Habilidades em Língua Inglesa I
Habilidades em Língua Inglesa I
Habilidades em Língua Inglesa I
Inglesa I
Prof.ª Luciana Fiamoncini
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Luciana Fiamoncini
F439h
Fiamoncini, Luciana
Habilidades em língua inglesa I. / Luciana Fiamoncini. –
Indaial: UNIASSELVI, 2018.
CDD 428.24
Apresentação
Dear student, it is a pleasure to have you here again. As habilidades da
língua inglesa, como já é sabido, são basicamente quatro: reading, writting,
listening and speaking. Ao longo do nosso curso de Letras – Inglês, você
aprenderá, dentro das disciplinas de habilidades, como trabalhar com
seus alunos cada uma delas com dicas, conceitos e estratégias de ensino e
aprendizagem.
Are you ready to learn more about reading? So, let’s go ahead.
III
Em cada uma das etapas serão abordadas as diferentes estratégias
a serem utilizadas, bem como dicas de abordagem. Por fim, também
trataremos um pouco sobre a era digital e de que maneira podemos utilizá-
la para potencializar o aprendizado dos nossos alunos.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA...................................................... 1
VII
2.1.2 Na biblioteca . .......................................................................................................................... 70
2.1.3 Do que se trata? . ..................................................................................................................... 71
2.1.4 Propaganda ............................................................................................................................. 71
2.1.5 Continuação do texto.............................................................................................................. 71
3 SCANNING.............................................................................................................................................. 72
3.1 ATIVIDADES QUE DESENVOLVEM O SCANNING ................................................................ 74
3.1.1 Localizando as informações .................................................................................................. 75
3.1.2 Trabalhando com poemas...................................................................................................... 75
3.1.3 A informação de acordo com o gênero................................................................................. 76
3.1.4 Caça ao tesouro........................................................................................................................ 76
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 78
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 82
VIII
UNIDADE 3 – O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS
ETAPAS........................................................................................................................... 139
IX
X
UNIDADE 1
COMO OCORRE O
PROCESSO DE LEITURA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Você sabe quais são os principais conceitos de leitura? Como e por que
lemos? Por que a leitura é importante para a aprendizagem de algum idioma?
We are going to answer all these questions. Welcome to a new journey of knowledge.
Aprender é sempre uma grande dádiva. A partir desta disciplina, você será capaz
de compreender uma das quatro importantes habilidades da língua inglesa: a
leitura.
Caso ainda não saiba quais são as quatro grandes habilidades da língua
inglesa, as quais você conhecerá e aprenderá ao longo do curso, são elas:
READING, WRITING, LISTENING and SPEAKING. Elas são complementares e
juntas formam o processo comunicativo.
Não existe ao certo uma ordem para que as aprendamos, visto que são
habilidades desenvolvidas geralmente dentro da comunicação de maneira geral,
mas uma coisa é certa: para que você se torne um grande professor de língua
inglesa, é preciso que você as domine.
NOTA
3
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Para que você possa se situar, informamos que a maior parte do material
será escrito em língua portuguesa, mas alguns trechos, bem como os resumos,
serão escritos em língua inglesa para que você se habitue a ler textos neste idioma.
Quaisquer dúvidas, não deixe de nos procurar para buscar ajuda.
Do you want to learn more about these lecture processes? So, stay with us and
enjoy it.
O humor da tira nos faz refletir acerca dos conceitos de leitura. Ler trata-
se de um processo de compreensão e apreensão de informações. As palavras (ou
4
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
imagens, pois lemos também as imagens) são postas em diferentes suportes (papel,
tela do computador, ...) em códigos (alfabeto, braile, ...) e nós as decodificamos.
Parece um processo simples, mas na verdade não é.
NOTA
In this topic, we’re going to know some reading concepts. Foucambert (1994) says
that real means be questioned by the world and by ourselves. Some answers can be found
in books or in written texts.
5
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Carrell (1987) ainda contribui para esta afirmação dizendo que a leitura
não é feita apenas a partir da decodificação, mas toda a leitura prévia que o leitor
já traz consigo tem uma grande participação neste processo. A partir do leitor, o
texto passa a existir. Sem leitor, o texto não cumpre seu papel.
ATENCAO
Did you know that Internet is one of the most popular vehicles of information?
But take care! A lot of internet information are not real.
Assim, podemos concluir que ler é a ação que ocorre a partir da interação
do leitor com o texto, que em algum momento foi escrito para alguém. Note
que o contexto deve ser levado em consideração: para quem o texto foi escrito?
Quando? Por quem? Com qual intenção?
6
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
E
IMPORTANT
Aproveitamos aqui para direcionar esta fala a você que será professor de
língua estrangeira: selecione bem quais textos dará aos seus alunos ou você os fará perder
o interesse imediatamente. Take care and pay attention. Quando for dar aos alunos algum
texto que seja interessante, mas você desconfia que eles possam ter pouco conhecimento
prévio sobre o assunto, faça uma fala inicial, passe um pequeno vídeo sobre o tema, ..., enfim,
CONTEXTUALIZE. Lembre-se de que quanto maior o conhecimento prévio, mais fácil será
a compreensão dele, especialmente quando falamos em textos em língua estrangeira.
Por este motivo, esta disciplina tratará da leitura, dos seus processos, e
trará dicas valiosas sobre como trabalhar a leitura em sala de aula de acordo com
a idade do aluno.
FIGURA 3 – LER
7
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
O que o personagem quis dizer? Que ler faz com que você possa voar, ir
além do que o pensamento humano pode imaginar. Assim, a leitura, além de ser
fonte de conhecimento, pode ser um excelente passatempo.
Como em sala de aula geralmente não é o aluno que escolhe o que ler,
cabe ao professor, conforme já mencionamos, escolher. Portanto, é de grande
responsabilidade escolher bem o texto a ser passado à turma.
Que precisamos ler, já é algo consumado, mas por que, afinal, precisamos
ler? E ainda: por que precisamos ler para aprender a língua inglesa?
Uma pessoa que está aprendendo uma língua estrangeira, neste caso, o
inglês, precisa saber ler além de palavras soltas, pois em uma situação comunicativa
real, o que será exigido dele não serão apenas palavras, mas sim, contexto.
NOTA
8
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
Jenkins (2006) afirma que para que possamos ter uma boa base do que o
aluno já traz de conhecimento prévio para as aulas de língua inglesa, é necessário
observar antes a maneira como o aluno lê na sua língua materna, no caso, em
língua portuguesa.
ATENCAO
É divertido!
É mais barato
Por um lado, as traduções aumentam o preço final dos livros. Por outro,
a oferta de livros em inglês é muito maior e existe um monte de sites onde se
pode comprar a um preço bem econômico.
10
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
não é um processo imediato. Comece com livros mais fáceis e curtos (infantis
ou juvenis), e à medida que suas habilidades aumentarem, pode passar para
livros mais complexos.
11
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
E
IMPORTANT
Lembramos que todo este estudo acerca da leitura é para que você, acadêmico
e futuro professor de língua inglesa, compreenda que a leitura é uma das quatro habilidades
que devem ser desenvolvidas para que haja o pleno aprendizado da língua inglesa.
Elementos não visuais: são os que estão dentro de nós, por exemplo, o
domínio do idioma no qual o texto está escrito, o conhecimento prévio sobre o
assunto, as estratégias de leitura que dominamos.
UNI
12
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
A visão, de acordo com Smith (2003), é uma ilusão criada pelo cérebro, ou
seja, a visão é parcial, pois muitas das informações que completam a visão já estão
armazenadas em nosso cérebro.
Este processo ocorre para que outras células possam focalizar o objeto ou
palavra, reduzindo, assim, a sobrecarga da retina ocular. Segundo Smith (2003),
caso esta função falhe, a percepção é prejudicada e o objeto passa a ser percebido
de maneira desfocada diante dos nossos olhos.
13
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
NOTA
Let’s remember!
Movimento sacádico são os lances de olhares que damos para ter um panorama geral
do que está ao nosso redor.
Fixação são as pequenas pausas que os olhos fazem em busca de absorção de informação.
Movimento de regressão é o movimento que os olhos fazem de trás para frente para
buscar retomar algo que não tenha sido compreendido.
A visão, portanto, deve ser rápida e eficaz. Além disso, ela precisa ser
seletiva. Se isso não ocorresse e a visão fosse lenta, haveria uma sobrecarga de
informações e o discurso poderia não ser processado como deveria, ou seja, a
mensagem do texto ou do parágrafo se perderia.
Smith (2003) afirma que, caso a visão não fosse seletiva, teríamos o que se
chama de visão de túnel, ou seja, veríamos o mundo como se fosse através de um
canudo.
14
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
ATENCAO
Se por acaso você perceber alguma destas dificuldades em algum dos seus alunos, deverá
encaminhá-lo a um especialista no assunto.
Assim, quanto mais você lê, mais repertório adquire, mais vocabulário
aprende, mais elementos não visuais consegue internalizar. Desta maneira,
ajudamos o cérebro na decodificação do que está escrito.
Quando estamos lendo, não estamos processando letra por letra. Pelo
contrário. Muitos pensam que a leitura se dá no processo letra > palavra > frase >
texto, mas isso é bem o oposto do que se imagina.
15
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Não é difícil imaginar algo que deva ser aproveitado antes que derreta,
não é mesmo?
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TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
DICAS
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
FIGURA 6 – VWFA
VWFA
Note que a VWFA fica bem próxima às áreas responsáveis pela linguagem
e pela visão. Isso tem um motivo: onde há leitura, deve haver ativação da
linguagem oral e visual. Esta estrutura neural permite que o pensamento se
conecte às palavras escritas (imagens) e ao processamento da linguagem.
De acordo com Iwata e Maranha (2015), das pessoas que foram pesquisadas,
a área da VWFA é a mesma em praticamente todas, não importa o idioma que
18
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
elas falam, que tipo de alfabeto usam ou se a leitura é visual ou tátil (braile, por
exemplo). Ela está localizada na região occiptotemporal do giro fusiforme do
hemisfério esquerdo.
Nos indivíduos pesquisados que não sabiam ler, esta área não era ativada
quando viam palavras ou textos escritos. Outro ponto observado é que quanto
maior a fluência leitora, mais a VWFA é ativada. Assim, a leitura muda o cérebro,
pois ao passo que as pessoas iam aprendendo a ler, a área passava a ser ativada.
Afinal de contas, o que é a consciência fonológica e o que ela tem a ver com
a existência de um alfabeto? A consciência fonológica é a habilidade de analisar
as palavras faladas. Conforme Scliar-Cabral (1989), a consciência fonológica
é a capacidade de debruçar-se sobre os objetos fonológicos com uma postura
reflexiva.
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Como estamos falando até agora sobre leitura, a nossa leitura complementar
trará algumas reflexões sobre porque é importante ler. E melhor: todo o texto está
em inglês. Desafie-se! Come with us and enjoy it!
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TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
LEITURA COMPLEMENTAR
When was the last time you read a book, or a substantial magazine article?
Do your daily reading habits center around tweets, Facebook updates, or the
directions on your instant oatmeal packet? If you’re one of countless people who
don’t make a habit of reading regularly, you might be missing out: reading has a
significant number of benefits, and just a few benefits of reading are listed below.
1. Mental Stimulation
Studies have shown that staying mentally stimulated can slow the
progress of (or possibly even prevent) Alzheimer’s and Dementia, since keeping
your brain active and engaged prevents it from losing power. Just like any other
muscle in the body, the brain requires exercise to keep it strong and healthy, so
the phrase “use it or lose it” is particularly apt when it comes to your mind. Doing
puzzles and playing games such as chess have also been found to be helpful with
cognitive stimulation.
2. Stress Reduction
3. Knowledge
Everything you read fills your head with new bits of information, and
you never know when it might come in handy. The more knowledge you
have, the better-equipped you are to tackle any challenge you’ll ever face.
Additionally, here’s a bit of food for thought: should you ever find yourself in
dire circumstances, remember that although you might lose everything else —
your job, your possessions, your money, even your health — knowledge can
never be taken from you.
