09 de janeiro de 2002, deverão
apresentar as Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e
Informações (GFIP) ou outros documentos que comprovem a alteração salarial, devendo
observar o disposto § 6º do art. 89 e arts. 389 a 391 desta Instrução.
§ 2º A empregada doméstica, ao requerer revisão de benefício, deverá apresentar a CP ou a
CTPS, bem como os comprovantes dos recolhimentos dos salários-de-contribuição
efetuados a partir dos valores declarados na CP ou na CTPS, para os fins previstos nos arts.
48, 49 e 389 a 391 desta Instrução.
Art. 247. Durante o período de percepção de salário-maternidade, será devida a contribuição
previdenciária, na forma estabelecida nos artigos 198 e 199 do RPS.
Art. 248. A empresa deverá continuar recolhendo a contribuição de vinte por cento sobre o
valor do salário-maternidade pago diretamente pelo INSS à segurada empregada, além da
contribuição prevista no art. 202 do RPS e das contribuições devidas a outras entidades
durante o período de gozo do benefício de que trata esta Subseção.
§ 1º Quando o recebimento do salário-maternidade corresponder à fração de mês, o
desconto referente à contribuição da empregada, tanto no início quanto no término do
benefício, será feito da seguinte forma:
I - pela empresa, sobre a remuneração relativa aos dias trabalhados, aplicando-se a alíquota
que corresponde à remuneração mensal integral, respeitado o limite máximo do salário-de-
contribuição;
II - pelo INSS, sobre o salário-maternidade relativo aos dias correspondentes, aplicando-se a
alíquota devida sobre a remuneração mensal integral, observado o limite máximo do salário-
de-contribuição.
§ 2º Quando o desconto na empresa ou no INSS atingir o limite máximo do salário-de-
contribuição, não caberá mais nenhum desconto pela outra parte.
§ 3º A empresa que efetuou dedução relativa a salário-maternidade, cujo afastamento do
trabalho da segurada tenha ocorrido após 28 de novembro de 1999, deverá recolher o valor
correspondente a essa dedução indevida, com os acréscimos legais.
Art. 249. No período de salário-maternidade da segurada empregada doméstica, caberá ao
empregador recolher apenas a parcela da contribuição a seu cargo, sendo que a parcela
devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS no benefício.
Art. 250. Será descontada, durante a percepção do salário-maternidade, a alíquota de
contribuição da segurada contribuinte individual e da facultativa, equivalente a vinte por

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SAÚDE OCUPACIONAL

cento, aplicada sobre o respectivo salário-de-contribuição, observado o limite máximo desse


salário.
Parágrafo único. A contribuição devida pela contribuintes individual e pela facultativa, relativa
à fração de mês, por motivo de início ou de término do salário-maternidade, deverá ser
efetuada pela segurada em valor mensal integral e a contribuição devida no curso do
benefício será descontada pelo INSS do valor do benefício.
Art. 251. O décimo-terceiro salário (abono anual) pago pelo INSS, correspondente ao
período em que a segurada esteve em gozo de salário-maternidade, é a base de cálculo
para a contribuição à Previdência Social e para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço -
FGTS.
Art. 252. O valor do recolhimento previdenciário relativo ao décimo-terceiro salário (abono
anual) do salário-maternidade da empregada deverá ser efetuado pelo empregador, por
meio de GPS, a ser quitada até o dia 20 de dezembro do ano a que se referir o respectivo
recolhimento, ainda que parte dele tenha sido paga pelo INSS, da seguinte forma:
I - no campo 3, apor o código de recolhimento normal da empresa;
II - no campo 4, fazer constar o mês de competência do décimoterceiro salário a que se
refere o respectivo recolhimento.
Subseção VIII
Do Auxílio-acidente
Art. 253. O auxílio-acidente, será devido, desde que precedido de auxílio-doença, e
concedido como indenização, ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador
avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de
acidente do trabalho ou doença ocupacional, ou acidente de qualquer natureza ou causa,
resultar seqüela definitiva que implique em:
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e desde que as
seqüelas se enquadrem nas situações discriminadas no Anexo III do RPS; ou
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, exigindo maior
esforço para o desempenho da mesma atividade da época do acidente; ou
III - impossibilidade do desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém
permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos
indicados pela perícia médica do INSS.
§ 1º O auxílio-acidente também será devido ao segurado que, indevidamente, foi demitido
pela empresa no período em que estava recebendo auxílio-doença decorrente de acidente
do trabalho ou acidente de qualquer natureza ou causa, e que as seqüelas definitivas
resultantes estejam conforme discriminadas nos incisos deste artigo.
§ 2º Não caberá a concessão de auxílio-acidente de qualquer natureza ou causa ao
segurado que esteja desempregado na data em que ocorreu o acidente.
Art. 254. A concessão do auxílio-acidente está condicionada à confirmação, pela perícia
médica do INSS, da redução da capacidade de laboração do segurado, em decorrência de
acidente do trabalho ou de doença ocupacional ou de acidente de qualquer natureza ou
causa.
Art. 255. Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-
acidente em decorrência de outro acidente ou de doença, serão comparadas as rendas
mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso.
Art. 256. O auxílio-acidente decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa é devido
desde 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, independentemente da Data
do Início do Benefício que o precedeu, se atendidas todas as condições para sua
concessão.
Art. 257. Para apurar o valor da renda mensal do auxílio-acidente deverá ser observado o
disposto no art. 88 desta Instrução.
Art. 258. O percentual para o cálculo da renda mensal do auxílioacidente será de:

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SAÚDE OCUPACIONAL

I - trinta, quarenta ou sessenta por cento, conforme o caso, se a DIB for até 28 de abril de
1995;
II - cinqüenta por cento, se a DIB for a partir de 29 de abril de 1995.
Art. 259. O auxílio-acidente será suspenso quando da concessão ou da reabertura do
auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença que lhe tenha dado origem,
observado o disposto no § 3º do art. 75 do RPS.
§ 1º O auxílio-acidente suspenso será restabelecido após a cessação do auxílio-doença
concedido ou reaberto.
§ 2º O auxílio-acidente suspenso será cessado, se concedida aposentadoria, observado o
disposto no § 3º do art. 65 desta Instrução.
Art. 260. O auxílio acidente cessará no dia anterior ao início de qualquer aposentadoria
ocorrida a partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da MP nº 1.596-14,
convertida na Lei nº 9.528, de 1997, ou na data da emissão de CTC ou, ainda, na data do
óbito, observado, para o caso de óbito, o disposto no art. 66 desta Instrução.
Parágrafo único. Ressalvado o direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto do
auxílio-acidente com aposentadoria após 11 de novembro de 1997.
Art. 261. A concessão do auxílio-suplementar (espécie 95) foi devida até 24 de julho de
1991.
Parágrafo único. Não é permitido o recebimento conjunto do auxílio-suplementar com outro
benefício, exceto com o auxílio-doença.
Subseção IX
Da Pensão por Morte
Art. 262. A pensão por morte, a partir de 11 de novembro de 1997, vigência da MP nº 1.596-
14, convertida na Lei nº 9.528, será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida:
a) pelo dependente maior de dezesseis anos de idade, até trinta dias depois do óbito;
b) pelo dependente menor até dezesseis anos, até trinta dias após completar essa idade,
devendo ser verificada se houve a ocorrência da emancipação, conforme o disciplinado no
art. 267 desta Instrução.
II - do requerimento do benefício protocolizado após o prazo previsto no inciso I, observado
o disposto no § 1º do art. 105 do RPS;
III - da data da decisão judicial, no caso de morte presumida.
§ 1º Não se aplica o disposto no inciso II, para óbitos ocorridos anteriormente a 11 de
novembro de 1997, ainda que requerida após a modificação legislativa, em respeito ao
direito adquirido, conforme Parecer MPAS/CJ nº 2.630, publicado no D.O.U em 17 de
dezembro de 2001.
§ 2º Se requerido o benefício após a emancipação e dentro dos trinta dias contados da data
do óbito, será devido o pagamento de todo o período desde a data do óbito até a maioridade
ou emancipação, se anterior.
§ 3º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, ainda que o pagamento deva ser efetuado
ao responsável pelo menor ou incapaz, o valor será apurado unicamente em relação à cota
parte de cada um desses beneficiados, devida desde o óbito até a DER ou até o dia anterior
ao da emancipação.
§ 4º Os nascidos dentro dos trezentos dias subseqüentes à dissolução da sociedade
conjugal por morte, conforme inciso II do art. 338 do Código Civil, são considerados filhos
póstumos.
Art. 263. A contar de 11 de maio de 1994, para o empregado de empresa pública ou de
sociedade de economia mista sob controle da União, beneficiado pela Lei nº 8.878, de 1994,
que vier a falecer, a DIB será fixada na data em que o dependente tenha requerido pensão
junto ao órgão de sua vinculação, desde que, até 10 de maio de 1994, tenha implementado
os requisitos necessários à concessão do benefício.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 264. O dependente que recebe benefício de pensão por morte na condição de menor e
que, no período anterior à emancipação ou maioridade, tornar-se inválido terá direito à
manutenção do benefício, independentemente de a invalidez ter ocorrido antes ou após o
óbito do segurado, observado o disposto no inciso III do art. 17 do RPS.
§ 1º Aplica-se o disposto no caput deste artigo àquele que possuía direito à pensão por
morte na condição de menor e não a havia requerido antes de tornar-se inválido.
§ 2º A emancipação a que se refere o caput deste artigo não inclui a hipótese de colação de
grau em ensino superior.
Art. 265. De acordo com o estabelecido no art. 9º da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916,
Código Civil Brasileiro, a emancipação ocorre por:
I - concessão do pai, ou, se for morto, da mãe, e por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezoito anos cumpridos;
II - casamento;
III - exercício de emprego público efetivo;
IV - colação de grau em ensino de curso superior;
V - estabelecimento civil ou comercial com economia própria.
Art. 266. O cônjuge separado de fato terá direito à pensão por morte, mesmo que este
benefício já tenha sido requerido e concedido à companheira ou ao companheiro,
constituindo a certidão de casamento documento bastante e suficiente para a comprovação
do vínculo e da dependência econômica.
Parágrafo único. Poderá ser concedida pensão por morte ao companheiro(a) de segurado(a)
casado(a), observado o disposto no § 3º do art. 22 do RPS.
Art. 267. Para os fins previstos no inciso II do art. 112 do RPS, servirão como prova hábil do
desaparecimento, entre outras:
I - boletim do registro de ocorrência feito junto à autoridade policial;
II - prova documental de sua presença no local da ocorrência;
III - noticiário nos meios de comunicação.
Parágrafo único. Se existir relação entre o acidente ou a ausência e o trabalho, caberá a
apresentação da CAT, dos documentos relacionados neste artigo e dos documentos dos
dependentes, sendo indispensável o parecer médico-pericial para caracterização do nexo
técnico.
Art. 268. A partir de 5 de abril de 1991, é devida a pensão por morte ao companheiro e ao
cônjuge do sexo masculino, desde que atendidos aos requisitos legais.
Art. 269. Por força de decisão judicial (Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0), fica
garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira homossexual, para
óbitos ocorridos a partir de 05/04/91, desde que atendidas todas as condições exigidas para
o reconhecimento do direito a esse benefício, observando-se o disposto no art. 105 do RPS.
Art. 270. Caberá a concessão de pensão aos dependentes, mesmo que o óbito tenha
ocorrido após a perda da qualidade de segurado, desde que:
I - o instituidor do benefício tenha implementado todos os requisitos para obtenção de uma
aposentadoria até a data do óbito;
II - fique reconhecida a existência de incapacidade permanente ou temporária, dentro do
período de graça, por meio de parecer médico pericial do INSS, com base em atestados ou
relatórios médicos, exames complementares, prontuários ou outros documentos
equivalentes, referentes ao ex-segurado,
Art. 271. A partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº 1.523, o menor sob
guarda deixa de integrar a relação de dependentes para os fins previstos no RPS, inclusive
aquele já inscrito.
Parágrafo único. Caso o óbito do segurado tenha ocorrido até 13 de outubro de 1996, fica
mantido o direito à pensão por morte do menor sob guarda, desde que atendidos os
requisitos da legislação em vigor à época.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 272. A pessoa cuja designação, como dependente do segurado, tenha sido feita até 28
de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, fará jus à pensão por morte, se o
óbito tiver ocorrido até aquela data, desde que atendidas as demais condições.
Art. 273. Por ocasião do requerimento de pensão do dependente menor de vinte e um anos,
far-se-á necessária a apresentação de declaração do requerente ou do dependente no
formulário Termo de Responsabilidade, no qual deverá constar se o dependente é ou não
emancipado, além de outros dados.
Art. 274. Caberá a concessão nas solicitações de pensão por morte em que haja débito
decorrente do exercício de atividade do segurado contribuinte individual, desde que
comprovada a manutenção da qualidade de segurado perante o RGPS.
§ 1º A verificação da manutenção da qualidade de segurado de que trata o caput, far-se-á,
alternativamente, pela comprovação das seguintes condições:
I Pela existência de pelo menos uma contribuição regular efetivada em data anterior ao
óbito, desde que entre a última contribuição paga e o óbito, não tenha transcorrido o lapso
temporal a que se refere o inciso II e o § 2º do art. 15 da Lei nº 8.213/1991.
II - Na hipótese do segurado não ter providenciado, em vida, inscrição da atividade de
contribuinte individual que vinha exercendo, a verificação da manutenção da qualidade
obedecerá, simultaneamente, os seguintes critérios:
a) já exista, nos moldes do art. 330 do RPS, filiação e inscrição anteriores junto à
Previdência Social, seja como empregado, inclusive doméstico, trabalhador avulso,
contribuinte individual ou facultativo;
b) haja regularização expontânea da inscrição e das contribuições decorrentes da
comprovação da atividade de contribuinte individual, observado o disposto no § 3º do art. 55
da Lei 8.213/91;
c) não tenha decorrido o prazo de manutenção da qualidade de segurado entre as eventuais
atividades mencionadas na alínea "a" e a atividade de contribuinte individual comprovada
pelos dependentes, mencionada na alínea "b"
III - Admitir-se-á ainda a regularização expontânea do débito por parte dos dependentes, nas
seguintes hipóteses:
a) exista inscrição e contribuições regulares, efetivadas pelo segurado, com paralisação dos
recolhimentos por período superior aos prazos estabelecidos para manutenção da qualidade
de segurado; ou
b) exista apenas inscrição formalizada pelo segurado, sem o recolhimento da primeira
contribuição.
§ 2º Cabe ao INSS, quando da solicitação do benefício, promover as orientações cabíveis
aos dependentes, facultando-lhes o pagamento dos eventuais débitos deixados pelo
segurado, alertando inclusive que o não pagamento do débito ensejará o indeferimento do
pedido.
§ 3º Será devida a pensão por morte mesmo que a regularização das contribuições de que
tratam os incisos II e III correspondam a períodos parcial ou intercalados, quando
assegurarem por si só a manutenção da qualidade de segurado.
§ 4º Na hipótese de recolhimento na forma prevista no parágrafo anterior, o débito
remanescente deverá ser comunicado à arrecadação, até que sejam definidos critérios para
cobrança no benefício.
§ 5º Para a situação prevista nos incisos II e III do § 1º do presente artigo, observar quanto
ao efetivo exercício da atividade, o disposto no art. 44, bem como o § 6º do art. 459, desta
Instrução.
§ 6º O recolhimento das contribuições obedecerá, além do que dispuser a lei sobre formas
de cálculo, os critérios gerais estabelecidos para enquadramento inicial, progressão e
regressão ou outros que envolvam o contribuinte individual.
§ 7º Em caso de regularização de débitos, pelos dependentes, nos termos do inciso II a
apuração do salário de contribuição obedecerá o seguinte critério:

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SAÚDE OCUPACIONAL

I - para o segurado que iniciou a atividade até 28.11.99, será considerado como salário base
o salário mínimo;
II - para o segurado que iniciou a atividade a partir de 29.11.99, observar que:
a) Na hipótese de tratar-se de contribuinte individual cuja ocupação seja como prestador de
serviço ou empresário aplicar o que dispuser a Lei 9.876/99 sobre o salário de contribuição,
desde que comprovados nos termos do art. 218 do RPS ou pró-labore, conforme o caso,
observado os limites mínimos e máximos de contribuição;
b) Para os demais contribuintes individuais que exerciam atividade por conta própria, o
salário de contribuição será o salário mínimo.
§ 8º O débito relativo à contribuição devida pelo segurado falecido não poderá ser
descontado do valor do benefício de pensão por morte.
Art. 275. Excepcionalmente, no caso de óbito de segurado que recebia cumulativamente
duas ou mais aposentadorias concedidas por ex-institutos, observado o previsto no art. 124
da Lei nº 8.213, de 1991, será devida a concessão de tantas pensões quantos forem os
benefícios que as precederam.
Art. 276. O benefício devido ao segurado ou ao dependente civilmente incapaz será pago ao
cônjuge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na falta desses e por período não superior
a seis meses, o pagamento a administrador provisório, mediante termo de compromisso
firmado no ato do recebimento, na forma estabelecida no art. 412 desta Instrução.
Parágrafo único. Vencido o prazo estipulado no caput deste artigo, em não sendo
apresentado o documento definitivo, expedido pela autoridade competente, deverá o
recebedor do benefício providenciar declaração da referida autoridade constando o
andamento do processo.
Art. 277. O requerimento de pensão por morte de segurado que falecer em gozo de
aposentadoria, auxílio-doença, previdenciária ou acidentária, ou auxílio-reclusão, poderá ser
feito nas APS ou UAAPS ou via Internet.
Art. 278. O deficiente e o idoso que recebem renda mensal vitalícia ou o benefício de que
trata a LOAS, se vierem a ter direito à pensão por morte, poderão optar pelo benefício mais
vantajoso.
Art. 279. Nas situações relacionadas no art. 112 do RPS, a cada seis meses o recebedor do
benefício deverá apresentar documento da autoridade competente contendo informações
acerca do andamento do processo, relativamente a declaração de morte presumida, até que
seja apresentada a certidão de óbito.
Subseção X
Do Auxílio-Reclusão
Art. 280. Será devido igualmente o benefício de auxílio-reclusão em caso de recolhimento do
segurado à prisão sem que tenha sido prolatada sentença condenatória.
Art. 281. Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do maior de dezesseis e
menor de dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional
ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude, observado o disposto no
art. 25 e parágrafo único do art. 108 desta Instrução.
Art. 282. Considera-se pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao
benefício de auxílio-reclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semi-aberto, sendo:
I - regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de segurança
máxima ou média;
II - regime semi-aberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar.
§ 1º Será devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver cumprindo pena
em regime prisional semi-aberto, desde que observado o disposto no caput do art. 116 do
RPS.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que esteja em


livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto, assim entendido aquele cuja
execução da pena seja em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Art. 283. A privação da liberdade será comprovada por certidão da prisão preventiva ou da
sentença condenatória ou atestado do recolhimento do segurado à prisão, emitido por
autoridade competente.
Parágrafo único. Para o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, serão exigidos
certidão do despacho de internação e o atestado de seu efetivo recolhimento a órgão
subordinado ao Juiz da Infância e da Juventude.
Art. 284. A comprovação de que o segurado privado de liberdade não recebe remuneração,
conforme disposto no art. 116 do RPS, será feita por declaração da empresa a qual o
segurado estiver vinculado.
Art. 285. Quando o efetivo recolhimento à prisão tiver ocorrido a partir de 16 de dezembro de
1998, data da publicação da EC nº 20, o benefício de auxílio-reclusão será devido
desde que o último saláriode-contribuição do segurado, tomado no seu valor
mensal, seja igual ou inferior ao fixado em portaria ministerial, conforme tabela
abaixo:
PERÍODO VALOR DA RENDA
De 16/12/1998 a 31/05/1999 R$ 360,00
De 1º/06/1999 a 31/05/2000 R$ 376,60
De 1º/06/2000 a 31/05/2001 R$ 398,48
De 1º/06/2001 a 31/05/2002 R$ 429,00
A partir de 1º/06/2002 R$ 468,47
§ 1º Cabe a concessão de auxílio-reclusão, ainda que o valor da renda mensal inicial resulte
em valor superior ao teto acima referido.
§ 2º Quando não houver salário-de-contribuição na data do efetivo recolhimento à prisão,
será devido o auxílio-reclusão, desde que:
I - não tenha havido perda da qualidade de segurado;
II a última remuneração na data da cessação das contribuições ou do afastamento do
trabalho seja igual ou inferior aos valores fixados por portaria ministerial, conforme o quadro
constante no caput deste artigo.
§ 3º Para fins do disposto no inciso II do parágrafo anterior, a portaria ministerial a ser
utilizada será a vigente na data da cessação das contribuições ou do afastamento do
trabalho.
§ 4º O disposto no § 2º deste artigo aplica-se aos benefícios requeridos a partir da data da
publicação desta Instrução.
§ 5º Se a data da prisão recair em período anterior a 16 de dezembro de 1998, aplicar-se-á
a legislação vigente àquela época, não se lhe aplicando o disposto no caput deste artigo.
Art. 286. Por força de decisão judicial (Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0), fica
garantido o direito ao auxílio-reclusão ao companheiro ou companheiro homossexual,
independentemente da data de ocorrência do recolhimento à prisão, desde que atendidas
todas as condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício, observando-
se o disposto no art. 105 do RPS.
Art. 287. Fica resguardado o direito ao benefício de auxílioreclusão aos menores ou
incapazes, desde a data do efetivo recolhimento à prisão do segurado, mesmo que o
requerimento do benefício tenha ocorrido após transcorridos trinta dias do fato gerador,
observadas as disposições referidas na subseção IX do Capítulo II desta Instrução.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º A habilitação posterior de outro possível dependente que importe na exclusão ou


inclusão de dependentes somente produzirá efeito a contar da data da habilitação, conforme
disposto no art. 107 do RPS.
§ 2º O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de
auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento.
Art. 288. Se a realização do casamento ocorrer durante o colhimento do segurado à prisão,
o auxílio-reclusão será devido a partir da data do requerimento do benefício.
Art. 289. A pessoa cuja designação como dependente do segurado tenha sido feita até 28 de
abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032, fará jus ao auxílio-reclusão, se o
recolhimento à prisão tiver ocorrido até aquela data, desde que atendidas todas as
condições exigidas.
Art. 290. Fica mantido o direito à percepção do auxílio-reclusão ao menor sob guarda, desde
que a prisão tenha ocorrido até 13 de outubro de 1996, véspera da vigência da MP nº 1.523,
e reedições, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, desde que atendidos todos os requisitos
da legislação em vigor à época.
Art. 291. Não será devida a concessão de auxílio-reclusão quando o recolhimento a prisão
ocorrer após a perda da qualidade de segurado.
§ 1º Se, mediante auxílio-doença requerido de ofício, ficar constatado, por parecer médico-
pericial, que a incapacidade ocorreu dentro do período de graça, caberá a concessão de
auxílio-reclusão aos dependentes do segurado, mesmo que o recolhimento à prisão tenha
ocorrido após a perda da qualidade de segurado.
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º, será efetuada, a priori, a concessão do auxílio-doença e,
após sua cessação, será iniciado o auxílio-reclusão.
Art. 292. As parcelas individuais do auxílio-reclusão extinguemse pela ocorrência da perda
da qualidade de dependente, na forma prevista no art. 17 do RPS.
Art. 293. O auxílio-reclusão cessa:
I - com a extinção da última cota individual;
II - se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso, passar a receber
aposentadoria;
III - pelo óbito do segurado ou beneficiário;
IV - na data da soltura;
V - pela emancipação ou quando completar 21 anos de idade, salvo se inválido; no caso de
filho ou equiparado ou irmão, de ambos os sexos;
VI - em se tratando de dependente inválido, pela cessação da invalidez, verificada em
exame médico-pericial a cargo do INSS.
Art. 294. Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos:
I - no caso de fuga;
II - se o segurado, ainda que privado de liberdade, passar a receber auxílio-doença;
III - se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade
competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão;
IV - quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional, por cumprimento da pena
em regime aberto ou por prisão albergue.
§ 1º No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será
restabelecido a contar da data em que ela ocorrer, desde que mantida a qualidade de
segurado.
§ 2º Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, será ele considerado para
verificação de manutenção da qualidade de segurado.
Subseção XI
Do Abono Anual
Art. 295. O abono anual (décimo terceiro-salário ou gratificação natalina) corresponde ao
valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da cessação

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SAÚDE OCUPACIONAL

do benefício, para o segurado que recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria,


salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão.
§1º O recebimento de benefício por período inferior a doze meses, dentro do mesmo ano,
determina o cálculo do abono anual de forma proporcional.
§ 2º O período igual ou superior a quinze dias, dentro do mês, será considerado como mês
integral para efeito de cálculo do abono anual.
§ 3º O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-maternidade
será pago, em cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício nele devido.
CAPÍTULO III
DO RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO
Seção I
Do Reconhecimento do Tempo de Filiação
Art. 296. A partir de 7 de maio de 1999, não poderão ser averbados os períodos de
atividades abrangidas pelo RGPS, incluídos os processos de averbações requeridos e não
despachados.
Art. 297. Poderá ser objeto de contagem do tempo de contribuição para o RGPS, observado
o disposto nos arts. 389 a 391 desta instrução:
I - o período em que o exercício de atividade não exigia filiação obrigatória à Previdência
Social, desde que efetivado, pelo segurado, o recolhimento das contribuições
correspondentes;
II - o período em que o exercício de atividade exigia filiação obrigatória à Previdência Social
como segurado contribuinte individual, desde que efetivado o recolhimento das contribuições
devidas, no caso de retroação da data de início das contribuições.
Parágrafo único. Para fins de contagem recíproca, poderá ser certificado, para a
administração pública, o tempo de contribuição do RGPS correspondente ao período em que
o exercício de atividade exigia, ou não, filiação obrigatória à Previdência Social, desde que
efetivada pelo segurado a indenização das contribuições correspondentes.
Art. 298. A comprovação de atividade do contribuinte individual anterior à inscrição, para fins
de retroação de DIC, conforme o disciplinado nos arts. 389 a 391, far-se-á:
I - para o motorista: mediante carteira de habilitação, certificado de propriedade ou co-
propriedade de veículo, certificado de promitente comprador, contrato de arrendamento ou
cessão de automóvel para, no máximo, dois profissionais sem vínculo empregatício, certidão
do Departamento de Trânsito (DETRAN) ou quaisquer documentos contemporâneos que
comprovem o exercício da atividade;
II - para os profissionais liberais com formação universitária: mediante inscrição no
respectivo conselho de classe e documentos que comprovem o efetivo exercício da
atividade;
III - para os autônomos em geral: comprovante do exercício da atividade ou inscrição na
prefeitura e respectivos recibos de pagamentos do Imposto Sobre Serviço (ISS), em época
própria, ou declaração de imposto de renda, entre outros.
Parágrafo único. Se o documento apresentado pelo segurado não atender ao estabelecido
neste artigo, a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que levem à
convicção do fato a comprovar, inclusive mediante Justificação Administrativa.
SEÇÃO II
DA INDENIZAÇÃO
Art. 299. Indenização é o pagamento referente às contribuições relativas ao exercício de
atividade remunerada, cuja filiação à Previdência Social não era obrigatória.
Subseção I
Do Cálculo da Indenização e do Débito Referente à Contagem de Tempo de Serviço para o
Regime Geral de Previdência Social
Art. 300. As indenizações devidas à seguridade social decorrentes da comprovação de
exercício de atividade cujo período não exigia filiação obrigatória à Previdência Social e os

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SAÚDE OCUPACIONAL

débitos devidos pelos segurados contribuintes individuais, relativos aos períodos anteriores
ou posteriores à inscrição, até a competência março de 1995, para fins de obtenção de
benefícios, serão apuradas e constituídas segundo às disposições desta Instrução.
Art. 301. O Período Básico de Cálculo para os fins previstos no art. 300 será fixado com
base na média aritmética simples dos trinta e seis últimos salários-de-contribuição do
segurado, de todos os empregos ou atividades sujeitas ao RGPS, apurados, em qualquer
época, a partir da competência imediatamente anterior à data do requerimento, na ordem
decrescente e seqüencial, com ou sem interrupção, ainda que acarrete a perda da qualidade
de segurado, corrigidos mês a mês pelos mesmos índices utilizados para obtenção do
salário-debenefício.
§ 1º Entende-se por salário-de-contribuição as importâncias compreendidas no art. 214 do
RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999, inclusive o salário-base do contribuinte
individual recolhido, ou não.
§ 2º Para o segurado empregador rural, até outubro de 1991, o salário-de-contribuição anual
corresponderá:
I - ao valor total sobre o qual incidiu a contribuição anual para os exercícios até 1984;
II - a um décimo do valor sobre o qual incidiu a contribuição anual para os exercícios de
1985 a 1991.
§ 3º Na hipótese de salário-de-contribuição proporcional, em decorrência do período básico
de cálculo, a APS ou a UAAPS informará o valor anual proporcional e o número de meses
correspondentes.
§ 4º O salário-base correspondente à competência abril de 1995 e os seguintes, ainda que
não recolhidos, serão considerados na média de que trata o caput deste artigo.
§ 5º Para fins do disposto no caput deste artigo, não será considerado como salário-de-
contribuição o salário-de-benefício, exceto o salário-maternidade.
§ 6º Contando o segurado com menos de trinta e seis salários-decontribuição, na forma
indicada no caput deste artigo, a base de incidência corresponderá à soma dos salários-de-
contribuição dividida pelo número de meses apurados, observado o limite máximo do
salário-de-contribuição.
§ 7º Não existindo salário-de-contribuição no período básico de cálculo, a base de incidência
será o equivalente ao valor do saláriomínimo vigente na data do requerimento.
Art. 302. Não será computado no cálculo o salário-base correspondente ao período a ser
recolhido ou indenizado, ressalvado o disposto no § 4º do art. 301.
Art. 303. Ao valor da média apurada será aplicada a alíquota de vinte por cento e, sobre o
resultado obtido, incidirão:
I - juros moratórios de zero vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados anualmente;
II - multa de dez por cento.
Art. 304. Para a regularização das contribuições devidas, referentes a empregador rural
(contribuinte individual) até outubro de 1991, a atualização, a apuração da média, bem como
a contribuição (vinte por cento) serão apuradas da mesma forma de que são apuradas as
dos contribuintes individuais, com exceção do discriminativo de cálculo, considerando que os
juros serão de meio por cento ao mês, capitalizados anualmente, contados a partir do mês
de abril do ano seguinte ao que se refere o período objeto da regularização, visto que a
contribuição do empregador rural era fixada no mês de fevereiro, com vencimento em 31 de
março do ano subseqüente ao ano base.
Art. 305. O disposto no artigo anterior não se aplica aos casos de contribuições em atraso, a
partir da competência abril de 1995, obedecendo-se, a partir de então, às disposições
aplicadas às empresas em geral.
Art. 306. Caberá à APS ou à UAA da Previdência Social:
I - promover o reconhecimento de filiação na forma estabelecida em ato próprio;
II - informar o número de inscrição do contribuinte individual e demais dados identificadores;
III - discriminar os períodos de filiação obrigatória e não-obrigatória;

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IV - informar se trata, ou não, de contagem recíproca de tempo de serviço;


V - pesquisar no CNIS dados relativos a vínculo empregatício e a contribuições individuais
pertencentes ao interessado, anexando-as no processo ou no expediente para fins de
confrontação dos dados por ele fornecidos;
VI - relacionar os salários-de-contribuição correspondentes ao período básico de cálculo ou
ao salário-base ou à remuneração percebida no Regime Próprio de Previdência Social,
conforme o caso.
Art. 307. Caberá, ainda, à APS, por meio do Setor de Arrecadação ou por meio da Unidade
Avançada de Atendimento da Previdência Social, proceder ao cálculo para apuração da
contribuição e às demais providências concernentes ao recolhimento do débito ou da
indenização definidas nesta Instrução.
Art. 308. Para comprovar o exercício da atividade remunerada, com vistas à concessão do
benefício, será exigido do contribuinte individual, a qualquer tempo, o recolhimento das
correspondentes contribuições, observado o disposto no art. 459.
Art. 309. Os débitos ou as indenizações decorrentes da comprovação do exercício de
atividade sujeita à filiação obrigatória, como segurado contribuinte individual, a partir da
competência setembro de 1973, relativos a períodos anteriores ou posteriores à inscrição,
quando regularizados na conformidade desta Instrução, poderão ser computados para fins
de interstícios.
Art. 310. Quando se tratar de débito ou de indenização posteriores à inscrição, a classe a
ser considerada, nesse período, para fins de interstício, será aquela recolhida em dia mais
próximo da primeira competência anterior ao período de débito ou, na falta dessa classe, a
de enquadramento na tabela de que trata o § 2º do art. 278A do RPS.
Art. 311. Quando se tratar de débito ou de indenização anteriores à inscrição, a classe a ser
considerada será aquela efetivamente recolhida para fins de enquadramento na escala de
salário-base.
Art. 312. Poderão ser computados, para fins de interstícios:
I - todo período contínuo de atividade exercida nessa condição, ainda que concomitante com
outras atividades não-sujeitas à escala de salário-base;
II - somente o período de atividade exercida nessa condição, ainda que descontínuo, desde
que, no respectivo intervalo, o segurado não tenha contribuído em atividade não-sujeita à
escala de saláriosbase ou perdido a qualidade de segurado.
Art. 313. Não serão computados, para fins de interstícios:
I - os períodos de atividades sujeitas, ou não, à escala de saláriosbase anteriores à perda da
qualidade de segurado;
II - os períodos de atividades sujeitas, ou não, à escala de salários-base anteriores à última
cessação da atividade de empregado, inclusive doméstico e trabalhador avulso, contada da
data da inscrição.
Art. 314. No período de débito regularizado na forma desta Instrução, ainda que cumpridos
os interstícios necessários, não serão admitidas a progressão ou a regressão na escala de
salários-base.
Art. 315. Para fins de apuração e de constituição dos créditos, não se aplica o disposto nos
arts. 300 e 301 desta Instrução, ficando sujeitas à legislação de regência:
I - as contribuições em atraso de segurado empregado doméstico e facultativo;
II - as contribuições em atraso de segurado empresário, autônomo ou equiparado, passíveis
ao fracionamento da escala de salário-base;
III - diferenças apuradas de segurado empresário, autônomo e equiparado, quando
provenientes de recolhimentos a menor.
Art. 316. Se o período de débito, regularizado na forma do art. 301 desta Instrução, integrar
o PBC, os referidos salários-de-contribuição serão considerados para fins de cálculo do
salário-base.

