AUTOPSIAS

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Anatomia Patológica Geral

AUTÓPSIA

Introdução

Designa-se por autópsia o exame médico post-morten, com o objectivo de determinar a causa
da morte e determinar ou confirmar a existência de uma doença, através da realização de um exame
minucioso.
As primeiras necrópsias com o objectivo de estudar os órgãos internos dos bovinos foram
realizadas na China Antiga, e permitiram compreender o funcionamento do corpo de um mamífero.
Enquanto acto médico, a realização de autópsias remonta ao Antigo Egipto, onde era um instrumento
de estudo da anatomia humana (pelos médicos egípcios entre 350 e 200 a.C.). Existem ainda
referências da realização de autópsias por médicos gregos e romanos. Já nos tempos modernos, a
primeira autópsia de que há registo, remonta a 1533, realizada com o objectivo de determinar se dois
gémeos siameses teriam ou não uma só alma. Em 1662, o Tribunal Central de Connecticut ordenou a
realização de uma autópsia para determinar as causas de morte de uma criança, considerando-se
esta a primeira perícia médico-legal realizada com recurso à realização de uma autópsia.
Sendo que uma autópsia é realizada para determinar as causas da morte, considera-se que, em
última instância, funciona também como sistema de controlo de qualidade da intervenção médica,
ajuda a confirmar a existência de novas doenças, e é uma ferramenta essencial da investigação
criminal e do ensino e investigação médica.
Assim, o exame post-morten deve ser sempre realizado em situações em que a morte ocorreu
devido a causas violentas, foi repentina ou inesperada, ocorreu sob circunstâncias pouco claras, está
relacionada com acidentes de trabalho, ocorre em indivíduos que pretendem ser cremados,
dissecados, atirados ao mar ou que o seu corpo fica inviável de alguma forma para exumação futura,
ocorre na prisão ou em doentes psiquiátricos ou constitua uma ameaça à saúde pública. Incluem-se
ainda doentes que morrem no espaço de vinte e quatro horas após anestesia geral ou que neste
período de tempo não foram examinados por um médico.
Muitas vezes considera-se que uma autópsia é desnecessária por a causa da morte ser
evidente, como numa situação de atropelamento ou numa queda. Como diz Carlos Lopes, para além
de ser necessário um relatório médico-legal para comprovar a causa da morte, pode suceder que
aquela que é considerada uma situação evidente, não passa de uma situação aparente que mascara
a verdadeira causa ou um evento que tenha concorrido para precipitar a situação ocasionou a morte.
As autópsias clínicas são realizadas nos hospitais pelos patologistas ou pelo médico responsável
para determinar a causa da morte com fins de pesquisa e de estudo. As autópsias médico-legais são
realizadas com o objectivo de auxiliar numa investigação médico-legal no sentido de determinar as
causas e condições que concorreram para a morte do indivíduo.

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De acordo com o objectivo da sua realização, as autópsias podem ser divididas em três níveis
diferentes:
Completa – todos os órgãos e cavidades corporais são analisadas;
Limitada – quando exclui a cabeça;
Selectiva – quando são examinados órgãos específicos.

No âmbito médico-legal, é fácil dizer que um ferimento por arma de fogo é um caso de
homicídio. No entanto, a autópsia pode revelar que os padrões do ferimento, do ângulo de entrada da
bala e do resíduo de pólvora indicam que a arma estava nas mãos da vítima quando foi disparada
indicam que a arma estava nas mãos da vítima quando foi disparada. Nesta situação, os ferimentos
foram auto-infligidos e são considerados suicídio.

Na autópsia judicial, médico-legal pretende-se averiguar:


Se a morte foi natural ou violenta, investigando a sua causa.
Se a morte violenta resultou de acidente, suicídio, homicídio ou infanticídio.
Qual a natureza do instrumento que produziu os ferimentos, nas mortes de causa traumática.
Se, nos casos de homicídio, os ferimentos foram causa necessária da morte ou somente causa
ocasional.
Se, nos casos de homicídio, os ferimentos fazem ou não presumir intenção de matar.
Por vezes, procura-se ainda determinar:
A data da morte.
A idade do indivíduo (impressões digitais, sexo, idade, altura, fórmula dentária, cicatrizes, tatuagens,
grupo sanguíneo).
Se a morte foi rápida ou precedida de agonia.
Se houve deslocação do cadáver, e qual a sua situação ou posição primitiva.
Se os ferimentos observados na autópsia foram produzidos antes ou depois da morte (colocação de
cadáveres na linha férrea, com o fim de encobrir homicídios).
Qual o ferimento que causou a morte, no caso de múltiplos ferimentos.
A cronologia dos ferimentos.
O número de agressores.
A posição dos agressores e da vítima.
A identidade dos agressores (dextro, esquerdino, ambidextro, grupo sanguíneo em manchas de
sangue resultantes da luta com a vítima, profissão, forma de implantação ou falta de dentes, forma de
mordeduras que a vítima apresente).
Se o indivíduo, na ocasião da morte, estava ou não embriagado (casos e atropelamento, de
agressões).

