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CAMPUS COLINAS - MA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
EPIDEMIOLOGIA

INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA

Profº Enf. Esp. Francisco Alan


INTRODUÇÃO
Epidemiologia é o estudo dos fatores que
determinam a frequência e a distribuição das
doenças nas coletividades humanas. Enquanto a
clínica dedica-se ao estudo da doença no
indivíduo, analisando caso a caso, a
epidemiologia debruça-se sobre os problemas
de saúde em grupos de pessoas, às vezes grupos
pequenos, na maioria das vezes envolvendo
populações numerosas (Associação
Internacional de Epidemiologia).
INTRODUÇÃO
A epidemiologia originou-se das
observações de Hipócrates feitas há mais de
2000 anos de que fatores ambientais
influenciam a ocorrência de doenças.
Entretanto, foi somente no século XIX que a
distribuição das doenças em grupos humanos
específicos passou a ser medida em larga
escala. Isso determinou não somente o início
formal da epidemiologia como também as suas
mais espetaculares descobertas.
INTRODUÇÃO
A abordagem epidemiológica que compara
os coeficientes (ou taxas) de doenças em
subgrupos populacionais tornou-se uma prática
comum no final do século XIX e início do século
XX. A sua aplicação foi inicialmente feita visando
o controle de doenças transmissíveis e,
posteriormente, no estudo das relações entre
condições ou agentes ambientais e doenças
específicas. Na segunda metade do século XX,
esses métodos foram aplicados para doenças
crônicas não transmissíveis.
INTRODUÇÃO

A epidemiologia atual é uma disciplina


relativamente nova e usa métodos quantitativos
para estudar a ocorrência de doenças nas
populações humanas e para definir estratégias
de prevenção e controle.
INTRODUÇÃO
Por exemplo, por volta de 1950, cientistas
estudaram a relação entre hábito de fumar e a
ocorrência de câncer de pulmão entre médicos
britânicos. Esse trabalho foi precedido de
estudos experimentais sobre o poder
carcinogênico do tabaco e por observações
clínicas relacionando o hábito de fumar e outros
possíveis fatores ao câncer de pulmão. Através
de longos períodos de acompanhamento, eles
foram capazes de demonstrar a associação entre
o hábito de fumar e o câncer de pulmão.
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS
John Snow identificou o local de moradia
de cada pessoa que morreu por cólera em
Londres entre 1848-49 e 1853-54 e notou uma
evidente associação entre a origem da água
utilizada para beber e as mortes ocorridas. A
partir disso, Snow comparou o número de
óbitos por cólera em áreas abastecidas por
diferentes companhias e verificou que a taxa de
mortes foi mais alta entre as pessoas que
consumiam água fornecida pela companhia
Southwark.
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS
Baseado nessa sua investigação, Snow
construiu a teoria sobre a transmissão das
doenças infecciosas em geral e sugeriu que a
cólera era disseminada através da água
contaminada. Dessa forma, foi capaz de propor
melhorias no suprimento de água, mesmo antes
da descoberta do micro-organismo causador da
cólera; além disso, sua pesquisa teve impacto
direto sobre as políticas públicas de saúde.
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS
O trabalho de Snow relembra que medidas
de saúde pública, tais como melhorias no
abastecimento de água e saneamento, têm
trazido enormes contribuições para a saúde das
populações. Ficou ainda demonstrado que,
desde 1850, estudos epidemiológicos têm
identificado medidas apropriadas a serem
adotadas em saúde pública. Entretanto,
epidemias de cólera são ainda frequentes nas
populações pobres, especialmente em países
em desenvolvimento.
DEFINIÇÕES

