Informática Faculdade Única

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1

PRÁTICAS DE
INFORMÁTICA NA
EDUCAÇÃO
2

4 INTRODUÇÃO
6 UNIDADE 1 - O que é Tecnologia
7 1.1 - Equipamentos Tecnológicos Aplicados na Educação

8 1.2 - Informática na Educação

8 1.3 - A História do Computador

8 1.4 - A evolução do Computador

13 1.5 - Origem da Internet

14 1.6 - A evolução da Internet

SUMÁRIO
15 1.7 - Evolução do Homem diante do computador

17 UNIDADE 2 - Informática na Educação


17 2.1 - Informática na Educação Segundo Pierre Lévy

18 2.2 - Paradigmas Educacionais

19 2.3 - Mudança de paradigmas do professor

19 2.4 - O conhecimento como mercadoria

20 2.5 - O Futuro da informatização no ensino

21 2.6 - Pedido dos Professores: Fim dos diários

22 2.7 - Como adquirir um computador de acordo com a necessidade

24 2.8 - Conhecendo alguns Softwares e suas Utilidades

29 UNIDADE 3 - Geração Digital


29 3.1 Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)

29 3.1.1 - Ensino a distância

33 CONSIDERAÇÕES FINAIS
34 REFERÊNCIAS
3

Olá, Cursista! cendo o leitor com um conjunto de pos-


sibilidades e inclinações que permeiam a
Primeiramente, parabenizamos por
Informática na Educação.
aceitar o desafio de fazer um curso que
tenha a informática como disciplina. É O conteúdo, criteriosamente organi-
sabido que se trata de ferramentas com zado, tem como principal objetivo apre-
grandes abrangências nas diversas áreas, sentar e inserir o universo da Informática
e este curso lhe oferecerá subsídio para Aplicada na Educação, oferecendo uma
que esteja “plugado” nos acontecimentos ampla noção sobre os conceitos de tec-
do mundo. nologias.

Este guia traz uma referência impor- Com este material de apoio, você terá
tante a respeito das Práticas da Informá- um direcionamento para a aprendizagem,
tica na Educação. É também um direcio- e esperamos que tenha um bom curso,
namento para o ensino-aprendizagem. fazendo da tecnologia um objeto de apro-
ximação das pessoas, tornando-as ainda
A linguagem da apostila é de fácil
mais humanas.
acesso, procurando atender àqueles
que não têm contato com o computador, Gerson Cuenca & Polyana Ap. R.da Silva
como também aos alunos que possuem
grandes noções, partindo das definições
simples para as mais complexas, de pro-
gramas usuais para os mais avançados.

Para fins didáticos, organizamos


os conteúdos da seguinte forma:
Unidade 1 - trata-se de elucidar os
recursos tecnológicos que se dispõe nas
escolas atuais, como também enriquece-
mos com novas tecnologias e possibilida-
des existentes. Apresentaremos a his-
tória do computador e alguns softwares
tradicionais que possam ser utilizados na
educação.

Unidade 2 - evidencia ideias de impor-


tantes filósofos e pensadores, oferecen-
do uma ampla noção daqueles que racio-
cinam neste campo e são referências à
tecnologia na educação.

Unidade 3 - serão representadas pos-


sibilidades do futuro tecnológico diante
dos direcionamentos de teóricos e das
políticas públicas educacionais, enrique-
4

INTRODUÇÃO

“A simples introdução dos meios e A tecnologia é de grande valia para a


das tecnologias na escola pode ser a valorização das informações, facilita o
forma mais enganosa de ocultar seus processo ensino-aprendizagem, mas não
problemas de fundo sob a égide da pode ser vista como o único elemento ca-
modernização tecnológica. O desafio paz de resolver isoladamente os proble-
é como inserir na escola um ecossis- mas relacionados à educação. Metafori-
tema comunicativo que contemple ao camente, se compararmos a tecnologia
mesmo tempo: experiências culturais com a atividade do dia-a-dia, como a arte
heterogêneas, o entorno das novas de cozer, diríamos que o fogão, utilizado
tecnologias da informação e da comu- pela cozinheira, é muito importante para
nicação, além de configurar o espa- o resultado, mas não é o principal “ins-
ço educacional como um lugar onde o trumento”. Imaginemos três fogões: Um
processo de aprendizagem conserve a lenha, um a gás (convencional) e um
seu encanto”. Jesús Martín Barbero outro industrial com a mais alta tecnolo-
gia. O último, agregado ao artefato tec-
Começamos este guia com o pensa-
nológico, facilita e padroniza o bolo, mas
mento de Jesús Martins Barbero, não
a qualidade do alimento está no tato da
para apresentar ideias pessimistas sobre
cozinheira e no carinho com que coze.
a tecnologia, mas para reafirmar que o
aspecto humano é insubstituível no pro- Esse exemplo se materializa, metafo-
cesso pedagógico. ricamente, entendendo que a tecnologia
é um item importante do ensino-apren-
Este Guia de Informática na Educação
dizagem, mas não deve ser o único, o es-
tem como finalidade proporcionar aos
sencial é o gostar e o querer, pois ensina-
alunos e profissionais da educação um
-se não somente para a “transmissão de
estímulo e a possibilidade do uso da in-
conhecimentos”, da mesma forma que
formática neste contexto, como também
não se apreende com quem não há afi-
as novas tendências tecnológicas edu-
nidades. O ensino-aprendizagem ocor-
cacionais. Apresentaremos aqui vários
re com as afinidades, com o simpatizar
equipamentos e software que podem
com algo, está mais ligado à identificação
ser utilizados pelo professores e alunos
com quem ensina do que com a aprendi-
fazendo o uso da tecnologia como instru-
zagem, fato este que é comum encon-
mento do ensino/aprendizado.
trarmos muitos alunos que escolhem seu
O conhecimento dos recursos tecno- curso por simpatizar com o seu professor
lógicos é de fundamental importância, que o “incentivou” a fazer.
tanto para aqueles que querem fazer uso
A tecnologia é um meio e não um fim
para aprender, como para os que ensi-
para o ensino. Um mecanismo em cons-
nam, aumentando a sua capacidade de
tantes modificações e de uso modera-
expor seus conteúdos e entusiasmando
do, que não sobrevive sem o professor,
o seu público.
5

o mediador desse processo. Lembramos


que a implementação da tecnologia nas
escolas não é uma forma de se resolver
os problemas e sim de criar novos para a
inserção da mesma.
6

UNIDADE 1 - O que é Tecnologia

Para compreendermos o uso da infor- O homem, procurando aumentar seus


mática na educação, trataremos de tecno- limites cria objetos para buscar a eficiên-
logia, começando com a sua definição e, cia. Lembremos que o martelo é tido como
para isto, iniciaremos com o mais concei- uma extensão do braço e mão, que o avião
tuado dicionário de sinônimos. busca expandir os limites do homem com
relação à locomoção, entre outros.
Tecnologia [Do gr. Tecnologia, ‘tra-
tado sobre uma arte’.] S.f. 1. Conjun- Voltando um pouco no tempo, o homem
to de conhecimentos, esp. Princípios da caverna usava para caçar a lança, para
científicos, que se aplicam a um deter- abater os animais na busca de seus ali-
minado ramo de atividade: tecnologia mentos ou para a sua defesa, para isso,
mecânica. 2. A totalidade desses co- usavam pedras lapidadas, como também
nhecimentos: vivemos a era da tecno- para fazer os hieróglifos 2. Todos os ele-
logia. (Aurélio, 2000). mentos criados para um determinado fim,
lapidados pelo homem ao longo da histó-
No que diz respeito à Informática na
ria, podemos dizer que é tecnologia.
Educação, etimologicamente, essa não
é somente o mais moderno maquinário No tempo atual, poderíamos enumer o
para imprimir conhecimento, ou facilitar a seguinte processo evolutivo: giz, quadro-
aprendizagem. O computador, a internet -negro, caderno, lápis, caneta, borracha,
ou outros recursos modernos são tecno- mimeógrafo, Data-show, computador,
logias que usamos para ensinar aos alu- internet, xerox, impressoras, livros, a lin-
nos, mas não são as únicas, tomemos o guagem, etc. Todos esses elementos fa-
cuidado de não confundirmos tecnologia zem parte de uma lista extensa de uten-
de ponta 1 com tecnologia. sílios e conhecimentos capazes de auxiliar
educador e o educando na arte do ensino/
aprendizagem.

