Ervas (Coletánia)
Ervas (Coletánia)
Ervas (Coletánia)
Coletânea de ervas e frutos que beneficiam o Ser Humano, toda folha tem uma
finalidade, aqui deixo um pouco dessa coletánia a todos
ABACAXI
A fruta, a casca e mesmo as folhas são desobstruentes do fígado; favorecem a
digestão, são depurativos do sangue e combatem a prisão de ventre. Além de
refrigerante geral, os seus xaropes são benéficos nas doenças respiratórias,
bronquites e dores de garganta. É desaconselhável durante a gravidez e nas
doenças cutâneas.
ABIU ABIEIRO
Uso Litúrgico: Árvore de Oxum e Obaluayê.
Registramo-la em função do crédito popular que nos tem chegado ao conhecimento.
ABÚTUA, A raiz e o tronco são as partes usadas. Muito útil nas dificuldades da
menstruação atrasada, cólicas e nas febres intermitentes.
ABSINTO, Planta mágica de influencia do planeta Marte, usada nos rituais tanto de
depuração das forças negativas como para invocação de forças demoniacas e
infernais. Muito apreciada na antiguidade. Dizem os varios magos que tambem é um
excelente afrodisiaco usado em forma de perfume. Não é uma planta comestivel nem
para consumo em forma de bebida, pois produz alucinações e envenenamento.
Favorece a clarividencia e tambem, para proteção e amor.
Um ótimo estimulande, em pequenas doses. Ameniza a anemia e descarrega a bílis.
Uma boa receita é fazer um chá com hortelã e canela. Evitar na gravidez e na
lactação, é emenagogo.
ABÚTUA, A raiz e o tronco são as partes usadas. Muito útil nas dificuldades da
menstruação atrasada, cólicas e nas febres intermitentes.
ACÁCIA JUREMA
Uso Litúrgico: Planta que pertence ao Orixá Oxossi.Usada em banhos de limpeza,
principalmente do filhos do orixá da caça. Há quem a utilize nas defumações. Das
cascas da raiz deste vegetal é que os índios fazem a bebida que os catimbozeiros
chamam cauim ou ajucá. A referida beberagem resulta da infusão ou decocção da
casca. Dizem os índios que, depois de bebê-la, se sentem transportados ao céu. As
folhas da planta entram nas obrigações.
ACANTO (Acanthus mollis). - Planta perene. Suas folhas cheias de suco mucilaginoso
são aperitivas, emolientes e muito eficazes para curar toda sorte de queimaduras.
Desconhecemos suas propriedades mágicas, se é que as tem. Planeta: Marte.
ACÔNITO (Aconitum napellus). — Os leigos no assunto não devem fazer uso desta planta
em matéria medicinal, pois oferece graves perigos.
Botânica oculta: É fria e seca. Emprega-se (misturada com arruda, açafrão e aloés)
em fumigações para afastar os maus espíritos. É uma das doze plantas dos Rosa-
Cruzes. Os gregos diziam que esta planta nascera da baba de Cérbero, quando
Hércules o tirou dos infernos. Atribui-se-lhe a virtude de fazer renascer o pelo.
Planeta .Saturno.
AÇOITA CAVALOS
Sinônimos: Luhea grandiflora, Ivitinga, mutamba-preta, caa-abeti, papeá-guaçu. O Uso
Litúrgico: É planta do Orixá Ogum.Extraordinária nos efeitos e de grande aplicação
nas obrigações, nos banhos de descarrego e nos sacudimentos pessoais ou
domiciliares.
ACÔNITO (Aconitum napellus). — Os leigos no assunto não devem fazer uso desta planta
em matéria medicinal, pois oferece graves perigos.
Botânica oculta: É fria e seca. Emprega-se (misturada com arruda, açafrão e aloés) em
fumigações para afastar os maus espíritos. É uma das doze plantas dos Rosa-Cruzes. Os
gregos diziam que esta planta nascera da baba de Cérbero, quando Hércules o tirou dos
infernos. Atribui-se-lhe a virtude de fazer renascer o pelo. Planeta .Saturno. Signo zodiacal:
Capricórnio.
AÇUCENA RAJADA-Cebola_cencém Uso Litúrgico: Pertence ao Orixá Ogum, e o
bulbo, a cebola, a Exu. Aplica-se no ritual apenas o bulbo, que se parece com uma
grande cebola. O nome, no meio afro-brasileiro, é cebola-cencém. O uso desta cebola
é nos sacudimentos de domicílio, residência ou local de trabalho. É empregada
cortando-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os cânticos de Exu, espalha-se pelos
cantos dos cômodos e embaixo dos móveis. Encerra-se cantando para Ogum e
despacha-se Exu. É providência infalível para descobrir-se falsidades e objetos
perdidos.
AGÁRICO (Viscum album). — Tão famosa na antiguidade, hoje em dia esta planta está
relegada quase ao esquecimento. A ciência médica prescinde dela, e, no entanto, possui
algumas qualidades terapêuticas bastante apreciáveis, pois é sabido que dá excelentes
resultados em diversas doenças nervosas, como, por exemplo, nas convulsões e na
epilepsia. Em ditas doenças se emprega o agárico na forma de decocto. Obtém-se,
fervendo, durante quinze minutos, 5 gramas de material triturado, em meio litro d'água.
Dose: uma chavenazinha cada quatro horas. Segundo Plínio, a infusão do agárico, tomado
no final do período menstrual, facilita a concepção e combate a esterilidade, em muitos
casos.
AGONIADA
Uso Litúrgico: Pertence a Obaluayê e Omulu. É parte de todas as obrigações do deus
das endemias e pidemias. Usada nos ebori, nas lavagens de contas e na iniciação.
Muito útil nos banhos de purificação dos filhos-de-santo, limpando-os de fluidos
negativos.
Agrião Uso Litúrgico: É planta do Orixá Ogum. Excelente alimento. Entra em nosso
trabalho em razão da aplicação medicinal popular.
ALCAPARREIRA
Uso Litúrgico: É muito usada nos terreiros ijexá e oyó no Rio Grande do Sul. Pertence
a Yemanjá e a Oxumarê. Este vegetal é encontrado nos terrenos rochosos ou
pedregosos de todo o litoral brasileiro, principalmente a variedade galeata que passa
por planta marinha. Entra nas várias obrigações do ritual, utilizando-se folhas e cascas
verdes. Muito prestigiada nos abo de preparação dos filhos, para obrigação de cabeça
e nos banhos de limpeza.
AIPO
Uso Litúrgico: É erva de Egun; tem aplicação em banhos de descarrego. É oportuno
dizer-se que há milênios essa planta sempre fora destinada aos mortos. Plutarco
afirmava que era planta fúnebre, sendo detinada, na Grécia, a adornar os
monumentos dos que morriam na Guerra. Nos jogos ístmicos os triunfadores recebiam
coroas de aipo seco; da mesma planta, porém verde, faziam as coroas destinadas ao
vencedor nos jogos nemeanos. Hércules foi representado algumas vezes coroado de
aipo. Este vegetal tinha a propriedade de tornar fogosos os cavalos e de evitar que
eles adoecessem. Os banhos são também energéticos.
AKOKO
Folha a quem pertence a todos os orixás e ancestrais ( folha do ar )
não é nativa do Brasil mas foi trazida pelos os antigos escravos , é originaria do
continente africano ( folha de grande poder de ligação entre aiye e orum , sendo
que de seu pau principal é que se confecciona o opasóro de osala e suas folhas
são a que dão dignidade e serve para coroar e ordenar sacerdotes do culto de
orisa ,pois sem ela não e tido como valido a coroação ou ordenação sacerdotal ,
isto é se não colocar no ori de um rei ele não é considerado um rei e isto também
deve ser feito quando numa obrigação de posto ou oyé ( obrigação de 7 anos de
orisa )
Ela é considerada árvore da abundancia, da prosperidade. Seus galhos enterrados
brotam com facilidade, suas folhas sao utilizadas nos rituais de iniciaçao e banhos
para todos os iniciados, independentemente de qual seja o seu orixa. Suas folhas sao
espalhadas no barracao nos dias de festa. O Akoko é utilizado no culto aos Orixas e
no culto aos ancestrais, egungum..
ALAMANDA
Ligada aos Deuses Obaluayê e Oxun. É muito usada para banhos de descarrego. Na
medicina caseira é muito usada nos tratamentos das doenças de pele, sarna
(coceiras), eczemas e furunculose.Usa-se uma loção feita com as folhas cozidas.
ALECRIM DA HORTA
Uso Litúrgico: Planta pertencente ao Orixá Oxalá. É um vegetal de pequeno
crescimento, aromático, que entra em obrigações de cabeça de filhos dos vários
orixás. Tem bastante emprego no ritual. Defumações pessoais e de ambientes,
banhos de descarrego; é parte indispensável dos abôs. É eficaz afugentador de eguns
e destruidor de larvas astrais.
ALECRIM DE CABOCLO
Uso Litúrgico: É de Oxalá, mas exigido nas obrigações de Oxossi. As mesmas
serventias que das outras espécies, nas cerimônias do ritual. Este tipo de alecrim tem
as folhas muito parecidas com as do alecrim-da-horta. A diferença entre as duas
espécies é que o de caboclo chega uma altura de dois a três metros,
aproximadamente.
ALECRIM DE TABULEIRO
Uso Litúrgico: Pertence ao Orixá Oxalá. É um alecrim diferente das outras espécies.
Existente no nordeste, mais particularmente no Rio Grande do Norte, onde prolifera
assombrosamente.
Existem em vários planaltos de pouca elevação, geralmente arenosos, acidentes
topográficos que o brasileirismo chama de tabuleiro. É o habitat do interessante
alecrim que o povo acrescenta o agnome de tabuleiro, em razão do acidente
topográfico a que antes nos referimos. Tem integral aplicação em obrigações, nos abo
e é um maravilhoso afugentador de larvas astrais, razão porque deve-se usa-lo nos
defumadores, quer pessoais, quer das casas de culto.
ALECRIM DO CAMPO
Alecrim-do-mato Uso Litúrgico: Pertence a Oxalá. É uma plantinha que nasce e se
desenvolve espontaneamente em qualquer parte. Tem as folhas largas. Seu uso se
restringe a banhos de limpeza. É muito usado nas defumações de terreiros de
Umbanda.
Alevante – Levante Uso Litúrgico: Pertence aos orixás Oxalá e Xangô.Entra em todas
as obrigações de cabeça, nos abo e nos banhos de limpeza de filhos-de-santo. Esta
planta, tão usada e conhecida por toda a gente do culto obediente ao ritual Jeje e
Yorubá tem este nome popular. É uma espécie de hortelã de folha grande e lisa. O
que é verdade é que a característica que a diferencia da hortelã-da-hora é a grande
folha lisa. Tem, entretanto, a qualidade de ser aromática.
ALFACE
Uso Litúrgico: Esta planta entra nas lendas gregas. Conta-se que Vênus, a fabulosa
deusa, quis um dia esconder Adonis, filho de Mirra, e para isso acomodou-o num pé
de alface, cobrindo-o com as folhas da referida planta. Deste modo protegeu o filho de
Mirra por longos anos. Vários observadores e estudiosos relacionam a alface como
planta fúnebre, aludindo a que os gregos organizavam repastos, dos quais a alface era
alimento principal, em homenagem aos mortos.Assim, a alface passou para a cultura
africana como planta de Egum e de Yansã. Usa-se a alface como folha sagrada de
Yansã e empregada nas obrigações de Egun.Utiliza-se a planta, também, no
envultamento, lançando-se mão de dinheiro do envultado. Na magia imitativa, arria-se
em uma travessa de louça, bem no centro, um pé de alface, do qual só se tira a raiz,
cortando rente ao pé e completa-se o restante da travessa usada com folhas de outro
pé e rodelas de cebola (na Umbanda). No centro do pé de alface que temos em meio
da travessa, abrindo-se as folhas que estão fechadas cautelosamente para que não
quebrem, coloca-se em um papel escrito o que se deseja fique oculto pelos Eguns. Ao
lado, em um prato raso ou panela de barro, média, serve-se um acaçá, descoberto, no
prato ou, se preferir, um matete de milho, na panela média, o que se destina à
alimentação dos Eguns.É também utlizada em sacudimentos.
ALFAVACA DE CHEIRO
Alfavaca-de-horta Uso Litúrgico: É planta do Orixá Oxalá. Emprega-se este vegetal em
obrigações de cabeça, quaisquer que sejam os orixás do filho a submeter-se.
Emprega-se a alfavaca-de-horta em banhos de limpeza de qualquer iniciando.Usa-se
na cozinha do orixá, como tempero.