John Last define a epidemiologia como “o


estudo da distribuição e dos determinantes de
estados ou eventos relacionados à saúde em
populações específicas, e sua aplicação na
prevenção e controle dos problemas de saúde”.
DEFINIÇÕES
Essa definição deixa claro que os
epidemiologistas estão preocupados não
somente com a incapacidade, doença ou morte,
mas, também, com a melhoria dos indicadores
de saúde e com maneiras de promover saúde. O
termo “doença” compreende todas as
mudanças desfavoráveis em saúde, incluindo
acidentes e doenças mentais.
ÁREA DE ATUAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
O alvo de um estudo epidemiológico é
sempre uma população humana, que pode ser
definida em termos geográficos ou outro
qualquer. Por exemplo, um grupo específico de
pacientes hospitalizados ou trabalhadores de
uma indústria pode constituir uma unidade de
estudo.
ÁREA DE ATUAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
Em geral, a população utilizada em um
estudo epidemiológico é aquela localizada em
uma determinada área ou país em um certo
momento do tempo. Isso forma a base para
definir subgrupos de acordo com o sexo, grupo
etário, etnia e outros aspectos. Considerando
que as estruturas populacionais variam
conforme a área geográfica e o tempo, isso deve
ser levado em conta nas análises
epidemiológicas.
EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA
Em termos gerais, saúde pública refere-se
a ações coletivas visando melhorar a saúde das
populações. A epidemiologia, uma das
ferramentas para melhorar a saúde pública, é
utilizada de várias formas. Os primeiros estudos
epidemiológicos tinham por objetivos investigar
a causa (etiologia) das doenças transmissíveis.
EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA
Tais estudos continuam sendo essenciais
porque possibilitam a identificação de métodos
preventivos. Nesse sentido, a epidemiologia é
uma ciência médica básica que tem por objetivo
melhorar a saúde das populações,
especialmente dos menos favorecidos.
CAUSALIDADE DAS DOENÇAS
Embora algumas doenças sejam causadas
unicamente por fatores genéticos, a maioria
delas resulta da interação destes com fatores
ambientais. A diabetes, por exemplo, apresenta
os componentes genéticos e ambientais. Nesse
contexto, o ambiente é definido da forma mais
ampla possível para permitir a inclusão de
qualquer fator biológico, químico, físico,
psicológico, econômico e cultural, que possa
afetar a saúde.
CAUSALIDADE DAS DOENÇAS
O comportamento e o estilo de vida são de
grande importância nessa conexão, e a
epidemiologia é cada vez mais usada para
estudar a influência e a possibilidade de
intervenção preventiva através da promoção da
saúde.
CAUSALIDADE DAS DOENÇAS
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
A epidemiologia está, também,
preocupada com a evolução e o desfecho
(história natural) das doenças nos indivíduos e
nos grupos populacionais. A aplicação dos
princípios e métodos epidemiológicos no
manejo de problemas encontrados na prática
médica com pacientes, levou ao
desenvolvimento da epidemiologia clínica.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
ESTADO DE SAÚDE DAS POPULAÇÕES
A epidemiologia é frequentemente
utilizada para descrever o estado de saúde de
grupos populacionais. O conhecimento da carga
de doenças que subsiste na população é
essencial para as autoridades em saúde. Esse
conhecimento permite melhor utilização de
recursos através da identificação de programas
curativos e preventivos prioritários à população.
ESTADO DE SAÚDE DAS POPULAÇÕES
AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES
Archie Cochrane convenceu
epidemiologistas a avaliar a efetividade e a
eficiência dos serviços de saúde. Como exemplo
pode-se citar a determinação do tempo ideal de
internação hospitalar por condições específicas,
o custo do tratamento da hipertensão arterial
sistêmica, a eficiência de medidas sanitárias no
controle da doença diarreica e o impacto sobre
a saúde pública da redução dos níveis de
chumbo nos derivados de petróleo.
AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES
AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES
A aplicação de princípios e métodos
epidemiológicos na solução de problemas
encontrados na prática médica com pacientes
resultou no desenvolvimento da epidemiologia
clínica. Similarmente, a epidemiologia tem
expandido para outros campos tais como a
farmacoepidemiologia, epidemiologia molecular
e a epidemiologia genética.
AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES

A Epidemiologia molecular mede a exposição a


substâncias específicas e a resposta biológica
precoce através:

