Matematica Atuarial
Matematica Atuarial
Matematica Atuarial
Matemática Atuarial de
Sistemas de Previdência Social
M IN IS TÉ RIO D A PR E V ID Ê N C IA E A SS IS TÊ N C IA S O C IA L
S E C RE TA RIA D E PR E V ID Ê N C IA S O C IA L
1
A edição original desta obra foi publicada pela Repartição Internacional do Trabalho, Genebra, sob o
título Actuarial Mathematics of Social Security Pensions.
Traduzido e reproduzido com autorização.
Copyright © 1999 Organização Internacional do Trabalho.
Tradução Portuguesa Copyright © 2002 Ministério da Previdência e Assistência Social
Edição e Distribuição:
Ministério da Previdência e Assistência Social
Secretaria de Previdência Social
Esplanada dos Ministérios, Bloco F
70.059-900 Brasília DF
Tel.: (61) 317-5014 Fax: (61) 317-5195
Tiragem: 6.000 exemplares
Impresso no Brasil/Printed in Brazil
Exemplus Comunicação & Marketing Ltda.
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte
Iyer, Subramaniam.
Matemática Atuarial de Sistemas de Previdência Social /
Subramaniam Iyer, tradução do Ministério da Previdência e
Assistência Social. - Brasília: MPAS, 2002.
182p. - (Coleção Previdência Social, Série Traduções; v. 16)
ISBN - 85.88219-15-8
As designações empregadas nas publicações da OIT, as quais estão em conformidade com a prática
seguida pelas Nações Unidas, bem como a forma em que aparecem nas obras, não implicam juízo de valor
por parte da OIT no que se refere à condição jurídica de nenhum país, área ou território citados ou de suas
autoridades, ou, ainda, concernente à delimitação de suas fronteiras.
A responsabilidade pelas opiniões contidas nos estudos, artigos e outras contribuições cabe
exclusivamente ao(s) autor(es) e a publicação dos trabalhos pela OIT não constitui endosso às opiniões nela
expressadas.
Da mesma forma, referências a nomes de empresas, produtos comerciais e processos não representam
aprovação pela OIT, bem como a omissão de nome de determinada empresa, produto comercial ou processo
não deve ser interpretada como um sinal de sua desaprovação por parte da OIT.
2
SUMÁRIO
Apresentação ........................................................................................................................... 9
Preâmbulo .............................................................................................................................. 11
Prefácio ................................................................................................................................... 13
Introdução ............................................................................................................................. 17
3
2.3. Métodos de Custos de Benefícios Acumulados ............................................ 51
4
4.1. Introdução ............................................................................................................ 83
5
6. A Técnica do Valor Presente............................................................................... 119
6
2. Despesas com Benefícios como um Percentual da Folha
de Salários Segurada ................................................................................................. 147
3. Variante 1: Sistemas PAYG, GAP, TFS e AFS Alíquota de Contribuição ..... 148
4. Variante 2: Sistemas PAYG, GAP, TFS e AFS Alíquota de Contribuição ..... 148
7
APÊNDICE 5 ..................................................................................................................... 165
8
APRESENTAÇÃO
Em sua primeira parte, o livro traz toda a teoria que ajuda a esclarecer o impacto
do financiamento de diferentes tipos de regimes. Na segunda parte, discute as técnicas
de projeção para avaliações atuariais e o método do valor presente.
Trata-se de um trabalho inédito, até mesmo em seu idioma original, que vem,
segundo a Associação Internacional de Seguridade Social e a Organização Internacional
do Trabalho, preencher uma lacuna na literatura atuarial. Deverá servir de referência
não apenas para aqueles que atuam em instituições previdenciárias, mas para atuários de
um modo geral.
JOSÉ CECHIN
Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social
9
10
PREÂMBULO
Este livro preenche uma lacuna existente na literatura atuarial. Trata de aplicações
de princípios e técnicas atuariais a sistemas de previdência social públicos.
Este livro constitui uma referência para atuários de sistemas de previdência social.
O objetivo deste trabalho é servir como livro-texto para pessoas engajadas em tarefas
atuariais de instituições de previdência social, no entanto, ele pode ser de interesse para
outros atuários.
11
12
PREFÁCIO
Foi um privilégio para mim ter sido convidado pela Associação Internacional de
Seguridade Social (ISSA) para escrever este livro.
13
previdência ocupacional. No capítulo 3 são discutidos tópicos avançados relacionados
ao financiamento de sistemas de previdência social. O capítulo 4 é devotado aos sistemas
de contribuição definida. O tratamento em toda a parte I é baseado em funções contínuas,
que ajudam a enfatizar princípios e inter-relações, e a elucidar o impacto de diferentes
abordagens de capitalização. A parte II discute as técnicas atuariais e é dividida em dois
capítulos. O capítulo 5 apresenta a técnica de projeção, que é apropriada para a análise
atuarial de sistemas de previdência social. Contudo, com a finalidade de oferecer um
panorama mais geral, incluímos também a técnica mais tradicional do valor presente no
capítulo 6. Para fins de coerência com a natureza prática do conteúdo da parte II, o
tratamento é inteiramente em termos de funções discretas.
14
AGRADECIMENTOS
Não poderia contar com mais distinto conjunto de revisores que Chris Daykin,
Jean-Paul Picard e Michael Cichon. Sem a revisão deles, o livro não seria o que é, embora,
é claro, qualquer imperfeição porventura ainda existente deva ser creditada à minha
pessoa. Meus agradecimentos são também devidos a Alvaro Castro-Gutierrez, Anne
Drouin, Kenichi Hirose, Denis Lutulippe, Pierre Plamondon, Hiroshi Yamabana e
Andrew Young por suas úteis sugestões.
Não obstante minha ocasional negligência nas obrigações domésticas, minha esposa
e filhos alegremente forneceram-me suporte moral e material durante os dois anos em
que estive engajado neste projeto. Harish Iyer forneceu consultoria técnica para o
processamento deste livro no computador e desenhou os gráficos do apêndice 2. Agradeço
finalmente à minha família pela ajuda e compreensão.
Subramaniam Iyer
15
16
INTRODUÇÃO
Este livro é sobre sistemas de previdência social. Esses sistemas são arranjos
institucionais para a proteção de idosos, inválidos e dependentes que perderam sua fonte
de sustento em razão do falecimento de seus provedores. São organizados a nível nacional
através de iniciativa governamental e previstos em lei. Essas leis cobrem, em particular,
os direitos e obrigações de todos os indivíduos e estabelecimentos afetados pelo sistema,
incluindo as contribuições devidas e os benefícios previstos. Os sistemas de previdência
social são geralmente obrigatórios para categorias específicas da população (por exemplo:
para todas as pessoas empregadas, para todas as pessoas economicamente ativas, para
todos os residentes). Esses sistemas são administrados diretamente por uma agência ou
departamento do governo ou ainda por uma organização paraestatal sujeita à supervisão
governamental. A solvência e capacidade de pagar os benefícios futuros é na maioria dos
casos implícita ou explicitamente garantida pelo governo.
Dessa forma, não é descrita a estrutura desses sistemas, porém, o leitor interessado
pode encontrar publicações especializadas (por exemplo, Lee, 1986).
17
Introdução
Fontes de financiamento
18
Introdução
19
Introdução
A fórmula de aposentadoria
No caso de entrantes que estão acima de uma idade específica quando o sistema
se inicia, créditos especiais de períodos de cobertura, crescentes por idade, podem ser
concedidos para compensar a impossibilidade destes de completar o período total de
cobertura necessário. Para aposentadorias por invalidez, créditos especiais, decrescentes
por idade, podem ser concedidos para compensar a perda de potenciais períodos futuros
de cobertura; por extensão, esses créditos podem também aplicar-se a pensões de
sobreviventes originadas da morte de segurados ativos.
20
Introdução
Indexação de aposentadorias
21
Introdução
22
PARTE I TEORIA
1. FINANCIAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
1.1. Introdução
23
Financiamento da Previdência Social
24
Financiamento da Previdência Social
além, mantendo o padrão de vida dos aposentados a um nível semelhante ao dos ativos
(indexação de salários). Simbolicamente, portanto, γ ≥ β ≥ θ . Além disso, espera-se que
no longo prazo, a taxa de juros exceda a soma da taxa de crescimento da população
segurada e da taxa crescimento da escala salarial. Essa relação tem particular significado
econômico (Aaron, 1966). Assume-se portanto que δ > ρ + γ .
25
Financiamento da Previdência Social
A seguir assumimos uma idade de ingresso fixa para os novos entrantes, digamos
b, e fixamos a idade de aposentadoria, digamos r, embora o mesmo raciocínio possa ser
aplicado para qualquer outra combinação de idades de entrada e de aposentadoria, para
que os resultados abaixo apresentados tenham validade geral.
Um diagrama de Lexis (Bowers et al., 1986, p. 511; Daykin et al., 1994, p. 442) é
útil para visualizar os componentes de um sistema de previdência, assim como o processo
de sua evolução (ver figura 1). O tempo é mostrado ao longo do eixo horizontal e a idade
ao longo do vertical; os pontos (x, y) representam as pessoas em idade y no tempo x. O
diagrama refere-se às pessoas que entraram no sistema na idade b (=20) e se aposentaram
na idade r (=65), sendo w (=100) o limite de vida. Portanto, cada diagrama, tal como
ABE, representa a coorte de membros desde sua entrada no sistema, passando pelo
período de aposentadoria até seu eventual desaparecimento. Cada linha vertical, tal como
ET, representa as pessoas vivendo no mesmo período de tempo, na condição de ativo
ou inativo. Certas zonas no diagrama têm particular importância; o triângulo ABC, por
exemplo, representa o período de vida futura que será despendido pela população inicial
na condição de ativo, enquanto que o paralelograma BCDE apresenta o período de vida
futura que será despendido pelo mesmo grupo na condição de pensionista. As áreas
finais abertas à direita de AB e BE representam os períodos de vida dos futuros entrantes.
26
Financiamento da Previdência Social
R ' (t ) A' (t )
> (t < w1 ) (1.1b)
R(t ) A(t )
Inicialmente consideraremos B(t) como função apenas dos gastos com benefícios.
Assumimos que ambas as funções são contínuas e diferenciáveis. A despesa total com
benefícios e o total da folha de salários segurada no intervalo ( z, z + dz ) serão então
dadas por B(z)dz e S(z)dz.
Como no caso das funções demográficas A(t) e R(t), as funções B(t) e S(t) são
também de natureza estocástica e os valores projetados representam valores esperados
destas funções. Para levar em conta a variabilidade dessas funções em torno de suas
médias devemos recorrer à teoria do risco, que já é largamente aplicada na área de
financiamento de aposentadorias (ver seção 3.12 do capítulo 3). A abordagem deste
livro é baseada na versão determinística clássica, mas a natureza estocástica básica das
funções deve estar presente.
27
Financiamento da Previdência Social
Em ambos os casos, B(t) crescerá de zero no início, mas a taxa de crescimento será
eventualmente reduzida e alcançará um nível constante (= ρ + γ ) , igual à força do crescimento
da população aposentada adicionada daquela referente ao crescimento do valor da média
das aposentadorias. Utilizando-se o diagrama de Lexis demonstra-se que o valor médio das
aposentadorias cresce à força γ (figura 1). Considere os entrantes na idade fixa b; o montante
médio das aposentadorias em S deve ser eγσ vezes aquele em R, refletindo o crescimento do
salário no momento da aposentadoria de G até K; esse também será o caso para outro par
R’, S’ nas mesmas linhas verticais. Portanto, o total de aposentadoria média cresce à taxa
instantânea γ.