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Art. 317. No ato do requerimento do benefício, poderá ser dispensada, a critério da APS ou
da UAAPS, a formalização de processo, no caso de débito posterior à inscrição, devendo ser
elaborada planilha contendo as informações referidas no art. 306 desta Instrução.
Art. 318. É vedada a aplicação do disposto nesta Instrução ao segurado facultativo cuja
filiação ao RGPS representa ato volutivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do
primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não sendo permitido o pagamento de
contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.
Subseção II
Da Indenização para Fins de Contagem Recíproca de Tempo de Serviço
Art. 319. A indenização para fins de contagem recíproca de que trata o § 3º do art. 45 da Lei
nº 8.212, de 1991, para período de filiação obrigatória, ou não, anterior ou posterior à
competência abril de 1995, terá como base de incidência a remuneração sobre a qual
incidem as contribuições para o Regime Próprio de Previdência Social a que esteja filiado o
interessado, observado o limite máximo do salário-de-contribuição.
§ 1º Na hipótese de o requerente ser filiado também ao RGPS, seu salário-de-contribuição
nesse regime não será considerado para fins de indenização.
§ 2º A remuneração a que se refere o caput será aquela vigente na data da entrada do
requerimento e sobre ela será aplicado o disposto no art. 303 desta Instrução.
CAPÍTULO IV
DA CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E DA COMPENSAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
Seção I
Da Certidão de Tempo de Contribuição
Art. 320. Será permitida a emissão de CTC a segurado que acumula cargos públicos na
administração pública federal, estadual, distrital ou municipal, conforme previsto nas alíneas
"a" a "c" do inciso XVI do art. 37 da CF.
§ 1º A CTC será única, devendo constar o período integral de contribuição ao RGPS e
consignar os órgãos de lotação a que se destinam, bem como os respectivos períodos a
serem alocados a cada um, segundo a indicação do requerente.
§ 2º Serão informados no campo "observações" da CTC os períodos a serem aproveitados
em cada órgão.
Art. 321. Será permitida a emissão de CTC, pelo INSS, para o período em que os servidores
públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios estiveram vinculados
ao RGPS, somente se, por ocasião de transformação para Regime Próprio de Previdência,
esse tempo não tiver sido averbado automaticamente pelo respectivo órgão.
Parágrafo único. O Ente Federativo deverá certificar todos os períodos vinculados ao RGPS,
prestados pelo servidor ao próprio ente e que tenham sido averbados automaticamente,
observado o disposto no § 2º, art. 10 do Decreto nº 3.112/99, mesmo que a emissão seja
posterior ao início do benefício naquele órgão.
Art. 322. Em hipótese alguma será emitida CTC para períodos de contribuição que tenham
sido utilizados para a concessão de qualquer aposentadoria no RGPS.
Art. 323. Para períodos fracionados, a CTC poderá ser emitida, a pedido do segurado, na
forma estabelecida nesta Instrução, devendo constar a informação de todo o tempo de
contribuição ao RGPS e a indicação dos períodos que o segurado deseja averbar no órgão
ao qual estiver vinculado.
Art. 324. A certidão deverá ser emitida somente para os períodos de efetiva contribuição
para o RGPS, devendo ser desconsiderados aqueles para os quais não houve contribuição,
exceto para o empregado e trabalhador avulso, conforme § 4º do art. 26 do RPS.
Art. 325. Para a expedição da CTC, não será exigido que o segurado se desvincule de suas
atividades abrangidas pelo RGPS.
Art. 326. Se a CTC, uma vez emitida, não tiver sido utilizada para fins de averbação junto ao
órgão de Regime Próprio de Previdência e se devolvido o original, poderá a certidão ser

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revista, inclusive para fracionamento de períodos, conforme o disposto no art. 323 desta
Instrução.
Art. 327. O tempo de contribuição ao RGPS que constar da CTC, mas que não tenha sido
indicado para ser aproveitado em Regime Próprio de Previdência, poderá ser utilizado para
fins de benefício junto ao INSS, mesmo que de forma concomitante com o de contribuição
para regime próprio, independentemente de existir, ou não, aposentadoria.
Parágrafo único. Entende-se por tempo a ser aproveitado o período de contribuição indicado
pelo interessado para utilização junto ao órgão ao qual estiver vinculado, se possuir Regime
Próprio de Previdência.
Art. 328. Não será emitida CTC com conversão de período de atividade especial, conforme
Parecer CJ/MPAS nº 846, de 26 de março de 1997.
Parágrafo único. As certidões emitidas no período de 14 de maio de 1992 a 26 de março de
1997, na vigência do Parecer/MPS/CJ nº 27/1992, com conversão de período de atividade
especial, continuam válidas.
Art. 329. Se o segurado estiver em gozo de abono de permanência em serviço e requerer
CTC, referente ao período de filiação ao RGPS para efeito de aposentadoria junto a Regime
Próprio de Previdência, poderá ser atendido em sua pretensão, desde que renuncie
expressamente ao abono.
Parágrafo único. O auxílio-acidente cessará na data da emissão da CTC, conforme disposto
no art.129 do RPS.
Art. 330. Para a formalização de que trata o disposto no art. 131 do RPS, deverá ser
utilizado o formulário Comunicação aos Órgãos Públicos de Concessão de Aposentadoria
com Contagem Recíproca (DIRBEN-8070).
Art. 331. Todos os períodos de atividade rural constantes de CTC emitidas a partir de 14 de
outubro de 1996, data da publicação da Medida Provisória nº 1.523, convalidada pela Lei nº
9.528, de 1997, que exigiu a contribuição para esse fim, devem ter sido objeto de
recolhimento de contribuições ou de indenização correspondente.
Parágrafo único. Deverão ser revistas as Certidões de Tempo de Contribuição emitidas em
desacordo com o disposto neste artigo, ou seja, cujo período não tenha sido objeto de
contribuição ou de indenização.
Art. 332. Caso haja solicitação de ratificação, de retificação ou de qualquer outra informação,
as Certidões de Tempo de Contribuição que foram emitidas, em qualquer época, com
período de atividade rural, deverão ser revistas, observado-se a legislação vigente à época
da emissão da Certidão, ressalvada a hipótese de indenização do período, se for o caso.
Subseção Única
Da Revisão da CTC
Art. 333. Será permitida a revisão das Certidões de Tempo de Contribuição, mediante os
seguintes critérios:
I - apresentação de requerimento pelo interessado com vistas ao cancelamento da Certidão
emitida anteriormente;
II - juntada da certidão original no referido requerimento;
III - apresentação de Certidão emitida pelo órgão de lotação do segurado, contendo
informações sobre a existência ou não de averbação e sobre a utilização dos períodos
lavrados na Certidão emitida pelo INSS, bem como, se for o caso, informações sobre os
períodos averbados;
IV - análise dos períodos, de acordo com as regras vigentes, para reformulação,
manutenção ou exclusão dos períodos certificados e conseqüente cobrança das
contribuições devidas, se for o caso.
Seção II
Da Compensação Previdenciária
Art. 334. A partir desta Instrução, o que for referente à compensação financeira passará a
ser tratado como compensação videnciária.

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Art. 335. A compensação previdenciária é o acerto de contas entre o RGPS e os Regimes


Próprios de Previdência Social dos servidores públicos da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, referente ao tempo de contribuição utilizado na concessão de
benefício, mediante contagem recíproca na forma da Lei nº 6.226, de 14 de julho de 1975, e
legislação subseqüente.
§ 1º A compensação previdenciária será devida conforme as disposições contidas na Lei nº
9.796, de 5 de maio de 1999, no Decreto nº 3.112, de 6 de julho de 1999, alterado pelo
Decreto nº 3.217, de 22 de outubro de 1999, e na Portaria Ministerial nº 6.209, de 16 de
dezembro de 1999.
§ 2º A compensação previdenciária não se aplica aos Regimes Próprios de Previdência
Social que não atendam aos critérios e aos limites previstos na Lei nº 9.717, de 27 de
novembro de 1998, e na legislação complementar pertinente, exceto quanto aos benefícios
concedidos por esses regimes no período de 5 de outubro de 1988 a 7 de fevereiro de 1999,
data de publicação da Portaria MPAS nº 4.992 de 5 de fevereiro de 1999, desde que em
manutenção em 6 de maio de 1999, data da publicação da Lei nº 9.796.
Art. 336. Para fins da compensação previdenciária, são considerados como:
I - Regime Geral de Previdência Social - o regime previsto no art. 201 da CF, gerido pelo
INSS;
II - Regimes Próprios de Previdência Social - os regimes de Previdência constituídos
exclusivamente por servidores públicos titulares de cargos efetivos da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios;
III - regime de origem - o regime previdenciário ao qual o segurado ou o servidor público
esteve vinculado, sem dele ter recebido aposentadoria ou sem que ele tenha gerado pensão
para seus dependentes;
IV - regime instituidor - o regime previdenciário responsável pela concessão e pelo
pagamento de benefício de aposentadoria ou pensão dela decorrente a segurado, servidor
público ou a seus dependentes, com cômputo de tempo de contribuição devidamente
certificado pelo regime de origem, com base na contagem recíproca prevista no art. 94 da
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Art. 337. Aplica-se o disposto nesta Instrução também aos benefícios de aposentadoria e de
pensão dela decorrente concedidos a partir de 5 de outubro de 1988, desde que em
manutenção em 6 de maio de 1999, excluída a aposentadoria por invalidez decorrente de
acidente do trabalho, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificada nos artigos 20, 21 e 151 da Lei nº 8.213, de 1991, e a pensão dela decorrente.
Art. 338. A compensação previdenciária será realizada desde que tenha havido
aproveitamento de tempo de contribuição de contagem recíproca, observado o disposto nos
incisos I a IV do art. 96 da Lei nº 8.213, de 1991.
§ 1º O tempo de atividade rural reconhecido pelo INSS, mediante CTS expedida até 13 de
outubro de 1996, será objeto de compensação financeira.
§ 2º O tempo de atividade rural reconhecido pelo INSS, mediante CTS ou CTC emitidas a
partir de 14 de outubro de 1996, somente será considerado para compensação
previdenciária, caso esse período tenha sido ou venha a ser indenizado ao INSS pelo
requerente, na forma prevista no § 13 do art. 216 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048,
de 6 de maio de 1999.
§ 3º Somente serão consideradas para a compensação previdenciária as CTS ou CTC
emitidas com conversão de tempo de serviço especial em tempo comum, no período de 14
de maio de 1992 a 26 de março de 1997, vigência do Parecer MPS/CJ/27, de 1992.
Art. 339. O tempo de serviço, devidamente certificado e utilizado para concessão de
aposentadoria, será considerado como tempo de contribuição para fins de compensação
previdenciária.

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Art. 340. Para efeito de concessão da compensação previdenciária, os Regimes Próprios de


Previdência Social somente serão considerados regimes de origem quando o RGPS for o
regime instituidor.
§ 1º Atribuem-se ao respectivo ente da federação as obrigações e os direitos previstos nesta
Instrução, caso o Regime Próprio de Previdência Social não seja administrado por entidade
com personalidade jurídica própria.
§ 2º Na hipótese de o Regime Próprio de Previdência Social ser administrado por entidade
com personalidade jurídica própria, o respectivo ente da federação responde solidariamente
pelas obrigações previstas nesta Instrução.
Art. 341. Considera-se para o cálculo do percentual de participação de cada regime de
origem o tempo de contribuição total computado na concessão da aposentadoria, mesmo
que superior a trinta anos para mulher e trinta e cinco anos para homem.
Art. 342. O MPAS, por meio do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço
Público, da Secretaria de Previdência Social, manterá cadastro atualizado do regime próprio
de Previdência Social de cada ente da Federação.
§ 1º Deverão constar do cadastro a que se refere o caput os seguintes dados de cada
Regime Próprio de Previdência Social:
I - ente da Federação a que se vincula;
II - nome do regime;
III - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
IV banco, agência bancária e conta-corrente do ente federativo;
V - períodos de existência de Regime Próprio de Previdência Social no ente da Federação;
VI - benefícios garantidos;
VII - CNPJ dos órgãos e das entidades a ele vinculados, com período de vinculação ao
respectivo regime;
VIII - denominação do administrador do regime;
VIII - legislação que o constituiu e o rege, bem como as normas que fixaram os valores
máximos da renda mensal dos benefícios de aposentadoria e pensão dela decorrente
objetos da compensação previdenciária.
§ 2º Somente os Regimes Próprios de Previdência Social cadastrados, conforme o parágrafo
anterior, poderão requerer compensação previdenciária.
Art. 343. Os requerimentos de compensação previdenciária poderão ser remetidos por meio
do COMPREV, hipótese em que os documentos previstos no Manual de que trata o § 1º do
art. 348 desta Instrução deverão ser enviados digitalizados.
Parágrafo único. Na impossibilidade de utilização do procedimento previsto no caput deste
artigo, os requerimentos de compensação previdenciária poderão ser encaminhados, com a
entrega do formulário correspondente, acompanhados dos respectivos documentos, à APS a
qual estiver vinculado.
Art. 344. O administrador de cada Regime Próprio de Previdência Social celebrará convênio
com o Ministério da Previdência e Assistência Social, visando:
I - à fiel observância da legislação pertinente;
II - a requerer e a receber transmissão de dados da CTC ou CTS entre os Regimes de
Previdência;
III - a utilizar o COMPREV e o Sistema de Óbitos (SISOBI).
Art. 345. Na hipótese de extinção do Regime Próprio de Previdência Social, os valores,
inclusive o montante constituído a título de reserva técnica, existentes para custear a
concessão e a manutenção presente ou futura de benefícios previdenciários somente
poderão ser utilizados no pagamento dos benefícios concedidos, dos débitos com o INSS,
dos valores oriundos da compensação previdenciária e na constituição do fundo previsto no
art. 6º da Lei nº 9.717, de 1998.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Parágrafo único. Os recursos financeiros recebidos pelo regime instituidor, a título de


compensação previdenciária, somente poderão ser utilizados no pagamento de benefícios
previdenciários do respectivo regime e na constituição do fundo referido neste artigo.
Subseção I
Da Compensação Previdenciária devida pelos Regimes Próprios de Previdência Social
Art. 346. Nas situações em que o RGPS for o regime instituidor, o INSS deverá apresentar
ao administrador de cada regime de origem o requerimento de compensação previdenciária
referente aos benefícios concedidos com cômputo de tempo de contribuição daquele regime
de origem.
§ 1º O requerimento de que trata este artigo deverá conter os dados e os documentos
indicados no Manual de Compensação videnciária, anexo à Portaria/MPAS nº 6.209,
publicada no DOU de 17 de dezembro de 1999.
§2º A não apresentação das informações e dos documentos a que se refere este artigo veda
a compensação previdenciária entre os regimes.
Art. 347. A compensação previdenciária devida pelos Regimes Próprios de Previdência
Social, relativa ao primeiro mês de competência do benefício, será calculada com base no
valor da Renda Mensal Inicial (RMI) ou com base no valor do benefício pago pelo RGPS, o
que for menor.
§1º O Regime Próprio de Previdência Social, como regime de origem, calculará a RMI de
benefício de mesma espécie daquele concedido pelo INSS, de acordo legislação própria, na
data da exoneração ou da desvinculação do ex-servidor, e reajustá-la-á com os índices
aplicados para correção dos benefícios mantidos pelo INSS até o mês anterior à data de
início da aposentadoria no RGPS.
§ 2º valor da renda mensal apurada, conforme parágrafo anterior, será comparado ao valor
da renda mensal inicial do benefício concedido pelo INSS, para escolha do menor valor, não
podendo esse último ser inferior ao salário mínimo.
§ 3º Se o RPPS não registrar as remunerações do ex-servidor, independentemente da data
de desvinculação, a média geral de benefícios do RGPS será considerada para fixação da
RMI, conforme Portaria Ministerial publicada mensalmente.
§ 4º Para apuração do coeficiente de participação na compensação previdenciária, será
dividido o tempo do RPPS pelo tempo total, ambos transformados em dias e utilizados na
aposentadoria do INSS, excluindo-se o tempo concomitante.
Art. 348. O resultado da multiplicação entre o valor escolhido no caput do artigo anterior e o
coeficiente encontrado nos termos do § 4º do mesmo artigo será denominado Pró-Rata
inicial.
§1º O Pró-Rata apurado no caput deste artigo será corrigido pelos índices de reajuste dos
benefícios mantidos pelo INSS, até a data do primeiro pagamento da compensação
previdenciária, resultando, então, no valor do Pró-Rata mensal
§ 2º O valor da compensação previdenciária referente a cada benefício não poderá exceder
a renda mensal do maior benefício da mesma espécie pago pelo regime de origem.
Subseção II
Da Compensação Previdenciária devida pelo RGPS
Art. 349. Cada administrador de Regime Próprio de Previdência Social, sendo regime
instituidor, deverá apresentar ao INSS requerimento de compensação previdenciária
referente a cada benefício concedido com cômputo de tempo de contribuição no âmbito do
RGPS.
§ 1º O requerimento de que trata este artigo deverá conter os dados e os documentos
indicados no Manual de que trata o § 1º do art. 348 desta Instrução.
§ 2º A não apresentação das informações e dos documentos a que se refere o parágrafo
anterior veda a compensação previdenciária entre o RGPS e o regime instituidor.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 3º No caso de tempo de contribuição prestado pelo servidor público ao próprio ente da


Federação, quando vinculado ao RGPS, será exigida certidão específica emitida pelo
administrador do regime instituidor, passível dos seguintes procedimentos:
I - confrontação entre os períodos constantes da Certidão e os períodos de vínculos
existentes no CNIS ou entre outros meios previstos na legislação do INSS;
II - se detectada qualquer divergência, o órgão emitente deverá ser cientificado, para fins de
retificação ou de ratificação dos dados informados na referida Certidão;
III - se da verificação dos dados ainda resultarem divergências, caberá o indeferimento do
requerimento, comunicando-se a decisão ao órgão interessado.
Art. 350. As informações referidas no artigo anterior servirão de base para o INSS calcular a
RMI daquele benefício, segundo as normas do RGPS vigentes na data em que houve a
desvinculação desse regime pelo servidor público.
§ 1º Considera-se data de desvinculação o dia seguinte ao último dia do afastamento da
atividade no regime de origem.
§ 2º Quando a data de ingresso no regime instituidor ocorrer em concomitância com o
regime de origem, considera-se como data de desvinculação o dia do ingresso no regime
instituidor.
§ 3º Nos casos em que o servidor prestou serviço ao próprio ente instituidor, quando
vinculado ao RGPS, a data de desvinculação será a data de mudança do regime nos casos
de enquadramento geral ou a data em que, efetivamente, o servidor foi enquadrado no novo
regime.
§ 4º O PBC será fixado na competência anterior à data de desvinculação, observada a lei
vigente à época, sendo as remunerações obtidas no CNIS.
§ 5º Não sendo encontradas as remunerações no CNIS, independentemente da data de
desvinculação, será considerada para fixação da RMI a média geral de benefícios do RGPS
divulgada mensalmente por portaria ministerial.
§ 6º Quando a data de desvinculação for anterior a 5 de outubro de 1988, o cálculo integral
da RMI deverá ser feito manualmente, mas apenas serão lançados no sistema de
compensação previdenciária os valores referentes ao salário-de-benefício e à RMI, que será
reajustada pelo sistema, até a Data de Início do Benefício no ente federativo.
§ 7º Para o cálculo da RMI em aposentadorias por invalidez ocorridas no período de 5 de
outubro de 1988 a 28 de abril de 1995, deverá ser lançado no sistema o número de grupo de
12 contribuições no período a informar.
§ 8º No caso de pensão, para efeito de cálculo da RMI, os dependentes válidos na DIB do
regime instituidor serão considerados, observando-se a classificação e a perda da qualidade
de dependente prevista na legislação do RGPS vigente à época.
Art. 351. O RGPS, como regime de origem e de acordo com legislação própria, calculará a
RMI do benefício da mesma espécie do ente federativo, da data da desvinculação do ex-
segurado e reajustará a referida Renda com os índices aplicados para correção dos
benefícios mantidos pelo INSS até o mês anterior à DIB da aposentadoria no ente
federativo.
§ 1º A compensação previdenciária devida pelo RGPS, relativa ao primeiro mês de
competência do benefício, será calculada com base no valor do benefício pago pelo regime
instituidor ou no valor da RMI apurada na forma do artigo anterior, o que for menor.
§ 2º O valor apurado nos termos deste artigo não poderá ser inferior ao salário mínimo nem
superior ao limite máximo de contribuição fixados em lei.
§ 3º Para apuração do valor da participação na compensação previdenciária, o tempo do
RGPS, calculado em dias, será dividido pelo tempo total, também calculado em dias,
utilizados pelo ente federativo, inclusive o fictício, excluindo o tempo concomitante,
resultando no percentual de participação.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 352. O resultado da multiplicação entre o valor apurado no parágrafo primeiro do artigo
anterior e o coeficiente encontrado no § 3º do mesmo artigo será denominado Pró-Rata
inicial.
Parágrafo único. O Pró-Rata apurado conforme o caput será corrigido pelos índices de
reajustamento dos benefícios mantidos pelo INSS até a data do primeiro pagamento da
compensação previdenciária, apurando-se, então, o valor do Pró-Rata mensal.
Art. 353. O valor da compensação previdenciária referente a cada benefício não poderá
exceder à renda mensal do maior benefício da mesma espécie pago pelo RGPS.
Parágrafo único. O valor da compensação previdenciária devida pelo regime de origem será
reajustado nas mesmas datas e pelos mesmos índices de reajustamento dos benefícios em
manutenção concedidos pelo RGPS, ainda que tenha prevalecido, no primeiro mês, o valor
do benefício pago pelo regime instituidor.
Subseção III
Da Compensação Previdenciária dos Regimes Instituidores
Art. 354. Aos regimes instituidores será devido o passivo de estoque dos requerimentos de
compensação previdenciária apresentados ao regime de origem, observado o prazo
estipulado no art. 5º da Lei nº 9.796/99, relativos aos benefícios concedidos no período de 5
de outubro de 1988 até 5 de maio de 1999, desde que em manutenção em 6 de maio de
1999.
§ 1º Os casos de requerimentos apresentados dentro do prazo estipulado no caput e
indeferidos a qualquer época, terão seus direitos resguardados.
§ 2º Para calcular o passivo de estoque, multiplica-se o valor Rata mensal pelo número de
meses e dias existentes no período compreendido entre a Data do Início do Benefício e a
data de 5 de maio de 1999 ou na de cessação, mesmo se ocorrida em período anterior.
Art. 355. O passivo de fluxo corresponde aos valores devidos pelo regime de origem ao
regime instituidor, a título de compensação previdenciária referente ao período
compreendido a partir de 6 de maio de 1999 até a data do primeiro pagamento da
compensação previdenciária ou até a data de cessação do benefício.
§ 1º Para cálculo do passivo de fluxo, multiplica-se o Pró-Rata mensal pelo número de
meses e dias contados a partir de 6 de maio de 1999 até a data da concessão da
compensação ou até a data da cessação do benefício que gerou a concessão.
§ 2º Apenas as parcelas relativas ao fluxo de compensação, apuradas a partir da DIB, serão
devidas aos benefícios concedidos a partir de 6 de maio de 1999.
§ 3º O Pró-Rata mensal é o valor devido mensalmente pelo regime de origem ao regime
instituidor, enquanto o benefício que deu origem à compensação for mantido.
Art. 356. Os débitos da administração direta e indireta da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios com o INSS existentes até 5 de maio de 1999, parcelados ou não,
serão considerados como crédito do RGPS, quando da realização da compensação
previdenciária prevista no art. 356 desta Instrução.
Art. 357. A critério do regime de origem, os valores apurados nos termos do artigo anterior
poderão ser parcelados em até duzentos e quarenta meses, atualizando-se os valores
devidos nas mesmas datas e pelos mesmos índices de reajustamento dos benefícios de
prestação continuada pagos pelo RGPS.
Parágrafo único. Nos casos em que o RGPS for o regime de origem, os débitos referidos
neste artigo poderão ser quitados com títulos públicos federais.
Art. 358. O INSS manterá Sistema de Compensação Previdenciária (COMPREV) com o
respectivo cadastro de todos os benefícios passíveis de compensação previdenciária.
§ 1º Mensalmente será efetuada a totalização dos valores devidos a cada Regime Próprio
de Previdência Social, bem como a do montante por eles devido, isoladamente, ao RGPS, a
título de compensação previdenciária e em razão do não-recolhimento de contribuições
previdenciárias, no prazo legal, pela administração direta e indireta da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Cada regime instituidor tornará disponível os valores de que trata o § 1º deste artigo,
lançando-os no COMPREV, nas datas definidas pelo INSS.
§ 3º Os desembolsos efetivados pelos regimes de origem só serão efetuados para os
regimes instituidores que se mostrem credores, nos termos do § 1º deste artigo.
§ 4º Apurados os valores devidos pelos regimes de origem, deverão ser observados os
seguintes procedimentos:
I - se o Regime Próprio de Previdência Social for credor, o INSS emitirá relatório de
informação até o dia trinta de cada mês, devendo efetuar o respectivo pagamento até o
quinto dia útil do mês subseqüente;
II - se o RGPS for credor, o INSS emitirá relatório de informação até o dia trinta de cada
mês, devendo o Regime Próprio de Previdência Social efetuar o respectivo pagamento até o
quinto dia útil do mês subseqüente.
§ 5º Os valores não desembolsados em virtude do disposto no § 3º deste artigo serão
contabilizados como pagamentos efetivos, devendo o INSS registrar mensalmente essas
operações e informar a cada regime próprio de Previdência Social os valores a ele
referentes.
Art. 359. Na hipótese de descumprimento do prazo de desembolso, estipulado no § 5º do
artigo anterior, serão aplicadas as mesmas normas em vigor para atualização dos valores
dos recolhimentos em atraso de contribuições previdenciárias devidas ao INSS.
Art. 360. Os administradores dos regimes instituidores devem comunicar de imediato ao
INSS, nos termos do constante no Manual referido no § 1º do art. 346 desta Instrução,
qualquer revisão no valor do benefício objeto de compensação previdenciária, sua extinção
total ou parcial, sendo tais alterações registradas no cadastro do COMPREV.
§ 1º Tratando-se de revisão, serão utilizados os mesmos parâmetros para a concessão
inicial do requerimento de compensação previdenciária.
§ 2º Constatado o não cumprimento do disposto neste artigo, as parcelas pagas
indevidamente pelo regime de origem serão registradas, no mês seguinte ao da
constatação, como crédito desse regime.
CAPITULO V
DA HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 361. Serão encaminhados para os programas de reabilitação profissional, por ordem de
prioridade:
I - o beneficiário em gozo de auxílio-doença, o acidentário ou o previdenciário;
II - o segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de contribuição ou idade, que,
em atividade de laboração, sofra acidente de qualquer natureza ou causa a implicar redução
da capacidade funcional;
III - o aposentado por invalidez;
IV o segurado sem carência para o auxílio-doença previdenciário, portador de incapacidade;
V - o dependente pensionista inválido;
VI - o dependente maior de dezesseis anos, portador de deficiência;
VII - os portadores de deficiência, sem vínculo com a Previdência Social;
Art. 362. É obrigatório o atendimento pela reabilitação profissional dos beneficiários descritos
nos incisos I, II e III do artigo anterior, ficando condicionado às possibilidades
administrativas, técnicas, financeiras e às características locais, o atendimento aos
beneficiários relacionados nos incisos IV, V, VI e VII, do mesmo artigo.
§ 1º De acordo com as condições administrativas e técnicas da reabilitação profissional,
poderão ser firmados convênios ou acordos de cooperação técnico-financeira, de forma a
permitir o atendimento das pessoas portadoras de deficiência, visando à reabilitação
profissional.
§ 2º O encaminhamento das pessoas portadoras de deficiência tem por finalidade:
I - avaliar a incapacidade para o enquadramento nos arts. 3º e 4º do Decreto nº 3.298, de 20
de dezembro de 1999;

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SAÚDE OCUPACIONAL

II - homologar o processo de habilitação profissional realizado na comunidade;


