Dissertação Felipe Cruz - Final PDF
Dissertação Felipe Cruz - Final PDF
Dissertação Felipe Cruz - Final PDF
Rio de Janeiro
Fevereiro de 2019
CONTRIBUIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE PROVAS DE CARGA EM ESTACAS,
REALIZADAS PELO MÉTODO BIDIRECIONAL
Examinada por:
________________________________________________
Prof. Francisco de Rezende Lopes, Ph.D.
________________________________________________
Prof.ª Alessandra Conde de Freitas, D.Sc.
________________________________________________
Prof.ª Bernadete Ragoni Danziger, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Márcio de Souza Soares de Almeida, Ph.D.
FEVEREIRO DE 2019
Cruz, Felipe Vianna Amaral de Souza
Contribuição à interpretação de provas de carga em estacas,
realizadas pelo método bidirecional/Felipe Vianna Amaral de Souza
Cruz – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2019.
XVII, 114 p.: il.; 29,7 cm.
Orientadores: Francisco Rezende Lopes
Alessandra Conde de Freitas
Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de
Engenharia Civil, 2019.
Referências Bibliográficas: p. 100-106.
1. Curva equivalente bidirecional. 2. Interpretação de Prova de
carga. 3. Ensaio bidirecional. I. Lopes, Francisco de Rezende et al. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de
Engenharia Civil. III. Título.
iii
AGRADECIMENTOS
A minha esposa, Fernanda Arêas Vianna de Souza Cruz e minha filha, Nina Arêas
Vianna de Souza Cruz. Por toda paciência, incentivo e ajuda nas minhas viradas de
noite estudando e desenvolvendo a atual pesquisa.
A minha irmã, Fernanda Vianna Amaral de Souza Cruz Buenaga. Por ter me auxiliado
na formatação da dissertação e ajudado nos processos regimentais do programa da
COPPE. E minha prima Mariana Vianna Amaral Bacelo Ferrário Mattos por sempre me
auxiliar com seus desenhos e criatividade.
A meus pais, Paulo Roberto de Souza Cruz e Dayse Vianna Amaral de Souza Cruz.
Por todas as oportunidades que me foram dadas para que eu conseguisse trilhar esse
caminho.
Aos amigos e companheiros de estudos nesta etapa da vida, em especial para Marco
Antônio Grigoletto Conte, Luiz Henrique Rambo, André do Valle Abreu, Victor Silveira,
Cauê Rosa, Lúcio Flávio Carvalho, Flávia Carvalho, Flávia Cabral e Eduardo Saliba.
iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Fevereiro/2019
Orientadores: Francisco de Rezende Lopes
Alessandra Conde de Freitas
Programa: Engenharia Civil
v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
February/2019
Advisors: Francisco Lopes
Alessandra Conde de Freitas
Department: Civil Engineering
In this research, static load tests performed by the bidirectional method were
analyzed to evaluate two new procedures for: (i) construction of the load-settlement
curve equivalent to the conventional load test and (ii) interpretation of the load-
settlement curve for bearing capacity determination. The proposed construction of the
equivalent curve consists in the use of the total loads and displacements (upward +
downward) of each load stage. Thus, the equivalent curve is constructed as the test
evolves, allowing an evaluation of the pile behavior at each stage, including the
proximity of failure, without the need to extrapolate one of the loading segments. In
relation to the stiffiness of the initial part of the equivalent load-settlement curve
constructed by the current proposal, there is a considerable difference in relation to
Silva's (1983) proposal. The new proposal for the definition of the bearing capacity
from the load-settlement curve, is the application of a geometric rule similar to that of
the oedometrer consolidation test (and can be applied to both conventional tests or the
equivalent curve obtained from bidirectional tests). The results obtained by this
proposal and by previous methods, such as Lopes (1979) and the Brazilian standard
NBR6122, are compared. The results obtained by the mentioned methods indicated
that, in the case of bored piles, there is influence of the stiffiness of the plastic segment
of the load-settlement (equivalent) curve, when using criteria that define failure by an
elastic shortening added to a percentage of the pile diameter. It was observed that, if
the stiffiness of the plastic segment of the load- displacement curve is less than 26 kN /
mm, the results obtained by the current proposal and by the other methods converge.
vi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1. Motivação da Pesquisa ............................................................................ 2
1.2. Estrutura da dissertação........................................................................... 3
vii
4.1.1 Método Pacheco Silva para interpretação do ensaio Oedométrico.
45
4.1.2 Método de Fuller & Hoy (1970). ................................................. 46
4.1.3 Método Proposto de Interpretação. ............................................ 46
viii
6.2 RIGIDEZ DO TRECHO PLÁSTICO (K plast)............................................. 79
6.2.1 Obtenção da rigidez Kplast pela curva equivalente segundo Silva
(1983) 79
6.2.2 Obtenção da rigidez Kplast pela curva equivalente segundo a
presente pesquisa ............................................................................................... 81
6.3 Previsão da capacidade de carga na ruptura ........................................ 83
6.4 Critério proposto na atual pesquisa versus demais critérios de
interpretação de provas de carga abordados nesta dissertação. ............................. 87
6.5 Influência da rigidez do trecho plástico da curva carga versus recalque
equivalente na interpretação do ensaio bidirecional. ............................................... 93
ix
LISTA DE FIGURAS
x
Figura 18: Exemplificação da solução gráfica por tentativas proposta por van
der Veen (1953) (MELO, 2009). .................................................................................. 25
Figura 19: Método de Chin (1970 e 1971) ( MELO, 2009). ............................ 26
Figura 20: Critério de Davisson (1972) .......................................................... 27
Figura 21: Critério da norma brasileira NBR6122. ......................................... 27
Figura 22: Proposta de Lopes (1979) (VELLOSO E LOPES, 2010) .............. 28
Figura 23: Construção da curva carga versus recalque equivalente proposta
na atual pesquisa........................................................................................................ 36
Figura 24: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-11B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização
da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura. ........................................... 39
Figura 25: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-32B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização
da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura. ........................................... 39
Figura 26: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-04B
e (b) Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a
utilização da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura............................. 40
Figura 27: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-05B
e (b) Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a
utilização da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura............................. 40
Figura 28: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-15B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização
da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura. ........................................... 41
Figura 29: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-28B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização
da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura. ........................................... 41
Figura 30: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-27B
e (b) Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a
utilização da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura............................. 42
Figura 31: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-34B
e (b) Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a
utilização da norma brasileira para derterminar a carga de ruptura............................. 42
Figura 32: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-07B e (b)
Curvas carga versus recalque equivalentes segundo Silva (1983) e presente pesquisa,
e de prova convencional, com determinação da carga de ruptura pela norma brasileira.
................................................................................................................................... 43
xi
Figura 33: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-22B e (b)
Curvas carga versus recalque equivalentes segundo Silva (1983) e presente pesquisa,
e de prova convencional, com determinação da carga de ruptura pela norma brasileira.
