O Universo e A Maçonaria PDF

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O Universo e a Maçonaria

Roberto Aguilar . S. Silva


Membro Vitalício da Acadêmia Maçônica de Letras
de Mato Grosso do Sul, Brasil

Inicialmente havia apenas Nun, o


oceano primal de caos que
continha o inicio de todas as
coisas. Dessas águas veio Ra, o
Deus Sol. Ra fez nascer Shu, o
deus do ar e Tefnut, a deusa da
umidade. Eles deram a luz a Geb
e Nut, o deus terra e a deusa céu.
Então o universo físico foi criado.

Criação do Universo segundo crenças do Antigo Egito.

Cosmogonia (do grego κοσµογονία; κόσµος "universo" e -γονία "nascimento") é o


termo que abrange as diversas lendas e teorias sobre as origens do universo de
acordo com as religiões, mitologias e científicas através da história.
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proposta do Big Bang (ou Grande explosão) foi sugerida primeiramente pelo padre
e cosmólogo belga Georges Lemaître (1894-1966), quando expôs uma teoria
propondo que o universo teria tido um início repentino. No entanto, com o passar
do tempo a hipótese do cosmólogo belga começou a tomar forma quando em
1929 as linhas espectrais da luz das galáxias observadas no observatório de
Monte Palomar por Milton La Salle Humason começaram a revelar um
afastamento progressivo para as galáxias mais distantes, com características de
uma dilatação universal. Traduzida em números esta descoberta permitiu ao
astrônomo Edwin Hubble encaixar uma progressão aritmética que mais tarde foi
chamada de Constante de Hubble. Até hoje essa proporção aritmética é a régua
cósmica: instrumento indispensável para confirmação das teorias de astrônomos e
cosmólogos do mundo inteiro.
No século IV a.C., Parmênides de Eléia concebia o universo como "a massa de
uma esfera arredondada que se equilibra em si mesma, em todos os seus pontos".
Heráclito de Éfeso via o mundo como contínuo movimento e constante vir-a-ser.
Dois mil e quinhentos anos mais tarde, como se prolongasse e desenvolvesse
essas intuições originais, Albert Einstein, que também concebeu o universo como
uma esfera, falou "da razão poderosa e suprema que se revela no
incompreensível universo".
A idéia de universo é produto de um momento histórico, suas concepções
religiosas, filosóficas e científicas. A menos que se considere a situação da ciência
e da filosofia num dado instante como definitivas, suas posições, teorias e
hipóteses não passam de momentos de um processo, o qual consiste no
desvendamento progressivo da realidade pela razão. Tal processo, que se
confunde com o que se poderia chamar de história da razão, revela que o saber é
social e histórico, e que a realidade não se descobre de uma só vez, pelo mesmo
homem, mas aos poucos, e pelas diversas gerações que se sucedem.
Evolução da idéia de universo
O conceito de universo, inseparável da história da religião, da filosofia e da
ciência, teria percorrido três etapas, que podem eventualmente coexistir no
contexto de uma mesma cultura, embora em cada contexto uma delas sempre
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prevaleça. A primeira se caracteriza pela concepção religiosa, a segunda pela