III - promover programas de reabilitação profissional.
§ 3º Se a pessoa portadora de deficiência encaminhada à reabilitação profissional não tiver
sido qualificada profissionalmente, deverá cumprir o programa de que trata o inciso III do §
2º deste artigo, para a emissão do certificado.
§ 4º Se a pessoa portadora de deficiência encaminhada à reabilitação profissional tiver se
submetido a um programa de qualificação na comunidade, deverá ser avaliada por equipe
técnica de reabilitação profissional do INSS, para emissão de certificado.
Art. 363. O atendimento aos beneficiários em programa de reabilitação profissional deverá
ser descentralizado, funcionando, preferencialmente, nas APS ou nas UAAPS, conduzidos
por equipes técnicas, constituídas por médicos peritos e por orientadores profissionais de
nível superior.
Art. 364. Os encaminhamentos que motivem deslocamento de beneficiários à reabilitação
profissional devem ser norteados pela verificação da menor distância da localidade de
domicílio e reduzidos ao estritamente necessário, estando garantido o auxílio para programa
de reabilitação profissional fora do domicílio.
Parágrafo único. Não terão direito ao auxílio de que trata o caput deste artigo os
encaminhamentos decorrentes de celebração de convênios ou de acordos de homologação
de readaptação e de cooperação técnico-financeira.
Art. 365. Nos casos de solicitação de novo benefício, por segurado que já tenha se
submetido ao programa de reabilitação profissional, o médico-perito deverá rever o processo
anteriormente desenvolvido, antes de concluir o laudo médico-pericial.
Art. 366. O empregado cuja patologia incapacitante seja decorrente de acidente de trabalho,
de doença ocupacional ou de doença do trabalho, bem como aquele que estiver em
percepção de auxíliodoença, poderá ser encaminhado à reabilitação profissional, por
convênio próprio e para readaptação de função, firmado entre a área competente do INSS e
a empresa de origem do segurado, com vistas à reabilitação profissional.
§ 1º No caso de empregados que não estejam em percepção de auxílio-doença, poderá ser
firmado convênio para a homologação da readaptação profissional desenvolvida ou
promovida pela empresa.
§ 2º O convênio ou o acordo de que trata o caput deste artigo terá como objetivo a avaliação
do processo de readaptação realizado pela empresa, principalmente no que se refere à
compatibilidade entre a função proposta e o potencial laboração do empregado.
§ 3º Quando da conclusão da avaliação, o INSS emitirá o certificado de homologação de
readaptação ou de habilitação profissional.
Art. 367. São considerados como equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação
profissional, previstos no § 2º do art. 137 do RPS, desde que constatado a sua necessidade
pela equipe de reabilitação, o implemento profissional e o instrumento de trabalho.
§ 1º Implemento profissional, conjunto de materiais indispensáveis para o desenvolvimento
da formação ou do treinamento profissional, compreende material didático, instrumentos
técnicos e equipamentos de proteção ao trabalho.
§ 2º Instrumento de trabalho é o conjunto de materiais imprescindíveis ao exercício de uma
atividade de laboração, por ocasião da volta do reabilitado ao trabalho.
CAPÍTULO VI
DA JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 368. A Justificação Administrativa somente será processada se decorrente de processo
de benefício, de CTC ou de atualização de dados do CNIS e será realizada sem ônus para o
interessado, nos termos desta Instrução.
Art. 369. Para fins do disposto no § 2º art. 143 do RPS, do registro da ocorrência policial ou
da certidão do corpo de bombeiro ou da defesa civil, deverão constar, além da identificação
da empresa atingida pelo sinistro, o endereço, os setores atingidos, a documentação
destruída, os danos causados, assim como outras informações julgadas úteis.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 370. A prova de exercício de atividade poderá ser feita por documento contemporâneo
que configure a verdade do fato alegado ou que possa levar à convicção do que se pretende
comprovar, observando-se o seguinte:
I - se o segurado pretender comprovar o exercício de atividade na condição de empregado,
a documentação apresentada deverá propiciar a convicção quanto ao alegado, constando a
designação da atividade, bem como a da empresa em que deseja demonstrar ter trabalhado;
II - a Justificação Administrativa deve ser processada mediante a apresentação de início de
prova material, devendo ser apresentado um ou mais indícios como marco inicial e outro
como marco final, bem como, se for o caso, outro para o período intermediário, a fim de
comprovar a continuidade do exercício da atividade;
III - a aceitação de um único documento está restrita à prova do ano a que ele se referir.
Art. 371. Para fins de comprovação de tempo de contribuição por processamento de
Justificação Administrativa, para empresa em atividade ou não, deverá o interessado juntar
prova oficial de existência da empresa, no período que se pretende comprovar.
Parágrafo único. Servem como prova de existência da empresa certidões expedidas por
prefeitura, por secretaria de fazenda, por junta comercial, por cartório de registro especial ou
por cartório de registro civil, nas quais constem nome, endereço e razão social do
empregador e data de encerramento, de transferência ou de falência da empresa.
Art. 372. A Justificação Administrativa e a Justificação Judicial, para fins de comprovação de
tempo de contribuição, de dependência econômica, de identidade e de relação de
parentesco, somente produzirão efeitos quando baseadas em início de prova material,
observado o disposto no § 1º do art. 143 do RPS.
§ 1º A prova de identidade visa ao esclarecimento completo de divergências existentes entre
os documentos apresentados, exceto ao esclarecimento de qualquer documento
reconhecido por lei como sendo de identificação pessoal, quanto a nomes e prenomes do
segurado ou dependentes e, se necessário, quanto a outros dados relativos à identificação.
§ 2º A prova de exclusão de dependentes destina-se a eliminar possível dependente em
favor de outro, situado em ordem concorrente ou preferencial, por inexistir dependência
econômica ou por falta de qualquer condição essencial ao primeiro dependente,
observando-se que:
I - cada pretendente ao benefício deverá ser cientificado, ainda na fase de processamento
da JA, quanto à existência de outro possível dependente e ser, inclusive, orientado no
sentido de requerer Justificação Administrativa para a comprovação de dependência
econômica, se for o caso;
II - sempre que o dependente a excluir for menor a JA somente poderá ser realizada se ele
estiver devidamente representado ou assistido por seu tutor;
III - no caso do inciso anterior, em razão da concorrência de interesses, o representante
legal não poderá ser pessoa que venha a ser beneficiada com a referida exclusão, hipótese
em que não caberá o processamento de JA, devendo o interessado fazer a prova perante o
juízo de direito competente.
§ 3º A JA para provas subsidiárias de filiação, de maternidade, de paternidade ou de
qualidade de irmão é sempre complementar de prova documental não-suficiente, já exibida,
mas que representa um conjunto de elementos de convicção.
Art. 373. Quando do requerimento de JA, o laudo de exame documentoscópico com parecer
grafotécnico, se apresentado como início de prova material, somente será aceito se o perito
especializado em perícia grafotécnica for inscrito no Instituto de Criminalística ou na
Associação Brasileira de Criminalística e se, concomitantemente, forem apresentados os
documentos originais que serviram de base para a realização do exame.
Art. 374. Para efeito de comprovação de tempo de serviço, o testemunho deverá ser,
preferencialmente, o de colegas de trabalho da época em que o requerente exerceu a
atividade alegada ou o do expatrão.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 375. As testemunhas serão indagadas a respeito dos pontos que forem objeto de
justificação, no mesmo dia e hora marcados quando forem ouvidas na mesma unidade
orgânica, não sendo o justificante obrigado a permanecer presente à oitiva.
Art. 376. Não podem ser testemunhas:
I - os loucos de todo o gênero;
II - o que, acometido por enfermidade ou por debilidade mental à época de ocorrência dos
fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo sobre o qual deve depor, não estiver habilitado a
transmitir as percepções;
III - os menores de dezesseis anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam;
V - o cônjuge, bem como o ascendente e o descendente em qualquer grau;
VI - o colateral, até terceiro grau, assim como os irmãos e as irmãs, os tios e tias, os
sobrinhos e sobrinhas, os cunhados e as cunhadas, as noras e os genros ou qualquer outro
por consangüinidade ou por afinidade;
VII - o que é parte interessada;
VIII - o que intervém em nome de uma parte, como tutor na causa do menor.
Art. 377. A JA será processada por servidor especialmente designado pela chefia de
Benefícios da Agência da Previdência Social, devendo a escolha recair em funcionários que
possuam habilidade para a tomada de depoimentos e declarações e que tenham
conhecimento da matéria objeto da Justificação Administrativa.
Art. 378. Por ocasião do processamento de JA, será lavrado o termo de assentada,
consignando-se a presença ou ausência do justificante ou de seu procurador, para,
posteriormente, o processante passar à inquirição das testemunhas e tomar a termo os
depoimentos.
§ 1º As testemunhas deverão ser ouvidas separadamente, de modo que o depoimento de
uma nunca seja presenciado ou ouvido por outra.
§ 2º Do termo de depoimento deverão constar, inicialmente, a qualificação da testemunha,
consignando-se o nome completo, a nacionalidade, a naturalidade, o estado civil, a
profissão, especificando o cargo ou a função, a idade e o endereço residencial, à vista do
seu documento de identificação, que será mencionado.
§ 3º A testemunha será advertida das penas cominadas no art. 299 do Código Penal, para o
falso testemunho, devendo o processante ler, em voz alta, o teor do referido artigo.
§ 4º O requerimento será lido em voz alta pelo processante, para que a testemunha ou o
depoente se inteirem do conteúdo do processo.
§ 5º Se o justificante estiver presente no ato da indagação da testemunha, poderá formular
perguntas, as quais serão dirigidas ao processante, que as formulará à testemunha,
podendo indeferir as que entender impertinentes, fazendo constar do termo a ocorrência.
§ 6º Terminada a oitiva de cada depoente, o termo será lido em voz alta pelo processante ou
pelo próprio depoente, sendo colhida a assinatura do depoente, a do justificante ou seu
procurador, se presentes, e a do processante, que deverão, também, obrigatoriamente,
rubricar todas as folhas de depoimento das testemunhas.
§ 7º Quando o depoente for não-alfabetizado, deverá, em lugar da assinatura, apor a
impressão digital, na presença de duas testemunhas.
Art. 379. Na hipótese de a testemunha residir em localidade distante ou em localidade
pertencente à zona de influência de outra Agência da Previdência Social, a essa Agência
será encaminhado o processo, a fim de ser convocada a testemunha e feita a oitiva,
devendo ser observada a competência para se efetuar o relatório, a conclusão e o
julgamento, na forma do disposto no art. 383 desta Instrução.
Art. 380. Se, após a conclusão da JA, o segurado apresentar outros documentos
contemporâneos aos fatos alegados que, somados aos já apresentados e ao exposto nos
depoimentos, levem à convicção de que os fatos ocorreram em período mais extenso do que

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SAÚDE OCUPACIONAL

o já homologado, poderá ser efetuado termo aditivo, desde que autorizado por quem de
competência.
Art. 381. A homologação da JA, quanto à forma, é de competência de quem a processou,
devendo este fazer relatório sucinto dos fatos colhidos, mencionando sua impressão a
respeito da idoneidade das testemunhas e opinando conclusivamente sobre a prova
produzida, de forma a confirmar ou não os fatos alegados, não sendo de sua competência
analisar o início de prova material apresentado.
§ 1º A homologação da JA quanto ao mérito, é de competência da autoridade que autorizou
o seu processamento.
§ 2º A chefia de Benefícios ou chefia da Agência da Previdência Social ou chefia das UAAPS
é autoridade competente para designar o processante da JA.
Art. 382. No retorno dos processos em fase recursal, a decisão das Juntas de Recursos ou
das Câmaras de Julgamentos para que o INSS processe a JA deve ser entendida como:
I - de autoridade requisitante, desde que o processo contenha documentos como início de
prova material, sendo, portanto, processada a JA e não emitida conclusão quanto ao mérito,
uma vez que o processo já se encontra em fase de julgamento por instância superior.
II - de solicitação de diligência, se não houver documentos que sirvam como início de prova
material, cabendo às APS ou às UAAPS a fundamentação em dispositivo legal.
Art. 383. Se, após homologada a JA, ficar evidenciado que:
I a prestação de serviço deu-se sem relação de emprego, será feito o reconhecimento da
filiação na categoria de autônomo, com obrigatoriedade do recolhimento das contribuições;
II - a atividade foi exercida na categoria de empregado, deverá ser comunicada tal
ocorrência ao Serviço ou à Divisão de Arrecadação da Agência da Previdência Social, para
as providências cabíveis.
Art. 384. Na hipótese de os documentos apresentados para a JA não serem aceitos por não
se constituírem em início de prova documental, deverá o segurado ser cientificado do fato,
para que possa recorrer, se for de seu interesse.
Art. 385. Novo pedido de JA para prova de fato já alegado e nãoprovado e a reinquirição das
testemunhas não serão admitidos.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS ÀS PREST AÇÕES DO REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 386. O INSS pode descontar da renda mensal do benefício:
I - as contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social;
II - os pagamentos de benefícios além do devido, observado o disposto nos §§ 2º ao 5º do
art. 154 do RPS;
III - o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), observando-se que:
a) para cálculo do desconto, aplicam-se a tabela e as disposições vigentes estabelecidas
pela Receita Federal, sendo que, atualmente, vige a IN SRF nº 101, de 30 de dezembro de
1997;
b) em cumprimento à decisão da Tutela Antecipada, decorrente de Ação Civil Pública nº
1999.61.00.003710-0, movida pelo Ministério Público Federal, o INSS deverá deixar de
proceder o desconto do IRRF, no caso de pagamentos acumulados ou atrasados, por
responsabilidade da Previdência Social, oriundos de concessão, reativação ou revisão de
benefícios previdenciários e assistenciais, ou seja, relativos à decisão administrativa, ou
pagamento administrativo decorrente de ações judiciais, cujas rendas mensais originárias
sejam inferiores ao limite de isenção do tributo, sendo reconhecido por rubrica própria;
c) é devido esclarecer que, na forma da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1.995, ficam
também isentos de desconto de IRRF os valores a serem pagos aos beneficiários que estão
em gozo de:
1. auxílio-doença (espécies 31 e 91), auxílio-acidente, aposentadoria por acidente motivada
em serviço;

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SAÚDE OCUPACIONAL

2. benefícios concedidos a portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação


mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e fibrose cística
(mucoviscidose);
d) a isenção dos beneficiários portadores das doenças citadas no item 2 da alínea "c" do
inciso III deste art. deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço
médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;
e) caso a permanência temporária no exterior seja em país não abrangido por Acordo
Internacional, deverá ser comandado Imposto de Renda (IR) exterior pela Agência, por meio
de sistema próprio, no módulo atualização, com percentual de desconto estabelecido pela
Receita Federal;
IV - os alimentos decorrentes de sentença judicial, observando o disposto no parágrafo único
deste artigo;
V - as mensalidades de associações e de demais entidades de aposentados legalmente
reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados, observado o disposto no parágrafo
único deste artigo.
Parágrafo único. O beneficiário deverá ser cientificado, por escrito, dos descontos efetuados
com base nos incisos I, II, IV e V deste artigo, devendo constar da comunicação a origem e
o valor do débito.
Art. 387. A decisão do INSS, em processo de interesse do beneficiário, será comunicada por
escrito, de forma clara e objetiva, na qual constarão o embasamento legal do indeferimento
e o prazo para interposição de recurso.
Art. 388. As certidões de nascimento, devidamente expedidas por órgão competente em
atendimento aos requisitos legais, não poderão ser questionadas, sendo documentos
dotados de fé pública, cabendo ao INSS, de acordo com o contido no art. 348 do Código
Civil, vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, se comprovada a
existência de erro ou falsidade do registro.Parágrafo único. O fato de constar na Certidão de
Nascimento a mãe como declarante, não é óbice para a concessão do benefício requerido,
devendo ser observada as demais condições.
Art. 389. Para fins de alteração, inclusão ou exclusão das informações relativas a dados
cadastrais, vínculos, remunerações ou contribuições do segurado no CNIS, deverão ser
adotados os seguintes critérios:
I - dados cadastrais - deverá ser exigido do segurado em relação as alterações de:
a) nome, nome da mãe, data de nascimento e sexo: documento legal de identificação;
b) endereço: representa mero ato declaratório do segurado;
c) Número de Identificação do Trabalhador (NIT): o número inscrição do contribuinte
individual, ou número do PIS ou do PA SEP.
II - vínculos e remunerações - deverão ser exigidos do segurado os seguintes documentos:
a) empregado - para comprovação de vínculo e remuneração deverão ser apresentados os
seguintes documentos:
1. declaração fornecida pela empresa, em papel timbrado, devidamente assinada e
identificada por seu responsável, acompanhada do original ou cópia da Ficha de Registro de
Empregados ou do Livro de Registro de Empregados, onde conste o referido registro do
trabalhador, devendo, em ambos os casos, serem apresentados os originais ou cópias das
respectivas folhas de pagamento; ou
2. original ou cópia autenticada da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ou
Relação de Empregados (RE), ou Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), com o
respectivo comprovante de entrega ao órgão competente (RAIS - Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal ou Ministério do Trabalho e Emprego, FGTS Caixa Econômica Federal),

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SAÚDE OCUPACIONAL

sendo que a entrega da GRE/GRR não era restrita somente à Caixa Econômica Federal,
mas a qualquer banco conveniado; ou
3. original ou cópia autenticada da Guia de Recolhimentos do FGTS e Informações à
Previdência Social (GFIP) ou Guia Rescisória de Recolhimentos do FGTS e Informações à
Previdência Social (GRFP), esta até 28/09/2001, e documentos retificadores, desde que
acompanhados do comprovante de entrega ou protocolo de envio pela Internet, sendo que,
para GFIP entregue em meio magnético ou pela Internet, é obrigatória também a
apresentação de original ou cópia autenticada da Relação dos Trabalhadores Constantes no
Arquivo SEFIP e para a GFIP em que haja recolhimento ao FGTS, o comprovante de
entrega, necessariamente, tem que conter autenticação mecânica do valor recolhido; ou
4. carteira Profissional ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; ou
5. ficha financeira, para os segurados dos ex-territórios federais que aderiram ao Programa
de Demissão Voluntária; ou
6. contracheque ou recibo de pagamento contemporâneos aos fatos que se pretende
comprovar; ou
7. termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do FGTS; ou
8. para comprovação de vínculo, cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto ou
ainda outros documentos que poderão vir a comprovar o exercício de atividade junto à
empresa.
b) trabalhador avulso - para comprovação de vínculo e remuneração, os seguintes
documentos:
1. original ou cópia autenticada da GFIP e documentos retificadores desde que
acompanhados do comprovante de entrega ou protocolo de envio pela Internet, sendo que,
para GFIP entregue em meio magnético ou pela Internet, é obrigatória também a
apresentação de original ou cópia autenticada da Relação dos Trabalhadores constantes no
arquivo SEFIP; ou
2. certificado de sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra que agrupa trabalhadores
avulsos, corroborados com Solicitação de Pesquisa ou Requisição de Diligência a priori;
c) Empregado Doméstico, os seguintes documentos:
1) Carteira Profissional ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; e
2) Guias de recolhimento ou carnês de contribuições;
d) contribuinte individual:
1) guias de recolhimento ou carnês de contribuições.
2) para o contribuinte individual empresário, de setembro de 1960 a 28 de novembro de
1999, deverá comprovar a retirada pró-labore ou o exercício da atividade junto a empresa.
3) para o contribuinte individual empresário, a partir de 29 de novembro de 1999, data da
publicação da Lei nº 9.876, deverá comprovar a retirada de pró-labore. Não possuindo tal
retirada, mas com contribuição vertidas à previdência social, deverão ser verificados se os
recolhimentos foram efetuados em época própria que, se positivo, serão convalidados para a
categoria de facultativo.
Art. 390. Se, após a análise da documentação, for verificado que esta é contemporânea, não
apresenta indícios de irregularidade e forma convicção de sua regularidade, efetuar o pedido
de acerto dos dados emitindo comunicação ao segurado informando a inclusão, alteração ou
exclusão do período ou remuneração pleiteada.
Parágrafo único. Na situação prevista no caput, caso os documentos apresentados pelo
segurado apresentem suspeitas de irregularidades, caberá a APS/UAAPS confirmar, ou não,
a veracidade da informação, antes de incluir ou excluir o período e, se for o caso, adotar os
procedimentos constantes nos arts. 438 a 451 desta Instrução.
Art. 391. O reconhecimento do direito aos benefícios requeridos a partir de 09 de janeiro de
2002 deverá basear-se no princípio de que, a partir de 01 de julho de 1994, as informações
válidas são provenientes do CNIS.

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Art. 392. O exame médico para a concessão e a manutenção do benefício de que trata o art.
170 do RPS, realizado por profissionais e entidades de saúde credenciados junto ao INSS,
não necessita ser homologado por médico do quadro de pessoal do INSS.
Parágrafo único. A perícia médica do INSS poderá processar a revisão do exame médico a
que se refere o caput deste artigo, cuja conclusão prevalecerá.
Seção I
Da Procuração
Art. 393. O requerimento de benefício deverá ser firmado pelo próprio segurado ou por seu
dependente habilitado, na forma da Lei.
Parágrafo único. No caso de auxílio-doença, o requerimento poderá ser firmado, além do
previsto no caput:
I - pela empresa ou sindicato de classe, em nome do segurado;
II - por tutor ou curador do segurado, quando for o caso;
III - por procurador legalmente constituído.
Art. 394. O segurado ou o seu dependente poderão ser assistidos, facultativamente, por
advogado ou não, para fins de requerimento ou de recebimento de qualquer benefício, ou
poderão nomear representante legal.
Parágrafo único. Em se tratando de requerimento de benefício, o instrumento de mandato
deve ser contemporâneo.
Art. 395. Opera-se o mandato, quando alguém, o outorgado, recebe de outrem, o
outorgante, poderes, para, em nome do outorgante, praticar atos.
§ 1º Todas as pessoas maiores de vinte e um anos, no gozo dos direitos civis, são aptas
para outorgar ou receber poderes.
§ 2º A procuração é o instrumento do mandato, podendo ser particular ou pública, devendo o
instrumento de mandato original ser apresentado aos autos e neles anexado.
§ 3º Para instrumento de mandato público, no caso de recebimento do benefício, o termo de
responsabilidade DIRBEN-8032 deverá ser preenchido.
§ 4º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver
dúvida de autenticidade.
§ 5º No caso de outorgante ou outorgado não-alfabetizados, o mandato deverá ser por
instrumento público, atendendo ao interesse público e ao do beneficiário.
§ 6º Os servidores públicos e militares, em atividade, somente poderão representar parentes
até segundo grau, conforme o disposto nos arts. 330 a 333 do Código Civil, observando-se
que os pais e os filhos são parentes em 1º grau e que os netos, os avós e os irmãos, em 2º
grau.
§ 7º Fica alterado o formulário "Procuração DIRBEN-8067 T ermo de Responsabilidade",
Anexo IV.
§ 8º Os instrumentos de mandato público ou particular deverão ser elaborados com os
mesmos requisitos constantes do formulário "Procuração DIRBEN 8067", Anexo IV, nos
quais constarão os dados do outorgante e do outorgado, conforme discriminado abaixo:
I - nome completo;
II - nacionalidade;
III - estado civil;
IV - número da identidade e nome do órgão emissor;
V - CPF;
VI - profissão;
VII - endereço completo, com nome da rua, da avenida ou da praça, com o número do
apartamento ou da casa, com o nome da cidade e do estado e com o número do CEP;
VIII - indicação, por extenso, da finalidade do termo de mandato, se para recebimento ou se
para requerimento de benefício;
IX - indicação do período de ausência, com mês e ano, se for o caso de ausência, e
indicação do nome do país de destino, se tratar de viagem ao exterior;

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X - comprometimento do outorgado, mediante termo de responsabilidade devidamente


firmado, em comunicar, no prazo de até trinta dias, sob pena de incursão nas sanções
criminais cabíveis, ao INSS o óbito do outorgante ou qualquer outro evento que possa anular
a procuração;
XII - indicação de data, da unidade da Federação e da cidade em que for passado;
XIII - indicação do objetivo específico da outorga, assim como a natureza, a designação e a
extensão dos poderes conferidos.
§ 9º O instrumento de mandato em idioma estrangeiro será acompanhado da respectiva
tradução por tradutor público juramentado.
§ 10. Toda e qualquer procuração passada no exterior só terá efeito no INSS depois de
autenticada pelo Ministério de Relações Exteriores ou consulados, exceto as oriundas da
França, conforme previsto no Acordo de Cooperação Judiciária em Matéria Civil, celebrado
entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa, em
Paris, em 28 de maio de 1996, promulgado por meio do Decreto nº 3.598, de 12/09/2000.
Art. 396. Para fins de recebimento do benefício, o beneficiário poderá se fazer representar
por procurador, devidamente habilitado, somente nos casos de ausência, de moléstia
contagiosa ou de impossibilidade de locomoção, conforme previsto no art. 109 da Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, e no art. 156 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6
de maio de 1999.
§ 1º Nos casos de moléstia contagiosa ou de impossibilidade de locomoção, a comprovação
será feita mediante atestado co.
§ 2º Nos casos de ausência, observar-se-ão os seguintes procedimentos:
I - deverá ser declarado, na procuração, o período de afastamento;
II - em se tratando de afastamento pôr período superior a doze meses, o instrumento, se
particular, deverá ser renovado ou, se público, revalidado, devendo ser observado:
a) caso se trate de viagem neste País, sugerir ao beneficiário a efetivação da transferência
do benefício em manutenção para a localidade onde ele estiver ou a mais próxima de onde
ele estiver;
b) tratando-se de viagem para permanência temporária no exterior em localidade abrangida
por Acordo Internacional e que o INSS possua rotina de envio de pagamento, sugerir a
transferência para o Órgão Mantenedor de Acordo Internacional responsável pelo envio do
pagamento no exterior, observando-se que, atualmente, os países que estão contemplados
com a rotina de transferência de pagamentos são Portugal, Espanha e Grécia;
c) caso a permanência temporária no exterior seja em país não abrangido por Acordo
Internacional, deverá ser apresentada nova procuração, para fins de renovação do mandato.
§ 3º A constituição de procurador ou a prorrogação do prazo do mandato ocorrerão mediante
a identificação pessoal do outorgante por servidor do INSS ou mediante:
I - atestado médico, se a moléstia contagiosa ou a impossibilidade de locomoção ainda
permanecer;
II - o disposto no § 2º deste artigo, no caso de ausência;
III - quando não for possível o deslocamento do beneficiário e ensejar dúvidas quanto ao
atestado de vida, poderá ser realizada pesquisa por servidor designado.
Art. 397. Uma vez apresentado instrumento de mandato particular ou público, o INSS, após
análise criteriosa, autorizará o pagamento do benefício, mediante cadastramento do
procurador em sistema próprio.
§ 1º Em caráter excepcional, poderá ser fornecida a autorização especial de recebimento,
que terá prazo de validade correspondente a quinze dias, devendo ser assinada por servidor
autorizado.
§ 2º O instrumento deverá ser arquivado pelo nome do procurador em pasta própria.
Art. 398. O curador ou o tutor poderá outorgar procuração a terceiros, mediante instrumento
público, para recebimento de benefício.
Art. 399. O instrumento de mandato perderá validade, efeito ou eficácia nos seguintes casos:

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I - revogação ou renúncia;
II - morte ou interdição de uma das partes;
III - mudança de estado que inabilite o mandante a conferir poderes ou o mandatário a
exercê-los;
IV - termino do prazo ou conclusão do feito.
Art. 400. A transferência de benefício de um órgão mantenedor para outro obriga a
apresentação de novo instrumento de mandato ao órgão de destino, por ser o documento
hábil para dar a autenticidade aos pagamentos realizados pelo órgão de origem, devendo
nele permanecer arquivado.
Art. 401. É assegurado ao beneficiário ou a seu representante legalmente constituído,
mediante requerimento, o direito de vistas , no INSS, ao processo na presença de servidor.
Art. 402. Quando o beneficiário ou seu representante legal solicitar cópia de processo, o
custo dessa cópia deverá ser pago pelo requerente por depósito direto em conta única
vinculada à Unidade Gestora da Gerência-Executiva, sob código identificador a ser criado
pela Unidade.
§ 1º O valor de cada cópia deverá ser igual àquele pago pela Gerência-Executiva, previsto
no contrato de reprografia.
§ 2º As cópias somente poderão ser entregues ao requerente mediante apresentação do
recibo de depósito referido no caput deste artigo, sendo que a cópia desse recibo deverá ser
arquivada.
§ 3º O beneficiário ou seu representante legal poderá solicitar o processo para tirar cópias
fora do INSS, devendo ser acompanhado por um servidor, que ficará responsável pela
integralidade do processo.
§ 4º A Coordenação de Orçamento e Finanças adotará as providências necessárias para a
criação do código de depósito de que trata este artigo.
Art. 403. A retirada do processo administrativo do INSS deverá ser evitada, porém, se
necessário, poderá o advogado efetuá-la, mediante requerimento e termo de
responsabilidade protocolizados.
§ 1º O prazo mínimo para atendimento pela APS ou pela UAAPS será de setenta e duas
horas contadas a partir da data do protocolo.
§ 2º No requerimento, deverá constar o compromisso do advogado em devolver o processo
em um prazo não superior a dez dias, contados a partir da data de entrega do processo,
estando o advogado ciente de que o não cumprimento do prazo estipulado implicará
punições disciplinares cabíveis.
§ 3º A APS ou a UAAPS deverá proceder da seguinte forma, quando da retirada do
processo, também denominado carga, pelo advogado:
I - verificar se todas as folhas estão numeradas e rubricadas;
II - anotar no termo de responsabilidade o número total de páginas constantes no original;
III - anotar, no livro de cargas, o número do benefício, o nome do segurado, a data a ser
devolvido o processo e a data da entrega com a aposição da assinatura do advogado;
IV - apor, na última folha do processo, o carimbo de carga descrito no modelo constante do
Anexo VII, com o respectivo preenchimento dos campos previstos nele.
§ 4º A APS ou a UAAPS deverá proceder da seguinte forma quando da devolução do
processo pelo advogado:
I - registrar, no livro de carga, a data da devolução;
II - conferir todas as peças do original para verificar:
a) se houve substituição ou extravio de peça processual;
b) existência de emendas ou rasuras nos autos;
III - apor, na última folha do processo, o carimbo de devolução conforme modelo constante
do Anexo VII;
§ 5º Caso não seja devolvido o processo no prazo pré-estabelecido, a APS ou UAAPS
deverá comunicar:

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I à Procuradoria da Gerência-Executiva, para fins de busca e apreensão;