Ao pensar em Informática na Educação,


logo nos remete a ideia do computador, do
Data-show e de outros recursos “moder-
nos” que utilizamos para auxiliar no en-
sino. Procurando facilitar o processo das
noções deste e dos capítulos sequentes,
evidenciaremos a apresentação e os ma-
nuseios de alguns equipamentos tecnoló-
gicos.
Ilustração 01

1- Tecnologia de última geração


2 - Marcas na caverna, cuja finalidade busca anotações rudi-
mentares.
7

1.1 - Equipamentos Tecno- para o aluno, como também na elaboração


de provas e outros. A sua difusão foi devi-
lógicos Aplicados na Educa- da ao seu baixo custo operacional, sendo
ção utilizado a álcool e folha de sulfite.
a) Retro Projetor Seu funcionamento consiste, basica-
mente, em montar o modelo, em algumas
regiões do Brasil é denominado de ma-
triz e em outras de estêncil 4. Essa matriz
é um material carbonado em que se es-
creve usando, pressionando, uma caneta
comum ou o uso de impressora matricial.
Com esse procedimento, tem-se uma pe-
quena gráfica a baixo custo operacional.
Esse aparelho é utilizado nas escolas em
que o xérox ou outra reprografia não são
muito utilizados.

c) Data-Show

Ilustração 2 3

Sendo uma das ferramentas mais utili-


zadas na educação, o retro-projetor é fei-
to para projetar uma lâmina transparen-
te escrita por uma caneta especial e até
mesmo impressa. Trata-se de um sistema
relativamente simples de espelho que
projeta luz/sombra em uma tela de proje-
ção, normalmente branca. Ilustração 4

b) Mimeógrafo Uma ferramenta utilizada em palestras


e em salas de aula. Nas escolas e faculda-
des particulares e públicas já se utilizam
data-show acoplado aos computadores
para facilitar o manuseio e agilizar o pro-
cesso de aprendizagem.

3 - Fonte <http://www.3bscientific.com.br/imagelibrary/
Ilustração 3 U30150_l/instrumentos/U30150_l_retroprojetor-115-v-5060-hz.
jpg>Acesso 08/02/2009
4 - [Do ingl. Stencil] S. m. Brás. Folha de papel recoberta por
Aparelho de baixo custo operacional, substância gelatinosa e gravada ou perfurada por estilete ou
largamente utilizado pelos professores por máquina dactilográfica, de jeito que , ao passar entre um
rolo de tinta e uma folha de papel em branco, nesta reproduz
para produção de materiais do dia-a-dia fielmente as letras ou desenhos traçados. Matriz [pl.:estênceis.
Cf. mimeografa.] AURÉLIO, 2000
8

1.2 - Informática na Educa- As tecnologias nas ciências ou em qual-


quer área cuja evolução tecnológica é
ção necessária ao seu crescimento, não con-
A informática é a área que mais se evo- seguem imaginar o seu uso para ajudar a
luiu nos últimos 30 anos e a sua ferramen- computar os resultados 6, sem o auxílio
ta de maior destaque é o computador, do computador. Imaginemos a medicina
propiciando a conexão para diversas áre- em suas pesquisas, a importância que é
as do conhecimento, como também sua o seu acúmulo de dados, nas estatísticas,
interação entre os tipos de conhecimen- na matemática, ou seja, na construção de
tos e pessoas, países e culturas, criando qualquer conhecimento da humanidade.
um único bloco de informação interligan- O computador é uma extensão do cérebro
do o mundo todo. Mas, o computador não humano com poder de armazenar milha-
foi inventado ou descoberto, ele faz parte res de vezes, com uma capacidade de con-
de um quebra-cabeça em construção que tabilidade de dados inseridos e ordenados
vão somando suas pequenas peças inte- infinitamente maior. Vejamos a evolução
ragindo com as novas tecnologias para desse magnífico aparelho.
sua construção chegando ao que temos
hoje, denominado computador. Vejamos a 1.4 - A evolução do Compu-
sua história:
tador 7
O computador não surgiu, obviamente,
como o computador que conhecemos hoje,
1.3 - A História do Compu- mas a soma de um conjunto “evolutivo” de
tador ideias e artefatos. O ábaco é um exemplo,
ainda trabalhado atualmente em algumas
O computador, o mais difundido apa-
escolas, como uma máquina mecânica e
relho ao falarmos de tecnologia e o prin-
manual cuja finalidade é facilitar o poder de
cipal ao tratarmos de informatização das
raciocínio. Iremos começar por ele, pois esse
escolas, está em nossas vidas através de
é o primeira no caminho da informática.
e-mails, sites de relacionamentos, notí-
cias e demais ferramentas disponíveis na Inicialmente, o homem usava sua capaci-
internet. Trataremos a seguir do panora- dade para contar, usando os dedos pedras e
ma das evoluções 5 sofridas na expecta- todos os artifícios que poderia utilizar.
tiva de proporcionar parâmetros para as
possíveis inclinações relacionadas às evo-
luções.

Levantaremos um breve histórico so-


bre a origem do computador, como tam- 5- Chamaremos aqui de evolução o desenrolar de aconte-
cimentos, transformações de aparelhos ou procedimentos
bém a revolucionária façanha de interligar ocorridos com os materiais em que, na maioria das vezes,
esse equipamento em uma incrível rede ocasionam uma melhor utilização, direcionando ao bem estar
coletivo.
chamada internet. Tudo isso, é lógico, não 6 - Termo oriundo da palavra computador que tem o sentido de
calcular, orçar, calcular.
seria possível sem a invenção desse apa- 7 - As imagens 9 a 11 foram retiradas do site < http://br.geoci-
ties.com/samantha.troni/hot1/introducao1.htm>
relho.
9

para a invenção da calculadora mecânica.

b) Calculadora Mecânica

Ilustração 5
Ilustração 7
Com o passar do tempo, foi utilizando fer-
ramentas, além das encontradas prontas Criada por Blaise Pascal (1623-1662),
na natureza, tais como pedras e galhos e foi contribui para a primeira calculadora mecâ-
construindo ferramentas para ajudá-los. Na nica, sua principal função era fazer contas
proporção em que sua vida social tornava- de somar e subtrair. Vê se então a sgrandes
-se complexa, assim também, aumentavam possibilidades de ferramentas que pudesse
as modificações das ferramentas. O mais “pensar” com maior rapidez que o homem.
importante utensílio inventado pelo ho- Uma das máquinas que surge merecendo
mem, caminho ao computador, foi o ábaco. destaque é o Tear Programável.

a) Ábaco c) Tear Programável


O Tear Programável, criado em 1801 por
Josephi Marie Jaquard, é dotado de uma lei-
tora de cartões perfurados, os quais repre-
sentavam os desenhos do tecido, portanto
um processador das informações relativas à
padronagem do tecido.

Com o surgimento do tear, considerou-se


o primeiro exemplo de desemprego 10 pro-
vocado pela automação, o que muitas vezes
foi confundido o uso da tecnologia como a
Ilustração 6 causa de desemprego e não como mudança
de atividades.
O ÁBACO 9 é um calculador decimal que
se opera manualmente sendo considerada
a primeira máquina a facilitar o trabalho no 8 - Fonte< http://br.geocities.com/samantha.troni/hot1/intro-
ducao1.htm> acesso 20/01/2009
homem com relação à função do raciocínio 9 - Mat. Calculador manual para efetuar operações elemen-
tares. 3. Mat. Diagrama nomográfico; nomograma. [Michaelis
lógico. Foi criado e utilizado no oriente mé- Eletrônico]
dio, há milhares de anos, e ainda hoje é mui- 10 - Citamos o desemprego como possibilidades causadas pela
automação tecnológica, pois com a implantação de facilida-
to utilizado. E foi essa ideia que contribuiu des eletrônicas, pode ser diminuída a quantidade de recursos
humanos para a mesma operação.
10

Como a evolução do tear, temos o Calcu- e) Hollerith


lador Analítico.

d) Calculador Analítico
O calculador analítico ou computador
analítico, foi criado por Charles Babbage
(1792-1871), possuía a capacidade de somar
até 50 casas decimais, com entrada inspira-
da no tear de Josephi Marie Jaquard. Esse
aparelho teria a capacidade de ler cartões
perfurados contendo, não somente núme-
ros (os dados), mas também a instruções de
o que fazer com os dados.

Possuía, além dos dispositivos de cálculo, Ilustração 9

um outro de memória inicialmente chama- Baseado nos cartões de Jacquard, Her-


do de armazém, para arquivar os números, man Hollerith (1860-1929) criou uma
um banco com 1000 registradores, cada um máquina em que acumulava e classifica-
com a capacidade de armazenamento de va informações, chamada de Tabuladora
números de 50 dígitos. Os números eram
de Censo cuja aplicação destinava-se a
“digitalizados” pelos cartões de entrada ou
processamento dos dados, o censo.
então eram números fruto dos resultados
das operações do moinho. f) Colossus
Babbage é considerado o precursor do Em 1942, Alan Turing, em Bletcheley
computador e Ada a precursora do softwa- Park, na Inglaterra, contribui para o pri-
re. Estando ambos muito além de seu tem- meiro computador eletrônico programá-
po, não conseguiram financiamento para vel, cuja aplicação destinava a criptogra-
custear seu invento, deixando uma belíssi- fia 11 , quebra de código.
ma ideia construída no papel.
g) Harvard Mark I
Em 1944, Howard Aiken, na Universi-
dade de Harvard, Estados Unidos, surge
o primeiro computador eletromecânico
automático de grande porte.