metafísica e a terceira pela concepção científica. Segundo a concepção religiosa,
o mundo, além de ter sido criado por Deus ou pelos deuses, é por eles governado,
à revelia do homem e de sua vontade. Diante de Deus, ou dos deuses,
infinitamente poderosos, o homem não passa de um ser indefeso e temeroso.
Concepção grega.
A filosofia e a ciência gregas pressupõem as teogonias e as cosmogonias, tais
como concebidas nas obras de Homero e de Hesíodo. O mundo, que incluía a
totalidade daquilo que se conhece, compreende os deuses, imortais, os homens,
mortais, e a natureza, que os gregos chamavam physis. Tanto a natureza quanto
os homens estão à mercê dos deuses imortais, de seus caprichos, cóleras,
paixões, pois os deuses, embora divinos e imortais, são concebidos à semelhança
dos homens, tendo também vícios e virtudes. A concepção religiosa e mitológica
do universo é criticada pela filosofia e pela ciência, que se propõem, desde suas
origens, a substituí-la por uma concepção racional e lógica.
Nos primeiros filósofos gregos, chamados pré-socráticos, encontra-se o esboço
das cosmovisões que Platão e Aristóteles tentariam sistematizar dois séculos mais
tarde. Partindo do mesmo pressuposto, da identidade do pensamento e do ser, ou
da razão e da realidade, Parmênides e Heráclito formularam as duas teses que
determinaram todo o pensamento ulterior: a da unidade e imobilidade, e a da
multiplicidade e mobilidade do ser. Para Parmênides, o Ser, isto é, o universo, o
Absoluto, era incriado, imperecível, completo, imóvel e eterno, assemelhando-se à
"massa de uma esfera bem arredondada, que se equilibra em si mesma em todos
os seus pontos". Segundo Heráclito, para quem o logos "tudo governa", o mundo,
que é o mesmo para todos os seres, não foi criado por um deus ou por um
homem, e sempre foi, é e será um fogo vivo "que se acende e apaga com
medida".
Ainda no período pré-socrático, as filosofias de Demócrito, Empédocles e
Anaxágoras, foram tentativas de conciliar e superar essas duas posições
extremas. De todas, a mais significativa é a de Demócrito, que lançou os
fundamentos de uma concepção rigorosamente científica do universo,
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concebendo-o como composto de átomos e de vazio. Os átomos e o vazio, assim


como o movimento, são eternos, sempre existiram, e suas infinitas combinações
dão origem a todos os seres.
Segundo Platão, cuja cosmogonia é expressa no mito do Timeu, pois a física é
apenas um passatempo para o espírito, o mundo, obra de um demiurgo, é belo e
vivo. Cópia corpórea e sensível do modelo inteligível, é habitado por uma alma
que mistura três essências: a indivisível, unidade absoluta do todo inteligível, a
divisível, ou multiplicidade que caracteriza os corpos e seu vir-a-ser, e uma
terceira, intermediária, a existência, que participa das duas primeiras. O centro da
alma, uma espécie de envoltório esférico do corpo do mundo, coincide com o
centro do mundo, e seus movimentos circulares se confundem. O corpo do mundo
é composto do fogo e da terra, entre os quais se interpõe, por razões
matemáticas, a água e o ar, matéria ou elementos que preexistem à ação do
demiurgo e cujo começo de organização explica-se mecanicamente.
Ao contrário de Platão, para quem a física só poderia ser objeto de um
"conhecimento bastardo", Aristóteles achava que o mundo natural pode ser objeto
de conhecimento racional ou epistemológico. Único, não tem nem começo nem
fim, nada existe fora dele, é perfeito e finito, formando uma esfera que se move de
acordo com o movimento mais perfeito, que é movimento circular. O mundo inclui
quatro corpos simples ou elementares, a terra, a água, o ar e o fogo, aos quais se
acrescenta uma quinta-essência, o éter, que não comporta nenhuma espécie de
mudança.
O universo se dividiria em duas grandes regiões: o céu propriamente dito, que se
estende do "primeiro céu" até a Lua, incluindo as estrelas fixas, cujo movimento é
regular, eterno e circular. Os astros e os planetas são tão imóveis quanto as
estrelas. O que se move circularmente é a esfera que carrega o astro, esfera única
no caso das estrelas, esferas múltiplas no caso dos planetas. Segundo Aristóteles,
para que o movimento de cada esfera planetária não se altere em virtude do
movimento da outra esfera em que está encaixada, é preciso introduzir esferas
compensadoras, que preservam a unidade do sistema.
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A segunda região do universo é a região sublunar, cujo centro é a Terra. Mais