II - à OAB, por ofício, para fins de adoção das medidas a cargo daquela instituição.
Art. 404. De acordo com o contido no art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto
da Advocacia), não será permitida a retirada dos autos, nos seguintes casos:
I quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração (certidões, carteiras
profissionais, carteiras de trabalho e Previdência Social, cadernetas de contribuição do ex-
Instituto de Aposentadorias e Pensões, entre outros), documentos antigos de difícil
restauração, processo com suspeita de irregularidades, processo em fase de recurso e
contra-razões do INSS, tendo em vista o prazo estipulado, ou ocorrer circunstância relevante
que justifique a permanência dos autos na repartição, reconhecida a permanência pela
autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a
requerimento da parte interessada;
II - quando o advogado, ao descumprir prazo de entrega de autos, devolveu-lhos somente
depois de intimado.
Art. 405. A partir de 5 de julho de 1994, data da publicação da Lei nº 8.906, não existem
mais restrições para que servidores inativos, que atualmente estejam exercendo a
advocacia, para representar beneficiários perante o INSS, revogando a Lei nº 4.215, de 10
de maio de 1963, que estabelecia o prazo de dois anos, contados a partir do afastamento de
das funções públicas, para poder representálos.
Art. 406. O procurador que representar mais de um beneficiário, quando do comparecimento
para tratar de assuntos a eles pertinentes, deverá respeitar as regras estabelecidas pelas
Agências da Previdência Social ou pelas Unidades Avançadas de Atendimento da
Previdência Social.
Seção II
Do Serviço Social
Art. 407. As ações profissionais do Serviço Social do INSS damentam-se no art. 88 da Lei nº
8.213, de 1991, no art. 161 do Decreto nº 3.048, de 1999, e na Matriz Teórico Metodológica
do Serviço Social da Previdência Social publicada em 1994 e objetivam esclarecer ao
usuário os seus direitos sociais e os meios de exercê-los, estabelecendo, de forma conjunta,
o processo de superação das questões previdenciárias, tanto no âmbito interno quanto no
da dinâmica da sociedade.
Parágrafo único. Os ocupantes do cargo efetivo de assistente social, além das unidades de
exercício previstas na Portaria nº 2.721, de 2000, desempenharão atividades de apoio nos
Comitês Regionais do Programa de Estabilidade Social a que se refere a Portaria nº 1.671,
de 2000.
Art. 408. O Serviço Social executará ações profissionais em articulação com outras áreas do
INSS, com organizações da sociedade civil que favoreçam o acesso da população aos
benefícios e aos serviços do RGPS e com organizações que favoreçam a participação na
implementação da política previdenciária, com base nas demandas locais e nas diretrizes
estabelecidas pela Diretoria de Benefícios.
Art. 409. Os recursos técnicos utilizados pelo assistente social são, entre outros, o parecer
social e a pesquisa social.
§ 1º O parecer social consiste no pronunciamento profissional do assistente social, com base
no estudo de determinada situação, podendo ser emitido na fase de concessão,
manutenção, recurso de benefícios ou para embasar decisão médico-pericial, por solicitação
do setor respectivo ou por iniciativa do próprio assistente social, observado que:
I - a elaboração do parecer social pautar-se-á em estudo social, de caráter sigiloso,
constante de prontuário do Serviço Social;
II a escolha do instrumento a ser utilizado para elaboração do parecer (visitas, entrevistas
colaterais ou outros) é de responsabilidade do assistente social;
III - o parecer social não se constituirá em instrumento de constatação de veracidade de
provas ou das informações prestadas pelo usuário;

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IV - nas intercorrências socais que interfiram na origem, na evolução e no agravamento de


patologias, o parecer social objetivará subsidiar decisão médico-pericial;
V - deverá ser apresentado aos setores solicitantes por formulário específico denominado
PARECER SOCIAL, DIRBEN-8221.
§ 2º A pesquisa social constitui-se em um recurso técnico fundamental para a realimentação
do saber e do fazer profissional, voltado para a busca do conhecimento crítico e
interpretativo da realidade, favorecendo a identificação e a melhor caracterização das
demandas dirigidas ao INSS e do perfil socioeconômico-cultural dos beneficiários como
recursos para a qualificação dos serviços prestados, a fim de possibilitar:
I - conhecimento do contexto político, social e econômico da região ou do município onde se
insere a Agência da Previdência;
II - conhecimento da realidade das unidades de prestação dos serviços e benefícios
previdenciários e da população usuária considerando suas condições objetivas de vida e
suas demandas;
III - elaboração de planos, programas e projetos baseados na Matriz Teórico-Metodológica
do Serviço Social, na Previdência Social, que deverão embasar a ação profissional;
IV - produção e divulgação de novos conhecimentos resultantes de experiências
profissionais.
Seção III
Do Pagamento de Benefícios
Art. 410. Observado o disposto no art. 400 desta Instrução, o titular do benefício poderá
solicitar transferência entre órgãos mantenedores, devendo, para tanto, formalizar pedido
junto à APS ou à UAAPS da nova localidade em que reside.
Art. 411. O pagamento do benefício devido ao segurado ou ao dependente civilmente
incapaz será feito ao cônjuge, ao pai, à mãe, ao tutor ou ao curador, admitindo-se, na sua
falta e por período nãosuperior a seis meses, o pagamento a herdeiro necessário, mediante
termo de compromisso firmado no ato do recebimento.
§ 1º Tutela é a instituição estabelecida por lei para proteção dos menores, cujos pais
faleceram, foram considerados ausentes ou decaíram do pátrio-poder.
§ 2º Curatela é o encargo conferido a uma pessoa para que, segundo limites legalmente
fundamentados, cuida dos interesses de alguém que não possa licitamente administrá-los,
estando, assim, sujeitos à curatela, segundo o Código Civil:
I - os loucos de todo o gênero;
II - os surdos-mudos sem a educação necessária que os habilite a enunciar precisamente a
sua vontade;
III - os pródigos.
§ 3º A interdição das pessoas indicadas no parágrafo anterior e incisos será sempre
declarada por sentença judicial.
§ 4º Excepcionalmente, poderá ser deferida a guarda pela autoridade judiciária competente,
fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou para suprir a falta
eventual dos pais ou responsáveis, com direito de representação para a prática de atos
determinados.
Art. 412. A falta da apresentação do termo de tutela ou do termo de curatela não impedirá a
concessão ou o pagamento de qualquer benefício do RGPS devido ao segurado ou ao
dependente civilmente incapaz, desde que o administrador provisório comprove, por meio de
protocolo, o pedido perante a Justiça.
Parágrafo único. Deverá ser firmado pelo administrador provisório o termo de compromisso,
impresso por sistema próprio, que será válido por seis meses, sujeito à prorrogação, desde
que comprovado o andamento do respectivo processo judicial.
Art. 413. O segurado e o dependente, após dezesseis anos de idade, poderão firmar recibo
de benefício independente da presença dos pais ou do tutor.

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Art. 414. A impressão digital do beneficiário incapaz de assinar, aposta na presença de


servidor da Previdência Social ou na de representante dela, vale como assinatura para
quitação de pagamento de benefício.
Art. 415. O valor não recebido em vida pelo segurado somente será pago aos seus
dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores, na
forma da lei civil, independentemente de inventário ou de arrolamento.
Parágrafo único. O pagamento de resíduos de benefícios de: pensão por morte todas as
espécies, renda mensal vitalícia (por invalidez e por idade), amparo previdenciário -
trabalhador rural (por invalidez e por idade), pensão especial vítimas da hemodiálise de
Caruaru, pensão vitalícia aos dependentes de seringueiro e benefícios do extinto plano
básico, acaso devido a herdeiros ou sucessores civis, será realizado mediante autorização
judicial.
Seção IV
Da acumulação de benefício
Art. 416. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios, inclusive quando decorrentes de acidentes do trabalho:
I - aposentadoria com auxílio-doença;
II - auxílio-acidente com auxílio-doença, do mesmo acidente ou da mesma doença que o
gerou;
III - renda mensal vitalícia com qualquer outra espécie de benefício da Previdência Social;
IV - pensão mensal vitalícia de seringueiro (soldado da borracha), com qualquer outro
benefício de prestação continuada mantida pela Previdência Social;
V - aposentadoria com auxílio-acidente, salvo se as datas de início dos benefícios forem
anteriores a 11 de novembro de 1997;
VI - mais de uma aposentadoria, exceto com DIB anterior a janeiro de 1967;
VII - aposentadoria com abono de permanência em serviço;
VIII - salário-maternidade com auxílio-doença;
IX - mais de um auxílio-acidente;
X - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, facultado o direito de opção
pela mais vantajosa, exceto se a DIB for anterior a 29 de abril de 1995, período em que era
permitida a acumulação;
XI - seguro desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência
Social, exceto pensão por morte, auxílioreclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar e
abono de permanência em serviço;
XII - auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço do segurado, com
auxílio-reclusão;
XIII - benefícios previdenciários com benefícios assistenciais pecuniários, exceto a Pensão
Especial Mensal aos Dependentes das Vítimas da Hemodiálise em Caruaru (Lei nº 9.422, de
24 de dezembro de 1996);
XIV - auxílio-suplementar com outro tipo de benefício, exceto com auxílio-doença.
§ 1º Pelo entendimento exarado em consulta jurídica do Ministério do Exército por meio da
Consultoria Jurídica do Ministério do Exército no Parecer CJ/Mex nº 2.098/1994, ratificado
pela Nota CJ/MPAS nº 764, de 28 de novembro de 2001, ressalvado ao beneficiário o direito
de opção, não é permitido acumular o recebimento de benefícios de ex-combatentes
previdenciários com a pensão especial instituída pela Lei nº 8.059, de 1990.
§ 2º Comprovada a acumulação indevida na hipótese estabelecida no inciso XI, deverá o
fato ser comunicado a órgão próprio do Ministério do Trabalho e do Emprego, por ofício,
informando o número do PIS do segurado.
Art. 417. É admitida a acumulação de auxílio-doença, de auxílioacidente ou de auxílio
suplementar, desde que originário de outro acidente ou de outra doença, com pensão por
morte e ou com abono de permanência em serviço.

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Art. 418. Dada a natureza indenizatória, a Pensão Especial aos Deficientes Físicos da
Síndrome da Talidomida é inacumulável com qualquer rendimento, com indenização por
danos físicos, com os benefícios assistenciais da LOAS ou com renda mensal vitalícia que, a
qualquer título, venha a ser paga pela União; é acumulável, porém, com outro benefício do
RGPS ou de qualquer outro regime, ainda que a pontuação referente ao quesito trabalho
seja igual a dois pontos.
Art. 419. Comprovada a acumulação indevida, deverá ser mantido o benefício concedido de
forma regular e cessados ou suspensos os demais, adotando-se as providências
necessárias quanto à regularização e à cobrança dos valores recebidos indevidamente,
observada a prescrição qüinqüenal.
Parágrafo único. As importâncias recebidas indevidamente por beneficiário, nos casos de
dolo, má-fé ou erro da previdência social, deverão ser restituídas, inclusive nos casos de
benefícios de valor mínimo, observado o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 154 do RPS.
Seção V
Da Correção do Primeiro Pagamento da Renda Mensal de Benefícios e Limite de Alçada
Art. 420. Será devida a atualização monetária do primeiro pagamento quando ele for
efetuado com atraso, por responsabilidade da Previdência Social, após quarenta e cinco
dias da apresentação da documentação necessária à concessão do benefício.
§ 1º O prazo fixado no caput deste artigo será dilatado nos casos que necessitem do
cumprimento de providências de competência do segurado ou de qualquer diligência a cargo
do INSS imprescindíveis ao reconhecimento do direito.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, para a determinação da DRD, o servidor deverá
registrar a data em que o segurado ou o representante legal recebeu a carta de exigência e
a data de respectivos cumprimento, conclusão de diligência ou homologação da JA, em cujo
cálculo deverão ser acrescidos, à DER, os períodos de tempo decorrido entre os seguintes
intervalos:
a) do recebimento da carta de exigência até o seu cumprimento;
b) da emissão de Solicitação de Pesquisa Externa ou da Requisição de Diligência até a sua
conclusão;
c) da autorização ou do encaminhamento do processo para justificação administrativa até a
sua homologação;
d) da emissão de ofícios ou de comunicações a terceiros até a data de suas respostas;
Art. 421. Nos casos de benefícios concedidos em razão de decisões recursais, favoráveis
aos segurados ou aos beneficiários, devese obedecer aos seguintes critérios:
I - quando o órgão julgador revir o ato administrativo, em virtude de erro de procedimento
inicial da concessão, a correção será fixada nos termos do artigo anterior, conforme o caso;
II - quando o órgão julgador solicitar documentos com o fim de complementar julgamento ou
solicitar diligências para saneamento de dúvidas constantes dos autos, a DRD a ser
considerada será afixada na do cumprimento da exigência, exceto se houver indicação da
DRD, pela instância recursal;
III - na fase recursal, quando forem apresentados, pelo interessado, novos elementos que
venham a ser considerados, por si só, como essenciais para a concessão do benefício, a
DRD será a mesma da de apresentação desses novos elementos.
Parágrafo único. Havendo necessidade de complementação da documentação apresentada
de que trata o inciso III, a DRD deverá ser fixada como sendo a de juntada dos respectivos
documentos.
Art. 422. As Divisões/Serviços de Benefícios, Serviços/Seções de Orientação do
Reconhecimento/Revisão de Direitos, Agências da Previdência Social/Unidades Avançadas
de Atendimento (APS/UAAPS), com relação aos processos de benefícios de valores
condicionados à autorização do pagamento em todos os níveis de alçada do INSS, deverão:

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I - verificar o direito ao benefício, cotejando os dados existentes no Sistema - CNIS, com as


informações constantes no processo, observado as disposições contidas nos arts. 389 a
391, desta Instrução;
II - verificar a correta formalização e instrução, observada a ordem lógica e cronológica de
juntada dos documentos;
III - conferir os procedimentos e as planilhas de cálculos com os valores devidos e
recebidos;
IV - elaborar despacho historiando as ações no processo, bem como esclarecendo o motivo
da fixação da Data do Início do Pagamento - DIP, da Regularização do Documento - DRD,
de Início da Correção Monetária DIC, e a Portaria e/ou Orientação Interna utilizada para
obtenção dos índices da correção;
V - conferir os valores recebidos constantes na planilha do produto gerado pela DATAPREV,
com os valores pagos registrados no Histórico de Créditos - HISCRE, fazendo constar os
dados dessa conferência em despacho no processo;
VI - priorizar a reemissão dos PAB com a devida correção dos créditos, até a data de sua
efetiva liberação, para aqueles processos que contarem com fundamentação e conclusão
definitiva.
VII - quando se tratar de benefícios implantados em decorrência de decisão judicial, a
Procuradoria deverá encaminhar o resumo de implantação à APS ou UAAPS, acompanhado
das principais peças dos autos judiciais, devendo constar, obrigatoriamente, a petição inicial,
a contestação e a sentença ou o acórdão em cumprimento;
VIII - os Setores de Benefícios, ao receberem da Procuradoria o resumo de implantação de
benefício, procederão ao seu cumprimento, imediatamente. Tratando-se de restabelecimento
de benefício ou complemento positivo decorrente da demora na implantação, o respectivo
pagamento será providenciado, para atender a determinação judicial precedente, antes do
encaminhamento à Auditoria Regional;
IX - a Procuradoria deverá fixar a DIP de acordo com o disposto nos itens 2.2 e 2.3 da OS
CONJUNTA/INSS/PG/DSS nº 73, de 21.01.98, informando o período que será objeto de
pagamento por meio de Precatório.
§ 1º Quando se tratar de revisão de pensão ou aposentadoria precedida de outro benefício,
o respectivo processo, impreterivelmente, deverá ser apensado ao da pensão e ou
aposentadoria.
§ 2º Inexistindo o processo que precede a aposentadoria ou a pensão, e na impossibilidade
de reconstituí-lo, deverão ser juntadas a Ficha de Benefício em Manutenção - FBM, quando
houver, e anexos, as informações do Sistema, base PRISMA, SUB/SISBEN e outros
documentos que possam subsidiar a auditagem prévia.
§ 3º Ressalvado o disposto no art. 197, ao processar a revisão de benefícios em
cumprimento à Legislação Previdenciária, deverão ser aplicadas a prescrição qüinqüenal e a
correção monetária das diferenças apuradas para fins de pagamento ou consignação,
observando-se a Data do Primeiro Pedido da Revisão DPR, ou ação da APS ou UAAPS, no
sentido de proceder à revisão.
§ 4º Inexistindo pedido de revisão por parte do beneficiário ou ação da APS ou UAAPS, para
a fixação da prescrição será observada a data em que a revisão foi comandada.
§ 5º Na hipótese de existir alguma exigência, a Data do Início da Correção Monetária (DIC)
das diferenças será a data do cumprimento da mesma, em conformidade com o Manual de
Procedimentos para Revisão de Benefícios (IN/INSS/DSS nº 11, de 22.09.98) ou outro ato
normatizador da matéria, que venha a ser instituído.
§ 6º Após a adoção das providências descritas neste artigo, o processo de limite de alçada
do Chefe da Divisão/Serviço de Benefícios da Gerência-Executiva e do Gerente-Executivo
será encaminhado para as providências a seu cargo.

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Art. 423. Os créditos de limite de alçada de competência dos Chefes das APS ou UAAPS,
somente deverão ser liberados, após análise criteriosa do benefício e conclusão de sua
regularidade.
Art. 424. Os créditos relativos a pagamento de benefícios cujos valores se enquadrem na
alçada da Divisão ou do Serviço de Benefícios da Gerência-Executiva serão conferidos e
revisados criteriosamente pelas Agência da Previdência Social ou pelas Unidades
Avançadas de Atendimentos da Previdência Social, que, concluindo pela regularidade dos
créditos, instruirá o processo com despacho fundamentado à Chefia de Divisão ou Serviço
de Benefício, visando a autorização do pagamento.
Art. 425. Os créditos relativos a pagamento de benefícios cujos valores se enquadrarem na
alçada do gerente executivo serão criteriosamente conferidos e revisados pelas Divisões ou
pelos Serviços de Benefícios das Gerências-Executivas, que emitirão despacho, conclusivo
quanto à regularidade para autorização do pagamento por parte do Gerente-Executivo.
Parágrafo único. Deve-se empregar o máximo zelo na formalização, na instrução e no
encaminhamento dos processos e papéis relativos ao assunto, a fim de serem evitados
represamentos e prejuízos ao segurado e à instituição.
Art. 426. A Procuradoria da Gerência-Executiva, ao ser intimada para execução de sentença
judicial relativamente a pagamento de valores de benefícios, deverá, preliminarmente,
pesquisar nos aplicativos do SUB e do SISBEN se consta pagamento administrativo de
crédito(s) ao(s) beneficiário(s) titular(es) da execução, para necessária dedução nos cálculos
judiciais, evitando-se, assim, duplicidade de pagamento.
§ 1º Os pedidos de informações formulados pela Procuradoria, a fim de fazer a defesa do
INSS em juízo, bem como as orientações para o fiel cumprimento das decisões judiciais,
implantação de benefícios e feitura de cálculos, serão encaminhados por protocolo especial
diretamente ao Chefe de Divisão/Serviço de Benefícios e deverão ser atendidos, pela
mesma via, de forma preferencial, para possibilitar à atuação judicial da Procuradoria, nos
prazos estabelecidos, sob pena de responsabilidade funcional por eventuais
descumprimento.
§ 2º Os setores da localização dos fatos questionados em juízo são responsáveis pelo
fornecimento dos elementos necessários à defesa do INSS e deverão indicar à Procuradoria
os servidores ou equipes que terão atribuições específicas para fazer, no prazo fixado, o
atendimento e o encaminhamento das informações e documentos que forem solicitados.
§ 3º Os servidores ou a equipe que detiver as atribuições de prestar as informações à
Procuradoria para defesa do INSS nos processos judiciais, colherão as informações
necessárias diretamente onde elas se encontrarem, encaminhando os documentos e ou
informações, com o visto da chefia imediata, diretamente ao procurador vinculado ao
processo judicial, no prazo fixado.
§ 4º Recebidas as informações, o Procurador vinculado à ação providenciará a defesa do
Instituto que deva ser apresentada em juízo, com estrita observância do respectivo prazo.
Art. 427. Periodicamente, a Divisão ou Serviço de Benefícios deverá avocar amostragem de
processos revisados e autorizados pelas Agências da Previdência Social ou pelas Unidades
Avançadas de Atendimento da Previdência Social, para acompanhamento gerencial, visando
a atingir a eficiência processual.
Art. 428. No que se refere às normas e aos procedimentos para a formalização e para a
instrução de processos e de expedientes e aos critérios para encaminhamento de consultas
aos órgãos técnicos da Direção Central, na forma do inciso IV do art. 44 do Regimento
Interno do INSS, aprovado pela Portaria MPAS nº 3.464, de 27 de setembro de 2001, deverá
ser observado o disposto na Resolução/PR/INSS nº 279, de 28 de junho de 1995, e IN nº 47,
de 26 de março de 2001.
Art. 429. Somente serão encaminhadas à Diretoria de Benefícios dúvidas não sanadas no
âmbito das Gerências-Executivas.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 430. Visando ao acompanhamento e ao controle interno, por parte da Diretoria


Colegiada, das ações inerentes a pagamento de valores por PAB, a Auditoria Geral e a
Diretoria de Benefícios, por intermédio das respectivas Coordenações, deverão,
periodicamente e por amostragem, supervisionar e avocar os processos de concessão ou de
revisão de benefícios com os créditos autorizados pelas Agências da Previdência Social ou
pelas Unidades de Avançadas de Atendimento da Previdência Social e pelas Gerências-
Executivas.
Seção V
Da Solicitação de Informações a Médico Assistente de Segurado.
Art. 431. Para subsidiar a constatação de diagnóstico do segurado e beneficiário, quando da
realização de exame médico-pericial, poderá o servidor da área médica do INSS, se assim
julgar necessário, solicitar ao médico assistente informações sobre as reais condições de
seu paciente, para emissão de laudo médico-pericial conclusivo, para fins de aposentadoria
por invalidez e Isenção de Renda de Pessoa Física (IRPF) junto à SRF do MF, bem como
para a emissão da declaração de invalidez relativa ao Seguro Compreensivo Especial da
Apólice de Seguro Habitacional, instituído pela SUSEP.
Parágrafo único. Havendo a necessidade de solicitar informações ao médico assistente,
deverá ser expedido formulário padronizado, constante do Anexo VI desta Instrução
Normativa.
Seção VII
Da revisão
Art. 432. Os prazos da decadência para requerimento de revisão, historicamente,
são assim considerados: a partir do dia primeiro do mês seguinte ao do
recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, ao do dia em que
tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
Período Fundamentação legal Prazo
Até 27/06/1997 Não havia previsão legal Sem prazo
De 28/06/1997 a MP nº 1523-9, de 1997, convertida na Lei nº 10 (dez)
22/10/1998 9.528, de 1997 anos
MP 1663-15, de 1998, convertida na Lei nº 9.711, 5 (cinco)
A partir de 23/10/1998
de 1998 anos
Parágrafo único. Os prazos referidos no caput deste artigo não se aplicam às revisões
determinadas por decisão judicial e pelo MPAS e às estabelecidas pela legislação
previdenciária.
Art. 433. Para revisões efetuadas por iniciativa da APS ou da UAAPS, observado o disposto
nos arts. 512 a 515 desta Instrução, quanto à decadência e à prescrição, será aplicada
correção conforme a seguir:
I - no caso de benefícios em que resultar valor superior ou inferior ao que vinha sendo pago
em razão de erro da Previdência Social, a diferença será objeto de correção, de acordo com
índices definidos para tal finalidade, apurado no período compreendido entre o mês em que
deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento;
II - na hipótese de a revisão acarretar alteração da RM ou de outros dados do benefício, a
Previdência Social notificará o beneficiário, via postal, com aviso de recebimento, abrindo
prazo de trinta dias para apresentação de defesa, ocasião em que poderão ser
apresentados documentos.
§ 1º À vista da defesa ou dos documentos apresentados pelo beneficiário, a APS ou UAAPS
decidirá acerca da revisão.
§ 2º O beneficiário será notificado, por via postal, com aviso de recebimento, da decisão de
que trata o parágrafo anterior, abrindo-selhe a partir de então o prazo de quinze dias para
recurso.
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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 434. Para revisões solicitadas por segurado ou beneficiário, observados o disposto nos
arts. 512 a 515 desta Instrução, quanto à decadência e à prescrição, a diferença será objeto
de correção, de acordo com o índice definido para essa finalidade, apurada no período
compreendido entre o mês em que deveria ter sido paga e o mês do efetivo pagamento,
observando-se os seguintes critérios:
I - revisão sem a apresentação de novos elementos:
a) as diferenças serão pagas desde o início do benefício, observada a prescrição;
b) serão corrigidas as diferenças desde a Data do Início do Benefício ou na Data do
Requerimento para os segurados empregados, inclusive o doméstico, que requereu o
benefício até noventa dias do desligamento;
II - revisão com apresentação de novos elementos:
a) as diferenças serão pagas desde o início do benefício, observada a prescrição;
b) serão corrigidas as diferenças a partir da data do pedido de revisão, se nessa data já
foram juntados os novos elementos;
c) da data em que o beneficiário apresentou mais elementos não apresentados à época do
pedido da revisão ou do cumprimento da exigência, se solicitado esclarecimento da
documentação apresentada.
Parágrafo único. As revisões previstas no caput deste art. deverão ser realizadas e
processadas pela APS ou pela UAAPS mantenedoras do benefício, que deverão solicitar o
processo concessório original ao órgão concessor, se for o caso.
Art. 435. Para os pedidos de revisão, conforme o disposto nos arts. 512 a 515 desta
Instrução, em que a Data do Início do Benefício esteja dentro do período de 5 de abril de
1991 a 31 de dezembro de 1993 (art. 26 da Lei nº 8.870, de 1994) ou a partir de 1º de março
de 1994 (Lei nº 8.880, de 1994), cuja renda mensal inicial tenha sido calculada sobre salário-
de-benefício inferior à média dos trinta e seis últimos salários de contribuição em
decorrência do disposto no § 2º do art. 29 da Lei nº 8.213, de 1991, serão adotados os
seguintes procedimentos:
I efetuar o cálculo da diferença percentual dividindo a média dos salários-de-contribuição
apurada e o limite máximo do salário-decontribuição vigente no mês de início do benefício;
II - aplicar esse percentual sobre o valor do benefício na competência abril de 1994.
§ 1º O valor da renda mensal inicial revista não poderá ser superior a 582,86 URV, teto
máximo do salário-de-contribuição em abril de 1994.
§ 2º Para os benefícios com DIB a partir de 1º de março de 1994, a diferença calculada,
conforme o inciso I deste artigo será incorporada ao valor do benefício juntamente com o
primeiro reajuste após a concessão, observando-se que nenhum benefício assim reajustado
poderá ultrapassar o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na competência em
que ocorrer o reajuste.
Art. 436. Observado o disposto nos arts. 512 a 515 desta trução, na hipótese de revisão de
cálculo de aposentadoria por invalidez com DIB a partir de 1º de setembro de 1991
precedida de auxílio-doença iniciado até 4 de outubro de 1988, dever-se-á:
I - calcular, no auxílio-doença, a quantidade de salários mínimos a que o salário-benefício
correspondia na data da concessão, fazendo, em seguida, o reajuste desse salário,
vinculando-o à quantidade de salário mínimo até agosto de 1991, se o benefício não tiver
sido revisto;
II atualizar o salário-de-benefício de acordo com os índices definidos com essa finalidade;
III - implantar a renda mensal revista a partir da DIB da aposentadoria por invalidez.
Parágrafo único. Se o auxílio-doença já tiver sido revisto, adotarse-ão apenas os
procedimentos previstos no inciso II deste artigo.
Art. 437. A tabela de percentuais a serem aplicados no salário-debenefício para
obtenção da renda mensal inicial será a seguinte:
Lei nº 8.213, Lei nº 9.032, Em
de 1991 de 1995/ Lei Co
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SAÚDE OCUPACIONAL

nº 9.528, de nº 2
1997 199

Percentagem Percentagem Percentagem


Percentagem Percentagem Percentagem
de
Percentagem
de de
Per
de Cálculo Base de Acréscimo Base Bas
Cálculo Acréscimo Cálculo

80%
** Foi criado De 1% até
70% a 90% 80% a 92% - - 91% -
o 12%
auxíliodoença

decorrente de
acidente de

qualquer
natureza
ou causa

De 1% até
70% a 100% 80% 80% a 100% - - 100% -
20%

De 1% até De 1% até
70% a 95% 70% 70% a 100% 70% 70% a 100% 70%
30% 30%

De 1% até
70% a 95% 85% 100% - - 100% -
15%

80% a 95%
(aos 35 70% (aos 30 70% (aos 30
anos de anos anos
De 6% até De 6% até
serviço, se 70% de serviço, 70% de serviço, 70%
homem 30% se homem, 30% se homem
e 30 anos, se e aos e aos
mulher)

25 anos de 25 anos de
serviço, serviço,
se mulher) a se mulher) a
100%(aos 35 100%

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SAÚDE OCUPACIONAL

(aos 35 anos
anos de de
serviço,
serviço, se
se homem, homem,
ou 30,
ou 30, se
se mulher)
mulher)

95% (aos 30
anos de 100% (aos 100% (aos
30 30
serviço para
o professor anos de anos de
- - serviço - - serviço -
e 25 anos de
serviço para para o para o
professor professor
a professora)

e 25 anos de e 25 anos de
serviço serviço
para a para a
professora) professora)

Seção VIII
Do Controle Interno
Art. 438. O controle dos atos operacionais para prevenção de desvios de procedimentos
normativos, a verificação da regularidade dos atos praticados na execução e a conseqüente
garantia de qualidade do trabalho serão operados por ações adotadas por amostragem pela
área de Benefícios, na forma do Regimento Interno, sendo competência da Auditoria verificar
a qualidade desses controles.
§ 1º As Gerências-Executivas/Auditoria definirão, por amostragem, aqueles benefícios que
serão revistos com o objetivo de verificar a regularidade dos atos praticados.
§ 2º Detectando-se irregularidades, deverá ser determinado o universo que será objeto de
avaliação.
Art. 439. A APS ou a UAAPS, ao receber denúncia ou ao detectar irregularidades, deverá
avocar o processo e efetuar a revisão dos procedimentos adotados, elaborar relatório acerca
dos fatos denunciados ou detectados e encaminhá-los à Gerência-Executiva para as
providências a seu cargo.
Art. 440. A Gerência-Executiva ao tomar conhecimento, por meio do relatório previsto no art.
441, das denúncias recebidas pelas APS ou pelas UAAPS ou das irregularidades por elas
detectadas, encaminhará o mencionado relatório à Auditoria que:
I - procederá às apurações, em parceria com a Gerência-Executiva, seguindo todo o roteiro
de procedimentos previstos nesta Seção para realização de auditoria, a partir do § 1º do art.
438 desta Instrução; e
II - elaborará relatórios conclusivos quanto as atividades desenvolvidas.
Parágrafo único. As Gerências Executivas e as Auditorias Regionais deverão manter
entendimentos para a formação das equipes para execução dos trabalhos.
Art. 441. O processo de benefício que, após análise, for considerado regular, deverá conter
despacho conclusivo.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º Após análise do processo no qual se constatou indício de irregularidade, será


imediatamente expedida notificação com a descrição da irregularidade detectada e facultado
ao segurado ou ao dependente o prazo regulamentar para apresentação de defesa escrita.
§ 2º A defesa apresentada no prazo estabelecido deverá ser ciada quanto ao mérito,
podendo ser julgada suficiente, no todo ou em parte, ou insuficiente.
Art. 442. Após a apreciação da defesa e a análise do resultado de Solicitação de Pesquisa
(SP), de Requisição de Diligência (RD) ou de ofícios emitidos para apurar a real situação do
benefício, em se concluindo por irregularidades, deverá ser providenciada a imediata
suspensão ou revisão do beneficio, conforme o caso.
§ 1º Se o beneficiário receber notificação, comprovado por AR e não apresentar defesa no
prazo nela fixado, deverá ser providenciada a imediata suspensão ou revisão do benefício,
conforme o caso.
§ 2º As Gerências-Executivas/Auditoria notificarão o beneficiário da suspensão do benefício,
por meio de ofício, concedendo-lhe o prazo regulamentar para vista do processo e
apresentação de recurso à Junta de Recurso.
Art. 443. Relativamente à avaliação médico-pericial de benefício por incapacidade, a
Gerência-Executiva/Auditoria, após prévia análise do processo concessório, convocará o
segurado ou o dependente para exame, sendo que, após o exame realizado, a junta médica
do INSS emitirá parecer conclusivo, que deverá ser subsidiado pela análise dos
antecedentes médico-periciais.
§ 1º O beneficiário que receber notificação, comprovado por AR e não comparecer para
avaliação médico-pericial no prazo determinado na notificação terá o seu benefício suspenso
de imediato.
§ 2º No caso de a junta médica do INSS concluir pela existência de capacidade de
laboração, o benefício será suspenso, devendo ser observadas as normas sobre
mensalidade de recuperação, quando se tratar de aposentadoria por invalidez.
§ 3º A Gerência-Executiva/Auditoria notificará o beneficiário da suspensão do benefício por
meio de ofício, concedendo-lhe o prazo regulamentar para vista do processo e para
apresentação de Recurso à Junta de Recurso, contra a decisão do INSS.
Art. 444. Ocorrendo a devolução da notificação com AR, estando o beneficiário em local
incerto e não-sabido, será providenciada, de imediato, a publicação da notificação em edital.
§ 1º A notificação de que trata este artigo poderá ser coletiva e deverá trazer referência
sumária do assunto, que será divulgado na imprensa do município ou, na hipótese de
inexistência desse veículo de comunicação na localidade, na do estado, em jornal de maior
circulação na área de domicílio do segurado ou do dependente.
§ 2º O prazo para comparecimento do segurado ou do dependente será de trinta dias, a
contar da data da publicação do edital.
§ 3º O segurado ou o dependente que comparecer terá o prazo legal para apresentação de
defesa ou para avaliação médico-pericial, observado o disposto nos arts. 442 e 443 desta
Instrução.
§ 4º Se o segurado ou o dependente não comparecer no prazo estabelecido no edital de
notificação, deverá ser solicitada a imediata suspensão ou revisão do benefício.
§ 5º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, a Gerência-Executiva/Auditoria
fará publicar novo edital, comunicando ao beneficiário a suspensão ou a revisão do
benefício, concedendo-lhe prazo regulamentar para vista do processo e para apresentação
de recurso à Junta de Recurso, contra a decisão do INSS.
Art. 445. O servidor do INSS poderá reduzir a termo as declarações do segurado, do
dependente ou de outros envolvidos, quando necessário, para esclarecimentos dos fatos
que embasaram a concessão ou a manutenção do benefício.
Art. 446. O segurado ou dependente que, na fase de apuração da irregularidade, manifestar
o desejo de ressarcir as importâncias recebidas indevidamente, deverá fazê-lo por meio da
Guia de Previdência Social (GPS).