28
Financiamento da Previdência Social
B ' (t ) S ' (t )
= = ρ +γ (t ≥ w2 ) (1.2c)
B(t ) S (t )
Até este momento as despesas de operação do sistema não têm sido mencionadas.
29
Financiamento da Previdência Social
m
V (m)e −δ m = V (n)e −δ n + ∫ [C (t ) S (t ) − B(t )]e −δ t dt (1.4)
n
30
Financiamento da Previdência Social
m
V (m) = eδ m ∫ [C (t ) S (t ) − B(t )]e −δ t dt (1.6)
0
Uma equação de equilíbrio para a inteira duração do sistema pode ser escrita. A
equivalência de receitas e pagamentos, levando-se em conta o valor do dinheiro no tempo,
pode ser expressa igualando, no início do sistema, o valor presente da série das
contribuições futuras ao valor presente das despesas futuras:
∞ ∞
∫ C (t ) S (t )e dt = ∫ B(t )e −δ t dt
−δ t
(1.7)
0 0
∞
[C (t ) S (t ) − B(t )] e−δ t dt = ∫ [ B(t ) − C (t ) S (t )] e−δ t dt
m
∫ 0 m
(1.8)
∞
V (m) = eδ m ∫
m
[ B(t ) − C (t ) S (t ) ] e −δ t dt (1.9)
31
Financiamento da Previdência Social
B(t )
C (t ) = (1.10)
S (t )
Com referência ao diagrama de Lexis (figura 1), podemos ver que o método PAYG
alcança seu equilíbrio financeiro ao longo das linhas verticais tais como ET, com as
pessoas ativas arcando com o custo dos benefícios dos inativos atuais.
Na prática, o sistema não pode operar sobre uma base contínua; ele terá que ser
definido com referência a um intervalo finito de tempo. Se tomamos o intervalo de um
ano, o método é denominado PAYG anual ou método de avaliação anual. A condição
para as reservas será que V (t ) = 0 para todos os valores de t. Na equação (1.4), pusemos
m = n +1 e V (n) = V (n + 1) = 0 , a alíquota de contribuição para o sistema no ano (n +1) de
operação é dada por n +1
PAYG n +1 =
∫ n
B(t )e −δ t dt
(1.11)
n +1
∫
−δ t
S (t )e dt
n
32
Financiamento da Previdência Social
PAYG n +1 =
∫ n
B(t )dt
(1.12)
n +1
∫ n
S (t )dt
As entradas de caixa durante o ano podem não coincidir exatamente com os
gastos. Assim, faz-se necessário levar em consideração uma margem para variações
inesperadas nos valores projetados de contribuições e pagamentos de benefícios durante
o ano. É, portanto, prática comum adicionar uma pequena margem na alíquota de
contribuição, suficiente para constituir uma reserva de contingência para fazer face às variações
no fluxo de caixa.
C=
∫ m
B(t )e −δ t dt − V (m)e −δ m (1.13)
∞
∫
m
S (t )e −δ t dt
GAP =
∫ 0
B(t )e −δ t dt
(1.14)
∞
∫ 0
S (t )e −δ t dt
33
Financiamento da Previdência Social
AP1 =
∫ 0
B1(t )e −δ t dt
(1.15)
∞
∫
−δ t
S1(t )e dt
0
AP 2 =
∫ 0
B 2(t )e −δ t dt
(1.16)
∞
∫
−δ t
S 2(t )e dt
0
O GAP pode então ser expresso como:
∞ ∞
AP1∫ S1(t )e −δ t dt + AP 2 ∫ S 2(t )e −δ t dt (1.17)
GAP = 0
∞
0
∫
0
S (t )e −δ t dt
Isso mostra que o GAP pode ser considerado uma média ponderada de AP1 e
AP2.
No diagrama de Lexis (figura 1), AP1 é o prêmio médio pago pelos ativos no
triângulo ABC para suportar os benefícios dos inativos no paralelograma BCDE, onde
AP2 é o prêmio médio pagável para aqueles na zona aberta final à direita de AB para
suportar o custo das aposentadorias daqueles que estão na zona aberta final à direita de
BE. O GAP pode ser interpretado de maneira similar.
34
Financiamento da Previdência Social
O prêmio médio para a população inicial geralmente é mais alto que para os
novos entrantes, devido ao efeito dos créditos de serviços passados. Mesmo se não
existirem esses créditos, isso ainda ocorrerá, a menos que a fórmula de cálculo da
aposentadoria não seja somente proporcional ao tempo de contribuição, o que é bastante
incomum, especialmente em sistemas de previdência social. A seguinte relação de
desigualdade portanto, será mantida
Para facilitar a discussão de capitalização total (ver seção 1.13, acima) e para
estabelecer uma ligação com os métodos de financiamento de sistemas de previdência
ocupacionais que serão discutidos no capítulo 2 é instrutivo considerar um método
de financiamento hipotético onde a população inicial pagaria seu próprio prêmio médio
(AP1), enquanto os novos entrantes pagariam o prêmio médio deles (AP2). Isso é
equivalente a um sistema onde a função contribuição C(t) é a média ponderada de AP1
e AP2, sendo os pesos as respectivas funções salário segurados, no tempo t, da população
inicial e dos novos entrantes. Para fins de identificação, esse sistema será chamado de
método de capitalização autônoma (Autonomous Funding System - AFS), embora
essa não seja a terminologia padrão. A função C(t) iniciará em AP1 e gradualmente se
reduzirá até AP2, quando a população inicial estará totalmente aposentada. A alíquota
de contribuição nesse sistema é portanto inicialmente mais alta que no GAP, mas no
final, mais baixa. Isso significa que uma maior reserva será gerada sob o método GAP.
35
Financiamento da Previdência Social
Isso pode ser explicado utilizando-se o diagrama de Lexis (figura 1). Portanto,
aposentadorias pagas ao longo da linha BE são descontadas em dois passos: primeiro
para o ponto B e depois para o ponto C. Os lados esquerdo e direito da equação (1.19)
são portanto dois diferentes caminhos para descontar gastos futuros com aposentadorias.
∞ ∞
∫ 0
C (t ) S (t )e −δ t dt = ∫ Ka (t )e −δ t dt
0
(1.20)
Ka (t )
TFS(t ) = (1.21)
S (t )
Isso resulta no método de capitalização terminal, assim chamado porque cada
aposentadoria é capitalizada no momento da exigibilidade do prêmio. Com referência
novamente ao diagrama de Lexis (figura 1), podemos observar que o método de
capitalização terminal alcança o equilíbrio sobre as linhas tais como ACD, os ativos
vivos sobre AC suportam o custo dos benefícios dos inativos em CD.
V (n) = eδ n ∫ [ Ka (t ) − B(t ) ] e −δ t dt
n
(1.22)
0
36
Financiamento da Previdência Social
Façamos (n, m) denotar qualquer um destes intervalos. A equação (1.4) pode ser
apresentada como a equação de equilíbrio para este intervalo. Além disso, a expressão
para a função reserva em qualquer ponto intermediário u (n ≤ u ≤ m) seguindo (1.5) será
V (u ) = V (n)eδ (u − n ) + ∫ [C (t ) S (t ) − B(t ) ] eδ (u −t ) dt
u
(1.23)
n
C=
∫ n
B(t )e −δ t dt
(1.24)
m
∫
−δ t
S (t )e dt
n
37
Financiamento da Previdência Social
V (t )
k= (1.25)
B(t )
Se o valor requerido da taxa de reserva é k0 , substituindo por V(m) em (1.4) e
simplificando, a seguinte expressão é obtida para a alíquota de contribuição:
m
k0 B(m)e −δ m + ∫ B(t )e −δ t dt − V (n)e −δ n
C= m
n (1.26)
∫
−δ t
S (t )e dt
n
Mais rigorosamente, uma taxa de reserva mínima deverá ser requerida durante o
intervalo (n, m) . Nesse caso, a alíquota de contribuição será o máximo dos resultados da
aplicação da fórmula acima para cada subintervalo (n, u ) , n < m na prática, para
valores integrais de u.
B(t ) − CS (t )
λ= (1.27)
δ V (t )
Essa taxa indica quanto do rendimento das reservas, ou da própria reserva, é
usado para equilibrar as despesas correntes. Se λ < 0 , nem mesmo o rendimento da
reserva está sendo utilizado para este propósito; se 0 < λ < 1 , a parcela da renda das
reservas está sendo utilizada; e se λ > 1 , estão sendo utilizados o rendimento das reservas
e a própria reserva. Se a taxa de equilíbrio requerida em t = m é λ0 , substituindo em
(1.4) obteremos, após simplificações,
m
B(m)e −δ m + δλ0 ∫ B(t )e −δ t dt − δλ0V (n)e −δ n (1.28)
C= n
m
S (m)e −δ m + δλ0 ∫ S (t )e −δ t dt
n
38
Financiamento da Previdência Social
∞ ∞
V ( w2 ) + π ∫ S ( w2 + z )e −δ z dz = ∫ B( w2 + z )e −δ z dz (1.29)
0 0
V ( w2 )(δ − ρ − γ ) = B( w2 ) − π S ( w2 ) (1.30)
Na sua formulação original (Zalenka, 1958) esse método foi concebido da seguinte
forma: uma alíquota de contribuição que deve equilibrar receitas e despesas durante um
período inicial limitado de anos (0, n1 ) chamado de primeiro período de equilíbrio é
determinado, mas é aplicado realmente sobre um período muito curto (0, n1' ) durante o
39
Financiamento da Previdência Social
O termo método do prêmio escalonado tem sido assim denominado para indicar
aquele caracterizado por alíquotas de contribuição uniformemente crescentes em
sucessivos períodos de controle e um fundo de reserva não decrescente (Thullen, 1964),
possibilitando a escolha direta dos intervalos (0, n1' ) , (n1' , n2' ) , e assim por diante, e a
determinação da respectiva alíquota de contribuição. Essa variante é discutida abaixo.
m
B(m)e −δ m + δ ∫ B( z )e −δ z dz − δ V (n)e −δ n
π (n, m) = n
m
(1.32)
S ( m)e −δ m
+ δ ∫ S ( z )e −δ z
dz
n
É possível demonstrar que é suficiente ocorrer duas condições, B ' (t ) > 0 e B(t ) / S (t )
ser função não decrescente, para assegurar uma reserva positiva não decrescente em
(n, m) , como é requerido. Em adição, sob essas condições, o nível do prêmio calculado de
acordo com a fórmula (1.32) será positivo e excederá o nível de prêmio calculado de
acordo com a mesma fórmula no intervalo precedente (ver apêndice 5).
40
Financiamento da Previdência Social
primeiros h intervalos e a reserva final correspondente. π (h +1) pode então ser expresso
em termos de π (h) e da última taxa de contribuição PAYG da seguinte forma:
V ( w2 )δ = B( w2 ) − π (h) S ( w2 )
V ( w2 )(δ − ρ − γ ) = B( w2 ) − π (h + 1) S ( w2 )
ρ +γ ρ +γ
π (h + 1) = π (h) 1 − + PAYG* (1.33)
δ δ
Para completar esta seção, devemos mencionar uma outra variante do método de
prêmio escalonado, onde a condição da reserva final é alterada da seguinte forma: a
força do crescimento das reservas no fim de cada intervalo de tempo é igual à força do
crescimento na situação de maturidade financeira, isto é,
41
Financiamento da Previdência Social
42
Financiamento da Previdência Social
Uma comparação instrutiva pode ser feita entre as reservas geradas por qualquer
dado método e aquelas geradas pelo TFS. Conforme visto anteriormente, as reservas do
43
Financiamento da Previdência Social
Para responder a essa questão, devemos lembrar que quando o serviço passado é
totalmente creditado, o método GAP aproxima-se do método TFS, com o resultado que
as reservas são praticamente iguais ao valor de capital das aposentadorias correntes. Isso
significa que as reservas disponíveis para os membros ativos serão insuficientes para
44
Financiamento da Previdência Social
cobrir o valor de seus benefícios adquiridos sob qualquer definição, tal que o método
GAP não conduzirá a uma posição totalmente capitalizada. De qualquer forma, foi visto
que quando não existem créditos de serviço passado, o método GAP aproxima-se do
AFS. A discussão no capítulo 2 mostrará que o AFS conduz a uma posição totalmente
capitalizada quando a totalidade da população inicialmente segurada está aposentada.
