Curso de Sacerdócio de Umbanda Sagrada
Curso de Sacerdócio de Umbanda Sagrada
Curso de Sacerdócio de Umbanda Sagrada
Programa do Curso:
1. Apresentação, programa, o que se espera do curso de sacerdócio?
2. Quem é o Sacerdote de Umbanda? Quais as qualidades, atributos e atribuições de um
“sacerdote”? O que é Sacerdócio perante a Lei e a sociedade? Preparo sacerdotal, sacerdócio
natural, sacerdócio vertical, sacerdócio horizontal, investidura sacerdotal na Umbanda.
Sacerdote e sacerdócio.
3. O Sacerdócio tradicional na Umbanda. O Sacerdócio em outras tradições religiosas. O
homem e o sacerdote, não confunda.
4. Chamada dos Caboclos de cada médium/aluno participante do curso, para que
confirme a presença dos guias deste médium no sacerdócio, dando seu OK ao curso e ao
médium.
5. O que é Ética? Ética, Carisma e Poder na Umbanda e no Sacerdócio Umbandista.
6. Relação entre sacerdote, médiuns e guias. Guias X guias; guias X médiuns; médiuns X
médiuns.
7. Desenvolvimento mediúnico, o que o sacerdote deve saber ou não sobre seus médiuns e
seu desenvolvimento.
8. Preparação do espaço sagrado, Imantação, Cruzamento e Consagração do Templo de
Umbanda, também conhecido como Tenda, Centro, Terreiro, Núcleo, Tupã-oca, etc. O
isolamento de um Templo Umbandista.
9. Firmezas e Assentamentos de Forças e Poderes, Guias e Orixás. O Altar e a Tronqueira.
10. Batizado – teórico e prático; Casamento – teórico e prático ou simulação, Funeral –
teórico apenas.
11. Desobsessão e Corte de Demandas, tratamento e encaminhamento de eguns, kiumbas
e sofredores.
12. O auto-conhecimento e a meditação como ferramentas sacerdotais no campo mental
e mediúnico.
13. Firmeza da Esquerda e da Direita de um médium. O triângulo de forças.
14. Trabalho prático com Exus e Pombagiras de Trabalho.
15. Apresentação e incorporação dos Exus Guardiões e Pomba Gira Guardiãs de cada
médium.
16. Identificação do Orixá de Frente e Adjunto.
17. Chamada e incorporação (apresentação mediúnica) dos 14 Orixás:
Oxalá, Oxum, Oxossi, Xangô, Ogum, Obaluayê, Iemanjá, Logunan (Oyá-tempo), Oxumaré,
Obá, Iansã, Egunitá, Nana Buroquê e Omulu.
18. Apresentação e incorporação dos 14 guardiões e guardiãs à esquerda dos Orixás,
incorporação de 14 linhas de exus e Pomba Giras correspondentes aos 14 Orixás, que estão
ligados aos médiuns.
19. Chamada e incorporação de 14 linhas de caboclos (as) individuais de cada médium,
ligados aos 14 Orixás.
20. Iniciação na Magia de Pemba, consagração com a mão de pemba, consagração das
pembas da direita e da esquerda. Aulas práticas e teóricas sobre a Magia de Pemba na
Umbanda.
21. Apresentação das linhas de trabalho: Caboclos, Pretos-velhos, Crianças, Baianos,
Marinheiros, Boiadeiros, Ciganos, Linha do Oriente, Caboclo Quimbandeiro, Preto-velho
Quimbandeiro, Cangaceiros, Piratas, Malandros, Mestres, Exus, Pomba-gira e Exu-mirim.
22. Organização religiosa e jurídica do templo de Umbanda.
23. Trabalhos Práticos de atendimento (Gira ou sessão de Umbanda).
24. Liderança Sacerdotal, métodos e posturas; debates e reflexões.
25. Consagração Final, Juramento, Formatura e entrega de certificados.
Como se prepara um Sacerdote?
