CIBERSEXO
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SEXUALIDADE
Para Melo (2004) o ser humano vive em um ambiente em que a sexualidade
está presente em todos os momentos da vida cotidiana. Para Nunes (2005) a
sexualidade apresenta-se em todo momento da vida cotidiana, portanto vivemos num
"ambiente sexualizado" e os discursos sobre sexualidade entrelaçam todas as esferas
da nossa vida cotidiana: confusos, apelativos, questionantes, mistificadores e
enquadradores. Estamos à mercê desses discursos (NUNES, 2005, p. 05).
http://www.kerodicas.com/wp-content/uploads/2008/03/cibersexo.jpg
conteúdo sexual com ausência do órgão genital fazem parte da sexualidade, portanto
a dificuldade em determinar o conceito de sexualidade ocorre devido à associação da
sexualidade e sua relação direta com o genital. Júnior (1997) entende que na
sexualidade as características biológicas e culturais mantêm uma relação conjunta,
portanto
Os aspectos biológicos da sexualidade e a cultura não se excluem
mutuamente, nem são independentes; são, pelo contrário, inter-
relacionados e interdependentes. Desse modo, a sexualidade não pode
ser considerada como uma característica exclusivamente biológica,
nem pode ser tendenciosamente descrita como pertencente apenas à
cultura; mas, antes, como uma interação entre a biologia e a cultura na
qual tanto os processos culturais como os biológicos se retroalimentam,
num “feedback mútuo” que os mantém atuantes (JÚNIOR, 1997, p. 91).
Em 1989 foi realizado um estudo por Lilian Rubin que apresenta as histórias
sexuais de aproximadamente mil pessoas heterossexuais com idade entre 18 e 48
anos nos Estados Unidos. Sendo sujeito da sua própria pesquisa, a autora verificou
que a virgindade antes do casamento era estimada por homens e mulheres. As
mulheres sexualmente ativas eram desprezadas, pois a honra estava diretamente
ligada à capacidade de resistir e/ou conter a sexualidade. Atualmente parte dos
padrões do estudo realizado por Lilian Rubin ainda existe, como por exemplo, o fato
de que havia diferença entre a garota virgem que era considerada decente e a
sexualmente ativa era vista como vadia, assim como a ética da conquista masculina,
onde os homens investiam nas conquistas e posteriormente desprezavam as garotas
que não conseguiam resistir aos avanços sexuais. Porém outros comportamentos
tiveram grandes mudanças, assim como o direito de ter atividade sexual em qualquer
idade que se julgue adequada (GIDDENS, 1993).
http://www.debate.com.mx/__export/1428950611518/sites/debate/img/digital/2015/04/13/jdfgdfg.jpg_594723958.jpg
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EDUCAÇÃO SEXUAL
Para Braga e Yaslle (2006) é muito importante a existência de uma educação
sexual no preparo do indivíduo para vivenciar a sua sexualidade de forma prazerosa
e livre de repressões, pois a educação sexual repressora favorece para que a pessoa
não tenha uma sexualidade saudável e livre de problemas, o que pode ocasionar um
comportamento sexual insatisfatório onde a atração é prejudicada, o orgasmo afetado
e a vida sexual danificada. Daí, que está educação é necessária em todo o
desenvolvimento humano e, como ressalta Vidal (2002, p.131) “não se pode pôr em
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De acordo com Maia (2004; 2006) a educação sexual deve estar inserida em
todo processo formativo da pessoa, sendo oferecida de forma contínua e preventiva
de acordo com a população abordada, não devendo ser reduzida a informação
biológica ou a aspectos higiênicos e sanitários referentes ao tema. É importante que
educadores pensem sobre a sexualidade humana para poder superar limitações e
conseguir auxiliar o outro, para a autora:
Para Figueiró (2001, p. xiii) a educação sexual diz respeito a “[...] toda ação
ensino aprendizagem sobre a sexualidade humana, seja no nível do conhecimento de
informações básicas, seja no nível do conhecimento e/ou discussões e reflexões
sobre valores, normas, sentimentos, emoções e atitudes relacionados à vida sexual”.
De acordo com Maia (2010) a educação sexual refere-se a todas as ações referentes
a atitudes, comportamentos, opiniões e valores ligados à sexualidade. Segundo
Werebe (1998) a educação sexual é um processo de atitudes intencionais e não
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[...] que todos somos educadores sexuais, pois ensinamos algo sobre
sexualidade às pessoas que nos rodeiam, mesmo sem percebermos,
ou sem desejarmos fazê-lo. Em função disto, é importante que, em
cada escola, todos os profissionais envolvam-se num processo de
reflexão e estudo sobre a Educação Sexual, mesmo que vários deles
não se sintam aptos, ou não desejem trabalhar o assunto, de maneira
formal, com os alunos (FIGUEIRÓ, 2007, p. 27).
De acordo com Meirelles (1997) a escola é o local ideal para ocorrer a educação
sexual de forma saudável e assim acolher a família. É um ambiente que “[...] tem como
função social ser um centro difusor de conhecimento. Todo conhecimento, como a
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Para Júnior (1997) o ambiente escolar que oferece a educação sexual para os
alunos irá favorecer o crescimento pessoal e o amadurecimento da sexualidade, deste
modo:
http://labellezadelos50.es/wp-content/uploads/2015/12/CIBERSEXO22222.jpg
individual: gênero, idade, etnia ou limitações orgânicas. Júnior (1997, p. 95) acredita
que “A educação sexual, como um processo social no âmbito escolar, poderá ser
considerada como um processo de transformação e mudança, que parte de um
projeto coletivo e atinge os indivíduos, cada qual com sua busca particular do(s)
sentido(s) da sexualidade. Nunes (2005, p. 31) entende que “A educação sexual é um
fenômeno da sociedade. Não é uma tarefa primordial da escola, embora encontre nela
um reforço institucional de suas bases sociais".
Para Nunes (2005) a educação sexual diz respeito à questão técnica e também
todas as outras que a envolvem como a questão social, estrutural e histórica, pois
retornou de forma recente com assuntos polêmicos sobre programação familiar e/ou
controle de natalidade. Nunes e Silva (2000) acreditam que
Leão, Rezende e Ribeiro (2008) entendem que refletir sobre os PCN sugere
verificar:
Maia (2008) faz a distinção dos termos educação sexual e orientação sexual, a
autora compreende
[...] por Educação Sexual o processo pelo qual as pessoas formam suas
concepções sobre a sexualidade em uma cultura e sociedade, desde o
nascimento até a morte. Este processo ocorre no cotidiano das
relações sociais: família, comunidade, amigos, mídia, etc. e tem
diferentes dimensões: biológica, psicológica, social e ética. Quando
essa educação ocorre de modo formal, por meio de instruções,
chamamos esse processo de Orientação Sexual: aulas, palestras,
instrução, informação, o que faz parte da e na educação sexual, mas
não se constitui em si mesma um processo formativo (MAIA, 2008,
p.71).
A partir da concepção desta autora, vou optar por utilizar o termo educação
sexual, pois neste estudo irei analisar a educação sexual e a sexualidade de uma
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Segundo Gomes (2005) o termo blog foi empregado pela primeira vez em 1997,
e refere-se a uma página na web que é atualizada por meio de mensagens que são
chamados "posts", e que pode conter imagens, textos ou links para sites específicos
e/ou mensagens particulares do criador que são exibidas cronologicamente.
