Capítulo 10

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Capítulo 10: LTE

• Sistemas de 4º Geração;
• LTE (Long Term Evolution);
• Planejamento de Rede LTE;
• Arquitetura de Rede;
• Camada Física do LTE.
Sistemas de 4º Geração

Além de outros avanços, ela suporta taxas de transmissão


superiores às alcançadas pelas tecnologias 3G, com
conexões estáveis por volta de 100 Mbps.

Com essa velocidade de transmissão os celulares permitem o uso


simultâneo de voz, jogos com acesso a Internet, serviços
multimídia via streaming e assistir imagens de televisão alta
definição.
Sistemas de 4º Geração

As tecnologias de quarta geração (4G) são:


• WiMax;
• UMB (Ultra Mobile Broadband);
• LTE (Long Term Evolution).
LTE (Long Term Evolution)

O LTE é uma tecnologia de quarta geração de redes celulares.

Ela tem como principais vantagens: o aumento da qualidade,


capacidade e velocidade de transmissão nos sistemas celulares.

O LTE foi desenvolvido pelo 3GPP (Third- Generation


Partnership Project) como uma evolução do HSPA, que é a
tecnologia GSM utilizada atualmente como banda larga 3G.
LTE (Long Term Evolution)

Funciona como um sistema capaz de transmitir 100 Mbps em


cada canal e, com isso, possibilita um desempenho semelhante às
conexões de banda larga de hoje, via cabo.

Este sistema é também compatível como o 3G, assim como o


GSM foi com o TDMA, o que significa que usuários, serviços e
aparelhos da nova rede e da antiga podem coexistir sem
quaisquer problemas.
LTE (Long Term Evolution)

Para prover uma taxa de transmissão elevada, o LTE pode


utilizar antenas dipolo da tecnologia MIMO (Multiple-Input,
Multiple-Output), com aumento da capacidade.

Uma vantagem é o suporte para diversas bandas, que vão de 1920


MHz até 2620 MHz, bem como as tecnologias FDD (Frequency
Division Duplexing) e TDD (Time Division Duplex).
LTE (Long Term Evolution)

Já com relação ao alcance, a melhor distribuição é realizada


dentro de um raio de 5 km, mas pode chegar até 100 km com um
desempenho ainda aceitável.

Mesmo que as características entre o WiMax e o LTE sejam


semelhantes, estudos apontam para o convívio destas duas
tecnologias no futuro com cada tecnologia atendendo setores
específicos.
LTE (Long Term Evolution)

As tecnologias serão implantadas de acordo com o plano de


negócio das empresas, visando também suportar a demanda dos
usuários pela exigência maior de largura de banda.

Conforme dito anteriormente, as indicações para a utilização da


tecnologia do WiMax ou LTE é baseada na infraestrutura da rede
existente.
LTE (Long Term Evolution)

O LTE é indicado para investidores que já possuem uma


estrutura
baseada em redes 2G e 3G e o WiMax, pelo fato de necessitar de
uma infraestrutura nova, é mais adequado para os que precisarão
iniciar a montagem de novas estruturas.
Planejamento da Rede LTE

Cálculo teórico da taxa de transmissão máxima de um canal


A taxa de transmissão máxima de um canal é a velocidade
máxima do sinal que pode passar através deste canal.

Na prática, um canal é afetado por inúmeros fatores que


diminuem sua capacidade de processar e transmitir.

A taxa de transmissão máxima é essencial para transmitir grandes


quantidades de dados com poucos erros.
Planejamento da Rede LTE

Para o cálculo da taxa de transmissão máxima do canal deve-se


levar em consideração o tempo do símbolo, a modulação a ser
utilizada no sistema, a taxa de código de acordo com a
modulação e o número de subportadoras disponíveis, que está
relacionada diretamente a banda adotada no sistema.
Planejamento da Rede LTE

Na Equação 1, é mostrado o cálculo da taxa de transmissão


máxima do sistema celular:

R  Ts xNxRc
(1)

Onde,

Ts - tempo de símbolo, N - numero de subportadoras e R c - taxa de código


Planejamento da Rede LTE

Relação entre taxa de transmissão máxima e SNR


Um parâmetro muito importante a ser considerado para o cálculo
da taxa de transmissão máxima é a SNR que expressa o quanto o
nível do sinal deve ser superior ao nível do ruído.
Planejamento da Rede LTE

Quanto maior a SNR, maior é a imunidade do sinal com relação


ao ruído.

(2)
A equação 2 expressa a fórmula geral do cálculo da SNR.

Como já sabemos, os teoremas básicos utilizados para calcular a


taxa de transmissão máxima são o teorema de Nyquist e o
teorema de Shanon.
Planejamento da Rede LTE

O teorema de Nyquist é baseado na determinação da taxa de


transmissão máxima de um canal, desconsiderando a existência
de ruído branco e é dado pela equação:

C = 2Blog2M
(3)

Onde:
C: Taxa de transmissão máxima do canal por Nyquist;
B: largura de banda, medida em Hz;
M: número de níveis do sinal
Planejamento da Rede LTE

O Teorema de Shannon leva em consideração a existência do


ruído branco, impõe um limite para a taxa de transmissão
máxima do canal e limita a modulação M-ária que pode ser
utilizada.