................................................................................................................................... 43
Figura 34: a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-16B
e (b) Curvas carga versus recalque equivalentes segundo Silva (1983) e presente
pesquisa, e de prova convencional, com determinação da carga de ruptura pela norma
brasileira. .................................................................................................................... 44
Figura 35: Curva Determinação da pressão de pré-adensamento pelo método
de Pacheco Silva (NBR12007, 1990).......................................................................... 46
Figura 36: Esquema representativo da aplicação do método proposto. ........ 47
Figura 37: Etapas de utilização do método proposto para interpretação de
curvas carga versus recalque em provas de carga estática. ....................................... 48
Figura 38: Folha 1 de 2 da Sondagem SP10 – Estaca PC-22B..................... 56
Figura 39: Folha 2 de 2 da Sondagem SP10 – Estaca PC-22B..................... 57
Figura 40: Içamento da armadura com o conjunto de células expanisvas da P-
22B. ............................................................................................................................ 59
Figura 41: Curvas parciais obtidas a partir de prova de carga estática,
realizada pelo método bidirecional – Ensaio PC-22B. ................................................. 60
Figura 42: Ensaio PC-22B – Interpretação da curva equivalente segundo Silva
(1983). ........................................................................................................................ 61
Figura 43: Ensaio PC-22B - Interpretação da curva carga versus recalque
equivalente segundo presente pesquisa. .................................................................... 62
Figura 44: Cargas de ruptura analisadas pelos diferentes critérios de
interpratação nas diferentes curvas equivalentes bidirecionais da estaca PC-22B. .... 64
Figura 45: Folha Sondagem SM-01 – Estaca PC-34B................................... 66
Figura 46: Conjunto de células expansivas utilizado na PC-34B. .................. 68
Figura 47: Curvas obtidas a partir de prova de carga estática, realizada pelo
método bidirecional – Ensaio PC-34B. ........................................................................ 68
Figura 48: Ensaio PC-34B - Interpretação da curva equivalente segundo Silva
(1983). ........................................................................................................................ 69
Figura 49: Ensaio PC-34B - Interpretação da curva carga versus recalque
equivalente segundo presente pesquisa. .................................................................... 70
Figura 50; Cargas de ruptura analisadas pelos diferentes tipos de
interpratação nas diferentes curvas equivalentes bidirecionais da estaca PC-34B. .... 73
xii
Figura 51: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e presente pesquisa, com base na interpretação sugerida
pela NBR6122 - Estacas escavadas. .......................................................................... 75
Figura 52: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e Cruz (2019) com base na interpretação sugerida pela
NBR6122 - Estacas hélice contínua............................................................................ 76
Figura 53: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e presente pesquisa, com base na interpretação sugerida
por Lopes (1979) - Estacas escavadas. ...................................................................... 77
Figura 54: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e Cruz (2019) com base na interpretação sugerida por
Lopes (1979) - Estacas hélice contínua. ..................................................................... 77
Figura 55: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e presente pesquisa, com base na interpretação sugerida
na presente pesquisa - Estacas escavadas. ............................................................... 78
Figura 56: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e Cruz (2019) com base na interpretação sugerida na
presente pesquisa - Estacas hélice contínua. ............................................................. 79
Figura 57: Obtenção da Kplast para estacas escavadas utilizando a curva
equivalente segunto Silva (1983). ............................................................................... 80
Figura 58: Obtenção da rigidez Kplast para estacas hélice contínua e ômega
utilizando a curva equivalente segunto Silva (1983). .................................................. 81
Figura 59: Obtenção do Kplast para estacas escavadas utilizando a curva
equivalente segunto presente pesquisa. ..................................................................... 82
Figura 60: Obtenção da rigidez Kplast para estacas hélice contínua e ômega
utilizando a curva equivalente segunto a presente pesquisa....................................... 82
Figura 61: Comparação entre cargas de ruptura obtidas por meio das curvas
equivalentes de Silva (1983) e da presente pesquisa - Estacas escavadas................ 83
Figura 62: Comparação entre cargas de ruptura obtidas por meio das curvas
equivalentes de Silva (1983) e da presente pesquisa - Estacas hélice contínua e
ômega. ....................................................................................................................... 84
Figura 63: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e da presente pesquisa - Estacas escavadas................ 85
Figura 64: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e da presente pesquisa - Estacas hélice contínua e
ômega. ....................................................................................................................... 85
xiii
Figura 65: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e da presente pesquisa - Estacas escavadas................ 86
Figura 66: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas
equivalentes de Silva (1983) e da presente pesquisa - Estacas hélice contínua e
ômega. ....................................................................................................................... 87
Figura 67: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
pela norma brasileira NBR6122, utilizando a construção de curva equivalente segundo
Silva (1983) - Estacas escavadas. .............................................................................. 88
Figura 68: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
pela norma brasileira NBR6122, utilizando a construção de curva equivalente segundo
Silva (1983) - Estacas hélice contínua e ômega. ........................................................ 89
Figura 69: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
por Lopes (1979), utilizando a construção de curva equivalente segundo Silva (1983) -
Estacas escavadas. .................................................................................................... 89
Figura 70: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
por Lopes (1979), utilizando a construção de curva equivalente segundo Silva (1983) -
Estacas hélice contínua e ômega. .............................................................................. 90
Figura 71: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
NBR6122, utilizando a construção de curva equivalente segundo a presente pesquisa -
Estacas escavadas. .................................................................................................... 91
Figura 72: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
pela NBR 6122, utilizando a construção de curva equivalente segundo presente
pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega. ............................................................. 91
Figura 73: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
por Lopes (1979), utilizando a construção de curva equivalente segundo a presente
pesquisa - Estacas escavadas.................................................................................... 92
Figura 74: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto
na presente pesquisa versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto
por Lopes (1979), utilizando a construção de curva equivalente segundo presente
pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega. ............................................................. 92
xiv
Figura 75: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura
obtidas por diferentes critérios - Curva equivalente segundo a proposta de Silva (1983)
- Estacas escavadas. .................................................................................................. 94
Figura 76: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura
obtidas por diferentes critérios - Curva equivalente segundo proposta da presente
pesquisa - Estacas escavadas.................................................................................... 94
Figura 77: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura
obtidas por diferentes critérios - Curva equivalente segundo a proposta de Silva (1983)
- Estacas escavadas. .................................................................................................. 95
Figura 78: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura
obtidas por diferentes critérios - Curva equivalente segundo proposta da presente
pesquisa - Estacas escavadas.................................................................................... 95
Figura 79: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca ômega PC-01B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .................... 107
Figura 80: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-02B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .................... 107
Figura 81: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-06B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .................... 107
Figura 82: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-09B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) – Não foi posível construir a curva
proposta pela presente pesquisa. ............................................................................. 108
Figura 83: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-09B e (b)
Curvas carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .................... 108
Figura 84: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-10B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 108
Figura 85: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-12B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 109
Figura 86: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-13B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 109
Figura 87: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-14B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 109
Figura 88: Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-14B e
(b) Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ................. 110
Figura 89: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-19B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 110
Figura 90: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-20B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 110
xv
Figura 91: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-21B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 111
Figura 92: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-23B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 111
Figura 93: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-24B
e (b) Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .............. 111
Figura 94: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-25B
e (b) Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .............. 112
Figura 95: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-26B
e (b) Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .............. 112
Figura 96: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-27B
e (b) Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. .............. 112
Figura 97: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-29B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 113
Figura 98: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-30B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ...................... 113
Figura 99: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-33B e (b)
Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) – Não foi posível construir a curva
proposta pela presente pesquisa. ............................................................................. 113
Figura 100: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-
35B e (b) Curva carga versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa. ....... 114
xvi
LISTA DE TABELAS
xvii
1. INTRODUÇÃO
a) Provas de carga;
b) Métodos estáticos;
d) Métodos dinâmicos;
e) Fórmulas dinâmicas;
1
(i) construção de curva carga versus recalque equivalente a provas convencionais e
(ii) interpretação da curva carga versus recalque com a finalidade de previsão da
carga de ruptura das estacas.
2
1.2. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
3
Finalmente, o Capitulo 7 resume as principais conclusões obtidas na
pesquisa, além de algumas sugestões para pesquisas futuras.·
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A primeira das provas de carga foi executada nas fundações, do tipo estaca
Franki, da estação da Estrada de Ferro Noroeste, em Bauru, realizada pelo IPT em
1936. No Rio de Janeiro, as primeiras experiências de provas de carga sobre estacas
do tipo Franki datam de 1942 e foram executadas sobre as fundações do Instituto de
Resseguros Brasil (Vargas, 1990).
4
As provas de carga são utilizadas na geotecnia para se estudar o
comportamento estaca-solo. É possível verificar aspectos importantes como a
capacidade de carga e os deslocamentos do elemento de fundação, e ainda, no caso
de estacas instrumentadas, a transferência de carga ao longo do fuste, por exemplo.
Figura 1: Sistema de reação com a utilização de estacas de reação (Cruz et al, 2017).
5
Figura 2: (a) Sistema de reação com a utilização de tirantes de reação. (b) Sistema de reação com a
utilização de cargueiras. (NIYAMA, 2010).
Carga cíclica.
6
Figura 3: Curvas carga versus tempo e recalque versus tempo de diferentes procedimentos – (a)
Carga incremental lenta, (b) Carga incremental rápida, (c) Deslocamento controlado e (d) método
do equilíbrio (Fonte: VELLOSO E LOPES, 2010).
7
(2010) comentam que provas de carga estática são realizadas em estacas (e tubulões)
com um dos seguintes objetivos:
No final dos anos 80, o Dr. Jorj Osterberg também publicou sobre o ensaio
(OSTERBERG, 1989), e começou a utilizá-lo comercialmente. Cumpre destacar que
esse ensaio tem sido designado internacionalmente como “Método Bidirecional”, no
entanto essa expressão não é correta do ponto de vista da terminologia da Física.
Fora do Brasil, a prova de carga estática realizada pelo método bidirecional ficou
conhecida também como “Ensaio com Célula de Osterberg” e Ensaio com “O’Cell”.
