E-BOOK Transforme Vidas Contando Historias - Livia Alencar
E-BOOK Transforme Vidas Contando Historias - Livia Alencar
E-BOOK Transforme Vidas Contando Historias - Livia Alencar
Dedico esse meu primeiro livro à minha mãe, que me apresentou ao mundo
encantado das histórias; ao meu pai, que sempre me tocou com suas histórias
de vida; ao meu marido, com quem estou construindo a minha história; aos meus
filhos Benjamin, que me inspira a criar histórias novas quase que diariamente, e
Rebecca, que na data de lançamento desse livro está ainda aqui dentro de mim,
dando muitas piruetas e ansiando por iniciar a sua história nessa Terra.
Maio de 2017
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ÍNDICE
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Prefácio: uma história transformadora inédita
O SONHO DE MARICOTA
Lívia Alencar
Era uma vez uma galinha que vivia em um galinheiro dentro de uma grande
Como todas as outras galinhas, Maricota passava seus dias ciscando, batendo
papo com as amigas, botando ovos... ela levava uma vida normal de galinha.
olhou para fora e notou que, lá do outro lado da fazenda, havia uma grande
montanha. De repente ela se viu tomada por uma curiosidade: o que haveria lá
no alto da montanha?
dentro dela nasceu uma vontade grande de ir até a montanha, subir até o topo e
saber como era estar no alto da montanha, o que ela encontraria por lá...
Maricota foi conversar com suas amigas, mas todas elas acharam aquilo um
absurdo:
- Que ideia maluca, Maricota... para que você quer ir subir a montanha se nós
temos tudo o que precisamos aqui? O nosso dono nos dá comida todos os dias,
temos o nosso poleiro para dormir... aqui nós estamos seguras e cuidadas, e lá
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- Isso mesmo, Maricota! Aliás, nunca nenhuma galinha foi até a montanha. É tão
longe que você nem sabe se vai conseguir chegar lá. Você pode morrer pelo
montanha.
cabecinha dela.
De início a Maricota ficou muito desanimada e tentou esquecer tudo, pois parecia
que suas amigas tinham razão... aquela ideia era mesmo muito maluca.
Mas cada vez que ela olhava para a montanha, tão alta e imponente, aquela
delas tentou?”
E a vontade foi se transformando em algo grande, em uma coisa que ela já não
podia ignorar: um sonho! E ela sentia que tinha que lutar para alcançar aquele
Então Maricota foi se preparando para o momento certo de sair em busca do seu
sonho. Até que, certa tarde, quando o fazendeiro abriu a porteira do galinheiro
para levar comida às galinhas, Maricota passou por ele, saiu pela porteira e
correu em disparada fazenda afora. O fazendeiro até tentou correr atrás dela,
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- Volta, Maricota, não seja doida!
ouvidos às galinhas. Ela só correu o mais rápido que pôde até conseguir sair da
fazenda e se ver livre. Finalmente, livre! Sim, ela estava livre para chegar aonde
O caminho até a montanha não foi nada fácil. Maricota passou horas e horas
andando e começou a sentir muita fome. Ela se lembrou da comida que tinha no
galinheiro. Era mesmo muito conveniente e fácil ganhar comida todos os dias,
pelo chão. Para a sua surpresa, foram surgindo minhocas muito apetitosas. Ela
começou a comê-las e ficou satisfeita. Agora ela sabia como conseguir comida!
Maricota continuou andando até a montanha, mas o caminho era tão longo e
montanha. Eu posso até morrer pelo caminho... talvez seja melhor voltar para a
Mas ao mesmo tempo, quando Maricota tinha esses pensamentos, parecia que
havia algo mais forte dentro dela que a fazia seguir em frente. E ela seguia.
E foi assim, nessa luta consigo mesma, que Maricota continuou em frente por
percebeu que o maior desafio estava só para começar: ela precisava chegar ao
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topo, e essa seria a parte mais difícil. Mas agora não tinha mais volta. E, se ela
já tinha andado tanto e chegado até ali, com certeza ela conseguiria chegar ao
topo.
A subida foi mais difícil ainda do que Maricota imaginava. Havia muitas pedras
pelo caminho. O esforço era muito grande. Ela se sentia extremamente cansada
Mas em cada parada Maricota olhava para baixo e via o quanto já tinha subido,
o quanto já havia progredido, e percebia que a vista estava ficando cada vez
mais bonita. E, ao olhar para cima, ela se lembrava que o seu foco era chegar
Desistir já não era mais uma opção. A única opção era atingir seu objetivo,
Até que aquele momento chegou. E Maricota deu seus últimos passos em
Maricota respirou fundo e sentiu uma emoção forte... seus olhinhos se encheram
de água e várias lágrimas escorreram... afinal, ela tinha conseguido algo que as
outras galinhas tinham certeza que era impossível. Ela tinha mesmo alcançado
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A história poderia acabar aqui. Maricota conseguiu realizar seu sonho e ponto.
Mas as histórias dos grandes sonhadores não acabam assim. De que adianta
sentir o mesmo que ela estava sentindo, de contemplar as belezas que ela
Agora que já sabia como, ela poderia ajudar mais galinhas a percorrerem aquele
E Maricota contou para todas as galinhas como havia sido a sua jornada e tudo
o que ela havia aprendido e visto. Ela mostrou que realmente era possível e que
O galinheiro ficou dividido: uma parte das galinhas sentiu o desejo de ir para a
montanha também e ver com seus próprios olhos tudo o que Maricota tinha visto,
e outra parte achava que aquilo era totalmente desnecessário, uma grande
bobagem.
Maricota ficou feliz por poder despertar em algumas das galinhas aquela vontade
E partiram.
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Durante o caminho até a montanha, Maricota ia encorajando o grupo. Ela
contava que também havia pensado aquilo muitas vezes, mas que valeu a pena
seguir em frente. Ela fazia o seu melhor para motivá-las e ajudá-las a manterem
o foco.