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Em casos especiais pode ser necessário averiguar outros factos, como por exemplo:
Se os ferimentos foram produzidos por determinado instrumento.
Se as balas encontradas no cadáver foram desfechadas por determinada arma.
Se os projécteis atingiram a vítima directamente ou em consequência de ricochete.
Se a arma de fogo foi disparada a determinada distancia.
Se o indivíduo cujo cadáver se encontra num foco de incêndio viveu naquele foco. (carbonização de
cadáveres, com o fim de encobrir assassinatos)
Se os segmentos cadavéricos examinados resultaram de despedaçamento acidental (hélices de
barcos, veículos pesados, explosões) ou criminoso.
Se o indivíduo morreu em determinado meio líquido.
Se lesões com determinado aspecto podiam ter sido produzido por animais necrófagos.

Sinais de Morte

Os sinais de morte são: paragem da respiração e da circulação, dilatação pupilar,


embaciamento da córnea, amolecimento do globo ocular, arrefecimento do corpo (no tétano, na
cólera, na escarlatina, na varíola, na insolação, na epilepsia, na raiva, a temperatura pode aumentar
depois da morte), rigidez, livores e putrefacção.

Datação da Morte

Apesar de não ser uma datação totalmente exacta, o estudo do cadáver pode auxiliar a
determinar há quanto tempo ocorreu a morte, através da observação da presença de determinados
sinais:

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Rigidez cadavérica

Inicia-se entre duas a quatro horas depois da morte, desaparecendo entre as vinte e as setenta
horas que se lhe seguem. É uma situação que ocorre devido à coagulação do plasma do tecido
muscular esquelético, favorecida pela desidratação e pela acção do ácido láctico formado depois da
morte. A observação do seu desaparecimento ocorre ao longo do corpo pela mesma ordem de
aparecimento.

Livores cadavéricos

São produzidos pela acumulação sanguínea, por acção da gravidade, nas partes declivosas
não comprimidas, apresentando-se particularmente abundantes nos casos em que não houve
hemorragia. Começam a aparecer na terceira a quarta hora depois da morte, atingindo o máximo de
intensidade entre a 12ª e a 15ª hora depois do seu início.
Se a posição do corpo for modificada nas doze primeiras horas posteriores à morte ocorre a
deslocação dos livores, que adquirem localização definitiva 24 horas depois do início da sua
formação.

Apresentam coloração específica em algumas situações bem definidas:


Cor vermelho-clara – envenenamentos por óxido de carbono, ácido cianídrico e pelos barbitúricos.
Por acção do frio.
Cor de chocolate – envenenamento pelo clorato de potássio.
Cor vermelho-escura – nas asfixias.
Nas vísceras formam-se as hipostases viscerais.

Espasmo cadavérico

Pode ser generalizado ou localizado a determinadas regiões do corpo e surge principalmente


em casos de morte instantânea consecutiva a ferimentos dos centros nervosos superiores e do
coração, podendo também ser observado após doenças convulsivas, nos envenenamento por
estricnina e na fulguração.

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Putrefacção

Apresenta-se como a aquisição de uma tonalidade esverdeada na região abdominal, devido à


transformação da hemoglobina em sulfo-hemoglobina por acção do ácido sulfídrico. Surge
primariamente na fossa ilíaca direita (proximidade do ceco) e invade sucessivamente a parede do
abdómen, tórax, pescoço e face, estendendo-se depois aos membros.
Antes de se iniciar, observa-se o desenhar da rede venosa, sob a forma de manchas alongadas de
cor arroxeada devidas à injecção dos vasos superficiais pelo sangue alterado, que é impelido para a
periferia por acção dos gases de putrefacção que se desenvolvem nas vísceras pela decomposição
microbiana das substâncias albuminóides.
Depois desta fase, surgem nos tegumentos vesículas com líquido escuro e gases de putrefacção, que
determinam a ruptura destas vesículas, com o destacar da pele, cabelos, unhas.