ALFAVACA DE COBRA
Uso Litúrgico: Planta herbácea pertencente ao Orixá Oxum.Participa de todas as
obrigações de cabeça. No abo também é usada, dormindo o filho com a cabeça
coberta. Retira-se esse emplasto antes das doze horas do dia seguinte. Depois dá-se
um banho de purificação, com as ervas dos orixás.
ALFAVACA DO CAMPO
Uso Litúrgico: Pertencente a Oxóssi. Planta também conhecida, na Bahia, como
quióiô, e em muitos outros lugares como remédio de vaqueiro.Emprega-se nas
obrigações de cabeça, nos banhos de descarrego e nos abo dos filhos do orixá a que
pertence.
Alfavaca-roxa Uso Litúrgico: É planta sagrada de Xangô e Obaluayê.Emprega-se em
todas as obrigações de cabeça e nos abo dos filhos destes orixás. Usa-se em banhos
de limpeza ou descarrego.
Alfazema Uso Litúrgico: Emprega-se em qualquer obrigação de cabeça, as folhas
verdes, qualquer que seja o orixá. É aplicada nas defumações de limpeza de
ambientes e nas pessoais. Usada, também, na magia amorosa em forma de perfume.
Tem aplicação indispensável na lavagem do jogo de búzios, que deve permanecer
uma noite inteira no banho ou abo, preparado com o cozimento das folhas.
ALFAZEMA DE CABOCLO
Uso Litúrgico: Pertence aos Orixás Oxossi e Ogum. Trata-se do vegetal apelidado
como jureminha, em todo o Estado do Rio de Janeiro. Realmente, a grosso modo e a
uma pequena distância, a jureminha dos fluminenses é muito parecida com a jurema
branca que Martius denominara acácia-jurema, não só pelas folhas, mas também
pelos simulados espinhos, que se constituem dos raminhos que secam e ficam
espontados. Deste modo, em se tratando de vax populis, adotemos como sinônimo da
alfazema-de-caboclo a denominação jureminha. Ritualisticamente usamos a jureminha
em todas as obrigações de cabeça, nos banhos de limpeza ou abo e nas defumações
pessoais ou de ambientes, profanos ou sagrados.
ALGODÃO - Algodoeiro
Uso Litúrgico: Planta consagrada a Oxalá. Empregam-se as folhas nas obrigações de
cabeça e nos banhos de limpeza ou abo. Qualquer que sejam os orixás do filho ela é
indispensável. Os bantus chamam-na muginha e os índios apelidaram-na de amamiu.
O algodão, que é o fruto, usa-se para forrar os assentamentos do orixá. Oxalá e a
cobertura das obrigações se faz com o algodão em rama.
ALMEIRÃO
Rico em vitamina A e C. Indicado para falta de apetite, usado cru em saladas ou
ligeiramente refogado.
VIDA
Curiosidade <<<< nas pirâmides de Gisé,existem um depoimento de Heródoto ,
onde diz que dava alho aos escravos para que os mesmo tivessem forças para
trabalhar ,na antiga Roma , o alho era conhecido entre os soldados como símbolo
das virtudes militares e na \Rússia fora utilizado como dinheiro( moeda ) o alho é
conhecido na arte culinária , como um dos principais temperos , sendo utilizados
em todos os tipos de carne , molhos ,saladas e fritos em geral ETC;
AMEIXA
Poderoso laxante. Indicada contra prisão de ventre, sendo, neste caso, consumida
seca.
É rica em potássio, fósforo, cálcio e minerais. Para problemas do estômago faz-se um
licor digestivo de ameixa: cozinhar em dois litros e meio de vinho branco, 20 ameixas
frescas sem casca e sem caroço. Depois de quinze minutos apagar o fogo,
adicionando não mais de 3 gramas de casca de canela e deixar macerar. Após três
dias, filtrar o liquido, adicionar meio quilo de açúcar e colocar no fogo, deixando ferver
por alguns minutos. Esperar esfriar totalmente e adicionar meio litro de álcool a 90
graus e colocar em uma ou duas garrafas. Tomar um cálice após as refeições.
AMENDOEIRA
Seus galhos são usados nos locais em que o homem exerce suas atividades
lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grande
quantidades causam diarréia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de
amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de
amaciar a pele.
AMIEIRO (Betulo nigra). — Esta planta oferece a circunstância de que suas folhas se
tornam brancas, quando a atmosfera se dispõe a chover. Assim sendo, constitui perfeito
barômetro natural.
Botânica oculta: O carvão desta madeira se emprega para traçar os círculos mágicos
nas evocações diabólicas.
AMOREIRA
Uso Litúrgico: Pertence a Exu e a Egun. Esse vegetal armazena fluidos negativos,
soltando-os em derredor, ao declínio do sol. Obtivemos informações satisfatórias ao
inquerir alguns sacerdotes respeitados, possuidores da planta em redor do egbé
(terreiro). Das amoreiras retira-se varas, que os sacerdotes do culto Egun chamam de
Inxã. É kijila do orixá Xangô.
ANGELICA
Uso Litúrgico: Pertence a Oxalá. Muito reduzido o seu uso ritualístico.Registramos,
apenas, o uso da flor como espantalho de influências malignas e neutralizante de
emissão de ondas negativas.Tem aplicação na magia do amor, propiciando ligações
amorosas. Usa-se a flor como ornato e dá-se de presente, na vibração do que se quer.
ANGELICÓ – Mil-homens
Uso Litúrgico: É planta de Xangô e Oxumarê.Pelo Brasil afora são várias as
denominações dadas ao angélico.Os sinônimos mais conhecidos são jarrinha, papo-
de-peru, cipó-mata-cobras, capa-homem e mil-homens.Tem grande aplicação na
magia de amor, em banhos de mistura com manacá(folhas e flores), para propiciar
ligações amorosas, aproximando os do sexo masculino.
ANIS DOCE –
Funcho Uso Litúrgico: Erva sagrada pertencente a Oxalá.Empregada em todas as
obrigações de cabeça, nos abo e em banhos de limpeza. Usa-se, do mesmo modo,
para tirar mão de Vumbi.
ANIS ESTRELADO
Badiana Uso Litúrgico: Planta de Oxalá. Não há restrição no uso desta planta
odorizante.Poucas vezes presenciei sua aplicação, em folhas, nas obrigações de
cabeça referentes a Oxalá ou Lemba Di Lê (Angola). Talvez se deve isso à dificuldade
de encontrar a planta, que é pouco cultivada em alguns Estados. Todavia, é fora de
dúvida sua aplicação em todas as obrigações principais.
ANTÚRIO - Zanga-tempo
Uso Litúrgico: Planta do Inkice Ktembo.
Aperta-ruão Uso Litúrgico: É planta de Xangô, conhecida em alguns lugares como
falso-jaborandi.Os babalorixás a utilizam nas obrigações de cabeça; usamos, no caso
de filhos do orixá do trovão, a nega-mina. O nome da planta deve-se ao fato de servir
o caule para açoitar animais e, em tempos idos, açoitar escravos.
ARAÇÁ - Araçá-de-coroa
Uso Litúrgico: Vegetal pertencente a Oxossi e a Oxalá. As folhas são aplicadas em
quaisquer obrigações de cabeça e nos abo. Usadas de igual sorte nos banhos de
purificação.
ARAÇA DA PRAIA
Uso Litúrgico:Planta arbórea que pertence a Oxossi e Yemanjá.Participa das
obrigações de cabeça, dos abo e dos banhos de purificação dos filhos dos orixás a
que pertence.
ARAÇA DO CAMPO
Uso Litúrgico: Planta conhecidíssima em todo lugar. Pertence ao Orixá Oxossi e é
aplicada em banhos de limpeza ou descarrego e em defumações de locais de
trabalho.
ARAPOCA BRANCA
Uso Litúrgico: Vistoso arvoredo pertencente a Ogum e Oxum. Empregadas, as folhas,
nas obrigações de cabeça e nos abo.
ARNICA MONTANA
Uso Litúrgico: É planta do Orixá Oxum. Pouca aplicação se tem visto na Umbanda e
no Candomblé.
Aroeira Uso Litúrgico: É poderoso e extraordinário vegetal pertencente a Ogum, e em
alguns terreiros de Candomblé pertence a Exu. Aplica-se nas obrigações de cabeça,
nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras.
Participam também do cozimento das ervas (sem ir ao fogo) o pinhão-roxo e o são-
gonçalino ou açoita-cavalos e a vassourinha-de-relógio. Excelente quando se
despacha um egum em alguém.
AROEIRA
Ligada aos Deuses Exu, Ogum e Logun-Éde. O banho forte serve para descarregar
energias negativas e lavar instrumentos e latares , visando sua purificação das larvas
astrais danosas.
Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a Exu e tem aplicação nas
obrigações de cabeça, nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas
purificações de pedras. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a
cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital.
Também é de grande eficácia nas lavagens genitais.
ARREBENTA CAVALO
Ligada aos Deuses Obaluayê e Exu. Usada como aroeira, para banhos fortes de
descarrego, do pescoço pra baixo. Participam do cozimento para banho (sem ir ao
fogo), maceradas: O pinhão roxo, são gonçalinho e a vassourinha-de-relógio ( Obs.:
Esta planta difere bastante da outra que possui o mesmo nome. Esta não tem
espinhos, as folhas são denteadas, macias e a planta é leitosa, enquanto que a outra
dá uns frutos arredondados e vermelhos; quando maduros, as folhas e caules sào
espinhosos).
Sinônimos: Solanum agrarium, melancia-da-praia. Emprega-se exteriormente
toda a planta em infusão, para curar panos e manchas na pele, furúnculos,
urticária. Usar doses fracas, pois na opinião do Dr. Barbosa Rodrigues toda
a planta é venenosa, quer para o homem quer para os animais. Os cavalos,
quando comem os frutos, morrem, e as vacas, se não morrem, transmitem pelo
leite as propriedades tóxicas da planta. Usa-se apenas externamente em doses
fracas.
ARROZ - Sinônimo: Oriza sativa. - O arroz escuro, natural, integral, sem polimento,
é o alimento perfeito. Tem sido há muitos séculos o alimento básico de
vários povos orientais. Cada grão de arroz integral contém todos os naturais
sais minerais, vitaminas, proteínas e compostos orgânicos que produzem as
gorduras, necessárias para a nutrição do homem" Diz o Dr. George Ohsawa, o
Papa da macrobiótica no Ocidente. Há cerca de uns oitenta e poucos anos,
depois da invenção alemã das máquinas polidoras "Engelberg" que despojam
cada grão de arroz de seu revestimento protetor e transparente externo,
transformando-o assim no chamado arroz refinado e polido, foi que o arroz
branco apareceu e entrou na moda, pulverizado de talco e revestido de
parafina... - Despojado de suas cascas protetoras, o arroz branco, que não
pode ser armazenado sem o uso de aditivos químicos, possui apenas hidratos
de carbono perecíveis. - Mas o arroz integral - hoje tão difundido, continua
com suas maravilhosas propriedades curativas. É emoliente, desinflamante do
tubo digestivo. Cura os intestinos, especialmente o duodeno, livrando-o de
vermes. Eis uma receita simples do antigo Oriente. Coma um punhado de arroz
integral cru, pela manhã, mastigando-o cem vezes, pouco a pouco. Fazendo
isto após alguns dias ficará admirado com os resultados. - A água de arroz
desinflama o tubo digestivo e é boa, por isso, para as crianças. Arroz
cozido usa-se para cataplasmas, abcessos, inflamações, eczemas.
ARRUDA
Nome Popular: Arruda – comum, arruda – dos – jardins, arruda – fedorenta, ruta, ruta
– de – cheiro – forte, arruda – doméstica, erva- arruda.
Farmacologia: Tem ação emenagoga, sudorífica, anti – helmíntica, anti –
hemorrágica, abortiva, carminativa, antiespasmódica, diaforética e estimulante.
A rutina aumenta a resistência dos capilares sangüíneos, evitando sua ruptura e
blenorragia. Provoca uma leve contração de útero (ela congestiona este órgão),
estimula as fibras musculares, provocando-lhes a contração. Pode levar a hemorragia
grave.
Riscos: Seu uso durante a gravidez é contra – indicado.
O seu uso externo por pessoas com pele sensível é contra – indicado.
Pode levar a hemorragia em mulheres grávidas, provocando o aborto.