As galinhas ficaram felizes ao chegarem à montanha, mas não foi fácil enfrentar
quanto já tinham progredido e pedia para que olhassem para cima, para o topo
topo da montanha.
Ao chegarem lá em cima, foi uma festa geral! Foi tão emocionante quanto aquela
que aquela emoção de ter ajudado suas amigas a chegarem lá era ainda maior
Elas passaram alguns dias no topo da montanha, contemplando aquela vista tão
Numa noite, enquanto elas papeavam antes de dormir, com o céu estrelado
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Até que, de repente, ela falou:
Mas, conhecendo bem a Maricota, você tem alguma dúvida de que ela
conseguiu?
Nota: Eu ia finalizar meu livro com essa história, mas como muitas pessoas
acabam não lendo os livros até o final, achei melhor abrir o livro com ela, pois
essa história é meu presente para você e eu espero que ela te influencie
positivamente!
Você pode me contar o que achou dessa história e também desse livro me
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Introdução: a minha jornada com a contação de histórias.
que comecei a contar histórias em 2006, aos 21 anos, quando peguei uma
maravilhosa.
antes, quando eu era pequena e ouvia a minha mãe contando histórias para
mim. Acredito que foi a minha mãe que despertou em mim de maneira tão doce,
com o amor único que as mães tem, o interesse pelas histórias e a capacidade
irmã passávamos deitadas na cama com a minha mãe enquanto ela nos contava
Então, a semente já havia sido plantada quando eu era muito pequena, e o meu
contato “oficial” com a contação de histórias logo fez com que eu me identificasse
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a contar histórias em uma escola pública de Ensino Fundamental de São Carlos.
Lembro-me exatamente do que senti quando entrei pela primeira vez na escola.
Como era delicioso chegar nas salas de aulas e ser recebida com palmas, gritos
de alegria, abraços e beijos das crianças! Era muito carinho e amor que eu
emocionar, como a de uma vez em que uma das meninas me abraçou e disse:
pequenos ouvintes. Às vezes eu não encontrava o que precisava, por isso passei
a criar minhas próprias histórias e então um novo mundo se revelou para mim: o
despertar do meu poder criativo, que fazia tudo aquilo ser mais gostoso ainda!
Ver as crianças se divertindo com as histórias criadas por mim era maravilhoso
e único!
primeira foi com minha mãe. Naquela época minha mãe tinha se recuperado de
uma depressão profunda que havia durado alguns duros anos. Foram anos muito
difíceis para a nossa família. Só quem passa por uma depressão ou tem alguém
recuperou totalmente.
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E, em momentos de tristeza e desespero que às vezes retornavam na vida da
minha mãe, ela me pedia para contar histórias para ela. E eu contava... e ela se
imaginamos.
O mais interessante foi que minha mãe foi quem primeiro moldou e transformou
a minha vida contando histórias para mim, e depois fui eu quem influenciei a vida
dela de maneira positiva contando histórias para ela. É um ciclo, uma troca
inexplicável e bela.
A outra experiência que eu tive em casa foi com meu irmão caçula. Na época
Mesmo com essa idade, ele era o bebezão da família, sempre carente e
carinhoso. E ele começou a me pedir para contar histórias para ele antes de
cabelo dele enquanto contava histórias, até ele dormir. Foram momentos que
estreitaram nossos laços como irmãos e dos quais nunca nos esquecemos.
um tempo para que eles fossem à frente e contassem histórias para o grupo.
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Um dos rapazes não falava, apenas emitia sons. Mas, mesmo assim, ele fazia
curso. Descobri que dentro das Ciências Sociais havia um campo relativamente
trabalhar com as crianças o meu tema. Fiz minha pesquisa de campo em duas
Os resultados foram muito bons e, como eu tinha um contato mais profundo com
tempo integral pela minha igreja por 1 ano e meio. Servi pregando o Evangelho
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único e fantástico da minha vida renderia um outro livro – um livro bem longo -,
e dentro do nosso tema basta dizer que por lá eu também contei muitas histórias
Paulo, mas era em uma outra área e eu passava a maior parte do tempo
trabalhando em escritório.
Uma Vez, que me trouxe mais oportunidades incríveis de levar a magia das
prefeitura que atendia moradores de rua. Aliás, nunca vou me esquecer dos
em casa depois do trabalho. Eu disse para ele que não tinha mais sonhos. Nós
Eu estava naquele momento que talvez você também já tenha passado ou esteja
Acabei saindo da empresa onde trabalhava e voltei a dar aulas de inglês, que
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em fazer um curso de coach com um profissional que estava indo para São
Paulo. Foram três dias de curso que me ajudaram muito a me conhecer melhor,
então eu fui contar uma história ao grupo, que era formado em sua maioria por
caçulinha do grupo e a única que não tinha experiência com um negócio próprio.
tinha ficado bastante emocionado e me disse: “A história que você contou cura
a alma da gente.”
Essa frase dele nunca saiu da minha cabeça. Nesse dia eu aprendi que as
Não se passou muito tempo até que eu descobrisse o que realmente tinha que
Certa noite eu e meu marido estávamos em uma Virada Cultural e fomos ver
grande de pessoas de todas as idades. O clima ali era de muita energia positiva
empolgada e de repente tive uma “luz” e pensei exatamente assim: “É isso que
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Pesquisando a respeito, descobri que existia um mercado bastante forte de
poder viver fazendo o que eu mais gostava, acendeu em mim uma chama que
Discovery Kids, eu relato em uma das aulas do meu Curso Online Avançado
passo a passo para entrar nesse mercado, divulgar seus trabalhos, quanto
cobrar, etc.
(Caso você ainda não tenha feito o Curso Avançado de Técnicas de Contação
e milhares de pessoas com meu trabalho online, tenho visto muitas vidas serem
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A contação de histórias como instrumento de transformação
Você já sentiu que sua vida tem um objetivo grande, um propósito maravilhoso?