distante do "primeiro motor" que o céu, caracteriza-se pela geração e pela
corrupção das substâncias, cuja matéria não é mais perfeitamente determinada,
como a do mundo sideral, mas é, ao contrário, pura indeterminação. Nesse
mundo, onde reina a contingência, o acidente e o acaso, a descontinuidade é a
norma do movimento, mesmo regular. Os elementos que se constituem nessa
região são inferiores ao éter, misturando-se e transformando-se uns nos outros, o
que permite considerá-la a região dos mistos, ou das misturas. O mundo sublunar
está envolvido por uma esfera de fogo que gira com o primeiro céu, a qual envolve
o ar, que, por sua vez, envolve a água, que, finalmente, envolve a terra.
Concepção judaico-cristã.
A revelação judaico-cristã trouxe duas idéias estranhas ao pensamento grego: a
idéia de um Deus único e pessoal, transcendente ao mundo, e a idéia da criação
ex-nihilo, a partir do nada. De acordo com o Gênesis, Deus criou o universo, o céu
e a Terra, e todos os seres que nele se contêm, a água e a luz, os astros e as
estrelas, as plantas e os animais e, finalmente, o homem, feito a sua imagem e
semelhança. Obra de Deus, que é, por definição, a inteligência suprema, o
universo reflete essa inteligência, sendo ordem e beleza, cosmo e não caos. As
leis que regem seu funcionamento expressam a vontade divina, que não as
estabeleceu arbitrariamente, mas segundo o plano que se desdobrou ao longo dos
sete dias da criação.
Compelidos, pelas exigências da luta contra o paganismo e as heresias, a
formular conceitualmente o conteúdo da revelação, os pensadores cristãos
tiveram que se valer do arsenal ideológico de que dispunham, quer dizer, o
pensamento grego. O que se chama de filosofia cristã, ou de pensamento cristão,
não passa, na realidade, do pensamento grego -- de Platão e de Aristóteles
especialmente -- usado como instrumento de defesa e justificação da fé. Ao
incorporar a filosofia grega, a cosmovisão cristã ficou presa à física e à cosmologia
de Aristóteles, que, durante dois mil anos, dominou o pensamento ocidental, até o
advento da filosofia e da ciência moderna.
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Universo newtoniano.
Os fundadores da ciência moderna, Copérnico, Galileu, Kepler, Descartes e
Newton, acreditavam em Deus e a ele se referiram constantemente, mas
conceberam o universo como se fosse independente de Deus e explicável por si
mesmo, pelas leis que lhe são próprias. A "revolução copernicana" deslocou o
centro de gravitação da Terra para o Sol e permitiu conceber o universo como um
sistema autônomo, regido por leis que podem ser conhecidas experimentalmente
e formuladas matematicamente. Descobrindo a impenetrabilidade, a mobilidade, a
força de propulsão dos corpos, as leis do movimento e da gravidade, e formulando
os postulados que permitem definir as noções de massa, causa, força, inércia,
espaço, tempo e movimento, Newton foi o primeiro a sistematizar a moderna
ciência da natureza.
Embora não se propusesse mais o conhecimento das causas dos fenômenos,
mas a determinação das leis que os regem, a ciência newtoniana, físico-
matemática, coincidia ainda com a física de Aristóteles num ponto capital, a
concepção do tempo e do espaço. Ambas consideram tempo e espaço como
quadros invariáveis e fixos, referenciais absolutos, em função dos quais se
explicam os movimentos do universo. A definição aristotélica do tempo e do
espaço, embora date do século IV a.C., prevaleceu na ciência clássica, na
mecânica de Galileu e de Newton, até o advento da física quântica e da
relatividade einsteiniana.
Relacionando a queda da maçã com o movimento dos planetas e do Sol, Newton
formulou a lei da gravitação universal, que permite determinar a velocidade de
revolução da Terra em torno do Sol, do sistema solar no sistema estelar, do
sistema estelar na Via Láctea e da Via Láctea nas galáxias exteriores.
Distinguindo movimento absoluto e movimento relativo, foi levado a admitir a
existência de estrelas fixas, ou de pontos imóveis no universo, embora não
dispusesse de meios para provar tal hipótese. Por considerar o espaço uma
realidade fixa, um quadro estático e imutável e por não poder estabelecer
cientificamente esse postulado, recorreu a uma explicação teológica, que
considerava o espaço a onipresença de Deus na natureza. O universo newtoniano
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era, assim, o meio invisível, o espaço absoluto e imutável no qual as estrelas se