Assim, em termos gerais, o método GAP não pode ser caracterizado como um
sistema de capitalização total, embora se aproxime disso quando, por exemplo, não são
concedidos créditos de serviço passado à população inicial. Portanto, o rótulo
capitalização parcial será aplicado sem exceção para todos os métodos de financiamento
empregados na área de previdência social.
45
46
2. FINANCIAMENTO DA PREVIDÊNCIA
OCUPACIONAL
2.1. Introdução
47
Financiamento da Previdência Ocupacional
48
Financiamento da Previdência Ocupacional
r lza sz
∫b a
lb sb
K ( z )eγ ( z −b ) e −δ ( z −b ) dz = (2.1)
r − b lra sr γ ( r −b ) −δ ( r −b )
e e ar
100 lba sb
49
Financiamento da Previdência Ocupacional
r r − b as (δ −γ ) p (δ − β )
∫ b
Dzas (δ −γ ) K ( z )dz =
100
Dr ar (2.2)
x Dzas (δ −γ )
∫
δ ( x −b )
F ( x) = e K ( z )dz (2.4)
b Dbas (δ −γ )
Multiplicando-se ambos os lados por e −δ ( x −b ) e diferenciando ambos os lados em
relação a x,
Dxas (δ −γ )
[ F ′( x) − δ F ( X )] e −δ ( x −b )
= as (δ −γ ) K ( x) (2.5)
Db
Dbas (δ −γ )
K ( x) = as (δ −γ ) [ F ′( x) − δ F ( x) ] e −δ ( x −b )
(2.6)
Dx
50
Financiamento da Previdência Ocupacional
x − b lxa sx γ ( x −b ) −δ ( r − x ) lra p (δ − β )
F ( x) = e e ar (2.7)
100 lba sb lxa
x − b (γ +δ )( x −b ) sx Dra (δ ) p (δ − β )
F ( x) = e ar (2.8)
100 sb Dba (δ )
51
Financiamento da Previdência Ocupacional
x − b δ ( x −b ) Dras (δ −γ ) p (δ − β )
F ( x) = e as (δ −γ ) ar (2.10)
100 Db
1 Dras (δ −γ ) p (δ − β )
K ( x) = ar (2.11)
100 Dxas (δ −γ )
52
Financiamento da Previdência Ocupacional
r −b Dras (δ −γ ) (2.12)
K (b) = r
arp (δ − β )
100
∫b
Dzas (δ −γ ) dz
que também pode ser expressa como:
r − b Dras (δ −γ ) p (δ − β )
K (b) = a
as (δ −γ ) r
(2.13)
100 N b
onde
r
N as (δ −γ )
x = ∫ Dzas (δ −γ ) dz
x
F ( x) = eδ ( x −b ) K (b)
∫ b
Dzas (δ −γ ) dz (2.14)
Dbas (δ −γ )
53
Financiamento da Previdência Ocupacional
δ ( x −b ) N bas (δ −γ ) − N xas (δ −γ )
F ( x) = e K (b) (2.15)
Dbas (δ −γ )
Esse método de custo atuarial será referenciado pelo acrônimo ENT. Se todas as
coortes ingressam no sistema na mesma idade b, K(b) será o prêmio médio para todos
os novos entrantes, isto é, o prêmio AP2 discutido na seção 1.7 do capítulo 1.
54
Financiamento da Previdência Ocupacional
(a) a contribuição do custo normal, que deve ser uma média ponderada da
função contribuição relacionada à idade K(x), baseada na distribuição dos salários
segurados por idade no tempo t; e
55
Financiamento da Previdência Ocupacional
Todo método de custo atuarial pode ser julgado sob certo critério (Lee, 1986,
pp. 156-160), incluindo em particular:
56
Financiamento da Previdência Ocupacional
Nesta variante (Trowbridge e Farr, 1976, p. 55: Tilove, 1976, p. 157), a função taxa
de contribuição relacionada ao tempo é situada a um nível em que deve assegurar o
57
Financiamento da Previdência Ocupacional
PVB(t) = valor presente dos benefícios futuros dos membros ativos existentes (excluindo novos
entrantes além da data em consideração) e inativos existentes;
PVB(t ) − V (t )
C (t ) = (2.16)
PVS(t )
Para um novo sistema começando com zero de reservas, a função taxa de
contribuição relacionada ao tempo começará em AP1 e se reduzirá suavemente e
assintoticamente até AP2. Essa variante de método agregado é denominada AGG.
Devemos lembrar que o método de capitalização autônoma AFS (ver seção 1.7
do capítulo 1) alcança o mesmo resultado que o método AGG, mas através de uma
diferente função contribuição relacionada ao tempo aplicada durante toda a vida ativa da
população inicial. Posteriormente, quando a população inicial estiver totalmente
aposentada, o método AFS se tornará idêntico ao método ENT e estará portanto
totalmente capitalizado ao alcançar este estágio.
58
Financiamento da Previdência Ocupacional
2.9. Conclusão
Este capítulo nos mostra que os métodos de capitalização aplicados aos sistemas
de previdência ocupacional são essencialmente uma extensão da família dos métodos de
financiamento aplicados aos sistemas de previdência social, com o método GAP na
fronteira entre as duas séries de métodos.
59
60
3. TÓPICOS AVANÇADOS EM FINANCIAMENTO DE
SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
3.1. Introdução
Este capítulo analisa em maiores detalhes as características dos sistemas de
previdência social e os métodos de financiamento próprios destes sistemas. Serão
discutidas as conseqüências do relaxamento da simplificação de alguns pressupostos
feitos no capítulo 1. O efeito da determinação de parâmetros será ilustrado por meio da
observação da sensibilidade de alguns prêmios às mudanças em valores paramétricos. O
capítulo trata finalmente, das questão da indexação de aposentadorias e das restrições ao
grau de capitalização.
61
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
62
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
63
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
r lza −δ ( z −b )
∫
ρt ρ t a (δ )
e a
e dz = e ab:r −b (3.1)
b lb
64
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
a (δ )
lra −δ ( r −b ) w lzp −δ ( z − r ) ρ t Dr
∫r lrp
ρt p (δ )
e ae e dz = e a (3.2)
Dba (δ )
r
lb
r lza sz γ ( z −b ) −δ ( z −b )
∫
ρt γ t
e e a
e e dz = e( ρ +γ )t abas:r (−δb−γ ) (3.3)
b lb sb
(d) O valor presente provável, no momento da entrada do participante no sistema,
de um benefício de aposentadoria adquirido à razão de 1 por cento ao ano do
salário final, por ano de trabalho, com possibilidade de indexação com força β :
r − b lra sr γ ( r −b ) −δ ( r −b ) w lzp β ( z − r ) −δ ( z − r )
∫r lrp e e dz =
ρt γ t
e e e e
100 lba sb
(3.4)
r − b ( ρ +γ )t Dras (δ −γ ) p (δ − β )
e ar
100 Dbas (δ −γ )
65
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
A seguinte expressão para Ac( x, t ) e para as demais funções são obtidas através
da observação de que elas são derivadas da coorte entrante no sistema no tempo t − ( x − b) ,
a qual possui uma quantidade de pessoas igual a e ρ (t − x +b ) e salários no montante de eγ (t − x +b )
unidades no momento da entrada. Para este grupo as seguintes suposições são válidas:
(i) sobrevivência da idade b até a idade x de acordo com a tábua de sobrevivência até a
idade de aposentadoria r e de acordo com a tábua de sobrevivência para aposentados a
partir do momento em que esta ocorrer; (ii) progressão salarial de acordo com a função
escala de salários; e (iii) indexação das aposentadorias após a concessão do benefício
com força β :
l lxp
a
ρ (t − x +b ) r ρ t Dr
a(ρ )
Dxp ( ρ )
Re( x, t ) = e =e (3.7)
a
l lrp
b Dba ( ρ ) Drp ( ρ )
66
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
r − b sr γ (t − x + r ) β ( x − r )
Be( x, t ) = Re( x, t ) e e =
100 sb
r − b ( ρ +γ )t Dras ( ρ ) Dxp ( ρ +γ − β ) (3.8)
e
100 Dbas ( ρ ) Drp ( ρ +γ − β )
Integrando as funções Ac(x, t) e Sa(x, t) em relação a x sobre o intervalo (b, r) e
as funções Re( x, t ) e Be( x, t ) sobre o intervalo (r , w) , as seguintes expressões serão
obtidas:
Dra ( ρ ) p ( ρ )
ρt
R(t ) = e ar (3.10)
Dba ( ρ )
(c) Montante total de salários no tempo t:
( ρ +γ ) t r − b Dras ( ρ ) p ( ρ +γ − β )
B(t ) = e a
as ( ρ ) r
(3.12)
100 Db
67
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
Fica claro pelas formas funcionais das expressões acima que em uma situação de
maturidade, A(t) e R(t) crescem à taxa instantânea ρ , e S(t) e B(t) crescem à taxa
instantânea ρ + γ ; confirmando, portanto, as descobertas baseadas na argumentação
geral das seções 1.3 e 1.4.
r − b Dras ( ρ ) arp ( ρ +γ − β )
PAYG* = (3.13)
100 Dbas ( ρ ) abas:r (−ρb)
68
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
O prêmio médio para novos entrantes (denotado por AP2* para efeitos de
consistência com a notação na seção 1.7) é obtido dividindo-se (3.4) por (3.3):
r − b Dras (δ −γ ) arp (δ − β )
AP 2* = (3.14)
100 Dbas (δ −γ ) abas:r (−δb−γ )
Dra ( ρ )
ρt
e dt (3.15)
Dba ( ρ )
Pelo capital para aposentadoria requerido para cada aposentado,
r − b sr p (δ − β )
eγ t ar (3.16)
100 sb
r − b Dras ( ρ ) arp (δ − β )
TFS * = (3.17)
100 Dbas ( ρ ) abas:r (−ρb)
A similaridade da estrutura dos três prêmios é digna de atenção. Esse resultado,
embora estabelecido para benefícios de aposentadoria por tempo de contribuição, para
idade de entrada e de aposentadoria únicas e ainda para uma fórmula de aposentadoria
específica, pode ser generalizado para aposentadorias por invalidez e pensões, para
múltiplas idades de entrada e aposentadorias, como também para qualquer fórmula de
aposentadoria (ibid., pp. VIII-11 a VIII-15).