Acredito que você, eu e todos nós fomos colocados nessa vida na época e no
positiva.
que exerce influência sobre crianças ou pessoas de qualquer idade, você tem
não só a missão, mas a grande responsabilidade de fazer o seu melhor por essas
pessoas.
A sua influência pode transformar as vidas das pessoas ao seu redor para
melhor. Você pode fazer isso por meio do seu exemplo, e pode fazer também
pessoas?
Às vezes podemos cair nessa armadilha, mas a história abaixo ilustra bem o que
eu quero dizer. Aliás, essa foi a história que eu contei para aquele grupo de
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O PRÍNCIPE SILENCIOSO
Dan Yashinsky
príncipe que parou de falar quando tinha 13 anos. Ele ficou conhecido como o
Príncipe Silencioso.
Seus pais, o rei e a rainha, ficaram desesperados. A mãe tinha esperança que
seu filho voltasse a falar. Mas por outro lado, o pai achava que seu filho estava
escrito: "Quem tentar e falhar terá sua cabeça cortada". Todos os homens
corajosos que tentaram fazer o Príncipe Silencioso falar falharam e tiveram suas
cabeças cortadas.
Não muito longe do palácio, havia uma jovem corajosa que vivia com sua sábia
avó. A sábia avó tinha lhe ensinado toda a sua sabedoria. Um dia, a jovem
decidiu tentar fazer o Príncipe Silencioso falar, mesmo sabendo que sua vida
corria risco.
A jovem foi até o palácio e contou para o rei e a rainha as suas intenções. O rei
ficou surpreso e pensou, tão jovem e tão corajosa. Mas disse: "OK. As regras
são as seguintes: você passará a noite com o príncipe no seu quarto com uma
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A jovem foi para o quarto do príncipe e sentou-se em silêncio. Isso surpreendeu
muito o príncipe, pois todos os homens que tentaram fazê-lo falar falavam o
a jovem falou, mas não com o príncipe. Ela se virou para a testemunha e disse:
"Amanhã eu vou morrer. Você poderia me contar uma história que me ajudasse
"Sinto muito", disse a testemunha, "mas eu não sei nenhuma história, eu sou só
uma testemunha".
Era uma vez, três mulheres que tinham poderes especiais. A primeira possuía
um telescópio mágico, com o qual ela podia ver qualquer coisa que estivesse
mágico, que podia levá-la a qualquer lugar imediatamente. A terceira tinha uma
maçã mágica, a maçã da vida - uma mordida poderia curar qualquer doença. Um
lado do mundo, e nele tem um príncipe que está morrendo”. A segunda mulher
disse: "Subam no meu tapete mágico”, e num segundo elas estavam no palácio.
maçã mágica. O príncipe foi curado instantaneamente. Ele olhou para as três
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mulheres jovens e bonitas e pensou: "Eu sou jovem, estou saudável e sou
Nesse momento a jovem interrompeu a sua história e disse: "Eu tenho uma
pergunta para você. Cada mulher fez alguma coisa para salvar a vida do
A testemunha respondeu, "Eu não sei, não sou muito bom em charadas".
O Príncipe Silencioso, que ouvia atentamente, falou. Pela primeira vez em muitos
anos o Príncipe Silencioso falou. E ele disse: "Eu tenho uma ideia".
"Eu fico muito feliz em ouvir isso", disse a jovem, "qual é a sua ideia?".
O Príncipe Silencioso disse: "Eu acho que ele deveria pedir a mão da mulher que
lhe ofereceu a maçã. A mulher do telescópio mágico não perdeu nada ao usá-
lo. A do tapete mágico também não. Mas a mulher da maçã abriu mão de um
pedaço dela, e não poderá recuperá-lo. Ela foi a única que abriu mão de alguma
espero que você também encontre alguém que abra mão de alguma coisa por
você”.
finalmente quebrado o seu silêncio. A rainha estava felicíssima e disse: "Eu sabia
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Mas o rei não acreditou. E disse, "Eu insisto numa segunda noite com duas
testemunhas!".
Então naquela noite a jovem foi para o quarto do príncipe com as duas
Vocês poderiam me contar uma história que me ajudasse a passar esta noite?".
testemunhas."
Havia uma jovem bruxa que vivia numa vila. Ela estava apaixonada por um
rapaz, mas ela não tinha contado para ele que era uma bruxa. Ela tinha medo
sozinho na floresta, o jovem rapaz viu uma bruxa. Ele pegou uma pedra grande
e atirou na direção dela. Ela tentou escapar, mas a pedra bateu na sua perna.
Na manhã seguinte quando o rapaz foi visitar a sua namorada, ele percebeu que
ela estava mancando. Quando a moça se virou, o jovem se deu conta de que ela
estava com um machucado na perna, tal como a bruxa da floresta. Ele disse:
"Então você é uma bruxa!". E ela concordou: "Sim, eu sou uma bruxa!".
Nesse momento, a jovem parou a sua história e disse para as duas testemunhas,
"Eu tenho uma pergunta pra vocês. Agora que o namorado sabe a verdade, o
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"Nós não sabemos", eles disseram, "nós não somos muito bons em charadas".
O príncipe, que estava ouvindo cuidadosamente, falou: "Eu tenho uma ideia".
"Estou muito feliz em ouvir isso", a jovem respondeu. "Qual é a sua ideia?"
"Uma resposta sábia", disse a jovem, "e uma resposta incomum para um homem.
Muitos homens teriam dito - ela é uma bruxa; mande ela embora; que ela seja
queimada. Mas você entende que quando um casal se ama, não apenas abre
mão de seus segredos, como também descobre outros. Eu espero que você
falado. A rainha estava felicíssima, mas o rei ainda não acreditava. "Eu insisto
Vocês poderiam me contar uma história que me ajudasse a passar esta noite?".