deslocam e a luz se propaga de acordo com modelos mecânicos, traduzíveis em
fórmulas matemáticas.
Universo einsteiniano.
Em 1905, Albert Einstein escreveu um pequeno trabalho, no qual admitia que a
velocidade da luz não é afetada pelo movimento da Terra, mas rejeitava a teoria
do éter e a noção de espaço como quadro fixo e imóvel no qual é possível
distinguir o movimento absoluto do movimento relativo. Se a velocidade da luz é
constante, e se propaga independentemente do movimento da Terra, também
deve ser independente do movimento de qualquer outro planeta, estrela, meteoro,
ou mesmo sistema no universo. As leis da natureza, conseqüentemente, são as
mesmas para todos os sistemas que se movem uniformemente, uns em relação
aos outros.
Eliminados o espaço e o tempo absolutos, o universo todo entra em movimento,
não tendo mais sentido indagar pela velocidade "verdadeira", ou "real" de qualquer
sistema. O espaço einsteiniano não tem fronteiras nem direção, e não apresenta
nenhum ponto de referência que permita comparações absolutas, pois não passa,
como já dissera Leibniz, "da ordem da relação das coisas entre elas". O que leva a
concluir que, sem coisas que o ocupem e nele se movam, não há espaço. Os
movimentos, portanto, sejam quais forem, só podem ser descritos e medidos uns
em relação aos outros, uma vez que, no universo, tudo está em movimento.
Na primeira formulação de sua teoria, que chamou de "relatividade restrita",
Einstein buscou demonstrar que não há no universo nenhum parâmetro absoluto
que permita calcular o movimento absoluto de um planeta, como a Terra, ou de
qualquer sistema que se ache em movimento. Um corpo só se move em relação a
outro, ou a outros, e se todos os corpos do universo se movessem
simultaneamente, com a mesma velocidade, não haveria movimentos, nem
percepção do movimento e possibilidade de calculá-lo.
A partir da lei da inércia, tal como foi enunciada por Newton, Einstein reformulou a
lei da gravitação universal, estabelecendo como premissa que as leis da natureza
são as mesmas para qualquer sistema, independentemente de seu movimento. O
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princípio da equivalência, entre a gravidade e a inércia, estabelece que não há


meio algum que permita distinguir o movimento produzido pelas forças de inércia
do movimento gerado pela força da gravitação. O princípio permitiu mostrar que
nada há de único ou de absoluto no movimento não uniforme, pois seus efeitos
não se podem distinguir dos efeitos da gravitação. O movimento, portanto, seja
qual for, uniforme ou não, só pode ser observado e calculado em relação a um
parâmetro, pois não há movimento absoluto. Desse ponto de vista, a gravitação
passa a fazer parte da inércia e o movimento dos corpos resulta de sua inércia
própria. Sua trajetória é determinada pelas propriedades métricas do contínuo
espaço-tempo, o que permite eliminar a obscura noção de ação à distância.
Na confluência da teoria dos quanta, que determinou todas as concepções a
respeito do átomo, e da teoria da relatividade, que determinou todas as
concepções a respeito do espaço, do tempo, da gravitação, da inércia etc., a
teoria do campo unitário vem atender à exigência fundamental da razão, que é a
exigência de unidade. "A idéia de que existem duas estruturas no espaço,
independentes uma da outra", escreve Einstein, "o espaço métrico gravitacional e
o espaço eletromagnético, é intolerável ao espírito teórico". Ao mostrar que as
duas forças, a da gravitação e a eletromagnética, não são independentes, mas
inseparáveis, a teoria do campo unitário as descreve em termos que poderão
permitir novas descobertas sobre a estrutura da matéria, a mecânica das
radiações e demais problemas do mundo atômico e subatômico.
O universo einsteiniano não é nem infinito, nem euclidiano, ou tridimensional, pois
a geometria de Euclides não é válida no campo gravitacional. E, como a estrutura
do campo gravitacional é determinada pela massa e pela velocidade do corpo em
gravitação, a geometria do universo, a curvatura do contínuo espaço-tempo, por
ser proporcional à concentração de matéria que contém, será determinada pela
totalidade da matéria contida no universo, que o faz descrever uma imensa
curvatura que se fecha em si mesma. Embora não seja possível dar uma
representação gráfica do universo finito e esférico de Einstein, foi possível
calcular, em função da quantidade de matéria contida em cada centímetro cúbico
de espaço, o valor do raio do universo, avaliado em 35 trilhões de anos-luz. Nesse
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universo finito, mas grande o bastante para conter bilhões de estrelas e galáxias,
um feixe de luz, com a velocidade de 300.000km/s, levaria 200 trilhões de anos
para percorrer a circunferência do cosmo e retornar ao ponto de partida.

Universo e Filosofia.