69
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
O primeiro componente que se relaciona ao serviço ativo, pode ser escrito como
Dras (α ) 1 lra sr e −α r
as (α ) as (α )
= r
(3.18)
Db ab:r −b
∫
a −α z
l se dz
b z z
onde α denota a força relevante dos juros. Podemos observar, no lado direito da
expressão, que se α cresce, o fator exponencial no numerador se reduzirá mais que
proporcionalmente que a redução do fator exponencial do integrando no denominador,
de tal forma que este componente da fórmula de prêmio se reduzirá.
arp (α ) =
∫ r
lzp e −α z dz
3.19)
p −α r
l e
r
se γ cresce, PAYG* decrescerá e AP2* crescerá, mas TFS* não será afetado;
70
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
se a taxa real de juros (δ − γ) cresce, PAYG* não é afetado, mas TFS* e AP2*
se reduzirão. Entretanto, TFS* é menos sensível que PAYG* às mudanças em ρ e menos
que AP2* às mudanças em δ − γ (ibid., p. IX-19).
Uma importante dedução que pode ser feita comparando as expressões para PAYG*
e AP2* é que se δ − γ < ρ (isto é, δ < ρ + γ), então o prêmio PAYG, não capitalizado, será
menor que o prêmio médio de novos entrantes capitalizado. Para existir capitalização
portanto, a força dos juros deve exceder a força do crescimento de novos entrantes
somada à força do crescimento dos salários em razão do mérito. Essa mesma condição
foi mencionada na seção 1.2.
71
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
Onde B*(t) e S*(t) não envolvem γ. O prêmio médio geral (ver equação 1.14 do
capítulo 1) pode portanto ser expresso como:
∞ ∞
GAP* =
∫ 0
B *(t )e − (δ −γ )t dt
=
∫
0
B *(t )e −φt dt (3.20)
∞ ∞
∫ 0
S *(t )e − (δ −γ )t dt ∫
0
S * (t )e −φt dt
onde φ denota a taxa real de juros. O efeito sobre o GAP* de mudanças na taxa de
juros pode ser investigado diferenciando parcialmente a expressão acima em relação a φ
(mantendo-se ρ constante) e considerando o símbolo de coeficiente diferencial. A
expressão para o coeficiente parcial de diferenciação é o seguinte:
∂ (GAP*)
= GAP*(ADTS − ADTB) (3.21)
∂φ
Onde ADTS e ADTB denotam os termos médios descontados de S(t) e B(t),
respectivamente, e são dados por:
ADTS =
∫0
tS (t )e −δ t dt
∞
∫ S (t )e −δ t dt (3.22)
0
ADTB =
∫ 0
tB (t )e −δ t dt
(3.23)
∞
∫
−δ t
B(t )e dt
0
Podemos, portanto, concluir que o GAP* decrescerá quando a taxa real de juros
decrescer, sujeito à condição de que o termo descontado médio da função B(t) deve ser
72
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
maior que o da função S(t). Podemos notar que se B(t) e S(t) têm as características
mencionadas no final da seção 1.4, então seus termos descontados médios estarão de
acordo com a condição acima. Assumiremos na seqüência que ADTB > ADTS.
arp (δ − β )
GAP = [ GAP *] p (δ −γ ) (3.24)
ar
Isso é evidente na medida em que o numerador do GAP é dado pela soma dos
valores presentes prováveis dos gastos com aposentadorias das coortes individuais.
Façamos f denotar o segundo fator do lado direito da expressão (3.24). Façamos ADT1
e ADT2 representarem os termos médios descontados das anuidades no numerador e
denominador de f. Podemos mostrar que uma vez que β < γ , ADT2 > ADT1. Os
coeficientes diferenciais parciais do GAP com respeito a δ e γ podem ser expressos
como:
∂ (GAP)
= GAP − ( ADTB − ADTS) + (ADT2 − ADT1) ) (3.25)
∂δ
∂ (GAP)
= GAP [ ADTB − ADTS − ADT2]
∂γ
73
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
B( w2 ) − π S ( w2 )
V ( w2 ) = (3.26)
δ − ρ −γ
O resultado acima, demonstrado na seção 1.9, é válido, sujeito à condição
δ > ρ + γ , para qualquer método de financiamento que oferece um nível de prêmio de
maturidade. Pode ser demonstrado que as reservas para qualquer tempo subseqüente
t = w2 + z são dadas por V ( w2 + z ) = V ( w2 )e( ρ +γ ) z . Portanto, se a maturidade financeira é
alcançada, a função reserva cresce na mesma proporção que as funções benefícios e
salários.
Esse resultado implica que quanto mais alto o prêmio do sistema, mais baixas
serão as reservas do sistema na situação de maturidade, fenômeno que foi observado de
forma consistente nas ilustrações dos métodos de financiamento nos capítulos 1 e 2.
74
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
idade. Nesta seção, o efeito sobre os prêmios (por benefícios de aposentadoria) de assumir
altos níveis de mortalidade (ou invalidez) serão discutidos.
( X
lxa = lba exp − ∫ ( µ zd + µ zi )dz
b ) (3.28)
Devemos refletir neste momento sobre este importante resultado, qual seja, um
crescimento na taxa de mortalidade é equivalente a um crescimento na taxa de juros
(Jordan, 1967, pp. 56-57). Desse modo, um crescimento na força da invalidez ou na
força da mortalidade em um dado intervalo de idade (b, r ) deve produzir o mesmo
efeito que um crescimento na força da taxa de juros, neste mesmo intervalo; de forma
análoga, um crescimento na força da mortalidade após aposentadoria deve produzir o
mesmo efeito que uma elevação na força dos juros no mesmo intervalo de idade (r , w) .
Assim, um crescimento da força da mortalidade ou da força da invalidez resultará em
decréscimo nos prêmios.
O fator densidade foi definido na seção 1.2 como a proporção do tempo potencial
em que membros de um dado sistema de previdência, em idade ativa, efetivamente
contribuem para este sistema.
Até este momento assumimos uma densidade uniforme de 100% para todas as
idades. O efeito sobre os prêmios, discutido na seção 3.6, de uma baixa densidade,
possivelmente variando por idade, será considerado nesta seção. (A possibilidade de
75
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
λ1 =
∫ b
λ ( x)dx (3.29)
r −b
r
λ2 =
∫ b
Dxas (δ −γ ) λ ( x)dx
(3.30)
r
∫ b
Dxas (δ −γ ) dx
r
λ3 =
∫ b
Dxas ( ρ ) λ ( x)dx
(3.31)
r
∫ b
Dxas ( ρ ) dx
Poderia parecer que embora a densidade diferisse de 100 por cento mas fosse
constante para todas as idades, isto é, λ1 = λ2 = λ3 , então os prêmios não seriam afetados.
Se a densidade varia por idade, o efeitos sobre PAYG*, TFS* e AP2* dependerão da
natureza da funções λ ( x) , Dxas( ρ ) e Dxas(δ −γ ) . Por exemplo, se λ ( x) for uma função
crescente de x e a função escala de salários for horizontal, então λ1 deverá ser
maior que λ2 e λ3 , de forma que os três prêmios se elevarão.
76
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
k1 V (t )e −δ t
= 1− ∞
(3.34)
k
∫
−δ z
B ( z )e dz
t
Devemos observar que 0 < k1 < k . Além disso, quanto mais baixo for o valor da
reserva V(t), mais alta será a razão k1 / k . Somente quando V (t ) = 0 , isto é, quando o
sistema for de repartição simples, obteremos k1 = k , neste caso as aposentadorias poderão
ser totalmente ajustadas para este crescimento isolado de salários.
77
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
que serão concedidas no futuro e se consideramos que qualquer crescimento nos salários
segurados aumentará na mesma proporção as aposentadorias que serão concedidas devido
a fórmula de cálculo das aposentadorias por exemplo, se as aposentadorias são baseadas
no último salário e se adicionalmente fazemos k2 representar o crescimento
proporcional nas aposentadorias existentes, então a equação de equilíbrio após o
crescimento nos salários será então dado por:
∞ ∞
V (t )e −δ t = (1 + k ) ∫ Ba ( z )e −δ z dz + (1 + k2 ) ∫ Bb ( z )e −δ z dz
t t
∞ (3.35)
−(1 + k ) ∫ C ( z ) S ( z )e −δ z dz
t
k2 V (t )
=− a (3.36)
k Vb (t )
Este resultado demonstra que somente se a reserva para pessoas ativas for negativa
(isto é, V (t ) < Vb (t ) ) , significando que o método de financiamento envolve um nível de
capitalização mais baixo que o método de financiamento de capitais de cobertura) será
possível obter algum ajustamento para as aposentadorias existentes.
Por conseguinte, o nível de capitalização age como uma restrição para a indexação
de aposentadorias. Isso pode parecer paradoxal, mas a explicação é que a capitalização
forma uma provisão para futuras despesas com aposentadorias, incluindo os custos
com indexação. A carência de provisões no passado em relação ao reajuste de benefícios
de aposentadorias devido ao crescimento não antecipado de salários apresenta-se sob a
forma de deficiência nas reservas. Embora salários futuros e portanto contribuições
cresçam proporcionalmente, este crescimento não é suficiente para cobrir a deficiência
nas reservas e, conseqüentemente, permite somente um ajuste parcial dos benefícios de
aposentaria. É claro que é possível cobrir a deficiência nas reservas através do crescimento
das contribuições futuras ou aumentando as reservas através da injeção de fundos
adicionais, mas isso significa um abandono do plano original. Somente o método PAYG
pode resistir aos efeitos do crescimento não antecipado dos salários sem modificar suas
taxas de contribuição.
78
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
A teoria desenvolvida até aqui tem considerado somente dois tipos de decrementos
sobre a população ativa segurada: mortalidade e invalidez. Em certas circunstâncias pode
ser necessário considerar outros decrementos; em particular se existem provisões distintas
em relação aos benefícios de aposentadoria. Por exemplo, pessoas ativas deixando o
status de segurado devido a acidentes de trabalho não necessitam ser tratadas
separadamente. A saída do sistema de previdência antes de alcançada a idade de
aposentadoria é um decremento importante para sistemas de previdência ocupacional,
mas não é geralmente relevante para sistemas de previdência social operando a nível
nacional. De qualquer, forma a extensão para três ou mais decrementos pode ser tratada
pela aplicação da teoria de decrementos múltiplos (veja apêndice 1).
79
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
∫ 0
∞
( Z
C ( z ) S ( z ) exp − ∫ δ (u )du dz =
0 ) (3.37)
∫ 0
∞
( Z
B( z ) exp − ∫ δ (u )du dz
0 )
Outros parâmetros podem ser tratados de maneira similar. Formas funcionais
específicas dos parâmetros mais complexas por exemplo que a simples função δ(µ)=
constante podem ser investigadas. No entanto, a manipulação matemática de expressões
tende a ser complicada, devendo ser mais interessante a utilização de métodos de
simulação, como aqueles que serão discutidos na parte II deste livro, para estudar os
efeitos da variação de parâmetros no tempo.
O enfoque estocástico
Como já indicado no capítulo 1, seções 1.3 e 1.4, o enfoque utilizado neste livro é
o determinístico. Isso significa que, dados os parâmetros fundamentais, os resultados
em termos de funções atuariais são determinísticos. Sob o enfoque estocástico o valor
resultante de uma função atuarial é considerada simplesmente como a média do valor
esperado do resultado. O resultado efetivo possui uma distribuição de probabilidade,
sendo portanto incerto, o seu valor preciso. De toda maneira, proposições probabilísticas
podem ser feitas sobre a função, se a variância da distribuição puder ser determinada.
81
Tópicos Avançados em Financiamento de Sistemas de Previdência Social
Nesse sentido, devemos observar que o que intervém nas várias integrais não são
os próprios agregados, mas os seus valores descontados. Dada a condição δ > ρ + γ , a
contribuição das funções despesas e salários segurados para as integrais, de fato, decresce
exponencialmente, de forma que em qualquer caso elas tornam-se insignificantes ao
longo do tempo. Portanto, a teoria que tem sido desenvolvida não é inconsistente com
uma eventual estabilização assintótica dos agregados financeiros.
