Informática Faculdade Única
Informática Faculdade Única
Informática Faculdade Única
PRÁTICAS DE
INFORMÁTICA NA
EDUCAÇÃO
2
4 INTRODUÇÃO
6 UNIDADE 1 - O que é Tecnologia
7 1.1 - Equipamentos Tecnológicos Aplicados na Educação
SUMÁRIO
15 1.7 - Evolução do Homem diante do computador
33 CONSIDERAÇÕES FINAIS
34 REFERÊNCIAS
3
Este guia traz uma referência impor- Com este material de apoio, você terá
tante a respeito das Práticas da Informá- um direcionamento para a aprendizagem,
tica na Educação. É também um direcio- e esperamos que tenha um bom curso,
namento para o ensino-aprendizagem. fazendo da tecnologia um objeto de apro-
ximação das pessoas, tornando-as ainda
A linguagem da apostila é de fácil
mais humanas.
acesso, procurando atender àqueles
que não têm contato com o computador, Gerson Cuenca & Polyana Ap. R.da Silva
como também aos alunos que possuem
grandes noções, partindo das definições
simples para as mais complexas, de pro-
gramas usuais para os mais avançados.
INTRODUÇÃO
c) Data-Show
Ilustração 2 3
3 - Fonte <http://www.3bscientific.com.br/imagelibrary/
Ilustração 3 U30150_l/instrumentos/U30150_l_retroprojetor-115-v-5060-hz.
jpg>Acesso 08/02/2009
4 - [Do ingl. Stencil] S. m. Brás. Folha de papel recoberta por
Aparelho de baixo custo operacional, substância gelatinosa e gravada ou perfurada por estilete ou
largamente utilizado pelos professores por máquina dactilográfica, de jeito que , ao passar entre um
rolo de tinta e uma folha de papel em branco, nesta reproduz
para produção de materiais do dia-a-dia fielmente as letras ou desenhos traçados. Matriz [pl.:estênceis.
Cf. mimeografa.] AURÉLIO, 2000
8
b) Calculadora Mecânica
Ilustração 5
Ilustração 7
Com o passar do tempo, foi utilizando fer-
ramentas, além das encontradas prontas Criada por Blaise Pascal (1623-1662),
na natureza, tais como pedras e galhos e foi contribui para a primeira calculadora mecâ-
construindo ferramentas para ajudá-los. Na nica, sua principal função era fazer contas
proporção em que sua vida social tornava- de somar e subtrair. Vê se então a sgrandes
-se complexa, assim também, aumentavam possibilidades de ferramentas que pudesse
as modificações das ferramentas. O mais “pensar” com maior rapidez que o homem.
importante utensílio inventado pelo ho- Uma das máquinas que surge merecendo
mem, caminho ao computador, foi o ábaco. destaque é o Tear Programável.
d) Calculador Analítico
O calculador analítico ou computador
analítico, foi criado por Charles Babbage
(1792-1871), possuía a capacidade de somar
até 50 casas decimais, com entrada inspira-
da no tear de Josephi Marie Jaquard. Esse
aparelho teria a capacidade de ler cartões
perfurados contendo, não somente núme-
ros (os dados), mas também a instruções de
o que fazer com os dados.
j) Manchester Mark I
Em 1948, na Inglaterra, surge o primei-
ro protótipo de computador eletrônico de
programa armazenado, chegando a exe-
cutar seu primeiro programa com sucesso
em 21 de julho de 1948, na Universidade
Ilustração 10 12
de Manchester, pela Royal Society Compu-
ting Machine Laboratory, por F.C Williams,
John Macuchly e John Presper Eckert, Tom Kilburn e Max Neuman, logo desper-
em 1946, no Ballistic Research Labora- tando o interesse de outras faculdades
tory, University of Pennsylvania nos EUA, como Cambridge 14.
criaram um computador eletrônico digital
de grande porte que operava no sistema
k) EDSAC - Eletronic Delay Storage
decimal com base dez e não binário, com
Automatic Computer
19000 válvulas e uma potência de 175 No ano seguinte ao Manchester Mark I,
Kw, com a capacidade de 5.000 operações em 1949, Maurice Wilkes, da Universidade
por segundo e de armazenagem de 20 nú- de Cambridge, na Inglaterra, cria o primei-
meros de 10 dígitos. Apesar de toda essa ro computador eletrônico digital de pro-
capacidade, não tinha qualquer tipo de grama armazenado de grande porte, to-
memória central. talmente funcional, chegando à execução
do primeiro programa com sucesso em 06
i) Transistor
de junho de 1949.