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SAÚDE OCUPACIONAL

Parágrafo único. A Gerência-Executiva/Auditoria encaminhará ao Serviço ou à Seção de


arrecadação da APS ou da UAAPS a solicitação do segurado, para providenciar os cálculos
e o preenchimento da GPS, na forma da legislação vigente.
Art. 447. Após os procedimentos de apuração, deverá o processo concessório do benefício
constituir dossiê contendo os seguintes documentos:
I - resumo de tempo de serviço;
II - resumo de benefício em concessão;
III - consulta de telas do CNIS;
IV - consulta de telas do SISBEN;
V - resumo de tela de auditoria do sistema informatizado de concessão e manutenção de
benefício;
VI - ficha de benefício em manutenção com seus anexos, se existentes;
VII - antecedentes médico-periciais, se for o caso;
VIII - relação comprobatória das irregularidades organizados em ordem lógica cronológica;
IX - notificação de prazo para defesa ou convocação;
X - edital de notificação, quando for o caso;
XI - defesa escrita com anexos, se apresentados;
XII - apreciação da defesa;
XIII - notificação de suspensão com prazo para recurso;
XIV - AR das notificações emitidas;
XV - consulta de tela de suspensão, cessação ou de cancelamento do SUB;
XVI - cálculo do levantamento do indébito;
XVII - outras julgadas pertinentes;
XVIII - relatório individual.
§ 1º Não sendo localizado o processo concessório, deverá ser lavrado termo de extravio e
promovida a reconstituição dos autos, que constituirá o dossiê com os documentos citados
neste artigo, quando se tratar de benefícios requeridos até 08 de janeiro de 2002.
§ 2º Quando se tratar de benefícios requeridos a partir de 09 de janeiro de 2002, deverá
constar no dossiê os documentos relacionados, exceto os documentos do inciso III e IV.
Art. 448. Após a suspensão do benefício, decorrido o prazo de quinze dias ou o de cento e
vinte dias sem que a Gerência-Executiva/Auditoria tenha tido conhecimento por meio dos
sistemas informatizados da Previdência Social de que o segurado ou o dependente tenha
impetrado recurso à Junta de Recurso ou tenha submetido a questão ao Poder Judiciário,
compete a Gerência-Executiva/Auditoria:
I - submeter o processo à Procuradoria para pronunciamento sobre a existência de ação
judicial;
II - solicitar informações à APS ou à UAAPS acerca de recurso contra decisão do INSS,
impetrado pelo segurado ou dependente,
III - cancelar o benefício, se não existir recurso ou ação judicial;
IV - deixar o benefício permanecer suspenso, se existir recurso ou ação judicial,
Art. 449. Os benefícios suspensos, cessados ou cancelados pela extinta Inspetoria Geral da
Previdência Social, pela Auditoria do INSS ou pela Auditoria Geral ou Regional, em
decorrência de irregularidades, só poderão ser reativados, quando houver determinação
judicial ou por decisão de última e definitiva instância recursal administrativa.
Parágrafo único. As Gerências-Executivas deverão encaminhar as mencionadas decisões à
Auditoria para que esta cumpram as mesmas.
Art. 450. Constatada irregularidade em processos de benefícios, deverão ser adotados os
seguintes procedimentos:
I - o processo de apuração original será encaminhado à Procuradoria da Gerência-Executiva
para as providências cabíveis;
II - cópia do processo deverá ser encaminhado à APS ou à UAAPS, que o manterá em seu
poder para instrução de eventual recurso interposto contra a decisão do INSS.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 451. Havendo envolvimento de servidor, cópia do processo de apuração deverá ser
encaminhada à Corregedoria para as providências a seu cargo;
Seção IX
Do Requerimento de Benefício
Art. 452. Ressalvado o disposto nos arts. 498 e 499 desta Instrução, são irreversíveis e
irrenunciáveis as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especial, após o
recebimento do primeiro pagamento do benefício, bem como do saque do PIS ou FGTS.
§ 1º Para efetivação do cancelamento do benefício, deverá ser adotado:
I - solicitação por escrito, do cancelamento da aposentadoria, por parte do segurado;
II - bloqueio ou emissão de GPS, conforme o caso, dos créditos gerados até a efetivação do
cancelamento da aposentadoria;
III - comunicação formal da Caixa Econômica Federal informando se houve o saque do
FGTS ou PIS em nome do segurado;
IV - para empresa convenente, o segurado deverá apresentar declaração da empresa
informando o não recebimento do crédito, devendo o Serviço/Seção de Orientação da
Manutenção do Reconhecimento de Direitos invalidar a competência junto ao sistema
INVCRE.
§ 2º O INSS, após o cancelamento do benefício, emitirá carta de comunicação para a
empresa da referida situação.
§ 3º os procedimentos disciplinados no caput e § 1º, deverão ser adotados para o
Contribuinte Individual, facultativo e doméstico que ainda tenham FGTS e PIS a resgatar.
Art. 453. A partir de 7 de maio de 1999, data da publicação do Decreto nº 3.048, não cabe
mais encerramento de benefício e, por conseqüência, reabertura dos encerrados até 6 de
maio de 1999, salvo se o beneficiário houver cumprido a exigência até essa última data.
Art. 454. Caso o segurado requeira novo benefício, poderá ser utilizada a documentação de
processo anterior que tenha sido indeferido, cancelado ou cessado, desde que
complemente, se for o caso, a documentação necessária para o despacho conclusivo.
Art. 455. Quando o beneficiário declarar que fatos e dados estão registrados em documentos
existentes na própria administração responsável pelo processo ou em outro órgão
administrativo, o órgão competente para a instrução promoverá, de ofício, a obtenção dos
documentos ou das respectivas cópias.
Art. 456. A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para a recusa do
requerimento de benefício, sendo obrigatória a protocolização de todos os pedidos
administrativos.
§ 1º Após a protocolização do pedido, sendo verificada a insuficiência dos documentos, a
necessidade de complementação de informações ou a apresentação de novos elementos,
será o interessado cientificado oficialmente, estabelecendo-se prazo para o cumprimento da
exigência.
§ 2º As APS e as UAAPS, ao habilitarem ou ao concederem benefícios do RGPS, devem
extratar a CP ou a CTPS e os Carnês de Contribuintes Individuais, devidamente conferidos,
evitando-se a retenção dos documentos originais dos segurados, sob pena de apuração de
responsabilidade do servidor em caso de extravio.
§ 3º Observada a necessidade de retenção dos documentos referidos no parágrafo anterior,
para subsidiar a análise e a conclusão do ato de deferimento ou de indeferimento do
benefício, por um prazo não superior a cinco dias, deverá ser expedido, obrigatoriamente, o
termo de retenção e de restituição, em duas vias, conforme dispuser orientação interna,
sendo a primeira via do segurado e a segunda, do INSS e, em caso da identificação de
existência de irregularidades na CP ou na CTPS, proceder-se-á de acordo com o disposto
no art. 282 do Decreto nº 3.048, de 1999.
§ 4º Se, por ocasião do despacho, for verificado que na Data de Entrada do Requerimento -
DER, o segurado não satisfaz as condições mínimas exigidas para a concessão do benefício
pleiteado, mas que esse requisito já está no momento preenchido ou estará em data

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SAÚDE OCUPACIONAL

relativamente próxima, será dispensada nova habilitação, admitindose, apenas a


reafirmação do requerimento.
§ 5º O disposto no parágrafo anterior, aplica-se apenas a situações em que o segurado
complete as condições mínimas, não sendo permitido este procedimento para acrescer no
percentual de cálculo do benefício requerido.
Seção X
Do Desconto em Folha de Pagamento
Art. 457. Mediante requisição do INSS, a empresa é obrigada a descontar da remuneração
paga aos segurados a seu serviço a importância proveniente de dívida ou de
responsabilidade por eles contraída junto à seguridade social, relativa a benefícios pagos
indevidamente, observado o disposto no art. 154 do RPS.
§ 1º Detectado o pagamento indevido de benefício, por erro do INSS ou por má-fé do
segurado, não mais estando esse último em gozo de benefício, o Serviço de Benefício da
APS ou da UAAPS deverá:
I - levantar os dados do segurado e de toda documentação necessária para comprovação do
recebimento indevido, formalizando processo, conforme o disposto no art. 449 desta
Instrução;
II - calcular o montante do débito, corrigindo-o mês a mês, de acordo com art. 175 do RPS, e
cadastrar as informações básicas, conforme modelo a ser instituído pelo INSS, por
orientação interna;
III - verificar se o devedor mantém vínculo com alguma empresa, mediante consulta ao
CNIS, à CP, à CTPS ou a outro meio disponível, observando que:
a) não havendo vínculo e esgotadas todas as medidas administrativas internas para a
cobrança do débito, deverá remeter o processo à Dívida Ativa da respectiva Procuradoria,
que procederá à inscrição e à cobrança judicial;
b) havendo vínculo, deverá complementar o processo com informações necessárias ao
controle e à cobrança do valor pago indevidamente, encaminhá-lo à Divisão ou ao Serviço
de Arrecadação da Gerência-Executiva circunscricionante do endereço da empresa;
IV preencher o modelo de que trata o inciso II do § 1º deste artigo, juntando-o ao processo a
ser encaminhado à área de arrecadação;
§ 2º O Serviço de Arrecadação da APS ou da UAAPS deverá acompanhar e controlar a
cobrança de débito (saldo devedor e parcelas recolhidas) junto às empresas obrigadas ao
cumprimento do disposto no caput deste artigo, adotando os seguintes procedimentos:
I - emissão do Aviso para Retenção e Recolhimento (Anexo II) e da respectiva Guia da
Previdência Social (GPS), para posteriormente os encaminhar à empresa para pagamento
da parcela devida;
II - emissão do Aviso de Falta de Recolhimento (Anexo III), para fins de solicitar à empresa
as justificativas cabíveis, na falta do recolhimento;
III encaminhamento da documentação à Dívida Ativa da respectiva Procuradoria, para
inscrição e cobrança judicial, se a falta de recolhimento tiver ocorrido em razão de extinção
ou de suspensão do vínculo empregatício, devidamente comprovado;
IV - emissão de Requisição de Diligência (RD), no caso do não comparecimento da empresa
no prazo estabelecido ou no de justificativa inaceitável, devendo ser observado que:
a) a RD deverá ter atendimento prioritário e deverá ser devolvida logo após ter sido
cumprida, independentemente da fiscalização da empresa;
b) no cumprimento da RD, o auditor fiscal da Previdência Social lavrará, quando cabível, o
competente Auto-de-Infração (AI);
c) em caso de retenção sem o respectivo recolhimento, será lavrada a correspondente
Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) e efetuada a representação fiscal para
fins penais;

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d) a partir das informações resultantes da diligência fiscal, serão adotados os procedimentos


pertinentes e, mesmo em caso de impossibilidade de cobrança, remetido o processo à
Dívida Ativa da respectiva Procuradoria, que procederá à inscrição e à cobrança judicial.
§ 3º O valor a ser descontado mensalmente não poderá ser superior a trinta por cento da
remuneração do empregado, salvo nos casos de má-fé.
Art. 458. O descumprimento empresarial dos procedimentos definidos nos artigos anteriores
acarretará a aplicação da multa prevista no art. 92 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
combinado com a alínea "c" do inciso I do art. 283 do RPS.
Seção XI
Do Não Cômputo do Período de Débito
Art. 459. A existência de débito relativo a contribuições devidas pelo segurado junto à
Previdência Social não é óbice, por si só, para a concessão de benefícios, quando
preenchidos todos os requisitos legais para a concessão do benefício requerido, inclusive
nas situações em que o período em débito compuser o PBC.
§ 1º Na situação prevista no caput deste artigo, deverá, contudo, ser observado,
obrigatoriamente, se o não cômputo do período de débito acarretará perda da qualidade de
segurado e, consequentemente, reanálise de enquadramento e de progressões.
§ 2º Em se tratando de débito posterior ao direito adquirido, após a concessão, deverá sê-lo
comunicado ao setor de arrecadação para providências a seu cargo, juntando-se ao
processo cópia da referida comunicação.
§ 3º Caberá revisão do benefício após a quitação do débito.
§ 4º Para fins de concessão de pensão por morte ou de auxílioreclusão em que haja
existência de débito, observar-se-á o disposto no art. 274 desta Instrução.
§ 5º O reconhecimento da existência de débito com a Previdência Social implicará a
comunicação do fato à Arrecadação para as providências a seu cargo, ou seja, para a
cobrança dos valores relativos às contribuições previdenciárias, juntando-se ao processo
cópia da referida comunicação, se for o caso.
Seção XII
Da Pensão Alimentícia
Art. 460. Mediante ofício, a Pensão Alimentícia (PA) é concedida em cumprimento de
decisão judicial em ação de alimentos, devendo ser consignado no benefício de origem
mantido pela APS ou pela UAAPS o parâmetro determinado.
Parágrafo único. A alteração do parâmetro da PA poderá ocorrer por força da apresentação
de novo ofício judicial, sendo fixada como Data do Início do Pagamento aquela determinada
pelo juiz ou, na ausência dessa data, a da emissão do ofício.
Art. 461. A pensão alimentícia cessa nas seguintes situações:
I - por óbito do titular da PA;
II - por óbito do titular do benefício de origem;
III - por determinação judicial.
Parágrafo único. Ainda que os filhos tenham completado maioridade e o segurado
compareça à APS ou à UAAPS solicitando a cessação da PA, a agência ou a unidade não o
poderá fazer, sem a determinação judicial.
Seção XIII
Do Pecúlio
Art. 462. O pecúlio, pagamento em cota única, será devido ao segurado aposentado pelo
RGPS que permaneceu a exercer atividade abrangida pelo Regime ou que voltou a exercê-
la, quando se afastar definitivamente da atividade que exercia até 15 de abril de 1994,
véspera da vigência da Lei nº 8.870, ainda que anteriormente a essa data tenha se
desligado e retornado à atividade, sendo limitada a devolução até a mencionada data.
§ 1º Permitem a concessão de pecúlio as seguintes espécies de aposentadoria:
I - esp. 07- Aposentadoria por idade rural;
II - esp. 08 - Aposentadoria por idade empregador rural;

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III - esp. 41 - Aposentadoria por idade;


IV - esp. 42 - Aposentadoria por tempo de serviço;
V - esp. 43 - Aposentadoria de ex-combatente;
VI - esp. 44 - Aposentadoria especial de aeronauta;
VII - esp. 45 - Aposentadoria de jornalista;
VIII - esp. 46 - Aposentadoria especial;
IX - esp. 49 - Aposentadoria ordinária;
X - esp. 57 - Aposentadoria de professor;
XI - esp. 58 - Aposentadoria excepcional de anistiado;
XII- esp 72- Aposentadoria do Marítimo.
§ 2º Para concessão de pecúlio a segurado em gozo de aposentadoria por idade rural,
espécie 07, serão consideradas as contribuições vertidas após novembro de 1991, na
condição de empregado ou de contribuinte individual, com devolução limitada até 15 de abril
de 1994.
Art. 463. Na hipótese do exercício de mais de uma atividade ou de um emprego, somente
após o afastamento de todas as atividades ou empregos, poderá o segurado aposentado
requerer o pecúlio, excluindo as atividades e os empregos iniciados a partir de 16 de abril de
1994.
Art. 464. O segurado inscrito com mais de sessenta anos que não recebeu o pecúlio relativo
ao período anterior a 24 de julho de 1991 terá direito aos benefícios previstos na Lei nº
8.213, uma vez pridos os requisitos para a concessão da espécie requerida.
Art. 465. Na hipótese de o segurado requerer pecúlio e falecer sem o receber, o pecúlio será
devido aos dependentes habilitados à pensão ou, na falta deles, aos sucessores desses
últimos, na forma da lei civil, independentemente de inventário ou de arrolamento, sendo a
devolução limitada até 15 de abril de 1994.
§ 1º Se o segurado tiver falecido antes de requerer o pecúlio, será o pecúlio devido a seus
dependentes, devendo ser observado o prazo decadencial contados a partir da:
I - data do óbito, se faleceu em atividade que vinha exercendo em 15 de abril de 1994;
II - data do afastamento da atividade que vinha exercendo em 15 de abril de 1994.
§ 2º O direito ao pecúlio prescreverá no prazo de cinco anos, para:
I - segurados, a contar da data do afastamento definitivo da atividade que exercia em 15 de
abril de 1994;
II - dependentes e sucessores, a contar da data do:
a) afastamento da atividade que o segurado vinha exercendo em 15 de abril de 1994;
b) óbito, se o segurado faleceu em atividade que vinha exercendo em 15 de abril de 1994.
Art. 466. A comprovação das condições para efeito da concessão do pecúlio será feita da
seguinte forma:
I - a condição de aposentado será verificada pelo registro no banco de dados do sistema;
II - o afastamento da atividade do segurado:
a) empregado, inclusive o doméstico, pela anotação da saída feita pelo empregador na CP
ou na CTPS ou em documento equivalente;
b) contribuinte individual, pela baixa da inscrição no INSS ou qualquer documento que
comprove a cessação da atividade, tais como: alteração do contrato social ou extinção da
empresa ou carta de demissão do cargo ou ata de assembléia, conforme o caso;
c) trabalhador avulso, por declaração firmada pelo respectivo sindicato de classe ou pelo
órgão gestor de mão-de-obra;
III - as contribuições:
a) segurado empregado e trabalhador avulso, por Relação de Salário de Contribuição
(RSC), formulário DIRBEN-8001, ou os impressos elaborados por meio de sistema
informatizado, desde que conste todas as informações necessárias, preenchida e assinada
pela empresa;

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b) segurado contribuinte individual e empregado doméstico, por antigas Guias de


Recolhimento (GR) e pelos carnês de contribuição.
Art. 467. Os salários-de-contribuição deverão ser informados em valores históricos
da moeda, conforme tabela abaixo:
PERÍODO MOEDA
De 02/1967 a 05/1970 CRUZEIRO NOVO - NCr$
De 06/1970 a 02/1986 CRUZEIRO - Cr$
De 03/1986 a 01/1989 CRUZADO - Cz$
De 02/1989 a 02/1990 CRUZADO NOVO - NCz$
De 03/1990 a 07/1993 CRUZEIRO - Cr$
De 08/1993 a 06/1994 CRUZEIRO REAL - CR$
De 07/1994 em diante REAL - R$
Art. 468. Para fins de concessão do pecúlio, deverá ser emitida Requisição de Diligência -
RD, com a finalidade de comprovar: I - vínculo empregatício;
II - salários-de-contribuição e as respectivas alíquotas;
III - o efetivo recolhimento por parte do empregador, por meio de guias e outros documentos
oficiais, consolidando a comprovação do custeio;
IV - regime trabalhista, e outras informações que julgar necessário.
Parágrafo único. Quando ocorrer falta de elementos indispensáveis à concessão do pecúlio
ou rasuras de documentos apresentados, deverá ser solicitada diligência, fixando-se a DRD
na data do seu cumprimento.
Art. 469. Havendo período de contribuinte individual, o Pecúlio só será liberado mediante a
comprovação dos respectivos recolhimentos.
§ 1º Caso não haja a comprovação de algum recolhimento, o benefício será processado com
as competências comprovadamente recolhidas.
§ 2º Para concessão do benefício, a APS deverá promover a análise contributiva a partir da
aposentadoria, observando a legislação de regência.
Art. 470. As contribuições decorrentes de empregos ou de atividades vinculadas ao RGPS,
exercidas até 15 de abril de 1994, na condição de aposentado, não produzirão outro efeito
que não seja o pecúlio.
Art. 471. O servidor público federal abrangido pelo Regime Jurídico Único (RJU), instituído
pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, aposentado pelo RGPS, em função de outra
atividade, em data anterior a 1º de janeiro de 1991, não terá direito ao pecúlio, se o período
de atividade prestado na condição de celetista foi transformado, automaticamente, em
período prestado ao serviço público.
Art. 472. O desconto do IRRF não incidirá sobre as importâncias pagas como pecúlio.
Art. 473. O valor total do pecúlio será corrigido quando a concessão ultrapassar o prazo de
45 dias entre a Data de Regularização da Documentação (DRD) e a Data do Pagamento
(DPG), inclusive quando aquele valor estiver sujeito a liberação pela Gerência-Executiva .
Art. 474. O período compreendido entre 1º de janeiro de 1967 a 15 de abril de 1994 estará
contemplado para o cálculo de pecúlio.
Art. 475. O pagamento do pecúlio sempre será realizado por PAB, cuja emissão deverá
ocorrer após análise da situação pelo setor competente da APS ou da UAAPS ou pela
Divisão ou pelo Serviço de Benefícios ou, ainda, pela Gerência-Executiva.
Art. 476. Publicar-se-ão mensalmente os índices de correção das contribuições para o
cálculo do pecúlio, mediante Portaria Ministerial, observada, para as contribuições anteriores
a 25 de julho de 1991, a legislação vigente à época do respectivo recolhimento.

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Art. 477. Será também devido o pecúlio ao segurado ou a seus dependentes, em caso de
invalidez ou morte decorrente de acidente de trabalho, conforme segue:
I - ao aposentado por invalidez, cuja data do início da aposentadoria tenha ocorrido até 20
de novembro de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.129, de 1995, o pecúlio
corresponderá a um pagamento único de 75% (setenta e cinco por cento) do limite máximo
do salário-de-contribuição vigente na data do pagamento;
II - aos dependentes do segurado falecido, cujo óbito tenha ocorrido até 20 de novembro de
1995, o pecúlio corresponderá a 150% (cento e cinqüenta por cento) do limite máximo do
salário-de-contribuição vigente na data do pagamento.
Seção XIV
Do Recurso
Art. 478. Das decisões proferidas pelas APS ou pelas UAAPS, referentes ao reconhecimento
de direitos na concessão, na atualização ou na revisão de direitos e de CTC, poderão os
interessados, quando não-conformados, recorrer às JR ou às CAJ do Conselho de Recursos
da Previdência Social (CRPS).
Parágrafo único. Os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo têm
legitimidade para interpor recurso administrativo.
Art. 479. Em hipótese alguma, o recebimento deve ser recusado ou o andamento do recurso
sustado, de vez que é prerrogativa dos órgãos de controle jurisdicional do CRPS admitir ou
não o recurso, motivo pelo qual, quaisquer que tenham sido as condições de apresentação,
o recurso será sempre encaminhado àqueles órgãos competentes, exceto quando
reconhecido o direito pleiteado.
Art. 480. Havendo interposição de recurso do interessado contra decisão do INSS, o
processo deverá ser reanalisado e, se reformada a decisão, será concedido o benefício,
efetuada a revisão ou expedida a CTC, conforme o caso, sendo que, em caso contrário, o
processo deverá ser encaminhado à Junta de Recursos para julgamento.
§ 1º Quando ocorrer reforma total da decisão favorável ao interessado, o processo não será
encaminhado à Junta de Recursos.
§ 2º No caso de reforma parcial de decisão do INSS, o processo terá curso relativamente à
parte objeto da controvérsia.
Art. 481. Quando se tratar de interposição de recurso, nos casos de conclusão médica
contrária, o processo, devidamente instruído e informado, será encaminhado à perícia
médica da APS ou da UAAPS, a fim de ser realizado exame por junta médica composta de,
no mínimo, dois médicos peritos, preferencialmente pertencentes ao quadro de pessoal do
INSS, a qual emitirá parecer conclusivo.
§ 1º No caso de parecer favorável, a junta médica de que trata este artigo preencherá a
Conclusão de Perícia Médica (CPM) e fará o retorno do processo de recurso, juntamente
com o Antecedente Médico-Pericial, ao setor competente, para concessão do benefício.
§ 2º Quando o parecer médico, devidamente fundamentado, concluir de forma contrária à
pretensão do recorrente, o processo, juntamente com o parecer e com a CPM, deverá ser
encaminhado à Junta de Recursos, para julgamento.
Art. 482. Nos casos de benefícios por incapacidade, quando se tratar de interposição de
recurso que tenha sido indeferido por conclusão médico-pericial contrária, por falta de
período de carência, por perda da qualidade de segurado, por fixação de DID ou por fixação
de DII ou por filiação ao RGPS de segurado já portador da doença ou de lesão invocada
como causa para o benefício, o processo, devidamente instruído e informado, será
encaminhado à perícia médica da APS ou da UAAPS, a fim de o segurado ser avaliado pela
Junta Médica de Recurso (JMR), que reexaminará a fixação da DID e da DII e se a situação
caracteriza ou não isenção de carência, observando-se que após:
I o reexame médico de que trata o caput deste art. e após a reanálise do processo pela APS
ou pela UAAPS, se verificada situação favorável à pretensão do recorrente, será reformada
a decisão impugnada, considerando-se prejudicado o recurso, por perda do objeto;

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II - o reexame e a reanálise de que trata o inciso anterior, se mantida a decisão inicial, a APS
ou a UAAPS deverá instruir o recurso quanto à parte administrativa e encaminhá-lo à Junta
de Recurso.
Art. 483. O segurado ou o beneficiário terá quinze dias de prazo para interposição de
recurso à Junta de Recurso.
§ 1º Na contagem do prazo, será excluído o dia do conhecimento da decisão, iniciando-se o
curso do prazo no primeiro dia útil seguinte ao dia do conhecimento.
§ 2º O início ou o vencimento será prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, quando essa
data recair em dia em que não haja expediente integral no setor responsável pelo
recebimento do recurso.
Art. 484. O prazo para interposição de recurso ou das contrarazões do segurado ou do
dependente será contado a partir da data:
I - da ciência pessoal, registrada no processo;
II - do recebimento pessoal constante de AR ou de Registro de Entrega (RE), quando se
tratar de notificação postal;
III - da ciência, pessoal ou por via postal, do representante legal do interessado.
§ 1º A intempestividade do recurso só poderá ser declarada se a ciência da decisão for feita
pessoalmente ao segurado, a seu representante legal ou se ocorrer procedida de edital.
§ 2º Não havendo prova da ciência, por parte do interessado, da decisão do INSS, o recurso
será considerado tempestivo, devendo essa ocorrência ser registrada no processo.
Art. 485. Será efetuada notificação por edital quando o interessado estiver em local incerto e
não sabido ou quando ficar evidenciado o seu propósito em não receber a comunicação do
que foi decidido pelo Instituto Nacional Seguro Social.
§ 1º A notificação de que trata este artigo poderá ser coletiva, deverá trazer a referência
sumária do assunto e será divulgada na imprensa escrita do município ou, na hipótese de
inexistência desse veículo no município, na imprensa do estado, em jornal de maior
circulação no domicílio do beneficiário, por três edições consecutivas, preferencialmente em
fim-de-semana, dentro do prazo máximo de quinze dias.
§ 2º O prazo para interposição de recurso a que alude o caput do art. 483 será contado a
partir do décimo quinto dia útil seguinte ao dia da última publicação do edital que notificou a
decisão.
§ 3º Deverão ser juntadas nos autos as páginas dos jornais em que houverem sido
publicados os editais de notificação.
Art. 486. Se o recurso tiver sido encaminhado pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT),
será considerada como data de apresentação, para efeito de verificação do prazo de quinze
dias, a data constante no carimbo da Agência dos Correios da localidade da expedição
aposto no envelope de encaminhamento, observado o disposto nos arts. 483 e 484 desta
Instrução.
Subseção I
Dos Recursos e Contra-Razões do INSS às Câmaras de Julgamento do Conselho de
Recursos da Previdência Social.
Art. 487. É de quinze dias o prazo para interposição de recursos ou de contra-razões por
parte do INSS, contados a partir da entrada do processo no Serviço/Seção de Orientação da
Revisão de Direito (ORDI).
Parágrafo único. Para fins de contagem do término do prazo recursal para o INSS, será
considerada a data de recebimento dos autos no Protocolo da Gerência-Executiva.
Art. 488. A interposição dos recursos e a apresentação de contrarazões competem ao ORDI
às Câmaras de Julgamento do CRPS.
Parágrafo único. Nos casos de interposição de recurso pelo INSS à CaJ, caberá ao ORDI a
comunicação ao interessado, encaminhandolhe cópia da petição e do acórdão da Junta de
Recursos, facultandolhe a apresentação de contra-razões, no prazo de quinze dias.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Subseção II
Das Contra-Razões dos Segurados ou Interessados aos Recursos do INSS às Câmaras de
Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social
Art. 489. É de quinze dias o prazo para o segurado ou para o interessado apresentar contra-
razões aos recursos do INSS às Câmaras de Julgamento do Conselho de Recurso da
Previdência Social (CRPS), contados na forma do art. 485 desta Instrução, devendo o ORDI
efetivar as comunicações à parte interessada.
Art. 490. Após o prazo previsto no artigo anterior, apresentadas ou não as contra-razões, o
ORDI encaminhará o processo às Câmaras de Julgamento do Conselho de Recurso da
Previdência Social.
Parágrafo único. Ocorrendo o recebimento das contra-razões do interessado ao recurso do
INSS, após o encaminhamento do feito às Câmaras de Julgamento do Conselho de Recurso
da Previdência Social, o ORDI deverá encaminhá-las à instância recursal para juntada nos
autos.
Subseção III
Das Diligências dos Órgãos Julgadores
Art. 491. Diligências são as providências solicitadas pelos órgãos julgadores, por Juntas de
Recursos e pelas Câmaras de Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social,
que visam a regularizar, a informar ou a completar a instrução dos processos, observando-
se que:
I - não será discutido o cabimento das diligências;
II - se a execução da diligência for impossível, o processo será devolvido ao órgão julgador
requisitante com a justificativa cabível;
III - nas diligências que se referirem à Justificação Administrativa, deverá ser observado o
disposto no caput deste artigo e o disposto no art. 382 desta Instrução;
IV - no caso de diligência de matéria médica, o processo deverá ser encaminhado ao
GBENIN, para que o assistente técnico designado por portaria para atuar na prestação
jurisdicional exercida pela Junta de Recursos cumpra a providência a que foi designado e
faça retornar o processo à instância solicitante;
V - cumprida a diligência administrativa pelo setor processante, o processo deverá ser
encaminhado aos órgãos julgadores requisitantes por meio do ORDI, que verificará se ficou
atendida a diligência na totalidade.
Parágrafo único. Se, ao cumprir a diligência solicitada, o INSS reconhecer o direito do
segurado, deverá reformar a decisão recorrida e oficiar o presidente da instância prolatora
da decisão, sem a remessa do processo.
Subseção IV
Do Cumprimento dos Acórdãos dos Órgãos Julgadores
Art. 492. É vedado ao INSS escusar-se a cumprir as decisões definitivas oriundas das
Juntas de Recursos ou das Câmaras de Julgamento do CRPS, a reduzir ou a ampliar
alcance dessas decisões ou a executá-las de maneira que contrarie ou prejudique o
evidente sentido nelas contidos, ressalvado o disposto nos arts. 493 a 496 desta Instrução.
Art. 493. Quando, por ocasião do cumprimento do julgado por parte do INSS, for constatado
erro essencial que acarrete nulidade da decisão proferida pelos órgãos do Conselho de
Recursos da Previdência Social, os autos serão encaminhados para apreciação da
presidência do órgão prolator, que, se admitir a revisão do acórdão, propô-la-á.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, considera-se erro essencial aquele de
natureza insanável que acarrete nulidade absoluta do acórdão proferido ou o decorrente de
modificação do objeto da lide ou a fundamentação de voto diversa da conclusão do acórdão.
Art. 494. Quando se tratar de decisão que envolva matéria de fato e se, por ocasião da
execução do julgado, o órgão de execução verificar falhas ainda não detectadas na
instrução mas que necessitem ser sanadas, o INSS providenciará a realização de diligência,
que, cumprida, será considerada como fato novo, superveniente ao julgamento, sendo que,

