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Relatório Micologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA.

CENTRO DE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE.

AULA PRÁTICA DE CULTIVO E ISOLAMENTO DE FUNGOS


PROVENIENTES DE AMBIENTE NATURAL

GEOVANE FERREIRA DA SILVA


JHEDAYNE LEAL
CLARENCE
JUDGEFFERSON
VITOR

SÃO LUÍS-MA
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA. CENTRO DE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE.

AULA PRÁTICA DE CULTIVO E ISOLAMENTO DE FUNGOS


PROVENIENTES DE AMBIENTE NATURAL

Relatório apresentado à disciplina de


Micologia tendo como requisito a
obtenção da nota relativa à segunda
avaliação.

SÃO LUÍS-MA
1. Introdução
Os fungos são organismos que convivem conosco todos os dias. Estes
organismos são encontrados praticamente em qualquer local do ambiente que
nos cerca, inclusive no ar, onde estruturas reprodutivas, na forma de esporos ou
conídios, estão prontas para, ao cair em um substrato adequado, desenvolver
novas estruturas vegetativas e reprodutivas.
Estes organismos, muitas vezes, nos sãos úteis, decompondo resíduos
orgânicos, causando a decomposição ou a degradação de alimentos, ou mesmo
atacando seres vivos, parasitando-os e, eventualmente, causando a sua morte.
Os fungos são importantes, tanto do ponto de vista ecológico quanto
econômico. Ecologicamente, são considerados os lixeiros do mundo, pois
degradam todo tipo de restos orgânicos, independente da origem,
transformando-os em elementos assimiláveis pelas plantas. Já,
economicamente, tem implicações em várias áreas: Medicina humana e
veterinária, Farmácia, Nutrição, Fitopatologia, Agricultura, Biotecnologia, entre
outras. (Moraes et al., 2010).
Os fungos são organismos heterotróficos unicelulares ou pluricelulares,
estes últimos caracterizados pela formação de estruturas filamentosas, as hifas,
que constituem o micélio. Na fase reprodutiva, o micélio forma estruturas
assexuadas e/ou sexuadas que originam os esporos, principais responsáveis
pela propagação das espécies. Vivendo nos mais diversos ambientes aquáticos
e terrestres, dos trópicos às regiões árticas e antárticas, muitos fungos são tão
pequenos que só podem ser observados ao microscópio, enquanto vários outros
são capazes de formar estruturas visíveis a olho nu e facilmente reconhecíveis
(mofos, bolores, boletos, orelhas-de-pau, dedos-do-diabo, estrelas-da-terra,
ninhos-de-passarinho, cogumelos, etc.). (Maia; Carvalho Junior, 2010).
A classificação mais recente dos fungos “verdadeiros” (stricto sensu),
baseada em estudos filogenéticos e proposta por um grupo representativo de
micologistas especialistas nos diversos grupos (Hibbett et al., 2007), considera
os seguintes filos: Chytridiomycota, Blastocladiomycota, Neocallimastigomycota,
Microsporidia, Glomeromycota, Ascomycota e Basidiomycota. Esses autores
não reconhecem Zygomycota e o separam em quatro subfilos (Mucoromycotina,
Kickxellomycotina, Zoopagomycotina e Entomophthoromycotina). Assim, na
nova classificação do reino dos fungos, são considerados sete filos, 10 subfilos,
35 classes, 12 subclasses e 129 ordens (Hibbet et al., 2007).
O cultivo de fungos pode ter diferentes propósitos, mas em todos eles
um meio de cultura deve suprir as necessidades mínimas para que in vitro se
consiga um ambiente semelhante ao que se encontrava o organismo na
natureza. Os meios de cultura são preparações que contém as fontes
nutricionais necessárias para o crescimento e multiplicação dos organismos.
Levando em consideração que os nutrientes são unidades estruturais e fontes
de energia para a construção e manutenção da estrutura e organização dos
microrganismos, o meio de cultura deve contê-los para que viabilize o seu
crescimento. Os principais nutrientes são: água, fonte de carbono
(principalmente glicose), fonte de nitrogênio, minerais (enxofre e fósforo), fatores
de crescimento (componentes orgânicos que a célula deve conter para crescer,
mas é incapaz de sintetizar. Exemplos: aminoácidos, purina). Um tipo de meio
de cultura frequentemente utilizado em processos de coleta de fungo é o ágar
Sabouraud glicosado. (Moraes et al., 2010).
A coloração é um meio utilizado em laboratórios de Micologia com o
objetivo de visualizar estruturas vegetativas e reprodutivas dos fungos as formas
de leveduras, e realizar testes de viabilidade. Dentre as soluções mais utilizadas
neste processo, tem-se o lacto fenol de azul de algodão, utilizado para diferenciar
as estruturas hialinas dos fungos. (Moraes et al., 2010).

2. OBJETIVO
O presente relatório teve como objetivos principais o isolamento e
identificação fenotípica, através de características macroscópicas e
microscópicas, de fungos filamentosos e leveduras presentes em amostras
coletadas do ambiente.