8
mais de 200 ensaios com a O’cell nos Estados Unidos e no sudeste da Ásia. Enquanto
isso, desde 1980, era realizado um número semelhante de ensaios no Brasil (GOMES
E VELLOSO, 2000).
9
Segundo Fellenius (2017) o deslocamento referente ao carregamento
ascendente é governado pelas características de resistência ao cisalhamento do solo
ao longo do fuste, enquanto o deslocamento referente ao carregamento descendente
é governado pela compressibilidade do solo abaixo da ponta da estaca (para células
expansivas colocadas próximas à ponta). Fellenius (2017) relata que durante uma
prova de carga estática, realizada pelo método convencional, o fuste se desloca de
cima para baixo, enquanto no ensaio pelo método bidirecional, no segmento acima da
célula, o fuste se desloca de baixo para cima. No entanto, o referido autor comenta
que este aspecto não influencia a resistência por atrito lateral do fuste, pois
independente do sentido do deslocamento, as resistências de atrito laterais tendem a
ser similares. Massad (2015), por exemplo, discorda de tal afirmação.
10
Figura 4: Desenho esquemático do ensaio bidirecional (FELLENIUS, 2017).
11
Figura 5: Modelo de sistema de reação do método bidirecional (CRUZ et al, 2017)
(1)
(2)
Figura 6: Esquema representativo do ensaio bidirecional e seus resultados diretos (CRUZ et al.,
2019).
Após a prova de carga estática, pelo método bidirecional ter sido aceita pela
comunidade geotécnica, foi necessário correlacionar seus resultados aos ensaios
12
estáticos realizados pelo método convencional. Assim, não haveria perda das
informações disponíveis em teses, levantamentos, estudos e formulações realizadas
com base no ensaio convencional. Com isso, Silva (1983) propôs um procedimento
em que se escolhe um valor de deslocamento de cada vez e as cargas nas curvas
superior e inferior a ele correspondente são obtidas. Essas cargas são somadas e
levadas a outro gráfico como correspondentes ao dobro do valor do deslocamento
escolhido (Figura 7). Na presente pesquisa este procedimento de construção de curva
carga versus recalque equivalente foi designado de proposta de Silva (1983).
(a) (b)
Figura 7: Construção da curva equivalente proposta por Silva (1983) (CRUZ et al., 2019).
13
Figura 8: Interpretação da prova bidirecional levando em conta o peso próprio da estaca, com
curvas corrigidas em tracejado (CRUZ et al., 2019).
14
Q
Recalque
Figura 9: Curvas Equivalentes construídas segundo Silva (1983) levando em conta o peso próprio
da estaca, com curva corrigida em tracejado para ensaio bidirecional realizado em estaca escavada
de 76,4 m de comprimento e diâmetro de 700 mm.
Rs
∆e = c . [Equação 1]
kr
15
Rs – s
c= [Equação 2]
Rs
Figura 10: Transferência de carga em: (a) ensaio convencional e (b) ensaio bidirecional (MASSAD,
2015).
Massad (2015) indica que, em geral c' < c. Isto significa que a compressão
elástica em estacas sob as cargas ascendentes (acima das células expansivas) é
inferior ao valor correspondente às cargas descendentes (abaixo das células
expansivas). Esse fenômeno, ainda segundo Massad (2015), ocorre porque no
carregamento ascendente, se mobiliza primeiro os solos em maior profundidade (em
que o efeito do maior confinamento pode conferir comportamento mais resistente) para
depois mobilizar o solo mais superficial (em que o efeito do menor confinamento pode
conferir comportamento menos resistente)
16
(a) (b)
Figura 11: Ábaco para as cargas ascendentes do ensaio bidirecional (DADA E MASSAD, 2018).
Segundo Velloso e Lopes (2010) a curva carga versus recalque precisa ser
interpretada para se definir a carga de ruptura da estaca (ou tubulão). Um exame
apenas visual da curva pode ser enganador mesmo nos casos em que a curva tende a
uma assíntota vertical, conforme mostrado por van der Veen (1953). A simples
mudança da escala do eixo dos recalques pode dar uma impressão muito diferente do
comportamento da estaca.
17
3. Critérios que buscam uma assíntota vertical;
Nos itens a seguir são detalhados cada um dos critérios citados acima.
2.3.1 Critérios que se baseiam num valor absoluto (ou relativo ao diâmetro) do
deslocamento.
Para Vesic (1977), citado por Velloso e Lopes (2010), o atrito lateral é
plenamente mobilizado com deslocamentos da ordem de 2% do diâmetro do fuste e a
resistência de base com deslocamentos da ordem de 10% do diâmetro da base.
Segundo Velloso e Lopes (2010), as indicações são exageradas, em especial para
estacas cravadas (as percentagens seriam, no máximo, a metade das sugeridas por
Vesic). Para estacas escavadas, é difícil caracterizar a ruptura física e, em geral,
adota-se uma ruptura convencional, caracterizada por um deslocamento de 10% do
diâmetro, por exemplo.
Segundo Niyama et al. (1996), citado por Melo (2009), a carga de ruptura de
acordo com estas normas deve ser a máxima do ensaio, desde que o recalque
residual (parcela plástica) seja maior que 0,50 in (12,70 mm) para a Norma de Boston
e 0,01 in/tf (0,28 mm/kN) para a Norma de Nova Iorque.
Nesse critério, segundo Velloso e Lopes (2010) estão a norma sueca (Figura
12a) e o critério que reconhece como ruptura o ponto de maior curvatura da curva
carga versus recalque (Figura 12b). Uma alternativa é aquela em que a ruptura é
caracterizada pelo ponto de inflexão na curva carga versus recalque com ambos os
eixos em escala logarítmica (De Beer, 1967 e 1968).
18
Existem, também, outros critérios que se baseiam na aplicação de regra
geométrica à curva, como, por exemplo, as propostas de Housel (1956), de De Beer &
Wallays (1972), de Fuller & Hoy (1970) e de Butler & Hoy (1977).
Brinch Hansen (1963), citado por Melo (2009), propõe método baseado num
deslocamento máximo que se subdivide em dois critérios:
No critério dos 90%, citado por Fellenius (1980) e por Melo (2009), a carga
limite é a carga correspondente ao dobro do recalque medido para 90% desta carga,
analisada por meio da curva carga versus recalque.
(a) (b)
Figura 12: Curvas carga (Q) versus deslocamento (w). Em (a) critério Brinch Hansen (1963) e em
(b) Critério de maior curvatura (VELLOSO E LOPES, 2010).
Já no critério dos 80%, também citado por Fellenius (1980) e Melo (2009), a
carga limite é a carga que corresponde a 4 vezes o recalque medido para 80% desta
carga, verificados pela curva (rl/2) /Q versus r, onde (r) é o recalque e (Q) a carga,
conforme apresentado na Figura 13. A carga limite corresponde ao ponto da curva
(Qrup; rrup) calculado por:
1
Qrup = [Equaçã 3]
2 . √c1 . c2
19
c2
rrup = [Equaçã 4]
c1
20
Figura 14: Gráfico bilogarítimico de De Beer (1967) (MELO, 2009).
21
Figura 15: Aplicação das propostas de Fuller & Hoy (1970) e Butler & Hoy (1977).
22
Figura 16: Método da Rigidez de Decourt (1996 e 2008) (MELO, 2009).
Segundo Velloso e Lopes (2010), nesse critério estão métodos como o de van
der Veen (1953), inclusive o modificado por Aoki (1976), e o de Chin (1970), que
procuram estabelecer uma assíntota vertical para a curva carga versus recalque. No
entanto, esses métodos são difíceis de serem aplicados na maioria dos casos da
prática em que há uma assíntota inclinada.
(. )
Q = Qrup . (1 − ) [Equaçã 5]
23
onde Q representa um dado nível de carregamento, Qrup a carga máxima de
resistência do solo à penetração da estaca (carga de ruptura a qual se pretende
estimar), α representa a forma da curva carga versus recalque e r indica o recalque da
estaca ocasionado pela carga Q.
Figura 17: Curva carga versus recalque de van der Veen (1953) (MELO 2009).
Segundo van der Veen (1953), ao adaptar-se a Equação 5 obtém-se uma reta
passando pela origem, conforme a Equação 6:
α + r = −ln . (1 − ) [Equaçã 6]
máx
Segundo Velloso e Lopes (2010) com extrapolações usando o método de van der
Veen, ao longo de décadas, indica que esse método é confiável se o recalque máximo
atingido na prova de carga for, ao menos, 1% do diâmetro da estaca.
24
Figura 18: Exemplificação da solução gráfica por tentativas proposta por van der Veen (1953)
(MELO, 2009).