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caso modifique a situação do interessado, deverá ser solicitada revisão do acórdão ao órgão
prolator.
Art. 495. Quando, nas decisões dos órgãos julgadores de última e definitiva instância, for
verificada a infringência de lei, de normas regulamentares, de enunciados e de pareceres da
Consultoria Jurídica do MPAS aprovados pelo Ministro, deverá o ORDI formular pedido de
revisão de acórdão aos referidos órgãos julgadores, elaborando despacho com a
fundamentação legal, juntamente com o pedido de efeito suspensivo do cumprimento do
decisório questionado.
§ 1º Os órgãos julgadores poderão atribuir efeito suspensivo ao pedido de revisão, hipótese
em que se deixará de cumprir o acórdão, até que haja manifestação quanto ao referido
pedido.
§ 2º O pedido de revisão será dirigido ao presidente da instância prolatora da decisão no
prazo máximo de cento e vinte dias contados a partir da data do recebimento do processo
no ORDI.
§ 3º Na situação prevista no caput deste artigo, o ORDI deverá comunicar ao interessado a
ocorrência do pedido de revisão do acórdão, encaminhando-lhe cópia das razões do INSS e
cópia do acórdão objeto de revisão e dar-lhe prazo de quinze dias para apresentação de
contra-razões.
§ 4º Caso o órgão julgador mantenha a decisão, o ORDI, antes do cumprimento do acórdão,
deverá encaminhar o processo, com relatório fundamentado, à Divisão de Orientação e
Uniformização de Procedimentos da Revisão de Direitos da Diretoria de Benefícios, para
solicitar ao Ministro da Previdência e Assistência Social solução para a controvérsia ou para
a questão, em conformidade com o art. 309 do Decreto nº 3.048, de 1999, alterado pelo
Decreto nº 3.452, de 2000, procedendo-se na forma prevista no § 2º deste artigo e
observado-se, ainda, o que dispõe o parágrafo anterior.
Art. 496. Quando o órgão a quem couber executar o julgado da Junta de Recurso ou da
Câmara de Julgamento do CRPS entender que há dúvida sobre a maneira de executá-lo,
inclusive por omissão, por obscuridade ou por ambigüidade do texto, poderá esse órgão
solicitar ao órgão prolator os esclarecimentos necessários.
Art. 497. Por ocasião da instrução do processo de recurso à Junta de Recurso, a APS ou a
UAAPS deverá efetuar pesquisa no sistema de benefício com finalidade de verificar a
existência de benefício concedido ao interessado, sendo que, se constatada existência de
benefício, deverá:
I - verificar se a documentação apresentada referente ao benefício concedido é idêntica à do
benefício objeto do recurso, cessar o benefício em manutenção, conceder o do recurso e
proceder ao encontro de contas;
II - verificar se a documentação apresentada referente ao benefício concedido é diferente à
do benefício objeto de recurso e, reconhecido o direito ao benefício indeferido, efetuar a
simulação do cálculo desse último, convocar o segurado e orientá-lo da possibilidade de
desistência do recurso e da possibilidade de opção pelo benefício mais vantajoso;
III - proceder, se for o caso, o encaminhamento à Auditoria ou à Arrecadação, para
saneamento, se verificada a divergência na documentação do benefício concedido e do
benefício indeferido.
Art. 498. Se, durante a tramitação do processo recursal, tiver sido concedido ao segurado
outro benefício e se for proferida a decisão de última e definitiva instância, deverá:
I - oficiar a instância prolatora da decisão sobre a opção feita, no caso de o segurado optar,
por escrito, pelo benefício que estiver recebendo, por ser esse o mais vantajoso;
II - fazer cessar o benefício que estiver recebendo, se o segurado optar pelo benefício objeto
da decisão da instância prolatora, procedendo-se aos acertos financeiros;
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo ao beneficiário, como legitimado, que deu
prosseguimento ao recurso do segurado, no caso de falecimento desse segurado.

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§ 2º Uma vez feita a opção em uma das hipóteses dos incisos I e II deste artigo e tendo a
opção sido concretizada com o recebimento do primeiro pagamento, o benefício torna-se
irreversível e irrenunciável.
Art. 499. Se, após o julgamento em última e definitiva instância, o segurado desistir do
benefício reconhecido pela JR ou pela Câmara de Julgamento do CRPS, antes da
concretização da concessão do benefício, deverá apresentar, por escrito, pedido de
desistência, que será juntado aos autos e encaminhado à respectiva instância julgadora,
para referida homologação.
Art. 500. Ocorrendo óbito do interessado, a tramitação do recurso não será interrompida e,
se a decisão de última e definitiva instância for favorável ao recorrente ou ao terceiro
interessado, os efeitos financeiros vigorarão normalmente, nos termos da decisão final, e os
valores apurados serão pagos aos dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta
deles, aos seus sucessores, na forma da lei civil, independentemente de inventário ou de
arrolamento, nos termos do art. 112 da Lei 8.213, de 1991, inclusive quando se tratar de
Benefício Assistencial da LOAS, conforme Decreto nº. 4.360/2002.
Subseção V
Da Intempestividade do Recurso
Art. 501. O recurso intempestivo não gera qualquer efeito, mas deve ser instruído e
analisado quanto ao mérito, como se tempestivo fosse.
Art. 502. Se, embora intempestivo, o recurso tiver sido apresentado no prazo de cinco anos,
contados da decisão denegatória do instituto, terá o seguinte tratamento:
I - sem apresentação de novos elementos, se concluir o setor processante pela:
a) manutenção do ato recorrido, será encaminhado o processo à Junta de Recursos, com
relatório explicativo e fundamentado quanto às razões que justifiquem o indeferimento,
apontando, porém, a intempestividade;
b) reforma parcial do ato denegatório, será considerado como pedido de revisão, adotando,
desde logo, as providências necessárias à execução da parte favorável ao interessado,
comunicando-lhe que terá prosseguimento quanto à parte desfavorável, apesar da
intempestividade;
c) reforma total do ato denegatório, por ter sido ele indevido, considerá-lo-á como pedido de
revisão e procederá a alteração do despacho, de imediato.
II - com a apresentação de novos elementos, deverá ser tratado como novo requerimento de
benefício, de acordo com a legislação vigente na data do pedido, observado o art. 512 desta
Instrução, a propósito de pedido de revisão de benefício indeferido no prazo decadencial de
cinco anos .
Art. 503. Havendo perda do prazo recursal à CJ do CRPS, o INSS, por relatório
fundamentado em que sejam demonstradas a certeza e a liquidez do direito do ato
denegatório reformado em 1ª instância recursal, encaminhará o processo ao presidente da
Câmara de Julgamento competente para que essa autoridade solicite ao presidente do
CRPS a relevação da intempestividade.
§ 1º Não acatado o pedido de relevação da intempestividade, deverá o INSS proceder ao
acatamento imediato da decisão da JR, por ser essa considerada de última e definitiva
instância, uma vez que o recurso intempestivo não gera efeito algum.
§ 2º Excepcionalmente, nos casos em que não houver a relevação da intempestividade,
sendo detectada decisão conflitante com lei, com normas regulamentares ou com pareceres
da Consultoria Jurídica do MPAS aprovados pelo Ministro, deverá o ORDI, por relatório
devidamente fundamentado, encaminhar o processo à Coordenação Geral de Benefícios,
para fins de revisão, na forma do art. 309 do Decreto nº 3.048, de 1999, alterado pelo
Decreto nº 3.452, de 2000, observado o procedimento previsto no § 2º do art. 495 desta
Instrução.
Subseção VI
Outras Disposições do Recurso

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 504. O INSS e o segurado não poderão interpor recursos para as Câmaras de
Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social, nas seguintes matérias de
alçada, se a decisão a ser recorrida:
I - se fundamentar em matéria médica;
II - for relativa ao reconhecimento de direitos a benefícios de prestação continuada, previstos
na LOAS;
III - for relativa ao reconhecimento inicial de direitos a benefícios de segurados especiais,
observadas as garantias de concessão previstas nos incisos I e II do art. 39 da Lei nº 8.213,
de 24 de Julho de 1991;
IV - for relativa às aposentadorias por idade ou às por tempo de contribuição, sendo o tempo
comprovado exclusivamente por contrato de trabalho, por guia de recolhimento ou por carnê,
ou relativa ao não-preenchimento do requisito idade, excetuados os casos que envolvam
conversão de tempo de serviço em atividade especial.
V - for relativa a pedido de revisão de reajustamento de prestação de benefício.
Parágrafo único. Na situação prevista no caput deste artigo, se o interessado apresentar
recurso à Câmara de Julgamento do CRPS, a petição será recebida pela APS ou pela
UAAPS e juntada ao processo, remetendo-o à Câmara de Julgamento, para fins de
conhecimento, apontando a irregularidade, por se tratar de matéria de alçada.
Art. 505. Quando dois ou mais processos se referirem ao mesmo segurado e à mesma
pretensão, deverão ser apensados, fazendo-se neles as anotações referentes à apensação,
com a indicação do órgão, da data em que a apensação for realizada, com a assinatura e a
qualificação funcional de quem a efetivou.
Parágrafo único. Quando ocorrer o disposto no caput deste artigo e houver mais de um
interessado, sendo concedido benefício a um deles, o beneficário será cientificado da
existência do recurso da outra parte interessada, para que se manifeste a respeito, no prazo
de quinze dias, o que não impedirá o andamento do processo, se não se manifestar.
Art. 506. Em se tratando de processo de benefício suspenso por determinação da Auditoria,
caberá à APS ou à UAAPS:
I - recebido o recurso do interessado, sem a apresentação de novos elementos, juntá-lo ao
processo e, em seguida, elaboradas a fundamentação e a instrução do recurso, juntá-las
aos autos, encaminhando o processo imediatamente à Auditoria, para manifestação e
posterior encaminhamento à Junta de Recursos para julgamentos;
II - recebido o recurso do interessado, com apresentação de novos elementos, juntá-lo ao
processo e, em seguida, proferir despacho e remetê-los à Auditoria, para fins de instrução do
recurso, encaminhando-o posteriormente à Junta de Recursos.
§ 1º Na situação prevista no caput deste artigo, após julgamento da Junta de Recursos
negando provimento ao interessado, se ele interpuser recurso à Câmara de Julgamento do
CRPS, a APS ou a UAAPS deverá fazer juntada da petição ao processo encaminhando-o,
imediatamente, à Auditoria, para que ela, no prazo máximo de três dias, emita parecer
prévio, antes da remessa ao ORDI, para apresentação de contra-razões à Câmara de
Julgamento do CRPS.
§ 2º Se houver decisão da Junta de Recursos favorável ao interessado, antes de
interposição de recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social, o ORDI deverá
encaminhar o processo à Auditoria, para que, no prazo de três dias úteis da data do
recebimento, aquele setor emita parecer prévio e, após, faça retornar o processo para
prosseguimento da tramitação, utilizando-se do meio mais rápido, para que não seja
prejudicado o prazo de quinze dias corridos para interposição de recurso.
Art. 507. A propositura, de iniciativa do beneficiário, de ação judicial que tenha por objeto
idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de
recorrer, na esfera administrativa, e desistência do recurso interposto.
§ 1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, não caberá ao INSS deixar de receber o
recurso ou sustar tramitação dele, devendo o servidor registrar, nos autos, a existência da

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SAÚDE OCUPACIONAL

ação judicial, informando o número do respectivo processo e da vara perante a qual tramita,
e dar prosseguimento normal ao processo, pois compete exclusivamente aos órgãos do
CRPS admitir ou não o feito administrativo.
§ 2º Na hipótese de o processo estar tramitando nos órgãos do CRPS, a APS ou a UAAPS e
o ORDI, tomando conhecimento de ação judicial, comunicarão sua existência ao órgão
julgador, onde se encontra o processo de recurso.
Art. 508. Ressalvadas as hipóteses legais, o recurso aos órgãos do CRPS só terá efeito
suspensivo mediante solicitação das partes, deferida pelo presidente da instância julgadora.
Art. 509. As decisões dos órgãos recursais se aplicam unicamente aos casos julgados, não
se estendendo administrativamente por analogia aos demais processos ou casos.
Art. 510. Nos casos de recursos de interessados abrangidos por Acordos Internacionais, a
instrução do recurso à JR caberá aà Agência Brasília Acordos Internacionais, Organismo de
Ligação ou ao responsável por esses serviços.
Parágrafo único. Quando se tratar de recurso à CaJ do CRPS, competem ao Serviço ou à
Seção de Orientação da Manutenção do Reconhecimento do Direito a instrução e
fundamentação do recurso ou da contra razão, cabendo ao ORDI a tramitação.
Art. 511. Se, durante a tramitação do processo, o interessado desistir integralmente do
recurso, deverá o pedido ser encaminhado à JR ou À Câmara de Julgamento do CRPS,
para conhecimento e homologação da desistência, a qual, uma vez homologada, torna-se
definitiva.
Seção XV
Decadência e Prescrição
Art. 512. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso,
do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito
administrativo, observando-se que:
I - até 27 de junho de 1997, não havia prazo decadencial para pedido de revisão de ato
concessório de benefício;
II - de 28 de junho de 1997 a 22 de outubro de 1998, período de vigência da MP nº 1.523-9,
de 1997, e reedições posteriores, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, o segurado teve o
prazo de dez anos para requerer revisão do ato concessório ou indeferitório definitivo, no
âmbito administrativo;
III - a partir de 23 de outubro de 1998, data da publicação da MP nº 1663-15, convertida na
Lei nº 9.711, publicada em 21 de novembro 1998, o prazo decadencial passou a ser de cinco
anos, conforme o disposto no caput deste artigo.
§ 1º Respeitar-se-á o direito do segurado ou de seu dependente que requereu revisão de
benefício, determinada em dispositivo legal, nas condições dos incisos I, II e III deste artigo,
observando-se, porém, o prazo qüinqüenal para haver prestações porventura devidas.
§ 2º Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão indeferitória definitiva
no âmbito administrativo, embora intempestivo, se apresentado no prazo de cinco anos,
contados do dia em que o requerente tomou conhecimento da referida decisão, deverão ser
adotados os mesmos critérios constantes dos incisos e das alíneas do art. 502 desta
Instrução.
§ 3º Para os benefícios em manutenção em 23 de outubro de 1998 (data da publicação da
Medida Provisória nº 1.663/15) o prazo decadencial de cinco (05) anos para revisão começa
a contar a partir de 01 de dezembro de 1998, não importando a sua data de concessão.
Art. 513. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas toda e
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças
devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, dos incapazes e dos ausentes,
na forma do Código Civil.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 514. Em conformidade com o preceituado nos arts. 53 e 54 da Lei 9.784, de 29 de


janeiro de 1999, é vedado ao INSS:
I - reduzir ou aumentar o valor do benefício concedido ou revisto há mais de cinco anos, por
erro administrativo, salvo se decorrente de comprovada má-fé ou de decisão judicial, ou
suspendê-lo;
II - exigir do segurado ou de seu dependente a restituição de importâncias recebidas a
maior, há mais de cinco anos, por erro administrativo, salvo comprovada má-fé.
Parágrafo único. Se comprovada a má-fé, o benefício será cancelado, a qualquer tempo, nos
termos do art. 179 do RPS, subsistindo a obrigação do segurado de devolver as quantias
pagas de uma só vez, conforme determinam o parágrafo único do art. 115 da Lei nº 8.213,
de 1991, e o § 2º do art. 154 do RPS.
Art. 515. As revisões determinadas em dispositivos legais, ainda que decorridos mais de
cinco anos da data em que deveriam ter sido pagas, devem ser processadas, observando-se
a prescrição qüinqüenal.
Seção XVI
Dos Convênios
Art. 516. A Previdência Social poderá firmar convênios para prestação de serviços referentes
a processamento e a pagamento de benefícios previdenciários e acidentários, para emissão
de CTC, para pagamento de salário-família a trabalhador avulso ativo, para inscrição de
beneficiários, para realização de perícia médica e para Reabilitação Profissional com:
I - empresas;
II - sindicatos;
III - associações de aposentados;
IV - órgãos gestores de mão-de-obra;
V - órgãos da administração pública direta, indireta, autárquica e fundacional do Distrito
Federal, dos estados e dos municípios.
§ 1º Considera-se empresa a firma individual ou a sociedade que assume o risco de
atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as
entidade da administração pública direta, indireta e fundacional;
§ 2º Somente poderão celebrar convênio os interessados que tenham organização
administrativa, com disponibilidade de pessoal para a execução dos serviços que forem
convencionados, em todas as localidades abrangidas, independentemente do número de
empregados ou de associados, e que comprovem regularidade fiscal perante o INSS, o
FGTS, a Fazenda Federal, a estadual e a municipal.
§ 3º A empresa ou o grupo de empresas que possuir um quadro de pessoal de quatro mil
empregados ou mais poderá celebrar convênio com o INSS para a criação de unidade
prisma-empresa, desde que todas as condições para a celebração sejam atendidas e que a
empresa ou o grupo disponha de espaço físico, de equipamentos e de recursos humanos
para a implantação do empreendimento.
§ 4º O INSS, quando entender necessário, deixará disponíveis servidores que
supervisionem, confiram, habilitem e procedam a concessão dos benefícios.
Art. 517. A prestação de serviços aos beneficiários em regime de convênio poderá abranger
a totalidade ou parte dos seguintes encargos:
I - processamento e habilitação de benefícios previdenciários e acidentários devidos a
empregados e associados, processamento e habilitação de pensão por morte e de auxílio-
reclusão devidos aos dependentes dos empregados e dos associados da convenente;
II realização de perícias médicas previdenciárias iniciais e de prorrogação, realização de
exames complementares e especializados que se fizerem necessários à concessão de
benefícios que dependam de avaliação da capacidade de laboração a serem realizados nos
empregados e associados da convenente;
III - pagamento de benefícios devidos aos empregados e a associados da convenente;

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SAÚDE OCUPACIONAL

IV pagamento de pensão por morte e de auxílio-reclusão devidos aos dependentes dos


empregados e dos associados da convenente;
V - reabilitação profissional dos empregados e dos associados da convenente;
VI - pedido de revisão dos benefícios requeridos pelos empregados e pelos associados da
convenente;
VII - interposição de recursos a serem requeridos pelos empregados e pelos associados da
convenente;
VIII - inscrição de segurados no Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
IX - pagamento de cotas de salário-família a trabalhador avulso ativo, sindicalizado ou não;
X - formalização de processo de pedido de CTC para fins de contagem recíproca em favor
dos funcionários da convenente.
Art. 518. As entidades de que trata o art. 516 desta Instrução, denominadas proponentes,
deverão celebrar convênio em cada Gerência-Executiva do INSS onde ele será executado,
sendo que uma Gerência poderá atender à demanda de outras localidades, desde que tais
procedimentos sejam previamente acordados entre a convenente e as Gerências
envolvidas.
Art. 519. Os encargos relativos a benefícios previdenciários e acidentários das convenentes,
observadas as normas específicas baixadas pelo INSS, compreendem:
I - preparação e instrução dos pedidos, habilitação dos benefícios em sistema próprio e
acompanhamento processual até o encerramento ou o retorno do encargo ao INSS;
II - pagamento dos benefícios, inclusive durante a execução do programa de reabilitação
profissional;
III - pagamento de cotas de salário-família ao trabalhador avulso ativo, sindicalizado ou não,
desde que ele não se encontre em gozo de benefício pelo INSS;
IV - formalização de processo de pedido de CTC, para fins de contagem recíproca, e
transmissão e recepção de dados por meios adotados pelo INSS;
V - reabilitação profissional dos beneficiários, relacionada às atividades no trabalho, como
medida educativa ou reeducativa, de adaptação ou de readaptação, que será homologada
pelo INSS, ou como medida de requalifilificação profissionalizante, quando, já em
auxíliodoença previdenciário ou acidentário, o empregado ou o associado necessitar de ser
requalificado;
VI - apresentação mensal da relação de cotas de salário família dos trabalhadores avulsos
ativos, sindicalizados ou não, anexando, nas relações dos meses de novembro, o atestado
de vacinação obrigatória para os dependentes com até seis anos e, nas relações dos meses
de maio e novembro, o atestado de comprovação semestral de freqüência à escola do filho
que tenha de sete a quatorze anos ou do equiparado, para fins de provisionamento;
VII - informação ao INSS dos dados relativos às cotas de família dos empregados e dos
associados, quando do requerimento de benefícios;
VIII - realização de perícias médicas iniciais e de prorrogação destinadas a instruir pedido de
auxílio-doença previdenciário, bem como realização de exames complementares e
especializados, quando tais realizações se fizerem necessárias;
IX - apresentação mensal de relação contendo nome do segurado e do respectivo número
de benefício, acompanhada de Conclusão de Perícia Médica homologada por médico perito
do INSS, e apresentação de relação dos exames médico-periciais, complementares e
especializados, a fim de que o INSS faça o reembolso das despesas relativas a essa
prestação de serviço;
X instrução de pedidos de recursos e de revisão de benefício requeridos por convênio,
fazendo o acompanhamento processual até o encerramento ou retorno do encargo ao INSS;
XI - prestação de todas as informações pertinentes ao empregado ou ao associado, por
médico da empresa responsável pela saúde ocupacional, quando solicitadas pelo INSS;
XII formalização de pedido de inscrição de segurados no RGPS;

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SAÚDE OCUPACIONAL

XIII - responsabilização pela retenção do Imposto de Renda sobre o valor mensal a ser pago
ao beneficiário, fazendo o devido repasse à Receita Federal, fornecendo ao beneficiário a
sua declaração anual de rendimentos, quando no convênio ficar ajustado que tal encargo é
de responsabilidade da convenente;
Art. 520. Ficarão a cargo dos setores competentes do INSS, as providências relativas aos
convênios citados no art. 516 desta Instrução que se relacionem com:
I - o Serviço ou com a Seção de Orientação da Manutenção do Reconhecimento de Direitos
das Gerências-Executivas do INSS, a saber:
a) análise de proposta do interessado, considerando a viabilidade de celebração do
convênio;
b) aprovação do Plano de Trabalho que deverá ser elaborado em conjunto com o
interessado;
c) emissão do Termo de Convênio;
d) tomada de assinatura das autoridades competentes no termo de convênio;
e) encaminhamento de síntese do termo de convênio para publicação no Diário Oficial da
União;
f) solicitação à Divisão ou à Sessão de Planejamento, Orçamento e Finanças da criação do
código de microrregião para a convenente;
g) atribuição do Código Sinônimo e realização do cadastramento das convenentes,
mantendo atualizado o referido cadastro.
II - o Serviço ou a Seção de Gerenciamento de Benefício por Incapacidade da Gerência-
Executiva do INSS, a saber:
a) credenciamento, treinamento e avaliação do médico perito indicado pela convenente,
apreciação das instalações e dos recursos técnicos e materiais das proponentes e
supervisão da execução dos serviços prestados pelos médicos das convenentes;
b) autorização para que as Agências ou as Unidades de Atendimento Avançado
encarreguem-se, excepcionalmente, da realização dos exames médico-periciais, por prazo
não-superior a sessenta dias, se, durante a vigência do convênio, a convenente que realizar
perícia não dispuser de recursos médicos;
c) autorização para que as perícias médicas sejam realizadas por profissional do INSS, nos
locais em que for inviável à convenente a contratação de médico perito, em função do
reduzido número de empregados;
d) homologação das perícias médicas iniciais e de prorrogação realizadas pelos médicos
credenciados da convenente e caracterização de nexo técnico de causa e efeito de acidente
do trabalho;
e) autorização para que a convenente realize exames complementares e especializados, de
acordo com as normas vigentes do INSS;
III - as Agências ou as Unidade de Atendimento Avançado da Previdência Social, a saber:
a) treinamento dos representantes da empresa convenente no âmbito dos serviços
convencionados;
b) execução dos serviços ajustados no convênio;
c) realização de perícias médicas acidentárias, para avaliação da capacidade de laboração;
d) reembolso à convenente das despesas relativas a exames médico-periciais,
complementares e especializados, obedecendo-se aos valores constantes da tabela vigente
do INSS, mediante o recebimento de relação contendo nome dos segurados e respectivos
números de benefícios, acompanhadas de Conclusões de Perícias Médicas (CPM)
devidamente homologadas;
e) cadastramento do representante da convenente no Sistema de Benefícios;
f) realização do acompanhamento dos valores a serem provisionados às convenentes, a fim
de apurar eventuais diferenças, efetuando o acerto no Sistema de Benefícios para que a
compensação seja regularizada na competência seguinte;
IV - a Divisão de Administração de Convênios e Acordos Internacionais, a saber:

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SAÚDE OCUPACIONAL

a) adoção de providências necessárias à efetivação do reembolso devido às convenentes,


relativas aos pagamentos de benefícios, até o quinto dia útil do mês subseqüente à
competência devida, de acordo com as relações de créditos disponíveis no Sistema Único
de Benefícios;
b) regularização de pendências de reembolso de benefícios eventualmente existentes nos
valores provisionados às convenentes, por compensação, que será efetuada no mês
subseqüente à apuração dos fatos;
Parágrafo único. Nas localidades em que o INSS contar com número suficiente de médico
perito para atender à demanda gerada pela celebração dos convênios, a empresa fica
desobrigada de indicar médico perito, desde que haja anuência do Serviço ou da Seção de
Gerenciamento de Benefício por Incapacidade da Gerência Executiva do INSS.
Art. 521. A concessão, a conferência e a formatação dos pedidos de benefícios e a emissão
das Certidões de Tempo de Contribuição são de competência exclusiva do INSS.
Art. 522. Fundações, fundos de pensões, caixas de previdência ou patrocinadoras
devidamente registradas, mantidas por empresa ou por grupo de empresas, poderão
participar dos convênios de suas mantenedoras, como intervenientes executoras.
Parágrafo único. Os reembolsos referidos no art. 520 inciso III alínea "d" e inciso IV alínea
"a" desta instrução poderão ser realizados em nome da interveniente.
Art. 523. Os convênios serão firmados pelo Gerente-Executivo do INSS, pelo representante
legal da proponente e, se for o caso, pela interveniente executora.
Art. 524. Os convênios terão validade máxima de cinco anos, a contar da data de sua
publicação no DOU, podendo ser prorrogados por igual período, de acordo com interesse
das partes envolvidas.
Art. 525. Os convênios em vigor continuarão a ser executados, devendo ser, no entanto,
adaptadas às normas estabelecidas, sem prejuízo da continuidade dos serviços.
Art. 526. As partes interessadas poderão solicitar alteração no convênio, que será realizada
por termo aditivo.
Art. 527. Durante a vigência do convênio, o INSS se desobrigará, no que couber, do
atendimento direto aos segurados, ficando presumida a concordância dos empregados e
dos associados com os convênios celebrados, exceto quando ficar estabelecido em cláusula
do convênio que será facultado aos empregados da empresa o requerimento do benefício
fora do convênio.
Art. 528. A qualquer tempo, o INSS ou a convenente poderá propor a rescisão do convênio,
formalizando o pedido com antecedência mínima de sessenta dias.
Art. 529. As cotas de salário-família correspondentes ao mês do afastamento do trabalho
serão pagas, integralmente, pela convenente, as do mês de cessação do benefício serão
pagas, integralmente, pelo INSS, não importando o dia em que recaiam as referidas
ocorrências.
Art. 530. As convenentes responderão civilmente pela veracidade dos documentos e das
informações que oferecerem ao INSS, bem como pelo procedimento adotado na execução
dos serviços conveniados, responsabilizando-se por falhas ou erros de quaisquer natureza
que acarretem prejuízo ao INSS, ao segurado ou a ambas as partes.
Art. 531. À convenente, ressalvado o disposto no art. 520 inciso III alínea "d" desta
Instrução, não receberá nenhuma remuneração do INSS, nem dos beneficiários pela
execução dos serviços objeto do convênio, considerando-se o serviço prestado ser de
relevante colaboração com o esforço do INSS para a melhoria do atendimento.
Art. 532. A prestação de serviços por representantes ou por médicos indicados pela
convenente não cria vínculo empregatício entre o INSS e os prestadores.
Seção XVII
Acordos Internacionais de Previdência Social