82
4. PLANOS DE CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA
4.1. Introdução
Existem ainda sistemas híbridos, onde o benefício é definido, embora seja calculado
por uma fórmula derivada das contribuições pagas ou fixado no maior valor entre o
cálculo da contribuição definida e um determinado benefício definido. Uma outra variante
é o sistema de contribuição definida nocional. Este capítulo tratará principalmente de
sistemas de contribuição definida operando à nível nacional. Isso inclui os chamados
fundos de previdência nacionais e uma inovação relativamente recente, os sistemas
obrigatórios de poupança.
83
Planos de Contribuição Definida
84
Planos de Contribuição Definida
e deve exceder δ .
(4.2) para o caso em que δ > y* . Contudo, isto é somente uma maneira de apresentação
e ambas as formas δ − γ * e γ * − δ são usadas nos desenvolvimentos seguintes.
*
É útil relacionar o saldo acumulado ao salário anual final, e nγ , que representa o
poder de compra do participante antes da aposentadoria. Isso nos fornece o seguinte
resultado para o saldo acumulado relativo, isto é, o saldo como um múltiplo do salário
final:
Isso nos mostra que o saldo acumulado relativo depende somente da diferença
γ − δ . Quanto mais baixa essa diferença (isto é, quanto mais alto δ em relação a γ * ),
*
85
Planos de Contribuição Definida
n
π ∫ eγ *z dz = π eπγ *an(γ *) (4.4)
0
Dividindo (4.2) por (4.4), podemos expressar o saldo acumulado como um múltiplo
da soma das contribuições, o que demonstra por sua vez, a importância relativa do
componente juros no saldo
an(γ *−δ )
(4.5)
( γ *)
a n
A expressão acima, contudo, é relativa a valores monetários e está expressa,
portanto, em termos nominais. Para expressar esses valores em termos reais, é necessário
descontar o saldo acumulado (4.2) e o integrando do lado esquerdo de (4.4) pela inflação.
Isso fornecerá a seguinte expressão para o saldo real como um múltiplo da soma das
contribuições reais:
an(γ *−δ )
(4.6)
( γ *−θ )
a n
Note que quanto mais alta a força subjacente dos juros, mais baixo será o valor da
anuidade. Podemos observar que a condição para que (4.5) e (4.6) excedam a unidade é
δ > 0 e δ > θ , respectivamente. Se 0 < δ < θ , (4.5) excederá a unidade mas (4.6) será
menor que um. Nesse caso, os participantes, embora aparentemente recebam uma adição
às suas contribuições na forma de juros, na realidade sofrem uma perda em termos reais
sobre as contribuições que efetuam ao sistema, isto é, recebem uma taxa de juros negativa.
Suponhamos que o saldo seja convertido em uma anuidade, por exemplo na idade
x; então, a taxa de reposição, isto é, o montante inicial da anuidade como um percentual
do salário final, será obtida dividindo (4.3) pelo fator apropriado da anuidade. O caso
mais simples é aquele em que a anuidade é pagável por determinado número m de anos
e não é indexada. A taxa de reposição é dada por
86
Planos de Contribuição Definida
an(γ *−δ )
π (4.7)
am(δ )
Se a anuidade for indexada com força β , então o denominador do fator da anuidade
deverá se referir à força (δ − β ) , que resultará em uma mais baixa taxa de reposição. Isso
ilustra uma importante diferença entre sistemas de contribuição definida e de benefício
definido; nestes últimos, a indexação dos benefícios, se existe, geralmente integra o próprio
pacote de benefícios, por outro lado, no primeiro, a indexação tem que ser negociada
contra baixas taxas de reposição.
87
Planos de Contribuição Definida
t n
π ∫ eγ *z eδ ( n − z ) dz + π ∫ eγ *z eδ ( n − z ) dz =
0 t +m
(4.8)
e nδ φ *t
π * e (1 − eφ *m ) − (1 − eφ *n )
φ
onde φ * = γ * − δ . Diferenciando a expressão acima em relação a t, encontramos
a seguinte expressão para o coeficiente diferencial:
nδ φ *t φ *m
π e e (1− e ) (4.9)
As discussões nas seções 4.3 e 4.4 acima têm ressaltado a importância do elemento
juros nos benefícios derivados de um sistema de contribuição definida. É claro que o
elemento juros é igualmente importante em um sistema de benefício definido, mas neste,
ele intervém de maneira diferente; um rendimento de juros mais alto sobre as reservas
não afeta os benefícios, mas reduzirá as contribuições, que deveriam ser requeridas para
um sistema financeiro que envolve algum grau de capitalização. Em um sistema de
88
Planos de Contribuição Definida
contribuição definida, por outro lado, os juros creditados aos saldos individuais em
qualquer período devem ser diretamente relacionados aos rendimentos sobre os fundos
do sistema investidos no mesmo período, tendo por conseguinte efeito sobre cada
benefício individual. Isso sugere que tanto os sistemas de contribuição definida como
aqueles de benefício definido capitalizados devem ter como objetivo a maximização do
rendimento das reservas investidas. Não nos propomos aqui entrar em uma discussão
dos aspectos de investimento dos fundos de reserva; mas devemos observar que existem
considerações especiais que dizem respeito aos sistemas de contribuição, em particular à
necessidade de confiança na proteção razoável do capital (Daykin, 1996).
r − b Dra (δ −γ *) p (δ − β )
π= a
a (δ −γ *) r
(4.11)
100 N b
A diferença é que em (4.10) a equivalência é estabelecida na idade de aposentadoria
r, enquanto que em (4.11) ela é estabelecida na idade de entrada b. A expressão (4.11)
admite decrementos devidos à morte e invalidez após a idade de aposentadoria, o que
significa que o prêmio computado em (4.11) será mais baixo que aquele correspondente
a (4.10). É importante analisar essa diferença e observar que o prêmio fornecido pela
fórmula mais simples (4.10) não é um prêmio atuarial baseado na abordagem de seguros
(Ferrara e Drouin, 1996).
89
Planos de Contribuição Definida
A opção (d) é geralmente a preferida pela vantagem que ela apresenta ao permitir
que o sistema de benefício definido funcione desde o início. Os membros podem ter a
opção de converter somente uma parte de seus saldos em créditos e receber o restante
sob as regras antigas.
BAL
CDT = (4.12)
SAL × CR
90
Planos de Contribuição Definida
91
92
PARTE II TÉCNICAS
5.1. Introdução
A parte II deste livro refere-se aos aspectos práticos da administração atuarial dos
sistemas de previdência social. Este capítulo trata da técnica de projeção, que corresponde
à primeira das duas abordagens para a análise de sistemas de previdência social,
mencionadas na seção 3.2 do capítulo 3. A técnica do valor presente, que corresponde à
segunda abordagem, é matéria do capítulo 6.
Existe ainda a questão do valor aportado ao fundo de reserva, já que este não será
representado em geral por uma conta no banco rendendo juros, mas deverá ser investido
93
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
em uma variedade de ativos (títulos de renda fixa, ações, títulos públicos, etc.), para os
quais existem diferentes abordagens para avaliação (valor de aquisição, valor de mercado,
valor futuro descontado, etc.). Portanto, podemos esperar que no tempo t = n , data da
avaliação atuarial, o fundo de reserva divergirá do valor projetado que foi designado
como V(n) no capítulo 1. Para deixar patente esta diferença, o valor destinado ao fundo
de reserva será denotado neste capítulo por Fd (n) .
94
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Métodos classificados sob o item (a) acima têm sido longamente aplicados no
campo dos seguros e se revelado instrumentos valiosos para projeções de sistemas de
previdência social. Os métodos classificados sob o item (b) são, em realidade,
extrapolações de dados passados, utilizando técnicas de regressão. Essencialmente, a
diferença entre os dois é que métodos atuariais dependem de fatores endógenos (isto é,
internos ao modelo), enquanto os métodos econométricos são baseados em fatores
exógenos. Métodos classificados sob o item (c) estão baseados parcialmente em fatores
endógenos e exógenos. Este capítulo está principalmente focado em métodos classificados
sob a alínea (a) acima e para alguma extensão naqueles classificados sob a alínea (c).
Uma abordagem que pode ser utilizada quando uma parcela substancial da
população encontra-se coberta e o sistema de previdência está próximo da maturidade é
usar a projeção da população nacional ou da força de trabalho como base e aplicar as
proporções apropriadas aos resultados das projeções nacionais para derivar as projeções
da seguridade social. Neste capítulo, um método mais geral de projeção de sistemas de
previdência, conhecido como método dos componentes, será descrito. Entretanto, isso
não exclui a referência à projeção da população nacional ou da força de trabalho para
determinar certos fatores ou elementos da projeção.
O método dos componentes, como o próprio nome sugere, divide a população coberta
em vários componentes e simula a evolução de cada componente no tempo. A extensão
da divisão em componentes dependerá da disponibilidade de dados para a avaliação e
também da capacidade de computação disponível pelo atuário. A divisão mínima requerida
é por categoria de pessoas cobertas (isto é, segurados ativos, aposentados, inválidos e
sobreviventes viuvo(a)s e órfãos). Essas categorias devem ainda ser abertas por sexo e
idade simples. Divisões adicionais podem incluir a análise da população ativa por serviço
passado e por nível de renda. A esse respeito, é evidente que divisões adicionais somente
se justificam se resultarem em projeções mais precisas.
95
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
nt = nt −1Qt −1 (5.1)
p ( aa ) q ( ar ) q ( ai ) q ( aw) q ( ao )
0 p ( rr ) 0 q ( rw) q ( ro )
Qt = 0 0 p (ii ) q (iw) q (io )
0 0 0 p ( ww) 0
0 0 0 0 p ( oo )
Os elementos da matriz e os símbolos nela contidos têm o seguinte significado:
96
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
nas subpopulações. Para melhorar a precisão, cada subpopulação deve ser dividida no
mínimo por sexo e idade. Preferivelmente a população ativa deve ser subdividida ainda
pelo tempo de serviço passado. O procedimento deve ser aplicado ao nível de subdivisão
mais baixo, após o que devem ser agregados para fornecer os totais e subtotais. A matriz
Q deverá ser específica por sexo e idade; ela pode também variar a qualquer momento, se
tal for requerido. A inclusão dos sobreviventes leva à necessidade de um procedimento
adicional, requerido após cada iteração, para classificar nas idades adequadas y (viúvos e
viúvas) e z (órfãos), os novos viúvos(as) ou órfãos, resultantes de falecimentos de homens
e mulheres na idade x, antes de proceder à próxima iteração.
97
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Em ambos os casos, as projeções de novos entrantes para cada ano devem ser
deduzidas indiretamente. Assume-se as novas entradas como ocorrendo no meio do
ano financeiro. Para manter a consistência com a definição de idade adotada neste capítulo
(idade baseada no mais próximo aniversário), novos entrantes são classificados por idade
baseada no mais próximo aniversário.
98
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Com relação aos viúvos/viúvas e órfãos, devemos notar que as idades médias
correspondente a uma dada idade x da pessoa segurada tem sido indicada. Isso não
exclui a recorrência à distribuição etária de viúvos/viúvas e órfãos, de forma a melhorar
a precisão da projeção (Boye, 1971; Picard, 1971). Além disso, as proporções e idades
médias indicadas em (f), (g), (h) e (i) são tomadas como aplicáveis para todas as categorias
de falecimentos pessoas ativas, inválidos ou aposentados mas podem
variar por categoria.