● da avaliação das características do hospedeiro


mediante resposta aos agentes externos; e
● do uso de marcadores bioquímicos de efeito
específico para separar categorias de doenças.
AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES
A Epidemiologia genética lida com a etiologia,
distribuição e controle de doenças em grupos
familiares e com a herança genética de doenças
nas populações. As pesquisas em epidemiologia
genética nas famílias ou nas populações têm por
objetivo estabelecer:
● o componente genético da doença;
● a magnitude do efeito genético em relação a
outras fontes de variação no risco de doença; e
● identificar o gene ou genes responsáveis pela
doença.
AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES

A epidemiologia genética dentro da saúde


pública inclui:

● programas de rastreamento populacional;


● organização e avaliação dos serviços de saúde
para pacientes com doenças genéticas; e
● avaliação do impacto da genética na prática
médica.
CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA
Varíola
A erradicação da varíola contribuiu
enormemente para a saúde e o bem-estar de
milhares de pessoas, principalmente nos países
pobres. A varíola ilustra as realizações e
frustrações da saúde pública moderna. Em 1790
foi demonstrado que a contaminação pela
varíola bovina conferia proteção contra a varíola
humana. No entanto, somente 200 anos mais
tarde é que foram aceitos e difundidos os
benefícios dessa descoberta.
CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA
Varíola
Uma intensa campanha para eliminar a
varíola humana foi coordenada durante muitos
anos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A epidemiologia desempenhou papel central
nesse processo, principalmente por:
● fornecer informações sobre a distribuição dos
casos e sobre o modelo, mecanismos e níveis de
transmissão;
● mapeamento de epidemias da doença; e
● avaliação das medidas de controle instituídas.
CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA
CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA
Varíola
Quando o programa de erradicação da
varíola em 10 anos foi proposto pela OMS em
1967, 10 a 15 milhões de novos casos e dois
milhões de mortes ocorriam anualmente em 31
países. Entre 1967 e 1976, houve registro da
doença somente em dois países, sendo que o
último caso notificado, em 1977, era o de uma
mulher que havia sido contaminada pelo vírus
em laboratório. A varíola foi declarada
erradicada em 8 de maio de 1980.
CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA
Varíola
Vários fatores contribuíram para o sucesso
desse programa: compromisso político
universal, objetivos técnicos definidos,
cronograma preciso, treinamento adequado aos
profissionais de saúde e estratégias flexíveis.
Além disso, a doença possuía muitas
características que tornaram a sua eliminação
possível, e havia disponibilidade de uma vacina
termoestável efetiva.
CONQUISTAS DA EPIDEMIOLOGIA
Varíola
Em 1979 a OMS possuía estoque suficiente
para vacinar contra varíola 200 milhões de
pessoas. Esse estoque foi, em seguida, reduzido
para 2,5 milhões de doses, mas dada a
possibilidade de a varíola ser usada como uma
arma biológica, a OMS continua a manter em
estoque uma quantidade adequada de vacina.
ENVENENAMENTO POR METILMERCÚRIO
Na idade média, o mercúrio já era
conhecido como uma substância perigosa. Mais
recentemente tornou-se um símbolo do perigo
da poluição ambiental. Na década de 1950,
compostos de mercúrio foram liberados na
descarga de água de uma indústria em
Minamata, Japão, dentro de uma pequena baía.
Isso levou à acumulação de metilmercúrio nos
peixes, causando grave envenenamento nas
pessoas que os ingeriram.
ENVENENAMENTO POR METILMERCÚRIO
ENVENENAMENTO POR METILMERCÚRIO
Esse foi o primeiro relato de epidemia por
envenenamento com metilmercúrio envolvendo
peixes, e levou vários anos de pesquisa para que
fosse identificada a causa exata do
envenenamento. A doença de Minamata
tornou-se uma das doenças ambientais melhor
documentadas. Uma segunda epidemia ocorreu
na década de 1960 em outra região do Japão.
Desde então, envenenamentos menos severos
por metilmercúrio em peixes têm sido
notificados em diversos países.
FEBRE E DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA
A febre reumática e a doença cardíaca
reumática estão associadas com o baixo nível
socioeconômico, particularmente em habitações
precárias e aglomeração familiar, situações
essas que favorecem a disseminação de
infecções estreptocócicas das vias aéreas
superiores. Nos países mais desenvolvidos, o
declínio da febre reumática começou no início
do século XX muito antes da introdução de
drogas efetivas, tais como as sulfonamidas e a
penicilina.
FEBRE E DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA
FEBRE E DOENÇA CARDÍACA REUMÁTICA
Atualmente, essa doença quase
desapareceu em países desenvolvidos, embora
ainda existam bolsões de incidência
relativamente alta entre grupos
socioeconomicamente menos favorecidos.
Estudos epidemiológicos têm, também,
demonstrado a importância de fatores
socioeconômicos na ocorrência de epidemias da
febre reumática e na difusão da amigdalite
estreptocócica.
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO
A deficiência de iodo, predominante em
certas regiões montanhosas, causa perda da
energia física e mental associada com a
produção inadequada do hormônio da tireoide,
que contém iodo. O bócio e o cretinismo foram
inicialmente descritos há cerca de 400 anos,
mas somente no século XX é que foi adquirido
conhecimento suficiente que permitiu sua
efetiva prevenção e controle.
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO
Em 1915, o bócio endêmico foi
denominado a doença de mais fácil prevenção,
e o uso do sal iodado para o seu controle foi
proposto no mesmo ano na Suíça. Os primeiros
ensaios clínicos com iodo foram realizados em
Ohio, EUA, com 5 mil adolescentes do sexo
feminino com idade entre 11 e 18 anos. Os
efeitos profiláticos e terapêuticos foram
impressionantes e, em 1924, o sal iodado foi,
então, introduzido em larga escala em vários
países.
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO

