Amora Ou Amoreira

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Amora ou Amoreira

Nome científico: Morus celsa alba (amoreira branca) e Morus celsa nigra (amoreira negra).
Família: Moráceas
Sinonímia popular: Amoreira (variedades negra e branca).
Nomes em outros idiomas: Alemão: maulbeerbaum; Espanhol: moral; Francês: murier;
inglês: mulbery tree; Italiano: gelso.
Origem: A amoreira tipo Alba é originária da China. A tipo nigra é de origem persa.
Características: Arvore que atinge de 2,00 (alba) a 10,00 (nigra) metros, tronco verrugoso,
folhas ovaladas, lisas, verdes brilhantes, dão frutos doces,
comestíveis, que amadurecem no verão. Dá-se bem em regiões
com muito sol, e agüenta invernos rigorosos.
São duas espécies principais: a preta (Morus nigra) e a branca
(Morus alba). Ambas são medicinais e alimentícias. A amoreira-
branca é cultivada quase que exclusivamente para a criação do
Bombyx mori ou bicho-da-seda, muito comum no Oriente. Este
inseto alimenta-se das folhas da amoreira-branca. A amora
pertence à família das moráceas, em que se incluem também as
jacas, o figo, a fruta-pão, a umbaúba etc.
Parte usada: Folhas, frutos, raízes, cascas.
Propriedades Medicinais:
Laxativa, sedativa, expectorante, refrescante, emoliente, calmante, diurética, antidiabético,
antiinflamatória, tônica, dor de dente, reduz pressão sanguínea.
Indicações terapêuticas: Dor de dente, pressão sanguínea, tosse, inapetência, prisão de
ventre, inflamação da boca, febre, diabetes, dermatoses, eczema, erupções cutâneas.

No século XVI, na Europa, se empregavam tanto os frutos como a casca e as folhas da amora
negra. O fruto para as inflamações e hemorragias, a casca para as dores de dentes e as folhas
para as mordidas de cobra e também como antídoto de envenenamento por acônito.
Apesar da amoreira estar desaparecendo da matéria médica na Europa, a amoreira branca
segue sendo muito empregada na China como remédio para tosse, resfriados seguidos de
febre, dor de cabeça, garganta irritada e pressão alta. Com o conceito chinês de yin e yang, a
amoreira branca é empregada para dissipar o calor do canal do fígado, que pode levar a
irritação dos olhos e afetar estados de ânimo e também para refrescar o sangue. Portanto é
considerado um tônico yin.
Na medicina caseira, é usada para debelar as inflamações da boca e garganta.
Na Europa recentemente tem-se empregado as folhas da amora negra para estimular a
produção de insulina na diabetes.
Cataplasma das folhas: eczemas, erupções cutâneas.
Utilidades Medicinais:
Afta - Bochechar com suco de amora-preta, quente, adoçado com mel. O Gargarejo com
infusão ou suco do fruto combate além de aftas, à amidalite e alivia a dor-de-dente.
Amidalite - Suco de amora - preta, quente, adoçado com mel; tomar aos goles. Pode - se
também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até engrossar um pouco. Fazer
gargarejos com o xarope, ou tomá-lo às colheradas, deixando descer suavemente pela
garganta.
Bronquite - Infuso da casca da raiz, morno, para combater a tosse. Tomar morno, às
colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar água fervente sobre as
cascas das raízes bem picadas, tapar o recipiente, e deixar esfriar.
Cabelo, queda de - Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas da amoreira.
Catarro - Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda - se o gargarejo
com o chá morno das folhas da amoreira.
Diabetes: Infusão: infuso com 10 g de folhas em 100 ml de água, tomar 1 xícara 4 a 6 vezes
ao dia.
Diarréia - Usar xarope de amora, conforme explicado em amidalite. Tomar não mais de 2
colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos de 2 horas.
Diurético: Infusão: deixar em infusão, até amornar, um punhado de folhas secas de amoreira
em um litro de água fervente. Filtrar o líquido, bebendo-o em calicezinhos durante o dia para
que produza efeito diurético. Também podendo ser feito a infusão com as Cascas da raiz que
além de diurética, é sedativa e expectorante . A Infusão das folhas também combate à
hipertensão.
Doenças das Cordas Vocais - Suco de amora preta, quente, adoçado com mel.Tomar
vagarosamente.
Dores de dentes: Decocção: em fogo moderado, ferver 40g de raízes de amoreira em meio
litro de água, até que fique reduzida à metade. Depois de morno, filtrar o líquido e empregá-lo
em bochechos. A Decocção da casca e raízes também servem para: estômago, intestino,
vermífugo.
Estômago (inapetência): Decocção: ferver 20g de cascas de amoreira branca em meio litro
de água. Filtrar o líquido e adoçá-lo, tomando-o em calicezinhos meia hora antes das refeições.
Febre: 40 a 80g de folhas por litro em infusão.
Garganta; tosse: Xarope: esmagar ao máximo algumas amoras negras e recolher o suco em
um recipiente de alumínio esmaltado ou de vidro. Adicionar açúcar numa quantidade que tenha
o dobro do peso do suco e colocar em fogo brando. Quando esta mistura adquirir a
consistência de xarope, deixá-la esfriar e guardá-la num vidro bem fechado, conservando-o em
local fresco e escuro. Para as inflamações da garganta, devem-se diluir duas colherinhas do
xarope em um cálice de água morna, empregando-a em gargarejos.Em caso de tosse, dissolver
uma colherinha do xarope em uma xícara de água quente e tomá-la.
Bom para inflamações de garganta e da boca. Fazer bochechos e gargarejos com o suco fresco
dos frutos.
Inflamações da boca: espremer alguns punhados de amoras, ainda que não totalmente
maduras, recolhendo o líquido em uma tigela. Fazer bochechos freqüentes com este suco
diluído em pouca água.
Intestinos (prisão de ventre): Decocção (laxativa): em meio litro de água, ferver 15g de
raiz e casca de amoreira misturada. Quando o líquido ficar morno, filtrá-lo e adoçá-lo com mel.
Beber metade pela manhã, em jejum, e o restante à noite, antes de deitar. Para obter-se um
laxativo de efeito mais rápido, deve-se aumentar em até o dobro a quantidade de casca e raiz,
ou seja, 30g das cascas e raízes misturadas, regulando-se quantidade de acordo com as
reações do organismo a este tipo de purgante. Também os frutos ingeridos frescos e
temperados com um pouco de açúcar, especialmente da variedade negra, ajudam no
funcionamento do intestino. Os Frutos em geral são: tônico, laxante. Para um Laxante simples:
comer os frutos lavados de manhã em jejum.
Pele (dermatoses, eczema, erupções cutâneas): Cataplasma: colocar um punhado de
folhas frescas de amoreira, depois de lavadas e enxugadas, em um recipiente com uma ou
duas colheres de água, aquecendo-o até o líquido evaporar. Estender as folhas sobre uma gaze
esmagá-las um pouco fazendo sair todo o líquido e aplicá-las quentes (mas não ferventes)
sobre a região afetada. Quando a compressa esfriar, renová-la mais duas vezes.
Pressão sanguínea alta: Infusão: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira em
meio litro de água fervente. Depois de morno, filtrar o líquido, bebê-lo em cálices no decorrer
do mesmo dia em que foi preparado. As Cascas também servem para essa finalidade e poderá
ser infusa para adquirir os efeitos: anti-reumático, reduzir a pressão sanguínea; analgésico.
Folhas: antibacteriana, expectorante, sudorífero.