Sergio Biagi Gregório.


http://sbgfilosofia.blogspot.com/2006/09/universo-e-filosofia.html

O Universo é tudo o que existe no espaço infinito: planetas, estrelas, galáxias,


seres animados e inanimados, fluidos. A compreensão do universo está
intimamente relacionado com a filosofia de vida de cada pessoa. Nesse sentido,
quanto mais conhecermos o mundo que nos cerca, mais ampliaremos a nossa
concepção de vida.
Os grandes pensadores da humanidade não se preocuparam muito em explicar
se o universo é limitado ou infinito, se é ou não eterno, se teve ou não um começo
como Deus. Buda, por exemplo, limitou-se a ensinar o que é a dor e os caminhos
para suprimi-la do ser humano. Confúcio dizia que primeiro de tudo deveríamos
conhecer os homens e auxiliá-los. Sócrates achava que há uma harmonia
incomensurável no universo e, para compreendê-la, basta somente conhecer a
nós mesmos. Jesus fala-nos das várias moradas, porém enfatiza-nos a amar ao
próximo como a nós mesmos.
A dádiva do livre-arbítrio muda tudo.
Ao invés de assimilarmos as lições desses grandes mestres, insistimos em fazer a
nossa caminhada através da dor, cometendo os maiores deslizes com relação às
leis naturais. Assim, não somos suficientemente humildes para aceitar o nosso
nível de limitação, e, querendo sempre mais, criamos confusões em nossa mente
e na daqueles que nos ouvem. Se não prestarmos a atenção, poderemos destruir
o Planeta que nos serve de morada, em virtude da maciça alocação de recursos
para a construção de armas nucleares.
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Escolhendo um determinado caminho, sempre teremos explicações que o


satisfaçam. Assim sendo, aceitando o monismo ou o dualismo, o materialismo ou
espiritualismo, o ateísmo ou o panteísmo, encontraremos diversos argumentos
que os sustentam. E mesmo que esses argumentos não se aclimatem em nossa
consciência, a força intrínseca deles, faz-nos aceitá-los como argumento de razão,
de modo que o nosso pensamento se acomoda e ficamos satisfeitos conosco
mesmos.
Lembremo-nos de que a tarefa do filosofar é distinguir a filosofia dos filósofos
da Filosofia. A Filosofia é um questionar constante, um exercício mental em que
estamos sempre procurando a verdade, entendida como um processo ativo e
dinâmico de obter novos conhecimentos. A filosofia dos filósofos, por outro lado, é
a representação das idéias desses pensadores, seres humanos falíveis como
todos nós, e, portanto, sujeitos às limitações de seu próprio pensar. Muitas vezes,
enveredando por um determinado fluxo de idéias, os filósofos acabam por criar o
dogma, elemento que mais a Filosofia combate.
Olhemos o Universo sem idéias preconcebidas. Tomemos cada situação, cada
encontro, cada conversação como se fosse o acontecimento mais importante
naquele momento. Criando este hábito, onde quer que estejamos, estaremos
sempre aproveitando melhor a nossa existência.

Teoria judaica e cristã


A Torá e a Bíblia apresentam, nos versículos 1 a 19 do primeiro capítulo do livro
de Gênesis, o relato da criação dos céus e da Terra atribuído a Javé (outro nome
de Deus), o Deus único e onipotente, que teria executado a obra em seis dias.

Teoria suméria
Os sumérios e babilônios desenvolveram uma cosmogonia própria, preservada em
poema, como Gilgamesh e Enuma Elis. A criação era representada como um
processo de procriação. Os deuses seriam elementos naturais que formaram o
universo. Segundo os babilônios, Marduk foi o único deus que conseguiu derrotar
Tiamat, o dragão, que representava o caos e as águas do mar.
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Resumo do mito: Na mitologia mesopotâmica, no princípio do mundo existia Abzu