99
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
x x
(
qx( aw1) = *qxa wx + 0,5 1 − 0, 5 *q yw + *hy
) (5.5a)
2 x
(
qx( aw 2 ) = *ix qix wx +0,75 1−0,25 *q yw + *hy x
1
) (5.5b)
(5.6)
px( rr ) = 1 − qxp
Aposentado para viúvo ou viúva
x
(
qx( rw) = qxp wx + 0,5 1 − 0, 5 *q yw + *hy
x ) (5.7)
(5.8)
p ( ii )
x = 1− q i
x
x x
(
qx(iw) = qxi wx + 0,5 1 − 0, 5 *q yw + *hy
) (5.9)
100
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Podemos observar que a equação (5.5) tem dois componentes: (5.5a) relativo a
morte de pessoas ativas seguradas no intervalo de idade ( x, x +1) e (5.5b) relacionado às
pessoas ativas que se tornaram inválidas e morreram na idade x +1 . Os valores de wx
correspondentes a idades fracionárias que ocorrem nas fórmulas acima podem ser obtidos
por interpolação entre os valores adjacentes às idades integrais. Expressões para
probabilidades de transição relativas aos órfãos, correspondentes a (5.5a), (5.5b), (5.7),
(5.9) e (5.10), podem ser derivadas da mesma forma que aquelas para viúvos/viúvas.
Nota: Com relação ao fator de sobrevivência após a transição de estado em (5.4), (5.5a),
(5.5b), (5.7) e (5.9) estritamente falando, uma correção faz-se necessária para manter a
consistência com o pressuposto da distribuição uniforme dos decrementos. Por exemplo, a fórmula
(5.4) assume que a probabilidade de morte de um inválido, na idade x + t , no intervalo
fracionário ( x + t , x +1) , pode ser expressa como (1− t )qxi . Isso implica, contudo, que no
intervalo ( x, x +1) ,
1 1− t t
i
= i
+ i
l x +t lx lx +1
que tem a conseqüência, algo ilógico, de uma força da mortalidade decrescente no intervalo. O
pressuposto linear mais lógico seria
(1 − t )qxi
1 − tqxi
Uma tal correção deve ser introduzida, se for o caso, resultando na seguinte expressão para
a probabilidade de transição:
0, 5qxi
q ( ai )
x = *ix 1 − i
1 − 0, 5qx
Na prática, a expressão mais simples (5.4) deve, contudo, ser adequada. Essas observações
também se aplicam às fórmulas (5.5a), (5.5b), (5.7) e (5.9).
101
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Notação
102
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Z ( x, t ) = Ac( x, t ) − ∑ Act ( x, s, t ) −
s >0 (5.13)
Z ( x, t )
N ( x, t ) = (5.15)
px( aa )
−0 ,5:0 ,5
(5.16)
− 0 ,5:0 ,5 = (1 − 0, 5(*q x −1 + *ix −1 ))(1 − rx )
px( aa ) a
103
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Z ( x, t ) =
A(t ) − ∑ y (∑ s >0
Act ( y, s, t ) + (1 − db) Act ( y − 1, 0, t − 1) p (yaa
−1
)
) × pr ( x) p ( aa )
(5.18)
∑ ( aa ) x − 0 ,5:0 ,5
y
pr ( y ) p y − 0 ,5:0 ,5
( ar )
onde o último fator de projeção é análogo a qx , mas relaciona-se ao intervalo
etário ( x − 0, 5; x) e tem a expressão
104
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Nota: Temos assumido implicitamente que para todos os novos aposentados, o segundo e terceiro
elementos de Re( x, t ) ver (5.19) têm direito à aposentadoria. Se uma condição de qualificação
em termos de um período mínimo de serviço passado é aplicado, o segundo elemento deve ser
analisado em seus dois componentes, isto é, expresso como
∑ Act ( x − 1, s − 1, t − 1)q
s
( ar )
x −1
105
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
106
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
sx
Sal ( x, t ) = s ( x − 1, t − 1) (1 + γ (t )) (5.22)
sx −1
s ( x, t ) que denota a média salarial da população ativa total com idade x, na definição
de idade relacionada ao aniversário mais próximo, deve ser obtida tomando-se a média
ponderada dos salários da coorte sobrevivente de t −1 e a média da coorte de novos
entrantes no ano (t −1, t ) , assumindo que estes entram na idade x, na definição de idade
107
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
relacionada ao aniversário mais próximo, no meio do ano. Para o último grupo, o salário
médio no fim do ano de entrada, denotado por sn( x, t ) , é expresso como
sx
sn( x, t ) = s ( x − 0, 5; 0) π 1t (1 + γ ( z )) (5.23)
s x − 0 ,5
j (t )
ss ( x, 0)
ss ( x, t ) = ss ( x − 1, t ) (5.25)
ss ( x − 1; 0)
Devemos observar que o valor do fator de ajustamento j (t ) maior/menor que a
unidade implica uma extensão/profundidade da variação da média salarial por idade. Se
j (t ) = 0 , a média salarial torna-se a mesma para todas as idades.
∑ s( y, t − 1) Ac( y, t − 1) ∑
r −1 r −1
Ac( y, t )
s ( x, t ) = ss ( x, t )(1 + γ (t )) b b
(5.26)
∑ ss( y, t ) Ac( y, t ) ∑
r −1 r −1
b b
Ac( y, t − 1)
108
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
2 2
σ y2 = e 2 µ z +σ z (eσ z − 1) (5.28)
Φ ( wb − σ z ) − Φ ( wa − σ z ) (5.31)
s ( x, t )
Φ ( wb ) − Φ ( wa )
onde Φ( w) é a função de distribuição da variável normal padrão,
wa = (log e ya − µ z ) / σ z e wb = (log e yb − µ z ) / σ z .
109
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
(a) o grupo de baixa renda (os 30% de mais baixa renda da população);
Φ ( w1 − σ z )
s1( x, t ) = s ( x, t ) (5.32)
Φ ( w1 )
Φ ( w2 − σ z ) − Φ ( w1 − σ z ) (5.33)
s 2( x, t ) = s ( x, t )
Φ ( w2 ) − Φ ( w1 )
1 − Φ ( w2 − σ z )
s3( x, t ) = s ( x, t ) (5.34)
1 − Φ ( w2 )
O montante per capita de benefício para o primeiro elemento pode ser determinado
como:
b( x, t ) = b( x − 1, t − 1)(1 + β (t )) (5.35)
110
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
sv( x, t )
Sal ( x, t ) (5.37)
100
Se o método 2 é aplicado, o segundo elemento de Re( x, t ) deve ser entendido
como sendo constituído de três subgrupos com médias salariais s1( x, t ) , s 2( x, t ) e s3( x, t )
ver (5.32), (5.33) e (5.34). O montante de benefícios deve então ser computado para
cada subgrupo, e encontrada uma média ponderada. Se, em adição, uma distribuição de
serviço passado está disponível, então Ac( x, t ) deve ser compreendido como constituído
pelos subgrupos de primeiro nível Act ( x, s, t ) ver (5.11) de acordo com o serviço
passado s, cada subgrupo de primeiro nível deve ser constituído por três subgrupos de
segundo nível, de acordo com os níveis de salários. (Isso ignora a correlação entre níveis
de salários e serviço passado, se nenhum ajustamento, mesmo ad hoc pode ser possível
em instâncias específicas). Um montante de benefício per capita deve ser computado
para cada subgrupo de segundo nível e encontrada uma média ponderada de todos
subgrupos de segundo nível. Uma análise detalhada como esta não deve ser justificável
no caso de uma fórmula de aposentadoria simples tal como aquela em (5.37), mas se a
fórmula é mais complexa envolvendo taxas percentuais máximas e mínimas ou taxas
variantes de aquisição, ou sujeito a montantes mínimos e máximos tal análise pode
aumentar significantemente a precisão das projeções e será, portanto, justificada.
111
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Projeções demográficas
t t
na ( z )
IA(0)∏ (1 + ρ ( z )) = IA(t ) + ∑ NA(t − z + 0, 5) (5.38)
z =1 z =1 100 .000
112
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Projeções financeiras
Façamos as projeções para o total de salários da população inicial e para a geração
padrão de novos entrantes denotados por IS(t) e NS(t) e as projeções para o total de
aposentadorias por IP(t) e NP(t).
t
na ( z )
TS (t ) = IS (t ) + ∑ NS (t − z + 0, 5) ADJ ( z ) (5.41)
z =1 100. 000
∏
t
(1 + γ (r ))
ADJ ( z ) = r =t − z +1
(5.42)
1 + γ (t − z + 1)
Devemos notar que ADJ(z) fornece a escala salarial adicional requerida para elevar
NS (t − z + 0, 5) ao nível geral de salários do fim do t-ésimo ano de projeção.
113
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
Devemos notar que se condição acima não for satisfeita, em geral, não será possível
aplicar uma fórmula simples tal como aquela em (5.43).
St
DSt = (5.44)
∏ t −1 (1 + i (r )) 1 + i (t )
r =1
Os valores descontados são então acumulados, começando com o primeiro ano,
para obter os totais de salários e benefícios descontados, denotados por TDSt e TDBt .
Por exemplo,
t
TDSt = ∑ DS r (5.45)
r =1
114
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
(a) excede, ao fim de cada ano financeiro, uma dada proporção das despesas
com benefícios daquele ano; ou
(b) satisfaz um certo padrão de crescimento (por exemplo, não tem crescimento
negativo em qualquer estágio).
Para levar a cabo o teste acima, inicialmente faz-se necessário projetar o crescimento
do fundo de reservas, denotado por V(t) , começando de um valor inicial, Fd (0) . Isso
pode ser alcançado por repetida aplicação da seguinte fórmula recorrente
para (t = 1,..., n) :
Bt
PAYG t = (5.47)
St
Para outros métodos de financiamento de sistemas de previdência social discutidos
no capítulo 1, as fórmulas contínuas desenvolvidas naquele capítulo podem ser adaptadas
para o caso discreto, substituindo as integrais
m m
∫ ∫
−δ t
B(t )e dt e S (t )e −δ t dt
n n
115
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
que aparecem nas fórmulas por TDBm − TDBn e TDS m − TDS n respectivamente.
Além disso, as funções B(m)e −δ m e S (m)e −δ m que também aparecem nas fórmulas
serão obtidas por interpolação entre os valores projetados para o m-ésimo e m+1-ésimo
ano financeiro. O procedimento é ilustrado abaixo para selecionados métodos de
financiamento. A data de avaliação é considerada como a origem no eixo do tempo.
O prêmio médio geral ver fórmula (1.13) do capítulo 1 pode ser computado
projetando-se os valores até que o sistema alcance a sua maturidade. Suponhamos que a
maturidade seja alcançada no n-ésimo ano de projeção. Façamos i* , ρ * e γ * indicarem os
valores eventuais (constantes) do retorno do investimento, o fator de crescimento de
novos entrantes e o fator de crescimento salarial devido ao mérito, onde, por razões
óbvias,
1 + i > (1 + ρ )(1 + y )
* * *
e seja
(1 + ρ *)(1 + γ *)
v=
(1 + i*)
O GAP, levando em conta o fundo de reservas na data da avaliação (t = 0) , será
então dado por
116
A Técnica de Projeção para Avaliações Atuariais
m
V (m) = [ Fd (0) + π (0, m)TDS m − TDBm ] ∏ (1 + i (r )) (5.51)
r =1
Bm Bm +1 − π (0, m) S m S m +1
V ( m) = (5.52)
δm
A interpolação é novamente baseada no método geométrico.