Assim, a taxa de transmissão máxima do canal é dada por:


C  Blog 2 ( SNR  1)
(4)
Planejamento da Rede LTE

Da Equação 4 pode-se explicitar a SNR requerida pelo sistema


em função da taxa de transmissão máxima do canal, conforme
abaixo:
C  Blog 2 ( SNR  1)
C
 log 2 ( SNR  1)
B
C
log(5)
2 SNR  1
B
C
1
SNR  2 B
Planejamento da Rede LTE

Link Budget
O cálculo para determinar a área de cobertura é baseado na
equação de link budget, um cálculo teórico realizado para
descobrir o nível de potência existente nas antenas, ou seja, se
este nível é suficiente ou não para provimento da cobertura no
ambiente em questão.
Planejamento da Rede LTE

Através do link budget determina-se o raio da célula, a área de


cobertura e a quantidade de estações rádio base necessárias para
cobrir a região escolhida para o projeto.

A Equação de link budget fornece o sinal recebido utilizando


basicamente a soma da potência de saída com os ganhos e perdas
relativas às antenas tanto do transmissor quanto do receptor.

L = Pt + Gt – SNR – RSL + Gr – Lr – Lt + GD – M (6)


Planejamento da Rede LTE

Para o planejamento do sistema celular é necessário executar


cálculos independentes para o uplink e downlink, dada à distinção
dos parâmetros em cada sentido de transmissão.

O sistema celular raramente é limitado pelo downlink, pois a


potência transmitida pela estação rádio base é maior que a
potência que o móvel é capaz de transmitir.
Planejamento da Rede LTE
Cálculo teórico do raio máximo das células

Nesta fase do projeto ocorrerá o dimensionamento do sistema


celular.

Para tal, é necessário adotar um modelo de propagação que mais


se aproxime da realidade.
Planejamento da Rede LTE

Na maioria dos modelos de propagação desenvolvidos para


previsão da perda de propagação em ambientes urbanos,
suburbanos e rurais a perda de propagação cresce com a distância
segundo uma lei de potência e varia de modelo para modelo.
Planejamento da Rede LTE

Assim, é possível escrever uma expressão generalizada para a


perda de propagação em função da distância conforme a equação
7:

L (dB) = L0 +10 γ log(d) (7)

Onde:
γ e L0 dependem do modelo considerado, características do terreno, morfologia da
região e freqüência de operação.
O parâmetro γ representa a taxa de variação da perda com a distância e assume
normalmente valores entre 2 (espaço livre) e 5 (áreas fortemente urbanizadas);
d corresponde o raio teórico da célula.
Planejamento da Rede LTE
Cálculo da máxima eficiência espectral
O cálculo para uma máxima eficiência espectral serve para
definir um plano de reuso de frequência melhor para o
planejamento celular.

A Equação 8 apresenta o cálculo da máxima eficiência espectral:

(8)

Onde:
Eficiência espectral é dada em bit/s/hertz;
Taxa de transmissão máxima do canal em Mbps;
Largura de Banda em MHz.
Planejamento da Rede LTE

O modelo de propagação utilizado no padrão LTE é o modelo


SUI.
Modelos SUI
Os modelos da Stanford University Interin (SUI) são uma
extensão do trabalho realizado anteriormente pela AT&T e Erceg
et al.

Este modelo é de natureza estatística e pode representar uma


gama de perdas experimentais, dentro de um real canal de RF.
Planejamento da Rede LTE

O modelo SUI leva em consideração três tipos de terreno:

-Terreno tipo A: Montanhoso / Alta-Moderada densidade de


árvores;
-Terreno tipo B: Montanhoso / Baixa densidade de árvores ou
Planície / Alta-Moderada densidade de árvores;
- Terreno tipo C: Planície / Baixa densidade de árvores.
Planejamento da Rede LTE

Estas categorias de terreno provêem um método simples para


calcular as perdas de propagação de um canal de RF com mais
precisão em uma situação NLOS.

O modelo SUI foi selecionado para o desenvolvimento e testes


das tecnologias WiMAX e LTE em seis diferentes cenários (SUI-
1 a SUI-6).
Planejamento da Rede LTE

Usando estes modelos é possível predizer a probabilidade


de cobertura que pode ser alcançada dentro de uma setor de uma
ERB com mais precisão.

Estas estimativas de probabilidade de cobertura podem ser


utilizadas para o planejamento.

Por exemplo, pode ser usado para determinar o número de ERBs


necessárias para cobrir uma determinada área geográfica.
Planejamento da Rede LTE

Estes modelos não podem substituir um planejamento detalhado


do local, mas podem prover uma estimativa antes que o real
planejamento comece.

Isso é importante para executar um planejamento de


funcionamento de um canal de RF, considerando um ambiente
com fatores específicos, tais como interferência co-canal e efeitos
do terreno.
Planejamento da Rede LTE

A perda de propagação pelo modelo SUI em dB é descrita


da seguinte forma:

 d 
L  A  10 log   X f  X h  s (9)
 d0 

Sendo válida para d > d0, visto que d0 = 100 m representa a


distância de referência.
Planejamento da Rede LTE

A é a perda no espaço livre na distância d0.