Contra-indicações:
Não se deve consumir o fruto em caso de diarréia. Não se devem administrar as folhas nem
raízes no caso de debilidade ou "frio" pulmonares. Em caso de dúvida deve-se recorrer ao
médico.

Propriedades Energéticas:
Planetas: Marte (amora), Mercúrio (amora silvestre) e Júpiter; Vênus (amora preta).
Elemento: água (amora e amora preta) e ar (amora silvestre)
Energias: proteção (amora branca), dinheiro e sexo (amora preta); sabedoria, fertilidade e
consciência psíquica (amora silvestre).
Deuses: Flora, Minerva, Pomona, Piramus, Thisbe e San Ku Fu Jen. Associada a lendas
clássicas dos amantes.
Banho: revigorante.

As amoras, nativas da América e da Europa eram comidas pelos índios muito antes de serem
apresentadas aos peregrinos.
Na Roma antiga as amoras silvestres eram consagradas a Minerva, o que a remete como fruto
da Sabedoria.
Adivinhação: na magia acadiana as amoras silvestres eram comidas antes dos atos de
adivinhação para melhores vislumbres do futuro.
O desejo: as amoras silvestres também foram usadas em várias culturas para a fertilidade.
Boa para encantamentos para a saúde, dinheiro e proteção.
As amoras pretas são tradicionalmente comidas durante os festivais de colheita.

Um parente próximo da amora está no Havaí, o Ohelo (vaccinium reticulatum) cresce como
plantas curtas e são encontradas em altitudes elevadas. O suculento fruto vermelho, cujo sabor
é como o das amoras, entretanto sendo mais doces, são transformados em geléias e são o
ingrediente principal da famosa torta de grãos ohelo, servida nos domínios do vulcão, na beira
da cratera do Kilauea na grande Ilha.