O uso de sal iodado é efetivo porque é


consumido em todas as classes sociais, em
quantidade aproximadamente igual, durante
todo o ano. O sucesso desse programa depende
da produção e da distribuição do sal, do
cumprimento de leis regulatórias, de controle
de qualidade e conscientização pública.
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO
TABAGISMO, ASBESTO E CÂNCER DE PULMÃO
O câncer de pulmão era uma doença rara,
mas, a partir de 1930, houve um aumento
dramático na sua ocorrência, principalmente
entre homens. Atualmente, está claro que a
principal causa de aumento da taxa de câncer
de pulmão é o tabagismo. Os primeiros estudos
epidemiológicos estabelecendo a ligação entre o
câncer de pulmão e o hábito de fumar foram
publicados em 1950: cinco estudos de casos e
controles mostraram que o tabagismo estava
associado com câncer de pulmão em homens.
TABAGISMO, ASBESTO E CÂNCER DE PULMÃO
Existem, entretanto, outras causas tais
como a poeira do asbesto e a poluição do ar em
áreas urbanas que contribuem para o aumento
na ocorrência de câncer de pulmão. A exposição
ao fumo e ao asbesto interagem elevando
substancialmente as taxas de câncer de pulmão
nos trabalhadores que estão expostos a ambos.
Os estudos epidemiológicos podem fornecer
medidas quantitativas da contribuição de
diferentes fatores ambientais na causalidade das
doenças.
TABAGISMO, ASBESTO E CÂNCER DE PULMÃO
FRATURA DE QUADRIL
A pesquisa epidemiológica sobre acidentes
envolve, frequentemente, a colaboração entre
epidemiologistas e profissionais das áreas
sociais e ambientais. Traumas relacionados a
quedas, sobretudo fratura de colo de fêmur
(fraturas de quadril) em pessoas idosas, têm
atraído a atenção dos pesquisadores devido às
implicações para os serviços de saúde quanto ao
atendimento dessa população.
FRATURA DE QUADRIL
As fraturas de colo de fêmur aumentam
exponencialmente com a idade. Isto se deve à
maior tendência de sofrer quedas, à intensidade
do trauma na queda e à capacidade de o osso
suportar esses traumas. Com o aumento da
população idosa, se esforços não forem dirigidos
visando à prevenção de acidentes, a incidência
de fratura de quadril tenderá a aumentar
proporcionalmente.
FRATURA DE QUADRIL
Dentre todos os traumas, a fratura do colo
do fêmur é a que responde pelo maior tempo
de hospitalização e pelos mais elevados custos
de tratamento. Em um estudo realizado na
Holanda sobre o custo decorrente de traumas, a
fratura de quadril – que ocupou somente a
décima quarta colocação entre 25 tipos de
acidentes – respondeu por 20% de todos os
gastos associados a acidentes.
FRATURA DE QUADRIL
A maioria das fraturas de colo do fêmur é
decorrente de quedas, enquanto a maioria dos
óbitos associados a essas quedas é resultante de
complicações dessas fraturas, especialmente
entre idosos. Entretanto, a importância relativa
dessas influências não é clara e, como
consequência, a estratégia ideal para prevenir
fraturas de quadril não está bem definida. A
epidemiologia tem um papel vital na
identificação de fatores modificáveis que
possam reduzir a ocorrência dessas fraturas.
HIV/AIDS
A síndrome da imunodeficiência adquirida
(AIDS) foi identificada, inicialmente, como uma
doença completamente distinta em 1981, nos
EUA. Em 1990, foi estimado que 10 milhões de
pessoas estavam infectadas pelo vírus da
imunodeficiência adquirida (HIV). Desde então,
25 milhões de pessoas morreram de AIDS e mais
40 milhões de pessoas foram infectadas pelo
HIV, o que torna a doença uma das maiores
epidemias infecciosas já registradas na história
da humanidade.
HIV/AIDS
HIV/AIDS