4. Vocabulary Expansion
This goes with the above topic: the more you read, the more words you
gain exposure to, and they’ll inevitably make their way into your everyday
vocabulary. Being articulate and well-spoken is of great help in any profession,
and knowing that you can speak to higher-ups with self-confidence can be an
enormous boost to your self-esteem. It could even aid in your career, as those who
are well-read, well-spoken, and knowledgeable on a variety of topics tend to get
promotions more quickly (and more often) than those with smaller vocabularies
21
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
5. Memory Improvement
Have you ever read an amazing mystery novel, and solved the mystery
yourself before finishing the book? If so, you were able to put critical and
analytical thinking to work by taking note of all the details provided and sorting
them out to determine “who done it”. That same ability to analyze details also
comes in handy when it comes to critiquing the plot; determining whether it was
a well-written piece, if the characters were properly developed, if the storyline
ran smoothly etc. Should you ever have an opportunity to discuss the book with
others, you’ll be able to state your opinions clearly, as you’ve taken the time to
really consider all the aspects involved.
22
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
9. Tranquility
Though many of us like to buy books so we can annotate them and dog-ear
pages for future reference, they can be quite pricey. For low-budget entertainment,
you can visit your local library and bask in the glory of the countless tomes
available there for free. Libraries have books on every subject imaginable, and
since they rotate their stock and constantly get new books, you’ll never run out of
reading materials. If you happen to live in an area that doesn’t have a local library,
or if you’re mobility-impaired and can’t get to one easily, most libraries have their
books available in PDF or ePub format so you can read them on your e-reader,
iPad, or your computer screen. There are also many sources online where you can
download free e-books, so go hunting for something new to read!
There’s a reading genre for every literate person on the planet, and whether
your tastes lie in classical literature, poetry, fashion magazines, biographies,
religious texts, young adult books, self-help guides, street lit, or romance novels,
there’s something out there to capture your curiosity and imagination. Step away
from your computer for a little while, crack open a book, and replenish your soul
for a little while.
23
RESUMO DO TÓPICO 1
In this topic, you learned that:
• The four abilities of the English language are: listening, speaking, writting and
reading.
• There is no order to learn the abilities, since they are skills usually developed
within communication in general.
• The processing of the foreign language in the brain is different than in the
mother tongue.
• Reading opens the mind to the unknown, makes us reflect on ourselves and the
world.
• Visualization is the initial process, which aims to look at words and decode
their codes. This is not an ongoing process, and eyes don’t pass linearly over
words.
• Cerebration: It is the final part of the reading, when the information reaches the
brain for the process of understanding.
24
• Visual elements: they are those that directly influence the reading under the
physical aspect, for example, the adequate light, the glasses or lenses, the letters
printed or projected in an appropriate way.
• Non-visual elements are those that are within us, such as the domain of the
language in which the text is written, prior knowledge, the reading strategies
that we master.
• Saccade movement: non-linear, but rather, created by small bids that take the
samples of images that surround us.
• Regression movement: roll your eyes in the opposite direction of the text to
pick up something that may have gone unnoticed.
• The vision must be fast and effective, if it’s not, there is information overload
and the information is lost.
25
AUTOATIVIDADE
1 Explain with your own words what is the difference between the visual and
non-visual elements. Give an example.
Listening:
Speaking:
Writing:
Reading:
4 About sensory storage (armazenamento sensorial), write T for true and F for
false:
26
UNIDADE 1
TÓPICO 2
OS ESTÁGIOS DA LEITURA
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, agora que já estudamos um pouco acerca do conceito de
leitura e como ela se processa, vamos trabalhar um pouco acerca da compreensão
leitora e discutir cada um dos quatro níveis de leitura para que você, futuro
professor, saiba como proceder em cada um deles, afinal de contas, os professores
muitas vezes têm contato com alunos de todos os níveis.
Are you ready to start another studying journey? So, come with me and enjoy it!
2 A COMPREENSÃO LEITORA
Para que possamos estar contextualizados acerca do que estamos tratando
aqui, vamos conceituar a compreensão leitora. De acordo com Kleiman (1998, p.
61):
Esta extração de significados dos textos só vem com a prática, pois não
existe uma fórmula mágica que faça com que o leitor se torne proficiente se ele não
praticar. Quando crianças, os alunos precisam desenvolver o hábito da leitura,
caso não o desenvolvam, a compreensão da leitura será cada vez mais difícil.
Por este motivo, destacamos mais uma vez o fato de que o professor
deve ajudar o aluno a tornar-se leitor, fazendo com que ele consiga desenvolver
objetivos claros com relação à leitura: Por que estou lendo? O que quero com esta
leitura? Preciso de alguma informação ou estou lendo apenas por gosto? Assim
27
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
que ele conseguir dominar esta estratégia (ter objetivos claros quanto à leitura),
sua compreensão quando a leitura ocorrer será mais efetiva.
A autora também afirma que quanto mais se lê, mais o leitor as internaliza.
O desenvolvimento destas estratégias parte do princípio do objetivo da leitura:
é preciso ter objetivos para que possamos traçar a estratégia mais adequada
enquanto leitores e ajudar o aluno com atividades para desenvolvê-las enquanto
professores.
A seguir, elencamos quais são as perguntas que devem ser feitas quando
vamos ler (ou passar alguma leitura aos alunos):
OBJETIVOS DA LEITURA:
• Assimilação de conhecimento?
• Busca de novo conhecimento?
• Preparação intelectual para assumir posicionamentos críticos?
• Preparação intelectual para gerar conhecimento novo?
NOTA
28
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
Let’s, now, study more about each level. Come with me and learn more and more!
Se pedíssemos para que o leitor diga quantos carros havia na cidade, ele
provavelmente responderá “dois”, porque é uma informação que está explícita
no texto. Isso é a compreensão literal. É abstrair as informações que estão sendo
dadas única e exclusivamente pelo texto.
29
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Se você pedir para um aluno com mais desenvolvimento leitor por que
os motoristas consideravam a estrada perigosa com apenas dois carros nela,
provavelmente ele responderá que se trata de um texto cujo teor é irônico, ou seja,
há ali a presença de uma figura de linguagem cujo objetivo é ironizar o fato de
que naquela época se considerava perigosa uma estrada com apenas dois carros.
TURO S
ESTUDOS FU
Now, we are going to study more about the inference. That is a very important
ability to the reading process. Come with us!
30
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
Quando o texto não for muito longo e se tratar, por exemplo, de apenas
algumas páginas, leia-o todo, de modo a compreender do que se trata, bem
como quais são as suas “linhas gerais”. Assim, você já saberá do que se trata
antes de ter que fazer uma leitura mais minuciosa para retirar o que precisa do
texto.
Esta parece ser uma dica um pouco estranha, não é? Mas é muito
eficaz para melhorar a compreensão leitora. Muitas das palavras das quais não
sabemos o significado acabam sendo compreendidas por causa do contexto. Não
é necessário parar a leitura para procurá-las no dicionário. Caso a compreensão
não ocorra mesmo depois de todo o texto lido, e a palavra seja crucial para a
compreensão do conteúdo, aí sim vale a parada para a pesquisa do significado.
4. Faça inferências
Exercite o ato de fazer inferências. Isso não é algo inerente ao ser humano.
Para inferir, é preciso praticar, mesmo que no início nossas hipóteses sejam
falhas ou nada tenham a ver com o que a proposta do texto traz. Apenas ler o
texto por ler não trará nenhum tipo de benefício e não agregará conhecimento
algum. A capacidade de inferir ou não no texto mostra se você conseguiu
compreendê-lo ou não.
Não se sinta incomodado caso tenha que voltar ao texto quantas vezes
forem necessárias. Caso não compreenda um parágrafo, volte a ele.
31
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Não passe batido a respeito das ideias que o autor traz sobre o texto
que está sendo lido. Ele deve ter se posicionado acerca de alguma temática e
adotado alguma linha teórica para tratar do texto que redigiu. Perceba as ideias
dele e faça suas inferências acerca do que está previamente posto por ele.
Então, acadêmico, gostou das dicas que separamos para melhorar sua
compreensão leitora? É claro que existem muitas outras que podem ser aplicadas,
mas estas são de suma importância para que você, de fato, compreenda o que está
sendo lido.
32
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
Para que o leitor seja proficiente, é necessário que ele domine mais do
que o sistema de escrita: o conhecimento de mundo acerca do assunto (também
chamado de conhecimento prévio) e as convenções da linguagem são primordiais
para que isso ocorra.
Desta maneira, o leitor está apto a dizer que leu de fato um texto quando
consegue construir o significado dele, tornando-se capaz de fazer inferências,
dando opiniões e revelando seus sentimentos a partir da leitura. O leitor só leu o
texto se, de fato, ele conseguiu alcançar seu objetivo de leitura.
33
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Você entrega este texto para que um leitor iniciante o leia e pede para que
ele o explique. Suponhamos que ele responda o seguinte: “Mafalda recebeu um
amigo em sua casa e ela disse que alguém estava doente. Quando o amigo pediu
quem estava doente, ela disse que era o mundo”.
Qual o sentido dessa resposta? Nenhum. Isso porque, neste caso, não
ocorreu a inferência necessária para que o texto fosse integralmente compreendido
por quem o leu. Assim sendo, percebe-se que o leitor não teria conhecimento
prévio suficiente para compreender que o mundo está doente pelos problemas
sociais, ambientais e econômicos que estão ocorrendo.
UNI
34
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
Assim é possível afirmar que quando, por exemplo, pegamos algum texto
para ler, criamos hipóteses sobre aquele texto: sobre o que ele tratará? Será que ele
me proporcionará algum tipo de informação adicional ou ficarei frustrado com a
leitura? Estas hipóteses somente serão comprovadas após a leitura. A inferência é
justamente essa ação de pensar no texto antes, durante e depois do ato da leitura.
Com base em tudo o que foi discutido até agora, podemos chegar a algumas
conclusões importantes, dentre elas o fato de que o leitor é capaz de compreender
vários tipos de textos, de acordo com o conhecimento prévio que ele já tem acerca
deles, e que quando ocorre a leitura, o leitor, mesmo inconscientemente, o associa
ao que ele já traz em sua bagagem: pressupostos teóricos, vivências, cultura,
condição social.
35
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
36
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
NOTA
Kintsch (1993) afirma que os textos podem ser classificados em três níveis:
Para o autor, estes três níveis formam um único bloco, ou seja, trabalham
conjuntamente.
Perceba, acadêmico, que muitas são as teorias que versam acerca da leitura
e que não há como, em um único material, explanar detalhadamente cada uma
delas. Assim sendo, sabemos que a leitura é uma habilidade fundamental a ser
desenvolvida, tanto para a área profissional quanto para a área pessoal.
37
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Afinal, o que de fato pode ser feito quanto a isso? De acordo com Silva
e Santos (2004), as universidades e os professores devem colaborar com a
aprendizagem dos alunos reconhecendo suas fragilidades e potencialidades para,
em seguida, buscar as estratégias mais adequadas para cada um.
38
RESUMO DO TÓPICO 2
In this topic, you learned that:
• Reading comprehension is the act of extracting the meanings from the text.
• The skills that help in the process of reading comprehension are defined by the
strategies that the reader is able to put into practice in the act of reading.
• The sooner the reading habit is developed, the better it will be for reading
comprehension to develop.
• The teacher should help the student in the reading process because it is not
something that develops naturally.
• The more you read, the more you learn to understand reading.
• Decoding, literal understanding, inference and monitoring are the four levels
of reading proposed by Gagné, Yekovich and Yekovich (1993).
• The second level is the literal understanding of the text. It is about understanding
exactly what the text means.
• To improve reading comprehension, follow these tips: 1 - Read the entire text
for an overview of the subject; 2 - Do not stop reading the text if you find any
unfamiliar words; 3 - Read the text at least twice; Make inferences; 5 - Return to
the text if necessary; 6 - Do not let your ideas prevail over those of the reader;
7- Divide the text into paragraphs if it seems easier; 8 - The statement already
says a lot by itself; 9 - Realize the ideas that the author defends.
39
• To infer is to bring to the text the previous information about the subject and to
create hypotheses.
• The reader is able to say that he actually read a text when he can construct the
meaning of it.
• Kintsch's model of integration argues that there is in the reading the construction
phase, which refers to the construction of a mental model from words and
propositions that appear in the text and the integration phase, which is about
the integration of some new information.
• It is in the integration phase that the reader constructs the meaning of the text.
• According to Kintsch (1993), there are three levels for texts: Surface level - this
level corresponds to the partial interaction between the reader and the text. It
would be the "first contact"; Propositional level - at this level is the semantic
content of the text and elaborated level - here we find the set of mental scripts
about the text.