Aceleram a putrefacção:
O calor pouco elevado entre os 37ºC – 38ºC.
A humidade. Os cadáveres de hidrópicos e de indivíduos retirados da água putrefazem-se
rapidamente.
A exposição ao ar livre. Em parte porque são aeróbios os microorganismos que em primeiro lugar
intervêm no processo putrefactivo, os cadáveres expostos ao ar livre putrefazem-se mais rapidamente
do que os imersos na água ou inumados, sendo a putrefacção mais rápida na água do que na terra.
As doenças septicémicas. Devido à invasão do meio interno pelos MO.
A intensa congestão visceral (asfixia aguda).
A agonia. Em que há passagem de bactérias do intestino para o sangue.
A obesidade. Talvez porque os cadáveres dos obesos retêm mais calor.
A mutilação. Porque as soluções de continuidade são portas abertas aos MO.

Retardam a putrefacção:
Recém-nascidos
Intoxicações com ácido cianídrico, ácido fénico, óxido de carbono, sublimado, arsénio.
Na água salgada, na água pura, na água corrente.

Saponificação

Observam-se bem aparentes os sulcos de estrangulamento ou enforcamento. Forma-se nos


cadáveres imersos em líquido estagnado ou inumados em solo húmido e argiloso, não se formando
nunca em corpos expostos ao ar.

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Mumificação

O cadáver perde água, seca e a putrefacção não progride.Ocorre aquando da exposição do


corpo a meio quente, seco e arejado com evaporação rápida e mumificação.

Estudo do cadáver – resumo

Exame externo

Procuram-se sinais estranhos no exterior do cadáver:


- sinais ou manchar suspeitas,
- hematomas,
- vasos na região peri-umbilical,
- observação da cor da pele,
- livores.
Quando o corpo é recebido, os selos do invólucro de transporte são quebrados e o corpo é
fotografado dentro deste. Na autópsia forense, é importante que o médico legista observe as roupas
do morto e a posição delas. São colhidas evidências das superfícies externas do corpo. Amostras de
cabelo, impressões digitais, resíduos de disparo, fibras, lascas de pintura e qualquer outro objecto
estranho encontrado na superfície do corpo são recolhidos e catalogados.
Se o protocolo exigir, na situação de morte em que ocorreu, o corpo poderá ser radiografado.

Exame interno

Denomina-se por exame interno ou estudo do hábito interno a observação do cadáver, depois de
incisionado, consistindo no estudo do aspecto geral e de cada um dos órgãos individualmente.
O exame interno começa com uma incisão larga e profunda, em forma de Y, que é feita de ombro a
ombro, passando pelo esterno e que vai até ao púbis. Quando uma mulher é examinada, a incisão
em Y é curvada em torno da base da mama, antes de passar pelo esterno.

Exames complementares

Pode-se fazer a colheita de fragmentos de órgãos, para estudo e pesquisa de alterações


microscópicas que não se traduzem por alterações macroscópicas.

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Tipos de autópsias

As autópsias podem ser médico-legais ou anatomopatológicas, sendo que ambas têm como
objectivo a determinação da causa da morte. No entanto, as autópsias anatomopatológicas podem
ainda ser realizadas com objectivos de confirmação de diagnóstico, investigação ou ensino.

Autópsia completa do adulto

É um procedimento de rotina que compreende um estudo morfológico de todos os órgãos e


exames complementares de acordo com a patologia encontrada e/ou o quadro clínico e antecedentes
conhecidos ou suspeitos.

Autópsia pediátrica completa

Equivale à autópsia completa do adulto, apresentando algumas particularidades de natureza


técnica e relacionadas com a morfologia e fisiologia do feto, recém-nascido ou criança.

Na autósia peri-natal há que ter em conta que não é preciso cerrar a calote craniana, mas é só
necessário fazer pequenas incisões. É fundamental a observação de possíveis malformações.

Quando se faz autópsia materna, deve-se fazer também a observação da placenta, que pode
ser fornecida à parte devido a remoção cirúrgica.

Autópsias do pós-operatório

Habitualmente complexas e requerem cuidados especiais consoante as técnicas cirúrugicas


empregues, para que o exame necrópsico não mascare alterações causadas pela intervenção
cirúrgica anterior.

Autópsias parcelares

São feitas com restrição do acesso aos órgãos internos, podendo haver acesso a apenas alguns
deles: através de incisão cutânea limitada, através de ferida cirúrgica, através da vagina e/ou ânus e
através da punção com agulhas.

