Iniciação Científica Satélites
Iniciação Científica Satélites
Iniciação Científica Satélites
2. AUTORES:
O presente projeto foi realizado pela discente Aline Mendonça Silva com
orientação do Prof. Dr. Éderson Rosa da Silva.
3. RESUMO:
4. ABSTRACT:
The use of high capacity satellites in the Ka band has grown with increasing
demand. Typical services include: VSAT (Very Small Antenna Terminal
(aperture)) high data rate, TCP / IP over satellite, IPTV (Internet TV
Protocol), HDTV and video distribution. A recent example was the launching
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in 2017 of the satellite SGDC (Geostrategic Satellite of Defense and
Strategic Communications - SGDC), with the aim of massing broadband
Internet access in Brazil. In addition, high-capacity satellite systems play an
increasingly important role as fourth generation (4G) systems evolve into the
fifth generation (5G). Therefore, the study of the main technologies involved,
the analysis of link performance and the tools for the link design of this
system, are very important. In this context, parameters for antenna pointing,
rain attenuation following the ITU-R Recommendation P.838-13
(International Telecommunication Union - Radiocommunications Sector),
path loss, occupied bandwidth and carrier to noise power density ratio. In
addition, two mitigation tools due to rain were tested. In the second stage of
the project, the focus was on the analysis of frequency reuse and its
consequences, such as co-channel interference, as well as carrier-noise,
carrier-interference and carrier-interference + noise calculations. To perform
the calculations, we used an analytical tool developed in MATLAB and the
parameters taken from a theoretical example.
5. INTRODUÇÃO:
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aqueles que operam em FSS da banda Ka. Mais recentemente, um
subconjunto específico de satélites de comunicações que fornecem um
aumento significativo na capacidade, por um fator de 20 ou mais, começou a
aparecer e recebeu a classificação de satélite de alta vazão, ou HTS (High
Throughput Satellite).
A designação inicial de banda larga por satélite foi utilizada para identificar o
serviço FSS que fornecem comunicações bidirecionais com taxas de dados
mais altas do que as redes FSS de banda C e de banda Ku de primeira
geração. Tipicamente, as taxas de dados que excedem 800 kbps, até várias
centenas de Mbps, estavam disponíveis. A maioria dos satélites de banda
larga FSS foram projetados para operar na banda Ka, onde existem
alocações de frequência adequadas.
Para que taxas de transmissão cada vez mais altas sejam possíveis,
diversas estratégias são utilizadas. Neste cenário, podem-se destacar
operação na banda Ka, topologias multi-estrela, antenas multi-feixe,
reutilização de frequência, SIR (Signal to Interference Ratio), dentre outros.
A Figura 2 ilustra uma implementação possível de rede com topologia multi-
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estrela, onde os gateways permitem que a relação G/T (figura de mérito) nas
antenas receptoras seja menor.
O uso de múltiplos feixes pontuais para cobrir a área de serviço permite que
vários feixes reutilizem a mesma banda de frequência, resultando em um
aumento de múltiplos níveis na capacidade do sistema para uma dada
alocação de banda de frequência. O efeito de reutilização de frequência é
semelhante ao aumento da capacidade disponível nas redes celulares, onde
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as células terrestres podem reutilizar a frequência da mesma maneira para
aumentar a capacidade do usuário.
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6. MÉTODOS:
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artigos, como [1], [16] e [15], que foi uma tese desenvolvida a respeito do
foco do trabalho, reuso de frequência usada como base para estudo do
mesmo.
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7. RESULTADOS:
Uma vez que na banda Ka o efeito da chuva é importante, foi dada atenção
especial para o cálculo da atenuação devido à chuva, usando, inicialmente,
a recomendação ITU-R P.618-13 (versão mais recente), onde continha
fórmulas e o passo a passo para a realização dos cálculos. A partir da
recomendação, foram coletadas as fórmulas que seriam utilizadas e
também houve a coleta dos dados contidos no artigo. Assim, inicialmente
foram realizados cálculos feitos a mão e em seguida os mesmos foram
conferidos da ferramenta Excel. Em comparação com o artigo, os valores
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foram bem próximos, com diferença de menos de 1 dB nos cálculos de
atenuação tanto no uplink quanto no downlink, como pode-se reparar nas
Figuras 3 e 4 a seguir.
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10logK, onde a EIRP, a relação G/TSAT e as perdas totais (LTOT ) são
parâmetros encontrados no artigo usado como base e K se define como a
constante de Boltzmann. Ao analisar os resultados dos cálculos e os
presentes no artigo, pode-se concluir que os mesmos tiveram uma
pequena divergência, que se deve ao fato de arredondamentos, e
diferenças nos valores colhidos para o cálculo, o que torna o método
utilizado e a forma como foi calculado, corretos, podendo ser usados para
futuros projetos.