40
AUTOATIVIDADE
a) Compreensão literal:
b) Inferência:
41
c) ( ) O nível lexical não pode ser avaliado durante o monitoramento.
d) ( ) O nível linguístico do texto pode ser analisado durante o monitoramento.
a) Nível de superfície:
b) Nível proposicional:
c) Nível elaborado:
42
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, chegamos ao último tópico desta unidade. A partir de agora,
estudaremos mais precisamente a leitura em língua estrangeira em sala de aula:
quando introduzi-la, como incentivá-la e de que maneira avaliá-la.
Now, it’s time to learn a little bit more about reading and its strategies. Come
with us and enjoy your journey. Let’s go ahead!
Ao passo que temos que aprender a ler, também aprendemos muito com a
leitura, ou seja, é um “aprender para aprender”. Para qualquer cidadão, a leitura
é de suma importância para exercer seus deveres e exigir seus direitos, por isso a
leitura é introduzida na escola (e fora dela) desde muito cedo.
43
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
ATENCAO
Sabemos que o texto ainda é muito utilizado como pretexto para o ensino
da gramática em muitas situações de ensino e aprendizagem, mas este costume
deve deixar de existir (ou pelo menos, diminuir muito).
44
TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
45
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Leitura em inglês
Objetivo(s):
Conteúdo(s):
46
TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
Ano(s):
• 6º e 7º.
Material necessário:
Desenvolvimento
1ª etapa
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
2ª etapa
Em primeiro lugar, retome com o grupo o texto lido na aula anterior com
base nos registros, certificando-se do entendimento geral do texto. Em seguida,
recapitule os procedimentos usados na aula anterior para compreensão de um
texto:
• Observar a figura e ler o título para antecipar o assunto que será tratado no
texto, além do gênero textual utilizado.
• Ativar o conhecimento prévio sobre este assunto e gênero textual.
• Pensar em vocabulário/estruturas que poderão estar presentes no texto.
• Ao iniciar a leitura, por partes, primeiro grifar aquilo que entendem/
conhecem e procurar entender as frases a partir destas palavras, mais
aquelas que conseguem deduzir pelo contexto e que têm semelhança com o
português.
• Buscar no dicionário somente as palavras-chave para o entendimento (se
necessário).
• Reler o trecho para verificar o entendimento.
3ª etapa
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TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
Avaliação
Observe que o objetivo do plano, neste caso, não foi apenas dar o texto
ao aluno para que ele o leia. O professor mostrará ao aluno e deverá, conforme
o plano, chamar a atenção para o gênero textual utilizado, para que os alunos
façam a conexão com textos deste gênero (que já tenham lido em português).
Lembrar da maneira como o texto é escrito em português ativa algumas regras já
internalizadas, facilitando a transposição para a LE.
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
O que cabe, então, ao professor fazer para auxiliar seus alunos na prática
da leitura em LE? Podemos afirmar que muitas são as funções do professor,
mas dentre elas podemos destacar que o professor deve ser o organizador da
atividade, dizendo ao aluno o que espera dele com a leitura; deve ser observador
para perceber quais são as fragilidades e no que ele pode ajudar seu aluno;
incentivador, mostrando aos alunos que a leitura é importante e, acima de tudo,
sendo exemplo; por fim, fornecer ao aluno subsídios para que ele se torne um
excelente leitor.
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TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
NOTA
Acadêmico, finalizamos mais esta seção com muitas informações acerca dos
processos de leitura em LE, não é mesmo? De fato, todos os autores pesquisados,
que fazem estudos referentes ao aprendizado de LE, embora possam divergir em
alguns elementos, acabam concordando que é necessário dar ao aluno uma razão
para a leitura.
Nos outros países esta discussão não é muito acirrada, pois é unânime
que o ensino da língua deve ser para a comunicação efetivamente, sempre com
vistas à inserção na oralidade.
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Até meados de 1996, antes da LDB, havia pouco espaço para o ensino da
LE na educação básica. Havia casos em que a língua inglesa, por exemplo, era
ensinada somente no Ensino Médio ou nas séries finais do Ensino Fundamental
II. Caso precisassem tirar ou reduzir alguma disciplina da grade, certamente seria
a LE.
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TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
alfabetizada para a inserção na língua. Cabe lembrar que, para que a criança
tenha seus primeiros contatos com a leitura em LE, faz-se necessário que ela esteja
alfabetizada na sua língua materna.
ATENCAO
Embora nosso foco nesta disciplina seja abordar somente a leitura e sua
importância, cabe salientar que ela não é o foco do ensino da língua estrangeira. Ela é uma
das quatro habilidades comunicativas e de suma importância para que o aluno se torne
proficiente, mas de maneira alguma a leitura deve ser o foco da aula de LE: o foco é, e sempre
será, a COMUNICAÇÃO.
Paiva (2000) afirma que esta proposta mostra-se equivocada porque, para
que o professor ensine leitura em sala de aula, é necessário muito preparo. Por
vezes, um plano de aula que trabalhe a leitura da maneira como ela é necessária
leva mais tempo do que, de fato, uma aula que foque na comunicação oral.
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Nesta tira, com dose de humor dada pelo personagem Calvin, podemos
inferir que enquanto a mãe, respondendo à pergunta do pai, afirma que ele está
fazendo seus deveres de casa, ciente de que ele estaria estudando, o menino passa
20 minutos brincando pelas páginas do livro.
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TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
Para que suas aulas sejam sempre bem aceitas, é necessário motivar os
alunos. Isso, além de facilitar o processo de aprendizagem, também aumenta a
autoestima dos alunos e faz com que eles queiram aprender sempre mais. Nada
disso é possível sem planejamento.
Sabemos que o mercado está cada vez mais exigente, e isso, de certa
maneira, faz com que a consciência de que o inglês precisa ser aprendido esteja
cada vez mais internalizado nos jovens. Televisão, internet, celulares, ... em tudo
há inglês, e isso já é uma grande dica de como trabalhá-lo em sala de aula.
A correção também deve ser tratada com muito cuidado. Quando o aluno
está falando ou lendo algo errado, ele mesmo percebe. Não é necessário que
o professor o corrija o tempo todo. O feedback é muito importante para que o
aluno saiba quando está indo bem e no que pode melhorar, mas não é necessário
quando a intenção for a de reprimir o aluno. Motive sempre que puder e a leitura
em sala de aula será algo natural.
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
De acordo com Brindley (1989), a autonomia faz com que o aluno se torne
responsável pelo seu aprendizado, o que faz com que ele se sinta responsável
pelo seu progresso. De acordo com o autor, o aprendizado autônomo visa:
Assim, o professor passa a não ser mais a única referência do aluno, pois
ele passa a ter responsabilidade sobre suas atitudes e conhecimentos. Aprender
passa a ser definir objetivos, conteúdos, técnicas, saber gerenciar o aprendizado,
avaliar sua evolução (BRINDLEY, 1989).
Nesta tira, Haroldo foi feliz ao convencer Calvin a ficar curioso sobre o
livro. O pequeno Calvin tinha, a partir das suas vivências, a ideia de que ler era
chato, e convida o amigo a fazer algo divertido. Haroldo, por sua vez, nega o
convite, e quando Calvin já está de saída, ele deixa transparecer que algo muito
bom está acontecendo. Ele imediatamente desperta em Calvin a curiosidade para
saber o que se passa.
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TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
Brindley (1989) ainda afirma que todos os alunos podem ser motivados
a aprender, desde que o contexto no qual sejam inseridos seja propício para tal.
Mesmo que os alunos tenham gostos variados, e que não é possível atender sempre
a todos, é possível adaptar as atividades para atender, sempre que possível, as
preferências deles.
Desta maneira, finalizamos esta seção afirmando mais uma vez que o
professor é o grande inspirador. Que tal uma seção falando somente sobre ele?
Let’s go there!
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
somente a quadro, giz, televisão, aparelho de som e, quando a escola possui uma
estrutura melhor, computadores e kit multimídia. Cabe a ele usar a criatividade
para transformar as atividades da maneira mais empolgante possível.
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TÓPICO 3 | A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA
Freeman (2000) ainda afirma que, ao dar ao aluno uma atividade nova,
ele precisa:
• dar ênfase ao fato de que a atividade é uma proposta para que ele aprenda e
não deve ser desperdiçada;
• orientar o aluno acerca de onde a atividade se encaixa, ou seja, para que ela
serve;
• no que o aluno precisa se concentrar mais;
• conectar a atividade à realidade do aluno;
• estimular a curiosidade dos alunos de maneira criativa (lembra-se do Calvin?);
• desafiar os alunos;
• demonstrar, não apenas explicar.
Depois de pronto, o texto dele será a leitura do dia e, a partir dela, outras
mais poderão ser desenvolvidas. Esta motivação fará toda a diferença, porque
o professor está ensinando a partir de algo que o aluno já sabe. Assim, ele
compreende que sabe e se sente mais seguro para participar.
Moita Lopes (2001) afirma que nas escolas públicas o acesso à LE é muito
restrito, o que faz com que os alunos já venham com certa ideia de que não são
capazes de aprender. De acordo com a autora, esta afirmação é infundada, pois
não existe nenhuma justificativa para a inaptidão dos alunos para aprender uma
língua estrangeira senão a ideia de privar deles esta oportunidade.
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UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
Faça a diferença. Motive. Estude. Seja exemplo. Coloque amor no que faz.
Somente assim você será um profissional de sucesso.
ATENCAO
AVALIAÇÃO
Ao final desta unidade, você fará a Avaliação 1, que corresponde a uma prova de 10
questões para quem cursa a modalidade flex e uma redação para quem cursa a modalidade
semipresencial. Dedique-se para que tudo saia conforme o esperado!
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RESUMO DO TÓPICO 3
In this topic, you learned that:
• When we teach reading, we should think about why we use the text: why
should I teach it? For what purpose? For whom?
• There are three actors involved in these multiple activities: the author, the text
and the reader.
• Bringing the text to the classroom only on the pretext of teaching the student a
grammatical rule is to lose the multipossibilities that the text brings with it.
• The teacher should delimit what should be worked on in each of the reading
activities to develop the reading skills and ends up confusing with a reading
practice class.
• When the purpose of reading is just the translation, the student is not motivated
or satisfied with English reading classes.
• It is necessary to make clear the importance of the text and to show the student
what are the possible anticipations.
• Focusing on the keywords for the general understanding of the text is very
important.
• Top down: leads to the general questions of the text. Botton up: focuses on
cohesive elements and isolated words within the text.
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• In addition to pre-reading activities, as these provide the student with greater
ease of insertion in the text, effective reading and post-reading activities are
also necessary to evaluate what the student has actually been able to abstract
from reading.
• The sooner the language is presented to the child, the greater the chances
that, when it reaches basic education, it will be more familiar and easier to
understand LE reading and communication processes and strategies.
• The autonomy makes the student become responsible for his learning, which
makes him feel responsible for his progress.
• In planning, you must state how many classes will be used for the activity,
what activities will be developed, what material will be used and how the
student will be evaluated.
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AUTOATIVIDADE
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d) ( ) O professor precisa estar sempre atento para corrigir os possíveis erros
dos alunos e não deixar que se repitam.
I- Cabe ao aluno de LE
II- Cabe ao professor de LE
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UNIDADE 2
TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE
LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
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UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico. Na unidade anterior, trabalhamos mais especificamente
algumas teorias e conceitos importantes da leitura. Já nesta unidade de estudos,
focaremos em termos mais específicos que o auxiliarão a compreender algumas
das importantes estratégias de leitura e como elas podem auxiliar os alunos a
gostarem da leitura.
Este será um tópico bem específico, que tratará dos conceitos de skimming
e scanning, e para cada um deles trabalharemos algumas atividades que podem
auxiliar a desenvolver suas aulas de língua inglesa.
Cada objetivo que você possui, acadêmico, ou que deseja desenvolver nos
seus alunos, requer uma diferente técnica de leitura. A pergunta que deve ser
feita sempre será: o que eu espero desta leitura? De acordo com a resposta, você
escolhe a técnica. Podemos ler para:
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
2 CONCEITO DE SKIMMING
Muitas são as maneiras de fazer com que o acadêmico leia nas aulas de
língua inglesa, mas para que possamos adequar corretamente a atividade para
o fim que desejamos, de acordo com os nossos objetivos, é necessário conhecer
alguns conceitos importantes acerca da leitura, especialmente na língua inglesa.
Nesta etapa da leitura, o leitor observa o título do texto, seu layout, observa
a qual gênero ele pertence, as figuras e tabelas também são observadas para que
o leitor possa compreender, em linhas gerais, do que o texto falará.