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 533. Os Acordos Internacionais inserem-se no contexto da política externa brasileira,


conduzida pelo Ministério das Relações Exteriores, e resultam de esforços do Ministério da
Previdência e Assitência Social e de entendimentos diplomáticos entre governos.
Art. 534. Os Acordos Internacionais têm por objetivo principal garantir os direitos de
Seguridade Social previstos nas legislações dos dois países, especificados no respectivo
acordo, aos respectivos trabalhadores e dependentes legais, residentes ou em trânsito nos
países acordantes.
Art. 535. Os Acordos Internacionais de Previdência Social estabelecem uma relação de
prestação de benefícios previdenciários, não implicando a modificação da legislação vigente
no país, cabendo a cada Estado contratante analisar os pedidos de benefícios apresentados
e decidir quanto ao direito e às condições, conforme legislação própria aplicável e o
respectivo acordo.
Art. 536. Os Acordos Internacionais de Previdência Social entre o Brasil e os países
acordantes são assinados pelas autoridades dos Estados Contratantes, aprovados pelo
Congresso Nacional e promulgados por decretos assinados pelo Presidente da República.
Art. 537. O Brasil mantém Acordo de Previdência Social com os seguintes países:
I - Argentina, mediante Acordo assinado em 20 de agosto de 1980, aprovado pelo Decreto
Legislativo nº 95, de 5 de outubro de 1982, promulgado pelo Decreto nº 87.918, de 7 de
dezembro de 1982, com entrada em vigor em 18 de dezembro de 1982, sendo o Ajuste
Administrativo assinado em 6 de julho de 1990;
II - Cabo Verde, mediante Acordo assinado em 7 de fevereiro de 1979, publicado no DOU de
1º de março de 1979; com entrada em vigor em 7 de fevereiro de 1979;
III - Espanha, mediante acordo assinado em 16 de maio de 1991, aprovado pelo Decreto
Legislativo nº 123, de 02 de outubro de 1995, promulgado pelo Decreto nº 1689, de 7 de
novembro de 1995, com entrada em vigor em 1º de dezembro de 1995;
IV - Grécia, mediante Acordo assinado em 12 de setembro de 1984, aprovado pelo Decreto
Legislativo nº 3, de 23 de outubro de 1987, promulgado pelo Decreto nº 99.088, de 9 de
março de 1990, com entrada em vigor em 01 de setembro de 1990, sendo o Ajuste
Administrativo assinado em 16 de julho de 1992;
V - Chile, mediante Acordo assinado em 16 de outubro de 1993, aprovado pelo Decreto
Legislativo nº 75, de 4 de maio de 1995, promulgado pelo Decreto nº 1.875, de 25 de abril de
1996, com entrada em vigor em 01 de março de 1996;
VI - Itália, mediante Acordo assinado em 30 de janeiro 1974, aprovado pelo Decreto nº
80.138 de 11 de agosto de 1977, com entrada em vigor em 05 de agosto de 1977;
VII - Luxemburgo, mediante Acordo assinado em 16 de setembro de 1965, aprovado pelo
Decreto Legislativo nº 52, de 1966, promulgado pelo Decreto nº 60.968, de 7 de julho de
1967, com entrada em vigor em 1º de agosto de 1967;
VIII - Uruguai, mediante Acordo assinado em 27 de janeiro de 1977, aprovado pelo Decreto
Legislativo nº 67, de 5 de outubro de 1978, promulgado pelo Decreto nº 85.248, de 13 de
outubro de 1980, com entrada em vigor 1º de outubro de 1980, sendo o Ajuste Administrativo
assinado em 11 de setembro de 1980;
IX - Portugal, mediante Acordo assinado em 07 de maio de 1991, aprovado pelo Decreto
Legislativo nº 95 de 23 de dezembro de 1992, promulgado pelo Decreto nº 1.457, de 17 de
abril de 1995, com entrada em vigor em 25 de março de 1995, sendo o Ajuste Administrativo
assinado em 7 de maio de 1991.
Art. 538. Os Acordos Internacionais de Previdência Social terminam a quais regimes de
Previdência serão aplicados em cada país, estabelecendo o elenco de benefícios
contemplados, cumprindo a cada país contratante analisar os pedidos em conformidade com
a legislação e o respectivo Acordo.
Art. 539. São beneficiários dos Acordos Internacionais os segurados e respectivos
dependentes, sujeitos aos regimes de Previdência Social dos países acordantes, previstos
no respectivo ato.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º Os funcionários públicos brasileiros e seus dependentes, atualmente sujeitos a Regime


Próprio de Previdência, não estão amparados pelos Acordos de Previdência Social no Brasil.
§ 2º A Previdência Social Brasileira ampara os segurados e seus dependentes, estendendo
os mesmo direitos aos empregados de origem urbana e rural previsto em legislação.
Art. 540. Os Acordos Internacionais estabelecem a prestação de assistência médica aos
segurados e seus dependentes, filiados ao Regime Geral da Previdência Social brasileira,
que se deslocam para o exterior e ao segurado e seus dependentes, filiados à previdência
estrangeira, em trânsito pelo Brasil.
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput deste artigo são operacionalizados pelos
escritórios de representação do Ministério da Saúde nos Estados e no DF no próprio
Ministério.
Art. 541. Os pedidos de benefícios brasileiros de segurados do RGPS com inclusão de
períodos de atividades no exterior, exercidos nos países acordantes, serão concedidos pelas
Agências designadas pelas Gerências-Executivas que atuam como organismo de ligação
em, Curitiba - PR, Florianópolis - SC, Rio de Janeiro - Centro/RJ, Pinheiros - SP, Porto
Alegre - RS e Brasília - DF - Acordos Internacionais, observando o último local de trabalho
no Brasil, e mantidos nos órgãos pagadores, em conformidade com a residência dos
beneficiários.
§ 1º A manutenção dos benefícios referente a Portugal, Espanha e Grécia, será feita pela
Agência Brasília - Acordos Internacionais, tendo em vista o envio de crédito para esses
países.
§ 2º Nos casos que o Brasil não remeta os pagamentos dos benefícios, deverá ser solicitado
a nomeação de um procurador no Brasil, ficando os valores pendentes até a apresentação
da procuração.
Art. 542. Os períodos de seguros ou de contribuição cumpridos no país acordante poderão
ser totalizados com os períodos de seguros cumpridos no Brasil, para efeito aquisição,
manutenção e de recuperação, com a finalidade de concessão de benefício brasileiro por
totalização, no âmbito dos Acordos Internacionais.
Parágrafo único. Período de seguro é o tempo computável para gerar o direito às prestações
de Previdência Social de acordo com as legislações dos estados contratantes.
Art. 543. O período em que o segurado esteve ou estiver em gozo de benefício da legislação
previdenciária do País contratante, será considerado para fins de manutenção da qualidade
de segurado.
Parágrafo único. O período de que trata o caput deste artigo não poderá ser computado para
fins de complementação da carência necessária ao benefício da legislação brasileira.
Art. 544. O benefício de aposentadoria por tempo de contribuição será devido aos segurados
amparados pelos Acordos de Previdência Social que o Brasil mantém com Portugal,
Uruguai, Espanha, Grécia, Argentina e Cabo Verde, desde que preencham todos os
requisitos para concessão desse benefício, utilizando períodos cumpridos naquele outro
Estado.
Art. 545. O empregado de empresa com sede em um dos Estados contratantes que for
enviado ao território do outro, por um período limitado, continuará sujeito à legislação
previdenciária do primeiro Estado sempre que o tempo de trabalho no território de outro
Estado não exceda ao período estabelecido no respectivo Acordo, mediante:
a) fornecimento de Certificado de Deslocamento Temporário, visando a dispensa de filiação
desses segurados à Previdência Social do país onde estiver prestando os serviços
temporariamente;
b) oficialização ao país acordante;
c) comunicação ao Setor de Arrecadação.
§ 1º Se o tempo de trabalho necessitar ser prorrogado por período superior ao inicialmente
previsto, poderá ser solicitada a prorrogação da dispensa de filiação à Previdência do país
contratante, onde o trabalhador estiver temporariamente prestando serviço, observando-se

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SAÚDE OCUPACIONAL

os períodos no respectivo Acordo, ficando a autorização à critério da autoridade competente


do país de estada temporária.
§ 2º As regras previstas no caput deste artigo estendem-se ao contribuinte individual que
presta serviço de natureza autônoma, desde que previsto no Decreto que aprovou no
Acordo.
Art. 546. Os serviços previstos no artigo anterior são de competência das Gerências
Executivas do INSS, que atuam como Organismos de Ligação.
§ 1º Organismos de Ligação de que trata o caput deste artigo são os órgãos designados
pelas autoridades competentes dos Estados contratantes, para que haja comunicação entre
as partes, a fim de garantir o cumprimento das solicitações formuladas no âmbito dos
Acordos.
§ 2º Para a aplicação do disposto nos Acordos Internacionais de Previdência Social, são
utilizados os formulários bilaterais, aprovados pelas partes contratantes.
§ 3º Nos municípios onde não houver organismo de ligação, o atendimento aos interessados
será feito por meio das Agências da Previdência Social (APS) das Gerências-Executivas
que, após a formalização do processo, encaminhá-lo-á ao organismo de ligação de sua
abrangência.
Art. 547. Os períodos de seguros cumpridos em Regime Próprio de Previdência brasileiro,
poderão ser considerados, para efeito de benefício no âmbito dos Acordos Internacionais,
obedecidas as regras de contagem recíproca e compensação providenciária, nas seguintes
situações:
I - Período de Regime Próprio de Previdência anterior ao período no RGPS, mesmo estando
vinculado por último no regime de previdência do país acordante, previsto no respectivo
Acordo;
II Período de Regime Próprio de Previdência posterior ao período no RGPS, mesmo estando
vinculado por ultimo em regime de previdência do país acordante, previsto no respectivo
Acordo;
III - não poderão ser considerados os períodos dos Regimes Próprios de Previdência Social
brasileiro no âmbito do Acordo Internacionais quando não houver período de seguro para o
RGPS brasileiro.
Parágrafo único. Não poderá ser utilizado o instituto da contagem recíproca no âmbito dos
Acordos Internacionais, quando o último vinculo for Regime Próprio de Previdência
brasileiro.
Art. 548. Os segurados atualmente residentes nos países acordantes poderão requerer os
benefícios da legislação brasileira por meio dos organismos de ligação do país de
residência, que o encaminhará ao organismo de ligação brasileiro.
Art. 549. Com relação ao acordo de Previdência Social com Portugal, os períodos de
contribuição nas antigas colônias portuguesas poderão ser utilizados para efeito de
aplicação do referido acordo, se forem referentes à época em que o respectivo país fora
oficialmente colônia de Portugal, desde que, tatificados pelo or ganismo de ligação
português.
Parágrafo único. As colônias a que se refere o caput deste artigo, são as atuais Repúblicas
Populares de Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola.
Art. 550. O benefício concedido no âmbito dos Acordos Internacionais, calculado por
totalização de períodos de seguro ou de contribuição prestados nos dois países, será
constituído de duas parcelas, quando gerar direito em ambas as partes contratantes.
§ 1º Verificado o direito ao benefício, cada país calculará a parcela a seu cargo aplicando a
proporção existente entre o tempo de serviço cumprido naquela parte e o tempo total.
§ 2º A renda mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base nos Acordos
Internacionais de Previdência Social pode ter valor inferior ao do salário mínimo, exceto para
os benefícios da Espanha conforme determina item 2, alínea "b", art. 21 do Acordo Brasil e
Espanha.

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Art. 551. Quando o titular do benefício, mantido sob a legislação brasileira, estiver em
mudança de residência para um dos países com os quais o Brasil mantém Acordo de
Previdência Social deverá:
I - quando for para Portugal, Espanha e Grécia, solicitar a transferência junto à APS
mantenedora de seu benefício para o organismo de ligação responsável pelo envio dos
pagamentos ao exterior e, ao retornar ao Brasil, solicitar transferência do pagamento para a
APS mais próxima de sua residência;
II - para os países acordantes que não possuam rotina própria de envio de crédito, o titular
do benefício deverá nomear procurador, observando-se as regras estabelecidas nos arts.
395 a 408 desta Instrução.
III - somente nos casos da Espanha é obrigatório a informação da conta-corrente do Banco
do Brasil, em Agência na Espanha, por ser o órgão responsável pelo envio dos créditos e
pagamentos dos beneficiários por meio magnético.
Art. 552. Os pedidos de CTC, referentes aos períodos de seguro ou de contribuição
cumpridos nos países acordantes, devem ser conduzidos da seguinte forma:
I - a documentação apresentada pelo requerente será encaminhada, por meio do Organismo
de Ligação, ao respectivo país para validação, que posteriormente responderá ao Brasil;
II - o pedido de CTC será indeferido e a informação do país acordante deverá ser
encaminhada ao interessado e oficiar ao órgão solicitante, esclarecendo que os referidos
períodos não poderão ser utilizados para os efeitos da Lei nº 6.226, de 14 de julho de 1975,
com alteração dada pela Lei nº 6.864, de 1º de dezembro de 1980 (contagem recíproca), e
pela Lei nº 8.213, de 1991.
Parágrafo único. Não cabe ao RGPS pagar compensação previdenciária referente a
períodos de seguros cujas contribuições forem efetuadas para Previdência de outro país.
Art. 553. Os períodos de atividades sob condições especiais deverão ser informados data a
data, discriminando-se a atividade exercida e as condições ambientais do local de trabalho,
para que o país acordante aplique a legislação própria.
Art. 554. Os períodos concomitantes de seguro ou de contribuição prestados nos dois países
serão tratados conforme definido no texto de cada acordo.
Art. 555. Deverá ser considerada como Data da Regularização de Documentação(DRD) dos
processo concedidos no âmbito dos Acordos Internacionais de Previdência Social, aquela
em que a documentação completa tiver sido encaminhada pelos Organismo de Ligação
estrangeiro, observando-se que:
I - se a documentação for encaminhada diretamente pelo requerente, sem passar pelo
Organismo de Ligação, deve-se considerar a DRD aquela data em que o INSS receber a
documentação completa;
II - quando a concessão depender de informação complementar por parte da Previdência
Social brasileira, que retarde o ato concessório, a DRD será fixada na data da conclusão
desse ato, descontando-se o período compreendido entre a DER e o da solicitação da
referida informação.
Seção XVIII
Da Pesquisa Externa
Art. 556. Entende-se por Pesquisa Externa (PE) as atividades externas exercidas pelo
servidor do INSS, previamente designado para tal fim, junto às empresas, aos órgãos
públicos ou aos contribuintes em geral e beneficiários, que visem:
I - à adoção de medidas ou de coletas de informações e de elementos necessários ao
incremento da arrecadação ou da cobrança dos débitos de contribuições previdenciárias;
II - à verificação de documentos apresentados por beneficiários ou por contribuintes;
III - à conferência e ao incremento dos dados constantes dos sistemas, dos programas e dos
cadastros informatizados;
IV - à realização de visitas necessárias ao desempenho das atividades de perícias médicas,
de habilitação, de reabilitação profissional e de serviço social;

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SAÚDE OCUPACIONAL

V - ao atendimento de programas revisionais de benefícios previdenciários e de benefícios


assistenciais previstos em legislação.
§ 1º Na PE, poderão ser examinadas folhas de pagamento, livros ou fichas de registro de
empregados e outros documentos ou elementos para os quais a lei não assegure sigilo,
verificando-se, na oportunidade, a contemporaneidade dos documentos, bem como a ordem
cronológica de emissão ou outros elementos que configurem a autenticidade.
§ 2º Constatada no ato da realização da pesquisa a necessidade de verificação de livros ou
de documentos contábeis e de outros elementos para os quais a lei assegure sigilo ou
carecendo de procedimentos privativos da fiscalização previdenciária, a pesquisa será
encerrada com o relato desse fato, com sugestão de emissão da Requisição de Diligência
(RD), cabendo à fiscalização do INSS o seu cumprimento.
§ 3º Somente deverão ser adotados os procedimentos de que trata este artigo, após
verificada a impossibilidade de o contribuinte, segurado ou dependente, apresentar os
documentos a serem confirmados pelo INSS ou de apresentar para a realização de perícia
médica na Unidade de Atendimento do Instituto.
Art. 557. Na hipótese indicada no § 2º do art. 556, observando-se o disposto no § 3º também
do art. 556 desta Instrução, a RD deverá ser emitida, se houver suspeita de irregularidade e
se houver necessidade de ser verificada a regularidade dos períodos de trabalho ou dos
salários-de-contribuição informados, após confronto com os dados constantes no CNISE,
confirmadas as divergências.
Parágrafo único. A unidade de atendimento emitirá a RD em formulário próprio e,
imediatamente, encaminhá-la-á à Divisão ou ao Serviço de Arrecadação, para cumprimento.
Art. 558. A Solicitação de Pesquisa (SP) e a RD serão, obrigatoriamente, autorizadas pela
chefia do setor emitente, que verificará sempre se elas são ou não procedentes.
Art. 559. Serão objeto de diligência prévia os casos em que ficarem evidenciadas dúvidas
relacionadas com o mérito da decisão.
Parágrafo único. As diligências destinadas a esclarecer dúvidas não-relacionadas com o
mérito da decisão serão realizadas a posteriori.
Art. 560. A indicação de servidores para a realização de Pesquisa Externa será de
competência da chefia imediata, com anuência prévia da chefia superior.
§ 1º Os referidos servidores deverão pertencer ao quadro permanente de pessoal do
Instituto, ter conhecimento da legislação previdenciária e não possuir qualquer registro
disciplinar desabonador.
§ 2º Caso haja insuficiência de servidores para realização de Pesquisas Externas nas áreas
de Arrecadação e de Benefícios, desde que por ato devidamente justificado pela Divisão ou
pelo Serviço das respectivas áreas da Gerência-Executiva, poderá ser designado servidor
lotado em outras áreas de atividade, a ser devidamente orientado para realização de
pesquisa e contar com autorização de sua chefia imediata.
§ 3º Os servidores que realizem Pesquisa Externa deverão ser submetidos à treinamento e à
avaliação periódica pelos setores requisitantes de PE, área de Arrecadação ou de
Benefícios.
§ 4º Para a realização de Pesquisa Externa, deverá ser observado o sistema de rodízio
entre os servidores habilitados.
§ 5º A designação do servidor será mediante expedição de portaria individual ou de portaria
coletiva do Gerente-Executivo da área de abrangência das Unidades de Atendimento,
mediante a homologação expressa da chefia de Divisão ou de Serviço das áreas de
Arrecadação e de Benefícios.
Art. 561. Para a realização da pesquisa, será fornecido ao servidor cartão de apresentação
autenticado com o timbre do Instituto, cuja emissão e controle caberá às Gerências-
Executivas do INSS.
Art. 562. Os procedimentos internos inerentes à Pesquisa Externa serão estabelecidos em
ato normativo próprio, mantidos aqueles em vigor.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Seção XIX
Do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos - SISOBI
Art. 563. Todos os cartórios de registro civil de pessoas naturais, de acordo com o art. 68 da
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, estão obrigados a comunicar ao INSS, até o dia dez de
cada mês, todos os óbitos registrados no mês imediatamente anterior ou a inexistência deles
no mesmo período, devendo essa comunicação ser feita por meio do formulário para
cadastramento de óbito.
§ 1º São de responsabilidade do titular do cartório de registro civil de pessoas naturais as
informações prestadas ao Instituto Nacional do Seguro Social.
§ 2º A falta de comunicação na época própria, bem como o envio de informações inexatas,
sujeitará o titular à multa prevista no art. 92 da Lei nº 8.212, de 1991.
CAPÍTULO VIII
BENEFÍCIOS DE LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Seção I
Dos Benefícios da Legislação Especial
Art. 564. Ressalvado o direito adquirido, foram extintas as seguintes aposentadorias de
legislação especial, a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP nº 1.523,
convertida na Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997:
I jornalista profissional: Lei nº 3.529, de 13 de janeiro de1959;
II - atleta profissional de futebol: Lei nº 5.939, de 19 de novembro de 1973.
Subseção I
Do Jornalista Profissional
Art. 565. A aposentadoria por tempo de serviço do jornalista profissional foi instituída pela Lei
nº 3.529, de 13 de janeiro de 1959, e será devida, observado o contido no artigo anterior
desta Instrução, desde que esteja completado:
I - o mínimo de trinta anos de serviço em empresas jornalísticas, inclusive na condição de
contribuinte individual, ex-autônomo, observado o disposto no art. 571 desta Instrução;
II - o mínimo de vinte e quatro contribuições mensais, sem interrupção que determine a
perda da qualidade de segurado.
Art. 566. Será considerado jornalista profissional aquele que, devidamente registrado no
órgão regional do Ministério do Trabalho, exerça função habitual e remunerada, em qualquer
das seguintes atividades:
I - redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou coordenação de matéria a
ser divulgada, contenha ou não comentário;
II - comentário ou crônica, por meio de quaisquer veículos de comunicação;
III - entrevista, inquérito ou reportagem escrita ou falada;
IV - planejamento, organização, direção e eventual execução de serviços técnicos de
jornalismo, como os de arquivo, ilustração ou distribuição gráfica de matéria a ser divulgada;
V - planejamento, organização e administração técnica de que trata o inciso I deste artigo;
VI - ensino de técnicas de jornalismo;
VII - coleta de notícias ou informações e respectivos preparos para divulgação;
VIII - revisão de originais de matéria jornalística, com vistas à correção redacional e à
adequação da linguagem;
IX - organização e conservação de arquivo jornalístico e pesquisa dos respectivos dados
para a elaboração de notícias;
X - execução de distribuição gráfica de texto, fotografia ou ilustração de cunho jornalístico,
para fins de divulgação;
XI - execução de desenhos artísticos ou técnicos de cunho jornalístico, para fins de
divulgação.
Parágrafo único. Aos profissionais registrados exclusivamente para o exercício das funções
relacionadas nos incisos VIII a XI deste artigo, é vedado o exercício das funções constantes
dos incisos I a VII deste artigo.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 567. As funções desempenhadas pelos jornalistas profissionais como empregados são
assim classificadas:
I redator: aquele que, além das comuns incumbências de redação, tem o encargo de redigir
editoriais, crônicas ou comentários;
II - noticiarista: aquele que tem o encargo de redigir matérias de cunho informativo,
desprovidas de apreciação ou comentários, preparando-as ou redigindo-as para divulgação;
III - repórter: aquele que cumpre a determinação de colher notícias ou informações,
preparando ou redigindo matéria, para divulgação;
IV - repórter de setor: aquele que tem o encargo de colher notícias ou informações sobre
assuntos predeterminados, preparando-as para divulgação;
V - rádio-repórter: aquele a quem cabe a difusão oral de acontecimento ou entrevista pelo
rádio ou pela televisão, no instante ou no local em que ocorram, assim como o comentário
ou crônica, pelos mesmos veículos;
VI - arquivista-pesquisador: aquele que tem a incumbência de organizar e conservar, cultural
e tecnicamente, o arquivo redatorial, procedendo à pesquisa dos respectivos dados para a
elaboração de notícias;
VII - revisor: aquele que tem o encargo de rever as provas gráficas de matéria jornalística;
VIII - ilustrador: aquele que tem a seu cargo criar ou executar desenhos artísticos ou
técnicos de cunho jornalístico;
IX - repórter-fotográfico: aquele a quem cabe registrar, fotograficamente, quaisquer fatos ou
assuntos de interesse jornalístico;
X - repórter-cinematográfico: aquele a quem cabe registrar, cinematograficamente, quaisquer
fatos ou assuntos de interesse jornalístico;
XI - diagramador: aquele a quem compete planejar e executar a distribuição gráfica de
matérias, fotografias ou ilustrações de cunho jornalístico, para fins de publicação.
Parágrafo único. Também são privativas de jornalista as funções pertinentes às atividades
descritas no art. 566 desta Instrução: editor, secretário, subsecretário, chefe de reportagem e
chefe de revisão.
Art. 568. Considera-se empresa jornalística aquela que tenha como atividade a edição de
jornal ou revista ou a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo, idoneidade
financeira e registro legal.
Parágrafo único. Equipara-se à empresa jornalística a seção ou o serviço de empresa de
radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica ou de agências de publicidade ou de
notícias, em que sejam exercidas as atividades previstas no art. 566 desta Instrução.
Art. 569. Não serão computados como tempo de serviço os períodos:
I de atividades que não se enquadrem nas condições previstas nos incisos do art. 566 desta
Instrução;
II - em que o segurado tenha contribuído em dobro ou facultativamente, por não se tratar de
prestação de efetivo trabalho nas condições específicas exigidas;
III - de serviço militar, uma vez que, para a aposentadoria de jornalista profissional, só
devem ser considerados os períodos em que foi exercida a atividade profissional específica;
IV - os períodos em que o segurado não exerceu a atividade devido ao trancamento de seu
registro profissional no órgão regional do Ministério do Trabalho (MTb).
Subseção II
Do Atleta Profissional de Futebol
Art. 570. A aposentadoria por tempo de serviço do atleta profissional de futebol, instituída
pela Lei nº 5.939, de 19 de novembro de 1973, será devida àquele que tenha praticado, em
qualquer época, essa modalidade de esporte com vínculo empregatício e remuneração, em
associação desportiva integrada ao sistema desportivo nacional, observado o contido no art.
564 desta Instrução.
Art. 571. A comprovação da condição de atleta profissional de futebol será feita por meio da
carteira de atleta ou CTPS do atleta profissional de futebol, contendo os seguintes dados:

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SAÚDE OCUPACIONAL

I - identificação e qualificação do atleta;


II - denominação da associação empregadora e respectiva federação;
III - datas de início e término do contrato de trabalho;
IV - número de registro no Conselho Superior de Desportos ou na Confederação ou no
Conselho Regional de Desportos ou Federação;
V - remuneração e respectivas alterações.
Art. 572. O atleta profissional de futebol terá os benefícios previdenciários concedidos de
acordo com as normas em vigor para os demais segurados, ressalvado quanto ao cálculo da
renda mensal, observando o disposto a seguir:
I - o cálculo dos benefícios de prestação continuada, requeridos a contar de 23 de fevereiro
de 1976, obedecerá às normas estabelecidas para os segurados em geral, salvo nos casos
em que, em virtude do desempenho posterior de outra atividade de menor remuneração
resultar salário-de-benefício desvantajoso em relação ao período de atividade de jogador
profissional de futebol;
II - na hipótese de ocorrer o disposto no inciso I deste artigo, o salário-de-benefício, para
cálculo da renda mensal, será obtido mediante as seguintes operações:
a) média aritmética dos salários-de-contribuição relativos ao período em que tenha exercido
atividade de jogador profissional de futebol, após sua competente correção, com base nos
fatores de correção dos salários-de-contribuição do segurado empregado que exerceu essa
atividade e nos do segurado beneficiado pelos acordos internacionais, observando-se a DIB;
b) média aritmética dos salários-de-contribuição no período básico de cálculo do benefício
pleiteado, segundo regra geral aplicada aos demais benefícios do RGPS;
c) média ponderada entre os montantes apurados nas alíneas anteriores, utilizando-se,
como pesos, respectivamente, o número de meses de exercício da atividade de atleta
profissional de futebol e o número de meses que constituir o período básico do benefício
pleiteado;
d) ao salário-de-benefício obtido na forma da alínea anterior será aplicado o percentual de
cálculo, percentagem básica somada à percentagem de acréscimo, para apuração da renda
mensal, conforme o disposto no RGPS.
Subseção III
Do Aeronauta
Art. 573. A aposentadoria especial do aeronauta, instituída pela Lei nº 3.501, de 21 de
dezembro de 1958, ressalvado o direito adquirido, foi extinta em 16 de dezembro de 1998,
data da publicação da EC nº 20, de 1998, regulamentada pela Portaria MPAS nº 4.883, de
16 de dezembro de 1998.
Art. 574. Será considerado aeronauta o comandante, o mecânico de vôo, o rádio-operador e
o comissário, assim como aquele que, habilitado pelo Ministério da Aeronáutica, exerça
função remunerada a bordo de aeronave civil nacional.
Art. 575. A comprovação da condição de aeronauta será feita pela CP ou pela CTPS,
quando se tratar de segurado empregado e, nos casos de contribuinte individual, por
documento hábil que comprove o exercício de função remunerada a bordo de aeronave civil
nacional.
Art. 576. As condições da concessão serão comprovadas na forma das normas em vigor
para os demais segurados, respeitada a idade mínima de quarenta e cinco anos e o tempo
de serviço de vinte e cinco anos.
Art. 577. Serão computados como tempo de serviço os períodos de:
I efetivo exercício em atividade de vôo prestados contínua ou descontinuamente;
II - percepção de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, desde que concedidos
como consequência da atividade de aeronauta intercalados entre períodos de atividade, sem
que tenha havido perda da qualidade de segurado;
III - percepção de auxílio-doença por acidente de trabalho ou moléstia profissional,
decorrentes da atividade de aeronauta.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 578. Não serão computados na contagem do tempo de viço, para efeito da
aposentadoria especial do aeronauta, os períodos de:
I - atividades estranhas ao serviço de vôo, mesmo aquelas consideradas prejudiciais à
saúde e à integridade física;
II - contribuição em dobro ou facultativa, por não se tratar de prestação de efetivo trabalho
em atividade a bordo de aeronave;
III - atividade militar, uma vez que, para a aposentadoria especial de aeronauta, só deverá
ser considerado o período de atividade profissional específica, conforme o disposto no art.
165 do Decreto nº 83.080, de 24 de janeiro de 1979.
Art. 579. O número de horas de vôo será comprovado por certidão da Diretoria de Aviação
Civil que discrimine, ano a ano, as horas de vôo, até 12 de fevereiro de 1967.
Art. 580. A data do início da aposentadoria será fixada da mesma forma prevista para a
aposentadoria por tempo de contribuição.
Art. 581. A renda mensal corresponderá a tantos um trinta avos do salário-de-benefício
quantos forem os anos de serviço, não podendo exceder a noventa e cinco por cento desse
salário, conforme o disposto no art. 168 do Decreto nº 83.080, de 24 de janeiro de 1979.
Art. 582. A aposentadoria do aeronauta concedida antes da vigência do Decreto-Lei nº 158,
de 1967, será reajustada sempre que houver alteração do salário mínimo, mantida a
proporcionalidade em número de salários mínimos apurados na DIB do benefício, observado
o limite de dezessete salários mínimos.
Parágrafo único. O reajustamento dos benefícios com DIB, a contar de 13 de fevereiro de
1967, obedecerá aos índices da política salarial dos demais benefícios do RGPS.
Art. 583. Perderá o direito à aposentadoria especial de que trata este capítulo o aeronauta
que, voluntariamente, afastar-se do vôo, por período superior a dois anos consecutivos.
Art. 584. As pensões devidas aos dependentes de aeronautas, aposentados ou não, serão
concedidas e mantidas com base no RGPS.
Parágrafo único. As pensões oriundas das aposentadorias concedidas na vigência do
Decreto-Lei nº 158, de 1967, serão concedidas e mantidas, conforme disposto no RGPS,
observando-se o limite de 17 (dezessete) salários mínimos.
Subseção IV
Do Anistiado
Art. 585. A partir de 7 de maio de 1999, o anistiado, com base na Lei nº 6.683, de 28 de
agosto de 1979, na EC nº 26, de 28 de novembro de 1985, e no art. 8º do ADCT da CF, que,
em virtude de motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção,
institucional ou complementar, ou abrangido pelo Decreto Legislativo nº 18, de 15 de
dezembro de 1961, pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro de 1969, ou que, em virtude
de pressões ostensivas ou de expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou
compelido ao afastamento de atividade remunerada, no período de 18 de setembro de 1946
a 4 de outubro de 1988, terá direito aos benefícios do RGPS, sendo contado como tempo de
contribuição o período de afastamento de atividade, vedada a adoção de requisitos
diferenciados para a concessão de benefícios.
Art. 586. Será contado como tempo de contribuição, o período em que o segurado anistiado
que, por motivação exclusivamente política, tenha sido atingido por ato de exceção,
institucional ou complementar, ou que, em virtude de pressões ostensivas ou de expedientes
oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada
ou impedido de exercer atividades vinculadas ao RGPS.
Art. 587. A partir de 7 de maio de 1999, data da publicação do Decreto 3.048, que
regulamentou o RPS, fica extinta a aposentadoria excepcional de anistiado.
Parágrafo único. Será devida a pensão por morte aos dependentes do segurado detentor de
aposentadoria excepcional de anistiado concedida até 6 de maio de 1999.
Art. 588. Deverão ser revistas as aposentadorias concedidas, a partir de 7 de maio de 1999,
em desacordo com o contido nos arts. 586 a 589 desta Instrução.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 589. Ao segurado que requereu aposentadoria excepcional de anistiado ou aos


dependentes que requereram pensão por morte na vigência do RBPS, aprovado pelo
Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, e que tenham apresentado toda a documentação
necessária à concessão, durante a sua vigência, e que a falta de conclusão do pedido seja
de responsabilidade, exclusivamente do INSS, o benefício deve ser analisado e concedido
de acordo com a legislação vigente à época do requerimento.
Art. 590. Ao segurado anistiado ou aos dependentes que requereram aposentadoria
excepcional de anistiado ou pensão por morte, respectivamente, não tendo a parte
interessada apresentado toda a documentação necessária à concessão do benefício, e que,
até a vigência do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 2.172, de 5 de março 1997, o processo
não tenha sido concluído em razão de providências a cargo do segurado ou dos
dependentes, o benefício devido deve ser analisado de acordo com as disposições do RPS.
Parágrafo único. O segurado de que trata o caput deste artigo terá direito aos benefícios do
RGPS, desde que satisfeitas as condições previstas na legislação vigente.
Art. 591. As aposentadorias excepcionais de anistiado, concedidas até 16 de dezembro de
1998, submetem-se ao teto estabelecido pelo art. 37 do inciso XI da CF, cujo valor
corresponde à remuneração percebida por ministros de Estado.
Parágrafo único. No caso de pensão por morte, após o cálculo efetuado de acordo com as
normas vigentes à época do evento, a RMI apurada será limitada conforme o disposto no
caput deste artigo.
Subseção V
Dos Ferroviários Servidores Públicos e Autárquicos Cedidos Pela União à Rede
Ferroviária Federal S/a - Situação Especial
Art. 592. Para efeito de concessão dos benefícios requeridos a contar de 11 de dezembro
de1974, serão observadas as seguintes situações:
I - ferroviários optantes: servidores em atividade que, mediante opção, foram integrados nos
quadros de pessoal da RFFSA sob submissão da CLT, mantida a filiação à Previdência
Social urbana;
II - ferroviários não-optantes:
a) os já aposentados, que não puderam se valer do direito de opção;
b) servidores em atividade que não optaram pelo regime da CLT;
c) servidores que se encontram em disponibilidade.
Art. 593. A concessão de benefícios aos ferroviários optantes que estão em atividade, bem
como a aos seus dependentes, será regida pelas normas estabelecidas para os segurados
geral.
§ 1º É devida a complementação, na forma da Lei nº 8.186, de 21 de maio de 1991,e às
aposentadorias dos ferroviários, e respectivos dependentes, admitidos, até 31 de outubro de
1969 e na RFFSA ou nas respectivas estradas de ferro pertencentes a ela, nas unidades
operacionais e nas subsidiárias a ela pertencentes, que detinham a condição de ferroviário
na data imediatamente anterior à do início da aposentadoria.
§ 2º Por força da Lei nº 10.478 de 28 de junho de 2002, foi estendido, a partir de 01 de abril
de 2002, aos ferroviários admitidos até 21 de maio de 1991 pela RFFSA, o direito a
complementação de aposentadoria na forma da Lei nº 8.186/91.
Art. 594. Os ferroviários servidores públicos ou autárquicos que se aposentaram antes de 11
de dezembro de 1974 ou até 14 de julho de 1975, sem se valerem do direito de opção,
conservarão a situação anterior a essa última data perante a Previdência Social,
observadas, quanto aos benefícios devidos aos dependentes, as seguintes situações:
I - aposentado pela Previdência Social urbana que recebe complementação por conta do
Tesouro Nacional:
a) ao valor mensal da complementação paga ao aposentado, excluído o salário-família, será
aplicado o mesmo coeficiente de cálculo utilizado na apuração da renda mensal da pensão;