Mais do que oferendas, a preparação deve ser interna
Por: Alexandre Cumino
CATEGORIA TEOLOGIA
O primeiro Sacerdote de Umbanda foi Zélio de Moraes, mas a pergunta é: como ele foi
preparado para sua missão? No caso de Pai Zélio, ele já nasceu com esta missão, então recebeu um
preparo antes de encarnar, mas este preparo pré-encarnatório, que consiste de fato na missão
sacerdotal, não descarta o preparo pelo qual passamos aqui neste mundo. O que podemos dizer é
que Zélio foi preparado de forma direta por seus guias e mentores, e foi preparado pelo Caboclo das
Sete Encruzilhadas e Pai Antônio. E, da forma como ele foi preparado, passou a preparar outros
médiuns.
Zélio de Moraes fazia desenvolvimento mediúnico e identificava aqueles que tinham a missão
de comandar uma Tenda de Umbanda. Ao longo dos anos e das atividades mediúnicas, o médium ia
naturalmente sendo preparado para sua missão. O trabalho de Zélio sempre foi muito simples,
como é até os dias de hoje na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. As necessidades mediúnicas
da missão de cada um são supridas de forma direta com um contato pessoal e individual com os
Guias que comandam aquela casa.
Dos rituais realizados por Pai Zélio, o que mais chama a atenção é o trabalho de amaci, feito
anualmente na Tenda e que evidencia o quanto esta ritualística pertence à Umbanda, assim
como a defumação, banhos de ervas e oferendas. Fora este preparo sacerdotal bem pessoal e
individual, temos o preparo sacerdotal desenvolvido por grandes Terreiros e Federações, com
métodos e doutrina própria.
Muitas Federações e Templos adotaram linguagem e procedimentos do Candomblé, colocando
como se fosse de Umbanda alguns rituais de origem Nagô-Yorubá, Gêge, Angola ou Congo. Assim,
surgem “feituras sacerdotais” de Umbanda com camarinha, bori, recolhimento e obrigações nos
moldes do Culto de Nação.
Alguns segmentos de Umbanda adotam as obrigações do Candomblé, em que o médium só
será visto como sacerdote se tiver realizado as obrigações de um ano, três e sete anos, para depois
fazer obrigação de quatorze e vinte e um anos. Isso confunde um pouco a cabeça dos umbandistas.
Pai Ronaldo Linares, por sua vez, prepara os sacerdotes por meio de seu curso de sacerdócio,
com uma grande carga teórica, mesclada com práticas na natureza que consistem de oferendas e
apresentações aos Orixás nos seus pontos de força, chamadas por ele de obrigações. Pai Ronaldo
afirma que a palavra obrigação para ele não tem o mesmo contexto do Candomblé e que é algo que o
médium se obriga a realizar.
Outros segmentos, como o Primado de Umbanda, fazem a coroa dos filhos por meio de um
ritual precedido dedoutrina, oferendas e obrigações, terminando com a coroação deste médium.
Rubens Saraceni, com o amparo da espiritualidade, recebeu toda uma metodologia de preparo
sacerdotal para preparar novos sacerdotes em que eles recebem toda uma carga teórica
doutrinária e teológica para depois passar pela apresentação e iniciação nos mistérios dos
quatorze orixás e demais linhas de trabalho à direita e à esquerda, realizado no Templo.
O que podemos dizer é que existem muitas formas de se preparar um sacerdote, mas nenhuma
prescinde damissão sacerdotal, recebida de forma direta da espiritualidade. Perante a
espiritualidade, para ser um sacerdote de fato, deve haver esta missão.
Todos concordam que um sacerdote de Umbanda deve realizar suas oferendas na natureza
para os Orixás que são por ele cultuados, e isso pode ser chamado de obrigação ou apenas de
oferenda, apresentação e iniciação.