Quando o leitor busca, por exemplo, selecionar material para uma pesquisa
ou para um trabalho escolar, ele faz um skimming de vários textos para que, após,
ele consiga escolher quais usar para ler mais aprofundadamente e utilizar em seu
trabalho ou pesquisa.
Skimming, portanto, nada mais é do que dar uma olhada no texto e buscar
analisar do que possivelmente ele tratará. Nem sempre o skimming suprirá a
expectativa do leitor, porque como é uma leitura dinâmica e muito rápida, às
vezes o que o texto trata na verdade não é bem o que ele imaginou.
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TÓPICO 1 | SKIMMING AND SCANNING
• não escolha textos muito longos para que não ocorra o problema de não haver
tempo suficiente para ler o texto todo;
• busque textos que o aluno conheça pelo menos o vocabulário básico, que
poderá ser previamente trabalhado. Caso isso não ocorra, passe um pequeno
glossário para eles;
• explique ao aluno que ele não deverá traduzir o texto, mas em linhas gerais,
poderá apenas especular do que o texto trata.
• oriente os alunos a não lerem todo o texto, mas apenas as informações
importantes, por exemplo, a primeira linha de cada parágrafo;
• ler o resumo e a introdução, quando se trata de um artigo ou de um texto mais
longo, é uma grande maneira de abstrair o que o texto irá tratar;
• oriente o aluno para que ele destaque todas as palavras que considerar
importantes ou que possam trazer alguma informação acerca do que o texto
trouxe.
DICAS
Se você tem dificuldades em encontrar leituras para dar aos seus alunos, que
tal dar uma olhada no site “Coletânea de Textos em Língua Inglesa”? Esse site traz muitos
textos interessantes para que você possa mostrar aos seus alunos e trabalhar com eles.
Segue o link: <https://www.inglesnapontadalingua.com.br/2009/03/textos-em-ingles-para-
iniciantes.html>.
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
Uma sugestão para que isso não ocorra é sempre encontrar o sujeito do
texto. Em cada parágrafo que for buscar as informações, localize o sujeito. Caso
isso não seja possível, localize o verbo. A partir dele, todas as ideias do texto
circularão.
Let’s now, study some activities that can be used to work with skimming
reading.
Deixe para que eles leiam por cinco a 10 minutos, dependendo da extensão
do texto. Em seguida, cada aluno deverá contar (poderá ser em língua portuguesa,
dependendo do nível dos alunos) qual foi a percepção que teve do texto.
2.1.2 Na biblioteca
O professor deverá levar os alunos à biblioteca e lá entregar a eles uma
ficha com algumas características (em inglês) de livros que deverão encontrar. A
ficha poderá ter características como formato, estrutura, faixa etária, tamanho etc.
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TÓPICO 1 | SKIMMING AND SCANNING
O importante aqui é que ele compreenda o que está na ficha, não o que de
fato está no livro que ele deverá buscar. O livro poderá ser escrito até na língua
portuguesa. Um exemplo: bring the book that has a little blue duck in the book cover. A
instrução é que o aluno localize o livro rapidamente.
Esta atividade pode ser feita com a cópia do próprio manual, que em
vários eletrodomésticos, por exemplo, já vem com a versão em língua inglesa.
Caso o professor queira inovar ainda mais, ele poderá colar com fita os
objetos no quadro, aos quais os textos se referem, e o aluno, quando conseguir
perceber do que se trata, corre ao quadro e resgata o seu objeto.
2.1.4 Propaganda
Esta atividade assemelha-se à anterior, mas desta vez trata-se de uma
propaganda: os alunos apenas leem o texto da propaganda, que neste caso deve
ser digitado pelo professor, e devem adivinhar de que propaganda se trata.
Quando o último aluno terminar, o texto volta para o primeiro aluno, que
deverá ler o texto em voz alta. Por se tratar de um texto a ser escrito em língua
inglesa, o professor deverá ficar ao lado do aluno que está escrevendo e auxiliá-lo
na formulação da sentença, para que não haja problemas de compreensão depois.
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
3 SCANNING
Agora que você já conhece o que é o skimming, não é difícil saber o que
é o scanning, correto? Ao passo que o skimming é o ato de ler rapidamente para
compreender o texto em linhas gerais, o scanning é uma técnica que, de acordo
com Larsen-Freeman (2000), consiste em localizar alguma informação específica
no texto.
O scanning é algo rotineiro na vida das pessoas, pois o tempo todo lemos
buscando uma informação específica em um texto, por exemplo, buscar um
contato telefônico, uma referência, um filme quando estamos olhando para a lista
de filmes na porta do cinema, uma palavra no dicionário, um índice em um livro
ou revista etc.
• Não leia o texto, mas a questão primeiro. Assim, quando for ler o texto, já
buscará a resposta para a questão.
• Em uma prova de língua inglesa, quando as questões estiverem escritas em
língua portuguesa, busque em um dicionário, caso seja permitido seu uso, as
palavras-chave para aquela pergunta. Quando for ler o texto, lembre-se delas.
• Busque no texto as palavras-chave que apareceram na questão.
• Quando encontrar o parágrafo no qual a palavra-chave estiver, leia-o na íntegra
e com atenção.
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TÓPICO 1 | SKIMMING AND SCANNING
ATENCAO
Para optar pelo scanning o leitor deve saber o que está procurando.
Diferente do processo de skimming, que faz com que o leitor busque saber do que
o texto trata em linhas gerais, para que o scanning ocorra de maneira eficaz o leitor
deve saber exatamente o que deseja encontrar.
Assim, aprender um idioma, bem como ensiná-lo, pode ser muito simples.
Basta colocar em prática as técnicas aqui explanadas de acordo com os objetivos
que você pretende alcançar. Resumindo, observe a imagem a seguir:
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 1 | SKIMMING AND SCANNING
Neste caso, o professor tem total liberdade para criar quantas questões
quiser.
O professor entrega aos alunos alguns poemas e pede para que eles
localizem no texto:
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
“The princess has the treasure. Now, she is playing the old piano. She was
very afraid to be alone”.
Com a leitura, eles poderão pressupor que a próxima pista está no “old piano”.
Correndo lá, eles encontrarão a pista de número 2:
“Thanks to come and stay with the princess. She was tired and now is resting
in the rocking chair”.
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TÓPICO 1 | SKIMMING AND SCANNING
“You're close. The princess has now gone to hide the treasure, but she is
afraid. She stopped to drink water in the water fountain”.
A pista diz que ela parou para beber água no bebedouro. Os alunos deverão
procurar pela pista nos bebedouros da escola.
“She finally hid the treasure in the most blessed place of the school: the
chapel”.
É claro que você, professor, poderá escrever muito mais dicas e fazer com
que a brincadeira perdure muito mais tempo. Ela é adaptável também para a
faixa etária das crianças. Deixe fluir a sua imaginação.
Fazer com que sua aula de leitura seja divertida não é muito difícil. São
necessários muitos planejamentos, muita leitura e muito boa vontade, mas tudo
vale a pena quando o professor sabe quais objetivos deseja alcançar com seus
alunos.
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
LEITURA COMPLEMENTAR
Com certeza você já passou por uma situação parecida: pegou um texto
em inglês para leitura e, após algumas tentativas, conseguiu ler boa parte, mas
ficou com a sensação de que algo ficou faltando e não atingiu seu objetivo.
Esse é um problema muito comum para quem está buscando inglês para
leitura, especialmente para pessoas que precisam do idioma para propósitos
específicos, como passar em um exame de proficiência de um mestrado ou
doutorado.
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TÓPICO 1 | SKIMMING AND SCANNING
10) Utilize técnicas de inglês para leitura para ajudar a ler e traduzir textos
Existem alguns métodos que podem fazer com que você leia mais
rapidamente, compreendendo em poucos segundos os pontos estratégicos de um
texto. Uma dessas técnicas é o scanning, que consiste em fazer uma “varredura”
do texto buscando compreender de forma geral sobre o que ele fala e quais são
as principais ideias que expõe. Já o skimming tem como objetivo destacar alguns
pontos do material de leitura, identificando informações específicas encontradas
no texto. Ambas as técnicas não só ajudam a melhorar a leitura em inglês, como
também a aprimorar o conhecimento da língua inglesa em geral.
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RESUMO DO TÓPICO 1
In this topic you learned that:
• Skimming and scanning are not considered in-depth reading techniques, but
for the learning process of reading, they are very important.
• Both techniques have been developed to help the reader get information more
quickly.
• Skimming is a read considered global, just to check what the text brings in its
content.
• Ability to infer and decode also need to be well aligned for the correct execution
of skimming.
• The scanning process seeks to get the reader to read the text focused on what
you want to find.
• It is not necessary to read the entire text to extract some important information.
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AUTOATIVIDADE
2 Para que o trabalho com a leitura seja efetivo, o professor deve tomar alguns
cuidados. Com base no que foi estudado, analise as sentenças a seguir e
marque V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
3 Para realizar algum teste que exija a aplicação do scanning no texto, algumas
dicas são importantes. Diante deste contexto, analise as sentenças a seguir:
I- Não leia a questão primeiro, mas o texto. Assim, quando for ler a questão,
já saberá a resposta.
II- Em uma prova de língua inglesa, quando as questões estiverem escritas em
língua portuguesa, busque em um dicionário, caso seja permitido seu uso,
as palavras-chave para aquela pergunta. Quando for ler o texto, lembre-se
delas.
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III- Busque no texto as palavras-chave que apareceram na questão.
IV- Quando encontrar o parágrafo no qual a palavra-chave estiver, leia-o na
íntegra e com atenção.
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UNIDADE 2 TÓPICO 2
A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, conhecemos algumas atividades que possibilitam ao
professor de LE o trabalho com skimming and scanning. Há inúmeras atividades
além destas que podem ser trabalhadas com os alunos, mas aqui buscamos apenas
sugerir algumas para que você possa pensar em como trabalhar com estas temáticas.
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
A tira serve para que possamos refletir acerca do teor dos vídeos que
passaremos aos alunos. Não podem ser vídeos sem conteúdo, ao passo que
também não podem ser vídeos que tragam à tona algum tipo de polêmica ou que
firam de alguma maneira os princípios da ética.
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TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
O que faz com que reflitamos acerca desta afirmação é que o uso dos vídeos
não é tão simples quanto parece. Conforme já afirmamos anteriormente, Vicentini
e Domingue (2008) ainda ressaltam que muitos profissionais da educação veem
dificuldade em empregar a tecnologia a favor do aluno.
Uso dos vídeos como simulação: esta estratégia serve para mostrar,
a partir dos vídeos, simulações de processos químicos, de experiências, de
acontecimentos, por exemplo.
Uso de vídeo como ilustração: esta estratégia serve para mostrar aos
alunos cenários que eles não conhecem, por exemplo, um furacão acontecendo,
87
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
Perceba que não importa a idade que os alunos têm, eles sempre gostarão
de trabalhar a questão dos vídeos, até porque não existe nenhuma contraindicação
para seu uso (claro que tomados os devidos cuidados que já mencionamos
anteriormente).
O vídeo é um material que descontrai, bem como pode ser muito rico
quando bem utilizado. As possibilidades de uso se estendem para todas as
modalidades de ensino, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, mas é
necessário levar em consideração que nos anos 1990, quando as escolas passaram
a receber televisores, os vídeos eram passados apenas com o intuito de passar um
conteúdo de ensino.
Hoje em dia, com o acesso a vídeos mais facilitado por meio da internet,
muitas crianças já chegam à escola conhecendo muitas coisas, portanto o professor
deve fazer com que o vídeo tenha um propósito significativo, caso contrário, não
haverá interesse por parte deles.
Nas aulas de língua inglesa, uma atividade que pode ser muitíssimo
atraente para os alunos é fazer com que eles produzam vídeos. Existem na internet
muitos tutoriais sobre como produzi-los, seja em blogs, canais de Youtube ou
mesmo em sites específicos para isso.
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TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
DICAS
2. Lightworks
Este é um editor de vídeos usado por profissionais, com recursos avançados e inúmeras
possibilidades, indicado para quem precisa de bons resultados sem pagar caro por isso. Baixe
o Lightworks e conheça uma experiência nova de edição.
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
Aqui usaremos como exemplo uma atividade a ser aplicada com alunos
do Ensino Médio. Vamos lá?
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TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
• Passe aos alunos o trecho do episódio, inicialmente dublado. Peça que prestem
bastante atenção às falas dos personagens.
• Em um segundo momento, pergunte aos alunos o que eles acharam da cena.