 4d 0 
A  20 log  (10)
  
Planejamento da Rede LTE

O termo Xf é a correção na freqüência.

 f 
X f  6 log  (11)
 2000 

O termo Xh é a correção da altura da antena receptora.

h (12)
X h  10,8 log 
2
Planejamento da Rede LTE

γ é o expoente de perda de propagação em função da altura da


estação rádio-base.
c (13)
  a  bhb 
hb

As constantes a, b e c foram determinadas empiricamente e


podem ser obtidas da tabela 1.
Planejamento da Rede LTE

Tabela 1: Valores dos parâmetros do


modelo SUI
Planejamento da Rede LTE

s corresponde a perda de sombreamento dado pelo tipo de


terreno;
f é a freqüência em MHz;
h é a altura da antena receptora (2m< h < 10m);
hb é altura da estação rádio base (30m < hb < 80m)
Planejamento da Rede LTE

Propagação no Espaço Livre:

A perda de espaço livre é utilizada para determinar a intensidade


de sinal recebido quando não existe nenhum tipo de obstrução
entre o transmissor e o receptor, ou seja, existe uma linha de
visada direta entre eles.

Na figura 1(a) há linha de visada, fato que não ocorre na figura


1(b), devido a obstrução causada pela vegetação e edifício.
Planejamento da Rede LTE

Figura 1: (a) Propagação LOS (b) Propagação NLOS


Planejamento da Rede LTE

Se d (km) representar a distância entre o transmissor e o receptor,


λ (m) o comprimento de onda propagada, a equação de Friss
fornece a perda de propagação em espaço livre:

 4d 
Lel  20 log

 (14)
 

Se f (GHz) representar a freqüência, a equação 14 pode ser


escrita como:
(15)
Lel  92,44  20 log f  20 log d dB
Arquitetura de Rede
O LTE foi desenvolvido para fornecer uma rede totalmente
baseada em comutação de pacotes, em contraste com os sistemas
anteriores que são baseados em comutação de circuitos.

O LTE prevê uma evolução de longo prazo na rede de acesso,


também chamada de E-UTRAN (Evolved Universal Terrestrial
Radio Access Network).
Arquitetura de Rede
Esta evolução na rede de acesso deve acompanhar a evolução na
rede não baseada no acesso via rádio, também chamada de SAE
(System Architecture Evolution), que inclui a EPC (Evolved
Packet Core Network), ou seja, o núcleo da rede.
Juntos, LTE e SAE compõem o chamado EPS (Evolved Packet
System).
Arquitetura de Rede

Figura 2: Arquitetura da rede de acesso


LTE
Figura 3: Arquitetura da rede EPC
Arquitetura de Rede

Figura 4: Arquitetura
completa da sistema
LTE
Figura 5:
Arquitetura
GSM/UMTS/
LTE
Arquitetura de Rede
User Equipment (UE)
Normalmente o termo UE se refere ao aparelho celular através do
qual o usuário final se comunica com a rede, porém também o UE
pode ser um modem USB conectado a um laptop, por exemplo, ou
qualquer outro dispositivo capaz de se comunicar com a rede LTE.

Obrigatoriamente o UE é dividido em duas partes, a saber:


O USIM (Universal Subscriber Identity Module): O chip que
contém as informações do usuário e usado para identificação e
autenticação do usuário na rede e o TE (Terminal Equipment): O
restante do UE.
Arquitetura de Rede

Funcionalmente, o UE é uma plataforma para as aplicações da


comunicação, uma vez que este sinaliza para a rede o
estabelecimento, manutenção e remoção dos links de
comunicação de acordo com a necessidade e comandos do
usuário.

Isso inclui funções de gerenciamento de mobilidade, como o


handover e relatórios de localização, sendo estes solicitados pela
própria rede
Arquitetura de Rede

Os UE’s são divididos em categorias de acordo com suas


características principais, conforme na Tabela 2:

Tabela 2: Categorias dos UEs


Arquitetura de Rede

Evolved NodeB (eNodeB)


É a estação rádio base do sistema LTE.

A Figura 6 mostra o conjunto de eNodeB’s de uma rede LTE que


corresponde à E-UTRAN.

Na Figura 6, as setas pontilhadas indicam comunicação no plano


de controle e os cilindros contínuos indicam comunicação no
plano de usuário UP (User Plane).
Arquitetura de Rede

Figura 6: eNodeB e suas principais funções e conexões


Arquitetura de Rede

Funcionalmente a eNodeB atua como uma ponte entre o UE e a


EPC, sendo o ponto final de todos os protocolos da interface
rádio em direção ao UE e promove a troca de dados da
comunicação rádio para a correspondente conexão via IP em
direção a EPC.

Uma eNodeB é composta por uma ou por várias antenas que


podem ser instaladas no topo de torres, no alto de prédios ou
nas paredes destes, ou até mesmo em ambientes fechados.
Arquitetura de Rede

A característica principal é que cada eNodeB atende à uma


determinada área de cobertura ou célula.

A eNodeB é também responsável por muitas funções de controle


CP (Control Plane), como por exemplo RRM (Radio Resource
Management).
Arquitetura de Rede

Ela controla o uso da interface rádio através de alocação de


recursos baseada em solicitações, priorização e alocação de
tráfego baseada no QoS (Quality of Service) requerido e
constante monitoramento do uso dos recursos.

Além disso, a eNodeB tem um importante papel no


gerenciamento da mobilidade, conhecido como MM (Mobility
Management).
Arquitetura de Rede

A eNodeB controla e analisa os níveis de sinal medidos e


enviados pelo UE, realiza medições similares do seu próprio
nível de sinal e baseada nestas medições, realiza ou não o
handover entre células.