O sacerdote deve ser um médium que alcançou a maturidade mediúnica, conhecendo quem
são seus Guias de trabalho, identificando o Guia chefe, o Mentor e o Guia de frente. Este sacerdote
também conhece seu campo de atuação e a regência de Orixás que lhe amparam, identificando
no mínimo quem são seus pais de cabeça: Orixá de Frente e de Juntó. Como isto é feito não importa
muito.
Cada segmento desenvolve seu método para chegar ao mesmo objetivo. Assim, temos algumas
escolas ou colégios sacerdotais dentro da Umbanda que já, há algumas décadas, vêm desenvolvendo
um bom trabalho neste campo. Existe sim muita discussão em torno de qual método é o melhor ou
quais obrigações um sacerdote deve fazer, questionando se foi bem preparado ou não. Esta é mesmo
uma discussão vazia e sem propósito. A única coisa que vai dizer se este sacerdote foi bem
preparado é o resultado de seu trabalho. Quando lhe questionarem quais obrigações foram feitas
ou por qual ritual você passou, lembre-se de Zélio de Moraes e de que a Umbanda é simples, muito
simples.
O que mais se espera de um sacerdote é que tenha alcançado uma maturidade mediúnica e
religiosa. Pelo fato de a Umbanda ser uma religião que cultua as forças da natureza, é fundamental e
indispensável que o sacerdote tenha esta ligação com a natureza e os Orixás, e a forma mais simples
de criar este vínculo é por meio dos cultos e oferendas na natureza. Não são as obrigações, coroação,
feitura ou as iniciações que fazem de você um sacerdote, mas é claro que estes rituais são
fundamentais para lhe conferir maiores recursos junto à espiritualidade e aos Orixás, além de lhe
ajudarem a se tornar mais confiante, consciente, seguro e preparado. Por isso tudo e muito mais é
que podemos dizer que um curso não faz um sacerdote, no entanto um sacerdote que estuda e se
prepara tem muito mais a oferecer para sua comunidade.
Existem muitas formas de se preparar um sacerdote de Umbanda, mas de nada adianta todo
um preparo se não houver uma consciência da missão. De nada adianta realizar oferendas e
obrigações, cumprindo todos os passos do ritual, em toda sua complexidade e preceitos, se antes
este sacerdote não houver oferendado a si mesmo como instrumento dos Orixás. De nada adianta
realizar coroações e evocar uma tradição se não houver, debaixo desta coroa, uma mente sincera e
reta entre seus sentimentos, pensamentos, palavras e ações. É pura ilusão buscar um título de
sacerdote sem antes mergulhar no caminho do autoconhecimento. É mentira dizer ou acreditar que
vai ajudar os outros, fazer a “caridade”, se antes não consegue ajudar a si mesmo e aos mais
próximos como sua mulher, marido, filhos, netos, pais e avós.
Não existe uma preparação sacerdotal fria e técnica quando o objetivo maior é, e sempre será,
compreender o ser humano em sua complexidade, o que só é possível por meio de amor e
sabedoria. Portanto, antes de se preocupar com técnicas, investidura sacerdotal, coroação,
obrigação, iniciações, apresentações e títulos, procure tornar-se um templo vivo para a
espiritualidade; procure o contato direto e reto com seus Guias e Mestres pessoais no Astral e
procure ser antes de tudo sacerdote de si mesmo.
O Sacerdote de Umbanda e o Sacerdócio Umbandista
Por: Rubens Saraceni
Observando a forma como surgem os Centros de Umbanda e conversando com muitas pessoas
que dirigem seus Centros, cheguei a algumas conclusões aqui expostas e que, espero, não despertem
reações negativas, mas sim levem todos à reflexão. Só isto é o que desejo e nada mais.