Usada em todos os rituais e principalmente em banhos para cortar inveja, olho-grande,
benzimentos, lavagem de contas. Esta planta na Bahia é usada para se fazer
amuletos, patuás, figas e cruzes. Na medicina caseira, usada contra vermes e
reumatismo. O sumo macerado é utilizado para fechar feridas (excelente cicatrizante)
ASPARGO
O aspargo deve ser ingerido ao natural, já que quando cozido pode irritar os rins,
tornando contrário o seu efeito de limpa-los. É indicado nas doenças do fígado, do
baço e estômago. Nos problemas do coração combate a hipertrofia e acalma as
palpitações. Para o coração se faz uma decocção fervendo 50gr de raízes de aspargo
em um litro de água, deixando em repouso até esfriar. Tomar três cálices por dia, entre
as refeições principais sem adoçar. Ainda pode ser usado em regimes de
emagrecimento fervendo em três quartos de litro de água, 40gr de raízes de aspargo.
Bebe-se pela manhã em jejum e durante todo o dia. Esta mesma decocção pode ser
administrada a pessoas nervosas e excitáveis.
AZEITONA
Uma curiosidade sobre a oliveira. Conta-se que Atenas, a deusa grega da sabedoria,
fez nascer de uma lança a oliveira; os frutos dessa árvore, além de alimentarem o
homem, produziriam um óleo para temperar sua comida, fortalecer seu corpo, curar as
suas feridas e iluminar sua noite.
A azeitona tem grande teor de gordura e sais minerais, devendo ser consumida com
cautela.
Azevinho
Uso Litúrgico: É erva sagrada de Exu.Planta européia muito utilizada na magia-branca
ou negra. Os clássicos livros da Bruxa e o de São Cipriano, em várias passagens,
mostram como esse vegetal era empregado nos pactos com entidades demoníacas.
BABOSA
Uso Litúrgico: É de Obaluayê e Ogum. Há uma outra classificação como aloés
saponaria – Haw. Planta conhecidíssima como babosa, azevre, azebre.Vegetal muito
usado no ritual de Umbanda, indicado nas defumações pessoais. Com a folha da
babosa custa muito a secar, em virtude da abundante mucilagem (gosma contida no
corpo das folhas) lançamos mão da piteira (furcraea giganta) que oferece, sempre,
folhas secas para uso imediato
BELADONA (Atropa belladona). - Fria e úmida. Esta planta é muito ativa e, como o
acônito e o Meimendro, seu emprego deve ser dirigido por um médico. Botânica
oculta: Tem propriedades muito semelhantes ao meimendro e é outra das várias
plantas que entram na composição da pomada das bruxas. Suas folhas secas e
trituradas e misturadas ao açafrão e cânfora constituem um perfume mágico para
afugentar as larvas do astral. Saturno. Vênus. Escorpião
BANANA Ógédé,
Suas folhas são utilizadas, na preparação de Acaçá, Abará e Ekuru. Além de ser um
excelente alimento, a banana contém propriedades vitaminizantes, mineralizantes e
antianêmicas.
Bastante nutritiva e regulariza as funções do intestino. O suco da banana São Tomé é
particularmente indicado contra a diarréia. Emprega-se o suco das flores nas afecções
do peito. Do tronco se extrai a seiva que é indicada para a laringite, as aftas, tônico
capilar e soro antiofídico, por sua maciez, doçura e sabor agradável é muito utilizada
no Ibori, e como Adimu aos Orisa, sua finalidade de converter algo árduo em fácil,
duro em flexível, amargo em doce.
Originária da Ásia ou da África. É considerada uma erva gigante. O caule é um rizoma
subterrâneo. A parte aérea é constituida quase que exclusivamente de folhas cujas
bainhas superpostas formam um pseudocaule.Por dentro, o pseudo caule é percorrido
por um eixo que representa o pendúculo da inflorecência, que é complexca, pois na
metade as flores são híbridas. Na extremidade somente são masculinas e na parte
basilar femininas, que vão constituir o cacho de fruto que, de acordo com a variedade
cultivada, não tem sementes. A banana maçã é a mais aprecida em razão do seu
sabor doce e agradável e o aroma lembra uma maçã. Apresenta concreçõs na parte
carnosa que se torna endurecida, o que desvaloriza. A banan nanica é de pouco
crescimento, mas de grande produção e frutos maiores, com cachos de cerca de 50
bananas, sendo a mais rendosa. O fruto da banana ouro é pequeno, e a polpa branco-
creme ou amarelo-ouro é doce e perfumada. Tem a casca muito fina o que torna um
empecilho para a exportação. A banan prata tem a polpa branca brilhante na periferia
e creme-claro no centro, sendo a casca fina e amarela, quando madura. O cacho
contêm de 6 a 8 pencas de 50 a 90 frutos, pentaquinados e de extremidades
pontudas. a banan figo, também denominada banana marmelo, é um fruto grosso,
com polpa dece e macia, de cor ceme-pálida, muito saborosa quando madura, casca e
grossa.
BAMBÚ
Ligada aos Deuses Ogum e Iansâ. Usado as folhas secas com bagaços de cana para
defumações e o banho do pescoço para baixo, contra as influências danosas de
energias de espírtos negativos,.
Sinônimos: Bambusa guada, Bambusa vulgaris. Contra febres; depurativo; a
água e a fuligem branca, nos entrenós, é contra veneno geral; antídoto
universal; hemorragias afecções nervosas; hemorróidas; diarréias;
perturbações do estômago. Os rebentos novos são comestíveis e suas sementes
rico alimento.
O bambu simboliza, na Índia, a amizade, sendo o emblema do fogo sagrado. Sua
madeira é comumente usada em rituais mágicos das tribos melanésias e entre os
Semang da Malaia. No Japão, é tida como sagrada e está ligada ao culto da lua e à
magia lunar. O bambu esta ligado ao culto dos ancestrais (Egungun). Na Casa Branca,
em Salvador, junto ao bambuzal ´´e cultuado Danixo Ezo, especie de ancestral, com
ligaçoes a Oxalá (Osalà), cultuado com fogo e azeite de dende. Nas demais regioes
do Brasil, este culto esta extinto. Na medicina popular o bambu e utilizado contra
febres, afecçoes nervosas, hemorroidas e na impotencia sexual.
BARBA-DE-VELHO OU MUSGO
Ligada aos Deuses Obaluayê e Oxalá. Aplicada nas defumações após os banhos de
descarrego. Na medicina caseira é usada como uso tópico em forma de suco para
combater hemorróidas.
BARDANA (Lappa maior). - Fria e seca. Atua sobre as doenças da pele, úlceras, gota
e sífilis. Dá excelentes resultados nos cálculos de rins e na bexiga, como também nas
cólicas hepáticas. Aplicadas em cozimento, as folhas constituem um notável remédio
contra a tinha. Usa-se em infusão: 25 gramas num litro de água. Desconhecemos suas
propriedades mágicas.
BATATA DOCE, Odunkun é muito utilizada por sua capacidade de renascimento com
só um pedaço do tubérculo debaixo da terra, e por sua propriedade doce é muito
utilizado em Yónu para transformar raiva em afeto, também ofertado a Ori e Obatala
para tornar amargura em doçura, e ainda é muito oferecido na forma de Adimu para
apaziguar a agressividade de Ogun/Logun/Osoosi, Sango, Obaluwaiye, etc.
BAUNILHA VERDADEIRA
Aplicada nas obrigações de cabeça e na tiragem de Zumbi. A medicina popular indica
esta erva no restabelecimento do fluxo menstrual. São usadas folhas e caule, em chá.
Debela as hipocondria, as tristezas e é energético afrodisíaco. É preconizada para pôr
fim à esterilidade.
Calistemo Fênico: É uma extraordinária mirtácea que entra em qualquer obrigação de
cabeça, ebori, feitura de santo, lavagem de contas, tiragem de Zumbi ou tiragem da
mão de cabeça. Medicinalmente é usada em doenças do aparelho respiratório,
bronquites, asma e tosses rebeldes. Aplica-se o chá.
.
Beldroega
Uso Litúrgico: É de Exu e de Obaluayê.Usa-se na purificação das pedras de Orixá e,
principalmente, nas de Exu. A purificação se processa limpando-se a pedra que vai ser
assentada com sabão-da-costa; depois de bem limpa, enxuga-se com todo o cuidado
e fricciona-se com a beldroega e outras ervas exigidas pelo ritual. Essa purificação
varia conforme o caso. Quando se trata de purificar a pedra de Orixá, são empregadas
as ervas correspondentes ao orixá que se vai assentar. A beldroega apenas se usa
para as pedras de Exu.
BOLDO DO CHILE
Parte usada: Folha
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: Planta macerada com água fria, para banhos de limpeza, cama de
Orixá para
Nanã, Oxalá e Oxumaré.
Outros empregos: O chá é utilizado para combater problemas de fígado e estômago.
BUGLOSSA (Anchusa itálica). — O suco das folhas desta planta é excelente para curar as
palpitações do coração. Para isto misturam-se 30 gramas de suco com igual quantidade de
açúcar, até formar uma espécie de xarope. Tomar ao deitar-se, durante alguns dias. As
flores são muito
recomendáveis nas bronquites leves e nos catarros ligeiros. A melhor maneira de
administrar estas flores para ditas doenças é como segue: Em meio litro de água,
ferver 10 gramas de flores e folhas desta planta. Deixar esfriar e coar. Uso: Quatro ou
seis chávenas divididas convenientemente durante o dia. Botânica oculta: Ignoramos
suas propriedades mágicas.
BRINCO DE PRINCESA
Para (Elegbará – Rei dos Exús). Empregada em banhos fortes de descarga contra
energias negativas, preferencialmente numa encrizilhada, tendo-se o cuidado, de
deixar um vela acessa e um copo d´água, em caso, num local mais lato que a cabeça
e fazendo-se uma presce ao seu guia espiritual (firmar o guia).
BRIO DE ESTUDANTE
Ligada aos Deuses Ossaiyn e Ogun. Na medicina caseira é usada em chá, contra a
insônia.
BROCOLOS
Rico em vitamina C, fósforo, potássio e enxofre. É melhor consumi-lo em saladas
cruas para aproveitar todo o seu valor nutritivo. É um ótimo alimento para dietas de
emagrecimento, já que produz uma limpeza geral do organismo e elimina gorduras.
CABAÇA
Sinônimo: porongo: a polpa verde é emoliente e purgativa; é abortiva; 6g por
litro, decocto das sementes é contra nefrites e inchações nas pernas.
CABEÇA DE NEGO:
No ritual a rama é empregada nos banhos de limpeza e o bulbo nos banhos fortes de
descarrego. Esta batata combate reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas e
inflamações vaginais e uterinas.
CABELO DE MILHO
Ligada ao Deus Oxóssi . A aplicação na medicina caseira está no cabelo. Nasce das
espigas ao fruto e às sementes do milho. As espigas são ligadas a Deusa Iansâ. A
espiga usada como Yteque (amuleto), dependura na porta da cozinha ou copa, sem
que lhe retire a palha, fazendo-se uma alça de palha que capeia a espiga e deixando-
se a metade, no sentido do comprimento, descoberta, ficando os gãos à vista. É um
modo de atrair fartura de alimentos.
Obs.: Quando estiver secando, trocar por outra verdinha. Na medicina caseira é usado
como diurético e para cáculos renais (toma-se o chá).
Cabeluda - Bacuica
Uso Litúrgico: Planta arbórea que pertence ao orixá Ogum. Tem aplicação em vários
atos ritualísticos, tais como ebori, simples ou completo e é parte dos abo. Usa-se, de
igual sorte, nos banhos de purificação dos filhos do Orixá. Em muitas casas, os filhos
de Ogum usam-na em banhos semanais de limpeza e descarrego.
Cajá-manga
Uso Litúrgico: Árvore sagrada destinada a receber em sua cepa os assentamentos do
Inkice Ktembo. Vegetal particularmente pertencente à Ossaiyn, deus da flora, dono
das folhas. Apenas quatro empregos. O primeiro já se disse no começo. Utiliza-se nas
obrigações anuais; nos abo anuais de babalossain, e, da mesma sorte, nos abo
aplicados a este sacerdote do Orixá da flora.
Cajá-pequeno - Cajá-mirim
Uso Litúrgico: Árvore majestosa que pertence a Oxalá. Só mesmo poderia reunir em
um vegetal tantas e tamanhas virtudes este orixá. Para o lado místico: é árvore
sagrada. Em sua acolhedora fronde é ponto certo para súplicas e apelos ao orixá
Oxalá através de oração, porque aí é local próprio. Na Umbanda e outros cultos afro-
nacionais tem uso constante em obrigações de cabeça, nos abo de purificação. O abo
é feito à noite e o filho mantém-se de cabeça coberta, retirando a cobertura no dia
imediato, antes de doze horas, após passar por banho de abo, do pescoço para baixo.