117
118
6. TÉCNICA DO VALOR PRESENTE
6.1. Introdução
Este capítulo trata da segunda das duas técnicas para a análise de sistemas de
previdência mencionados anteriormente. Essa técnica considera uma coorte inteira de
pessoas seguradas a cada vez e calcula o valor presente provável dos salários segurados
futuros, por um lado e os benefícios de aposentadorias pagáveis aos membros da coorte
e aos seus sobreviventes, por outro lado.
1 + i* 1
i= − 1; v = (6.1)
1+ γ * 1+ i
1 + i* 1
j= − 1; u = (6.2)
1+ β * 1+ j
119
A Técnica do Valor Presente
Uma série de funções comutacionais especiais (específicas por sexo e idade) são
necessárias para a aplicação da técnica do valor presente. Essas funções são baseadas em
uma ou outra das tabelas decrementais mencionadas na seção 5.6, ou ainda em uma
combinação qualquer destas. As funções baseadas nas tábuas de serviço ativo serão
computadas à taxa de juros i, enquanto que aquelas baseadas nas demais tábuas serão
computadas à taxa j.
Dxas + Dxas+1
D =as
x
(6.5)
2
r −1
N as
x = ∑ Dtas (6.6)
t=x
120
A Técnica do Valor Presente
Dxi + Dxi +1
D =
i
x
(6.8)
2
w
N = ∑ Dti
i
x (6.9)
t=x
N xi
a = i
i
x
(6.10)
Dx
Funções baseadas nas tábuas de duplo decremento para viúvos/viúvas ( y* ≤ y < w)
Dyw + Dyw+1
D =
w
y
(6.12)
2
w
N = ∑ Dyw
w
y
(6.13)
t= y
N yw
a =
w
y w
(6.14)
D y
Funções baseadas na tábua de serviço ativo e na tábua de vida para inválidos (b ≤ x < r )
121
A Técnica do Valor Presente
Funções baseadas na tábua de serviço ativo, na tábua de vida para inválidos e na tábua de
duplos decrementos para viúvos/viúvas (b ≤ x < r )
∑
w
Dti qti u 0,5Gt ( y )
Ax ( y ) = t=x
i
(6.20)
D x
∑
w
( Dtp + Dtp+1 ) (6.24)
N x
p
= t=x
2
N xp
a = p
x
p
(6.25)
Dx
Nota: As funções comutacionais e anuidades acima referem-se a salários e benefícios pagáveis
continuamente, e devem ser ajustadas para pagamentos efetuados com uma determinada freqüência,
por exemplo, semanalmente. Elas podem ser ajustadas para corresponder mais exatamente a
122
A Técnica do Valor Presente
11 N xi +1 11
a i (12 )
x =a +
i
x = +
24 Dxi 24
com expressões similares em (6.14) e (6.25).
N xas − N ras
PVS( x) = (6.26)
Dxas
Valor presente das aposentadorias
Dras p
PVR( x) = p (r , x) as ar (6.27)
Dx
∑
r −1 ais
p (t , x )Ct
PVI( x) = t=x
as
(6.28)
D x
123
A Técnica do Valor Presente
onde p(t , x) denota a aposentadoria por invalidez como uma proporção do salário,
para um entrante na idade x, se a invalidez ocorre na idade (t , t +1)
∑
r −1 aws
p (t , x )Ct
PVW1( x) = RWP t=x
(6.29)
Dxas
∑
r −1 iws
p (t , x )Ct
PVW 2( x) = RWP t=x
(6.30)
Dxas
Valor presente das pensões de viúvos/viúvas (morte após aposentadoria)
∑
w
Dras Dtp qtp u 0,5Gt ( y )
PVW3( x) = RWPp (r , x) as t =r
p
(6.31)
Dx D r
ps ( x) + r − x ps ( x) + t − x + 0, 5
p(r , x) = e p (t , x) =
100 100
Rxais+1 + ( ps ( x) + 0, 5) M xais
PVI( x) = (6.32)
100 Dxas
124
A Técnica do Valor Presente
onde
r −1
M ais
x = ∑ Ctais (6.33)
t=x
r −1
R ais
x = ∑ M tais (6.34)
t=x
+1 + ( ps ( x ) + 0, 5) M x
Rxaws aws
PVW1( x) = RWP as
(6.35)
onde
100 D x
r −1
M aws
x = ∑ Ctaws (6.36)
t=x
r −1
R aws
x = ∑ M taws (6.37)
t=x
+1 + ( ps ( x ) + 0, 5) M x
Rxiws iws
PVW 2( x) = RWP (6.38)
100 Dxas
onde
r −1
M iws
x = ∑ Ctiws (6.39)
t=x
r −1
R iws
x = ∑ M tiws (6.40)
t=x
125
A Técnica do Valor Presente
∑
r −1
Ac( x, 0) s ( x, 0)PVB1( x)
AP1 = x =b
(6.41)
∑
r −1
x =b
Ac( x, 0) s ( x, 0)PVS1( x)
∑
r −1
pr ( x) sn( x)PVB2( x)
AP 2 = x =b
(6.42)
∑
r −1
x =b
pr ( x) sn( x)PVS2( x)
Se as expressões acima forem abreviadas como
AP1=P1/Q1 e AP2=P2/Q2
o prêmio médio geral será dado por
P1 + kP 2
GAP = (6.43)
Q1 + kQ2
126
A Técnica do Valor Presente
(1 + i )0,5
k = na (1) (6.45)
(i − f )
A condição acima para convergência não é outra senão a bem conhecida condição
de que a taxa de juros deve exceder a soma da taxa de crescimento do número de novos
entrantes mais a taxa de crescimento dos salários devido ao mérito.
127
128
APÊNDICE 1
1. Juros compostos
A taxa de juros pode ser entendida como uma retribuição paga pelo tomador pelo
uso de um ativo, referido como capital ou principal, pertencente ao emprestador. Assumimos
que ambos, capital e juros, são medidos em unidades de uma dada moeda.
Se, por outro lado, o valor é emprestado a uma taxa de juros compostos, a soma
acumulada ao fim do período será dada por
AS = C (1 + i ) n (A1.2)
δ = log e (1 + i ); eδ = 1 + i (A1.3)
129
Matemática Atuarial Básica
1
v= = e −δ (A1.4)
1+ i
Um conceito importante é o de valor presente de uma soma acumulada durante n
anos. Isso refere-se ao capital que, se emprestado (ou investido) anualmente à taxa de
juros de i, somará ao final do n-ésimo ano, digamos K. Esse valor é dado por
PV = K (1 + i ) − n = Kv n = Ke − nδ (A1.5)
2. Anuidades financeiras
Se uma unidade monetária é paga no início de cada ano, por n anos, esta série de
pagamentos é denominada de anuidade devida.
(A1.7)
(A1.8)
130
Matemática Atuarial Básica
(A1.9)
(A1.11)
onde
i ( m ) = m (1 + i ) − 1
1
m (A1.12)
Para fins teóricos, é possível conceber uma anuidade contínua, onde o montante é
investido continuamente durante o ano. Os valores presente e acumulado correspondentes
têm os seguintes símbolos e expressões:
(A1.13)
3. A tábua de vida
131
Matemática Atuarial Básica
da vida. Uma função auxiliar é d x , que indica o número de vidas eliminadas por morte
entre as idades x e x +1 . Essa função é dada pela seguinte expressão:
d x = lx − lx +1 (A1.14)
1 dlx
µx = − (A1.17)
lx dx
A força da mortalidade na idade x + 0, 5 é aproximadamente dada por
qx
µ x + 0 ,5 = (A1.18)
1 − 0, 5qx
A expectativa de vida na idade x mede o tempo de vida médio futuro para aquela
idade. A expectativa curtate, denotada por ex , representa o número médio de anos
completos vividos além da idade x, enquanto que a expectativa completa, denotada por
ex0 ,representa a média exata de tempo de vida futura. Elas são dadas pelas
seguintes fórmulas:
132
Matemática Atuarial Básica
(A1.19)
1 w
ex0 =
lx ∫ x
l y dy (A1.20)
ex0 = ex + 0, 5 (A1.21)
Dx = lx v x ; Cx = d x v x +1 (A1.22)
Existem também outras funções comutacionais usadas pela teoria ou pelas técnicas
de avaliação de benefícios de aposentadoria. Essas são introduzidas e definidas nos
capítulos 2, 3 e 6.
133
Matemática Atuarial Básica
Uma série de pagamentos de uma unidade no início de cada ano, pagável a uma
pessoa com idade x durante toda a sua vida é chamada de anuidade vitalícia devida. O valor
presente provável dessa anuidade tem o seguinte símbolo e pode ser expressa em termos
de funções comutacionais elementares da seguinte forma:
Nx
‰x = (A1.24)
Dx
Se os pagamentos são realizados ao fim de cada ano, a anuidade é chamada de
anuidade vitalícia imediata. É denotada pelo símbolo ax e tem a seguinte expressão:
N x +1
ax = (A1.25)
Dx
Uma anuidade vitalícia, devida ou imediata, pode ser pagável em m períodos
uniformemente distribuídos ao longo do ano. Esse tipo de anuidade possui os seguintes
símbolos e as expressões aproximadas
m −1
‰x( m ) = ‰x − (A1.26)
2m
m −1
ax( m ) = ax − (A1.27)
2m
Uma anuidade vitalícia contínua é aquela em que uma unidade por ano é paga
continuamente durante todo o ano. Seu valor presente provável é denotado como se
segue e tem a seguinte expressão:
Nx
ax = (A1.28)
Dx
onde
N x + N x +1
Nx =
2
134
Matemática Atuarial Básica
N x − N x+n
‰x:n = (A1.29)
Dx
Similarmente,
N x +1 − N x + n +1
ax:n = (A1.30)
Dx
N x − N x+n
ax:n = (A1.31)
Dx
Além disso,
m − 1 Dx + n
ax( :mn) = ax:n + 1− (A1.32)
2m Dx
m − 1 Dx + n
‰x(:mn ) = ‰x:n − 1− (A1.33)
2m Dx
Uma anuidade vitalícia conjunta é aquela em que os pagamentos ocorrem enquanto
dois indivíduos em idades x e y permanecem ambos vivos. Se ela é pagável ao fim de
cada ano, possuirá os seguintes símbolo e expressão:
lx +t l y +t t
axy = ∑ v (A1.34)
t l x l y
a x y = a y − axy (A1.35)
135
Matemática Atuarial Básica
Mx
Ax = (A1.36)
Dx
Um seguro doação é dado pela expressão
M x − M x + n Dx + n
Ax:n = + (A1.37)
Dx Dx
Nesse caso, o montante segurado é pago ao fim do ano em que ocorre a morte, se
esta ocorre dentro de um período de n anos, ou ao sobrevivente ao fim do período. Um
seguro doação é entendido como uma soma de um seguro temporário (ou de duração definida)
e uma doação pura. Se a soma segurada é pagável imediatamente em caso de morte, M x na
expressão acima deve ser substituído por
(A1.38)
M + M x +1
Mx = x
2
e de forma similar por M x + n
Uma tábua de múltiplos decrementos é similar a uma tábua de vida, exceto que nesta
existe mais que um decremento a ser considerado.
Uma distinção deve ser feita entre taxas de decremento dependentes e independentes.
As taxas independentes aplicam-se quando um decremento age sozinho, enquanto que a
taxa dependente refere-se ao caso em que o dado decremento age concorrentemente
com outros decrementos. O caso de uma tábua sujeita a duplo decremento α e β é discutido
abaixo e em seguida generalizado para três decrementos.