Todos os dirigentes com os quais conversei foram unânimes em vários pontos:
a) foram solicitados pelos seus Guias espirituais para que abrissem suas Casas;
b) todos relutaram em assumir responsabilidade tão grande;
c) todos, de início, se sentiam inseguros e não se achavam preparados para tanto;
d) todos só assumiram missão tão espinhosa após seus Guias afiançarem-lhes que tinham
essa missão e que teriam todo o apoio do Astral para levá-la adiante e ajudarem muitas
pessoas;
e) todos sentiam então que lhes faltava uma preparação adequada para poderem
fazer um bom trabalho como dirigente espiritual;
f) todos confiavam nos seus Guias espirituais e no magnífico trabalho que eles realizavam
em benefício das pessoas;
g) todos, sem exceção, só levaram adiante tal missão porque acreditaram nos seus Guias;
h) todos se sentem gratos aos seus Guias por tê-los instruído quando pouco ou quase nada
sabiam sobre tantas coisas que compõem o exercício da mediunidade e sobre sua missão de
dirigir uma Tenda de Umbanda;
i) mas todos ainda acham que há algo a ser aprendido e acrescentado ao seu trabalho,
mesmo já tendo muitos anos de atividade como dirigente e de já haver formado médiuns que
hoje também já montaram e dirigem suas próprias Casas;
j) e todos acreditam que sempre é tempo de aprender um pouco mais e não têm
vergonha de ouvir o que outros dirigentes têm a dizer;
Bem, só com essas observações acima já temos um retrato fiel dos dirigentes umbandistas,
e posso afirmar com convicção algumas conclusões a que cheguei:
a) na Umbanda o sacerdócio é uma missão;
b) o sacerdote de Umbanda (a pessoa que deve dirigir um Centro e comandar os trabalhos
espirituais) não é feito por ninguém; ele já traz desde seu nascimento essa missão;
c) o sacerdote de Umbanda invariavelmente é escolhido pela espiritualidade;
d) só consegue dirigir uma Tenda quem traz essa missão, pois esta também é dos Guias
espirituais;
e) mesmo não se sentindo preparado para tão digno trabalho, no entanto, a maioria crê
nos seus Guias e leva adiante sua incumbência;
f) mesmo não sabendo muito sobre como dirigir uma Tenda, os Guias suprem essa nossa
deficiência e vão nos ensinando coisas muito práticas que, com o passar dos anos, se tornam um
riquíssimo aprendizado;
g) todos gostariam de se preparar melhor para o exercício sacerdotal, ainda que já
sejam ótimos dirigentes espirituais;
h) todos lêem muito sobre a Umbanda e procuram nas leituras informações que os
auxiliem no seu sacerdócio;
i) muitos fazem vários cursos holísticos para expandirem seus horizontes e a compreensão
do que lhe foi reservado pela espiritualidade;
j) todos gostariam de ter alguém (uma escola, uma federação, uma pessoa) que pudesse
responder certas dúvidas que vão surgindo no decorrer do exercício da sua missão;
Bem, o que deduzi é que ninguém faz um dirigente espiritual porque só o é ou só o será quem
receber essa missão dos seus Guias espirituais. Mas, se assim é na Umbanda, no entanto o exercício
do sacerdócio pode ser organizado, graduado e direcionado por uma “escola”, e isto facilita muito
porque traz confiança e orientações fundamentais ao dirigente espiritual.
Devíamos ter na Umbanda mais escolas preparatórias tradicionais que auxiliassem as pessoas
que trazem essa missão, tornando mais fácil as coisas para elas. E, lamentavelmente, além de só
termos alguns cursos voltados para esse campo, ainda assim quem ousou montá-los é
injustamente acusado de charlatão, embusteiro, aproveitador e outros termos pejorativos.
Eu mesmo, só porque montei um “Colégio” sob orientação espiritual e só porque psicografei
algumas dezenas de livros de Umbanda (muitos ainda não publicados) já sofri todo tipo de
discriminação, de calúnia, de ofensas e de acusações que espero que cessem, pois os umbandistas
acabarão por entender que todas as religiões têm escolas preparatórias dos seus sacerdotes.