l) UNIVAC I
Em 1949, surge o primeiro computador
eletrônico disponível comercialmente, o
UNIVAC, Unisys. Mauchly and Eckert Com-
puter Corporation, usavam o computador
para processamento de dados das elei-
12 - Fontehttp://br.geocities.com/samantha.troni/hot1/intro-
Ilustração 11 13 ducao2.htm Acesso 02/02/2009
13 - Fonte http://www.betoeletronica.com.br/loja/images/
TRANSISTOR.gif acesso 03/01/2008
A evolução do computador se funde 14 - Fonte < http://venus.rdc.puc-rio.br/rmano/comp2hc.
html> acesso 03/01/2008
12
Ilustração 14
15
b) Internet 2.0
A Internet evolui com a possibilidade de
postar informações, o usuário, não somen- Ilustração 15 16
Pierre Lévy nasceu em uma família judai- Esse fenômeno, em que não há existên-
ca, fez doutorado em Sociologia e Ciência da cia do espaço definido para a locação, como
Informação e da Comunicação, na Universi- ocorre na internet, Lévy (1999) denomina
dade de Sorbonne, França. Trabalha, desde de desterritorização, ou seja, as informa-
2002, em pesquisa tratando de inteligência ções não estão em um único lugar, como
coletiva na Universidade de Ottwa, Canadá. vivenciamos nos livros, mas em todos os lu-
Lévi analisa os impactos e transformações gares, no universo e fora dele onde se tem
no universo virtual, em que se utiliza a tec- acesso à internet.
nologia como fonte de informação, pautan-
do-se no comportamento do homem diante 18 - Fonte: www.baixaki.com.br com modificações.
do universo online. 19 - Terminologia criada por Pierre Lévy e é explicada poste-
riormente neste Guia.
20 - Fonte < http://ressentimento.files.wordpress.
Alguns conceitos, no cenário da tecno- com/2008/04/levy.jpg> Acesso 08/02/2009
18
Poderíamos afirmar que ouve uma que- Para o autor, Cibercultura é a soma do
bra de paradigma 21, pois o conceito que hoje conhecimento; imaginemos que vamos
temos de espaço mudou. O lugar em que se analisar uma colméia e nela observamos a
posta as informações em um servidor, não é forma de organização das abelhas, como
mais um espaço específico e sim o universo elas sobrevivem, como se protegem,
da internet, chamado Ciberespaço 22. atacam, se alimentam, constrói a “sua
casa”. Todos esses elementos e outros
Ciberespaço é o “local” em que Lévy
fazem parte de uma cultura das abelhas
(1999) denomina como o local não especí-
dessa espécie analisada. Tratando-se da
fico, mas em todos os “lugares” ao mesmo
internet, cibercultura é a soma de todas
tempo criando uma atemporidade 23 das in-
as informações contidas na internet e
formações.
que são analisadas, como entram e como
Lévy (1999) denomina atemporidade das saem daquele espaço, juntamente com o
informações como sendo a ausência do tem- comportamento dos usuários que dela se
po. Segundo o autor, não existe um tempo utilizam. Nesse sentido, muda-se o para-
específico para a propagação das informa- digma do tempo e do espaço na qual es-
ções, pois a postagem de um texto na inter- tamos habituados.
net está em todos os lugares ao mesmo tem-
po. Assim, nesta cultura do conhecimento, 2.2 - Paradigmas Educacio-
em que se somam todos os conhecimentos
contidos na internet, Lévy denomina de ci-
nais
bercultura. Paradigmas são padrões estabeleci-
dos e, normalmente, aceitos pela grande
maioria oriunda de uma cultura ou aceito
por todos. Trata-se de uma verdade ab-
soluta, máxima.