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Havia um homem que sonhava com pássaros de fogo. Um dia quando ele estava
na floresta, ele viu um grande raio de luz dourada. Ele se escondeu atrás de uma
árvore e fechou seus olhos. Quando criou coragem para olhar, ele viu uma
mulher lindíssima tirando sua roupa de penas e entrando num lago para se
banhar. Ele nem pensou duas vezes, pegou as penas douradas e as escondeu.
Quando a mulher saiu do lago, procurou suas penas, e não as encontrou. Nesse
mulher sabia que não poderia voar e foi com ele para sua casa. Ele tinha uma
casa bonita e era gentil. Então ela ficou com ele. Depois de um tempo, ela teve
um lindo menino que ela amava muito. Um dia quando o pai não estava em casa,
o menino veio correndo e disse, "Mamãe, venha ver, achei uma coisa linda". A
mãe foi com ele até a floresta, e atrás de uma árvore ela encontrou suas penas
douradas. Ela as pegou e foi para casa com o filho. Depois de colocá-lo na cama,
cantou algumas cantigas de ninar. Com uma mão acariciava seu filho, e com a
Nesse instante, a jovem parou a sua história e disse: "Eu tenho uma pergunta
pra vocês. Agora que a mulher encontrou as suas penas, o que ela deve fazer?”.
todas".
Mas o príncipe, que estava ouvindo com muita atenção, disse: "Eu tenho uma
ideia".
"Estou muito contente em ouvir isso", disse a jovem, "Qual é a sua ideia?".
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"Eu acho", disse o príncipe, "que eu não posso julgar o homem nem a mulher da
homem e pudesse ver o pássaro de fogo na sua forma verdadeira, como mulher,
faria tudo para ficar com ela. E se eu fosse a mulher, que tinha vindo do céu,
"Sábia resposta, ó príncipe", disse a jovem. "Algumas histórias não são para
A jovem continuou a sua história e disse: "A mulher beijou seu filho, saiu, vestiu
suas penas e voou em direção ao infinito. Quando o homem chegou, ela já tinha
partido".
A jovem sorriu e disse: "Algumas pessoas dizem que ele chorou tanto por sua
mãe, que perdeu a voz e ficou silencioso. Outros dizem que, quando ele acordou,
encontrou uma pena dourada no travesseiro, e a pena lhe trouxe sorte, alegria,
noite, seu filho falou!". A rainha estava nas nuvens, e finalmente o rei acreditou
neles. Ele se voltou para a jovem e perguntou: "Agora que você conseguiu o que
todos aqueles homens não conseguiram, o que você gostaria de ganhar como
recompensa?".
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Pela primeira vez a jovem não soube o que dizer. Ela não estava pensando na
Ela sorriu e disse: "Eu tenho uma ideia. Eu fico com ele".
podemos.
Scherazade fez com o sultão nos contos das Mil e Uma Noites.
As histórias exercem um fascínio sem igual. Elas nos marcam, nos fazem parar
para refletirmos sobre nossas ações, para desejarmos ser melhores pessoas.
Você se lembra de uma história que marcou a sua vida, mas não se lembra
exatamente quem foi que a contou para você ou onde você achou essa história?
Pois é. Podemos nos esquecer do nome de um professor, por exemplo, mas não
nos esqueceremos das histórias que ele nos contou. Você poderá ser
E é exatamente por isso que você deve se esforçar para contar histórias caso
queira fazer a diferença nas vidas das pessoas e influenciá-las para o bem.
Como disse Augusto Cury: “Pais e professores devem dançar a valsa da vida
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132). As histórias que você contar serão um dos maiores legados que você
vezes o poder das histórias em ação, como exemplifiquei no prefácio deste livro.
As histórias abrem portas dentro da nossa mente para novas possibilidades, para
pessoais - isso acontece com pessoas de todas as idades, mesmo com bebês e
E eu pude comprovar isso com meu filhinho desde cedo, veja só: quando ele
dar banho na banheira, mas ele parecia ter um trauma de banho no chuveiro
desde bem antes de fazer 1 aninho. Cada vez que eu tentava dar banho nele no
banho nele com mais de 1 ano e meio ainda na banheira. Então eu inventei uma
resumo, nessa história o cachorro mostrou para o gato como era legal tomar
banho no chuveiro e o gato acabou descobrindo que era mesmo muito legal e
Eu comecei a contar essa história para o meu filho e a contei repetidas vezes, e
processo, claro, mas ao fim de algum tempo ele se sentiu pronto e aceitou tomar
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processo do desfralde, em que eu criei uma história de desfralde para ajudá-lo
nessa fase.
O autor Augusto Cury fala muito sobre a importância de contar histórias. “Sabe
qual a melhor maneira de resolver conflitos em sala de aula? Não é agredir, dar
gritos estridentes ou fazer um sermão. Estes métodos são usados desde a idade
página 134).
Antes de tudo, você precisa entender quais são as necessidades dos seus
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personagens dos desenhos preferidos delas nas histórias também funciona
muito bem.
Você pode ainda colocar elas mesmas como personagens principais das
você pode também contar histórias com crianças da idade delas. Uma frase
muito legal que eu gosto de usar para iniciar histórias nesse caso é: “Era uma
Você pode contar uma história mais longa e ainda assim conseguir prender a
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Aumente seu repertório constantemente
Uma vez que você compreende os seus ouvintes, é muito importante que você
em um mesmo livro, pois assim você ganha mais por ter uma boa variedade de
Para ilustrar a importância de sempre buscar aumentar seu repertório, que tal
uma história?
O ALVO
(narrada por Dan Yashinsky)
Era uma vez um rabino tão sábio que sabia responder a qualquer pergunta com
incrível sabedoria, contando uma história a todos que o consultavam.