(. )
Q= rup . (1 − ) [Equaçã 7]
Chin (1970 e 1971), citado por Melo (2009), considera que a região próxima
da ruptura da curva carga versus recalque seja hiperbólica, conforme a Figura 19.
Esse método representa o trecho final da curva carga versus deslocamento pela
expressão:
Qrup = ) [Equaçã 8]
( + ).
25
Figura 19: Método de Chin (1970 e 1971) ( MELO, 2009).
rup.
r = 3,8 + + [Equaçã 9]
120 .
26
estaca e d o diâmetro circunscrito à estaca.
rup.
r= + [Equaçã 10]
30 .
27
Segundo Velloso e Lopes (2010), Lopes (1979) sugere que a carga de ruptura
seja definida de forma semelhante à de Davisson (ou da norma brasileira), porém
incluindo uma estimativa do encurtamento elástico mais realista e um deslocamento
de ponta maior (Figura 22). A ruptura é definida de acordo com a formulação abaixo:
f
r = Qp + . + . [Equaçã 11]
. p
28
2.3.5 Considerações
29
carga em estacas e sondagens à percussão (SPT).
Como no Brasil o CPT não é tão difundido quanto o SPT, foram utilizadas
correlações entre o valor da resistência de ponta do cone (qc) e o índice de resistência
à penetração NSPT, desenvolvidas por Costa Nunes e Fonseca (1959).
qcone τcone
Qrup=Ab.qp+U. τ . ∆l = Ab. +U. . ∆l [Equação 12]
F1 F2
resistência de ponta unitária, cone /F2 é a resistência por atrito lateral unitária, U o
30
Tabela 1: Valores de K e a segundo diversos autores (MAGALHÃES, 2010).
Tipo de estaca F1 F2
Franki 2.50 5.00
Pré-moldada de concreto 1.75 3.50
Metálica 1.75 3.50
Escavada 3.00 6.00
Qp = C. N [Equação 15]
31
onde N é a média aritmética dos valores de NSPT no nível da ponta, imediatamente
acima e imediatamente abaixo do nível da ponta e C é o coeficiente relacionado ao
tipo de solo apresentado na Tabela 4.
SPT
Qal = +1 [Equação 16]
3
Escavadas Hélice
Escavadas Raiz Injetadas
Solo com lama continua
α β α β α β α β α β
Argilas 0.85 0.80* 0.85 0.90* 0.30* 1.0* 0.85* 1.5* 1.0* 3.0*
Intermediários 0.60 0.65* 0.60 0.75* 0.30* 1.0* 0.60* 0.6* 1.0* 3.0*
Areias 0.50 0.5* 0.50 0.6* 0.30* 1.0* 0.50* 1.5* 1.0* 3.0*
*Valores apenas orientativos diante do reduzido número de dados disponíveis
32
2.4.3 Método Pedro Paulo Costa Velloso (1981).
l fs [Equaçã 19]
q c1 q c 2
qp [Equaçã 20]
2
onde q c1 é a média dos valores medidos da resistência de ponta qc no ensaio de cone
numa espessura igual a 8Bb logo acima do nível da ponta da estaca (adotar valores
f s a' N b'
[Equaçã 21]
qc a N b
[Equaçã 22]
33
onde N é o índice de resistência à penetração do amostrador na sondagem à
percussão, a, b, a’ e b’ são parâmetros de correlação entre a sondagem à percussão e
o ensaio de cone, definidos para o solo do local da obra.
34
Tabela 6: Valores de “” e “”, segundo Teixeira (1996).
Tipo de solo
β
Tipo de estaca α (t/m2)
(t/m2)
ARGS ARGA SAG SAR AREA ARS ARE ARP
Pré-moldada e aço 0.40 11.0 21.0 16.0 26.0 30.0 36.0 40.0 44.0
Franki 0.50 10.0 16.0 12.0 21.0 24.0 30.0 34.0 38.0
Hélice contínua 0.40 10.0 13.0 11.0 16.0 20.0 22.0 27.0 31.0
Esc. s/ revestimento 0.40 10.0 13.0 11.0 16.0 20.0 22.0 27.0 31.0
Esc. c/ revestimento 0.40 10.0 13.0 11.0 16.0 20.0 22.0 27.0 31.0
Raiz 0.60 10.0 14.0 11.0 16.0 19.0 22.0 26.0 29.0
35
3 METODOLOGIA PROPOSTA PARA CONSTRUÇÃO DA CURVA EQUIVALENTE
CARGA VERSUS RECALQUE DO ENSAIO BIDIRECIONAL
(a) (b)
Figura 23: Construção da curva carga versus recalque equivalente proposta na atual pesquisa
36
estaca, a cada incremento de carregamento. Consegue-se, assim, obter uma curva
equivalente sem a necessidade dos deslocamentos parciais ( descendente e
ascendente). Cumpre salientar que a utilização dos telltales deve ser preferida, pois
fornece importantes informações, sem as quais não é possível conhecer os
deslocamentos parciais obtidos no ensaio.
O caso (ii) acima corresponde aos casos de ensaios em estacas cujas bases
estão assentes em material não muito mais resistente que o material do fuste. Como
se sabe, para um mesmo material, a relação carga versus deslocamento do fuste é
muito mais rígida do que a mesma relação para carregamento da base. O caso (iii)
ocorre quando a base da estaca está em solo muito competente ou em alteração de
rocha.
37
proposta na presente pesquisa. Isso decorre da necessidade de extrapolação da curva
carga versus deslocamento de um dos trechos para a construção da curva segundo
Silva (1983). Nos itens a seguir (3.1.1 a 3.1.3) serão apresentados resultados típicos
dessas situações.
Nas figuras seguintes (Figura 24 a 34), há uma linha reta usada para
definição da capacidade de carga (carga de ruptura), conforme norma brasileira NBR
6122. Segundo essa norma, a carga de ruptura corresponde ao deslocamento dado
pelo encurtamento elástico da estaca como uma coluna livre somado ao diâmetro da
estaca dividido por 30. Em alguns casos, foi necessária a extrapolação da curva carga
versus recalque equivalente devido ao recalque do ensaio ser inferior ao recalque
obtido pelo método de interpretação proposto pela norma. O trecho extrapolado está
indicado em pontilhado. A extrapolação foi feita pelo método de van der Veen (1953).
Ainda: nas curvas carga versus recalque equivalentes (figuras à direita) a escala de
recalques foi escolhida para um recalque máximo de 7% do diâmetro da estaca.
3.1.1 Casos em que os deslocamentos dos dois segmentos são da mesma ordem de
grandeza.
38
Carga (kN) Carga (kN)
Recakque (mm)
5
-5 0 1000 2000 3000 4000 40
-15
-25
60
-35 Silva
Curva Carga - Delsocamento (Descendente) Cruz
-45
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-55 80
Figura 24: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-11B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
40
Recalque (mm)
0
0 4000 8000 12000 16000 20000 24000 28000
60
-1
-2 80
100 Silva
-3 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-4 120
Figura 25: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-32B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
39
Carga (kN) Carga (kN)
10 20
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
0
0 400 800 1200 1600
40
-10
-20
60
-30 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-40 80
Figura 26: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-04B e (b) Curvas carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
9
10
6
Recalque (mm)
Deslocamento (mm)
3
20
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
-3
30
Silva
-6 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-9 40
Figura 27: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-05B e (b) Curvas carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
40
Carga (kN) Carga (kN)
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
0 0
0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200
10
-20
Deslocamento (mm)
20
Recalque (mm)
-40
30
-60 40
50
-80 Silva
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 60 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-100 70
Figura 28: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-15B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
-30
40
-50
60
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
Linha da norma brasileira
-70 80
Figura 29: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-28B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
41
Carga (kN) Carga (kN)
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0 0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
-5
-10 10
-15
Recalque (mm)
Deslocamento (mm)
-20 20
-25
-30 30
-35 Silva
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Cruz
-40 40
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-45
Figura 30: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-27B e (b) Curvas carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
Recalque (mm)
12 20
8
30
4
40 Silva
0
Cruz
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Linha da norma brasileira
-4 50
Figura 31: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-34B e (b) Curvas carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa, com a utilização da norma brasileira para
derterminar a carga de ruptura.
42
quando realizadas na mesma estaca, costumam fornecer resultados bastante
diferentes, como ocorreu no presente caso.
Recalque (mm)
-60 30
40
-90
50 Silva
-120 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 60 P. convencional
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-150 70
Figura 32: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-07B e (b) Curvas carga versus
recalque equivalentes segundo Silva (1983) e presente pesquisa, e de prova convencional, com
determinação da carga de ruptura pela norma brasileira.
