Eugénio Tavares
Eugénio Tavares
Eugénio Tavares
Eugénio de Paula Tavares nasceu na Ilha Brava, Cabo Verde, a 18 de Outubro de 1867, filho de
Eugénia Roiz Nozolini Tavares e de Francisco de Paula Tavares.
Eugénio Tavares foi a figura cimeira da vida cultural, política e social de Cabo Verde entre 1890 e
1930. Durante essas 3 décadas, ele dominou em todas as áreas a cultura do seu povo tendo sido o
seu maior interprete até aos nossos dias. A sua vastíssima obra vai da poesia à música, da retórica à
ficção, passando pelos ensaios. Durante a festa da língua portuguesa em Sintra, Corsino Fortes,
poeta e antigo embaixador de Cabo Verde em Portugal, intitula-o de "Camões de Cabo Verde" e
realça Eugénio Tavares de fazedor de opinião numa enorme dimensão de pensador.
Eugénio de Paula Tavares realizou trabalhos em diferentes áreas: a Poesia, as Mornas em Letra e
Música, Prosa e Jornalismo onde se retrata a sua vastíssima colaboração em órgãos de comunicação
social onde se destacam: “A Alvorada”, publicado em 1900, é um dos primeiros jornais em língua
portuguesa publicado por Eugénio Tavares em New Bedford, Estados Unidos da América. Neste
jornal Eugénio revela o seu sonho de autonomia para Cabo Verde, sonho esse que virou realidade
75 anos depois com a declaração da independência para a Nação Cabo-verdiana.
A Voz de Cabo Verde, editada por Eugénio Tavares em 1911 é um órgão de comunicação que viria
trazer a público as intenções da recém-proclamada República Portuguesa, no campo da justiça, da
fraternidade e do progresso.
Neste jornal, encontra-se em qualidade e quantidade a colaboração de Eugénio Tavares, que o
elegeu como Príncipe dos jornalistas Cabo-verdianos de todos os tempos.
Eugénio Tavares, poeta de grande “estirpe emocional”, escreveu tanto em crioulo como em
português. Soube interpretar e sentir o seu povo; cantou a estiagem, a partida dos marinheiros para a
pesca da baleia, o mar que os separava da sua “crecheu”, a saudade, o amor,… Criticou a ordem
vigente nas suas “Cartas Caboverdianas” e condenou a emigração para São Tomé.
- A tradição oral de antigos serões em que os folhetins de rodapé dos periódicos fizeram a delícia
dos nossos antepassados;
- Poesias recitadas em reuniões familiares ou em bailes da chamada “primeira sociedade das ilhas.
Fala-nos o velho “Almanaque Luso-Brasileiro de Lembranças”, repositório de quantos versejadores
e charadistas que matavam os seus ócios na vida acanhada das cidades e vilas do arquipélago;
- Fundação de treze associações recreativas e culturais, só na vila da Praia (mais tarde cidade). E
também nas outras ilhas: Fogo, São Vicente, Sal e São Nicolau.
- A partir de 1860, o estudo em certas escolas cabo-verdianas do Latim, do Francês, do Inglês, da
Filosofia Racional e também de rudimentos de Náutica;
- Estudos no antigo Seminário Liceu de São Nicolau. Após a reorganização de 1862 abrangia(m)
dois cursos: o preparatório e o eclesiástico. A fase complementar do curso preparatório abrangia 16
cadeiras (distribuídas por seis anos): Português, Francês, Inglês, Latim, Música (vocal e
instrumental), entre outras.
- Hábito em algumas ilhas – reuniões familiares em que se recitavam poemas de românticos
portugueses e brasileiros, chegando-se até a musicar uns conhecidos versos do escritor Casimiro de
Abreu.
- Os poetas nasciam em Cabo Verde e escreviam em Cabo Verde como se tivessem nascido ou
escrito noutra parte qualquer. Toda a mundividência caracteristicamente regional se lhes escapava.
Eles foram levados, de acordo com a conjuntura social, histórica e cultural da época, a copiar os
padrões do âmbito em que se moviam.
Eugénio Tavares
Eugénio de Paula Tavares (Ilha Brava, 18 de outubro de 1867 — Vila
Nova Sintra, 1 de junho de 1930) foi um jornalista, escritor e poeta cabo-
verdiano.