136
Matemática Atuarial Básica
β ; ∗β = β 1 − α x
∗
α x = α x 1 − x x
2
x
2 (A1.39)
d xα = lx ∗α x ; d xβ = lx ∗β x ; lx +1 = lx − d xα − d xβ (A1.40)
lx +1 = lx (1 −∗ α x − ∗β x ) = lx (1 − α x ) (1 − β x ) (A1.41)
∗ (β + γ ) β γ
α x = α x 1 − x x + x x (A1.42)
2 3
Além disso,
lx +1 = lx (1 − ∗α x − ∗β x − ∗γ x ) = lx (1 − α x ) (1 − β x ) (1 − γ x ) (A1.43)
137
Matemática Atuarial Básica
social normalmente permite dois decrementos: (a) morte e (b) invalidez. Mesmo que a
aposentadoria possa ocorrer em qualquer momento do intervalo de idades, ainda assim
será possível trabalhar com tábuas de duplo decremento se assumirmos que as
aposentadorias ocorrem em idades integrais; de outra forma será necessário adotar uma
tábua de triplo decremento.
138
APÊNDICE 2
ILUSTRAÇÕES NUMÉRICAS
3. Pressupostos demográficos
139
Ilustrações Numéricas
4. Pressupostos econômicos
140
Ilustrações Numéricas
141
142
TABELAS
Tabela 1 Os dados
Tabela 2 A Base
Tabela 3 Projeções
143
Tabelas
144
Tabelas
145
Tabelas
146
FIGURAS
147
Figuras
148
Figuras
149
Figuras
150
Figuras
151
Figuras
152
Figuras
153
154
APÊNDICE 3
155
Glossário dos Principais Métodos de Financiamento e Capitalização
156
APÊNDICE 4
LISTA DE SÍMBOLOS
A lista que se segue contém símbolos especiais que foram adotados para os
propósitos deste livro, na ordem em que foram introduzidos. Símbolos e funções atuariais
básicas não foram incluídos, mas podem ser encontrados no apêndice 1. Similarmente,
as funções comutacionais especiais utilizadas no capítulo 6 para a aplicação da técnica do
valor presente, que tem sido largamente padronizada na literatura atuarial, não foram
reproduzidas.
Capítulo 1
δ Força dos juros
θ Força da inflação
w Limite da vida
157
Lista de Símbolos
k Taxa de reservas
λ Taxa de equilíbrio
158
Lista de Símbolos
Capítulo 2
K(x) Função alíquota de contribuição relacionada a idade para uma coorte
Capítulo 3
Ac(x, t ) Função população ativa, relacionada a idade e tempo
159
Lista de Símbolos
Capítulo 4
160
Lista de Símbolos
Capítulo 5
Fd(n) Valor alocado em reserva no tempo n
161
Lista de Símbolos
162
Lista de Símbolos
Capítulo 6
163
Lista de Símbolos
164
APÊNDICE 5
Este apêndice trata com uma variante específica do método de prêmio escalonado,
no qual o nível de prêmio em um intervalo qualquer (n, m) é positivo e leva a um fundo
de reservas positivo e não decrescente, alcançando um máximo local ao fim do intervalo.
As duas condições
B′(t ) S ′(t )
≥ (A5.1b)
B(t ) S (t )
são, juntas, suficientes para a existência desta variante. Devemos notar que a segunda
condição pode também ser expressa como
d B(t )
≥0 (A5.2)
dt S (t )
a qual implica que o prêmio de repartição simples é uma função não decrescente
de t. Devemos também observar que em vista de (A5.1b), S ' (t ) > 0 implica B ' (t ) > 0 ,
embora o inverso não seja verdadeiro. Portanto, (A5.1a) deixa o sinal de S ' (t ) incerto,
isto é, S (t ) pode ser uma função crescente ou decrescente.
O resultado que desejamos pode ser provado por indução, em três estágios.
Assumindo que SCP1 existe para o intervalo precedente a um intervalo específico
(n, m) , é possível mostrar que ela existe para este intervalo. Podemos então facilmente
demonstrar que o sistema existe para o primeiro intervalo (0, p) . Daí segue que SCP1
existe para o intervalo total de tempo do sistema de previdência.
Teorema 1
165
A Variante SCP1 do Método do Prêmio Escalonado
t
B(t )e −δ t + δ ∫ B( z )e −δ z dz − δ V (n)e −δ n
π (t ) = n
t
(A5.3)
S (t )e −δ t
+ δ ∫ S ( z )e −δ z
dz
n
Devemos notar que a expressão (A5.3) é, de fato, a fórmula usual para o prêmio
SCP1 para o intervalo (n, t ) , a qual pode ser derivada fazendo-se u = t na equação
diferencial fundamental para o intervalo (n, t ) expresso como uma equação diferencial
parcial no contexto presente isto é,
∂R(u , t )
= δ R(u , t ) + π (t ) S (u ) − B(u ) (A5.5)
∂u
igualando a zero e substituindo por R(u, t ) em (A5.4).
δ V ( n) + π ∗ S ( n) − B ( n) = 0 (A5.6)
a qual implica que δ V (n) < B(n) . Isso assegura que π (t ) > 0 .
166
A Variante SCP1 do Método do Prêmio Escalonado
Isso demonstra (veja nota 2) que o prêmio PAYG ao fim do intervalo (n, t ) excede
π (t ) , isto é
B(t ) N (t )
> (A5.8)
S (t ) D(t )
Multiplicando ambos os lados por S(t)D(t), o qual, sendo positivo, não troca de sinal
1 1
>
N (t ) S (t ) B(t ) D(t )
Da mesma forma, multiplicando ambos os lados de (A5.1b) por S(t)B(t), o qual
sendo positivo, não troca de sinal
B′(t ) S ′(t )
>
N (t ) D(t )
Multiplicando ambos os lados por N(t)D(t), que sendo positivo, não terão sinais
alterados
Por conseguinte, de (A5.7) temos que π ' (t ) > 0 . Isso prova que π (t ) é uma função
crescente de t.
167
A Variante SCP1 do Método do Prêmio Escalonado
Teorema 2
t t
V (t )e −δ t = V (n)e −δ n + π (m) ∫ S ( z )e −δ z dz − ∫ B( z )e −δ z dz
n n
Em razão do Teorema 1, segue-se que V ' (t ) > 0 para n < t < m e que V ' (m) = 0 .
Da mesma forma será óbvio que se V (n) > 0 , então V (t ) > 0 para n < t < m .
Teorema 3
π ( m) > π *
B ( n) − δ V ( n)
Ltt →n + (π (t )) =
S ( n)
168
A Variante SCP1 do Método do Prêmio Escalonado
B ( n) − δ V ( n)
π (t ) >
S ( n)
E, tendo em vista (A5.6)
B ( n) − δ V ( n)
π∗ =
S ( n)
Assim, π (t ) > π * , e em particular,
π ( m) > π *
Conclusão
Segue-se por indução que sob as condições (A5.1a) e (A5.1b), SCP1 existe para a
totalidade do intervalo de tempo do sistema de previdência.
169
A Variante SCP1 do Método do Prêmio Escalonado
Nota 2: Por (A5.3) podemos observar que π (t ) pode ser entendida como a média
ponderada de B(t)/S(t) e
t
AVP(t ) =
∫ n
B( z )e −δ z dz − V (n)e −δ n
t
∫ S ( z )e
−δ z
dz
n
Em vista de (A5.2),
t
∫ B ( z )e
−δ z
B(t ) dz
≥ n
t
> AVP(t )
S (t )
∫ S ( z )e
−δ z
dz
n
B(t )
> π (t ) > AVP(t )
S (t )
170
APÊNDICE 6
Façamos y denotar o salário e z = log e y , onde 0 < y < ∞ e −∞ < z < ∞ . Assumimos
que y tem distribuição lognormal, ou em outras palavras, z tem distribuição normal.
Representemos os parâmetros da distribuição de z por µ e σ 2 . A função densidade de
probabilidade de z é
1 ( z − µ )2
p( z ) = exp − (A6.1)
σ 2π 2σ 2
O mesmo procedimento pode ser aplicado para derivar a expressão (5.31) para a
média de y no intervalo ( ya , yb ) . Façamos za e zb denotarem os valores correspondentes
de z. Representemos por F(y) e G(z) as funções de distribuição de y e z. Então,
F ( yb ) − F ( ya ) = G ( zb ) − G ( za ) (A6.2)
A=
∫ ya
yp ( y )dy
(A6.3)
F ( yb ) − F ( ya )
Substituindo a variável z no numerador,
zb
A=
∫ za
e z p ( z )dz
(A6.4)
G ( zb ) − G ( za )
171
Aplicação da Distribuição Lognormal
1 ( z − u )2
exp − + z (A6.5)
σ 2π 2σ 2
1 σ2 ( z − µ − σ 2 )2
exp µ + exp − (A6.6)
σ 2π 2 2σ 2
Substituindo pela variável padronizada t,
z−µ
t= −σ
σ
e observando-se ver (5.28) que a média geral da distribuição de y, digamos B, é
σ2
B = exp µ +
2
Segue-se que A pode ser expresso em termos de B e a função de distribuição
Φ(t ) da normal padrão como
Φ(wb − σ ) − Φ ( wa − σ )
A= B (A6.7)
Φ ( wb ) − Φ ( wa )
onde
za − µ
wa =
σ
e
zb − µ
wb =
σ
172
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176
ÍNDICE REMISSIVO
Aaron, 25
Anuidade, 21, 50, 64, 68, 83, 86, 87, 91, 130, 131, 134, 135, 160
Beattie, 90
Bonilla, 22
Boye, 99
Despesas administrativas, 29
Diagrama de Lexis, 26, 28, 32, 34, 36, 49, 61, 139
177
Índice Remissivo
Drouin, 15, 89
Enfoque estocástico, 81
Ferrara, 89
Força da inflação, 24
Força da invalidez, 75
178
Índice Remissivo
Funções comutacionais, 50, 51, 64, 119, 120, 122, 133, 134, 157
Fundamentos, 56
Gillion, 11, 22
Hirose, 15, 37
Hooker, 129
Idade de aposentadoria, 26, 49, 63, 66, 68, 76, 79, 84, 89, 98, 120, 137, 159, 161
Idade de entrada, 53, 56, 63, 64, 66, 68, 69, 89, 98, 120, 137, 140, 156, 159
Idade de ingresso, 26
Indexação, 21
Invalidez, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 62, 63, 68, 69, 74, 75, 79, 83, 89, 93, 98, 105, 119,
120, 123, 124, 138, 157, 162, 163
Junção, 112
Longley-Cook, 129
Maturidade financeira, 29, 37, 39, 40, 41, 42, 63, 64, 74, 82, 84, 140, 155, 157, 158
179
Índice Remissivo
Métodos agregados, 49
Métodos de capitalização, 48
Métodos econométricos, 95
Métodos mistos, 95
Pessoas ativas, 32, 44, 50, 64, 68, 78, 79, 99, 101, 104, 139, 159, 160
180
Índice Remissivo
População ativa, 25, 26, 56, 57, 62, 65, 74, 79, 95, 97, 98, 102, 103, 106, 107, 108,
109, 111, 112, 157, 159, 161, 162
Prêmio médio geral, 33, 71, 72, 73, 116, 126, 155, 158
Projeções demográficas, 25, 68, 96, 97, 98, 105, 140, 161
Reativação, 79
Repartição simples, 32
Reserva de contingência, 33
Sistemas de pontos, 22
Sistemas de previdência ocupacional, 13, 17, 23, 44, 47, 48, 56, 59, 79, 141
181
Índice Remissivo
Spandonaro, 94, 96
Taxa de dependência, 26
Tilove, 44, 57
Versão determinística, 25
Versão determinística, 27
World Bank, 90
Zelenka, 30, 74
182
183
184