Certa vez um discípulo perguntou ao rabino como ele conseguia acertar suas
respostas com tamanha precisão a ponto de deixar admirados a todos os que
lhe pediam conselhos.
- É simples, respondeu ele. Vou lhe contar uma história:
Era uma vez um jovem que decidiu dedicar-se ao esporte do tiro. Tiro ao alvo.
Queria ser o maior atirador do mundo. Treinava com os mais competentes
atiradores, fez cursos de tiro, participava de todo tipo de provas e aos poucos foi
sendo reconhecido como um dos maiores atiradores do mundo. Tornou-se
campeão olímpico e mundial. Enfim, era considerado imbatível.
Certa vez, em uma de suas viagens, ele passou por uma cidade onde pôde ver
surpreso que em todas as paredes haviam alvos de tiro, com marcas de tiro
certeiras, bem no centro do alvo. Todos os alvos, e eram muitos, com tiros
certeiros, bem na mosca.
Nem ele, o grande campeão, tinha conseguido tal feito! Quis saber quem era o
autor de semelhante façanha e lhe apresentaram uma menina. Ele lhe perguntou
como ela conseguia isso. Ela respondeu:
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- Muito simples: primeiro eu atiro e depois desenho o alvo.
Então, disse o rabino, eu ouço tantas histórias e as guardo, e quando alguém
me pede um conselho, penso em todas as histórias que ouvi e acho uma que se
encaixa perfeitamente no assunto.
Adapte as histórias
Eu acredito que qualquer história pode ser adaptada para qualquer idade.
Às vezes recebo comentários como: “Mas essa história é para crianças maiores.
As minhas crianças são pequenas e essa história não serve para elas”, ou “Essa
história é para adultos e não para crianças”, ou ainda “Essa história tem
personagens que eu não posso usar na minha escola porque eles não
permitem”.
É claro que existem exceções, mas na maioria dos casos o que você pode fazer
Um ótimo exemplo de adaptação são as histórias das Mil e Uma Noites, que
mas várias foram adaptadas para crianças. Aliás, o mesmo se deu com os contos
E não se preocupe por estar mudando as histórias. Sabe aquela frase: “Quem
conta um conto, aumenta um ponto”? Você nunca vai contar uma história
exatamente como leu e ouviu, então fique à vontade para fazer mudanças e
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adaptações nas histórias que contar. Eu mesma, quando disponibilizo as
você pode dizer que sua contação está sendo baseada na história de tal autor.
Certa vez fui contratada por uma Editora para contar uma história no lançamento
de um livro e o autor do livro estaria lá. Só que o livro foi escrito em forma de
situações que não existiam no livro dele. O resultado foi incrível! Percebi que o
Foi de emoção! Ele foi conversar comigo após a contação e agradeceu muito
pela forma como eu contei a história que ele escreveu. Ele fez questão de deixar
uma dedicatória para mim na cópia do livro dele que eu tinha agradecendo mais
uma vez pela minha contação. E isso se repetiu com outras contações que eu
Relaxe e aproveite
A contação de histórias deve ser um momento prazeroso tanto para quem está
ouvindo quanto para quem está contando. Não existe postura certa para contar
histórias. Você pode contar em pé, sentado, deitado na cama, e o mesmo vale
para seus ouvintes. Tanto você quanto eles devem estar confortáveis e livres de
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ouvintes, para que eles realmente as assimilem e as levem na memória por muito
tempo.
vezes em que contar histórias. Isso é totalmente normal, pois afinal você está se
apresentando em público. Mas lembre-se que quanto mais você praticar, mais
vai se soltar. Se você for muito tímido(a), comece contando histórias para as
pessoas mais próximas a você e com quem você tem mais afinidade e liberdade.
estamos nos apresentando em público. Mas não se preocupe tanto, pois não é
continue sua contação como se nada tivesse acontecido. Lembre-se de que você
Uma vez eu estava fazendo uma contação em uma escola e estava no pátio me
ouvimos um barulho bem forte, como o de uma explosão (não sei bem o que foi)
momento. Mas eu simplesmente pedi para todos terem calma, não alimentei o
história. Mas eu estava no controle, então não podia deixar aquilo acontecer.
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Relaxe e curta cada momento!
O seu sentimento em relação a esse trabalho é o que mais conta. Se você fizer
com amor e dedicação, com certeza vai ajudar a transformar as vidas dos seus
seus ouvintes, perguntar de quais histórias eles mais gostam, qual é seu
mesmo durante a sua contação, para que eles se sintam parte da história.
que é muito mais gostoso quando meus ouvintes participam das minhas
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Mais histórias motivacionais e transformadoras
Para motivar ainda mais você a transformar vidas por meio da contação de
histórias, quero compartilhar outras histórias que podem te ajudar e que você
pode espalhar por aí. As duas primeiras são de minha autoria e as outras foram
história inspirando-me em uma experiência real do meu marido com o pai dele.
O CAMINHÃO DE MADEIRA
Lívia Alencar
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explicou: “Fui eu que fiz para você, meu filho.” Brincou a tarde toda. Era seu, só
seu, aquele caminhão de madeira! E era especial, porque seu pai o tinha feito.
Muitas vezes mais brincou com o caminhão, e como foi feliz naqueles dias!
Essas foram as memórias que passaram pela mente daquele homem-menino.
Não conseguiu segurar seu impulso: pegou o celular e discou. “Pai? Oi, pai! Eu
queria te contar que estava passando por uma loja e vi um caminhão de madeira,
e me lembrei daquele que o senhor fez para mim quando eu era criança, lembra?
Eu gostava tanto dele!”
Do outro lado da linha, silêncio total.
Era uma vez um homem. Um homem-ancião, marcado pelas batalhas da vida.
Estava esse homem um dia assolado por uma tristeza dessas que vem não sei
de onde e teimam em ficar. De repente, o telefone tocou. Era seu filho, que
morava bem longe. Ouviu-o e silenciou. Uma torrente de memórias apoderou-se
de sua mente...