Dentre as 3,1 milhões de mortes por AIDS


em 2005, aproximadamente 95% ocorreram em
países pobres, sendo 70% na África subsaariana
e 20% na Ásia. A maioria dos 4,3-6,6 milhões de
pessoas recém-infectadas pelo HIV vive nessas
regiões. Entretanto, os níveis de infecção e a
forma de transmissão variam consideravelmente
nessas regiões e entre seus países.
HIV/AIDS

A AIDS tem um longo período de


incubação e, sem tratamento, cerca de metade
dos infectados com o vírus da imunodeficiência
humana desenvolvem a doença dentro de nove
anos de infecção. O vírus é encontrado no
sangue, sêmen e nas secreções vaginais. A
transmissão ocorre principalmente através da
relação sexual ou do compartilhamento de
agulhas contaminadas.
HIV/AIDS
O controle de qualidade do sangue doado,
o incentivo à prática de sexo seguro, o
tratamento de outras doenças sexualmente
transmissíveis, a proibição do compartilhamento
de seringas e a prevenção da transmissão do
vírus da mãe para a criança através da
administração de drogas são as principais
formas para controlar a disseminação do
HIV/AIDS. Não somente a expectativa de vida
das pessoas infectadas tem sido prolongada
como também a sua qualidade tem melhorado.
QUESTÕES PARA ESTUDO
1 De que outras maneiras poderia ser estudado o papel do
abastecimento de água na causalidade das mortes por cólera?

2 Que conclusões podem ser tiradas da Figura 1.2?

3 Que fatores devem ser levados em consideração ao se


interpretar a distribuição geográfica das doenças?

4 Que mudanças foram verificadas na ocorrência de febre


reumática na Dinamarca, durante o período referido na Figura 1.7?
Como explicar isso?

5 O que mostra a Tabela 1.2 sobre a contribuição da exposição ao


asbesto e ao fumo sobre o risco de câncer de pulmão?
QUESTÕES PARA ESTUDO
QUESTÕES PARA ESTUDO
QUESTÕES PARA ESTUDO
OBRIGADO!

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