3. METODOLOGIA
Para a realização da prática foram utilizados os materiais descrito na
tabela abaixo, a aula foi dividas em cinco etapas de execução sendo elas: coleta,
analises macro e microscópica, micro cultivo e isolamento de colônias de fungos.
MATERIAIS UTILIZADOS

Placa de ágar Sabouraud; Lâminas e lamínulas;


Seringa com agulha; Lactofenol azul de algodão.
4 tubos de ensaio; Pinça
Bico de Bunsen Pisseta
Placas de petri Lenço

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Coleta:
Foi disponibilizado uma placa de petri com ágar Sabouraud para realizar
a coleta dos fungos. A coleta foi realizada no prédio do CCBS, e tivemos como
local de coleta um dos ar-condicionado do prédio. A placa foi aberta durante um
minuto depois fechou a mesma e levou para o laboratório. Teve-se como período
de incubação 48 horas na estufa em temperatura variando de 30 a 40 ºC

Análise macroscópica e microscópica:

Foram escolhidas quatro colônias de fungos filamentosos, que cresceram


na placa de Petri com ágar Sabouraud, para serem realizadas as análises.

Para análise macroscópica, utilizou-se uma lista de descrições contidas


no roteiro de aula prática como base.

Para análise microscópica, colocou-se uma gota de lacto fenol azul de


algodão sobre uma lâmina já identificada e em seguida, ao redor do bico de
Bunsen, coletou-se uma pequena quantidade do fungo selecionado com o
auxílio de uma seringa com agulha e depositou-se sobre a lâmina com a
substância. Por fim, a lamínula foi sobreposta a lâmina e levada para observação
no microscópio óptico. Este procedimento foi realizado com os quatro fungos
selecionados.

Isolamento dos fungos em tubos de ensaio:

Ao redor do bico de Bunsen, abriu-se a placa com as colônias fúngicas e


com o auxílio de uma seringa com agulha, coletou-se uma porção do fungo
selecionado e inoculou-o em tubo de ensaio com ágar Sabouraud previamente
identificado. Este procedimento foi realizado com os quatro fungos selecionados.

Micro cultivo

Preparou-se a placa de petri com o lenço, laminas e lamínulas, em


seguida ligou-se o bico de Bunsen, com o auxílio de uma seringa cortou um
pedaço do meio de cultura estéreo e colocou-se em cima da lamina que estava
dentro da placa de petri. Repetiu o procedimento para o preparo de todas as
laminas. Em seguida foi feito a inoculação das amostras dos fungos no meio de
cultura que estava em cima da lamínula. Primeiramente pegou-se um pouco d a
amostra de fungos que estavam isolados dentro do tubo de ensaio e inoculou-
se no pedaço de meio estéreo, em seguida cobriu-se com a lamínula. O
procedimento foi repetido para as quatro amostras de fungos

Isolamento em placas

Primeiramente deixou-se o ambiente adequado para a realização da prática, em


seguida pegou-se todos os materiais necessários para realização da mesma e
colocou-se sobre a bancada.

Em seguida ligou-se o bico de Bunsen, abriu-se o tubo de ensaio que


continha as colônias de fungos isoladas e com o auxílio de uma seringa coletou-
se uma pequena amostra da colônia e injetou-se no meio de cultura estéreo que
estava disposto na placa de petri. As colônias foram dispostas sobre a o meio
em três pontos distintos. Chama- se de técnica dos três pontos. Foi repetido o
mesmo procedimento para todas as amostras de fungos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 – Coleta:

Após o período de incubação, observou-se o crescimento de seis


diferentes colônias fúngicas no interior da placa. No entanto, foram selecionadas
apenas quatro colônias para proceder com as análises. Os fungos foram
identificados como F1, F2, F3 e F4. Assim como mostra as figuras abaixo
4.2 – Análise macroscópica e microscópica:

Para análise macroscópica foram analisadas características no anverso


e reverso da placa, como: textura ou consistência, pigmentação, superfície,
bordas, topografia, cor e aspecto da colônia. Os resultados obtidos foram os
seguintes:

F1: no anverso observou-se uma colônia camurça, com a borda regular e


topografia plana; no reverso notou-se uma textura granulada, mas a cor
permanecia inalterada.

F2: o anverso demonstrava uma colônia verde, aveludada, com a superfície


rugosa, borda radiada e topografia convexa; enquanto no reverso a borda
apresentou-se regular com cor do meio inalterada.

F3: verificou-se que no anverso, a colônia tinha pigmentação branca, aspecto


algodonose e bordas irregulares; já no reverso, as bordas apresentaram-se de
forma irregular, com estrias e coloração esbranquiçada.

F4: no anverso a colônia tinha coloração preta aveludada, com a superfície


fissurada, aspecto opaco e borda regular; o reverso mostrava uma borda definida
com estrias de coloração inalterada.