Ilustração 8 - Charles Babbage e Lady Ada Lovelace

11 - s. f. Arte de escrita secreta, convencional, por meio de


sinais, cifras e abreviaturas. Michaelis Eletrônico
11

h) ENIAC - Eletronic Numerical Inte- junto aos inventos de pequenas peças em


grator and Calculator que em seu conjunto propiciam o aumen-
to da eficiência do equipamento. Em 1947,
na Universidade de Stanford (EUA), é in-
ventado o primeiro dispositivo eletrônico
de estado sólido, o transistor, esse foi um
grande passo para o avanço tecnológico
no que se refere à rapidez.

j) Manchester Mark I
Em 1948, na Inglaterra, surge o primei-
ro protótipo de computador eletrônico de
programa armazenado, chegando a exe-
cutar seu primeiro programa com sucesso
em 21 de julho de 1948, na Universidade
Ilustração 10 12
de Manchester, pela Royal Society Compu-
ting Machine Laboratory, por F.C Williams,
John Macuchly e John Presper Eckert, Tom Kilburn e Max Neuman, logo desper-
em 1946, no Ballistic Research Labora- tando o interesse de outras faculdades
tory, University of Pennsylvania nos EUA, como Cambridge 14.
criaram um computador eletrônico digital
de grande porte que operava no sistema
k) EDSAC - Eletronic Delay Storage
decimal com base dez e não binário, com
Automatic Computer
19000 válvulas e uma potência de 175 No ano seguinte ao Manchester Mark I,
Kw, com a capacidade de 5.000 operações em 1949, Maurice Wilkes, da Universidade
por segundo e de armazenagem de 20 nú- de Cambridge, na Inglaterra, cria o primei-
meros de 10 dígitos. Apesar de toda essa ro computador eletrônico digital de pro-
capacidade, não tinha qualquer tipo de grama armazenado de grande porte, to-
memória central. talmente funcional, chegando à execução
do primeiro programa com sucesso em 06
i) Transistor
de junho de 1949.

l) UNIVAC I
Em 1949, surge o primeiro computador
eletrônico disponível comercialmente, o
UNIVAC, Unisys. Mauchly and Eckert Com-
puter Corporation, usavam o computador
para processamento de dados das elei-

12 - Fontehttp://br.geocities.com/samantha.troni/hot1/intro-
Ilustração 11 13 ducao2.htm Acesso 02/02/2009
13 - Fonte http://www.betoeletronica.com.br/loja/images/
TRANSISTOR.gif acesso 03/01/2008
A evolução do computador se funde 14 - Fonte < http://venus.rdc.puc-rio.br/rmano/comp2hc.
html> acesso 03/01/2008
12

ções, com a capacidade de armazenamen- tivamente para a evolução do sistema.


to e compilador de dados.
r) INTEL 4004
m) Whirlwind I
A Intel Corporation, a mesma que faz
Surge então, em 1950, o primeiro com- equipamentos até hoje, em 1971, lança o
putador para processamento de dados em primeiro microprocessador disponível co-
tempo real, criado por J. Forrester (Massa- mercialmente.
chussets Institute of Technology - MIT,
s) MITS 816
EUA).
Em 1972, é um marco na história da co-
q) IBM 701
mercialização, sendo que o primeiro micro-
Começa, em 1953, a nova era de compu- computador disponível para uso pessoal é
tadores, agora pela IBM, que se mostraria lançado, pela MITS (Micro Instrumentation
com o tempo um gigante na arte de fazer and Telemetry Systems).
e vender computadores, e é nesse ano que
t) ALTO
nasce o primeiro computador eletrônico di-
gital desta empresa. Em 1973, a Xerox PARC (Palo Alto Rese-
arch Center) lança o primeiro microcompu-
n) NCR 304
tador pessoal completo, totalmente funcio-
A NCR Corporation, em 1957, dá início a nal, incluindo monitor.
comercialização de um computador cons-
u) ALTAIR 8800
truído por transistores, sendo totalmente
fabricado com componentes sólidos. Edward Roberts, William Yates e Jim
Bybee, em 1975, lançam o primeiro micro-
o) IBM 305
computador pessoal produzido industrial-
O primeiro computador comercial a utili- mente para venda em massa.
zar cabeça móvel em suas unidades de disco
v) APPLE II
foi no ano de 1957, com a IBM Corporation.
p) COBOL - Common Business Orien-
ted Language
Nada valia o equipamento sem os sof-
twares para fazer as operações e, em 1960,
com a Conference on Data System Langua-
ges CODASYL, surge a primeira linguagem
de programação de computadores para
aplicação comercial padronizada, a COBOL.
Ilustração 12
q) IC – Circuito Integrado
Começa, a partir de 1976, por Steve Jobs e
Em 1961, pela Fairchild Corporation, Steve Wozniak (Apple Corp.) computadores
surge o primeiro circuito integrado disponí- da APPLE II, o microcomputador pessoal a
vel comercialmente, contribuindo significa- ter sucesso comercial.
13

x) IBM PC Morse ou outros códigos luminosos que


demonstravam ineficientes no meio da
comunicação em guerra, além do mais,
criaria-se uma forma de comunicação
muito segura.

Depois dessa utilização, percebeu-se


que tinham encontrado uma maneira de
se comunicar, através de uma rede de
computadores, e a partir daí novos inves-
timentos e inventos foram aperfeiçoando
esse sistema.

A internet teve usa expansão na dé-


Ilustração13
cada 80 com o surgimento de programas
Uma segunda fase de vendas, em 1981, que facilitariam o uso do computador, dei-
pela IBM Corp (Boca Raton, FL, EUA), o pri- xando de ser uma máquina de usos restri-
meiro microcomputador pessoal IBM com tos a programadores para interagir com
arquitetura aberta. Esse equipamento foi usuários sem grandes conhecimentos.
um imenso sucesso comercial. Tal ferramenta, destinava-se aos que exi-
giam complexidade dos grandes bancos
As transformações do computador não
de dados até àqueles que somente que-
foram somente em seus aspectos inter-
riam digitar um texto e imprimir.
nos e sim quanto a sua utilização, deixan-
do de ser um centro de processamento de Nos anos 80, o recurso da internet,
dados para assumir a função de uma rede comparados ao que temos hoje, era muito
de comunicação interagindo pessoas e restrito, pois o seu alto custo de equipa-
comunidades. Daí surge a maior revolução mentos fazia com que não atingissem as
do computador com a possibilidade de in- classes menos favorecidas. Mesmos tendo
teragir com o mundo, a internet. a restrição, tratava-se de uma tecnologia
possível, pela qual os alunos de diversas
1.5 - Origem da Internet faculdades já possuíam seus disputados
A palavra internet se compõe, etimolo- laboratórios com internet – normalmente
gicamente, com a junção de duas palavras destinados a trabalhos acadêmicos.
a inter = interação, relacionamento e net O sistema de informação evolui de acor-
= rede, ou seja, uma rede de computado- do com as mudanças do computador, como
res interligados capazes de transmitir in- também a sua interação com as pessoas, o
formações e interligarem dados e pesso- que nos leva a ficar atentos do quanto de-
as. vemos ter o cuidado em evoluirmos junto
A origem da internet veio da necessi- ao universo da informação e transformar
dade de comunicação entre os exércitos o computador num instrumento a nosso
que pretendiam passar informações atra- serviço.
vés de fios em que substituíssem o código
14

1.6 - A evolução da Internet ter a originalidade das informações, man-


teremos o quadro conforme encontramos
O quadro a seguir demonstra o uso da
na internet (em Inglês):
internet no mundo. Na tentativa de man-

Status do uso da Internet no Mundo

Ilustração 14
15

Como se pode observar na ilustração 13, mundo.


41,3% do uso da internet nos continentes,
c) Internet 3.0
a Ásia, é o que mais se utiliza em termo de
quantidade. Ao se analisar dados de outras Para quem desconfiava que estivesse no
fontes em que se relaciona o Brasil com os fim das limitações do mundo virtual, surge a
demais países, pode-se perceber que o Brasil internet 3.0 com a possibilidade, não somen-
tem uma grande predisposição ao uso da in- te de ler, editar, como também de executar
ternet, sua expansão ainda não é maior devi- software no próprio servidor, fazendo des-
do ao não poder econômico de determinadas se um enorme local de programas executá-
classes para a sua manutenção. veis. Os arquivos “executáveis” não neces-
sitam estarem alojados nos computadores,
A internet evolui ao longo da história, na-
mas podem rodar no servidor levando a uma
turalmente, assim, percebe-se que não foi
economia de espaço na máquina do usuário
criada da forma que temos hoje. Para que fi-
como em todo o universo online.
que evidenciada a sua evolução, demonstra-
remos suas complementações através das 1.7 - Evolução do Homem
possibilidades de novos recursos disponíveis diante do computador
em suas aplicações. Veja as evoluções: É evidente que a charge, largamente di-
a) Internet 1.0 fundida na internet, que se destaca pela
criatividade do autor, ficaria impossível en-
O surgimento da internet para o usuário, contrar a sua origem, pois ao digitarmos
com fácil acesso, revolucionou o mundo, pois “evolução do homem” aparecem centenas,
houve a democratização das informações porém preferimos uma, sabendo que é cópia
em um custo cada vez mais possível, levando de outros, o que levou-nos a trabalharmos a
informações aos lugares de difícil acesso. imagem para adequar a este guia com as mo-
A internet 1.0 é como uma ferramenta dificações necessárias.
enciclopédia em que podemos pesquisar co-
piar, imprimir e ter acesso às informações do
mundo.

b) Internet 2.0
A Internet evolui com a possibilidade de
postar informações, o usuário, não somen- Ilustração 15 16

te tem acesso ao conhecimento, como tam-


A bem humorada charge demonstra,
bém pode inserir os conceitos que julgar
entre outros aspectos, o gráfico ascen-
importante, tais como: vídeos em sites de
dente e descente do homem voltando a
entreterimento, conceitos enciclopédicos
uma condição bem similar ao da origem da
em dicionários conceituados, deixar recados
espécie ao sentar diante do computador
e interagir com pessoas em diversos sites 17
.
de relacionamentos, dentre outros tipos de
sites. A materialização da internet 2.0, dife- 16 Fonte < http://www.piffe.com/images/evolutionofman.
jpg> Acesso 08/02/2009
rencia da 1.0, pela capacidade de inserir da- 17 - A charge se posta baseada em conceitos darwinista de
dos compartilhando a sua informação com o evolução das espécies.
16

Apesar da forma lúdica de evidenciar-


mos a evolução, temos uma visão otimis-
ta do processo evolutivo do computador,
em que o homem busca, em sua limitação,
armazenar informações no cérebro, soli-
citando ao computador auxílio para essa
tarefa.
17

UNIDADE 2 - Informática na Educação

logia, responsáveis em compor todas as in-


formações na internet, são de fundamental
importância para o entendimento da rede
de conhecimento e sua distribuição neste
universo, como também no conhecimento
escolar.