-4 20
Recalque (mm)
-6 30
-8 40
-10
50 Silva
-12 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ponta) 60 P. convencional
-14 Linha da norma brasileira
Curva Carga - Deslocamento (Fuste)
-16 70
Figura 33: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-22B e (b) Curvas carga versus
recalque equivalentes segundo Silva (1983) e presente pesquisa, e de prova convencional, com
determinação da carga de ruptura pela norma brasileira.
43
Carga (kN) Carga (kN)
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
0
-5
-10 10
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
-15
20
-20
30 Silva
-25 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
P. convencional
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Linha da norma brasileira
-30 40
Figura 34: a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-16B e (b) Curvas carga
versus recalque equivalentes segundo Silva (1983) e presente pesquisa, e de prova convencional,
com determinação da carga de ruptura pela norma brasileira.
44
4 PROPOSTA PARA DETERMINAÇÃO DA CARGA DE RUPTURA EM PROVAS
DE CARGA.
Foi observada uma similaridade entre as curvas tensão vertical efetiva (σ’v)
em escala logarítmica versus índice de vazios (e) – em ensaios oedométrios – e
curvas carga (Q) versus recalque (r) obtidas em provas de carga estática. Essa
similaridade levou à proposta de se considerar a mudança de um estado elástico para
um estado plástico na curva do ensaio oedométrios como semelhante à mudança de
um estado elastoplástico para um estado plástico que ocorre na curva carga versus
recalque da prova de carga.
Segundo a NBR 12007, o método Pacheco Silva consiste em traçar uma reta
horizontal a partir do índice de vazios inicial (ei) no eixo das abscissas, prolongar o
trecho virgem da curva obtida no ensaio de adensamento até interceptar a horizontal a
partir do índice de vazios inicial.
45
P
Figura 35: Curva Determinação da pressão de pré-adensamento pelo método de Pacheco Silva
(NBR12007, 1990).
O método de Fuller & Hoy (1970) (item 2.3.2) se refere a um critério que
aplica uma regra geométrica à curva carga versus deslocamento em que a carga de
ruptura é a correspondente ao ponto da curva carga versus recalque tangente a uma
reta de inclinação 1,4 mm/ 10kN (0,05 in/ton). Burin & Maffei (1989) mostram que esse
método considera uma rigidez no trecho plástico de 7 kN/mm.
46
carga versus recalque equivalente, com base no banco de dados analisado. A rigidez
(Kplast) é função do tipo e diâmetro da estaca. Na proposta sugerida, também, é
utilizado traçado (retas verticais e horizontais) similar ao proposto por Pacheco Silva
(NBR 12007:1990).
(2)
(4) (6)
1) Traçar reta (1) tangente de inclinação (1mm/ Kplast) à curva carga versus recalque
obtida da prova de carga;
2) Definir ponto (2) de interseção da reta (1) com o eixo das abscissas;
3) Traçar pelo ponto (2) uma vertical (3) até atingir-se a curva carga versus recalque;
4) Definir o ponto (4) na interseção da reta (3) com a curva carga versus recalque;
6) Definir o ponto Q (6) na interseção da horizontal (5) com a reta de inclinação dada
por Kplast (reta 1);
47
Carga (kN)
Reta (1)
Figura 37: Etapas de utilização do método proposto para interpretação de curvas carga versus
recalque em provas de carga estática.
48
através do ensaio bidirecional. O banco de dados será apresentado no capítulo 5 e a
avaliação detalhada da rigidez do trecho plástico é feita no capítulo 6.
Foi observada uma rigidez Kplast diferente para cada tipo de curva equivalente:
construída com base na proposta da presente pesquisa (Capítulo 3) e por Silva (1983).
Os diferentes tipos de estacas também forneceram resultados distintos. A Tabela 8
resume os coeficientes Kplast obtidos. Nesta tabela d é o diâmetro da estaca.
Tabela 7: Valores de Kplast para as diferentes curvas equivalentes e diferentes tipos de estacas
avaliadas.
49
5 BANCO DE DADOS DE PROVAS DE CARGA BIDIRECIONAIS E EXEMPLOS DE
SUA INTERPRETAÇÃO
50
Tabela 8: Banco de Dados
São Paulo PC-01B PCE-07 Ômega 700 11,5 1580 37,5 Fellenius (2014) Silte argilo-arenoso -
Minas Gerais PC-03B PC-1 Straus 520 13,0 1510 18,1 Silva (1983) Argila arenosa + Silte arenoso -
Rio de Janeiro PC-04B P-35B Hélice 700 16,6 2713 62,3 Consultrix Engenheiros Associados Silte Argilo-arenoso -
Rio de Janeiro PC-05B P-42B Hélice 700 16,6 3000 21,9 Consultrix Engenheiros Associados Silte argiloso -
Rio de Janeiro PC-06B P6B Escavada 1300 22,4 5272 69,0 Consultrix Engenheiros Associados Areia -
Santa Catarina PC-07B ET6 Escavada 1000 24,3 5400 195,0 Sestren (2018) Areia argilo siltosa -
Houve insuficiência do
Rio de Janeiro PC-08B P6C Escavada 1300 28,0 8474 236,0 Consultrix Engenheiros Associados Areia + Argila siltosa
sistema de reação
São Paulo PC-09B PCE-CEL-03 Escavada 1200 23,0 7214 45,0 Acervo Pessoal Argila Arenosa Siltosa -
São Paulo PC-10B Teste Escavada 800 20,0 4982 45,2 Acervo Pessoal Argila siltosa -
Rio de Janeiro PC-11B P-241A Escavada 1100 32,3 7313 94,4 Consultrix Engenheiros Associados Silte argiloso -
Rio de Janeiro PC-12B P-222 Escavada 1400 25,8 5724 128,7 Consultrix Engenheiros Associados Silte argiloso -
Rio de Janeiro PC-13B P-130 Escavada 1200 27,2 9132 128,7 Consultrix Engenheiros Associados Silte argiloso -
Houve insuficiência do
Rio de Janeiro PC-14B P-16E Escavada 1000 22,0 3796 89,8 Consultrix Engenheiros Associados Argila siltosa
sistema de reação
51
Nº. da Nº. da d L Carga Desloc.
Tipo da Perfil estratigráfico
Local prova de estaca na máx. máx. Fonte Observações
estaca “predominante”
carga obra (mm) (m) (kN) (mm)
Houve insuficiência do
Rio de Janeiro PC-15B P-23B Escavada 1000 22,0 5845 133,2 Consultrix Engenheiros Associados Argila siltosa
sistema de reação
Minas Gerais PC-16B P-46A Hélice 600 15,6 2710 26,5 Alonso e Da Silva (2000) Argila siltosa + Silte argilo-arenoso -
São Paulo PC-17B PC-03 Raiz 410 12,7 1789 4,1 Acervo Pessoal Silte arenoso -
São Paulo PC-18B PC-02 Hélice 500 9,9 2065 51,0 Acervo Pessoal Argila siltosa + Silte argilo-arenoso -
Rio de Janeiro PC-20B P48 Escavada 1300 30,0 9800 131,0 Consultrix Engenheiros Associados Areia + Argila siltosa -
Rio de Janeiro PC-21B PET-04 Escavada 1300 30,0 10109 29,7 ABS Fundações Argila arenosa + areia argilosa -
Rio de Janeiro PC-22B PET-05 Escavada 700 30,0 2079 20,0 ABS Fundações Argila arenosa -
Rio de Janeiro PC-23B PET-06 Escavada 700 30,0 3011 41,0 ABS Fundações Argila arenosa + areia argilosa -
Bahia PC-28B T-55A Escavada 700 71,3 5030 120,1 Hecksher e Freitas (2018) Areia + Argila arenosa -
52
Nº. da Nº. da d L Carga Desloc.