Sabe-se que com a tecnologia, poderá O conhecimento não diferencia das mer-
ocorrer o desaparecimento de algumas cadorias convencionais do século XIX, é um
profissões e, sucessivamente, surgirão produto dentre vários outros. Não se pode
outras, isso é inegável, lembra-se do cor- pensar no universo da internet, como tam-
retor ortográfico, pessoa indispensável bém no mundo, como sendo um produto da
nas gráficas cuja função se centravam economia, mas sim um conjunto de elemen-
em analisar se as palavras estavam or- tos em um universo caótico e desorganiza-
tograficamente corretas. Com o surgi- do. Para Lévy:
mento dos corretores ortográficos, como
no Word, essa função se perdeu, pois os
Mas para pensar a si mesmo, o ter-
bancos de dados de tais softwares eram
ceiro espaço não pode se contentar em
infinitamente maiores e mais rápido que
desenhar as variações e os percursos da
a capacidade humana.
moeda, dos bens e das pessoas. Deve
Dessa maneira, é possível perceber igualmente poder apreender o mundo
que o professor não perde sua função, acelerado, caótico, incerto que descobre
mas deve ressignificá-la, entendendo a desterritorialização. Os objetos do es-
que não se trata de uma enciclopédia e paço mercantil não são, portanto, ape-
sim de um mediador das informações que nas os da economia, mas também tudo o
podem ser vistas como mercadorias. que se difunde, ecoa, flutua, transforma-
-se e perde-se, tudo o que alimenta suas
2.4 - O conhecimento como máquinas e gira em seus circuitos (LÉVY,
1999, p. 169).
mercadoria
O conhecimento é depositado como Nesse caos, evidenciado pelo univer-
mercadoria, tem seu preço e pode ser mui- so das informações, a desterritorização, a
tas vezes mensurado o seu valor pelo grau atemporalidade e as demais mudanças de
de interesse de uma população. A soma de paradigmas, levam a uma nova forma de
usuário é o valor do “produto conhecimen- pensar e agir, quebrando o que era sólido.
to”. Lévy (1999, p. 170) nos alerta que “assim
Estamos na era do conhecimento, nun- como a Terra era táctil e o Território visual,
ca se soube tanto como agora. Tal produto, o terceiro Espaço, câmara de eco, ressoa to-
exceto os privativos, tornou-se um bem pú- dos os sons”.
20
tizada.
a) Quadros Interativos
Com a tecnologia voltada à educação
destacamos o quadro interativo, equipa-
mento desenvolvido por uma empresa bri-
tânica Promethean a Activboard. Trata-se
de um artifício com o suporte para uma ca-
neta especial funcionando como um quadro
branco, interagindo com a internet em pro- Ilustração 19 26
ído por outra dinâmica de interação. de, não necessitaria de tais equipamentos,
placas de vídeo que nunca usará, memória
O uso do computador na sala de aula
desnecessária e software como antivírus
não significa necessariamente a informa-
desnecessários a prática, pois encontramos
tização, tendo em vista que a informáti-
na internet bons antivírus que satisfaria às
ca requer, na própria definição do Aurélio
exposições daquele equipamento. A seguir
(2000), “(...) o tratamento das informações
trataremos sobre alguns itens na hora da
através do uso de equipamentos (...)” o que
escolha do computador:
demonstra que o computador é um instru-
mento de pesquisa importante, mas não a) Processadores e sua potência
entenderíamos esse fenômeno de seu uso
O processador é o cérebro do computa-
como informatização.
dor e sua potência é fundamental para o
O primeiro lugar que assistimos à implan- desempenho do equipamento. Hoje, temos
tação de computadores é nas secretarias três tipos de processadores que funcionam
escolares, podendo oferecer resultados de de formas diferentes:
notas com maior rapidez e online 27, gráfi-
Convencional – é um processador com a
cos, presença do aluno, entre outros. Uma
finalidade de processar informações.
das maiores dificuldades das escolas não é
o equipamento e sim um software compatí- O Duo-Core – representa um processa-
vel com as necessidades e expectativas dos dor de 2 núcleos intercalando a sua capaci-
usuários e implantadores. dade.
29 - Fonte< http://catoze.files.wordpress.com/2008/11/linux.jpg>
Acesso 20/01/2009
26
nos editores de texto, de forma indutiva, loads são E-mule e Limeware. O primeiro
assim ele insere o código html em seu códi- trata de um software que abre a porta do
go, deixando o programa pronto para você. computador interagindo com outros e dis-
Existem outros softwares gratuitos para ponibilizando os arquivos, compartilhados
downloads muito bons que tem a mesma fi- pelo usuário, em que possui o E-mule insta-
nalidade do Front Page que vem no pacote lado. O Limeware é um software que fun-
Office. ciona com a mesma lógica, interagindo os
computadores e fazendo que eles funcio-
4 - Internet Explorer e Mozila
nem como servidores.