Aos ambientes virtuais, para edição das


informações, são, no mínimo, curiosos. Es-
távamos acostu-
mados ao espaço
Ilustração 16 18 físico das informa-
ções, ou seja, se o
2.1 - Informática na Educa- conhecimento es-
tava em um livro
ção Segundo Pierre Lévy este estaria alo-
Para falarmos de informática na educa- cado na pratelei-
ção ou no universo de sua expansão, é ne- ra da biblioteca e,
cessário que abordemos sobre a perspecti- necessariamente,
va de um dos maiores sociólogos que tratam teríamos que nos
este tema, como também sua importância postar diante do Ilustração 17 20
no universo digital, Pierre Lévy é, sem dúvi- objeto para ter acesso a ele. Para esta infor-
da, a maior referência que possuímos. Lévy mação ser editada no livro seria necessário
(1999) admite a idealização do universo da que o autor o fizesse e encaminhasse a uma
cibercultura 19 , como uma popularização do gráfica, passando pelo processo que conhe-
conhecimento, um lugar em que comparti- cemos, até que estivesse pronto para o lei-
lhamos um conhecimento universal. tor ter acesso.

Pierre Lévy nasceu em uma família judai- Esse fenômeno, em que não há existên-
ca, fez doutorado em Sociologia e Ciência da cia do espaço definido para a locação, como
Informação e da Comunicação, na Universi- ocorre na internet, Lévy (1999) denomina
dade de Sorbonne, França. Trabalha, desde de desterritorização, ou seja, as informa-
2002, em pesquisa tratando de inteligência ções não estão em um único lugar, como
coletiva na Universidade de Ottwa, Canadá. vivenciamos nos livros, mas em todos os lu-
Lévi analisa os impactos e transformações gares, no universo e fora dele onde se tem
no universo virtual, em que se utiliza a tec- acesso à internet.
nologia como fonte de informação, pautan-
do-se no comportamento do homem diante 18 - Fonte: www.baixaki.com.br com modificações.
do universo online. 19 - Terminologia criada por Pierre Lévy e é explicada poste-
riormente neste Guia.
20 - Fonte < http://ressentimento.files.wordpress.
Alguns conceitos, no cenário da tecno- com/2008/04/levy.jpg> Acesso 08/02/2009
18

Poderíamos afirmar que ouve uma que- Para o autor, Cibercultura é a soma do
bra de paradigma 21, pois o conceito que hoje conhecimento; imaginemos que vamos
temos de espaço mudou. O lugar em que se analisar uma colméia e nela observamos a
posta as informações em um servidor, não é forma de organização das abelhas, como
mais um espaço específico e sim o universo elas sobrevivem, como se protegem,
da internet, chamado Ciberespaço 22. atacam, se alimentam, constrói a “sua
casa”. Todos esses elementos e outros
Ciberespaço é o “local” em que Lévy
fazem parte de uma cultura das abelhas
(1999) denomina como o local não especí-
dessa espécie analisada. Tratando-se da
fico, mas em todos os “lugares” ao mesmo
internet, cibercultura é a soma de todas
tempo criando uma atemporidade 23 das in-
as informações contidas na internet e
formações.
que são analisadas, como entram e como
Lévy (1999) denomina atemporidade das saem daquele espaço, juntamente com o
informações como sendo a ausência do tem- comportamento dos usuários que dela se
po. Segundo o autor, não existe um tempo utilizam. Nesse sentido, muda-se o para-
específico para a propagação das informa- digma do tempo e do espaço na qual es-
ções, pois a postagem de um texto na inter- tamos habituados.
net está em todos os lugares ao mesmo tem-
po. Assim, nesta cultura do conhecimento, 2.2 - Paradigmas Educacio-
em que se somam todos os conhecimentos
contidos na internet, Lévy denomina de ci-
nais
bercultura. Paradigmas são padrões estabeleci-
dos e, normalmente, aceitos pela grande
maioria oriunda de uma cultura ou aceito
por todos. Trata-se de uma verdade ab-
soluta, máxima.

Como exemplo de paradigma, pode-


mos citar o conhecimento universal de
que a Terra era quadrada, conhecimen-
to cristalizado até o século XVI . Com a
ajuda de alguns aparelhos, foi possível
demonstrar que sua forma era oval e a
sociedade mundial que a aceitava como
Ilustração 18 - Rede de computadores
quadrada percebe, ou aceita, como ou-
tro formato. A essa mudança conceitual,
podemos dizer que houve uma quebra
21 - s. m. 1. Modelo, protótipo,estalão.AURÉLIO, 2000 de paradigmas, de padrões e de conheci-
22 - Ciberespaço - O mundo virtual criado com a Internet e mento em relação a Terra, como também
todas as suas possibilidades digitais, como troca de in-
formações, imagens, som e vídeo. O termo foi usado pela no conjunto de comportamento em de-
primeira vez no romance “Neuromancer”, do escritor William
Gibson.fonte.<http://www.gsmin.com/forum/showthread. corrência disso.
php?t=14443 >acesso 20/01/2009.
23 - Lévy considera as informações no ciberespaço atempo-
rais, pois podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo,
sem a temporalidade da locomoção habitual.
19

2.3 - Mudança de paradig- blico, de acesso a maior parte da população,


Lévi nos alerta:
mas do professor
Com a mudança na forma da divulga- Se Marx fez da economia a “infra-es-
ção das informações ocorrem transfor- trutura” das sociedades humanas, e do
mações obvias, e se tratando desta rede, exame dos “modos de produção” a chave
como fica a questão do professor na sala da história, foi porque, no século XIX, o
de aula? Pode desaparecer como outras espaço dominante efetivamente era o
profissões ameaçadas pela tecnologia? das mercadorias. (LÉVY, 1999, p. 121).

Sabe-se que com a tecnologia, poderá O conhecimento não diferencia das mer-
ocorrer o desaparecimento de algumas cadorias convencionais do século XIX, é um
profissões e, sucessivamente, surgirão produto dentre vários outros. Não se pode
outras, isso é inegável, lembra-se do cor- pensar no universo da internet, como tam-
retor ortográfico, pessoa indispensável bém no mundo, como sendo um produto da
nas gráficas cuja função se centravam economia, mas sim um conjunto de elemen-
em analisar se as palavras estavam or- tos em um universo caótico e desorganiza-
tograficamente corretas. Com o surgi- do. Para Lévy:
mento dos corretores ortográficos, como
no Word, essa função se perdeu, pois os
Mas para pensar a si mesmo, o ter-
bancos de dados de tais softwares eram
ceiro espaço não pode se contentar em
infinitamente maiores e mais rápido que
desenhar as variações e os percursos da
a capacidade humana.
moeda, dos bens e das pessoas. Deve
Dessa maneira, é possível perceber igualmente poder apreender o mundo
que o professor não perde sua função, acelerado, caótico, incerto que descobre
mas deve ressignificá-la, entendendo a desterritorialização. Os objetos do es-
que não se trata de uma enciclopédia e paço mercantil não são, portanto, ape-
sim de um mediador das informações que nas os da economia, mas também tudo o
podem ser vistas como mercadorias. que se difunde, ecoa, flutua, transforma-
-se e perde-se, tudo o que alimenta suas
2.4 - O conhecimento como máquinas e gira em seus circuitos (LÉVY,
1999, p. 169).
mercadoria
O conhecimento é depositado como Nesse caos, evidenciado pelo univer-
mercadoria, tem seu preço e pode ser mui- so das informações, a desterritorização, a
tas vezes mensurado o seu valor pelo grau atemporalidade e as demais mudanças de
de interesse de uma população. A soma de paradigmas, levam a uma nova forma de
usuário é o valor do “produto conhecimen- pensar e agir, quebrando o que era sólido.
to”. Lévy (1999, p. 170) nos alerta que “assim
Estamos na era do conhecimento, nun- como a Terra era táctil e o Território visual,
ca se soube tanto como agora. Tal produto, o terceiro Espaço, câmara de eco, ressoa to-
exceto os privativos, tornou-se um bem pú- dos os sons”.
20

