13 05 2019 Efeitos Do Ruído No Organismo
13 05 2019 Efeitos Do Ruído No Organismo
13 05 2019 Efeitos Do Ruído No Organismo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, tendo em vista a variação da sensibilidade de
cada indivíduo, existe diversos efeitos nocivos ao corpo humano que estão diretamente relacionados ao
tempo e a intensidade de exposição ao ruído.
De uma forma geral, as lesões no ouvido por conta do ruído induzem ao esgotamento físico e a alterações
químicas, metabólicas e mecânicas do órgão sensorial auditivo, refletindo na lesão das células sensoriais
(externas e internas), podendo ocorrer lesão parcial ou total do órgão de Corti (cóclea), levando a
deficiência auditiva.
Para se ter noção da dimensão da problemática alistada a níveis elevados de ruído, um estudo realizado no
Hospital Gregorio Marañon em Madri, na Espanha, entre o período do início de janeiro de 1995 e final de
dezembro de 2000, demonstrou que a variável ambiental – Ruído – foi a mais relacionada com o ingresso
de pessoas ao hospital.
Contudo, é importante frisar que existe uma enorme lista de fatores de risco que predispõem a perda
auditiva, como o tabagismo, sexo, idade, enfermidades cardiovasculares, diabetes, cor da pele, entre
outros. Inclusive a combinação de certos agentes químicos (antibióticos, diuréticos, salicílicos,
antineoplásicos, monóxido de carbono, etc.) com a exposição ao estímulo sonoro pode potencializar os
danos causados a audição, por apresentarem elevada ototoxicidade. Por esse motivo, quando se estudam
as perdas auditivas ocupacionais, é necessário levar em conta uma série de outros agentes causais, que
podem estar agindo de forma sinérgica a exposição ao ruído, aumentando seus efeitos sobre a audição.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, os principais efeitos do ruído sobre a saúde
humana estão relacionados com os seguintes aspectos:
físicos (patológicos): perda auditiva induzida por ruído - PAIR, mudança temporária no limiar - TTS
ou fadiga auditiva, e trauma;
fisiológicos: perturbações funcionais do sistema nervoso, aparelho digestivo, aumento da pressão
sanguínea;
sensorial: otalgia, desconforto, zumbido;
psicológicos: dor de cabeça, fadiga e irritabilidade;
performance: distração, falta de atenção e concentração;
interferência na comunicação verbal;
incômodo;
absenteísmo no trabalho e na escola: distúrbio do sono;
diminuição da produção e qualidade;
aumento de acidentes: pela interferência na comunicação e escuta de sinais de alarme.
De modo a facilitar o entendimento a respeito das implicações do ruído sobre o organismo humano, Saliba
(2000, p. 65) divide esses efeitos em “efeitos auditivos e efeitos extra-auditivos do ruído”. Os efeitos
auditivos podem ser divididos em traumas acústicos, efeitos transitórios e efeitos permanentes. Enquanto os
efeitos extra-auditivos podem ser atribuídos a outras alterações orgânicas do indivíduo, que não somente o
aparelho auditivo. Porém é necessário destacar que os efeitos auditivos abordados são relacionados a
ruídos maiores do que 85 dB(A), pois a legislação brasileira determina que sem a devida proteção, esse é o
valor limite máximo permitido para o trabalho com uma jornada de 8 horas/dia.