Viu-se novo, muito mais novo, dirigindo seu carro velho com o filho. Passaram
por um vendedor de caminhões de madeira e, naturalmente, o filho lhe pediu um.
Ele não soube o que dizer. Mal sobrara dinheiro naquele mês para pagar a
gasolina do carro. A comida em casa era pouca. O trabalho de pedreiro era duro.
Não tinha dinheiro para presentes. Outras vezes mais passaram pelo vendedor
e o menino sempre com aquele olhar.
Decidiu ele mesmo fazer o caminhão. De marcenaria não entendia muita coisa,
mas não podia ser tão difícil. Só que foi. Todos os dias, antes de sair para o
trabalho de madrugada, trabalhava um pouco no caminhãozinho, serrando a
madeira aqui, montando ali. O resultado não foi tão bom quanto gostaria, mas
foi o melhor que conseguiu fazer. Acomodou o caminhão sobre a cama do filho
antes que ele chegasse da escola. O abraço apertado foi a recompensa pelo
trabalho!
Agora, naquele momento, tantos anos depois, o telefonema do filho sobre o
caminhãozinho de madeira...
Uma lágrima escorreu por um olho, e atrás vieram outras. Um calor gostoso
tomou conta de seu peito e substituiu a tristeza.
Afinal, valia a pena viver!
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A história abaixo eu escrevi em forma de poema e ela fala sobre o mais belo dom
O DOM DE ANA
Lívia Alencar
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Idiomas diversos entendia
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E enquanto para casa
Pensativa caminhou
Ouviu uma voz suave
Que ao seu ouvido sussurrou:
Atenção: As próximas histórias não foram escritas por mim. Elas foram
LENDA ORIENTAL
Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis
junto a um povoado e aproximando-se de um velho perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive neste lugar?
- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? -- perguntou por sua vez
o ancião.
- Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz - Estou satisfeito de
haver saído de lá.
A isso o velho replicou:
- A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o
ancião perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vive por aqui?
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O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito
triste por ter de deixá-las.
- O mesmo encontrará por aqui -- respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- Cada um carrega no seu coração o meio em que vive. Aquele que nada
encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra
coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui,
porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre
a qual podemos manter controle absoluto.
Fonte: http://www.botucatu.sp.gov.br/
Certa vez, um velho sábio recebeu a visita de uma moça que se queixava de
como era sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já
não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e
combater. Parecia que, assim que um problema estava resolvido, um outro
surgia.
Então, o sábio levou-a até a cozinha. Encheu três panelas com água e colocou
todas em fogo alto. Logo, as panelas começaram a ferver. Em uma delas,
colocou cenouras, em outra, ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo
fervesse, sem dizer uma palavra. A moça deu um suspiro e esperou
impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Minutos depois, o sábio apagou o fogo. Pegou as cenouras, os ovos e o café,
colocando-os em recipientes separados. Virou-se para a moça e perguntou:
- O que você está vendo?
– Cenouras, ovos e café. – ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela
obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que
pegasse os ovos e o quebrasse. Ela obedeceu e, depois de retirar a casca,
verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole de café. Ela sorriu ao sentir seu
aroma delicioso e então perguntou:
– O que isso significa?
– Cada um desses – a cenoura, o ovo e o café – enfrentou a mesma
adversidade, a água fervendo, mas cada um reagiu de maneira diferente. A
cenoura, outrora crua e rígida, amoleceu e se tornou frágil. Os ovos, antes
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frágeis, mesmo com sua casca protegendo o líquido interior, tornaram-se
firmes e mais resistentes. Já o pó do café é incomparável: depois que coloquei
na água fervente, ele mudou a própria água.
Após um profundo silêncio, o sábio prosseguiu:
– Qual deles é você? Quando a adversidade bate à sua porta, como você
responde? Você é a cenoura, o ovo ou o pó de café? Você é como uma
cenoura parece firme e forte, mas, com a dor e adversidade, murcha e se torna
frágil, perdendo sua força? Ou será que você é como o ovo, começando
maleável, mas, depois de sofrer alguma pressão da vida, torna-se dura? Sua
“casca” até parece a mesma, mas por dentro, você está dura. Será que você é
como o pó de café? Você transforma o meio que a aflige, altera o que está
trazendo a dor e oferece algo melhor e mais gostoso do que havia antes da
adversidade?
Fonte: http://www.soniajordao.com.br/
As questões do rei
Conta-se que num país longínquo, há muitos séculos, um rei se sentiu intrigado com
algumas questões. Desejando ter respostas para elas, resolveu estabelecer um
concurso do qual todas as pessoas do reino poderiam participar.
O prêmio seria uma enorme quantia em ouro, pedras preciosas, além de títulos de
nobreza. Seria premiado com tudo isto quem conseguisse responder a três
questões:
Para desconsolo do rei, nenhum deles deu uma resposta que o satisfizesse.
O rei convocou esse homem para vir à sua presença e tentar responder suas
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indagações.
O lugar mais importante do mundo é aquele onde você está. O lugar onde você
mora, vive, cresce, trabalha e atua é o mais importante do mundo. É ali que você
deve ser útil, prestativo e amigo, porque este é o seu lugar.
A tarefa mais importante do mundo não é aquela que você desejaria executar, mas
aquela que você deve fazer. Por isso, pode ser que o seu trabalho não seja o mais
agradável e bem remunerado do mundo, mas é aquele que lhe permite o próprio
sustento e da sua família. É aquele que lhe permite desenvolver as potencialidades
que existem dentro de você. É aquele que lhe permite exercitar a paciência, a
compreensão, a fraternidade. Se você não tem o que ama, importante que ame o
que tem. A mínima tarefa é importante. Se você falhar, ou se omitir, ninguém a
executará em seu lugar, exatamente da forma e da maneira que você o faria.