O processo de desterritorização leva ao de informática no interior das escolas, o que


pensamento de que a figura do professor foi muito bem aceito, mas que ainda faltam
possa se extinguir ou mesmo ter menor recursos humanos para operar tais máqui-
importância, mas, mesmo assim, o profes- nas.
sor será sempre o professor, mesmo que se
Nota-se que, atualmente, muitas escolas
mude o nome para mediador 24 , moderador
possuem computadores, mas não recursos
ou outro que melhor lhe couber, será sem-
humanos para a sua operação. Os governos
pre uma figura de liderança, um apontador
federais, estaduais e municipais se veem
de caminhos.
diante de uma realidade inevitável que é o
Poderíamos questionar: Diante dos ban- uso da tecnologia nas escolas, que não dá
cos de dados com capacidades de armaze- para retornar, pois o universo dos sites de
namento das informações e a facilidade de relacionamentos e jogos online, como tam-
consulta, o conhecimento continuará com bém uma gama de conhecimento, nos colo-
o professor? O professor será o centro das ca em um contexto de informações e na de-
atenções na sala de aula? A resposta a es- mocratização da informação, a manutenção
sas questões será sim. Quanto às dúvidas, de um computador é relativamente barata.
se tais palavras são escritas com ‘s’ ou ‘z’,
Dentre as escolas públicas, podemos
será mais prático consultar um bom dicioná-
dividir em: escolas que não possuem com-
rio eletrônico, pois é mais rápido, mas, como
putadores; aquelas que possuem na secre-
e quais as melhores informações para essa
taria para informatizarem diários; e as que
jornada, serão oriundas da figura professor.
têm laboratórios de informática para uso
Ao abordarmos o assunto Informática na esporádico dos alunos.
Educação, tratamos do conjunto tecnológi-
Diante do contexto educacional, o pro-
co que se relaciona à tecnologia educacional
fessor deve se adaptar às várias situações,
que vai muito além do computador. A infor-
prevendo as diversas variedades e não per-
mática na escola trata-se do uso do compu-
dendo o foco de levar a aprendizagem ao
tador, como também da rede de internet, da
aluno de uma forma atraente e de fácil as-
impressora da análise de dados e de todo
similação.
um conjunto de ferramentas para esse fim.

O computador não foi um aparelho criado 2.5 - O Futuro da informati-


para fins didáticos, mas para, inicialmente,
funcionar para fins bélicos, nas indústrias,
zação no ensino
escritórios e outros. Com o passar do tempo Prever o futuro é algo que não deve-
e a necessidade social do uso desse equi- mos nos arriscar, essa previsão depende
pamento, as escolas passaram a aceitá-lo, de acontecimentos históricos que levam a
iniciando o seu uso na secretaria escolar e, direcionar a uma ou outra tecnologia, mas
posteriormente, na criação de laboratórios arriscaremos aqui, baseando em experiên-
cias de escolas e aceitação dos alunos com
relação a essa tecnologia. Trata-se de uma
24 - Terminologia empregada para professores sobre alguns
prismas, pela qual refere ao professor como um direcionador informatização no ensino, e não do ensino,
do conhecimento e responsável pela coordenação de grupos
de estudos.
pois a figura do professor não será informa-
21

tizada.

a) Quadros Interativos
Com a tecnologia voltada à educação
destacamos o quadro interativo, equipa-
mento desenvolvido por uma empresa bri-
tânica Promethean a Activboard. Trata-se
de um artifício com o suporte para uma ca-
neta especial funcionando como um quadro
branco, interagindo com a internet em pro- Ilustração 19 26

cesso touch screen, lê DVDs e outros recur-


sos que o computador pode oferecer. É uma 2.6 - Pedido dos Professo-
tecnologia nova e de alto custo e promete
invadir as escolas tornando-as uma prática res: Fim dos diários
cotidiana dos alunos. O diário é um documento de fundamen-
tal importância para o processo de registro
O quadro Interativo é uma busca do professor atendendo, não somente aos
para a substituição do quadro negro processos de burocratização, como tam-
convencional por uma tecnologia tou- bém ao controle do professor sobre a evo-
ch screen, sendo composto pelos se- lução do conhecimento do aluno. Muitas
guintes itens: vezes, essa atividade burocrática da esco-
Uma caneta especial usada diretamen- la não é vista com bons olhos pelo profes-
te na superfície do quadro em substituição sor, pois esse tem o compromisso de fazer
ao mouse do computador; a chamada todos os dias e passar as notas
para o diário, sem rasuras e com muito zelo.
Activpanel é uma tela interativa de
LCD com 15, sendo ideal para utilização em Os diários eletrônicos, adotados por al-
grandes salas e auditórios; gumas escolas particulares e públicas bra-
sileiras podem ter facilidades, tais como: a
O Activtablet é um dispositivo cuja fi- implantação de catracas com digitais para o
nalidade permite aos professores preparar controle da entrada e saída de alunos da es-
as aulas distante do quadro interativo; cola, como uma oposição a carteirinhas, que
às vezes podem ser esquecidas pelos alunos,
Activote sistema interativo de votação
gera um controle eletrônico dos horários.
com miniteclados portáteis que possibilita
Esse controle evita as chamadas na sala de
uma avaliação imediata da compreensão ou
aula como também o ganho de tempo pelo
opinião dos alunos;
professor. O uso das chamadas em sala de
Activslate é tablet gráfico sem fio do aula facilita a memorização dos nomes dos
tamanho A5 que fornece ao professor ou ao alunos e estabelece um contato direto com o
aluno a possibilidade de interagir com o qua- mesmo, mas esse contato pode ser substitu-
dro interativo sem ter que sair do lugar.25
25 - Fonte http://www.talua.com.br/ Dia do acesso 20\01\2009
26 - Fonte <http://www.divertire.com.br/img_maior/activbo-
ard2.jpg> dia 20/12/2008
22

ído por outra dinâmica de interação. de, não necessitaria de tais equipamentos,
placas de vídeo que nunca usará, memória
O uso do computador na sala de aula
desnecessária e software como antivírus
não significa necessariamente a informa-
desnecessários a prática, pois encontramos
tização, tendo em vista que a informáti-
na internet bons antivírus que satisfaria às
ca requer, na própria definição do Aurélio
exposições daquele equipamento. A seguir
(2000), “(...) o tratamento das informações
trataremos sobre alguns itens na hora da
através do uso de equipamentos (...)” o que
escolha do computador:
demonstra que o computador é um instru-
mento de pesquisa importante, mas não a) Processadores e sua potência
entenderíamos esse fenômeno de seu uso
O processador é o cérebro do computa-
como informatização.
dor e sua potência é fundamental para o
O primeiro lugar que assistimos à implan- desempenho do equipamento. Hoje, temos
tação de computadores é nas secretarias três tipos de processadores que funcionam
escolares, podendo oferecer resultados de de formas diferentes:
notas com maior rapidez e online 27, gráfi-
Convencional – é um processador com a
cos, presença do aluno, entre outros. Uma
finalidade de processar informações.
das maiores dificuldades das escolas não é
o equipamento e sim um software compatí- O Duo-Core – representa um processa-
vel com as necessidades e expectativas dos dor de 2 núcleos intercalando a sua capaci-
usuários e implantadores. dade.

O Core 2 Duo – esse funciona dois com


2.7 - Como adquirir um com- núcleo, trabalhando como dois processado-
putador de acordo com a res. Trata-se de uma segunda geração de
processadores de núcleo duplo, apresen-
necessidade tando uma melhor performance.
A escolha de um bom computador não é
tão simples, e nem sempre o mais indicado b) HD (Hard Disk - Disco Duro)
é procurar um vendedor para orientá-lo na
É no HD que todas as informações in-
hora da escolha de uma máquina, pois acima
seridas são arquivadas, por esse motivo a
de sua necessidade está a vontade de ven-
sua capacidade de armazenamento é o fa-
der do profissional. A composição do apa-
tor principal. Existem HDs, desde 1 até 500
relho, como também seus periféricos não
Gb, de forma convencional, lembramos que
bastam fazer uma lista de itens de melhores
essa escolha depende da expectativa do
qualidades, tem que se adequar à necessi-
usuário. Se armazenarem arquivos grandes
dade levando em conta a disponibilidade fi-
como inúmeras músicas recomendam-se
nanceira, os tipos de utilidades que mais o
um HD com uma capacidade maior, se é so-
usuário utiliza.
mente provas de alunos ou arquivos peque-
É comum encontrarmos profissionais nos pode-se ter um HD menor.
da educação que compram computadores
Apesar de apresentar acima HD com me-
com a mais alta tecnologia se comprome-
tem em longas prestações e que, na verda- 27 - Estar conectado à internet.
23