Cajerana - Pau-santo
Uso Litúrgico: Planta pertencente a Ogum.No ritual é usada a casca, para construir pó,
que funcionará como afugentador de eguns e para anular ondas negativas.
CAJUEIRO
Sinônimos: Anacardium occidentalis, caju-do-cerrado, cajuzinho do campo, cajuí, caju,
Cassivium pomiferum: - o pedicelo, vulgarmente chamado de fruto, é muito saboroso,
contém grande quantidade de vitamina C, Fruto e castanha são bons contra cansaço
físico e mental; é usado em doces e refrescos. O fruto (castanha) é cáustico contra
úlceras no uso ext. e internamente é afrodisíaco. O sumo dos brotos é bom contra
aftas, gargarejos, tosses cólicas, doenças da pele; a casca do cajueiro para
pedilúvio contra cansaço, dos pés, frieiras. Folhas secas ( em infusão) e a
casca por decocção são boas para diabete e diarréia.
Calistemo-fênico
Uso Litúrgico:Planta de Oxalá e Ogum.É uma extraordinária mirtácea que entra em
qualquer obrigação de cabeça, ebori, feitura de santo, lavagem de contas, tiragem de
vumbi ou tiragem da mão de cabeça.
Camapu - Bate-testa
Uso Litúrgico:Planta buscada no uso dos indígenas e muito conhecida em todo país.É
de Obaluayê e somente aplicada em algumas providências litúrgicas ou ritualísticas.
Usamo-la em banhos de limpeza, preparatórios, aproveitando sua eficácia de
predisposição das faculdades mediúnicas dos filhos ao entrarem para obrigações.
Cambuí-amarelo
Uso Litúrgico: Pertence a Ogum e a Yansã. Somente se aplica em banhos de
descarrego.
Camélia Uso Litúrgico: É planta de Oxalá. Vegetal muito usado na magia amorosa. É
captadora de fluidos positivos, a flor. Usada, aproxima os corações.
Cambucá - Cambucazeiro
Uso Litúrgico: Árvore frondosa e de boa aparência que pertence aos Orixás Ogum e
Yansã. Tem emprego certo nas obrigações de cabeça e nos abo. Utiliza-se em banhos
de purificação, em filhos que se encontram recolhidos ao ariaxé e pertencentes aos
orixás referidos. A planta pertence a dois orixás guerreiros, dois orixás de fogo e, por
isso, compreende-se a utilidade das folhas para um banho de limpeza, anulador de
eguns ou ondas negativas.
Cambuí-amarelo
Uso Litúrgico: Pertence a Ogum e a Yansã. Somente se aplica em banhos de
descarrego.
Camélia
Uso Litúrgico: É planta de Oxalá. Vegetal muito usado na magia amorosa. É captadora
de fluidos positivos, a flor. Usada, aproxima os corações.
CAMOMILA
Indicado para cólicas de crianças, feito chá. É também calmante, antiespasmódico e
sonífero, devendo ser feito o chá na hora de tomar.
Indicado para dores reumáticas, neste caso usa-se as flores secas que são cozidas
em banho-maria no óleo; após duas horas de cozimento, côa-se, e depois de frio
massageia-se com esse óleo as regiões doloridas. Usa-se o chá também para
combater dores abdominais, cólicas intestinais com gases, cistite, inflamações bucais,
conjuntivites.
Canema-coirana
Uso Litúrgico: Pertecente a Obaluayê e entra em qualquer obrigação de cabeça. Por
outro ângulo, usa-se esta planta com absoluto sucesso nos sacudimento pessoais.
Para esse fim colhem-se os galhos do vegetal e com eles se procede o sacudimento.
Após o uso, juntam-se os galhos usados e os detritos ou resíduos e manda-se
despacha-los em encruzilhada. Para esse trabalho não se deve pôr as mãos nas
folhas ou galhos servidos para não absorver os fluidos negativos. O regresso à casa
ou ao terreiro é por outro caminho.
CANCEROSA
Família: Indeterminada
Nome científico: Indeterminada
Parte usada: Folha
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos, é uma
planta
tóxica.
Uso ritualístico: Planta utilizada em Ebós para o Orixá Omolu.
Outros empregos: Faz-se remédio para câncer.
CANDEIA BRANCA
Parte usada: Folha
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: Planta macerada com água fria, para banhos de limpeza e
assentamento do Orixá Oxalá e Exu.
Outros empregos: Não informado
CÂNHAMO HINDU (Cannabis indica). - Planta originária do Oriente. É ativíssima. Não deve
ser usada sem o concurso do médico, pois sem ele há o risco de envenenamento. Em
tintura, recomenda-se contra os ataques de coqueluche, nas neuralgias e cefaléias.
Aconselha-se como sedativo nos acessos provocados pelas úlceras estomacais. Pode ser
usado como hipnótico, dado que suscita o sono. A tintura se prepara da seguinte maneira:
20 gramas de pontas de cânhamo. 100 gramas de álcool a 90.°. Deixar para amolecimento
durante quinze dias e filtrar com papel. A dose médica é de cinco a vinte e cinco gotas por
dia.
Botânica oculta: O cânhamo hindu produz um extrato gorduroso, do qual se fabrica o
famoso haxixe. Em uma ou duas ingestões, este produto proporciona êxtases
místicos, diabólicos ou extremamente eróticos, segundo a moralidade ou mentalidade
do indivíduo que o usa. Estes êxtases são quase desconhecidos do Ocidente; em
compensação, determinadas seitas utilizam-no e aplicam sabiamente em1 suas
cerimonias e ritos litúrgicos. Planeta: Saturno.
CANJICA, Egbo (Canjica branca cozida temperada com pó de efun, um ovo no centro
banhado
com 7 gotas de Epo, depois coberta com bastante Owù (algodão) e ofertada
simultaneamente à Obatala e Iyami). Utilizada no Etutu desses Orisas.
CAMPAINHA
Utilizada no agbo e em banhos para melhorar a sorte e as finanças, para lavar o jogo e
os objetos rituais dos orixás, porém, são poucos os terreiros que conhecem as
utilidades deste vegetal.
Nome popular: Campainha
Nome latino: Ipomoea cairica (L.) Sweet. Convolvulaceae.
CAPEBA
Parte usada: Folha
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: Planta macerada com água fria, para banhos de limpeza,
assentamento,
iniciação e em cerimônias fúnebres.
Outros empregos: Não informado. Não informado
CAPIM-LIMÃO
Na Bahía e Nordeste é conhecido como incenso de caboclo. Erva sagrada, Axé de
Oxóssi, muito usada em lavagem de contas e instrumentos mágiscos ritualisticos e
nas defumações. Na medicina caseira é usado para males do estômago, resfriados,
bronquites, tosses.
Sinônimos:Pumila, Capim-cheiroso, capim-cidró, capim-limão, Capim-santo,
Yacapé, Kulinga, cana-limão, capim-de-estrada, capim-marinho: - Planta
muito apreciada pelo povo, a qual é usada para perfumar a roupa e ao mesmo
tempo protegê-la contra traças. Tem apreciáveis propriedades medicinais,
sendo usada para combater: fraqueza, doenças dos rins, perturbações
urinárias, histerismo, nervosismo, gases intestinais, é diurética e
calmante, digestivo, faz suar. É usada em perfumaria com o nome de Vetiver.
Esta planta é muito comum na Índia, onde o povo tece esteiras de palha
misturada com o vetiver para ficarem bem perfumadas.
CAPIM PÉ DE GALINHA
Sinônimo: Capim-de-burro: Rico em substâncias nutritivas; indicado nas
anemias e fraquezas; contra a míngua; reconstituinte. Fortalece as gestantes
com ameaça de aborto; por isso é antiabortivo; contra hemorragias, combate
males intestinais como: diarréia, disenterias, menstruações muito
abundantes. Antes da floração é bom contra catarros das vias respiratórias.
Suas sementes são diuréticas.
Capixingui
Uso Litúrgico: Vegetal pertencente a Obaluayê e Omulu. Empregada em quaisquer
obrigações de cabeça, nos abo, nos banhos de purificação e limpeza e, também, nos
ariaxé. É usado também nos sacudimentos.
Carbaúba - Carbaubeira
Uso Litúrgico:Esta verdadeira enciclopédia de usos ou utilidades, oferecendo dezenas
e dezenas de aplicações diferentes, pertence a Oxalá, Olissassa ou Lemba Di Lê.Só
tem aplicação em abo feito da folha, que basta para cobrir a cabeça e, depois, cobrir-
se a cabeça durante doze horas, fugindo aos raios solares. É fortalecimento da aura e
alimento da cabeça.A vela de cera de carnaúba é a melhor iluminação para o orixá.
Carqueja
Uso Litúrgico: É planta de Ogum, qualquer das duas espécies, a amarga e a doce.
Não tem aplicação no ritual.
CATINGUEIRA: É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu sumo serve para
fazer a purificação das pedras. Entretanto, não deve fazer parte do axé de Exu onde
se depositam pequenos pedaços dos axé das aves ou bichos de quatro patas. Na
medicina caseira ela é indicada para menstruações difíceis.
CATINGUEIRA
É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu sumo serve para fazer a
purificação das pedras. Entretanto, não deve fazer parte do axé de Exu onde se
depositam pequenos pedaços dos axé das aves ou bichos de quatro patas. Na
medicina caseira ela é indicada para menstruações difíceis.
Cavalinha - Milho-de-cobra
Uso Litúrgico: Planta de constituição estrambótica ou extravagante, como todas as
descrições atestam.Pertence ao orixá Oxumaré e Xangô. A planta é condomínio do
orixá que é o símbolo da honra, Yemanjá. Aplicada nas obrigações de cabeça, nos
abo e como axé nos assentamentos dos dois orixás.
CEBOLA CENCEN
Essa cebola é de Exu e nos rituais seu bulbo é usado para os sacudimentos
domiciliares. É empregada da seguinte maneira : corta-se a cebola em pedaços
miúdos e, sob os cânticos de Exu, espalha-se pelos cantos dos cômodos e embaixo
dos móveis; a seguir, entoe o canto de Ogum e despache para Exu. Este trabalho
auxilia na descoberta de falsidades e objetos perdidos. O povo utiliza suas folhas
cozidas como emoliente.
CEDRO
Na Mesopotâmia, o cedro era tido tanto como deidade quanto como oráculo.
Diz-se que para revelar os que praticam as artes negras da feitiçaria basta queimar
varetas de sabugueiro no fogo da noite de Natal ou cortá-las na véspera do dia de São
João.
Os frutos podem ser levados nos bolsos, como amuletos para proteger contra a inveja
venenosa e também podem ser usados em torno do pescoço, como remédio mágico
contra hidropisia.
As flores do sabugueiro, com seu perfume doce e acentuado, há muito são associadas
à morte e aos funerais, e houve época em que se acreditava que, se um broto de
sabugueiro plantado numa sepultura
começasse a crescer, era sinal de que a alma de quem estivesse ali enterrado se
encontrava em paz.
Antigamente penduravam-se flores de sabugueiro nas portas do estábulo para
proteger os cavalos da magia negra. Guirlandas feitas com elas eram usadas pêlos
druidas para decorar altares sagrados para Beltane e para afastar as influências
malignas. Os nativos americanos chamavam o sabugueiro de "árvore da música"
e faziam flautas mágicas dos seus ramos. Usavam também a casca como antídoto,
sob a forma de cataplasma, nas inflamações e nos inchaços dolorosos. Todas as
partes do sabugueiro têm sido usadas pela medicina popular no tratamento de
numerosos distúrbios e doenças. Os frutos de cor púrpura escura fazem
um vinho delicioso, e as flores secas podem ser usadas para fazer um chá relaxante.
O sabugueiro tem sido usado pêlos Bruxos como afrodisíaco e pode também ser
ingrediente mágico em vários encantamentos de
amor, proteçào e prosperidade.
Cedrinho - Cipreste
Uso Litúrgico: Vegetal pertencente à Nana. Possui uma porção de variedades de
espécies, entretanto, todas elas são propriedade da deusa das chuvas, cipreste, tuia
ou cedrinho.Tem aplicação total na liturgia dos cultos afro-brasileiros. Empregado em
qualquer obrigação de cabeça, nos abo, banhos de corpo inteiro e nos de purificação.
Excelente abo de ori, tonificador da aura.
Celidônia-maior
Uso Litúrgico: Esta erva pertence a Obaluayê e especialmente a Ossaiyn.
Chamana - Nove-horas - Manjericona Uso Litúrgico:É do orixá Oxum. Entra em
obrigações de cabeça e nos abo, participa nos banhos de purificação dos filhos da
deusa das águas doces.Ainda pouco explorada esta mimosa droserácea, pela
imensidade de produção espontânea.