Isso inclui a troca de sinalização de handover com outras


eNodeB’s e com a MME (Mobility Management Entity).
Arquitetura de Rede

Quando um novo UE é ativado em uma eNodeB e solicita


conexão com a rede, a eNodeB é também responsável por rotear
essa solicitação para a MME que previamente serviu ao UE ou
selecionar uma nova MME se o roteamento para a MME anterior
não for possível.

A eNodeB pode se comunicar com vários MME’s.


Arquitetura de Rede

A comunicação com os MME’s é feita apenas para o plano de


controle e tem como objetivos gerenciar a mobilidade, manusear
o tráfego de pacotes e definir configurações de segurança do
sistema.

A comunicação com o S-GW (Serving Gateway) tem o objetivo


de estabelecer os túneis para tráfego de dados de uplink e
downlink;
Arquitetura de Rede

A comunicação com outras eNodeBs visa realizar o handover e


transferir o tráfego de downlink durante o handover.

A comunicação com os UE’s provê a conexão via rádio


frequência aos usuários do sistema, gerencia a mobilidade, o
tráfego de pacotes, garante a entrega de dados no plano de
usuário e a segurança e otimização da interface rádio.
Arquitetura de Rede

Mobility Management Entity (MME)


O MME é o principal elemento de rede na EPC.

Normalmente o MME é um servidor instalado em um local


seguro nas dependências da operadora.

O MME opera somente no plano de controle e não é envolvido


no caminho dos dados no plano do usuário.
Arquitetura de Rede

As principais funções do MME são:


Autenticação e segurança: O MME é responsável por realizar a
autenticação de todo UE que se registra na rede.

Para realização desta autenticação, um algoritmo é executado e o


MME se comunica com o HSS (Home Subscription Server) para
acessar os dados do usuário e realiza uma comparação com as
informações recebidas do UE.

Desta forma a rede fica protegida contra usuários não permitidos


e fraudes.
Arquitetura de Rede

Para proteger a privacidade do usuário, o MME também aloca


para cada UE uma identificação temporária chamada de GUTI
(Globally Unique Temporary Identity), minimizando a
necessidade do tráfego pela interface rádio da identificação
permanente do UE, o chamado IMSI (International Móbile
Subscriber Identity);

Gerenciamento de mobilidade: O MME mantém o controle


da localização de todos os UE’s que estão na sua área de
serviço.
Arquitetura de Rede
Quando um UE realiza seu primeiro registro na rede, o MME cria
uma entrada para o UE e sinaliza sua localização para o HSS.

Este controle é feito através do nível de sinal da eNodeB com a


qual o UE está conectado, enquanto o UE está no modo ativo.

Quando o UE está no modo ocioso, o MME controla a


localização através do nível de sinal de um grupo de eNodeB’s,
chamado de TA (Tracking Area).

O MME também participa da sinalização de handover;


Arquitetura de Rede
Gerenciamento de perfil de assinante e conectividade: O
MME é responsável por armazenar as informações sobre o
perfil de cada usuário dentro de sua área de atuação.

O perfil de assinante determina os tipos de serviço que cada


usuário pode utilizar e qual pacote de dados para utilização
da rede.

O MME recebe as solicitações do S-GW para envio de pacotes


dedicados a um UE quando a solicitação de conexão é originada
pela operadora.
Arquitetura de Rede

Serving Gateway (S-GW)


O S-GW, também chamado de SAE GW, é parte da
infraestrutura de rede fornecida pela operadora, instalado em suas
dependências.

Ele é responsável somente pelos seus próprios recursos e os aloca


de acordo com as solicitações do MME, do P-GW ou do PCRF
(Policy and Charging Resource Function), as quais são
relacionadas com o fornecimento, modificações ou exclusão de
pacotes enviados ao UE .
Arquitetura de Rede

Packet Data Network Gateway (P-GW)


O P-GW também abreviado como PDN-GW se encontra nas
dependências da operadora.

Ele é o roteador que conecta a rede LTE com a rede externa e a


Internet.

O P-GW aloca os endereços IP para os UE’s e permite que estes


acessem a Internet e se comuniquem com outros dispositivos na
rede externa.
Arquitetura de Rede

O P-GW funciona como DHCP (Dynamic Host Configuration


Protocol) ou solicita o endereço IP a um servidor DHCP externo
e entrega o endereço ao UE.

Tanto endereços IPv4 como endereços IPv6 são suportados pelo


P-GW, porém o UE deve sinalizar qual tipo de endereçamento
deve ser utilizado.
Arquitetura de Rede

Policy and Charging Resource Function (PCRF)


O PCRF é o elemento de rede responsável pelo PCC (Policy and
Charging Control).

Ele toma as decisões de como manusear os serviços em termos


de QoS.

O PCRF é um servidor geralmente instalado nas dependências da


operadora.
Arquitetura de Rede

Quando o UE solicita algum serviço na rede, o PCRF é acionado


e fornece as regras de QoS atreladas ao usuário, as quais serão
utilizadas em todos os pacotes que trafegam na EPC durante a
conexão do UE.

O PCRF fornece a autorização de QoS (identificador da classe de


QoS e taxas de transmissão), decide como uma transferência de
dados será tratada e garante que o QoS está em concordância com
o perfil de assinatura do usuário.
Arquitetura de Rede

Home Subscription Server (HSS)


O HSS é o servidor que contém o banco de dados dos usuários de
uma determinada área de cobertura e também se encontra nas
dependências da operadora.