Tipo da Perfil estratigráfico
Local prova de estaca na máx. máx. Fonte Observações
estaca “predominante”
carga obra (mm) (m) (kN) (mm)
São Paulo PC-32B Apoio 3 Escavada 1800 27,2 56500 5,9 Resende et al (2018) Areia siltosa + Rocha alterada -
São Paulo PC-33B E-45 Escavada 1800 23,0 28400 20,5 Malachias Filho et al (2017) Argila siltosa, arenosa + Areia média -
São Paulo PC-35B PCE-02 Ômega 700 11,5 1850 30,3 Fellenius (2014) Silte argiloarenoso -
Minas Gerais PC-39B PC-1 Tenge 300 8,0 520 1,6 Silva (1983) Aterro + Silte argiloso -
Minas Gerais PC-40B PC-2 Tenge 300 8,0 450 5,7 Silva (1983) Aterro + Silte argiloso -
Minas Gerais PC-41B PC-1 Kegelbohr 320 10,2 560 37,8 Silva (1983) Argila arenosa + Silte argiloso -
Minas Gerais PC-42B PC-1 Straus 320 16,1 640 3,8 Silva (1983) Areia silto-argilosa -
Minas Gerais PC-43B PC-2 Straus 320 13,3 1120 10,8 Silva (1983) Areia silto-argilosa -
Minas Gerais PC-44B PC-2 Straus 520 13,0 1050 29,8 Silva (1983) Areia silto-argilosa -
53
Nº. da Nº. da d L Carga Desloc.
Tipo da Perfil estratigráfico
Local prova de estaca na máx. máx. Fonte Observações
estaca “predominante”
carga obra (mm) (m) (kN) (mm)
Verificação da Tensão
Minas Gerais PC-47B P-5 Tubulão 700 18,7 35 1,8 Silva (1983) Aterro + Silte arenoso
admissível da base
Verificação da Tensão
Minas Gerais PC-48B PC-1 Tubulão 700 6,0 100 7,7 Silva (1983) Argila silto-arenosa
admissível da base
Verificação da Tensão
Minas Gerais PC-49B PC-2 Tubulão 700 6,0 47 2,9 Silva (1983) Argila silto-arenosa
admissível da base
Verificação da Tensão
Minas Gerais PC-50B PC-1 Tubulão 600 5,1 169 13,4 Silva (1983) Filito arenoso
admissível da base
Verificação da Tensão
Minas Gerais PC-51B PC-2 Tubulão 600 5,3 46 7,7 Silva (1983) Filito arenoso
admissível da base
Verificação da Tensão
Minas Gerais PC-52B PC-3 Tubulão 600 3,8 39 6,8 Silva (1983) Filito arenoso
admissível da base
54
5.2 INTERPRETAÇÃO DE ENSAIO BIDIRECIONAL EM ESTACA ESCAVADA
55
Figura 38: Folha 1 de 2 da Sondagem SP10 – Estaca PC-22B.
56
Figura 39: Folha 2 de 2 da Sondagem SP10 – Estaca PC-22B.
57
5.2.3 Prova de carga estática executada pelo método bidirecional
58
Figura 40: Içamento da armadura com o conjunto de células expanisvas da P-22B.
59
Carga (kN)
0
0 500 1000 1500 2000
-2
-4
Deslocamento (mm)
-6
-8
-10
-12
-16
Figura 41: Curvas parciais obtidas a partir de prova de carga estática, realizada pelo método
bidirecional – Ensaio PC-22B.
5.2.4 Interpretação das curvas carga versus recalque equivalente segundo Silva
(1983).
60
Figura 42: Ensaio PC-22B – Interpretação da curva equivalente segundo Silva (1983).
61
A Figura 43 apresenta a curva equivalente proposta, bem como sua
interpretação pelos métodos a seguir: (i) método proposto na presente pesquisa, (ii)
método proposto pela NBR6122 e o (iii) método proposto por Lopes (1979).
Figura 43: Ensaio PC-22B - Interpretação da curva carga versus recalque equivalente segundo
presente pesquisa.
62
Tabela 10: Resultados obtidos na interpretação do ensaio PC-22B com base nas curvas equivalentes
segundo Silva (1983) e segundo a proposta da presente pesquisa.
Conforme verificado nas Figuras 42 e 43, assim como na Tabela 10, para o
caso estudado, pode-se observar que o método proposto nesta pesquisa indicou uma
carga de ruptura geotécnica convencional, similar às cargas obtidas pelos critérios de
interpretação que caracterizam a ruptura pelo encurtamento elástico acrescido de uma
porcentagem do diâmetro da estaca (NBR 6122:2010 e LOPES, 1979),
independentemente do tipo de construção da curva carga versus recalque equivalente.
Para o ensaio PC-22B, observa-se ainda que a interpretação proposta na presente
pesquisa se mostrou conservativa na avaliação da carga de ruptura.
63
Tabela 11: Cargas de ruptura obtidas por diversos métodos semi-empíricos.
4000
3000
Carga (kN)
2000
1000
0
Kplast Kplast NBR6122 NBR6122 LOPES LOPES
Silva Cruz Silva Cruz Silva Cruz
Figura 44: Cargas de ruptura analisadas pelos diferentes critérios de interpratação nas diferentes
curvas equivalentes bidirecionais da estaca PC-22B.
64
5.3 INTERPRETAÇÃO DE ENSAIO BIDIRECIONAL EM ESTACA DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA.
65
Figura 45: Folha Sondagem SM-01 – Estaca PC-34B
66
5.3.3 Prova de carga estática executada pelo método bidirecional
67
Figura 46: Conjunto de células expansivas utilizado na PC-34B.
Carga (kN)
24
20
12
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
-4
Figura 47: Curvas obtidas a partir de prova de carga estática, realizada pelo método bidirecional –
Ensaio PC-34B.
68
5.3.4 Interpretação da curva carga versus recalque equivalente segundo Silva (1983)
Figura 48: Ensaio PC-34B - Interpretação da curva equivalente segundo Silva (1983).
69
sugerido por Silva (1983), é realizada também com base no método proposto nesta
pesquisa.
Figura 49: Ensaio PC-34B - Interpretação da curva carga versus recalque equivalente segundo
presente pesquisa.
70
Na Figura 49, a curva equivalente foi extrapolada seguindo o critério de van
de Veen (1953). Deste modo foi possível utilizar os critérios propostos pela norma
(NBR-6122:2010) e por Lopes (1979), que se baseiam no encurtamento elástico da
estaca somado a uma parcela do diâmetro da mesma.
Tabela 13: Resultados obtidos para o ensaio PC-34B com base na interpretação das curvas
equivalentes segundo Silva (1983) e segundo proposta da presente pesquisa.
Conforme verificado nas Figuras 48 e 49, assim como na Tabela 13, pode-se
observar que o método proposto nesta pesquisa indicou uma carga de ruptura
geotécnica convencional similar às cargas obtidas pelos critérios de interpretação que
caracterizam a ruptura pelo encurtamento elástico acrescido de uma porcentagem do
diâmetro da estaca (NBR 6122:2010 e LOPES, 1979), independentemente do tipo de
construção da curva carga versus recalque equivalente.
71
resultados obtidos, baseados na sondagem mista apresentada no item anterior,
encontram-se na Tabela 14.
PC-34B
Carga de
Carga de Atrito Carga de Ponta Carga Total
Segurança
Lateral.
Método
(Qal) (Qp) (Qrup)
(Qrup / FS)
kN kN kN kN
Aoki e Velloso (1975) 1164 9948 11112 5556
Decourt e Quaresma (1978 e 1982) 2053 3780 5833 2525
Pedro Paulo Costa Velloso (1981) 2557 2448 5005 2002
Alberto Henriques Teixeira (1996) 2048 6566 8614 3007
Urbano Alonso (1996) 2149 3174 5323 2662
MÉDIA DOS PROCESSOS 1994 5183 7177 3150
72
6000
5000
4000
2000
1000
0
Kplast Kplast NBR6122 NBR6122 LOPES LOPES
Silva Cruz Silva Cruz Silva Cruz
Figura 50; Cargas de ruptura analisadas pelos diferentes tipos de interpratação nas diferentes
curvas equivalentes bidirecionais da estaca PC-34B.
73
6 ANÁLISE DO CONJUNTO DE PROVAS DE CARGA
6.1. Rigidez das curvas equivalentes, obtidas por Silva (1983) e conforme
construção sugerida na presente pesquisa (Capítulo 3), até a carga de
serviço;
6.2. Rigidez do trecho plástico para obtenção da declividade da reta
tangente (1mm/Kplast) utilizada no método proposto (Capítulo 4);
6.3. Comparação da carga de ruptura por dado critério de interpretação,
variando-se o método de construção da curva equivalente: Silva
(1983) e construção sugerida na presente pesquisa (Capítulo 3);
6.4. Comparação das cargas de ruptura obtidas por diferentes critérios de
interpretação da curva equivalente construída segundo um dado
critério;
6.5. Avaliação da influência da rigidez do trecho plástico da curva
equivalente obtida por diversos critérios (SILVA, 1983 e presente
pesquisa), na carga de ruptura obtida de provas de carga estática,
realizadas pelo método bidirecional.