Só assim, com todos aprendendo as mesmas diretrizes e doutrina umbandista, a nossa religião
conseguirá organizar-se e expurgar do seu meio os espertalhões que têm feito coisas condenáveis e
cujos atos têm refletido negativamente sobre o trabalho sério de todos os verdadeiros umbandistas.
Com investimento de R$ 38,00 a R$ 40,00, já é possível ter acesso a uma formação
Teológica Específica (Umbanda Sagrada), ser Sacerdote de Umbanda ou ter formação
Doutrinária Umbandista.
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Em defesa do estudo do conhecimento da Religião de Umbanda
O que motivou este texto foi uma onda de criticas que tenho visto sobre os cursos.
Antes gostaria de dizer que não há como criticar o que não se conhece, o mínimo que se espera
para dar uma opinião sobre algo é conhecer o “objeto” ao qual se quer “abordar”.
Podemos dizer que temos várias maneiras de identificar grupos e subgrupos dentro da
umbanda, hoje se fala inclusive em escolas de umbanda, o que é uma realidade, como grupos que
tem uma certa ideologia e linha de raciocínio sobre a umbanda.
Também podemos identificar dois grandes grupos dentro da Umbanda:
Um grupo que acredita no estudo umbandista e outro que não acredita no estudo.
Para muitos o estudo na forma de curso é novidade, já que hoje tivemos uma grande
popularização do conhecimento umbandista em forma de curso.
Poucos sabem que há muitos anos já existem cursos voltados para a Umbanda e o precursor
deste modelo é Pai Ronaldo Linares, que ao meu ver é um exemplo de Umbandista para todos nós,
homem sério, integro, de moral ilibada, humilde, acessível, atencioso, estudioso e um dos que mais
trabalhou em prol da Umbanda no Brasil e mais especificamente em nosso estado. Haja visto o
Santuário Nacional da Umbanda (www.santuariodeumbanda.com.br) mantido por ele e por sua
Federação FUGABC, também exemplos de trabalho pela Umbanda e para Umbanda.
Rubens Saraceni é filho de Pai Ronaldo e mantém o maior fluxo de Umbandistas em cursos
regulares, seja de Desenvolvimento Mediúnico, Teologia e Sacerdócio ou Magia Divina. O numero de
estudantes chama a atenção, mas se muitos o procuram é porque algo se encontra ou é passado
através dele que agrade ou ajude de alguma forma as pessoas. Não é só isso, Rubens Saraceni
preparou e prepara muitos e muitos (centenas) de ministrantes dos cursos acima citados, o que
criou algo que eu chamo de popularização do conhecimento que antes era fechado e restrito para
poucos, por vários motivos. Eu mesmo me preparei com o Rubens, assim como tantos outros, e com
ele continuo me preparando já que temos a vida inteira para aprender, muitos dos meus alunos já
ministram cursos também, a maioria dos que ministram cursos já tinham experiência anterior com
a Umbanda e quando não até vem de famílias Umbandistas.