nor capacidade, trata-se apenas de uma c) Memória Run


ilustração de sua existência, pois o mesmo
São memórias que normalmente com-
não são comercializado de forma conven-
pramos em placas e colocamos nos slot do
cional, como também teremos um problema
computador aumentando a capacidade
de incompatibilidade, os mais comercializa-
para processar as informações. Temos que
dos são o de 160 GB e 240 GB, lembramos
ter o cuidado em adquirir memórias que são
que um CD, em que normalmente é usado
compatíveis com o nosso equipamento, pois
em nossos aparelhos de som, tem a capaci-
do contrário correríamos o risco de não ter
dade de 700Mb e um Gigabit são 1000 Mb.
sua funcionalidade. Os tamanhos são vari-
Ou seja, um HD de 160 é mais de 228 CDs.
áveis, as mais vendidas são dos tamanhos
Aconselhamos na hora da formatação, 1Gb e tendo a DDR1 e a mais vendida é no
que é o momento que antecede a instala- formato DIMM.
ção do sistema operacional e de outros sof-
twares, faça em um processo de bipartição.
d) Memória Cache L2
Essa é uma memória rápida. Importante
Quando formatamos, para instalarmos o
para o processamento, pois ela funciona da
Windows XP, por exemplo, aparece a opção
seguinte maneira: basta imaginarmos que
para o usuário, se deseja formatar o equipa-
estamos em uma biblioteca de armazena-
mento e apagar as partições atuais e fazer
mento de livros e estamos fazendo uma
outras. Seguindo a orientação que aparece,
pesquisa para o nosso artigo de final de
formataríamos e colocaríamos duas parti-
curso, normalmente, pegamos livros mais
ções. Por exemplo, com um HD de 160 Gb
de uma vez e sentamos em uma mesa, os li-
de capacidade de armazenamento deixa-
vros que mais necessitamos ficam em cima
ríamos 40 Gb, para as instalações dos sof-
da mesa e não nas prateleiras. A memória
twares, que na verdade não ocuparíamos
Cache L2 é essa mesa de fácil e rápido aces-
nem 8Gb e deixaríamos 120 Gb para outros
so aos livros, se ela for pequena o computa-
armazenamentos.
dor terá que deixar o livro que sempre usa
A vantagem desse tipo de prática é que na prateleira fazendo com que o processo
normalmente o computador pára de fun- torne mais demorado.
cionar e nem mesmo o técnico consegue
recuperá-lo sem uma verdadeira maratona.
Procedendo dessa maneira, bastaria colo-
car o CD do Windows e formatar a partição
primeira. Agindo dessa forma, todos os
softwares, dados e arquivos em que gra-
vamos estariam em uma segunda partição,
sem modificações, sendo essa uma prática
comum entre os mais prudentes. Lembra-
mos que a melhor forma de ficarmos livres Ilustração 20
de um vírus é formatarmos o computador e Se você tem um equipamento e não co-
instalarmos os softwares novamente. nhece o seu potencial, existem vários pro-
gramas gratuitos que fazem isso para você,
24

basta uma busca e um pouco de habilidade é necessário que tenhamos um softwa-


e logo fará a análise com facilidade, o nome re que possibilite esta construção. Como
do Programa consta no topo da figura a exemplo de softwares temos o Windows,
seguir e pode ser encontra no site www. Word, Excel, Power Point, Paint, antivírus,
baixaki.com.br digitando o nome “diagnós- entre outros.
tico de hardware”, ou o nome do programa
Hardwares são os componentes do com-
abaixo. Ele é muito simples e útil, para com-
putador, a parte física tais como o teclado o
prarmos ou vendermos equipamentos que
mouse, a memória o Cooler e outros.
esquecemos ou não sabemos as configura-
ções. Lembramos ainda que existem, além 2 - Softwares e a suas principais fina-
desse, vários outros que possuem funções lidades
similares.
Faremos aqui uma apresentação de al-
guns softwares para dar uma noção da fun-
cionalidade desses, longe de propor a ensi-
nar o aluno a trabalhar com tais softwares,
pois isso, somente a prática e o auxílio de
alguns manuais, ou até mesmos cursos es-
pecializados, podem fazer tais aprofunda-
mentos. Entendemos que é de fundamen-
tal importância que os alunos dos cursos de
informática na educação saibam as funcio-
nalidades desses:

Ilustração 21 <Ilustração retirado do programa>

2.8 - Conhecendo alguns


Softwares e suas Utilidades
1 – Software e Hardware
Alguns professores costumam usar uma
frase no sentido de brincadeira, mas que
contribui para a memorização e diferencia-
ção do que é um software e o que um har-
Ilustração 22 28
dware, da seguinte maneira: “Software é o
que você xinga e hardware é o que você Windows – sem um sistema operacional,
chuta”. É lógico que se trata de uma brinca- o computador não tem a funcionalidade na
deira, mas que elucida que software são os qual estamos habituados. Também denomi-
programas construídos para fazer com que nado de plataforma Windows, esse sistema
determinadas função tenham efeitos, ou
seja, para digitar um texto temos que ter 28 - Fonte <http://www.kadu.com.br/files/windows_vista_
mac_osx.png> Acesso 20/01/2009
um software que o faça, para desenharmos
25

surgiu em meados da década de 90, tendo


como seu idealizador Bill Gates, através de
pequenas janelinhas que facilitaria, enor-
memente. para o usuário. É este o marco da
propagação do computador para pessoas
que não possuíam grandes habilidade para
essa máquina. Trata-se de um software co-
mercial, pago, mas não é o único nessa ca-
tegoria de sistema operacional, tendo como
seu concorrente na modalidade gratuita, o
Ilustração 23 29
Linux que trataremos a seguir.
b) Linux – É um sistema operacional se-
Para saber mais sobre o Windows, reco-
melhante ao Windows, mas com suas par-
mendamos fazer o downloads de seu con-
ticularidade que faz com que o usuário do
teúdo em algum site confiável de pesquisa.
Windows não migre para o Linux com muita
Antes de apresentarmos o Linux e o facilidade, pois quem domina o primeiro não
pacote do Br Office, faz-se necessário necessariamente terá facilidade para o se-
conhecer sobre o software livre: gundo e vice-versa.

Uma das grandes vantagens do Linux é


Software livre, segundo a definição que se trata de um software aberto, ou seja,
criada pela Free Software Foundation é os usuários que dominam as ferramentas
qualquer programa de computador que para as modificações do Linux podem modi-
pode ser usado, copiado, estudado, mo- ficar sua versão sem poder vender o produ-
dificado e redistribuído sem nenhuma to, pois trata de um software gratuito.
restrição. A liberdade de tais diretrizes
é central ao conceito, o qual se opõe ao Linux é um sistema operacional utilizado
conceito de software proprietário, mas por usuários de todo o mundo. As maiores
não ao software que é vendido almejan- dificuldades de seu uso são a não compati-
do lucro (software comercial). A maneira bilidade com software que “rodam” na pla-
usual de distribuição de software livre é taforma Windows, tornando inoperante al-
anexar a esse uma licença de software guns softwares.
livre, e tornar o código fonte do progra- c) Qual sistema operacional usar:
ma disponível. Windows ou Linux? A escolha depende mui-
to de cada usuário, se a utilização do compu-
Apresentaremos a seguir a plataforma tador for mais ao ambiente da internet e di-
Linux, sendo esse um software livre. gitação, pode-se instalar o Linux e o pacote
do Br Office atende perfeitamente, sendo
que o usuário economizará nessa escolha,
em relação ao Windows e o pacote Office,
aproximadamente, o valor do equipamento.

29 - Fonte< http://catoze.files.wordpress.com/2008/11/linux.jpg>
Acesso 20/01/2009
26

3 - Office e Br Office software possui os recursos fundamentais,


pois permite exibir as informações de tama-
Qual é melhor? Quando se trata de sof-
nho razoável, com efeito e aparência muito
tware, definir o que é melhor é muito com-
superior ao Word\Write.
plexo, pois depende da necessidade de cada
usuário, mas estabeleceremos aqui uma c) Excel\Calc – É um software para pro-
relação de programas que são similares, do dução de planilha de cálculo, com ela as
lado esquerdo da barra o software do pa- equações são facilmente resolvidas. Ima-
cote Office e do lado direito o software do ginemos que o professor queira utilizá-la
pacote Br office com as suas particularida- para evitar erros de cálculos e melhorar a
des. Lembramos que o Br office é gratuito e aparência de seus diários, pois é de fácil edi-
o Office da Microsoft é proprietário, ou seja, ção. Para se fazer essa façanha, basta inse-
é necessário adquirir sua licença para o uso. rirmos a fórmula, como se pode visualizar
abaixo, no Excel, o que também ocorrerá no
Calc.

