Roteiro Pratica de Laboratorio 03

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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE HIDROLOGIA APLICADA

PRÁTICA DE LABORATÓRIO 02 :

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOS E


MORFOLÓGICOS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA

1.0 OBJETIVOS

O objetivo geral da presente aula prática é empregar os conhecimentos teóricos


adquiridos em sala de aula para determinação de parâmetros físicos e morfológicos
de uma bacia hidrográfica real dada.

Para isso, são fornecidos os principais dados necessários à determinação dos


parâmetros, os quais são relativos a uma bacia hidrográfica real, referente a um
riacho afluente pela margem direita ao Rio Carás, situado na microrregião de
juazeiro do norte, no Estado do Ceará.

A seção exutória da bacia situa-se nas coordenadas 7 9’57” – latitude sul e 39
16’40”- longitude oeste, conforme mapa da figura fornecida (anexo).

Os objetivos específicos da prática são:

1) Determinação do Fator de Forma da bacia;

A
Kf  onde A = área da bacia; L = comprimento axial da bacia
L2

2) Determinação do Coeficiente de Compacidade da bacia;

P
K c  0,28  onde P = perímetro da bacia
A

3) Determinação da Densidade de Drenagem;

L
Dd  onde L = somatório do comprimento de todos os cursos d`água da
A
bacia

4) Determinação da Extensão Média do Escoamento Superficial

1
l
4 Dd

1
5) Determinação da Sinuosidade do Curso d`Água

Ld
S in  onde Lt = comprimento de uma linha reta sobre o talvegue principal
Lt
desde a seção exutória até a cabeceira mais distante da bacia e Ld = comprimento
desenvolvido do talvegue principal

6) Determinação da Declividade Média da Bacia

7) Elaboração da Curva Hipsométrica da Bacia

8) Determinação da Declividade de Álveo do curso d`água principal

9) Determinação do Retângulo Equivalente da bacia.

2.0 PROCEDIMENTO

Para determinação dos parâmetros de 1 a 5 são fornecidos os dados constantes na


Tabela 1:

Tabela 1: Parâmetros Físicos da Bacia


Parâmetro Físico Medido Unidade Valor
Área da bacia Km2 3,07
Comprimento axial da bacia Km 3,15
Perímetro da bacia Km 7,7
Somatório dos comprimentos dos talvegues Km 8,75
Comprimento da linha reta sobre o rio principal Km 3,13
Comprimento desenvolvido do rio principal Km 3,5

Para determinação da declividade média da bacia, foi elaborada uma malha


cartesiana cruzando toda a extensão da bacia, a partir da qual, em cada vértice, foi
desenhado um vetor de orientação partindo da curva de nível mais elevada para a
adjacente mais baixa, com sentido ortogonal de uma para outra, permitindo definir
assim a declividade da superfície do terreno em cada sentido de orientação da bacia.
Cada vetor teve o comprimento medido de uma curva de nível à outra e medido seu
azimute verdadeiro ( com o Norte verdadeiro).

Os dados são apresentados na Tabela 2 a seguir:

2
Tabela 2: Declividade e Orientação dos Vetores da Bacia
Vetor Comprimento Diferença de Declividade Azimute
(m) Nível (m) (m/m) Verdadeiro ()
1b 105 16 0,152 55
1c 140 20 ? 144
1d 175 30 ? 71
2b 245 15 ? 159
2c 105 20 ? 180
2d 175 20 ? 38
2e 35 05 ? 146
3c 210 20 ? 180
3d 70 05 ? 52
3e 140 10 ? 233
4b 105 10 ? 332
4c 35 10 ? 90
4d 770 15 ? 226
5a 805 18 ? 79
5b 420 16 ? 79
5c 420 18 ? 149
5d 700 18 ? 125
6a 350 10 ? 19
6b 140 8 ? 221
6c 175 16 ? 70
6d 140 10 ? 159
7b 700 16 ? 145
7c 420 16 ? 211
8b 210 10 ? 338
8c 245 10 ? 228

Há, portanto, 25 dados de declividade superficial da bacia. Para encontrar a


declividade média proceda da seguinte forma:

A declividade da bacia por este processo vetorial deve variar de zero (0,000 m/m)
até a máxima encontrada que foi no vetor 4c (0,286) ou 0,290 m/m, arredondando-
se. Deve-se então separar as declividades encontradas em intervalos de classes,
recomendando-se nesse caso, em torno de 10 intervalos. Logo, o intervalo de classe
deve ser 0,29 / 10 = 0,029 m/m.

Organize então, uma planilha eletrônica de distribuição de declividade conforme o


modelo abaixo, fornecido na Tabela 3:

3
Tabela 3: Distribuição de Declividade
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6
Coluna Coluna 8
7
Classe Declividade Declividade Declividade Freqüência Frequência Coluna (1
Inferior Superior Média do Absoluta Relativa 4 acumulada
(m/m) (m/m) Intervalo Coluna de Fr)
(m/m) 6
1 0,000  0,029 0,015 5 0,20 0,003 0,80
2 0,029 0,058 ? ? ? ? ?
3 0,058 0,087 ? ? ? ? ?
4 0,087 0,116 ? ? ? ? ?
5 0,116 0,145 ? ? ? ? ?
6 0,145 0,174 ? ? ? ? ?
7 0,174 0,203 ? ? ? ? ?
8 0,203 0,232 ? ? ? ? ?
9 0,232 0,261 ? ? ? ? ?
10 0,261 0,290 ? ? ? ? ?
Somatório ---------- ----------- --------- 25 1,00 ??? ---------

Calcule:

Coluna 4 = ½  (coluna 2 + coluna 3)


Ex: ½  (0,000 + 0,029) = 0,015 arredondando

Coluna 5 = número de vezes em que ocorrem declividades dentro desse intervalo


segundo os dados da Tabela 2.
Ex: Há 5 registros de declividade entre 0,000 e 0,029 incluindo esse último valor
(vetores 4d, 5a , 5d,6a e 7b), etc.