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Regras Gerais da Autópsia


Não autopsiar antes de terem decorrido 24 horas após o falecimento
Com excepção das situações em que há putrefacção rápida, epidemias, necessidade de exames
histopatológicos de órgãos que rapidamente se alteram, conveniência ou necessidade de exames
bateriológicos ou intoxicação por substâncias voláteis.
A equipa deve ser sempre constituída por: dois peritos, sendo um operador (posicionado à direita do
cadáver) e outro ajudante (posiciona-se à esquerda do cadáver). Todas as observações devem ser
descritas em voz alta para registo pelo escrivão. São tarefas do ajudante medir as lesões traumáticas,
manter o campo operatório limpo, limpar os ferros, pesar as vísceras. Dita alto tudo o que vai
observando.
O cadáver é colocado em decúbito dorsal, sendo necessário levantar a cabeça com o auxílio de um
objecto duro colocado sob a nuca para a realização da autópsia da cabeça.
Examinar as regiões posteriores, mantendo o corpo em decúbito lateral. Para extracção da medula e
exame da coluna vertebral, coloca-se o cadáver em decúbito ventral.
Não deitar sobre o cadáver ou as vísceras nenhuma substância, com o fim de desinfectar ou
desodorizar.
Começar a abertura do cadáver pela região ou cavidade onde existem ou se supõe existir as lesões
determinantes da morte.
Proceder com método, segundo plano previamente conhecido, e sem pressas.
Não desfigurar a forma externa do cadáver.
Modificar a direcção e situação dos cortes indicados pelas técnicas, para não atingir lesões recentes
ou cicatrizes.
Dar cortes nítidos e amplos.
Abrir e examinar todas as cavidades.
Examinar as vísceras in situ antes de as extrair.
Não mexer nas vísceras com as mãos sujas.
Não repuxar nem comprimir as vísceras no acto da sua extracção.
Esvaziar todas as cavidades naturais ou patológicas que contenham líquidos, e recolhê-los com
proveta uma graduada.
Examinar as vísceras e as lesões antes de as lavar, e lavá-las sempre suavemente.
Pesar os órgãos antes de os abrir.
Não sondar as feridas.
Cortar os órgãos segundo a superfície de maior secção, partindo da superfície ou convexidade maior
para o hilo.
Não cortar os órgãos em retalhos separados.
Colocar os instrumentos sempre no mesmo lugar e ao alcance da mão.
Todos os achados devem ser descritos com “minúcia e precisão”, podendo ser necessário recorrer a
esquemas ou fotografias. A autópsia nunca deve ser interrompida sob nenhum pretexto.

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Técnicas de autópsia

Técnica de Virchow

Consiste em remover os órgãos um a um. Originalmente, o método indicava que se devia


começar pela cavidade craniana, espinhal medula, órgãos do tórax, órgãos cervicais, abdominais e
pélvicos.

Técnica de Letulle

Preconiza a remoção em massa dos órgãos toráxicos, cervicais, abdominais e pélvicos e


posterior dissecção em blocos. É utilizada quando se quer mutilar pouco o cadáver.

Técnica de Rokitansky

Preconiza o estudo dos órgãos in situ, combinando com a sua remoção em bloco.

Técnica de Ghon

Preconiza a separação dos órgãos em bloco: toráxicos e cervicais, abdominais e sistema


urogenital.

Técnica de Terry

Feita por punção (para não se abrir o cadáver). No entanto, tem muitas limitações, porque é
feita às cegas para retirar porções de cada órgão.

Algumas considerações importantes


A autópsia de indivíduos que, por via interna, foram tratados por isótopos radioactivos deve ser
efectuada o mais tarde possível (mas antes que surja putrefacção que dificulte ou impeça
diagnósticos), sendo necessário usar luvas especiais bem como tesouras e escalpelos muito
compridos, lavar demoradamente os instrumentos utilizados antes de os guardar e diluir os líquidos
orgânicos provenientes do exame.

Cuidados pós-autópsia
“Terminada uma autópsia, cumpre recolher em suas próprias cavidades as vísceras retiradas
que não forem reservadas para análise microscópica ou toxicológica, e fechar depois todas as três

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cavidades por meio de pontos de sutura, a fio de linho forte, a fim de não embaraçar qualquer nova
verificação que venha a ser necessário fazer em nova autópsia.”

Quesstão – Exemplo

Foi encontrado um cadáver de um indivíduo do sexo masculino com idade aparente de 35-40
anos, que se apresenta com livores dorsais pronunciados e sem rigidez cadavérica, com uma
temperatura de 18ºC. O corpo encontrava-se, em decúbito ventral, na via pública e a alguns metros
de distância foi encontrada uma faca ensanguentada. A temperatura ambiente era de 18 ºC.

A morte do indivíduo terá ocorrido há quanto tempo? Justifique a sua datação. Que aspectos
fundamentais devem ser tidos em conta aquando da observação do hábito externo deste cadáver,?

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