e Tiamat, os elementos masculino e feminino das águas. Tiamat criou o céu, de
quem nasceu Ea (a magia), que produziu Marduk. Este venceu os demais deuses
e dividiu o corpo de Tiamat, separando o céu da Terra e produziu o primeiro
homem, usando o sangue do monstro derrotado.
Teoria nipônica
A mitologia japonesa explica o surgimento dos deuses, como o mundo foi criado e
a origem dos imperadores japoneses. Estas histórias estão em dois livros: o kojiki
e o nihonshoki.
Teoria brâmane
A visão bramânica do mundo e sua aplicação à vida estão descritas no livro do
Manusmristi (Código de Manu), elaborado entre os anos 200 a.C. e 200 da era
cristã, embora também contenha material muito mais antigo. Manu é o pai original
da espécie humana. O livro trata inicialmente da criação do mundo e da ordem
dos brâmanes1; depois, do governo e de seus deveres, das leis, das castas, dos
atos de expiação e, finalmente, da reencarnação e da redenção. Segundo as leis
de Manu, os brâmanes são senhores de tudo que existe no mundo.
Teoria islâmica
Os Islâmicos acreditam na origem do Universo segundo o que descreveu o profeta
Moisés na Torá. Outros Livros passíveis de crédito islâmico são: os Salmos, o
Evangelho, e O Corão que é o derradeiro e completo livro sagrado, constituindo a
coletânea dos ensinamentos revelados por Deus ao profeta Maomé.
Teoria budista
Não há um deus criador no budismo2, a religião não se inicia no começo dos
tempos, mas com o despertar de Buda. O universo tal como é simplesmente
sempre foi assim "desde o tempo sem início".

1
Brâmane é um membro da casta sacerdotal hindu. A palavra não deve ser confundida com o deus Brahma
ou Brahman, embora o termo brâmane signifique literalmente "aquele que realizou / tenta realizar Brahman -
a divindade".

2
Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Sidarta Gautama, ou Sakyamuni
(o sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. no Nepal. De
lá o budismo se espalhou através da Índia, Ásia, Ásia Central, Tibete, Sri Lanka (antigo Ceilão), Sudeste
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Teoria inuit
Os inuits3 explicam a Origem do Universo tal como a conhecem as culturas
ocidentais e a ciência, apontando para o modelo de ordem cósmica. Estes mitos
tem lugar em Tshishtashkamuku, a terra dos Mishtapeuat.

Cosmologia e Cosmogênese
Em cosmologia, o Big Bang é a teoria científica que o universo emergiu de um
estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos. A teoria
baseia-se em diversas observações que indicam que o universo está em
expansão de acordo com um modelo Friedmann-Robertson-Walker baseado na
teoria da Relatividade Geral, dentre as quais a mais tradicional e importante é
relação entre os redshifts e distâncias de objetos longínquos, conhecida como Lei
de Hubble, e na aplicação do princípio cosmológico. Em um sentido mais estrito, o
termo "Big Bang" designa a fase densa e quente pela qual passou o universo.
Essa fase marcante de início da expansão comparada a uma explosão foi assim
chamada pela primeira vez, de maneira desdenhosa, pelo físico inglês Fred Hoyle
no programa "The Nature of Things" da rádio BBC. Hoyle, proponente do modelo
(hoje abandonado) do universo estacionário, não descrevia o Big Bang mas o
ridicularizava.
Apesar de sua origem, a expressão"Big Bang" acabou perdendo sua conotação
pejorativa e irônica para tornar-se o nome científico da época densa e quente pela
qual passou o universo.

Asiático como também para países do Leste Asiático, incluindo China, Myanmar, Coréia, Vietnã e Japão.
Hoje o budismo se encontra em quase todos os países do mundo, amplamente divulgado pelas diferentes
escolas budistas, e conta com cerca de 376 milhões de seguidores.

3
Os inuítes (também chamados de inuit) são os membros da nação indígena esquimó que habitam as regiões
árticas do Canadá, do Alasca e da Groenlândia.
14