Para sua própria felicidade, descobrira um sentido para a sua vida, uma razão de
ser para os seus últimos anos sobre a Terra.
Fonte: http://mensagenstododia.blogspot.com
A menina e a caixa
Algum tempo atrás uma mãe puniu sua filha de 5 anos de idade por estragar um
rolo de papel dourado que ia, por fim, decorar uma caixa a ser colocada sob a
Árvore de Natal.
Na manhã seguinte à noite de Natal, a menina trouxe a caixa e entregou-a à mãe
dizendo:
- Isto é para você, mamãe.
A mãe ficou embaraçada por sua reação precipitada, mas sua raiva aflorou,
novamente, quando viu que a caixa estava vazia, e falou rudemente com a
menina:
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- Você não sabe que quando se presenteia alguém é esperado que haja alguma
coisa dentro do pacote?
A menina olhou-a em lágrimas e disse:
- Oh, não está vazia, mamãe. Eu soprei dentro dela, até ficar cheia de beijos.
A mãe ficou arrasada. Ajoelhou e pedindo perdão por sua ira irracional, abraçou-
a com ternura.
Um acidente tirou a vida da menina pouco tempo depois e é sabido que a mãe
guardou aquela caixa dourada perto de sua cama por todos os anos de sua vida.
Sempre que estava deprimida ou tinha de enfrentar problemas, ela abria a caixa
e imaginariamente tirava um beijo e lembrava o amor que a criança colocou lá.
Verdadeiramente, cada um de nós, seres humanos, temos recebido uma caixa
dourada repleta do amor de nossos filhos, família, amigos e de Deus. Não há
maior tesouro a se possuir.
Fonte: http://www.soniajordao.com.br/
OS TRÊS LEÕES
Um dia o macaco, representante eleito dos animais, fez uma reunião com toda
a bicharada da floresta e disse:
- Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais, mas há uma dúvida
no ar: existem 3 leões fortes. Ora, a qual deles nós devemos prestar
homenagem? Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei?
Os 3 leões souberam da reunião e comentaram entre si:
- É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido, uma floresta não pode
ter 3 reis, precisamos saber qual de nós será o escolhido.
Mas como descobrir?
Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam, pois eram muito
amigos. O impasse estava formado.
De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso.
Após algum tempo eles tiveram uma ideia excelente. O macaco se encontrou
com os 3 felinos e contou o que eles decidiram:
- Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora para o
problema. A solução está na Montanha Difícil.
- Montanha Difícil ? Como assim ?
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- É simples, ponderou o macaco. Decidimos que vocês 3 deverão escalar a
Montanha Difícil. O que atingir o pico primeiro será consagrado o rei dos reis.
A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta. O
desafio foi aceito. No dia combinado, milhares de animais cercaram a
Montanha para assistir a grande escalada.
Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma
vez que os 3 foram derrotados? Foi nesse momento que uma águia sábia,
idosa na idade e grande em sabedoria, pediu a palavra:
- Eu sei quem deve ser o rei!!! Todos os animais fizeram um silêncio de grande
expectativa. - A senhora sabe, mas como?, todos gritaram para a Águia. - É
simples, - confessou a sábia águia, - eu estava voando entre eles, bem de
perto e, quando eles voltaram fracassados para o vale, eu escutei o que cada
um deles disse para a montanha.
O primeiro leão disse: - Montanha, você me venceu!
O segundo leão disse: - Montanha, você me venceu!
O terceiro leão também disse: - Montanha, você me venceu, por enquanto! Mas
você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo.
- A diferença, - completou a águia, - é que o terceiro leão teve uma atitude de
vencedor diante da derrota e quem pensa assim é maior que seu problema: é
rei de si mesmo, está preparado para ser rei dos outros.
Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiro leão que foi
coroado rei entre os reis.
Fonte: http://pensarparavencer.blogspot.com
Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez
todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade,
a se preparar para a chegada. Os exames mostraram que era uma menina, e
todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua
irmãzinha antes mesmo dela nascer. A gravidez se desenvolveu normalmente.
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No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos; depois
a cada três; então, a cada minuto uma contração. Entretanto, surgiram algumas
complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas.
Enquanto isso, Michael todos os dias pedia aos pais que o levassem para
conhecer a sua irmãzinha. “Eu quero cantar para ela”, ele dizia. A segunda
semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final
dela. Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar
para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI. Entretanto, Karen
decidiu. Ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha
visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva. Ela vestiu Michael
com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade, e rumou para o
hospital. A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse
dali. Mas Karen insistiu: “Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!”
Ela levou Michael até a incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente
que perdia a batalha pela vida. Depois de alguns segundos olhando, ele
começou a cantar, com sua voz pequenininha: “Você é o meu sol, o meu único
sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro…” Nesse momento,
o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen
encorajou Michael a continuar cantando. “Você não sabe, querida, quanto eu te
amo. Por favor, não leve o meu sol embora…” Enquanto Michael cantava, a
respiração difícil do bebê foi se tornando suave. “Continue, querido!”, pediu
Karen, emocionada.
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“Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços…” O bebê
começou a relaxar. “Cante mais um pouco, Michael.” A enfermeira começou a
chorar. “Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando
o céu está escuro…Por favor, não leve o meu sol embora…”
Fonte: http://www.refletirpararefletir.com.br/
O piano
Desejando encorajar o progresso de seu jovem filho ao piano, uma mãe levou
seu pequeno filho a um concerto de Paderewski.
Depois de sentarem, a mãe viu uma amiga na plateia e foi até ela para saudá-
la.
Tomando a oportunidade para explorar as maravilhas do teatro, o pequeno
menino se levantou e eventualmente suas explorações o levaram a uma porta
onde estava escrito:
"Proibida a entrada".
Quando as luzes abaixaram e o concerto estava prestes a começar, a mãe
retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá.