Para saber mais sobre o Linux visite o site: http://br-


-linux.org/ ou para saber sobre o br office visite:http:// Figura 24 - Recorte da tela do Excel
www.broffice.org/
No espaço acima da tabela onde aparece
a) Word\Write – Trata-se do software a função fx =SOMA (B4:F4), esse comando
utilizado para produzir texto, é um deles dá uma ordem a planilha para somar a linha
que, provavelmente, será usado para fazer 4 e as colunas B,C,D,E e F, oferecendo assim
seu TCC 30, seu artigo de conclusão do curso. o resultado.
Ambos, permitem escrever, inserir imagens,
formatar o texto da forma que necessitar,
d) Front Page (no Office) – É um sof-
tware cuja finalidade é propiciar um am-
enfim, será o programa para a produção
biente para se trabalhar na produção de
textual.
uma página na internet. Caso, o usuário
b) Power Point\Impress – Esse é o possuir interesse em publicar seus arquivos
software para apresentação, exibir algum em site, esse software propicia a produção
assunto, ministrar palestras, aulas com o de uma forma fácil do código em HTML. E,
recurso tecnológico em que há uma sequ- se desconhecer a lógica dessa linguagem,
ência de ideias a serem trabalhadas, esse o software trabalha de maneira que o pro-
cesso de inserção de imagem e texto seja
30 - Trabalho de Conclusão de Curso. bem parecido como quando trabalhamos
27

nos editores de texto, de forma indutiva, loads são E-mule e Limeware. O primeiro
assim ele insere o código html em seu códi- trata de um software que abre a porta do
go, deixando o programa pronto para você. computador interagindo com outros e dis-
Existem outros softwares gratuitos para ponibilizando os arquivos, compartilhados
downloads muito bons que tem a mesma fi- pelo usuário, em que possui o E-mule insta-
nalidade do Front Page que vem no pacote lado. O Limeware é um software que fun-
Office. ciona com a mesma lógica, interagindo os
computadores e fazendo que eles funcio-
4 - Internet Explorer e Mozila
nem como servidores.
Internet Explorer é um programa do Win-
O E-mule, apesar de poder baixar todos
dows cuja finalidade é navegar na internet.
os tipos de arquivos, é mais usado para
downloads de programas, imagens ou ou-
tros. No Limeware se baixa todo tipo de
programas, mas é mais indicado para músi-
cas apesar de encontrarmos outros arqui-
vos. Lembramos que ao abrir a porta para
entrada de arquivos como também a saída,
o seu computador fica vulnerável para a en-
trada de todos os tipos de vírus, malware
entre outros arquivos maliciosos.

6- Programas de Autorias
O software Mozilla Firefox funciona de Programas de autoria são softwares que
forma semelhante ao Internet Explore, veja possibilitam ao usuário realizar alterações
uma página neste navegador. ou produções de outro software para aten-
der às suas necessidades imediatas ou em
médio prazo.

Na educação, apesar de não termos um


grande ou rol de software para se trabalhar
com este fim, alguns são necessários citar,
tanto por se destinarem para a educação
de forma específica ou por serem bons e
de fácil acesso e produção pelo usuário. Te-
mos software de grande aceitabilidade, tais
como: Visual Class e Everest, ambos fun-
cionam em dois modos, edição e execução.

Módulo edição é o momento em que o


Ilustração 25 - (Retirado do site acima)
programador está programando o softwa-
5 - Programas para Downloads re, neste instante possibilita a inserção ou
retirada de elementos como vídeos, áudios,
Um dos principais programas para down-
texto, mudar a cor dos objetos contidos na
28

tela, enfim, é a construção do software. Já


Conheça o site oficial
o módulo execução é o momento em que
www.classinformatica.com.br
se executa, que o usuário está executan-
do o programa realizado pelo programador
e consegue fazer somente aquilo que está b) Everest 32
previsto pelo programador. É natural que ao
O programa Everest é um software de
programar, o programador necessite de tra-
autoria, similar ao Visual Class, com
balhar no módulo edição como também no
módulo execução e edição, diferen-
módulo execução, por questões obvias de
te é a nossa análise com relação à
testar se o seu software está sendo cons-
vantagem e desvantagem de um relação ao
truído de forma correta e se sua expectati-
outro. O Everest, roda em outro computa-
va de resposta do usuário está atendendo
dor sem que, necessariamente, tenha ins-
corretamente.
talado o software neste computador.
A seguir, trabalharemos com dois sof-
A sua produção de códigos são mais com-
twares que acreditamos que irão se des-
plexas que o Visual Class e, até o momento,
tacar no rol de software destinados para
nota-se que não se trabalha com avaliação,
a produção de materiais para a educação,
mas possui outros mecanismos que podem
principalmente, no uso dos mesmos em la-
realizar ações que o primeiro não faz. A es-
boratórios de informática.
colha de um ou de outro não se dá pela su-
perioridade de um software em relação ao
a) - Visual Class outro, mas sim pelos usuários, pois através
dos conhecimentos iniciais, intermediários
O Visual Class é um software produzi- ou avançados é que será possível adequar-
do para fins educacionais, usado -se ao software de melhor resultado.
pelo professor e laboratorista 31
Para saber mais sobre o Everest e
para produção de software para
suas funcionalidades, recomendamos
uso dos alunos. Na forma edição, esse sof-
que visite o site do software em:
tware possibilita a produção de uma tela
http://www.geracaobyte.com.br/Everest.html
de edição capaz de interagir com outras
telas criando imagem, textos, vídeos, além
de possuir um diferencial com relação aos
outros softwares dessa categoria, sua ca-
pacidade de avaliar, ou seja, no final da exe-
cução, em módulo execução, nesse aparece
a nota que obteve, dando uma noção clara
de seus erros e acertos como também pos-
sibilitando ao professor uma possibilidade
de avaliação, evitando assim, aquela rotina,
31 - Chamamos aqui de laboratorista o responsável pela
muitas vezes indesejáveis, de levar malotes organização dos softwares e manutenção dos equipamentos
de provas para casa para corrigir e lançar nos Laboratórios de Informática nas escolas, como ocorre em
algumas cidades, exemplo: nas escoals de Uberlândia – MG
notas. 32 - Os ícones dos programas foram retirados dos sites próprios
softwares.
29

UNIDADE 3 - Geração Digital

disposição de caracteres móveis. No Bra-


sil, uma das maiores aplicações do ensino a
distância ganha uma conotação mais forte
em 1936, pelo Instituto Rádio Técnico Mo-
nitor, fundado em 1936. Em 1941, surge o
Instituto Universal Brasileiro, objetivando a
formação profissional de nível elementar e
médio.

Ilustração 26 <Fonte: www.baixaki.om.br>


Acesso 20/02/2009

O que era inicialmente uma ferramen-


ta com custo altíssimo e somente de uso
das empresas com alto poder econômico,
passou a ser acessível também nas clas-
ses menos privilegiadas. As crianças pas-
saram a buscar seus interesses cada vez
mais cedo nesses equipamentos, o que
levam professores e outros profissionais
Ilustração 27 34
veiculados à educação se prepararem
para enfrentar uma geração digital 33. Ambas as instituições se consagraram no
Brasil e existem até hoje. O ensino a distân-
3.1 Tecnologias da Informa- cia em que o instituto enviava para o aluno
ção e da Comunicação (TIC) o material pelo correio e esse fazia as suas
atividades e as devolviam para as correções
A Tecnologia da Informação e da Comuni-
à instituição foi ganhando espaço e credibi-
cação – TIC – é o conjunto de tecnologia des-
lidade ao longo do processo, além do reco-
tinada à comunicação e tem uma gama mui-
nhecimento através do MEC – Ministério da
to grande com relação às áreas de atuação.
Educação e Cultura.

Essa forma de ensino aproximou as pos-


3.1.1 - Ensino a distância sibilidades de aprendizagem dos alunos em
O Ensino a distância não surgiu com o
computador, essa modalidade de ensino 33 - Essa terminologia se faz referência a um grupo de
criança com facilidades digitais, pois nascram em uma época
existe desde o século XV, momento em digital, tendo grandes facilidades com a lógica do universo
da informática.
que Johannes Guttenberg, em Mogúncia, 34 - Fonte http://www.phikappaphi.org/ObjectAssets/File-
na Alemanha, inventou a imprensa, com a Library/1/2/distance%20learning%20paper%20image.JPG
acesso 04/01/2009
30

um processo de democratização do saber, Tecnologias para comunicação e


pois atende ao aluno que faz viagem cons- publicação
tantemente em decorrência de seu traba-
lho, àqueles que residem em lugares em Os alunos gostam de se comunicar pela
que não possuem escolas, com possibilida- internet, as páginas de grupos na inter-
de de tirar suas dúvidas e sanar suas curio- net permitem o envio de correio eletrôni-
sidades. co e seu registro numa página WEB. Tem
ferramentas de discussão online (chat) e
O ensino a distância teve seu auge nos offline (fórum). O chat ou outras formas
cursos técnicos, tais como: eletrônica, me- de comunicação online são ferramentas
cânica de automóveis, desenhos artísticos muito apreciadas pelos alunos e bastan-
publicitários e outros, utilizando-se da tec- te desvalorizadas pelos professores. Ale-
nologia das informações dos Correios. ga-se a dispersão (em geral, real) e o não
aprofundamento das questões. Mas, há a
Com o surgimento de novas tecnologias
predisposição dos alunos para a conversa
como o computador e a internet, alguns ma-
online. Faz parte dos seus hábitos na in-
teriais foram substituídos, a exemplo temos
ternet. Com as novas soluções, como o vi-
as cartas que passaram a dar espaços para
deochat, o chat com voz e algumas formas
os e-mails, aumentando assim a rapidez das
de gerenciamento, podem ser muito úteis
informações. É natural que isso ainda não
em cursos semi-presenciais e a distância.
esteja acontecendo em todos os lugares,
pois, nem todas as pessoas tem acesso ao A escola, com as redes eletrônicas,
computador, como também habilidade para abre-se para o mundo; o aluno e o profes-
lidar com o mesmo. Mas, a tendência é de sor se expõem, divulgam seus projetos e
que as cartas enviadas pelos Correios, se- pesquisas, são avaliados por terceiros,
jam quase todas substituídas pelo e-mail, positiva e negativamente. A escola con-
como também os trabalhos sejam feitos tribui para divulgar as melhores práticas,
pelo computador, aumentando assim a ra- ajudando outras escolas a encontrar seus
pidez de respostas e de correções. caminhos. A divulgação hoje faz com que
o conhecimento compartilhado acelere as
Como leitura, selecionamos um texto
mudanças necessárias e agilize as trocas
que se trata de uma reflexão de José Manuel
entre alunos, professores, instituições. A
Moran sobre o processo de comunicação.
escola sai do seu casulo, do seu mundinho
e se torna uma instituição onde a comuni-
dade pode aprender contínua e flexivel-
Texto Complementar mente.