Ele armazena informações da localização do UE baseado nas


medições realizadas pela eNodeB conectada ao UE, o perfil do
usuário que define os serviços, conexões com redes externas
permitidas e permissão para roaming em alguma determinada
rede.
Arquitetura de Rede

As chaves utilizadas nos algoritmos de autenticação do usuário


na
rede são armazenadas no Auc (Authentication Center), o qual
normalmente faz parte do HSS.

O HSS interage com o MME e também necessita armazenar a


informação do MME que está servindo cada UE.

Por isso, o HSS precisa estar conectado a todos os MME’s da


rede na qual o UE está permitido se mover.
Arquitetura de Rede
Paging
O Paging é um procedimento realizado quando o UE está em modo
ocioso e um pacote está direcionado para ele no núcleo da rede.

O UE normalmente entra no modo ocioso após um longo período


de inatividade.

A mensagem de paging é direcionada a todas as eNodeB’s da


tracking area onde está localizado o UE que deve receber a
mensagem ( lembrando que uma tracking area é o conjunto de
eNodeBs conectadas ao mesmo MME).
Arquitetura de Rede
Ao receber a mensagem de paging, o UE entra imediatamente no estado
conectado, ficando apto a receber o pacote destinado a ele.

O UE em modo ocioso verifica de forma periódica na rede se há mensagens


de paging para ele.

A mensagem de paging contém a identificação permanente do UE, o IMSI. É


através do IMSI que o UE identifica se a mensagem de paging é direcionada
a ele ou não.

As mensagens de paging também são usadas para atualizações e


informações do sistema e neste caso podem ser enviadas para o
UE tanto em modo ocioso como em modo conectado.
Arquitetura de Rede

Handover dentro da rede LTE


O handover no LTE é baseado nos seguintes princípios:

O handover é totalmente controlado pela rede;

A E-UTRAN decide quando é necessário fazer o handover e para


qual célula será feita a troca;

O handover é baseado nas medições realizadas pelo UE.


Arquitetura de Rede

Essas medições e suas respostas são controladas pelos parâmetros


definidos pela E-UTRAN;

O handover na E-UTRAN procura evitar as perdas de pacotes


entre os elementos de rede envolvidos.
Camada Física do LTE

O LTE utiliza a técnica OFDM.


Grade de Recursos LTE
Os dados no LTE são mapeados em subportadoras e símbolos que
são arranjados no domínio do tempo e da frequência, a chamada
grade de recursos LTE (figura 7).

A menor unidade de agregação de dados é o bloco de recurso


(resource block) que contém 12 subportadoras no domínio da
frequência, cada uma com 6 ou 7 símbolos no domínio do tempo.
Camada Física do LTE

Caso seja utilizado o prefixo cíclico curto (4,7 µs), cada


subportadora terá 7 símbolos e caso seja utilizado o prefixo
cíclico longo (16,67 µs), cada subportadora terá 6 símbolos.

O símbolo é também chamado de elemento de recurso (resource


element).
Camada Física do LTE

Figura 7: Grade
de recursos LTE
Camada Física do LTE

Cada elemento de recurso ocupa 15 kHz no domínio da


frequência, equivalente a banda de uma subportadora.

O tempo do símbolo é de 66,67µs somado ao prefixo cíclico


curto de 4,7 µs e multiplicado por 7 resulta em 0,5ms ((66,67µs +
4,7µs) x 7 = 0,5ms) , que representa o tempo de um resource
block e equivale ao tempo de um slot.
Camada Física do LTE

No caso de uso do prefixo cíclico longo (16,67 µs), o número de


símbolos se reduz para 6 e o tempo do slot se mantém em 0,5 ms
((66,67µs + 16,67µs) x 6 = 0,5ms).

O grupo de 12 subportadoras ocupa uma largura de banda de 180


kHz (12 x 15 kHz).

Quanto maior a largura de banda do canal, mais blocos de


recursos podem ser transmitidos paralelamente.
Camada Física do LTE
Dois slots agrupados formam um subframe de 1 ms, o qual
também é conhecido por TTI (Transmit Time Interval).

No caso do modo de transmissão TDD, ou seja, uplink e downlink


dividindo o mesmo espectro, o subframe pode ser utilizado tanto
para uplink quanto para downlink.
Camada Física do LTE
Cada usuário pode ocupar no mínimo 2 blocos de recursos no
domínio do tempo, que equivalem a 1 subframe ou um TTI e um
bloco de recurso no domínio da frequência, e uma banda de 180
kHz.

Já no caso do modo de transmissão FDD, ou seja, uplink e


downlink em espectros diferentes, o subframe é dedicado à
transmissão de uplink ou de downlink.

Dez subframes são agrupados e formam o frame de 10 ms.


Camada Física do LTE
Esta divisão do frame é importante para o UE, já que as
informações de broadcast são sempre transmitidas no início do
frame.