Poucos como ele souberam traduzir as alegrias e desditas dos filhos da sua
então província portuguesa, em crioulo cabo-verdiano.
Biografia
Não tinha títulos escolares de habilitação. Como José Lopes, outro poeta
cabo-Verdiano, era um autodidata. A ambos tocou igualmente a centelha
do génio. Tavares, possuidor de um carácter impoluto, era também um
orador fluente de raros recursos.
A estadia no Mindelo marcou grandemente o jovem bravense. Colocado na Fazenda Pública
do Tarrafal, descobre a Santiago profunda e seu vernáculo. De regresso à Ilha Brava em 1890,
estava um conhecedor da realidade de Cabo Verde.
Feito Recebedor da Fazenda na Brava, desposou D. Guiomar Leça, senhora de muitas virtudes e
companheira fiel para toda a vida. A partir de então devota-se ao seu sonho, assim descrito por João
José Nunes:
“(...) em plena pujança da vida, estuante de entusiasmo, Eugénio vive um sonho febril que
inflama a sua alma môça e absorve todas as faculdades do seu ser moral - A Felicidade e o
Engrandecimento do Povo Caboverdiano, cuja desgraça atroz ele atribui ao desumano
abandono a que fora votado.”
O Governador Serpa Pinto chega à Colónia e acalenta o sonho do Poeta. Acarinha-o e estimula-o
depois de o conhecer. Eugénio corresponde e a sua pena de jornalista exige justiça e moralidade
para Cabo Verde.
Nesta fase, a sua “morna” ganha conteúdo e sonoridade. Os novos temas são: o Amor, a Ilha, o
Mar, a Mulher, o Emigrante, a Partida, a Saudade.
Entre 1890 e 1900, Eugénio Tavares é o “delfim” de Cabo Verde.
Um poema seu, Mal de amor, encontra-se no CD Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião
da Gama, de Afonso Dias.
Em 1929 colaborou em diversos artigos na "Revista de Espiritismo", órgão da Federação Espírita
Portuguesa. De sua pena saíram vigorosos e destemidos artigos de propaganda neo-espiritualista,
prestando, assim os mais relevantes serviços ao Movimento Espírita português.
Eugénio de Paula Tavares nasceu na Ilha Brava, Cabo Verde, a 18 de Outubro de 1867, filho de
Eugénia Roiz Nozolini Tavares e de Francisco de Paula Tavares.
Eugénio Tavares foi a figura cimeira da vida cultural, política e social de Cabo Verde entre 1890 e
1930. Durante essas 3 décadas, ele dominou em todas as áreas a cultura do seu povo tendo sido o
seu maior interprete até aos nossos dias. A sua vastíssima obra vai da poesia à música, da retórica à
ficção, passando pelos ensaios. Durante a festa da língua portuguesa em Sintra, Corsino Fortes,
poeta e antigo embaixador de Cabo Verde em Portugal, intitula-o de "Camões de Cabo Verde" e
realça Eugénio Tavares de fazedor de opinião numa enorme dimensão de pensador.
Eugénio de Paula Tavares realizou trabalhos em diferentes áreas: a Poesia, as Mornas em Letra e
Música, Prosa e Jornalismo onde se retrata a sua vastíssima colaboração em órgãos de comunicação
social onde se destacam: “A Alvorada”, publicado em 1900, é um dos primeiros jornais em língua
portuguesa publicado por Eugénio Tavares em New Bedford, Estados Unidos da América. Neste
jornal Eugénio revela o seu sonho de autonomia para Cabo Verde, sonho esse que virou realidade
75 anos depois com a declaração da independência para a Nação Cabo-verdiana.
A Voz de Cabo Verde, editada por Eugénio Tavares em 1911 é um órgão de comunicação que viria
trazer a público as intenções da recém-proclamada República Portuguesa, no campo da justiça, da
fraternidade e do progresso.
Neste jornal, encontra-se em qualidade e quantidade a colaboração de Eugénio Tavares, que o
elegeu como Príncipe dos jornalistas Cabo-verdianos de todos os tempos.
Força de Cretcheu
Eugénio Tavares