Luccio e Nicolaco-da-Costa (2007) definem o termo blog como:
[...] uma página da web onde um weblogger também conhecido como
blogger ou blogueiro, registra textos sobre assuntos que considera
interessantes. O autor do blog adiciona a publicação mais recente,
também chamada de post, no topo da página. Abaixo ou acima do post,
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Os blogs são páginas dinâmicas que estão na internet com conteúdo pessoais
e que possuem baixo ou nenhum custo de sustentação e conservação, são ligeiros e
de fácil acesso e possibilitam o desenvolvimento de informações e representações
sobre o assunto explorado (FRIEDERICHS, 2008). O termo blog foi expandido por
conta do seu conceito frente a grande variedade de tipos, finalidades e situações,
assim como o estilo pessoal dos autores. Na internet contém vários blogs que
abarcam uma grande variedade de assuntos desenvolvidos por diferentes finalidades,
sendo utilizado para expor conteúdo do criador ou para divulgar informações exibidas
(GOMES, 2005).
Devido às diversas funções que os blogs podem ter, eles foram definidos como
um instrumento para publicar informações particulares (AMARAL; RECUERO;
MONTARDO, 2008).
OS BLOGS NA HISTÓRIA
A revolução digital ocorreu no termino do século XX, o computador apareceu
como amparo textual e iniciou-se o período da escrita e leitura on-line (CHARTIER,
2002). Uma característica significativa do computador como amparo textual é a
interação e relação entre leitores-escritores por meio de computadores ligados em
rede e o fato de liberar a disponibilidade das pessoas com acesso à internet para
publicar suas mensagens a vontade e quando necessário solicitar a intervenção do
usuário no conteúdo (LUCCIO; NICOLACI-DACOSTA, 2007).
Os blogs fazem parte dos mais atuais ambientes textuais na rede, devido a
acelerada divulgação são profundamente ocupados por conta da fácil produção e
sustentação, igualmente como as alternativas que os criadores contêm ao divulgar
mensagens e imagens (LUCCIO; NICOLACI-DA-COSTA, 2007).
Entre 2000 e 2001 houve ampla divulgação dos blogs no Brasil, o que
proporcionou a aquisição de numerosos adeptos ligeiramente (LUCCIO; NICOLACI-
DA-COSTA, 2007). "Desde a criação do primeiro blog até 2005, o número de autores
e leitores de blogs tem vindo crescer a grande ritmo" (GOMES, 2005, p. 311).
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O êxito dos blogs está ligado aos ambientes concedidos para publicação na
web dirigidos por usuários sem informações sobre a elaboração de websites,
habitualmente sem despesa financeira para os autores que podem utilizar sites que
concedem processos de concepção, administração e instalação grátis de weblogs
(GOMES, 2005).
A origem e sustentação do blog ocorre individualmente ou coletivamente, e o
criador pode até certo ponto definir o grau de visibilidade pública do blog. Atualmente
alguns sites que disponibilizam blogs possibilitam que os usuários se registrem em
uma base de dados que pode ser verificada por qualquer internauta. Posteriormente
à disponibilização na internet, fica difícil o criador do blog manter um ambiente
reservado e particular. Atualmente um trabalho de desenvolvimento e instalação de
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OS BLOGS E A EDUCAÇÃO
Weblog ou blog são termos que foram introduzidos no dia-a-dia e nas
instituições escolares por professores e alunos mais habituados com a utilização da
internet. A "blogsfera" contém uma série de ações educacionais que representa uma
ampla variedade de abordagens. Há várias formas de se explorar o uso dos blogs por
educadores e alunos nas escolas e a blogsfera está cada vez mais abrangente por
atingir várias categorias da educação (GOMES, 2005).
Com o aparecimento de sites de fácil utilização, elaboração e instalação de
blogs gratuitos, o desenvolvimento de um blog virou uma atividade simples para
qualquer pessoa que utiliza a internet. A definição de blog tem progredido conforme a
capacidade criativa dos indivíduos, o que gerou interesse em pesquisadores,
educadores e outros profissionais que se importam com o ensino educacional. São
inúmeras as utilidades dos blogs como recurso e estratégia pedagógica, a sua
atuação ocorre por conta da disponibilização de um espaço de informação
particularizada e para favorecer e proporcionar conhecimento. Como técnica
pedagógica, os blogs podem adquirir o formato de um portfólio digital, ambiente de
intercambio, cooperação, discussão e influência mútua (GOMES, 2005).
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ3TPEAdXH8zCGtsvYJMDp-UsnpeeVIcn-bU2TtY0yNY9Oy3jnLTg
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Para Gomes (2005) os estudantes podem ser criadores ou leitores dos blogs,
que podem se tornar ambientes de interconexão entre escola e família ou, ainda, no
trabalho grupal entre educadores. Desta forma, as ações da instituição escolar
tornam-se mais evidentes e ficam perto das comunidades que introduzem situações
para a inclusão e cooperação de vários integrantes desses grupos. O autor
compreende que o blog pode ser um artefato para o desenvolvimento do indivíduo
portanto
A criação e dinamização de um blog com intuitos educacionais pode e,
deve, ser um pretexto para o desenvolvimento de múltiplas
competências. O desenvolvimento de competências associadas à
pesquisa e seleção de informação, à produção de texto escrito, ao
domínio de diversos serviços e ferramentas da web são algumas das
mais valias associadas a muitos projetos de criação de blog em
contextos escolares (GOMES, 2005, p. 313).
http://www.zeleb.es/sites/default/files/styles/landscape_photo_700x415/public/cibersexo.jpg?itok=zQLRrCyF
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AGRUPAMENTOS TEMÁTICOS
GÊNERO E DIVERSIDADE
No blog da Claudia Bonfim, há duas postagens sobre gênero. Uma faz
referência as classificações e conceitos sobre identidade de gênero/orientação sexual
por meio de uma figura. A outra é uma passagem sobre a mulher, contextualizada por
se tratar do Dia internacional da mulher em março/2013.
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(...) Lembrando que amanhã "comemora-se" o Dia Internacional da mulher cabe convidar
minhas companheiras mulheres a incorporarem esse movimento. Pois, somente quando nos
movimentarmos conseguirmos sentir a força que essas correntes têm sobre nós e o quanto elas limitam
nosso pensamento, nosso crescimento, nossos horizontes, nosso mundo interno e externo, nossa
felicidade.
Desse movimento é que surgirá a indignação, a impossibilidade de ficar inerte, o desejo de
mudança. No entanto, continuamos submetidos a um sistema opressor que opera em favor do capital,
e que nos leva a acreditar que atingimos a tão sonhada "liberdade".
Para romper com a força dessas amarras precisamos ainda compreender que a mudança
individual é a base da transformação social, mas que somente através de um movimento coletivo,
somando nossas forças, dialogando com quem também luta pelo rompimento das correntes do sistema
e seremos capazes de provocar movimentos fortes o suficiente, para romper com os dogmas e valores
morais antigos e com as ideologias mercantis e banais da sociedade atual que ainda nos impedem de
atingir a felicidade. Claro, essa tarefa não é fácil, entretanto não podemos continuar nos prendendo às
dificuldades para justificar a nossa ausência de atitudes.