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Figura 7 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK
e DOWNLINK para uma Iluminação Uniforme para Reuso # 7, Spot Beams 127 e
perdas atmosféricas 0,5 dB
Figura 8 – Valores GEO de CNIR para o melhor caso, pior caso e aleatório
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Figura 9 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 7, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
Figura 10 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso # 7, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB
(projeto)
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Figura 11 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 3, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
Figura 12 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso # 3, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB
(projeto)
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Figura 13 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 13, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
Figura 14 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso # 13, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB
(projeto)
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Downlink Uplink Overall
Reuse (CNR = 15.724 dB) (CNR = 11.355 dB) (CNR = 10.0 dB)
CIR 𝐶𝐼𝑅𝑊𝐶 𝐶𝐼𝑅𝐵𝐶 𝐶𝐼𝑅𝑅𝐷𝑀 𝐶𝑁𝐼𝑅𝑊𝐶 𝐶𝑁𝐼𝑅𝐵𝐶 𝐶𝑁𝐼𝑅𝑅𝐷𝑀
(dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB)
3 9.185 5.201 49.320 7.582 2.820 6.560 4.030
7 16.336 12.028 54.952 14.386 7.310 9.090 7.970
13 21.233 16.990 51.151 19.671 8.950 9.690 9.270
Figura 15 – Valores GEO de CNIR para o melhor caso, pior caso e aleatório para Spot
Beams 127 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
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Figura 16 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 7, Spot Beams 217 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
Figura 17 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso # 7, Spot Beams 217 e perdas atmosféricas 0,5 dB
(projeto)
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Figura 18 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 7, Spot Beams 91 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
Figura 19 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso # 7, Spot Beams 91 e perdas atmosféricas 0,5 dB
(projeto)
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Downlink Uplink Overall
Spot (CNR = 15.724 dB) (CNR = 11.355 dB) (CNR = 10.0 dB)
Beams CIR 𝐶𝐼𝑅𝑊𝐶 𝐶𝐼𝑅𝐵𝐶 𝐶𝐼𝑅𝑅𝐷𝑀 𝐶𝑁𝐼𝑅𝑊𝐶 𝐶𝑁𝐼𝑅𝐵𝐶 𝐶𝑁𝐼𝑅𝑅𝐷𝑀
(dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB)
91 17.058 12.447 56.959 15.017 7.530 9.220 8.210
127 16.336 12.028 54.952 14.386 7.310 9.090 7.970
217 15.604 11.543 53.957 14.388 7.040 8.950 7.850
Figura 20 – Valores GEO de CNIR para o melhor caso, pior caso e aleatório para Reuso #
7 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
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Figura 21 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 7, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 6 dB (projeto)
Figura 22 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso #7, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 6 dB
(projeto)
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Figura 23 - GEO: Distribuição Angular de Centros de Feixe de Co-canal para o UPLINK &
DOWNLINK para Reuso # 7, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 15 dB (projeto)
Figura 24 - GEO: Padrão de Antena Normalizado das Antenas de Satélite UPLINK e DOWNLINK
para uma Iluminação Uniforme para Reuso #7, Spot Beams 127 e perdas atmosféricas 15 dB
(projeto)
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Downlink Uplink Overall
Perdas (CNR = 15.724 dB) (CNR = 11.355 dB) (CNR = 10.0 dB)
Atmosféricas CIR 𝐶𝐼𝑅𝑊𝐶 𝐶𝐼𝑅𝐵𝐶 𝐶𝐼𝑅𝑅𝐷𝑀 𝐶𝑁𝐼𝑅𝑊𝐶 𝐶𝑁𝐼𝑅𝐵𝐶 𝐶𝑁𝐼𝑅𝑅𝐷𝑀
(dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB) (dB)
0.5 16.336 12.028 54.952 14.386 7.310 9.090 7.970
Figura 25 – Valores GEO de CNIR para o melhor caso, pior caso e aleatório para Spot
Beams 127, Reuso # 7 e perdas atmosféricas 0,5 dB (projeto)
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Finalmente, em questão da relação do pior caso e o caso aleatório se
manteve, já que o pior caso fica sempre mais próximo dos valores
aleatórios, enquanto que no uplink o melhor caso a CIR tem uma grande
diferença em relação aos mesmos e no overall, a CNIR para os melhores
casos não possui uma diferença tão discrepante em relação aos outros
casos. Em relação ao mapa de cobertura e de padrão de antena
normalizado, nota-se uma grande semelhança, podendo dizer que os
mesmos são praticamente idênticos, ou seja, não se alteram com a
variação das perdas atmosféricas.
Por fim, através dos estudos das referências e principalmente da tese [15],
foi possível realizar algumas conclusões finais, como a quantidade de
interferência recebida no uplink por interferências distribuídas
aleatoriamente ser muito mais próxima daquela da distribuição do pior caso
do que a melhor distribuição de casos, como já citado, além de ser
possível constatar que a medida que o número de reuso aumenta, a
interferência co-canal diminui, e consequentemente, o CIR aumenta. O
nível mais próximo de interferentes co-canal contribui mais para o total de
energia de interferência em co-canal recebido. Em um sistema de satélite
GEO, o tamanho da antena é maior, de modo a proporcionar um ganho
maior, largura de feixe mais estreita e muito mais feixes pontuais na área
de cobertura do que nas contrapartes LEO ou MEO. O número de
interferentes co-canal é correspondentemente maior. E por último que a
interferência co-canal depende principalmente do padrão da antena, do
número de reuso e do número de feixes pontuais, e não da altitude do
satélite, ou seja, LEO, MEO ou GEO.
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Assim, analisando a segunda parte do projeto, em que o foco era o reuso
de frequência e as interferências geradas pela mesma, mais uma vez
observa-se que a CNR diminui à medida que as perdas atmosféricas
aumentam, sendo assim, para perdas de 0,5 dB, a CNR é maior do que
para perdas de 15,0 dB, comprovando novamente a grande influência das
perdas atmosféricas na relação C/N, e consequentemente, a grande
influência das atenuações devido à chuva nas perdas atmosféricas.
8. DISCUSSÃO
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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