Posso dizer ainda que quando conheci o Rubens também estava procurando respostas
enquanto umbandista praticante e na época já havia encontrado alguns “sacerdotes” que mais nos
confundiam e confundem por pregar e escrever uma coisa e praticar outra e por tantas literaturas
desencontradas. Também tive minhas decepções até encontrar este irmão, o Rubens, que nos
esclareceu ainda em particular e na época em pequenos grupos. Foram os mentores dele, Pai
Benedito de Aruanda, Pai Beira Mar e Pai Sete Espadas que o esclareceu que com o tempo este
conhecimento que vinha sendo passado a um pequeno grupo deveria se expandir para beneficiar
um numero maior de umbandistas. Assim foi colocado pelos guias que o assistem:
“esta é a vontade do astral”, em 1995, e ele não tinha nenhuma pretensão de ser ou se tornar
um líder ou algo parecido dentro da Umbanda, posso falar tudo isso porque acompanhei todo o
processo de perto, o tempo todo o Rubens foi guiado, passo a passo ele consultava o astral e o que
posso dizer é que todos nós que estávamos mais perto deste irmão vibramos muito com esta
oportunidade e nós todos, seus amigos também o incentivamos a ensinar, ensinar e ensinar... aquilo
que tanto nos faz bem que é a Umbanda. Por isso tomo a liberdade de passar o texto abaixo, ainda
faço uma observação que hoje também estudo com Pai Ronaldo Linares, por recomendação do
próprio Rubens Saraceni, Pai Ronaldo aprendeu o que ensina com Pai Zélio de Moraes
“Cavem masmorras ao vicio, Levantem templos as virtudes”
Os Cursos de Umbanda são a única forma de popularizar o conhecimento.
Houve tempo em que nada se ensinava sobre a religião de Umbanda, muitos se justificavam
dizendo que seus ensinamentos são um segredo (eró), o praticante (médium , “cavalo de umbanda”)
permanecia aguardando o momento em que “O Segredo” poderia se abrir a ele. Ao questionar sobre
os ensinamentos ou sobre algum fundamento era comum ouvir a frase: “Você ainda não está pronto
ou ainda não é o momento de você saber sobre isso”.
O fato é que muitos foram preparados (ou “despreparados”) desta forma dentro da Umbanda,
muitos ouviram estas frases a vida inteira e hoje apenas fazem repetir a mesma frase, acompanhada
de um ar de mistério e olhar inquisidor, para os que estão sob a sua orientação (ou “desorientação”).
Conhecemos muitos médiuns que não sabem explicar a relação entre Santos Católicos e Orixás
existente na Umbanda, seja ela de Sincretismo ou de Co-participação no culto a Deus, suas
divindades e seus mensageiros. Outros fazem confusão entre o que é um Orixá como Oxalá e Deus,
que pode ser chamado de Zambi, Tupã, Olorun ou Olodumarê. Confunde-se ainda os conceitos e
dogmas católicos com os fundamentos de Umbanda. Muitos batem cabeça e não sabem porque estão
fazendo isso, sacerdotes que não tem segurança ou não entendem mesmo o porque se realizar
rituais de batizado, casamento e encomenda fúnebre. Confunde-se Umbanda, Candomblé e
Espiritismo (Kardecismo). Encontram-se ainda perdidos sem saber como se classificam ou se devem
se classificar como Umbanda Branca, Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda Esotérica,
Umbanda Iniciática, Umbanda Carismática, Umbanda de Raiz, Umbanda Omololô, Umbanda de
Caboclo e Umbanda para todos os gostos.
O primeiro curso aberto para formação de Sacerdotes de Umbanda é o tradicional curso da
Federação Umbandista do Grade ABC, ministrado por Pai Ronaldo Linares desde a década de 70 e
que hoje está na 25ª Turma (25° Barco), nos conta pai Ronaldo que convivendo com Zélio de Moraes
(Fundador da Umbanda) entendeu que esta era uma vontade dele também, preparar sacerdotes que
possam representar a religião e ainda passar a eles todos um conhecimento uniforme e aberto. Este
é um curso ministrado com uma aula mensal que costuma ser o primeiro sábado de cada mês.
Pai Jamil Rachid também mantém na União de Tendas de Umbanda e Candomblé os cursos de
Batizado, Casamento e Funeral, aberto aos que venham a se interessar e ministrado também de final
de semana, pois assim facilita aos que venham de longe para estudar e se preparar parta os rituais
de Umbanda.
Muitos outros também ministram cursos de Umbanda baseados em seus conhecimentos como
o irmão Waldir Persona da Frecab, a maioria das Federações mantém cursos para seus filiados.