Finalizo este pensamento com Kollontai que nos convida à autodisciplina, em vez do
sentimentalismo exagerado; à apreciação da liberdade e da independência, em vez da submissão e da
falta de personalidade; a afirmação do direito de gozar dos prazeres e não a máscara hipócrita da
"pureza". A sermos não mais uma sombra do homem, mas sim uma mulher com direito e necessidade
de ter e manter sua mulher-individualidade. Porém, transformações de gênero exigem inevitavelmente
a transformação das relações econômico-sociais. Está na hora de nos libertarmos das amarras morais
da sociedade antiga mas também das sedutoras correntes que mascaradamente continuam a nos
prender em suas ideologias mercantis e banais. Já afirmava Kollontai: Todo o complicado código da
moral sexual como o matrimônio sem amor e a instituição da prostituição, tão organizada e difundida,
conduzem ainda que inversamente a humanidade ao caminho da degeneração e da falsa libertação. E
deixo-lhes uma convocatória provocativa, com o desejo de lhes trazer inquietação para pensar: E nós,
que esforço estamos fazendo para sentir as amarras que nos prendem? Qual o papel do Movimento
que luta pela igualdade da mulher na sociedade atual? Já rompemos com o código moral antigo? E o
código moral atual realmente nos liberta? Lembrem-se a luta não se resume a um dia apenas, ela deve
ser cotidiana! (Blog Claudia Bonfim, 07 de março, 2013).
Internet e Homossexualidade
A internet tornou-se um facilitador para experiências homossexuais entre jovens? O advento
da Internet e os inúmeros aplicativos que possibilitam maior contato e informação entre jovens têm
exercido alguma influência para experiências homossexuais entre eles? Ao que parece, sim. Embora,
ao sensibilizar-me por esta possibilidade, busquei nas redes sociais alguma pesquisa que já pudesse
fundamentar esta percepção e não encontrei. Mas escrevo este artigo, com base nos inúmeros relatos
que tenho ouvido de jovens entre 16 e 20 anos, que experimentaram a prática homossexual, ao menos
uma vez. Esta experimentação, na maioria dos relatos, ocorreu depois de saber da experiência de
outros jovens. A curiosidade foi despertada através da rede de informações cibernéticas às quais estão
lincados. A dificuldade destes jovens tem sido lidar com o depois. Surgem dúvidas sobre a própria
sexualidade e o embate entre saber se é ou não homossexual. Primeiramente cabe dizer que nos dias
atuais, nossos jovens lidam com o assunto homossexualidade de modo diferente de seus pais e, com
maior diferença ainda, do que seus avós. Há alguns anos a homossexualidade era assunto que não se
tratava abertamente e a descoberta de contato íntimo entre duas pessoas do mesmo sexo era taxada
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como tabu. Algo a ser esquecido e ponto final. Nossos jovens são mais tolerantes e aceitam com mais
naturalidade e menos discriminação amigos e amigas, cuja preferência sexual seja diferente.
Evidente que este comportamento distinto, pode gerar a curiosidade para uma experiência
inusitada. Hoje, sabe-se que não é o contato íntimo entre duas pessoas do mesmo sexo que a torna
homossexual, mas sim um padrão duradouro de experiências sexuais, afetivas e românticas
principalmente ou exclusivamente entre pessoas do mesmo sexo. Muitos jovens, que têm ou tiveram,
um ou mais relacionamentos íntimos com pessoas do mesmo sexo, apenas pela curiosidade, pela
descoberta, pela oportunidade, pelo permitir-se entender esta relação, não o torna homossexual.
Assim, creio que em um futuro próximo, a nossa compreensão e tolerância pelas práticas diferenciadas
da sexualidade serão mais elásticas. Até porque elas não são novas. Os meios de comunicação e o
acesso à informação, em especial a internet, tem motivado e despertado nossos jovens para explorar
o que lhes parece novo e diferente (Blog José Luiz do Prado, 20 de maio, 2013).
No Blog da Laura Muller existe uma postagem sobre o tema diversidade que
aparece respondendo a dúvida sobre como se proteger ao ter relações sexuais entre
mulheres, porém na resposta ela aborda várias informações sobre a
homossexualidade.
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RELACIONAMENTO AMOROSO
Em mais de uma passagem Claudia Bonfim discute o tema do amor. Num
primeiro momento cita um poema de Drummond e em outro de Kollontai, Claudia fala
do amor por meio de uma visão poética e romântica.
Depois de ler esse livro, O Amor Natural, lançando em 1992, Drummond, que já me encantava,
com seus poemas, mostrou-me que a natureza humana tem um quê de eros e psiquê desinibidos, ele
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revela os sentidos, desnudando e traduzindo o lado bom da libido. Drummond escreve lindamente os
prazeres do corpo, a sensualidade da natureza humana, o alcance da psique, do prazer lídimo, legítimo,
do amor natural. Drummond transita entre o erótico e o pornográfico com uma leveza tamanha, que
nos deixa extasiados. Revela-se entre o lado sexual instintivo e humanizado, a dialética perfeita,
exultando a condição ínfima do ser humano, despido de qualquer pudor ou moralidade. Mostrando o
sexo no lado primitivo e animal: ato, suor, sêmen, gemido, desejo, gozo, corpo. Socializo com vocês
alguns poemas retirados de O Amor Natural, de Carlos Drummond de Andrade (Blog Claudia Bonfim,
11 de março, 2013).
Espero que através deste áudiopost e da leitura de Kollontai possamos ampliar nossa
concepção de AMOR, que ao nosso ver deve ter um sentido humanizador, coletivo e solidário em
nossas vidas, e que o amor represente sentimentos que se unificam como afeto, companheirismo,
admiração, diálogo, cumplicidade, compreensão, respeito, humanidade, erotismo, desejo, paixão,
tesão, felicidade. Afinal somos esta totalidade de sentimentos. Não importa o gênero. Pois, o amor é
um sentimento único, inclusive livre de preconceitos. Esta é uma das tarefas da educação afetiva e
sexual emancipatória que defendemos e buscamos socializar (Blog Claudia Bonfim, 12 de junho, 2013).
imediatismos. Há liberdade emocional para escolher sabiamente. Encontrar satisfação em outras áreas
da vida - amigos, carreiras, hobbies – ajuda a tornar o indivíduo menos solicitado e, portanto, mais
atraente. Crie coragem, vá à luta e boa sorte! (Blog José Luiz do Prado, 16 de junho, 2013).
fazer amor com os olhos vendados; Brinquem de médico, enfermeira, mestre, escravo, estudante,
professor, deixem a imaginação fluir; Façam planos para o futuro; Falem a respeito de permanecerem
juntos o resto de suas vidas; Discutam o tipo de relacionamento que vocês querem criar juntos; Sirvam
um ao outro café na cama; Troquem de papel, brinquem com isso; Façam strip-tease um para o outro;
Cantem um para o outro, mesmo que vocês não saibam; Tenham conversas eróticas; Leiam contos
eróticos um para o outro, ou juntos; Meditem juntos; Deem flores um ao outro, regularmente. Homens
também gostam de flores; Tenham sempre flores em casa; Notem sempre todas as mínimas coisas
que um faz para o outro. Deixe o outro saber quanto importante um é para o outro. Mostrem apreciação;
Relembrem juntos os momentos felizes e cheios de ânimo; No calor da paixão, quando estiverem
fazendo amor, deixem que palavras selvagens e sem pudor saiam de suas bocas; Homens, assegurem-
se que sua companheira esteja lubrificada antes da penetração; Amem-se por horas, com penetração,
sem penetração, e assim por diante; Aconcheguem-se depois do orgasmo, olhem nos olhos um do
outro, digam palavras de amor e carinho; Compartilhem suas fantasias sexuais. Expressem-na um com
o outro; Façam amor na chuva; Dispam um ao outro; Façam amor de olhos vendados; Deem banho no
outro com algo diferente: vinho, champanhe, leite condensado, chocolate, etc. Beijem partes do corpo
do outro que nunca beijou antes; Deem um ao outro uma segunda chance, sempre! Tenha um dia
romântico pelo menos uma vez por semana; Quando errar peça desculpas; Deitem-se sob as estrelas...
e façam amor!; Quando a situação é boa diga “nós” fizemos, se pisou na bola, diga “eu” fiz; Nunca
esqueçam o beijo de boa noite. Nunca esqueçam o beijo de bom dia. (Blog José Luiz do Prado, 09 de
dezembro, 2013).