Cosmogênese se refere ao surgimento e evolução do cosmo. Já foram propostas


diversas teorias que tentam explicar a origem do Universo, tanto no contexto
científico (cosmologia e astrofísica), quanto por parte das religiões e na mitologia.
As primeiras tentativas do homem de explicar a origem do mundo foram os mitos.
A mitologia grega, por exemplo, diz que no princípio havia o Caos, e em algum
momento surgiu Erebus, o lugar desconhecido onde a morte mora, e Nix, a noite.
Havia apenas silêncio e vazio. Então, Eros nasce produzindo um início de ordem,
e se faz Luz e Dia, e a terra (Gaia) aparece. Erebus e Nix copulam e dão
nascimento a Éter, a luz celestial, e Dia, a luz terrena. Gaia, por si só, gera Urano,
o céu. Urano torna-se o esposo de Gaia e a cobre por todos os lados. Da união de
Urano e Gaia surgem todas as criaturas, Titãs, Ciclopes e Hecatonquiros.
A ciência atual aceita a teoria do big bang. Segundo esta teoria, o Universo teria
surgido de uma grande explosão há cerca de 12 bilhões de anos, quando então as
primeiras estrelas e galáxias se formaram.
Na Bíblia, o livro do Gênesis narra a criação do mundo pelo Senhor Deus,
começando pela criação do céu e da terra e a separação das águas, em seis dias,
tendo no sétimo dia Deus descansado. Hoje, a teologia considera esta narrativa
alegórica, abandonando seu sentido literal. A Igreja Católica Romana atualmente
aceita a teoria científica do big bang.
Segundo a cabala, a tradição esotérica e mística do judaísmo, a criação do mundo
e do Homem deu-se por emanações de um princípio chamado de Ain Soph. Estas
emanações são chamadas de Sephiroth, em número de dez, e o seu conjunto
forma a árvore da vida, que representa esotericamente o Homem Arquetípico,
Homem Primordial, Adam Kadmon. O mundo material é representado na árvore
da vida por sua base, que é associada a Adonai (veja: Tetragrammaton).
Na Teosofia, filosofia esotérica fundada por Helena Petrovna Blavatsky e outros,
explica-se que o cosmo é emanado de um princípio que é chamado de
Parabrahman, e que não é o deus criador das religiões monoteístas. Esta
manifestação do cosmo ocorre de forma periódica, em um ciclo eterno, sem início
nem fim.
15

Blavatsky descreve esta teoria em seu livro A Doutrina Secreta (1888) que,
segundo ela própria, tem como inspiração pergaminhos muito antigos, chamados
de Estâncias de Dzyan, os quais ela teria tido acesso e teria estudado. A
cosmogênese da Teosofia tem suas raizes na filosofia oriental, particularmente o
hinduismo e o budismo e influenciou as chamadas ciências ocultas.

O Universo e a Maçonaria ou a Cosmologia Maçônica e o


Significado da Existência do Grande Arquiteto do
Universo.

Perceber o quanto somos


pequenos pode ajudar a nos
libertar da arrogância, o pecado
que persegue os cientistas.
Dyson Freeman

Sou cientista e lido com fatos concretos. A ciência é clara (ou contrario das ditas
“Ciências Ocultas” onde as coisas são obscuras e nem um pouco claras). Quando
olhamos para o céu noturno, o que vemos são estrelas que, muitas vezes, sequer
existem mais. Isso se deve a um simples, porem fundamental, principio. A
informação tem velocidade finita de propagação. E a máxima velocidade permitida
pela natureza é c (da formula elaborado por Albert Einstein, E = mc2), a velocidade
da luz. Então, as luzes das estrelas que vemos hoje as deixaram ha muitas tempo
atrás (Alves, 2006). Devido a imensa gama de informações cientificas disponíveis
uma razão prática para dirigir-se à Divindade em termos não sectários é que o
verdadeiro mistério e a maravilha da Criação não podem ser ditos (Irmão Ralph
Head, Editor da California Freemason, 2007 ). Então, como e por que os Maçons
de hoje chegaram em um conceito do Deus como um arquiteto e o escolheram,
com reverencia, para respeitar o mistério final da existência?
Segundo Nascimento Júnior (2001) para os pensadores antigos, o mundo físico
era governado pela idéia, e o modo de apreendê-la era por meio da contemplação
da alma ou da observação e da lógica. Na escolástica essa idéia é Deus. Na
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renascença, Deus se torna matemático. Em Galileu a Matemática do mundo é