74
6.1.1 Comparação da rigidez na carga de serviço com base na interpretação
segundo a NBR6122
Linha de Convergência
25000
K Trab - Cruz (2019) (kN/mm)
20000
15000
10000
5000
0
0 5000 10000 15000 20000 25000
K Trab - Silva (1983) (kN/mm)
Figura 51: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas equivalentes de Silva
(1983) e presente pesquisa, com base na interpretação sugerida pela NBR6122 - Estacas escavadas.
75
Linha de Convergência
5000
4000
K Trab Cruz (2019) (kN/mm)
3000
2000
1000
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
K Trab Silva (1983) (kN/mm)
Figura 52: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas equivalentes de Silva
(1983) e Cruz (2019) com base na interpretação sugerida pela NBR6122 - Estacas hélice contínua.
76
Linha de Convergência
25000
20000
K Trab Cruz (2019) (kN/mm)
15000
10000
5000
0
0 5000 10000 15000 20000 25000
K Trab Silva (1983) (kN/mm)
Figura 53: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas equivalentes de Silva
(1983) e presente pesquisa, com base na interpretação sugerida por Lopes (1979) - Estacas
escavadas.
Linha de Convergência
5000
4000
K Trab Cruz (2019) (kN/mm)
3000
2000
1000
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
K Trab Silva (1983) (kN/mm)
Figura 54: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas equivalentes de Silva
(1983) e Cruz (2019) com base na interpretação sugerida por Lopes (1979) - Estacas hélice
contínua.
77
6.1.3 Comparação da rigidez na carga de serviço com base na interpretação
segundo a metodologia proposta na presente pesquisa.
Linha de Convergência
25000
20000
K Trab Cruz (2019) (kN/mm)
15000
10000
5000
0
0 5000 10000 15000 20000 25000
K Trab Silva (1983) (kN/mm)
Figura 55: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas equivalentes de Silva
(1983) e presente pesquisa, com base na interpretação sugerida na presente pesquisa - Estacas
escavadas.
78
Linha de Convergência
5000
3000
2000
1000
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
K Trab Silva (1983) (kN/mm)
Figura 56: Comparação entre a rigidez até a carga de trabalho pelas curvas equivalentes de Silva
(1983) e Cruz (2019) com base na interpretação sugerida na presente pesquisa - Estacas hélice
contínua.
Conforme mencionado no item 4.1.3, a rigidez Kplast foi obtida por meio do
melhor ajuste à curva carga versus recalque equivalente dos ensaios bidirecionais
analisados. Essa rigidez é função do tipo e diâmetro da estaca, por exemplo. Neste
item são apresentados os resultados obtidos, os quais foram utilizados na
determinação do parâmetro Kplast.
6.2.1 Obtenção da rigidez Kplast pela curva equivalente segundo Silva (1983)
79
Kplast = [−0,0006d ] + 11,6 [Equaçã 26]
Já para o caso de estacas do tipo hélice contínua e ômega (Figura 58), com
curva equivalente de Silva (1983), o ajuste aos resultados dos ensaios indicaram
rigidez Kplast (kN/mm) dada por:
20,0
Kplast Silva (1983) (kN/mm)
15,0
10,0
5,0
0,0
0 500 1000 1500 2000 2500
d (mm)
Figura 57: Obtenção da Kplast para estacas escavadas utilizando a curva equivalente segundo Silva
(1983).
80
20,0
15,0
Kplast Silva (1983) (kN)
10,0
5,0
0,0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
d (mm)
Figura 58: Obtenção da rigidez Kplast para estacas hélice contínua e ômega utilizando a curva
equivalente segundo Silva (1983).
6.2.2 Obtenção da rigidez Kplast pela curva equivalente segundo a presente pesquisa
No caso das estacas escavadas (Figura 59), com curva equivalente obtida de
acordo com proposta desta pesquisa (Capítulo 3), o ajuste aos resultados dos ensaios
indicaram rigidez Kplast (kN/mm) dada por:
Já para o caso de estacas do tipo hélice contínua e ômega (Figura 60), com
curva equivalente obtida de acordo com proposta desta pesquisa (Capítulo 3), o ajuste
aos resultados dos ensaios indicaram rigidez Kplast (kN/mm) dada por:
81
Kplast = [0,0015d] + 8,4 [Equaçã 29]
20,0
15,0
Kplast Cruz (kN)
10,0
5,0
Figura 59: Obtenção do Kplast para estacas escavadas utilizando a curva equivalente segunto
presente pesquisa.
20,0
15,0
Kplast Cruz (kN)
10,0
5,0
Figura 60: Obtenção da rigidez Kplast para estacas hélice contínua e ômega utilizando a curva
equivalente segunto a presente pesquisa.
82
6.3 PREVISÃO DA CAPACIDADE DE CARGA NA RUPTURA
15000
Carga de ruptura pela NBR 6122 Cruz (kN)
10000
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000
Carga de ruptura pela NBR 6122 Silva (1983) (kN)
Figura 61: Comparação entre cargas de ruptura obtidas por meio das curvas equivalentes de Silva
(1983) e da presente pesquisa - Estacas escavadas.
83
10000
9000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura pela NBR 6122 Silva (1983) (kN)
Figura 62: Comparação entre cargas de ruptura obtidas por meio das curvas equivalentes de Silva
(1983) e da presente pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega.
84
15000
10000
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000
Carga de ruptura por Lopes (1979) - Silva (1983) (kN)
Figura 63: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas equivalentes de Silva (1983)
e da presente pesquisa - Estacas escavadas.
10000
Carga de ruptura por Lopes (1979) - Cruz (kN)
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura por Lopes (1979) - Silva (1983) (kN)
Figura 64: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas equivalentes de Silva (1983)
e da presente pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega.
85
Na Figura 65 é feita uma comparação da capacidade de carga (carga de
ruptura) obtida com base nas duas curvas equivalentes (Silva e a curva proposta na
presente pesquisa). Adotou-se o critério de interpretação proposto na presente
pesquisa (Capítulo 4) para determinação da carga de ruptura. A Figura 66 mostra a
comparação para estacas hélice contínua e ômega. Pode se observar que as
capacidades de carga obtidas nas duas construções são, de modo geral, próximas.
15000
Carga de ruptura pelo Método Proposto -
10000
Cruz (kN)
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000
Carga de ruptura pelo Método Proposto - Silva (1983) (kN)
Figura 65: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas equivalentes de Silva (1983)
e da presente pesquisa - Estacas escavadas.
86
10000
9000
7000
6000
Cruz (kN)
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura pelo Método Proposto- Silva (1983) (kN)
Figura 66: Comparação entre cargas de ruptura indicadas pelas curvas equivalentes de Silva (1983)
e da presente pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega.
87
NBR6122. Foi utilizada a curva equivalente segundo Silva (1983). Já a Figura 68
mostra comparação similar para estacas hélice contínua e ômega.
30000
Carga de ruptura pela NBR6122 Silva (1983) (kN)
25000
20000
15000
10000
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000
Carga de ruptura pelo Método Porposto Silva (1983) (kN)
Figura 67: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto pela norma brasileira NBR6122,
utilizando a construção de curva equivalente segundo Silva (1983) - Estacas escavadas.
88
10000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura pelo Método Proposto Silva (1983) (kN)
Figura 68: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto pela norma brasileira NBR6122,
utilizando a construção de curva equivalente segundo Silva (1983) - Estacas hélice contínua e
ômega.
30000
Carga de ruptura por LOPES Silva (1983) (kN)
25000
20000
15000
10000
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000
Carga de ruptura pelo Método Proposto Silva (1983) (kN)
Figura 69: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto por Lopes (1979), utilizando a
construção de curva equivalente segundo Silva (1983) - Estacas escavadas.
89
10000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura pelo Método Proposto Silva (1983) (kN)
Figura 70: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto por Lopes (1979), utilizando a
construção de curva equivalente segundo Silva (1983) - Estacas hélice contínua e ômega.
90
30000
20000
15000
10000
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000
Carga de ruptura pelo Método Porposto Cruz (kN)
Figura 71: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto NBR6122, utilizando a construção
de curva equivalente segundo a presente pesquisa - Estacas escavadas.
10000
Carga de ruptura pela NBR6122 Cruz (kN)
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura pelo Método Proposto Cruz (kN)
Figura 72: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto pela NBR 6122, utilizando a
construção de curva equivalente segundo presente pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega.
91
30000
20000
15000
10000
5000
Linha de Convergência
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000
Carga de ruptura pelo Método Proposto Cruz (kN)
Figura 73: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto por Lopes (1979), utilizando a
construção de curva equivalente segundo a presente pesquisa - Estacas escavadas.