Deixe que conversem entre eles e faça a eles perguntas relacionadas ao trecho.
• Após, diga aos alunos que, agora, eles assistirão à mesma cena com legenda
em língua portuguesa. Desta vez, peça para que eles observem as diferenças
de vocabulário entre a dublagem e a legenda em português. Quando acabarem
de assistir, peça à turma o que notaram e que diferenças eles perceberam em
ambas as modalidades de tradução.
• Por fim, eles assistirão pela terceira vez, desta vez com a legenda em língua
inglesa. Eles deverão anotar quais palavras pareceram estranhas a eles. Ao
final, entregue a eles a legenda digitada em inglês do trecho que assistiram.
A partir daqui, muitos rumos podem ser dados à atividade, dentre eles:
• Deixe alguns minutos para que eles, em duplas ou trios, ensaiem a reprodução
da cena que assistiram e a apresentem em forma de esquete. Assim, eles
também treinarão a pronúncia.
• Você poderá pedir para que eles deem continuidade à história e, caso eles não
conheçam o seriado, incentive-os a serem criativos. Em seguida, eles deverão
ler para os colegas. Depois que cada aluno ler a sua versão, assistam ao restante
do episódio.
NOTA
Para esta atividade, dependendo do nível dos alunos, podem ser criadas
as seguintes estratégias:
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
ATENCAO
Acadêmico, estas são apenas sugestões para que você possa trabalhar com
seu aluno a leitura a partir dos vídeos. Existem inúmeras outras possibilidades
que podem ser exploradas. Basta usar a sua criatividade.
Como esta ferramenta está cada vez mais presente na vida das crianças e,
diga-se de passagem, cada vez mais cedo, por que não utilizá-la como uma aliada
no ensino de uma língua estrangeira, neste caso, o inglês? É possível ensinar uma
língua através da internet? Sim, é possível, e é possível também aprender uma
língua apenas através da internet, mas para isso muita disciplina é necessária.
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TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
a) YOUTUBE
FIGURA 4 – YOUTUBE
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
b) JOGOS
FIGURA 5 – ENGLISH GAMES
Os jogos também podem ser muito úteis para ensinar inglês, e ainda
temos a vantagem de que a maioria deles possui seus originais na língua inglesa.
O jogo, além de descontrair o aluno, faz com que ele se esforce ao máximo para
compreender os comandos e o que mais for necessário para avançar no jogo.
c) SÉRIES
FIGURA 6 – SERIADOS
NOTA
Esses métodos para se aprender inglês com séries podem variar de acordo
com o grau de conhecimento de língua inglesa de cada um. Por isso, cada um dos
estudantes deve saber por onde começar e ir aos poucos se aperfeiçoando até
chegar ao quarto método.
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
d) APLICATIVOS
FIGURA 7 – APLICATIVOS
Para quem não tem muito tempo de focar nos estudos, os aplicativos
podem se tornar grandes aliados, porque em qualquer tempinho de folga eles
podem ser usados (inclusive, há versões que podem ser usadas off-line. É ou não
é maravilhoso?).
e) E-BOOKS
FIGURA 8 – E-BOOK
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TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
Para quem não conhece o conceito de e-book, nada mais é do que livros
que podem ser comprados ou mesmo baixados gratuitamente para leitura no
tablet, computador ou celular.
f) PODCASTS
FIGURA 9 – PODCASTS
Outro fator que ajuda muito o professor a tornar as aulas mais interessantes
é o fato de os podcasts tratarem dos mais diversos assuntos. Isso ajuda o professor
a, inclusive, trabalhar em parceria com os professores de outras disciplinas. Por
exemplo, se o professor de Geografia está trabalhando a questão do relevo, por
que não encontrar um podcast que fale sobre esta temática?
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UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
g) DICIONÁRIOS ON-LINE
98
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
99
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
NOTA
100
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
Na sala de aula, basta que se fale em prova ou avaliação para que muitos
alunos fiquem amedrontados com relação ao que “cairá na prova”. Este tipo de
101
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
medo é comum em todas as faixas etárias, desde as séries iniciais até alunos em
fase adulta.
Além disso, o professor ainda pode usar: prova com consulta, sem
consulta, individual, em grupo; resolução de problemas, pesquisas, teste oral,
charadas, palavras cruzadas, caça-palavras e muito mais.
102
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
NOTA
Lembre-se de que, acadêmico, quando você for avaliar seu aluno, não foque
somente na nota, mas faça-o entender que a avaliação faz parte do seu crescimento
enquanto aluno.
FONTE: A autora
a) Avaliação diagnóstica
103
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
Luckesi (2011) ainda afirma que este tipo de avaliação traça os caminhos
que o professor deve seguir a partir do que foi detectado na avaliação. Assim,
identificar a realidade dos alunos, verificar as habilidades que os alunos já
possuem e prever possíveis dificuldades são objetivos da avaliação diagnóstica.
b) Avaliação formativa
Luckesi (2011) indica que a ênfase deste tipo de avaliação está no fato de
aprender. A partir dela, o professor poderá direcionar o aluno ao caminho correto.
Bloom, Hastings e Madaus (1993, p. 45) afirmam que esta avaliação é “formativa
no sentido de que indica como os alunos vão se modificando em direção aos
objetivos desejados”.
104
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
c) Avaliação somativa
Estas três avaliações devem caminhar sempre juntas, a fim de que se possa,
a partir delas, contribuir para o avanço do aluno no processo de aprendizagem. É
a partir da avaliação que o professor consegue verificar a aprendizagem do aluno
e tomar as medidas para conduzir seu avanço.
Agora que você já conhece os tipos de avaliação, vamos adiante com mais
estudos acerca da avaliação. Luckesi (2011) afirma que o ato de avaliar é muito
amplo e não se restringe a um objetivo único. Avaliar, seja qual for o método
utilizado, vai do diagnóstico à ação a ser tomada. O autor ainda afirma que é a
partir da avaliação que se afere, investiga e diagnostica o rendimento do aluno.
Avaliar não consiste somente em dar a nota e culpar o aluno por não ter
ido bem. Infelizmente, sabemos que ainda existem professores que usam a nota
como uma maneira de repreender o aluno por não ter bom comportamento ou
por não estudar mais, por exemplo. Observe a tira a seguir:
105
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
Seja por não gostarem de estudar, por não terem incentivo, por não
conseguirem realmente assimilar os conteúdos estudados em sala de aula, os
nossos alunos muitas vezes acabam por tirar notas frustrantes tanto para eles
quanto para a família e para o professor.
106
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
107
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
Lembre-se de que ninguém sai de uma aula exatamente como entrou. Algo
sempre é aprendido, desde uma simples palavra até uma estrutura gramatical. O
simples fato de o aluno fazer uma pergunta ao professor durante a explicação já
é algo que pode ser avaliado pelo professor.
Na imagem, observamos que o avaliador diz que para ser justo utilizará
o mesmo critério para todos: escalar a árvore. Analisemos agora: para o pássaro
e para o macaco, tudo bem, mas o elefante, o pinguim, a foca, o peixe e o cão não
conseguirão cumprir o que foi pedido.
Isso mostra que, para cada aluno, deve haver um olhar especial. Sabemos
que não é possível em uma sala de 30 alunos aplicar 30 diferentes provas, mas na
hora da correção, o bom senso deverá falar mais alto. O professor precisa conhecer
as limitações de cada um dos alunos e isso é avaliação formativa.
NOTA
Em outras palavras, quer dizer que não é possível esperar que o aluno
tenha pleno conhecimento de determinados conteúdos para que a avaliação
da leitura inicie. Caso tivéssemos que esperar, seria praticamente impossível
elaborar os testes de leitura, já que o conhecimento é imenso e não temos este
tempo disponível.
109
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
É por isso que muitos professores acabam por deixar a leitura como
segundo plano nas aulas de LE. Ler demanda muito tempo. Ler significa
decodificar. Compreender significa conseguir apreender qual é a mensagem
deixada pelo autor. Alderson (2002) afirma que é preciso que o professor tenha
um mínimo de conhecimento teórico acerca da leitura para que consiga de fato
ensinar (e avaliar) a leitura na LE.
110
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
de tempo que ele conversa com um colega em inglês, mas não pode comprovar
esta habilidade porque não houve uma regra explícita para esta prática oral.
• Teste (Test): consiste em um instrumento de medição cujo objetivo é ter uma
amostra comportamental de cada aluno. Por ser uma espécie de medidor, ele
quantifica de acordo com as regras explícitas.
• Avaliação (Evaluation): a avaliação é a coleta de informações para a tomada
da decisão. De acordo com Bachmann (1991), “uma das características da
avaliação é a coleta de informações confiáveis e relevantes, mas as informações
não precisam, necessariamente, ser quantitativas”.
NOTA
• Cloze Test: para este teste, retira-se a enésima palavra do texto. As primeiras
e as últimas frases são mantidas para que ocorra a coesão textual e a enésima
palavra que é eliminada geralmente fica entre as palavras de número 5 e 11.
O objetivo desta atividade é fazer com que o aluno complete a frase com a
palavra que está faltando, de acordo com o contexto.
• Gap-Feeling: este tipo de teste consiste em preencher lacunas do texto. Ele é
um pouco diferente do citado anteriormente, porque neste as palavras são
escolhidas especificamente e não de forma aleatória. Aqui são eliminadas, em
média, cinco palavras por lacuna.
• Multiple-Choice: os testes de múltipla escolha são muito conhecidos, porque
é através deste tipo de teste que na maioria das provas e concursos somos
avaliados. Para cada pergunta, várias alternativas são dadas para que se escolha
a correta ou a incorreta. Para testes de leitura, este tipo de atividade é muito
utilizado.
111
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
• Matching: este é o teste que consiste em relacionar itens, por exemplo, o aluno
deve fazer a correspondência entre a palavra e seu conceito.
• Ordering: este teste pode ser muito divertido. Ele consiste em reordenar de maneira
certa um conjunto de palavras. Pode ser feito de duas maneiras: o professor
pode dar as palavras do texto misturadas e o aluno as reordena ou pode dar os
parágrafos de um texto misturados para que sejam reordenados pelos alunos.
• Dichotomus: este tipo de teste é o famoso verdadeiro ou falso. São dadas várias
sentenças acerca de um determinado conteúdo, previamente esclarecido no
enunciado, e estas devem ser classificadas como verdadeiras ou falsas.
• Editing: esta atividade consiste em arrumar possíveis erros de um texto
previamente selecionado. Por exemplo, se no texto há erros de vocabulário,
de gramática ou de ortografia, o aluno deverá identificá-los e em seguida
corrigi-los. O professor deverá selecionar o texto de acordo com o nível de
conhecimento de cada turma.
• C-Test: este teste é uma espécie de carta enigmática, mas ao invés de descobrir
o enigma, o aluno deverá completar a metade de cada segunda palavra do
texto. É uma atividade para alunos que têm um pouco mais de conhecimento
da língua. O número de letras a ser preenchido é geralmente a metade, por
exemplo, se a palavra possuir quatro letras, o aluno tem de preencher duas, e
assim por diante. Por exemplo:
My sis___ has a bla___ piano. She li___ to pl___ it f___ my pare____ in th___
evening.
A frase seria: My sister has a black piano. She likes to play it for my parents in
the evening.
Perceba que não é tão fácil quanto parece. Por este motivo caberá ao professor
escolher o texto mais adequado.
• Cloze Elide Test: este tipo de teste é também referente a reconhecimento de
palavras e de estruturas gramaticais. Ao contrário do anterior, ao invés de
suprimir letras, adicionam-se palavras ao texto e o aluno deverá identificar a
palavra intrusa. Por exemplo: My sister has close a black piano. She likes to
play it for window my parents in the evening. As palavras em destaque são as
“intrusas”, e o aluno deve identificá-las e retirá-las do texto.
• Short-Answer: esta atividade faz parte das questões de múltipla escolha,
mas com respostas curtas, como sim ou não, verdadeiro ou falso. Este tipo
de questão é muito comum em concursos públicos. É dada ao candidato uma
afirmação acerca de determinado assunto e ele deve assinalar se a afirmação é
verdadeira ou falsa. Por exemplo:
“Due to their small size, ants don’t have the room to accommodate a complex
respiratory system such as ours. Instead, they have their own ways of
respiration to help transport oxygen around their bodies”.
( ) True ( ) False
ou ainda
( ) Yes ( ) No
• Free-Recall: teste de simples execução, ele permite que o professor o faça de
maneira rápida. O professor deve dar ao aluno um texto para leitura e em
seguida, sem olhar para o texto, o aluno deverá escrever tudo o que lembrar
acerca dele.