Isolamento dos fungos em tubos de ensaio:

Este procedimento foi realizado com os quatro fungos selecionados. O


objetivo do isolamento era obter as colônias puras dos fungos coletados para
assim podermos caracterizar qual o tipo de fungos estávamos cultivando com o
isolamento obtivemos os resultados demostrado nas figuras abaixo:
Percebe-se que com o isolamento, obteve-se as colônias de fungos
puras, ou seja, com uma única espécie ou com uma mesma linhagem. Assim
pôde-se facilitar a análise de estruturas reprodutivas no microscópio.

Isolamento em placas

Após preparar as placas de petri com o lenço, laminas e lamínulas, ligou-se o


bico de Bunsen, e com o auxílio da seringa cortou um pedaço do meio de cultura
estéreo e colocando-o em cima da lamina que estava dentro da placa de petri.
Este procedimento tinha como objetivo averiguar se as culturas cultivadas
estavam realmente puras, pois com o crescimento iriámos verificar
fenotipicamente o crescimento da colônia. O procedimento também tinha por
objetivo facilitar a visualização das estruturas reprodutivas dos fungos ao qual
estávamos cultivando. Feito o procedimento obteve-se os seguintes resultados:
Nota-se que o meio de cultura limita o crescimento do fungo, pois o
espaço é reduzido, fazendo assim com que facilite a visualização das estruturas
de reprodução dos fungos e ajudando na sua identificação.

TESTE DOS TRÊS PONTOS

Feito as análises foi feito o teste dos três pontos, o mesmo tem por
objetivo a verificação se as culturas analisadas estavam realmente puras. O
mesmo consiste no isolamento da colônia na placa de petri estéreo distribuído
em três pontos. Feito o procedimento adquiriu-se os seguintes resultados:

Nota-se que as colônias se apresentam puras pois a distribuição das mesmas


ocorreu de forma homogênea.
ANALISES MICROSCÓPICAS
Vitor insere tua parte aqui
Arial 12
Justificado
Espaçamento entre linha 1,Recuo da linha 1,5 tbm

CONCLUSÂO
Fica nítido, portanto, que os fungos desempenham diversas funções,
tanto em meio natural quanto em ambientes antropizados, isso se demonstra
evidente quando alguns fungos servem para a decomposição de compostos
orgânicos (tal processo ocorre de forma natural), já o homem também pode
utilizar tais fungos para a bioremediação de ambientes degradados. Ademais, há
diversos tipos de fungos, com diferentes características, morfologias e funções,
e sabendo disso foi possível realizar em laboratório análises microscópicas de
diferentes grupos de fungos por meios de etapas sistemáticas, onde foi possível
atestar de quais filos os fungos analisados pertenciam. Através dessa prática, foi
possível adquirir o conhecimento básico sobre a diversidade de fungos que estão
no meio ambiente e em praticamente em todos os lugares e perceber, assim o
quão importante é o seu papel na natureza, bem como, para o ser humano.
REFERÊNCIAS
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 12
ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
TRABULSI, Luiz R.; ALTHERTUM Flavio.; Microbiologia. 6 ed. [online].ebook
MORAES, Aurea. et al. Conceitos e métodos para formação de profissionais
em laboratórios de saúde: Volume 4. Rio de Janeiro: EPSJV, 2009.
MAIA, Leonor; CARVALHO JUNIOR, Anibal: Introdução: Fungos do Brasil.
Catálogo de plantas e fungos do Brasil[online]. Rio de Janeiro, v.1, p.43-48,
2010.
Disponível em
Microbiologia: Classificação dos fungos
<http://www.ufjf.br/microbiologia/files/2013/05/Taxonomia-dos-fungos.pdf>
Acesso em 28 de outubro de 2018
Disponível em
Farmacologia clínica: Introdução ao reino fungi
<http://www.uesb.br/eventos/farmacologiaeclinicaif/arquivos/Introducao-ao-
reino-fungi.pdf> Acesso em 28 de outubro de 2018

Disponível em
Biodiversidade: Fungos; principais grupos e aplicações biotecnológicas
<http://www.biodiversidade.pgibt.ibot.sp.gov.br/Web/pdf/Fungos_Ricardo_Silva
_e_Glauciane_Coelho.pdf> Acesso em 28 de outubro de 2018

Disponível em
Terrabrasilis: Taxonomia de criptógmas. Fungos: filo basidiomycota
< http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/taxonomia-de-criptogmas-
fungos-filo-basidiomycota.pdf> Acesso em 28 de outubro de 2018
Disponível em
Terrabrasilis: O filo basidiomycota
< http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/o-filo-basidiomycota.pdf>
Acesso em 28 de outubro de 2018
Disponível em
Moodle: Material Complementar ao livro Sistemática Vegetal I: Fungos
<
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1311301/course/section/972329/Drechsler-
Santos%202015%20material%20did%C3%A1tico%20fungos%20encarte%20E
AD.pdf> Acesso em 28 de outubro de 2018

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