10000
9000
Carga de ruptura por LOPES Cruz (kN)
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
Linha de Convergência
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Carga de ruptura pelo Método Proposto Cruz (kN)
Figura 74: Comparação entre a carga de ruptura obtida pelo método proposto na presente pesquisa
versus a carga de ruptura obtida com base no critério proposto por Lopes (1979), utilizando a
construção de curva equivalente segundo presente pesquisa - Estacas hélice contínua e ômega.
92
6.5 INFLUÊNCIA DA RIGIDEZ DO TRECHO PLÁSTICO DA CURVA CARGA VERSUS RECALQUE
EQUIVALENTE NA INTERPRETAÇÃO DO ENSAIO BIDIRECIONAL.
93
2,00
1,80
1,60
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0
Rigidez do trecho Plástico (kN/mm)
Figura 75: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura obtidas por diferentes
critérios - Curva equivalente segundo a proposta de Silva (1983) - Estacas escavadas.
2,00
1,80
Método Proposto / Critério NBR 6122
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0
Rigidez do trecho Plástico (kN/mm)
Figura 76: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura obtidas por diferentes
critérios - Curva equivalente segundo proposta da presente pesquisa - Estacas escavadas
94
2,00
1,80
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0
Rigidez do trecho Plástico (kN/mm)
Figura 77: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura obtidas por diferentes
critérios - Curva equivalente segundo a proposta de Silva (1983) - Estacas escavadas.
2,00
Método Proposto / Critério Lopes (1979)
1,80
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0
Rigidez do trecho Plástico (kN/mm)
Figura 78: Influência da rigidez do trecho plástico nas cargas de ruptura obtidas por diferentes
critérios - Curva equivalente segundo proposta da presente pesquisa - Estacas escavadas
95
7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
7.1 CONCLUSÕES
Para que a prova de carga pelo método bidirecional seja capaz de indicar a
capacidade de carga (na ruptura) da estaca ensaiada é necessário, inicialmente, que a
célula tenha sido posicionada em um nível tal que a capacidade de carga do segmento
96
inferior seja próxima da capacidade de carga do segmento superior. O nível da célula
é escolhido a partir da estimativa da capacidade de carga (ao longo) do fuste e da
base da estaca, um exercício nem sempre trivial. Caso a escolha não tenha sido
acertada, a capacidade de carga de um segmento se esgota antes do outro, e a prova
se encerra, sendo necessária uma extrapolação da curva que terminou precocemente.
97
Proposta de uma nova metodologia para a interpretação de provas de carga.
Verificou-se que para estacas escavadas o Kplast tende a reduzir de valor com
o aumento do diâmetro da estaca, independente de tipo de construção da curva.
Burin & Maffei (1989) mostram que o método proposto por Fuller & Hoy
(1970) considera uma rigidez no trecho plástico de 7 kN/mm, rigidez esta que se
mostra ligeiramente inferior à rigidez proposta na presente pesquisa (10 kN/mm).
98
uma rigidez superior a 26 kN/mm sugere-se utilizar outros métodos de interpretação
de provas de carga, como por exemplo, critérios que aplicam uma regra geométrica a
curva carga versus recalque.
99
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
American Society for Testing and Materials – ASTM D8169 / D8169M (2000). Standard Test
Methods for Deep Foundations under Bi-Directional Static Axial Compressive Load.
100
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101
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que tem dito, 6º Seminário de Fundações Espaciais, SEFE, São Paulo, Brasil, v.1,p.
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stresses. X Pan-American Conference on Soil Mechanics and Foundation Engineering,
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load-settlement curve from vertical load tests on rigid and short pile. XI Brazilian
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OSTERBERG, J., 1989, New Load Cell Testing Device. Proceedings - 14th
Annual Conference, Deep Foundations Institute. (pp. 17-28).
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células expansivas, 19º Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de
Geotécnica, COBRAMSEG, Salvador, Brasil.
VAN DER VEEN. C., 1953, The bearing capacity of a pile, Proceedings. 3rd.
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105
VESIC, A. S. Principles of pile foundation design, Soil Mechanics Series n. 38, Duke
University; School of Engineering, 1975.
106
ANEXO 1
Recalque (mm)
5 20
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
-5 30
-10
Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
-15 40
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Silva
-20
Cruz
-25 50
Figura 79: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca ômega PC-01B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
-2,0
Recalque (mm)
30
-3,0
40
-4,0
Figura 80: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-02B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
20 30
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
40
10
50
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 60
-10
70
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
-20 80
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-30 90
Figura 81: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-06B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
107
Carga (kN) Carga (kN)
20
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000
0 0
0 1000 2000 3000 4000 5000
Deslocamento (mm) -20
Recalque (mm)
-40 30
-60
-80 60
Figura 82: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-09B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) – Não foi posível construir a curva proposta pela presente pesquisa.
-15
-20
40
-25
-30
60
-35
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
-40 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
-45 80
Figura 83: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-09B e (b) Curvas carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
-15
20
-20
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
-25 30
-30
-35 40
-40
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 50
-45 Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-50 60
Figura 84: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-10B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
108
Carga (kN) Carga (kN)
75 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
0
60
45
20
30
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
15 40
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 60
-15
-30
80
-45 Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Silva Cruz
-60 100
Figura 85: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-12B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
30
Recalque (mm)
0 40
0 1000 2000 3000 4000 5000 50
-20 60
70 Silva
-40
Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
80 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
-60 90
Figura 86: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-13B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
Recalque (mm)
-40 30
-50 40
-60
50
-70
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 60 Silva
-80
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-90 70
Figura 87: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-14B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
109
Carga (kN) Carga (kN)
40 0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
0
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
30
20 10
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
10
20
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
30
-10 Silva
Cruz
-20 40
Figura 88: Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-14B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
-4
Recalque (mm)
30
-6 40
-8 50
Silva
-10 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 60
Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
-12 70
Figura 89: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-19B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
30
Recalque (mm)
-40
40
-60 50
60
-80
70 Silva
-100 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Cruz
80
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
-120 90
Figura 90: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-20B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
110
Carga (kN) Carga (kN)
5 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
0
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 10
-5
20
Deslocamento (mm)
-10 30
Recalque (mm)
-15 40
50
-20
60
-25 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 70 Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
Cruz
-30 80
Figura 91: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-21B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
-14
Recalque (mm)
-18 20
-22
-26 30
-30
-34 40
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
-38 Cruz
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
-42 50
Figura 92: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-23B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
10
Deslocamento (mm)
0
Recalque (mm)
30
-3
40
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-6 50
Figura 93: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-24B e (b) Curva carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
111
Carga (kN) Carga (kN)
1,5 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500
0
1,0
0,5
Deslocamento (mm) 10
0,0
Recalque (mm)
0 500 1000 1500 2000 2500
-0,5 20
-1,0
30
-1,5
-2,0
40
-2,5 Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-3,0 50
Figura 94: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-25B e (b) Curva carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
-3 30
-4
40
-5 Curva Carga - Deslocamento (Descendente)
Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-6 50
Figura 95: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-26B e (b) Curva carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
-20 20
-25 25
-30 30
-35 35
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
-40 40
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-45 45
Figura 96: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-27B e (b) Curva carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
112
Carga (kN) Carga (kN)
0,5 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
0
-0,5 0 1000 2000 3000 4000 5000
10
-1,5
Deslocamento (mm)
20
Recalque (mm)
-2,5
30
-3,5
-4,5 40
Figura 97: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-29B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
5
0,6
10
Deslocamento (mm)
Recalque (mm)
0,4 15
20
0,2 Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 25
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
30
0,0
0 1000 2000 3000 35 Silva
Cruz
-0,2 40
Figura 98: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-30B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
Recalque (mm)
-8
-10 60
-12
-14 80
-16
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) 100
-18 Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente)
-20 120
Figura 99: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca escavada PC-33B e (b) Curva carga versus
recalque segundo Silva (1983) – Não foi posível construir a curva proposta pela presente pesquisa.
113
Carga (kN) Carga (kN)
0 400 800 1200 1600 2000 2400
20 0
Deslocamento (mm) 15
10
10
Recalque (mm)
20
5
30
0
0 200 400 600 800 1000
40
-5
Curva Carga - Deslocamento (Descendente) Silva
Curva Carga - Deslocamento (Ascendente) Cruz
-10 50
Figura 100: (a) Curvas da prova bidirecional da estaca hélice contínua PC-35B e (b) Curva carga
versus recalque segundo Silva (1983) e atual pesquisa.
114