CiNAMOMO - Igi Mésàn, pertence aos orisás Oyá, Iansã. É utilizado seus galhos em
rituais de iniciação para os filhos de Oiá, e em sacudimento de pessoas ou casas. O
chá feito com as folhas laxante e estimula as funções intestinais. É contra-indicado
para gestantes, pois é abortívo. As frutas são indicadas contra hemorróidas e vermes,
e o cozimento da lenha serve para doenças de pele em geral.
Cinco-folhas - Tarumã
Uso Litúrgico: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abo e nos banhos de
descarrego. É planta de Oxalá.
Cipó-caboclo Uso Litúrgico: Muito aplicada em banhos de descarrego. É planta de
Oxossi.
CIPÓ BRAVO
Ligado aos Deuses Oxalá e Oxóssi. Na medicina caseira é usado para cmbater o fumo
excessivo, controlador do sono e calmante.
CIPÓ – CABOCLO
Usado nos banhos de descarrego e lavagem de contas e instrumentos mágiscos
ritualisticos. Na medicina moderna, usado em banhos para combater o linfatismo,
inchaços e inflamações das pernas e testículos.
CIPÓ CAMARÃO
Usado em banhos de descamgo e defumações. Na medicina caseira, do cozimento
das folhas e do cipó para feridas e contusões ( lavagem ou compressas ).
CIPÓ-CHUMBO
Ligada aos Deuses Obaluayê e Exu. Na medicina caseira muito usado como xarope
para tosses e bronquites. Do cozimento das folhas é feito o chá para diarréias
sanguinolentas e icterícia. Seco e reduzido a pó é eficaz para cicatrizar feridas.
Cipó-cravo
Uso Litúrgico: Pertence a Oxalá e Oxossi.
CIPÓ-CRUZ
Chiococca alba (L.) Hitchc. ( Cainca )
DESCRIÇÃO: A espécie Chiococca alba (L.) Hitch (Rubiaceae) é um arbusto tropical e
subtropical presente em praticamente todo o continente americano. Essa espécie,
conhecida popularmente como “cainca”, “cruzeirinha”, “dambrê”, “purga-preta”, “cipó-
cruzeiro”, “caninana”, “raiz-preta”, “raiz-de-frade” e “quina-preta”, entre outros; tem o
chá de suas raízes tradicionalmente empregado no tratamento de diversas
enfermidades.
INDICAÇÃO: O chá de Cipó cruz é indicaro ara nevralgias, aperiente, cistite, diarréia,
dificuldades de urinar, diurético, edema, inchaço nas pernas e palpitação nervosa.
Cipreste
Uso Litúrgico: Aplica-se nas obrigações de cabeça e nos banhos de purificação e
descarrego.Pertence a Nana.
COCO DE IRI
Ligado aos Deuses Oxossi e Iemanjá. Das Folhas são feitos banhos de descarrego.
Na medicina caseira, pelo cozimento das raízes, debela os males do aparelho genital
feminino. Usado em banhos e lavagens.
COCÔ A palmeira do coco pertence a Oxala, porem seus frutos para Iemanja e
Oxossi. Para alguns tipos de Iemanja prepara-se uma comida chamada egbo-iya
(milho branco cozido, refogado no azeite de dende, cebola ralada e camarao seco, e
depois coco ralado).Em Cuba sao usadas as cascas para fazer previsoes, como sao
usados no Brasil os buzios e o obi. O leite de coco e utilizado na culinaria brasileira. A
água do coco combate problemas intestinais e desidrataçao.
Coco-de-dendê
Uso Litúrgico: Pertence a Ifã, Ossain e Ogum. O mais importante nesta palmeira é
exatamente o fruto, o coco. Da história que se conta, ou da lenda que envolve Exu, Ifã,
Orixabí e Orugã, tomara-se no ritual o coco de quatro furos ou marcas que denunciam
a brotação, como fetiche de Ifã. De igual sorte, esses coquinhos de quatro furos são
usados para a feitura do opelê Ifã, colar utilizado no jogo para desvendar o futuro ou
as coisas ocultas. É o instrumento de que os antigos babalaôs se valiam na
adivinhação, desde a África. Atualmente já não se usa o opelê, que fora substituído
pelos búzios. Os coquinhos a que linhas antes referimos são aplicados nos
assentamentos de Ifã. Comporta lembrarmos que do coco, fruto da esplendorosa
palmeira, se prepara o azeite-de-dendê, o nosso famoso e indispensável epô,
participante da culinária do orixá e aconselhado para uso humano. O óleo que se
extrai da polpa do referido coco tem um teor enorme de vitaminas.
Coco-de-iri
Uso Litúrgico: A aplicação se restringe aos banhos de descarrego empregando-se as
folhas. Planta de Oxossi e Yemanjá.
Colônia - Cardamomo
Uso Litúrgico: Aplicação absoluta em quaisquer obrigações de cabeça. Indispensável
nos abo e nos banhos de limpeza de filhos-de-santo. Aplicada, também, na tiragem de
vumbi, para o que se usa o sumo. É planta de Oxalá.
Condessa - Fruta-da-condessa
Uso Litúrgico: Apesar das folhas rijas e grandes e do porte da árvore, tem aplicação
nas obrigações de cabeça e nos banhos de descarrego e nos abo. É de Oxumarê e
Yemanjá.
Contrayerva - Caiapiá
Uso Litúrgico: Restrita a aplicação ritualística.Usa-se em banhos de limpeza e
purificação dos filhos do orixá. Empregada nos abo de uso externo para beneficiar a
aura e a sintonia. É como se fora uma lavagem de cabeça.Vegetal pertencente a
Oxossi.
COSTA BRANCA, LÍNGUA DE VACA, PARAQUEDA OU ERVA DE SANGUE, O
NOME CIENTÍFICO, SE NÃO ME ENGANO É CHAPTALIA NUTANS. É
CONSAGRADA A OSOLUFON.
A COR DE SUAS FOLHAS NA PARTE INFERIOR É MEIO ESBRANQUIÇADA DAÍ
SER CONHECIDA COMO "COSTA BRANCA". ESSA FOLHA NA MEDICINA
CASEIRA É USADA EM CASO DE TOSSE PARA SOLTAR O CATARRO PRESO.
LITURGICAMENTE PODE SER USADA PELOS FILHOS DE OSALA, IYEMONJA,
BESSÉM E OSSAYN.
Cravo-da-índia - Cravo-de-doce
Uso Litúrgico: Pertence a Oxalá e Oyá Entra em qualquer obrigação de cabeça, nos
abo e nos abo de cabeça. De igual sorte, participa dos banhos de purificação dos
filhos dos orixás a que pertence. Mastigando-se, afasta-se Egum e desodoriza o hálito.
CRISTA DE GALO
Planta utilizada para Xangô, Oxosi e Obaluaiyé, conhecida nos terreiros pelo nome de
ewé ogbe àkùko que significa “folha crista de galo”. Tem a função de proteger e
defender contra feitiços, mas, também, atrai prosperidade.
As folhas entram no àgbo e em banhos de purificação dos iniciados e banhos para
afastar negativismos.
Na “santeria”, em Cuba, este vegetal tem o nome lucumi aguéyí sendo usado para
Obàtálá e a Oxun.
Ligado ao elemento Fogo, suas folhas possuem caracteristicas gún.
O nome agógó igún significa bico de abutre.
Conforme os mitos foi usado por Orunmilá, juntamente com outras folhas para acalmar
a cólera das ìyámi.
Outros nomes yorùbá: àgógo igún, ògún, ogbe àkùkö, àkùkö dúdú, àkùkö funfun
(Verger 1995:677).
Nomes populares: Crista-de-galo, heliotrópio, borragem, erva-de-são-fiacre.
Nome latino: Heliotropium indicum L., Borraginaceae
DOURADINHA DO CAMPO
Ligada ao Deuse Obaluayê. Na medicina caseira é usada no tratamento das doenças
da pele ou dermatoses. Esta erva cura a sarna e é o ponto final nas coceiras.
Dragoeiro - Sangue-de-dragão
Uso Litúrgico: É árvore que pertence ao orixá Ogum. O aspecto místico e a aplicação
litúrgica abrange obrigações de cabeça, abo geral e banhos de purificação. A seiva
vermelha tem aplicação na pintura de Yawô.
Eritrina-mulungu
Uso Litúrgico: Tem plena aplicação nas obrigações de cabeça e nos banhos de
limpeza dos filhos de Xangô. Esta erva sagrada é muito conhecida apenas pelo
sobrenome que registramos – mulungu. Pertence ao orixá Xangô. Há duas espécies
de eritrina: a de flores vermelhas é o mulungu e a outra, que se torna uma majestosa
árvore e de grande crescimento, tem a flor cor de coral. Esta recebeu o nome botânico
de Eritrina Corallodendro – Lineu, e pertence a Yansã. Os dois tipos são africanos, e lá
o nome é mulungu (bantu).
ÉRÓ IROKO
Folha de gameleira branca, pertencente ao orisa Sangó e todos os
ancestrais ,e também poderá ser usada ´para o Orisa IROKO, patrono da agricultura ,
no Brasil se confunde Iroko com uma qualidade de sangó, mas Sangó é um orisa e
iroko é outro orisa´
Erva-cidreira - Melissa
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Oxum.
Erva-curraleira
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Oxossi.Aplicada em todas as obrigações de cabeça e
nos abo dos filhos do orixá de caça.
Erva-das-lavadeiras - Melão-de-são-caetano
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Xangô. Não tem uso nas obrigações do ritual.
Erva-de-passarinho
Uso Litúrgico: A erva-de-passarinho é muito aplicada principalmente no abo do orixá,
nas obrigações renovadas anualmente e nos abo de babalossain. Pertence ao orixá
Ossaiyn.
Erva-de-são-joão
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Xangô. Utilizada nas obrigações de cabeça e nos
banhos de descarrego.
Erva-grossa - Fumo-bravo
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Xangô. Empregada nas obrigações de cabeça,
particularmente nos ebori e como axé do orixá.Usada também no abo destinado
somente ao ori do filho antes de deitar-se e retirando-se antes das doze horas do dia
seguinte. O filho dorme de cabeça coberta. Pela manhã dá-se-lhe um banho de abo do
pescoço para baixo.
ERVA-DOCE
Contem potássio, sódio e ferro. O chá das sementes é um regulador intestinal e
calmante para o estômago. Desobstrui os brônquios, oxigenando melhor os pulmões.
Acredita-se que mulheres que amamentam devem tomar chá de erva-doce para os
efeitos calmantes passarem através do leite para a criança. Para os idosos, esse
mesmo chá normaliza a circulação do sangue e combate a depressão.
Atua ainda, como estimulante da digestão e do aparelho urinário. No uso geral o chá
de erva-doce é feito em um litro de água fervente com 10gr de sementes. Coar, adoçar
pouco e tomar de quatro a cinco xícaras por dia.
Erva-macaé
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Nana. Não tem emprego nas obrigações do ritual.
Erva-moura - Pimenta-de-sapo
Uso Litúrgico: No ritual do orixá não é usada pelo povo como calmante, em doses de
uma xícara das de café, duas ou três vezes ao dia.Essa dose não deve ser
aumentada, de modo nenhum; prejudica.
Erva-preá - Maria-preta
Uso Litúrgico: O emprego se circunscreve aos banhos de limpeza, descarrego,
sacudimentos pessoais e domiciliares. É usada nos rituais de Egum e de Exu.
Erva-tostão
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Ogum. Apenas se aplica em banhos de descarrego,
usando-se as folhas.
Ervilha-de-angola - Guando
Uso Litúrgico: Pertence à Oxum e Ogum. É empregada em quaisquer obrigações:
ebori, feitura de santo, lavagens de cabeça e de contas. É muito eficaz nos banhos de
purificação dos filhos dos orixás, da deusa das águas doces, e do deus do ferro.
Somente o orixá Xangô não a tolera.É uma excelente providência beneficiadora o
banho das pontas. Para isso colhem-se as pontas dos galhos e delas se faz o banho
sem leva-las ao fogo, sem fazer cozimento. Apenas usa-se água fervente, em
ebulição, colocando-se sobre as pontas e deixando abafadas durante uns dez
minutos. Não importa que nas pontas hajam flores.
ESPADA DE SÃO JORGE: por causa de suas folhas pontudas é facilmente associada
ao poder de cortar as energias negativas, a inveja, olho-gordo, magia, etc. Alguns
dizem que espanta os maus espíritos. Ao cortar as energias negativas, a erva atrai
coragem e prosperidade. Afastar o Azar e o Olho Gordo
ESPINAFRE
Riquíssimo em vitaminas A, B, C e H, contendo ainda potássio, sódio, cálcio,
magnésio e ferro.