Laura Muller em seu blog aborda questões sobre a forma como se comportar
com o parceiro diante das dificuldades sexuais. Nas postagens selecionadas
destacamos três que oferecem instruções sobre como se comportar frente a tais
situações. O texto apresenta dicas e esclarecimentos e considera apenas o casal
heterossexual.
Só consigo transar no máximo três vezes por semana. Preciso de tratamento? Essa frequência
é absolutamente normal. Se você transasse menos do que isso, também seria natural. Cada um deve
escolher o próprio ritmo sexual. A mania de querer entrar num padrão ou se comparar com outras
pessoas é altamente negativa, pois gera uma ansiedade que não combina com prazer (Blog Laura
Muller, 7 de março, 2013).
EROTISMO
No blog de Claudia Bonfim, ela comenta sobre sedução e fantasia sexual
exercidas pelas pessoas por meio do que ela chamou de “inteligência erótica”, que diz
respeito ao jogo de sedução a partir da estimulação da fantasia.
"A palavra é tão erótica quanto qualquer parte do corpo. Poucas pessoas se permitem. Mas
entre quatro paredes, a moral tem que passar longe. Nesse espaço de prazer, só a ética deve imperar,
vale tudo desde que em cumplicidade, o que importa neste momento é sentir e dar prazer. E o prazer
também mora ao pé do ouvido. Mas não é qualquer palavra. É a inteligência erótica que as palavras
passam. Poucas coisas são mais eróticas e provocantes do que a inteligência. Inteligência de saber
seduzir. É preciso saber estimular a própria fantasia e a fantasia do outro, e reafirmo como já afirmei
na tese e nos meus livros "o nosso maior e melhor órgão sexual, o mais potente, não são as genitálias
e sim a nossa MENTE. Na cama e no mundo é preciso se se diferenciar da varonil multidão, a dialética
das palavras despertam nosso impulso primitivo, selvagem e doce, humano e animal." (Blog Cláudia
Bonfim, 07 de novembro, 2013).
José Luiz do Prado comenta sobre as fantasias sexuais, partindo de um
conceito amplo de fantasia e desejo de satisfação para a fantasia sexual que poderia
ser saudável ou uma “parafilia” se for compulsiva.
objetivo sexual está precedido por fantasias e desejos sexuais compulsivos, com a finalidade de
satisfazer uma situação gerada pela obsessão sexual do indivíduo. As fantasias sexuais não são
desejos proibidos. Podem ser uma fonte de inspiração para o crescimento pessoal, de criatividade, de
autoconhecimento e de prazer. A partir delas compreendem-se muitas das atitudes relacionadas à
sexualidade, aos valores e às regras sociais. A recomendação dos especialistas em sexualidade, é que
os casais tragam suas fantasias sexuais para a realidade em forma de jogos sexuais, com o objetivo
de melhorar a vida sexual do casal. (Blog José Luiz do Prado, 18 de agosto, 2013).
http://ep00.epimg.net/elpais/imagenes/2015/12/21/ciencia/1450693458_718084_1450695212_noticia_normal.jpg
Prazeres, no Morro dos Prazeres. Também será oferecida vacina contra hepatite B para a comunidade
local.
(Fonte: Ministério da Saúde). (Blog Laura Muller, 01 de fevereiro de 2013).
Ele tinha leucemia e recebeu, em uma cirurgia na capital alemã, um transplante com células-
tronco de um doador que era geneticamente resistente à contaminação pelo HIV (Folha de S.Paulo)
(Blog Laura Muller, 04 de março, 2013).
SAÚDE REPRODUTIVA
José Luiz do Prado esclarece mitos e dúvidas sobre a menstruação e a
menopausa. Além de oferecer informações sobre o funcionamento do corpo, faz
comentários também sobre as dificuldades comuns diante da menarca e menopausa.
pouco se fala do universo que a compõe e, em especial, “do” clitóris. Mas vamos conhecer melhor o
Ponto C e entender sua função. Está localizado na parte externa e superior da vulva, logo acima do
canal da uretra. Ali pode-se detectar o que se chama de capuz clitorial (prepúcio) que recobre no todo
ou em parte a cabeça (glande clitoridiana). O que se vê externamente é apenas uma parte do clitóris.
Internamente ele se divide em forma de V e avança acima e ao fundo. Possui milhares de terminações
nervosas que percorrem tanto os pequenos como os grandes lábios que recobrem a vagina. Aliás, são
em torno de 4 mil feixes nervosos em cada lado do V, que culminam em 8 mil terminações nervosa na
cabeça. O pênis tem apenas a metade destas terminações. Muito se fala sobre orgasmo vaginal e
clitorial, mas foram Masters e Johnson os primeiros a determinar que a estrutura do clitóris rodeia e
estende-se ao longo da vagina. Assim determinaram que todos os orgasmos são de origem clitorial.
Estudos posteriores, apontam que as ligações internas do clitóris são os responsáveis pelos orgasmos
vaginais e também do tal ponto G. A vagina em si, como ponto de erotização, tem poucas terminações
nervosas. Na verdade apenas o primeiro terço da vagina é mais vascularizado possibilitando algumas
sensações. Isto tem fundamento. Imagine se a vagina tivesse milhares de terminações nervosas em
toda sua extensão. A mulher ao dar à luz, teria dores terríveis. Assim, durante o ato sexual, com a
penetração vaginal, a sensibilidade em sua maior parte advém dos feixes nervosos do clitóris que são
comprimidos e estimulados. A dificuldade da compreensão pelos homens do comportamento feminino
e da sua erotização tem origem cultural. Mesmo na atualidade a mídia e até os filmes eróticos mais
explícitos, nada, ou quase nada, se referem ao clitóris. O clitóris, ainda é um tabu sexual. Muitas
mulheres que são consideradas anorgásmicas, descartadas as impossibilidades biológicas, talvez o
sejam por desconhecimento da necessidade da, digamos, “sintonia fina” com o clitóris. Portanto, se há
necessidade de uma busca por mais prazer, esqueça do tal ponto G, ou outras teorias não
comprovadas. Concentre-se naquilo que verdadeiramente pode ser uma possibilidade real. O seu
ponto C. (Blog José Luiz do Prado, 28 de julho, 2013).
Meninas rasgadas
Abordar determinados assuntos causa uma luta interna. Talvez pelo sofrimento que vem
embutido. Em pleno século XXI, onde o homem já evoluiu tanto. Ensinou, aprendeu e partilhou. Quase
já não há limites para desbravar e desvendar o futuro. Em todos os campos: desde a arte até a ciência.