Para aumentar a taxa de transmissão de um determinado usuário,


a eNodeB através da função de agendamento (scheduling) pode
alocar mais blocos de recurso no domínio do tempo ou da
frequência para o usuário.
Camada Física do LTE
Quanto maior a largura de banda utilizada no canal LTE, maior
será o número de blocos de recursos disponíveis para os usuários

O LTE permite o uso das seguintes larguras de banda: 1,4 MHz,


3 MHz, 5 MHz, 10 MHz, 15 MHz e 20 MHz.

A Tabela 3 mostra o tamanho da FFT, o número de


subportadoras e blocos de recursos para cada largura de banda
disponível no LTE, lembrando que cada bloco de recursos
contém 12 subportadoras:
Camada Física do LTE

Tabela 3: Características por largura de banda do canal LTE


Camada Física do LTE
Tipos de frame LTE
O LTE pode utilizar dois tipos de frame.

O frame tipo 1 é utilizado no modo de transmissão FDD e o


frame tipo 2 no modo de transmissão TDD.

O frame tipo 1 é mais simples e composto de 20 slots de 0,5 ms


cada, que equivalem a 10 subframes de 1ms cada, resultando no
frame com 10 ms de duração.

Ele é dedicado ao tráfego de uplink ou ao tráfego de downlink, de


acordo com a banda de frequência na qual está operando.
Camada Física do LTE
O frame tipo 2 tem a mesma duração de 10 ms, porém com a
divisão de alguns subframes para a utilização no downlink ou no
uplink.

O frame tipo 2 é dividido em dois half frames de 5 ms cada.

Dependendo do período de comutação, pelo menos um dos half


frames contém um subframe especial com os seguintes campos:
DwPTS (Downlink Pilot Time Slot), GP (Guard Period) e UpPTS
(Uplink Pilot Time Slot).
Camada Física do LTE

Se o tempo de comutação for de 10 ms estes campos ocorrem


somente no subframe 1.

Mas se o tempo de comutação for de 5 ms, estes campos ocorrem


em ambos os half frames, primeiro no subframe 1 e depois no
subframe 6.
Camada Física do LTE

Os subframes 0 e 5 e o campo DwPTS são reservados para o


tráfego de downlink. Já o campo UpPTS e o subframe
imediatamente após o UpPTS são reservados para o tráfego de
uplink.

Os outros subframes podem ser utilizados tanto para downlink


quanto para uplink .
Camada Física do LTE
Técnicas de modulação
Os métodos de modulação utilizados no LTE para downlink e
uplink são os: QPSK (Quadrature Phase Shift Keying), 16 QAM
e 64 QAM (Quadrature Amplitude Modulation) .

A escolha do método de modulação interfere na taxa máxima de


transmissão que pode ser alcançada pelo UE.

A modulação QPSK oferece a menor taxa de transmissão, porém


o custo computacional desta é inferior ao das modulações 16
QAM e 64 QAM.
Camada Física do LTE
Já a modulação 64 QAM oferece a maior taxa de transmissão,
porém com maior custo computacional.

A eNodeB, ao realizar o agendamento de recursos para o UE,


além de indicar os blocos de recursos que o UE deverá utilizar na
transmissão, indica também o método de modulação a ser
utilizado.
Camada Física do LTE
A figura 8 mostra a constelação das modulações utilizadas.

Figura 8: Constelações das modulações utilizadas


Camada Física do LTE
Taxa de Códigos
A taxa de códigos representa a quantidade de bits transmitida como
informação útil em cada símbolo.

Quando a taxa de código não é utilizada, significa que todos os bits


que formam o símbolo são utilizados para transmitir informação
útil.

Por exemplo, utilizar uma taxa de códigos igual a 1/2, implica em


dizer que metade dos bits de cada símbolo trafega dados com
informação útil e que a outra metade dos bits trafega na rede como
cabeçalho (overhead).
Camada Física do LTE

A taxa de códigos aumenta a proteção da informação útil contra a


interferência intersimbólica, porém diminui a taxa de transmissão
de dados para o usuário.

A tabela 4 mostra esquemas de modulação e as respectivas taxas


de códigos utilizadas.
Camada Física do LTE

Tabela 4: taxa de código por modulação


Camada Física do LTE
A camada física no downlink e no uplink
A camada física no downlink e no uplink tem atributos similares,
conforme abaixo:

Garantir a transmissão ortogonal de diferentes UE’s,


minimizando a interferência intracelular e aumentando a
capacidade do sistema;
Flexibilidade para suportar uma ampla faixa de taxas de
transmissão e para adaptar a taxa de transmissão selecionada à
SNR (Relação sinal ruído) requerida pelo sistema;
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Habilidade de exploração da diversidade de freqüência fornecida
pela ampla largura de banda do canal, mesmo para transmissão
em baixas velocidades;
Garantia de seleção de frequência variável;
Suporte para a tecnologia MIMO.
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No downlink é utilizado o OFDMA

Aproveitando todas as vantagens da técnica OFDM um esquema


de acesso múltiplo foi desenvolvido, denominado OFDMA.

A diferença entre o OFDM e o OFDMA é que o esquema


OFDMA permite que vários usuários compartilhem a largura de
banda disponível ao mesmo tempo.

Cada usuário ocupa um bloco de recurso específico de tempo e


freqüência.
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Para cada intervalo de 1 ms um novo agendamento de bloco de


recursos é feito.

A Figura 9 mostra um esquema do OFDM e OFDMA.


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Figura 9: OFDM e OFDMA


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Na figura cada cor representa um usuário ocupando a banda de


freqüência.

Num dado período, o OFDMA permite que a banda seja


compartilhada entre vários usuários.

No OFDM a largura de banda total pertence a um único usuário


por um período.