Internet Explorer é um programa do Win-
O E-mule, apesar de poder baixar todos
dows cuja finalidade é navegar na internet.
os tipos de arquivos, é mais usado para
downloads de programas, imagens ou ou-
tros. No Limeware se baixa todo tipo de
programas, mas é mais indicado para músi-
cas apesar de encontrarmos outros arqui-
vos. Lembramos que ao abrir a porta para
entrada de arquivos como também a saída,
o seu computador fica vulnerável para a en-
trada de todos os tipos de vírus, malware
entre outros arquivos maliciosos.
6- Programas de Autorias
O software Mozilla Firefox funciona de Programas de autoria são softwares que
forma semelhante ao Internet Explore, veja possibilitam ao usuário realizar alterações
uma página neste navegador. ou produções de outro software para aten-
der às suas necessidades imediatas ou em
médio prazo.
em que há algum tipo de controle, e ou- seus alunos dominam. Mas cabe a ele di-
tros abertos, baseados na colaboração de recionar suas aulas, aproveitando o que a
voluntários. O site www.wikipedia.org/ internet pode oferecer de melhor”, afirma
apresenta um dos esforços mais notáveis, a educadora Gládis Leal dos Santos.
no mundo inteiro, de divulgação do co-
Palloff e Pratt afirmam que as chaves
nhecimento. Milhares de pessoas contri-
para a obtenção de uma aprendizagem
buem para a elaboração de enciclopédias
em comunidade, bem como uma facili-
sobre todos os temas, em várias línguas.
tação online bem sucedida, são simples,
Qualquer indivíduo pode publicar e edi-
tais como: honestidade, correspondência,
tar o que as outras pessoas escreveram.
pertinência, respeito, franqueza e auto-
Só em português foram divulgados mais
nomia, elementos sem os quais não há
de 30 mil artigos na wikipedia. Com todos
possibilidade de se atingir os objetivos de
os problemas envolvidos, a ideia de que
ensino propostos.
o conhecimento pode ser co-produzido e
divulgado é revolucionária e nunca antes
havia sido tentada da mesma forma e em
Jakob NIELSEN. Como os Usuários
grande escala. Aqui, contudo, professores Lêem na Web. Revista eletrônica Conecta,
e alunos precisam validar a fonte, pois al- 22/02/2003. Disponível em http://www.
gumas vezes há informações incorretas. revistaconecta.com/conectados/nielsen_
como_usuarios.htm .
Outro recurso popular na educação é a
criação de arquivos digitais sonoros, pro- Priscilla Brossi GUTIERREZ. Blogs na sala
gramas de rádio na internet ou PodCasts. de aula; Cresce o uso pedagógico da ferra-
menta de publicação de textos na internet.
São arquivos digitais, que se assemelham
In http://www.educarede.org.br/educa/
a programas de rádio e podem ser baixa- revista_educarede/especiais.cfm?id_es-
dos da Internet usando a tecnologia, que pecial=221
“avisa” quando há um novo episódio colo-
Blogs como ferramentas pedagógicas.
cado na rede e permite que ele seja bai-
In http://www.ead.sp.senac.br/newslet-
xado para o computador. Há podcasts em ter/agosto05/destaque/destaque.htm
todas as áreas
Blogs como ferramentas pedagógicas.
São muitas as possibilidades de utili- Acessível em: http://www.ead.sp.senac.
zação dos blogs na escola. Primeiro, pela br/newsletter/agosto05/destaque/desta-
facilidade de publicação, que não exige que.htm
nenhum tipo de conhecimento tecnológi-
co dos usuários, e segundo, pelo grande
atrativo que estas páginas exercem sobre
os jovens. “É preciso apenas que os pro-
fessores se apropriem dessa linguagem e
explorem com seus alunos as várias possi-
bilidades deste novo ambiente de apren-
dizagem. O professor não pode ficar fora
desse contexto, deste mundo virtual que
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sucesso!
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REFERÊNCIAS
ArtMed, 1998.