De repente, as cortinas se abriram e as luzes caíram sobre um impressionante
piano Steinway no centro do palco.
Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao teclado, inocentemente, catando as
notas de "Cai, cai, balão".
Naquele momento, o grande mestre de piano fez sua entrada. Rapidamente foi
ao piano e sussurrou no ouvido do menino:
- "Não pare, continue tocando".
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Então, debruçando, Paderewski estendeu sua mão esquerda e começou a
preencher a parte do baixo. Logo, colocou sua mão direita ao redor do menino e
acrescentou um belo acompanhamento de melodia. Juntos, o velho mestre e o
jovem noviço transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência
maravilhosamente criativa.
O público estava perplexo.
É assim que as coisas são com Deus. O que podemos conseguir por conta
própria mal vale mencionar. Fazemos o melhor possível, mas os resultados não
são exatamente como uma música graciosamente fluida. Mas, com as mãos do
Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas.
Na próxima vez que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça
atentamente. Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurrando em seu ouvido:
- "Não pare, continue tocando".
Sinta seus braços amorosos ao seu redor. Saiba que suas fortes mãos estão
tocando o concerto de sua vida. Lembre-se, Deus não chama aqueles que são
capacitados. Ele capacita aqueles que são chamados. E Ele sempre estará lá
para amar e guiá-lo(a) a grandes coisas.
Fonte: http://www.soniajordao.com.br/
O sapateiro e o rei
Há muitos anos, na Pérsia, havia um rei chamado Abbas. Era conhecido como
um homem honesto e justo. Toda as noites ele vagava pelas ruas da cidade,
disfarçado, para assim conhecer melhor os seus súditos.
Certa vez, durante uma de suas andanças, notou uma pobre cabana. Ao olhar
pela janela, viu um homem diante de uma refeição bem simples, cantando
louvores a Deus. O rei bateu na porta e perguntou-lhe se aceitava um convidado.
“Um convidado é sempre uma grande dádiva”, disse o homem. “Por favor, sente-
se e junte-se a mim”. E, assim, repartiu sua refeição com o rei. Os dois
conversaram por muito tempo. O rei perguntou-lhe como ganhava a vida. “Sou
sapateiro”, respondeu o homem. “Caminho o dia inteiro consertando os sapatos
do povo. E, à noite, compro comida com o dinheiro que ganho”. ”E o que será do
dia de amanhã?”, perguntou o rei. “Não me preocupo com isso”, retrucou o
homem. “Assim como está nos Salmos eu digo: Bendito seja o Senhor a cada
dia, dia após dia”. O rei ficou muito impressionado com essa atitude e prometeu
voltar no dia seguinte.
Para testar o novo amigo, o rei promulgou um decreto: ninguém poderia
consertar sapatos sem uma licença. E voltou a visitá-lo na noite seguinte,
encontrando-o sentado em sua pobre cabana, comendo, bebendo e louvando ao
Senhor. O homem convidou-o novamente a participar da frugal refeição porque
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“um convidado é sempre uma grande dádiva”. O rei ouviu o homem lhe contar:
“Não podendo consertar sapatos, por decreto do rei, resolvi tirar água do poço
para as pessoas, para ganhar um pouco de dinheiro e comprar meu sustento”.
“E se o rei proibisse isso?” O homem respondeu: “Eu direi: Bendito seja o Senhor
a cada dia, dia após dia.”
Mas o rei decidiu testar uma vez mais o homem e decretou que seus súditos
estavam proibidos de tirar água dos poços sem licença. Na noite seguinte,
voltando novamente à cabana, o rei foi recebido por seu novo amigo com alegria
e o ouviu novamente declarar sua fé.
O rei não estava convencido e decidiu testar mais e mais o homem. Este passou
a cortar lenha para garantir seu sustento e, quando isto também foi proibido pelo
rei, não desanimou e apresentou-se no palácio real para fazer parte da guarda
real.
O homem que foi sapateiro, depois carregador de água e, em seguida, lenhador,
recebeu uma espada, para ser guarda. À noite, sem ter recebido o pagamento,
foi até uma loja e trocou a lâmina de sua espada por um pouco de comida e
colocou uma lâmina de madeira no cabo, cobrindo-a com a bainha.
Logo depois, o rei chegou. Eles seguiram o mesmo ritual, comendo e
conversando até tarde. O amigo lhe contou sobre a espada. “E se houver uma
inspeção nas espadas, o que você fará?”, quis saber o rei. “Bendito seja o
Senhor a cada dia, dia após dia”, respondeu o homem, mais uma vez não
demonstrando preocupação alguma.
No dia seguinte, o capitão dos guardas ordenou ao homem que decapitasse um
prisioneiro, por ordem do rei. “Nunca matei ninguém em toda a minha vida. Como
posso fazer isso?”, retrucou o homem, abaixando a cabeça e recitando o Salmo:
“Bendito seja o Senhor a cada dia, dia após dia”. Logo ocorreu-lhe uma
brilhante ideia e então apresentou-se para obedecer à ordem do rei. Na frente
de uma multidão que viera para assistir a execução, pegou a sua espada e gritou:
“Ó Senhor Todo-Poderoso, o senhor sabe que eu não sou um assassino. Se o
prisioneiro for culpado, deixe minha espada ser de aço. Mas, se ele for inocente,
faça com que a lâmina de aço transforme-se em madeira”. Dizendo isso, puxou
a bainha e ohh!, a espada era de madeira! Todos ficaram pasmos de surpresa.
O rei chamou o sapateiro e o abraçou. Contou-lhe sobre o seu disfarce e os
testes pelos quais o fizera passar. “Eu nunca tinha encontrado um homem com
tamanha fé”, disse o rei. E foi assim que o sapateiro, que se tornou carregador
de água e, depois, lenhador e, afinal, guarda real, tornou-se o conselheiro do rei.
Fonte: http://www.usinadeletras.com.br/
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