W Algebra-Curvas e Superficies de 2a Ordem
W Algebra-Curvas e Superficies de 2a Ordem
W Algebra-Curvas e Superficies de 2a Ordem
Objectivo geral
Objectivos específicos
Definição 1
Onde A,B,C,D,E,F são números reais, sendo que A,B,C não são todos nulos. Pode ocorrer que o
conjunto de pares de números reais (𝑥, 𝑦) que satisfazem a equação (1) seja vazio, como por
exemplo: 𝑥 2 + 𝑦 2 = −1
Definição 2
Uma curva de segunda ordem é um conjunto de pontos cujas coordenadas em relação a base
canónica satisfazem a equação: 𝑎11 𝑥 2 + 2𝑎12 𝑥𝑦 + 𝑎22 𝑦 2 + 2𝑎13 𝑥 + 2𝑎23 𝑦 + 2𝑎33 = 0.
Uma forma quadrática, 𝑄(𝑥,𝑦) = 𝑎11 𝑥 2 + 2𝑎12 𝑥𝑦 + 𝑎22 𝑦 2 , uma forma linear 𝐿(𝑥,𝑦) = 2𝑎13 𝑥 +
2𝑎23 𝑦 e um termo constantes 𝑎33 .
Das definições citadas acima entende-se que curva de segunda ordem é a representação de
coordenadas cartesianas no plano (𝑥, 𝑦), que satisfazem uma equação do segundo grau em duas
variáveis.
Classificação das curvas de segunda ordem (cónicas)
Por poder ser obtida da intersecção de uma superfície cónica com um plano. As cónicas mais
importantes são elipses, hipérboles e parábolas dependendo do cortes as curvas de segunda
ordem classificam-se em:
Elipse;
Circunferência;
Parábola e
Hipérbole.
Elipse
É o lugar geométrico dos pontos de um plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos F1 e
F2 (focos) do mesmo plano é uma constante (2a), onde 2 > d(F1,F2).
𝑑(𝑃, 𝐹1 ) + 𝑑(𝑃, 𝐹2 ) = 2𝑎
Figure 1:Elipse
Elementos da elipse
Da figura (2), nota-se que o eixo maior coincide com o eixo OX.
Seja P(x,y) um ponto da elipse, e os focos com as seguintes coordenadas: F1 (-c;0) e F2 (c;0)
2
(𝑥 + 𝑐)2 + (𝑦)2 = (2𝑎)2 -2× 2𝑎√(𝑥 − 𝑐)2 + 𝑦 2 + (√(𝑥 − 𝑐)2 + (𝑦)2 )
𝑎2 𝑥 2 − 2𝑐𝑥𝑎2 + 𝑎2 𝑐 2 + 𝑎2 𝑦 2 + 2𝑐𝑥𝑎2 − 𝑎2 𝑥 2 = 𝑎4
𝑎2 𝑥 2 + 𝑎2 𝑦 2 − 𝑐 2 𝑥 2 = 𝑎4 − 𝑎2 𝑐 2
𝑥 2 (𝑎2 − 𝑐 2 ) + 𝑎2 𝑦 2 = 𝑎2 (𝑎2 − 𝑐 2 )
𝑥 2 𝑏 2 + 𝑎2 𝑦 2 = 𝑎2 𝑏 2
𝒙𝟐 𝒚𝟐
𝟐
+ = 𝟏, onde (𝐚 ≥ 𝐛 > 𝟎).
𝒂 𝒃𝟐
De forma análoga, demonstra-se que para um ponto P(x,y) pertencente á elipse quando o eixo
maior coincide com o eixo OY com focos sobre o eixo OY.
𝒙𝟐 𝒚𝟐
𝟐
+ = 𝟏, onde (𝐚 ≥ 𝐛 > 𝟎).
𝒃 𝒂𝟐
A equação canónica da elipse não centrada na origem com focos sobre o eixo OX
Substituindo as igualidades tem-se a forma canónica da elipse transladada em relação aos eixos:
(𝒙−𝒙𝟎 )𝟐 (𝒚−𝒚𝟎 )𝟐
+ = 𝟏, onde (𝐚 ≥ 𝐛 > 𝟎).