Apesar da Umbanda ser uma religião aberta, muitos umbandistas sofreram influencias do
ocultismo e esoterismo europeu, que zela pelo segredo, entraram assim na umbanda também em
alguns seguimentos um estudo considerado fechado ou ainda o conceito de ocultar os
ensinamentos. Muitos também ocultaram os conhecimentos por pressão da sociedade, pela
repressão e preconceito que a Umbanda sofreu, muitos não apenas ocultaram sua identidade de
umbandista como também toda e qualquer informação sobre ela.
Aos primeiros podemos dizer que segredo só é segredo quando apenas um o conhece, de outra
forma é noticia, assim nos mostra os livros que foram publicados sobre umbanda ao longo dos
tempos, inclusive de autores que beberam em fontes que não tinham interesse de publicá-las, mas
logo aparece um espertinho, absorve “o segredo alheio” e publica, nem sempre citando a fonte de
origem.
Ao segundo grupo precisamos lembrar que não há motivos para nos esconder ou esconder
nossa religião, temos que assumir “O Orgulho de ser Umbandista”.
Os tradicionalistas acostumados com “O Segredo” ainda pensam que:
“São muitos os chamados e poucos os escolhidos”
Sendo assim quanto menos Umbandistas melhor, “sou um dos poucos”, quanto menos
umbandistas esclarecidos melhor, “sou um dos raros a ter informação sobre a umbanda”...
Triste realidade, convivemos ainda hoje com um terceiro grupo que até ontem pregavam “o
segredo”, hoje querem ensinar e não sabem para quem, mas de qualquer forma pregam que “todos
são iguais, mas só nós temos a verdade”, criticam a tudo e a todos e se dizem universalistas.
Mas a grande maioria está sedenta de conhecimento, pois “o saber é luz e a ignorância é
trevas”.
Por tudo isso devemos estudar Umbanda, estamos na era da informação, a nova geração não
aceita mais respostas redundantes, a fuga ou o esconder-se atrás de frases, “caras e bocas”. Não
sabemos o que é pior a soberbia ou a falsa modéstia, de qualquer forma a soberba atrai os soberbos
e a falsa modéstia é algo que mais dia menos dia cai por terra.
“Estudar é preciso” e é urgente em nossa religião, tanto para popularizar o conhecimento
quanto para termos Umbandistas melhor preparados para estes novos tempos, onde uma criança
entra na internet e em alguns dias de pesquisa pode se mostrar mais informada que você ou eu em
qualquer assunto, no entanto faltará a esta criança a experiência, a maturidade e ou O Bom Senso.
Portanto podemos e devemos preparar melhores médiuns, com cursos, sim senhor!
No entanto não temos como evitar que um médium que tenha estudado e até se dedicado faça
alguma besteira, pois isto é do ser humano, mas ainda assim aquele que estuda tem menos chance
de errar.
Outros ainda dizem que os cursos ou o conhecimento podem interferir durante os trabalhos
mediúnicos, mas não pararam para pensar que quem se permite interferir com o conhecimento
também se permitirá interferir com a ignorância, portanto o risco de interferir com novas
informações é idêntico as interferências com velhas informações e distorcidas informações.
Nada justifica a ignorância com os fundamentos de sua religião, nada justifica o não estudar,
nada justifica esta paralisia mental e até espiritual, pois espíritos evoluem e estudam ou alguém
pensa que caboclo e preto velho nunca estudaram para fazerem o que fazem e receitarem o que
receitam.
“_ Há, mas é o meu guia que tem que saber da coisas (de umbanda) eu não preciso saber de
nada”
Esta é uma verdade parcial, pois mesmo que não se tenha nenhuma informação, mas uma boa
incorporação os guias realizam um bom trabalho. Mesmo no mais “ignorante” um sábio pode se
manifestar, desde que tenham afinidades de objetivo, que pode ser o objetivo de ajudar ao próximo.