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SAÚDE OCUPACIONAL

b) a parcela obtida de acordo com o alínea "a" será paga aos dependentes como
complementação à conta da União;
II - aposentado pela Previdência Social urbana e pelo Tesouro Nacional:
a) será calculada a pensão previdenciária pelas normas estabelecidas para os segurados
em geral, tendo por base a aposentadoria previdenciária;
b) em seguida ao disposto na alínea "a" deste inciso, será calculada a pensão estatutária,
que corresponderá a cinqüenta por cento do valor da aposentadoria estatutária, excluído o
salário-família, qualquer que seja o número de dependentes, sendo que o valor da
aposentadoria estatutária será obtido por meio de informação contida no último
contracheque do segurado ou de outro documento que comprove o valor dos proventos na
data do óbito;
c) obtido o valor mensal da pensão estatutária, se ele for maior que o da previdenciária, a
diferença será paga como complementação à conta da União;
d) se o valor da pensão estatutária for igual ou inferior ao da previdenciária, prevalecerá
esse último;
III - aposentado apenas pelo Tesouro Nacional (antigo regime especial):
a) será considerado como salário-de-contribuição para cálculo da AP-Base o valor mensal
da aposentadoria estatutária paga pelo Te souro Nacional nos trinta e seis últimos meses
imediatamente anteriores ao óbito do segurado, observados os tetos em vigor;
b) obtido o valor da AP-Base, o cálculo da pensão previdenciária obedecerá ao disposto nas
normas para os demais benefícios;
IV - aposentado apenas pela Previdência Social urbana:
a) o cálculo da pensão obedecerá ao disposto nas normas em vigor à época do evento.
Art. 595. Aos ferroviários servidores públicos ou autárquicos será permitida a percepção
cumulativa de aposentadoria devida pela Previdência Social com os proventos de
aposentadoria da União, na forma da Lei nº 2752, de 10 de abril de 1956, e do Parecer L-
211, de 19 de outubro de 1978, da Consultoria Geral da República (dupla aposentadoria).
§ 1º Terão direito à dupla aposentadoria os servidores que pertenceram às seguintes
estradas de ferro da União:
I - Estrada de Ferro Bahia-Minas;
II - Estrada de Ferro Bragança;
III - Estrada de Ferro Central do Piauí;
IV - Estrada de Ferro Sampaio Corrêa;
V - Estrada de Ferro D. Teresa Cristina;
VI - Estrada de Ferro Goiás;
VII - Estrada de Ferro S. Luiz-Teresina;
VIII - Estrada de Ferro Rede de Viação Cearense;
IX - Viação Férrea Federal Leste Brasileiro;
X - Estrada de Ferro Madeira-Mamoré;
XI - Estrada de Ferro Tocantins;
XII - Estrada de Ferro Mossoró-Souza;
XIII - Estrada de Ferro Central do Brasil, para somente aqueles que foram admitidos até 24
de maio de 1941, data do Decreto-Lei nº 3.306, que transformou esta ferrovia em autarquia;
XIV - Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, até o Decreto nº 4.176, de 1942.
§ 2º A concessão da aposentadoria obedecerá ao disposto no RGPS.
Art. 596. Os ferroviários servidores públicos ou autárquicos que se aposentaram antes de 14
de julho de 1975 e seus dependentes terão direito ao salário-família estatutário, não fazendo
jus ao salário-família previdenciário.
§ 1º A concessão do salário família estatutário compete à RFFSA, cabendo ao INSS o seu
pagamento, à conta da União, à vista dos elementos fornecidos pelas ferrovias.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 2º Quando o ferroviário aposentado falecer recebendo salário família no Tesouro Nacional,


o pagamento pelo INSS, à conta da União, dependerá de comunicação do Ministério da
Fazenda, por meio de suas delegacias regionais.
Art. 597. Os ferroviários servidores públicos e autárquicos em atividade ou em
disponibilidade que deixaram de exercer o direito de opção pelo regime da CLT, na forma
permitida pela Lei nº 6.184, de 11 de dezembro de 1974, farão jus aos benefícios
previdenciários, até que seja redistribuído para outros órgãos da administração pública ou
que retorne à repartição de origem, desde que atendidos os demais requisitos
regulamentares.
Parágrafo único. Para fins de instrução dos pedidos de benefícios, além dos documentos
habitualmente exigidos, deverá o segurado apresentar declaração da RFFSA atestando não
ter sido redistribuído para outro órgão da administração pública e que não retornou à
repartição de origem, sem o que não será processado o pedido.
Subseção VI
Do Ex-Combatente
Art. 598. São considerados ex-combatentes os segurados enquadrados nas seguintes
situações:
I - no Exército:
a) os que tenham integrado a Força Expedicionária Brasileira (FEB), servindo no teatro de
operações de guerra da Itália, entre 1944 e 1945;
b) os que tenham participado efetivamente de missões de vigilância e segurança do litoral,
como integrantes da guarnição de ilhas oceânicas ou de unidades que se deslocaram de
suas sedes para o cumprimento daquelas missões;
II - na Aeronáutica:
a) os que tenham integrado a Força Aérea Brasileira em serviço de comboios e
patrulhamento durante a guerra no período de 1942 a 1945;
b) os que tenham sido tripulantes de aeronaves engajadas em missões de patrulha;
c) os pilotos civis que, no período compreendido entre 22 de março de 1941 a 8 de maio de
1945, tenham comprovadamente participado, por solicitação de autoridade militar, de
patrulhamento, busca, vigilância, localização de navios torpedeados e assistência aos
náufragos;
III - na Marinha:
a) os que tenham participado de comboio de transporte de tropas ou de abastecimento ou
de missões de patrulhamento;
b) os que tenham participado efetivamente de missões de vigilância e segurança do litoral,
como integrantes de guarnições de ilhas oceânicas;
c) os que tenham sido tripulantes de navios de guerra ou de mercantes atacados por
inimigos ou destruídos por acidente;
d) os que, como integrantes da Marinha Mercante Nacional, tenham participado pelo menos
de duas viagens em zona de ataques submarinos, no período compreendido entre 22 de
março de 1941 a 8 de maio de 1945;
IV - em qualquer Ministério Militar:
a) os que integraram tropas transportadas em navios escoltados por navios de guerra.
Art. 599. Não é considerado ex-combatente, para efeito do amparo da Lei especial de que
trata este capítulo, o brasileiro que tenha prestado serviço militar nas Forças Armadas
Britânicas, durante a II Guerra Mundial.
Art. 600. A prova da condição de ex-combatente será feita por certidão fornecida pelos
Ministérios Militares, na qual, além de afirmada a condição de ex-combatente do requerente,
seja indicado o período em que serviu e a situação em que se enquadra, entre as referidas
no art. 600 desta Instrução.

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SAÚDE OCUPACIONAL

§ 1º No caso de segurados que tenham servido ao Exército, é imprescindível que a


expedição da certidão tenha obedecido ao disposto na Portaria nº 19-GB, do Ministério do
Exército, publicada no DOU de 26 de janeiro de 1968.
§ 2º As certidões expedidas pelas Organizações Militares do Ministério do Exército
anteriormente a 15 de setembro de 1967, data da publicação da Lei nº 5.315, poderão,
entretanto, ser aceitas para fins de benefícios de ex-combatentes, desde que consignem os
elementos necessários à caracterização do segurado como ex-combatente, nas condições
do inciso I do art. 600 desta Instrução.
§ 3º A prova da condição referida na alínea "d" inciso III do art. 600 desta Instrução será feita
por certidão do Estado Maior da Armada, da Diretoria de Portos e Costas, em que conste
haver o interessado realizado, no mínimo, duas viagens em zona de ataques submarinos,
indicando os períodos de embarque e desembarque e as respectivas embarcações.
§ 4º As informações constantes na certidão serão confrontadas com os registros das
cadernetas de matrícula.
§ 5º A certidão fundamentada apenas em declaração feita em justificação judicial não
produz, na Previdência Social, efeitos probatórios do direito alegado.
Art. 601. A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado ex-combatente
que contar vinte e cinco anos de serviço efetivo.
Parágrafo único. Os benefícios de ex-combatentes não podem ser acumulados com a
pensão especial instituída pela Lei nº 8.059, de 1990, na forma disposta no Parecer/CJ/Mex
nº 2.098, de 1994 e na Nota CJ/MPAS nº 764, de 28 de novembro de 2001, ressalvando-se
ao beneficiário o direito de opção.
Art. 602. Não será computado em dobro o período de serviço militar que tenha garantido ao
segurado a condição de ex-combatente, exceto o período de embarque em zona de risco
agravado, conforme Decreto-Lei nº 4.350, de 1942, desde que certificado pelo Ministério da
Marinha.
Art. 603. O cálculo do salário-de-benefício, do auxílio-doença, da aposentadoria por invalidez
ou por idade, inclusive no caso de múltiplas atividades, obedecerá ao disposto nas normas
previstas para o cálculo dos segurados em geral e a RMI será igual a cem por cento do
salário de benefício.
Parágrafo único. No caso de aposentadoria por tempo de contribuição, de acordo com o
inciso V, do art. 53 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT,
regulamentado pelo Parecer CJ/MPAS nº 2 017, de 1º de fevereiro de 2000, será igual ao
último provento ou remuneração, sem as parcelas que não integram o valor, percebido antes
do início do benefício, atualizado pelos mesmos índices de reajustes dos benefícios de
prestação continuada da previdência social e limitado ao teto estabelecido pela Emenda
Constitucional nº 20, a partir de 16 de dezembro de 1998.
Art. 604. No caso de pensão de segurado ex-combatente, a habilitação dos dependentes,
bem como o cálculo, o rateio e a extinção de cotas, será regida pelas normas em vigor para
os demais segurados, excetuados os casos enquadrados na Lei nº 4.297, de 1963.
Art. 605. Com o advento do Decreto nº 2.172, de 1997, os benefícios de ex-combatentes,
aposentadoria e pensão por morte concedidos com base nas Leis revogadas números
1.756, de 1952, e 4.297, de 1963, passam a ser reajustados pelos mesmos índices de
reajustes aplicáveis aos Benefícios de Prestação Continuada da Previdência Social.
§ 1º Com o advento da Lei nº 5.698, de 1º de setembro de 1971, os reajustes posteriores a
essa data, para os benefícios de que trata o caput, não incidirão sobre a parcela excedente
de dez (10) vezes o valor do maior salário mínino mensal vigente no País.
§ 2º De acordo com a EC nº 20, de 1998, a partir de 17 de dezembro de 1998, a renda
mensal reajustada não poderá ser superior à remuneração do cargo de ministro do Estado.
Subseção VII
Da Pensão Especial aos Deficientes Físicos Portadores da Síndrome da Talidomida

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 606. O deficiente físico portador da Síndrome da Talidomida nascido a partir de 1º de


janeiro de 1957, data do início da comercialização da droga denominada Talidomida, terá
direito à pensão especial.
Art. 607. A data do início da pensão especial será fixada na DER.
Art. 608. A renda mensal inicial será calculada mediante a multiplicação do número total de
pontos indicadores da natureza e do grau de dependência resultante da deformidade física,
constante do processo de concessão, pelo valor fixado em portaria ministerial que trata dos
reajustamentos dos benefícios pagos pela Previdência Social.
Parágrafo único. O beneficiário da Pensão Especial Vitalícia da Síndrome da Talidomida,
maior de trinta e cinco anos, que necessite de assistência permanente de outra pessoa e
que tenha recebido a pontuação superior ou igual a seis pontos, fará jus a um adicional de
vinte e cinco por cento sobre o valor desse benefício, conforme disposto no art. 13 da MP nº
2.129-10, de 22 de junho de 2001.
Art. 609. O benefício é vitalício e intransferível, não gerando pensão a qualquer eventual
dependente ou resíduo de pagamento a seus familiares.
Art. 610. A pensão especial não poderá ser acumulada com qualquer rendimento ou
indenização por danos físicos, inclusive os dos benefícios assistenciais previstos na LOAS e
na Renda Mensal Vi talícia que, a qualquer título, venha a ser pago pela União, dada a sua
finalidade.
Parágrafo único. A pensão especial poderá ser acumulada com outro benefício do RGPS ou
de qualquer outro regime.
Art. 611. Para a formalização do processo, deverão ser apresentados pelo pleiteante, no ato
do requerimento, os seguintes documentos:
I - duas fotografias, tamanho 12 x 9cm, em traje de banho, sendo uma de frente e outra de
costas, com os braços separados, afastados do corpo;
II - certidão de nascimento;
III - prova de identidade do pleiteante ou de seu representante legal;
IV - quando possível, eventuais outros subsídios que comprovem o uso da Talidomida pela
mãe do pleiteante, tais como:
a) receituários relacionados com o medicamento;
b) relatório médico;
c) atestado médico de entidades relacionadas à patologia.
Art. 612. O processo original, com todas as peças, após a formalização, será encaminhado à
perícia médica da APS ou da UAAPS, para as seguintes providências:
I - realização de exame médico-pericial, mediante a utilização do formulário Laudo Médico
Pericial ou do Avaliação de Possíveis Portadores da Síndrome da Talidomida, DIRBEN 8243.
II - solicitação de exames médicos complementares, se necessário: oftalmológico,
otorrinolaringológico e radiológico;
III - remessa do processo original com os procedimentos médicopericiais à Seção ou Serviço
de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade, que encaminhará aos polos regionais
definidos em Orientação Interna que disciplina o assunto, com vistas a parecer de
profissionais de reconhecida capacidade para avaliar embriopatias.
IV - após a avaliação, deverá ser emitido parecer pelo respectivo profissional, que em caso
de indeferimento, justificará tecnicamente a decisão.
Subseção VIII
Da Pensão Mensal Vitalícia do Seringueiro e seus Dependentes
Art. 613. Para fazer jus à pensão mensal vitalícia, o requerente deverá comprovar que:
I - não aufere rendimento, sob qualquer forma, igual ou superior a dois salários mínimos;
II - não recebe qualquer espécie de benefício pago pela Previdência Social urbana ou rural;
III - se encontra numa das seguintes situações:

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SAÚDE OCUPACIONAL

a) trabalhou como seringueiro recrutado nos termos do Decreto Lei nº 5.813, de 14 de


setembro de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, nos seringais da região amazônica,
e foi amparado pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946;
b) trabalhou como seringueiro na Região Amazônica atendendo ao apelo do governo
brasileiro, contribuindo para o esforço de guerra na produção da borracha, durante a
Segunda Guerra Mundial.
Art. 614. Na hipótese de o requerente residir em casa de outrem, parente ou não, ou de
vivenciar a condição de internado ou de recolhido à instituição de caridade, não terá
prejudicado o direito à pensão mensal vitalícia.
Art. 615. É vedada a percepção cumulativa da pensão mensal vitalícia com qualquer outro
benefício de prestação continuada mantido pela Previdência Social, ressalvada a
possibilidade de opção pelo benefício mais vantajoso.
Parágrafo único. A prova de que não recebe qualquer espécie de benefício ou rendimentos
será feita pelo próprio requerente, mediante termo de responsabilidade firmado quando da
assinatura do requerimento.
Art. 616. Para comprovação da efetiva prestação de serviços, serão aceitos como prova
plena:
I - os documentos emitidos pela Comissão Administrativa de Encaminhamento de
Trabalhadores para a Amazônia (CAETA), em que conste ter sido o interessado recrutado
nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 1943, para prestar serviços na Região Amazônica,
em conformidade com o acordo celebrado entre a Comissão de Controle dos Acordos de
Washington e a Rubber Development Corporation;
II - contrato de encaminhamento emitido pela CAETA;
III - caderneta do seringueiro, em que conste anotação de contrato de trabalho;
IV - contrato de trabalho para extração de borracha, em que conste o número da matrícula
ou o do contrato de trabalho do seringueiro;
V - ficha de anotações do Serviço Especializado da Mobilização de Trabalhadores para a
Amazônia (SEMTA) ou da Superintendência de Abastecimento do Vale Amazônico (SAVA),
em que conste o número da matrícula do seringueiro, bem como anotações de respectivas
contas;
VI - documento emitido pelo ex-Departamento de Imigração do Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio ou pela Comissão de Controle dos Acordos de Washington, do então
Ministério da Fazenda, que comprove ter sido o requerente amparado pelo programa de
assistência imediata aos trabalhadores encaminhados para o Vale Amazônico, durante o
período de intensificação da produção de borracha para o esforço de guerra.
Parágrafo único. A JA ou Judicial será admitida como um dos meios para provar que o
seringueiro atendeu ao chamamento do governo brasileiro para trabalhar na Região
Amazônica, desde que acompanhada de razoável início de prova material, conforme
alterações introduzidas pela Lei nº 9.711, de 20 de janeiro de 1998
Art. 617. O início da pensão mensal vitalícia do seringueiro será fixada na data da entrada
do requerimento e o valor mensal corresponderá a dois salários mínimos vigentes no país.
Art. 618. A pensão mensal vitalícia continuará sendo paga ao dependente do beneficiário,
por morte desse último, no valor integral do benefício recebido, desde que comprove o
estado de carência e não seja mantido por pessoa de quem dependa obrigatoriamente.
Subseção IX
Do Benefício Assistencial de que Trata a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993
(lei Orgânica da Assistência Social - Loas)
Art. 619. O benefício assistencial corresponde à garantia de um salário mínimo, na forma de
benefício de prestação continuada, devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com
sessenta e sete anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria
manutenção e também não possa ser provida por sua família, observado que:

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SAÚDE OCUPACIONAL

I - no período de 1º de janeiro de 1996 a 31 de dezembro de 1997, vigência da redação


original do art. 38 da Lei nº 8.742, de 1993, a idade mínima para o idoso era a de setenta
anos;
II - a partir de 1º de janeiro de 1998, a idade mínima para o idoso passou a ser de sessenta
e sete anos, conforme nova redação ao art. 38 (Lei nº 8.742, de 1993), dada pela MP nº
1.599-39, de 1997, e reedições, convertida na Lei nº 9.720 publicada no DOU em 1º de
dezembro de 1998.
§ 1º Será devido o benefício assistencial, espécie 87, às crianças (zero a doze anos de
idade) e adolescentes (entre doze e dezoito anos de idade) portadores de deficiência
incapacitante para a vida independente, bem como aos abrigados em Instituições Públicas e
Privadas no âmbito nacional, que comprove carência econômica para prover a própria
subsistência;
§ 2º São também beneficiários os idosos e os portadores de deficiências, estrangeiros
naturalizados e domiciliados no Brasil, desde que não amparados pelo sistema
previdenciário do país de origem, e os indígenas.
Art. 620. Para efeito da análise do direito ao benefício, serão consideradas como:
I - família: o conjunto de pessoas que vivam sob o mesmo teto, assim entendido o cônjuge, o
companheiro ou a companheira, os pais, os filhos ( inclusive o enteado e o menor tutelado) e
irmãos nãoemancipados de qualquer condição, menores de vinte e um anos ou inválidos;
II - pessoa portadora de deficiência: aquela incapacitada para a vida independente e para o
trabalho, em razão de anomalias ou lesões irreversíveis de natureza hereditária, congênita
ou adquirida;
III - família incapacitada de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou
idosa: aquela cujo cálculo da renda per capita, que corresponde à soma da renda mensal de
todos os seus integrantes, dividida pelo número total de membros que compõem o grupo
familiar, seja inferior a um quarto do salário mínimo.
§ 1º Na avaliação médico-pericial do menor de dezesseis anos de idade, cuja família não
possua meios de prover a sua manutenção, deverá apenas verificar se a deficiência
encontra-se amparada nas definições já existentes, em razão que a incapacidade para vida
independente e para o trabalho, em virtude da tenra idade, ser presumida, conforme
recomendação do Ministério Público Federal.
§ 2º Se o benefício for requerido por cônjuge separado de fato que declarar não ter meios de
prover a própria manutenção e também não possa ser provida por sua família, após consulta
nos dados do Sistema, e forem confirmadas as informações prestadas, caberá a concessão
do benefício, desde que atendidas às demais condições, ficando vedada qualquer diligência,
salvo dúvida fundada.
Art. 621. O benefício poderá ser pago a mais de um membro da família, desde que
comprovadas todas as condições exigidas.
Parágrafo único. O valor do benefício concedido a outros membros do mesmo grupo familiar
passa a integrar a renda para efeito de cálculo per capita do novo benefício requerido.
Art. 622. A cessação do pagamento do benefício ocorrerá as seguintes situações:
I - superação das condições que lhe deram origem;
II - morte do beneficiário;
III - morte presumida do beneficiário, declarada em juízo;
IV - ausência declarada do beneficiário, na forma do art. 463 do Código Civil, Lei nº 3.071,
de 1º de janeiro de 1916;
V - falta de comparecimento do beneficiário portador de deficiência ao exame médico
pericial, por ocasião de revisão de benefício;
VI - falta de apresentação pelo idoso ou pela pessoa portadora de deficiência da declaração
de composição do grupo e renda familiar por ocasião de revisão de benefício.
Parágrafo único. As alterações nas condições que deram origem ao benefício, referidas no
inciso I deste artigo, quando ocorridas após a concessão, não constituem irregularidades.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Art. 623. O benefício é intransferível, não gerando direito a pensão, a herdeiros ou a


sucessores.
Parágrafo único. É devido pagamento de resíduo a herdeiros ou a sucessores na forma da
lei civil, para óbitos ocorridos a partir de 06/09/2002, data da publicação do Decreto nº
4.360/02, ressalvado o cumprimento de decisão judicial referente a falecimentos ocorridos
em data anterior.
Art. 624. O benefício assistencial não poderá ser acumulado com qualquer benefício da
Previdência Social ou de qualquer outro Regime Previdenciário, exceto a pensão especial
devida aos dependentes das vítimas da hemodiálise de Caruaru/PE, prevista na Lei nº
9.422, de 24 de dezembro de 1996.
Parágrafo único O deficiente e o idoso que recebam benefício de LOAS, se vierem a ter
direito à pensão por morte, poderão optar pelo benefício mais vantajoso.
Art. 625. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, devendo ser
aplicada em todos os processos pendentes de concessão, e revoga a INSTRUÇÃO
NORMATIVA/INSS/DC nº 78, de 16/07/2002 .
JUDITH IZABEL IZÉ VAZ
Diretora-Presidente do INSS
SÉRGIO LUIS DE CASTRO MENDES CORRÊA
ProcuradorGeral da Procuradoria Especializada do INSS Substituto
ROBERTO LUIZ LOPES
Diretor de Orçamento, Finanças e Logística
FERNANDO SIQUEIRA RODRIGUES
Diretor de Recursos Humanos Substituto
LUIS HENRIQUE FANAN
Diretor de Arrecadação Substituto
BENEDITO ADALBERTO BRUNCA
Diretor de Benefícios
ANEXO I
INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

INSTRUÇÕES
Quadro 1 - Preencher corretamente todos os campos de acordo com a informação
solicitada.
Quadro 2 - Descrição do local onde os serviços são realizados, onde deverá constar os
elementos necessários à caracterização de todos os ambientes em que o segurado exerce
as atividades no período trabalhado.
Quadro 3 - Descrição minuciosa das atividades executadas pelo Segurado, onde deverá
conter pormenorizadamente todas as tarefas realizadas pelo mesmo, durante a jornada
integral de trabalho.
Quadro 4 - Descrever todos os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho, a fonte
e de que forma o segurado está exposto a este agente (contato, manipulação etc.) e
informar o grau de intensidade, se for o caso. Se houver exposição ao ruído em níveis
variáveis, deverá, obrigatoriamente ser informada a média do ruído durante a jornada
integral de trabalho.
Obs.: Para o período até 28/04/95, deverá ser descrito se o trabalho foi realizado em
atividades profissionais perigosas, insalubres ou penosas, de modo habitual e permanente.
Quadro 5 - Se a exposição ao agente nocivo ou o exercício da atividade ocorre de forma
habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, deverá ser informado,
obrigatoriamente, se o segurado exerce exclusivamente, as funções descritas durante a
jornada integral de trabalho; ou se no exercício de todas as funções o segurado está
efetivamente exposto aos agentes nocivos ou associação de agentes descritos.

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SAÚDE OCUPACIONAL

Obs. : A exigência constante deste quadro não se aplica ao período de trabalho exercido em
data anterior a 29/04/95.
Quadro 6 - Informar obrigatoriamente se a empresa possui laudo, quando exigido, que
comprove as informações contidas neste documento.
IMPORTANTE: A INFORMAÇÃO SOBRE EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS, EM
QUALQUER ÉPOCA, DEVERÁ SER CORROBORADA COM LAUDO TÉCNICO-PERICIAL
QUANDO EXIGIDO.
Quadro 7 - Transcrever a íntegra ou síntese da conclusão do laudo, quando exigido,
objetivando informação clara e precisa de que a efetiva exposição é ou não, prejudicial à
saúde ou integridade física do trabalhador.
Quadro 8 - CGC da empresa ou matrícula no INSS: local e assinatura.
IMPORTANTE: ESTE DOCUMENTO É O QUE CONFIRMA A EFETIVA EXPOSIÇÃO DO
SEGURADO AOS AGENTES NOCIVOS OU O EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES EM
CONDIÇÕES ESPECIAIS PORTANTO. DEVERÁ CONTER TODAS AS INFORMAÇÕES
INDISPENSÁVEIS PARA A CARACTERIZAÇÃO DO DIREITO AO ENQUADRAMENTO,
DEVENDO SER PREENCHIDO COM BASE NO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES
AMBIENTAIS DO TRABALHO, QUANDO EXIGIDO.
DIRBEN-8030 Verso
ANEXO II
AVISO PARA RETENÇÃO E RECOLHIMENTO

ANEXO III
AVISO DE FALTA DE RECOLHIMENTO

ANEXO IV
PROCURAÇÃO

ANEXO V
RELAÇÃO DE CÓDIGOS DE PAGAMENTO

ANEXO VI
SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÕES AO MÉDICO ASSISTENTE - SIMA

ANEXO VII
MODELO DE CARIMBO DE CARGA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO POR ADVOGADO
e MODELO DE CARIMBO DE DEVOLUÇÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO POR
ADVOGADO

ANEXO VIII
DECLARAÇÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PARA FINS DE OBTENÇÃO DE
BENEFÍCIO JUNTO AO INSS

ANEXO IX
DECLARAÇÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

ANEXO X
DESPACHO E ANÁLISE ADMINISTRATIVA DA ATIVIDADE ESPECIAL

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
SAÚDE OCUPACIONAL

ANEXO XI
ANÁLISE E DECISÃO TÉCNICA DE ATIVIDADE ESPECIAL

ANEXO XII
DECLARACAO DE EXERCICIO DE ATIVIDADE RURAL

ANEXO XIII
ENTREVISTA

ANEXO XIV
TERMO DE HOMOLOGAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL

ANEXO XV
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP

ANEXO XVI
DECLARACAO DE EXERCICIO DE ATIVIDADE RURAL

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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