112
TÓPICO 2 | A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS
Um teste, para ser eficaz, deve conter questões com todos os graus de
dificuldade, desde as consideradas mais fáceis até as mais difíceis. Assim, você
conseguirá medir o nível de compreensão do seu aluno em todas as esferas da
aprendizagem.
113
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
• Approach describes how language is used and how its parts are interconnected.
• Techniques are the ways found to perform some activities as well as to develop
some goals.
• The language of the video is different from the language of the textbook:
therefore, it is necessary to think different strategies, especially when it comes
to foreign language teaching.
• Video is a material that relaxes as well as can be very rich when well utilized.
• Windows Movie Maker, Lightworks, YouTube Video Editor, VSDC Free Video
Editor and Free Video Editor are possibilities to work with editing videos in
the classroom.
• One activity that can be developed for reading classes in English is reading
subtitles.
• Informative genres are very useful for working from vocabulary to grammatical
structure.
• The formative evaluation consists of giving teachers guidelines that help them
to make the student perform well.
115
• Summative evaluation (sometimes found in literatures as summative) is
intended to inform the teacher about the process of final learning.
• There are three types of reading tests: measurement, test and evaluation.
• Choice of questions, language, length of text, and prior knowledge are factors
that can interfere with reading assessment.
116
AUTOATIVIDADE
I- Approach (abordagem)
II- Method (método)
III- Procedure (procedimento)
IV- Technique (técnica)
2 Sobre o uso do vídeo como atividade em sala de aula, é correto afirmar que:
117
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças III e IV estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
118
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que trabalhar com leitura em sala de aula depende de inúmeros
fatores, dentre eles o nível em que os alunos estão e se há ou não o hábito da
leitura na língua materna, no caso, em língua portuguesa.
2.1 ARTIGO
Podemos definir o artigo científico, de acordo com a ABNT (NBR 6022,
2003), como uma publicação com autoria, cuja finalidade é apresentar e discutir
ideias, técnicas, métodos, resultados e processos sobre inúmeras áreas de
conhecimento.
119
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
NOTA
• deve ser um texto conciso, pois tem por objetivo sintetizar a pesquisa feita;
• é necessário que haja cuidadosa correção ortogramatical, bem como a
verificação de termos utilizados;
• quanto ao conteúdo, o artigo pode abordar um estudo pessoal, revelar uma
descoberta ou contrariar algo que já está em estudo;
• ele pode sugerir soluções para questões controvertidas;
• o artigo científico pode sondar opiniões acerca de determinado conteúdo, e a
partir desta sondagem, dar início a novas pesquisas;
• linguagem padrão culta, sem uso de figuras de linguagem ou gírias;
• o resumo deve estar claro e objetivo;
• os parágrafos devem estar encadeados e as ideias devem ser listadas de maneira
hierárquica;
• o tempo verbal iniciado no artigo deverá ser usado até o final.
120
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
frequência. Perceba que não necessariamente será pedido que o aluno leia o texto
para a compreensão total, mas para que retire informações do texto.
Outra atividade é pedir que o aluno verifique quais são os tempos verbais
que o texto traz e que copie uma frase de cada para comprovar. Caberá ao
professor verificar o nível em que seus alunos estão e aplicar a atividade.
NOTA
2.2 RESENHA
A resenha é um dos gêneros textuais mais interessantes para se trabalhar
com os alunos, especialmente quando se trata da língua estrangeira. A resenha
é um tipo de produção textual na qual se relatam as experiências tidas com
determinado filme ou livro.
121
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
• Ler e refletir acerca do que será resenhado, sendo que nem sempre somente a
leitura do texto em si basta.
• Fazer um resumo bem feito da obra.
• Emitir seu julgamento (de verdade se for uma resenha descritiva ou de valor se
for uma resenha crítica), fundamentando-o a partir de argumentos plausíveis.
NOTA
Lembre-se de que, tanto para ler quanto para escrever uma resenha, o aluno
deve estar em um nível mais avançado de aprendizado.
2.3 ABSTRACT
O abstract nada mais é do que um resumo. Sua maneira de trabalhar em
língua inglesa é semelhante ao trabalho com a resenha. O resumo requer alguns
cuidados na sua elaboração, pois há elementos obrigatórios para sua composição.
Apesar de ser um texto pequeno, ele não é fácil de ser escrito, justamente
por suas especificidades. As informações dadas em um resumo devem ser
rápidas, mas sem perder sua essência. De acordo com a ABNT (2003), há três
tipos de resumos: o resumo crítico (que podemos chamar de resenha crítica,
anteriormente descrita), resumo indicativo e resumo informativo:
122
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
Veja um exemplo:
NOTA
Analise este modelo de resumo e veja se de fato ele abarca todos os itens
anteriormente descritos.
Um resumo deve ser, de acordo com a ABNT (2003), de 150 a 500 palavras
os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-
científicos; de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; e de 50 a 100 palavras
os destinados a indicações breves.
123
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
2.4 ENSAIO
O ensaio é um gênero opinativo no qual o autor pode expor suas opiniões
e impressões sobre determinado assunto. É um gênero muito bom para se
trabalhar especialmente com adolescentes, pois eles adoram expor suas opiniões.
Para escrever um ensaio é necessário maior aprofundamento no tema, porque são
textos com uma crítica mais acentuada.
Ambos os tipos de ensaios são de teor mais didático e não são textos tão
rígidos quanto um artigo, por exemplo.
3 OS GÊNEROS LITERÁRIOS
My only love sprung from my only hate!
Too early seen unknown, and known too late!
Prodigious birth of love it is to me
That I must love a loathed enemy.
William Shakespeare
• musicalidade;
• subjetividade;
• sentimentalismo;
• uso de rimas.
a) Elegia: quer dizer canto triste. A elegia é um tipo de poema que expressa
sentimentos de morte ou de conotação triste. Na língua portuguesa, um
exemplo é a poesia de Fagundes Varela, intitulada “O cântico do calvário”.
Exemplo de elegia:
125
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
126
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
Will Time that gave them, Time that now elides them
Never once bring them back?
b) Ode ou hino: nada mais são do que cantos. Geralmente a ode exalta algo ou
alguém e o hino exalta a pátria.
Exemplo de ode:
Sadness, scarab
with seven crippled feet,
spiderweb egg,
scramble-brained rat,
bitch's skeleton:
No entry here.
Don't come in.
Go away.
Go back
south with your umbrella,
go back
north with your serpent's teeth.
127
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
c) Écloga: são poemas curtos cujo tema é pastoril. Muitas vezes, apresenta diálogo.
Exemplo de écloga:
128
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
d) Soneto: são poemas cuja estrutura compõe-se de dois quartetos e dois tercetos.
Muito conhecidos por serem bastante comuns, os sonetos são muito utilizados
para diversas atividades de análise textual, de rimas e de metrificação, por
exemplo.
Exemplo de soneto:
129
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
e) Sátira: são poemas que focam nos defeitos das pessoas, ridicularizando-as.
Pode ser focado em alguma determinada situação.
Exemplo de sátira:
DICAS
Nesta seção, conheceremos um pouco mais sobre este gênero textual que,
por vezes, não é tão explorado pelos professores de línguas estrangeiras em sala
de aula, mas que é cheio de possibilidades que podem ser trabalhadas visando
desenvolver, especialmente, a leitura e a expressão oral.
Let’s go ahead!
130
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
Enter ROMEO
JULIET - Ay me!
131
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
ROMEO
[Aside] Shall I hear more, or shall I speak at this?
JULIET
'Tis but thy name that is my enemy;
Thou art thyself, though not a Montague.
What's Montague? it is nor hand, nor foot,
Nor arm, nor face, nor any other part
Belonging to a man. O, be some other name!
What's in a name? that which we call a rose
By any other name would smell as sweet;
So Romeo would, were he not Romeo call'd,
Retain that dear perfection which he owes
Without that title. Romeo, doff thy name,
And for that name which is no part of thee
Take all myself.
ROMEO
I take thee at thy word:
Call me but love, and I'll be new baptized;
Henceforth I never will be Romeo.
JULIET
What man art thou that thus bescreen'd in night
So stumblest on my counsel?
ROMEO
By a name
I know not how to tell thee who I am:
My name, dear saint, is hateful to myself,
Because it is an enemy to thee;
Had I it written, I would tear the word.
132
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
JULIET
My ears have not yet drunk a hundred words
Of that tongue's utterance, yet I know the sound:
Art thou not Romeo and a Montague?
[…]
DICAS
133
UNIDADE 2 | TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA
ATENCAO
134
TÓPICO 3 | O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
UNI
AVALIAÇÃO
Ao final desta unidade, você fará a Avaliação 2, que corresponde a uma prova de 10 questões
objetivas. Dedique-se, estude, esclareça suas dúvidas, afinal de contas é você quem define
o seu futuro, e nós estamos aqui para ajudá-lo. Prepare-se para que tudo saia conforme o
esperado!
135
RESUMO DO TÓPICO 3
In this topic you learned that:
• The abstract requires some care in its elaboration, since there are elements
obligatory for its composition. It can be critical or informative.
• The essay is an opinionated genre in which the author can state his opinions
and impressions on a certain subject. It can be academic or literary.
• The elegy, the ode or hymn, the eclogue, the sonnet, the satire and others
belongs to the lyrical genre.
• The fable, the epic, the novel, the short story, the chronicle, the romance among
others belong to the narrative or epic genre.
136
AUTOATIVIDADE
2 Com base no que foi estudado acerca do artigo científico, analise as sentenças
a seguir e marque V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
137
4 Assinale a alternativa que descreve corretamente o gênero dramático:
138
UNIDADE 3
O DESENVOLVIMENTO DAS
HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS
ETAPAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Trabalhar com as crianças é de fato algo muito prazeroso, mas ao mesmo
tempo desafiador. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente,
considera-se criança toda pessoa de zero a 11 anos e 11 meses. A partir dos 12
anos, a criança passa à adolescência (BRASIL, 1990).
2 AS FASES DA INFÂNCIA
Antes de iniciarmos o trabalho com as estratégias de leitura, abordaremos
as fases de desenvolvimento da criança de acordo com a teoria de Jean Piaget.
Este pesquisador estudou profundamente cada detalhe do desenvolvimento
infantil, observando especialmente a psicogênese do conhecimento.
141
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
• Estágio sensório-motor: esta etapa vai de zero a dois anos. Nesta fase, a criança
tem grande necessidade de tocar objetos, colocá-los na boca, experimentá-los
a partir dos seus sentidos. Neste estágio, as cores e as texturas são importantes
para a criança. Aqui, a aprendizagem ocorre inconscientemente a partir dos
reflexos, por exemplo, a sensação de quente e frio que passa a ser percebida.
• Estágio pré-operatório: esta etapa vai de dois a sete anos. É a etapa em que
a criança geralmente está na fase pré-escolar. Piaget (1975) subdivide ainda
esta fase em duas: o estágio egocêntrico, que vai dos dois aos quatro anos, e
o estágio intuitivo, que vai de cinco a sete anos. No estágio pré-operatório,
a criança passa a utilizar objetos para representar algumas brincadeiras, por
exemplo, empurrar uma cadeira para imaginar que é um ônibus. Pelo fato de
a criança pensar que é o centro de tudo, esta é uma fase muito egocêntrica, e
acredita que todos pensam como ela. As noções de tempo e espaço também
costumam ser desenvolvidas neste período.
• Estágio operatório concreto: esta etapa compreende dos sete aos 11 anos.
Nesta etapa, a criança já sabe utilizar-se da linguagem, da lógica e consegue
solucionar seus principais problemas concretos, como consertar um brinquedo
ou organizar uma estante, por exemplo. O que a criança ainda tem como
desafio é resolver os problemas que não são concretos, pois estes ainda não são
assimilados por ela.
• Estágio operatório formal: esta etapa já não compreende mais a fase da infância,
mas da adolescência, pois vai dos 12 aos 15 anos. Aqui, a criança também já sabe
como resolver alguns problemas não concretos. Piaget (1975) destaca que para
que a criança, ou adolescente, consiga resolver todos os problemas de maneira
eficaz é necessário que ela cresça em um ambiente com muitos estímulos e
apropriado para seu pleno aprendizado.
142
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
Para cada uma das etapas, determinadas atividades podem ser mais
eficientes ou não. Agora, vamos conhecer alguns conceitos e estratégias que
auxiliarão muito no aprendizado da leitura.
