Introdução
Introdução
Introdução
A AQ UA R E L A
25 E XE R CÍ C I O S PA R A A P R E N D E R
N OVA S T É C N I C A S E T R U Q U E S
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Veronica Ballart Lilja reivindica o direito moral de ser identificado como autora
desta obra.
Impresso na China
ISBN: 978-85-8452-105-0
Depósito legal: B. 15278-2017
17-05735 CDD-751.422
COMB
62 IN A ND O AQ UA R EL A Moda
COM O U T ROS M AT ER I A IS 96 Luz e sombra: casaco verde
E O B J E TOS
98 Úmido sobre úmido: roupas vermelhas
64 Pente ou escova de cabelo:
100 Silhuetas: ilustração de moda
ilustração de passarela
102 Manchas e respingos coloridos: duas meninas
66 Escova de dentes: galo
104 Estêncil e colagem: figura humana
68 S al: textura
70 A lvejante: textura Animais e natureza
72 Máscara líquida: abacaxi
106 Estilo abstrato: pássaro
108 Estilo geométrico: cabeça de veado
TUTORIAIS
74
110 Reflexos: flamingos
A lim e nto s
112 Detalhes com alvejante: flor
Aquarela com caneta técnica
76
114 Mistura de cores: baleias
e nanquim: alcachofras
78 Escala de cores: vegetais Paisagens urbanas
Efeito pontilhado: pimenta e pimentão 116
80 Mapa: Manhattan
Aquarela com caneta técnica:
82
118 Silhuetas dentro de silhuetas:
frutas e legumes igreja
Aquarela e tintas coloridas:
84
120 Formas simples: Londres
receita de peixe
122 Composições de colagem:
Barcelona
S t ill
124 Skyline/reflexo: Nova York
86 Uma cor: objetos vermelhos
88 Quebra-cabeça: cadeira
90 Estilo realista: sapatos
126 Índice remissivo
Contraste de cores: maquiagem Agradecimentos
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92 128
94 Silhueta: vaso de flores
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07
I N T R O D U Ç ÃO
Como ilustradora profissional, costumo trabalhar com diferentes técnicas, mas a aquarela é, de
longe, minha favorita. Afinal, trata-se de um meio infinitamente versátil, em que se pode obter
inúmeras variações de cores, brincar com misturas e transparências, experimentar diferentes
tipos de papel... Sem falar que, ao combinar a aquarela com outros meios, podemos obter resul-
tados realmente impressionantes. A questão é estar sempre inovando!
Talvez essa não seja a primeira ideia que vem à sua mente quando você pensa em aquarela.
A maioria das pessoas tende a considerá-la uma técnica calma, suave e algumas vezes até mes-
mo antiquada, frequentemente usada para representar flores e paisagens. Mas a verdade é que
a aquarela está passando por uma espécie de renascimento, dada sua versatilidade. Essa técni-
ca pode ser usada em contraste a ilustrações de base feitas com tinta, caneta técnica, lápis,
carvão ou pastel. Outra opção é usá-la em colagens e silhuetas ou com estênceis. A aquarela
lhe permite desenvolver trabalhos ousados e criar composições surpreendentes. Basta folhear
as páginas deste livro para perceber que os preconceitos contra a aquarela são totalmente in-
justificáveis.
Talvez, o que a aquarela tem de melhor é o fato de ela não precisar ser perfeita. Na verdade,
ela nem sequer deve ser perfeita. Por se tratar de um meio em que é difícil prever ou mesmo
controlar os resultados obtidos, a aquarela é um in-
Talvez, o que a aquarela tem de melhor centivo à experimentação. Cada obra de arte criada
com aquarela é única e, por mais que tentemos, ob-
é o fato de ela não precisar ser perfeita. ter exatamente os mesmos efeitos uma segunda vez
é quase impossível.
Provavelmente por tudo isso a aquarela esteja ressurgindo. Por mais populares que sejam as
ilustrações digitais e por mais que possamos obter resultados fantásticos por meio da tecnologia,
criar uma ilustração com efeito de aquarela usando um computador não é a mesma coisa que
produzir uma obra de arte “real”, com todas as surpresas e peculiaridades que a pintura à mão
sobre papel tem a oferecer.
Muitas vezes me perguntam como consigo obter certos efeitos em minhas obras – as pes-
soas querem que eu as ensine a pintar ou as convide a vir ao meu estúdio para ver como trabalho.
De certa forma, é exatamente isso o que me proponho a fazer aqui. Gostaria de convidá-lo a
seguir os exercícios presentes neste livro e a colocar em prática as técnicas que uso. Se você
estiver começando a trabalhar com aquarela agora, sinto-me lisonjeada em poder apresentar-lhe
meu meio favorito e espero que as lições contidas aqui possam lhe abrir as portas para um novo
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mundo de prazer e criatividade. Se você já está acostumado a pintar usando aquarela, então es-
pero que este livro lhe ensine algumas novas técnicas e lhe possibilite aprimorar suas habilidades
e encontrar novas fontes de inspiração.
Nas páginas a seguir, além de mostrar algumas técnicas modernas e gráficas, compartilho
também algumas de minhas melhores dicas e várias descobertas que fiz ao longo dos anos em
que trabalho com aquarela. Tudo o que está neste livro é bastante simples. Afinal, minha inten-
ção é fazer você explorar sua própria criatividade e fazer experimentações por conta própria.
Não se preocupe com eventuais erros. O importante é você se divertir.
08
CO R E
T IN TA
O D IS CO D E CO R ES
Primária
{ 3} {2}
Secundária Secundária
{4 } {1}
Primária
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Primária
{5} {6 }
Secundária
11
As três cores primárias do disco de cores padrão são: vermelho, amarelo e azul. Quando duas
cores primárias são misturadas, obtemos as chamadas cores secundárias: verde, roxo e laranja.
As cores terciárias, por sua vez, são produzidas a partir da combinação de uma cor primária
com uma cor secundária “próxima” a ela, como pode ser visto no diagrama ao lado. As cores
terciárias são: { 1 } amarelo-alaranjando (âmbar), { 2 } vermelho-alaranjado, { 3 } vermelho-
-arroxeado (vinho), { 4 } azul-arroxeado, { 5 } azul-esverdeado e { 6 } amarelo-esverdeado.
A cor exata que obtemos ao pintar dependerá das tintas que misturamos. Por exemplo, se
misturarmos amarelo-cobalto com azul-cobalto obteremos um verde muito mais suave do que
o resultante da combinação entre amarelo winsor e azul winsor. E esses dois verdes também
serão diferentes daquele obtido caso utilizemos um pigmento verde puro, como verde veridiano
ou verde de hooker.
CO RES QUEN T ES
As cores quentes – ou ativas – variam do amarelo
e do laranja ao vermelho e incluem também tonalidades
marrons e castanhas. As cores quentes são associadas
ao sol, ao verão, à terra, ao calor e ao fogo. O vermelho
conta com tonalidades fortes que, quando usadas em
uma ilustração, conseguem expressar paixão, raiva
e dinamismo. Já o laranja sugere fogo e outono.
O amarelo, por sua vez, pode ser associado à luz solar
e à felicidade.
CO RES FRI A S
As cores frias – ou passivas – englobam as diferentes
tonalidades de roxo, violeta, azul e verde e também
os vários tons de cinza. Tonalidades frias podem
ser reconfortantes e costumam ser associadas a
relaxamento e harmonia. Elas também podem nos
lembrar do céu, do inverno, da água e da lua. O verde
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