Neste caso temos a umbanda como um fenômeno que “eu não sei de nada”, mas para tê-la como
religião precisamos estudar e muito.
Muitos se perguntam o que pensam os guias sobre tudo isso?
Em torno de 1995 mentores “de umbanda” e “da Umbanda” manifestaram ao médium Rubens
Saraceni a necessidade de ir de encontro a estas necessidades, Rubens já vinha recebendo
informações deles pela psicografia a muitos anos, juntando dezenas e dezenas de livros que vinham
sendo publicados. Ele mesmo já tinha feito o curso de Sacerdócio na FUGABC com seu Pai Ronaldo
Linares e agora recebia uma missão popularizar o conhecimento aberto e irrestrito a todos que
quisessem estudar sobre a umbanda. Explicam os mentores que Umbanda não tem nada a esconder,
precisamos multiplicar os ensinamentos e o conhecimento, nada seria segredo tudo seria revelado,
explicado e fundamentado.
O que aconteceu é que surgiu então o curso de Teologia de Umbanda Sagrada o primeiro curso
aberto desta forma e com esta proposta.
12 anos depois é um fato o quanto este curso vem ajudando aos Umbandistas.
Também foi por iniciativa do astral que o Rubens abriu o curso de Magia do Fogo, seguido de
outras Magias (hoje já foram abertas 14 Magias), Sacerdócio Umbandista e Desenvolvimento
Mediúnico.
Este é o nosso mundo, esta é a nossa realidade, quando queremos conhecer e nos preparar
para algo, nos dedicamos, estudamos, lemos bons livros e procuramos cursos que nos instruam.
Para nos instruir procuramos a quem melhor possa fazê-lo, algumas pessoas dedicam boa parte da
suas vidas a ensinar o que sabem, a nós resta ir de encontro a estas pessoas.
Já diz um adágio popular que: “Quando o discípulo está pronto o mestre aparece” também
podemos dizer que “Quando o Mestre está pronto muitos discípulos aparecem” como ensiná-los
sem cair no risco de escolher uns poucos e dispensar ou outros? Afinal quem são os escolhidos? Eu
digo: “Todos são chamados e escolhidos são os que se dedicam”. Pois os cursos estão abertos a todos
que se dedicam, venham todos estudar, estudem de tudo que puderem, desde Doutrina Umbandista,
Manipulação de Ervas, Magia, Teologia, Sacerdócio até o que conseguirem dentro e fora da
Umbanda, usemos nosso bom senso, a ética e um bom filtro.
Que cada um de nós avalie o que é bom, mas que avalie estudando, pois como avaliar o que não
se conhece?
Muitos de nós nos perguntamos o que fazer pela umbanda e para a umbanda além de nossos
trabalhos no terreiro, o que fazer pela umbanda enquanto religião?
Eu digo que primeiro devemos fazer por nós, enquanto umbandistas, devemos estudar e nos
esclarecer para sermos formadores de opinião sobre nossa religião. Depois devemos sim nos
esforçar em esclarecer o que é Umbanda, multiplicar as informações sobre Umbanda.
Portanto Estudar Umbanda é um começo, um meio e um destino.
Cursos de Umbanda são essenciais, pois o estudo dentro do terreiro é fundamental para a
evolução daquela casa, mas os estudos fora do terreiro são fundamentais a evolução e futuro da
religião. Estudo aberto, que fale de fundamentos de forma simples e que explique o trabalho que já
fazemos, não precisamos mudar nosso trabalho mediúnico espiritual, apenas entender melhor o que
é a Religião de Umbanda, entender melhor o que estamos fazendo aqui, qual o nosso papel.
PS.: A grande reclamação dos umbandistas é que não tinha estudo, esclarecimento e nem
abertura de diálogo sobre suas práticas e fundamentos.
Estudo nunca é demais...
“Estudem... Estudem... Estudem... UMBANDA!!!”
Alexandre Cumino
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