No OFDMA, vários usuários estão compartilhando a largura de


banda em cada instante no tempo.
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Algumas das motivações para uso da técnica OFDMA são:


•Excelente desempenho em canais com presença de
desvanecimento seletivo em frequência;
•Baixa complexidade do receptor banda base;
•Boas propriedades espectrais e gerenciamento de múltiplas
larguras de banda;
•Adaptação de enlace devido ao agendamento de recursos;
•Compatibilidade com receptores avançados e novas tecnologias
de antenas;
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Em um sistema OFDMA, a condição de ortogonalidade requer que


o espaçamento entre subportadoras Δf seja o inverso do tempo útil
do símbolo Ts e que a banda efetiva do canal seja dada por:

B= Δf Nsubp (16)

onde Nsubp é o número de subportadoras utilizadas .


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A duração do símbolo é:

TOFDM = Ts+Tg (17)

onde Tg é o tempo de guarda .

O tamanho do intervalo de guarda representa uma solução de compromisso


entre a robustez do sistema ao espalhamento de retardos e sua eficiência
espectral.
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De acordo com a frequência, o instante de tempo, a potência de


transmissão e o usuário, cada subportadora sofre um
desvanecimento que depende das condições do canal.

Com isso, existe a possibilidade de que subportadoras com alto


desvanecimento para um usuário estejam em boas condições se
forem utilizadas por outro.
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Essa característica do OFDMA permite obter grande flexibilidade


na alocação de recursos de transmissão e propiciar ao sistema
ganho de diversidade multiusuário.

Dessa forma, o OFDMA permite que a transmissão da informação


por intermédio de cada subportadora possa ser otimizada
individualmente, adequando-se a taxa de codificação de canal, a
modulação e a potência de transmissão para maximizar a vazão e
aumentar a confiabilidade .
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A camada física no uplink utiliza o SC-FDMA ( Single Carrier
FDMA) como técnica de múltiplo acesso ao meio.

Esta técnica é semelhante à usada no downlink, porém seu objetivo


é manter a PAPR (Peak-to-Average Power Ratio) do sinal
transmitido suficientemente baixo para evitar custo, tamanho e
consumo de potência excessiva do amplificador de potência do UE.

O SC-FDMA é válido para os modos de operação TDD e FDD.


Este é formado por um modulador QAM adicionado ao prefixo
cíclico.
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A largura de banda do sinal é dependente da taxa de transmissão


do modulador em uso e somente um símbolo é transmitido em
cada instante de tempo.

Tanto o OFDMA e o SC-FDMA dividem a largura de banda de


transmissão em subportadoras, com a ortogonalidade entre elas
sendo mantida com o uso de um prefixo cíclico.
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Diferentemente do OFDMA onde os símbolos modulam


diretamente cada subportadora de forma independente, no
SC-FDMA o sinal modulado em cada subportadora é uma
combinação linear de todos os símbolos transmitidos no mesmo
instante de tempo, ou seja, cada símbolo tem sua energia
espalhada em várias subportadoras.

Isso dá ao SC-FDMA a vantagem de reduzir o PAPR (Peak-to-


Average Power Ratio) significantemente quando comparado ao
OFDMA .
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As diferenças entre o OFDMA e o SC-FDMA se resumem em:
O OFDMA forma grupos de bits de entrada (0’s e 1’s) para
montar as subportadoras que são processadas pela IDFT (Inverse
Discrete Forier Transform) para gerar o sinal no domínio do
tempo.

O SC-FDMA primeiro executa a FFT sobre os grupos de bits de


entrada e então usa o resultado para a IDFT gerar o sinal no
domínio do tempo.

Desta forma, o SC-FDMA é também conhecido como OFDM


com espalhamento DFT (DFT-spread-OFDM).
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A Figura 10 mostra de forma mais clara a diferença entre o


OFDMA e o SC-FDMA.

Figura 10: OFDMA e SC-FDMA


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Enquanto no OFDMA cada subportadora possui informação de


um único símbolo com a mesma potência de transmissão das
outras subportadoras.

No SC-FDMA cada subportadora possui informação de vários


símbolos e com a potência de transmissão variável entre as
subportadoras.

No SC-FDMA, a informação de um único símbolo é dividida em


várias subportadoras ao mesmo tempo.
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Uma vantagem de ambas as técnicas é o tempo de símbolo,


porque subportadoras com uma pequena largura de banda têm
grande largura de tempo, o que reduz a interferência
intersímbolica.

No SC-FDMA a largura de banda usada pode variar e formar


grandes ou pequenas larguras dependendo de quantas
subportadoras se utilize.
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Alocação de recursos no downlink


Como já mencionado, os dados são alocados para os UE’s em
blocos de recursos.

Não é necessário que estes blocos de recursos sejam adjacentes


entre si.

No domínio do tempo, a decisão de agendamento pode ser


modificada em todo intervalo de transmissão (TTI) de 1 ms.
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O algoritmo de agendamento deve levar em conta a situação da


qualidade do link de rádio dos diferentes usuários, toda situação
de interferência existente e o QoS requerido pelo sistema.

Esta decisão é feita pela eNodeB.


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A implementação prática de um sistema OFDMA é baseada na


tecnologia digital e mais especificamente na utilização da DFT
(Discret Fourier Tranform) e IDFT otimizadas, ou seja, FFT e
IFFT para transformar a representação do sinal do domínio do
tempo para o domínio da freqüência.