Tecnologia da Informação e Comu- Quando focamos mais a aprendizagem


nicação dos alunos do que o ensino, a publicação
da produção deles se torna fundamental.
José Manuel Moran
Recursos como o portfólio, em que os alu-
Fonte: www.eca.usp.br/prof:/moran nos organizam o que produzem e o colo-
Acesso em: 24/01/09 cam à disposição para consultas, é cada
vez mais utilizado. Os blogs, fotologs e
31

videologs são recursos muito interativos laboração”, explica Suzana Gutierrez, da


de publicação, com possibilidade de fácil UFRGS. “Blogs possuem historicidade,
atualização e de participação de terceiros. preservam a construção e não apenas o
São páginas na internet, fáceis de serem produto (arquivos); são publicações dinâ-
desenvolvidas, e que permitem a parti- micas que favorecem a formação de re-
cipação de outras pessoas. Começaram des”.
no “modo texto”, depois evoluíram para a
“Os weblogs abrem espaço para a con-
apresentação de fotos, desenhos e outras
solidação de novos papéis para alunos
imagens e, atualmente, estão na fase do
e professores no processo de ensino-
vídeo. Professores e alunos podem gra-
-aprendizagem, com uma atuação menos
var vídeos curtos, com câmeras digitais,
diretiva destes e mais participante de to-
e disponibilizá-los como ilustração de um
dos.” A professora Gutiérrez lembra que
evento ou pesquisa.
os blogs registram a concepção do projeto
Os blogs, flogs (fotologs ou videologs) e os detalhes de todas as suas fases, o que
são utilizados mais pelos alunos do que incentiva e facilita os trabalhos interdisci-
pelos professores, principalmente como plinares e transdisciplinares. “Pode-se as-
espaço de divulgação pessoal, de mostrar sim, dar alternativas interativas e suporte
a identidade, onde se misturam narcisismo a projetos que envolvam a escola e até
e exibicionismo, em diversos graus. Atual- famílias e comunidade.” Os blogs também
mente, há um uso crescente dos blogs por são importantes para aprender a pesqui-
professores dos vários níveis de ensino, sar juntos e a publicar os resultados.
incluindo o universitário. Eles permitem
Há diferentes tipos de blogs educacio-
a atualização constante da informação,
nais: produção de textos, narrativas, po-
pelo professor e pelos alunos, favorecem
emas, análise de obras literárias, opinião
a construção de projetos e pesquisas in-
sobre atualidades, relatórios de visitas e
dividuais e em grupo, e a divulgação de
excursões de estudos, publicação de fo-
trabalhos. Com a crescente utilização de
tos, desenhos e vídeos produzidos por
imagens, sons e vídeos, os flogs têm tudo
alunos. A organização dos textos pode
para explodir na educação e se integra-
ser feita através de algumas ferramentas
rem com outras ferramentas tecnológicas
colaborativas como o Wiki, que é um sof-
de gestão pedagógica. As grandes plata-
tware que permite a edição coletiva dos
formas de educação a distância ainda não
documentos usando um sistema simples
descobriram e incorporaram o potencial
de escrita e sem que o conteúdo tenha
dos blogs e flogs.
que ser revisado antes da sua publicação.
A possibilidade de os alunos se expres- A maioria dos wikis são abertos a todo o
sarem, tornarem suas ideias e pesquisas público ou pelo menos a todas as pessoas
visíveis, confere uma dimensão mais sig- que têm acesso ao servidor wiki.
nificativa aos trabalhos e pesquisas aca-
A internet tem hoje inúmeros recursos
dêmicos. “São aplicativos fáceis de usar
que combinam publicação e interação,
que promovem o exercício da expressão
por meio de listas, fóruns, chats, blogs.
criadora, do diálogo entre textos, da co-
Existem portais de publicação mediados,
32

em que há algum tipo de controle, e ou- seus alunos dominam. Mas cabe a ele di-
tros abertos, baseados na colaboração de recionar suas aulas, aproveitando o que a
voluntários. O site www.wikipedia.org/ internet pode oferecer de melhor”, afirma
apresenta um dos esforços mais notáveis, a educadora Gládis Leal dos Santos.
no mundo inteiro, de divulgação do co-
Palloff e Pratt afirmam que as chaves
nhecimento. Milhares de pessoas contri-
para a obtenção de uma aprendizagem
buem para a elaboração de enciclopédias
em comunidade, bem como uma facili-
sobre todos os temas, em várias línguas.
tação online bem sucedida, são simples,
Qualquer indivíduo pode publicar e edi-
tais como: honestidade, correspondência,
tar o que as outras pessoas escreveram.
pertinência, respeito, franqueza e auto-
Só em português foram divulgados mais
nomia, elementos sem os quais não há
de 30 mil artigos na wikipedia. Com todos
possibilidade de se atingir os objetivos de
os problemas envolvidos, a ideia de que
ensino propostos.
o conhecimento pode ser co-produzido e
divulgado é revolucionária e nunca antes
havia sido tentada da mesma forma e em
Jakob NIELSEN. Como os Usuários
grande escala. Aqui, contudo, professores Lêem na Web. Revista eletrônica Conecta,
e alunos precisam validar a fonte, pois al- 22/02/2003. Disponível em http://www.
gumas vezes há informações incorretas. revistaconecta.com/conectados/nielsen_
como_usuarios.htm .
Outro recurso popular na educação é a
criação de arquivos digitais sonoros, pro- Priscilla Brossi GUTIERREZ. Blogs na sala
gramas de rádio na internet ou PodCasts. de aula; Cresce o uso pedagógico da ferra-
menta de publicação de textos na internet.
São arquivos digitais, que se assemelham
In http://www.educarede.org.br/educa/
a programas de rádio e podem ser baixa- revista_educarede/especiais.cfm?id_es-
dos da Internet usando a tecnologia, que pecial=221
“avisa” quando há um novo episódio colo-
Blogs como ferramentas pedagógicas.
cado na rede e permite que ele seja bai-
In http://www.ead.sp.senac.br/newslet-
xado para o computador. Há podcasts em ter/agosto05/destaque/destaque.htm
todas as áreas
Blogs como ferramentas pedagógicas.
São muitas as possibilidades de utili- Acessível em: http://www.ead.sp.senac.
zação dos blogs na escola. Primeiro, pela br/newsletter/agosto05/destaque/desta-
facilidade de publicação, que não exige que.htm
nenhum tipo de conhecimento tecnológi-
co dos usuários, e segundo, pelo grande
atrativo que estas páginas exercem sobre
os jovens. “É preciso apenas que os pro-
fessores se apropriem dessa linguagem e
explorem com seus alunos as várias possi-
bilidades deste novo ambiente de apren-
dizagem. O professor não pode ficar fora
desse contexto, deste mundo virtual que
33

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As maiores revoluções ocorridas em


termos de conhecimento foi com o uso da
internet, esse fenômeno possibilitou com
que as informações fossem usadas ao
mesmo tempo em que fossem postadas,
assim, aproximando culturas em um es-
paço em que temos a democratização do
conhecimento e da informação.

E foi nesse contexto que organizamos


este material, procurando oferecer uma
visão geral sobre a informática na edu-
cação, mostrando a evolução do compu-
tador para que pudéssemos evidenciar
suas origens e finalidades, oferecendo
uma ampla visão das possibilidades futu-
ras como também as inclinações do uso da
tecnologia.

Esperamos que através desta apostila


possamos oferecer um estímulo ao uso da
informática na educação, tanto em sala
de aula, como em atividades interdisci-
plinares, enriquecendo o aluno em seus
trabalhos e também nas possibilidades de
apresentações e explanações dos conte-
údos pelo professor.

Sucesso!
34

REFERÊNCIAS

CHAVES, E. O. C., SETZER, V. W. O uso do


computador em Escolas: Fundamentos e
críticas. São Paulo: Scipione, 1988.

LÉVY, Pierre. O que é virtual? Trad. Pau-


lo Neves. São Paulo, Ed. 34, 1996. 157p.

______ As tecnologias da inteligência:


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ção. São Paulo: editora 34, 1993.

______ As árvores de conhecimentos.


São Paulo: Escuta, 1995. 188 p. (em co-
-autoria com Michel Authier)

______ Cibercultura. São Paulo: Edito-


ra 34, 1999. 260 p.

______ A inteligência coletiva: por uma


antropologia do ciberespaço. 3. ed. São
Paulo: Loyola, 2000. 212 p.

______ As tecnologias da inteligência.


O futuro pensamento na era da informáti-
ca. Rio de Janeiro, Editora 34, 1993.

LION, Carina Gabriela. Mitos e Realida-


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LITWIN, E. Tecnologia educacional: Polí-


tica, História e Proposta. Porto Alegre:

ArtMed, 1998.

VIRILIO, P. A bomba informática. São


Paulo: Estação Liberdade, 1999.
35

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