É desalentador que determinadas práticas parecem estagnadas e remontam a atitudes quase
medievais. Por mais que se exalte o direito da mulher sobre seu próprio corpo, corrobora-se ainda com
uma barbárie: a circuncisão feminina – embora já exista afirmações de que este termo é incorreto,
porque na circuncisão masculina o pênis inteiro fica intacto, enquanto na mulher envolve a remoção de
quase todo o clitóris – sendo então mais apropriada a denominação “excisão” ou “clitoridectomia". A
“infibulação”, outro método também utilizado, implica na remoção dos lábios vaginais. Qualquer que
seja o nome, não sublima a realidade, de que a mulher é literalmente rasgada em sua intimidade e sua
dignidade. Segundo a estudiosa inglesa Geraldine Brooks, este costume originou-se na África Central
na antiguidade, seguindo para o norte, pelo Nilo, até o antigo Egito. Mas só quando os exércitos
árabemuçulmanos conquistaram o Egito no século VII, a prática teria se espalhado pela África de forma
sistemática, paralela à disseminação do Islã.
Há vários tipos de mutilações. Elas variam de acordo com o grupo étnico onde é praticada.
Pode ocorrer a remoção da parte superior do clitóris, a remoção completa do clitóris e de parte dos
pequenos lábios, a remoção completa do clitóris e dos pequenos e grandes lábios, a suturados dois
lados da vulva após a remoção do clitóris e dos pequenos lábios deixando apenas orifícios para saída
da urina e do sangue menstrual. Pode parecer distante da nossa realidade. Mas não se pode calar
diante da brutal mutilação a que milhares e milhares de meninas e mulheres são submetidas. Estimativa
da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres
vivem hoje sob consequênciada mutilação - a maioria na África. A Organização tem uma campanha
contra a prática, que considera prejudicial à saúde da mulher e uma violação dos direitos humanos. A
clitoridectomia é realizada, geralmente por mulheres mais velhas, sem o uso de anestésicos e com
objetos cortantes que sequer são esterilizados, como facas, tesouras e lâminas de barbear. Isso pode
levar a sérios problemas de saúde, dentre eles: danos ao meato uretral, às glândulas de Bartholin, ao
períneo, reto, hemorragia, febre, infecções dos órgãos genitais externos, vagina, ovários e útero. Pode
ainda causar dificuldade de micção e retenção de urina. A longo prazo poderão ocorrer infecções do
trato urinário, abscessos vulvares, queloides, entre outros. Em 2007, o Conselho de Estudos Islâmicos,
ligado à Universidade Al-Azhar, no Cairo, um dos grandes centros de teologia muçulmana do mundo,
declarou oficialmente que o corte da genitália feminina é “danoso, não tem base alguma na lei islâmica
e não deveria ser realizado”. Não há registros de que seja feito em países de língua árabe do norte da
África, com exceção do Egito – ali, estimativas de 2005 apontavam que quase 97% das mulheres entre
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15 e 49 anos tinham sido submetidas à mutilação genital. Em sete países africanos - entre eles Somália,
Etiópia e Mali - a prevalência da mutilação é em 85% das mulheres. Casos esporádicos em países da
Europa e da América do Norte ocorrem no interior de comunidades de imigrantes. Algumas
comunidades entendem a circuncisão como artifício para reprimir o desejo sexual, garantir a fidelidade
conjugal e manter as jovens "limpas" e "belas". Os efeitos psicológicos são mais difíceis de investigar.
Dentre os poucos casos relatados, apurou-se sentimentos de ansiedade, terror e humilhação. Por outro
lado, devido a tradição cultural numa sociedade onde quase 100% das mulheres sofrem mutilação
genital, as que não forem submetidas ao processo poderão apresentar problemas psicológicos
resultantes da rejeição social, ao deixarem, por exemplo, de serem elegíveis para o casamento. Muito
ainda há que ser feito para que este processo seja definitivamente banido. Ele envolve tantos aspectos
culturais como políticos. Trata-se de mudar a cultura de países onde as tradições de patriarcado
prevalecem e a mulher ainda é vista como um ser submisso. Talvez num mundo globalizado, onde as
pessoas estão sempre conectadas esse coro possa ser agora engrossado e essas mulheres não
fiquem mais sozinhas, sujeitas à própria sorte e à margem de viver plenamente sua sexualidade. É
triste saber que, atualmente, ao fim de cada dia, em torno de seis mil mulheres terão sofrido essa dor
(Blog José Luiz do Prado, 16 de outubro, 2013).
http://bucket2.glanacion.com/anexos/fotos/11/sexo-y-pareja-1278511w620.jpg
Ainda no tema da resposta sexual, José Luiz do Prado fala do viagra, como um
medicamento usado para obtenção da ereção, lembrando que é um recurso
medicamentoso que nem sempre resolve problemas conjugais.
Tomou, subiu!
Estamos habituados a tomar remédios para tudo. Para dormir, para acordar, para relaxar, para
ficar mais ativo. Isto não é uma apologia contra os remédios. Sei que muitos são necessários e valiosos
para melhorar nossa saúde. Mas, às vezes, parece que nossa vida gira em torno dos medicamentos.
Tomou, sumiu! Transpondo para o nosso tema, seria: tomou, subiu! Em 1998 foi anunciada a liberação
do citrato de sildenafil no Brasil, mais conhecido por Viagra. Sem dúvida uma grande revolução no
campo da medicina. Depois vieram outros, mas a pequena pílula em forma de diamante e de cor azul
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mudou a vida de muitos homens que sofriam com distúrbios de ereção. Anunciava-se a boa nova. A
redenção daqueles que por motivos biológicos já não conseguiam concretizar a contento o ato sexual.
Desde então, e a cada dia, parece que se esperam boas novas de medicamentos que melhorem o
desempenho sexual. Sempre há notícias de remédios em estudos, ou já liberados, que prometem
superorgasmos, mais vitalidade e disposição para o sexo. Esta é a expectativa que a indústria
farmacêutica criou. Sempre mais e melhor, à custa dos fármacos. Aguarda-se ansiosamente uma pílula
feminina que melhore a libido. Recentemente o jornal britânico The Guardian publicou matéria sobre a
lybrido, o nome da nova droga, pesquisada pela empresa holandesa Emotional Brain. Diz a matéria
que ela poderá estar disponível em 2015. Quem sabe? Mas então porque os consultórios continuam
abarrotados com queixas e mais queixas de insatisfação nos relacionamentos entre casais? E estamos
falando aqui de casais que dividem expectativas, vidas, sonhos. Não de encontros casuais. Mas sim
de casais que querem, ou imaginam, um relacionamento duradouro, compartilhado. Que querem viver
a vida com satisfação e prazer, enquanto for possível. A questão é que, com medicamentos milagrosos
ou não, um relacionamento não se concretiza apenas entre quatro paredes. As mulheres, para se
sentirem confortáveis com seus parceiros precisam mais que a ereção. Precisam também de atenção,
cuidado, zelo. Ajudar a olhar os filhos, colocar o lixo para fora, lavar uma louça, fazer um elogio. Essas
atitudes fazem com que a mulher se sinta segura, confortável, cuidada. No momento mais íntimo, os
olhos nos olhos, as carícias sem pressa, a valorização do momento, o toque. Essa construção diária
da confiança, da segurança é que vai ajudar a libido. Isso vai facilitar o relaxamento de ambos e em
contrapartida o investimento na relação, no momento, no prazer. Muitas mulheres que não têm orgasmo
com seus parceiros, às vezes não o tem simplesmente porque o parceiro, não se preocupa com as
preliminares. Cuidei de alguns casos de impotência, que não existiam. Apenas o relacionamento tinha
esfriado. O homem recorreu à pílula azul e mesmo assim não funcionou. Sem interesse, não funciona
mesmo. Estamos vivenciando o que chamo de “sexo a dois solitário.” Estão juntos, mas preocupados
apenas com a própria performance. A satisfação não é para o outro, é para si. (Blog José Luiz do Prado,
05 de agosto, 2013).