É indicado para pessoas com tendência a hemorragias, diabéticos, nervosos,
portadores de vermes intestinais e doenças da vista, o espinafre deve ser comido cru,
em saladas ou bebido em forma de suco.
ESPINHEIRA SANTA
Ligada aos Deuses Obaluayê, Oxalá e Tempo. Também chamada de caucerosa,
salva-vidas, espinho dedeus. Usada para banhos de descarrego. Na medicina caseira
possui bastante aplicação quando recebeu de Olorun ( Deus Supremo ), para aliviar as
dores humanas. E empregada para debelar as afecçôes do estômago, nas gastrites,
gastralgias, úlceras e câncer: Põe fim as dores com espantosa rapidez.
ESTORAQUE BRASILEIRO
Ligada aos Deuses Obaluayê e Oxalá.Usada a resina (goma) que aparece após se
aplicar talhos, golpes, em volta do pé, do caule. Tirada a resina, esta é reduzida a pó.
Emprega-se misturada com benjoim e alfazema, em farta defumação pessoal, depois
do banho de descarrego. Na medicina caseira, o pó resultante da resina ou das
cascas e folhas é usado para o tratamento de úlceras varicosas. Modo de usar:
polvilhando as varizes.
ERVA DE BICHO
Usada nos rituais de iniciação, sacralização dos assentamentos dos orixás, àgbo,
banhos e diversos trabalhos. Utilizada com a finalidade de se adquirir boa saúde,
prosperidade e acalmar a cabeça intranqüila.
Folha utilizada para todos os orixás que possui características eró e está ligada ao
compartimento água.
Outros nomes yorùbá: ajíromi, òwò, ewé òwò, eró yewa e omi tútù. (Verger 1995:640).
Nome popular: Erva-de-bicho (Ba, RJ)
Nome científico: Brillantaisia lamium (Ness) Benth., Acanthaceae
Planta originária da África.
ERVA CUNALEIRA
Ligado ao Deus Oxássi. Usada em banhos de descarrega. Na malicina caseira usada
como diuretico e sudorífico, muito empregada para o combate da sífilis. Usa-se o
cozimento das folhas.
ERVA PREÁ
Empregada nos banhos de limpeza, descarrego, sacudimentos pessoais e
domiciliares. O povo usa o chá desta erva como aromatizante e excitante. Banhos
quentes deste chá melhoram as dores nas articulações, causadas pelo artritismo.
Espinheira-Santa
Uso Litúrgico: O uso ritualístico se restringe aos banhos de descarrego ou limpeza dos
filhos dos orixás a que pertence, que são Oxalá e Obaluayê.
Espirradeira - Flor-de-são-josé
Uso Litúrgico: Participa em todas as obrigações nos cultos afro-brasileiros.Usa-se nas
obrigações de cabeça, nos abo e nos abo de ori. Pertence aos orixás Yansã e Xangô,
porém há um tipo branco que pertence a Oxalá.
Eucalipto-limão
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Xangô. De grande aplicação nas obrigações de
cabeça e nos banhos de descarrego ou limpeza dos filhos de Orixá.
Eucalipto-murta
Uso Litúrgico: Pertence ao orixá Oxalá e Ogum. Apesar da dureza das folhas, tem
plena aplicação em todas as obrigações de cabeça, nos abo e nos banhos de limpeza.
Estoraque-brasileiro
Uso Litúrgico: Nas cerimônias rituais usa-se, principalmente, a resina, a goma que
aparece depois de aplicar-se talhos, golpes, em redor do pé, do caule. Colhida a
resina e reduzida a pó, emprega-se misturada com benjoim em forte defumação
pessoal, depois do banho. Essa defumação pessoal se destina a retirar males.
Pertence aos orixás Oxalá e Obaluayê.
Facheiro-preto
Uso Litúrgico: É planta de Exu. Aplicado nos banhos fortes de limpeza e descarrego.
Fava-de-tonca
Uso Litúrgico: Nas cerimônias do ritual só tem cabimento a fava, o fruto, que é usada
depois de reduzida a pó. É igualmente aplicada em defumações ou o pó simplesmente
espalhado nos ambientes.Anula fluidos negativos, afugenta maus espíritos e destrói
larvas astrais. Pertence ao orixá Oxalá.Propicia proteção de amigos espirituais.
Fava-pichuri
Uso Litúrgico: No ritual de Umbanda e do candomblé usa-se o fruto, a fava, que se
reduz a pó, o qual é aplicado espalhando-se no ambiente. Aplica-se, igualmente em
defumações que atraem bons fluidos. É afugentador de eguns e dissolve ondas
negativas, anulando larvas astrais. Pertence aos orixás Oxalá e Oxum.
FEDEGOSO Crista-de-galo:
Esta erva é utilizada em banhos fortes, de descarrego, pois é eficaz na destruição de
Eguns e causadores de enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebó de
defesa. Com flores e sementes desta planta é feito um pó, o qual é aplicado sobre as
pessoas e em locais; é denominado “o pó que faz bem”. Na medicina caseira atua com
excelente regulador feminino. Além de agir com grande eficácia sobre erisipelas e
males do fígado. É usada pelo povo, fazendo o chá com toda erva e bebendo a cada
duas horas uma xícara.
FEIJÃO, Éré, por sua capacidade nascer rapidamente se alastrando sobre a terra,
éutilizado cru em Oogun de prosperidade, expansão financeira, sucesso, vitalidade.
Quando cozido ou fervido é utilizado em Oogun para neutralizar doenças, desanimo e
transformação de situações agressivas. Quando utilizado torrado numa Oogun (magia)
sua finalidade é neutralizar Ajé e qualquer outra energia prejudicial. Como Adimu é
ofertado ao Ori, Orisha’s e Ancestrais, a forma do oferecimento dependerá da situação
especifica...
FIGO BENJAMIM
Ligada aos Deuses Obaluayê e Exu. Usado em banhos fortes para pôr fira à
perseguição (obsidiação, obsessão). Erva usada na purificação de pedras ou
ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. É empregada também em banhos
fortes nas pessoas obsediadas. No uso popular, suas folhas são cozidas para tratar
feridas rebeldes e debelar o reumatismo.
Flamboião
Uso Litúrgico: Somente é aplicado em algumas casas de nome, em banhos de
purificação dos filhos dos orixás. Tem, entretanto, largo uso as flores dessa árvore em
razão de serem lindas. A aplicação dessas flores é como ornamento, enfeite de
obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as obrigações.Pertence aos orixás
Xangô e Yansã. As flores amarelas destinam-se à Oxum.
FOLHA DA FORTUNA
Considerações: Usadas em Cerimônias em Ilè Ifé, Terra de Ifá, para Obatalá e
Yemowo conhecidas nas terras de Orisas como Erun odundun, Kantí-Kantí, Kóropòn
segundo Pierre Verger.
Alguns de seus nomes tem significado importante, Àbámodá significa "o que vc deseja
vc faz",mas caso necessária para outras atribuições como substituta do Odundun
(Folha-da-Costa), deve ser chamada erú odundun cujo nome significa "Escravo de
Odundun", é uma folha muito positiva e considerada de muito prestígios pelos
adeptos, em suas folhas nascem brotos nas bordas cujas este representam sinal de
prosperidade, fato esse de ser importante na composição do Àgbo.
No Brasil considerada do Orisa Sango por muitos Zeladores porém muitos a usam
para os Orisas Funfun Como Osala e Ifá.
Uso medicinal- Diurético e sedativa, combate nevralgias, encefalias, dores de dente
afecções das vias respiratórias, externamente contra doenças de pele, feridas.
furúnculos, dermatoses em geral .
Descrição : Planta da família das Crassulaceae, Originária da África, planta
sublenhosa, perene, carnosa, 1,5 de altura; caule de cor mais clara e os demais
avermelhados; flores hermafroditas, tubulosas, penduladas, verde-pálidas ou amarelo-
avermelhadas. Propriedades : emoliente, cicatrizante, antiinflamatória.
Indicações : Coqueluche e demais afecções do aparelho respiratório. Tratamento de
úlceras e gastrites. Furúnculos, queimaduras.
Modo de Usar : cataplasma - aquecer a folha e colocar sobre o local afetado no caso
de furúnculos, em queimaduras ou outros ferimentos fazer uma pasta com a folha e
colocar sobre a região machucada. Suco - bater no liquidificador 1 folha com 1 xícara
de chá de água. Tomar 2 vezes ao dia, entre as refeições.
Folha-de-independência
Uso Litúrgico: Pertence a Logum Ode e é aplicada nas obrigações de cabeça e nos
abo.Nos atos ritualísticos referentes a Inlê este vegetal é parte integrante dos abo
aplicáveis aos filhos desse orixá. Utiliza-se também em sacudimentos pessoais ou
domiciliares. Aplicada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abo e em banhos de
purificação dos filhos de Yansã. Os pendões florais são utilizados na ornamentação
dos pegís, principalmente nas festas deste orixá.
GAMELEIRA
Ligada aos Deuses Tempo, Iroko ou Leôko e Xangô. Planta de grande poder e tida
como intocável fetiche do Orixá Irôko, no Ketú, que no Jêjê é chamado de Loôko e no
Congo e Angola de Tempo.
Delas se reco-lhe, por ocasião das desfolhas, as folhas que caem e também aquelas
que ficam com a parte direita do limbo para cima. É tal como se encontram quando
presas ao caule. No Brasil é conhecida a gameleira branca, árvore rara e quase
extinta, embora existam outros tipos de gameleira.
POR SER UMA ÁRVORE INTOCÁVEL, E SAGARADA NÃO TEM USO NA MEDICINA
CASEIRA.
GARRA DO DIABO
Erva original da África do Sul.
É usada na Europa para tratar dores articulares. Também é usada para tratar dores
em tecidos, como dor nas costas. Um estudo duplo-cego acompanhou 89 pessoas
com artrite reumatóide por dois meses. O grupo que tomou garra do diabo mostrou
uma significativa diminuição na intensidade da dor e apresentou melhora na
mobilidade. Outro estudo duplo-cego com 50 pessoas com vários tipos de artrite
mostrou que 10 dias de tratamento com garra do diabo resultou em um significativo
alívio da dor.
GIRASSOL (Helianthus annus) Planeta: Sol Elemento: Fogo As mais “felizes” das
flores e seus significados incluem a lealdade e longetividade, são únicos na habilidade
de prover energia vibracional, como um espelho do sol, provendo seu calor e sua luz,
invocando sentimentos de calor, conforto e felicidade.Traz bênçãos do Sol em
qualquer jardim no qual ele cresce.
Gengibre - Zingiber
Uso Litúrgico: Pertence a Oxum e Xangô.Apenas são aplicados os rizomas, a raiz, que
se adiciona ao aluá e a outras bebidas.É também ingrediente no amalá de Xangô.
Gerânio Uso Litúrgico: Existe o vermelho, o rosa e o branco e, em face da teoria, o
branco é de Oxalá e os outros dois pertencem a Yansã.Aplicados em quaisquer
obrigações de cabeça, nos abo comuns e nos abo de ori, nos banhos de limpeza e
purificação.
Gigoga-amarela - Aguapé
Uso Litúrgico: Vegetal pertencente à deusa Oxum, orixá das águas doces e das
cachoeiras. Tem emprego certo nos abo, nos ebori e banhos de limpeza. As abiã cujo
olori ou eledá é o orixá Oxum, passam uma noite com um abo de pequenas
proporções sobre o ori, mantendo a cabeça coberta com lenço ou ojá. Purifica o aura e
afugenta ou anula eguns.
Gigoga-vermelha - Aguapé
Uso Litúrgico: Esta beleza de vegetal aquático é propriedade de Oyá. A planta, sem as
raízes, apenas folhas e flor, tem uso nas obrigações de cabeça e nos banhos de
purificação e limpeza dos filhos deste orixá. É bom que se arrie obrigações no pegi,
frente aos assentamentos, colocando uma vasilha rasa com água, a obrigação no
centro, circundada com as folhas circulares e denteadas do Aguapé.
Girassol
Uso Litúrgico:
É de Oxalá. Aplicação absoluta ou total dentro do ritual Yorubá. Usa-se em qualquer
obrigação de cabeça e nos abo e banhos de descarrego. Tem grande prestígio nas
defumações, em face de ser anuladora de eguns e destruidora de larvas astrais. Nas
defumações usam-se as folhas e nos banhos colocam-se, também, as pétalas das
flores, colhidas antes
Guabira: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô de uso geral e nos
banhos de purificação e limpeza dos filhos dos orixás. A medicina caseira a indica no
sentido de pôr fim aos males dos olhos conjuntivites. Em banhos, favorecem aos que
sofrem de reumatismo e devem ser feitos em banheiras ou bacias, sendo mais ou
menos demorados.