Let’s go ahead!
3 A LEITURA DE IMAGENS
Imagine-se quando na infância. Você provavelmente, na escola, foi
convidado por sua professora ou professor para fazer leituras de livros, não é
mesmo? Se não se lembra, deve lembrar-se de um filho ou de algum conhecido
que tenha algum dia chegado em casa com um livro na mochila, o qual fora
indicado para leitura.
143
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
DICAS
The Little Prince, first published in 1943, is a novella, the most famous work of
French aristocrat, writer, poet, and pioneering aviator Antoine de Saint-Exupéry. The novella
is one of the most-translated books in the world and has been voted the best book of the
20th century in France. You, as a teacher, can work with this book with your students. They’ll
love it! Access the link <http://www.yoanaj.co.il/uploadimages/The_Little_Prince.pdf> and
read the book!
144
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
145
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
FIGURA 4 – GARFIELD
Perceberam como imagem e texto são aliados? E eis aqui uma boa dica
para trabalhar com os alunos: dê a eles uma tirinha apenas com imagens e peça
para que criem um texto em inglês e que seja coerente com as imagens. Em
seguida, pode-se fazer o inverso: dar a eles um texto por escrito e pedir para que
eles o ilustrem de maneira coerente.
146
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
inovadores, tanto nas técnicas de desenho como os livros de pop up, por exemplo,
quanto nas diferentes maneiras de proporcionar ao público a interpretação.
Atualmente é comum vermos livros que transitam muito entre uma idade e
outra. Por exemplo, não há mais uma faixa etária específica para livros de educação
infantil; uma criança de quatro ou cinco anos pode tranquilamente interpretar um
livro indicado para crianças de nove ou 10 anos a partir da leitura das imagens.
Nas aulas de língua inglesa, este recurso pode ser amplamente utilizado,
pois o professor pode instigar o aluno a observar as imagens e contar a história
com suas palavras. O aluno poderá destacar as palavras que compreende para
que, em seguida, com o auxílio do professor, leiam o texto na íntegra.
FIGURA 5 – ÍCONES
147
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
Afinal de contas, o que é preciso para que possamos ler uma imagem?
Assim como nos alfabetizamos para ler palavras e textos, existe também a
alfabetização visual. Sim. A alfabetização visual dará ao aluno as condições de
interpretar, ler e conhecer melhor sua sociedade e de ter contato com vários povos.
Eisner (2008) afirma que a leitura das imagens é muito importante porque
ela revela o que os textos escritos não podem revelar. Para o autor, estamos
imersos em uma grande avalanche de imagens, e que de acordo com o mundo
em que vivemos, precisamos interpretá-las corretamente.
148
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
Isso é o que chamamos de ilusão de ótica. Ela ocorre quando nossos olhos
se confundem com o entrelaçamento das imagens e nos leva a perceber algo que
não é exatamente o que quer dizer.
FIGURA 7 – PLACAS
Neste caso, há uma imagem unida a palavras, mas perceba que, para nós,
a placa de “pare” tem o mesmo formato que a que está escrita em inglês. Na placa
escrita em japonês, além de não compreendermos a escrita, o formato da imagem
também não é correspondente ao que conhecemos pela placa de “pare”. Caso
você estivesse dirigindo no Japão e não conseguisse ler o que está escrito na placa,
provavelmente não saberia que ela quer dizer “pare”. Isso poderia causar sérios
problemas.
A busca pelos melhores caminhos para ensinar a língua inglesa vem sendo
constante, mas para isso é necessário que os professores tenham uma formação
em semiótica.
149
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
150
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
Estes são exemplos de flashcards que podem ser utilizados pelo professor
para ensinar os verbos irregulares. Não é preciso traduzir o verbo, mas instigar o
aluno a adivinhá-lo pela observação da imagem.
151
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
NOTA
Coracini (2002) afirma que provocar certos efeitos no leitor faz com que
ele compreenda que a leitura vai muito além de decodificar palavras. A partir
desta postura, percebe-se a necessidade de buscar cada vez mais recursos para o
trabalho com esta habilidade.
A resposta é: nem sempre. Mesmo que a imagem possa por vezes auxiliar
o aluno na compreensão do texto, por outras não fará diferença alguma. Por este
motivo, a linguagem não verbal é tão importante quanto a verbal na elaboração
do texto.
152
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
tenha ele imagens ou não. Porém, para que ele possa utilizar-se destas estratégias,
é necessário que ele as conheça (KLEIMAN, 2002).
FIGURA 10 – CARNAVAL
153
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
154
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
1) Cards activity
Neste modelo de atividade diferenciada é desenvolvido um painel em
que são colocados cards. A cada aula são retirados todos os cards do painel e
é realizada uma recordação do vocabulário por meio de músicas ou frases.
Na internet, você poderá encontrar inúmeros modelos de cards prontos para
imprimir.
2) Musical Chairs
Esta é uma brincadeira muito apreciada e conhecida: a dança das
cadeiras. Aqui, o foco será ensinar a criança a responder perguntas simples,
como how are you? Debaixo das cadeiras, o professor deverá colar com fita
alguns desenhos de ações, como beber água, ir ao banheiro, fechar o livro.
Conforme elas sentarem, a criança escolhida deverá responder a pergunta feita
em inglês pelo professor, que tenha a ver com o desenho que estava debaixo
da cadeira.
3) Colour book
Esta é uma maneira simples de ensinar as cores e o vocabulário. O
professor deverá criar um livro de colorir, no qual a criança deverá usar as
cores indicadas para deixar o personagem bem bonito. Em seguida, pode-se
trabalhar com o desenho para ensinar vocabulário. Poderá haver o livro das
frutas, dos objetos, do material escolar, dos brinquedos etc.
155
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
4) English Box
O professor deverá guardar inúmeros objetos na caixa. Em seguida,
deverá retirar um a um, fazendo com que os alunos aprendam o nome do
objeto em inglês. O professor também pode ir criando uma história maluca na
ordem em que os objetos forem sendo retirados.
5) O alfabeto em inglês
Esta atividade já é de praxe, porém muito eficaz também para ensinar o
alfabeto em inglês. Mostre aos alunos cards com as letras destacadas e ajude-os
a pronunciar cada uma das letras. O mesmo pode ser feito com os números.
DICAS
Acadêmico, indicaremos dois sites muito interessantes para que você visite e
conheça algumas atividades que podem ser desenvolvidas em língua inglesa.
• Essa coletânea com 200 atividades para os alunos da educação infantil está disponível
gratuitamente em:
<http://www.mediafire.com/download/7ui0fk4085mhsxu/Atividades+de+Ingl%C3%AAs+1.
rar> e <http://www.mediafire.com/download/av4v3460t4x7lny/INGLES-PARTE2.zip>.
Acesse e divirta-se!
156
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
Assim, percebe-se que cada vez mais cedo é necessário fazer com que os
alunos tenham contato com a língua estrangeira. Ainda de acordo com os PCN:
Devemos compreender que esta inserção não pode ser feita de maneira
brusca. Por este ser oferecido a crianças é necessário que se respeite as
especificidades do seu aprendizado, bem como que se ofereça um ambiente
lúdico e um ensino gradativo. A exigência também deve ser feita gradativamente
para que não ocorra o desestímulo da criança.
157
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
• Nível formal: brincar com os sons para que se criem os padrões de ritmo e brincar
com as estruturas gramaticais para que se criem os padrões e paralelismos.
• Nível semântico: brincar com as unidades de significado, combinando-as para
criar o mundo da imaginação.
158
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
159
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
160
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
1º ANO
IDEIA DE ATIVIDADE
161
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
2ª ANO
IDEIA DE ATIVIDADE
WHEN? – quando?
GO TO SCHOOL – ir à escola
HAVE LUNCH – almoçar
HAVE DINNER – jantar
PLAY – brincar
GO TO BED – ir dormir
3º, 4º E 5º ANOS
162
TÓPICO 1 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS
IDEIA DE ATIVIDADE
FIGURA 13 – COLHEITA
163
RESUMO DO TÓPICO 1
• Knowledge isn’t in the subject, but in the relation that occurs between him/her
and the object of study.
• It’s proven by research that the illustrated book whose image serves as support
for the text is solder than the book whose text comes alone, with no illustration.
• The reading of the picture is as important as the reading of the text: it’s not
enough to understand what the writing brings, but ally it in the image and,
along with it, make the text make a sense.
• In English classes, the teacher can instigate the student to observe the pictures
and tell the story with his words.
• At the field of studies that uses language as central, is given the name of visual
culture.
• The search for the best ways to teach the English language has been constant,
but for this it is necessary that the teachers have a formation in semiotics.
• In textbooks there are several textual genres that make it possible to teach
reading at school, but unfortunately for the English language, having textbooks
at school is still a little existing resource.
• The student, when he arrives at school, already has a prior knowledge and
already has in his identity the traces of his culture and society.
164
AUTOATIVIDADE
I- Estágio sensório-motor
II- Estágio pré-operatório
III- Estágio operatório concreto
IV- Estágio operatório formal
165
3 Para trabalhar com imagens é necessário que:
166
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Iniciaremos nossa conversa sobre a leitura com jovens e adultos a partir
de uma tirinha de Calvin. Observe-a:
FIGURA 14 – CALVIN
Qual seria a brecha que Calvin diz adorar? O comando da questão. Ele
achou uma brecha que pede para que ele escreva com suas palavras, então ele
inventou suas palavras e respondeu. É claro que esta tira tem por finalidade
entreter o leitor e criar humor, porém isso pode acontecer.
167
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
2 ENSINO FUNDAMENTAL II
A mudança do Ensino Fundamental I para o II pode ser, para muitas
crianças, um pouco tensa. A primeira mudança notável é a quantidade de
professores, que antes era somente um, agora, um para cada matéria. Apesar de o
professor de Inglês ser outro, que não o pedagogo, a adaptação ao novo sistema
de ensino pode exigir alguns cuidados especiais com os iniciantes no Ensino
Fundamental I.
Quando entram nesta fase, que ocorre por volta dos 11 anos de idade, o
aluno já consegue formular hipóteses acerca dos fatos sociais e já possui maior
criticidade acerca dos conteúdos estudados. A associação com a realidade é ainda
mais presente do que nos anos anteriores (BARROS, 2011).
168
TÓPICO 2 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS
3. Produção de textos
4. Comunicação oral
• O que é: utilizar a língua estrangeira que está sendo ensinada nos momentos
de comunicação em sala de aula.
• Quando propor: em todas as situações.
• O que o aluno aprende: a aplicar na prática o que está aprendendo. Com
base nisso, supera a inibição natural, ganha desenvoltura e percebe que o
aprendizado se dá por tentativa e erro.
• Como propor: para gerar expectativas sobre o conteúdo a ser desenvolvido,
o ideal é apresentar o ponto de partida de cada aula. Em seguida é produtivo
promover o diálogo, incentivar os cumprimentos ao entrar em sala e ao
término da aula e pedir que os estudantes falem sobre o cotidiano. O que
169
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
todos fizeram no fim de semana? Alguém foi ao cinema? Viram quais filmes?
Assistiram a alguma reportagem na TV sobre um fato em evidência na mídia?
Para despertar a curiosidade é importante fazer uma análise das necessidades
e dos desejos de aprendizagem deles e satisfazer as que se encaixarem no
planejamento, sempre lembrando do uso de recursos audiovisuais para
evitar fazer traduções.
170
TÓPICO 2 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS
DICAS
3 ENSINO MÉDIO
Falamos até então do Ensino Fundamental I e II. O Ensino Médio, fase
final da educação básica, compreende alunos na faixa etária dos 15 aos 17 anos,
em média. É um período no qual os alunos são bastante desafiadores e muito
ligados à tecnologia.
Por este motivo, o ensino da língua estrangeira deve ser ainda mais
atrativo. A maioria dos alunos já teve algum contato com a língua, seja por ter
feito algum curso ou por tê-la estudado no Ensino Fundamental.
É fato, portanto, que a leitura passa a ser muito mais cobrada. Vestibulares,
concursos públicos e a proximidade do primeiro emprego fazem com que os
próprios alunos despertem um interesse maior acerca do aprendizado da língua.
Esta atitude facilita muito o processo de ensino para ambas as partes, aluno e
professor.