𝒂𝟐 𝒃𝟐
A equação canónica da elipse não centrada na origem sobre o eixo OY.
De forma análoga, demonstra-se que para um ponto P(x,y), pertencente á elipse quando o eixo
maior coincide com o eixo OY com focos sobre o eixo OY.
(𝒙−𝒙𝟎 )𝟐 (𝒚−𝒚𝟎 )𝟐
+ = 𝟏, onde (𝐚 ≥ 𝐛 > 𝟎).
𝒃𝟐 𝒂𝟐
Hipérbole
É o lugar geométrico dos pontos de um plano tais que o valor de suas distâncias a dois pontos
fixos F1 e F2 (focos), do mesmo plano, é uma constante (2a), onde 2a< d(F1 ,F2). A hipérbole é
uma curva com dois ramos e o valor absoluto pode ser desconsiderado desde que adoptemos a
diferença entre a maior e a menor distância.
𝒅(𝑷, 𝑭𝟏 ) − 𝒅(𝑷, 𝑭𝟐 ) = 𝟐𝒂
Figure 5:Hipérbole
Da figura (2), nota-se que o eixo real coincide com o eixo OX.
𝒙𝟐 𝒚𝟐
− = 𝟏,com 𝒂 = 𝒃, 𝒂 > 𝒃 ou 𝒂 < 𝒃
𝒂𝟐 𝒃𝟐
Assim tem-se a equação canónica (reduzida ou padrão) da hipérbole de centro na origem e eixo
real sobre o eixo OX.
De forma análoga, demonstra-se que para um ponto P(x,y) pertencente á hipérbole quando o eixo
real coincide com o eixo OY.
𝒚𝟐 𝒙𝟐
𝟐
− = 𝟏,com 𝒂 = 𝒃, 𝒂 > 𝒃 ou 𝒂 < 𝒃.
𝒂 𝒃𝟐
Enfatizar que na elipse sempre (𝑎 > 𝑏) enquanto que na hipérbole pode-se ter:
𝑎 = 𝑏, 𝑎 > 𝑏 ou 𝑎 < 𝑏.
Assimptotas da Hipérbole
As assimptotas são guias para traçar o gráfico da hipérbole, e pode ser feito traçando o
rectângulo e as rectas que contem as diagonais ou (assimptotas). O ramo de cada hipérbole tem
vértice tangente ao lado do rectângulo e a curva abre-se tentendo para as assímptotas.
𝑦 ′ = 𝑦 − 𝑦0
(𝒙−𝒙𝟎 )𝟐 (𝒚−𝒚𝟎 )𝟐
− = 𝟏, onde (𝐚 ≥ 𝐛 > 𝟎).
𝒂𝟐 𝒃𝟐
(𝒚−𝒚𝟎 )𝟐 (𝒙−𝒙𝟎 )𝟐
− = 𝟏, onde (𝐚 ≥ 𝐛 > 𝟎).
𝒂𝟐 𝒃𝟐
Da equação (2), e fazendo (a = b), reduz-se á equação da circunferência que será dada por:
Graficamente temos:
Parábola
Hipérbole
x2 y2
− b2 = 1, onde (a ≥ b > 0).
a2
Graficamente temos:
Além das cónicas comuns: circunferências, elipses, parábolas e hipérboles, podemos ter formas
degeneradas desses tipos de cónicas.
Voltando à figura 2.2 da intersecção de planos com um cone, podemos ver das
figuras a seguir que:
Ponto (elipse degenerada): é a intersecção do cone com um plano que é oblíquo ao seu eixo e
não paralelo a nenhuma de suas geratrizes, passando pelo seu vértice.
Recta (parábola degenerada): é a intersecção do cone com um plano que é paralelo a uma de
suas geratrizes e passa pelo seu vértice.
Par de rectas (hipérbole degenerada): é a intersecção do cone com um plano que contém o seu
eixo.