GUACO CHEIROSO
Ligado aos Deuses Oxalá, Oxóssi, Oxumaré. Também conhecido como erva das
serpentes. Usado para banhos de limpeza. Na medicina caseira é usado contra tosses
rebeldes, bronquites, como xarope.
Aplicado contra veneno de cobra (soro antiofidico), com folhas secadas no local e o
chá forte (bebido), dosagem de 30 gramas para 1 litro d’água.
GRAVIOLA – Corosol: Tem plena aplicação nos abós dos orisás, banhos de abo e
nos de limpeza e descarrego. É indispensável aos filhos recolhidos para obrigação de
cabeça, bebem uma doce do suco pela manhã. O povo usa graviola para diabetes
aplicando o chá.
GUINÉ PIPI
Usado em defumações pessoais e de ambientes. Na medicina caseira, o chá é usado
para dores de cabeça (enxaquecas) e para reumatismo articular (artrite).
GUINÉ CABOCLO
Muito diferente do Guiné Pipi. pois esta dá em árvores de dois a três medos de aluna.
Própria de restingas, capoeiras e matas. Encontrada principalmente em Arauama e ao
longo do litoral fluminense. Na medicina caseira, usada em chá, para os males do
intestino, estômago, má digestão.
HERA (Hedera spp) Planeta: Saturno Elemento: Água Guarda e protege a casa, de
quem possui essa planta.
HORTELÃ PIMENTA
Ligada ao Deus Exu. Usada para banhos de descarga, do pescoço para baixo, para
anular maus fluídos e cargas, na purificaçao do altae e instrumentos mágicos.
JABORANDI
Usada Na medicina caseira na lavagem dos cabelos, tomando-os sedosos; tônico dos
cabelos (policarpica). Serve para suadouro eficaz nas pleuras, bronquites e febres que
tragam erupções (sarampo).
Lágrima de Nossa Senhora: É usada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de descarrego ou limpeza. O povo a indica como excelente diurético, em chá.
Os banhos debelam o reumatismo e reduzem as inchações. As folhas e as sementes
são indicadas para banhar os indicadas para banhar os olhos, propiciando bem-estar.
A aplicação deve ser feita pela manhã, após ter deixado o banho ficar na noite anterior
sob o sereno. Retire antes do sol nascer e aplique sobre os olhos.
JAQUEIRA – Apáòká - No livro Ewé Orisa esta arvore de Origem Indiana medra em
diversas regiões inclusive África e Brasil.
Apáòká significa Opa= cajado, cetro+ Oká= serpente africana, nome de uma entidade
fito mórfica considerada a mãe de Osossi, cultuada em uma Jaqueira.É uma arvore
Sagrada, suas folhas são usadas para assentar Esú e em banhos para os filhos de
Sango, porém seus frutos não devem ser consumidos por esses iniciados
Seu nome na África Tapónurin cita Verger.
JATOBÁ – Jataí: Erva poderosa, porém sem aplicação nas cerimônias do ritual.
Somente é usada como remédio que se emprega aos filhos recolhidos para
obrigações de longo prazo. Ótimo fortificante. Não possui uso na medicina popular.
JENIPAPO
Ligada aos Deuses Obaluayê, Tempo Iruko, Loôko e Ossaiyn. As folhas usadas para
banhos de descarrego ou limpeza. Esta árvore presta-se para uma simpatia muito útiI
e eficaz para exterminar os ataques de cólera e epilepsia ou ataques do Tempo,
apesar desses males serem considerados incuráveis. Coloca-se o doente de pé,
encostado na árvore, e ao lado acende-se três velas dos três reinos da natureza,
sendo uma de cera (animal), uma de carnaúba (getal) e outra de espermacete
(mineral) comum, formando um triângulo, e com uma faca virgem, de aço, reza-se
suplicando a Ossayn e ao Tempo a extinção do mal, dando golpes no anuredo,
dizendo: ASSIM COMO CORTO ESTA ÁRVORE,
FICARÁ CORTADO DE FULANO, PARA SEMPRE, ESTE MAL. Na medicina caseira
as folhas são cozidas juntamente com as cascas e se extrai um sumo, usado no
tratamento das úlceras varicosas. Lavandoas e o caldo dos frutos é remédio para
combate à hidropisia.
JUÁ – Juazeiro:
É usada para complementar banhos fortes e raramente está incluída nos banhos de
limpeza e descarrego. Seus galhos são usados para cobrir o ebó de defesa. A
medicina caseira a indica nas doenças do peito, nos ferimentos e contusões, aplicando
as cascas, por natureza, amargas.
JUCÁ: Pertence ao orisá Ogun, as sementes e as cascas secas são utilizadas no culto
aos orisás. No uso popular há um cozimento demorado, das cascas e sementes,
coando e reservando em uma garrafa, quando houver ferimentos, talhos e feridas.
JUREMA PRETA
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, a Jurema Preta é usada nos banhos de
descarrego e nos ebó de defesa. O povo a indica no combate a úlceras e cancros,
usando o chá das cascas..
KITOCO
Ligada ao Deuses . Na medicina caseira muita utilizado nas doenças de estômago, em
chá; e nos abscessos e tumores, as folhas são aplicadas socadas. Também para
doenças de senhoras (chá), para dores uterinas, cólicas mensftuais. etc.
LARANJEIRA DO MATO:
Seu uso se restringe a banhos fortes, de limpeza e descarrego. Na medicina caseira
ela atua com grande eficácia sobre as cólicas abdominais e também menstruais.
LENTILHA
Rica em proteínas. Além de ser considerado um alimento que atrai a prosperidade, é
indicada para as mães no período de amamentação. É também aconselhado seu
consumo para pessoas anêmicas.
LIMÃO BRAVO
Tem emprego nas obrigações de ori e nos abô e, ainda nos banhos de limpeza dos
filhos do orixá. O limão-bravo juntamente com o xarope de bromofórmio, beneficia
brônquios e pulmões, pondo fim às tosses rebeldes e crônicas.
LOUREIRO
O loureiro é tido como símbolo da ressurreição, sendo usado na cura, na divinação e
nos sonhos mágicos. Os herbalistas da antiguidade usavam suas raízes para tratar as
enfermidades do fígado, do baço e de outros órgãos, internos. Acreditavam que os
frutos da árvore podiam neutralizar o veneno das criaturas peçonhentas e auxiliavam
no tratamento das tosses e da tuberculose. As folhas eram tidas como altamente
místicas, sendo usadas para proteger as casas dos raios e dos trovões, e para manter
longe os feiticeiros e os demónios.
LOSNA - Emprega-se nos abô e nos banhos de descarrego ou limpeza dos filhos do
orixá a que pertence. É usada pela medicina caseira como poderoso vermífugo, mais
particularmente usada na destruição das solitárias, usando-se o chá. É energético
tônico e debeladora de febres.
MAMÃO BRAVO
Planta utilizada nos banhos de limpeza, descarrego e nos banhos fortes. Além de ser
muito empregada nos ebó de defesa, sendo substituída de três em três dias, porque o
orixá exige que a erva esteja sempre nova. O povo a utiliza para curar feridas.
MAMINHA DE PORCA
Somente seus galhos são usados no ritual e em sacudimentos domiciliares. O povo a
indica como restaurador orgânico e tonificador do organismo. Sua casca cozida tem
grande eficácia sobre as mordeduras de cobra.
MAMONA
Ewé Lárà Funfun, pertence aos orisás - OMOLÚ , ÒSÓNYÌN e ÈXÙ
Suas folhas servem como recipiente para arriar o ebó de Exu. As sementes socadas
vão servir para purificar o otá de Exu. Não tem uso na medicina popular.
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.
MANJERICÃO ROXO: Empregado nas obrigações de Orí dos filhos de omulú, Colhido
e seco, suas folhas previne contra raios e coriscos em dias de tempestade, usando o
defumador. Também é usada como purificador de ambiente. Não possui uso na
medicina caseira.
MANGUE CEBOLA
No ritual, a cebola é usada nos sacudimentos domiciliares. Corte a cebola em pedaços
miúdos e, entoando em voz alta o canto de Exu, a espalhe pela casa, nos cantos e
sob os móveis. Na medicina caseira, a cebola do mangue esmagada cura feridas
rebeldes.
MANGUEIRA
É aplicada nos banhos fortes e nas obrigações de ori, misturada com aroeira, pinhão-
roxo, cajueiro e vassourinha-de-relógio, do pescoço para baixo. Ao terminar, vista uma
roupa limpa. As folhas servem para cobrir o terreiro em dias de abaçá. Na medicina
caseira é indicada para debelar diarréias rebeldes e asma. O cozimento das folhas,
em lavagens vaginais, põe fim ao corrimento.
Ligada aos Deuses Exu e Ogun. Usada pøm banhos de descarego com a mistura de
arueira, pinhão roxo, cajuiero e vassourinha de relogio, do pescoço para baixa As
folhas servem também para cobrir o chão a fim de afastar maus fluidos e larvas
astrais.
MANJERIOBA:
Utilizada nos banhos fortes, nos descarregos, nas limpezas pessoais e domiciliares e
nos sacudimentos pessoais, sempre do pescoço para baixo. O povo a indica como
regulador menstrual, beneficiando os órgãos genitais. Utiliza-se o chá em cozimento.
MANJERICÃO ROXO
Ligada aos Deuses Obaluayê, Xangô, Tempo, Iansã. Colhido e posto a secar, é
grande preventivo contra raios, coriscos, em dias de tempestades, usando-se o
defumador. Usa-se em defumaçâo como purificador do ambiente. É indispensâvel
como banho de descarrego e proteção. Na medicina caseira é usado, como os outros,
para males do aparelho digestivo e eliminador de gases.
MARIA MOLE
Aplicada nos banhos de limpeza e descarrego, muito procurada para sacudimentos
domiciliares. O povo a indica em cozimento nas dispepsias e como excelente
adstringente.
MATA CABRAS
Muito utilizado para afugentar eguns e destruir larvas astrais. As pessoas que a usam
não devem tocá-la sem cobrir as mãos com pano ou papel, para depois despachá-la
na encruzilhada. O povo indica o cozimento de suas folhas e caules para tirar dores
dos pés e pernas, com banho morno.
MATA PASTO
Seus galhos são muito utilizados nos banhos de limpeza, descarrego, nos
sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo a indica contra febres malignas e
incômodos digestivos.
MELANCIA
Diurética e nutritiva. Indicada para doenças nos rins, purifica o fígado, combate
resfriado e bronquites. Seu consumo é altamente indicado em casos de obstrução
renal pois seu suco promove a rápida eliminação do ácido úrico. Em estado natural
auxilia no tratamento de artrite, reumatismo, acidez gástrica, dispepsia, afecções dos
rins e da bexiga.
MILHO, Igbado ou Agbado, por sua capacidade de nascer em qualquer lugar e a força
de crescer rapidamente, é utilizado cru em Oogun para prosperidade, sucesso
financeiro, gestação, mas torrado é para paralisar estagio de doença, neutralizar
paixão obsessiva com perseguição e outros sintomas mentais. Como Adimu é utilizado
para agradar Ogun, Logun, Osoosi, Obaluwaiye, Oba, Oya, Onilé, etc. Não é
aconselhável oferecer Agbado à Eshù, por ser um grão muito duro é compreendido
como uma trava, trancando a mobilidade natural de Eshù, a não ser que use como
Oogun (magia) a fim de travar ou paralisar uma situação especifica.
Narciso dos Jardins - Entra nos trabalhos em razão de ser suporte para o fetiche de
Ossaim, para o assentamento. Para ser utilizada, plante-a em um pote, no canto do
vegetal, coloque o fetiche e por dentro do pote prenda o pé do fetiche com um pouco
de tabatinga deixa-se secar em lugar longe de correntes de vento para que possam ter
perfeita fixação. Quando estiver seco, o trabalho, procede-se com o sacrifício da ave
correspondente ao orixá da folha (o galo), deixando o ejé banhar todo o fetiche.
Acrescente fumo de rolo, banhe todo o fetiche com vinho moscatel e mel de abelhas,
separadamente. Ao terminar, coloque o pote, com um abrigo circular por cima, e leve-
o para cima do telhado do terreiro, lado esquerdo de casa e direito de quem a olha de
frente. Não possui uso na medicina popular, pois é tida como planta venenosa.