A transformação direta do domínio do tempo para o domínio da


freqüência é dada pela implementação da FFT e a operação
inversa é implementada pela IFFT.
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Tecnologia MIMO
O LTE possui suporte para diferentes técnicas de transmissão de
múltiplas antenas como parte integral das especificações de
interface de rádio.

Dentre as diversas técnicas de transmissão de múltiplas antenas


existentes, o sistema MIMO foi adotado pelo LTE a fim de
aumentar à cobertura, a capacidade da camada física, a relação
sinal ruído e promover a redundância da informação recebida
pelo sistema.
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A tecnologia MIMO refere-se a uma técnica com o uso de


diversas antenas transmissoras e receptoras por onde os fluxos de
dados são transmitidos de forma independente, simultaneamente
e sobre a mesma faixa de frequência.

Algumas características do sistema MIMO podem ser


enfatizadas como:
• Melhorar o desempenho através da técnica de diversidade,
minimizando o efeito do desvanecimento e aumentando a
robustez do sinal;
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• Elevar a taxa de dados através da multiplexação espacial,
aumentando a eficiência espectral (bps/Hz);
• Reduzir a interferência de outros usuários através do uso de
antenas inteligentes;
• Maior alcance do sinal: Como o sinal é direcionado para um
receptor específico, o sinal é mais concentrado nessa direção e
com maior força na transmissão, o sinal pode alcançar uma
maior distância;
• Menor latência do sinal: Já que o sinal é enviado com maior
concentração em uma única direção, o enfraquecimento é
reduzido comparando ao sinal que é enviado em todas as
direções;
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• Capacidade maior de usuários: Os sinais são enviados em
feixes concentrados para seus respectivos destinos. Dessa
maneira, os sinais congestionam menos o canal de
transmissão, deixando-o liberado para que outros usuários se
conectem e também o utilizem para fins de transmissão;
• Maiores velocidades de transmissão: O sinal mais forte e o
canal menos congestionado interferem na velocidade de
transmissão. O caminho mais livre favorece um envio mais
efetivo e rápido dos dados;
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• Maior resistência à interferência: Quanto mais potente é o
sinal, mais resistente este é em relação a interferências
externas. O canal menos congestionado também ajuda a
reduzir as interferências entre os sinais que são enviados;
• Complexidade dos receptores: Devido à natureza do sinal
recebido, que sofre de interferência causada por diferentes
antenas transmissoras e dos problemas causados pelos canais
sem fio, os receptores normalmente precisam de um alto grau
de processamento para reconstruir a informação transmitida,
aumentando assim a complexidade do sistema.
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A quantidade de antenas utilizada nos transmissores e receptores


pode variar e não é necessário que os dois tenham o mesmo
número de antenas, porém a maior parte possui uma quantidade
igual de antenas nos dois lados do enlace.

As antenas devem estar espaçadas entre si com uma distância


mínima, a fim de garantir uma descorrelação entre as condições
do canal, vista por diferentes antenas, ou seja, que o
desvanecimento sofrido por sinais diferentes seja independente.

Um esquema de configuração do sistema MIMO pode ser visto


na Figura 11, onde a utilização de uma configuração 2x2 indica o
uso de duas antenas na transmissão e recepção.
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Figura 11: Sistema MIMO 2x2


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O fluxo de dados a ser transmitido é dividido pela quantidade de


antenas transmissoras disponíveis e são multiplexados com a
mesma frequência de portadora, cada qual com a sua própria
antena, ou seja, cada fluxo de dados é transmitido em blocos
independentes, por canais diferentes.

Na recepção deverá existir o mesmo número ou mais de antenas


receptoras que captarão os sinais recebidos e os enviarão a um
chip DSP (Digital Signal Processing) que remontará os códigos
binários originados na transmissão.
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Este processador digital é capaz de interpretar o sinal captado


pelos sensores através da aplicação de algoritmos que permitem
um melhor aproveitamento do sinal, reduzindo o efeito destrutivo
da interferência e maximizando o ganho na transmissão e na
recepção em diversidade.
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O 3GPP padronizou as seguintes técnicas de transmissão para o


LTE :
Codificação espaço tempo (STC- Space Time Coding):
Nesse tipo de transmissão é feita uma cópia do sinal e depois esta
é passada por um processo de codificação para depois ser enviada
simultaneamente por diferentes antenas e percursos (figura 12).

A transmissão da mesma quantidade de dados por diferentes


antenas simultaneamente, leva a um aumento na potência do sinal
transmitido e combate assim o efeito de multipercurso;
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Figura 12: Codificação Espaço tempo


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Multiplexação espacial (SDM - Spatial Division Multiplexing):


Esta é a forma mais utilizada pela tecnologia MIMO no LTE.

Nela os sinais são enviados em vários feixes, na mesma


frequência, independentes entre si, ocupando menor banda do
que seria necessário se todo o sinal fosse enviado em um único
canal.

Esse recurso é utilizado considerando o efeito de multipercurso,


que utilizam ainda algoritmos sofisticados nas antenas de
recepção.
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Quando os feixes alcançam a base receptora, eles normalmente


chegam com valores de amplitude e fase aleatórios e diferentes
entre si.

Então a base de recepção filtra o sinal, capaz de recuperar o sinal


original e o tratamento de todos os feixes enviados pela fonte.
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Figura 13: Multiplexação Espacial

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