Candomblé:
Orixá: Exu.
Planta que armazena fluido negativo durante todo o dia e os solta ao entardecer, é usada pelos
sacerdotes no culto a Eguns / Yombes.
É usada para limpeza de Inzo Mvumbe ou Eguns. Aconselha-se a cruzar todo o território da
Inzo com os seus pés, se possível cercando toda a sua extensão.
Na umbanda pertence a falange das crianças.

Amoreira – Amora

Uso Litúrgico: Pertence a Exu e a Egun.

Esse vegetal armazena fluidos negativos, soltando-os em derredor, ao declínio do


sol. Obtivemos informações satisfatórias ao inquirir alguns sacerdotes respeitados,
possuidores da planta em redor do egbé (terreiro). Das amoreiras retira-se varas,
que os sacerdotes do culto Egun chamam de Inxã. É kijila do orixá Xangô.

Magias com Amora:


1) Numa noite de lua cheia, ofereça ao amado um pedaço de torta de amora com uma taça de
vinho tinto. O efeito será logo sentido.
2) Se você necessita um novo amor, nada melhor do que tomar uma xícara de chá de amora,
durante vinte e oito dias, antes de se deitar.

Curiosidades:
A amora é cultivada pelas suas folhas que são o alimento exclusivo do bicho da seda. A cultura
da amora se estendeu pelo mediterrâneo junto da qual se cria o bicho da seda. Árvore que
atrai pássaros, especialmente beija-flores, que nidificam entre sua fronde.

Propriedades Culinárias
Os frutos são utilizados em: xaropes, geléias, licores e tortas.
Xarope: esmagar os frutos para obter suco; filtrar e pôr em fogo brando; acrescentar açúcar
na proporção do dobro do peso do suco. Deixar engrossar até consistência de xarope e guardar
em garrafas esterilizadas, bem fechadas.
Princípios ativos: Morus Alba: adenina, proteína, sais, glicose, flavonóides, cumarina,
taninos; Morus nigra: adenina, glicose, asparagina, carbonato de cálcio, proteína, tanino,
cumarina, flavonóides, açúcares; ácido málico, matérias albuminóides e pectínicas, pectosa. Os
frutos contém vitaminas A, B1, B2, C. Os frutos maduros contêm 9% de açúcares (frutose e
glicose), ácidos málicos (em estado livre 1,86%), matérias albuminóides e pectínicas, pectosa,
goma e matérias corantes com 85% de água.

Fontes: A Cozinha de Afrodite – Márcia Frasão.


Ruth Stuart – Grupo TSP.
Tradições Afro-brasileiras.
Enciclopédia de Wicca na Cozinha – Scott Cunningham.

Amora é o nome popular dado a diversas frutas de formato semelhante mas


pertencentes a gêneros e mesmo famílias botânicas diferentes.

São elas:

amora-branca:

Maclura tinctoria, Moraceae, árvore dióica, nativa do Brasil. Também chamada taiúva.
Morus alba, Moraceae, árvore mono ou dióica, nativa da China.
Rubus erythrocladus Rosaceae, arbusto, nativa do Brasil. Também chamada amora-
verde e amora-do-mato.

amora-preta:

Morus nigra, Moraceae, árvore geralmente dióica, nativa da China e Japão.


Rubus sellowii, Rosaceae, arbusto, nativa do Brasil. Tambám chamada amora-do-
mato.
Rubus ulmifolius Rosaceae, arbusto, nativa da Europa e América do Norte.

amora-vermelha:

Rubus rosifolius, Rosaceae, arbusto ou sub-arbusto, nativa do Brasil. Também


chamada moranguinho-silvestre.

...Folha de amora:

O chá dessa folha que pode servir como um tratamento alternativo para as mulheres
que fazem reposição hormonal. Ele ajudar a aliviar os sintomas da menopausa, mas
não substitui o tratamento indicado pelo ginecologista à base de hormônios.

Não se toma banhos com folhas de amoras, evitar passar embaixo do pé de amora
( pertence a Babá Egun )

Isan - Amoreira
PErtence a Oya, Egum (Ilè Ibo aku) e Egungun estritamente
Desta folha se faz o Ixan, bastão ritualistico que tem o poder de controlar os ancestrais
quando presentes no Aiye, bastão este que só pode ser retirado e tratado ou pelo
Olossanyin, ou pelos Sacerdotes do culto de Egungun e semelhantes.

Podem ser adminitradas em gargarejos, com cautela, contra aftas e inflamações nas
amigdalas. Ochá é bastante utilizado no combate a diabetes.
as flores no tratamento de infecções renais, e os frutos contra o reumatismo, artrite,
gota e estados febris.

É uma planta muito negativa, não falo de seus frutos.


Se ficar por muito tempo debaixo de uma arvore voce acaba se sentindo pesado.
Sim é uma arvore ligada direto a egun!
-contam que os eguns se reunem ao entardecer em suas sombras

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