Viciados em sexo
Qual a medida para essa afirmativa? Como se pode diagnosticar uma pessoa como
dependente compulsiva de sexo? Mais especificamente uma obsessiva compulsiva sexual. Não é tão
fácil esta identificação. Não há regra que defina o desejo sexual normal. Isso varia de pessoa para
pessoa. Pode-se dizer que ela varia numa escala, que vai desde onde ele praticamente não existe -
que corresponde ao Transtorno de Aversão Sexual - até o oposto, em que o desejo é absoluto e
incontrolável, denominado de Desejo Sexual Hiperativo. A hiperatividade sexual nas mulheres é
conhecida como ninfomania e nos homens satiríase. É preciso também compreender a diferença entre
uma pessoa com muita energia sexual e o viciado. Alguns têm uma libido mais alta. Enquanto não
interfere na vida pessoal e profissional, pode-se considerar o desejo normal. Com base em experiências
e pesquisas, entre os especialistas considera-se geralmente, menos de 10 vezes ao ano inadequado,
enquanto uma ou duas vezes na semana é a média. De forma geral, pessoas que desenvolvem
obsessão pelo sexo não têm ligação emocional com seu parceiro. O sexo serve apenas para satisfazer
sua necessidade física e o seu desejo. O viciado em sexo apresenta alguns sintomas: elevação nos
níveis de desejo; fantasias sexualmente excitantes, impetuosas e recorrentes; obsessão pela
pornografia; multiplicidade de parceiros; prática de sexo inseguro; casos extraconjugais; prostituição;
prática de sexo por telefone ou computador; exibicionismo; assédio sexual e estrupo. Tornam-se,
assim, escravas do próprio desejo e passam a viver em função de sua atividade sexual. Inúmeros
também são os fatores que podem levar o indivíduo a ser um viciado em sexo: há relatos de pessoas
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que foram muito subjugadas pelos pais ou abusadas sexualmente quando crianças. Outros usam o
sexo como fuga, para lidar com a raiva, a culpa, a solidão e o fracasso. O comportamento de um viciado
também difere. Para alguns não progride além da masturbação compulsiva ou uso extensivo de
telefone, computador e serviços sexuais. Para outros pode envolver atividades ilegais, como pedofilia
ou estupro, voyeurismo, exibicionismo. Para o tratamento é importante que a pessoa reconheça o
problema. A partir daí, o primeiro passo é separar o indivíduo dos comportamentos sexuais prejudiciais,
assim como se separa um toxicodependente das drogas. Isso pode exigir tratamento hospitalar ou
residencial por semanas. O segundo e mais difícil passo, é fazer o enfrentamento da vergonha, culpa
e depressão associados à doença. É preciso confiança e tempo com um terapeuta competente para
trabalhar com estas emoções. O apoio da família é importante. É um tratamento difícil, porque se a
pessoa é casada, de forma geral é abandonada e fica sem apoio. A família, geralmente, entende isso
como um simples ato de promiscuidade, de “falta de vergonha”, e não como uma doença. (Blog José
Luiz do Prado, 02 de outubro, 2013).
Masturbação Feminina
Os primeiros registros sobre masturbação, datam de aproximadamente 10 mil anos antes de
Cristo. Observada sob as mais diversas óticas, em cada época e em cada região, foi incentivada em
alguns lugares e proibida e perseguida em outros. Mas esta prática tão antiga ainda é, nos dias atuais,
considerada um tabu. Para os homens nem tanto. Falar sobre masturbação em rodas masculinas
ocorre com certa naturalidade. Mas para as mulheres, de forma geral, ainda causa certos
constrangimentos. A liberdade sexual, através da história quase sempre beneficiou e exaltou o prazer
masculino. Apesar dos grandes avanços e conquistas, a mulher ainda convive com rasgos de repressão
sobre o direito de atuar sobre o próprio corpo e desejo.
Já tive em consultório dezenas de mulheres que sofrem com dificuldade de tocar-se. A auto
erotização foi palavra riscada do dicionário, pela força repressora dos tabus e preconceitos que lhes
foram impostos desde criança. A mulher aprende a dissociar sexo de prazer. Sexo é para reprodução.
Masturbação é a busca do prazer sem reproduzir-se. A mensagem subliminar é que a mulher foi feita
para reproduzir e não para ter prazer. Atualmente, os especialistas são unânimes em afirmar que a
masturbação feminina traz grandes benefícios para a saúde sexual da mulher. Tocar-se é uma forma
de conhecer seu próprio corpo, permitir-se saber onde estão os pontos erógenos mais sensíveis. É um
preparo da natureza para que ela possa desfrutar da vida sexual adulta com mais prazer e alegria. O
desejo pela auto erotização pode se manifestar cedo, tanto no homem como na mulher. Em geral, na
adolescência a maioria dos homens já experimentou tocar-se. Nas mulheres, esta manifestação pode
ocorrer mais tarde. A atividade não é tão automática como para alguns homens e meninos. As
mulheres se sentem diferente dos homens. Os hormônios flutuantes nas mulheres tendem a não fazer
com que o desejo seja tão constante. A masturbação entre homens e mulheres também tem diferença.
Enquanto os homens de forma geral focam o pênis como objeto do prazer, nas mulheres a masturbação
pode envolver algo mais além da manipulação do clitóris. Algumas mulheres, que tendem a ser mais
erotizadas, podem conseguir o orgasmo apenas friccionando as coxas, uma contra a outra. Algumas
acariciando o próprio ventre e outras apenas estimulando os bicos dos seios. Mas em geral a
manipulação do clitóris e o toque na vagina são os mais comuns. A descoberta da masturbação, para
algumas mulheres, pode não acontecer na adolescência e ocorrer bem mais tarde. Muitas passam toda
uma vida sem experimentar. Para as que desejam, ou até mesmo tocam-se, mas não conseguem
masturbar-se por qualquer motivo, deixo algumas dicas que poderão ajudar no processo. Importante
ressaltar que estas orientações são baseadas em depoimentos de consultório e acompanhamentos de
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alguns estudos sobre a masturbação feminina. Não há pretensão de criar um roteiro definitivo. Até
porque cada mulher é única.
Mas não deixa de ser um ponto de partida.
Primeiramente, procure despir-se de qualquer preconceito ou medo de tocar-se. Isso pode e
deve fazer parte de sua vida, se assim o desejar. Reserve um gel lubrificante, que pode ser adquirido
em farmácias. Ele pode ajudar a suavizar o toque e o deslize dos dedos sobre a vagina e clitóris.
Procure ter certeza de que poderá dispor de algum tempo sem ser incomodada. Tome um banho
morno. Aproveite, ao ensaboar-se, fazê-lo lentamente passando a mão suavemente por todo o corpo
e sentindo esse toque.
Mantenha o ambiente numa temperatura agradável. A iluminação adequada ao seu gosto.
Pode usar aromatizantes no local. Ponha uma música. Enfim, tudo que ajude a preparar o clima.
Passe no corpo um creme hidratante. Faça isso com suavidade, sentindo seu corpo. O prazer
do toque.
Deite e acomode-se bem, dobre as pernas e separe-as ligeiramente. Use um espelhinho e olhe
sua vagina. Observe bem o clitóris, os grandes e pequenos lábios, enfim toda a anatomia.
Coloque uma boa quantidade de gel nas mãos e passe suavemente sobre toda a vagina e
clitóris, feche os olhos e comece a sentir a sensação que isso lhe proporciona.