Noz Moscada
Desta erva utiliza-se o pó em mistura com a canela também em pó. Isto feito, espalha-
se no ambiente caseiro ou em lugar onde se exerce atividade, para melhoria das
condições financeiras. É também usado como defumador. Não possui uso na medicina
popular.
OITI
Nome científico: Licania tomentosa Kuntze
Parte usada: Folha.
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: Planta macerada com água fria, para banhos destinados ao
Candomblé de Caboclo.
Outros empregos: Não informado.
OROGBO (Garcinia Kola - Amarga), Fruto quente relativo à morte, no entanto propicia
felicidade, alegria e saúde no Igbori ou como oferta a qualquer outro Orisa,
principalmente Obaluwaiye, Shango, Ogun, Egungun. No caso de Shango e os
Egungun é utilizado o Orogbo em vez do obi. O orogbo ou Obi são também usados
para dar forças às palavras em forma de um Afoshè que deve ser mastigado
juntamente com Ataarê, esse Afoshè fornece força às palavras que saem da boca nos
momentos de invocações, exaltação, orações, canções e pedidos.
PATA DE VACA - ABÀFÈ Pertence aos orisás, OBALUAYE , OYA.
Usado em BANHOS E CHÁ CONTRA DIABETES , AFECÇÕES RENAIS ,
INCONTINÊNCIA URINÁRIA , NO COMBATE a ELEFANTÍASE..
PARARRAIO
Nome científico: Melia azedarach L.
Parte usada: Folha.
Restrição de uso: Não indicado.
Uso ritualístico: Amací da Orixá Iansã.
Outros empregos: O chá pode ser usado como banho para aliviar irritações na pele e
cabeça.
PARIETÁRIA VIDRO
Ligada aos Deuses Obaluayê e e Oxun. Apesar de fazer parte da família das urtigas,
esta qualidade é inofensiva ao contato das mãos. Na medicina caseira é usada como
diurético, das vias urininárias (urina solta). É empregada, em cozimento das folhas,
para os males da pele.
PACTHULI
Nome científico: Pogostemon cablin Benth.
Parte usada: Folha.
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: Planta macerada com água fria, para banhos de limpeza, atração e
assentamento do Orixá Oxum.
Outros empregos: A planta macerada com água libera forte aroma, que é utilizado
como aromatizante de roupas.
PÉ DE PERDIZ
Nome científico: Croton perdicipes A. St. Hill.
Parte usada: Folha.
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: Amací do Orixá Iansã.
Outros empregos: O chá pode ser usado como banho para aliviar irritações na pele e
cabeça.
PIMENTA, Ataarê (pimenta da costa); usada para ativar a energia dos Orisa, Ori e
Ancestrais,
quando mastigada e borrifada com Oti-Oloje sobre assentamentos e Ebó’s. Atarê
mastigada com Obi ou Orogbo propicia força às palavras que saem da boca nos
momentos de invocações, exaltação, orações, canções e suplicas.
PIMENTA Ata iná (pimenta malagueta), por sua característica caustica é usada numa
Oogun para ativar, esquentar, apressar, encorajar uma energia ou pessoa. Tem um
tipo de Ata que é
ofertada em Sire à Oya e Sango quando estão incorporados em seus Eleguns.
PEPINO, Elegede. Principal alimento do culto de Iyami. Por possuir forma de falo
(pênis) rígido, com muitas sementes fáceis de brrotar ainda tem a capacidade de se
espalhar, multiplicar. Por isso é utilizado como Adimu à todas as Iyami e Yébas, na
finalidade de obter fertilidade, prosperidade, crescimento e abundancia. Também
usado nas Oogun (magia) que atraem homem para casamento.
PEREGUM AMARELO
Nome científico: Dracaena fragans Ker Gawl.
Parte usada: Folha.
Restrição de uso: Não informado.
Uso ritualístico: Cama de folha para o Orixá Oxumaré.
Outros empregos: Não informado.
PITANGUEIRA
Usada para defumações de ambiente para atrair dinheiro. Usa-se as folhas secas,
misturadas com canela em pó, pé de café (virgem), açúcar, cravodaíndia e palha de
alho e bagaço de cana-de-açúcar.
Obs.: Esta defumação é feita da porta da rua para dentro da casa, deixando-se na
área ou quintal o resíduo, para depois despachar-se no dia seguinte, no mato, na praia
ou água corrente. Usada na medicina moderna para dar fim às lombrigas das crianças,
em chá.
PICÃO DE PRAIA: Não possui uso ritualístico. A medicina caseira o indica como
diurético e de grande eficácia nos males da bexiga. Para isso utilize-o sob a forma de
chá.
PIMENTA DARDA:
“Aplicada em banhos fortes e nos assentamentos de Exu. Na medicina caseira, suas
sementes em infusão são anti-helmínticas, destruindo até ameba.
PINDAIBA ou LELEKUN
Nome científico:Xylopia aromatica Mart.
Parte usada: Folha e sementes.
Restrição de uso: Coletar antes do nascer do sol, quando usada para banhos.
Uso ritualístico: A folha e o pó da semente é utilizado em assentamento.
Outros empregos: Utilizada como tempero.
PINHÃO BRANCO:
Aplicada em banhos fortes misturadas com aroeira. Esta planta possui o grande valor
de quebrar encantos e em algumas ocasiões substitui o sacrifício de Exu. Suas
sementes são usadas pelo povo como purgativo. O leite encontrado por dentro dos
galhos é de grande eficácia colocado sobre a erisipela. Porém, deve-se Ter cuidado,
pois esse leite contém uma terrível nódoa que inutiliza as roupas.
PINHAL CORAL:
Erva integrante nos banhos fortes e usadas nos de limpeza e descarrego e nos ebó de
defesa. Na medicina caseira o pinhão coral trata feridas rebeldes e úlceras malignas.
PINHÃO ROXO: No ritual tem as mesmas aplicações descritas para o pinhão branco.
É poderoso nos banhos de limpeza e descarrego, e também nos sacudimentos
domiciliares, usando-se os galhos. Não possui uso na medicina popular.
PIQUI ou PEQUI
Nome científico: Caryocar brasiliense St.Hil
Parte usada: Folha.
Uso ritualístico: Sacudimento e assentamento do Orixá Exu.
Outros empregos: O chá pode ser usado como banho para aliviar irritações na pele e
cabeça.
PITEIRA IMPERIAL
Ligada aos Deuses Ossaiyn, Obaluayê e Tempo. Na medicina caseira, as folhas
verdes e cozidas são o usadas para lavar feridas e dermatoses.
PIXIRICA – Tapixirica:
No ritual faz parte do axé de Exu e Egun. Dela se faz um excelente pó de mudança
que propicia a solução de problemas. O pó feito de suas folhas é usado na magia
maléfica. Na medicina caseira ela é indicada
QUARESMEIRA
Nome científico: Tibouchina granulosa Cogn. Ex Britton
Parte usada: Folha.
Restrição de uso: Não informado.
Uso ritualístico: Cama de folha do Orixá Omolu e Nanã.
Outros empregos: Não informado.
QUIXAMBEIRA:
É aplicada em banhos de descarrego e limpeza para a destruição de eguns e ao pé
desta planta são arriadas obrigações a Exu e a Egun. Na medicina caseira, com suas
cascas em cozimento, atua como energético adstringente. Lavando as feridas, ela
apressa a cicatrização.
Saião
Entra em todas as obrigações de cabeça, quaisquer que sejam os filhos e os orixás.
Utilizada também no sacrifício ritual. Medicinalmente, é utilizada para evitar a
intolerância nas crianças. Dá-se misturado o sumo, com leite. Em qualquer contusão,
socam-se as folhas e coloca-se sobre o machucado, protegido por algodão e gaze. Do
pendão floral ou da flor prepara-se um excelente xarope que põe fim a tosses rebeldes
e bronquites.
Sálvia
Suas folhas e flores são utilizadas nas obrigações de cabeça, nos abô e banhos de
limpeza dos filhos dos orixás a que pertence. Usada pelo povo como tônico
adstringente. Emprega-se em casos de suores profundos, com grande efeito positivo,
contra as aftas e feridas atônicas da boca. É grande aperiente (desdobradora do
apetite).
Sangue de Cristo
Emprega-se em ebori, lavagem de contas e feitura de santo, e usa-se nos abô dos
filhos de Oxalá. É conhecido popularmente como adstringente e tônico geral. Usa-se o
chá ou cozimento das folhas como contraveneno.
SÃO GONÇALINHO - É uma erva santa, pelas múltiplas aplicações ritualísticas a que
está sujeita. Na medicina caseira usa-se como antitérmico e para combater febres
malignas, em chá.
SUMARÉ OU BISTURI-DO-MATO
Ligada aos deuses Obaluayê e Oxóssi. Na medicina caseira os seus efeitos rápidos
promovem a abertura de tumores de qualquer natureza, expulsando o pus e fazendo
cessar dores, para alivio do paciente. Extingue os furúnculos, panarícios, erisipelas.
Contra a inflamações de qualquer origem, abre-se a banana (bulbo) da planta e com
uma colher raspa-se a goma nela contida (mucilagem), colocando sobre a pale
inflamada ou tumorada, cobrindo-se com gaze ou pano limpo.
SABUGUEIRO
Ligada ao Obaluayê, muito usado na medicina caseira para tratamento de cataporas,
sarampo, escarlatina. Usado para suadouro, do cozimento das folhas é um grande
diaforético e debeladora do sarampo. É deciviva no tratamento das doenças eruptivas,
sarampo, catapora e escarlatina. O cozimento das flores é excelente para a brotação
do sarampo.
SAPÊ OU SAPÉ
Ligada ao Deus Exu. As raízes são usadas para banhos de descarrego. após o
sacudimento.
Obs.: O banho é do pescoço para baixo.
TAJUJÁ – Tayuya:
É usada em banhos fortes, de limpeza ou descarrego. A rama do tajujá é utilizada para
circundar o ebó de defesa. O povo a indica como forte purgativo.
Em alguns terreiros é uma árvore dedicada a Òxàlá, onde normalmente é ornada com
faixa de tecido branco e sob a qual colocam-se oferendas de comidas.
TAMIARANGA:
É destinada aos banhos fortes, banhos de descarrego e limpeza. É usada nos ebó de
defesa. O povo a indica para tratar úlceras e feridas malignas.
TINTUREIRA:
Utilizada nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. Bem próximo ao seu tronco
são arriadas as obrigações destinadas a Exu. O povo utiliza o cozimento de suas
folhas como um energético desinflamatório.
TIRIRICA:
Esta plantinha de escasso crescimento apresenta umas pequeninas batatas
aromáticas. Estas são levadas ao fogo e, em seguida, reduzida a pó, o qual funciona
como pó de mudança no ritual. Serve para desocupar casas e, colocadas embaixo da
língua, desodoriza o hálito e afasta eguns.
UMBÚ: Possui aplicação em todos atos da liturgia afro-brasileira, eborí, abo, feitura de
santo, e lavagem de cabeça e de contas. Bastante usada e com resultados positivos
nos Abo de Orí e nos banhos de purificação. O povo usa as cascas em cozimento
para lavagem dos olhos e por fim as moléstias da córnea.
URTIGA - MAMÃO
Ligada ao Deuse Obaluayê. Na medicina caseira, muito usada para cura de erisipela.
Usa-se em chumaço de algodão embebido no leite da planta. Emprega-se o chá das
folhas para debelar males dos ruins ( O banho, forte, afasta influêrncias energéticas de
desencarnados ).
URTIGA BRANCA:
É empregada nos banhos fortes, nos de descarrego e limpeza e nos ebó de defesa.
Faz parte nos assentamentos. O povo a indica contra as hemorragias pulmonares e
brônquicas.
URTIGA VERMELHA:
Participa em quase todas as preparações do ritual, pois entra nos banhos fortes, de
descarrego e limpeza. É axé dos assentamentos de Exu e utilizada nos ebó de defesa.
Esta planta socada e reduzida a pó, produz um pó benfazejo. O povo indica o
cozimento das raízes e folhas em chá como diurético.
VASSOURINHA DE BOTÃO:
Muito empregada nos sacudimentos pessoais e domiciliares. Não possui uso na
medicina popular.
VASSOURINHA DE IGREJA
Ligada ao Deus Exu. Usada para sacudimentos de casas. Juntamente com cipreste e
palha-da-costa, serve para espantar energias de desencarnados e todos os males são
retirados,
VASSOURINHA DE RELOGIO:
Ela somente participa nos sacudimentos domiciliares. Não possui uso na medicina
caseira.
XIQUEXIQUE:
Participa nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. São axé nos assentamentos
de Exu e circundam os ebó de defesa. O povo indica esta erva para os males dos rins.