Coluna 6 = Freqüência relativa = Freqüência absoluta/total de registros


Ex: Fr = 5 / 25 = 0,20
O somatório tem que dar 1,00.

Coluna 7 = coluna 4  coluna 6


Ex: 0,015 m/m  0,20 = 0,003 m/m

Coluna 8 = ( 1  Freqüência relativa acumulada)


Ex: 1a linha da Coluna 8 = 1  0,20 = 0,80
2a linha da Coluna 8 = 1  (0,20+Fr da 2a classe)
3a linha da Coluna 8 = 1  (0,20 + Fr da 2a. classe + Fr da 3a classe) etc.

Declividade Média = somatório da coluna 7 = ???

A coluna 8 serve para traçar o gráfico de distribuição de declividade da bacia. Em


um papel monolog, com o eixo das abscissas em escala decimal de % e o eixo das
ordenadas em escala logarítmica, plota-se para cada média de intervalo de classe, a
percentagem de declividades existentes na bacia maior do que aquele intervalo de

4
classe, por exemplo, 84% dos terrenos da bacia tem declividade acumulada superior
a 0,015 m/m. A declividade máxima de 0,29 m/m tem 0 % de declividades maiores
do que ela, etc.
O gráfico resultante seria parecido com o seguinte:

Distribuição de Declividade

1
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Declividade (m/m)

0,1
Decliv.

0,01

Frequência Acumulada (% )

Para determinação da Curva Hipsométrica da bacia foram planimetradas as áreas


compreendidas entre cada curva de nível de modo a compor uma tabela semelhante
à de declividade, constando aqui: o intervalo de cotas, ponto médio do intervalo e, a
área entre as curvas de nível.
A Tabela 4 apresenta os dados que devem ser transportados para uma planilha
eletrônica de forma que você possa calcular a altitude média da bacia.

Tabela 4 : Dados para Curva Hipsométrica


Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7
Intervalo Ponto Área Área % do % Coluna 2 
de Cotas Médio Medida Acumulada Total Acumulada Coluna 3
(m) (m) (Km2) (Km2)
540 –520 530 0,01 0,01 0,33 0,33 5,30
520 – 500 510 0,07 ? ? ? ?
500 – 480 490 0,12 ? ? ? ?
480 – 460 470 0,17 ? ? ? ?
460 – 440 450 0,18 ? ? ? ?
440 – 420 430 0,33 ? ? ? ?
420 – 400 410 0,86 ? ? ? ?
400 – 380 390 1,33 3,07 ? 100,00 ?
Somatório 3,07 100 ---------- ???

A Altitude Média da bacia será dada por:

Altitude Média = ??? / área da bacia (3,07)

A curva hipsométrica é o gráfico onde se plota no eixo das abscissas a percentagem


da área da bacia acima da correspondente altitude e, no eixo das coordenadas, o
ponto médio de altitude de cada intervalo de classe. Por exemplo, 100% da área da

5
bacia está acima da cota 380 e zero % da área da bacia tem declividade acima de
540 m. Plote as percentagens acumuladas da coluna 6 com os pontos médios da
coluna 2 e terá a curva hipsométrica da bacia.

Para calcular a declividade de álveo é fornecida a Tabela 5 apresentando as


declividades medidas ao longo do curso d`água principal. Calcule as declividades
S1 e S3 conforme as equações teóricas.

Tabela 5: Declividade do Curso d`Água Principal


Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7
Trecho Cotas (m) Diferença Comprimento Declividade Si = Li/Si
de Nível H (m) Di (m/m) ( Di )
(m)
1 470 – 460 10 35 0,2857 0,5345 65,48
2 460 – 440 20 140 ? ? ?
3 440 – 420 20 175 ? ? ?
4 420 – 400 20 1050 ? ? ?
5 400 – 380 20 2100 ? ? ?
Somatório --------- -------- 3500 ???

A declividade S1 é calculada pela equação:

H total
S1 
Ltotal

A declividade S3 é calculada por:

2
 
 
  Li 
S3    lembrando que Si = Di
  Li 

  D 
  i 

Para cálculo do Retângulo Equivalente é apresentada a Tabela 6 com os dados


necessários para sua composição.

Tabela 6: Dados para Construção do Retângulo Equivalente


Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3
Cotas (m) Fração de Área Acumulada Comprimentos Acumulados
(%) (km)
540 - 520 0,33 ?
520 - 500 2,61 ?
500 - 480 6,52 ?
480 - 460 12,06 ?
460 - 440 17,92 ?
440 - 420 28,67 ?
420 - 400 56,68 ?
400 - 380 100,00 ?

Os valores de L ( comprimento) e l (largura) são dados por:

6
  1,128  
2
Kc A 
L 1  1   
1,128   K c  
 

  1,128  
2
Kc A 
l 1  1   
1,128   c  
K

Os comprimentos acumulados são calculados pela multiplicação do valor


percentual da coluna 2 pelo comprimento equivalente L.
Ex: 0,33/100  L = 1 valor da coluna 3, etc.

O retângulo equivalente deve ser desenhado como mostrado abaixo:

COTAS

540 380

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