entendida pela experimentação. Para Descartes o mundo é mecânico e entendido
por hipóteses dedutivas. Newton enxerga o mundo mecânico construído e
corrigido pelo Deus geômetra e entendido pela observação e experimentação. Os
empiristas retiram a idéia do universo e a colocam no espírito humano. Em Kant
as regras que organizam as idéias na mente também organizam o mundo
mecânico. Em Hegel o real só é real porque é racional, e essa racionalidade vem
de Deus, que transforma o mundo natural e atinge o espírito humano. Os
pensadores, influenciados por Hegel, percebem a incapacidade das leis da
mecânica explicarem as leis da vida. Comte e Bergson procuram, de forma
diferente, submeter às leis da Física às leis das ciências da vida. O universo
mecanicista é absorvido pelo determinismo relativista e pelo probabilismo
quântico. A linguagem da lógica se associa ao empirismo na descrição da ciência
procurando retirar dela o idealismo e a metafísica e, após um período de
florescimento, acaba não tendo sucesso. A dificuldade da apreensão do real volta
a ser o problema da ciência no final do século XX, e a procura de uma possível
solução reaproxima a ciência do idealismo. Conforme Woodrow Wilson (Nobel,
1983), prêmio Nobel de Física em 1978, na sua teoria sobre a quântica matéria
do Universo, todas as coisas podem ter derivado do Nada (anterior ao “Big Bang”).
O “Big Bang” ou a grande explosão que teria originado o Universo que
conhecemos hoje. O mesmo teria como origem uma imensa condensação de
material. Mas mal a origem dessa matéria? Segundo Wilson (NOBEL, 1983) o
Nada é uma criação espontânea correspondendo a um ponto critico instável/uma
fase material de transição dos quais o campo espaço-tempo 3+1 e sua origem, as
partículas elementares emergiram. Na física, o espaço-tempo é um modelo
matemático que combina espaço e tempo em uma só construção chamada
“space-time continuum”. O espaço-tempo é geralmente interpretado como um
objeto tetra-dimensional com o espaço sendo tri-dimensional e o tempo tendo o
papel da 4°dimensão (3+1). De acordo com a percepção Euclidiana de espaço,
nosso Universo tem três dimensões de espaço e uma dimensão de tempo. Pela
combinação do espaço e tempo em “dobradura” os físicos têm simplificado
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significativamente a física teórica, bem como descrito de uma forma mais uniforme
o universo a nível supergalático ou subatômico. Quando procuramos entender o
Universo tanto no seu aspecto Macro ou Microscópio todas respostas convergem
para um ponto a criação espontânea (ou “o Criador”). Conforme Gleiser (2001) os
cosmólogos que dizem entender a origem do Universo não estão sendo honestos.
Antes de mais nada, a teoria que descreve a expansão do Universo usada em
cosmologia, a teoria da relatividade geral de Einstein, tem, como qualquer teoria
física, limite de validade. Ela deixa de ser válida quando a matéria atinge
densidades inimaginavelmente altas, possíveis bem perto do tempo "t=0". Se o
Universo está em expansão, e as galáxias estão se afastando cada vez mais, ao
voltarmos no tempo elas estarão cada vez mais próximas. Perto do "t=0", a
matéria estaria espremida em volumes tão pequenos que sua densidade e
temperatura seriam enormes. Então, Gleiser se pergunta “Será que ela explicará o
mistério da Criação?” e o mesmo responde que acredita que não: essa será uma
resposta científica da questão, e, portanto, calcada em leis naturais e conceitos.
Segundo ele podemos sempre perguntar de onde vêm essas leis e esses
conceitos e que a melhor atitude com relação ao mistério da Criação é a de
complementaridade: a ciência oferece um relato, a religião, outros (vários). E
chega a conclusão que é importante aceitar que ambos têm limitações, o que não
tira em nada sua beleza e importância. Finalizando, o Irmão Head escreveu: “O
uso Maçônico do título” Grande Arquiteto do Universo “é nossa denotação
reverencial à Divindade, esse nome eterno que não pode ser nomeado”.
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Bibliografia consultada
ALVES, M. E. S. Cosmologia na Teoria de Visser. Dissertação de Mestrado em
Astrofísica,INPE, 91p., 2006.
GLEISER, M. Ciência e Criação. especial para a Folha de São Paulo
(domingo, 18 de fevereiro de 2001). http://br.geocities.com/marcelogleiser/
5CienciaCriacao.htm
HEAD, R. The Meaning of "the Great Architect of the Universe".
http://www.freemason.org/cfo/jan_feb_2002/poets.htm. Acessado em 28/01/2007.
NASCIMENTO JUNIOR, A. F. Fragmentos da presença do pensamento idealista
na história da construção das ciências da natureza. Ciência & Educação, v.7, n.2,
p.265-285, 2001
NOBEL PRIZE. Robert Woodrow Wilson. The Nobel Prize in Physics 1978.
http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1978/wilson-autobio.html
WILSON, K. G. The Renormalization Group and critical phenomena. Reviews of
Modern Physics 1983; 55:583-600.
http://br.geocities.com/sidereusnunciusdasilva/universo.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmogonia

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