171
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
Há algo fundamental que não pode nem deve ser esquecido: o saber
acumulado ao longo de um percurso profissional e pessoal, que
conforma a subjetividade singular e peculiar de cada um de vocês. A
trajetória profissional do professor é tecida com saberes e experiências,
não tenham dúvida. Isso confere uma relevância social e afetiva
a cada gesto e olhar do professor sobre seu campo de trabalho. É a
partir desse saber que você, professor, vai, com múltiplos e diversos
olhares, ressignificando conceitos, reelaborando ou reorganizando
suas práticas de leitura e de escrita.
172
TÓPICO 2 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS
FIGURA 15 – A LEITURA
Aqui, Calvin conversa com seu amigo Haroldo sobre o fato de escrever um
texto com muitas palavras difíceis. Para o menino, uma tese se configura em um
texto com palavras difíceis. O processo inverso é interpretado da mesma maneira.
Um texto que é lido e a maioria das palavras que há nele são compreendidas não
passa de um amontoado de palavras.
173
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
4 EDUCAÇÃO DE ADULTOS
Entraremos, a partir de agora, no ensino da língua inglesa para adultos.
Atualmente, a língua estrangeira dentro da EJA (Educação de Jovens e Adultos)
tem tomado um papel fundamental, já que dá a oportunidade de ter contato com
a cultura e com os estudos tecnológicos mais avançados.
Para começar, o trabalho com palavras de uso comum no dia a dia, como
shopping, mouse, notepad, pen drive etc., pode ajudar a iniciar os trabalhos de
aproximação à língua.
174
TÓPICO 2 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS
175
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
O ideal é conseguir ler no mínimo 20 páginas por dia, o que pode ser
feito em menos de uma hora. O importante é manter um ritmo e tentar não
procrastinar. Dessa forma, em um ano é possível ler o equivalente a 36 livros
com 200 páginas cada.
176
TÓPICO 2 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Let’s go!
Stanislas Dehaene
Entrevista – 14/08/2012
177
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
ÉPOCA – O senhor disse que a leitura usou uma parte do cérebro antes destinada
a outras funções. Que funções eram essas e o que aconteceu com elas?
Dehaene – Antes de aprendermos a ler, usávamos essa parte do cérebro para
reconhecer formas de objetos e de rostos. Se você escanear o cérebro de pessoas que
não leem e comparar com as alfabetizadas, a identificação de rostos para as iletradas
mobiliza uma parte maior do cérebro que a mesma função nas alfabetizadas.
Existe certa competição de competências na mesma região do cérebro. É como se
ele tivesse de abrir espaço para a leitura.
ÉPOCA – Isso quer dizer, nesse exemplo, que o cérebro letrado passou a usar
um número menor de neurônios para a mesma função? Isso tem impacto na
qualidade da função?
Dehaene – Não temos provas científicas de que ocorra perda de competência. Um
mesmo neurônio pode ter um número desconhecido de sinapses, de acordo com o
estímulo do ambiente. Mas essa é uma suposição lógica. Afinal, temos de dividir
um mesmo número de neurônios em várias atividades. Nosso grupo de pesquisas
na Amazônia mostrou que o cérebro de pessoas que não leem tem habilidades
relacionadas à noção espacial e de matemática muito avançadas. Não temos dados
científicos que provem que eles sejam melhores nessas tarefas porque não leem.
Mas essa é uma possibilidade.
178
TÓPICO 2 | DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS
relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem
mais rapidamente o significado do que estão lendo. Crianças com dislexia que
começam a treinar o lado esquerdo do cérebro têm muito mais chances de superar
a dificuldade no aprendizado da leitura.
ÉPOCA – Aprender a ler partituras tem o mesmo efeito para o cérebro que ler
palavras?
Dehaene – As áreas do cérebro usadas para ler letras não são exatamente as mesmas
usadas para decodificar música. Não há muitos estudos sobre a parte cerebral usada
no aprendizado de música. Mas há diversas pesquisas sobre o efeito da música
na vida das crianças. Crianças que aprendem música desenvolvem habilidades
escolares avançadas, especialmente no domínio da leitura. Elas têm mais facilidade
para se concentrar. Aprender música aumenta os níveis de inteligência (Q.I.).
Aprender música é uma forma excelente de desenvolver o cérebro, especialmente
o de crianças.
ÉPOCA – Pessoas com dislexia leem de forma diferente ou apenas mais devagar?
Dehaene – Pessoas com dislexia tendem a ter problemas com a conexão entre letra
e som. É muito difícil para elas entender essa ligação. Em parte, porque não podem
distinguir muito bem as diferenças dos sons da língua. Elas têm problemas com
fonologia. Não com o som de letras como a, b, c e d. Mas com o som da linguagem,
como dã, bã e pã. Há diferentes tipos de dislexia. Há pessoas que têm dificuldade em
enxergar as letras em determinados lugares da palavra ou em visualizar símbolos
específicos. O que os disléxicos têm em comum é a dificuldade em criar o mapa
dos símbolos e dos sons.
179
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
180
RESUMO DO TÓPICO 2
• The role of Elementary School may be, for many children, a bit tense.
• When they enter this phase, which occurs around the age of 11, the student is
already able to formulate hypotheses about social facts and is already more
critical about the contents studied.
• High school, the final phase of basic education, comprises students aged 15 to
17 years, on average.
• High School is a period in which students are very challenging and very much
attached to technology.
• Reading is one of the first conditions for the achievement of citizenship and, in
the case of reading in a foreign language, to improve this achievement.
• It’s important that readings are based on what the student already knows.
• Currently, the foreign language within the “EJA” (Youth and Adult Education)
has played a fundamental role, since it provides the opportunity to have contact
with the culture and with the most advanced technological studies.
• The learning of the English language is of great value for the insertion in the job
market.
• For adults seeking training, contact with the foreign language provides greater
criticality and reading awareness.
• The role of the teacher in the education of young people and adults is
fundamental, because he must ensure that his students get together a meaning
for the lessons.
181
AUTOATIVIDADE
( ) Ensinar língua inglesa para adolescentes é mais fácil do que ensinar língua
inglesa para crianças.
( ) Os adolescentes requerem preparo por parte do professor, pois são mais
críticos em relação ao aprendizado.
( ) Os textos selecionados para a leitura com adolescentes devem fazer
correspondência com o cotidiano deles.
( ) Trabalhar com textos é sempre interessante, independentemente do
conteúdo abordado.
a) ( ) O trabalho com textos para adolescentes deve ser muito difícil, pois
como eles são críticos, é necessário dificultar o processo.
b) ( ) Não é aconselhável trabalhar com textos no Ensino Médio, pois eles
devem aprender somente a comunicação.
c) ( ) A leitura com adolescentes deve ser uma atividade atrativa, pois eles são
uma geração digital. Caso o texto não seja atrativo, eles perdem o interesse.
d) ( ) A leitura digital deve ser a única alternativa usada com o aluno do
Ensino Médio, pois o suporte não digital faz com que ele perca o interesse.
I- Educação Infantil
II- Ensino Fundamental II
III- Ensino Médio
IV- Educação de Jovens e Adultos
182
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) II – IV – I – III.
b) ( ) I – II – III – IV.
c) ( ) III – IV – II – I.
d) ( ) IV – III – I – II.
183
184
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Nesta etapa do nosso livro, abordaremos um pouco mais sobre o uso
das tecnologias. É de suma importância que o professor tenha consciência de
que a tecnologia é um recurso cada vez mais presente na vida dos estudantes.
Isto faz com que possamos usar a tecnologia como uma grande aliada às aulas,
especialmente de língua estrangeira.
2 A ERA DA TRANSIÇÃO
Desde o início da história da leitura, a relação entre texto e leitor foi de
plena liberdade, sendo o leitor o responsável pela escolha do texto e do ritmo em
que irá lê-lo. Será mesmo que a liberdade do leitor é absoluta? Não. De acordo
com Chartier (1998), esta liberdade é cercada por limitações que derivam das
capacidades, convenções e hábitos que caracterizam as práticas da leitura.
185
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
Além disso, o autor ainda destaca que sempre há de se considerar que não
há livro sem leitor, portanto, seja o texto em suporte impresso ou digital, a vida
ao texto quem dá é o leitor.
De acordo com Lévy (1993), o termo hipertexto foi criado por Theodore
Nelson em meados de sessenta e o objetivo da palavra era nomear a forma de
leitura e de escrita não linear na informática. Esse vocábulo, hoje amplamente
difundido, relaciona-se à evolução da tecnologia: a interação passou a ser
interatividade. O computador, antes binário, passa a ser interativo.
187
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
188
TÓPICO 3 | A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL NA ERA DIGITAL
Para a educação, isso não é o fim, mas um meio. Utilizar essas novas
tecnologias a favor da educação e fazer com que o aluno crie interesse em aprender
pode ser uma carta na manga para o professor, que além de tornar as aulas mais
atrativas, pode criar condições de aprendizagem reais, utilizando recursos de
conversação simultânea, por exemplo.
189
UNIDADE 3 | O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS ETAPAS
Fischer (1987) afirma que a ferramenta não existe sem o homem, e nem ele
sem as ferramentas, ou seja, ambos são indissolúveis. A inteligência do homem
foi se desenvolvendo e junto com ela suas descobertas. Com o tempo, logo o
homem estava cercado por tecnologias.
A comunicação também fez parte desse processo, e esta foi vital para
que o homem pudesse sobreviver. Desde então, o processo comunicativo vem,
assim como a tecnologia, cada vez se aprimorando mais. A leitura, conforme
já estudamos nos capítulos anteriores, vai muito além de interpretar palavras.
Quando o homem ainda era primitivo, a posição da Lua, o voo dos pássaros, a
direção do vento e a cor das folhas eram leituras necessárias para a sobrevivência.
Solé (1998, p. 86) afirma que é fundamental que “os professores e alunos
saibam diferenciar os gêneros textuais, porque é a partir da estrutura do texto que
percebemos indicadores que nos permitem antecipar as informações”. A partir
da leitura, o homem desenvolve seus pensamentos e mesmo antes de iniciar a
leitura, ele pressupõe que “[...] existe uma oculta verdade da coisa, distinta dos
fenômenos que se manifestam imediatamente” (KOSIK, 1976, p. 13).
190
TÓPICO 3 | A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL NA ERA DIGITAL
E
IMPORTANT
Avaliação
Prezado acadêmico, agora que chegamos ao final da Unidade 3, você deverá fazer a Avaliação
Final, que consiste em dez questões objetivas e duas dissertativas. Leia, estude, esclareça
suas dúvidas, afinal, seu sucesso só depende de você!
191
RESUMO DO TÓPICO 3
• The text continues with its importance, but the reader and the way he behaves
before the text have changed significantly.
• Since the beginning of the reading history, the relationship between text and
reader has been full freedom.
• Formerly, the textual records were made of stones, then the paper appeared.
The typewriter, which replaced the pen, was one of the greatest developments
in writing, followed by the press.
• The main strategy used by the reader, unconsciously, occurs when it comes
in contact with the visual information and it automatically connects to the
information it already has.
192
AUTOATIVIDADE
3 (ENADE, 2017):
193
Taking the cartoon into account, consider the following statements:
I- After a lot of practice, Calvin believes he can join academic world, which
proves that writing is easy.
II- The cartoon indicates teachers’ belief in the clarity of academic writing,
which shows Calvin is ready to join the academy.
III- The cartoon is criticizing academic writing, which shows that Calvin is
ready to join the academy.
IV- Calvin’s book report title shows he managed to use the complex language
required in academic texts.
194
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas. NBR 6022: informação e
documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação.
Rio de Janeiro, 2003.
195
BRINDLEY, G. P. The role of needs analysis in adult ESL programme design.
In: JOHNSON, R.K. The Second Language Curriculum. Cambridge University
Press: 1989.
EISNER, Elliot. O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da
educação? Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, p.5-17, jul./dez. 2008.
196
FERREIRA, S. P. A.; DIAS, M. G. B. B. A escola e o ensino de leitura. Psicologia
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IWATA, T.; MARANHA, F. Se ler pode abrir a mente, com certeza ela muda o
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______. Texto & Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. 8. ed. Campinas, SP:
Pontes, 2002.
197
LARSEN-FREEMAN, D. Techniques and Principles in Language Teaching.
Oxford: Oxford University Press, 2000.
LINDEN, S. V. Para ler o livro ilustrado. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
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SILVA, M. J. M.; SANTOS, A. A. A. A avaliação da compreensão em leitura e o
desempenho acadêmico de universitários. Psicologia em Estudo, v. 9, n. 3, p.
459-467, 2004.
199