Massageie o clitóris. A pressão e intensidade estão a seu critério. Faça como lhe der mais
prazer.
Se sentir necessidade pode tocar sua vagina. Use os dedos para introduzir e massagear por
dentro. Crie o ritmo que mais lhe agrade.
Não pare, continue estimulando-se, no seu ritmo. Deixe que as sensações tomem conta de seu
corpo.
Use a imaginação, pense sobre o que lhe dá prazer. Deixe a fantasia correr solta. Tudo que
estimular sua mente sexualmente. Deixe fluir.
Colocar um filme erótico, pode ajudar.
Se sentir-se preparada, um vibrador clitoriano poderá ser também de grande ajuda.
Tenha paciência, o início das sensações podem vir rapidamente ou demorar um pouco.
As sensações irão começar a fluir por seu corpo. Deixe que a intensidade aumente. Se desejar,
pode usar a mão livre para tocar outras partes.
Qualquer uma que lhe dê prazer.
Permaneça neste exercício até que a sensação de prazer invada todo o seu corpo, até atingir
o clímax. Você vai entender qual será esse momento. Para algumas mulheres o grande final pode não
ser tão intenso ou nem acontecer, mas a processo do toque deverá causar grande prazer e deixá-la
satisfeita da mesma forma.
Caso não aconteça da primeira vez, não desista. A masturbação é um aprendizado (Blog José
Luiz do Prado, 29 de novembro, 2013).
as relações sexuais não pode haver a penetração anal e em seguida a vaginal, sem a devida
substituição da camisinha. Isto porque no ânus existem bactérias que ao se transferirem para a mucosa
vaginal irão contaminá-la. Embora seja um tabu, pesquisas indicam que 30% das mulheres já
experimentaram o sexo anal. Muitas relatam ter sentido prazer e chegado ao orgasmo. Isso é possível,
embora não haja mecanismos específicos no ânus para aumentar a excitação. As fantasias podem ser
um aliado poderoso para o orgasmo. O ânus é uma região extremamente vascularizada e como
qualquer outra parte do corpo, quando estimulada, pode ser uma fonte de prazer. Uma empresa
americana chamada “Origami Condoms” está desenvolvendo uma camisinha especifica para o sexo
anal. A diferença é que ela é introduzida no ânus e não no pênis e propõe duas vantagens inovadoras.
A primeira é um método de inserção fácil que posiciona e mantém o preservativo internamente. A outra
é uma estrutura tubular que oferece um ambiente para o deslizamento natural do pênis dentro do
preservativo lubrificado internamente. Entretanto, para chegar ao mercado, precisará completar os
testes clínicos previstos para outubro de 2013. Outros ensaios devem ocorrer em 2014 e, após as
aprovações pela Organização Mundial de Saúde, o C-Mark (União Europeia) e a FDA (EUA), poderá
estar disponível em 2015(Blog José Luiz do Prado, 02 de setembro, 2013).
Laura Muller em seu blog posta algumas informações sobre os trabalhos que
realiza e que se referem aos tabus que geram em torno da sexualidade humana, a
forma como se deve conversar sobre sexualidade com os filhos, a masturbação,
iniciação sexual tardia das mulheres, os medos e inseguranças antes da primeira
relação sexual, a dificuldade em se ter um orgasmo e os tabus das práticas sexuais,
como o sexo anal.
Os tabus da sexualidade
Em entrevista para a Revista Impulso, Laura Muller fala sobre os maiores tabus da sexualidade:
Impulso: Laura, qual a maior preocupação das pessoas quando o assunto é sexo?
Laura Muller: Sexo é um assunto tabu na nossa cultura, ainda. A gente tá muito mais aberto
mas ainda é difícil conversar em casa, na família como um todo. Conversar entre o casal, muitas vezes
o casal tem práticas sexuais variadas mas falar sobre sexo, sobre o que incomoda, o que gosta o que
não gosta, ainda tem uma dificuldade. Na escola, ai não é tão simples assim. Não é a totalidade das
escolas que oferecem o tema sexualidade como transversal no ensino. Então quando se pergunta, o
que é mais difícil de falar sobre sexo. As preocupações vão desde o tema em si. De como falar sobre
o tema, de como esclarecer as suas próprias dúvidas, as mais variadas. Agora quando a gente pensa
em temor na cama. Do homem o principal temor é perder a ereção e da mulher o principal temor é não
chegar ao orgasmo (Blog Laura Muller, 08 de maio, 2013).
Tá na hora…e agora!?
Laura Muller em entrevista para O POVO Online:
“Falar sobre sexo com os filhos não é fácil. Se os pais não se sentem à vontade nem para dizer
de onde vêm os bebês, quem dirá para falar sobre o ato sexual, menstruação, hormônios ou outras
coisas do gênero. Por isso que em Educação Sexual em 8 Lições, Laura traz uma abordagem sobre a
questão do sexo para as crianças e os adolescentes. Como já tem bastante tempo dedicado ao tema,
a também psicóloga aponta quais os caminhos que os pais devem seguir para tratar desse assunto tão
delicado nessa fase da vida.” (Blog Laura Muller, 01 de julho, 2013).
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ADOLESCÊNCIA
A postagem de José Luiz do Prado sobre Adolescência apresenta uma
concepção teórica psicanalítica, focalizando a questão da identidade nesse período
de vida. Trata-se de um texto bem extenso com vários comentários.
DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS
Várias doenças são comentadas no blog de José Luiz do Prado: depressão,
fobia e anorexia e em geral, o autor realiza a definição das doenças, os sintomas e
consequências, relacionando-se a elas a questão da sexualidade.
Depressão é coisa séria
É comum ouvirmos algumas pessoas dizerem: ando tão triste, chateada, acho que estou com
depressão. Isto pode estar acontecendo, mas quando realmente podemos falar em depressão?
Infelizmente sentir-se cansado, tristonho ou sem motivação é uma condição normal. Todo mundo tem
seus dias ruins. Daí a classificar estes sintomas como depressão, depreende uma análise mais
detalhada. Haja vista que a verdadeira depressão gera uma carga emocional de sofrimento muito
grande não só ao indivíduo, como a seus familiares e a todos que com ele convivem. A depressão não
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tem uma origem única. Inúmeros são os fatores que podem desencadeá-la: a morte de um familiar,
uma doença grave na família, alterações no sistema nervoso que afetam o humor, rotinas estressantes.
A pessoa pode ainda, tornar-se deprimida sem motivo aparente. Para podermos diagnosticar uma
pessoa como depressiva é necessário uma minuciosa análise de seu estado de espírito, e que pelo
menos 5 dos dez sintomas abaixo estejam presentes: - sensação de estar “devagar”, com dificuldade
de concentração.- sentimento de culpa permanente e injustificada;- tristeza persistente, sentimento de
vazio e ansiedade;- desespero e visão totalmente pessimista da vida;- pensamentos de morte ou
suicídio;- dificuldade para dormir (muito sono, falta de sono ou acordar com frequência durante a noite);-
aumento ou diminuição de apetite e alteração do peso corporal significativamente e independente da
vontade da pessoa;- perda de interesse ou prazer em atividades que antes davam satisfação, incluindo
o sexo;- dor continua ou outros sintomas físicos não causados por doenças;- falta ou excesso de
energia (sensação constante de cansaço ou agitação);O tempo de ocorrência dos sintomas também é
importante: poderá ocorrer durante a maior parte do dia, quase todos os dias e durante pelo menos
duas semanas. O reconhecimento precoce dos sintomas da depressão pode contribuir para um
tratamento eficaz. A depressão tornou-se uma doença comum, envolvendo um número crescente de
pessoas e, segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020 será a segunda principal causa de
incapacidade no mundo. A doença é perfeitamente superável e se você perceber estes sintomas,
procure a ajuda de um profissional, que certamente poderá lhe orientar para o tratamento mais
adequado (Blog José Luiz do Prado, 30 de junho, 2013).
grave e pressão do grupo social para ser magro ou sexy. Já dentre os fatores biológicos, destacam-se
as funções hormonais irregulares e as deficiências nutricionais. Geralmente a pessoa com anorexia
não percebe o problema, pois acha normal controlar a própria alimentação. E apesar de amigos e
familiares insistirem em dizer que está magra demais e que deve se alimentar melhor, nega a
informação e se preocupa em como emagrecer ainda mais. Na maioria das vezes recusa-se a procurar
um especialista. Nem sempre os familiares detectam a doença com facilidade por falta de conhecimento
do assunto. Geralmente a pessoa é levada ao consultório quando já está desnutrida e parou de
menstruar (no caso das mulheres) – um dos indicativos da doença. É difícil a aceitação pela família de
que se trata de uma doença psiquiátrica. Os anoréxicos têm como principal sintoma a perda de peso
de forma deliberada. Comem o mínimo possível, praticam exercício em excesso para queimar mais
calorias do que consomem em um dia. Eles têm tanto medo de ganhar peso que passam a não comer
normalmente. Poderão passar a usar alguns artifícios para tentar emagrecer, como por exemplo,
provocar vômito logo após as refeições, tomar laxantes (para esvaziar o intestino) e diuréticos (para
eliminar fluídos do corpo). Vão tentar de tudo para manter seu peso baixo – bem abaixo da média para
a idade e altura. Não há estatísticas sobre a incidência da anorexia no Brasil, mas dados internacionais
dão conta de que ela pode afetar até 20% das adolescentes, de todas as classes sociais. Os Estados
Unidos têm promovido estudos que podem ser uma importante fonte de informação para prevenção e
tratamento desta patologia. Segundo os estudos 8 milhões de americanos são anoréxicos sendo que
7 milhões do sexo feminino. Descobriu-se também que é a doença mental que mais mata nesse país.
E que é a principal causa de morte entre meninas com idades entre os 15 e os 24 anos. Ao desconfiar
de algum sintoma é preciso procurar ajuda profissional. Diversos exames poderão ajudar no diagnóstico
correto. A anorexia é uma doença grave que pode ser fatal. Em algumas estimativas, ela leva à morte
em 10% dos casos. A recuperação nem sempre será simples, requer força de vontade do paciente e
muito apoio familiar (Blog José Luiz do Prado, 01 de novembro, 2013).
Laura Muller em seu blog fez uma postagem onde são respondidas questões sobre a
compulsão sexual1, esclarecendo dúvidas e orientando sobre como diferenciar a compulsão de um
desejo e como proceder frente a essa situação.
Todo dia eu me masturbo seis, sete, oito vezes. Quer dizer que sou compulsiva?
“Talvez. É importante levar em conta que, em algumas fases da vida, como na adolescência
ou no começo da vida sexual, é natural uma frequência grande de masturbação. É um período de
descoberta, que após algum tempo acaba passando”.
Compulsão sexual tem tratamento?
“Tem. Você pode combatê-la com terapia e, em alguns casos, também com tranquilizantes,
receitados por um médico. Grupos de autoajuda, que funcionam nos moldes dos Alcoólicos Anônimos
é outra boa opção” (Blog Laura Muller,05 de fevereiro, 2013).
OUTROS TEMAS
Inclui-se nesse item a divulgação de eventos, publicação de livros e trabalhos
realizados na área da sexualidade e educação sexual, (muito comum no Blog de
Claudia Bonfim e da Laura Muller) e temas gerais não diretamente relacionados à
sexualidade: drogas, morte, educação de filhos (Blog José Luiz do Prado).
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conjunção não há relação que permaneça saudável. Não há pílulas que ajudem.
Precisamos ainda aprender que, mais que encontros de corpos, é preciso que haja
também encontros de almas. De posse do conhecimento, fica mais fácil para cada um
discernir o que é melhor para sua vida. (Blog José Luiz do Prado, agosto de 2013).
No blog da Laura Muller, percebemos que existe um caráter para a promoção
de uma educação sexual preventiva e a sua postura nas postagens é de manter uma
visão social e educativa preventiva. A preocupação maior do blog é esclarecer
questões biológicas e orgânicas relacionadas às práticas sexuais. Apesar de abordar
diversos temas em torno da sexualidade humana, muitas postagens estão voltadas
para a divulgação do seu trabalho na mídia, por meio do programa que ela participa
“Altas Horas” (Rede Globo), os livros que lançou, e os eventos que participa.
Comecei minha carreira como jornalista na Folha de S.Paulo, no caderno
ABCD, e na Folha da Tarde, já extinta. Isso foi entre 1991 e 1996. De lá, migrei para
as revistas femininas e fui editora de Emoções e Sexo da Revista Claudia, onde
trabalhei de 1997 a 2001. E foi o trabalho na revista que me levou a fazer uma pós-
graduação em Educação Sexual, para conhecer mais sobre o assunto. Anos mais
tarde, eu deixaria o trabalho como jornalista para me dedicar mais intensamente às
palestras e outras ações em sexualidade. Durante todo esse percurso, escrevi para o
Jornal Agora, do Grupo Folha, para dezenas de revistas, entre elas a Claudia,
Capricho, Nova, Nova Escola, Playboy, Vi, Vogue Homem, Elle, Marie Claire, Um,
Uma, Veja, e muitas outras. Na internet, fui colunista do portal Terra, dos canais Jovem
e Mulher e fiz vários chats para a turma internauta no UOl, no Terra, no iG, no Virgula
e sei lá mais aonde.
E O ASSUNTO É. SEXO!
Também circulei pelas rádios e tvs brasileiras, dando entrevistas sobre
sexualidade para gente bem interessante, como Jô Soares, Marília Gabriela, Ana
Maria Braga, Otávio Mesquita, Amaury Jr., a turma do Pânico, o pessoal do Fantástico,
da MTV, da GNT, do Multishow, dos jornais noturnos etc. Agora sou exclusiva do Altas
Horas! E adoro o trabalho com o Serginho e toda a produção do programa.
Vira e mexe dou aulas como professora convidada dos cursos de Pós
Graduação em Educação e Terapia Sexual da Faculdade de Medicina do ABC, das
Universidades Salesiano e da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Mas
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o espaço na agenda acaba sendo muito preenchido com palestras pelo Brasil afora
sobre o tema SEXUALIDADE em geral. Para quem? Jovens, adultos, terceira idade.
Onde? Em empresas, congressos, feiras, universidades, instituições e nos mais
variados espaços para eventos (Blog Laura Muller).
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REFERÊNCIAIS BIBLIOGRAFICOS
BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro:
Zahar, 2004.
CATONNÉ, J. –P. A sexualidade, ontem e hoje. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
______. Educação Sexual: como ensinar no espaço da escola. In: ______. (Org.)
Educação Sexual: múltiplos temas, compromisso comum. Londrina: UEL, 2009b. p.
141- 172.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. In: Educação e
Realidade. Porto Alegre, v. 20, n.2, 1995. p. 71-99.